magnus thiago da rocha meira estudo experimental de ... ii. magnus thiago da rocha meira . estudo...

of 267 /267
Magnus Thiago da Rocha Meira Estudo experimental de ligações pilares-vigas de concretos de diferentes resistências Tese de Doutorado Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da PUC-Rio como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Engenharia Civil. Orientador: Giuseppe Barbosa Guimarães Co-orientador: Ronaldo Barros Gomes Rio de Janeiro Setembro de 2009

Author: others

Post on 29-Aug-2019

0 views

Category:

Documents


0 download

Embed Size (px)

TRANSCRIPT

  • Magnus Thiago da Rocha Meira

    Estudo experimental de ligaes pilares-vigas de concretos de diferentes resistncias

    Tese de Doutorado

    Tese apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Engenharia Civil da PUC-Rio como requisito parcial para obteno do ttulo de Doutor em Engenharia Civil.

    Orientador: Giuseppe Barbosa Guimares Co-orientador: Ronaldo Barros Gomes

    Rio de Janeiro

    Setembro de 2009

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • II

    Magnus Thiago da Rocha Meira

    Estudo experimental de ligaes pilares-vigas de concretos de diferentes resistncias

    Tese apresentada como requisito parcial para obteno do ttulo de Doutor pelo Programa de Ps-Graduao em Engenharia Civil da PUC-Rio. Aprovada pela Comisso Examinadora abaixo assinada.

    Prof. Giuseppe Barbosa Guimares Orientador

    PUC-Rio

    Prof. Ronaldo Barros Gomes Co-Orientador

    UFG

    Prof. Ricardo Leopoldo e Silva Frana EPUSP-USP

    Prof. Ibrahim Abd El Malik Shehata Coppe-UFRJ

    Prof. Gilson Natal Guimares UFG

    Prof. Raul Rosas e Silva PUC-Rio

    Prof. Jos Eugenio Leal Coordenador Setorial do Centro Tcnico Cientfico - PUC-Rio

    Rio de Janeiro, 04 de setembro de 2009

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • III

    Todos os direitos reservados. proibida a reproduo total ou parcial do trabalho sem autorizao da universidade, do autor e do orientador.

    Magnus Thiago da Rocha Meira Graduou-se em Engenharia Civil na UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) em 2003. Obteve o ttulo de Mestre em Engenharia Civil na UFG (Universidade Federal de Gois) em 2005.

    Ficha Catalogrfica

    Meira, Magnus Thiago da Rocha

    Estudo experimental de ligaes pilares-vigas

    de concretos de diferentes resistncias / Magnus

    Thiago da Rocha Meira ; orientador: Giuseppe Barbosa

    Guimares ; co-orientador: Ronaldo Barros Gomes.

    2009.

    267 f. : il. (color.) ; 30 cm

    Dissertao (Mestrado em Engenharia Civil)

    Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro, Rio

    de Janeiro, 2009.

    Inclui bibliografia

    1. Engenharia civil Teses. 2. Confinamento

    de pilares. 3. Ns de prtico. 4. Resistncia efetiva do

    concreto. I. Guimares, Giuseppe Barbosa. II. Gomes,

    Ronaldo Barros. III. Pontifcia Universidade Catlica do

    Rio de Janeiro. Departamento de Engenharia Civil. IV.

    Ttulo.

    CDD: 624

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • IV

    Aos meus pais, Castro Meira e Eunice

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • V

    Agradecimentos

    Ao Prof. Giuseppe Barbosa Guimares, pela oportunidade de desenvolver

    esta tese sob sua orientao e pelo apoio e dedicao no decorrer do curso de

    doutorado.

    Ao Prof. Ronaldo Barros Gomes por ter aceitado o convite para a co-

    orientao desta tese e pela participao efetiva no desenvolvimento da

    mesma.

    Aos professores do curso de ps-graduao da PUC-Rio, pelo convvio e

    ensinamentos.

    Ao Rodrigo Menegaz Muller, HOLCIN (Brasil) SA, que disponibilizou parte dos

    materiais utilizados na pesquisa.

    Aos alunos do curso de ps-graduao da PUC-Rio das turmas de 2005 a

    2009, com quem eu tive a oportunidade de conviver no decorrer do curso, pela

    amizade e companheirismo.

    Aos tcnicos do laboratrio que ajudaram na realizao dos ensaios.

    Ao CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico e

    ao PROCAD Programa Nacional de Cooperao Acadmica, pelo apoio

    financeiro e por viabilizar entre outros aspectos o intercmbio cientfico com

    outras instituies.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • VI

    Resumo

    Meira, Magnus Thiago da Rocha; Guimares, Giuseppe Barbosa; Gomes, Ronaldo Barros. Estudo experimental de ligaes pilares-vigas de concretos de diferentes resistncias. Rio de Janeiro, 2009. 267p. Tese de Doutorado - Departamento de Engenharia Civil, Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro.

    O emprego de concretos de diferentes resistncias em pilares e nos

    demais elementos do edifcio, sendo o concreto dos pilares o de maior

    resistncia, tem sido uma opo adotada em algumas edificaes. Nas

    construes em geral, o concreto do pavimento colocado continuamente

    atravessando o n pilar-pavimento. Como resultado, o concreto da parte do

    pilar na regio de encontro entre o pavimento e o pilar tem uma resistncia

    menor do que no resto do pilar. Como, em geral, esta regio do pilar se

    encontra confinada pelo pavimento, surge ento a dvida sobre qual a

    resistncia compresso que se deve utilizar no clculo do pilar; se deve ser

    a do pilar, a do pavimento ou um valor intermedirio. O objetivo do trabalho

    estudar experimentalmente a influncia do confinamento do n em pilares

    interceptados por vigas. As variveis adotadas foram a taxa de armadura e a

    deformao especfica inicial na armadura longitudinal das vigas. Nesta tese

    foram estudados experimentalmente quatro espcimes com vigas nas duas

    direes e oito espcimes com vigas em uma direo. Tambm foram

    ensaiados dois pilares isolados e homogneos, um com concreto de mesma

    resistncia compresso do concreto utilizado no pilar e outro com concreto

    com resistncia igual resistncia do concreto das vigas. As resistncias

    nominais dos concretos das vigas e dos pilares foram 30 MPa e 70 MPa

    respectivamente. Os resultados indicaram que o confinamento promovido por

    vigas nas duas direes resulta num aumento significativo na carga de

    ruptura. O aumento da taxa de armadura das vigas aumenta a capacidade

    final somente nos espcimes com vigas nas duas direes. A influncia da

    deformao inicial na armadura das vigas inexpressiva.

    Palavras-chave Confinamento de pilares, ns de prtico, resistncia efetiva do concreto.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • VII

    Abstract

    Meira, Magnus Thiago da Rocha; Guimares, Giuseppe Barbosa; Gomes, Ronaldo Barros (Advisors). Experimental study of beam-column joints with different concrete strengths. Rio de Janeiro, 2009. 267p. Tese de Doutorado - Departamento de Engenharia Civil, Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro.

    The use of concretes with different strengths in columns and in the others

    elements of the floor, with the columns having the concrete with the highest

    strength, has been an option adopted in some buildings. In general, the

    concrete of the floor is poured continuously crossing the floor-column joint. As

    a result, the concrete strength in the joint region is lower than the concrete

    strength of the rest of the column. Since, in general, the joint region is confined

    by the floor, a doubt on the effective strength of the joint remains. The

    objective of the present work was to study experimentally the influence of the

    lateral confinement in the joint region of columns intercepted by beams. The

    variables were the reinforcement ratio and the initial strain in the tension

    reinforcement of the beams. In the present thesis, four specimens with beams

    in one direction and eight specimens with beams in two directions were studied

    experimentally. In addition, two isolated columns were also tested, one with

    concrete of same strength of the concrete of the columns and other with

    concrete of same strength of the concrete of the beams. The compressive

    concrete strength of the beams and columns were 30 MPa and 70 MPa

    respectively. The results indicated that the confinement provided by beams in

    two directions causes a significant increase of the failure load. The increase of

    the tension reinforcement ratio of the beams increases the failure load only in

    specimens with beams in two directions. The initial strain in the tension

    reinforcement of the beams has no effect on the ultimate capacity of the

    specimens.

    Keywords

    Confined columns, floor-column joint, effective concrete strength.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • VIII

    Sumrio

    1 INTRODUO 26 1.1. Generalidades 26 1.2. Objetivo e justificativa 27 1.3. Estrutura do trabalho 27

    2 REVISO BIBLIOGRFICA 29 2.1. Ns de prtico 29 2.1.1. Definio 29 2.1.2. Tipos de ns de prtico 29 2.1.3. Comportamento de ns de prtico 31 2.1.4. Pilares com concreto de elevada resistncia atravessados por vigas e/ou

    lajes com concretos de resistncia normal 31 2.1.5. Carga e modo de ruptura 33 2.2. Concreto confinado 34 2.3. Fatores que afetam a resistncia efetiva 35 2.3.1. Presena de laje e/ou vigas com ou sem cargas aplicadas 36 2.3.2. Razo entre as resistncias compresso dos elementos 39 2.3.3. Razo h/c entre a altura da viga e/ou laje e a menor dimenso do pilar 40 2.3.4. Armadura longitudinal da viga e/ou laje 41 2.3.5. Razo entre dimenses do pilar 42 2.3.6. Excentricidade da carga aplicada no pilar 43 2.3.7. Uso de armadura espiral, tirante ou estribo no n 43 2.3.8. Uso de concreto de elevada resistncia no n 44 2.4. Comportamento de pilares com concreto de maior resistncia atravessados

    por viga e/ou laje com concreto de menor resistncia 45 2.5. Normas e mtodos de clculo 49 2.6. Avaliao de normas e mtodos de clculo 53 2.7. Consideraes finais 57

    3 PROGRAMA EXPERIMENTAL 60 3.1. Caractersticas dos modelos ensaiados 60

    3.1.1. Parmetros e variveis 60

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • IX

    3.1.2. Programa experimental 61 3.2. Frmas 62 3.3. Materiais 63 3.3.1. Concreto 63 3.3.2. Ao 63 3.4. Detalhamento dos modelos 64 3.5. Instrumentao 65 3.6. Procedimento de preparao e realizao dos ensaios 69

    4 APRESENTAO DOS RESULTADOS 73 4.1. Materiais 73 4.1.1. Concreto 73 4.1.2. Ao 74 4.2. Modo de ruptura 75 4.3. Carga de ruptura 80 4.4. Deformao 80 4.4.1. Concreto 80 4.4.2. Ao 86 4.5. Deslocamentos 97 4.5.1. Pilar 97

    5 ANLISE DOS RESULTADOS 102 5.1. Comportamento dos espcimes 102 5.2. Carga e modo de ruptura 106 5.2.1. Carga de ruptura 106 5.2.2. Modo de ruptura 111 5.3. Deformao 112 5.3.1. Concreto 112 5.3.2. Ao 114 5.4. Deslocamentos 125 5.5. Comparao entre as resistncias efetivas experimentais e estimadas 127 5.6. Consideraes quanto ao estado limite ltimo terico 131

    6 CONCLUSES E SUGESTES 134 6.1. Concluses 134 6.2. Sugestes para trabalhos futuros 137 6.2.1. Variveis 137

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • X

    6.2.2. Aparato experimental 137

    Referncias Bibliogrficas 139

    Anexo A Dados da literatura para avaliar as normas e os mtodos de clcul 143

    Anexo B Grfico da avaliao das normas e dos mtodos de clculo 146

    Anexo C Detalhamento da armadura dos espcimes 154

    Anexo D Equipamentos para preparao e realizao dos ensaios 160

    Anexo E Dados dos ensaios 165

    Anexo F Dados dos ensaios de caracterizao do concreto e do ao 250

    Anexo G Clculo das resistncias efetivas dos espcimes na ruptura 253

    Anexo H Clculo das resistncias efetivas no estado limite ltimo 261

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XI

    Lista de figuras

    Figura 2.1 Delimitao do n. 29 Figura 2.2 Exemplos de tipos de ligaes (as lajes no esto desenhadas para

    facilitar a visualizao) (ACI 352-02, 2002). 30 Figura 2.3 Exemplos de tipos de ligaes de concreto armado em edifcios. 30 Figura 2.4 Estado triaxial no n (Ospina e Alexander, 1997). 31 Figura 2.5 Conexes viga-laje-pilar: interior (a), borda (b), canto (c) e pilar

    sanduche (d) (Portella et al., 1999). 32 Figura 2.6 Conexes laje-pilar: (a) concreto do n o mesmo do pilar, (b)

    concreto do n o mesmo da laje. 33 Figura 2.7 Curvas tenso deformao e coeficiente de Poisson deformao

    (Guimares, 2003). 34 Figura 2.8 Efeito do tipo de espcime, onde cef foi calculado com 1 =1,00

    (Bianchini et al., 1960). 36 Figura 2.9 N pilar-laje interno sem carga aplicada na laje (Ali Shah, 2003a). 37 Figura 2.10 N pilar-laje interno com carga aplicada na laje (Ali Shah, 2003a).

    38 Figura 2.11 Deformao dos espcimes sem e com carga na laje Ospina e

    Alexander (1998). 38

    Figura 2.12 Razo ce csf f vs. cc csf f , onde cef foi calculado com 1 =1,00. 39

    Figura 2.13 Razo cc csf f vs. ce csf f para diferentes valores de h/c, onde cef foi

    calculado com 1 =1,00 (Shu e Hawkins, 1992). 41

    Figura 2.14 Efeito da distribuio da armadura superior da laje na resistncia

    do n (McHarg et al., 2000a). 42 Figura 2.15 Razo cc csf f versus ce csf f para pilares sanduche (Lee e Mendis,

    2004) e internos (Ospina e Alexander, 1997) com seo quadrada e

    retangular, onde cef foi calculado com 1 =1,00. 43

    Figura 2.16 Efeito do ncleo de concreto de alta resistncia na resistncia do

    n (Ospina e Alexander, 1997). 44 Figura 2.17 Cilindro de ao usado por Schenck e Schneider (2005). 45 Figura 2.18 Modelo de fissurao apresentado por Ospina e Alexander (1997)

    para o espcime D-SC1 com relao h/c igual a 1,0. 46 Figura 2.19 Modelo de fissurao apresentado por Ospina e Alexander (1997)

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XII

    para o espcime B-4 sem carregamento na laje. 47 Figura 2.20 Modelo de fissurao apresentado por Ospina e Alexander (1997)

    para o espcime B-2 com carregamento na laje. 48 Figura 2.21 Tenso de trao (parte escura) e de compresso (parte clara)

    obtida por Lee et al. (2008) nos estgios de carga: (a) incio do

    carregamento; (b) carga de escoamento; (c) aps o escoamento; (d) carga

    de pico. 49 Figura 2.22 Exemplo de n pilar-viga, onde a seo transversal do pilar

    retangular. 57 Figura 3.1 Caractersticas geomtricas dos espcimes. 60 Figura 3.2 Significado da nomenclatura do espcime. 61 Figura 3.3 Fotografias das frmas: (a) Pilar isolado, (b) Pilar com viga em uma

    direo e (c) Pilar com viga nas duas direes. 62 Figura 3.4 Utilizao de cantoneiras de ao na frma: (a) Pilar com viga em

    uma direo, (b) Pilar com viga nas duas direes. 63

    Figura 3.5 Seo transversal da viga: (a) 38, (b) 68, (c) 610 e (d) 612.5;

    distribuio da armadura transversal: (e) 38, (f) 68 e (g) 610 e 612.5

    (medidas em mm). 64 Figura 3.6 Armadura dos pilares: (a) cabea do pilar, (b) regio central do pilar

    e (c) distribuio da armadura transversal (medidas em mm). 65 Figura 3.7 Distribuio dos extensmetros no concreto na posio de ensaio

    (medidas em mm): (a) pilar isolado, (b) pilar com viga em uma direo, (c)

    pilar com vigas nas duas direes. 66 Figura 3.8 Posio dos extensmetros na armadura da viga dos pilares com

    vigas nas duas direes na posio de concretagem: (a) armadura negativa;

    (b) armadura positiva. 67 Figura 3.9 Distribuio dos extensmetros nas armaduras dos espcimes na

    posio de concretagem: (a) Pilar isolado, (b) Pilar com viga em uma ou

    duas direes. 67 Figura 3.10 Posicionamento dos transdutores de deslocamentos (medidas em

    mm): (a) Pilar isolado, (b) Pilar com viga em uma direo, (c) Pilar com viga

    nas duas direes. 68 Figura 3.11 Posicionamento dos transdutores de deslocamentos nos

    espcimes da terceira srie de ensaios (medidas em mm). 69 Figura 3.12 Desenho da montagem do ensaio do espcime com viga em uma

    direo. 70

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XIII

    Figura 3.13 Desenho da montagem do ensaio do espcime com viga nas duas

    direes. 71 Figura 3.14 Seqncia de carregamento nos espcimes com viga em uma ou

    nas duas direes. 72 Figura 4.1 Fotografia dos ensaios de: (a) resistncia trao, (b) mdulo de

    elasticidade. 73 Figura 4.2 Seqncia da concretagem: (a) PVxy; (b) PVx. 74 Figura 4.3 Fotografias: (a) amostras das barras, (b) barra aps o ensaio. 75 Figura 4.4 Fotografias de frente e de perfil dos espcimes: (a) PI-30, (b) PI-70.

    76 Figura 4.5 Fotografias dos espcimes: (a) PVxy-1,0-1, (b) PVxy-1,0-2. 76 Figura 4.6 Fotografia do espcime PVxy-0,5-1, aps a retirada da viga do lado

    em que o concreto est esmagado. 77 Figura 4.7 Fotografia do espcime PVxy-0,5-2 antes e depois da ruptura. 77 Figura 4.8 Fotografia dos espcimes aps a ruptura: (a) PVx-0,5-1, (b) PVx-

    1,0-1, (c) PVx-1,6-1, (d) PVx-2,5-1, (e) PVx-0,5-2, (f) PVx-1,0-2, (g) PVx-1,6-

    2, (h) PVx-2,5-2. 78 Figura 4.9 Curvas foradeformao do concreto e distribuio dessas

    deformaes em sees dos espcimes: (a) PI-30; (b) PI-70. 81 Figura 4.10 Curvas foradeformao do concreto e distribuio dessas

    deformaes em sees dos espcimes: (a) PVx-0,5-1; (b) PVx-0,5-2; (c)

    PVx-1,0-1; (d) PVx-1,0-2. 82 Figura 4.11 Curvas foradeformao do concreto e distribuio dessas

    deformaes em sees dos espcimes: (a) PVx-1,6-1; (b) PVx-1,6-2; (c)

    PVx-2,5-1; (d) PVx-2,5-2. 83 Figura 4.12 Curvas foradeformao do concreto e distribuio dessas

    deformaes em sees dos espcimes: (a) PVxy-0,5-1; (b) PVxy-0,5-2. 84 Figura 4.13 Curvas foradeformao do concreto e distribuio dessas

    deformaes em sees dos espcimes: (a) PVxy-1,0-1; (b) PVxy-1,0-2. 85 Figura 4.14 Posio dos extensmetros na armadura da viga: (a) negativa; (b)

    positiva. 86 Figura 4.15 Curvas foradeformao da armadura longitudinal negativa da

    viga dos espcimes: (a) PVx-0,5-1; (b) PVx-0,5-2; (c) PVx-1,0-1; (d) PVx-

    1,0-2; (e) PVx-1,6-1; (f) PVx-1,6-2; (g) PVx-2,5-1; (h) PVx-2,5-2. 87 Figura 4.16 Curvas foradeformao da armadura longitudinal negativa da

    viga dos espcimes: (a) PVxy-0,5-1; (b) PVxy-0,5-2; (c) PVxy-1,0-1; (d)

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XIV

    PVxy-1,0-2. 88 Figura 4.17 Curvas foradeformao da armadura longitudinal positiva da viga

    dos espcimes: (a) PVx-0,5-1; (b) PVx0,5-2; (c) PVx-1,0-1; (d) PVx-1,0-2;

    (e) PVx-1,6-1; (f) PVx-1,6-2; (g) PVx-2,5-1; (h) PVx-2,5-2. 90 Figura 4.18 Curvas foradeformao da armadura longitudinal positiva da viga

    dos espcimes: (a) PVxy-0,5-1; (b) PVxy-0,5-2; (c) PVxy-1,0-1; (d) PVxy-

    1,0-2. 91 Figura 4.19 Curvas foradeformao da armadura longitudinal do pilar dos

    espcimes: (a) PI-30; (b) PI-70. 92 Figura 4.20 Curvas foradeformao da armadura longitudinal do pilar dos

    espcimes: (a) PVx-0,5-1; (b) PVx-0,5-2; (c) PVx-1,0-1; (d) PVx-1,0-2; (e)

    PVx-1,6-1; (f) PVx-1,6-2; (g) PVx-2,5-1; (h) PVx-2,5-2. 93 Figura 4.21 Curvas foradeformao da armadura longitudinal do pilar dos

    espcimes: (a) PVxy-0,5-1; (b) PVxy-0,5-2; (c) PVxy-1,0-1; (d) PVxy-1,0-2.

    94 Figura 4.22 Curvas foradeformao dos estribos do n dos espcimes: (a)

    PI-30; (b) PI-70. 94 Figura 4.23 Curvas foradeformao dos estribos do n dos espcimes: (a)

    PVx-0,5-1; (b) PVx-0,5-2; (c) PVx-1,0-1; (d) PVx-1,0-2; (e) PVx-1,6-1; (f)

    PVx-1,6-2; (g) PVx-2,5-1; (h) PVx-2,5-2. 95 Figura 4.24 Curvas foradeformao dos estribos do n dos espcimes: (a)

    PVxy-0,5-1; (b) PVxy-0,5-2; (c) PVxy-1,0-1; (d) PVxy-1,0-2. 96 Figura 4.25 Curvas foradeslocamento lateral e figura com o deslocamento

    lateral do espcime ao longo do ensaio: (a) PI-30; (b) PI-70. 97 Figura 4.26 Curvas foradeslocamento lateral e figura com o deslocamento

    lateral do espcime ao longo do ensaio: (a) PVx-0,5-1; (b) PVx-0,5-2; (c)

    PVx-1,0-1; (b) PVx-1,0-2. 99 Figura 4.27 Curvas foradeslocamento lateral e figura com o deslocamento

    lateral do espcime ao longo do ensaio: (a) PVx-1,6-1; (b) PVx-1,6-2; (c)

    PVx-2,5-1; (d) PVx-2,5-2. 100 Figura 4.28 Curvas foradeslocamento lateral e figura com o deslocamento

    lateral do espcime ao longo do ensaio: (a) PVxy-0,5-1; (b) PVxy-0,5-2; (c)

    PVxy-1,0-1; (d) PVxy-1,0-2. 101 Figura 5.1 Deformao da armadura longitudinal da viga dos espcimes: (a)

    PVx-0,5-1; (b) PVx-0,5-2; (c) PVx-1,0-1; (d) PVx-1,0-2. 104 Figura 5.2 Deformao da armadura longitudinal da viga dos espcimes: (a)

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XV

    PVx-1,6-1; (b) PVx-1,6-2; (c) PVx-2,5-1; (d) PVx-2,5-2. 105 Figura 5.3 Deformao da armadura longitudinal da viga dos espcimes: (a)

    PVxy-0,5-2; (b) PVxy-1,0-1; (c) PVxy-1,0-2. 106 Figura 5.4 Posio dos extensmetros do concreto: (a) PVx; (b) PVxy (valores

    em mm). 112 Figura 5.5 Curva foradeformao do concreto aps a aplicao de carga na

    viga dos espcimes PVx: (a) SG-01; (b) SG-02. 113 Figura 5.6 Curva foradeformao do concreto aps a aplicao de carga na

    viga dos espcimes PVxy: (a) SG-01; (b) SG-02; (c) SG-03; (d) SG-04. 113 Figura 5.7 Posio dos extensmetros na armadura da viga: (a) armadura

    negativa; (b) armadura positiva. 115 Figura 5.8 Curvas fora aplicada no pilar fora Fs,viga da armadura negativa da

    viga nos espcimes PVx: (a) SG-05; (b) SG-09; (c) SG-06; (d) SG-10. 116 Figura 5.9 Curvas fora aplicada no pilar fora Fs,viga da armadura negativa da

    viga nos espcimes PVxy: (a) SG-05; (b) SG-09; (c) SG-06; (d) SG-10; (e)

    SG-22 e (f) SG-26. 117 Figura 5.10 Curvas foradeformao da armadura longitudinal positiva da viga

    aps a aplicao de carga na viga dos espcimes PVx: (a) SG-07; (b) SG-

    11; (c) SG-08; (d) SG-12. 119 Figura 5.11 Curvas foradeformao da armadura longitudinal positiva da viga

    aps a aplicao de carga na viga dos espcimes PVxy: (a) SG-07; (b) SG-

    11; (c) SG-08; (d) SG-12; (e) SG-24 e (f) SG-28. 120 Figura 5.12 Posio dos extensmetros na armadura longitudinal do pilar. 121 Figura 5.13 Curvas foradeformao da armadura longitudinal do pilar aps a

    aplicao de carga na viga dos espcimes PVx: (a) SG-13; (b) SG-14. 122 Figura 5.14 Curvas foradeformao da armadura longitudinal do pilar aps a

    aplicao de carga na viga dos espcimes PVxy: (a) SG-13; (b) SG-14. 122 Figura 5.15 Posio dos extensmetros dos estribos no n. 123 Figura 5.16 Curvas foradeformao dos estribos aps a aplicao de carga

    na viga dos espcimes PVx: (a) SG-15; (b) SG-16; (c) SG-17; (d) SG-18.124 Figura 5.17 Curvas foradeformao dos estribos aps a aplicao de carga

    na viga dos espcimes PVxy: (a) SG-15; (b) SG-16; (c) SG-17; (d) SG-18.

    124 Figura 5.18 Posicionamento dos transdutores de deslocamentos (medidas em

    mm): (a) Pilar com viga em uma direo, (b) Pilar com viga nas duas

    direes. 125

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XVI

    Figura 5.19 Curvas foradeslocamento lateral das rguas lineares de

    deslocamento nos espcimes com vigas em uma direo: (a) TD 1; (b) TD

    8. 126 Figura 5.20 Curvas foradeslocamento lateral das rguas lineares de

    deslocamento nos espcimes com vigas nas duas direes: (a) TD 1; (b) TD

    3. 126 Figura 5.21 Grfico dos valores de fce,Teste/fce,mt.clc considerando a carga de

    ruptura igual a Fu,pil.sup.. 130 Figura 5.22 Grfico dos valores de fce,Teste/fce,mt.clc considerando a carga de

    ruptura igual a Fu,pil.inf.. 131 Figura 5.23 Grfico comparativo entre as resistncias efetivas no estado limite

    ltimo e na ruptura dos espcimes PVx. 132 Figura 5.24 Grfico comparativo entre as resistncias efetivas no estado limite

    ltimo e na ruptura dos espcimes PVxy. 132 Figura 5.25 Grfico dos valores de fce,ELU/fce,mt.calc.. 133 Figura B.1 Mtodos de clculo para pilares de canto interceptados por laje. 146 Figura B.2 Mtodos de clculo para pilares de canto interceptados por laje,

    cont.. 147 Figura B.3 Mtodos de clculo para pilares de borda interceptados por viga

    e/ou laje. 148 Figura B.4 Mtodos de clculo para pilares de borda interceptados por viga

    e/ou laje, continuao. 149 Figura B.5 Mtodos de clculo para pilares de borda interceptados por laje. 150 Figura B.6 Mtodos de clculo para pilares internos interceptados por viga e/ou

    laje. 151 Figura B.7 Mtodos de clculo para pilares internos interceptados por laje. 152 Figura B.8 Mtodos de clculo para pilares internos interceptados por laje. 153 Figura C.1 Detalhamento das armaduras dos espcimes PVx-0,5-1 e PVx-0,5-

    2. 154 Figura C.2 Detalhamento das armaduras dos espcimes PVx-1,0-1 e PVx-1,0-

    2. 155 Figura C.3 Detalhamento das armaduras dos espcimes PVx-1,6-1 e PVx-1,6-

    2. 156 Figura C.4 Detalhamento das armaduras dos espcimes PVx-2,5-1 e PVx-2,5-

    2. 157 Figura C.5 Detalhamento das armaduras dos espcimes PVxy-0,5-1 e PVxy-

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XVII

    0,5-2. 158 Figura C.6 Detalhamento das armaduras dos espcimes PVxy-1,0-1 e PVxy-

    1,0-2. 159 Figura D.1 Atuador hidrulico. 160 Figura D.2 Bomba hidrulica de presso controlada. 160 Figura D.3 Transdutor de presso. 160 Figura D.4 Rguas lineares de deslocamentos. 161 Figura D.5 Sistema de aquisio de dados (combo). 161 Figura D.6 Prtico de reao. 161 Figura D.7 Viga metlica. 161 Figura D.8 Perfil metlico fechado. 162 Figura D.9 Barra rosqueada. 162 Figura D.10 Vigas de madeira. 162 Figura D.11 Perfil C metlico. 162 Figura D.12 Chapas metlicas. 162 Figura D.13 Detalhe da 1 etapa de concretagem do espcime PVx. 163 Figura D.14 Detalhe da 1 etapa de concretagem do espcime PVxy. 163 Figura D.15 Detalhe da ancoragem mecnica da armadura das vigas. 163 Figura D.16 Exemplo do espcime PVx antes do ensaio. 164 Figura D.17 Exemplo do espcime PVx durante o ensaio. 164 Figura D.18 Exemplo do espcime PVxy durante o ensaio. 164 Figura F.1 Curva tenso-deformao especfica do concreto dos pilares no

    ensaio do mdulo de elasticidade. 250 Figura F.2 Curva tenso-deformao especfica do concreto das vigas no

    ensaio do mdulo de elasticidade. 251 Figura F.3 Curva tenso-deformao especfica do ao. 252

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XVIII

    Lista de tabelas

    Tabela 2.1 Mtodos de clculo para pilares internos. 50 Tabela 2.2 Mtodos de clculo para pilares de borda e/ou canto. 51 Tabela 2.3 Valor crtico da razo cc csf f de acordo com o valor de h/c (Lee e

    Mendis, 2004). 52 Tabela 2.4 Testes encontrados na literatura. 54 Tabela 2.5 Valores mdios de ,exp. , . .ce ce mt clcf f dos mtodos de clculo para

    pilares internos. 55 Tabela 2.6 Valores mdios de ,exp. , . .ce ce mt clcf f dos mtodos de clculo para

    pilares de borda e de canto. 56 Tabela 2.7 Valores mdios de ,exp. , . .ce ce mt clcf f dos mtodos de clculo para

    pilares internos, onde ,exp.cef calculada com 1 =1,00. 58

    Tabela 2.8 Valores mdios de ,exp. , . .ce ce mt clcf f dos mtodos de clculo para

    pilares de borda e de canto, onde ,exp.cef calculada com 1 =1,00. 59

    Tabela 3.1 Caractersticas dos espcimes. 61 Tabela 3.2 Traos dos concretos Quantidade para 1m3. 63 Tabela 4.1 Resultados dos ensaios de caracterizao do concreto. 74 Tabela 4.2 Resultados dos ensaios de caracterizao das barras de ao. 75 Tabela 4.3 Fissuras nos espcimes e suas respectivas cargas no pilar e na

    viga. 79 Tabela 4.4 Carga e modo de ruptura. 80 Tabela 5.1 Cargas de ruptura Fu igual carga aplicada no pilar superior

    Fu,pil.sup.e de escoamento dos espcimes com viga em uma direo. 107 Tabela 5.2 Cargas de ruptura Fu igual carga aplicada no pilar superior

    Fu,pil.sup.e de escoamento dos espcimes com viga nas duas direes. 109 Tabela 5.3 Cargas de ruptura Fu igual carga aplicada no pilar superior

    Fu,pil.inf.e de escoamento dos espcimes com viga em uma direo. 110 Tabela 5.4 Cargas de ruptura Fu igual carga aplicada no pilar superior

    Fu,pil.inf.e de escoamento dos espcimes com viga nas duas direes. 111 Tabela 5.5 Dados da resistncia efetiva obtida nos testes. 128 Tabela 5.6 Dados obtidos dos mtodos de clculo para pilar com viga em uma

    direo. 129

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XIX

    Tabela 5.7 Dados da resistncia efetiva obtida nos testes considerando a

    carga de ruptura igual a Fu,pil.inf.. 130 Tabela A.1 Pilares de canto interceptados por lajes. 143 Tabela A.2 Pilares de borda interceptados por vigas e lajes. 143 Tabela A.3 Pilares de borda interceptados por lajes. 144 Tabela A.4 Pilares internos interceptados por vigas e lajes. 144 Tabela A.5 Pilares internos interceptados por lajes. 145 Tabela E.1 Espcime PI-30. 165 Tabela E.2 Espcime PI-30, continuao. 166 Tabela E.3 Espcime PI-70. 167 Tabela E.4 Espcime PI-70, continuao. 168 Tabela E.13 Espcime PVx-0,5-2 parte 1. 177 Tabela E.14 Espcime PVx-0,5-2 parte 2. 178 Tabela E.15 Espcime PVx-0,5-2 parte 3. 179 Tabela E.16 Espcime PVx-0,5-2 parte 4. 180 Tabela E.17 Espcime PVx-1,0-1 parte 1. 181 Tabela E.18 Espcime PVx-1,0-1 parte 1, continuao. 182 Tabela E.19 Espcime PVx-1,0-1 parte 2. 183 Tabela E.20 Espcime PVx-1,0-1 parte 2, continuao. 184 Tabela E.21 Espcime PVx-1,0-1 parte 3. 185 Tabela E.22 Espcime PVx-1,0-1 parte 3, continuao. 186 Tabela E.23 Espcime PVx-1,0-1 parte 4. 187 Tabela E.24 Espcime PVx-1,0-1 parte 4, continuao. 188 Tabela E.25 Espcime PVx-1,0-2 parte 1. 189 Tabela E.26 Espcime PVx-1,0-2 parte 1, continuao. 190 Tabela E.27 Espcime PVx-1,0-2 parte 2. 191 Tabela E.28 Espcime PVx-1,0-2 parte 2, continuao. 192 Tabela E.29 Espcime PVx-1,0-2 parte 3. 193 Tabela E.30 Espcime PVx-1,0-2 parte 3, continuao. 194 Tabela E.31 Espcime PVx-1,0-2 parte 4. 195 Tabela E.32 Espcime PVx-1,0-2 parte 4, continuao. 196 Tabela E.33 Espcime PVx-1,6-1 parte 1. 197 Tabela E.34 Espcime PVx-1,6-1 parte 2. 198 Tabela E.35 Espcime PVx-1,6-1 parte 3. 199 Tabela E.36 Espcime PVx-1,6-1 parte 4. 200 Tabela E.37 Espcime PVx-1,6-2 parte 1. 201

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XX

    Tabela E.38 Espcime PVx-1,6-2 parte 1, continuao. 202 Tabela E.39 Espcime PVx-1,6-2 parte 2. 203 Tabela E.40 Espcime PVx-1,6-2 parte 2, continuao. 204 Tabela E.41 Espcime PVx-1,6-2 parte 3. 205 Tabela E.42 Espcime PVx-1,6-2 parte 3, continuao. 206 Tabela E.43 Espcime PVx-1,6-2 parte 4. 207 Tabela E.44 Espcime PVx-1,6-2 parte 4, continuao. 208 Tabela E.45 Espcime PVx-2,5-1 parte 1. 209 Tabela E.46 Espcime PVx-2,5-1 parte 1, continuao. 210 Tabela E.47 Espcime PVx-2,5-1 parte 2. 211 Tabela E.48 Espcime PVx-2,5-1 parte 2, continuao. 212 Tabela E.49 Espcime PVx-2,5-1 parte 3. 213 Tabela E.50 Espcime PVx-2,5-1 parte 3, continuao. 214 Tabela E.51 Espcime PVx-2,5-1 parte 4. 215 Tabela E.52 Espcime PVx-2,5-1 parte 4, continuao. 216 Tabela E.53 Espcime PVx-2,5-2 parte 1. 217 Tabela E.54 Espcime PVx-2,5-2 parte 1, continuao. 218 Tabela E.55 Espcime PVx-2,5-2 parte 2. 219 Tabela E.56 Espcime PVx-2,5-2 parte 2, continuao. 220 Tabela E.57 Espcime PVx-2,5-2 parte 3. 221 Tabela E.58 Espcime PVx-2,5-2 parte 3, continuao. 222 Tabela E.59 Espcime PVx-2,5-2 parte 4. 223 Tabela E.60 Espcime PVx-2,5-2 parte 4, continuao. 224 Tabela E.61 Espcime PVxy-0,5-1 parte 1. 225 Tabela E.62 Espcime PVxy-0,5-1 parte 2. 226 Tabela E.63 Espcime PVxy-0,5-1 parte 3. 227 Tabela E.64 Espcime PVxy-0,5-1 parte 4. 228 Tabela E.65 Espcime PVxy-0,5-2 parte 1. 229 Tabela E.66 Espcime PVxy-0,5-2 parte 2. 230 Tabela E.67 Espcime PVxy-0,5-2 parte 3. 231 Tabela E.68 Espcime PVxy-0,5-2 parte 4. 232 Tabela E.69 Espcime PVxy-0,5-2 parte 5. 233 Tabela E.70 Espcime PVxy-1,0-1 parte 1. 234 Tabela E.71 Espcime PVxy-1,0-1 parte 1, continuao. 235 Tabela E.72 Espcime PVxy-1,0-1 parte 2. 236 Tabela E.73 Espcime PVxy-1,0-1 parte 2, continuao. 237

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XXI

    Tabela E.74 Espcime PVxy-1,0-1 parte 3. 238 Tabela E.75 Espcime PVxy-1,0-1 parte 3, continuao. 239 Tabela E.76 Espcime PVxy-1,0-1 parte 4. 240 Tabela E.77 Espcime PVxy-1,0-1 parte 4, continuao. 241 Tabela E.78 Espcime PVxy-1,0-2 parte 1. 242 Tabela E.79 Espcime PVxy-1,0-2 parte 1, continuao. 243 Tabela E.80 Espcime PVxy-1,0-2 parte 2. 244 Tabela E.81 Espcime PVxy-1,0-2 parte 2, continuao. 245 Tabela E.82 Espcime PVxy-1,0-2 parte 3. 246 Tabela E.83 Espcime PVxy-1,0-2 parte 3, continuao. 247 Tabela E.84 Espcime PVxy-1,0-2 parte 4. 248 Tabela E.85 Espcime PVxy-1,0-2 parte 4, continuao. 249

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XXII

    Lista de smbolos

    Smbolos Romanos a Coeficiente utilizado por Lee e Mendis (2004) na equao do

    clculo da resistncia efetiva

    Ac rea de concreto da seo transversal de um pilar

    As Armadura da viga ou laje

    b Base da viga

    c Menor dimenso do pilar

    Cc Fora resistente do concreto em uma seo a flexo-compreesso

    Cs1 ou 2 Fora resistente do ao em uma seo a flexo-compreesso

    e Excentricidade da carga em relao ao eixo do pilar

    etotal Excentricidade total da carga em relao ao eixo do pilar (includo

    efeito de 2)

    Es Mdulo de Elasticidade do ao

    fc Resistncia compresso do concreto

    fcc Resistncia compresso do concreto do pilar

    fcc(t) Resistncia trao do concreto do pilar

    fce Resistncia efetiva do n

    fce,ELU Resistncia efetiva do n para uma seo no estado limite ltimo

    de deformao

    fce,mt.clc. Resistncia efetiva do n estimada por um mtodo de clculo

    fce,teste Resistncia efetiva do n obtida no ensaio

    fck Resistncia compresso caracterstica do concreto

    fc,pil.sup. Resistncia compresso do concreto do pilar superior

    fc,pil.inf. Resistncia compresso do concreto do pilar inferior

    fcs Resistncia compresso do concreto da viga e/ou laje

    fc,viga Resistncia compresso do concreto da viga

    fequ Resistncia compresso do concreto equivalente utilizado por

    Lee e Mendis (2004) na equao do clculo da resistncia efetiva

    fy Tenso de escoamento do ao

    fy1 Tenso de escoamento do ao do estribo da viga

    fy2 Tenso de escoamento do ao da armadura longitudinal da viga

    f1 Tenso de confinamento gerada pela armadura que atravessa o

    n

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XXIII

    Fpilar Fora aplicada no pilar

    Fs,viga Fora na armadura longitudinal da viga

    Fu,pilar Fora ltima no pilar

    Fu,pil.inf. Fora ltima no pilar inferior

    Fu,pil.sup. Fora ltima no pilar superior

    Fu,viga Fora ltima na viga

    Fviga Fora aplicada na viga

    h Altura da viga ou laje

    H Altura do espcime

    Kmod Coeficiente proposto por Rsch (1960) para estimar a reduo no

    valor da resistncia compresso do concreto em espcimes

    Kmod,1 Coeficiente que representa o acrscimo da resistncia do

    concreto aps os 28 dias de idade

    kmod,2 Coeficiente que representa a relao entre a resistncia

    compresso obtida na estrutura e a resistncia medida em um

    corpo-de-prova cilndrico de dimenses 150 mm x 300 mm

    kmod,3 Coeficiente que representa o efeito de cargas de longa durao

    lp Comprimento do pilar

    lv Comprimento da viga

    L1 Comprimento do estribo da viga

    L2 Comprimento da armadura da viga

    M Momento fletor que atua na seo transversal de um pilar

    N Fora normal que atua na seo transversal de um pilar

    Pyn Carga no pilar superior quando um extensmetro n atinge a

    deformao de escoamento

    Pu Capacidade ltima da seo transversal de um pilar sob carga

    centrada

    Pu30 ou u70 Capacidade ltima do espcime de pilar isolado com resistncia

    compresso de 30 MPa ou 70 MPa

    t Tempo decorrido de ensaio

    Uu coeficiente de no uniformidade

    x Posio da linha neutra

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XXIV

    Smbolos Gregos

    1 Coeficiente utilizado para estimar a reduo no valor da

    resistncia compresso do concreto em espcimes

    c Acrscimo de deformao do concreto

    s Acrscimo de deformao do ao

    c Deformao do concreto

    inc Deformao inicial na armadura longitudinal da viga

    s Deformao do ao

    s Deformao de escoamento do ao

    Dimetro de uma barra de ao

    1 Dimetro de uma barra de ao do estribo

    2 Dimetro de uma barra de ao da armadura longitudinal da viga

    ou laje

    G Coeficiente utilizado por Kayani (1992) no mtodo de clculo para

    estimar a resistncia efetiva de concreto

    Taxa de armadura

    c Tenso de compresso em uma seo transversal do pilar

    y Valor da tenso local mxima na ruptura em uma seo

    transversal do pilar

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • XXV

    Lista de abreviaturas

    ACI American Concrete Institute

    CAA Concreto Auto-adensvel

    CAD Concreto de Alto Desempenho

    CAR Concreto de Alta Resistncia

    CEB Euro-International Committe for Concrete

    CONAD Concreto de Altssimo Desempenho

    COPPE-UFRJ Instituto Luiz Coimbra de Ps-graduao e Pesquisa de

    Engenharia

    CSA Canadian Standards Association

    FIP International Federation for Prestressing

    LEM-DEC Laboratrio de Estruturas e Materiais do Departamento de

    Engenharia Civil

    M.R. Modo de Ruptura

    NBR Norma Brasileira

    PROCAD Programa Nacional de Cooperao Acadmica

    PUC-RJ Pontifcia Universidade Catlica do Rio de Janeiro

    PVdx Pilar com viga na direo x

    PVdxy Pilar com vigas na direo x e y

    SG Strain Gage

    TD Transdutor de Deslocamento

    UFG Universidade Federal de Gois

    UnB Universidade de Braslia

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 1 INTRODUO

    1.1.Generalidades

    Os avanos tecnolgicos do concreto tm resultado no surgimento dos

    concretos de alta resistncia (CAR), de alto desempenho (CAD), auto-

    adensveis (CAA) e de altssimo desempenho (CONAD). Como conseqncia

    do aumento da resistncia compresso do concreto, as sees transversais

    dos pilares podem ser menores. Contudo, esse aumento na resistncia

    compresso do concreto no resulta em reduo na mesma proporo nas

    sees de vigas e lajes sujeitas predominantemente flexo. Sendo assim, tem

    sido uma prtica comum o projeto de edificaes com pilares de concreto com

    resistncia maior do que a do concreto das vigas e lajes.

    Nas construes em geral, o concreto do pavimento colocado

    continuamente atravessando o n pilar-pavimento. Como resultado, o concreto

    da parte do n tem uma resistncia menor do que no resto do pilar. Neste caso,

    surge ento a dvida sobre qual a resistncia compresso que se deve

    utilizar no clculo do pilar? a do pilar? do pavimento? ou um valor

    intermedirio?

    A influncia do pavimento de concreto na resistncia de um pilar pode

    depender do confinamento lateral oferecido pelo pavimento com concreto de

    menor resistncia, da razo entre as resistncias compresso dos dois

    concretos (pilar e viga e/ou laje), da razo entre a espessura do pavimento e a

    menor dimenso do pilar, das taxas das armaduras do pilar e da viga e/ou laje, e

    da excentricidade do carregamento.

    Os principais pontos estudados so a influncia do confinamento lateral

    provocado pela presena de vigas em uma ou duas direes; da taxa de

    armadura longitudinal da viga no confinamento do n; da deformao na

    armadura da viga no comportamento e na capacidade final do espcime.

    No presente trabalho so ensaiados 12 modelos de pilares com concreto

    de 70 MPa interceptados por vigas com concreto de 30 MPa, dos quais 8 com

    viga em uma direo e 4 com vigas nas duas direes. Estas vigas tm

    diferentes taxas de armadura longitudinal e so submetidas a duas deformaes

    iniciais (1mm/m ou 2mm/m) na armadura da viga na interface viga-pilar.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 27

    Tambm so ensaiados dois pilares isolados e homogneos, um com concreto

    igual ao do pilar e outro com concreto igual ao da viga.

    Os resultados indicam que o confinamento promovido por vigas nas duas

    direes resulta num aumento significativo na carga de ruptura. O aumento da

    taxa de armadura aumenta a capacidade final somente nos espcimes com viga

    nas duas direes. A influncia da deformao inicial na armadura da viga

    nula quando so utilizados estribos no n.

    1.2.Objetivo e justificativa

    Esta tese tem como objetivo principal verificar a influncia do confinamento

    do n em espcimes confinados por vigas em uma e duas direes, com as

    vigas sujeitas a momentos fletores resultantes de cargas estticas. A principal

    varivel a deformao especfica na armadura longitudinal da viga, imposta

    pelos momentos fletores. As diferentes taxas de armadura da viga tm como

    objetivo verificar quais as diferenas no comportamento e no modo de ruptura.

    Nessa pesquisa includo o efeito da excentricidade acidental na fora

    aplicada no pilar, visto que essa uma situao que ocorre na prtica. Todos os

    ensaios reportados na literatura so realizados com fora centrada no pilar.

    So objetivos secundrios a verificao dos mtodos de clculo da

    literatura para estimar a carga de ruptura dos testes realizados e a sua avaliao

    para o estado limite ltimo.

    Este trabalho o primeiro na Pontifcia Universidade Catlica do Rio de

    Janeiro (PUC-RJ) sobre esse tema, e desenvolvido no mbito do programa

    PROCAD Programa Nacional de Cooperao Acadmica entre os programas

    de ps-graduao da PUC-Rio, COPPE-UFRJ, UFG e UnB.

    1.3.Estrutura do trabalho

    Este trabalho est dividido em seis captulos. No Captulo 2, referente

    reviso bibliogrfica, so apresentadas informaes sobre pilares interceptados

    por viga e/ou laje, confinamento de elementos de concreto, fatores que podem

    afetar a resistncia efetiva e apresenta algumas das normas e mtodos de

    clculo obtidos na literatura para estimar o valor da resistncia efetiva do n.

    O Captulo 3 descreve o programa experimental, detalhando os materiais

    utilizados, as caractersticas das peas, a montagem e instrumentao dos

    ensaios e, por fim, os procedimentos para a realizao dos mesmos.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 28

    No Captulo 4 so apresentados os resultados obtidos na pesquisa, tais

    como ensaios de caracterizao dos materiais (concreto e ao), modo e carga

    de ruptura e as deformaes e deslocamentos obtidos na realizao dos

    ensaios.

    No Captulo 5 analisado o comportamento dos espcimes quanto carga

    e o modo de ruptura, apresentando tambm comparaes entre as deformaes

    e deslocamentos medidos nos ensaios. A carga experimental comparada s

    cargas estimadas pelos mtodos de clculo da literatura.

    O Captulo 6 relata as concluses obtidas e as sugestes para trabalhos

    futuros.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 2 REVISO BIBLIOGRFICA

    2.1.Ns de prtico

    2.1.1.Definio

    O termo n define a regio comum a vigas e pilares. A palavra ligao tambm

    utilizada para se referir ao encontro destes elementos. O ACI 352-02 (2002)

    define esses dois termos da seguinte forma: N a poro do pilar dentro da

    maior altura das vigas que concorrem na ligao (Figura 2.1) e Ligao o n

    acrescido dos pilares, vigas e lajes adjacentes a esta regio.

    Figura 2.1 Delimitao do n.

    2.1.2.Tipos de ns de prtico

    O ACI 352-02 (2002) classifica as ligaes de acordo com as condies de

    carregamento e deformabilidade dos seus elementos: tipo 1 so as ligaes

    onde os elementos no apresentam deformaes plsticas significantes como,

    por exemplo, as ligaes submetidas a cargas gravitacionais e a pequenas

    cargas de vento; tipo 2 so as ligaes onde os elementos esto sujeitos a

    deformaes alternadas dentro de uma escala plstica e requerem dissipao de

    energia, como o caso das ligaes submetidas a cargas ssmicas.

    Como complemento, as ligaes tambm so classificadas em: internas

    (Figura 2.2 (a) e (b)), de borda (Figura 2.2 de (c) a (f)) e de canto (Figura 2.2 de

    (g) a (j)). Nestas figuras, as lajes no esto desenhadas para facilitar na

    visualizao.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 30

    As ligaes de concreto armado em edifcios podem de uma forma

    simplista ser classificadas em quatro tipos: ligao viga de cobertura pilar

    interno, ligao viga de cobertura pilar externo, ligao viga pilar interno e

    viga pilar externo (Figura 2.3).

    Figura 2.2 Exemplos de tipos de ligaes (as lajes no esto desenhadas para facilitar a visualizao) (ACI 352-02, 2002).

    Figura 2.3 Exemplos de tipos de ligaes de concreto armado em edifcios.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 31

    2.1.3.Comportamento de ns de prtico

    O comportamento de um n de concreto armado, confinado nos quatro

    lados, pode ser exemplificado pelo caso de uma ligao pilar-laje interna (Figura

    2.4). A parte superior do n submetida a um estado triaxial de compresso,

    com compresso longitudinal causada pela carga do pilar e trao transversal

    nos dois sentidos decorrente do momento da laje.

    Pelo equilbrio de foras e momentos, a trao transversal na parte

    superior do n equilibrada pela compresso na parte inferior. Ou seja,

    somente a parte inferior do n submetida a um estado triaxial de compresso,

    com compresso longitudinal e transversal nos dois sentidos.

    Figura 2.4 Estado triaxial no n (Ospina e Alexander, 1997).

    2.1.4.Pilares com concreto de elevada resistncia atravessados por vigas e/ou lajes com concretos de resistncia normal

    O emprego de pilares com concreto de alta resistncia em conjunto com

    vigas e/ou lajes com concreto de resistncia normal se tornou popular em

    construes desde 1960 nos Estados Unidos, Canad e Austrlia, por exemplo.

    Por economia e facilidade na construo, o concreto da laje colocado

    continuamente atravessando o n pilar-laje. Como resultado, a parte do pilar

    formada na regio entre a laje e o pilar possui um concreto de resistncia menor

    do que no resto do pilar.

    Na estrutura resultante, os pilares interceptados pelo concreto do

    pavimento reduzem a resistncia do pilar. Ento, surge a dvida no

    dimensionamento com relao a qual resistncia compresso deve ser

    utilizada no clculo da resistncia do n.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 32

    Para que no ocorra uma diminuio na resistncia compresso do n,

    tem-se que aumentar as armaduras nessa regio, o que pode acarretar um

    congestionamento indesejvel de armadura. Essa conexo pilar-pavimento se

    torna sempre mais complicada nos casos onde o n no est totalmente

    confinado pelo pavimento e onde momentos adicionais devido excentricidade

    da carga devem ser considerados.

    Na Figura 2.5 (a) at (c), tpicas conexes pilar-viga-laje de interior, borda

    e canto so apresentadas, respectivamente. A Figura 2.5 (d) apresenta o pilar

    denominado sanduche que freqentemente usado para simular o

    comportamento de um pilar de canto.

    As normas apresentam, em geral, trs tipos de alternativas para assegurar

    a segurana da estrutura para pilares com resistncia do concreto superior ao

    concreto do pavimento. Na primeira, o concreto do pilar deve ser usado no n e

    levado at certa distncia a partir da face do pilar (Figura 2.6 (a)) ao invs de se

    ter o concreto da laje no n (Figura 2.6 (b)).

    Os valores da distncia requerida de acordo com as normas CSA A23.3-

    94, ACI 318-09 e AS3600-01 so : 500mm e 600mm e 600mm, respectivamente.

    Tal procedimento chamado de puddling ou mushrooming e cria uma rea na

    laje ao redor do pilar, com o mesmo concreto utilizado no pilar, que pode

    aumentar a sua resistncia puno. Contudo, esse tipo de procedimento no

    pode ser realizado quando o concreto do pavimento auto-adensvel, devido a

    sua alta fluidez.

    (a) (b)

    (c) (d)

    Figura 2.5 Conexes viga-laje-pilar: interior (a), borda (b), canto (c) e pilar sanduche

    (d) (Portella et al., 1999).

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 33

    (a) (b)

    Figura 2.6 Conexes laje-pilar: (a) concreto do n o mesmo do pilar, (b) concreto do

    n o mesmo da laje.

    A segunda forma prover armaduras longitudinal e transversal adequadas

    no pilar para compensar a baixa resistncia do concreto da laje. O uso desse

    mtodo pode resultar em congestionamento na regio pilar-viga-laje, a qual

    tende normalmente a ser armada pesadamente. A adio de conectores e

    espirais tambm aumenta o custo da construo.

    Por ltimo, uma alternativa que as normas s indicam para o caso de

    pilares adequadamente confinados por vigas e/ou laje por todos os lados o uso

    de uma resistncia do concreto efetiva. Essa alternativa empregada quando

    se tem uma diferena superior a 40 por cento entre a resistncia compresso

    do concreto do pilar e do pavimento. Para valores abaixo de 40 por cento, a

    resistncia efetiva do n considerada igual resistncia compresso do

    concreto do pilar.

    2.1.5.Carga e modo de ruptura

    Em uma ligao de concreto armado em edifcios submetidos a cargas

    verticais, a ruptura pode ocorrer no pilar, acima ou abaixo do n, caso o concreto

    do n apresente resistncia compresso superior ao do pilar devido ao efeito

    do confinamento nessa regio. Esse tipo de ruptura tambm pode ocorrer se o

    concreto do pilar tambm for usado no n ou quando h armadura adicional no

    n para assegurar o confinamento.

    A ruptura pode ocorrer no n quando a armadura dentro do n escoa e

    causa grandes deformaes e conseqentemente ocorre a ruptura por

    esmagamento do concreto na zona comprimida. Outra possibilidade o

    concreto do pilar possuir resistncia compresso superior resistncia do

    concreto confinado do n.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 34

    Nos ensaios com cargas aplicadas no pavimento, os autores Siao (1994),

    Ospina e Alexander (1997) e Ali Shah (2003a) consideram que a carga atuante

    no n a mesma que est sendo aplicada no pilar superior. Essa a alternativa

    mais conservativa, pois a resistncia efetiva ser calculada com a carga do pilar

    menos carregado. Porm, os autores Wahab e Alexander (2005) consideram

    que a carga que aplicada no n igual soma da carga aplicada no pilar

    superior e dois teros da carga aplicada no pavimento. Jungwirth (1998)

    recomenda que seja feita a soma da carga aplicada no pilar superior e da carga

    total aplicada no pavimento.

    2.2.Concreto confinado

    Os dois tipos de confinamento do concreto so descritos a seguir:

    Confinamento ativo: Ocorre devido cargas externas, e faz com que o

    concreto fique sob um estado triaxial de compresso.

    Confinamento passivo: obtido quando o concreto submetido a

    tenses de compresso crescentes que provocam fissuras internas e a

    expanso lateral do concreto contra os estribos e/ou barras longitudinais

    que atravessam o concreto.

    O valor do coeficiente de Poisson do concreto aproximadamente 0,20.

    Quando a deformao do concreto se aproxima de 0,002 o valor do coeficiente

    de Poisson cresce rapidamente at atingir valores maiores que 0,50. A Figura

    2.7 apresenta as curvas tenso deformao e coeficiente de Poisson

    deformao.

    Figura 2.7 Curvas tenso deformao e coeficiente de Poisson deformao (Guimares, 2003).

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 35

    Quando o concreto est fissurado, o confinamento passivo aumenta um

    pouco a resistncia compresso do concreto. Este confinamento reduz a

    expanso do concreto fissurado, aumentando a deformao mxima do

    concreto.

    O confinamento pouco afeta o comportamento at a deformao do

    concreto atingir o valor de 0,002. Quando esta deformao passa a ser de

    0,0035, o concreto no confinado (concreto fora do estribo) comea a se romper

    e se despregar do ncleo do concreto (concreto dentro do estribo).

    2.3.Fatores que afetam a resistncia efetiva

    O mtodo usado para estimar a capacidade de um pilar atravessado por

    um pavimento com concreto de resistncia compresso menor, consiste em

    tratar a conexo pilar-pavimento como parte de um pilar isolado. A capacidade

    ltima uP da seo transversal de um pilar sob carga centrada , de acordo com

    o ACI 318-09, CSA A23.3-94 e AS3600-01, ( ) 1u s y c s cP A f A A f= + . O fator

    1 igual a 0,85 nas normas ACI 318-09 e AS3600-01. Na norma CSA A23.3-

    94 1 varia de acordo com a resistncia do concreto.

    Bianchini et al. (1960) rearranjou a equao do ACI 318-56 (a equao do

    ACI 318-09 a mesma equao do ACI 318-56) com o intuito de estimar a

    resistncia compresso de um corpo-de-prova cilndrico hipottico, que

    representaria a resistncia do concreto no n, e que poderia ser comparado aos

    valores dos corpos-de-prova com os concretos do pilar e do pavimento.

    O fator 1 representava, na ocasio, a relao entre a tenso de

    compresso de um pilar de concreto carregado axialmente pelo valor da

    resistncia compresso de um corpo-de-prova cilndrico, com dimenses 150

    mm x 300 mm, com o concreto deste mesmo pilar. O fator 1 =0,85 data de uma

    pesquisa realizada por Richart e Brown (1934).

    Por coincidncia o valor do coeficiente de modificao modk , proposto por

    Rsch (1960), 0,85. O uso deste coeficiente representa que nos estados-

    limites ltimos de solicitaes normais, a resistncia do concreto compresso

    vale 0,85. cf .

    De acordo com Fusco (1995), =mod mod,1 mod,2 mod,3. .k k k k , sendo

    modk =0,85=1,20.0,95.0,75. O coeficiente mod,1k =1,20 representa o acrscimo da

    resistncia do concreto aps os 28 dias de idade. O valor da relao entre a

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 36

    resistncia compresso obtida na estrutura e a resistncia medida em um

    corpo-de-prova cilndrico de dimenses 150 mm x 300 mm considerada pelo

    uso do coeficiente mod,2k =0,95. O coeficiente mod,3k =0,75 est relacionado ao

    efeito de cargas de longa durao.

    Nos ensaios reportados na literatura sobre ligaes pilares-vigas e/ou lajes

    de concreto de diferentes resistncias, por serem de curta durao e com a data

    do ensaio prxima dos 28 dias aps a concretagem, somente os coeficientes

    1 =0,85 (Richart e Brown, 1934) ou 1 = mod,2k =0,95 1,0 (Rsch, 1960)

    poderiam ser usados.

    2.3.1.Presena de laje e/ou vigas com ou sem cargas aplicadas

    Bianchini et al. (1960) realizaram um extenso estudo com diferentes tipos

    de espcimes sem carga aplicada no pavimento. A Figura 2.8, obtida desse

    estudo, indica que a inclinao das retas que relacionam a resistncia efetiva fce

    do n e a resistncia compresso do concreto fcc aumenta conforme o nmero

    de lados dos espcimes que esto sendo restringidos pelo concreto

    circunvizinho ao pilar ao longo da altura da viga e/ou laje.

    A eficincia dos espcimes internos da Srie Viga Tipo I foi um pouco

    superior aos da Srie Laje Tipo I. Isso ocorre provavelmente devido a maior

    restrio do concreto de menor resistncia na Srie Viga Tipo I, obtida devido

    projeo extra de concreto e pelo uso de armadura adicional.

    Figura 2.8 Efeito do tipo de espcime, onde cef foi calculado com 1 =1,00 (Bianchini et al., 1960).

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 37

    Observa-se que os espcimes de borda da Srie Laje Tipo E (n pilar-

    laje) apresentaram eficincia superior aos da Srie Viga Tipo E (n pilar-viga-

    laje). Isso se justifica pela primeira ter confinamento nos trs lados ao longo da

    altura da laje enquanto na Srie Viga Tipo E s dois lados estavam confinados

    ao longo da altura da viga. Nos espcime da Srie Sanduche Tipo S o ganho

    de resistncia enquanto o valor da relao cc csf f aumenta irrisrio.

    Uma caracterstica da maioria dos programas experimentais de diversos

    autores a ausncia de carga no pavimento. Em uma estrutura com carga de

    servio atuando no pavimento, essa produz uma significante deformao de

    trao na armadura de flexo superior na vizinhana do pilar. Sendo assim, tal

    deformao pode apresentar um efeito prejudicial resistncia do n.

    A Figura 2.9 apresenta o comportamento de um n pilar-laje interno sem

    carga na laje. Sob uma carga axial de compresso no pilar, o concreto do n

    expande lateralmente devido ao coeficiente de Poisson. Se a laje est

    descarregada, as armaduras superior e inferior da laje tendem a restringir essa

    expanso. A fora de trao na armadura equilibrada pela fora resultante das

    tenses de compresso do concreto da laje ao redor do n.

    A presso de confinamento suposta como uniformemente distribuda

    sobre a extenso da altura do n, caracterizando um estado triaxial de

    compresso. No n h trao nas armaduras superior e inferior da laje, pois

    estas armaduras restringem a expanso lateral do n.

    Figura 2.9 N pilar-laje interno sem carga aplicada na laje (Ali Shah, 2003a).

    Contudo, se a laje ao redor estiver carregada, Figura 2.10, a ao do

    momento da laje coloca a parte superior do n em trao e a inferior em

    compresso. Abaixo da linha neutra, o bloco de compresso da laje em flexo

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 38

    confina ativamente o n. Acima dessa linha, o n no est confinado pela laje

    ao redor. No n h trao na armadura superior da laje e dependendo da taxa

    de armadura inferior e de sua posio, esta tambm pode estar tracionada.

    Figura 2.10 N pilar-laje interno com carga aplicada na laje (Ali Shah, 2003a).

    A Figura 2.11 mostra que para os espcimes sem carga na laje a

    deformao da armadura na face do n, medido pelo extensmetro B, sempre

    menor do que no centro, medido pelo extensmetro A. Para os espcimes com

    carga na laje, a deformao na face do n maior do que no centro do n aps

    a carga na laje ter sido aplicada.

    Figura 2.11 Deformao dos espcimes sem e com carga na laje Ospina e Alexander

    (1998).

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 39

    As curvas das deformaes do espcime com a laje carregada so

    praticamente paralelas quelas do espcime sem carga na laje. O efeito do

    carregamento na laje aumentar a deformao da trao transversal de cerca

    de 0,001 para a linha central do pilar, e de cerca de 0,0015 na face do pilar.

    2.3.2.Razo entre as resistncias compresso dos elementos

    A reduo no ganho da resistncia pode ser atribuda a maior diferena

    entre os concretos do pilar e do pavimento, condies imprprias de

    confinamento, armadura longitudinal insuficiente ou qualquer erro comum dos

    procedimentos de concretagem. Na Figura 2.12 temos a relao entre as razes

    cc csf f e ce csf f nos espcimes de n pilar-viga-laje e pilar-laje da literatura.

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    0 1 2 3 4 5 6 7

    fcc/fcs

    f ce/f

    cs

    fce < fcc (ruptura no n)

    fce > fcc (ruptura no pilar)

    fcs=resistncia compresso do concreto do pavimento

    fcc=resistncia compresso do concreto do pilar

    fcc=resistncia efetiva do concreto

    (a) pilar-viga-laje

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    0 1 2 3 4 5 6 7

    fcc/fcs

    f ce/f

    cs

    fce < fcc (ruptura no n)

    fce > fcc (ruptura no pilar)

    fcs=resistncia compresso do concreto do pavimento

    fcc=resistncia compresso do concreto do pilar

    fcc=resistncia efetiva do concreto

    (b) pilar-laje

    pilar interno com cargapilar interno sem cargail d b d

    pilar de borda com cargapilar de borda sem cargail d t

    pilar de canto sem cargapilar sanduche sem carga

    Figura 2.12 Razo ce csf f vs. cc csf f , onde cef foi calculado com 1 =1,00.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 40

    Segundo Bianchini et al. (1960), abaixo de um valor crtico da razo cc csf f

    entre as resistncias dos concretos do pilar e do pavimento, a resistncia efetiva

    cef do concreto do n superior ou igual resistncia ccf do concreto do pilar,

    resultando em uma provvel ruptura no pilar. Acima do valor crtico, ocorrer

    uma reduo na resistncia do pilar devido interseo do concreto da laje; para

    este caso a resistncia efetiva do concreto do n cef menor do que ccf ,

    resultando em uma ruptura no n.

    Para pilares de canto e de borda, no so obtidos benefcios substanciais

    com o aumento da resistncia compresso do concreto do pilar para alm de

    1,4 vezes a do pavimento. Para pilares internos esse valor igual a 1,5. Ali

    Shah (2003b) diverge da adoo desses limites por causa dos resultados

    divergentes obtidos na literatura e devido a ausncia de dados entre o intervalo

    de 1,0 a 1,4 da razo cc csf f .

    2.3.3.Razo h/c entre a altura da viga e/ou laje e a menor dimenso do pilar

    O confinamento passivo, que leva ao aumento da resistncia do concreto

    da regio de ligao pilar-pavimento, proveniente em sua quase totalidade da

    existncia do pavimento ao redor dessa regio. Em muitos casos, a razo h/c do

    n menor do que 1/2 e freqentemente menor do que 1/3. Entretanto, uma

    razo h/c do n igual a um ou mais razovel para lajes cogumelo ou para ns

    de pilares retangulares (Ospina e Alexander, 1998).

    O valor de ce csf f para um dado valor de cc csf f aumenta com o

    decrscimo do valor de h/c, e a taxa de aumento da razo ce csf f maior para

    as maiores razes de cc csf f . Isso pode ser observado na Figura 2.13, que

    apresenta o grfico da relao cc csf f versus ce csf f para espcimes de n pilar-

    sanduche com valores da razo h/c iguais para cada srie de dados de Shu e

    Hawkins (1992).

    Ao aumentar a razo h/c, o decrscimo na relao ce csf f menor em

    pilares de canto do que em pilares internos, pois no segundo h uma maior rea

    confinada pelo concreto do pavimento.

    Para uma armadura do pavimento com rea de ao constante, que

    atravessa horizontalmente o n, quando a razo h/c cresce, devido ao aumento

    da altura h do n, a razo ce csf f decresce mais do que se a taxa dessa

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 41

    armadura for mantida constante. Isto ocorre devido a maior rea que a

    armadura dever confinar com o aumento da relao h/c.

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    0 1 2 3 4 5 6 7

    fcc/fcs

    f ce/f

    cs

    h/c=0,17h/c=0,30h/c=0,50h/c=1,00h/c=2,00h/c=3,00Linear (h/c=0,17)Linear (h/c=0,30)Linear (h/c=0,50)Linear (h/c=1,00)Linear (h/c=2,00)Linear (h/c=3,00)

    fce > fcc (ruptura no pilar)

    ch

    pilar-sanduche

    cfce < fcc

    (ruptura no n)

    Figura 2.13 Razo cc csf f vs. ce csf f para diferentes valores de h/c, onde cef foi

    calculado com 1 =1,00 (Shu e Hawkins, 1992).

    Quando a razo h/c cresce, devido diminuio da largura c do n, a

    razo ce csf f aumenta mais quando a rea de ao do pavimento que atravessa o

    n mantida constante do que se a taxa dessa armadura mantida constante.

    A justificativa para tal a menor rea que a armadura dever confinar com o

    aumento da relao h/c.

    No trabalho de Freire (2003), no caso de pilares internos, o maior valor de

    cef encontrado foi referente relao h/c intermediria de valor igual a 0,67.

    Porm, a taxa da armadura longitudinal desse espcime era maior ou igual dos

    demais, justificando assim o fato de apresentar uma maior resistncia efetiva.

    Tula et al. (2000) ensaiaram pilares de seo circular. No que diz respeito

    influncia da razo h/c eles divergiram dos demais autores, pois concluram

    que ce csf f aumenta com o aumento da razo h/c, para um dado valor de cc csf f .

    Essa concluso s foi possvel porque a taxa de armadura foi mantida constante

    em todos os espcimes que foram comparados.

    2.3.4.Armadura longitudinal da viga e/ou laje

    A resistncia efetiva do n aumenta quando a taxa da armadura da viga

    e/ou laje aumenta. Isso ocorre pelo aumento da restrio oferecida pela

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 42

    armadura do pavimento. Esta restrio normalmente diferente para cada um

    dos trs tipos de pilares: canto, borda e interno.

    McHarg et al. (2000a) utilizou espcimes com a armadura superior da laje

    distribuda uniformemente e com uma maior concentrao das barras superiores

    na vizinhana do pilar, consistente com as normas ACI 318-95 e CSA A23.3-94,

    respectivamente. Os espcimes foram ensaiados puno antes da aplicao

    da carga axial no pilar. Foi observado um aumento de 10% na resistncia

    efetiva do n devido ao uso da armadura mais concentrada. A Figura 2.14

    apresenta a curva carga versus deformao desses espcimes.

    Figura 2.14 Efeito da distribuio da armadura superior da laje na resistncia do n

    (McHarg et al., 2000a).

    2.3.5.Razo entre dimenses do pilar

    Ospina e Alexander (1998) e Lee e Mendis (2004) compararam pilares

    internos e sanduche respectivamente, com sees transversais quadradas e

    retangulares (Figura 2.15). O resultado nos pilares internos o aumento da

    relao ce csf f em 14% e 21%, e nos pilares sanduche o aumento de 2% e

    5%, indicando a importncia do confinamento dado pela laje ao redor do pilar.

    Ambos os autores sugerem que a menor dimenso do pilar deve ser usada

    em equaes (como por exemplo, as contidas nas Tabelas 2.1 e 2.2, pginas 43

    e 44 deste captulo) para calcular a resistncia efetiva compresso de pilares

    retangulares.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 43

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    0 1 2 3 4 5 6 7

    fcc/fcs

    f ce/f

    cs

    pilar sanduche 150x150 mm; h=45 mmpilar sanduche 150x150 mm; h=120 mmpilar sanduche 105x210 mm; h=45 mmpilar sanduche 105x210 mm; h=120 mmpilar interno 250x250 mm; h=250 mmpilar interno 250x250 mm; h=150 mmpilar interno 175x350 mm; h=250 mmpilar interno 175x350 mm; h=150 mm

    Figura 2.15 Razo cc csf f versus ce csf f para pilares sanduche (Lee e Mendis, 2004)

    e internos (Ospina e Alexander, 1997) com seo quadrada e retangular, onde cef foi

    calculado com 1 =1,00.

    2.3.6.Excentricidade da carga aplicada no pilar

    Bianchini et al. (1960) afirmam que os efeitos da excentricidade da carga

    aplicada no pilar esto relacionados ao estado de tenso no n pilar-pavimento,

    onde pilares de borda e de canto, quando carregados excentricamente, podem

    suportar cargas maiores, desde que a excentricidade esteja no sentido mais

    favorvel para equilibrar as tenses que atuam na seo transversal do pilar do

    que os ns carregados com carga centrada. Contudo, estes autores no

    realizaram ensaios com carga excntrica no pilar e no foram encontrados

    outros trabalhos sobre este assunto.

    2.3.7.Uso de armadura espiral, tirante ou estribo no n

    Gamble e Klinar (1991) ensaiaram um espcime pilar-laje, sem carga na

    laje e com armadura em espiral ao longo do n. Esse espcime apresentou

    comportamento similar aos outros, porm a resistncia compresso do pilar foi

    alcanada. A deformao mxima nas barras da laje foram menores do que a

    dos outros espcimes.

    A presena de tirantes horizontais faz o n pilar-laje ficar mais rgido e

    conseqentemente resulta em uma menor deformao nas faces do pilar e

    dentro do n. benfico o uso de tirantes de ao com alta resistncia, uma vez

    que reduz o congestionamento de armadura no n. O uso de aos de alta

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 44

    resistncia como armadura longitudinal do pilar tambm ajuda

    consideravelmente a aumentar a ductilidade dos espcimes. Estes aos so

    caracterizados pelo grande valor tenso de escoamento, como por exemplo, nas

    barras Dywidag feitas com ao St 85/105 este valor de 850 MPa.

    2.3.8.Uso de concreto de elevada resistncia no n

    A Figura 2.16 apresenta a curva tenso-deformao de dois espcimes de

    ns pilar-laje testados por Ospina e Alexander (1998), um com o ncleo do n

    (concreto dentro do estribo) feito com concreto do pilar e o outro com o concreto

    da laje, onde se observa que o espcime com ncleo de CAR tem maior

    resistncia. Lee et al. (2008) tambm observaram que esse aumento da

    resistncia e da rigidez do n pode ser comparado ao ganho obtido em

    espcimes que utilizam o puddling.

    Figura 2.16 Efeito do ncleo de concreto de alta resistncia na resistncia do n

    (Ospina e Alexander, 1997).

    Schenck e Schneider (2005), aps o ensaio de oito espcimes pilar-laje,

    observaram que o uso de um cilindro de ao (Figura 2.17), o qual era

    atravessado pela armadura da laje e posteriormente preenchido com o concreto

    de menor resistncia da laje, permite que as altas cargas do pilar superior, feito

    com CAR ou CONAD, fossem transmitidas atravs do n para o pilar inferior.

    Wahab e Alexander (2005) ensaiaram dois espcimes de pilares com

    concreto de alta resistncia interceptado em uma direo por uma viga e ao

    redor por uma laje, ambas com concreto de menor resistncia compresso.

    Eles afirmam que tendo 74% da seo do pilar, no n, com concreto de alta

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 45

    resistncia, os espcimes atingem a resistncia total do pilar. Contudo, apesar

    dessa ser uma alternativa ao uso do puddling, esses autores sugerem que

    mais estudos devem ser realizados para determinar limites no dimensionamento

    dessa regio.

    Figura 2.17 Cilindro de ao usado por Schenck e Schneider (2005).

    2.4.Comportamento de pilares com concreto de maior resistncia atravessados por viga e/ou laje com concreto de menor resistncia

    A ruptura nos pilares ocorre pelo esmagamento do concreto aps o

    escoamento da armadura do pilar. A natureza da ruptura depende do que ocorre

    dentro ou fora do n. Nos casos onde a ruptura pelo esmagamento dentro do

    n, h um comportamento consideravelmente dctil. Nos outros casos, quando

    a resistncia compresso do concreto do n aproxima-se da resistncia do

    concreto do pilar a ruptura desses espcimes ocorre no pilar de forma brusca e

    explosiva.

    Para pilares isolados, com resistncia compresso do concreto constante

    ao longo do pilar sob carga centrada, as fissuras verticais aparecem primeiro nas

    faces do pilar quando se tem cargas prximas a de ruptura. Nos espcimes de

    pilar-sanduche, onde h diferentes classes de concreto ao longo do pilar, as

    primeiras fissuras verticais aparecem no concreto mais fraco situado entre os

    concretos dos pilares, nessa regio posteriormente ocorre a ruptura.

    Para pilares tipo sanduche com pequeno valor da relao h/c e com uma

    resistncia do concreto do n prxima a do pilar, as fissuras no aparecem

    necessariamente primeiro na rea do n e sim, mais freqentemente, na rea do

    pilar. A medida que as razes h/c e cc csf f aumentam, a ruptura fica cada vez

    mais restrita rea do n. A Figura 2.18 apresenta o desenho do espcime de

    pilar sanduche D-SC1 ensaiado por Ospina e Alexander (1997), com relao h/c

    igual a 1,0.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 46

    Figura 2.18 Modelo de fissurao apresentado por Ospina e Alexander (1997) para o

    espcime D-SC1 com relao h/c igual a 1,0.

    Para os espcimes de pilares de canto e de borda sem aplicao de carga

    no pavimento, trs estgios de fissurao so observados por Bianchini et al.

    (1960) e Gamble e Klinar (1991). No primeiro, fissuras verticais aparecem na

    face exterior, ou faces, do concreto da laje no trecho entre os pilares de cima e

    de baixo. Segue-se ento a fissurao da laje ao redor do permetro do pilar de

    cima e do pilar de baixo. Por fim as fissuras se estendem a partir das fissuras ao

    redor do permetro do pilar at os lados da laje, diretamente sobre a armadura

    da laje.

    Os ns pilar-laje internos sem carregamento na laje, ensaiados por Ospina

    e Alexander (1997), se comportam da mesma forma que os espcimes testados

    por Bianchini et al. (1960) e Gamble e Klinar (1991). A Figura 2.19 ilustra um

    modelo tpico de fissura em um espcime pilar-laje interior sem carga na laje.

    As Fissuras na laje so observadas primeiramente quando a tenso

    aplicada no pilar excede a resistncia do concreto do n. Neste nvel, as barras

    longitudinais do pilar dentro do n escoam. Com o decorrer do ensaio, as

    fissuras seguem do pilar em direo borda da laje. Ao final, formam-se

    fissuras no meio das bordas que progridem em direo do pilar. Todas essas

    fissuras atravessam a espessura total da laje.

    As partes superior e inferior do pilar permanecem sem fissuras at prximo

    carga de ruptura. Neste ponto, fissuras de fendilhamento penetram em ambas

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 47

    as partes superior e inferior do pilar. O fato das fissuras penetrarem depende do

    grau de confinamento oferecido localmente pela armadura da laje. A maioria das

    lajes, na ligao pilar-laje, tem mais armadura superior do que inferior, e nesses

    casos, quando atuam apenas cargas gravitacionais e/ou pequenas cargas de

    vento, as fissuras penetram mais na parte inferior do pilar do que na superior.

    Gamble e Klinar (1991) tambm reportam esse efeito.

    Figura 2.19 Modelo de fissurao apresentado por Ospina e Alexander (1997) para o

    espcime B-4 sem carregamento na laje.

    Para os espcimes ns pilar-viga-laje de borda e internos sem aplicao

    de carga no pavimento, testados por Bianchini et al. (1960), trs estgios de

    fissurao so observados. Os primeiros dois estgios so semelhantes aos

    dos espcimes pilar-laje. O fendilhamento das vigas na parte de baixo da laje

    constitui o terceiro estgio de fissurao.

    A fissurao dos espcimes com cargas na laje visivelmente diferente do

    que visto em espcimes sem cargas no pavimento. Um modelo tpico de

    fissurao para um espcime com laje carregada apresentado na Figura 2.20.

    Quando a laje carregada, fissuras de flexo surgem na superfcie

    superior da laje, diretamente acima das armaduras, e estendem-se do pilar at a

    borda da laje. A armadura do pilar no n escoa quando a tenso aplicada

    alcana a resistncia compresso do concreto do n. Neste ponto, e no

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 48

    decorrer do ensaio, necessrio ajustar freqentemente os atuadores

    hidrulicos, que atuam na laje, para manter a carga constante.

    Figura 2.20 Modelo de fissurao apresentado por Ospina e Alexander (1997) para o

    espcime B-2 com carregamento na laje.

    Aps o escoamento da armadura da laje, fissuras surgem na face da parte

    superior do pilar. No restante do ensaio estas fissuras abrem, indicando que o

    concreto da laje contribui pouco ou nada no confinamento na parte superior do

    n. Por fim, as fissuras de fendilhamento estendem-se principalmente a partir da

    metade inferior do n, regio confinada pelo bloco de compresso formado na

    flexo da laje, at a parte superior do pilar.

    A Figura 2.21 apresenta as tenses de compresso e de trao para cada

    estgio de carregamento, visualizadas na metade de um espcime de pilar-laje

    interno, com carga na laje, ensaiado por Lee et al. (2008). A anlise no-linear e

    tridimensional foi realizada com o programa em elementos finitos DIANA. As

    reas claras e escuras representam compresso e trao, respectivamente.

    No estgio inicial de carregamento, Figura 2.21 (a), h tenso de trao no

    concreto do recobrimento do pilar, sendo que o interior apresenta compresso.

    Com o aumento da carga do pilar, Figura 2.21 (b) e (c), a tenso de trao no n

    aumenta. Ao atingir a carga de pico, Figura 2.21 (d), h tenso de trao por

    todo o pilar, menos no interior das partes internas dos pilares superior e inferior.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 49

    Figura 2.21 Tenso de trao (parte escura) e de compresso (parte clara) obtida por

    Lee et al. (2008) nos estgios de carga: (a) incio do carregamento; (b) carga de

    escoamento; (c) aps o escoamento; (d) carga de pico.

    2.5.Normas e mtodos de clculo

    Todas as normas e mtodos de clculo citados a seguir so referentes aos

    espcimes n pilar-viga-laje e/ou pilar-laje internos, de borda e/ou canto e so

    apresentados nas Tabelas 2.1 e 2.2. As normas e mtodos de clculo so

    apresentados conforme indicado pelos seus autores. Com exceo dos

    mtodos do CEB-FIP (1990), Siao (1994) e Quirke et al. (2006), todos os demais

    mtodos foram desenvolvidos baseados em valores experimentais de cef em

    que o coeficiente 1 adotado igual a 0,85.

    O trabalho de Bianchini et al. (1960) foi o primeiro a tratar de pilares com

    concreto de resistncia elevada atravessados por pavimentos com concreto de

    resistncia normal. Seu mtodo de clculo para estimar a resistncia efetiva do

    n baseado em resultados experimentais. Entre as suas concluses afirma-se

    que se o valor da razo cc csf f for inferior a 1,5 e 1,4 para pilares internos e de

    borda ou canto, respectivamente, a resistncia efetiva do n no sofrer

    decrscimo.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 50

    Tabela 2.1 Mtodos de clculo para pilares internos.

    Pilar interno Interceptados por viga e/ou laje 1,5cc csf f ce ccf f=

    Bianchini et al. (1960)

    3,0 1,5cc csf f> > p/ pilar-laje

    2,0 1,5cc csf f> > p/ pilar-viga-laje

    = +0,75. 0,375.ce cc csf f f

    CEB-FIP (1990)

    1,0cc csf f >

    ( )= + 1. 1,000 5,0.ce cs csf f f f se 1 0,05. csf f

    ( ) ( )=1 . .s yf A f c h 1,4cc csf f ce ccf f= CSA A23.3-94

    (1994) 1,4cc csf f > = +0,25. 1,05.ce cc csf f f

    1,0cc csf f ce ccf f=

    Siao (1994) 1,0cc csf f >

    = + 1 2 1. .ce csf f k k f

    =2k b c ; 1 5k ; ( ) ( )=1 3. . .s yf k A f c h ( ) ( ) ( ) = 23 1 2 1 2 2 14. . . 1y yk f f L L

    ( 2k e 3k so usado somente quando h vigas) AS 3600 (2001)

    2,0cc csf f ce ccf f=

    1,4cc csf f ce ccf f= ACI 318-09 (2009) 2,5 1,4cc csf f> > = +0,75. 0,35.ce cc csf f f

    1,4cc csf f Freire (2003)

    1,4cc csf f > ( ) ( )= +

    1,125 0,884. 0,790.ce cs cc csf f f f h c

    ( ) ( ) 0,458. .cc cs ccf f h c f Pilar interno Interceptados por laje

    1,4cc csf f ce ccf f= Gamble e Klinar (1991) 1,4cc csf f > = + 0,47. 0,67. 1,4.ce cc cs csf f f f

    1,0cc csf f ce ccf f= Kayani (1992) 1,0cc csf f > ( )= +2,5. .ce cc cs cc csf f f f f 1,4cc csf f ce ccf f= Ospina e

    Alexander (1997) 1,4cc csf f >

    = +

    0,25 0,35. 1,4 .ce cc csf f fh c h c; 0,33h c

    += + +

    3,200,60. 0,512. .2,50ce cc cs

    f f fh c

    ;s/ carga na laje Ali Shah (2003a)

    1,4cc csf f > +

    = + +

    4,120,35. 0,532. .1,47ce cc cs

    f f fh c

    ;c/ carga na laje

    Tue et al. (2005)

    4,0 1,4cc csf f +

    = + +

    4,000,25. 0,550. .1,50ce cc cs

    f f fh c

    0,25 1,25h c ; 0,50 2,00 ;c/ carga na laje Ali Shah e Ribakov (2008)

    1,0cc csf f > ( )( )= + 33 3 3 32,14. .ce cc cs cc csf f f f f

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 51

    Tabela 2.2 Mtodos de clculo para pilares de borda e/ou canto. Pilar de borda e/ou canto Interceptados por viga e/ou laje

    1,4cc csf f ce ccf f= Bianchini et al. (1960) e ACI 318-09 (2009) 1,4cc csf f > =ce csf f

    CEB-FIP (1990) 1,0cc csf f >

    ( )= + 1. 1,000 5,0.ce cs csf f f f se 1 0,05. csf f

    = 1

    . ...

    os y

    o

    A f n de lados no conffc h n de lados conf

    Shu e Hawkins (1992) 1,0cc csf f > ( ) ( )= + +0,4 2,66.ce cs cc csf f f f h c 1,0cc csf f ce ccf f= CSA A23.3-94 (1994) 1,0cc csf f > =ce csf f

    1,0cc csf f ce ccf f=

    Siao (1994) 1,0cc csf f >

    = + 1 2 1. .ce csf f k k f ; =2k b c

    1 3,75k (borda) e 1 2,50k (canto)

    ( ) ( )=1 3. . .s yf k A f c h ( ) ( ) ( ) = 23 1 2 1 2 2 14. . . 1y yk f f L L

    ( 2k e 3k so usado somente quando h vigas)

    1,4cc csf f Freire (2003) 1,4cc csf f >

    ( ) ( )= + ( ) ( ) = + 7,50. 1,30 0,39 .ce cc csf f h c h c f Pilar de borda e/ou canto Interceptados por laje

    1,0cc csf f ce ccf f= Kayani (1992)

    1,0cc csf f > ( )= +2,0. . .ce G cc cs cc csf f f f f

    1,0G = (borda) e 0,9G = (canto)

    ce y uf U=

    ( ) ( ) = + +( ) ( ). . .y cc cc t cs cc t ccf f a f f a f ; ( )= .4,1a h c =( ) 0,4.cc t ccf f (Clause 6.1.1.3 AS 3600-01)

    Lee e Mendis (2004) Ver

    Tabela 2.3

    u cc equU f f= ; ( )= . 3,6 1,7.equ csf f h c Pilar de borda Interceptados por laje

    1,4cc csf f ce ccf f= Gamble e Klinar (1991) 1,4cc csf f > = + 0,85. 0,32. 1,40.ce cs cc csf f f f

    AS 3600 (1994) 2,0cc csf f ce ccf f= ; 0,50h c Ospina e Alexander

    (1997) 1,0cc csf f > = 1,20.ce cs ccf f f

    Pilar de canto Interceptados por laje AS 3600 (1994) 2,0cc csf f ce ccf f= ; 0,25h c

    Ospina e Alexander (1997)

    1,0cc csf f > = 1,40.ce cs ccf f f

    Pilar de borda Interceptados por viga

    Quirke et al. (2006) 1,0cc csf f > = +

    1 7. .6 60. 6 24.ce cc cs cc

    h hf f f fc c

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 52

    Tabela 2.3 Valor crtico da razo cc csf f de acordo com o valor de h/c (Lee e Mendis, 2004).

    Razo de aspecto h/c Valor crtico da relao cc csf f

    0,3 1,7 0,4 1,5 0,5 1,4 0,6 1,3 0,7 1,2

    0,8 at 1,0 1,1

    Ambas as normas CSA A23.3-M84 e ACI 318-95, que so praticamente

    idnticas norma ACI 318-63, se baseiam nos resultados de Bianchini et al.

    (1960). Uma simplificao que essas normas fazem adotar o valor limite de

    cc csf f igual a 1,4 para todos os tipos de pilares: internos; de borda; e de canto.

    A norma CSA A23.3-94, posteriormente, apresenta uma mudana

    significativa na sua forma de estimar a resistncia efetiva de um pilar interno

    enquanto a norma ACI 318-02 (at a sua verso ACI 318-09, 2009) opta

    simplesmente por inserir um limite mximo para a relao cc csf f , com base nos

    resultados de Ospina e Alexander (1997).

    O mtodo do CEB-FIP (1990) apresenta um modelo para se estimar o

    ganho de resistncia de um concreto confinado. Este modelo avaliado nos

    trabalhos de Santos e Stucchi (2006) e Caporrino (2007) associado a um

    programa que utiliza o mtodo dos elementos finitos. O resultado em ambos os

    casos satisfatrio e coerente com os resultados experimentais obtidos.

    O mtodo de Gamble e Klinar (1991) baseado em uma anlise de

    regresso linear dos seus dados experimentais adicionados ao de Bianchini et

    al. (1960). O uso da equao que fornece o limite inferior indicado para fins de

    dimensionamento. Nesse mtodo s estimada a resistncia efetiva de pilares

    internos e de borda.

    No mtodo de clculo de Kayani (1992) apud Ospina e Alexander (1997), a

    resistncia efetiva sugerida como sendo proporcional razo entre o produto

    das resistncias compresso do concreto do pilar e da laje pela soma das

    mesmas. Ali Shah junto com Ribakov, em 2008, apresentam um mtodo

    baseado na mecnica dos materiais, comumente usado em materiais

    compsitos, que se assemelha frmula de Kayani (1992).

    Shu e Hawkins (1992) desenvolvem o seu mtodo a partir dos ensaios de

    espcimes pilar-sanduche. Eles utilizam o mtodo dos mnimos quadrados para

    achar os melhores valores das constantes utilizadas.

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 53

    No mtodo de Siao (1994), a resistncia efetiva do n a soma da

    resistncia compresso do pavimento e a presso de confinamento originada

    pela armadura da viga ou laje que passa pelo pilar. A relao entre a largura da

    viga e do pilar tambm considerada nesse mtodo.

    Ospina e Alexander (1997) sugerem para pilares internos uma frmula na

    qual quando a razo h/c menor que 1/3 a frmula a mesma apresentada pela

    norma ACI 318-95 e quando a razo h/c igual a 1 a expresso se torna idntica

    a da norma CSA A23.3-94.

    Para o caso de pilares de borda, Ospina e Alexander (1997) sugerem

    utilizar o mtodo da norma ACI 318-95. Para pilares de canto as normas CSA

    A23.3-94 e ACI 318-95 no representam bem os ensaios, adotando assim um

    valor intermedirio entre essas duas normas.

    Freire (2003) prope um mtodo de clculo baseado na regresso mltipla

    dos dados ce csf f (varivel dependente), cc csf f e h/c (variveis independentes)

    utilizando os dados de espcimes pilar-laje internos, de borda e de canto de

    diversos autores e dos seus prprios ensaios.

    Ali Shah (2003a) apresenta em seu mtodo de clculo frmulas distintas

    para ns pilar-laje internos submetidos ou no a carregamento na laje. Tue et al.

    (2005), assim como Ali Shah (2003a), insere a taxa de armadura da laje na

    frmula para estimar a resistncia efetiva do n.

    Lee e Mendis (2004) fazem uma analogia ao mtodo proposto por Hilsdorf

    (1969) para um problema de alvenaria estrutural. No problema original h dois

    materiais, o tijolo e a argamassa, com resistncia compresso e mdulo de

    elasticidade diferentes, assim como em uma estrutura pilar-laje com diferentes

    classes de concretos sob compresso axial.

    Subramanian (2006) sugere que a norma Indiana pode usar o mtodo

    proposto por ele para pilares de borda e canto interceptados por viga e/ou laje.

    Para pilares internos ele sugere o mtodo de Ospina e Alexander (1997).

    Quirke et al. (2006) desenvolveram o seu mtodo de clculo baseados em

    ensaios experimentais, com e sem carga aplicada na viga, e analises

    paramtrica utilizando um programa em elementos finitos.

    2.6.Avaliao de normas e mtodos de clculo

    Na anlise de alguns dos mtodos de clculo apresentados nesta reviso

    bibliogrfica (Tabelas 2.1 e 2.2) so utilizados os dados dos ensaios fornecidos

    pelos autores de acordo com a Tabela 2.4. Os testes esto divididos de acordo

    DBDPUC-Rio - Certificao Digital N 0521521/CA
  • 54

    com o tipo de espcime, n pilar-viga-laje ou pilar-laje, e a sua posio, interno,

    borda ou canto. Os valores com um asterisco so referentes aos espcimes

    com carga aplicada no pavimento.

    O Anexo A apresenta os dados dos ensaios utilizados para avaliar os

    mtodos de clculo, enquanto o Anexo B apresenta os grficos obtidos. Esses

    grficos so referentes razo cc csf f , relativa s resistncias compresso do

    concreto do pilar e do concreto do pavimento versus a razo ,exp. , . .ce ce mt clcf f ,

    relativa resistncia efetiva dos espcimes obtida experimentalmente e

    estimada por um mtodo de clculo. O valor de ,exp.cef calculado utilizando-se

    o coeficiente 1 com o mesmo valor que utilizado pelos autores para calcular o

    , . .ce mt clcf .

    Para complementar, tambm so apresentados os grficos da razo h/c,

    entre a espessura total do pavimento, viga mais laje ou laje, do espcime e a

    menor dimenso do pilar, versus a razo ,exp. , . .ce ce mt clcf f .

    As sries de dados apresentadas nos grf