livro portugues

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  • Ministrio daEducao

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  • Ministrio da EducaoSecretaria de Educao Bsica

    Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao

    Guia de Livros DidticosPNLD 2014

    LNGUA PORTUGUESAEnsino fundamental

    Anos FinAis

    Braslia2013

  • MINISTRIO DA EDUCAO

    Secretaria de Educao Bsica (SEB)Diretoria de Formulao de Contedos EducacionaisCoordenao Geral de Materiais Didticos

    Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao (FNDE)Diretoria de Aes EducacionaisCoordenao Geral dos Programas do Livro

    Equipe Tcnico-pedaggica da SEBAndrea Kluge PereiraCeclia Correia LimaElizangela Carvalho dos SantosJos Ricardo Alberns LimaLucineide Bezerra DantasLunalva da Conceio GomesMaria Marismene Gonzaga

    Equipe de Apoio Administrativo da SEBGabriela Brito de ArajoGislenilson Silva de MatosNeiliane Caixeta GuimaresPaulo Roberto Gonalves da Cunha

    Equipe do FNDESonia SchwartzAuseni Peres Frana MillionsEdson MarunoAna Carolina Souza LuttnerRicardo Barbosa dos SantosGeov da Conceio Silva

    Projeto grfico, diagramao e revisoCt. Comunicao - Braslia/ DF

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Centro de Informao e Biblioteca em Educao (CIBEC)

    Tiragem 67.150 exemplares MINISTRIO DA EDUCAO

    SECRETARIA DE EDUCAO BSICAEsplanada dos Ministrios, Bloco L, Sala 500

    CEP: 70047-900Tel: (61) 2022-8419

    EQUIPE RESPONSVEL PELA AVALIAO

    Comisso TcnicaEgon de Oliveira Rangel (PUC-SP)

    Coordenao InstitucionalDioney Moreira Gomes (UnB)

    Coordenao Geral de reaMaria Luiza Monteiro Salles Coroa (UnB)

    Coordenao AdjuntaVilma Reche (UnB)

    Coordenao RegionalAna Maria de Carvalho Luz (UFBA)Elizabeth Marcuschi (UFPE)Maria da Graa Costa Val (UFMG)Orlene Lcia de Saboia Carvalho (UnB) Leitura crtica das resenhas Ana Maria de Carvalho Luz (UFBA)Vilma Reche- UnB

    Avaliao tcnica de material multimdiaAlzimar Rodrigues Ramalho (IESB)Daniela Favaro Garrossini (UnB)Dione Oliveira Moura (UnB)

    Apoio tcnico e administrativorika Hott Guerra SathlerTiago Aguiar Rodrigues

    AvaliadoresAdriane Mendes de Souza (SEE-DF)Alzira Neves Sandoval (SEE-DF)Ana Maria Costa de Arajo Lima (UFPE)Ana Regina Ferraz Vieira (IFPE)Anderson Lus Nunes da Mata (UnB)Andr Lcio Bento (SEE-DF)Antonilma Santos Almeida Castro (UNEB)Cludia Mara de Souza (FUNCESI e SME Itabira)Cristina dos Santos Carvalho (UNEB)Cristina Teixeira (UFPE) Edna Cristina Muniz da Silva (UnB)Edna Ribeiro Marques Amorim (UEFS)Elisngela Santana dos Santos (UNEB)Else Martins dos Santos (PUC-MG)Evaldo Balbino (Centro Pedaggico da UFMG)Fernanda Cardoso (COGEAE PUC-SP)Francisco Eduardo Vieira da Silva (UEPB) Irenilza Oliveira e Oliveira (UNEB)Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes (UFPE)

    Guia de livros didticos : PNLD 2014 : lngua portuguesa : ensino fundamental : anos finais. Braslia : Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Bsica, 2013. 120 p. : il.

    ISBN 978-85-7783-132-6

    1. Livro didtico. 2. Programa Nacional do Livro Didtico. 3. Lngua portuguesa. I. Brasil. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Bsica.

    CDU 371.671

  • APRESENTAO

    ANExO I: ROTEIRO PARA ANLISE E ESCOLhA DE LIVROS DIDTICOS DE LNGUA PORTUGUESA

    ANExO II: ROTEIRO DE ANLISE UTILIzADO NO

    PNLD 2014

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    CRITRIOS COMUNS

    9

    SOBRE AS COLEES RESENhADAS NESTE

    GUIA

    CRITRIOS ESPECFICOS

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    RESENhAS DAS COLEES

    57

    A aventura da linguagem

    Jornadas.port lngua portuguesa

    Tecendo linguagens

    Para viver juntos portugus

    Coleo perspectiva: lngua portuguesa

    Portugus linguagens

    Portugus nos dias de hoje

    Portugus: uma lngua brasileira

    Projeto telris portugus

    singular e plural leitura, produo e estudos da linguagem

    Universos lngua portuguesa

    Vontade de saber portugus

    59

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    SUMRIO

    Janice Helena Chaves Marinho (UFMG)Juliana de Freitas Dias (UnB)Lcia Maria Freire Beltro (UFBA) Lilian santana da silva (iFBA)Marcia Elizabeth Bortone (UnB)Marcio Ricardo Coelho Muniz (UFBA)Maria Aparecida Arajo e silva (Centro Universitrio UnA)Maria Aparecida Mata (PUC-MG) Maria Augusta Reinaldo (UFCG) Maria Auxiliadora Bezerra (UFCG)Maria irand Antunes (UFPE) Maria Zlia Versiani Machado (UFMG)Marianne Cavalcante (UFPB)neila Maria oliveira (UnEB)neiva Costa Toneli (PUC-UFMG)noemi Pereira de santana (UFBA)normanda Beserra (iFPEa)Patrcia Ribeiro de Andrade (UnEB)Poliana Maria Alves (UnB)srgio Alcides Pereira do Amaral (UFMG) simone silveira de Alcntara (FACiTEC) simone souza de Assumpo (UFBA)stefania Caetano Martins de Rezende Zandomnico (sEE-DF)suzana Cortez (UFPE)Tatiana simes e Luna (iFPE)Vanir Consuelo Guimares (Rede Municipal de BH e Uni-BH)Viviane Cristina Vieira sebba Ramalho (UnB)

    Avaliadores recursosDelaine Cafiero Bicalho (UFMG)Elosa Helena Rodrigues GuimaresGilcinei Teodoro Carvalho (UFMG)Maria Lcia Castanheira (UFMG)Rildo Jos Cosson Mota (UFMG)Rodolfo ilari (UniCAMP)

    Instituio responsvel pela avaliaoUniversidade de Braslia (UnB)

  • APRESENTAO

    Os anos finais do ensino fundamental e o livro didtico

    A escolha do livro didtico de Lngua Portuguesa (LDP) que nossas escolas pblicas utilizaro entre 2014 e 2016 se d num momento em que o processo de implantao do ensino fundamental (EF) de nove anos j se encontra consolidado no pas.

    Alm de ampliar em um ano o perodo da escolarizao obrigatria, o EF passou a receber em seu ingresso crianas de 6 anos, boa parte delas sem qualquer vivncia escolar anterior. Com isso, introduziram-se no panorama do EF necessidades e objetivos antes restritos educao infantil, ao mesmo tempo em que se ampliaram e se diversificaram as possibilidades de planejamento do processo de escolarizao do aprendiz.1 Vem-se manifestando na escola, portanto, uma demanda de grande potencial renovador: reorganizar a vida escolar do aluno do EF para acolh-lo ainda como criana; mas colaborar de forma significativa, ao longo de nove anos, para sua formao como jovem cidado.

    nessa trajetria, os quatro anos finais, correspondentes aos sexto, ao stimo, ao oitavo e ao nono anos, tm, basicamente, o papel de, por um lado, consolidar o acesso qualificado do aluno no mundo da escrita; de outro lado, dar prosseguimento sua escolarizao, aprofundando, progressivamente, seu domnio de reas especializadas do conhecimento humano.

    Este Guia apresenta aos professores de nossas escolas pblicas as colees didticas de Lngua Portuguesa que, aprovadas pelo processo avaliatrio oficial, prope-se a colaborar com a escola no que diz respeito reorganizao desse perodo do EF. Assim, pretendem fornecer parte dos recursos de que o docente dever lanar mo para:

    ampliar e aprofundar a convivncia do aluno com a diversidade e a complexidade da cultura da escrita;

    desenvolver sua proficincia, seja em usos menos cotidianos da oralidade, seja em leitura e em produo de textos mais extensos e complexos que os dos anos iniciais;

    1 Cf., a respeito, o documento Brasil. Mec. seB. Ampliao do ensino fundamental para nove anos; terceiro relatrio do Programa. Braslia: MEC; sEB. 2006.

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    propiciar-lhe tanto uma reflexo sistemtica quanto a construo progressiva de conhecimentos sobre a lngua e a linguagem;

    aumentar sua autonomia relativa nos estudos, favorecendo, assim, o desempenho escolar e o prosseguimento nos estudos.

    Considerando-se a diversidade de situaes escolares envolvidas na (re)organizao do novo EF, convm que as escolas estejam bastante conscientes da situao particular de seu alunado. nos estados e nos municpios que implantaram os nove anos desde 2005, as turmas que agora ingressam no segundo segmento do EF j tero vivido um ciclo de escolarizao inicial de cinco anos. Em outros casos, os atuais ingressantes podero ter vivido situaes muito diversas, com diferentes implicaes para o prosseguimento nos estudos. Ter uma ideia o mais precisa possvel do que, em cada um desses casos, os alunos viveram (ou no) e aprenderam (ou no) poder favorecer uma definio criteriosa da coleo mais adequada.

    Assim, para um melhor uso deste Guia no processo de escolha importante entender como e por que as colees aqui resenhadas foram aprovadas. Com esse objetivo, explicitamos, logo a seguir, os princpios e os critrios segundo os quais os livros didticos de Lngua Portuguesa destinados ao segundo segmento do EF foram analisados e avaliados pela equipe responsvel.

    Entre as colees do 6 ao 9 anos que se inscreveram no processo avaliatrio, foram aprovadas aquelas que atenderam aos parmetros de qualidade fixados tanto pelos critrios eliminatrios comuns a todas as reas quanto os especficos para Lngua Portuguesa. Assim, uns e outros vm apresentados a seguir, tais como figuram no Edital do PnLD 2014.

    1 Respeito legislao, s diretrizes e s normas oficiais relativas ao ensino fundamental

    Considerando-se a legislao, as diretrizes e as normas oficiais que regulamentam o EF, sero excludas as colees que no obedecerem aos seguintes estatutos:

    Constituio da Repblica Federativa do Brasil;

    Lei de Diretrizes e Bases da Educao nacional, com as respectivas alteraes introduzidas pelas Leis n. 10.639/2003, n. 11.274/2006, n. 11.525/2007 e n. 11.645/2008;

    .Estatuto da Criana e do Adolescente;

    Diretrizes Curriculares nacionais para o EF.

    2 Observncia de princpios ticos necessrios construo da cidadania e ao convvio social republicano

    sero excludas do PnLD 2014 as colees que:

    veicularem esteretipos e preconceitos de condio social, regional, tnico-racial, de gnero, de orientao sexual, de idade ou de linguagem, assim como qualquer outra forma de discriminao ou de violao de direitos;

    fizerem doutrinao religiosa ou poltica, desrespeitando o carter laico e autnomo do ensino pblico;

    utilizarem o material escolar como veculo de publicidade ou de difuso de marcas, produtos ou servios comerciais.

    CRITRIOS COMUNS

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    3 Coerncia e adequao da abordagem terico-metodolgica assumida pela coleo no que diz respeito proposta didtico-pedaggica explicitada e aos objetivos visados

    Por mais diversificadas que sejam as concepes e as prticas de ensino envolvidas na educao escolar, propiciar ao aluno uma efetiva apropriao do conhecimento implica:

    escolher uma abordagem metodolgica capaz de contribuir para a consecuo dos objetivos educacionais em jogo;

    ser coerente com essa escolha do ponto de vista dos objetos e dos recursos propostos.

    Em consequncia, sero excludas as colees que no atenderem aos seguintes requisitos:

    explicitar, no Manual do Professor, os pressupostos terico-metodolgicos que fundamentam sua proposta didtico-pedaggica;

    apresentar coerncia entre essa fundamentao e o conjunto de textos, atividades, exerccios, etc. que configuram o livro do aluno; por isso mesmo, no caso de uma coleo recorrer a mais de um modelo terico-metodolgico, deve indicar claramente a articulao entre eles;

    organizar-se tanto do ponto de vista dos volumes que as compem quanto das unidades estruturadoras de cada um de seus volumes visando a garantir a progresso do processo de ensino-aprendizagem;

    favorecer o desenvolvimento de capacidades bsicas do pensamento autnomo e crtico no que diz respeito aos objetos de ensino-aprendizagem propostos;

    contribuir para a apreenso das relaes que se estabelecem entre os objetos de ensino-aprendizagem propostos e suas funes socioculturais.

    4 Correo e atualizao de conceitos, informaes e procedimentos

    Respeitando tanto as conquistas cientficas das reas de conhecimento representadas nos componentes curriculares quanto os princpios de uma adequada transposio didtica, sero excludas as colees que:

    apresentarem de modo equivocado ou desatualizado conceitos, informaes e procedimentos propostos como objeto de ensino-aprendizagem;

    utilizarem de modo equivocado ou desatualizado esses mesmos conceitos e informaes em exerccios, atividades, ilustraes ou imagens.

    5 Observncia das caractersticas e das finalidades especficas do Manual do Professor e adequao da coleo linha pedaggica nele apresentada

    o Manual do Professor deve visar, antes de mais nada, a orientar os docentes para um uso adequado da coleo, constituindo-se, ainda, num instrumento de complementao didtico-pedaggica e atualizao para o docente. nesse sentido, o Manual deve organizar-se de modo que propicie ao docente uma efetiva reflexo sobre sua prtica. Deve tambm colaborar para que o processo de ensino-aprendizagem acompanhe avanos recentes tanto no campo de conhecimento do componente curricular da coleo quanto no da pedagogia e da didtica em geral.

    Considerando-se esses preceitos, sero excludas as colees cujos Manuais no se caracterizarem por:

    explicitar os objetivos da proposta didtico-pedaggica efetivada pela coleo e os pressupostos terico-metodolgicos por ela assumidos;

    descrever a organizao geral da coleo tanto no conjunto dos volumes quanto na estruturao interna de cada um deles;

    relacionar a proposta didtico-pedaggica da coleo aos principais documentos pblicos nacionais que orientam o EF no que diz respeito ao componente curricular em questo;

    discutir o uso adequado dos livros, inclusive no que se refere s estratgias e aos recursos de ensino a serem empregados;

    indicar as possibilidades de trabalho interdisciplinar na escola com base no componente curricular abordado na coleo;

    discutir diferentes formas, possibilidades, recursos e instrumentos de avaliao que o professor poder utilizar ao longo do processo de ensino-aprendizagem;

    propiciar a reflexo sobre a prtica docente, favorecendo sua anlise por parte do professor e sua interao com os demais profissionais da escola;

    apresentar textos de aprofundamento e propostas de atividades complementares s do Livro do Aluno.

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    6 Adequao da estrutura editorial e do projeto grfico aos objetivos didtico-pedaggicos da coleo

    A proposta didtico-pedaggica de uma coleo deve traduzir-se em um projeto grfico-editorial compatvel com suas opes terico-metodolgicas, considerando-se, dentre outros aspectos, a faixa etria e o nvel de escolaridade a que se destina. Desse modo, no que se refere ao projeto grfico-editorial, sero excludas as colees que no apresentarem:

    organizao clara, coerente e funcional do ponto de vista da proposta didtico-pedaggica;

    legibilidade grfica adequada para o nvel de escolaridade visado do ponto de vista do desenho e do tamanho das letras; do espaamento entre letras, palavras e linhas; do formato, das dimenses e da disposio dos textos na pgina;

    impresso em preto do texto principal;

    ttulos e subttulos claramente hierarquizados por meio de recursos grficos compatveis;

    iseno de erros de reviso e/ou impresso;

    referncias bibliogrficas, indicao de leituras complementares e, facultativamente, glossrio;

    sumrio que reflita claramente a organizao dos contedos e das atividades propostos, alm de permitir a rpida localizao das informaes;

    impresso que no prejudique a legibilidade no verso da pgina.

    Quanto s ilustraes, devem:

    ser adequadas s finalidades para as quais foram elaboradas;

    quando o objetivo for informar, ser claras, precisas e de fcil compreenso;

    reproduzir adequadamente a diversidade tnica da populao brasileira, a pluralidade social e cultural do pas;

    no caso de ilustraes de carter cientfico, indicar a proporo dos objetos ou seres representados;

    estar acompanhadas dos respectivos crditos e da clara identificao dos

    locais de custdia (local onde esto acervos cuja imagem est sendo utilizada na publicao);

    trazer ttulos, fontes e datas, no caso de grficos e tabelas;

    no caso de mapas e imagens similares, apresentar legendas em conformidade com as convenes cartogrficas.

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    o ensino de Lngua Portuguesa nos quatro anos finais do ensino fundamental apresenta caractersticas prprias, devidas tanto ao perfil escolar do alunado desse nvel quanto s demandas sociais que a ele se apresentam ao final do perodo.

    Antes de tudo, espera-se que o aluno ingressante no segundo segmento do ensino fundamental j tenha cumprido satisfatoriamente uma primeira e decisiva etapa de seu processo de letramento e alfabetizao, tendo, inclusive, se apropriado de algumas prticas mais complexas e menos cotidianas (mais relacionadas a esferas pblicas de uso da linguagem), seja de leitura e escrita, seja de compreenso e produo de textos orais. Essas prticas apresentam padres lingusticos e textuais que, por sua vez, demandam novos tipos de reflexo sobre o funcionamento e as propriedades da linguagem em uso, assim como a sistematizao dos conhecimentos lingusticos correlatos mais relevantes. Portanto, cabe ao ensino de lngua materna, nesse nvel de ensino-aprendizagem, aprofundar o processo de insero qualificada do aluno na cultura da escrita:

    1. aperfeioando sua formao como leitor e produtor de textos escritos;

    2. desenvolvendo as competncias e as habilidades de leitura e escrita requeridas por esses novos nveis e tipos de letramento;

    3. ampliando sua capacidade de reflexo sobre as propriedades e o funcionamento da lngua e da linguagem;

    4. desenvolvendo as competncias e as habilidades associadas a usos escolares, formais e/ou pblicos da linguagem oral.

    Em segundo lugar, a trajetria desse aluno em direo autonomia relativa nos estudos e ao pleno exerccio da cidadania pode ser considerada, por um lado, mais delineada, e, por outro, ainda no satisfatoriamente consolidada, o que dever implicar, no processo de ensino-aprendizagem escolar desses anos, um maior peso relativo para esses eixos de formao.

    Finalmente, a destinao do aluno, ao final desse perodo de escolarizao, bastante diversificada, e muitas vezes implica a interrupo temporria ou mesmo definitiva de sua educao escolar, motivo pelo qual o ensino fundamental deve garantir a seus egressos um domnio da escrita e da oralidade suficiente para as demandas bsicas do mundo do trabalho e do pleno exerccio da cidadania, inclusive

    CRITRIOS ESPECFICOS

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    no que diz respeito fruio da literatura em lngua portuguesa. Tais circunstncias atribuem a esses anos uma responsabilidade ainda maior no que diz respeito ao processo de formao tanto do leitor e do produtor proficiente e crtico de textos quanto do locutor capaz do uso adequado e eficiente da linguagem oral em situaes privadas ou pblicas.

    Considerando-se tanto as demandas de comunicao e/ou conhecimentos lingusticos implicadas no quadro descrito antes quanto as recomendaes expressas por diretrizes, orientaes e parmetros curriculares oficiais, o ensino de Lngua Portuguesa, nos quatro ltimos anos do novo ensino fundamental, deve organizar-se de forma que garanta ao aluno:

    1. o desenvolvimento da linguagem oral e a apropriao e o desenvolvimento da linguagem escrita, especialmente no que diz respeito a demandas oriundas seja de situaes e instncias pblicas e formais de uso da lngua, seja do prprio processo de ensino-aprendizagem escolar;

    2. o pleno acesso ao mundo da escrita e, portanto,

    2.1. a proficincia em leitura e escrita no que diz respeito a gneros discursivos e tipos de texto representativos das principais funes da escrita em diferentes esferas de atividade social;

    2.2. a fruio esttica e a apreciao crtica da produo literria associada Lngua Portuguesa, em especial a da literatura brasileira;

    2.3. o desenvolvimento de atitudes, competncias e habilidades envolvidas na compreenso da variao lingustica e no convvio democrtico com a diversidade dialetal, de modo que seja evitado o preconceito e sejam valorizadas as diferentes possibilidades de expresso lingustica;

    2.4. o domnio das normas urbanas de prestgio,2 especialmente em sua modalidade escrita, mas tambm nas situaes orais pblicas em que seu uso socialmente requerido;

    2.5. as prticas de anlise e reflexo sobre a lngua, medida que se revelarem pertinentes, seja para a (re)construo dos sentidos de textos, seja para a compreenso do funcionamento da lngua e da linguagem.

    2 Em substituio expresso norma culta, normas urbanas de prestgio um termo tcnico recente introduzido para designar os falares urbanos que, numa comunidade lingustica como a dos falantes do portugus brasileiro, desfrutam de maior prestgio poltico, social e cultural e, por isso mesmo, esto mais associados escrita, tradio literria e a instituies como o Estado, a escola, as igrejas e a imprensa.

    nesse sentido, as atividades de leitura e escrita, assim como as de produo e de compreenso oral, em situaes contextualizadas de uso, devem ser prioritrias no ensino-aprendizagem desses anos de escolarizao e, por conseguinte, na proposta pedaggica das colees de Portugus a eles destinadas. Por sua vez, as prticas de reflexo, assim como a construo correlata de conhecimentos lingusticos e a descrio gramatical, devem justificar-se por sua funcionalidade, exercendo-se, sempre, com base em textos produzidos em condies sociais efetivas de uso da lngua, e no em situaes didticas artificialmente criadas.

    Considerando-se os princpios anteriormente enunciados, foram excludas as colees de Lngua Portuguesa cujas anlises manifestaram, em um ou mais de seus componentes, incompatibilidade com os critrios a seguir explicitados.

    Relativos natureza do material textual

    o conjunto de textos que uma coleo oferece para o ensino-aprendizagem de Lngua Portuguesa deve justificar-se pela qualidade da experincia de leitura que possa propiciar ao aluno, contribuindo para sua formao como leitor proficiente, inclusive como leitor literrio. Uma coletnea deve, portanto:

    1. estar isenta tanto de fragmentos sem unidade de sentido quanto de pseudotextos, redigidos com propsitos exclusivamente didticos;

    2. ser representativa da heterogeneidade prpria da cultura da escrita inclusive no que diz respeito autoria, a registros, estilos e variedades (sociais e regionais) lingusticas do Portugus , permitindo ao aluno a percepo de semelhanas e diferenas entre tipos de textos e gneros diversos pertencentes a esferas socialmente mais significativas de uso da linguagem;

    3. ser adequada do ponto de vista da extenso, da temtica e da complexidade lingustica ao nvel de escolarizao em jogo;

    4. incluir, de forma significativa e equilibrada em relao aos demais, textos da tradio literria de lngua portuguesa (especialmente os da literatura brasileira);

    5. incentivar professores e alunos a buscarem textos e informaes fora dos limites do prprio livro didtico.

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    Relativos ao trabalho com o texto

    no trabalho com o texto, em qualquer de suas dimenses (leitura e compreenso, produo de textos orais e escritos, construo de conhecimentos lingusticos), fundamental a diversidade de estratgias, assim como a articulao entre os vrios aspectos envolvidos, para garantir a progresso nos estudos. Alm desses, em cada um dos componentes de Lngua Portuguesa outros critrios se afiguram fundamentais para garantir coleo um desempenho ao menos satisfatrio em termos metodolgicos.

    Leitura

    As atividades de compreenso e interpretao de texto tm como objetivo final a formao do leitor (inclusive a do leitor literrio) e o desenvolvimento da proficincia em leitura. Portanto, s podem constituir-se como tais quando:

    1. encararem a leitura como uma situao de interlocuo leitor/autor/texto socialmente contextualizada;

    2. respeitarem as convenes e os modos de ler prprios dos diferentes gneros, tanto literrios quanto no literrios;

    3. desenvolverem estratgias e capacidades de leitura, tanto as relacionadas aos gneros propostos quanto as inerentes ao nvel de proficincia que se pretende levar o aluno a atingir.

    Produo de textos escritos

    As propostas de produo escrita devem visar formao do produtor de textos e, portanto, ao desenvolvimento da proficincia em escrita. nesse sentido, no podem deixar de:

    1. considerar a escrita como uma prtica socialmente situada, propondo ao aluno condies plausveis de produo do texto;

    2. abordar a escrita como processo com o objetivo de ensinar explicitamente os procedimentos envolvidos no planejamento, na produo, na reviso e na reescrita dos textos;

    3. explorar a produo de gneros ao mesmo tempo diversos e pertinentes para a consecuo dos objetivos estabelecidos pelo nvel de ensino visado;

    4. desenvolver as estratgias de produo relacionadas tanto ao gnero proposto quanto ao grau de proficincia que se pretende levar o aluno a atingir.

    Relativos ao trabalho com a oralidade

    A linguagem oral, que o aluno chega escola dominando satisfatoriamente no que diz respeito a demandas de seu convvio social imediato, o instrumento por meio do qual se efetivam tanto a interao professor-aluno quanto o processo de ensino-aprendizagem. ser com o apoio dessa experincia prvia que o aprendiz no s desvendar o funcionamento da lngua escrita como estender o domnio da fala para novas situaes e contextos, inclusive no que diz respeito a situaes escolares, como as exposies orais e os seminrios. Assim, caber coleo de Lngua Portuguesa no que diz respeito a esse quesito:

    1. recorrer oralidade nas estratgias didticas de abordagem da leitura e da produo de textos;

    2. valorizar e efetivamente trabalhar a variao e a heterogeneidade lingusticas, situando nesse contexto sociolingustico o ensino das normas urbanas de prestgio;

    3. propiciar o desenvolvimento das capacidades e das formas discursivas relacionadas aos usos da linguagem oral prprios das situaes formais e/ou pblicas pertinentes ao nvel de ensino em foco.

    Relativos ao trabalho com os conhecimentos lingusticos

    o trabalho com os conhecimentos lingusticos objetiva levar o aluno a refletir sobre aspectos da lngua e da linguagem relevantes para o desenvolvimento tanto da proficincia oral e escrita quanto da capacidade de analisar fatos da lngua e da linguagem, por isso mesmo seus contedos e atividades devem:

    1. abordar os diferentes tipos de conhecimentos lingusticos em situaes de uso, articulando-os com a leitura, a produo de textos e o exerccio da linguagem oral;

    2. considerar e respeitar as variedades regionais e sociais da lngua, promovendo o estudo das normas urbanas de prestgio nesse contexto sociolingustico;

    3. estimular a reflexo e propiciar a construo dos conceitos abordados.

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    Relativos ao Manual do Professor

    o Manual do Professor deve constituir-se como um instrumento capaz de subsidiar adequadamente o uso da coleo pelo professor tanto no trabalho de sala de aula quanto na orientao para o estudo autnomo pelo aluno. no pode, portanto, ser meramente uma cpia do Livro do Aluno com as respostas preenchidas, deve antes:

    1. explicitar com clareza e correo os pressupostos tericos e metodolgicos a partir dos quais a proposta didtico-pedaggica foi elaborada;

    2. descrever com preciso e funcionalidade a organizao dos livros, inclusive no que diz respeito aos objetivos a serem atingidos nas atividades propostas e aos encaminhamentos necessrios;

    3. apresentar subsdios para a avaliao dos resultados de ensino, assim como para a ampliao e a adaptao das propostas que figuram no(s) Livro(s) do Aluno;

    4. propor formas de articulao entre as propostas e as atividades do livro didtico e os demais materiais didticos distribudos por programas oficiais, como o PnLD Dicionrios, o PnLD dos Materiais Complementares e o PnBE;

    5. fornecer subsdios para a atualizao e a formao do professor, tais como bibliografias bsicas, sugestes de leitura suplementar, sugestes de integrao com outras disciplinas ou de explorao de temas transversais, dentre outros.

    Das 23 colees de Lngua Portuguesa destinadas ao segundo segmento do EF que passaram pelo processo avaliatrio no PnLD/2014, 11, ou seja, 47,82%, foram excludas, enquanto 12 (ou 52,18%) foram aprovadas e esto aqui resenhadas.

    Cinco entre as 12 colees aprovadas so reedies e j figuravam, com os mesmos ttulos, no Guia de 2011. Entre propostas inditas e reedies significativamente revistas e atualizadas, outras sete colees aparecem pela primeira vez no Guia, perfazendo um significativo percentual de 58,33% de renovao. novas, recentes ou j veteranas, as colees do Guia 2014 trazem, em conjunto, inovaes que aprofundam e diversificam o processo de adequao dos livros didticos virada pragmtica no ensino da lngua materna, responsvel, h cerca de trinta anos, pelas grandes transformaes que vm ocorrendo tanto na concepo do que uma disciplina como Lngua Portuguesa quanto pelos mtodos de ensino considerados adequados.

    nesse sentido, convm ressaltar o fato de a atual edio do PnLD ter dado incio a uma nova trajetria, rumo incorporao progressiva de objetos educacionais digitais. Tal circunstncia tanto representa um novo desafio para a concepo e a elaborao de materiais didticos quanto estabelece novos patamares para sua avaliao: a perspectiva que assim se inaugura aponta para um futuro prximo em que parte significativa dos materiais, no mbito do PnLD, poder ser de natureza digital. neste momento, porm, a incorporao desses objetos foi uma opo dos autores e dos editores: as colees de Tipo 2 recorreram a eles, valendo-se de um DVD por volume/ano; as de Tipo 1 mantiveram-se como colees impressas.

    Experimentando diferentes caminhos e com diferentes graus de eficcia, tanto as colees de Tipo 1 quanto as de Tipo 2 se organizam como forma de oferecer ao professor textos e atividades capazes de colaborar significativamente com os objetivos oficialmente estabelecidos para cada um dos quatro eixos de ensino em Lngua Portuguesa no segundo segmento do EF: leitura, produo de textos escritos, oralidade e conhecimentos lingusticos. Assim, as escolas pblicas do pas disporo, em ambos os casos, de materiais capazes de colaborar significativamente para o bom andamento do trabalho de sala de aula, para a melhor organizao do ensino e para a otimizao da aprendizagem.

    SOBRE AS COLEES RESENhADAS NESTE

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    O princpio organizador

    Como decorrncia das suas escolhas e combinaes metodolgicas, as obras resenhadas neste Guia revelam perfis didtico-pedaggicos diferenciados. E essas diferenas refletem-se tambm no seu princpio organizador, ou seja, no critrio utilizado pela coleo para selecionar, pr em sequncia e organizar a matria a ser ensinada, estruturando, assim, uma proposta didtico-pedaggica particular.

    Quatro princpios distintos de organizao podem, ento, ser observados: tema; gnero e/ou tipo de texto; tpicos de estudos lingusticos; projetos. Embora nenhuma coleo adote um princpio nico em sua organizao, um deles sempre se afigura como predominante. Alm disso, observa-se que, predominando ou no, tema e gnero aparecem em todas as colees. Considerando-se tanto a predominncia de um princpio quanto sua eventual articulao com os demais, possvel perceber, para alm dos arranjos metodolgicos especficos de cada obra, certas tendncias.

    o quadro geral inclui, assim, os seguintes padres de organizao:

    Predominantemente por tema Este o caso de quatro colees (27317; 27403; 27451; 27484). Da seleo de textos s discusses propostas em leitura, produo e oralidade, as unidades exploram temas como a vida em sociedade, identidade pessoal, o mundo da fico, valores ticos, meio ambiente, cultura popular, consumo, lusofonia, lngua e linguagem, etc.

    Por tema associado a gnero Quatro das colees (27399; 27453; 27478; 27494) associam explorao de temas como os j citados gneros relacionados divulgao cientfica, a paradidticos, contos, infogrficos, cordel, autobiografias, poemas (inclusive poemas visuais), mitos, entrevistas, reportagens, etc.

    Predominantemente por gnero Uma das colees (27469) adota os gneros como princpio organizador bsico. Assim, cada unidade se encarrega de tomar como principal objeto de estudo um gnero de esferas ou domnios, como a literria, a imprensa, a publicidade ou a divulgao cientfica, entre outras.

    Por gneros associados a projetos Duas colees (27452 e 27442) articulam o estudo do gnero a projetos. Em uma delas, os projetos trs por volume/ano, destinados elaborao de produtos como revista, lbum de famlia ou jornal-mural comandam, por assim dizer, as unidades. Assim, em um projeto como o da produo de uma revista as unidades vm consagradas a gneros correspondentes, como a reportagem, a entrevista e o artigo de opinio. na outra coleo, so os gneros, tambm, que organizam as unidades. Mas os projetos s aparecem ao fim de um determinado grupo de captulos, como forma de articular os conhecimentos trabalhados at aquele momento e de faz-los convergir na elaborao coletiva de um produto a ser partilhado pela comunidade escolar.

    Predominantemente por tpico de estudo lingustico nesse tipo de coleo (27447), a organizao bsica por contedos tericos, tomados como objeto de ensino-aprendizagem. Assim, cada unidade estrutura-se em torno de tpicos como texto e gnero, funes da linguagem, variao lingustica, argumentao. Da seleo textual aos tipos de atividade propostos nos quatro eixos de ensino, passando pelas matrias de sistematizao da aprendizagem, tudo converge para levar o aluno a compreender e a dominar o contedo em foco.

    seja como for, em qualquer desses arranjos metodolgicos os textos so tomados como ponto de partida das atividades, inclusive as dedicadas aos conhecimentos lingustico-gramaticais. De forma geral, um ou dois deles abrem a unidade e/ou o captulo. nas sees destinadas leitura, as atividades incidem diretamente sobre eles, visando sua compreenso e interpretao; e as que se voltam para a produo, escrita ou oral, o tomam como referncia no que diz respeito ao gnero, ao tipo de texto ou ao tema. nas sees dedicadas aos conhecimentos lingusticos, frequente que apaream outros, em alguns casos concorrendo com a retomada de alguns trechos ou aspectos do(s) texto(s) de abertura.

    Confirmando o que j se vinha verificando em edies anteriores, o manual didtico o modelo perseguido pelos livros que compem essas colees. Em cada volume, unidades, captulos, sees e subsees vm estruturados segundo uma lgica e, portanto, uma sequncia , que a da aula presumida. A abordagem dos eixos de ensino se d, ento, numa ordem que , essencialmente, a seguinte: 1) leitura de texto(s); 2) conhecimentos lingusticos diretamente associados leitura (vocabulrio/lxico; aspectos do gnero e/ou do tipo de texto; estilo); 3) produo (escrita, sempre; oral, em alguns momentos); 4) tpicos de gramtica. normalmente o primeiro passo o da leitura em algumas obras, envolvendo tambm textos no verbais, como fotos e pinturas. Entretanto, ainda que predomine o percurso aqui indicado, os demais passos podem seguir sequncias variveis, seja de uma coleo para outra, seja no interior de uma mesma coleo. As sees e as subsees comportam, na maioria das vezes, atividades de extenso e quantidade adequadas ao tempo de uma ou duas aulas sequenciadas, sistematicamente associadas a pelo menos um dos quatro eixos de ensino.

    Assim, adotar uma das colees do Guia implica assumir um primeiro planejamento de ensino. E embora o professor sempre possa submeter as propostas do livro didtico ao seu prprio planejamento, assim como a seu estilo de trabalho em sala de aula, cada obra aprovada pelo PnLD 2014 pode revelar-se mais ou menos flexvel ao manejo docente, favorecendo ou dificultando adaptaes e escolhas mais um fator, portanto, a ser considerado no momento da escolha.

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    O tratamento didtico dado aos contedos curriculares bsicos

    Considerando-se agora o tipo de tratamento didtico dado aos contedos de cada eixo de ensino, tem sido possvel detectar nas colees aprovadas quatro tendncias metodolgicas recorrentes:

    Vivncia: o tratamento didtico dado a um contedo curricular vivencial quando investe na ideia de que o aluno o aprende vivenciando situaes escolares em que esse contedo est diretamente envolvido. o que se verifica, por exemplo, em atividades que apostam na ideia de que lendo que se aprende a ler. Bons resultados, nessa perspectiva, pressupem que alunos e professores saibam quais objetos de ensino-aprendizagem esto propostos e possam reconhec-los a cada passo. Caso contrrio, essa opo didtica pode se tornar contraproducente: se o professor no sabe o que est ensinando e o aluno no sabe o que est aprendendo, o processo tende a se tornar dispersivo e a no conquistar o necessrio envolvimento do aluno.

    Pouco frequente no atual momento do PnLD, essa metodologia aparece mais claramente no tratamento dado leitura sempre que a coleo recorre a atividades em que o desenvolvimento da competncia leitora est mais apoiado em prticas contextualizadas de leitura do que em atividades organizadas para desenvolver capacidades especficas.

    Transmisso: a metodologia transmissiva quando a proposta de ensino acredita que a aprendizagem de um determinado contedo deve dar-se como assimilao, pelo aluno, de informaes, noes e conceitos, organizados logicamente pelo professor e/ou pelos materiais didticos adotados. Este o caso do tipo de ensino de gramtica que ocorre por meio da definio de conceitos e regras, seguida de exemplos e exerccios de aplicao. Bons resultados nesse tipo de abordagem exigem uma organizao rigorosamente lgica da matria e, sobretudo, uma adequada transposio didtica de informaes, noes e conceitos que leve em conta o patamar de conhecimentos e as possibilidades dos alunos.

    Ainda frequente no tratamento dado a contedos relativos a conhecimentos lingusticos gramaticais, lexicais, textuais e discursivos , a perspectiva transmissiva nas colees do PnLD 2014 nunca vem inteiramente dissociada da reflexo, evitando, portanto, as atividades de aplicao puramente mecnica dos conceitos e das regras abordados.

    Uso situado: dizemos que o tratamento didtico de um determinado contedo recorre ao uso situado quando o ensino parte de um uso socialmente contextualizado desse contedo. o que acontece quando se aprende a escrever um relato de viagem tomando como referncia situaes sociais em que faz sentido escrever um texto desse gnero. A eficcia de uma abordagem metodolgica como esta

    pressupe que os usos selecionados como referncia sejam socialmente autnticos e adequadamente situados.

    Acentuando uma tendncia que j se verificava em edies anteriores do PnLD, o tratamento dado produo de textos nas colees de 2014 recorre com frequncia e de forma consistente contextualizao das propostas de escrita. Em quase todos os casos o gnero funciona como unidade didtica de referncia.

    Construo/reflexo: a metodologia pode ser considerada construtivo-reflexiva se o tratamento didtico do contedo leva o aprendiz a, num primeiro momento, refletir sobre certos dados ou fatos para, posteriormente, inferir, com base em anlise devidamente orientada pelo professor e/ou pelo material didtico, o conhecimento em questo. A eficcia desta alternativa demanda uma organizao tanto de cada atividade considerada isoladamente quanto da sequncia proposta que reproduza o movimento natural da aprendizagem. o processo deve possibilitar que o prprio aluno seja capaz de sistematizar os conhecimentos construdos, demonstrando que sabe o que aprendeu. Assim, se considerarmos que a aprendizagem da escrita procede da apreenso das funes sociais e do plano sequencial de um gnero para o domnio de alguns mecanismos tpicos de coeso e coerncia, este dever ser tambm o percurso do ensino proposto.

    nas colees em que esta tendncia se evidencia, a construo/reflexo aparece como uma perspectiva global, muitas vezes articulada a outras tendncias, no tratamento dado a cada um dos eixos.

    Como possvel constatar, com base na leitura das resenhas, uma coleo nunca se apresenta como inteiramente construtivista ou transmissiva, por exemplo. Entre outros motivos, isso ocorre porque a disciplina Lngua Portuguesa, desde seu surgimento como tal, no sculo XiX, veio historicamente disciplinarizando seus objetos de ensino com base em um trip de origem clssica (o trivium): gramtica; fala e escrita (retrica); literatura (potica). Cada um desses campos foi constituindo e sedimentando prticas didticas prprias e especficas ao longo da histria da disciplina. nesse sentido, comum que uma metodologia de ensino se apresente mais associada a um dos eixos de ensino que a outro, como vimos na explanao anterior.

    A virada pragmtica, a que j nos referimos, tem valorizado e promovido as propostas de ensino reflexivo-construtivistas. Assim, nas colees que investem de forma mais consistente nessa direo se observa, com frequncia, uma opo de base reflexivo-construtivista combinada:

    vivncia e/ou ao uso situado (principalmente em leitura, produo escrita e linguagem oral);

    transmisso, em especial nos momentos direcionados apresentao e/ou

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    sistematizao de noes, conceitos e categorias, envolvidos em atividades relacionadas a qualquer um dos quatro contedos curriculares bsicos da disciplina.

    Uma leitura atenta deste Guia poder resgatar, com base nas informaes relativas ao tratamento didtico predominante em cada eixo de ensino, os diferentes arranjos metodolgicos adotados por cada coleo aprovada. Assim, o perfil metodolgico particular de cada coleo poder constituir-se como um importante critrio para as escolhas mais adequadas proposta pedaggica da escola.

    Patamares de qualidade por eixo de ensino

    Todas as colees apresentam coletneas que, diferenas parte, se apresentam como representativas do que a cultura da escrita oferece a um adolescente. As esferas de atividade mais contempladas so a jornalstica e/ou miditica, a da produo de conhecimentos especializados (na forma da divulgao cientfica e de obras de referncia como enciclopdias e dicionrios) e a da literatura (infanto-juvenil e adulta; brasileira e estrangeira). H diversidade de gneros e tipos de textos; e a temtica, mantendo-se em sintonia com os interesses dessa faixa etria, contempla tambm temas relacionados, direta e/ou indiretamente, construo da cidadania: ecologia/meio ambiente, direitos humanos, desigualdades sociais, sade, etc. no tratamento dado aos temas, ainda prevalece o ponto de vista das classes mdias das grandes e mdias cidades, ainda que, em uma ou outra coleo, se manifeste alguma pluralidade de abordagem. As periferias urbanas, as camadas populares e a populao rural continuam ausentes: aparecem como tema de alguns textos, mas sempre como aquele(s) de quem se fala, nunca em sua prpria perspectiva.

    Contudo, as colees aprovadas j conferem aos textos literrios uma presena significativa, proporcionando ao jovem leitor um contato efetivo com obras e autores representativos, principalmente da literatura brasileira contempornea. Em ao menos uma delas (27317) h subsees sistematicamente destinadas literatura e a seus livros e obras. Clssicos nacionais e estrangeiros, entretanto, ainda so pouco presentes no conjunto, dificultando a percepo pelo aluno da dimenso histrica da produo literria.

    A leitura aparece, na maior parte das colees, como o mais desenvolvido e explorado dos eixos de ensino. Com muita frequncia, as atividades de compreenso e interpretao comandam ou alimentam as propostas dos demais eixos, que resgatam o tema, o gnero ou a tipologia, assim como outros aspectos discursivos, textuais e gramaticais do(s) texto(s) propostos para leitura. o letramento e a formao do leitor, mais amplamente entendida, manifestam-se nas atividades que, na maioria das colees, tomam como objeto de reflexo o suporte, a autoria, o contexto de publicao e/ou circulao, a obra de que o fragmento selecionado faz parte, o conjunto da obra do autor, a indicao de leituras correlatas, etc. nesses casos, as

    atividades tendem a reconhecer os modos de ler demandados por cada gnero especfico. na abordagem dos textos literrios, todas as colees respeitam o pacto ficcional e os propsitos estticos que os caracterizam, e parte significativa das colees explora, em algum grau, suas especificidades.

    Confirmando uma tendncia verificada em edies anteriores do PnLD, o desenvolvimento da proficincia em leitura est contemplado em todas as colees. Estratgias como a explorao de conhecimentos prvios, assim como a formulao e a verificao de hipteses j se fazem expressivamente presentes, tomando a leitura como um processo interativo entre o leitor, o texto e, quando o caso, o autor. Exploram-se significativamente capacidades leitoras focalizadas em exames nacionais de desempenho (saeb e Enem, por exemplo), como o resgate de aspectos relevantes do contexto de produo do texto, o reconhecimento do gnero e/ou da tipologia textual em jogo, a compreenso global, a localizao de informaes explcitas, a inferncia de informaes implcitas, a articulao entre diferentes partes do texto, a compreenso do sentido de vocbulos com base em sua ocorrncia em contextos determinados, etc.

    Do ponto de vista da produo de textos escritos, as colees trazem, sem exceo, atividades que colaboram significativamente para o desenvolvimento da proficincia em escrita. Em todos os casos a escrita situada, com maior ou menor preciso, em seu contexto social de uso, na maior parte das vezes por meio de gneros claramente indicados nas atividades e adequadamente explorados. Em decorrncia, as atividades estabelecem (ou levam o aluno a estabelecer) objetivos plausveis para a produo, assim como definem (ou demandam que o aprendiz o faa) um interlocutor efetivo. A elaborao temtica e a construo da textualidade contam sempre com algum subsdio, fornecendo-se, muitas vezes, modelos adequados. Parte significativa das colees concebe a escrita como um processo que envolve diferentes etapas (planejamento, escrita, avaliao, reelaborao), e algumas delas tambm trazem propostas de avaliao e de autoavaliao. A circulao do texto permanece predominantemente referida ao espao escolar, mas em propostas que propiciam, nesse contexto, diferentes formas de interlocuo e de relao do sujeito com a escrita. Todavia, h colees em que parte das propostas de escrita visa a leitores e a espaos de circulao externos escola.

    Em relao aos demais eixos de ensino, o da oralidade ainda o menos explorado, o que s vezes provoca algum desequilbrio da proposta pedaggica. Entretanto, assim como no Guia de 2011, todas as colees tomam a oralidade como objeto de ensino-aprendizagem, no se restringindo a diferentes formas de mobiliz-la como atividade meio no trabalho com outros contedos. A articulao com a leitura est fortemente presente em propostas de encenao, declamao, oralizao de texto escrito, etc. Mas nenhuma das colees se restringe a esse tipo de abordagem; alm disso, h orientaes especficas para esses usos da linguagem oral. Alm do mais, gneros orais pblicos e/ou tipicamente escolares, como o debate, a entrevista, a exposio oral, etc., so abordados em atividades que se organizam em sequncias didticas destinadas a explorar mais ou menos sistematicamente diferentes aspectos da produo oral. A escuta atenta e crtica ainda pouco explorada.

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    Por sua vez, os conhecimentos lingusticos so tratados, na maioria das colees, em uma dupla perspectiva: epilingustica e metalingustica. na primeira, trata-se de levar o aluno a refletir sobre algum aspecto da lngua e/ou da linguagem com o objetivo de, por meio dessa reflexo, melhorar seu desempenho em leitura, escrita e linguagem oral. nesses momentos, os conhecimentos lingusticos no se constituem como um fim em si mesmo, mas como uma ferramenta para o desenvolvimento da proficincia oral e escrita. na segunda perspectiva, no entanto, a inteno construir, junto com o aluno, uma representao bem fundamentada da lngua. Quando este o caso, ou seja, quando est em jogo a perspectiva metalingustica, as propostas, apesar de ainda se manterem fiis s categorias e aos nveis de anlise da gramtica tradicional, incorporam aspectos do texto, do discurso e do fenmeno literrio, especialmente nas colees em que o gnero um dos princpios organizadores.

    A tendncia predominante, no conjunto das colees, articular os conhecimentos relacionados ao discurso e textualidade ao trabalho com leitura e/ou produo escrita, em abordagens ora epilingusticas, ora metalingusticas. os contedos gramaticais muitas vezes so tratados parte. Ainda assim, as atividades, na grande maioria das colees, tomam textos selecionados para esse fim especfico como ponto de partida para a abordagem dos tpicos focalizados. no que diz respeito gramtica, verifica-se uma forte tendncia a contemplar todos os principais tpicos das gramticas pedaggicas tradicionais e de concentrar sua abordagem no oitavo e no nono anos, o que demandar dos professores uma oportuna seleo e redistribuio da matria ao longo dos quatro anos finais do ensino fundamental.

    H colees, entretanto, em que a ateno dada a esses conhecimentos especializados gramaticais ou discursivo-textuais rivaliza com a conferida s propostas de leitura e de produo, oral ou escrita. nesses casos, as resenhas recomendam que o professor utilize a coleo evitando qualquer reduo de espao, em sala de aula, ao trabalho com os demais eixos de ensino.

    A perspectiva predominantemente transmissiva ainda se faz presente, em especial no tratamento dado aos contedos de morfossintaxe; mas em todas as colees h espao, maior ou menor, conforme apontado nas resenhas, para a reflexo. E em boa parte das colees o tratamento conferido aos conhecimentos lingusticos declarada e consistentemente indutivo, as atividades organizando-se para levar o aluno a construir as categorias, as noes e os conceitos em jogo.

    Finalmente, os objetos digitais de aprendizagem, presentes nos DVDs das colees de Tipo 2, oferecem materiais e atividades complementares aos dos volumes impressos. nem sempre se contemplam, em cada coleo desse tipo, os quatro eixos de ensino, predominando o dos conhecimentos lingusticos e o da leitura.

    Boa parte desses objetos apresenta-se, formalmente, como jogo (com presena menor de infogrficos e audiovisuais), muitos deles semelhana dos

    games eletrnicos. Entretanto, ao contrrio destes ltimos, tm propsitos didticos, vinculando-se diretamente aos estudos propostos pelos livros. Em consequncia, o interesse pedaggico desses objetos predomina sobre sua dimenso ldica, permitindo diferentes tipos de articulao com as atividades propostas pelos livros, favorecendo, assim, acessos alternativos aos contedos visados.

    Em todos os casos, h referncias e comentrios relativos aos DVDs no Manual do Professor: explicitam-se os objetos propostos, a organizao geral das atividades e os objetivos em tela. A articulao entre o impresso e o digital est sempre indicada ou comentada. A esse respeito h orientaes especficas para o trabalho com o aluno, seja no prprio Manual do Professor, seja no DVD dirigido ao docente. Por sua vez, as sees ou subsees contempladas com objetos digitais no Livro do Aluno so devidamente assinaladas.

    Entre os conhecimentos lingustico-gramaticais predominam os relacionados a classes de palavras, morfologia verbal e nominal, sintaxe da orao e do perodo e ortografia. no entanto, especialmente no caso dos objetos relacionados a propostas de leitura e/ou produo, contemplam-se contedos relacionados a gnero, tipo de texto e a recursos lingusticos mobilizados em textos literrios, inclusive rima e versificao.

    A maior parte desses objetos, quando obedecem lgica dos jogos, pressupe um uso individual: h um desafio a ser encarado; para super-lo, o usurio deve mobilizar seus conhecimentos a respeito do tema abordado, ao lado de suas habilidades de jogador. nesses casos, os objetos prestam-se mais aplicao e verificao da aprendizagem que ao ensino. o feedback, em geral presente a cada atividade proposta, se d na forma dos games: o aluno informado imediatamente se acertou ou errou. Em muitos casos, as respostas pretendidas so justificadas pelas regras e pelos conceitos em foco, permitindo, assim, que o aluno aprenda com seus eventuais erros.

    Caractersticas singulares de cada coleo

    Por fim, um lembrete de muita relevncia: as colees do Guia diferem tambm na forma e no empenho maior ou menor com que, nas atividades propostas, efetivam suas opes metodolgicas e observam seu princpio organizador. Assim, o(a) professor(a) no deve deixar de recorrer aos comentrios das resenhas para ter uma ideia mais clara e aprofundada do desempenho qualitativo e das particularidades da proposta didtico-pedaggica de cada obra.

    nesse sentido, tanto a leitura quanto a discusso das resenhas so essenciais para se instaurar na escola o debate por meio do qual se deve chegar a uma escolha consensual e bem fundamentada. Entretanto, o exame direto dos prprios livros pode

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    ser de grande utilidade para uma deciso final. Por isso sugerimos que, uma vez selecionadas, por meio do Guia, as colees que paream melhor atender ao projeto didtico-pedaggico da escola, ao planejamento geral da disciplina e s expectativas dos docentes de Lngua Portuguesa a escola se mobilize para ter em mos esses livros. Ento ser esse o momento de:

    levantar os casos de colees que j circulam na escola, ainda que com pequenas mudanas;

    recorrer a escolas em que a coleo esteja em uso e um exemplar possa ser emprestado.

    Organizando a escolha do livro didtico de Portugus (LDP)

    Como voc j deve ter percebido, caro professor(a), a escolha de uma coleo do PnLD 2014 um processo complexo que deve envolver toda a escola. Afinal, o trabalho em sala de aula de toda uma equipe docente a de Lngua Portuguesa, no nosso caso ser diretamente afetado por essa escolha ao longo de trs anos. Portanto, todo cuidado com esse momento decisivo pouco.

    no volume de Apresentao do Guia PNLD 2014, comum a todas as reas, h uma orientao geral para a organizao da escolha. Alm disso, neste nosso Guia de Lngua Portuguesa h um anexo (Anexo 1 Roteiro para Anlise de Unidades de Livros Didticos de Portugus) com um conjunto de comentrios e de instrumentos especficos que podero colaborar com o planejamento e a organizao da escolha qualificada do LDP. Um segundo anexo (Anexo 2 Ficha de Avaliao) reproduz a matriz de princpios e critrios de acordo com a qual os livros de Lngua Portuguesa foram analisados e avaliados no PnLD 2014. Com base nessas dicas, e no saber acumulado da prpria escola, possvel organizar melhor esse processo geral.

    Analisando livros j analisadosComo vimos nas resenhas do Guia do PNLD 2014 Lngua Portuguesa, um LDP

    no apenas um banco de atividades didticas, mas todo um projeto de ensino-aprendizagem com pressupostos terico-metodolgicos especficos e, considerando-se o conjunto de uma coleo, organizado para atender s demandas do segundo segmento do EF. Portanto, a anlise das colees precisa garantir que o material escolhido esteja adequado:

    aos objetivos gerais do ensino de Lngua Portuguesa no EF, explicitados por documentos oficiais como os PCn e/ou as Diretrizes Curriculares para a educao bsica, assim como s propostas estaduais e municipais;

    situao particular em que seu estado ou municpio se encontra em relao ao novo EF (As crianas que ingressaro no sexto ano tero quatro ou cinco anos de escolarizao anterior? Passaram ou no pelos dois ciclos de alfabetizao e letramento previstos para os cinco primeiros anos do novo EF?);

    ao projeto didtico-pedaggico da sua escola.

    Muito embora os LDP sejam oficialmente avaliados pelo PnLD segundo critrios pblicos e oficiais de ordem terica, didtico-pedaggica e tcnica bastante precisos (confira nosso Anexo 2 Ficha de Avaliao), essa anlise no invalida como demanda uma outra: a das equipes docentes de cada escola. Empreendendo uma anlise prpria do material, sua escola pode:

    assimilar melhor e discutir os principais critrios oficiais de avaliao;

    participar ativa e criticamente, por meio dessa discusso, do processo avaliatrio;

    contribuir para esse processo com critrios prprios, ditados pelo projeto didtico-pedaggico da escola e pela experincia acumulada da equipe docente;

    desenvolver, em seus prprios limites, uma cultura de avaliao de materiais didticos como parte do projeto poltico-pedaggico da escola.

    o processo de escolha no se dar, ento, revelia das opinies e das posies da unidade escolar, e seu resultado ser percebido como fruto de uma efetiva tomada de deciso.

    ANExO I ROTEIRO PARA A ANLISE E A

    ESCOLhA DE LIVROS DIDTICOS DE LNGUA PORTUGUESA (LDP)

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    o material deste Anexo pretende colaborar, por meio de propostas concretas e de alguns instrumentos especficos, com a organizao da escolha.

    Organizando o processo

    A proposta comea com a determinao de um dia, um turno ou uma sequncia de turnos alternados, ao longo de um determinado perodo do calendrio escolar, para a escolha qualificada do LDP. nesse espao de tempo, as etapas mnimas do processo seriam as seguintes:

    1. Leitura e discusso coletivas do Guia pela equipe docente de Lngua Portuguesa, acrescida ou no de outros educadores, como o coordenador pedaggico. Caso a equipe seja numerosa, os docentes devem se organizar em grupos de no mais que quatro membros cada. As resenhas do Guia podem, ento, ser distribudas em quantos lotes forem necessrios pelos diferentes grupos. Para equipes menores, pode-se atribuir essa tarefa individualmente a cada professor.

    Cada grupo (ou professor) deve encarregar-se de apontar, entre as colees que lhe couberam, a que parea mais interessante e adequada. o nome dessa coleo e uma sntese dos motivos que levaram sua indicao pelo grupo ou professor devem ser registrados numa ficha.

    2. num segundo momento, toda a equipe docente de Lngua Portuguesa ou novos grupos, formados com ao menos um membro de cada grupo da etapa anterior seleciona ao menos quatro colees do Guia que se tenham afigurado, entre os grupos de discusso e anlise dos quadros sntese e das resenhas, as mais adequadas para a escola.

    3. Em seguida, os mesmos grupos da primeira etapa ou novos, a critrio da prpria equipe analisam, cada um, pelo menos uma unidade inteira de cada ano da coleo (num total, portanto, de quatro ou mais unidades por coleo), recorrendo, para tanto, ao material sugerido neste anexo.

    As fichas que o compem incorporam, para cada componente, os principais critrios considerados pela avaliao oficial, mas abrem espao para as intervenes da prpria escola, podendo-se chegar a um conjunto de critrios que o grupo considere essencial para seu trabalho com Lngua Portuguesa. Desse modo, por amostragem, a equipe ter uma boa viso geral de cada uma das quatro colees analisadas e do trabalho proposto para cada ano, assim como da progresso de ensino-aprendizagem proposta.

    4. Finalmente, a equipe inteira ou uma pequena comisso formada por relatores de cada um dos grupos da etapa anterior se rene para ouvir e discutir as anlises bem como para examinar o Manual do Professor.

    Caso haja interesse e tempo disponveis, o resultado das anlises e das discusses anteriores pode ser registrado em murais de folhas de papel kraft, possibilitando equipe docente de Lngua Portuguesa uma rpida visualizao do que est em jogo em sua deciso final.

    Esta etapa se conclui com a escolha das duas melhores colees, cujos ttulos sero encaminhados como primeira e segunda opes ao FnDE.

    o conjunto de instrumentos aqui reproduzido constitui-se de cinco fichas, uma para cada um dos blocos de critrios possveis para a anlise: Material textual (coletnea); Leitura; Produo de textos; Construo de conhecimentos lingusticos; e Linguagem oral. Cada uma dessas fichas traz, logo aps o cabealho que a identifica, um princpio bastante geral a que se subordinam os demais critrios.

    Com base nesse material ser possvel:

    levantar hipteses a respeito da natureza do trabalho proposto por cada coleo; e

    propor alternativas de trabalho com as duas colees escolhidas, estabelecendo-se um primeiro planejamento conjunto do ensino, sempre considerando os objetivos gerais do ensino de Lngua Portuguesa no EF e o projeto didtico-pedaggico da escola.

    Trs observaes finais:

    1. Convm lembrar que essas fichas, uma vez preenchidas, assim como todo e qualquer outro tipo de registro formal desse processo, constituem um registro do trabalho da equipe tanto para permitir uma ampla discusso quanto para constituir arquivos escolares que funcionem como uma memria coletiva dos processos de escolha j efetivados. A utilidade desses registros evidenciar-se- logo nas primeiras experincias em que se recorrer a eles.

    2. o processo de anlise proposto pelas fichas pode incidir tanto sobre as resenhas do Guia quanto sobre as prprias colees, sempre que seus volumes estiverem disponveis, podendo tambm combinar essas alternativas caso no haja livros suficientes.

    3. Com base em suas prprias demandas e nos comentrios que as resenhas fazem tanto quanto aos aspectos mais gerais das colees quanto ao Manual do Professor, a equipe responsvel pela escolha poder elaborar uma ficha prpria para os Aspectos Gerais da Proposta Pedaggica do LDP. Essas fichas sero de grande utilidade no planejamento coletivo e individual do ensino.

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    Critrios relativos natureza do material textual

    O conjunto de textos que um livro didtico apresenta um instrumento privilegiado s vezes nico de acesso do aluno ao mundo da escrita. Portanto, imprescindvel que a coletnea, respeitado o nvel de ensino a que se destina, oferea ao aprendiz uma amostra o mais possvel representativa desse universo.

    Na anlise da Unidade selecionada, verifiquem se: comentrios e exemplos

    os textos escolhidos propiciam aos alunos experincias de leitura significativas, ou seja:

    os gneros discursivos so os mais diversos e variados possveis, manifestando tambm diferentes registros, estilos e variedades (sociais e regionais) do Portugus.

    os textos literrios esto significativamente presentes e oferecem ao leitor experincias singulares de leitura.

    A coletnea favorece o letramento do aluno e incentiva professores e alunos a buscarem textos e informaes fora dos limites do prprio LD.

    Verifiquem ainda se: comentrios e exemplos

    os temas abordados propiciam discusses pertinentes para a formao do aluno, em especial como cidado.

    A coletnea motiva e/ou favorece, em seu conjunto, o trabalho com os demais componentes curriculares bsicos (produo escrita, linguagem oral e conhecimentos lingusticos).

    A Unidade em anlise... (acrescentem aqui outros aspectos que o grupo considera essenciais na coletnea de textos)

    Critrios relativos ao trabalho com leitura

    No trabalho com o texto, em qualquer de suas dimenses (leitura, produo, elaborao de conhecimentos lingusticos), fundamental a diversidade de estratgias, assim como a mxima amplitude em relao aos vrios aspectos envolvidos.

    As atividades de explorao do texto tm, entre seus objetivos, o desenvolvimento da proficincia em leitura.

    Na anlise da Unidade selecionada, verifiquem se: comentrios e exemplos

    As atividades de compreenso colaboram satisfatoriamente para a reconstruo dos sentidos do texto pelo leitor, no se restringindo localizao de informaes.

    As atividades exploram as propriedades discursivas e textuais em jogo, subsidiando adequadamente esse trabalho.

    As atividades desenvolvem estratgias e habilidades inerentes proficincia em leitura que se pretende levar o aluno a atingir.

    Verifiquem ainda se: comentrios e exemplos

    os conceitos e as informaes bsicas eventualmente utilizados nas atividades (inferncia, tipo de texto, gnero, protagonista, etc.) esto suficientemente claros para seus alunos.

    A Unidade em anlise mobiliza e desenvolve diversas capacidades e competncias envolvidas em leitura.

    A Unidade em anlise... (acrescentem aqui outros aspectos que o grupo considera essenciais no ensino de leitura)

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    Critrios relativos ao trabalho com produo de textos

    No trabalho com o texto, em qualquer de suas dimenses (leitura, produo, elaborao de conhecimentos lingusticos), fundamental a diversidade de estratgias, assim como a mxima amplitude em relao aos vrios aspectos envolvidos.

    As propostas de produo de texto devem visar ao desenvolvimento da proficincia em escrita.

    Na anlise da Unidade selecionada, verifiquem se: comentrios e exemplos

    As propostas de produo escrita consideram o uso social da escrita, levando em conta, portanto, o processo e as condies de produo do texto, evitando o exerccio descontextualizado da escrita.

    As propostas exploram a produo dos mais diversos gneros e tipos de texto, contemplando suas especificidades.

    As propostas apresentam e discutem as caractersticas discursivas e textuais dos gneros abordados, no se restringindo explorao temtica.

    As propostas desenvolvem as estratgias de produo inerentes proficincia que se pretende levar o aluno a atingir.

    Verifiquem ainda se: comentrios e exemplos

    os conceitos e as informaes eventualmente utilizados (tipo de texto, gnero, coeso, coerncia, etc.) so explicados com clareza suficiente para seu aluno.

    A Unidade em anlise mobiliza e desenvolve diversas capacidades e competncias envolvidas em leitura, produo de textos, prticas orais e reflexo sobre a linguagem.

    A Unidade em anlise... (acrescentem aqui outros aspectos que o grupo considera essenciais na produo de textos)

    Critrios relativos ao trabalho com a linguagem oral

    o aluno chega escola dominando a linguagem oral no que diz respeito s demandas de seu convvio social imediato. Ela ser o instrumento por meio do qual se efetivar tanto a interao professor-aluno quanto o processo de ensino-aprendizagem. ser com o apoio dessa experincia que o aprendiz desvendar o sistema da escrita e estender o domnio da fala a novas situaes e contextos, inclusive os mais formais e pblicos de uso da linguagem oral. Assim, como objeto de ensino, a linguagem oral tem um papel estratgico: ao mesmo tempo o instrumento de ensino do professor e de aprendizagem do aluno e tambm apresenta formas pblicas (novos gneros) que o aluno ainda no domina e que devero ser exploradas.

    Na anlise da Unidade selecionada, verifiquem se: comentrios e exemplos

    As atividades favorecem o uso da linguagem oral na interao em sala de aula como mecanismo de ensino-aprendizagem.

    As atividades exploram as diferenas e as semelhanas que se estabelecem entre a linguagem oral e a escrita e entre as diversas variantes (registros, dialetos) que nelas se apresentam.

    As atividades propiciam o desenvolvimento das capacidades envolvidas nos usos da linguagem oral prprios das situaes formais e/ou pblicas.

    Verifiquem ainda se: comentrios e exemplos

    os conceitos e as informaes bsicas so suficientemente claros para seu aluno.

    A Unidade em anlise mobiliza e desenvolve diversas capacidades e competncias envolvidas na proficincia oral.

    A Unidade em anlise... (acrescentem aqui outros aspectos que o grupo considera essenciais no tratamento didtico dado linguagem oral).

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    Critrios relativos ao trabalho com conhecimentos lingusticos

    No trabalho com o texto, em qualquer de suas dimenses (leitura, produo, elaborao de conhecimentos lingusticos), fundamental a diversidade de estratgias, assim como a mxima amplitude em relao aos vrios aspectos envolvidos.

    Os conhecimentos lingusticos objetivam levar o aluno a refletir sobre aspectos da lngua e da linguagem relevantes tanto para o desenvolvimento da proficincia oral e escrita quanto para a capacidade de anlise de fatos de lngua e linguagem.

    Na anlise da Unidade selecionada, verifiquem se: comentrios e exemplos

    As atividades com conhecimentos lingusticos tm peso menor que as relativas leitura, produo de textos e linguagem oral.

    As atividades com conhecimentos lingusticos esto relacionadas a situaes de uso.

    As atividades consideram e respeitam a diversidade regional e social da lngua, situando as normas urbanas de prestgio nesse contexto lingustico.

    As atividades esto articuladas s demais atividades ou as subsidiam direta ou indiretamente.

    As atividades promovem a reflexo e propiciam a construo dos conceitos abordados.

    Verifiquem ainda se: comentrios e exemplos

    os conceitos so explicados com clareza suficiente para seu aluno.

    A Unidade em anlise mobiliza e desenvolve diversas capacidades e competncias envolvidas na reflexo sobre a lngua e a linguagem, assim como na construo de conhecimentos lingusticos.

    A Unidade em anlise... (acrescentem aqui outros aspectos que o grupo considera essenciais no tratamento didtico dado aos conhecimentos lingusticos).

    Esperamos ter fornecido a voc, professor(a), informaes teis e suficientes para que sua escola possa escolher com discernimento e de forma organizada a coleo que vai adotar para o trabalho com Lngua Portuguesa nos prximos trs anos. Desejamos a voc uma excelente escolha.

    LNGUA PORTUGUESA 6 AO 9 ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

    Roteiro de anlise

    Este roteiro reproduz e especifica, com vistas anlise pedaggica, os princpios e os critrios de avaliao das colees de Lngua Portuguesa, tais como estabelecidos pelo Edital de Convocao para inscrio no Processo de Avaliao e seleo de obras Didticas para o Programa nacional do Livro Didtico PnLD 2014.

    PRIMEIRA PARTE IDENTIFICAO GERAL DA COLEO DESCRIO

    Caractersticas gerais da coleo

    Faa uma descrio do Livro do Aluno (LA) e do Manual do Professor (MP), apontando

    o modo como a coleo apresentada tanto para o professor quanto para os alunos;

    a organizao geral da obra e os nomes de suas partes principais;

    o modo como esto indicadas as atividades do DVD no LA e no MP;

    os aspectos mais enfatizados na coleo algumas possibilidades:

    contribuio para o desenvolvimento de capacidades de uso da lngua?

    oportunidades de reflexo e de apreenso das relaes que se estabelecem entre

    ANExO II ROTEIRO DE ANLISE UTILIzADO NO PNLD

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    os objetos de ensino-aprendizagem e suas funes socioculturais?

    transmisso de contedos (de gramtica, etc.)?

    o modo como se organiza o MP: Que objetivos e princpios tericos so declarados? onde aparecem as respostas e os comentrios s atividades (prximo s atividades e/ou no encarte para o professor)?

    1 Descrio da coleo

    1.1 aspectos gerais; 1.2 especificidades de cada volume; 1.3 caracterizao do DVD de cada volume.

    2 Gneros/tipos de textos selecionados para leitura

    SEGUNDA PARTE ANLISE AVALIATIVA DOS VOLUMES

    A) Abordagem terico-metodolgica

    O ENSINO DA LEITURA

    a. O que se prope para o ensino da leitura? (Apresente a organizao do eixo. Avalie cada volume quanto aos itens: consistncia e suficincia metodolgica; diversidade e clareza das propostas de leitura; articulao e equilbrio em relao aos outros eixos; coerncia com a proposta pedaggica da obra; progresso e sistematizao das estratgias e dos procedimentos implicados na atividade de leitura.)

    b. Coletnea de textos

    1. A coletnea textual constitui-se como um instrumento eficaz de letramento do aluno, favorecendo experincias significativas de leitura?

    Considere:

    a diversidade de contextos sociais de uso (imprensa, internet, literatura, artes plsticas, msica, vida cotidiana, etc.);

    a diversidade do contexto cultural (regional, local, urbano, rural, etc.);

    a representatividade de autores (no espao da produo literria);

    a autenticidade dos textos selecionados;

    a unidade de sentido dos textos selecionados;

    a presena de textos com diferentes extenses;

    a presena de textos com diferentes graus de complexidade;

    a fidelidade ao suporte original do texto, quando pertinente;

    a contribuio do DVD para a experincia de leitura.

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    Justificativa e exemplos:

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    c. As atividades

    2. As atividades de leitura colaboram efetivamente para a (re)construo dos sentidos pelo leitor, especialmente no que diz respeito compreenso global?

    Considere:

    a utilizao de diferentes estratgias cognitivas envolvidas no processo de leitura: ativao de conhecimentos prvios; formulao e verificao de hipteses; compreenso global; localizao e retomada de informaes; produo de inferncias;

    a explorao de propriedades textuais e discursivas: unidade e progresso temtica; articulao entre partes; modos de composio tipolgica; intertextualidade e polifonia; argumentatividade; planos enunciativos; relaes e recursos de coeso e coerncia; relaes entre o verbal e o no verbal em textos multimodais e dimenses sociolingusticas presentes no texto.

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    V. 6 V. 7 V. 8 V. 9 Coleo

    Justificativa e exemplos:

    3. As atividades tratam a leitura como processo e colaboram efetivamente para a formao do leitor?

    Considere:

    a abordagem da leitura como uma situao efetiva de interlocuo entre leitor e autor, situando a prtica de leitura em seu universo de uso social;

    a definio de objetivos plausveis para a leitura proposta;

    o resgate do contexto de produo (contexto histrico, funo social, esfera discursiva, suporte, autor e obra);

    o estmulo leitura da obra de que o texto faz parte ou de outras obras a ele relacionadas;

    a explorao da materialidade do texto (seleo lexical, recursos morfossintticos, sinais grficos, etc.) na apreenso de efeitos de sentido;

    a proposio de apreciaes estticas, ticas, polticas e ideolgicas;

    a proposio de leituras de textos imagticos;

    a discusso de questes relativas diversidade sociocultural brasileira;

    o respeito s convenes e aos modos de ler constitutivos de diferentes gneros, inclusive os originrios de novos contextos miditicos praticados em diferentes esferas de letramento;

    a contribuio das atividades dos DVDs para a formao do aluno como leitor.

    S (sim) ou N (no)

    V. 6 V. 7 V. 8 V. 9 Coleo

    Justificativa e exemplos:

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    4. As atividades propostas colaboram efetivamente para a formao do leitor literrio?

    Considere, alm dos aspectos contemplados no item anterior (3),

    o estmulo fruio esttica e apreciao crtica da produo literria;

    o estabelecimento de relaes entre o texto literrio e o contexto histrico, social e poltico de sua produo;

    a aproximao do aluno ao padro lingustico do texto.

    S (sim) ou N (no)

    V. 6 V. 7 V. 8 V. 9 Coleo

    Justificativa e exemplos:

    Produo de texto escrito

    d. O que se prope para o ensino da produo de textos? (Apresente a organizao do eixo. Avalie cada volume quanto aos itens: consistncia e suficincia metodolgica; diversidade e clareza nas propostas; articulao e equilbrio em relao aos outros eixos; coerncia com a proposta pedaggica da obra; progresso e sistematizao de estratgias e procedimentos implicados na atividade de produo de texto.)

    Justificativa e exemplos:

    e. As atividades

    5. As atividades situam a prtica da escrita em contextos sociais de uso?

    Considere:

    o trabalho com diferentes letramentos (literrio, miditico, de divulgao cientfica, jornalstico, multimodal, etc.);

    a explicitao do contexto de produo do texto (esfera, suporte, gnero, destinatrio);

    a definio de objetivos plausveis para a escrita do aluno;

    a proposio de temas pertinentes faixa etria e formao cultural do aluno.

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    V. 6 V. 7 V. 8 V. 9 Coleo

    Justificativa e exemplos:

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    6. As atividades contribuem efetivamente para o desenvolvimento da proficincia em escrita?

    Considere:

    a incorporao das diferentes etapas do processo de produo (planejamento, escrita, reviso, reformulao);

    a oferta de subsdios para a elaborao temtica (seleo e articulao dos contedos);

    a orientao para a construo da textualidade de acordo com o contexto de produo e o gnero proposto (recursos de coeso e coerncia, seleo lexical, recursos morfossintticos, registro lingustico);

    a orientao para a considerao da variao lingustica;

    a apresentao de referncias e/ou exemplos dos gneros e tipos de texto que pretendem ensinar o aluno a produzir;

    a contribuio das atividades do DVD para o trabalho com a escrita.

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    Justificativa e exemplos:

    ORALIDADE

    f. O que se prope para o ensino da oralidade? (Apresente a organizao do eixo. Avalie cada volume quanto aos itens: consistncia e suficincia metodolgica; diversidade e clareza nas propostas; articulao e equilbrio em relao aos outros eixos; coerncia com a proposta pedaggica da obra; progresso e sistematizao de estratgias e procedimentos implicados nas atividades de linguagem oral.)

    Justificativa e exemplos:

    g. As atividades

    7. As atividades contribuem efetivamente para o desenvolvimento da oralidade do aluno?

    Considere:

    a proposio de uso da linguagem oral na interao em sala de aula;

    a explorao de gneros orais adequados a situaes comunicativas diversificadas (entrevista, jornal falado, apresentao de trabalho, debate, etc.) na produo;

    o estmulo ao desenvolvimento da capacidade da escuta atenta e compreensiva;

    a explorao das relaes entre as modalidades oral e escrita da lngua em diferentes prticas sociais e em diferentes gneros;

    a orientao para a retextualizao;

    a orientao para a construo do plano textual dos gneros orais (critrios de seleo e hierarquizao de informaes, padres de organizao geral, recursos de coeso);

    a orientao e a discusso quanto escolha do registro de linguagem adequado situao (prosdia, seleo vocabular, recursos morfossintticos, etc.);

    a ausncia de preconceitos associados s variedades orais;

    a orientao para o uso de recursos audiovisuais como auxiliares produo oral (cartaz, painel, projetor, entre outros);

    a abordagem e a valorizao da variao e da heterogeneidade lingusticas;

    o desenvolvimento das capacidades e das formas discursivas envolvidas nos usos da linguagem oral prprios das situaes formais e/ou pblicas pertinentes ao nvel de ensino em foco;

    a contribuio das atividades do DVD para o ensino-aprendizagem do eixo da oralidade.

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    Justificativa e exemplos:

    CONhECIMENTOS LINGUSTICOS

    h. O que se prope para o ensino de conhecimentos lingusticos? (Apresente a organizao do eixo. indique a perspectiva que predomina na obra: morfossinttica, textual, enunciativa, discursiva. Avalie a consistncia e a suficincia metodolgica, a diversidade e a clareza das propostas, a articulao e o equilbrio em relao aos outros eixos, a coerncia com a proposta pedaggica da obra, a progresso e a sistematizao de contedos).

    Justificativa e exemplos:

    i. As atividades

    8. O trabalho com os conhecimentos lingusticos leva o aluno a refletir sobre aspectos da lngua e da linguagem relevantes tanto para o desenvolvimento da

    proficincia oral e escrita quanto para a capacidade de anlise de fatos de lngua e de linguagem?

    Considere:

    a articulao dos conhecimentos lingusticos com situaes de uso e, portanto, com o processo de desenvolvimento das capacidades exigidas na leitura compreensiva, na produo de textos e na oralidade;

    o estudo das normas urbanas de prestgio na perspectiva da variao lingustica;

    o ensino-aprendizagem das convenes da escrita (ortografia, pontuao, etc.);

    o estmulo reflexo e construo dos conceitos abordados;

    a apresentao de informaes e conceitos isentos de erros e/ou formulaes que no induzam a erros;

    a contribuio das atividades do DVD para o trabalho com o eixo dos conhecimentos lingusticos.

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    Justificativa e exemplos:

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    B) Adequao dos volumes linha pedaggica declarada

    MANUAL DO PROFESSOR

    9. O Manual do Professor cumpre adequadamente suas funes?

    Considere:

    a explicitao clara e correta dos pressupostos tericos e metodolgicos com base nos quais a proposta didtico-pedaggica foi elaborada;

    a descrio precisa e funcional da organizao dos volumes e dos DVDs, inclusive no que diz respeito aos objetivos a serem atingidos nas atividades propostas e aos encaminhamentos necessrios;

    a presena de subsdios para avaliao dos resultados de ensino, assim como para a ampliao e a adaptao das propostas apresentadas no LA;

    a proposio de formas de articulao entre as propostas e as atividades do LA e os demais materiais didticos distribudos por programas oficiais, como o PnLD Dicionrios, o PnLD dos Materiais Complementares e o PnBE.

    S (sim) ou N (no)

    V. 6 V. 7 V. 8 V. 9 Coleo

    Justificativa e exemplos:

    10. h coerncia entre os pressupostos declarados no MP e o que efetivamente realizado no LA e nos DVDs?

    S (sim) ou N (no)

    V. 6 V. 7 V. 8 V. 9 Coleo

    Justificativa e exemplos:

    C) Correo e atualizao de conceitos, informaes e procedimentos

    11. Os conceitos, as informaes e os procedimentos so apresentados de forma contextualizada e atualizada, sem erro ou induo a erro, nos volumes e nos DVDs?

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    V. 6 V. 7 V. 8 V. 9 Coleo

    Justificativa e exemplos:

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    D) Respeito legislao, s diretrizes e s normas oficiais relativas ao ensino fundamental e observncia de princpios ticos e democrticos necessrios construo da cidadania e ao convvio social

    12. A obra em anlise volumes e DVDs obedece aos dispositivos legais pertinentes (Constituio Federal, Estatuto da Criana e do Adolescente, Lei de Diretrizes e Bases da Educao, Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e outros)?

    S (sim) ou N (no)

    V. 6 V. 7 V. 8 V. 9 Coleo

    Justificativa e exemplos:

    13. A coleo volumes e DVDs cumpre a exigncia legal de no disseminar esteretipos e/ou preconceitos de condio social, regional, tnico-racial, de gnero,

    de orientao sexual, de idade ou de linguagem, assim como qualquer outra forma de discriminao ou de violao de direitos; no fazer doutrinao religiosa e/ou poltica; no utilizar o material escolar como veculo de publicidade ou de difuso de marcas,

    produtos ou servios comerciais?

    S (sim) ou N (no)

    V. 6 V. 7 V. 8 V. 9 Coleo

    Justificativa e exemplos:

    E) Adequao da estrutura editorial, assim como do projeto grfico e do projeto multimdia aos objetivos didtico-pedaggicos da coleo

    14. O projeto grfico adequado proposta pedaggica da obra e ao aluno do segundo segmento do ensino fundamental?

    Considere:

    a organizao geral da obra, inclusive no que diz respeito funcionalidade do sumrio, da titulao e dos recursos utilizados para evidenciar a separao de sees;

    o uso de imagens que contribuam para a compreenso dos textos e das atividades e o equilbrio de sua distribuio na pgina;

    a proporcionalidade da mancha grfica em relao ao tamanho da pgina;

    a adequao da tipologia e do tamanho de letra, dos espaos entre linhas, letras e palavras;

    a impresso ntida e isenta de defeitos que comprometam a legibilidade;

    a ausncia de erros de reviso.

    S (sim) ou N (no)

    V. 6 V. 7 V. 8 V. 9 Coleo

    Justificativa e exemplos:

  • 54GUIA

    DE L

    IVRO

    S D

    IDT

    ICO

    S P

    NLD 2

    014

    55 LN

    GUA P

    ORTUGUESA

    O projeto multimdia adequado proposta pedaggica da obra e ao aluno do segundo segmento do ensino fundamental?

    Considere:

    a coerncia entre as atividades dos DVDs e a proposta pedaggica da obra;

    a funcionalidade do menu;

    a organizao geral e a diversidade de atividades dos DVDs;

    a explorao das especificidades da multimdia (as atividades dos DVDs utilizam recursos especficos da linguagem multimdia, ultrapassando as possibilidades do meio impresso?).

    S (sim) ou N (no)

    V. 6 V. 7 V. 8 V. 9 Coleo

    Justificativa e exemplos:

    TERCEIRA PARTE: SNTESE

    1. Elabore snteses parciais de cada tpico da anlise da coleo

    Eixo de leitura

    Eixo de produo de texto

    Eixo de oralidade

    Eixo de conhecimentos lingusticos

    Manual do Professor

    DVDs

    2. Elabore uma sntese global da anlise da coleo

    Com base nas snteses parciais, elabore um texto que explicite as principais qualidades e limitaes da coleo e que considere as inter-relaes entre os eixos de ensino. Analise a articulao, a progresso e as retomadas necessrias no tratamento de cada eixo de ensino ao longo da coleo.

    Coleo

  • RESENhAS DAS

    COLEES

  • 59 LN

    GUA P

    ORTUGUESA

    A AVENTURA DA LINGUAGEM

    27317CoL01Coleo Tipo 1

    Luiz Carlos Travaglia Vania Maria B. A. Fernandes

    Maura Alves de Freitas Rocha

    Editora Dimenso2 Edio 2012

    1 Viso geralorganizada por unidades temticas, esta coleo contempla os quatro eixos

    do ensino de Lngua Portuguesa.

    no eixo da leitura, a obra constitui-se como um instrumento de letramento do aluno, proporcionando-lhe experincias significativas com base em contextos culturais diversos (literatura, imprensa, literatura de cordel, divulgao cientfica, mdia, artes plsticas, vida cotidiana) e em gneros de circulao social distinta. As atividades exploram, com regularidade, estratgias cognitivas relevantes, assim como muitas das principais propriedades que caracterizam os textos coesos e coerentes.

    As propostas de produo de textos escritos situam a prtica da escrita em contextos sociais de uso e explicitam os elementos do contexto de produo, com regular ateno definio de objetivos plausveis para as produes solicitadas. Tais atividades mostram-se significativas, pois incorporam diferentes etapas