livro portugues nivel 7 segundo cuatrimestre de 2014

“SONHO QUE SE SONHA

SÓ

É SÓ UM SONHO QUE SE

SONHA SÓ...

MAS SONHO QUE SE

SONHA JUNTO É

REALIDADE”.

RAUL SEIXAS

PROGRAMA DE LENGUAS UNSAM – 2014 PORTUGUÊS NIVEL 7

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Apresentação ..................................................pág.3

Escritores .......................................................pág.4

Crónica O povoado ..........................................pág.5

Diário de Uma viagem Frustrada........................pág.8

Conto Aventura no Mato ..................................pág.17

Revista em quadrinhos: Turma da Patrícia ..........pág.20

Artigo: Música Ferramenta de luta .....................pág.24

Agradecimentos..............................................pág.27

ÍNDICE


3

Nesta primeira edição os alunos de Português do nível sete

usaram a criatividade e se transformaram em escritores. A

criatividade se manifesta de forma misteriosa e muitas

vezes paradoxal. O pensamento criativo é uma

característica marcante em muitas personalidades, mas

ela também pode mudar de acordo com a situação e

contexto. Por isso este livro contem obras genuínas. É a

representação de pessoas com mente aguçadas que se

abriram a essa nova experiência.

APRESENTAÇÃO


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Fabián Renda Guadalupe Herrera

Carolina Saucedo Belén Lucero

Rocío Romero

ESCRITORES


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O povoado

Belén Lucero


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O povoado tinha esse jeito de povo pequeno de campo,

tranquilo, pacífico, calmo. Os meninos jogavam futebol e

outras brincadeiras na rua, sem nenhuma preocupação.

As pessoas se conheciam entre si, os velhos eram fortes

até mesmo na morte, tinham jovialidade. Havia muita

solidariedade no povoado.

As crianças faziam travessuras com os vizinhos, tocavam

a campainha das casas e saiam correndo rapidamente, e

davam grandes gargalhadas.

O Joaquim tinha nove anos, seu sonho era ser um

jornalista exitoso. Ele bosquejava um jornal com notícias

do povoado. A Marisa era sua fiel colega e sempre

brincavam juntos.

Há dos anos, uma empresa multinacional, instalou um

cultivo de soja perto do pequeno povoado, o mesmo

estava custodiado pelo Manuel, que em vez de pessoa,

parecia uma massa da gordura, maldoso como ele só. Os

meninos tinham medo dele, porque nunca devolvia as

bolas que caíram no seu quintal. Por causa do cultivo,

todos os dias passava uma aeronave pequena, nos últimos

anos os vizinhos começaram a ter problemas de saúde,

tinham tosse e problemas nos de respiração, Os mais

velhos deixaram de ter forças cada vez mais jovens,

quando antes tinham muita vitalidade,

Então começou a investigação do Joaquim, ele queria

saber qual era o motivo do sofrimento do povoado. Um

dia, Joaquim e Marisa foram investigar a casa do Manuel

e descobriram que o monomotor tirava fertilizantes

venenosos que não estavam autorizados e era isso o que

fazia mal as pessoas.


7

Os meninos contaram tudo às autoridades do povoado,

mas ninguém acreditou neles, ou faziam de conta, o

negócio era grande.

Os cultivos de soja aumentaram, e como consequência

desta situação, o povoado já não tem terra fértil onde

plantar uma semente, e nem um velho que possa contar

um conto.


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Diário de

uma viagem

frustrada

Guadalupe Herrera


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Primeiro Capítulo

O dia seguinte.

1° de Janeiro.

Ontem foi um dia de festa, felicidade, abundância amigos,

bebida. Hoje, estou sozinho, em minha cama, não sei se bem

o mal, só estou. Amanhã de volta ao trabalho, outra vez...

Esse escritório, outra vez as mesmas pessoas, outra vez o

chefe gritando, e dizendo que não sou mas que uma barata.

Outra vez... Muitas vezes me pergunto por que sou tão

covarde, por que ainda estou nesse lugar... Por que não posso

deixar todas as coisas que me fazem mal e realmente fazer as

coisas que verdadeiramente sonho. Mas hoje digo chega, vou

deixar essa vida de infelicidade y vou ser eu...


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Segundo Capítulo

O sinal.

3 de Janeiro

Lembrei que desde rapaz tenho um caderno onde tenho

anotado meus sonhos, na verdade um sonho...Percorrer o

mundo... E um domingo enquanto eu procurava um livro

para espairecer minha mente, o encontrei e trouxe muitas

lembranças. Então pensei que isso foi um sinal, alguma

força estranha, de algum deus, de alguma galáxia distante.

Pode ser que seja a vontade de deixar tudo, mas esse caderno

fez que eu decidisse realizar meus sonhos, não importa o que

tenha que fazer. Mas...por onde começar? E pensei que o

melhor é abandonar as coisas que não me fazem feliz...

Deixei meu trabalho.


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Terceiro Capítulo

Destino

5 de Janeiro

Depois de deixar o trabalho preparei a mala e fui direto para

a estação de ônibus. O problema foi saber aonde ia começar

minha viagem. Fui para a bilheteria e comprei uma

passagem para o primeiro destino que saia.

O destino foi Florianópolis.


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Quarto Capítulo

A Viagem

7 de Janeiro

Cheguei ao destino sem souber aonde ia ficar, ai conheci a

Daniela, uma menina que era professora, me viu deitado na

estação de ônibus, e amavelmente se ofereceu para me

mostrar a cidade e principalmente as praias.

Durante o passeio conversamos e lhe contei sobre minha

viagem e que estava pensado em percorrer a América.

Ela me ofereceu sua casa como estadia. Ela morava sozinha

perto da praia.


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Quinto Capítulo.

Tudo pode mudar.

10 de Janeiro

Tenho que dizer que conhecer a Daniela foi um muito

importante pra mim. De repente não deixava de pensar nela,

durante o tempo todo só queria estar com ela e caminhar na

praia, e ver o pôr do sol.

Já não queria conhecer o mundo, por que meu mundo era ela.


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Sexto Capítulo.

Uma nova vida.

18 de Fevereiro

Faz um mês que estou em Florianópolis e sinto que quero

ficar aqui, até minha morte. Junto com Daniela, ainda não

confessei meu amor por ela, e tinha pensado fazê-lo de uma

maneira especial. Decorei a casa com velas e rosas. Quando

ela voltou do trabalho, ficou surpreendida quando me viu

ajoelhado propondo casamento.


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Sétimo Capítulo

Felicidade

20 de dezembro. Lembro como foi que cheguei até aqui e foi como um sonho.

Penso que muitas vezes é preciso deixar as coisas que nos

fazem mal e deixar que a vida nos surpreenda , simplesmente

deixar que as coisas aconteçam, porque o maravilhoso de

viver é isso, a surpresa, as incertezas de que qualquer cosa

pode acontecer. Hoje, depois de um ano estou casado com

um filho lindo, vivendo no paraíso e conhecendo a felicidade

por primeira vez.


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Quando João Vinícius da Silva, apelidado Jó, fez quinze

anos, sua vida mudou cento e oitenta graus. Teve uma

infância difícil por causa das brigas dos seus pais.

Finalmente eles decidiram se separar.

Seu pai, engenheiro agrônomo, aceitou um trabalho

para revelar a quantidade de árvores de borracha que

havia numa amplia zona, no meio do curso do rio

Amazonas. Foi assim, que convidou a seu filho Jó para ir

com ele, já que estavam de férias.

Eles partiram de Curitiba de avião até a cidade de

Macapá na saída do rio Amazonas onde lhes aguardava

uma barcaça e o guia, o Sr. Hans, um alemão loiro e

gigantão.

Macapá ficava muito longe de Manaus, e fazer toda a

trilha pelo rio, significava uma aventura e lhe dava ao Sr.

Da Silva a possiblidade de ir perguntando, nos povoados

percorridos pelos seringueiros, as informações

necessárias sobre quantidade aproximada de árvores

em questão. A viagem foi realizada sob um sol

implacável e a choveu quase todos os dias, eram

pancadas de chuvas. Fizeram paradas em cada casario

que viam tornando a viagem interminável.

Por fim eles chegaram a Conceição, lugar que só tinha

um galpão, sem paredes, cheio de redes onde dormiam

os homens do mato. Uma casa construída encima de

colunas, porque se alagava tudo em época de chuvas.


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Aventura no

Mato

Fabián Renda

Belén Lucero


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Na casa morava um padre cristão e a filha do alemão:

Dora ou Dorinha, tinha doze anos, era uma menina

magra, de cabelo bem curto que parecia mais a um

menino, levava um cãozinho preto numa sacola

pendurado pelo pescoço.

Os primeiros dias o pai do Jó saía com o Hans e alguns

seringueiros para percorrer o mato e Jó se tornou amigo

da Dorinha. Fizeram excursões pertinho do casario, até

que chegou uma equipe de pessoas para vacinar aos

nativos junto a dois oficiais do exército, um topógrafo e

um geólogo.

Essa noite os visitantes deram muita bebida alcoólica

para todos e depois foram para as barracas que foram

armadas perto do galpão. O cãozinho pulou do colo da

Dora e corremos atrás dele até onde o casario onde

estavam guardava as vacinas. A casualidade fez que os

jovens, sem querer, escutassem os militares e um

doutor falando sobre o petróleo e o dinheiro que iam

obter por desfazer dos seringueiros e deixar o terreno

livre para ser explorado pelas empresas petroleiras.

Sigilosamente correram até onde dormia o alemão,

acordaram ele e depois ao pai do Jó. Contaram o que

tinham escutado. O Hans lhes aconselhou que fizessem

de conta que dormiam e foi a procurar ao bruxo que

morava a poucos quilômetros.


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Junto ao bruxo foram ao acampamento, acordaram a

todos e ordenaram que fossem a um lugar seguro, no

meio da floresta. Todos os seringueiros beberam um

antídoto e ataram lenços nos rostos.

O dia começava a clarear e fizeram um fogo. O bruxo foi

queimando coisas que trazia numa sacola de couro, uma

fumaça branca cobriu todo o chão, o clarão era de um

metro e meio de altura, todos os intrusos ficaram

paralisados. Isso serviu para que eles pudessem

organizar uma estratégia em defesa dos aborígenes.

Quando os bandidos acordaram não entendiam nada,

havia transcorrido um dia inteiro e tinham uma terrível

dor de cabeça. Só perceberam o que tinha acontecido

depois de recorrer o lugar. Quando se deram conta os

habitantes iam por terra e água rumo à civilização, para

contar as associações de proteção aborígenes e aos

meios de comunicação o ocorrido. Semanas depois os

intrusos foram interceptados pelas autoridades, as quais

obviamente negaram tudo.

Desgraçadamente não puderam ser culpados porque se

desfizeram das vacinas, e as amostras que Hans e o

bruxo roubaram do casario, tampouco serviram como

provas. O caso só foi um precedente para que a

comunidade esteja alerta e saiba até onde pode chegar

o homem e o governo em busca da ambição desmedida.


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Turma da

Patricia

Rocío Romero

Belén Lucero


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Música:

Ferramenta

de Luta

Carolina Saucedo


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A música, como todos nós sabemos, é uma forma de

expressão, com ela dizemos o que sentimos e

pensamos. Através dela podemos criar um mundo

perfeito, assim como os livros e as pinturas.

A música é a arte que entra pelos ouvidos e fica no

nosso coração, mas muitas vezes abre nossa mente.

Assim foram os movimentos musicais que nasceram nos

anos 60 e 70, nas suas letras com duplo sentido se

comunicava o que aconteciam ou protestavam ante as

injustiças e a censura. A música foi um dos jeitos da

juventude dizer : “É proibido, proibir”.

Os anos setenta foram em uma palavra “revolução”. As

sociedades tinham um jeito de viver que foi sacolejado

por diferentes acontecimentos sociais, culturais, e

governamentais. O mundo sofreu uma mudança, uma

mudança que ainda continua, mais de um povo abriu a

cabeça para a realidade e a musica não só acompanhou

senão que foi um dos pilares.

Hoje em dia quando se fala de revolução a primeira

coisa que aparece na mente é guerra, mas para a

juventude daquele tempo representava liberdade, paz e

amor e por essas coisas eles tinham que lutar, num

mundo que dizia guerra e sofrimento.

Foi um momento na qual as potências mundiais estavam

em guerra, EUA lutava no Vietnam, em Inglaterra os

movimentos sociais lutavam para que seus direitos civis


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fossem reconhecidos e em Latino América, enquanto

Cuba brigava contra as repressões de Fidel, o resto do

povo caia nas mãos da ditadura militar.

Assim a música virou uma maneira de expressar o lado

bonito da vida a ser um grito de liberdade, um grito da

juventude que dizia : “Estamos aqui e não vencerão”


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Queria agradecê-los por tornar este projeto um sucesso.

Sei que, para que tudo saia de acordo, é imprescindível

planejamento, execução e empenho.

Obrigada pela boa dose de carinho e dedicação.

Senti isso no trabalho de vocês a cada momento, desde

nosso primeiro encontro, até o último momento.

Obrigada por tudo!

Estou muito orgulhosa de vocês!!

Patricia Cardoso Professora de Português

AGRADECIMENTOS

livro portugues nivel 7 segundo cuatrimestre de 2014

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