lp6 3bim aluno 2014

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014

EDUARDO PAESPREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

REGINA HELENA DINIZ BOMENYSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

JUREMA HOLPERINSUBSECRETARIA DE ENSINO

MARIA DE NAZARETH MACHADO DE BARROS VASCONCELLOSCOORDENADORIA DE EDUCAÇÃO

MARIA DE FÁTIMA CUNHA COORDENADORIA TÉCNICA

RENATA RAMOS SADER ELABORAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

LEILA CUNHA DE OLIVEIRAREVISÃO

GINA BERNANDINO CAPITÃO MORSUPERVISÃO

FÁBIO DA SILVA MARCELO ALVES COELHO JÚNIORDESIGN GRÁFICO

EDIOURO GRÁFICA E EDITORA LTDA.IMPRESSÃO

Agradecimentos especiais:

Adriana Modesto de OliveiraAmanda Rodrigues AlvesAna Claudia Passos dos SantosAna de Lourdes do Nascimento PessoaDircéa Maria da SilvaEdnéa Barbosa Neves FerreiraElizete Knippíl do CarmoLuana Lobão de SouzaMaria Izabel MoreiraPatrícia Pontes Ramos

Contatos CED: [email protected]@[email protected]

Telefones: 2976-2301 / 2976-2302

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 2

Bem-vindo(a) ao caderno pedagógico de Língua Portuguesa do 3º bimestre!Você já parou para pensar no quanto os indígenas e africanos influenciaram na formação

da cultura brasileira?Vamos iniciar o nosso trabalho, conhecendo um pouco da participação da cultura africana

no nosso dia a dia. Então... mãos à obra!

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Vítor Iori aprendeu com o seu avô Zinho a história de seus antepassados, entrou emcontato com as raízes de seu povo e descobriu a importância de preservá-las.

Quer saber mais?O livro “Meu avô africano”, de Carmen Lucia Campos, conta como tudo

aconteceu. Vamos ler um trecho dessa história!

EU TAMBÉM SOU AFRICANO

O vô Zinho e a tia Jô cumpriram a promessa e nos dias seguintes me ajudaram a pesquisar sobre a Nigéria eoutros países da África.

Quanta coisa legal aprendi! Como a tia Jô dizia:– A África não é só o lugar de miséria que mostram na televisão. Ou de pessoas com roupas coloridas que cantam

e dançam com muito ritmo. Tem muito mais lá do que selvas e caçadas de leões e elefantes. Há uma cultura rica emuita história. Os primeiros homens que surgiram na Terra nasceram no continente africano.

Eu ouvia aquilo tudo e achava a África cada vez mais importante.E nas conversas com o vô Zinho eu ia percebendo que a África era mais do que a Terra dos nossos antepassados,

coisa antiga. Ela fazia parte da nossa vida de hoje e um monte de costumes, comidas, palavras tinham vindo de lá. Umdia, ele me disse:

– A gente come feijoada, moqueca e bobó, dança samba, faz batucada, joga capoeira e nem lembra que tudo issotem a ver com os escravos africanos.

CAMPOS, Carmem Lucia. Meu avô africano. São Paulo: Panda Books, 2010.

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 3

1– A que termos do texto se referem as palavras destacadas abaixo?

a) “Tem muito mais lá do que selvas e caçadas de leões e elefantes.” (3.º parágrafo) __________________________

b) “Um dia, ele me disse:” (penúltimo parágrafo) ________________________________________

2 – Releia os trechos abaixo, retirados do texto “Eu também sou africano” e escreva, nas linhas, se eles correspondem a um FATO ou a uma OPINIÃO.

______________________________________

______________________________________

Agora, responda:

a) Qual o efeito de sentido do uso do ponto de exclamação em “Quanta coisa legal aprendi!”.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Que relação é estabelecida pela expressão “no continente africano”, no trecho “Os primeiros homens que surgiramna Terra nasceram no continente africano.”

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“Quanta coisa legal aprendi!”

“Os primeiros homens que surgiram na Terra nasceram no continente africano.”

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 4

Num outro trecho do livro, Vítor Iori conta a respeito do seu nome. Vamos ler?

“Um dia, resolvi conversar com o meu avô sobre isso. Ele, então, me explicou:– Quando você nasceu, fiquei muito feliz. Você foi o primeiro neto da família e sua mãe me deu a

honra de escolher o seu nome. Mas não foi fácil: eu queria uma palavra que lembrasse a terra de seusantepassados... Finalmente encontrei Iori, de origem africana...”

CAMPOS, Carmem Lucia. Meu avô africano. São Paulo: Panda Books, 2010.

Descubra o que quer dizer “Iori”. Depois, compare a sua resposta com a de seus colegas.

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3 – Que fatores contribuíram para que Vítor Iori percebesse que a África era mais do que a Terra dos seusantepassados?

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4 – Você reparou que o texto apresenta alguns aspectos da cultura africana que passaram a fazer parte também dacultura brasileira? Quais? Identifique-os no texto e transcreva-os abaixo.

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 5

Ano passado, o mundo deu adeus a um símbolo universal de coragem e paz:Nelson Mandela, primeiro presidente negro da África do Sul.

No livro “Mandela: o africano de todas as cores”, de Alain Serres, ilustrado por Zaü,é narrada a história desse grande homem que se dedicou à luta pela igualdade dasraças e, por isso, foi condenado. Nele, encontramos o poema “Invictus”, do poetabritânico William Ernest Henley. Esse poema foi a inspiração de Mandela ao longo deseus 27 anos de prisão.

INVICTUS

Emerjo das ondas negras da noite,Escuras como o poço que liga os polos,E agradeço aos deuses, sejam quais forem,Por me haverem dotado de alma indomável.

Prisioneiro dos fatos que me atormentam,Não gemi nem chorei.Sob o infortúnio dos golpes,Estou acabado, mas de pé.

Além desse mundo de lágrimas e fúria,Vejo apenas o horror das trevas,Mas a terrível ameaça dos anosNão me atinge nem assusta.

Pouco me importa a estreiteza dos caminhos,Os penosos castigos em minha senda,Sou senhor do meu destino.Sou capitão da minha alma.

WILLIAM ERNEST HENLEY(Tradução Livre)

SERRES, Alain. Mandela: o africano de todas as cores. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.

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Glossário: emergir – sair de onde estava mergulhado; manifestar-se, mostrar-se;indomável – que não se pode domar, que não se pode amansar;infortúnio – infelicidade, desgraça;invictus – invencível;senda – caminho; trilha.

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014

Releia o poema Invictus e, com o auxílio de seu Professor, reflita sobre ele. A seguir,responda às questões propostas.

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1 – O título do poema, Invictus, escrito em latim, significa _______________________________________.

2 – Na segunda estrofe do poema, explique a relação estabelecida pelos termos destacados:

“Prisioneiro dos fatos que me atormentam,Não gemi nem chorei.Sob o infortúnio dos golpes,Estou acabado, mas de pé.”.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3 – Retire do poema o verso que explicita o que o eu poético agradece aos deuses.

________________________________________________________________________________________________

4 – Releia a última estrofe do poema:

“Pouco me importa a estreiteza dos caminhos,Os penosos castigos em minha senda,Sou senhor do meu destino.Sou capitão da minha alma.”

Essa estrofe tem relação com a história de Nelson Mandela – um homem que transpôs as dificuldades que a vida lheapresentou e tornou-se uma personalidade reconhecida mundialmente por seu caráter conciliador.

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014

Qual é o sentido do vocábulo

a) “estreiteza”, no verso “Pouco me importa a estreiteza dos caminhos,”?

________________________________________________________________________________________________

b) “capitão”, no verso “Sou capitão da minha alma.”?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Nelson Mandela se destacou como líder da luta de resistência ao apartheid.

Pesquise, na Sala de Leitura, em que consistiu a política do “apartheid” na África do Sul. Você pode consultar o seu Professor de História e outras fontes de informação.

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“Eu lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominaçãonegra. Eu valorizo o ideal de uma sociedade livre e democrática naqual todas as pessoas vivem juntas em harmonia e com as mesmasoportunidades. É um ideal pelo qual eu espero viver para verrealizado. Mas, se for necessário, é um ideal pelo qual eu estoupronto para morrer.”

1964, diante de um tribunal em Pretória, na África do Sul.

Revista Veja. São Paulo: Abril, 11 de dezembro, 2013.

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 8

O que você acha de assistir a esse filme? Depois, discuta-o com o seu Professor e colegas!

Recentemente eleito presidente, Nelson Mandela (Morgan Freeman) tinhaconsciência de que a África do Sul continuava sendo um país racista eeconomicamente dividido, em decorrência do apartheid. A proximidade da Copa doMundo de Rúgbi, pela primeira vez realizada no país, fez com que Mandela resolvesseusar o esporte para unir a população. Para tanto, chama para uma reunião FrançoisPienaar (Matt Damon), capitão da equipe sul-africana, e o incentiva para que aseleção nacional seja campeã.

Adaptado de http://www.adorocinema.com/filmes/filme-129694/

1 – Releia o texto acima e explique a sua finalidade.

_____________________________________________________________________________

2 – A partir da sinopse é possível identificar o tema do filme. Qual o tema do filme?

______________________________________________________________________________

Você já leu a sinopse de um filme, antes de assisti-lo? Leia, a seguir, a sinopse do filme com o mesmo título do poema Invictus.

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Nelson Mandela começou a escrever a sua autobiografia “Long Walk To Freedom” (“Um longo caminho para a liberdade”) em segredo, na prisão.O livro foi traduzido em vários idiomas e inspirou o filme de mesmo nome

lançado ano passado. Leia a seguir a sinopse desse filme.MU

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014

1 – Qual é o tema do filme “Mandela: longo caminho para a liberdade”?

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2 – Você sabe o que é uma autobiografia? Consulte um dicionário, se considerar necessário .

________________________________________________________________________________________________

3 – Que palavra é utilizada, no texto, para caracterizar a vida de Nelson Mandela? ____________________________

4 – Qual é o significado da expressão “político ativista”? (Consulte o seu Professor de História para auxiliá-lo nessaquestão.)

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5 – Sublinhe, no texto, as expressões utilizadas para caracterizar Nelson Mandela. Repare que, por meio dessasexpressões, o autor também apresenta sua opinião.

SINOPSE do filme “Mandela: longo caminho para a liberdade”:celebra a extraordinária vida de Nelson Mandela desde a sua infância,numa pequena aldeia, até a sua eleição como Presidente da África doSul. Baseado na sua autobiografia, o filme mostra-nos o político ativistapela defesa dos direitos humanos e pelo fim do apartheid, mas também ohomem simples, meigo e brincalhão, num retrato inspirador de uma dasmais importantes figuras da história da humanidade.

http://www.ipav.pt/index.php/noticias/170-mandela-longo-caminho-para-a-liberdade

Agora, responda a algumas questões a respeito da sinopse que você acabou de ler.

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014

A África é presença viva no vocabulário, nos hábitos alimentares, nas festas, músicas edanças do Brasil. Como você já leu, no primeiro texto “Eu também sou africano”, a capoeira éuma das influências africanas em nossa cultura.

Leia a letra do canto de capoeira abaixo.

Ê CAPOEIRA, Ê CAPOEIRÁ

Eu venho lá da Bahia,Trago um berimbau na mão,Eu toco cavalaria, Gosto de fazer canção,Ninguém sabe o sofrimento,Ninguém sabe a minha dor,Capoeira como eu,Nunca teve um grande amor.Uma vida de intriga,Cheia de desilusão,Todo mundo só me vê,Quando estou com a mão no chão,Quando eu grito, grito alto,Todo mundo me escutar,Você nunca experimente com capoeira brigar,Minha briga é só no pé,Medo não carrego não,Se um cara fala alto,Leva logo um esporão.Capoeira.Ê capoeira, ê capoeiráÊ capoeira, ê capoeirá.

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http://capoeirasongbook.com/2012/06/12/e-capoeira-e-capoeira/

canalkids.com.br

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1 – Releia a letra da música, atentando para o “eu” do texto.

a) Identifique de quem é a voz da canção.

________________________________________________________________________________________________

b) Que verso comprova a sua resposta?

________________________________________________________________________________________________

c) Você reparou que, nos versos da canção, o eu poético conta um pouco da sua vida? Que aspecto chamou mais asua atenção? Escreva-o abaixo.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2 – O que os 11.º e 12.º versos “Todo mundo só me vê, / Quando estou com a mão no chão,” sugerem?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3 – Na capoeira, qual é o significado do termo sublinhado nos versos “Se um cara fala alto, / Leva logo um esporão.”(19.º e 20.º versos)?

________________________________________________________________________________________________

4 – Os versos “Ninguém sabe o sofrimento, / Ninguém sabe a minha dor,” traduzem um sentimento do eu poéticopresente também em outros versos da letra da música.

Responda a algumas questões relacionadas à letra da música Ê capoeira, ê capoeirá.

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014

a) Que sentimento é esse?

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b) Volte ao texto e identifique um outro verso que também traduza esse sentimento.

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Numa roda de capoeira, não pode faltar o caxixi. Você sabe o que é?

CAXIXI

O caxixi é um instrumento de percussão, utilizado em diversosgêneros musicais do Brasil. É um instrumento na forma de umacesta de vime, com sementes ou pedrinhas no seu interior, e, tendocomo base, um pedaço de cabaça. É originário do continenteafricano, serve de acompanhamento ao berimbau na roda decapoeira.

Adaptado de Saberes e fazeres, v. 3: modos de interagir / coordenação do projeto Ana Paula Brandão. Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2006.

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O Governo Republicano, instaurado em 1889, associou diretamente a capoeira à criminalidade, comoconsta no decreto 847 de 11 de outubro de 1890, com o título "Dos Vadios e Capoeiras“:

ARTIGO 402 - Fazer nas ruas ou praças públicas exercícios de destreza corporal conhecidos peladenominação de capoeiragem: pena de dois a seis meses de reclusão.

http://www.capoeiratorino.it/historia.htm

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014

1 – Com base no texto Caxixi, complete as frases abaixo.

a) O caxixi , instrumento de percussão, originário do continente _____________________________________, serve

de acompanhamento ao _______________________________________, na roda de capoeira.

2 – Qual é a finalidade do texto Caxixi?

_______________________________________________________________________________________________

Releia o trecho a seguir e responda:

“O caxixi é um instrumento de percussão, utilizado em diversos gêneros musicais do Brasil.”

a) O que é um instrumento de percussão? Consulte um dicionário.

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Que outros instrumentos de percussão você conhece?

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 14

AXÉ PRA TODO MUNDOMartinho da Vila

Axé, axé, axé pra todo mundo, axéMuito axé, muito axéMuito axé pra todo mundo, axé– Eu negro brasileiro,

Desejo pra esse Brasil De todas as raças De todos os credos AxéAxé, axé, axé pra todo mundo, axé Muito axé, muito axéMuito axé pra todo mundo, axé Axé: pazAxé: felicidadeAxé: energia positiva, força Muito axé pra todo mundo, axé

http://letras.cifras.com.br/martinho-da-vila/axe-pra-todo-mundo

festaexpress.com

1 – O compositor, em sua letra de música, deseja axé parao Brasil. Sublinhe as palavras utilizadas para expressar osignificado de axé.

2 – Qual o efeito da repetição de “muito”, nos versos“Muito axé, muito axéMuito axé pra todo mundo, axé” (...)?

______________________________________________________________________________________________

3 – A letra da música é construída em 1ª pessoa. Retire o verso que caracteriza o eu poético, “a voz” do poema.

_______________________________________________

4 – Transcreva os versos em que o eu poético fala damultiplicidade do povo brasileiro.

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IO Responda a algumas questões relacionadas à música “Axé pra todo mundo”.

Para caracterizar uma roda de capoeira animada, alegre, usa-se a expressão “cheia de

axé”. A palavra “axé” é utilizada também como uma saudação, um cumprimento

através da qual se deseja coisas boas, força, ânimo e energia.

Leia a letra da música “Axé pra todo mundo”, de Martinho da Vila.

Lei 11.645/2008 – Estabelece as diretrizes e bases daEducação Nacional, para incluir no currículo oficial da Redede Ensino a obrigatoriedade da temática “História e CulturaAfro-brasileira e Indígena”.

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014

VATAPÁDorival Caymmi

Quem quiser vatapá, ôQue procure fazerPrimeiro o fubáDepois o dendêProcure uma nega baiana, ôQue saiba mexerQue saiba mexerQue saiba mexer

Bota castanha de cajuUm bocadinho maisPimenta malaguetaUm bocadinho maisAmendoim, camarão, rala um cocoNa hora de machucarSal com gengibre e cebola, iaiáNa hora de temperar

Não para de mexer, ôQue é pra não embolarPanela no fogoNão deixa queimarCom qualquer dez mil réis e uma nega, ôSe faz um vatapáSe faz um vatapáQue bom vatapá

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http://vagalume.uol.com.br/dorival-caymmi/vatapa.html

Na letra da música de Dorival Caymmi temos um poético modo de preparar umasaborosa comida baiana, com forte influência da presença africana no Brasil: o vatapá. Nesteano, comemoramos o centenário de Dorival Caymmi. Em nosso próximo caderno, vamosconhecer um pouco mais a respeito desse compositor popular baiano e suas canções.

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 16

1 – Identifique , na letra de música, os ingredientes com que se faz um vatapá.

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2 – Qual o efeito de sentido produzido pela repetição do verso “Que saiba mexer”, na primeira estrofe?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3 – Na segunda estrofe, o compositor usa a palavra “bocadinho”:

“Bota castanha de cajuUm bocadinho maisPimenta malaguetaUm bocadinho mais”

a) Qual é o sentido do vocábulo “bocadinho”?

_________________________________________________________________________________________________

4 – Em que verso o eu lírico sugere se tratar de uma comida barata?

_________________________________________________________________________________________________

5 – Identifique, na letra da música, as estrofes que apresentam o modo de preparo de um vatapá. Localize a expressão“Na hora de machucar” e explique o seu significado, numa receita. Consulte um dicionário, se considerar necessário.

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Vamos responder às questões a seguir a respeito da letra da música “Vatapá”.

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 17

Vieram da África, entre outros, o azeite-de-dendê, o coco, a banana, o café, apimenta malagueta, o milho. São também populares o inhame, o quiabo, o gengibre, oamendoim, a melancia e o jiló.

http://www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/comida6.htm

RECEITA DE VATAPÁ

INGREDIENTES

1 bengala de pão amanhecida2 vidros de leite de coco2 colheres (sopa) de azeite2 dentes de alho picado1 cebola picada1kg de camarão limpo2 colheres (sopa) de azeite-de-dendê2 colheres (sopa) de cheiro-verde4 tomates maduros picados1 colher (sopa) de extrato de tomate1 pimentão vermelho picadosal e pimenta-do-reino a gostocamarões e folhas de salsa para decorar

MODO DE PREPARO

Em uma tigela, coloque o pão em fatias e junte o leite decoco, misturando bem. Em uma panela, coloque o azeite,o alho e a cebola e deixe fritar por 5 minutos. Junte oscamarões e deixe refogar por mais 5 minutos. Coloqueno liquidificador o pão, junto com os demais ingredientes.Porém, só coloque metade dos camarões. Volte à panelacom o restante dos camarões e deixe cozinhar por 5minutos ou até que fique encorpado. Decore comcamarões e folhas de salsa.

http://guiadacozinha.uol.com.br/receitas/668-Receita-de-Vatapa

Agora, você está convidado a ler uma receita de vatapá! Que tal experimentar prepará-la?

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Muito cuidado! Só prepare essa receita com aparticipação do seu Professor ou de um adulto.

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 18

O texto “Vatapá” é uma letra de música e o texto “Receita de vatapá” é uma receita culinária. Ambosensinam a preparar um vatapá, mas diferem na estrutura e na linguagem. Você reparou? Converse com oseu Professor, a respeito dessas diferenças.

Agora, responda a algumas questões relacionadas ao texto “Receita de vatapá”.

1 – O texto está dividido em duas etapas.

a) Quais são?

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b) Analise as duas etapas, quanto às suas diferenças.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2 – Qual é a finalidade do texto que você acabou de ler?

________________________________________________________________________________________________

3 – A receita é um texto instrucional. Texto instrucional é o texto que indica o modo de fazer, o que permite a umapessoa leiga aprender a manusear ou a fazer uma coisa a partir de sua leitura. Você conhece outros textos com essamesma função? Quais?

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 19

1 – Compare a letra da música “Vatapá”, de Dorival Caymmi, à receita de vatapá e anote, no espaço abaixo, asdiferenças observadas quanto à

a) estrutura.

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) linguagem.

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COMPARANDO OS TEXTOS...

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A língua portuguesa possui algumas palavras que sãocontribuições das línguas africanas. Identifique, no quadro aolado, algumas palavras de origem africana e pinte-as.

Para descobrir o sentido de todas as palavras, consulte umdicionário. Conte com o auxílio de seu Professor nestaatividade!

B M A R A C U T A I A A R P A

S A M B A I Y M Ç C T I T C I

I X V B D I I U D W E C Q I I

R I S F N Ó A D T P C U N N O

T X R U A N Ç M S I G Í S P I

P E C B M V L A T B V C W A Z

T E R Á P O X N H I A A A G G

A N C A P A N G A O N B C H O

N B E R I M B A U E Í T A B G

G Ó C H O S U R U M O C O T Ó

A G O G Ô E G C V L M J U A L

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 20

OS TRÊS IRMÃOS(UM CONTO AFRICANO)

Três irmãos, há muito e muito tempo, viviam em uma pequena aldeia no antigo reino do Congo. Os rapazes eramperdidamente apaixonados pela princesa real. Mas como eram simples aldeões, sabiam que nenhum deles poderia secasar com a moça.

Desiludidos, os três saíram mundo afora, em busca de uma nova vida. Andaram, andaram e andaram, durantedias e noites infindáveis, através de florestas e desertos, até alcançarem um povoado oculto entre as montanhas.Apavorados, descobriram que o misterioso lugar era habitado por seres dotados de poderes sobrenaturais.

Os três, imediatamente, foram aprisionados e obrigados a trabalhar como escravos. Como um sempre ajudava osoutros, todas as tarefas foram concluídas. Por isso, após um ano de cativeiro, foram soltos. E, como prêmio pelosserviços prestados, cada um recebeu um presente mágico.

O irmão mais velho ganhou um espelho, no qual podia ver qualquer coisa que estivesse acontecendo. O do meioganhou um tapete voador, capaz de levar seu dono aos lugares mais distantes, numa velocidade impressionante. E oirmão mais novo ganhou uma rede de malhas de aço, com a qual podia capturar o que quisesse.

À noite, o irmão mais velho viu em seu espelho que a princesa, por quem ainda eram enamorados, iria se casarnaquele exato instante com um monstro que havia se disfarçado de humano.

Os três, na mesma hora, subiram no tapete do irmão do meio e, cruzando os ares, chegaram bem a tempo deinterromper a cerimônia. E, graças à rede do irmão mais novo, aprisionaram o monstro.

O rei, agradecido, resolveu dar a filha em casamento a um dos rapazes. Mas ele pensou, pensou e não conseguiuescolher nenhum dos três. Pois, de acordo com os conselheiros reais, todos os irmãos haviam tido um papelimportante.

Eu também, quando conto esta história, sempre fico na dúvida. E, você, leitor? Em sua opinião, qual dos trêsirmãos merece receber a mão da bela princesa? O dono do espelho, o do tapete ou o da rede? Por quê?

Rogério Andrade Barbosa. Folha de S. Paulo, 18 nov. 2006. Folhinha.

Os mitos e as lendas africanas foram preservados graças à narração oral das histórias. O conto africano, recontado por Rogério Barbosa, é um exemplo!

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014

1 – Releia o primeiro parágrafo do texto:

“Três irmãos, há muito e muito tempo, viviam em uma pequena aldeia no antigo reino do Congo. Os rapazes eramperdidamente apaixonados pela princesa real. Mas como eram simples aldeões, sabiam que nenhum deles poderia secasar com a moça.”

a) Que expressão do texto é utilizada para registrar o TEMPO e o ESPAÇO da narrativa?

b – O que impedia a qualquer dos três irmãos de se casar com a princesa?

________________________________________________________________________________________________

c – Que relação a palavra “Mas”, que inicia a última frase, estabelece com o que foi dito na frase anterior?

____________________________________________________________________________________________________________________

2 – Releia o trecho “Andaram, andaram e andaram, durante dias e noites infindáveis, através de florestas e desertos,até alcançarem um povoado oculto entre as montanhas.” e responda às questões a seguir.

a – Qual é o efeito de sentido da repetição do verbo “andar”?

________________________________________________________________________________________________

b – Envolva a palavra que introduz o momento em que a caminhada é interrompida.

Com base no conto africano que você acabou de ler, responda às questões a seguir.

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TEMPO – ESPAÇO –

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 22

c – Qual é o sentido da expressão “noites infindáveis”?

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3 – Por que cada um dos três irmãos recebeu um presente mágico?

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4 – Ligue o presente mágico àquele que o recebeu:

5 – O que os três irmãos decidiram fazer quando souberam que a princesa ia se casar com um monstro?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6 – Por que o rei não conseguiu escolher nenhum dos três irmãos para dar a filha em casamento?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7 – Há um momento da narrativa em que o narrador dialoga com o leitor. Sublinhe-o no texto.

ESPELHO

TAPETE VOADOR

REDE DE MALHAS DE AÇO

IRMÃO MAIS VELHO

IRMÃO DO MEIO

IRMÃO MAIS NOVO

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 23

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Reflita sobre a questão “Em sua opinião, qual dos três irmãos merece receber a mão da bela princesa?O dono do espelho, o do tapete ou o da rede?” e elabore um final emocionante para esse conto africano.

O que você acha de, numa Roda de Leitura, ouvir o desfecho dado pelos seus colegas a essa história?Apresente essa ideia ao seu Professor e surpreenda-se com a criatividade de cada colega seu.

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 24

AS LÁGRIMAS DE POTIRA

A descoberta das minas de diamantes, no Brasil, deu origem a diversas lendas. Vejamos uma das maisinteressantes:

Há muito tempo, vivia à beira de um rio uma tribo de índios. Dela fazia parte um casal muito feliz: Itagibá e Potira.Itagibá, que significa “braço forte”, era um guerreiro robusto e destemido. Potira, cujo nome quer dizer “flor”, era umaíndia jovem e formosa.

Vivia o casal tranquilo e venturoso, quando rebentou uma guerra contra uma tribo vizinha. Itagibá teve de partirpara a luta. E foi com profundo pesar que se despediu da esposa querida e acompanhou os outros guerreiros. Potiranão derramou uma só lágrima, mas seguiu, com os olhos cheios de tristeza, a canoa que conduzia o esposo, até queessa desapareceu na curva do rio.

Passaram-se muitos dias sem que Itagibá voltasse à taba. Todas as tardes, a índia esperava, à margem do rio, oregresso do esposo amado. Seu coração sangrava de saudade. Mas permanecia serena e confiante, na esperança deque Itagibá voltasse à taba.

Finalmente, Potira foi informada de que seu esposo jamais regressaria. Ele havia morrido como um herói, lutandocontra o inimigo. Ao ter essa notícia, Potira perdeu a calma que mantivera até então e derramou lágrimas copiosas.

Vencida pelo sofrimento, Potira passou o resto de sua vida à beira do rio, chorando sem cessar. Suas lágrimaspuras e brilhantes misturaram-se com as areias brancas do rio.

Nas comunidades indígenas, as crianças aprendem brincando e ouvindo osensinamentos das pessoas mais velhas e as lendas criadas por seu povo.

As LENDAS são uma criação popular, transmitida de geração em geração, pelatradição oral.

“As lágrimas de Potira” foi retirada do livro “Lendas e mitos do Brasil”, que reúnevárias lendas que integram o nosso folclore. Vale a pena conferir!

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014

A dor imensa da índia impressionou Tupã, o rei dos deuses. E este, para perpetuar a lembrança do grande amor dePotira, transformou suas lágrimas em diamantes.

Daí a razão pela qual os diamantes são encontrados entre os cascalhos dos rios e regatos. Seu brilho e sua purezarecordam as lágrimas de saudade da infeliz Potira.

SANTOS, Theobaldo Miranda. Lendas e Mitos do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2004.

Glossário:

taba – aldeia indígena;

copiosas – abundantes;

Você já aprendeu que o ENREDO de uma narrativa é constituído pelo conjunto de episódios que seencadeiam, num determinado tempo e num determinado ambiente, motivados por conflitos.

1 – Numere os fatos abaixo na ordem em que acontecem.

Itagibá teve de partir para a luta numa guerra contra uma tribo vizinha.

Todas as tardes, a índia esperava, à margem do rio, o regresso do esposo amado.

Para perpetuar a lembrança do grande amor, Tupã transformou as lágrimas da índia em diamantes.

Ao receber a notícia de que Itagibá havia morrido como um héroi, lutando contra o inimigo, Potira perdeu a calma ederramou lágrimas copiosas.

Um casal muito feliz (Itagibá e Potira) vivia tranquilo e venturoso numa tribo de índios, à beira de um rio.

cascalhos – pedras britadas ou lascas de pedra;

regatos – riacho, córrego.

Visite o site da Educopédia.Selecione a aula n.° 17 – Histórias fantásticas e cheias de mistérios -

Lendas indígenas.

www.educopedia.com.br

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 26

2 – Ligue a expressão ao que ela indica.

O TEMPO E O ESPAÇO foram definidos com exatidão? Há como localizar, na linha do tempo, o ano em queaconteceram os episódios da narrativa?

E quanto ao lugar? Foi informado o país onde o rio se localiza?

3 – O narrador de “As lágrimas de Potira” – espécie de testemunha de tudo o que ocorre, capaz de nos revelar asatitudes dos personagens, o que pensam e sentem – participa da história ou apenas conhece todos os fatos vividospelos personagens? Qual é o tipo de narrador?

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4 – Antes de iniciar a história do casal Itagibá e Potira, o narrador faz um comentário. Volte ao texto, localize essecomentário e sublinhe-o.

HÁ MUITO TEMPO

À BEIRA DO RIO

ESPAÇO

TEMPO

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 27

THAINA KHANA ESTRELA DA MANHÃ

A lenda, a seguir, do povo Karajá, explica o surgimento do pássaro urutau nanatureza.

Você conhece esse pássaro? Após a leitura da lenda, pesquise os hábitos,alimentação, habitat e crenças populares associadas ao urutau.

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Imaeru, uma linda e vaidosa jovem Karajá, tinha como maior desejo possuir a estrela Thaina Khan (estrela-d’alva), a mais brilhante da manhã. Seu pai, o velho pajé, vendo a angústia da filha, pediu ao Deus Tupã que lhesatisfizesse o desejo. Tupã concordou, mas lhe avisou que a estrela só poderia descer à Terra na forma de umhomem.

Imaeru ficou radiante e, numa noite de luar, elevando seus olhos em direção aos astros, pediu à almejadaestrela que viesse ao seu encontro. Nesse instante, desceu do céu uma luz, surgindo, à sua frente, um velho:era Thaina Khan, que de lá viera para casar-se com ela.

A índia, decepcionada, respondeu-lhe rudemente, alegando que, tão jovem e bela, não poderia desejá-lo. Ovelho entristeceu-se profundamente, lamentando seu destino, pois da mais brilhante estrela que houvera sido,transformara-se em homem, não podendo mais regressar à sua condição original.

Danace, irmã de Imaeru, que os ouvira, resolveu aproximar-se e, sensibilizando-se com a situação dobondoso ancião, ofereceu-se para ser sua esposa. Menos bela que a irmã, mas muito meiga e generosa,passou a cuidar com muito carinho do esposo idoso. Ambos viviam felizes.

Certo dia, Thaina Khan não voltou da roça na hora de costume. Preocupada, Danace saiu a sua procura. Namata encontrou somente um jovem todo iluminado. Era Thaina Khan, que Tupã havia rejuvenescido, tornando-obelo e forte, em reconhecimento à bondade da índia. Radiantes, regressaram abraçados à aldeia.

Imaeru, ao saber do ocorrido, desejou, ardentemente, o jovem, mas Danace o havia conquistado parasempre. Desesperada, Imaeru desapareceu na floresta, sendo transformada por Tupã no pássaro urutau que,em noites de luar, entoa um triste canto, lamentando haver perdido o amor de sua almejada estrela da manhã.

Adaptado de ANDRADE E SILVA. Waldemar de. Lendas e mitos dos índios brasileiros. São Paulo: FTD, 1999.

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014

1 – Por que a índia Imaeru rejeitou Thaina Khan?

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2 – No trecho do 4.° parágrafo: “Danace, irmã de Imaeru, que os ouvira, resolveu aproximar-se e, sensibilizando-secom a situação do bondoso ancião, ofereceu-se para ser sua esposa.”, que termos os pronomes destacadossubstituem.

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3 – Ligue os personagens aos adjetivos utilizados na narrativa para caracterizá-los.

4 – Releia o trecho:

“Era Thaina Khan, que Tupã havia rejuvenescido, tornando-o belo e forte, em reconhecimento à bondade da índia.”.

a) Como Imaeru reagiu ao descobrir que Thaina Khan havia rejuvenescido?

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Responda às questões a seguir sobre a lenda “Thaina Khan, a Estrela da Manhã.

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LINDA E VAIDOSA

MEIGA E GENEROSA

BELO E FORTE

IMAERU

DANACE

THAINA KHAN

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b) Por que Imaeru não conseguiu ter o amor de Thaina Khan?

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5 – O que aconteceu com Imaeru ao ser desprezada pela estrela da manhã?

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6 – Você concordou com o desfecho dessa lenda? Justifique a sua resposta.

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Visite as exposições temporárias que apresentam diferentes formasde expressão e saberes das sociedades indígenas do Brasil, no Museu doÍndio, localizado na Rua das Palmeiras, 55, Botafogo.

Veja o que você poderá encontrar lá e muito mais, acessando o sitewww. museudoindio.org.br.

A denominação “índios” agrupa povos muito diferentes, com línguas, crenças religiosas, costumes,organização social e tipo físico distintos.

Por que não tratar quem pertence a uma etnia diferente da nossa pelo nome de seu povo?

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 30

QUANDO EU ERA PEQUENO NÃO GOSTAVA DE SER ÍNDIO.

Todo mundo dizia que um índio é um habitante da selva, da mata, e que se parece muito com os animais.Tinha gente que dizia que o índio é preguiçoso, traiçoeiro, canibal. Eu ouvia isso dos meus colegas de escola esentia raiva deles porque eu sabia que isso não era verdade, mas não tinha como fazê-los entender que a vidaque o meu povo vivia era apenas diferente da vida da cidade. E isso me fazia sofrer bastante, até porque o fatode ter cara de índio, cabelo de índio, pele de índio, não me permitia negar a minha própria identidade e meusamigos faziam questão de colocar-me de lado nas brincadeiras, como se eu fosse um monstro. Isso duroubastante tempo e foi tão difícil aceitar minha própria condição que eu cheguei a desejar não ter nascido índio...

Foi meu avô quem me ajudou a superar estas dificuldades. Ele me mostrou a beleza de ser o que eu era. Foiele quem me disse um dia que eu deveria mostrar para as pessoas da cidade esta beleza e a riqueza que ospovos indígenas representam para a sociedade brasileira. Naquela época eu achei que meu velho avô estavatentando apenas me animar com palavras de incentivo. No entanto, hoje percebo que ele estava expressando odesejo de ver o nosso povo ser mais compreendido e respeitado. Parecia que ele sabia o que iria acontecer nofuturo, pois quando deixei minha aldeia fiquei com o compromisso de levar esta riqueza junto comigo, mesmosem saber se minha vida na cidade seria positiva ou não.

MUNDURUKU, Daniel. Coisas de índio: versão infantil. São Paulo, Callis, 2003.

Você reparou que muitos índios falam português e utilizam as maismodernas tecnologias? Eles deixaram de ser índios por isso? Claro quenão! Os povos indígenas mantêm suas identidades de grupos étnicosdiferenciados, portadores de tradições próprias.

Daniel Munduruku é um exemplo. Filho do povo Munduruku, éescritor e professor, propagador da cultura indígena. Mas não foi fácilpara ele superar os desafios.be

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 31

Artigo 2 da Declaração da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos dos Povos Indígenas

“Os povos e pessoas indígenas são livres e iguais a todos os demais povos e indivíduos e têm o direito de não serem submetidos a nenhuma forma de discriminação no exercício de seus direitos, que esteja

fundada, em particular, em sua origem ou identidade indígena.”

1 – Qual a visão dos colegas da escola de Daniel Munduruku a respeito dos índios?

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2 – Por que Munduruku chegou a desejar não ter nascido índio?

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3 – Como o avô de Munduruku ajudou o neto a superar as dificuldades descritas no texto?

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a) Sublinhe, no texto, a consequência dessa influência do avô, na vida de Munduruku.

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SONHO DE KUNHATAIMKerexu Mirim

Sei que sou uma kunhataim ainda e tenho apenas um livro que se chama “A índia voadora”, mas nós,crianças, temos que sonhar, e nós, guarani, acreditamos muito nos sonhos, e um dos meus sonhos foi publicarum livro, consegui; outro, foi andar de helicóptero, só para ver como era ver a natureza lá do alto, outro era deestudar, e estou realizando meu sonho, porque estou estudando.

Muitos não índios acham que nós não precisamos de escolas nas aldeias, mas eu não penso assim, nósíndios temos que ter escolas nas aldeias sim, porque temos que pensar no futuro, por isso é que meus paissempre falam que eu tenho que estudar, porque quem sabe no futuro eu seja uma grande líder, que poderáajudar muito nossos parentes guarani, e que sofrem muito, com as injustiças que acontecem, por isso, sonho queno futuro, eu e meus outros parentes guarani teremos uma vida melhor, sem sofrimento.

Sol do Pensamento. Diversos autores indígenas - 1.º E-book indígena na Internet. Um livro eletrônico. Organizadora: Eliane Potiguara -Parceiros: GRUMIN/Rede de Comunicação Indígena; Núcleo de escritores indígenas do Inbrapi e Vanderli Medeiros Produções.

Vamos ler um texto produzido por Kerexu Mirim, uma índia guarani, membro da aldeiaKrukutu, localizada numa reserva de Mata Atlântica, em plena capital paulista. Aos 9 anos,lançou seu primeiro livro, tornando-se a escritora indígena mais jovem do país.

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Você encontrará informações sobre os povos indígenas do Brasil, nos seguintes endereços:www.inbrapi.org.brwww.socioambiental.org.brwww.funai.gov.br

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 33

1 – Que sonhos já foram realizados pela índia Kerexu Mirim?

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a – Quais os que ainda pretende alcançar?

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2 – Qual é a opinião da jovem índia a respeito da existência de escolas nas aldeias indígenas?

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3 – Que termo foi utilizado pela índia para se referir àqueles que não integram os “povos indígenas”?

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4 – Volte ao texto, releia o primeiro parágrafo. Que efeito de sentido é produzido pelo uso do termo “ainda”?

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Responda às questões a seguir sobre o texto que você acabou de ler.

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 34

YAGUAKÃG, Elias. Aventuras do menino Kawã. São Paulo, FTD, 2012.

O livro “Aventuras do menino Kawã” é o primeiro trabalhode Elias Yaguakãg, filho do povo Maraguá. Assim como a índiaKerexu Mirim, Elias Yaguakã tinha o sonho de escrever um livro –um livro sobre seu povo e o mundo infantil tradicional. Kawã(cauã), que quer dizer “gavião veloz”, é o nome de um dosgaviões mais bonitos da Amazônia e também o nome de ummenino, o herói da história contada no livro.

Deste livro foram retirados alguns grafismos maraguás – arteem que são mais relevantes as formas, as cores e os detalhes doque a figura ou a representação.

Cada povo identifica e nomeia seus desenhos de modo diferente e lhes dá significações que sãopróprias às suas culturas.

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 35

Visite o Laboratório de Informática e pesquise exemplos de grafismos indígenas. Selecione alguns ereproduza-os no espaço abaixo. Lembre-se de anotar o que expressam. A arte também é uma forma decomunicação!

Use e abuse das formas e cores! Mãos à obra!

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 36

Você sabia que a peteca foi criada pelos índios? A palavra “peteca” é de origem tupi equer dizer “bater”. O que você acha de montar uma peteca da forma como os índiosfaziam?

Depois, com os seus amigos , invente uma maneira de jogar.

Coloque a pedra sobre um pedaço de palha e enrole(desenho 1). A pedra servirá para dar peso à peteca. Emseguida, vá embrulhando-a em outras palhas, de modo que aspontas fiquem para o mesmo lado. Só pare quando oembrulho tiver quase do tamanho da palma da sua mão.

Amarre as pontas das palhas com o barbante (desenho2). Enfie as penas pelo vão (desenho 3), espalhando-as porigual. Se um lado tiver mais penas do que o outro, a petecanão vai funcionar direito.

Para brincar, você e seus amigos podem formar umaroda e jogar a peteca uns para os outros, sem deixá-la cair.Para lançá-la, bata na sua base com a mão.

SOUSA, Maurício. Manual do Papa-Capim. Rio de Janeiro , 2001.

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VOCÊ VAI PRECISAR DE 1 pedra pequena e chata palha de milho barbante penas coloridas

Faça umapeteca

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 37

1 – Qual a finalidade do texto “Faça uma peteca”?

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2 – Como o texto está organizado?

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3 – Justifique o uso dos parênteses no texto.

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4 – Qual é a função das ilustrações no texto?

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5 – Você reparou que, esse texto, assim como a receita de vatapá, é um texto que dá instruções? Volte ao texto eidentifique palavras que expressam uma ordem, um comando a ser seguido para a confecção da peteca. Transcreva-as abaixo.

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Responda às questões abaixo a respeito do texto “Faça uma peteca”.

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A IARA

– Vamos à cachoeira onde mora a Iara – disse o Saci. – Essa rainha das águas costuma aparecer sobre aspedras nas noites de lua. É muito possível que possamos surpreendê-la a pentear os seus lindos cabelosverdes com o pente de ouro que usa.

– Dizem que é criatura muito perigosa – murmurou Pedrinho.– Perigosíssima – declarou o Saci. – Todo o cuidado é pouco. A beleza da Iara dói tanto na vista dos

homens que os cega e os puxa para o fundo d’água. A Iara tem a mesma beleza venenosa das sereias. Vocêvai fazer tudo direitinho como eu mandar. Do contrário, era uma vez o neto de Dona Benta!...

Pedrinho prometeu obedecer-lhe cegamente.Andaram, andaram, andaram. Por fim chegaram a uma grande cachoeira cujo ruído já vinham ouvindo de

longe.– É ali – disse o Saci apontando. – É ali que ela costuma vir pentear-se ao luar. Mas você não pode vê-la.

Tem de ficar bem quietinho, escondido aqui atrás desta pedra e sem licença de pôr os olhos na Iara. Se nãofizer assim, há de arrepender-se amargamente. O menos que poderá acontecer é ficar cego.

Pedrinho prometeu, e de medo de não cumprir o prometido foi logo tapando os olhos com as mãos.O Saci partiu, saltando de pedra em pedra, para logo desaparecer por entre as moitas de samambaias e

begônias silvestres.

Você já foi apresentado aos personagens do Sítio do Picapau Amarelo, no cadernopedagógico do 2.º bimestre. Lembra?

Leia um episódio do livro “O Saci” e repare como Iara, uma personagem do folclorebrasileiro, foi retratada na obra de Monteiro Lobato.

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014

Na obra “O Saci”, os cabelos de Iara são verdes. A sabedoria popular diz: “Quem conta um conto,aumenta um ponto” e, por isso, a lenda da Iara, como tantas outras, foi sendo contada e transformada. Sevocê ler sobre a Iara em livros diferentes, vai perceber que as histórias não são idênticas, mas há algo emcomum – a beleza que encanta e arrebata!

1 – No terceiro parágrafo: “– Perigosíssima – declarou o Saci. – Todo o cuidado é pouco. A beleza da Iara dói tantona vista dos homens que os cega e os puxa para o fundo d’água. A Iara tem a mesma beleza venenosa das sereias.Você vai fazer tudo direitinho como eu mandar. Do contrário, era uma vez o neto de Dona Benta!...”, qual é o sentidodas expressões destacadas?

a) “Todo o cuidado é pouco.”

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b) “era uma vez o neto da Dona Benta.”

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c) “beleza venenosa”

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A história continua na próxima página.

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Vamos interromper a leitura e conversar um pouco sobre esta primeira parte do texto.

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 40

Vendo-se só, Pedrinho arrependeu-se de haver prometido conservar-se de olhos fechados. Já tinha visto oLobisomem, o Caipora, o Curupira, a Cuca. Por que não havia de ver a Iara também? O que diziam do poderfatal dos seus encantos certamente que era exagero. Além disso, poderia usar um recurso: espiar com um olhosó. O gosto de contar a toda gente que tinha visto a famosa Iara valia bem um olho.

Assim pensando, e não podendo por mais tempo resistir à tentação, fez como o Saci: foi pulando de pedraem pedra, seguindo o mesmo caminho por ele seguido.

Súbito, estacou, como fulminado pelo raio. Ao galgar uma pedra mais alta do que as outras, viu a cinquentametros de distância, uma ninfa de deslumbrante beleza, em repouso numa pedra verde de limo, a pentear comum pente de ouro os longos cabelos verdes cor do mar. Mirava-se no espelho das águas, que naquele pontoformavam uma bacia de superfície parada. Em torno dela, centenas de vaga-lumes descreviam círculos no ar;eram a coroa viva da rainha das águas. “Joia bela assim”, pensou Pedrinho, “nenhuma rainha da terra jamaispossuiu.” A tonteira que a vista da Iara causa nos mortais tomou conta dele. Esqueceu até do seu plano deolhar com um olho só. Olhava com os dois, arregaladíssimos, e cem olhos tivesse, com todos os cem olharia.

Pedrinho não resiste à tentação e decide espiar Iara. O que Pedrinho viu?Imagine a cena descrita nesse trecho...Desenhe-a, no espaço abaixo, e lembre-se de pintá-la, de acordo com o texto.

Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 41

Enquanto isso, ia o Saci se aproximando da mãe d’água, cautelosamente, com infinitos de astúcia para queela nada percebesse. Quando chegou a poucos metros de distância, deu um pulo de gato e nhoque! Furtou-lheum fio de cabelo.

O susto da Iara foi grande. Desferiu um grito e precipitou-se nas águas, desaparecendo.O Saci não esperou por mais. Com espantosa agilidade de macaco aos pinotes, saltando as pedras de

duas, de três em três, num momento se achou no ponto onde Pedrinho, ainda no deslumbramento da beleza,jazia de olhos arregalados, imóvel, feito uma estátua.

– Louco! – exclamou o Saci, lançando-se a ele e esfregando-lhe nos olhos um punhado de folhas colhidasno momento. – Não fosse o acaso ter posto aqui ao meu alcance esta planta maravilhosa e você estaria perdidopara sempre. Louco, dez vezes louco, louquíssimo, que você é, Pedrinho! Por que me desobedeceu?

– Não pude resistir – respondeu o menino logo que a fala lhe voltou. – Era tão linda, tão linda, tão linda, queme considerei feliz de perder até os dois olhos em troca do encantamento de contemplá-la por uns segundos.

– Pois saiba que cometeu uma grande falta. Não devia pensar unicamente em si, mas também na pobreDona Benta, que é tão boa, e na sua mãe e em Narizinho. Eu, apesar de um simples saci, tenho melhor cabeçado que você, pelo que estou vendo...

Aquelas palavras calaram no menino, que nada teve a dizer, achando que realmente o Saci tinha toda arazão.

Adaptado de LOBATO, Monteiro. O Saci. São Paulo, Globo, 2007.Glossário:desferiu – fez vibrar, emitiu;jazia – estava inerte.

Surpreenda-se com o final da história!

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 42

1 – Qual é o efeito de sentido produzido pela repetição da expressão “tão linda”, no trecho “– Era tão linda, tão linda, tãolinda, que me considerei feliz de perder até os dois olhos em troca do encantamento de contemplá-la por uns segundos.”(antepenúltimo parágrafo)?

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2 – Na primeira parte do texto, você conheceu as consequências de se ver a rainha das águas, de admirar a sua beleza.

a) Transcreva-as abaixo.

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b) Como Pedrinho conseguiu se livrar dessas consequências?

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3 – No trecho “Louco, dez vezes louco, louquíssimo, que você é, Pedrinho! Por que me desobedeceu?”, que recursosforam utilizados para intensificar o sentido do vocábulo “louco”, a fim de expressar que Pedrinho foi extremamenteirresponsável e inconsequente?

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4 – No trecho “Eu, apesar de um simples saci, tenho melhor cabeça do que você, pelo que estou vendo...” (penúltimoparágrafo), o que significa ter “melhor cabeça”?

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Responda às questões a respeito da parte final do texto “A Iara”.

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014

Você leu que Pedrinho já tinha visto o Lobisomem, o Caipora, o Curupira, a Cuca – personagens donosso “folclore”, termo que vem do inglês e quer dizer “saber do povo”. No Brasil, as culturas indígena eafricana se encontraram e se misturaram com outras, caracterizando o nosso folclore.

Conheça alguns dos personagens das lendas indígenas que passaram a constituir a cultura brasileira:

Lobisomem: na formahumana é magro, mas vira umlobo imenso. Surge nas noitesde sexta-feira em busca dealguém que o desencante.

Saci: jovem muito divertido ebrincalhão, se desloca dentro deredemoinhos de vento e passa todoo tempo aprontando travessurasnas matas e nas casas.

Mula-sem-cabeça: galopa demadrugada e assusta a quempassa pelo caminho. Apesar denão ter cabeça, lança fogo pelasnarinas e pela boca.

Bicho-papão: é uma fera quesolta fumaça pelas narinas. Meiobicho e meio gente, surge à noite paralevar crianças desobedientes, queficam acordadas até tarde ou nãoquerem comer. Aparece em históriasde vários países.

Boitatá: único bicho asobreviver a uma enchentena floresta. Transformadoem uma cobra de fogo,passou a perseguir quemfaz queimadas na mata.

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Revista Recreio. São Paulo, Abril, 17 ago. 2006.

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Curupira: de estatura baixa,cabelos avermelhados (cor defogo) e pés voltados para trás.Protege as árvores, plantas eanimais das florestas.

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Pesquise, na Sala de Leitura, outros personagens do nosso Folclore, advindos da cultura indígena. Vocêtambém pode consultar outros espaços para a sua pesquisa. Escolha um deles e faça, como o texto quevocê acabou de ler: apresente a imagem do personagem e algumas das suas principais características.

Combine tudo com o seu Professor.

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O QUE EU APRENDI COM O MEU AVÔ SOBRE OS HERÓIS, OS MITOS E AS GLÓRIAS DA GRÉCIA

Como quase todo mundo em São Paulo, meus pais trabalhavam muitas horas por dia; às vezes, até tarde. Por essemotivo, depois de voltar do colégio, eu sempre passava na loja do meu avô. Nos fundos da loja, havia um pequenoescritório. As paredes eram cobertas de pratos gregos que retratavam templos de ruínas. Ele pendurava antigas fotosde pessoas da família, folhinhas, cartões-postais e gravuras mostrando aldeias ensolaradas de casas brancas comportas e janelas azuis, amarelas ou verdes. E sempre com o mar azul ao fundo.

Sobre a escrivaninha havia livros empilhados, um montão de papéis e duas bandeirinhas: uma do Brasil e outra daGrécia.

Foi nesse escritório que ele me contou muitas de suas histórias e me ensinou bastante coisa sobre mitologia. (Achoque você ia gostar dessas histórias incríveis.)

Há três meses, papou me deu de presente livros sobre os 12 trabalhos de Hércules, sobre a lenda de Helena deTroia, as viagens do herói Ulisses (Odisseia), e sobre a história do Minotauro (até agora, só li o livro dos trabalhos deHércules, e achei o máximo!).

Meu avô se empolga sempre que fala da Grécia e, às vezes, ele diz algumas coisas difíceis de compreender. Umdia ele me disse que, depois dos tempos da mitologia, os gregos foram aperfeiçoando suas leis e aumentando seusconhecimentos, até chegarem ao nível superior da sabedoria humana.

Assim como no livro “Meu avô africano”, Victor Iori conta tudo o que aprendeucom o seu avô a respeito de sua origem, no livro “Meu avô grego”, de AlexandreKostolias, da mesma coleção, Apolo Moraitis conta o que aprendeu sobre a Grécia.Apolo é neto de um homem que viveu na Grécia e conhece bem a história dessacivilização. Histórias cheias de aventuras surpreendentes de deuses, heróis e seresfantásticos que passaram a constituir a Mitologia Grega, conhecida no Brasil e emtodo o mundo ocidental.

Você já ouviu falar da Grécia? É para lá que você será transportado. Embarquenessa viagem e divirta-se com os textos!

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Mitologia é o jeito que cada povo encontra para explicar o universo, a criação do mundo, osfenômenos naturais e outras coisas que não podem ser esclarecidas com explicações simples. Porisso, cada povo “cria” deuses, mitos e histórias.

Os gregos faziam isso de uma maneira muito especial e a mitologia deles adquiriu tantaimportância, que atravessou os tempos, chegando aos dias de hoje.

Por volta do século 8 a.C, os romanos entraram em contato com a cultura grega e resolveramlevar grande parte dela para Roma, mudando apenas os nomes dos deuses.

O Minotauro adaptado da obra de Monteiro Lobato. São Paulo: Globo, 2009. (Monteiro Lobato em quadrinhos).

– Vou dar só dois exemplos – falou ele. – Primeiro, a filosofia, que é a busca da sabedoria e do conhecimento. AGrécia produziu um grande número de filósofos. O segundo exemplo é a democracia, forma de governo em que opoder e as decisões de um país estão nas mãos do povo, por meio de eleições livres. Um modelo de democracia já erapraticado em Atenas, há 2500 anos.

Eu não compreendi tudo o que ele disse, mas achei bonito.– E como é que eles foram capazes de “inventar” tanta novidade? – perguntei.Sua resposta também foi muito interessante:– É que na Grécia Antiga, especialmente em Atenas, as pessoas eram livres para pensar, falar e escrever o que

quisessem. Por isso, tantos sábios e artistas de todo o mundo foram morar lá.Meu avô também me contou que os gregos antigos construíram templos maravilhosos: o mais famoso é o

Parthenon, na Acrópole – ou cidade alta – de Atenas, edificado há quase 2500 anos. Artistas esculpiram estátuas quenunca foram superadas em sua beleza e perfeição, e que estão expostas em vários museus do mundo.

Todas essas realizações servem até hoje de inspiração para as pessoas. Por isso, meu avô costuma dizer quetodos nós, seres humanos, gregos ou não, somos de alguma forma herdeiros dos gregos antigos e de suas ideias.

KOSTOLIAS, Alexandre. Meu avô grego. São Paulo: Panda Books, 2010.

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2 – A quem se refere a palavra “papou”, usada pelo narrador, no quarto parágrafo?

______________________________________________________________________________________________

3 – Explique o uso dos parênteses no terceiro e quarto parágrafos:

“Foi nesse escritório que ele me contou muitas de suas histórias e me ensinou bastante coisa sobre mitologia. (Acho que você ia gostar dessas histórias incríveis.)”

“Há três meses, papou me deu de presente livros sobre os 12 trabalhos de Hércules, sobre a lenda de Helena deTroia, as viagens do herói Ulisses (Odisseia), e sobre a história do Minotauro (até agora, só li o livro dos trabalhosde Hércules, e achei o máximo!).”

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4 – Qual é o sentido da expressão destacada no trecho “(até agora, só li o livro dos trabalhos de Hércules, e achei omáximo!)”, retirado do quarto parágrafo?

______________________________________________________________________________________________

1 – DESCRIÇÃO é uma caracterização, um “retrato verbal” de pessoas, objetos, animais, sentimentos, cenasou ambientes. Numa descrição, aspectos ou traços predominantes desdobram-se em imagens vivas aosolhos do leitor.

Sublinhe, no texto, o trecho em que Apolo faz uma descrição do pequeno escritório do avô, localizado nos fundos daloja.

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Releia o quarto parágrafo do texto:

“Há três meses, papou me deu de presente livros sobre os 12 trabalhos de Hércules, sobre a lenda de Helena deTroia, as viagens do herói Ulisses (Odisseia), e sobre a história do Minotauro (até agora, só li o livro dos trabalhos deHércules, e achei o máximo!)”.

O narrador nos fala sobre algumas das narrativas gregas: os 12 trabalhos de Hércules, Helena de Troia, asviagens de Ulisses e a história do Minotauro. Visite a Sala de Leitura para conhecê-las! O livro “As 100melhores histórias da mitologia”, de A. S. Franchini e Carmem Seganfredo é uma opção para a sua consulta.

Você reparou que os termos destacados “três” e “12”, no quarto parágrafo do texto, designamquantidade? E que são, portanto, numerais?

5 – Que fato contribuiu para os gregos alcançarem o nível superior da sabedoria humana. Discuta com os seus colegase com o seu Professor.

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6 – Que exemplos apresentados, no texto, demonstram a contribuição da Grécia para a cultura universal?

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www.educopedia.com.br

Visite o site da Educopédia.Selecione o 9.° ano; clique em

Extras: Grandes Obras, acesse a aula n.° 17: As 100 melhores

histórias da mitologia

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Língua Portuguesa - 6.º Ano / 3.º BIMESTRE - 2014 49

Para indicarmos uma quantidadeexata de pessoas ou coisas, ou para

assinalarmos o lugar que elas ocupam numa série, empregamos uma CLASSE especial de PALAVRAS – os NUMERAIS.

No sexto parágrafo, o avô do narrador destaca dois exemplos que justificam o fato de a Grécia serconsiderada o berço da cultura ocidental:

“– Vou dar só dois exemplos – falou ele. – Primeiro, a filosofia, que é a busca da sabedoria e do conhecimento. AGrécia produziu um grande número de filósofos. O segundo exemplo é a democracia, forma de governo em que opoder e as decisões de um país estão nas mãos do povo, por meio de eleições livres. Um modelo de democracia já erapraticado em Atenas, há 2500 anos.” (6.º parágrafo)

Nesse trecho, dois e 2500 designam quantidade / primeiro e segundo indicam a ordem de sucessão dosexemplos.

Encontre, no quadro ao lado, palavrasrelacionadas à cultura grega e as pinte.

É importante que você descubra por que essaspalavras estão associadas à Grécia. O seucaderno pedagógico de História poderá auxiliá-lonesta atividade.

Mãos à obra!

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DEUSES TEMPERAMENTAIS

Dona Benta explicou, então, que, como qualquer mortal, os deuses gregos sentiam raiva e inveja, podendo servingativos. Por isso mesmo, entre eles, aconteciam brigas tremendas e muitas traições.

– Eles tinham todos os nossos defeitos e podiam se apaixonar, inclusive pelos seres humanos. É dessa união quenasciam os heróis – ressaltou Dona Benta.

– Quer dizer que eles podiam descer do céu e viver no meio da gente? – perguntou Narizinho.A avó explicou, porém, que os deuses gregos não viviam propriamente no céu, mas no topo de uma montanha

muito alta, que recebeu o nome de Olimpo. Daí serem conhecidos como deuses olímpicos.– Eles raramente desciam à Terra. Ficavam observando a vida dos homens lá de cima. Quando resolviam dar uma

voltinha por aqui, disfarçavam-se de seres humanos ou tomavam a forma de animais – disse Dona Benta.– Mas qual a vantagem de ser um deus se a vida deles era assim tão parecida com a dos seres humanos? – quis

saber Emília, sem esconder a irritação.– Uma das vantagens era que, ao contrário de nós, que envelhecemos e morremos, os deuses gregos eram

imortais e preservavam a juventude eterna. Eles passavam a maior parte do tempo em meio a jogos e festas, nos quaisbebiam néctar e saboreavam ambrosia, alimentos que lhes garantiam essa imortalidade – explicou Dona Benta.

Outra vantagem era que os deuses tinham o poder de influenciar no destino dos seres humanos. Dependendo docomportamento dos homens e da obediência destes à lei divina, eles se reuniam para premiar ou punir os mortais.

Essas assembleias podiam ser bem tumultuadas, com alguns deuses assumindo a defesa dos mortais e outrosestimulando castigos. Nessas horas, Zeus, o deus dos deuses, tinha que usar o seu poder para pôr um pouco deordem na bagunça, porque essa turminha dos olímpicos era de lascar.

Na “Coleção Almanaque Sítio”, o livro “Mitologia” apresenta o fascinante mundo daMitologia, por meio de diálogos entre os personagens do Sítio.

No trecho transcrito abaixo, retirado do capítulo “Os Deuses”, Dona Benta, ao perceberque Emília estava associando perfeição e justiça aos deuses da Mitologia Grega, apressou-seem desfazer esta ideia. Vamos acompanhar este diálogo?

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Além de Zeus, que vivia sentado num trono de ouro, havia outros onze deuses morando no Olimpo. Ao todo, eramseis do sexo masculino e seis do sexo feminino.

1. Zeus: deus principal.2. Hera: mulher de Zeus.3. Posêidon: deus dos mares.4. Héstia: deusa do coração e da chama sagrada.5. Hefesto: deus do fogo e dos artífices.6. Deméter: deusa da agricultura.

Além dos deuses, havia Hades que, apesar de ser irmão de Zeus, não habitava o monte Olimpo. Ele era o deusdos Infernos e, por isso, vivia sob a Terra, envolto numa escuridão de dar medo.

Glossário:

ambrosia: na mitologia clássica, manjar dos deuses; néctar: na mitologia grega, a bebida dos deuses.

7. Ares: deus da guerra.8. Atena: deusa da sabedoria.9. Apolo: deus do sol.10. Afrodite: deusa do amor e da beleza.11. Hermes: mensageiro dos deuses.12. Ártemis: deusa da caça.

Veja o quadro que Visconde, personagem criado por Monteiro Lobato, preparou para você!

MITOLOGIA. São Paulo: Globo, 2005. – (Coleção Almanaque Sítio)

Em algumas obras,vemos também o nome Febo, dado

a Apolo pelos romanos.

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1 – Como nasciam os heróis, segundo Dona Benta?

________________________________________________________________________________________________

2 – Por que os deuses gregos também são conhecidos como “deuses olímpicos”?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3 – Qual a estratégia usada pelos deuses para passear na Terra sem serem identificados?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4 – Emília fica irritada ao descobrir que a vida dos deuses assemelhava-se à vida dos seres humanos. Quais foram asvantagens de ser um deus, apresentadas por Dona Benta?

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5 – Que alimentos garantiam a imortalidade dos deuses?

________________________________________________________________________________________________

6 – Sublinhe, no texto, o parágrafo que conta como eram as “assembleias” organizadas para premiar ou punir os mortais.

7 – Onde habitava Hades, irmão de Zeus?______________________________________________________________

Responda às questões a respeito do texto “Deuses temperamentais”.

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A CAIXA DE PANDORA

Zeus ordenou aos deuses que criassem a primeira mulher – um ser de

radiante beleza. Deu-lhe o nome de Pandora e a enviou para a Terra, com uma caixa.

Apaixonado, Epitemeu casou-se com ela. Prometeu (irmão de Epitemeu) pediu que ele

guardasse a caixa e nunca a abrisse. Pandora importunava o marido sempre, pedindo

que abrisse a caixa, mesmo sabendo da orientação do cunhado. Ao mesmo tempo que

encantava com sua beleza, Pandora era também astuta e falsa, além de gostar de

mentir, qualidade recebida de Hermes. Muito curiosa, quis ver o que estava na caixa e

abriu-a, às escondidas. Todos os males que Zeus colocara dentro daquela caixa (a

doença, a velhice, o ciúme etc.) saíram e se espalharam pela Terra.

Só a esperança, que costuma enganar os humanos, ficou na caixa.

Adaptado de LAROUSSE JOVEM DA MITOLOGIA/ tradução de Maria da Anunciação Rodrigues e Fernando Nuno. São Paulo: Larousse do Brasil, 2003.

MAIS UMA EXPRESSÃO...

Você já ouviu a expressão “caixa de Pandora”? A expressão significa algo que tem um certo encanto, mas que pode ser muito perigoso. Leia o mito que deu origem a essa expressão.

Glossário:Hermes – na Mitologia Grega, filho de Zeus. Inteligente e astuto, é o mensageiro dos deuses.

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.net

Responda às questões propostas sobre o texto “A caixa de Pandora”.

MU

LTIR

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1 – Como Pandora é caracterizada no texto?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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2 – Qual foi a consequência do fato de Pandora ter infringido a orientação de seu cunhado?

_______________________________________________________________________________________________

3 – No trecho “Prometeu (irmão de Epitemeu) pediu que ele guardasse a caixa e nunca a abrisse.”, a quem aspalavras destacadas fazem referência?

_______________________________________________________________________________________________

4 – Releia o último parágrafo:“Só a esperança, que costuma enganar os humanos, ficou na caixa.”

a) O trecho destacado na frase constitui um fato ou uma opinião? ______________________________________

b) Você considera ser a esperança um sentimento que “engana” os humanos? Peça ao seu Professor, para querealize um amplo debate com os seus colegas.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Vamos, agora, fazer o contrário: pense em sentimentos bons, hábitos, atitudes que você gostaria que seespalhassem pela Terra e registre-os, quantos desejar, em tirinhas de papel. Antes de dobrá-las, consulte umdicionário para conferir a ortografia das palavras e apresente-as ao seu Professor.

Agora, junto com os seus colegas, escolha uma caixa de papelão com tampa (pode ser uma caixa desapato, por exemplo) e capriche na decoração. As tirinhas, então, serão depositadas nessa caixa.

Para que esses sentimentos possam de fato se espalhar, que tal distribuí-los pela escola (aosfuncionários, professores e alunos das outras turmas)?

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Você está convidado a ler a façanha de um dos mais célebres heróis atenienses. A narrativa em quadrinhos torna a leitura ainda mais interessante! M

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WILLIAMS, Marcia. Mitos gregos: o vôo de Ícaro e outras lendas. São Paulo: Ática, 2005.

Vamos responder às questões sobre o texto?

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1 – Por que o rei Minos castigava os atenienses com tanta crueldade?

_______________________________________________________________________________________________

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2 – Qual era a finalidade de, a cada nove anos, os atenienses mandarem ao Minotauro sete rapazes e sete moças para serem sacrificados?

______________________________________________________________________________________________

3 – Onde vivia o Minotauro? ________________________________________________________________________

4 – Releia as cenas abaixo e responda às questões propostas:

b) Com quem o personagem está dialogando?

________________________________________________________________

a) O que a expressão do rei Minos revela?

________________________________________________________________

c) Quais os recursos não verbais que foram utilizados para demonstrar que Ariadne “passou bem de mansinho pelos guardas”?

________________________________________________________________

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5 – Qual foi a promessa feita por Teseu antes de embarcar para Creta?

_____________________________________________________________________________________________

6 – Para derrotar o Minotauro e conseguir sair do Labirinto, Teseu contou com a ajuda da princesa – a filha do reiMinos. Como a personagem o ajudou?

______________________________________________________________________________________________

d) Por que a palavra “rei” aparece em tamanho maior e em negrito?

____________________________________________________________________________________________________________

7 – Como o texto define a luta entre Teseu e o Minotauro? Quais foram os adjetivos utilizados para caracterizar estaluta?

______________________________________________________________________________________________

8 – Qual a consequência de Teseu ter se esquecido de trocar a vela preta pela branca no retorno a Atenas?

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Pensando que o filho estivesse morto, o rei não suporta tamanha dor e lança-se aomar, sendo tragado imediatamente pelas águas. A partir desse dia, em sua homenagem,esse mar passou a se chamar Egeu.

RANDON, Maria Augusta Mantese. Os deuses e seus enigmas. São Paulo: DCL, 2003.

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Esperamos que você tenha se divertido e aprendido bastante, fazendo usodesse caderno! Poemas e letras de músicas aguardam você no próximobimestre! Até lá, então!M

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Reflita sobre a decisão de Teseu abandonar Ariadne numa ilha e sobre o fato de ter esquecido de içar avela branca. Modifique as cenas finais da narrativa e dê um novo desfecho para esse mito. Se desejar,convide um colega para auxiliá-lo. Lembre-se! Combine tudo com o seu Professor.

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