“mantemos a máxima de resistir e não desistir” · leque de serviços disponíveis, a par da...

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Nº260 Nº260 9 720972 000037 01460 Entrevista com Gualter Mota Santos, administrador do grupo Filinto Mota “Mantemos a máxima de resistir e não desistir” Págs. IV e V Mais de meio milhão Opel Corsa vendidos em Portugal em 30 anos Pág. XIV Quebra acumulada até agosto foi de 40,4% Vendas de automóveis novos continuam a definhar Pág. VI Entrevista com Filipe Albuquerque, piloto oficial Audi no DTM “Claro que sou um privilegiado” Págs. XII e XIII Ao volante do novo Lexus GS 450h Pág. XV ARAN é um dos parceiros do salão AutoClássico regressa ao Porto com mais de 300 expositores Pág. XI

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Nº260Nº260

9 720972 000037

0 1 4 6 0

Entrevista com Gualter Mota Santos, administrador do grupo Filinto Mota

“Mantemosa máxima de resistire não desistir”

Págs. IV e V

Mais de meio milhãoOpel Corsa vendidosem Portugal em 30 anos

Pág. XIV

Quebra acumulada até agosto foi de 40,4%

Vendas de automóveis novos continuam a defi nhar Pág. VI

Entrevista com Filipe Albuquerque,

piloto ofi cial Audi no DTM

“Claro que sou um privilegiado” Págs. XII e XIII

Ao volante do novoLexus GS 450h Pág. XV

ARAN é um dos parceiros do salão

AutoClássico regressa ao Portocom mais de 300 expositores Pág. XI

A crise está a criar uma situação dra-mática no setor automóvel. A diver-sificação e o corte nas despesas foram duas das soluções encontradas pela Paulo de Oliveira para fazer face às enormes dificuldades que se colocam. O seu diretor, José Paulo de Oliveira, está nos segmentos do abate de veícu-los em fim de vida, das peças novas e usadas, nas vendas de automóveis e no restauro e eventual colocação de veícu-los clássicos.

“O momento que se vive é de gran-des dificuldades para toda a fileira do setor automóvel. A procura tem caído de forma acentuada, os clientes e as empresas do setor têm problemas gra-ves de liquidez. Trata-se de uma ativi-dade que está fortemente dependente da situação económica”, faz notar José Paulo de Oliveira. Não menos preocu-pante é que as péssimas notícias que surgem a público quase todos os dias levam à desconfiança e, naturalmente, ao adiamento de qualquer aquisição. “A dificuldade é muito notória nos serviços de oficina, a que acresce o problema da cobrança, na melhor das hipóteses atrasos nos pagamentos.”

Perante este cenário, o empresá-

rio reconhece que tem sido feito um esforço considerável para alargar o leque de serviços disponíveis, a par da necessária contenção de custos. De certa forma, a empresa mantém--se no mercado porque foram feitos investimentos significativos, a todos os níveis, nos últimos anos. O que possibilita que agora sejam realizados menos investimentos, sem que se ve-rifique perda de competitividade. “A diversificação da atividade ajuda. Te-mos a possibilidade e a flexibilidade de darmos mais enfoque às áreas que estão a apresentar melhores resulta-dos. Os cortes na despesa também são uma necessidade, sobretudo nas áreas das comunicações e do marketing,

bem como da energia. O que implica a maior racionalização possível dos recursos. A crise tem a vertente posi-tiva de revelar que é possível reduzir mais os custos, sem colocar em causa os postos de trabalho.”

No entanto, José Paulo de Oliveira não deixa de lamentar que continue a existir uma forte concorrência desleal, sobretudo no segmento das peças usa-das. O mesmo se passa com as vendas automóveis. A realidade é que as em-presas que operam dentro da lei são mais fiscalizadas do que aquelas que contornam as regras básicas da con-corrência.” Esta é uma empresa fami-liar, localizada em Grijó, apenas a 20 quilómetros da cidade do Porto.

A ARAN firmou dois novos acordos com as empresas Sópneus e Cometil, com o objetivo de alargar o leque de produtos e serviços oferecidos pelas empresas associadas com condições especiais.

O acordo firmado com a Sópneus proporciona aos associados a diver-sificação da atividade, aumentando, assim, a fidelização dos clientes e a rentabilidade da oficina. Vários estu-dos assinalam o pneu como o produto fidelizador de assistência pós-venda, dado que é, hoje em dia, o elemento da viatura que mais intervenções/subs-tituições exige ao longo da vida do au-tomóvel.

Com um investimento inicial redu-zido, pode obter-se uma elevada ren-tabilidade, por intermédio da disponi-bilização de métodos, procedimentos, marketing e publicidade, ferramentas informáticas e de gestão, especialmen-te desenvolvidos para esta atividade.

O acordo firmado com a Cometil oferece aos associados condições es-peciais para os consumíveis e equipa-mentos para pneus representados pela

empresa. A Cometil ministra forma-ção de montagem de pneus e controlo de vibração, de reparação de pneus, suporte técnico, além de formação te-órica.

De notar que a empresa é distri-buidora dos consumíveis da marca Schrader e dos principais fabrican-tes de equipamentos para serviços de pneus, homologados, inclusivamen-

te, pelos construtores automóveis. As marcas de equipamentos são a Hun-ter, a CEMB e a Butler. A Cometil comercializa estes equipamentos no-vos bem como usados recondiciona-dos, em condições especiais para os associados da ARAN.

Os associados interessados na ade-são aos protocolos deverão contactar a ARAN: [email protected]; 225091053

sexta-feira, 21 de setembro 2012 III

Governação longe do terreno

A alteração comunicada à TSU, como aliás as outras medidas, perdoem-me, mas em minha opinião são de quem nunca esteve no terreno. Quase sempre as contas de “merceeiro” funcionam melhor que o Excel, em que é fácil mexer nas variáveis, para atingir o resultado proposto. Não me parece que as grandes beneficiárias (grandes empresas) vão admitir novos colaboradores ou baixar os preços. Vejam-se os comentários do Sr. Eng. Belmiro de Azevedo.

Na realidade do nosso país, que é constituído em 80% por pequenas e microempresas, não será por este incentivo que vai haver mais admissões de pessoal. O cenário da economia para 2013, com os cortes nos vencimentos e outros, é de tal forma cinzento que este tipo de empresas vai é ter problemas em encontrar clientes e... faturar. Por exemplo, na ARAN a poupança estimada é de cerca de 300 euros por mês. Esse valor não é, infelizmente, suficiente para criarmos mais um posto de trabalho.

Particularizando no setor automóvel, o cenário é negro como nunca foi. É inacreditável que estejam três marcas “premium” no “top” dez de vendas de automóveis novos e que outras, fora daquele “top”, sejam das poucas que apresentam crescimento face ao ano passado. É óbvio que é preciso ter uma consciência nacional, mas, dentro dessa consciência nacional, há um ano escrevi ao professor Eduardo Cartroga – por ser esse o nome então avançado para ser ministro das Finanças – e, posteriormente, ao PSD, propondo que não se aumentassem (se não mesmo se baixassem) os impostos sobre as viaturas dos segmentos A e B, sobrecarregando os restantes.

Com o devido respeito, os nossos governantes deviam, repito, deixar o plano teórico das universidades e vir para o terreno. Os resultados das vendas e do pós-venda são a prova disso. Depois, temos dezenas de milhares de postos de trabalho do setor com perspetivas de futuro muito más. Precisamos que fiquem à frente de Portugal pessoas com experiência profissional e não políticos de carreira. É necessário que haja um Governo independente, quiçá de Salvação Nacional.

Eu pergunto qual é o português – a não ser alguns clientes das marcas “premium” – que vai comprar um carro depois de ouvir notícias? As pessoas não têm dinheiro para prioridades mais básicas, quanto mais para comprar e manter os seus automóveis. A comprová-lo está o grande número de viaturas que, segundo os dados oficiais, circulam sem seguro (a multa são 500 euros) e inspeção obrigatória (a multa são 250 euros). Isto significa, além de tudo, que as condições de segurança rodoviária em Portugal estão a reduzir-se drasticamente.

Aliás, o cenário de vendas em Portugal é muito pior do que o que está nos números oficiais, pois aqueles incluem viaturas de empresas de rent-a-car e outras que foram matriculadas e exportadas. Por isso é que sugiro que se tabelem as viaturas pelos preços atuais em leilão das viaturas dos rentings e vivamos dois anos de viaturas usadas e viaturas novas dos segmentos A e B. Uma viatura nova destes segmentos custa 25% de uma viatura do segmento D ou E “premium”, que continuam a ser compradas pelas elites, sendo que esse dinheiro continua a ir para fora do país.

O cenário do setor é, de facto, muito negro. Na ARAN, recebemos relatos dramáticos de profissionais ligados ao setor. O que vão fazer os responsáveis pelas pequenas empresas associadas quando as encerrarem? Vão roubar? Em relação a 2007, a ARAN perdeu 60% dos associados pagantes. Esta é a realidade.

Tudo isto com a ausência de respostas das entidades oficiais. Aliás, é provável que nos próximos dias coloquemos uma causa em tribunal contra o responsável de um departamento governamental. É inadmissível que há anos esteja à espera de resposta a assuntos de fulcral importância.

Uma última palavra para os rebocadores. Ainda há dias chegaram ao meu poder tabelas impostas por uma empresa multinacional – que já estão na Autoridade da Concorrência, mas que ainda não obtivemos resposta – que baixam o preço pago por km aos rebocadores, num cenário conhecido de aumento graves dos preços dos combustíveis.

Editorial

ANTÓNIO TEIXEIRA LOPESPresidente da direcção

da ARAN

ASSOCIADA DO MÊS DA ARAN

Paulo de Oliveira diversifica atividade e corta nos gastos

Novos protocolos da ARAN facilitam alargamento de negócio aos associados

Suplemento ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel | Director: António Teixeira Lopes | Redacção: Aquiles Pinto, Fátima Neto, Bárbara Coutinho, Maria Manuel Lopes, Nelly Valkanova, Tânia Mota, Ricardo Ferraz, Rui Rei, Sérgio Moreira e Sónia Guerra | Arranjo Gráfico e Paginação: Célia César, Flávia Leitão, José Barbosa e Mário Almeida | Propriedade, Edição, Produção e Administração: ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel, em colaboração com o Jornal Vida Económica | Contactos:

Ficha técnica

A diversificação da atividade para os pneus está em destaque nos mais recentes acordos.

A crise económica que assola o país e afeta com especial gravidade o setor automóvel (a quebra das vendas de novos em 2011 foi de 40% e este ano está próxima dos 50%) tem levado o grupo Filinto Mota a reforçar a aposta no serviço pós-venda e na venda de automóveis usados. “Mantemos a máxima de resistir e não desistir”, refere, em entrevista à “Vida Económica”, Gualter Mota Santos, administrador do histórico concessionário Citroën.

AQUILES [email protected]

Vida Económica – Como está o gru-po Filinto Mota – que tem alguns fun-cionários em layoff – a reagir ao atual momento económico?

Gualter Mota Santos – Estão a ser momentos difíceis. Quando saímos de 2011 com uma quebra de 40% e estamos em 2012 com uma quebra de 50%, esta-

mos perante um mercado que representa cerca de 30% do de há dois anos. As al-ternativas têm-se encontrado no pós-ven-da e nos usados. Quando não há mercado para os carros novos, porque as pessoas não têm dinheiro nem as empresas finan-ciam valores tão elevados, procuram-se situações mais acessíveis e, portanto, os usados são um campo de eleição. Os fi-nanciamentos são de valores mais baixos e a confiança em operadores com algum

Prius é o primeiro com pontuação máxima no EcoTest ADAC

O Toyota Prius lidera o novo e mais exi-gente teste de eficiência EcoTest promovi-do pela ADAC, o mais conceituado clube automóvel alemão, destacando-se entre os 55 automóveis submetidos a este ensaio sob as mesmas condições. O Prius foi o primeiro carro a ser premiado com um to-tal de 90 pontos, alcançando a classifica-ção máxima de cinco estrelas. O consumo de 4,58 l/100km registado durante o teste foi premiado com 40 pontos. A pontu-ação máxima de 50 pontos foi atribuída pelas baixas emissões deste híbrido.

Em abril deste ano, a ADAC apresen-tou um novo critério de classificação mais exigente para o EcoTest. Uma novidade foi a introdução do ciclo de teste WLTP (Worldwide Harmonized Light Vehicles Test Procedure), que corresponde ao ciclo de teste mundial projetado para harmoni-zar a medição dos consumos de combus-tível no futuro. Em acréscimo, os carros foram testados sob o ciclo de condução europeu (NEDC, do inglês New Euro-pean Driving Cycle), e o ciclo da ADAC para autoestradas.

Uma das principais diferenças nos tes-tes passa por decorrerem com o sistema de ar condicionado ligado durante o ciclo WLTP e o ciclo da ADAC para autoes-tradas. Em acréscimo, os valores de CO2 emitidos desde a produção do veículo e transporte à utilização são considerados igualmente para o cálculo de emissões globais.

O Prius, que combina um motor de combustão convencional com um mo-tor elétrico, foi introduzido há 15 anos como o primeiro híbrido de produção em série. Desde então, o construtor ja-ponês tem alargado a oferta de modelos híbridos, contando com 18 híbridos pu-ros Toyota e Lexus, tendo ultrapassado a marca de quatro milhões de unidades vendidas em abril do corrente ano. Na Europa, a gama de híbridos Toyota inte-gra o Yaris Híbrido, o Auris Híbrido e o Prius, que com o lançamento recente do Prius+ e do Prius Plug-in viu crescer a família Prius.

“As regras laborais, apesar de terem sido flexibilizadas, ainda são muito rígidas”, defende Mota Santos.

GUALTER MOTA SANTOS EXPLICA O LEMA ATUAL DO GRUPO FILINTO MOTA

“Mantemos a máxima e não desistir”

sexta-feira, 21 de setembro 2012IV

Os testes do ADAC (clube automóvel alemão) revelaram 4,58 l/100 km.

XI Passeio de Clássicos no domingo no Porto

A avenida dos Aliados é o ponto de partida do evento.

“A longevidade está na resistência aos tempos” foi o tema escolhido para o Passeio dos Clássicos Citroën que o grupo Filinto Mota vai realizar no domingo (dia 23). A cidade do Porto volta a ser anfitriã nesta XI edição do evento. A avenida dos Aliados (9h30m) começará a receber as viaturas, que depois irão desfilar por alguns lugares mais emblemáticos da cidade. O local de chegada e exposição dos clássicos será o parque das instalações Filinto Mota na Circunvalação.

“A nossa expectativa para o evento é, com efeito, seguir essa ideia de resistir e não desistir, ou seja, é extremamente importante para a imagem da marca, para os colecionadores terem a oportunidade de divulgar o seu trabalho na recuperação e manutenção de carros já bastante idosos. Temos a noção que, se parássemos, depois não iríamos continuar”, refere Gualter Mota Santos.

Controlo de custos em ano de crise

O controlo dos custos ganhou, segundo

o entrevistado, redobrada importância na edição de 2012 do evento. “ A nossa equipa que está a trabalhar no evento conseguiu manter os custos controlados,

através da parceria com os patrocinadores, para que consigamos levar a cabo uma ação como esta. Quando a economia está como está, não seria lógico gastarmos muito dinheiro com o evento, mas também reconhecemos, repito, que, se parássemos, era fatal para o futuro da iniciativa”, explica Mota Santos.

Como já é habitual, marcarão presença alguns dos modelos mais emblemáticos da Citroën, como as famosas “Arrastadeiras”, DS “Boca de Sapo”, 2CV e muitos outros automóveis de época do construtor gaulês. “Ao promover esta iniciativa, o grupo Filinto Mota deseja também evidenciar a sua longevidade e a sua capacidade de resistir aos tempos e momentos adversos por que o país e o setor automóvel passam, demonstrando que é com determinação, vontade e perseverança que se garante o futuro, como evidencia a longa ligação (78 anos) à Citroën que o grupo Filinto Mota possui”, refere um comunicado enviado do concessionário da marca nos distritos do Porto e de Braga.

ENTIDADE PÔS SEIS MODELOS À PROVA

EuroNCAP animadocom os crash-tests

Seis novos modelos foram recentemente submetidos a testes de segurança: Audi A3, Ford B-MAX, a Isuzu D-Max, Kia Ceed, Renault Clio e Volvo V40. O Euro NCAP testou aqueles e encontrou “tendências animadoras”. Dos seis modelos, cinco obtiveram a classificação máxima (cinco estrelas) e um ficou um patamar abaixo dessa classificação.

O modelo que obteve quatro estrelas foi a “pick up” Isuzu D-Max, cujo resultado foi bastante melhor em comparação com a geração anterior, testada em 2008. O atual modelo obteve uma pontuação de 83% para a proteção de ocupantes adultos e melhorou a proteção dos ocupantes crianças. Igualmente a proteção a peões foi consideravelmente melhorada, embora, com 51%, ainda não tenha sido atingido o limiar de 60%, necessário para cinco estrelas.

Com suas portas deslizantes traseiras e design inovador, a Ford B-MAX obteve cinco estrelas. Ford acabou com os pilares do meio (o pilar B) no B-MAX. Para garantir os mais elevados níveis de proteção em caso de colisão lateral, a estrutura é incorporada nas portas para formar um posto central, quando as portas estão fechadas. Os testos do Euro NCAP revelam 92% na proteção de ocupantes adultos. O mini-MPV também vem com Active City Stop (sistema que trava em ambiente urbano), um sistema já premiado pelo Euro NCAP Advanced.

Também a nova Volvo V40 alcançou cinco estrelas Euro NCAP e obteve o melhor desempenho de sempre no seu segmento. O que mais distingue a V40 de outros veículos é ter de série o primeiro

airbag de peões. Em caso de acidente com um peão, os sensores detetam o impacto, soltam o capot e disparam o airbag numa fração de segundo. O airbag para peões levanta o capot e cobre parcialmente a rigidez dos pilares A, dando maior proteção ao peão atropelado. Nos testes do Euro NCAP, isso traduziu-se numa pontuação de 88% em proteção de peões, a maior pontuação já obtida nesta parte da avaliação.

A lista de modelos testados é fechada com as últimas gerações de Renault Clio, Kia Ceed e Audi A3. Comparado com seus respetivos antecessores, todos oferecem melhor proteção dos peões, entre outras melhorias. “Na Europa, 14% de todas as mortes de trânsito são peões. Enquanto nos últimos três anos Euro NCAP tem aumentado as exigências, os fabricantes de veículos têm intensificado o desafio. As pontuações observadas eram impensáveis há alguns anos, com a nova V40 a fixar um novo padrão”.

de resistir

sexta-feira, 21 de setembro 2012 V

A carrinha do Chevrolet Cruze chega hoje aos conces-sionários nacionais da marca. A nova Cruze Station Wagon é lançada com dois motores turbodiesel, 1.7 e 2.0, a que se juntará mais tarde o 1.4 Turbo a gasolina (disponível durante 2013). A versão que deverá re-presentar um maior volume de vendas, a 1.7 VCDi LTZ com 130 cv, apresenta um preço de 23 950 euros.

Com o novo Cruze Station Wagon (cuja capacidade da bagageira até à linha de vidros, com os bancos em cima, é de 500 litros), a Chevrolet intro-duziu ainda pequenas alterações em toda a gama. Estas incluem, entre outras, pára--choques redesenhado, mais ligações multi-média, tecnologia Chevrolet MyLink com câmara de retrovisão, sistema Start/Stop, novas cores e jantes e sistema de entrada e arranque automático.

MyLink em destaque

Uma das grandes novidades introduzidas com o Cruze SW é o sistema de informação & entretenimento MyLink da Chevrolet

A nova Volvo V40 fixa um novo padrão em termos de segurança para peões, segundo o EuroNCAP.

A versão 1.7 VCDi LTZ tem de série o MyLink.

PREÇO DA MOTORIZAÇÃO DIESEL É DE 23 950 EUROS

Chevrolet Cruze Station Wagon chega a Portugal

nome é superior à que é depositada na-queles que abrem um dia e, passado pou-co tempo, fecham a porta e deixam os clientes sem apoio. Nós já existimos há 78 anos, portanto, temos um nome e as pessoas sabem que quando compram em Filinto Mota têm o apoio continuado du-rante a vida útil do seu automóvel.

VE – Para o próximo ano, anun-ciam-se medidas gravosas para o consu-mo em Portugal. Quais as perspetivas para o que aí vem?

GMS – É difícil fazer essas contas, pois vemos o Estado a falhar os objetivos propostos, pois o impacto das medidas foi mal medido. Por outro lado, a própria reação das pessoas e dos partidos políti-cos a estes anúncios pode fazer a diferen-ça. Em suma, é difícil antever o futuro. Nós mantemos a máxima de resistir e não desistir. Temos o exemplo de dois grupos na área do Grande Porto que trabalha-vam a nossa marca e estão a desinvestir, o que para nós é “compensador”, na medi-da em que, quando o mercado decresce, obtemos uma fatia do mercado que fica cedida por outros. Acho que pelo país fora vão acontecer situações de viabilida-de por via do desaparecimento de alguns concessionários automóveis, o que pode ser aproveitado por concessionários de outras marcas. Por exemplo, se um con-cessionário Renault desaparece, o repre-sentante Peugeot na mesma região – ou vice-versa – pode aproveitar o mercado que fica. Portanto, a redução do núme-ro de concessionários pode ser a salvação dos que ficam.

VE – Sobre as alterações à Taxa So-cial Única, em que há um aumento para

trabalhadores e um decréscimo para as empresas, fica mais satisfeito o empre-gador Filinto Mota ou o vendedor Fi-linto Mota?

GMS – Sem fazer grandes contas, para as empresas que vivem do consumo in-terno, as duas medidas vão anular-se. Ou seja, a empresa poderá apresentar resulta-dos mais interessantes ao ter menos cus-tos, mas, por outro lado, os seus clientes perdem poder de compra. Portanto, no cômputo geral, há uma anulação. Se fôsse-mos exportadores, talvez a realidade fosse outra. A maior parte das empresas nacio-nais trabalha para o mercado interno, pelo que esta medida não vai trazer nem mais emprego, nem vejo que vá trazer mais ren-tabilidade para as empresas. Eu continuo a pensar – eu sei que isto é polémico – que a questão dos problemas de emprego, prende-se com uma questão que os em-pregadores têm…

VE – Defende mais flexibilidade?GMS – A questão que os emprega-

dores têm é que, se admitirem pessoas, veem-se aflitos para as demitir caso a isso sejam obrigados. As regras laborais, apesar de terem sido flexibilizadas, ain-da são muito rígidas. Portanto, quando a atividade aumenta, a tendência das empresas não é empregar mais pessoas, é dar mais trabalho às que já têm. Por-tanto, quem trabalha cada vez trabalha mais e quem está no desemprego cada vez está mais no desemprego. Se hou-vesse uma flexibilidade na questão do posto de trabalho, haveria uma maior adaptação das empresas à realidade e quando houvesse sinais positivos da economia haveria mais crescimento de emprego do que com as atuais regras. Por outro lado, sendo fácil demitir, se-ria fácil admitir e poderia virar-se contra o empresário, pois se não segurasse os bons trabalhadores, quando o bom cola-borador não estivesse satisfeito, poderia facilmente encontrar um novo emprego. No cenário atual, o que vemos na gene-ralidade das empresas é que vemos maus trabalhadores com emprego e bons tra-balhadores no desemprego. E custa um bocado nas empresas não poder aprovei-tar os bons trabalhadores disponíveis e prescindir dos maus trabalhadores, que só estão a prejudicar a rentabilidade que todos gostariam de ter para criar mais riqueza.

VE – Ainda assim, o grupo continua a investir.

GMS – Independentemente disso, no grupo Filinto Mota, continuamos a fazer um esforço por continuar a dar bons sinais ao mercado. Acabámos de renovar a ima-gem exterior das nossas instalações com a nova imagem da Citroën, que tem um impacto fantástico, pelo que estamos mui-to satisfeitos com o resultado final. Quem vê as fotografias do antes e do depois fica surpreendido como é que as mesmas ins-talações podem ganhar atratividade com a nova imagem da Citroën.

(de série no nível LTZ), que permite intro-duzir as funcionalidades de um smartphoneno automóvel. O MyLink reúne e exibe oconteúdo do telefone inteligente no ecrãtátil a cores, via USB ou Bluetooth (além do smartphone, também leitores de MP3 e tablets pode ser ligados. É também possívela reprodução de vídeos ou apresentações de diapositivos personalizadas (com o veículo imobilizado). A partir de 2013, o sistemapoderá receber também GPS, aplicável se-gundo a marca nos veículos entretanto co-mercializados através de upgrade.

A Volvo Car Portugal lançou uma cam-panha que oferece condições de financia-mento para os modelos da sua gama. Esta campanha é válida para contratos fechados

até 30 de novembro e inclui um preço es-pecial de aquisição e a oferta de um vou-cher de acessórios no valor de 500 euros (IVA incluído), tudo isto aliado a condi-

ções especiais de financiamento Volvo Car Finance. A marca “acredita que esta cam-panha pode vir a apoiar os consumidores na aquisição de um automóvel novo até final do ano”.

Transversal a toda a gama, a campanha, no que se refere ao financiamento, ofere-ce mensalidades a partir de 175 euros por mês no C30, de 190 euros por mês na V40, de 270 euros por mês no S60, de 285

euros por mês na V60 e de 335 euros por mês no XC60 (ver quadro). O financia-mento é concedido pelo banco BPI, sendo a TAEG calculada para financiamento em ALD com base na taxa de juro indexada à Euribor a três meses (0,332% em setem-bro de 2012) ao que é somado um spread de 4,25%. De sublinhar que o PVP não inclui despesas de transporte, preparação e legalização.

AQUILES [email protected]

As vendas de automóveis no-vos em Portugal continuam a definhar. Em agosto, o mercado de ligeiros de passageiros regis-tou nova quebra, a qual se situou desta feita em 33,1%, face a igual mês de 2011, tendo sido matricu-ladas 5443 unidades. Esta varia-ção homóloga em causa é inferior à variação homóloga acumulada (um decréscimo de 40,4%, para 68 103 unidades), o que tem como principal justificação o fac-to de o mercado ter apresentado uma evolução fortemente nega-tiva desde junho de 2011, o que leva a quedas homólogas mensais menos acentuadas no segundo se-mestre do presente ano.

Por marcas, o “pódio” man-tém-se igual em agosto face ao

cenário registado em julho, com Renault (queda de 40,5%, para 7489 unidades), Volkswagen (descida de 37,8%, para 6971 unidades) e Peugeot (perda de 38,5%, para 5978 unidades) a ocuparem os três lugares cimei-ros. Entre as dez marcas mais vendidas nos ligeiros de pas-sageiros, as marcas “premium” continuam a destacar-se pela po-sitiva, com as menores quebras. A BMW, que é a quarta marca vendida em Portugal no presen-te, perdeu 17,7% (para 4357 unidades) a Audi baixou 9,2%, para 4167 unidades e a Merce-des caiu 26,1% para 3544. Ain-da em relação à Audi, de registar que conseguiu ser uma das duas marcas que conseguiram registar crescimento na análise isolada de agosto (a outra foi a Porsche).

Quebras nos comerciais mais acentuada

A quebra nos veículos de tra-balho é ainda mais acentuada do que nos de passageiros. Esse ce-nário era expectável, dada a alte-ração à fiscalidade aos comerciais derivados de turismos operada no início do ano, mas a crise fez – como já se previa também – com que as vendas de veículos de pas-sageiros não compensassem esta descida. Nos veículos comerciais ligeiros verificou-se em agosto uma descida de 58,2%, para 785 veículos. Nos primeiros oito me-ses de 2012, o mercado situou--se nas 9704 unidades, tendo registado uma forte contração de 55,2% face ao período homólogo do ano anterior.

No que se refere aos pesados de passageiros e de mercado-rias, verificou-se em agosto uma quebra de 34,1%, com somente 122 matrículas. No acumulado

de janeiro a agosto, a descida face ao período homólogo de 2011 atingiu 42,9%, para 1302 unidades.

QUEBRA ACUMULADA ATÉ AGOSTO FOI DE 40,4%

Vendas de automóveis novos continuam a definhar

sexta-feira, 21 de setembro 2012VI

A Audi (na foto o novo A3) conseguiu ser a única marca do “top” dez a crescer em agosto.

A Volvo V60 é um dos modelos em campanha.

DESTAQUE PARA O FINANCIAMENTO

Volvo Car Portugal com campanha transversal a toda a gama

Mensalidades entre 175 e 335 euros

Modelo/versão

PVP campanha

entrada Inicial (%)

Nº X valor mensalidade

Valor residual (%

s/ PVP)TAEG montante

total

C30 D2 J 24 047,12 41% 60 X J 175 25% 5,6% J 26 869,10

V40 D2 J 26 116,33 41% 60 X J 190 25% 5,5% J 29 142,63

S60 D2 J 32 000,15 35% 60 X J 270 25% 5,3% J 35 848,99

V60 D2 J 33 500,047 35% 60 X J 285 25% 5,3% J 37 523,71

XC60 D4 J 41 384,72 37% 60 X J 335 25% 5,2% J 46 140,62

Fonte: Volvo Car Portugal

O ganho de quota da Audi em Portugal reflete uma tendência global. No primeiro semestre do ano, a marca entregou mais de 733 mil veículos em todo o mundo, o que representou um acréscimo de 12,3% que no mesmo período de 2011. Cerca de 133 050 clientes escolheram um Audi só em junho (mais 13,1% do que um ano antes). O forte desempenho na Alemanha voltou a verificar-se em junho, com um crescimento de 14,6%. A marca sediada em Ingolstadt estabeleceu, mais uma vez, um significativo crescimento de dois dígitos (20,4%) nas vendas no mercado chinês. Nos Estados Unidos, a Audi concluiu o primeiro semestre do ano com o melhor mês de vendas na sua história naquele mercado, ao registar mais 26%.“Apesar dos condicionalismos verificados em alguns mercados do Sul da Europa, a Audi assegurou um desempenho notável em termos do mercado total, com as vendas da marca a crescerem em todas as regiões do mundo. Como resultado, estamos claramente no caminho certo para atingir a nossa meta de 1,4 milhões de vendidos no final do ano”,

salienta Rupert Stadler, presidente do conselho de administração da Audi AG. Peter Schwarzenbauer, diretor de marketing e vendas da Audi AG, acrescenta: “Queremos continuar neste caminho de crescimento na segunda metade do ano, altura em as vendas totais não são tradicionalmente tão fortes. Mas com a nova geração do Q5 bem como o novo Audi A3, modelo especialmente importante para a Europa, queremos atingir aquele objetivo de vendas”.

Marca consegue crescer numa Europa em crise

As vendas da Audi na Europa aumentaram 2,8% nos primeiros seis meses do ano, para 393 350 veículos. Como resultado, a marca dos quatro anéis reforçou a liderança entre os construtores “premium”. Enquanto o mercado automóvel da Europa Ocidental está atualmente ao nível de 1994, o volume de vendas da Audi no primeiro semestre do ano duplicou. Como resultado, a quota de mercado da Audi na Europa Ocidental atingiu um nível recorde de cerca de 5,7% no primeiro semestre de 2012.

Crescimento da gama aumenta vendas da Audi à escala mundial

“Pódio” mantém-se inalteradoJANEIRO A AGOSTO

Unidades% Var.

% no Mercado

2012 2011 2012 2011

Renault 7489 12593 -40,5 11 11,02

Volkswagen 6971 11208 -37,8 10,24 9,81

Peugeot 5978 9716 -38,5 8,78 8,5

BMW 4357 5294 -17,7 6,4 4,63

Audi 4167 4589 -9,2 6,12 4,02

Opel 4106 8797 -53,3 6,03 7,7

Fiat 3652 5567 -34,4 5,36 4,87

Citroën 3586 6853 -47,7 5,27 6

Ford 3566 7782 -54,2 5,24 6,81

Mercedes 3544 4798 -26,1 5,2 4,2

Fonte: ACAP

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Foram recentemente publicados dois decretos-lei que introduzem alterações significativas aos códigos do IVA, IRS, IRC, Estatuto dos Benefícios Fiscais, Regime de Bens em Circulação, Regime Especial de Tributação de Bens em 2ª Mão, entre outros. Referimo-nos, mais concretamente, aos DL 197/2012 e 198/2012, cuja atenta leitura re-putamos de essencial.

As alterações legislativas introdu-zidas são significativas, reforçando sobremaneira os poderes de fisca-lização e informação da AT, repre-sentando inevitavelmente, e uma vez mais, um acréscimo de encar-gos para os contribuintes, já que os mesmos terão que adaptar os seus softwares de faturação às exigên-cias legais, o que tem vindo recor-rentemente a suceder nos últimos anos. Os custos destas alterações ocorridas nos últimos anos com-putam-se já em milhares de euros despendidos por cada contribuinte, engordando sobremaneira a fatura-ção das empresas fornecedoras de software em benefício único e ex-clusivo destas e da AT (Autoridade Tributária). Uma vez mais, estamos em presença de uma das mais gra-ves lacunas apontadas à economia portuguesa: constantes alterações legislativas com implicação nos custos de funcionamento das em-

presas, as quais, debatendo-se com um clima económico recessivo, se veem obrigadas a efetuar investi-mentos redundantes que se tornam essenciais por força da Lei.

Acresce a discutível constitu-cionalidade destas leis na esfera particular, nomeadamente no que ao art. 26º da Constituição diz respeito, que no seu nº 1 estabele-ce que “A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da vida privada e familiar e à pro-teção legal contra quaisquer formas de discriminação”, princípio refor-çado no art 35º, nº 1, “Todos os cidadãos têm o direito de acesso aos dados informatizados que lhes di-gam respeito, podendo exigir a sua retificação e atualização, e o direito de conhecer a finalidade a que se destinam, nos termos da lei” e que o nº 3 reforça estipulando que “A informática não pode ser utilizada para tratamento de dados referentes a convicções filosóficas ou políticas, filiação partidária ou sindical, fé religiosa, vida privada e origem ét-nica, salvo mediante consentimen-to expresso do titular, autorização prevista por lei com garantias de não discriminação ou para proces-

samento de dados estatísticos não individualmente identificáveis”.

É que a universal obrigatoriedade de remessa eletrónica de toda a fatu-ração emitida por parte das empre-sas permite a constituição de uma base de dados em que os padrões de consumo e despesas privadas se en-contram completamente espelha-das, constituindo uma manifesta violação do direito à privacidade do consumidor! Compreender-se-ia, no limite, a obrigação de remessa eletrónica de faturação, relativa-mente a transações em que o con-sumidor manifestasse a intenção de obter o benefício fiscal previsto no agora introduzido art. 66º B nº 1, do EBF (Estatuto dos Benefícios Fiscais, (a famigerada dedução de 5% do IVA de algumas despesas). Se este é o objetivo, porquê estipu-lar no artº 3º, sem qualquer restri-ção, a obrigatoriedade de envio do detalhe de toda a faturação dos su-jeitos passivos, indistintamente do setor em que exerce e atividade?

Ou seja, o padrão de consumo de qualquer cidadão estará espelhado em base de dados, uma vez que nas transmissões de bens de montante superior a 1000,00 J é obrigató-ria a indicação da identificação do consumidor, o mesmo ocorrendo nas transações de bens e prestação de serviços quando o montante da

fatura seja superior a 100,00 ! A lis-ta de compras do supermercado, o abastecimento da viatura, a estadia em qualquer hotel, ou mesmo uma refeição poderá pois passar a estar disponível em base de dados cen-tralizada.

Certamente que estas e outras questões virão a ser suscitadas em tempo oportuno, pelo que passare-mos a detalhar algumas das altera-ções agora introduzidas, sendo con-tudo aconselhável a integral leitura dos citados DL que pela sua exten-são e complexidade, não poderão aqui ser exaustivamente elencados.

Permitimo-nos salientar as se-guintes alterações introduzidas pelo DL 197/2012 (recordamos que o elenco das mesmas é bastante vasto):

- o termo “fatura ou documento equivalente” constante de qualquer legislação, nomeadamente fiscal, passa a ser substituído pelo termo “fatura”.

- a emissão de fatura é obrigatória para todas as transmissões de bens e prestações de serviços, indepen-dentemente da qualidade do ad-quirente dos bens ou destinatário dos serviços e ainda que estes não a solicitem, qualquer que seja o setor de atividade em causa.

- Nas faturas emitidas por meios eletrónicos todo o seu conteúdo deve ser processado eletronicamen-

te (nomeadamente nome, moradae identificação fiscal do cliente fi-nal).

- poderão ser emitidas faturassimplificadas nas transmissões de bens efetuadas por retalhistas aparticulares quando o valor da fa-tura seja inferior a J 1000,00, bemcomo em quaisquer outras trans-missões de bens e prestações de serviços de montante não superior a J 100,00, neste caso quer os ad-quirentes sejam sujeitos passivos ouparticulares. De referir que a sim-plificação destas faturas consiste na não obrigatoriedade de indicaçãodo nome, morada e identificaçãofiscal do adquirente! Mas, se o ad-quirente assim o exigir, é obrigató-ria a emissão da fatura simplificadacom a identificação fiscal do adqui-rente (nomeadamente se este forum sujeito passivo de Iva).

- a anulação de faturas deixa de ser possível, porquanto se dispõe no artº 29 nº 7, do CIVA que “Quando o valor de uma opera-ção ou o imposto correspondentesejam alterados por qualquer mo-tivo, incluindo inexatidão, deve ser emitido documento retificativo dafatura” (leia-se nota de crédito, comas legais consequências de obriga-ção de confirmação da receção da Nota de Crédito).

Novas obrigações na fiscalidade da empresa

sexta-feira, 21 de setembro 2012 VII

- obrigatoriedade de emissão de guias ou notas de devolução no caso de devolução de mercadorias, com identificação completa do destina-tário (e todas as menções obrigató-rias previstas no nº 5 do art 36 do Civa), referencia à fatura a que res-peitam e as menções da fatura ori-ginária que são objeto de alteração.

- alteração da menção obrigatória em regimes específicos, nomeada-mente o da venda de bens em 2ª mão, em que a menção agora tor-nada obrigatória é a seguinte “Regi-me da margem de lucro - bens em segunda mão”.

- solidariedade quanto ao paga-mento do imposto por parte do adquirente sujeito passivo, quando a fatura não tenha sido passada, contenha uma indicação inexata quanto ao nome ou endereço das partes intervenientes, à natureza ou quantidade dos bens transmitidos ou serviços fornecidos, ao preço ou ao montante do imposto devido.

No que respeita ao DL 198/2012, este introduz uma modificação estrutural no sistema fiscal, já que o princípio fiscal português su-postamente assentava numa base declarativa, ou seja, o apuramento dos impostos era feito com base nas informações declaradas pelo contribuinte nas respetivas declara-ções, não sendo obrigado a enviar os respetivos documentos, salvo em situações de fiscalização (no âmbito de dever de cooperação). Ora o DL 198 passa o sistema de apuramento de imposto para uma base docu-mental, uma vez que o artigo artº 3º deste DL dispõe o seguinte:

“1 — As pessoas, singulares ou coletivas, que tenham sede, esta-

belecimento estável ou domicílio fiscal em território português e aqui pratiquem operações sujeitas a IVA são obrigadas a comunicar à Auto-ridade Tributária a Aduaneira (AT), por transmissão eletrónica de da-dos, os elementos das faturas emiti-das nos termos do Código do IVA, por uma das seguintes vias:

a) Por transmissão eletrónica de dados em tempo real, integrada em programa de faturação eletrónica;

b) Por transmissão eletrónica de dados, mediante remessa de ficheiro normalizado estruturado com base no ficheiro SAF -T (PT), criado pela Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, contendo os elementos das faturas;

c) Por inserção direta no Portal das Finanças;

d) Por outra via eletrónica, nos termos a definir por portaria do Ministro das Finanças.

2 — A comunicação referida no número anterior deve ser efetuada até ao dia 8 do mês seguinte ao da emissão da fatura, não sendo possí-vel alterar a via de comunicação no decurso do ano civil.

3 — Os sujeitos passivos que sejam obrigados a produzir o fi-cheiro SAF -T (PT), criado pela Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, devem optar por uma das modali-dades constantes das alíneas a) e b) do n.º 1.

4 — A AT disponibiliza no Portal das Finanças o modelo de dados para os efeitos previstos nos nºs 1 e 2, de-vendo dele constar os seguintes ele-mentos relativamente a cada fatura:

a) Número de identificação fiscal

do emitente;b) Número da fatura;c) Data de emissão;d) Tipo de documento, nos ter-

mos referidos na Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, que regula o ficheiro normalizado, designado SAF -T (PT);

e) Número de identificação fis-cal do adquirente que seja sujeito passivo de IVA, quando tenha sido inserido no ato de emissão;

f) Número de identificação fiscal do adquirente que não seja sujeito passivo de IVA, quando este solicite a sua inserção no ato de emissão;

g) Valor tributável da prestação de serviços ou da transmissão de bens;

h) Taxas aplicáveis;i) O motivo justificativo da não

aplicação do imposto, se aplicável; j) Montante de IVA liquidado.Da leitura desta disposição se

vislumbra o alcance da medida, que vem acompanhada de um be-nefício fiscal em sede de IRS (a fa-migerada dedução de 5% do IVA constante de faturas emitidas por sujeitos passivos das seguintes ati-vidades: manutenção e reparação viaturas (Secção G, classe 4520 da Cae); manutenção e reparação mo-tociclos, de suas peças e acessórios (Secção G, classe 45402 da CAE); alojamento, restauração e similares (Secção I da Cae); atividades de sa-lões de cabeleireiro e institutos de beleza (Secção G, classe 9602 da Cae). Como é óbvio a comunica-ção assentou as baterias na divul-gação do benefício fiscal, ficando na penumbra a estrutural alteração agora introduzida.

É que, a partir de 1 de janeiro de

2013 todos os sujeitos passivos se-rão obrigados a enviar o detalhe de toda a sua faturação, seja (pasme-se) em tempo real, através de interface com o ficheiro SAF-T (PT), intro-dução direta no Portal das Finanças (caso de faturação manual), ou por outra via eletrónica em termos a definir pelo Ministro das Finanças, isto o mais tardar até ao 8º dia (não relevando se útil ou não).

Associado a um cândido benefí-cio introduz-se uma inimaginável medida de controle absoluto dos sujeitos passivos, já que todos os su-jeitos passivos estão obrigados a co-municar mensalmente à AT (Auto-ridade Tributária) o detalhe de toda a sua faturação emitida! Embora o benefício apenas releve para alguns setores de atividade!

Adicionalmente, cria-se um exér-cito de fiscais (no âmbito de um su-posto dever de cidadania), já que a faturação comunicada pelas empre-sas dos setores de atividade abrangi-dos é disponibilizada no Portal das Finanças, de molde a que as pessoas singulares possam validar os respe-tivos dados, detetar inexatidões ou inexistência de informações.

Os contribuintes que exerçam qualquer atividade em nome indi-vidual (seja profissionais liberais ou empresários em nome individual) terão obrigatoriamente que consul-tar o site e selecionar as faturas que pretenderem ser consideradas para efeitos do benefício fiscal), sob pena de que, se o não fizerem, todas as faturas em que figurem como ad-quirentes não serão elegíveis para o incentivo fiscal.

E se o sujeito passivo emitente das faturas tiver uma atividade prin-cipal não elencada para benefício

fiscal, então a pessoa singular terá que selecionar e identificar quais as faturas que foram emitidas e que re-levam para efeitos do benefício.

Mas as surpresas não se ficam por aqui! Também se introduz alte-rações diversas ao Regime de Bens em Circulação, que é integralmente republicado e cuja leitura se revela imprescindível.

Permitimo-nos, do extenso ar-ticulado, salientar os nºs 5 e 6 do artigo 5º do Regime de Bens em Circulação, pelo ineditismo e ori-ginalidade:

5 — Os sujeitos passivos são obrigados a comunicar à AT os ele-mentos dos documentos processa-dos nos termos referidos no n.º 1, antes do início do transporte.

6 — A comunicação prevista no número anterior é efetuada da se-guinte forma:

a) Por transmissão eletrónica de dados para a AT, nos casos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1;

b) Através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do documento emitido, com inser-ção no Portal das Finanças até ao 5.º dia útil seguinte.

Em súmula, estes dois norma-tivos legais vieram introduzir pro-fundas modificações estruturais no relacionamento entre os sujeitos passivos e a administração fiscal, sendo essencial que todos os asso-ciados procedam a uma cuidadosa e aprofundada leitura, de molde a adaptarem atempadamente os pro-cedimentos necessários para cum-primento ás novas exigência legais.

Os citados decretos-lei encon-tram-se disponíveis para download no site www.aran.pt.

(CONTINUA)

(CONTINUAÇÃO)

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A Resolução do Conselho de Minis-tros nº 51-A/2012 surge como resposta ao grave problema de desemprego que o país atravessa.

O impulso jovem assenta em três pi-lares:

-

O Impulso Jovem pretende atuar nos dois lados do mercado e estabelece condições para que as empresas criem

-douros, ultrapassando as atuais restri-

e simultaneamente ajustando o seu padrão produtivo ao novo paradigma

-bicionado.

Pretende-se promover uma relação laboral duradoura com vista a inverter a tendência instalada de aumento do desemprego estrutural entre os jovens.

De acordo com este diploma, é essen-cial a criação de medidas e mecanismos que impulsionem a contratação e incen-tivem o empreendedorismo jovem, que

pequenas e médias empresas e apoiem a sua inovação e internacionalização.

De modo a reduzir as assimetrias re-gionais e para a coesão territorial, social e nacional, é assegurado que uma parte dos apoios são direcionados para a re-gião Norte, Centro e Alentejo.

No âmbito desta Resolução, o Con-selho de Ministros aprovou o Programa

pequenas e médias empresas.

as seguintes medidas:

destinado a incorporar jovens desem-pregados em entidades com ou sem

convergência (Norte, Centro e Alente--

cado de trabalho nos setores de aposta estratégica através de um mecanismo

um prémio de integração dependente

-ção de jovens desempregados de longa duração, através do reembolso das con-tribuições para a segurança social, com

-

trabalhador, correspondendo a uma -

vas contratações, com baixos custos ad--

--

conjunto de medidas articuladas que desenvolvem projetos de empreende-dorismo levados a cabo por jovens ou por empresas que recrutem jovens de-

-dorismo jovem, apoiando a criação de

direto por cada cooperante que tenha idade compreendida entre os 18 e os 30

e) Desenvolvimento do programa nacional de microcrédito, destinado a

prestar apoio técnico na criação e na

os primeiros anos de vida do negócio, dando prioridade aos casos em que o

compreendida entre os 16 e os 34 anos e seja um desempregado inscrito num

-

e médias empresas, através da promo--

utilização dos instrumentos existentes,

-

Impulso Jovem

sexta-feira, 21 de setembro 2012VIII

S íntese LegislativaTRABALHO & SEGURANÇA SOCIAL

• Portaria nº 216-C/2012. D.R. nº 138, Suplemento, Série I de 2012-07-18Primeira alteração à Portaria nº 1100/2010, de 22 de outubro, que aprova o programa de formação em competências básicas em cursos de educação e formação de adultos ou em proces-sos de reconhecimento, validação e certificação de competên-cias de nível básico.

• Declaração de Retificação nº 38/2012. D.R. nº 141, Série I de 2012-07-23Retifica a Lei nº 23/2012, de 25 de junho, «Procede à terceira alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei nº 7/2009, de 12 de fevereiro», publicada no Diário da República, 1.ª sé-rie, nº 121, de 25 de junho de 2012.

• Portaria nº 225-A/2012. D.R. nº 147, Suplemento, Série I de 2012-07-31Regula as Medidas Passaporte Emprego, Passaporte Emprego Economia Social, Passaporte Emprego Agricultura e Passapor-te Emprego Associações e Federações Juvenis e Desportivas.

• Portaria nº 228/2012. D.R. nº 150, Série I de 2012-08-03Primeira alteração à Portaria nº 48/2012, de 27 de fevereiro, que especifica as profissões regulamentadas abrangidas no se-tor da energia e designa a respetiva autoridade competente para proceder ao reconhecimento das qualificações profissionais.

• Portaria nº 229/2012. D.R. nº 150, Série I de 2012-08-03Cria a medida de Apoio à Contratação via Reembolso da Taxa Social Única.

• Portaria nº 241/2012. D.R. nº 155, Série I de 2012-08-10Determina os valores dos coeficientes de revalorização das re-munerações que servem de base de cálculo das pensões de invalidez e velhice do regime geral de segurança social, do re-gime do seguro social voluntário e das pensões de aposentação e reforma do regime de proteção social convergente e revoga a Portaria nº 246/2011, de 22 de junho.

• Portaria nº 257/2012. D.R. nº 165, Série I de 2012-08-27Estabelece as normas de execução da Lei nº 13/2003, de 21 de maio, que institui o rendimento social de inserção e proce-de à fixação do valor do rendimento social de inserção (RSI).

• Lei nº 41/2012. D.R. nº 166, Série I de 2012-08-28Procede à primeira alteração à Lei nº 9/2009, de 4 de mar-ço, que transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva nº 2005/36/CE, do Parlamento e do Conselho, de 7 de setembro, relativa ao reconhecimento das qualificações profissionais, e a Diretiva nº 2006/100/CE, do Conselho, de 20 de novem-bro, que adapta determinadas diretivas no domínio da livre circulação de pessoas, em virtude da adesão da Bulgária e da Roménia.

• Lei nº 42/2012. D.R. nº 166, Série I de 2012-08-28Aprova os regimes de acesso e de exercício das profissões de técnico superior de segurança no trabalho e de técnico de se-gurança no trabalho.

• Lei nº 45/2012. D.R. nº 167, Série I de 2012-08-29Aprova o regime jurídico de acesso e exercício da profissão de examinador de condução e o reconhecimento das enti-dades formadoras.

• Lei nº 47/2012. D.R. nº 167, Série I de 2012-08-29Procede à quarta alteração ao Código do Trabalho, aprovado pela Lei nº 7/2009, de 12 de fevereiro, por forma a adequá-lo à Lei nº 85/2009, de 27 de agosto, que estabelece o regime da escolaridade obrigatória para as crianças e jovens que se en-contram em idade escolar e consagra a universalidade da edu-cação pré-escolar para as crianças a partir dos 5 anos de idade.

• Portaria nº 272/2012. D.R. nº 171, Série I de 2012-09-04Cria o Programa de Apoio e Qualificação do PIEF - Programa Integrado de Educação e Formação.

TRANSPORTE & RODOVIÁRIA• Portaria nº 221/2012. D.R. nº 140, Série I de 2012-07-20Estabelece os requisitos técnicos a que devem obedecer os centros de inspeção técnica de veículos (CITV), no âmbito da Lei nº 11/2011, de 26 de abril.

• Decreto-Lei nº 181/2012. D.R. nº 151, Série I de 2012-08-06Aprova o regime do acesso e exercício da atividade de aluguer de veículos de passageiros sem condutor, designada por rent--a-car, revogando o Decreto-Lei nº 354/86, de 23 de outubro.

• Decreto-Lei nº 206-A/2012. D.R. nº 169, Suplemento, Série I de 2012-08-31Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei nº 41-A/2010, de 29 de abril, relativo ao transporte terrestre de mercadorias perigosas, transpondo a Diretiva nº 2010/61/UE, da Comissão, de 2 de setembro, e conformando o regime da certificação das entidades formadoras de conselheiros de segurança e de con-dutores de veículos de mercadorias perigosas com o Decreto--Lei nº 92/2010, de 26 de julho.

• Declaração de Retificação nº 44/2012. D.R. nº 174, Série I de 2012-09-07Retifica o Decreto-Lei nº 144/2012, de 11 de julho, do Minis-tério da Economia e Emprego, que aprova o regime de inspe-ções técnicas de veículos a motor e seus reboques, transpondo a Diretiva nº 2010/48/UE, da Comissão, de 5 de julho, que adapta ao progresso técnico a Diretiva nº 2009/40/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, publicado no Diário da República, 1.ª série, nº 133, de 11 de julho de 2012.

AMBIENTE• Lei nº 54/2012. D.R. nº 173, Série I de 2012-09-06Define os meios de prevenção e combate ao furto e de rece-tação de metais não preciosos com valor comercial e prevê mecanismos adicionais e de reforço no âmbito da fiscalização da atividade de gestão de resíduos.

ECONOMIA• Decreto-Lei nº 170/2012. D.R. nº 148, Série

I de 2012-08-01Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei nº 39/2010, de 26 de abril, que cria o regime jurídico da mobilidade elétrica.

• Decreto-Lei nº 174/2012. D.R. nº 149, Série I de 2012-08-02Altera o regime jurídico da instalação e do funcionamento dos estabelecimentos comerciais destinados à venda ou exibição produtos relacionados com a atividade sexual, conformando-o com a Diretiva nº 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro.

• Decreto-Lei nº 178/2012. D.R. nº 150, Série I de 2012-08-03Institui o SIREVE - Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial.

• Portaria nº 233-A/2012. D.R. nº 151, Suplemento, Série I de 2012-08-06Altera o Regulamento do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de Pequenas e Médias Empresas (SI Qualificação PME), aprovado pela Portaria nº 1463/2007, de 15 de novembro.

• Decreto-Lei nº 184/2012. D.R. nº 153, Série I de 2012-08-08Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei nº 188/2009, de 12 de agosto, tornando obrigatória a instalação de equipamen-tos de desfibrilhação automática externa em locais de acesso público.

• Decreto-Lei nº 199/2012. D.R. nº 164, Série I de 2012-08-24Altera o Decreto-Lei nº 61/2011, de 6 de maio, que estabelece o regime de acesso e de exercício da atividade das agências de viagens e turismo e adapta este regime com o Decreto--Lei nº 92/2010, de 26 de julho, que transpõe a Diretiva nº 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro, relativa aos serviços no mercado interno.

• Lei nº 43/2012. D.R. nº 166, Série I de 2012-08-28Cria o Programa de Apoio à Economia Local, com o objetivo de proceder à regularização do pagamento de dívidas dos municí-pios a fornecedores vencidas há mais de 90 dias.

FINANÇAS• Decreto-Lei nº 197/2012. D.R. nº 164, Série I de 2012-08-24Introduz alterações no Código do IVA, no Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias e alguma legislação comple-mentar, transpondo o artigo 4º da Diretiva nº 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de fevereiro, em matéria de localização das prestações de serviços, e a Diretiva nº 2010/45/UE, do Conse-lho, de 13 de julho, em matéria de faturação, dando execução às autorizações legislativas constantes do artigo 128º da Lei nº 64-A/2011, de 30 de dezembro.

• Decreto-Lei nº 198/2012. D.R. nº 164, Série I de 2012-08-24Estabelece medidas de controlo da emissão de faturas e ou-tros documentos com relevância fiscal, define a forma da sua comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira e cria um incentivo de natureza fiscal à exigência daqueles documentos

por adquirentes pessoas singulares.

• Portaria nº 255/2012. D.R. nº 165, Série I de 2012-08-27Aprova o novo modelo do cartão de contribuinte e revoga a Portaria nº 377/2003, de 10 de maio.

CIVIL• Lei nº 30/2012. D.R. nº 157, Série I de 2012-08-14Procede à segunda alteração ao Decreto-Lei nº 157/2006, de 8 de agosto, que aprova o regime jurídico das obras em prédios arrendados.

• Lei nº 31/2012. D.R. nº 157, Série I de 2012-08-14Procede à revisão do regime jurídico do arrendamento urbano, alterando o Código Civil, o Código de Processo Civil e a Lei nº 6/2006, de 27 de fevereiro.

• Lei nº 32/2012. D.R. nº 157, Série I de 2012-08-14Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei nº 307/2009, de 23 de outubro, que estabelece o regime jurídico da reabilita-ção urbana, e à 54.ª alteração ao Código Civil, aprovando me-didas destinadas a agilizar e a dinamizar a reabilitação urbana.

• Lei nº 48/2012. D.R. nº 167, Série I de 2012-08-29Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei nº 286/2009, de 8 de outubro, que regula a assistência e o patrocínio judiciá-rio aos bombeiros, nos processos judiciais em que sejam de-mandados ou demandantes, por factos ocorridos no âmbito do exercício de funções.

JURISPRUDÊNCIA• Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça nº 7/2012. D.R. nº 137, Série I de 2012-07-17Sem embargo de convenção em contrário, há direito de regres-so entre os avalistas do mesmo avalizado numa livrança, o qual segue o regime previsto para as obrigações solidárias.

• Acórdão do Tribunal Constitucional nº 353/2012. D.R. nº 140, Série I de 2012-07-20a) Declara a inconstitucionalidade, com força obrigatória ge-ral, das normas constantes dos artigos 21º e 25º da Lei nº 64-B/2011, de 30 de dezembro (Orçamento do Estado para 2012). b) Ao abrigo do disposto no artigo 282º, nº 4, da Cons-tituição da República Portuguesa, determina-se que os efeitos desta declaração de inconstitucionalidade não se apliquem à suspensão do pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ou quaisquer prestações correspondentes aos 13º e ou 14º meses, relativos ao ano de 2012..

• Acórdão do Tribunal Constitucional nº 387/2012. D.R. nº 155, Série I de 2012-08-10Pronuncia-se pela inconstitucionalidade das normas contidas nos artigos 1º e 2º do «decreto que determina a suspensão par-cial do artigo 1º e a suspensão dos artigos 2º, 8º, 9º, 11º e 14º das normas de execução do Plano de Ordenamento Turístico da Região Autónoma da Madeira», aprovado pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira em sessão plená-ria de 20 de junho.

Utilização

s

-

primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 188/2009, de 12 de agosto, que estabelece as regras a que se encon-

-tica externa para não médicos, bem como a instalação

-pamentos em locais de acesso público.

Assim, de acordo com o disposto no artigo 5º, n.º 3 ,do Decreto-Lei n.º 188/2009, na redação agora dada pelo Decreto-Lei n.º 184/2012, é obrigatória a insta-

acesso público:-

damente considerados ou inseridos em conjuntos

-

e) Recintos desportivos, de lazer e de recreio com lotação superior a 5000 pessoas.

-cais de acesso público, nomeadamente, dos estabe-lecimentos comerciais e conjuntos comerciais acima indicados, dispõem de um prazo de dois anos para o cumprimento integral das regras estabelecidas pelo presente diploma legal.

A certificação das empresas faz transparecer para o mercado a imagem de uma organiza-ção que procura e se esforça para obter a má-xima qualidade, e depois por mantê-la, dando garantias da sua aptidão em oferecer os me-lhores serviços e produtos aos potenciais clien-tes, transmitindo assim uma maior confiança e credibilidade junto do mercado onde atua.

Em plena crise económica, quando a ati-tude mais natural parece ser a do desinvesti-mento, as empresas devem tentar destacar-se do mercado e lutar por se manterem eficazes, inovadoras e centradas na satisfação do clien-te. Nesta fase não se devem dar ao luxo de perder clientes, mas devem, isso sim, fidelizá--los! A crise representa, aliás, uma excelente oportunidade para as empresas repensarem a sua atuação no mercado e a sua organiza-ção interna, de modo a alinhá-los com os objetivos estratégicos. Embora seja muito difícil escapar totalmente aos efeitos de uma conjuntura menos favorável, estes podem ser minimizados com alguma dose de otimismo e inovação e com a adoção de padrões de ex-celência.

É neste sentido que a certificação se torna um poderoso auxiliar no combate à crise, pois permite sistematizar os objetivos, os proces-sos internos e a comunicação com o cliente. A certificação tem vantagens tanto a nível in-terno da empresa, como a nível externo. Inter-namente, atua como um fator motivador, ao exigir a participação de todos e ao estabelecer obrigações na formação dos recursos huma-nos, contribuindo para a criação de uma nova cultura no sentido da melhoria contínua da qualidade da empresa. Determina, ainda, a definição clara de responsabilidades e contri-bui para a redução de custos, devido à dimi-nuição de desperdícios e reclamações. Ao ní-vel externo, a certificação confere uma melhor imagem à empresa, contribuindo para atrair a confiança dos seus clientes, atuais e potenciais.

O resultado de tudo isto é lucro, rentabi-lidade e uma organização mais competitiva. Não serão estes argumentos suficientemente fortes para apostar na certificação e na qua-lidade?

Para mais informações, por favor contactar os serviços técnicos da ARAN.

Foi publicada em Diário da República a Lei n.º 54/2012, de 6 de setembro, que define os meios de prevenção e combate ao furto e de recetação de metais não preciosos com valor comercial e prevê mecanismos adicionais e de reforço no âmbito da fiscalização da atividade de gestão de resíduos. De realçar nesta legisla-ção que “Os operadores em cujas instalações se procede ao armazenamento, tratamento ou va-lorização de metais não preciosos são obrigados a adotar um sistema de segurança que inclua, no mínimo, um sistema de videovigilância

para controlo efetivo de entradas e saídas nas instalações onde são recolhidos”. A entrada em vigor desta medida está dependente da entrada em vigor de diploma próprio que regulamente esta norma. Além dos poderes reforçados para as forças de segurança e ASAE no que respeita ao cumprimento das disposições deste diplo-ma, existirá ainda a obrigação de registo diário, em formato de papel ou informático, de todas as transações de resíduos, com cópia de identi-ficação de transportador e produtor de resíduos e forma de pagamento, entre outros.

Foi publicado o Despacho em Diário da República, no passado dia 25 de Ju-lho, pelo Presidente do Conselho Dire-tivo do IMTT, que visa a introdução da obrigatoriedade de utilização de dísticos de identificação dos alvarás das empresas nas viaturas licenciadas para atividades de transporte. Com a publicação em Diário da República entra em vigor esta obrigação.

De salientar a introdução de dísticos para os veículos Pronto-Socorro licencia-dos ao abrigo do Decreto-Lei 193/2001, de 26 de junho.

O referido Despacho refere o seguinte:“A adoção de um sistema integrado

de numeração dos alvarás de acesso às várias atividades de transporte rodoviá-rio, através do nº 6 da Deliberação nº 585/2012, de 23 de abril, recomenda o seu rebatimento nos distintivos de iden-tificação dos veículos licenciados nessas atividades.

No nº 6 do artigo 5º da Lei nº13/2006, de 17 de abril, e no artigo 39º do Decre-to de Lei nº 257/2007, de 16 de julho, remete-se para despacho do Presidente do Conselho Diretivo do IMTT a defi-nição e aprovação de tais distintivos para algumas atividades, convindo proceder de igual forma para as restantes ativida-des em que existem veículo licenciados.

Para facilitar a tarefa de fiscalização rodoviária, bem como para evidenciar a legalidade dos serviços junto dos seus utilizado-res, define-se, pois, através do presente despacho, um

conjunto de normas de identificação dos veículos licenciados tão harmonizado quanto possível.

Transporte em veículos pronto--socorro

Os veículos pronto-socorro licencia-dos por empresas detentoras do alvará a que se refere o artigo 3º do Decreto-Lei 193/2001, de 26 de junho, devem os-tentar distintivos de identificação pinta-dos ou impressos em material autocolan-te que garanta condições de aderência e permanência, colocados em posição fixa e visível, um na parte da frente e outro na retaguarda do veículo, em conformi-dade com o modelo e com as caracterís-ticas seguintes:

negrito, tamanho 40, sobre fundo bran-co e bordadura de 3mm.

Segundo informação vinculada pelo IMTT quanto ao início desta obrigação para os outros setores em que esse im-perativo não existia e em que haja licen-ciamento de veículos, nomeadamente o transporte em veículos pronto-socorro, deverão utilizar o normativo deste des-pacho à medida que novas empresas sejam habilitadas com o respetivo alva-rá de acesso à atividade e, no mínimo, à medida que as empresas anteriores ve-jam os respetivos alvarás revalidados, ou reemitidos a seu pedido.

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sexta-feira, 21 de setembro 2012 IX

Foi publicado no passado dia 1 de agosto o Decreto n.º 169/2012, que cria o Sistema da Indústria Responsável (SIR), em substituição do anterior Re-gime de Exercício da Atividade Industrial (REAI), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 209/2008, de 29 de outubro, aplicando-se assim às novas instalações de es-tabelecimentos industriais.

Este diploma regula ainda a instalação e exploração de zo-nas empresariais responsáveis – ZER (similares às anteriores áreas de localização empresarial – ALE), bem como o processo de acreditação de entidades no âmbito deste Sistema, possibili-tando assim a congregação num único documento matérias que se encontravam separadas em diferente legislação.

Esta nova legislação, à seme-lhança do regime existente (“Li-cenciamento zero” – Decreto--Lei n.º 48/2011, de 1 de abril) para determinados estabeleci-mentos de comércio e presta-ção de serviços, nomeadamente oficinas de manutenção e re-paração automóvel, tem como

objetivo reduzir o controlo pré-vio e reforçar os mecanismos de controlo a posteriori, acom-panhados de maior responsa-bilização dos industriais e das demais entidades intervenientes no procedimento. Também este regime assenta na utilização do designado “Balcão do Empre-endedor”, cuja definição é a de “(…) balcão único eletrónico nacional para a realização de todas as formalidades associadas ao exercício de uma atividade económica, acessível diretamen-te através do Portal da Empresa ou, por via mediada, através dos balcões presenciais das entida-des públicas competentes”.

Outro ajuste em relação ao anterior regime passa pela re-organização dos parâmetros para os diferentes tipos de li-cenciamento, havendo menor exigência para a admissibilidade a níveis mais rigorosos de licen-ciamento, designadamente de tipo 1 e 2. Podemos observar na tabela 1 as principais alterações relativas a este ponto:

Existem ainda alterações quanto às taxas e prazos exigidos

às empresas para licenciamento, num sentido de diminuição dos mesmos.

Outra mudança relativa a este diploma prende-se com a

adoção de um regime de mera comunicação prévia para os es-tabelecimentos industriais do tipo 3, podendo os mesmos iniciar a respetiva exploração

imediatamente após tal comu-nicação junto do “Balcão do Empreendedor” e da entidade competente pelo licenciamento (ver tabela 2).

Novo regime de licenciamento industrial

Em época de crise: vantagens

em ser empresa certificada

GESTÃO DE RESÍDUOS - aumento de fiscalização para combater furto e recetação de metais

Dísticos para os veículos pronto-socorro

Tabela 1: Comparação das tipologias de estabelecimentos industriais

DL 209/2008 (antigo regime) DL 169/2012 (novo regime)

Estabelecimento tipo 1

RJAIA; RJPCIP; RPAG; OGR PERIGOSOS (VER LEGENDA)

RJAIA; RJPCIP; RPAG (ver legenda)

Potência elétrica

Potência térmica

Número trabadores

Potência elétrica

Potência térmica

Número trabadores

Outros regimes (ver legenda)

Estabelecimento tipo 2 (pelo menos um dos seguintes parâmetros)

> 40 Kva> 8 ×

106Kj/h > 15 > 99 Kva

> 12 × 106Kj/h

> 20 OGR; TEGEE

Estabelecimento tipo 3

Não abrangidos em licenciamento Tipo 1 e 2

Não abrangidos em licenciamento tipo 1 e 2

legenda: RJAIA – regime jurídico de avaliação de impacte ambiental RJPCIP - regime jurídico de prevenção e controlo integrados da poluição RPAG - regime de prevenção de acidentes graves OGR – operações de gestão de resíduos TEGEE - título de emissão de gases com efeito de estufa

Tabela 2: Entidade coordenadora de licenciamento industrial por tipologia de

estabelecimento

Tipologia de estabelecimentos Entidade coordenadora

Tipos 1 e 2 unidade de representação territorial do Ministério da Economia e do Emprego competente ou sociedade gestora da ZER

Tipo 3 Câmara Municipal territorialmente competente ou sociedade gestora da ZER

Notas: - As vagas são preenchidas por ordem de chegada; - O plano formação está sujeito a alterações.

Para mais informações contactar o Departamento de Recursos Humanos e Formação Profissional da ARAN:Tel. 22 509 10 53 Fax: 22 509 06 46 E-mail: [email protected] Morada: Rua Faria Guima-rães 631 4200-291 Porto

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OBRIGATORIEDADE LEGAL FORMAÇÃO EM SEGURANÇA,

HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO

De acordo com os nºs 1 e 6 do artigo 20º, da Lei nº 102/2009, de 10 de setembro, o trabalhador deve receber uma formação adequada no domínio da segurança e saúde no trabalho, tendo em aten-ção o posto de trabalho e o exercício de atividades de risco elevado (nº 1). Constitui contraordenação grave a violação do disposto no nº 1 (nº 6).

Assim, todos os trabalhadores duma empresa são obrigados legalmente a terem formação na área de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

Para mais informações, contacte o Departamento de Formação Profissional

da ARAN

OBRIGATORIEDADE LEGALCurso de Atestação de Técnicos para Intervenções

em Sistemas de Ar Condicionado Instalados em Veículos a Motor

De acordo com o Decreto-Lei nº 56/2011 e Regulamento (CE) nº 307/2008, só

podem proceder a intervenções em sistemas de ar condicionado, que contêm gases flu-orados com efeito de estufa, instalados em veículos a motor, os técnicos detentores do atestado de formação, obtido por frequência de curso realizado em entidades reconheci-das como Organismos de Atestação pela Agência Portuguesa do Ambiente.

A criação de organismos de atestação, prevista na lei, levou ao aparecimento de enti-dades com oferta formativa nesta área, como é o caso do CEPRA – Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel.

O curso para obtenção de Atestado de Formação de técnico para intervenções em sistemas de ar condicionado instalados em veículos a motor, que contenham gases fluora-dos com efeito de estufa, tem duração de 25 horas e o atestado de formação obtido após frequência com aproveitamento do curso do CEPRA tem validade de 7 anos.

Para mais informações, contacte o Departamento de Formação Profissional da ARAN.

sexta-feira, 21 de setembro 2012X

PLANO DE FORMAÇÃO CO-FINANCIADA

ARAN – 2012 - 2º. SEMESTRE

Motores – Diag. De Avarias/ Inform. Técnica

Mirandela 50 h 08/10/2012 24/10/2012 89 J 19h–23h

Motores – Diag. De Avarias/ Inform. Técnica

Castelo Branco

50 h 22/10/2012 08/11/2012 89 J 19h–23h

Diag. Rep. Sistemas Antipoluição / Sobre-alimentação

Vila Real 50 h 29/10/2012 16/11/2012 89 J 19h–23h

Diag. Rep. Sistemas de Comunicação e Informação

Pedrouços 50 h 19/11/2012 05/12/2012 89 J 19h–23h

Sistemas de trans-missão automática

Albufeira 25 h 26/11/2012 04/12/2012 45 J 19h–23h

Emprego ARANAs empresas Associadas da ARAN podem consultar neste espaço informação sobre profissionais à procura de emprego. As empresas interessadas deverão contactar

o Departamento de Recursos Humanos para ter acesso aos CV’s detalhados.

PROCURA DE EMPREGO:Referência 01/12 - Mecânico Auto 1ª com experiência nas marcas Renault e Mitsubishi.

Referência 02/12 - Administrativa/recepcionista

OFERTA DE EMPREGO:Empresa de sector Automóvel ( venda e após-venda) em Ponte de Lima recruta colaboradores - vendedores e res-ponsável da oficina.

Resposta a Departamento de Recursos Humanos ARAN Tel. 22 509 10 53 Fax: 22 509 06 46 E-mail: [email protected]

PLANO DE FORMAÇÃO CEPRA – 2012 - 2º. Semestre

Eletricidade automóvel Prior Velho 25 h 01/10/2012 09/10/2012 19-23h 45 J

Soldadura MAG e eléctrica por resistência

Prior Velho 50 h 01/10/2012 17/10/2012 19-23h 89 J

Diagnóstico e reparação de sistemas de informação e comunicação

Prior Velho 50 h 08/10/2012 24/10/2012 19-23h 89 J

Diagnóstico e Reparação em Sis-temas de Ignição e Injeção Elec-trónica de Motores a Gasolina

Prior Velho 50 h 09/10/2012 25/10/2012 19-23h 89 J

Orçamentação de Colisão / Tempários e Tarifários

Prior Velho 50 h 17/10/2012 02/11/2012 19-23h 89 J

Soldadura MIG TIG e específicas para alumínio

Prior Velho 50 h 22/10/2012 08/11/2012 19-23h 89 J

a) Cursos do CEPRA em que os Associados da ARAN têm 15% de Desconto. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição do CEPRA e enviar para a ARAN e o pagamento deve ser efectuado para o NIB 0781 0112 0000 0006 0981 3 entregando o comprovativo de transferência bancária no 1º. dia da formação.b) Cursos do CEPRA em que os interessados devem preencher a ficha de inscrição do CEPRA e enviar para a ARAN e o pagamento deve ser efectuado para o NIB 0781 0112 0000 0006 0981 3 entregando o comprovativo de transferência bancária no 1º. dia da formação.

Notas: - As vagas são preenchidas por ordem de chegada; - O plano formação está sujeito a alterações.

FORMAÇÃOWorkshop Ambiental - Câmara Municipal de Gondo-mar

16 de Outubro Anfiteatro da Bi-blioteca Municipal

14.00h - 18.00h

Workshop sobre alterações no Código de Trabalho - Expoclássico

6 de Outubro Exponor 11.00h - 14.00h

AutoClássico regressa ao Porto com mais de 300 expositores

O AutoClássico Porto é já uma referência no que toca aos salões dos clássicos europeus. Hoje assume-se como a maior e a melhor feira do setor a nível ibérico, adiantou à “Vida Econó-mica” Jorge Ortigão, responsável da organização deste evento, que decorre de 5 a 7 de outubro, na Exponor. A ARAN é um dos par-

ceiros deste salão, contando com um stand e a realização de uma sessão de trabalho, no dia 6, da parte da manhã (ver quadro).

“Apesar da crise, como suce-deu no ano passado, o espaço está cheio e são esperados cerca de 300 expositores, oriundos de nove países. O número é idêntico ao da edição anterior, o que refle-te que se trata de um segmento automóvel que atrai as atenções. Para tal, muito contribui a eleva-da variedade de artigos e expo-

sitores. Tudo o que se relaciona com os clássicos pode ser encon-trado na Exponor, ao longo dos três dias do salão. Importa notar que um grande número de visi-tantes é proveniente de Espanha, ainda que a Feira de Barcelona seja aquela com mais prestígio”, explica Jorge Ortigão.

Com o tempo e os esforços desenvolvidos, o AutoClássico Porto tem assumido uma cres-cente notoriedade e posiciona-se no topo deste tipo de realizações. “Tem havido sempre a preocu-pação de promover de forma in-tensa o evento, ao mesmo tempo que se vai conquistando prestí-

gio. Para impulsionar este acon-tecimento têm sido introduzidas várias novidades. Certo é que o recinto da Exponor conta com cerca de 30 mil m2 de exposição e com meia dezena de exposito-res. Trata-se de um acontecimen-to que já acontece há uma década e, mais uma vez, esperamos uma forte adesão do público”, adianta aquele responsável. “A organiza-ção preparou um amplo leque de atividades para satisfazer todos os gostos.”

Edição passada contou mais de 35 mil visitantes

No ano passado, o AutoClás-sico Porto contou, segundo a Eventos del Motor, a que per-tence Jorge Ortigão, com a visi-ta de mais de 35 mil visitantes, “o que dinamizou a atividade do setor, dado o elevado número de espanhóis que se deslocou ao sa-lão, alguns de muito longe”. Os produtos vão desde os automó-veis e motociclos de época a tudo o que é necessário para deles des-frutar. “Desde os acessórios e as peças mais difíceis de encontrar até às ofertas mais vantajosas para contratar um seguro, pas-sando por livros que recordam as histórias do automobilismo de antigamente.”

Dinamizar o mercado do veí-culo clássico é um dos objetivos com que nasceu o AutoClássi-co Porto, pelo que o pavilhão número quatro é dedicado a

duas atividades principais. Por um lado, acolherá o “Top Car Porto”, espaço onde o visitante pode encontrar-se com ofertas variadas de automóveis de gama alta e/ou desportivos, todos com potências de série supe-riores a 180 cavalos. Por outro lado, tem lugar o “Leilão Au-toClássico”, que celebra a sua segunda edição. Na primeira edição foram licitados mais de cem veículos, de acordo com a organização.

Motorshow é atrativo habitual

Um dos principais atrativos será a realização da 10ª edição do Motorshow. Ocupa o pavi-lhão número seis da Exponor, bem como a zona exterior de aparcamento situada nas trasei-ras dos pavilhões, delineando um circuito. Nos últimos tem-pos recebeu a participação de

vários ex-campeões do mundo de ralis, como Timo Salonen ou Massimo Biasion. As entra-das custam dez euros, dando ao visitante a oportunidade de visitar todos os pavilhões e ati-vidades.

Três coupés emblemáticos desportivos de princípios dos anos sessenta celebram aqui os 50 anos que estão nas estradas, o Renault Alpine, o MGB e o Lotus Elan. O mesmo se pode dizer da Vespa, um símbolo da motorização urbana desde mea-dos do século XX. Os visitantes do AutoClássico Porto poderão desfrutar da presença de mui-tos dos modelos da marca do “Cavalinho Rompante”, com uma exposição denominada “65 anos Ferrari” e em que se celebra o início da construção de veículos de série por parte da empresa de Maranello, com a presença de muitos dos seus fantásticos modelos.

sexta-feira, 21 de setembro 2012 XI

A edição deste ano conta com mais de 300 expositores.

No ano passado, o evento recebeu mais de 35 mil visitantes.

Um dos principais atrativos é a 10ª edição do Motorshow.Os motociclos não são esquecidos no AutoClássico Porto.

Na segunda época no campeonato alemão de turismo DTM, onde é piloto oficial da Audi, Filipe Albuquerque considera-se “um privilegiado” por ser dos poucos pilotos portugueses de automóveis que é pago para competir. “Se tivermos em conta que metade do pelotão da Fórmula 1 paga para correr e que em Portugal há poucos pilotos com este estatuto, é claro que sou um privilegiado. Trabalho arduamente todos os dias para não perder o lugar, para mostrar o meu valor e para ser sempre um bom profissional”, afirma, em entrevista à “Vida Económica”, o piloto de Coimbra. Quanto a objetivos futuros, Filipe Albuquerque gostaria de ficar mais anos e poder vir a ser campeão no DTM.

“Portugal é um país com pouca expressão no setor automóvel e ter sido escolhido para representar uma talentos é um grande orgulho”, afirma o piloto.

Tiago Monteiro testou Honda Civic WTCC no Algarve

Latvala vence WRC na Grã-Bretanha

sexta-feira, 21 de setembro 2012XII

AQUILES [email protected]

Vida Económica – Que balanço faz desta época, a segunda em que está no DTM?

Filipe Albuquerque – O balanço não é o esperado. Por vezes, há épocas de algu-ma frustração porque por um lado o meu andamento tem sido bastante bom, posso mesmo dizer que estou entre os mais velo-zes, por outro os resultado não espelham isso. Décimo terceiro na classificação não é de todo o meu objetivo nem o lugar em que mereça estar [esta entrevista foi feira antes da etapa de Oschersleben, disputada no último fim de semana, em que Albu-querque foi 9º classificado, sendo agora o 15º do campeonato, com os mesmos pon-tos dos 12º].

VE – Quais os objetivos até ao fim da temporada [depois de Oschersleben, fi-cam a faltar duas provas para o fim da temporada]?

FA – Acabar o campeonato nos dez pri-meiros e ser o quarto melhor Audi, sendo que os outros já estão a uma distância bas-tante grande para os alcançar.

VE – O Filipe Albuquerque sempre procurou a liderança nas competições em que entrou. Disputar o título no DTM passa pelos seus objetivos?

FA – Sem dúvida. O meu grande obje-

tivo seria um dia ganhar o campeonato, mas sei que é uma tarefa bastante difí-cil, sobretudo porque é um campeonato onde a experiência conta bastante. Os pilotos que lá estão têm muitos anos de DTM. É difícil mas não é impossível. Para já estou concentrado em alcançar uma vitória.

VE – Em termos futuros, pretende fazer carreira no DTM ou tem outras metas em mente?

FA – Gostava muito. Estou cada vez a gostar mais do DTM, embora essa decisão caiba à Audi. Sou “funcionário” da Audi e são eles que propõem onde vou competir. Se for o DTM, tanto melhor.

VE – O Filipe Albuquerque é dos poucos pilotos portugueses que é, efeti-vamente, pago para competir. Conside-ra-se um privilegiado?

FA – Sim. Se tivermos em conta que metade do pelotão da Fórmula 1 paga para correr e que em Portugal há poucos pilotos com este estatuto, é claro que sou um privilegiado. Trabalho arduamente to-dos os dias para não perder o lugar, para mostrar o meu valor e para ser sempre um bom profissional.

VE – Acha que essa mensagem chega ao público português?

FA – Para quem gosta de automóveis,

Tiago Monteiro admite que o Civic ainda é di-fícil de pilotar.

Latvala (na foto) adiou a festa da Citroën.

Tiago Monteiro esteve no Autódromo Internacional do Algarve entre 12 e 14 de setembro a testar o Honda Civic com que irá disputar a o Campeonato do Mundo de Turismo de 2013 e as três últimas corridas da presente temporada. Testes exaustivos debaixo de temperaturas muito elevadas num circuito muito exigente.

No primeiro dia de testes coube a Ga-briele Tarquini parte do trabalho e no segundo e terceiro a Tiago Monteiro que fez um trabalho minucioso de ajustar ao máximo o novo Honda Civic. “Estamos a trabalhar de forma muito intensa, pois fal-ta pouco tempo para a primeira corrida. A realidade é que de cada vez que entramos em pista damos um passo em frente. Há ainda um longo percurso a fazer mas com a dedicação e profissionalismo de todos na JAS Motorsport e na Honda tenho a cer-teza que vamos conseguir atingir os nossos objetivos”, começou por dizer.

“O Honda Civic é bastante eficaz nas travagens e na entrada par as curvas, mas, face ao que estou habituado, ainda difícil de pilotar. É todo um caminho que temos de percorrer até encontrarmos o melhor compromisso. A primeira corrida no Japão vai ser um enorme desafio, pois a Honda estará a correr em casa e há o enorme de-sejo para que tudo corra bem”, concluiu o piloto do Porto, que só pegará na sua nova máquina no Japão. Antes da estreia em Suzuka do Honda Civic o WTCC visita ainda o traçado de Sonoma, nos Estados Unidos, entre hoje (dia 21) e domingo.

Jari-Matti Latvala venceu, no passado fim de semana, o rali da Grã-Bretanha. Com a vitória, o piloto finlandês do Ford Fiesta RS WRC conseguiu adiar o título da Citroën (por equipas) e de Sébastien Loeb (o piloto francês do DS3 WRC foi segundo classificado neste rali).

A Ford foi, de resto, a grande domina-dora da etapa britânica (disputada em Ga-les) do Campeonato do Mundo de Ralis. Loeb – que se prepara para conseguir o nono título mundial consecutivo no Rali de França (4 a 7 de outubro), a antepenúl-tima prova do campeonato de 2012 – foi o único piloto não Ford a terminar nos quatro primeiros. Petter Solberg fechou o pódio, enquanto Mads Ostberg foi quarto. O segundo carro da equipa oficial da Ci-troën, pilotado por Mikko Hirvonen, foi quinto classificado da geral.

FILIPE ALBUQUERQUE, PILOTO OFICIAL AUDI NO DTM, SOBRE O FACTO DE SER DOS POUCOS PILOTOS PORTUGUESES

“Claro que sou um pri

FÓRMULA 1

“Faltou o interesse

económico. Assim teria

que pagar, e isso estava e

está fora de questão por

várias razões”

DTM

“O meu grande objetivo

seria um dia ganhar o

campeonato, mas sei que

é uma tarefa bastante

difícil, sobretudo porque

é um campeonato onde

a experiência conta

bastante”

marca como a Audi num mercado que está cheio de

Piloto português do Moto3 reclama retorno de oito milhões por época

AQUILES [email protected]

A participação de Miguel Oliveira na categoria Moto3 do Campeonato do Mundo de Motociclismo (acompanha, tal como o Moto2, o “circo” do MotoGP) permite um retorno a rondar os oito mi-lhões de euros por época, de acordo com Paulo Oliveira, pai e gestor de carreira do jovem piloto português. “Contabilizamos o retorno que damos aos nossos patroci-nadores apenas em Portugal. Na primeira metade da temporada atingimos 3,5 mi-lhões de euros de retorno e na segunda metade o objetivo é chegar aos oito mi-lhões de euros. Tendo em conta que o investimento dos patrocinadores pode variar entre os 10% e os 30% do retorno, é sem dúvida um bom investimento. É claro que estes números se devem a um grande trabalho de comunicação por parte dos nossos assessores de imprensa”, disse à “Vida Económica” o representan-te do piloto de 17 anos, que no último fim de semana, no Grande Prémio de San Marino, foi nono classificado, subindo para nono da geral.

A mesma fonte defende que “a tradição do motociclismo em Portugal não pára de crescer, por isso existe uma grande quantidade de público que segue a com-petição, embora, para já, se trate de uma faixa etária mais adulta”. Paulo Oliveira afirma estar a trabalhar para atingir mais público, dando como exemplo as par-cerias com a L’Oreal Studio Line e mais recentemente com a MTV. “Vão ajudar a comunicar ainda mais, principalmente com os mais jovens que são a base da edu-cação e cultura”, indica.

Os principais patrocinadores de Mi-guel Oliveira não são portugueses. O pai do jovem piloto da Suter Honda aponta dois fatores para isso. “O trabalho que o Miguel tem realizado ao longo destes 9 anos permitiu colocá-lo num grupo mui-to restrito de atletas a nível mundial nesta categoria e, por isso, passou a ser dese-jado por equipas que têm patrocinadores próprios, como é o caso da atual equipa Estrella Galicia 0,0. A razão pela qual o Miguel, até à data, não tem patrocinado-res portugueses prende-se com o facto de a grande parte das nossas empresas não optarem, nas suas estratégias de marke-

ting, por arriscarem e apostarem em mo-dalidades desportivas como plataforma de comunicação. Penso que, para além da promoção do produto, ajudariam tam-bém a fomentar a prática do desporto, que é fundamental para a saúde”, defende Paulo Oliveira.

Uma coisa é certa, para o entrevistado, “o facto do Miguel ser um grande talento a nível mundial torna-o numa excelen-te plataforma de comunicação” para as empresas. “Empresas como a cervejeira Estrella Galicia, a petrolífera Repsol, o banco Catalunha Caixa, incluindo a Vo-dafone Portugal, que está com o Miguel desde o seu início da carreira, são patro-cinadores que dispensam apresentações, têm uma visão de mercado diferente e veem este tipo de projeto como investi-mento, não como um gasto.

Penso que as empresas portuguesas de-vem mudar um pouco a sua mentalida-de, porque numa conjuntura económica onde é preciso diversificar e olhar para outros mercados, o campeonato do mun-do de MotoGP e o Miguel são excelentes montras de comunicação”, defende Paulo Oliveira. “Aliás, não entendo o porquê de não se juntarem duas ou três empresas, principalmente do setor do turismo, que agarrem esta prova em Portugal, afinal são os que mais lucram diretamente”, remata.

MotoGP é “sonho alcançável”

Se nos automóveis o sonho dos pilotos é chegarem à Fórmula 1, nas duas rodas a meta é o MotoGP. “Um dos objetivos é ser campeão do mundo, se possível nas três classes. A classe rainha, o MotoGP, é o objetivo e um sonho alcançável, basta que se consiga reunir os apoios necessá-rios”, refere o entrevistado.

Para lá chegar, há o Moto2 como etapa intermédia. Paulo Oliveira acredita que o filho pode estar em 2014 naquela classe. “A estratégia é tentar dar sempre os passos certos. Este ano é o ano que o Miguel tem para aprender esta classe e no próximo ano lutar pelo título mundial. 2014 será o ano em que o Miguel passará à classe Moto2 e em que vai aprender a categoria, para que no ano seguinte possa lutar pe-los lugares cimeiros”, explica o gestor da carreira do piloto de Almada.

sexta-feira, 21 de setembro 2012 XIII

Paulo Oliveira gere a carreira do filho Miguel.

sem dúvida; numa visão mais geral, acho que o nome Audi é de grande dimensão e respeito. Mas, muitas vezes, o público em geral não tem noção de como as coisas funcionam neste mercado. Portugal é um país com pouca expressão no setor auto-móvel e ter sido escolhido para represen-tar uma marca como a Audi num merca-do que está cheio de talentos é um grande orgulho.

VE – Entre 2005 e 2007, foi piloto do Red Bull Junior Team, com bons resul-tados. Chegou a testar monolugares de Fórmula 1, mas nunca chegou a con-seguir um lugar numa equipa. O que faltou?

FA – Faltou o interesse económico, como já referi. Assim teria que pagar, e isso estava e está fora de questão por vá-rias razões. Por não ter o dinheiro, por não o ter conseguido reunir junto de um sem número de possíveis patrocinadores, e porque preciso, como qualquer cidadão normal, de ganhar dinheiro. Estou no des-porto por paixão mas isso não basta para me sustentar. Felizmente que tenho a pos-sibilidade de fazer o que realmente gosto e ser pago por isso.

VE – O mercado português de patro-cinadores, bem como a própria dimen-são da nossa economia como potencial de consumidores para as marcas inter-

nacionais, teve influência?FA – Na minha opinião, sim. Por exem-

plo, na altura eu poderia vir a substituir um americano, mas isso seria bastante complicado, porque enquanto em Por-tugal somos dez milhões de habitantes e consumiam-se cerca de um milhão de latas de Red Bull por ano, nos Estados Unidos, consumiam-se um bilião. São números astronómicos e fáceis de entender. Nem sempre o talento prevalece sobre os inte-resses económicos. Tive muita pena mas tive de aprender a lidar com a condição de ser português, que tanto me orgulha, e seguir outras vias. Foi duro mas o meu profissionalismo e empenho acabaram por ser reconhecido e aqui estou eu, com o contrato com que sempre sonhei.

VE – Considera que tem o mesmo apoio das grandes empresas e princi-pais organismos oficiais portugueses que outros pilotos têm?

FA – Neste momento, acho que nin-guém tem apoio das principais empresas nacionais. Infelizmente, empresas dire-tamente ligadas aos automóveis estão mais interessadas no futebol. E depois, e principalmente para Portugal, são va-lores tão altos que não há capacidade para tal. Em relação aos organismos ofi-ciais portugueses, acho que fazem o que podem com o que têm à disposição. Só posso agradecer.

PAGOS PARA COMPETIR

vilegiado”

A Opel está a festejar a passa-gem do 30º aniversário do Corsa. Em quatro gerações do mode-lo foram fabricados e vendidos na Europa cerca de 12 milhões de unidades. Contabilizando as diversas derivações sob outras marcas da General Motors, co-mercializadas em todo o mundo, os números globais de produção elevam-se a quase 20 milhões de unidades. À venda em Portugal desde a fase de arranque da pri-meira geração, o Opel Corsa fez também um percurso invejável no nosso país. Durante três dé-cadas ocupou em permanência lugares de topo no ranking de

vendas. Até ao final do passado mês de Agosto tinha acumulado um total de 507 867 unidades vendidas.

Segundo a Opel Portugal, esta “fasquia não foi, até hoje, ultra-passada por nenhum outro mo-delo do segmento”. De acordo com o último “census”, divulga-do no final de 2011, ainda circu-lam nas estradas portuguesas 408 495 Corsa. Neste testemunho de rara longevidade, o número representa cerca de 80%o das unidades comercializadas, pre-enchendo uma quota de 58% de todos os Opel que atualmente circulam no país.

Geração de 1993 a 2000 a mais vendida

A geração Corsa B, comercia-lizada entre os anos de 1993 e 2000, foi aquela que maior ade-são suscitou da parte dos portu-gueses. O design inovador para a época, os motores 1.2 a gasolina e 1.5 turbodiesel e o equipamen-to de segurança inédito no seg-mento fizeram, de acordo com a marca, “deste Corsa um ‘best--seller’ incontestado numa altura de vigoroso crescimento econó-mico do país”. Ao todo, foram matriculados 217 445 Corsa B em Portugal. Destes, ainda circu-lam 191 161 exemplares. Outro enorme sucesso da história lusa do Corsa foi a primeira geração (Corsa A), que comercializou nada menos que 158 272 unida-des entre 1982 e 1992.

As vendas das gerações mais recentes têm sido menos expres-sivas. A principal justificação não é um menor entusiasmo do público português com o utili-tário da Opel, mas o facto de as vendas de automóveis no nosso país terem atingido o pico em 2000 e 2001, tendo vindo a cair a pique desde então. O Corsa C,

que rendeu a geração anterior no ano 2000, registou 80 924 automóveis, e geração atual, lan-çada em 2006, acumula 51 226 unidades vendidas. De janeiro a agosto deste ano, a Opel matri-culou 1967 unidades Corsa em Portugal, mantendo o modelo na lista dos automóveis mais ven-didos pelo 30º ano consecutivo. Nos 12 meses de 2011, o Corsa tinha chamado a si cerca de 45% das vendas de automóveis de pas-sageiros da Opel em Portugal. A versão de cinco portas equipada com motor 1.2 Twinport de 85 cv cotou-se como a preferida. De um total de 6635 unidades co-mercializadas naquele ano, 68%

couberam ao Corsa de cinco por-tas, 10% ao de três portas e 22% à variante comercial Van.

A atual geração do modelo (Corsa D) Corsa compreende propostas com variantes de car-roçaria de passageiros de três e cinco portas e ainda a versão co-mercial com três portas. O leque de motorizações conta com seis unidades a gasolina e três turbo-diesel, com potências entre 75 e 210 cv. Associadas a estes motores podem estar caixas de velocidades manuais, de comando robotiza-do Easytronic ou automáticas. A gama Corsa conta com 29 ver-sões diferentes e propõe-se com preços a partir de 14 350 euros.

408 MIL AINDA EM CIRCULAÇÃO

Mais de meio milhão Opel Corsa vendidos em Portugal em 30 anos

Está mais pequeno e leve, mas isso não significa menos espaço para passageiros e carga. Com efeito, o Peugeot 208 tem mais 5 cm para as pernas de quem viaja nos bancos de trás e 15 dm3 na bagageira. Estes ganhos de eficiência permitem ao modelo montar, pela primeira vez, motores mais pequenos, melhorando consumos e emissões dos já existentes. No que o substituto do 207 não “poupa” é no comportamento em estrada, que é referencial.AQUILES [email protected]

A Peugeot Portugal lançou an-tes do verão o 208. Com o objeti-vo de honrar pergaminhos de an-tecessor de grande sucesso como

o 205 e o 206, o modelo “veste” a imagem dos mais recentes mo-delos da marca francesa, com des-taque para o bem sucedido 508.

O que mais chama a atenção no Peugeot 208 é o tamanho. Com efeito, tem dimensões ex-teriores bem mais comedidas do que o 207, mas consegue ganhos em termos de espaço para con-dutor e passageiros e eficiência energética. As opções técnicas fazem do modelo um automóvel leve (menos 110 kg em média do que o 207, com uma gama a partir de 975 kg), aerodinâmi-co (Cx de 0,29, SCx de 0,61) e muito compacto (menos 7 cm de comprimento e menos 1 cm de altura). Estes ganhos são acentu-ados por uma habitabilidade sen-sivelmente aumentada, com mais espaço nos lugares traseiros (mais 5 cm ao nível dos joelhos) e um compartimento de bagagens de maiores dimensões (mais 15 dm3 de volume).

Esta realidade teve como face mais visível ter tornado possível a introdução de motores a gasolina de três cilindros 1.0 (com 68 cv, de conceção própria e não, como no 107 de origem Toyota) e 1.2 VTi (82 cv), em substituição do já muito antigo 1.1. Os restantes propulsor (1.4 VTi e 1.6 THP a

gasolina e 1.4 e 1.6 diesel) transi-tam da geração anterior.

Comportamento em curva referencial

Foi, justamente, a versão mais equipada (Allure) com motor 1.4 HDi de 68 cv . A primeira sensa-ção que sentimos ao chegar perto do 208 é que parece, de facto, mais pequeno do que o anteces-sor. No entanto, ao entrarmos na viatura percebemos o trabalho de otimização de espaço que a mar-ca fez e percebemos, na prática, o ganho de dimensões exteriores comunicado pela Peugeot.

O que chama mais a atenção são as pequenas dimensões do volante, o que é música para os ouvidos de quem gosta de condu-ção desportiva, ainda mais quan-do se percebe que a posição de condução é boa. Um único pon-to negativo é o local do painel de bordo, que surge elevado, coloca-do mesmo por trás do volante. O “nosso” condutor tem uma esta-tura média (1,82 m) e teve difi-culdades com a visibilidade para o quadrante.

Uma vez em movimento, o motor 1.4 HDi revela a “ho-nestidade” do costume: ou seja, não sendo o mais dinâmico dos

motores, é mais do que suficien-te para a maioria dos andamen-tos e os consumos são frugais (o nosso computador de bordo revelou 5,8 l/100 km). No que este Peugeot 208 é referencial é no comportamento. Sem descu-

rar o conforto, a estabilidade do modelo em estrada é nada menos do que referencial para segmen-to B. Aguardam-se, então, “boas” notícias do Salão de Paris, onde a marca vai revelar a versão GTI do modelo.

AO VOLANTE

Peugeot 208 consegue eficiência arquitetural

sexta-feira, 21 de setembro 2012XIV

Apesar de ter dimensões menores, o 208 tem mais espaço interior.

Peugeot 208 1.4 HDi 68 AllureCilindrada 1398 cc

Potência 68 cv

Velocidade máx. 163 km/h

Aceleração 0-100 km/h 13,5 s.

Combinado misto (l/100 km) 3,8l/100 km

Emissões CO2 (g/km) 98

Preço 19 093 euros

Circulam nas estradas portuguesas 408 495 das quatro gerações Corsa.

O Corsa B foi o que suscitou maior adesão dos portugueses: entre 1993 e 2000 foram matriculados 217 445.

Suavidade e assertividade podia muito bem ser o slogan do Lexus GS 450h, o modelo mais “visível” da quarta geração do modelo do segmento E da marca “premium” da Toyota. Com quatro rodas direcionais, suspen-são adaptável e um motor 3.5 V6 com uma potência (combinada com o mo-tor elétrico) de 345 cv, é a sensação mais próxima de jato de luxo que se pode ter na estrada.AQUILES [email protected]

Os híbridos da Lexus são, já se sabe, especiais. A razão para isso foi, historicamente, procurarem – mais do que os “primos” da Toyota – juntar à vertente ambiental um lado mais desportivo. O recente

GS 450h eleva esse facto para um padrão nunca visto. Aquele que é o primeiro sedan de elevadas per-formances do mundo com motor dianteiro e tração traseira a estar equipado com dois motores elétri-cos no sistema “full hybrid” debita uma potência total de 345 cv (290 do motor 3.5 V6 a gasolina e 55 da motorização elétrica).

Nesta quarta geração, o modelo teve melhorias na dinâmica de con-dução que foram alcançadas graças à nova engenharia de conceção da carroçaria (que resultou num in-cremento da rigidez estrutural em

14%), à nova suspensão, travões mais potentes e tecnologias de pon-ta como a suspensão variável adap-tativa e o Sistema Dinâmico Lexus (LDH).

Disponível no GS 450h F Sport – versão que a “Vida Económica” ensaiou –, o LDH integra o sistema de quatro rodas direcionais e dire-ção com desmultiplicação variável. Resultado, com o LDH e a suspen-são adaptativa, o Lexus GS 450h revela um uma maneabilidade e uma eficácia digna de um (bom) automóvel desportivo de menores dimensões. Isto sempre com um

conforto digno das melhores berli-na de luxo do mundo.

Quanto ao motor, suavidade e assertividade podia ser o slogan des-te Lexus. Com efeito, sensação de aceleração que só encontro parale-lo nos aviões… mas com conforto e espaço de executiva. De facto, tanto no modo sport (que altera o quadrante e a gestão da caixa auto-mática, da direção e do acelerador) o conforto não deixa estar presente como, no modo Eco, o motor se poupa a esforços. Segundo os da-dos da Lexus, o GS 450h é capaz de acelerar de zero a 100 km/h em 5,9 segundos e alcançar uma velocida-de máxima de 250 km/h.

Ainda a propósito de espaço dis-ponível, refira-se que esta quarta geração do modelo do segmento E oferece agora mais espaço interior. Os ocupantes dos bancos dianteiros gozam de um incremento do espa-ço para pernas e de até mais 30 mm de espaço em altura. O espaço para os joelhos atrás aumentou 20 mm e, em altura o acrescento foi de 25 mm. O GS 250 e o GS 350AWD dispõem de mais 30% e o GS 450h mais 60% de volume na bagageira

(fruto de uma nova disposição dabateria do sistema híbrido num for-mato compacto), para 482 litros.

Uma última palavra para os con-sumos e emissões. Os dados damarca indicam uma redução de23%, para 5,9 l/100 km e emissões de CO2 de 137 g/km. Ao cabo dos perto de 300 km que fizemos ao volante do GS 450h, o computadorde bordo revelou uma média de 8,8l/100 km, um valor diferente do indicado, mas ainda assim um va-lor incomparavelmente mais baixo do que qualquer 3.5 “tradicional” a gasolina (se bem que também fique acima de um diesel dimensão seme-lhante).

AO VOLANTE

Novo Lexus GS 450h eleva padrões dos híbridos

sexta-feira, 21 de setembro 2012 XV

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Com o GT86, a Toyota regressa aos modelos desportivos.

Lexus GS 450h F-Sport

Cilindrada 3456 cc

Potência combinada 345 cv

Velocidade máx. 250 km/h

Aceleração 0-100 km/h 5,9 s.

Combinado misto (l/100 km) 5,9l/100 km

Emissões CO2 (g/km) 137

Preço J 85 536