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  • 2010 Todos os direitos reservados. permitida a reproduo de dados e de informaes contidos nesta publicao, desde que no sejam usados para fins comerciais e que a fonte seja citada. As imagens no podem ser reproduzidas sem expressa autorizao escrita dos detentores dos respectivos direitos autorais.

    PRODUO

    Projeto grfico e arte final REMAT Marketing & Propaganda

    Reviso tcnica Anglica Haralampidou Eliane Crisstomo Dias Ribeiro Magdalena Fernandes Silva

    Fotos Alexssandro Loyola Darci Dias de Azambuja Edemir Rodrigues Joo Sotoya Takagi Paulo Robson de Souza Toninho Ruiz Thiago Moser Vander Melquiades Fabrcio de Jesus Wagner Henrique Samorano Yara Medeiros

    FICHA CATALOGRFICA

    Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Reitor Gilberto Jos de Arruda Vice Reitor Adilson Crepalde Pr-reitoria de Extenso, Cultura e Assuntos Comunitrios Beatriz dos Santos Landa Chefe da Diviso de Publicaes Yzel Rondon Sarez

    Conselho Editorial Alade Pereira Japecanga Aredes Beatriz dos Santos Landa Eliane Souza de Carvalho Larcio Alves de Carvalho Rogrio Dias Renovato Srgio Choiti Yamazaki Sidnei Eduardo Lima Junior Wilson do Prado Yzel Rondon Sarez

    Editora UEMSRodovia Dourados Itahum, km 12

    Cidade Universitria Bloco B Dourados/MSFone: (67) 3411-9112

    E-mail: [email protected] Site: www.uems.br/proec/editora

    S452p Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Cincia e Tecnologia e Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul

    Plano estadual de recursos hdricos de Mato Grosso do Sul. Campo Grande, MS: Editora UEMS, 2010. 194p. ISBN: 978-85-99880-24-1 1.Recursos hdricos Mato Grosso do Sul..I. Ttulo.

    CDD 20.ed. MS 574.52638171

  • Foto: Darci Dias de AzambujaPantanal - Municpio de Miranda/MS

  • REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

    Presidente da Repblica Luiz Incio Lula da Silva

    Vice-Presidente Jos Alencar Gomes da Silva

    MINISTRIO DO MEIO AMBIENTEMinistro de Estado do Meio Ambiente Carlos Minc Baumfeld

    Secretria Executiva Izabella Mnica Vieira Teixeira

    Secretrio de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano Vicente Andreu Guillo

    Diretor do Departamento de Recursos Hdricos Joo Bosco Senra

    Diretor do Departamento de Revitalizao de Bacias Hidrogrficas/Programa Pantanal Jlio Thadeu Kettelhut

    PROJETO BRA/OEA/01/002 Rodrigo Speziali de Carvalho Silvia de Fatima Neviani Vallini

    GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

    Governador do Estado Andr Puccinelli

    Vice-Governador do Estado Murilo Zauith

    SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE, DO PLANEJAMENTO, DA CINCIA E TECNOLOGIASecretrio de Estado Carlos Alberto Negreiros Said Menezes

    Secretrio Adjunto Mrcio Campos Monteiro

    INSTITUTO DE MEIO AMBIENTE DE MATO GROSSO DO SUL Diretor-Presidente Carlos Alberto Negreiros Said Menezes

    Diretor de Desenvolvimento Roberto Ricardo Machado Gonalves

    Gerente de Desenvolvimento e Modernizao Lorivaldo Antonio de Paula

    Diretora de Licenciamento Mrcia Pereira da Mata

    Gerente de Recursos Hdricos Anglica Haralampidou

  • EQUIPE TCNICA

    Marco Jos Melo Neves Maurcio Pompeu dos Santos Roseli dos Santos Souza

    COORDENAO DO PLANO ESTADUAL DE RECURSOS HDRICOS Eliane Crisstomo Dias Ribeiro Eni Garcia de Freitas

    CONSULTORES BRA/OEA/01/002 Allison Ishy Apoio tcnico Angela Maria Marques Demografia Brandina de Amorim Hidrologia Carolina Ishy Candia Apoio tcnico Girlene Rodrigues Leite Qualidade das guas Joana Vilar Ramalho Ramos Cenrios Joo Baptista Santiago Neto Economia Lenira Reinaldo Silva Apoio tcnico Luiz Carlos Zytkuewisz Socioeconomia Luiz Cludio Nogueira Cardozo Apoio tcnico Magdalena Fernandes da Silva Planejamento Rodrigo Laborne Mattioli Aspectos legais-institucionais (in memorian) Sandra Garcia Gabas Hidrogeologia Wilson da Costa Simes Superviso

    MINISTRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA DE RECURSOS HDRICOS E AMBIENTE URBANO

    SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE, DO PLANEJAMENTO DA CINCIA E TECNOLOGIA INSTITUTO DE MEIO AMBIENTE DE MATO GROSSO DO SUL

  • CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HDRICOS

    AHIPAR Administrao da Hidrovia do ParaguaiAntnio Paulo de Barros Leite - TitularAntonio Rodrigues de Vasconcelos Filho - 1 SuplenteSamuel Ricardo Van Der Lan - 2 Suplente

    APAI Associao dos Produtores de Arroz e Irrigantes do Mato Grosso do SulRoberto Folley Coelho - TitularDarcy Dias de Azambuja - 1 SuplenteAdauto Rodrigues de Oliveira - 2 Suplente

    Assembleia LegislativaPaulo Corra - TitularAmarildo Cruz - 1 SuplenteAkira Otsubo - 2 Suplente

    ATRATUR Associao dos Atrativos Tursticos de Bonito e RegioEduardo Folley Coelho - TitularRegina Helena Figueiredo Corra - 1 SuplenteJoo Batista do Nascimento - 2 Suplente

    CBH Miranda Comit da Bacia Hidrogrfica do Rio Miranda Luciene Deov de Souza Assis - TitularValria Cristina Veiga Lisita - 1 Suplentengelo Jos Rodrigues Lima - 2 Suplente

    CIDEMA Consrcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Integrado das Bacias dos Rios Miranda e ApaDaniela de Almeida Nantes - Titularurea da Silva Garcia - 1 SuplenteAlex Sandre Rodrigo Cazelli - 2 Suplente

    COINTA Consrcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentvel da Bacia do Rio TaquariNilo Peanha Coelho Filho - TitularAndr Luiz Rachid - 1 SuplenteAmauri Obara - 2 Suplente

    CREA/MS Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso do SulJnio Fagundes Borges - TitularRoberto Claus - 1 SuplenteNilson de Barros - 2 Suplente

    EMBRAPA PANTANAL Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaEmiko Kawakami de Resende - TitularEdson Talarico Rodrigues - 1 Suplente

    FAMASUL Federao da Agricultura e Pecuria de Mato Grosso do SulJanana Bonomini Pickler - TitularVilson Mateus Bruzamarello - 1 SuplenteAlessandro Oliva Coelho - 2 Suplente

    FIEMS Federao das Indstrias de Mato Grosso do SulIsaias Bernardini - TitularErico Flaviano Coimbra Paredes - 1 SuplentePaulo Aurlio Arruda de Vasconcelos - 2 Suplente

    IMASUL Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul Anglica Haralampidou - TitularLeonardo Sampaio Costa - 1 SuplenteElisabeth Arndt - 2 Suplente

    MPE Ministrio Pblico EstadualMarig Regina Bittar - TitularMara Cristiane Crisstomo Bravo - 1 SuplenteAndria Cristina Peres - 2 Suplente

    PANTANAL ENERGTICASrgio Adalberto Oliskovicz - TitularSueli Santos Teixeira - 1 SuplenteAngelim M. Assermann - 2 Suplente

    SEOP Secretaria de Estado de Obras PblicasEduardo Francisco dos Santos Filho - TitularPedro Celso de Oliveira Fernandes - 1 SuplentePaulo Tiyo Jikimura - 2 Suplente

    SEPROTUR Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrrio, da Produo, da Indstria, do Comrcio e do TurismoCarlos Henrique Lemos Lopes - TitularHermes Vieira Borges - 1 SuplenteJos Nascimento de Oliveira - 2 Suplente

    Servio Autnomo de gua e Esgoto de Bela VistaFrancisco da Cunha Monteiro Filho - TitularRamo de Arruda - 1 SuplenteJos Carlos Queiroz - 2 Suplente

    SES Secretaria de Estado de SadeSerafim Maggioni Jnior - TitularMnica Tischer - 1 SuplenteKaryston Adriel Machado da Costa - 2 Suplente

    SODEPAN Sociedade de Defesa do PantanalNauile de Barros Filho - TitularRamo Edson Fagundes Jardim - 1 SuplenteMarcelo Pinto de Figueiredo (in memorian) - 2 Suplente

    SUPEMA Superintendncia de Meio Ambiente e Recursos Hdricos (Extinta)Lorivaldo Antnio de Paula - TitularRoberto Ricardo Machado Gonalves - 1 SuplenteEni Garcia de Freitas - 2 Suplente

    UCDB Universidade Catlica Dom BoscoFelipe Augusto Dias - TitularMaria Lucia Ribeiro - 1 SuplenteRicardo Verde Selva - 2 Suplente

    SEMAC Secretaria de Meio Ambiente, do Planejamento, da Cincia e TecnologiaCarlos Alberto Negreiros Said Menezes - Presidente

  • GRUPO TCNICO PERMANENTE DE TRABALHO DO PERH-MS (GT40)

    AGRAER Agncia de Desenvolvimento Agrrio e Extenso RuralJoo Lopes Cupertino

    APAI Associao dos Produtores de Arroz e Irrigantes do Mato Grosso do SulDarci Dias de Azambuja

    CBH Miranda Comit da Bacia Hidrogrfica do Rio MirandaTnia Christina Marchesi Freitas

    CIABRI Consrcio Intermunicipal para a Gesto da rea de Proteo Ambiental da Bacia Hidrogrfica do Rio IguatemiEdina Brindaroli

    COINTA Consrcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentvel da Bacia do Rio TaquariNilo Peanha Coelho Filho

    CREA/MS Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso Do Sul Jnio Fagundes Borges

    DNPM Departamento Nacional de Produo MineralAntonio Cludio Leonardo BarsottiRomualdo Homobono Paes de Andrade

    EMBRAPA PANTANAL Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaEmiko Kawakami de ResendeIvan Bergier Tavares de Lima

    Especialistas em Recursos HdricosLincoln Corra Curado Luiz Mrio FerreiraMaria Clia Montanholi

    FAMASUL Federao da Agricultura e Pecuria de Mato Grosso do Sul Josiel Quintino dos SantosJanaina Bonini Pickler

    FEPESC Federao de Pescadores Profissionais de Mato Grosso do SulArmindo Batista dos Santos Filho

    FIEMS Federao das Indstrias de Mato Grosso do SulIsaias BernardiniThomaz Lipparelli

    FUNAI Fundao Nacional do ndioValdir Evangelista Arajo

    IBAMA/MS Superintendncia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis no Estado de Mato Grosso do Sul Anna Christina Mendo dos Santos

    IMASUL Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul Elisabeth Arndt

    MPE Ministrio Pblico EstadualNeif Salim NetoThais Gisele Torres

    Pantanal EnergticaSergio Adalberto OliskoviczSueli Santos Teixeira

    PGE Procuradoria-Geral do EstadoSenise Freire Chacha

    PMA Polcia Militar Ambiental de Mato Grosso do SulEdnilson Paulino Queiroz

    SANESUL Empresa de Saneamento de Mato Grosso do SulJos Carlos Queiroz

    SEGOV Secretaria de Estado de Governo Mauro Devanir Pavan

    SEMADUR Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Campo GrandeDiego Pereira de OliveiraGetlio Ezequiel da Costa Peixoto Filho

    SEPROTUR Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrrio, da Produo, da Indstria, do Comrcio e do TurismoHermes Vieira Borges

    SEOP Secretaria de Estado de Obras Pblicas e de TransportesEduardo Francisco dos Santos Filho

    Servio Autnomo de gua e Esgoto de Bela Vista Agenor Martins Jnior

    SFA Superintendncia Federal da Agricultura em Mato Grosso do SulJulio Vatanabe Okamoto

    SODEPAN Sociedade de Defesa do Pantanal Nauile de Barros Filho

    SUPEMA Superintendncia de Meio Ambiente e Recursos Hdricos da SEMAC (Extinta)Lorivaldo Antonio de Paula

    SUPLAN Superintendncia de Planejamento da SEMACAdevanir Ftima da Silva

    UCDB Universidade Catlica Dom BoscoFelipe Augusto Dias

    UEMS Fundao Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Jos Roberto da Silva Lunas

    UFMS Universidade Federal de Mato Grosso do SulGiancarlo Lastoria

    UNIDERP Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Regio do Pantanal Natlio Abraho Filho

    UNIGRAN Centro Universitrio da Grande DouradosVanderlei Berto Jnior

    WWF-BRASIL Angelo Jos Rodrigues Lima

    ZEE/MS Zoneamento Ecolgico-Econmico Synara A. Olendzki Broch

  • Foto: Thiago MoserParque das Naes Indgenas - Campo Grande/MS

  • Foto: Yara MedeirosCrrego Azul - Municpio de Bela Vista/MS

  • O Estado de Mato Grosso do Sul instituiu a Poltica Estadual de Recursos Hdricos e criou o Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hdricos mediante a Lei n 2.406 de 29 de janeiro de 2002, seguindo os mesmos princpios e diretrizes estabelecidas na Poltica Nacional de Recursos Hdricos, instituda pela Lei n 9.433 de 8 de janeiro de 1997. Dentre os aspectos mais relevantes desses princpios, ressalta-se o conceito de que a gua um recurso natural limitado dotado de valor econmico e se constitui um bem de domnio pblico que deve sempre proporcionar o seu uso mltiplo.

    Neste contexto, a bacia hidrogrfica passa a ser o objeto de unidade fsico-territorial de implementao da Poltica Estadual dos Recursos Hdricos e atuao do Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hdricos. O Conselho Estadual de Recursos Hdricos o rgo de instncia superior desse Sistema, regulamentado pelo Decreto n 11.621 de 1 de junho de 2004 e reorganizado pelo Decreto n 12.366, de 5 de julho de 2007, de carter normativo, deliberativo e consultivo. A composio deste Conselho assegura a participao paritria dentre membros do poder pblico, representantes de organizaes civis e de usurios dos recursos hdricos.

    Compete ao Conselho Estadual de Recursos Hdricos a responsabilidade de aprovar o Plano Estadual de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul. Para tanto, foram criadas as Cmaras Tcnicas Permanentes de Instrumentos de Gesto de Recursos Hdricos e de Assuntos Legais e Institucionais, com atribuio de apoiar a implementao dos instrumentos da Poltica Estadual de Recursos Hdricos.

    O Plano Estadual de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul foi aprovado pelo Conselho Estadual de Recursos Hdricos, por meio da Resoluo CERH-MS n 011 de 5 de novembro de 2009, publicado no Dirio Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul n 7.598 de 7 de novembro de 2009. Este instrumento visa orientar o planejamento e a implementao da Poltica Estadual de Recursos Hdricos.

    O Estado de Mato Grosso do Sul um dos estados mais ricos em gua e detentor de uma das maiores reservas de gua doce superficial e tambm de expressiva reserva de gua subterrnea. Este status um privilgio que eleva a responsabilidade do Estado na proteo dos mananciais, na garantia das funes ecolgicas, econmicas e sociais dos recursos hdricos, mediante a aplicao de um modelo sustentvel de desenvolvimento de seus usos mltiplos.

    A aprovao do Plano Estadual de Recursos Hdricos um marco referencial na gesto dos recursos hdricos do Estado. Simboliza um significativo avano para se consolidar o Cenrio de Desenvolvimento Sustentvel, adotado como desejvel para 2025, que se projeta pelo alto desenvolvimento social e humano e por uma economia dinmica e diversificada.

    A presente publicao cumpre a imperiosa funo de disseminar as informaes pertinentes aos recursos hdricos do Estado e de orientar o exerccio da Poltica Estadual de Recursos Hdricos. Esta etapa cumprida com a grata satisfao de quem atinge uma merecida conquista para o Estado de Mato Grosso do Sul.

    ANDR PUCCINELLIGovernador do Estado de Mato Grosso do Sul

    PREFCIO

  • xiAlexssandro LoyolaRio Amambai - Municpio de Aral Moreira /MS

  • A elaborao do Plano Estadual de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul foi coordenada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul - IMASUL e contou com o precioso suporte tcnico, institucional e financeiro da Secretaria de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano do Ministrio do Meio Ambiente, o que foi preponderante para sua realizao. O desenvolvimento deste trabalho sustentou-se em dois eixos bsicos que se mantiveram em constante interao: a produo de informaes tcnicas e o processo de participao social. A produo tcnica seguiu as exigncias mnimas estabelecidas no Art. 7 da Lei n 2.406 de 2002 e foi articulada com o Plano de Recursos Hdricos do Estado de Mato Grosso e com o Zoneamento Ecolgico Econmico de Mato Grosso do Sul ZEE/MS.

    O presente documento apresenta os resultados do processo de elaborao do Plano, que se constituiu das Etapas de Diagnstico, de Prognstico e de Programas. A diviso do Estado em 15 Unidades de Planejamento e Gerenciamento (UPGs) a base fsico-territorial adotada para o seu desenvolvimento.

    O diagnstico buscou e analisou dados sobre os recursos hdricos superficiais e subterrneos, luz da quantidade e qualidade. Informaes importantes ora apresentadas abarcam conhecimentos acerca dos biomas e sistemas naturais regionais, e dos aspectos socioeconmicos e culturais do Estado, dentre outros. Neste contexto, o Plano apresenta questes merecedoras de ateno especial quanto base jurdica e institucional e aponta para a necessidade de aperfeioamento do processo da gesto estadual dos recursos hdricos. O diagnstico contm as avaliaes sobre as caractersticas climticas e as disponibilidades hdricas, a fim de propiciar o estabelecimento de diretrizes para a gesto da oferta e da demanda de gua no Estado.

    A anlise prospectiva trata de viso de futuro abrangente, com enfoque em oportunidades existentes. No prognstico, os principais processos e variveis que condicionam os cenrios dos recursos hdricos para 2025 so apresentados de forma sistemtica. Nele esto definidas as estratgias de atuao para se consolidar o almejado Cenrio de Desenvolvimento Sustentvel.

    As estratgias estabelecidas pelo Plano Estadual de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul se consolidam na forma de diretrizes e programas para que as suas metas sejam concretizadas. Os 16 Programas propostos foram agrupados em trs componentes que visam a orientar o desenvolvimento e o fortalecimento poltico institucional, o planejamento e a gesto dos recursos hdricos e a conservao do solo, da gua e dos ecossistemas.

    Quanto ao processo de participao social, a elaborao do Plano contou com a viso e os conhecimentos de diversos usurios, segmentos organizados da sociedade civil e de setores pblicos relacionados gesto dos recursos hdricos. As diretrizes e demais elementos propostos pelo Plano resultaram da construo de um processo transparente de discusso e de contnua participao social, mediante a execuo de aes sistemticas estabelecidas em uma srie de reunies e oficinas.

    Os avanos ora apresentados constituem grandes realizaes, mas, acima de tudo, apresentam enormes desafios. A implementao deste Plano passa a ser objeto de planejamento de curto, mdio e longo prazos e de investimentos continuados na busca da gesto adequada dos recursos hdricos do Estado, para a sustentabilidade da Poltica e do Sistema de Gerenciamento dos Recursos Hdricos em Mato Grosso do Sul.

    CARLOS ALBERTO NEGREIROS SAID MENEZESSecretrio do Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Cincia e TecnologiaDiretor-Presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul

    APRESENTAO

  • Foto: Paulo Robson de SouzaTrevo de quatro folhas

  • A elaborao do Plano Estadual de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul tem como marco referencial o seu lanamento em 30 de julho de 2007. O caminho percorrido desde o seu lanamento at a sua aprovao no Conselho Estadual de Recursos Hdricos, em 5 de novembro de 2009, foi caracterizado por intenso trabalho e muitos percalos. As limitaes advindas do processo de elaborao foram superadas, passo a passo, com a forte determinao requerida. Este processo propiciou profundas discusses e reflexes sobre a gesto de recursos hdricos do Estado. Ao final, constatou-se um genuno amadurecimento tcnico e institucional resultante do comprometimento social dos entes envolvidos.

    Reconhecemos a soma de esforos das entidades idneas e dos profissionais competentes que garantiram a respeitvel qualidade tcnica deste produto. Prestamos, assim, nossos agradecimentos queles que contriburam para que este Plano resultasse em motivo de orgulho para o nosso Estado.

    Agradecemos aos funcionrios da Secretaria de Meio Ambiente, do Planejamento, da Cincia e Tecnologia e do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul que contriburam para a elaborao deste Plano. Agradecemos, notadamente, a Roberto Ricardo Machado Gonalves, Eni Garcia de Freitas e Eliane Crisstomo Dias Ribeiro que coordenaram a elaborao deste Plano com afinco e determinao.

    Ressaltamos a dedicao de toda a equipe da Secretaria de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano do Ministrio do Meio Ambiente. Nossos especiais agradecimentos ao Joo Bosco Senra, Marco Jos Melo Neves e Roseli dos Santos Souza pelo planejamento e incansveis orientaes. Agradecemos, tambm Luiz Augusto Bronzatto, Percy Soares Neto e Solange Ikeda Castrillon.

    equipe do Projeto BRA/OEA Programa de Estruturao Institucional para a Consolidao da Poltica Nacional de Recursos Hdricos, em nome de Rodrigo Speziali de Carvalho, pela inestimvel presteza e eficincia. Nosso respeito e gratido ao compromisso tico exercido pelos conselheiros do Conselho Estadual de Recursos Hdricos, que demonstraram profundo comprometimento com este Plano. Enaltecemos o nobre trabalho desenvolvido pelos membros da Cmara Tcnica Permanente de Instrumentos de Gesto de Recursos Hdricos, e de seus colaboradores, na anlise e emisso de parecer sobre o Plano. Agradecemos especialmente a Sueli Santos Teixeira, Coordenadora da Cmara, e Anglica Haralampidou pelo competente encaminhamento das contribuies recebidas que foram decisivas para se alcanar a qualidade final deste Plano. Ressaltamos o desempenho de Lorivaldo Antonio de Paula que, na condio de Presidente substituto do Conselho Estadual de Recursos Hdricos, soube conduzir as reunies com elevado discernimento e equilbrio profissional.

    Aos consultores, nosso agradecimento pela dedicao e produo tcnica. Destacamos o empenho profissional dos consultores Magdalena Fernandes da Silva e Wilson da Costa Simes pela competente coordenao tcnica e mediao de conflitos de forma sensata e coerente.

    Aos integrantes do Grupo Tcnico Permanente de Acompanhamento do Plano Estadual de Recursos Hdricos, denominado GT40, instituies de ensino e pesquisa, empresas privadas e especialistas em recursos hdricos nosso agradecimento pela dedicao voluntria e relevantes contribuies que enriqueceram o contedo tcnico do Plano.

    Agradecemos ao Elimar Pinheiro do Nascimento, Maria Clia Montanholi e Sylvia Torrecilha pela produo de textos tcnicos que subsidiaram a elaborao de alguns temas deste Plano.

    Para finalizar, agradecemos pelas fotos gentilmente doadas que retratam imagens dos usos de recursos hdricos e belezas naturais do Estado e que muito contriburam para a qualidade da apresentao desta publicao.

    AGRADECIMENTOS

  • Foto: Alexssandro LoyolaSalto Sucuri - Municpio de Costa Rica/MS

  • SUMRIO

    INTRODUO______________________________________________________________________________

    1 BASE TERRITORIAL PARA A GESTO ESTADUAL DOS RECURSOS HDRICOS________________________ 1.1 Unidades de Planejamento e Gerenciamento_______________________________________________ 1.2 Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul__________________________________________________ 1.2.1 guas superficiais________________________________________________________________ 1.2.2 guas subterrneas______________________________________________________________

    2 BASE JURDICA E INSTITUCIONAL DA GESTO ESTADUAL DOS RECURSOS HDRICOS______________ 2.1 Base jurdica: princpios e finalidades______________________________________________________ 2.2 Modelo institucional do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hdricos__________________ 2.2.1 Estrutura organizacional__________________________________________________________ 2.2.2 Instrumentos de gesto___________________________________________________________ 2.2.3 Gesto dos rios e aquferos transfronteirios__________________________________________ 2.3 Principais problemas e deficincias________________________________________________________ 2.3.1 Questes jurdico-normativas______________________________________________________ 2.3.2 Estrutura organizacional e condies operacionais do rgo gestor________________________ 2.4 Aes educativas_____________________________________________________________________

    3 CONTEXTO NATURAL DOS RECURSOS HDRICOS____________________________________________ 3.1 Aspectos climticos: balano hdrico climatolgico___________________________________________ 3.1.1 Variao da temperatura e da Evapotranspirao nas UPGs______________________________ 3.1.2 Algumas consideraes sobre mudanas climticas no Estado_____________________________ 3.1.3 Variabilidade das precipitaes nas UPGs____________________________________________ 3.2 Aspectos geolgicos e pedolgicos_______________________________________________________ 3.3 Biomas e ecossistemas________________________________________________________________

    4 CONTEXTO ECONMICO E DEMOGRFICO__________________________________________________ 4.1 Dinmica econmica__________________________________________________________________ 4.2 Dinmica demogrfica_________________________________________________________________

    5 DEMANDAS DE RECURSOS HDRICOS______________________________________________________ 5.1 Principais usos dos recursos hdricos no Estado____________________________________________ 5.1.1 Abastecimento humano___________________________________________________________ 5.1.2 Dessedentao de animais________________________________________________________ 5.1.3 Irrigao______________________________________________________________________ 5.1.4 Uso industrial___________________________________________________________________ 5.1.5 Diluio de efluentes_____________________________________________________________ 5.1.6 Transporte navegvel_____________________________________________________________ 5.1.7 Gerao de energia eltrica________________________________________________________ 5.1.8 Aquicultura e pesca______________________________________________________________ 5.1.9 Turismo ecolgico_______________________________________________________________ 5.1.10 Proteo do ecossistema aqutico__________________________________________________ 5.2 Demanda total de gua para os usos consuntivos____________________________________________

    6 BALANO HDRICO______________________________________________________________________ 6.1 Escoamento superficial________________________________________________________________ 6.1.1 Regio Hidrogrfica do Paran ____________________________________________________ 6.1.2 Regio Hidrogrfica do Paraguai____________________________________________________

    27

    3131343437

    43434444475253535557

    59595962626469

    757582

    87878790909193939394949797

    101101101101

  • 6.2 guas subterrneas __________________________________________________________________ 6.3 Balano hdrico demanda x disponibilidade_______________________________________________

    7 QUALIDADE DAS GUAS_________________________________________________________________ 7.1 Fontes e cargas poluidoras_____________________________________________________________ 7.2 Nveis de qualidade das guas__________________________________________________________ 7.2.1 guas superficiais_______________________________________________________________ 7.2.2 guas subterrneas______________________________________________________________ 7.2.3 Aspectos incidentes sobre a qualidade das guas_______________________________________

    8 CRITICIDADE DAS UNIDADES DE PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO_________________________

    9 CENRIOS PARA 2025___________________________________________________________________ 9.1 Cenrios plausveis para Mato Grosso do Sul______________________________________________ 9.2 Projees de cada cenrio_____________________________________________________________ 9.2.1 Economia______________________________________________________________________ 9.2.2 Projees demogrficas__________________________________________________________ 9.2.3 Estimativas hidrolgicas__________________________________________________________ 9.2.4 Qualidade da gua______________________________________________________________ 9.3 Cenrio desejado____________________________________________________________________

    10 DIRETRIZES E PROGRAMAS______________________________________________________________ 10.1 Diretrizes___________________________________________________________________________ 10.2 Programas__________________________________________________________________________ Programa 1: Fortalecimento poltico-institucional do Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hdricos____________________________________________________________________ Programa 2: Reestruturao e fortalecimento do rgo gestor de recursos hdricos_________________ Programa 3: Adequao, complementao e convergncia do marco legal e institucional____________ Programa 4: Estudos bsicos para o planejamento e a gesto dos recursos hdricos________________ Programa 5: Cadastramento de usurios da gua de Mato Grosso do Sul________________________ Programa 6: Ampliao e Consolidao da rede de monitoramento quantitativo e qulaitativo dos recursos hdricos superficiais e subterrneos do Estado______________________________________ Programa 7: Armazenamento e difuso de informaes sobre recursos hdricos (Sistema Estadual de Informaes sobre Recursos Hdricos)____________________________________________________ Programa 8: Implementao do sistema de outorga de direito de uso e fiscalizao dos recursos hdricos superficiais e subterrneos______________________________________________________ Programa 9: Enquadramento de corpos hdricos superficiais e subterrneos em classes de uso_______ Programa 10: Levantamento e consolidao do conhecimento em gesto de recursos hdricos_________ Programa 11: Educao para a gesto integrada de recursos hdricos___________________________ Programa 12: Comunicao e difuso de informaes em gesto integrada de recursos hdricos_______ Programa 13: Implementao e monitoramento do PERH-MS__________________________________ Programa 14: Estudos ambientais especficos em recursos hdricos: usos, conservao e disponibilidades______________________________________________________________________ Programa 15: Preservao ambiental de mananciais (conservao de solos e guas)_______________ Programa 16: Apoio aos municpios para a gesto da qualidade ambiental do meio urbano e de eventos hidrolgicos crticos____________________________________________________________ 10.3 Benefcios esperados_________________________________________________________________ 10.4 Cronogramas e prioridades_____________________________________________________________

    CONCLUSES E RECOMENDAES_______________________________________________________ REFERNCIAS__________________________________________________________________________

    ii

    101109

    117117124124129131

    133

    139139141141143144149150

    153153154

    155157158160166

    166

    168

    169170171172173174

    175176

    178180181

    187189

  • LISTA DE FIGURAS

    Unidades de Planejamento e Gerenciamento adotadas no Plano Estadual de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul.______________

    Rede hidrogrfica do Estado de Mato Grosso do Sul.____________________________________________________________________

    Domnios hidrogeolgicos de Mato Grosso do Sul. _____________________________________________________________________

    Estrutura do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL).___________________________________________________

    Interpolao dos dados de deficincia hdrica no Estado de Mato Grosso do Sul.______________________________________________

    Variao da precipitao anual mdia no Estado de Mato Grosso do Sul.____________________________________________________

    Mapa geolgico do Estado de Mato Grosso do Sul._____________________________________________________________________

    Mapa hipsomtrico-altimtrico do Estado de Mato Grosso do Sul.__________________________________________________________

    Mapa de solos do Estado de Mato Grosso do Sul.______________________________________________________________________

    Mapa da vegetao original do Estado de Mato Grosso do Sul.____________________________________________________________

    Unidades de Conservao em Mato Grosso do Sul._____________________________________________________________________

    Rebanho bovino nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul.______________________________________

    Mapa da Diviso Poltica do Desenvolvimento Regional.___________________________________________________________________

    Plos de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul.______________________________________________________________________

    Mapeamento da distribuio da populao total nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul._____________

    Mapeamento da densidade demogrfica das Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul.___________________

    Origem da gua nos sistemas de abastecimentos dos municpios do Mato Grosso do Sul._______________________________________

    Estimativa das demandas totais de irrigao por Unidade de Planejamento e Gerenciamento em Mato Grosso do Sul._________________

    Hidrovia do Paraguai.____________________________________________________________________________________________

    Hidrovia do Paran-Tiet._________________________________________________________________________________________

    Localizao das unidades hidreltricas em Mato Grosso do Sul.___________________________________________________________

    Vazes de retiradas para os usos consuntivos nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul._______________

    Vazes de retiradas totais para cada tipo de uso consuntivo nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul.____

    Vazo mdia total de retirada (m3/s) para os usos consuntivos nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul._

    Vazo mdia nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul.________________________________________

    Vazes especficas (L/s/km2) com 95% de garantia nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul.___________

    Vazes especficas (L/s/km2) q7,10 nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul._______________________

    Balano entre demanda e disponibilidade hdrica em Mato Grosso do Sul, segundo o critrio vazo mdia/populao._________________

    Balano entre demanda e disponibilidade hdrica em Mato Grosso do Sul, segundo o critrio 2 (C2).________________________________

    Balano entre demanda e disponibilidade hdrica em Mato Grosso do Sul, segundo o critrio 3 (C3).________________________________

    Balano entre demanda e disponibilidade hdrica em Mato Grosso do Sul, segundo o critrio 4 (C4).________________________________

    Cargas de DBO, Nitrognio e Fsforo geradas pelas Unidades de Planejamento e Gerenciamento.________________________________

    Percentual de cargas de DBO, nitrognio e fsforo geradas pelas regies hidrogrficas do Paran e do Paraguai.____________________

    Cargas de agrotxicos geradas pelas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul._________________________

    Distribuio espacial da concentrao potencial de DBO no exutrio das Unidades de Planejamento e Gerenciamento em funo da vazo

    mdia de longo termo (QMLT

    )._____________________________________________________________________________________

    Distribuio espacial da concentrao potencial de fsforo no exutrio das Unidades de Planejamento e Gerenciamento em funo da

    vazo mdia de longo termo (QMLT

    ).________________________________________________________________________________

    Nveis de qualidade das guas superficiais nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento em Mato Grosso do Sul, avaliados pelo ndice

    de Qualidade gua (IQA)._________________________________________________________________________________________

    Nveis de qualidade das guas superficiais nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento em Mato Grosso do Sul, avaliados pelo

    OD20%.______________________________________________________________________________________________________

    Rede de biomonitoramento da qualidade da gua e principais locais de pesquisas nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de

    Mato Grosso do Sul._____________________________________________________________________________________________

    Nvel de criticidade dos diversos usos consuntivos dos recursos hdricos das Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso

    do Sul.________________________________________________________________________________________________________

    Nvel de criticidade dos diversos usos no consuntivos dos recursos hdricos das Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato

    Grosso do Sul._________________________________________________________________________________________________

    Escala de criticidade das Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul.__________________________________

    Escala de criticidade apresentada pelas Unidades de Planejamento e Gerenciamento.___________________________________________

    Figura 1

    Figura 2

    Figura 3

    Figura 4

    Figura 5

    Figura 6

    Figura 7

    Figura 8

    Figura 9

    Figura 10

    Figura 11

    Figura 12

    Figura 13

    Figura 14

    Figura 15

    Figura 16

    Figura 17

    Figura 18

    Figura 19

    Figura 20

    Figura 21

    Figura 22

    Figura 23

    Figura 24

    Figura 25

    Figura 26

    Figura 27

    Figura 28

    Figura 29

    Figura 30

    Figura 31

    Figura 32

    Figura 33

    Figura 34

    Figura 35

    Figura 36

    Figura 37

    Figura 38

    Figura 39

    Figura 40

    Figura 41

    Figura 42

    Figura 43

    32

    35

    38

    46

    61

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    65

    66

    67

    70

    71

    77

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    84

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    92

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    96

    97

    97

    98

    105

    106

    107

    111112113

    114

    120121121

    122

    123

    125

    126

    128

    134

    134

    135

    136

    iii

  • 333639486068757676788387

    8890909091

    9292

    9395

    102103

    108108

    109

    110118118

    119

    119

    120

    124129130130

    135141

    142143

    145

    145

    145

    146

    LISTA DE QUADROS

    Unidades de Planejamento e Gerenciamento de recursos hdricos de Mato Grosso do Sul: rea e municpios integrantes.________________Linhas secas e naturais transfronteirias e interestaduais por Unidade de Planejamento e Gerenciamento e municpios.________________reas de afloramento (km2) dos Sistemas Aquferos por Unidade de Planejamento e Gerenciamento em Mato Grosso do Sul.___________Classes de enquadramento da gua doce, segundo a Resoluo CONAMA n 357/2005.________________________________________Balano hdrico climatolgico por Unidade de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul.______________________________Correlao entre as classes do Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (2006) e classificao usada anteriormente.________________rea plantada com culturas permanentes e temporrias nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul.________Rebanho pecurio (cabeas) por Unidade de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul, 2005.________________________Reserva mineral em Mato Grosso do Sul._____________________________________________________________________________Principais substncias extradas nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul._________________________Mato Grosso do Sul: populao por Unidade de Planejamento e Gerenciamento, 2000, 2005.____________________________________Valores da demanda per capita de gua (l/habitante/dia) para abastecimento urbano.___________________________________________Valores de vazo mdia retirada, de retorno e consumida (m3/s) em cada Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) para abastecimento humano urbano e rural.____________________________________________________________________________________________Consumo de gua per capita conforme espcies animais._________________________________________________________________Vazes mdias de retirada de animais nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul._____________________Coeficientes utilizados para o clculo da rea irrigada no Estado de Mato Grosso do Sul._________________________________________reas cultivadas (ha) para as Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul, 2005.__________________________Estimativa das vazes mdias (m3/s) de retirada, retorno e de consumo na irrigao para as diversas Unidades de Planejamento e Gerenciamento do Estado de Mato Grosso do Sul.______________________________________________________________________Consumo de gua nos principais setores industriais de Mato Grosso do Sul.__________________________________________________Estimativa das vazes mdias de retirada, de retorno e de consumo de gua para a atividade industrial (m3/s) nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul._____________________________________________________________________________Caractersticas das unidades geradoras de hidreletricidade em Mato Grosso do Sul.___________________________________________Postos fluviomtricos utilizados para o clculo das vazes (m3/s) Mximas, Mdias e Mnimas na regio hidrogrfica do Paran e do Paraguai no Mato Grosso do Sul.___________________________________________________________________________________________Vazes de estiagem nos postos fluviomtricos das Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul._______________Valores da vazo especfica (L/s/km2) mdia, mxima e mnima e de estiagem e principais caractersticas observadas em cada Unidade de Planejamento e Gerenciamento em Mato Grosso do Sul._________________________________________________________________Disponibilidades de guas subterrneas nos Sistemas Aquferos de Mato Grosso do Sul.________________________________________Reservas explotveis (milhes de m3/ano) de guas subterrneas em Mato Grosso do Sul por Unidade de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul.___________________________________________________________________________________________Resultado dos critrios para avaliao do balano da demanda e disponibilidade nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul.__________________________________________________________________________________________________Contribuio per capita (cabea/a) por tipo de animal.____________________________________________________________________Contribuio de nutrientes e agrotxicos para as principais culturas (kg/ha).___________________________________________________Sntese das fontes e cargas poluidoras (t/a) de Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO), Fsforo (P) e Nitrognio (N), em cada Unidade de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul._______________________________________________________________Sntese das fontes e cargas poluidoras (%) de Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO), Fsforo (P) e Nitrognio (N), em cada Unidade de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul._______________________________________________________________Estimativa total das cargas potenciais e remanescentes de Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO), Fsforo e Nitrognio (t/ano), no ano de 2005._________________________________________________________________________________________________________Concentrao de cargas potenciais de poluentes em cada Unidade de Planejamento e Gerenciamento em Mato Grosso do Sul, considerando a vazo mdia de longo termo (QMLT)._______________________________________________________________________________Parmetros qumicos das guas subterrneas dos sistemas Aquferos de Mato Grosso do Sul.____________________________________Concentrao mdia de cloreto nas guas subterrneas nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul._______Concentraes mdias de cloreto em poos tubulares por sistema Aqufero em Mato Grosso do Sul.________________________________Somatrio de pontos obtidos pelas Unidades de Planejamento e Gerenciamento de acordo com as posies relativas de criticidade para os diversos usos.________________________________________________________________________________________________Projees de participao no Valor Adicionado e do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).___________________________________Projeo da rea plantada, rebanho bovino e rebanho suno em cada um dos cenrios nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento em 2025._________________________________________________________________________________________________________Projeo da populao total, urbana e rural em cada um dos cenrios nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento em 2025________Variao percentual das perdas de gua dos sistemas de abastecimento urbano, estimadas para o Cenrio de Desenvolvimento Sustentvel, 2010/2025.____________________________________________________________________________________________________Valores da demanda per capita de gua (L/habitante/dia) para abastecimento urbano no Cenrio 1 - Desenvolvimento Sustentvel, em cada Unidade de Planejamento e Gerenciamento, 2010/2025._________________________________________________________________Projeo da demanda estimada de consumo de gua (m3/s) para a abastecimento humano em cada um dos cenrios nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento em 2025.____________________________________________________________________________Projeo da vazo mdia de gua subterrneo retirada para abastecimento humano (m3/s), nos trs cenrios, por Unidades de Planejamento e Gerenciamento em 2025.________________________________________________________________________________________

    Quadro 1Quadro 2Quadro 3Quadro 4Quadro 5Quadro 6Quadro 7Quadro 8Quadro 9Quadro 10Quadro 11Quadro 12Quadro 13

    Quadro 14Quadro 15Quadro 16Quadro 17Quadro 18

    Quadro 19Quadro 20

    Quadro 21Quadro 22

    Quadro 23Quadro 24

    Quadro 25Quadro 26

    Quadro 27

    Quadro 28Quadro 29Quadro 30

    Quadro 31

    Quadro 32

    Quadro 33

    Quadro 34Quadro 35Quadro 36Quadro 37

    Quadro 38Quadro 39

    Quadro 40Quadro 41

    Quadro 42

    Quadro 43

    Quadro 44

    iv

  • Projeo da demanda estimada de consumo de gua (m3/s) para a irrigao em cada um dos cenrios nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento em 2025.__________________________________________________________________________________________Projeo da demanda estimada de consumo de gua (m3/s) para a indstria em cada um dos Cenrios nas Unidades de Planejamento e Gerenciamento em 2025.__________________________________________________________________________________________Projeo da vazo mdia de gua subterrnea retirada para consumo industrial (m3/s), nos trs Cenrios, por Unidade de Planejamento e Gerenciamento, em 2025.__________________________________________________________________________________________Cargas poluidoras (%) de Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO), Nitrognio e Fsforo de origem domstica rural que possam alcanar as guas superficiais._____________________________________________________________________________________________________Contribuio per capita por tipo de animal._______________________________________________________________________________Grau de tratamento das cargas poluidoras de Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO), Nitrognio e Fsforo (%) provenientes do rebanho de sunos e aves.___________________________________________________________________________________________________Cargas poluidoras de Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO), nitrognio e fsforo provenientes do rebanho de criao confinado que porventura possam alcanar as guas superficiais._________________________________________________________________________________Cargas poluidoras de Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO), nitrognio e fsforo, provenientes do rebanho de criao extensiva que porventura possam alcanar as guas superficiais.________________________________________________________________________Contribuio de nutrientes e agrotxicos para as principais culturas (kg/ha).____________________________________________________Cargas poluidoras (%) de nutrientes provenientes da agricultura que porventura possam alcanar as guas superficiais.__________________Relao dos Programas para o Plano Estadual de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul._____________________________________Benefcios esperados dos Programas propostos para o Plano Estadual de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul.___________________Prioridade e urgncia dos Programas propostos para o Plano Estadual de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul.______________________Cronograma de desenvolvimento dos Programas propostos para o Plano Estadual de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul.__________

    Quadro 45

    Quadro 46

    Quadro 47

    Quadro 48

    Quadro 49Quadro 50

    Quadro 51

    Quadro 52

    Quadro 53Quadro 54Quadro 55Quadro 56Quadro 57Quadro 58

    147

    148

    148

    149149

    149

    149

    149150150155180182183

    v

  • SIGLAS E ABREVIATURAS

    ABEP

    ABAS

    ABRH

    AEM

    AGEHAB

    AGEPAN

    AGIOSUL

    AGRAER

    AHIPAR

    AHRANA

    ANA

    ANEEL

    ANVISA

    APA

    APAI

    APP

    ARM

    ASSOMASUL

    BAP

    BID

    BIRD

    BNDES

    CBH

    CDI

    CEDEPLAR

    CODESP

    CDS

    CEC

    CECA

    CEMTEC

    CERBMA

    CERH

    CGH

    CI

    CIC

    CIDEMA

    CIEA

    CIT

    CNARH

    CNPq

    CNRH

    COINTA

    CONABIO

    CONAMA

    CONFELES

    CONPESCA

    CPRM

    CPTEC

    CRA

    CREA-MS

    Associao Brasileira de Estudos de Populao

    Associao Brasileira de guas Subterrneas

    Associao Brasileira de Recursos Hdricos

    Agncia Estadual de Metrologia

    Agncia de Habitao Popular do Estado de Mato Grosso do Sul

    Agncia Estadual de Regulao de Servios Pblicos de Mato Grosso do Sul

    Agncia Estadual de Imprensa Oficial

    Agncia de Desenvolvimento Agrrio e Extenso Rural

    Administrao da Hidrovia do Paraguai

    Administrao da Hidrovia do Paran

    Agncia Nacional de guas

    Agncia Nacional de Energia Eltrica

    Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria

    rea de Proteo Ambiental

    Associao dos Produtores de Arroz e Irrigantes de Mato Grosso do Sul

    rea de Preservao Permanente

    Armazenamento de gua no Solo

    Associao dos Municpios de Mato Grosso do Sul

    Bacia do Alto Paraguai

    Banco Interamericano de Desenvolvimento

    Banco Mundial

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social

    Comit de Bacia Hidrogrfica

    Conselho de Desenvolvimento Industrial

    Centro de Planejamento e Desenvolvimento Regional

    Companhia Docas do Estado de So Paulo

    Conselho de Desenvolvimento Social

    Conselho Estadual das Cidades de Mato Grosso do Sul

    Conselho Estadual de Controle Ambiental

    Centro Estadual de Monitoramento do Tempo, Clima e Recursos Hdricos

    Comit Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlntica de Mato Grosso do Sul

    Conselho Estadual de Recursos Hdricos

    Central Geradora Hidreltrica

    Conservao Internacional

    Comit Intergovernamental Coordenador dos Pases da Bacia do Prata

    Consrcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Integrado das Bacias dos Rios Miranda e Apa

    Comisso Interistitucional de Educao Ambiental

    Comisso Intergestora Tripartite

    Cadastro Nacional de Usurios de Recursos Hdricos

    Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico

    Conselho Nacional de Recursos Hdricos

    Consrcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentvel da Bacia do Rio Taquari

    Conselho Nacional de Biodiversidade

    Conselho Nacional do Meio Ambiente

    Conselho Gestor do Fundo de Defesa e Reparao de Interesses Difusos Lesados

    Conselho Estadual de Pesca

    Servio Geolgico do Brasil

    Centro de Previso do Tempo e Estudos Climticos

    Comisso Mista Brasileiro Paraguaia para o Desenvolvimento Sustentvel e a Gesto Integrada da Bacia do Rio Apa

    Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso do Sul

    vi

  • CTGRHT

    CT-HIDRO

    CVRD

    DEF

    DNIT

    DNOS

    DNPM

    EMBRAPA

    ENERSUL

    EPE

    ETR

    EVP

    EXC

    FAMASUL

    FEPAM

    FERTEL

    FGV

    FIEMS

    GAF

    GCF

    GEF

    GLA

    GRF

    GRH

    GRPF

    IBAMA

    IBGE

    IDS

    IESF

    ILAC

    IMASUL

    INMET

    INSARM

    LI

    LO

    LP

    MERCOSUL

    MMA

    MRE

    MTE

    ONG

    ONS

    ONU

    PAC

    PCH

    PEEA

    PERH-MS

    PLANASA

    PNAD

    PNDS

    PNRH

    PNUD

    PNUMA

    PMA

    Cmara Tcnica Permanente de Gesto de Recursos Hdricos Transfronteirios

    Fundo Setorial de Recursos Hdricos

    Companhia Vale do Rio Doce

    Deficincia Hdrica

    Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes

    Departamento Nacional de Obras de Saneamento

    Departamento Nacional de Pesquisas Minerais

    Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria

    Empresa de Energia de Mato Grosso do Sul

    Empresa de Pesquisa Energtica

    Evapotranspirao Real

    Evapotranspirao Potencial

    Excedente Hdrico

    Federao de Agricultura e Pecuria de Mato Grosso do Sul

    Fundao Estadual de Proteo Ambiental Henrique Luiz Roessler

    Fundao Estadual Jornalista Luiz Chagas de Rdio e TV Educativa de Mato Grosso do Sul

    Fundao Getlio Vargas

    Federao das Indstrias de Mato Grosso do Sul

    Gerncia de Administrao e Finanas

    Gerncia de Controle e Fiscalizao

    Global Environment Facilities (Fundo para o Meio Ambiente Mundial)

    Gerncia de Licenciamento Ambiental

    Gerncia de Recursos Florestais

    Gerncia de Recursos Hdricos

    Gerncia de Recursos Pesqueiros e Fauna

    Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis

    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    ndice de Desenvolvimento Social

    Instituto de Ensino Superior da Funlec Fundao Lowtons de Educao e Cultura

    Iniciativa Latino-Americana e Caribenha para o Desenvolvimento Sustentvel

    Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul

    Instituto Nacional de Meteorologia

    International Shared Aquifer Resources Management

    Licena de Instalao

    Licena de Operao

    Licena Prvia

    Mercado Comum do Cone Sul

    Ministrio do Meio Ambiente

    Ministrio das Relaes Exteriores

    Ministrio do Trabalho e Emprego

    Organizao No Governamental

    Operador Nacional do Sistema

    Organizao das Naes Unidas

    Programa de Acelerao do Crescimento

    Pequena Central Hidreltrica

    Programa Estadual de Educao Ambiental

    Plano Estadual de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul

    Plano Nacional de Saneamento

    Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio

    Programa Nacional de Desenvolvimento da Sade

    Plano Nacional de Recursos Hdricos

    Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento

    Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente

    Polcia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul

    vii

  • PPA

    PROGUA

    PROALCOOL

    PROBIO

    PRODES

    PROFEAP

    PRONABIO

    PUA

    Q7,10

    q7,10

    RAIS

    RPPN

    SAAE

    SAAP

    SASG

    SAC

    SAB

    SAF

    SAG

    SAP

    SAPCC

    SANESUL

    SEGOV

    SEGRH

    SEMAC

    SEMADES

    SEMADUR

    SEOP

    SEPROTUR

    SIAGAS

    SIGEL

    SINGREH

    SINIMA

    SISAGUA

    SISNAMA

    SNIRH

    SNIS

    SRHU

    SUPEMA

    TFT

    TI

    UC

    UCDB

    UEMS

    UFMS

    UFRS

    UHE

    UnB

    UNIDERP

    UPG

    WMO

    ZEE

    Plano Plurianual

    Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Hdricos

    Programa Nacional do lcool

    Projeto de Conservao e Utilizao Sustentvel da Diversidade Biolgica Brasileira

    Programa de Despoluio de Bacias Hidrogrficas

    Programa de Formao de Educadores Ambientais do Pantanal

    Programa Nacional de Diversidade Biolgica

    Plano de Utilizao da gua na Minerao

    Vazo mnima com 7 dias de durao e tempo de retorno de 10 anos

    Vazo mnima especfica com 7 dias de durao e tempo de retorno de 10 anos

    Relatrio Anual de Informaes Sociais

    Reserva Particular do Patrimnio Natural

    Servio Autnomo de gua e Esgoto

    Sistema Aqufero Aquidauana Ponta-Grossa

    Sistema Aqufero Serra Geral

    Sistema Aqufero Cenozico

    Sistema Aqufero Bauru

    Sistema Aqufero Furnas

    Sistema Aqufero Guarani

    Sistema Aqufero Pr-cambriano

    Sistema Aqufero Pr-cambriano Calcrios

    Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul

    Secretaria de Estado de Governo

    Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hdricos

    Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Cincia e Tecnologia

    Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel de Campo Grande

    Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano

    Secretaria de Estado de Obras Pblicas

    Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrrio, da Produo, da Indstria, do Comrcio e do Turismo

    Sistema de Informao de guas Subterrneas

    Sistema de Informaes Georreferenciadas do setor Eltrico

    Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hdricos

    Sistema Nacional de Informaes de Meio Ambiente

    Programa de Vigilncia Ambiental em Sade

    Sistema Nacional de Meio Ambiente

    Sistema Nacional de Informaes sobre Recursos Hdricos

    Sistema Nacional de Informaes de Saneamento

    Secretaria Nacional de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano

    Superintendncia de Meio Ambiente e Recursos Hdricos

    Taxa de Fecundidade Total

    Terra Indgena

    Unidade de Conservao

    Universidade Catlica Dom Bosco

    Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

    Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

    Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    Usina Hidreltrica

    Universidade de Braslia

    Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Regio do Pantanal

    Unidade de Planejamento e Gerenciamento

    World Meteorological Organization

    Zoneamento Ecolgico-Econmico

    viii

  • Foto: Alexssandro LoyolaRio Paranaba - Municpio de Paranaba/MS

  • 26Foto: Edemir Rodrigues

  • 27

    INTRODUO

    No relatrio da Comisso Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, instituda pelas Naes Unidas no contexto da preparao da Conferncia Mundial do Meio Ambiente realizada no Rio de Janeiro (ECO 92), coloca-se o desafio de buscar um futuro mais prspero, mais justo e mais seguro, fundamentado nos princpios e no funcionamento das estruturas polticas e econmicas que mantenham e ampliem a base de recursos da Terra. Entretanto, para que esta ideia de desenvolvimento sustentvel se concretize torna-se necessrio ... compreender melhor os sintomas de desgaste que esto diante de ns, identificar suas causas e conceber novos mtodos de administrar os recursos ambientais e manter o desenvolvimento humano (CNMAD, 1988, p. 30).

    Nesse sentido, o documento mais importante ento gerado, a Agenda 21, ao reconhecer o escasseamento progressivo dos recursos hdricos no planeta e as limitaes decorrentes do desenvolvimento dos pases, afirmou ser inevitvel a adoo do planejamento e do manejo integrado dos recursos hdricos: O manejo holstico da gua doce como um recurso finito e vulnervel e a integrao de planos e programas hdricos setoriais aos planos econmicos e sociais nacionais so medidas de importncia fundamental para a dcada de 90 e o futuro.

    Em Mato Grosso do Sul, com a promulgao da Poltica Estadual de Recursos Hdricos (Lei n 2.406/2002), um salto em direo aos cenrios sustentveis desejados para o Pas e para o Estado expressos nos textos constitucionais e na legislao nacional, foi dado pela gesto dos recursos hdricos, com a sua insero em um quadro de sustentabilidade ambiental, social e econmica, embasado na definio de um marco regulatrio, de instituies especficas e de conceitos apropriados para descrever e operar os novos arranjos polticos e pactos sociais correspondentes progressiva capilarizao da viso integrada, compartilhada e participativa das polticas pblicas.

    Nesse sentido, o Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hdricos (SEGRH) institudo um protagonista da maior importncia por articular os esforos multissetoriais para a plena implementao dos objetivos e princpios definidos na Poltica Estadual, buscando superar as dificuldades e deficincias estruturais para a construo e consolidao de instrumentos de planejamento estratgico para alcanar a situao de

    sustentabilidade almejada.A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do

    Planejamento, da Cincia e Tecnologia (SEMAC), instituio integrante do SEGRH, tem como competncia planejar, coordenar, supervisionar e controlar as aes relativas ao meio ambiente e aos recursos hdricos. Compete, ainda, orientar e supervisionar a execuo das polticas e diretrizes governamentais fixadas para essas reas. Neste contexto, compete ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), entidade vinculada SEMAC, a implementao da Poltica Estadual de Recursos Hdricos, dentre outras atribuies inerentes gesto dos recursos hdricos no Estado.

    A elaborao do Plano Estadual de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul (PERH-MS) faz parte deste esforo. Trata-se de uma exigncia da Poltica Estadual de Recursos Hdricos, como um dos instrumentos preconizados para dar suporte gesto das guas. No PERH-MS construda e comunicada a viso do Estado relativa situao atual dos recursos hdricos e como a deseja no futuro, para cuja concretizao expressa metas e estratgias que sero perseguidas.

    A necessidade de planejar o aperfeioamento da gesto das guas impe-se pela complexidade decorrente do desenvolvimento econmico, do aumento populacional, da expanso da agricultura, das presses locais, da urbanizao, das mudanas tecnolgicas e das necessidades e demandas ambientais e sociais, em meio s incertezas do futuro sobre quando, como, onde e com que intensidade ocorrero tais demandas.

    A construo de uma estratgia estadual voltada aos recursos hdricos implicou na considerao conjunta: de uma etapa diagnstica (situao atual das guas e dos problemas identificados, bem como a avaliao crtico-construtivo do que foi e est sendo feito para o equacionamento desses problemas); de uma etapa prognstica (considerao dos cenrios prospectivos traados para o desenvolvimento macroeconmico do Pas e do Estado, que repercutiro de modo significativo sobre as disponibilidades hdricas estaduais, em quantidade e em qualidade); da seleo de princpios e diretrizes emanados da avaliao diagnstica e prognstica; e de uma etapa propositiva de programas e

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    aes voltadas ao contnuo aprimoramento da gesto dos recursos hdricos no Estado.

    Alm da considerao do Estado como um todo, os estudos e proposies consideraram tambm como unidades territoriais as Regies Hidrogrficas do Paran e do Paraguai, e, nestas, as correspondentes Unidades de Planejamento e Gerenciamento (UPGs) de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul.

    O elemento central do estudo a produo de um quadro com a identificao e o relacionamento entre si dos problemas mais relevantes da situao dos recursos hdricos do Estado neste momento, por meio da enumerao das variveis consideradas mais importantes, incluindo a matriz institucional, o marco regulatrio e os aspectos naturais e socioeconmicos, bem como da relao entre elas.

    Entretanto, aceita-se de antemo a impossibilidade de esgotar todas as nuances da realidade, considerando a complexidade das situaes produzidas em sociedade.

    As disponibilidades e demandas hdricas para abastecimento humano e os principais usos econmicos formam o cerne deste estudo e focalizam tanto as guas superficiais como as guas subterrneas e cobrem tanto os aspectos quantitativos como os qualitativos. Nesse sentido, procurou-se escalonar as UPGs quanto sua criticidade com base na anlise comparativa de variveis e parmetros relacionados aos diversos usos das guas.

    Quanto etapa prognstica, ressalta-se que cenrios so hipteses narradas de futuros divergentes e abertos a mltiplas possibilidades, com a finalidade de definir o campo possvel das manifestaes dos eventos incertos, permitindo assim, a partir de uma melhor percepo dos riscos nas tomadas de deciso, antecipar decises, formular estratgias e reprogramar aes com melhor qualidade e maior eficincia.

    Finalmente, no que se refere aos programas propostos, estes se configuram como respostas que tm como referncias o diagnstico e o prognstico sobre as condies e as presses sobre as guas do Estado, tanto atuais quanto considerando os possveis cenrios futuros. Buscaram tambm articular aspectos e singularidades que compem a tipologia dos problemas identificados, e que requerem em alguns casos a ampliao do foco de abordagem para alm dos recursos hdricos em sentido estrito,

    inserindo aspectos como o de uso e ocupao do solo no meio rural e de saneamento ambiental urbano.

    A elaborao deste Plano envolveu a articulao de diferentes reas do conhecimento relacionadas aos usos dos recursos hdricos, alm da organizao e a conduo do processo de participao pblica, com vistas a subsidiar a futura execuo do Plano.

    Todas as informaes geradas e analisadas tm origem em fontes secundrias publicadas ou oficiais existentes nos organismos federais, estaduais, meios acadmicos, programas e projetos, entre outros. Vazios de informao detectados foram identificados para que possam ser preenchidos ao longo da implementao do Plano, se pertinentes.

    A elaborao do PERH-MS contou com a decisiva contribuio da Secretaria de Recursos Hdricos e Ambiente Urbano (SRHU), do Ministrio do Meio Ambiente (MMA), no mbito do Projeto BRA/OEA 01/02 - Programa de Estruturao Institucional para a Consolidao da Poltica Nacional de Recursos Hdricos, por meio de apoio tcnico e da contratao de consultores.

    Ressalta-se ainda a relevncia do Grupo Tcnico Permanente de Trabalho representativo de instituies pblicas e de organizaes no governamentais de segmentos de usurios e de proteo ambiental, que foi institudo para o acompanhamento do PERH-MS. Essa deciso baseou-se no entendimento de que esta seria uma grande oportunidade de fortalecimento do Conselho Estadual de Recursos Hdricos, instncia mxima do Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hdricos e responsvel pela conduo poltica e aprovao do PERH-MS.

    Tal acompanhamento se deu por meio da vinculao do Grupo Tcnico Permanente de Trabalho com as etapas de diagnstico, prognstico e proposio de programas e com o processo de articulao institucional e de mobilizao social do PERH-MS, aps a constituio do Grupo em 2008 at a apreciao deste produto final em julho de 2009.

    Se, por um lado, ampliou-se o tempo demandado para a elaborao do Plano, por outro lado, o envolvimento dos diversos entes representativos dos interesses relacionados aos recursos hdricos, ao explicitar desafios e demandas, contribuiu para a consolidao do prprio Sistema Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hdricos.

  • 29

    Foto: Paulo Robson de SouzaRio Caracol - Municpio de Caracol/MS

  • 30Foto: Paulo Robson de Souza Foz do Rio Formoso

  • 31Foto: Thiago Moser

    Parque das Naes Indgenas - Campo Grande/MS

    1 BASE TERRITORIAL PARA A GESTO ESTADUAL DOS RECURSOS HDRICOS

    1.1 UNIDADES DE PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO

    A partir de deciso acordada entre a equipe de consultores do Plano Estadual de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul (PERH-MS) e a coordenao da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Planejamento, da Cincia e Tecnologia (SEMAC), foram definidas as Unidades de Planejamento e Gerenciamento de Mato Grosso do Sul (UPGs), as quais passaram a corresponder respectivamente a cada uma das sub-bacias hidrogrficas que vm sendo adotadas pelo Estado de Mato Grosso do Sul (MATO GROSSO DO SUL, 1990).

    Totalizam 15 UPGs, cujos nomes guardam correspondncia com a toponmia de seu rio principal e apresentam um nmero de cdigo representado pelo algarismo romano I e II conforme situadas, respectivamente, nas Regies Hidrogrficas do Paran ou do Paraguai, seguida de algarismo arbico, de 1 a 9 ou de 1 a 6, conforme situadas em cada uma das Regies correspondentes, como se seguem:

    Para a composio da base cartogrfica representativa das UPGs, foram editados os polgonos das reas ocupadas pelos municpios em cada UPG usando-se a base da Malha Municipal Digital, escala 1:1.000.000, do IBGE (2005), gerando-se as reas em km2 e o percentual ocupado por municpio em relao

    I. Regio Hidrogrfica do Paran

    II. Regio Hidrogrfica do Paraguai

    I.1 UPG IguatemiI.2 UPG AmambaiI.3 UPG Ivinhema I.4 UPG PardoI.5 UPG VerdeI.6 UPG SucuriI.7 UPG QuitriaI.8 UPG SantanaI.9 UPG Apor

    II.1 UPG CorrentesII.2 UPG TaquariII.3 UPG MirandaII.4 UPG NegroII.5 UPG NabilequeII.6 UPG Apa

    s reas de cada UPG. Tambm foram selecionados elementos topogrficos das Regies Hidrogrficas do Paran e Paraguai, escala 1:1.000.000, gerados pela SEMAC/IMASUL, e as Malhas Hidrogrficas unifilar e bifilar, escala 1:1.000.000, geradas pelo Servio Geolgico do Brasil (CPRM, 2006).

    No mapeamento das UPGs foram coletados arquivos grficos formatos shapefile e dados alfanumricos dos estudos consolidados e publicados no Estado de Mato Grosso do Sul, usando a composio de sobreposio (camadas) para estruturao dos elementos topogrficos. Com relao a alguns dados, por causa de sua complexidade, tornou-se necessrio edit-los grfica ou tabularmente.

    Para a elaborao dos produtos cartogrficos usou-se o software Arcview 3.2, formato da maioria dos dados geoespaciais disponibilizados. So dados grficos em formato shapefile e dados alfanumricos em formato Database File (DBF).

    Na Figura 1 visualizam-se as 15 UPGs e no Quadro 1 a distribuio das reas de seus respectivos municpios.

  • 32

    Figura 1. Unidades de Planejamento e Gerenciamento adotadas no Plano Estadual de Mato Grosso do Sul.

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    UPG/Municpio rea (km) % na UPGRegio Hidrogrfica do Paran

    I.1 Iguatemi

    I.2 Amambai

    I.3 Ivinhema

    Amambai 1.307,717 31,12Coronel Sapucaia* 785,009 76,30Eldorado 1.017,788 100,00Iguatemi* 1.350,805 45,84Itaquira 321,883 15,60Japor 419,804 100,00Mundo Novo 479,327 100,00Paranhos 1.302,138 100,00Sete Quedas 825,925 100,00Tacuru 1.785,315 100,00Total da UPG 9.595,823

    Amambai* 2.894,581 68,88Aral Moreira 1.656,185 100,00Caarap 659,395 31,55Coronel Sapucaia 243,889 23,70Iguatemi 1.595,872 54,16Itaquira* 1.741,993 84,40Juti* 905,786 57,16Laguna Carap 1.001,585 57,77Navira* 999,845 31,31Ponta Por 249,668 4,69Total da UPG 11.949,013

    Anaurilndia 3.395,540 100,00Anglica 1.273,199 100,00Antnio Joo 469,137 41,02Bataypor 1.828,214 100,00Caarap* 1.430,311 68,45Deodpolis 831,263 100,00Douradina 280,689 100,00Dourados 4.086,387 100,00Ftima do Sul 315,237 100,00Glria de Dourados 491,758 100,00Itapor 1.322,003 100,00Ivinhema 2.009,887 100,00Jatei 1.927,966 100,00Juti 678,813 42,84Laguna Carap* 732,260 42,23Maracaju* 4.101,701 77,41Navira * 2.193,994 68,69Nova Alvorada do Sul* 1.508,264 37,53Nova Andradina* 2.971,124 62,21Novo Horizonte do Sul 849,117 100,00Ponta Por* 4.218,275 79,16Rio Brilhante 3.987,529 100,00Sidrolndia* 2.582,858 48,86Taquarussu 1.041,121 100,00Vicentina 310,216 100,00Total da UPG 44.837,155

    UPG/Municpio rea (km) % na UPGRegio Hidrogrfica do Paran

    I.4 Pardo

    I.5 Verde

    Bandeirantes* 1.973,405 63,34Bataguassu 2.416,718 100,00Brasilndia 1.540,304 26,53Camapu 76,435 2,84Campo Grande* 7.552,362 93,28Jaraguari* 2.041,734 70,09Nova Alvorada do Sul 2.510,945 62,47Nova Andradina 1.804,972 37,79Ribas do Rio Pardo* 11.911,262 68,82Santa Rita do Pardo 6.141,615 100,00Sidrolndia 1.349,773 25,53Total da UPG 39.419,362

    gua Clara* 7.804,075 70,75Brasilndia* 4.266,588 73,47Camapu 2.839,934 45,78Costa Rica 140,631 2,46Figueiro 363,762 7,99Ribas do Rio Pardo 5.397,456 31,18Trs Lagoas 3.371,684 33,04Total da UPG 24.183,897

    I.6 Sucuri

    I.9 Apor

    I.7 Quitria

    I.8 Santana

    gua Clara 3.226,998 29,25Cassilndia 2.288,689 62,71Chapado do Sul* 3.714,492 96,46Costa Rica* 4.562,509 79,72Figueiro 191,571 4,21Inocncia* 4.570,322 79,12Selvria* 2.533,193 77,74Trs Lagoas* 6.834,686 66,96Total da UPG 27.192,974

    Cassilndia* 1.361,141 37,29Chapado do Sul 136,201 3,54Paranaba 1.259,287 23,31Total da UPG 2.756,724Total da Regio 169.488,663

    Aparecida do Taboado* 2.361,299 85,86Inocncia 1.205,939 20,88Paranaba 350,837 6,49Selvria 725,460 22,26Total da UPG 5.372,096

    Aparecida do Taboado 388,831 14,14Paranaba* 3.792,654 70,20Total da UPG 4.181,619

    Quadro 1. Unidades de Planejamento e Gerenciamento (UPGs) de Recursos Hdricos de Mato Grosso do Sul: rea e municpios integrantes

  • 34

    UPG/Municpio rea (km) % na UPGRegio Hidrogrfica do Paraguai

    II.1Correntes

    II.3 Miranda

    II.2 Taquari

    Corumb 1.500,387 2,31Coxim 1.660,792 25,90Pedro Gomes* 1.723,445 47,20Sonora 4.075,437 100,00Total da UPG 8.959,978

    Anastcio 2.949,206 100,00Aquidauana* 5.234,937 30,87Bandeirantes 1.142,109 36,66Bodoquena 2.507,244 100,00Bonito* 4.622,261 93,68Campo Grande 543,689 6,72Corguinho* 1.183,539 44,82Corumb 1.946,675 3,00Dois Irmos do Buriti* 2.217,903 94,60Guia Lopes da Laguna 1.210,472 100,00Jaraguari 871,266 29,91Jardim* 2.020,494 91,77Maracaju 1.197,139 22,59Miranda* 5.192,560 94,78Nioaque 3.923,798 100,00Ponta Por 697,049 13,08Rochedo 1.560,647 100,00So Gabriel do Oeste 444,521 11,50Sidrolndia 1.353,859 25,61Terenos 2.841,240 100,00Total da UPG 43.663,571

    Alcinpolis 4.399,676 100,00Camapu* 3.187,471 51,38Corumb* 38.965,025 59,98Costa Rica 1.019,694 17,82Coxim* 4.750,760 74,10Figueiro* 3.999,259 87,81Ladrio 342,509 100,00Pedro Gomes 1.927,726 52,80Rio Verde de MT* 2.822,852 34,63So Gabriel do Oeste* 3.420,338 88,50Total da UPG 64.834,656

    UPG/Municpio rea (km) % na UPG

    II.4 Negro

    Aquidauana 11.723,559 69,13Corguinho 1.457,275 55,18Corumb 14.402,801 22,17Dois Irmos do Buriti 126,708 5,40Rio Negro 1.807,665 100,00Rio Verde de MT 5.329,123 65,37Total da UPG 34.845,653

    II.5 Nabileque

    II.6 Apa

    Corumb 8.145,975 12,54Miranda 286,067 5,22Porto Murtinho 9.883,935 55,73Total da UPG 18.315,750

    Antnio Joo* 674,613 58,98Bela Vista 4.895,543 100,00Bonito 312,057 6,32Caracol 2.938,675 100,00Jardim 181,231 8,23Ponta Por 163,629 3,07Porto Murtinho* 7.850,990 44,27Total da UPG 17.016,693Total da Regio 187.636,301Total do Estado 357.124,964

    *Municpios com insero parcial, porm com sede dentro da UPG.reas intermunicipais em litgio no so computadas no clculo das percentagens dos territrios municipais nas UPGs.

    Fonte das reas municipais: IBGE, Resoluo n 05, de 10 de outubro de 2002.

    1.2 RECURSOS HDRICOS DE MATO GROSSO DO SUL

    1.2.1 guas superficiais

    No territrio de Mato Grosso do Sul configuram-se duas das 12 Regies Hidrogrficas do Brasil, conforme definidas pela Resoluo do CNRH n 32/2003: a Regio Hidrogrfica do Paraguai, constituda pela bacia do rio Paraguai, a oeste, e a Regio Hidrogrfica do Rio Paran, constituda pela bacia do rio Paran, a leste. Esta configurao delimita claramente no Estado o divisor de guas que se estende de nordeste a sudoeste (Figura 2).

    A Regio Hidrogrfica do Paran ocupa a rea total de 169.488,663 km, o que representa aproximadamente 47,46% da rea do Estado. Nesta Regio destacam-se os rios Apor, Sucuri, Verde, Pardo, Ivinhema, Amambai e Iguatemi, margem direita do rio Paran.

    O rio Paran tem como principais formadores os rios Paranaba e Grande, no trplice limite entre os estados de So Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

    A Regio Hidrogrfica do Paraguai em Mato Grosso do Sul ocupa a rea de 187.636,301 km, que representa 52,54% da rea total do Estado. Destacam-se nesta Regio os rios Taquari, Miranda, Negro e Apa, margem esquerda do rio Paraguai. Nesta Regio, que compreende o Pantanal Mato-grossense, a dinmica das guas superficiais est vinculada a fatores como declividade e descarga dos principais rios que atravessam a rea, aliados ao regime climtico, natureza dos solos e suporte geolgico. (BRASIL, MME, 1982).

  • 35

    Figura 2. Rede hidrogrfica do Estado de Mato Grosso do Sul.

  • 36

    Configuram-se duas partes principais: uma superior, acima da cota de 200m (planalto), cuja declividade dos rios superior a 6 cm/km; e uma inferior, na cota mdia nvel de 100m (plancie), onde a declividade de 1 a 3 cm/km, o que ocasiona a inundao de grandes reas (UFRGS, 2002). O Pantanal Mato-grossense, juntamente com sua poro situada em Mato Grosso, representa a maior plancie contnua de inundao do planeta.

    A complexa drenagem da plancie pantaneira constituda por pequenos cursos dgua (crregos), linhas de drenagem de declividade moderada, mas sem canal bem desenvolvido (vazantes), vazantes com seo definida (corixos e corixes), lagos e lagoas (baas) e lagoas ou antigos meandros marginais.

    Ainda conforme Brasil (1982),

    ... as reas de acumulao inundvel representam uma regio intermitentemente inundada de grande extenso espacial e que no so subordinadas diretamente a drenagem principal. A contribuio pluvial em relao aos pantanais se faz mais em funo das precipitaes que ocorrem nas reas planlticas do que aquelas que ocorrem na regio pantaneira propriamente dita (plancie)....

    UPG Estado/Pas Municpio Fronteira/limites (km)

    Regio Hidrogrfica do Paran

    Iguatemi Paraguai Mundo Novo seca - 23,5 Paran rio Paran - 23 Paraguai Japor seca - 25,0 Paraguai Sete Quedas seca - 110 Paraguai Paranhos seca - 87 Paraguai Coronel Sapucaia seca -46 Paran Itaquira rio Paran - 39Amambai Paraguai Aral Moreira seca - 80 Paraguai Coronel Sapucaia seca (Pequena extenso nesta UPG) Paraguai Ponta Por seca - 38 Paran Itaquira rio Paran - 39 Paran Navira rio Paran - 54Ivinhema So Paulo Bataypor rio Paran - 30 Paran rio Paran - 29 Paran Taquarussu rio Paran - 43 So Paulo Anaurilndia rio Paran - 79 Paraguai Ponta Por seca - 38 Paran Navira rio Paran - 54 Paraguai Antnio Joo seca - 23; crrego Estrela - 102Pardo So Paulo Bataguassu rio Paran - 40 So Paulo Santa Rita do Pardo rio Paran - 30 So Paulo Brasilndia rio Paran - 59Verde So Paulo Brasilndia rio Paran - 59 Mato Grosso Costa Rica seca 11; rib. Furnas - 9 Gois Costa Rica seca - 68 So Paulo Trs Lagoas rio Paran - 85

    Quadro 2. Linhas secas e naturais transfronteirias e interestaduais por Unidade de Planejamento e Gerenciamento e municpios.

    Segundo Rondon (1936, citado por BRASIL, 1982), Esta situao especfica da dinmica fluvial ocorre de forma

    alterada em relao s duas reas da bacia, na parte sul elas

    esto apenas iniciando; e quando chegam a atingir o mximo

    na parte sul, na parte norte j comeam a baixar o nvel.

    Ao se comparar as duas Regies, tem-se que o menor

    coeficiente de escoamento ocorre na bacia do rio Paraguai por

    causa, principalmente, da baixa capacidade de drenagem do

    Pantanal que recebe as vazes do Planalto da bacia e retm

    grande parte do volumes de gua diminuindo as vazes

    para jusante, o que caracteriza uma variabilidade sazonal

    significativa a ser considerada quando da disponibilidade

    hdrica.

    No Quadro 2 so apresentadas as linhas dos limites,

    contguas a faixas de fronteira das bacias hidrogrficas por

    UPG.

    1.2.2 guas subterrneas

  • 37

    UPG Estado/Pas Municpio Fronteira/limites (km)

    Regio Hidrogrfica do Paran

    Regio Hidrogrfica do Paraguai

    Sucuri So Paulo Trs Lagoas rio Paran - 85 Gois Costa Rica seca 11; rib. Furnas - 9 Gois Chapado do Sul seca 9; rio Apor - 61 Gois Cassilndia rio Apor - 61 So Paulo Selvria rio Paran - 40Quitria So Paulo Trs Lagoas rio Paran - 85 Minas Gerais Aparecida do Taboado rio Paranaba - 37 So Paulo rio Paran - 51 So Paulo Selvria rio Paran - 40Santana Gois Cassilndia rio Apor - 102 Minas Gerais Paranaba rio Paranaba - 47 Minas Gerais Aparecida do Taboado rio Paranaba - 37 So Paulo rio Paran - 51Apor Gois Chapado do Sul seca 9; rio Apor - 61 Gois Cassilndia rio Apor - 102 Minas Gerais Paranaba rio Apor - 61; Rio Paranaba - 47

    Correntes Mato Grosso Sonora seca - 44,9; rio Correntes - 287; crr. Arame - 30; rio do Peixe -10Taquari Bolvia Corumb seca - 291,7; rio Paraguai 48; arr. Conceio 3; Canal Tamengo 6; Desag. Lagoa Mandior - 8,8; Canal D. Pedro ou rio Pardo - 35 Mato Grosso Corumb Margem da Lagoa Uberaba - 2,5; Sangradouro - 12; rio So Loureno -155; rio Piquir ou Itaquira - 269 Mato Grosso Alcinpolis rio Taquari 137; rio. Furnas - 26 Mato Grosso Pedro Gomes rio do Peixe - 42Miranda - - -Negro - - -Nabileque Paraguai Porto Murtinho rio Paraguai 168 (junto com a UPG Apa) Paraguai Corumb rio Paraguai - 61 Bolvia Corumb rio Paraguai - 48Apa Paraguai Bela Vista rio Estrela - 47; rio Apa - 144 Paraguai Caracol rio Apa - 89,5 Paraguai Antnio Joo seca 23; crrego Estrela - 102 Paraguai Porto Murtinho rio Apa -84; rio Paraguai - 168 (junto com a UPG Nabileque)

    As unidades hidrogeolgicas ou sistemas aquferos do

    Estado de Mato Grosso do Sul so identificados por dois

    grandes grupos de rochas, as sedimentares, definindo

    os aquferos porosos, e as gneas-metamrficas, que

    constituem os aquferos fraturados ou de fissuras. Os

    aquferos porosos ocorrem nas bacias sedimentares do

    Paran e do Pantanal e os fraturados, no embasamento

    cristalino e em uma formao da Bacia do Paran.

    Consideram-se oito unidades aquferas para o

    Estado de Mato Grosso do Sul (Figura 3), discriminadas

    a seguir:

    Sistema Aqufero Cenozico Sistema Aqufero Bauru Sistema Aqufero Serra Geral Sistema Aqufero Guarani Sistema Aqufero Aquidauana-Ponta Grossa Sistema Aqufero Furnas Sistema Aqufero Pr-cambriano Calcrios Sistema Aqufero Pr-cambriano

    O Quadro 3 apresenta as reas de afloramento dos sistemas aquferos nas UPGs.

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    Figura 3. Domnios hidrogeolgicos de Mato Grosso do Sul.

    SISTEMA AQUFERO CENOZICO

    SISTEMA AQUFERO BAURU

    SISTEMA AQUFERO SERRA GERAL

    SISTEMA AQUFERO GUARANI

    SISTEMA AQUFERO AQUIDAUANA PONTA GROSSA

    SISTEMA AQUFERO FURNAS

    SISTEMA AQUFERO PR-CAMBRIANO CALCRIOS

    SISTEMA AQUFERO PR-CAMBRIANO

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    Quadro 3. reas de afloramento (km2) dos Sistemas Aquferos por Unidade de Planejamento e Gerenciamento em Mato Grosso do Sul.

    Em termos de distribuio percentual em rea, os Aquferos Bauru e Cenozico so os de maior rea de afloramento, ambos aquferos livres, com respectivamente 37% e 27% da rea total de Mato Grosso do Sul. A distribuio na Regio Hidrogrfica do Paran mostra a importncia dos Aquferos Bauru e Serra Geral, com 75% e 24% respectivamente. No entanto, h que se considerar a relevncia do Aqufero Guarani, embora com pequena proporo de rea de afloramento, apenas 0,1% da rea dessa Regio Hidrogrfica. Esse aqufero encontra-se confinado, abaixo dos aquferos Bauru e Serra Geral e, portanto, com rea de afloramento muito inferior rea que se encontra confinado. Esta rea corresponde ao somatrio das reas de afloramento dos Aquferos Bauru e Serra Geral e apresenta grande reserva hdrica.

    A Regio Hidrogrfica do Paraguai caracteriza-se por maior diversidade de afloramentos de Aquferos, sendo o de maior expresso em rea o Aqufero Cenozico, com 51% da rea desta Regio Hidrogrfica, seguido pelo Aqufero Pr-cambriano, com 12%, pelos aquferos Guarani e Pr-cambriano Calcrios, com 12%, o Aqufero Aquidauana Ponta Grossa, com 9%, o Aqufero Serra Geral, com 6% e os aquferos Furnas e Bauru, com aproximadamente 3% da rea. importante ressaltar que nesta Regio

    Hidrogrfica, esses aquferos no se encontram sobrepostos.

    O Sistema Aqufero Cenozico, chamado Pantanal em alguns estudos (ANA, 2004; BRASIL, 2006a e 2006b), um aqufero poroso e livre; compreende principalmente os sedimentos da Bacia do Pantanal, predominando sedimentos arenosos finos, pouco compactados, e depsitos aluvionares recentes. Ocorre em todas as UPGs da Regio Hidrogrfica do Paraguai, sendo mais expressivo nas UPGs Taquari, Negro e Nabileque. Na Regio Hidrogrfica do Paran, formado por sedimentos fluviais do rio Paran, com distribuio restrita margem direita, em faixa, de Trs Lagoas a Bataguassu, ao norte, e de Bataypor a Itaquira, ao sul.

    O Sistema Aqufero Bauru constitudo por rochas sedimentares da Bacia do Paran, dos grupos Bauru (Formaes Vale do Rio do Peixe e Marlia) e Caiu (Formao Santo Anastcio), e pelas Coberturas Detrito-Laterticas, principalmente na regio de Sonora e So Gabriel do Oeste. um aqufero livre, com afloramento em grande parte do Estado, principalmente na Regio Hidrogrfica do Paran, onde aflora em todas as UPGs (praticamente toda a rea das UPGs Iguatemi, Verde, Sucuri, Quitria, Santana e Apor, exceto nos vales de algumas drenagens, onde ocorrem afloramentos do sistema Aqufero Serra

    UPG

    Regio Hidrogrfica do Paran

    Regio Hidrogrfica do Paraguai

    Iguatemi 44,3 9.408,5 437,9Amambai 251,0 6.922,2 4.827,3Ivinhema 2.058,6 21.334,4 23.160,3Pardo 4,9 31.829,5 6.458,1Verde 3,6 23.206,1 700,3 0,9Sucuri 152,0 24.116,8 2.578,5 17,4Quitria 4.849,7 109,9Santana 3.916,9 269,6 14,1Apor 3,1 2.320,1 336,0 111,1 0,1Subtotal 2.517,4 127.904,3 38.877,8 129,4 14,2

    Correntes 3.261,9 3,4 1.785,8 1.328,3 2.340,4 106,7Taquari 37.784,8 6.378,9 443,1 12.492,5 3.256,7 1.716,9 800,7 1.026,9Miranda 7.659,9 257,1 10.460,9 6.793,8 7.068,8 92,1 3.481,4 7.423,9Negro 28.918,7 230,1 2.756,1 2.347,1 633,8Nabileque 11.897,1 339,3 6.565,1Apa 4.877,6 6,4 694,4 775,6 2.504,4 1.853,0 6.853,4Subtotal 94.399,9 6.645,8 11.598,4 22.077,9 16.914,3 6.496,4 6.474,4 22.609,8Total 96.917,2 134.550,0 50.476,3 22.207,3 16.914,3 6.510,7 6.474,4 22.609,8

    SAC SAB SASG SAG SAAP SAF SAPCC SAP

    Sistema Aqufero

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    Geral). Representa um dos mais importantes aquferos do Estado, sendo responsvel pelo escoamento regional das guas subterrneas para importantes rios (Pardo, Verde e Sucuri, nas respectivas UPGs, e em rios menores das UPGs Quitria e Santana).

    O Sistema Aqufero Serra Geral formado essencialmente pelos basaltos e diabsios da Formao Serra Geral, do grupo So Bento, constituindo um aqufero fraturado, livre. Ocorre no centro-sul do Estado, no limite entre as Regies Hidrogrficas do Paraguai e Paran, com maior rea de afloramento nesta ltima. Destacam-se as UPGs Ivinhema e Amambai, embora este seja um importante Aqufero de Campo Grande, na UPG Pardo. Na Regio Hidrogrfica do Paraguai, o sistema Aqufero Serra Geral aflora nas UPGs Miranda e Apa, no extremo leste de ambas as unidades. Vrias cidades importantes do Estado tm como fonte de gua para abastecimento pblico, principal ou secundria, poos perfurados neste Aqufero, como Campo Grande, Dourados, Ponta Por, Caarap, Sidrolndia, entre outras.

    O Sistema Aqufero Guarani, um dos maiores Aquferos da Amrica do Sul, exibe limites transfronteirios entre os estados de Mato Grosso do Sul, Gois, So Paulo, Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no Brasil, e os pases Uruguai, Paraguai e Argentina. Encontram-se em Mato Grosso do Sul, 18% da rea total e 25% da rea brasileira do Aqufero. formado por rochas arenosas da Bacia do Paran (Grupo Rosrio do Sul e Pirambia no Brasil, e Buena Vista no Uruguai, Formaes Botucatu, no Brasil, Missiones, no Paraguai, e Tacuaremb, no Uruguai e Argentina) (GASTMANS, 2007).

    A espessura do pacote de rochas deste Sistema Aqufero da ordem de 800 metros (ARAJO et al. 1995), sendo superiores a 600m no Estado de Mato Grosso do Sul, prximo a Campo Grande. um importante manancial de abastecimento de cidades do Estado, tais como Campo Grande e So Gabriel do

    Oeste. Quanto ao Sistema Aqufero Aquidauana-Ponta

    Grossa, consideram-se as rochas sedimentares das Formaes Aquidauana e Ponta Grossa, embora de idades diferentes, como um sistema Aqufero, por suas propriedades de armazenamento de gua semelhantes no Estado. Este Sistema ocorre aflor