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facebook.com/amera.com.pt

21 444 75 30 / 289 803 747

amera.com.pt www

Março 2015MAGAZINE

TORNEIO DE DOMINÓ, P.2

MUSICOTERAPIA, P.4

P.6

P.8

DIRECTORA DE FARO, P.10

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Nas últimas semanas organizámosem Faro um Torneio de Dominó,aberto a Residentes, familiares eamigos. Jogámos às quartas-feiras,entre 21 de Janeiro e 26 deFevereiro, até se apurar o vencedor

Talvez mais do que o Torneio, foi aprodução dos prémios que geroumaior entusiasmo. Houve, aliás,Residentes que não tendoparticipado no Torneio, fizeramquestão de participar nesta outraactividade, como foi o caso deCharles e Johanna Vangenechten.Participaram ainda na produçãoIvone Sancho, Maria Soares (irmã daMariana Nunes) e Judite Mendinhos,com ajuda da supervisora Márcia dePaula e da assistente Sílvia Borges.Entendemos justo que CharlesVangenechten ganhasse também

um prémio, pelo seu empenho comomelhor colaborador nesta actividade.

Quanto ao dominó propriamente dito,saiu vencedor Hermínio Gomes, comuns destacados 8 pontos, seguido deManuel Guerreiro, com 5 pontos. Noterceiro lugar, ex aequo, classificaram-se Paulo, Carla e Teresa Guerreiro(filho, nora e filha de Manuel Guerreiro),Joaquim Santos, Maria Soares (irmãde Mariana Nunes), Judite Mendinhos,Vitoriano Isidoro (esposo de MariaJoão Isidoro e Ivone Sancho, todoscom um ponto. As aprendizes MariaLeonilde Colaço e Adelaide Albino nãopontuaram.

Na hora do jantar os orgulhososvencedores exibiam os seus prémiosnas mesas, para que todos vissem.

Torneio de Dominó

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ACHEI BOM O JOGO. GOSTEIDO PRÉMIO.

FOI BOM PARA DIVERTIR OPESSOAL E ALIVIAR A CABEÇA.

GOSTO DE PARTICIPAR EMTODOS OS JOGOS ETRABALHOS MANUAIS.DIVIRTO-ME COM ISSO.

FIQUEI SURPREENDIDO. NÃOPENSEI QUE HAVIA UMPRÉMIO PARA MIM.

SINTO-ME FELIZ A FAZÊ-LOSFELIZES.

COMENTÁRIOS

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Em Carcavelos demos início aoTorneio uma semana mais cedo. Namesa de António Fontoura, LuisaMenano, Teresa Oliveira e JoãoGuileira respirava-se concentração.Já na mesa de Emília Carvalho,Idalete Neves, Lurdes Carrapato eCremilde Costa, sobrepunha-se umacerta euforia. Por último, na mesa deLaura Canhão, Odília Inácio,Grimaneza Costa e Judite Tavares,nem uma coisa, nem outra. Apenasmuito boa disposição.

A primeira ronda terminou com umempate a 3 pontos, entre AntónioFontoura e Judite Tavares. Nasegunda ronda, no dia 30, LauraCanhão assume a liderança, com 6pontos, a dois dos concorrentes nasegunda posição. Na terceira ronda,nova reviravolta, que leva até ao

comando da tabela Idalete Neves,orgulhosa e animada. Acompetitividade do torneio fazia suporque os vencedores não fossemescolhidos senão na última ronda, nodia 24 de Fevereiro. Antes disso, naquarta ronda Judite Tavares e LauraCanhão retomam a liderançaassumida nas primeira e terceirarondas, ambas com 10 pontos.

A final foi tensa, com vários jogadoresem condições de disputar o primeirolugar, que acabou por caber a JuditeTavares, com 13 pontos. Em segundolugar, com 11 pontos, ficou GrimanezaCosta e em terceiro lugar, com 10pontos, Laura Canhão. Um pódio100% feminino numa disciplina em queas mulheres estão ainda poucorepresentadas.

UMA IDEIA ÓPTIMA.

MUITO BOA IDEIA ESTETORNEIO. ASSIM POSSOREVER OS MEUSCONHECIMENTOS PARAGANHAR. TODOS LUTÁMOSPELO PRIMEIRO LUGAR, MASO PRÉMIO COUBE APENAS AUM. FOI ENGRAÇADOPARTICIPAR.

UMA BRINCADEIRA DECRIANÇAS MUITO DIVERTIDA.DISTRAÍMO-NOS MUITO. EFOI UMA GRANDE SURPRESAFICAR EM PRIMEIRO LUGAR.

MUITO BOA IDEIA PARA NOSDESENVOLVERMOS EENTRETERMOS, BEM COMOPARA NOS RELACIONARMOS.FOI VIBRANTE A ALEGRIA DAMINHA MESA. ESPERO PODERREPETIR PARA O ANO.OBRIGADA.

ACHO ÓPTIMAS TODAS ASIDEIAS DA AMERA. APESAR DESER UMA CONCORRENTEINICIANTE, FOI MUITO BOM.FIQUEI EM SEGUNDO LUGAR,SEM PERCEBER MUITO DEDOMINÓ. SEM FALAR NOPRÉMIO, LINDO. ADOREI,OBRIGADA.

APESAR DE NÃO SABERJOGAR, ESTOU A PARTICIPAR.ASSIM PODEMOS CONVIVERUM POUCO MAIS.

É MUITO BOM ENTRETERMO-NOS ASSIM.

É ENGRAÇADO E MUITOINTERESSANTE DEPARTICIPAR.

GOSTO MUITO DE JOGARDOMINÓ E ESPERO PODERFICAR EM PRIMEIRO LUGAR.

COMENTÁRIOS

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MusicoterapiaApós o lanche, os Residentesesperam, impacientemente, achegada de João Violão. Contamcom a sua música para animar oresto da tarde.

Quando chega, vai tirando de umsaco os vários instrumentos, e dandoa conhecer cada um deles: umxilofone, um metalofone, um tambor,um batuque, um órgão de umamelódica ou escaleta. Fala-se dasdiferenças de cada um.

Passou-se à música. Divertidos eatentos, foram ouvindo as músicastradicionais portuguesas e, mais umavez, a acompanhar com osinstrumentos do músico. Desta vez,com a especial participação dosfamiliares, a filha de Leonilde Colaço,no batuque, e a filha de Maria ClarisseBruno, no triângulo, entre outros quese foram juntando à festa.

● Acesso a memórias que contribuem para a reminiscência esatisfação com a vida.

● Mudanças positivas no humor e nos estados emocionais: “Ficosempre alegre com estas músiquinhas”.

● Aumento da sensação de controlo sobre a vida, através deexperiências bem sucedidas: “Não sabia que tinha tanto jeito paraisto”.

● Consciência do eu e do ambiente, acompanhada de maior atençãoà música.

● Gestão não farmacológica da dor e do desconforto.● Estimulação que desperta interesse, mesmo quando outras

abordagens se mostraram ineficazes● Estrutura que promove movimento rítmico e fluência vocal, como

parte da reabilitação física.● Intimidade com os familiares quando partilham experiências

músicais: “Viram a minha filha?”● Interacção social com familiares e cuidadores.● Redução da ansiedade e stress do idoso e do cuidador.

OPORTUNIDADES OFERECIDAS PELA MUSICOTERAPIA

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FICO SEMPRE ALEGRE COMESTAS MUSIQUINHAS

VIRAM A MINHA FILHA? FOI AQUE TOCOU MELHOR.

NÃO SABIA QUE TINHATANTO JEITO PARA ISTO.TENHO DE TREINAR MAIS.

É MUITO BOM OUVIRMÚSICA. FAZ-ME BEM.

GOSTO MUITO DISTO.ALGUMAS COISAS NUNCATINHA TOCADO.

ESTÃO DISTRAÍDOS EENTUSIASMADOS. É UMABOA APOSTA PARA OSFAZERMOS MAIS FELIZES.

COMENTÁRIOS

● Reduz a depressão nos idosos.● As experiências musicais podem ser estruturadas para

melhorar as competências sociais e emocionais, paraapoiar no acesso à memória e a competênciaslinguísticas, e para diminuir problemascomportamentais.

● A música é eficaz na diminuição da frequência decomportamentos agitados ou agressivos de doentesde Alzheimer e demências relacionadas. Doentes nasúltimas fases da doença reagem e interagem com amúsica.

EVIDÊNCIA CIENTÍFICA

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Outras músicasVoltámos a ter a presença doRancho Folclórico Amigos de Estoi.Chegaram, como sempre, animadose cheios de energia.

Rosa Viegas, elemento do grupo,voltou a trazer um bolo muitosaboroso para o lanche, desta vezde cenoura.

Estiveram presentes alguns familiaresque também cantaram e dançaramcom os bailarinos.

Entre um baile e outro o acordeonista,Fernando Inês, declamava umapoesia.

Stella Koehler, filha do CasalVangenechten, visitou a Amera pelaprimeira vez nessa tarde. Foi uma dasmais animadas e tirou muitas fotos detodos.

Após as danças, seguiu-se umconvívio muito agradável entre oselementos do grupo e os Residentes,comeu-se o bolo decenoura, assimcomo outros dois, feitos cá em casa.

ACHEI O MÁXIMO, GIRO.INTERESSANTE PELAANIMAÇÃO TRAZIDA AOSRESIDENTES

FOI TÃO BOM, BEMANIMADO.

FOI TÃO BOM QUE PODIAFAZER UM GRANDE BAILE NARUA.

COMENTÁRIOS

Eis-nos perante uma jovem senhora,de 71 anos, reformada há sete. Temum filho e três netos. Vive em São Brásde Alportel, onde cuida da sua grandehorta e dos seus animais. Miúda deestatura, mas de nobre carácter ealma caridosa. Trabalhou quase toda avida como doméstica até queempreendeu no restaurante Rampa,também em São Brás. Durante trezeanos, até meados dos anos 80manteve o restaurante, no entanto, asdificuldades para recrutar pessoal(sério?) e a indisponibilidade de seumarido para a ajudar, acabou por levá-la a fechar o estabelecimento.Ajudou, entretanto, muitos imigrantesdo Leste, a quem nunca deixou deservir refeições, mesmo aos que nãopodiam pagar. Ajudava-os também,usando os seus conhecimentos einfluências, a encontrar trabalho.

Sempre activa, nunca gostou de ficarparada. Foi então trabalhar na paróquiade São Brás e, em seguida, no lar “OCantinho do Avô”. Conta-nos, comentusiasmo, que há pouco tempo foiconvidada pela TVI, a participar doprograma “Você na TV”, de ManuelLuís Goucha, com o tema “O sexo na3ª idade”. O apresentador gostoutanto da sua espontaneidade que aconvidou para voltar mais vezes.Rosa sempre adorou as pessoas demais idade, para quem gosta muito deactuar. Após a reforma, resolveufundar o grupo folclórico sénior, paraque pudessem alegrar "aqueles quenão podem sair dos seus lugares", eassim tivessem uma actividade lúdica.As primeiras formações do grupo nãocorreram muito bem, por falta deverbas e apoio. No entanto, comperseverança, conseguiu formar ogrupo e mantê-lo até à actualidade.Normalmente fazem três actuações

por semana, mas quando há muitaprocura chegam a ter duas actuaçõespor dia. Apresentam-se em São Brásdo Alportel, Estoi, Vila Romana-Olhão,Meixoeira, Tavira, Vila do Bispo,Gurjões, Quarteira, Fuseta, Faro,Alcoutim, Alte, entre outros locais.Rosa é a mais atarefada, pois comoorientadora do grupo, tem aresponsabilidade pelos contactos eagenda.O grupo completo conta com 18pessoas: o acordeonista FernandoInês, a orientadora Rosa Viegas; ospares Joaquim e Helena Baieta,Eduardo e Visitação, Sérgio e Idalina;as dançarinas Riolinda, ManuelaViegas, Manuela Alves; e oscantadeiros Raquel, Maria da Luz,António Mota e Vitória. São seis casaisao todo. Entre cantares e bailaricos,vão-se animando uns aos outros,afastando a solidão. Alguns vivem coma família, outros sozinhos. Todos são

Estivemos à conversa com Rosa Viegas, porta-voz do Grupo Folclórico Sénior Amigos de Estoi,num registo biográfico, pessoal e do grupo. Este é o resultado.

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GOSTO MUITO DE DANÇAR,POIS JÁ NÃO SE VÊ PESSOASDESTA IDADE COM ENERGIA.FAZ-ME BEM VIR À AMERA EDIVERTIR AS PESSOAS.

GOSTO IMENSO DE VIR ÀAMERA. DIVERTE-ME. SINTO-ME “PRESUNÇOSO” ADANÇAR.

ACHO IMPORTANTE VIR ÀAMERA. DE TODAS ASMANEIRAS, GOSTAMOS DENOS DIVERTIR.

reformados. Alguns foram emigrantesem França e Canadá, outrosagricultores,trabalhadores do campoou da pesca, e as senhorasdomésticas. O dançarino com maisidade, Eduardo Cravo, tem 83 anos, ea mais nova 60 anos. A cantadeiraRaquel tem 81 anos e é também muitoquerida pelo grupo, por ser a senhoramais idosa das mulheres e mesmoassim ainda ter muita disposição. Sãovoluntários, que muitas vezes aindapagam as deslocações, com os seuspróprios recursos. Aceitam doaçõespara manutenção do vestuário.Nem sempre conseguem coordenaras actividades intensas do grupo coma vida familiar. Nestes momentos oapoio e compreensão das famílias éfundamental, seja para a arrumação dacasa ou as compras, seja comoincentivo. O objectivo de todos émanter o grupo sempre unido edivertirem-se um bom bocado.

A melhor recordação do grupo foi umaapresentação surpresa, no museu deSão Brás de Alportel, onde oacordeonista Fernando Inês seapresentava sozinho num chádançante. Sem que suspeitasse, osmembros estavam escondidos e derepente entraram trajados, a dançar.Todos se emocionaram nestemomento.Rosa tem um primo, Adelino Brito, queteve amigos Residentes na Amera. Foiquem lhe recomendou que viesse falarconnosco, pois estavam muitosatisfeitos com o cuidado prestadopela Amera aos amigos. Foi então queRosa nos contactou e começou anossa amizade. Adoram vir à Amera,todas as segundas terças-feiras decada mês, vendo a adesão às dançase cantares de muitos dos nossosResidentes. Não se cansam de elogiaras nossas instalações e a sua limpeza.Encontram muitas vezes residentes

tristes e apáticos, o que lhes dá maisvontade de dançar e alegrar toda agente, distribuindo sorrisos, carinhos emimos para os que precisam.Sugeriram, com entusiasmo,apresentarem-se também na Amerade Carcavelos, viagem que teria defazer-se de autocarro, visto que muitosnão conduzem longas distâncias e aviagem de comboio seria muitocansativa. O desejo do grupo partilhara sua energia com toda a Amera estáexpresso. Ficam esperançados numaresposta positiva. Bem-hajam, pelaalegria que trazem, não só para nós,Residentes e equipa, como para vósmesmos. E como é bom, quandotodos se divertem a fazer o que maisgostam!

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Este é um tema recorrente nasnossas acções de formação, tal é asua prevalência e impacto na vidados doentes.

Realizámos recentemente umasessão em Carcavelos, e outra emFaro, em que tivemos o apoio daAedmada (Associação para o Estudoda Diabetes Mellitus e de Apoio aoDiabético do Algarve), de queoportunamente demos notícia.

Desta feita, com o apoio da Abbott(Enf.ª Ana Luísa Cruz e Hélder Aguiar,na foto), enfatizando a importância deuma correcta e rápida actuação dascuidadoras no sucesso com quelidamos com as inúmeras situações dedesequilíbrio glicémico que podemocorrer num Residente diabético.

FormaçãoDiabetes mellitus - sindroma complexa

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Trazer à Amera profissionais de saúde externos é um passo importante para afinar procedimentose reafirmar a importância dos mesmos. Para as assistentes é importante perceberem que asformações internas se interligam com as externas e que são momentos propícios para colocaremas dúvidas que surgem no dia-a-dia e também para perceberem a razão das práticas queutilizamos. Para mim, enquanto enfermeira, é um momento de troca de informação, de memanter actualizada e de me fazer questionar e despertar para assuntos ou abordagens novas.

Rita Mendes, Directora técnica Faro

Foi uma aprendizagem sobre o que há a fazer em face de desiquilíbriosglicémicos. Muito importante porque, como não lido directamente comos Residentes, não tinha tanta noção das várias coisas a que as minhascolegas têm de estar atentas. Foi também importante a parte daalimentação, pois como estou a fazer formação na cozinha, fiquei maisdesperta para alguns pormenores que são importantes, principalmenteporque pensava que um diabético tinha de fazer uma dieta muito rígida eafinal basta cumprir a simples regra “um bocadinho de tudo”, comatenção para não exceder nos hidratos de carbono.

Kátia Alfaro, governanta

Houve algumas coisasque achei maisinteressantes, que eu nãosabia, como dar água aquem tem hiperglicémiapara urinar mais e fazer aglicemia baixar. São estaspequenas coisas que nosfazem melhoresassistentes.

Vanessa Eusébio,assistente

Nesta formação foi bomrelembrar que devemoslavar as nossas mãos etambém as dosResidentes antes de sefazer a avaliação daglicemia; falar sobre oscuidados da pele e asferidas que podemaparecer; e aindarelembrar os cuidadoscom a alimentação dosResidentes diabéticos.

Sílvia Borges, assistente

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A minha primeira infância foi vivida nocentro de Lisboa. Só mais tarde,pelos 6 anos, é que fui viver para aterra dos meus pais, numa pequenaaldeia do distrito de Castelo Branco.Lá vivi até aos 17 anos. Na altura nãodava o devido valor, mas agora,olhando para trás, tive a oportuni-dade de viver anos dourados - andarde bicicleta por todo o lado, semperigo, ir para a horta com os pais,explorar o que havia e aproveitar obom que o centro do país tem paraoferecer.

Sempre fui muito activa: estudeimúsica durante 10 anos, fiz ginásticadesportiva, joguei na equipa devoleibol da escola, participei emdiversos colóquios da CâmaraMunicipal. Ganhei condecorações demérito por notas excelentes, ganheiconcursos de escrita, um dos quaiscom o patrocínio do ProfessorMarcelo Rebelo de Sousa.

Aos dezasseis anos, achei que deviaexperimentar trabalhar nas férias deVerão, mesmo com a poucaconcordância dos pais. Lá fui até aosul de França trabalhar na apanha dafruta. Assim se passaram algunsVerões, entre a agricultura emFrança e o baby-sitting em Portugal.

Com dezoito fui para Lisboa estudarenfermagem. Sempre fui muitodedicada aos estudos, aproveitei oque acho que devia ter aproveitadoda vida académica, mas não era aminha prioridade. Recordo-me comcarinho do dia da queima das fitas edo orgulho que senti por terminarmais uma etapa da vida.

Aos vinte e dois anos, acabadinha determinar o curso e em plena criseeconómica, não consegui encontrarum trabalho fixo na minha área deformação, que me proporcionasseum rendimento estável. Fiz váriospart-time na área que, mesmo assim,não eram suficientes para me fazersentir que rendiam quatro anos deestudo. Assim, iniciei numa outraárea, a de comercial imobiliária. Foium período muito interessante, queme proporcionou um primeirocontacto verdadeiramenteempresarial e formação em técnicasde vendas e em relação comercialque ainda hoje me são úteis.

Aos 24 anos descobri a Amera…

Rita MendesA nova directora da Residência de Faro na primeira pessoa

Chegou à Amera, com muita vontade de trabalhar, sem apresunção de quem tem uma licenciatura, colocando-seao mesmo nível de todas as colegas.

Desempenhou de forma responsável e competente quer oseu papel de assistente, quer, posteriormente o seu papelde enfermeira, mantendo a mesma atitude para com todaa equipa Amera.

Sandra Cabral, directora Carcavelos

A Enf. Rita tem desempenhado o seu papel, mostrandocapacidade para planear e organizar adequadamente otrabalho na minha área. Tem resolvido com competênciaos problemas que surgem no dia-a-dia com osresidentes ou com os seus familiares. Do que me épossível observar, tem liderado os colaboradores deuma forma justa, honesta e assertiva. Tem-se mostra-do capaz de controlar de uma forma eficaz o trabalhoplaneado e corrigido os desvios encontrados. Tem-noconseguido fazer olhando às pessoas e mostrado sem-pre cortesia nas relações que estabelece.

Dr. Rui Lourenço, médico Faro

Verifiquei um claro crescimento na maneira como organiza o trabalho. Está sistematicamente preparada para as perguntas que faço sobre os residentes, elabora bons resumosescritos sobres os mesmos e com isso melhora a qualidade do meutrabalho como médico. Alerta ainda sobre situações particulares quenecessitam de abordagens mais especificas. Transmite uma imagemconfiante, não revelando eventuais fragilidades com facilidade.

Percebo ainda que os familiares de residentes com quem tenhocontactado têm, no geral, uma boa opinião sobre a Direcção Técnica.O seu contacto é educado, abordando essencialmente assuntosprofissionais e favorecendo a relação, mesmo que o seu modo deestar seja mais apoiado em alguma reserva pessoal.

Apresenta clara preocupação na sua apresentação física (cuidada,mas sem exuberância excessiva) o que se enquadra na imagem daAmera.

Dr. António Neves, psiquiatra Faro

Em primeiro lugar, os meus sinceros parabéns à Rita Mendes pelasua promoção.

Ao longo deste tempo na Amera, tem-se revelado uma excelenteprofissional, muito ágil na resolução de diversos assuntos. Como emqualquer organização, existem dificuldades, perante as quais a Ritasempre se mostrou forte e determinada. Além do que lhe compete,apresenta um espírito voluntário e de equipa, demonstrandosempre disponibilidade e vontade para ajudar. Considero que nãoterá qualquer problema em assumir este cargo de responsabilidade,respondendo de acordo com a sua exigência.

Rui Dean, fisioterapeuta Faro

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[Rita] – O primeiro pensamento,quando aceitei trabalhar na Amera,foi de que nada teria a perder, muitopelo contrário. Mesmo não sendo naminha área profissional, não deixavade ser uma experiência pessoal e,não menos importante, remunerada.Efectivamente, várias colegasenfermeiras poderão pensar que otrabalho de assistente é abaixo dassuas qualificações, no entanto todasnós, ao longo do percurso académi-co, somos formadas para cuidar dapessoa. Em momento algum deixode ser enfermeira, por estar atrabalhar em funções designadasdiferentemente.

[Rita] – Ainda na entrevista, foi-meexplicado que na Amera haveriasempre oportunidade de cresci-mento profissional, dependendo domeu desempenho e afinco. Foi, semdúvida, motivador. Nas primeirassemanas as dúvidas começaram asurgir. Corresponderia eu à minhaprópria expectativa? Mas, passadopouco tempo, passei a sénior.Depois comecei a ser iniciada nastarefas de enfermagem e estasevoluções, todas no momento certo,começaram a concretizar os meusobjectivos.

[Rita] – Como ponto mais negativoestá, sem sombra de dúvida, adistância da família, desde queintegrei a equipa de Faro. Aprendertodos os dias sobre novos assuntos,sejam em enfermagem ou gestão,faz parte dos vários pontos fortesque me dão azo a manter estecargo.

[Rita] – A decisão em si não foi difícil.A sua concretização, isso sim. Tenhoa sorte de ter um marido que emmomento algum deixou de apoiar a

minha caminhada profissional e deentender que este lado também fazparte de mim, enquanto ser.

[Rita] – Nunca se chega a compensaro suficiente. Nada compensa aausência de quem amamos. Noentanto ela fez-me valorizar mais oque realmente importa e a desvalorizaros pequenos quiproquós do dia-a-dia.Esta é, simultaneamente, a minhaforma de compensar e de sercompensada: amar um bocadinhomais todos os dias.

[Rita] – As maiores dificuldades nesteperíodo formativo, prenderam-se coma iniciação a tarefas que nuncahouvera feito: gestão de pessoal,chefia de equipa, organização econtrolo de rotinas. Resumindo, tudofoi um desafio e quase tudo me trouxeum quê de dificuldade, pois não tinha amenor noção do dispêndio de energia,

pessoal e profissional que umcargo de direcção exigiria, que émuito maior do que vista de fora.As dificuldades dos recursoshumanos em Faro são as quemais afectaram este período.Dificuldades em preencher faltasde funcionárias, de reorganizar osturnos do dia, e por vezes dasemana inteira, porque apenasuma pessoa faltou, a falta deaviso, as noites em claro à procurade soluções… Enfim, sãoinúmeras. As razões que apontosão sobretudo sociais e deformação-base que resumo comuma expressão popular: muitaspessoas não estão formatadaspara ter um trabalho, mas apenasum emprego. Felizmente, asfalhas de muitas fizeram-medescobrir as qualidades ededicação de outras.

[Rita] – Nunca estive, nem estou,sozinha. Tenho sempre ao meudispor, para qualquereventualidade, toda a equipa dedirecção, tanto de Faro como deCarcavelos, bem como agerência. Fazer parte da direcçãonão é um processo solitário, massim um processo integrativo.

[Rita] – Descrevo a relação comtodos como boa e saudável. Semdúvida existem assuntos maisdelicados de tratar comresidentes e famílias, queacarretam dificuldades deabordagem. Posso nomear umasituação muito específica: não éfácil uma pessoa estranha à famíliadizer que a última refeição foi háuma hora atrás, quando se tem amãe/pai, o avô/avó a dizer quenão comeu o dia todo e fazerentender que isso é um sintoma enão um facto.

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n

ANIVERSÁRIOS MARÇO

Teresa Oliveira, 88

1

Mª Ilda Matos, 92

5

Manuel Guerreiro, 75

6

Idalete Neves, 82

25 27

Leonilde Colaço, 77

31

Julieta Barreto, 88

As iniciativas de quem não esquece de nos fazer saber da sua satisfação são deveras motivadoras para todosquantos nos dedicamos ao cuidado diário dos seus familiares ou amigos queridos.

Sensibilizados

Manuel Aguiar, 79

10

Manuela Pereira, 92

8