linhas cuidado hipertensao diabetes

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  • Linhas de Cuidado

    Hipertenso Arterial e Diabetes

    Braslia DF2010

    ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADEOrganizao Mundial da Sade Representao Brasil

  • 2010 Organizao Pan-Americana da Sade Representao BrasilTodos os direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total dessa obra, desde que citada a fonte e que no seja para venda ou qualquer fim comercial.

    Tiragem: 1. edio 2010 500 exemplares

    Elaborao, distribuio e informaes:ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA SADE REPRESENTAO BRASILSetor de Embaixadas Norte, Lote 19CEP: 70800-400 Braslia/DF Brasilhttp://www.paho.org/bra

    SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE DE DIADEMA-SPAv. Antonio Piranga, 655 CentroCEP:09911-160 Diadema/SP Brasilwww.diadema.sp.gov.br

    MINISTRIO DA SADECoordenao Nacional de Hipertenso e Diabetes CNHD/DAB/SASSAF/Sul, Trecho 02, Lote 05/06 - Torre II, Auditrio Sala 03 - Edifcio PremiumCEP: 70070-600 Braslia/DF Brasilhttp://www.saude.gov.br

    Coordenao e editorial:Enrique Gil e Alfonso Tenrio-Gnecco

    Elaborao tcnica:Micheline Marie Milward de Azevedo MeinersAparecida Linhares PimentaFatima LivoratoDouglas SchneiderLidia Siqueira

    Reviso Tcnica:Micheline Marie Milward de Azevedo MeinersAparecida Linhares PimentaRosa Maria Sampaio Villa-Nova de Carvalho

    Capa e Projeto Grfico:All Type Assessoria editorial Ltda.

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

    Organizao Pan-Americana da Sade. Linhas de cuidado: hipertenso arterial e diabetes. / Organizao Pan-Americana da Sade. Braslia: Organizao Pan-Americana da Sade, 2010. 232 p.: il. ISBN 978-85-7967-049-7

    1. Ateno Sade 2. Hipertenso 3. Diabetes 4. Redes de Ateno 5. Melhoria da qualidade I. Organizao Pan-Americana da Sade. II. Ttulo.

    NLM: W 84.6

    Unidade Tcnica de Informao em Sade,Gesto do Conhecimento e Comunicao da OPAS/OMS Representao do Brasil

    Ficha Catalogrfica

  • SumrioApresentao...................................................................................................................................................................5

    Justificativa .......................................................................................................................................................................7

    Finalidade, propsito e objetivos ..............................................................................................................16

    Marco lgico...................................................................................................................................................................18

    Resultados de Diadema para a Avaliao do Cuidado s Doenas Crnicas (ACIC) ...................................................................................................................................................................................24

    Ferramenta de mudanas..................................................................................................................................29

    Indicadores......................................................................................................................................................................33

    Fluxograma e Cronograma de Atividades..........................................................................................35

    Fluxogramas de atendimento de usurios no municpio de Diadema....................39

    1. Hipertenso.........................................................................................................................................................................412. Diabete..................................................................................................................................................................................463. Altadeinternaodoprontosocorroouhospitalmunicipal......................................................50

    Anexos.................................................................................................................................................................................53

    Anexo 1- Caderno de Ateno Bsica 14:prevenoclnicadedoenacardiovascular,cerebrovascularerenalcrnica

    Anexo 2- Caderno de Ateno Bsica 15:hipertensoarterialsistmica

    Anexo 3- Caderno de Ateno Bsica 16:diabetesmellitus

    Anexo 4- Integrao da rede municipal de ateno

    Anexo 5- Formulrios

    QuestionriodeAvaliaodaAtenosDoenasCrnicas(ACICverso3.5)

    FolhadeCompromissodaUBSparaoPerododeAo

    RelatrioMensaldeProgressodaUBS

    FichaparaAvaliaodeProjetosColaborativosqueutilizamoModelodeCuidadodeDoenasCrnicasMCC

  • Apresentao

    Estimado Profissional de Sade,

    Um dos maiores desafios da sade hoje em Diadema melhorar a qualidade da ateno bsica, e trabalhar com maior integrao entre os servios, construindo linhas de cuida-do e avanando no sentido da integralidade.

    Para enfrentar este desafio necessrio contar com trabalho interdisciplinar das equi-pes, investir na maior resolutividade das UBS, com oferta de aes diversas e que com-provadamente colaboram com a melhoria da qualidade de vida e autonomia dos pa-cientes nos seus processos de adoecimento, tais como acolhimento, grupos educativos, terapia comunitria, grupos de atividade fsica, atividades comunitrias, entre outros.

    A implementao deste trabalho exige processos de Educao Permanente, que prope mudanas das prticas profissionais baseadas na reflexo crtica sobre o processo de trabalho e incorporao de novos saberes no cotidiano das equipes.

    Considerando o aumento expressivo da incidncia e prevalncia da Hipertenso Arte-rial e do Diabetes Mellitus, a Secretaria Municipal de Sade de Diadema decidiu priorizar em 2010 a reorganizao de linhas de cuidados destes pacientes em todo sistema local de sade.

    Baseado nos dados do VIGITEL 2008, pesquisa telefnica realizada pelo Ministrio da Sade em todas as capitais brasileiras, Diadema conta atualmente com uma populao estimada de 71.037 pacientes portadores de Hipertenso Arterial e 17.557 pacientes portadores de Diabetes Mellitus, levando-se em conta a populao com idade igual ou superior a 18 anos.

    Com o estabelecimento de parcerias com o Ministrio da Sade, com a OPAS (Organi-zao Pan-Americana de Sade) e com a Faculdade de Medicina do ABC, iniciamos esse Projeto que visa o diagnstico atual de nossos servios, reorganizao dos processos de trabalho, educao permanente e a pactuao de protocolos e condutas das equipes mul-tiprofissionais.

    5Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • Construir um novo paradigma no sentido de responsabilizar as equipes pelo cuidado integral, superando a idia de que nosso papel tratar determinadas patologias parte essencial de nosso plano de trabalho.

    Nosso objetivo com este projeto melhorar o cuidado oferecido aos portadores de Hi-pertenso Arterial e do Diabetes Mellitus, realizando diagnstico precoce, tratamento adequado, preveno de seqelas e diminuio de internaes, atravs de projetos teraputicos individualizados, com linhas de cuidados que permeiem todos os nossos servios, e que contribuam para a autonomia dos pacientes.

    Aparecida Linhares PimentaSecretria de Sade de Diadema

    6 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • Justificativa O Plano Municipal de Sade de Diadema 2009/ 2012 foi aprovado pelo Conselho Muni-cipal de Sade em 22/10/2009, e tem como finalidade estabelecer o que vai ser realiza-do na Sade em Diadema no perodo de quatro anos, para garantir a ateno em sade aos usurios, segundo os preceitos de universalidade, equidade e integralidade do SUS. No Plano est expresso o compromisso poltico com a estruturao e implantao das linhas de cuidado para DM e HA. Assim sendo, parte do texto do presente Projeto foi extrado do Plano de Sade de Diadema, e complementado pela parceria com OPAS.

    O Plano, alm de aprofundar o diagnstico da situao de sade da populao residen-te em Diadema e detalhar as diretrizes, objetivos e aes prioritrias a serem desenvol-vidas pelos servios, programas e setores do Sistema Municipal de Sade de Diadema SMSD, explicita as referncias de Mdia e Alta Complexidade, de Urgncia e Emergn-cia, Hospitalar, e define as referncias pactuadas regionalmente no Colegiado de Gesto Regional - CGR e na Programao Pactuada Integrada (PPI). O Plano de Sade foi elabo-rado pelo Colegiado Gestor da SMSD, que responsvel pelo planejamento e gesto da Sade no municpio e pela execuo do Plano (PMD, 2010)

    Diadema pertence Regio Metropolitana de So Paulo, mais especificamente Regio do Grande ABC, formada por sete Municpios: Santo Andr, So Bernardo do Campo, So Caetano do Sul, Mau, Ribeiro Pires e Rio Grande da Serra e Diadema. Possui uma rea total de 30,7 Km2, e apresenta uma densidade demogrfica de 12.687 habitantes por Km2, uma das maiores do pas. Para efeitos de comparao a Regio do Grande ABC apresenta uma densidade demogrfica de 3.078 habitantes por Km2, e a Regio Metro-politana de So Paulo, 2.410 habitantes por Km2.

    Os dados no Censo 2000 mostram que a taxa de urbanizao do municpio corresponde a 100%, e a taxa de alfabetizao a 80,9%. No que diz respeito ao saneamento bsico, 99,1% dos residentes recebem abastecimento de gua pblico, 92,0% possuem rede esgoto e gua pluvial e 99,6% tm coleta pblica de lixo.

    O municpio vem acompanhando a transio demogrfica apresentada no Brasil, com mudanas rpidas na composio etria que evidenciam o envelhecimento populacio-nal acelerado. A populao residente estimada de 397.734 habitantes, na proporo de 93,1 homens para cada 100 mulheres, segundo projees divulgadas pelo DATASUS IBGE, para o ano de 2009, como pode ser observado na tabela a seguir (Tabela 1).

    7Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • Tabela 1: Distribuio demogrfica do municpio de Diadema em 2009, por idade e sexo (segundo projees DATASUS/IBGE)

    Faixa Etria Masculino Feminino Total

    0 a 09 anos 34.116 33.095 67.211

    10 a 19 anos 33.352 33.090 66.442

    20 a 29 anos 36.950 39.289 76.239

    30 a 39 anos 33.561 36.552 70.113

    40 a 49 anos 24.747 27.780 52.527

    50 a 59 anos 16.313 19.476 35.789

    60 a 69 anos 8.354 9.997 18.351

    70 a 79 anos 3.351 4.796 8.147

    80 anos e mais 1.035 1.880 2.915

    Total 191.779 205.955 397.734

    Fonte: DATASUS/IBGE

    Os dados dos censos de 1980 a 2000 mostram que no Brasil a proporo dos menores de 15 anos na populao se reduziu de 38,2% para 29,6%. Em Diadema essa queda tam-bm foi observada visto que em 1980 a proporo de menores de 15 anos era de 37,8% e em 2000 passou para 28,45%.

    Quanto s principais causas de internao hospitalar (morbidade) no municpio de Dia-dema, verifica-se que nos dois ltimos anos (2007 e 2008) a distribuio foi muito se-melhante: 1 causa relacionada gravidez, parto e puerprio com 20,7%, em 2007, e 20,6% em 2008; seguida das causas respiratrias com 12,8%, em 2007, e 12,7% em 2008; doenas circulatrias com 9,8%, em 2007, e 9,7% em 2008, e causas externas com 7,7% em 2007 e 8,7% em 2008.

    No que se refere s doenas do aparelho circulatrio houve predominncia das insu-ficincias cardacas com 20,21%, sendo a maioria em homens com idade acima de 50 anos, seguida de 15,71% de causas por doenas varicosas de membros inferiores em mulheres de 30 a 59 anos de idade, e 11,7% relacionadas a outras doenas isqumicas do corao em homens com idade acima de 50 anos.

    8 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • No caso de dados de mortalidade geral (tabela 2), segundo as causas mais frequen-tes, pode-se observar que as doenas do aparelho circulatrio ocupam o primeiro lugar (35,4% em 2008) seguidos de causas externas e neoplasias.

    Tabela 2: Mortalidade em residentes no municpio de Diadema, segundo causas mais freqentes por captulo do CID-10, no perodo de 2004 a 2008

    Causa Captulo (CID 10)

    Ano

    2004 2005 2006 2007 2008

    N % N % N % N % N %

    II. Neoplasias 317 15,8 300 15,3 320 16,7 311 15,6 165 12,2

    IX. Doenas do aparelho circulatrio

    575 28,6 595 30,3 599 31,2 690 34,7 480 35,4

    X. Doenas do aparelho respiratrio

    205 10,2 192 9,8 197 10,3 193 9,7 154 11,3

    XI. Doenas do aparelho digestivo

    127 6,3 119 6,1 130 6,8 118 5,9 74 5,5

    XX. Causas externas de morbidade e mortalidade

    396 19,7 409 20,9 321 16,7 296 14,9 181 13,3

    Outras causas 387 19,3 346 17,6 351 18,3 381 19,2 303 22,3

    Total 2007 100,0 1961 100,0 1918 100,0 1989 100,0 1357 100,0

    Fonte: SEADE

    Com relao s doenas do aparelho circulatrio, 56% dos bitos ocorreram no sexo masculino, sendo as doenas isqumicas do corao responsveis por 44,2% dos bitos entre os homens e 33,4% entre as mulheres (tabela 3). Em ambos os sexos a mortali-dade por essa causa mais freqente aps 45 anos de idade.

    9Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • Tabela 3: Mortalidade por Doenas do Aparelho Circulatrio em residentes no municpio de Diadema, por sexo, segundo grupos mais significativos de causas (CID-10), no ano de 2007.

    CID-10Homens Mulheres

    N % N %

    I20-I25 doenas isqumicas do corao 173 44,2 100 33,4

    I60-I69 doenas crebro vasculares 89 22,8 81 27,1

    I10-I15 doenas hipertensivas 18 4,6 24 8,0

    outras causas de doenas cardiovasculares 111 28,4 94 31,4

    I00-I99 doenas do aparelho circulatrio 391 100,0 299 100,0

    TOTAL GERAL 690Fonte: SEADE

    Esse cenrio local, tambm observado no Brasil, onde a hipertenso arterial e o diabe-tes so responsveis pela primeira causa de mortalidade (DCV) e, nas hospitalizaes e procedimentos de alto custo do SUS, so responsveis por grande parte de amputaes de membros inferiores, dilises (representam mais da metade do diagnstico primrio em pessoas com insuficincia renal crnica que so submetidas dilise) e procedimen-tos cardiovasculares.

    A anlise epidemiolgica, econmica e social do nmero crescente de pessoas que vi-vem com ou em risco de desenvolver HA e DM estabelece a necessidade de estabelecer programas e polticas pblicas de sade que minimizem as dificuldades dessas pessoas, de suas famlias e de seus amigos, e propiciem a manuteno da sua qualidade de vida. Fatores de risco, como o aumento do sobrepeso, obesidade e sedentarismo e a mudan-a de estilo de vida da populao observados nos ltimos anos esto associados ao incremento na prevalncia e complicaes da HA e DM (OMS, 2005).

    As aes integradas de preveno e cuidado Hipertenso Arterial e ao Diabetes Melli-tus ocorrem prioritariamente na ateno primria, que no Brasil se d, principalmente, atravs da Estratgia de Sade da Famlia (ESF), funcionando como a porta de entrada do Sistema de Sade e onde as aes de carter comunitrio apresentam possibilidade de serem muito mais eficazes. Os processos de trabalho para produo do cuidado na ESF pressupem que os profissionais de sade capacitados trabalhem de forma inter-

    10 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • disciplinar, que estabeleam vnculos com os usurios e que se responsabilizem pela Ateno Integral dos cidados.

    Quando se trata do cuidado de DCNT, o modelo tradicional, hospitalocntrico, de orga-nizao dos servios no consegue trazer a resolutividade e eficincia necessria ges-to. A proposta de Mendes (2009) que o sistema de sade seja organizado de forma a uma rede polirquica, onde a ateno primria de sade (APS) ocupe a posio central, devendo trabalhar de forma articulada e organizando a rede de ateno dentro de uma linha de cuidado pactuada entre todos os nveis envolvidos.

    Figura 1: Organizao polirquica em rede

    APS

    Ateno Especiali-

    zada

    Urgncia e Emergncia

    AtenoHospitalar

    Vigilncia e Monitoramento

    VigilnciaSanitria

    Fonte: Mendes, 2009

    11Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • O Sistema Municipal de Sade de Diadema est estruturado da seguinte maneira:

    19 Unidades Bsicas de sade UBS com 67 equipes de Sade da Famlia, 44 equipes de sade bucal, e 6 Ncleos de Apoio em Sade da Famlia NASF (ver figura 1 abai-xo a distribuio territorial no municpio);

    03 Unidades de Pronto Atendimento- UPA; Um Pronto Socorro Central, que funciona no prdio do Quarteiro da Sade; Um Hospital Municipal de 206 leitos, com Pronto Socorro; Servio de Atendimento Mvel de Urgencia- SAMU Quarteiro da Sade, onde funcionam o Centro Mdico de Especialidades ( CEMED),

    o Centro de Especialidades Odontolgicas (CEO), o Laboratrio Municipal de An-lises Clnicas, Servio de Fisioterapia e Reabilitao; Servios de Apoio Diagntico, Centro Cirrgico;

    Trs Centros de Ateno Psicossocial CAPS tipo III; Um CAPS de Alcool e Drogas; Um CAPS Infantil; Centro de Referncia em DST/AIDS e Hepatites; Centro de Referncia de Sade do Trabalhador; Vigilncia Sade: Vigilncia Sanitria e Vigilncia Epidemiolgica; Centro de Controle de Zoonoses; Setor de Transporte de Pacientes; Central Municipal de Regulao, Avaliao, Controle e Auditoria

    Para construir, equipar e colocar em funcionamento esta ampla e complexa rede de ser-vios, o municpio vem investindo valores significativos de seu oramento prprio em Sade em torno de 30%, o que representa o dobro do percentual definido na emenda Constitucional 29.

    12 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • Figura 2: Mapa das reas de abrangncia das Unidades Bsicas de Sade (UBS) do municpio de diadema

    UBS Maria Tereza

    UBS Parque Reid

    UBS Centro

    UBS Parque Real

    UBS Serraria

    UBS Eldorado

    UBS Vila Paulina

    UBS Jardim Inamar

    UBS Jardim Ruyce

    UBS Casa Grande

    UBS Jardim Promisso

    UBS Vila Nogueira

    UBS Piraporinha

    UBS Vila Nova Conquista

    UBS Vila So Jos

    UBS Jardim Canhema

    UBS Jardim das ABC

    UBS Jardim das Naes

    UBS Jardim Paineiras

    Os servios e aes oferecidas nesta rede de Ateno Sade so desenvolvidas por cerca de 4000 profissionais, incluindo 550 mdicos, 293 enfermeiros, 550 profissionais de nvel universitrio de outras cataegorias; 1.000 auxiliares e tcnicos de enfermagem, 450 agentes comunitrios de sade, 500 administrativos, entre outros.

    O grande desafio do SUS de Diadema hoje investir na melhoria da qualidade da aten-o oferecida populao, aperfeioando o acolhimento dos usurios, aumentando a resolutividade em toda a rede de servios, incentivando a responsabilizao dos profis-sionais e equipes de sade pelo cuidado dos pacientes, integrando os servios atravs de linhas de cuidado e maior articulao entre os vrios nveis do sistema local de sade. Neste sentido a qualificao da ateno aos usurios com DCNT fundamental, tendo em vista a morbimortalidade do municpio.

    13Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • Para esta qualificao a Secretaria Municipal da Sade de Diadema estar combinando estratgias de capacitao para todos os profissionais de sade, de pactuao das linhas de cuidado na rede de ateno e de planificao de aes/ intervenes. Na capacita-o, foi iniciado a implementao do Telessade no ms de maro de 2010, em articula-o com o Ncleo de So Paulo, estruturado pela Faculdade de Medicina da Universida-de de So Paulo. J foram realizadas as capacitaes das equipes de todas as UBS, para que os profissionais possam acessar e utilizar os recursos do programa. Nessa etapa de implementao a SMS centrou suas demandas por cursos e capacitaes nos temas da Hipertenso Arterial e da Diabetes. Para apoiar o desenvolvimento de todo o projeto a SMS criou um grupo assessor formado com profissionais de toda a rede municipal para elaborao de propostas e operacionalizao da integrao entre os vrios nveis do Sistema (Anexo 4).

    O modelo de gesto que hoje se apresenta como mais apropriado para o cuidado de doenas crnicas, por ter sido validado e estar sendo utilizado em mais de 10 pases, o Modelo de Cuidado de Doenas Crnicas (MCC) desenvolvido por Wagner e colabo-radores no MacColl Institute for Health Inovation de Seatle, EUA. Esse modelo identifica como elementos essenciais de um sistema de sade, para incentivar a alta qualidade do cuidado: a comunidade, a organizao do sistema de sade; o apoio ao autocuidado; o desenho da linha de cuidado para a gesto integrada, o apoio deciso clnica e o siste-ma de informao clnica (WARNER, 1998; OMS, 2003).

    O MCC faz uma abordagem organizacional da gesto integral de pessoas com doenas crnicas e avalia-se que poder ser utilizado em municpios brasileiros para a imple-mentao de atividades de estruturao, capacitao e avaliao de linhas de cuidado. Por este motivo se props como modelo a ser desenvolvido no projeto em Diadema, que contar com o apoio e a cooperao tcnica da OPAS e do Ministrio da Sade, que estaro colaborando tecnicamente nas suas etapas de implementao.

    14 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • Referncias BibliogrficasMENDES, E. V. As redes de ateno sade. Belo Horizonte, Escola de Sade Pblica de Minas Gerais, 2009

    ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE - Cuidados inovadores para condies crnicas: componentes estruturais de ao. Braslia, 2003.

    ORGANIZAO MUNDIAL DA SADE. Preveno de doenas crnicas: um investimento vital. Braslia, 2005.

    PREFEITURA MUNICIPAL DE DIADEMA. Plano Municipal de Sade de Diadema 2009/ 2012. Diadema, 2010

    WAGNER, E. H. Chronic disease management: what will take to improve care for chronic illness? Effective Clinical Practice, 1: 2-4, 1998.

    15Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • Finalidade, propsito e objetivos O Brasil detm uma forte estrutura para integrar a preveno e controle do diabetes e hipertenso, com protocolos estabelecidos e um sistema nacional de cadastro de pes-soas com diabetes. O Ministrio da Sade prioriza entre suas aes do Mais Sade a es-truturao de redes de ateno, assim como aes de preveno e ateno do diabetes e da hipertenso, uma vez que representam para estados e municpios um alto custo, devido ao aumento da prevalncia das DCNT e suas complicaes na populao, assim como da morbidade e mortalidade associadas a estas enfermidades. Os problemas de sade como a HA e DM, que demandam atendimento na AB so em geral pouco estru-turados, esto relacionados com o modo de viver das comunidades e no respondem favoravelmente somente oferta de consultas mdicas - exames de apoio diagnstico medicamentos. Para enfrentar e resolver estes problemas as equipes de sade de-vem trabalhar de maneira interdisciplinar, utilizando conhecimentos dos vrios ncleos profissionais para, por meio de uma clnica ampliada e a regulao com a ateno es-pecializada e os servios de urgncia e emergncia, criar um campo compartilhado de saber fazer que contribua para melhorar o quadro de morbimortalidade e a qualidade de vida da populao.

    Finalidade

    Expandir a capacidade da estratgia de sade da famlia (ESF) em DCNT em Diadema e qualificar a rede de ateno sade atravs da gesto integral de linhas de cuidado.

    Propsito e objetivos

    Fortalecer e qualificar o cuidado s pessoas com hipertenso e diabetes na Ateno B-sica, gerindo e regulando de forma integrada suas aes com os servios especializados, de Urgncia e Emergncia, garantindo a avaliao contnua e a melhoria da gesto do cuidado, atravs do enfoque multiprofissional e integral, por meio de cooperao tcni-ca e compartilhamento de experincias.

    16 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • Os objetivos so:

    1. utilizar o conceito de territrio como base para a gesto municipal de sade na linha de cuidado de hipertenso e diabetes: identificar debilidades, planejamen-to local e para o enfrentamento dos principais problemas de sade;

    2. atualizar e qualificar os profissionais de sade da ateno primria na preveno e cuidado ao diabetes e hipertenso;

    3. construir, em conjunto com os pacientes, estratgias para adquirirem graus cres-centes de autonomia para lidarem com seus processos de adoecimento;

    4. utilizar o conceito de vulnerabilidade psicossocial para trabalhar a promoo e preveno da HAS e DM;

    5. promover a disseminao de informaes sobre a doena e seus fatores de risco para a populao visando promoo da sade e preveno das referidas doen-as;

    6. avaliar continuamente a qualidade do cuidado em diabetes e hipertenso na ateno primria;

    7. estimular a formulao de solues atravs da colaborao dos profissionais das equipes de sade locais, com elaborao de modelos para a gesto do cuidado para a preveno e controle de hipertenso e diabetes com base no Modelo de Cuidados de Doenas Crnicas (MCC);

    8. integrar as aes de APS com os demais nveis do Sistema, mediante as linhas de cuidado.

    17Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • Marco l

    gico

    OBJETIVOS

    INDICADORES

    FONTE

    S DE

    VER

    IFICAO

    ATIVIDADES

    FIM

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    mun

    icipa

    l pa

    ra a gesto

    da linh

    a de

    cuidad

    o do

    diab

    etes e

    hiperte

    nso

    melho

    rada

    , utilizand

    o o

    Mod

    elo de

    Cuidad

    os

    de Doe

    nas

    Crn

    icas (M

    CC)

    AC

    IC aplica

    do nas

    UBS e plan

    os de

    ao

    mun

    icipa

    l desenvolvido

    UB

    S capa

    citad

    as

    no M

    odelo de

    Cuidad

    o de

    Doenas Crn

    icas

    (MCC

    );

    Fluxog

    ramas de

    atendimento

    e protocolos

    de re

    gulao

    para HA, DM

    e ob

    esidad

    e im

    plem

    entado

    s na

    rede de ateno

    mun

    icipa

    l

    Do

    cumento

    consolidad

    o contendo

    a

    compilao da

    s avaliaes por

    UBS.

    Re

    latrio

    da

    oficina

    de

    capa

    citao.

    Re

    latrio

    de

    gesto

    da SM

    S de Diadema,

    contendo

    resulta

    dos

    dos flu

    xos de

    atendimento e

    dos protocolos

    de re

    gulao.

    A1

    .1 - 01

    Oficina mun

    icipa

    l para sensibilizao

    para o projeto.

    A1

    .2 Aplica

    o do

    question

    rio ACIC na

    s UB

    S,

    para avaliao da

    ateno

    H e DM

    .

    A1

    .3 1 Oficina com especialistas mun

    icipa

    is e 1

    oficina

    com

    gerentes da

    s UB

    S pa

    ra elabo

    rao de

    plan

    o de ao.

    A1

    .4 03 Sesse

    s de Aprendizagem regiona

    is pa

    ra desenvolvim

    ento, implem

    entao e avaliao

    dos plan

    os de ao.

    A1

    .5 Oficina Mun

    icipa

    l para Av

    aliao e

    apresentao

    de experi

    ncias locais

    A1

    .6 - Diss

    eminar as experi

    ncias atravs de

    documentos tcnico

    s

    Considerae

    s/ Sup

    osie

    s: Mud

    anas n

    o cen

    rio poltico m

    unicipal

    18 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • OBJETIVOS

    INDICADORES

    FONTE

    S DE

    VER

    IFICAO

    ATIVIDADES

    RESU

    LTAD

    O

    ESPE

    RADO

    2 A rede de urgncia e

    emergncia, ateno

    ho

    spita

    lar (AH

    ) e ateno

    especia

    lizad

    a (AE)

    integrad

    as linh

    a de

    cuidad

    o de H e DM

    , com

    pa

    rticip

    ao

    da Ce

    ntral

    Mun

    icipa

    l de Re

    gulao

    Co

    ndutas das

    equipes do

    HMD e

    do PS pa

    ctua

    das pa

    ra

    elab

    orao

    do relatrio

    de alta

    hospitalar e

    encaminha

    mento UBS

    ;

    Re

    visado

    s, pa

    ctua

    dos e

    implatad

    os protocolos

    de re

    gulao do

    acesso

    s especialidad

    es m

    dica

    do

    Qua

    rteir

    o da

    Sa

    de,

    assim

    com

    o os de retorno

    s UBS

    s

    Profiss

    iona

    is de sa

    de

    capa

    citad

    os nas

    cond

    utas e protocolos

    desenvolvido

    s.

    Co

    ndutas pactuad

    as

    dispon

    veis pa

    ra to

    da a

    rede de sad

    e da

    SMS

    Protocolos de acesso

    ao Qua

    rteir

    o de Sa

    de

    dispon

    vel para toda

    a

    rede de sad

    e da

    SMS

    Re

    latrio

    s de oficinas de

    capa

    citao

    A2

    .1 Reunie

    s pa

    ra

    o desenvolvimento e

    validao

    de cond

    utas

    para equ

    ipes do

    HMD e PS na alta de

    pacie

    ntes com

    DM e

    H (relatrio de alta e

    encaminha

    mento UBS

    ).

    A2

    .2 Reunie

    s pa

    ra

    reviso do

    s protocolos

    de acesso pa

    ra os

    servio

    s especia

    lizad

    os,

    coordena

    das pela Centra

    l de Regulao.

    A2

    .3 Disp

    onibilizao

    das cond

    utas e protocolos

    para a re

    de de sad

    e.

    A2

    .4 Realizao

    de

    oficina

    s de cap

    acita

    o

    em cad

    a um

    dos servios

    A2

    .5 Acompa

    nham

    ento

    e mon

    itoramento dos

    encaminha

    mentos,

    referncia e con

    tra-

    referncia nas UBS,

    pela CAB

    e Centra

    l de

    Regu

    lao.

    * Con

    side

    raes/ S

    uposie

    s: Mud

    anas n

    o cen

    rio poltico m

    unicipal

    19Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • OBJETIVOS

    INDICADORES

    FONTE

    S DE

    VER

    IFICAO

    ATIVIDADES

    RESU

    LTAD

    O

    ESPE

    RADO

    3 Sistem

    a de cad

    astro

    e acom

    panh

    amento

    de usurios com

    DM e HA da

    SMS de

    Diad

    ema desenvolvido

    e dissem

    inad

    o, para

    mon

    itoramento e

    avaliao contnua

    da

    qualidad

    e da

    ateno,

    articulad

    o ao

    SIS-

    HIPE

    RDIA (transferencia

    de cad

    astro

    s e

    indicado

    res).

    Sistem

    a de Cad

    astro

    e acom

    panh

    amento

    desenvolvido

    e

    dissem

    inad

    o;

    Profiss

    iona

    is de sa

    de

    capa

    citad

    os no sis

    tema

    desenvolvido

    ;

    Sistem

    a desenvolvido

    compa

    tvel e

    alim

    entand

    o o md

    ulo de

    mon

    itoramento do SIS-

    HIPE

    RDIA

    Sistem

    a dispon

    vel para

    instalao

    on-line no

    site

    da

    SMS

    Re

    latrio

    s de oficinas de

    capa

    citao

    Re

    latrio

    do HIPE

    RDIA de

    nmero de cad

    astro

    s do

    mun

    icpio de Diadema

    A3

    .1 Desenvolvim

    ento

    e validao

    (teste piloto)

    do sistem

    a de cad

    astro

    e acom

    panh

    amento d

    e usu

    rios com DM e H

    para SMS de Diadema

    A3

    .2 Seleo

    de

    indicado

    res mnim

    os

    para o m

    onito

    ramento de

    qualidad

    e e form

    ulao

    de re

    latrio

    mensal.

    A3

    .3 Disp

    onibilizao

    do sistem

    a na

    s UB

    S

    A3

    .4 Realizao

    de

    oficina

    s de cap

    acita

    o

    no sistem

    a

    A3

    .5 Exportao do

    ba

    nco de dad

    os do

    sistema mun

    icipa

    l para

    o SIS-HIPE

    RDIA, d

    o DA

    TASU

    S/ M

    S

    A3

    .6 Disp

    onibilizao

    de re

    latrio

    s tcnico

    s de

    avaliao continua

    de

    qualidad

    e do

    cuida

    do

    * Con

    side

    raes/ S

    uposie

    s: Mud

    anas n

    o cen

    rio poltico m

    unicipal

    20 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • OBJETIVOS

    INDICADORES

    FONTE

    S DE

    VER

    IFICAO

    ATIVIDADES

    RESU

    LTAD

    O

    ESPE

    RADO

    4 Ed

    ucao

    perman

    ente em

    Hiperte

    nso

    e Diabetes

    para os profiss

    iona

    is de

    sad

    e da

    AB, AH e AE

    estru

    turada

    e expan

    dida

    e volta

    da para discusso

    de vulnerabilidad

    e psico

    ssocial, au

    tono

    mia

    e au

    tocuidad

    o, atra

    vs

    da utiliza

    o de espaos

    virtu

    ais e presencia

    is em

    coordena

    o com aes

    da SES e M

    S.

    Am

    biente Virtua

    l de

    Educao

    Distn

    cia

    (AVE

    A), m

    ateriais de

    apoio pa

    ra pacientes e

    protocolos de cuidad

    o dispon

    veis pa

    ra

    profiss

    iona

    is de sa

    de

    Protocolo com critrios de

    vulnerab

    ilida

    de, d

    iretrizes

    e flu

    xo de atendimento

    das situa

    es de violncia

    im

    plan

    tado

    s na

    rede de

    APS.

    Plano

    de capa

    citao

    dos

    profiss

    iona

    is desenvolvido

    AV

    EA re

    visado

    e

    dispon

    ibilizado

    no

    Telessa

    de

    Materiais de apo

    io para

    o au

    tocuidad

    o im

    pressos

    dispon

    veis no

    site

    do MS.

    Pu

    blica

    o do

    projeto

    impressa com

    protocolos

    de cuida

    do para HA

    , DM.

    Protocolos c/. crit

    rios de

    vulnerab

    ilida

    de im

    pressos

    e dispon

    veis na

    s UB

    S.

    Re

    latrio

    s tcnico

    s da

    capa

    citao

    elabo

    rado

    s e certificad

    os de

    particip

    antes distrib

    udo

    s

    A3

    .1 Desenvolvim

    ento

    A4.1 Dispon

    ibilizar o

    contedo

    do AV

    EA, p

    ara

    os profissio

    nais de sa

    de

    da SMS de Diadema.

    A4

    .2 Distrib

    uir

    materiais de apo

    io para

    pacie

    ntes e profissio

    nais

    (Identifica

    o de

    materiais existentes e

    elab

    orao

    de pu

    blica

    o

    para as UB

    S)

    A4

    .3 Realizar

    md

    ulos presenciais e

    distn

    cia no AV

    EA para

    profiss

    iona

    is de sa

    de

    H, D

    M, etc.

    A4

    .4 Planejar e

    prom

    over cam

    panh

    a pa

    ra o Dia M

    undial

    do Diabetes 20

    10,

    com m

    ateriais pa

    ra

    advocacy.

    A4

    .5 Diss

    eminar as

    experi

    ncias atravs de

    documentos tcnico

    s

    * Con

    side

    raes/ S

    uposie

    s: Mud

    anas n

    o cen

    rio poltico m

    unicipal ou da

    Universidad

    e tron

    co do telessa

    de

    21Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • Estrutura do projeto

    A organizao do projeto consistir de um comit executivo, um comit consultivo de especialistas locais e nacionais, um coordenador geral, consultores tcnicos con-tratados e pontos focais locais.

    Durante os primeiros 2 meses do projeto, ser criada a infra-estrutura necessria para o desenvolvimento das atividades propostas e a elaborao do plano de tra-balho.

    Coordenao Geral: Ter a funo de assegurar a sustentabilidade poltica-estrat-gica do projeto no municpio de Diadema e articular com as diferentes instncias da SMS. Dra. Aparecida Pimenta, Secretria de Sade.

    Comit Executivo: Ter como funo planejar e tomar as decises sobre o projeto e assegurar o cumprimento dos processos de acordo ao cronograma de atividades estabelecido. O comit ter como membros Secretria/SMS Diadema, CAB/SMS, Re-gulao/SMS, Quarteiro da Sade/SMS, CNHD/MS e OPAS/OMS Brasil.

    Comit Consultivo de Especialistas: Membros deste comit incluem especialistas da rea de diabetes, hipertenso, nefrologia, educao, etc. Este comit apoiar o comit executivo na tomada de decises relativas ao projeto, proporcionar e va-lidar materiais tcnicos, educativos etc, necessrios para o desenvolvimento do projeto.

    Grupo de Coordenao Local: Ter como funes coordenar as diferentes aes e atividades estabelecidas pelo comit executivo e relacionadas aos resultados espe-rados, de forma a garantir o cumprimento do cronograma, supervisionar as ativida-des dos apoiadores, elaborar os relatrios tcnicos do projeto e garantir a dissemina-o de documentos e experincias por meio de diferentes veculos de comunicao.

    Grupo de Apoiadores das UBS: Profissionais da CAB responsveis pelo desenvol-vimento de atividades com as Unidades de Sade, como oficinas e levantamentos locais. Daro assessoria ao Grupo de Coordenao Local na superviso e monitora-mento dos compromissos e metas assumidos pelas UBS para os perodos de ao do projeto, apoio aos gerentes de UBS no preenchimento dos relatrios mensais, o

    22 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • preenchimento das fichas de avaliao de progresso e a coordenao de oficinas e reunies locais.

    Pontos Focais locais: Profissionais de sade das Unidades Bsicas de Sade, in-seridos no projeto e tero como funo desenvolver as atividades no nvel local, coordenando os planos de ao, as estratgias de capacitaes locais, os grupos teraputicos de pacientes.

    23Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • Resultados de Diadema para a Avaliao do Cuidado s Doenas Crnicas (ACIC) Uma ferramenta prtica para medir a melhoria da qualidade

    Os sistemas de sade requerem ferramentas prticas de avaliao para guiar os esfor-os de melhoria da qualidade e para avaliar mudanas feitas na ateno s doenas crnicas. Em resposta a esta necessidade, desenvolveu-se o Questionrio de Avaliao da Ateno a Doenas Crnicas (Assessment of Chronic Illness Care - ACIC) (Bonomi e outros, 2002).

    O ACIC proposto para ser utilizado por equipes de sade para: (1) identificar reas para a melhoria da ateno em doenas crnicas antes da implementao de aes/ projetos de melhoria de qualidade, e (2) avaliar o nvel e a natureza das melhorias feitas em res-posta s intervenes adotadas.

    O questionrio ACIC derivou de intervenes especficas, baseadas em evidncia, para os seis componentes do modelo de ateno para doenas crnicas, conforme figura3 (recursos da comunidade, organizao do sistema de sade, apoio para o auto-cuidado, desenho da linha de cuidado, suporte para decises clnicas e sistema de informaes clnicas) (Wagner, 1998). Como o modelo, o ACIC aborda os elementos bsicos para me-lhorar o cuidado s doenas crnicas na comunidade, no sistema de sade, na prtica clnica e no nvel do paciente.

    24 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • Figura 3: Modelo de cuidado para doenas crnicas

    InteraesProdutivas

    PacienteInformado e

    Empoderado

    SISTEMA DE SADE

    COMUNIDADE

    Recursos &Polticas

    Apoio paraAuto-cuidado

    Organizao daAteno Sade

    Desenho daLinha de Cuidado

    Apoio Decises

    Sistema deInformaes

    Clnicas

    MELHORIA DOS RESULTADOS

    Equipe de SadePreparada e

    Proativa

    A atividade de avaliao foi realizada atravs do preenchimento do questionrio ACIC Verso 3.5 por todas as 19 unidades bsicas de sade (UBS) e pela Coordenao da Aten-o Bsica da SMS de Diadema durante o ms de dezembro de 2009.

    Os resultados demonstram uma perspectiva de um local (UBS) e municipal (CAB/SMS), quanto disponibilidade dos servios que se oferecem nas unidades de sade para o cuidado das pessoas com hipertenso e diabetes e esto representadas por valores que variaram de 0 a 11, onde 0 corresponderia a no desenvolvido e 11 plenamente de-senvolvido, com estgios que so representados pelos nveis D, C, B ou A (3 em cada nvel).

    Conforme pode ser observado no Grfico 2, existem resultados bastante discrepantes en-tre as unidades - valores compreendidos entre 2,5 e 7,7 -, que devem refletir o processo

    25Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • que foi utilizado para preencher o questionrio, que foi a mdia de cada membro da equi-pe/ UBS e no o consenso aps a discusso de cada componente. O valor mdio para o municpio foi de 4.

    Grfico 1: Escore mdio final do ACIC por UBS/CAB do municpio de Diadema

    CAB

    ABC

    CASA

    GR

    CANH

    EMA

    CENT

    RO

    ELDO

    URDO

    INAM

    AR

    MA. T

    ERES

    A

    NA

    ES

    NOVA

    CQ

    PAIN

    ERAS

    PQ R

    EAL

    PQ R

    EID

    PIRA

    PORI

    NHA

    PROM

    ISS

    O

    RUYC

    E

    SERR

    ARIA

    S. JO

    S

    V. NO

    GUEI

    RA

    V. PA

    ULIN

    IA

    11

    10

    9

    8

    7

    6

    5

    4

    3

    2

    1

    0

    3.8

    7.7

    4.2 4.3

    3.43.7

    4.7

    2.5

    3.2

    3.94.3

    3.1 2.9 3.0

    4.54.2

    3.6 3.5

    4.9

    3.3

    Quanto aos resultados mdios do municpio de Diadema para cada um dos componen-tes do modelo, pode-se observar no grfico 3, que a mdia variou entre 5 (organizao do sistema de sade, apoio para o auto-cuidado e desenho da linha de cuidado) e 4 para os demais componentes.

    26 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • Grfico 2: Escore mdio final do ACIC por componente do modelo no municpio de Diadema

    11

    10

    9

    8

    7

    6

    5

    4

    3

    2

    1

    0

    Organizao do Sistema de Sade

    Recursos Comunitrios

    Apoio para o Auto-Cuidado

    Suporte para Decises Clnicas

    Componentes do ACIC

    Md

    ia d

    e D

    iade

    ma

    5

    4 4 4 4

    5 5

    Desenho da Linha Cuidado

    Sistema de Informao Clnica

    Integrao dos Componentes do MCC

    27Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • De acordo com os componentes do modelo de doenas crnicas, os indicadores que tiveram menores pontuaes entre as unidades de sade foram:

    Organizao do Sistema de Sade Capacitaes, materiais educativos e de apoio

    Metas organizacionais para a ateno s DC

    Recursos Comunitrios: Planos de Sade Regionais ou Locais

    Associar os pacientes com recursos da comunidade (externos)

    3a Apoio para o Auto-cuidado Suporte psicossocial aos pacientes e familiares

    Avaliao e documentao das necessidades de auto-cuidado e atividades realizadas

    3b Desenho da linha de cuidado Educao das Equipes em Ateno s DC

    Informao aos Pacientes sobre as Diretrizes

    3c Suporte para Decises Clnicas Sistema de Agendamento

    Monitoramento

    3d Sistema de Informao Clnica Registro (lista de pacientes com condies especficas)

    Planos Teraputicos dos Pacientes

    Estes indicadores foram levados em considerao no momento de se programar as in-tervenes que sero realizadas pela SMS de Diadema, para implementar a melhoria da qualidade de ateno nas linhas de cuidado da hipertenso e diabetes.

    28 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • Ferramenta de mudanas

    Capacitao eImplementaode Protocolos

    Clnicos

    Gesto de

    Medicamentos e Insumos

    Programas deEducao em

    Sade ao Usurio

    Sistema deInformao

    MELHORIA DOCUIDADO HA e DM

    Alcanar Metas Teraputicas

    Preveno deComplicaes

    Linhas decuidado para

    HA e DM

    Objetivo Geral

    Fortalecer e qualificar o cuidado s pessoas com hipertenso e diabetes na Ateno B-sica, gerindo e regulando de forma integrada suas aes com os servios especializados, de Urgncia e Emergncia, garantindo a avaliao contnua e a melhoria da gesto do cuidado, atravs do enfoque multiprofissional e integral, por meio de cooperao tcni-ca e compartilhamento de experincias.

    29Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • Objetivos Especficos

    1. Utilizao do conceito de territrio como base para a gesto municipal de sade na linha de cuidado de hipertenso e diabetes: identificar debilidades, planeja-mento local e para o enfrentamento dos principais problemas de sade;

    2. Atualizar e qualificar os profissionais de sade da ateno primria na preveno e cuidado ao diabetes e hipertenso e promover a disseminao de informa-es sobre a doena e seus fatores de risco para a populao visando promoo da sade e preveno primria;

    3. Avaliar continuamente a qualidade do cuidado em diabetes e hipertenso na ateno primria;

    4. Estimular a formulao de solues atravs da colaborao dos profissionais das equipes de sade locais, com elaborao de modelos para a gesto do cuidado para a preveno e controle de hipertenso e diabetes com base no Modelo de Cuidados de Doenas Crnicas (MCC);

    5. Empoderar usurios e familiares: implementar programa de educao em sa-de para o auto-cuidado s pessoas com HA e DM e estimular a participao em grupos de apoio (terceira idade, atividade fsica, etc) na comunidade de forma a contribuir com aspectos emocionais e estimular hbitos de vida saudveis;

    6. Buscar o controle dos niveis glicmicos e pressricos entre os usurios (A1c < 7% e presso arterial < 130X85mmHg) para prevenir ou retardar o desenvolvimento de complicaes crnicas.

    Estratgias de mudanas a ser implementadas

    1. Organizar capacitao das equipes de sade utilizando atividades presenciais e distncia: Mdicos e enfermeiros Tcnicos e auxiliares de enfermagem Agentes Comunitrios de Sade (ACS)

    2. Priorizar educao em sade aos usurios em cada UBS e elaborar um programa de educao e monitorar as atividades desenvolvidas.

    3. Identificar grupos de pacientes com maior risco de complicaes e oferecer cui-dado diferenciado (obesos, alto valor de glicemia, no adeso ao tratamento, alto Framinghan ou risco renal).

    30 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • 4. Fazer a gesto do cuidado na APS, registrando e monitorando as referncias e contrarreferncia.

    5. Implantar apoio matricial com especialista para os casos de difcil manejo. 6. Distribuir e monitorar o seguimento dos protocolos estabelecidos pelo MS (CAB

    14, 15 e 16).7. Contribuir para a construo de redes sociais, identificando recursos comunit-

    rios para oferecer apoio aos usurios.8. Incentivar todos os usurios HA e DM em acompanhamento na UBS a participa-

    rem de programas de educao em sade, e outras atividades desenvolvidas na unidade atividade fsica, alimentao saudvel, etc.

    9. Monitorar os indicadores do sistema informatizado, para verificao da melhoria da qualidade da ateno e emitir relatrios a cada 6 meses.

    Outras estratgias que podero ser implementadas nas UBS

    a) Preveno de complicaes Dialogar e pactuar com o usurio em cada consulta suas metas teraputicas; Garantir seu controle mensal: glicose capilar ou PA nas atividades de educao em

    sade ou consultas mdicas ou enfermagem. Garantir o acesso a medicamentos e insumos e monitorar a adeso ao tratamento. Garantir a realizao anual exames de urina (Creatinina/ Proteinria) assim como

    perfil lipdico. Realizar Exame dos ps dos diabticos nas consultas mdicas ou de enfermagem. Encaminhar o usurio para consulta especializada quando necessrio. Orientar e anotar no pronturio, em cada consulta, as mudanas de estilos de vida

    (alimentao e atividade fsica).

    b) Integrao da equipe Garantir, na medida do possvel, a presena de um paciente nas reunies Nomear um relator que anote acordos e compromissos nas reunies

    31Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • c) Apoio ao usurio Promover a incluso de usurios e familiares em atividades comunitrias identifica-

    das no territrio. Incluir nas atividades de Educao em Sade estagirios ou residentes de Nutrio,

    Educao Fsica, Psicologia, etc. Oferecer ao usurio e sua famlia avaliao e apoio psicolgico. Disponibilizar material educativo aos pacientes. Implementar consultas coletivas utilizando os grupos de auto-ajuda.

    d) Vigilncia e monitoramento de informao Verificar a qualidade dos registros nos pronturios clnicos (claros e completos) Documentar todas as atividades desenvolvidas pelas ESF, ACS e Educao/ grupos. Elaborar relatrios e discutir resultados de cada equipe. Apoiar as supervises e avaliar seus resultados.

    32 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • IndicadoresIndicadores a serem utilizados para medir o impacto da implantao das Linhas de Cui-dado de HA e DM em Diadema

    Indicador Definio Fonte para a coleta da informao

    Nivel basal

    Meta a alcanar

    Tipo de indicador

    Internao por AVC

    Taxa de internao por AVC da populao residente em Diadema

    Pacto de Sade Impacto

    Internao por DM e suas complicaes

    Taxa de internao por DM e suas complicaes da populao residente em Diadema

    Pacto de Sade Impacto

    bitos precoces por AVC

    Taxa de bitos precoces ( em < de 60 anos) por AVC

    SMS de Diadema

    Impacto

    bitos precoces por DM

    Taxa de bitos precoces ( em < de 60 anos) por

    SMS de Diadema

    Impacto

    Controle glicmico

    Cifra menor a 126 mg de glicose

    Sistema Informtico ou Hiperdia

    Resultado intermedirio

    Hemoglobina glicosilada

    Cifra menor que 7% Sistema Informtico ou Hiperdia

    Resultado intermedirio

    Presso arterial Cifra menor a 140/90 mm de Hg

    Sistema Informtico ou Hiperdia

    Resultado intermedirio

    Registro de exame dos ps

    Reviso da pele, unhas, temperatura, presena de pulsos e reflexos dos ps de pessoas com DM.

    Pronturio Clnico

    Processo

    33Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • Indicador Definio Fonte para a coleta da informao

    Nivel basal

    Meta a alcanar

    Tipo de indicador

    Participao em atividades de Capacitao

    Interesse do usurio em conhecimentos para o auto-monitoramento da enfermidade

    Registro e Controle de presena

    Processo

    Participao em atividades de atividade fsica

    Adeso do usurio ao tratamento no farmacolgico

    Registro e Controle de presena

    Processo

    Grau de adeso s consultas

    Interao/ adeso de usurio ao SS

    Registro e Controle de presena

    Processo

    Dispensao de medicamentos

    Medicamentos dispensados aos pacientes em tratamento / medicamentos prescritos

    Sistema Informtico ou Hiperdia e Sistema Horus

    Estrutural

    Cobertura de usurios com HA acompanhados nas UBS

    Capacidade da UBS em diagnstico precoce e busca ativa de usurios com HA

    SIAB (linha de base)Sistema Informtico ou Hiperdia

    Estrutural

    Cobertura de usurios com DM acompanhados nas UBS

    Capacidade da UBS em diagnstico precoce e busca ativa de usurios com DM

    SIAB (linha de base)Sistema Informtico ou Hiperdia

    Estrutural

    34 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • Fluxograma de atividades

    Reu

    nio

    de

    Sen

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    liza

    o16

    /12/

    09

    Reu

    nio

    de

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    Reu

    nio

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    AC

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    voca

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    SA

    1

    3 e

    4 /0

    5

    SA

    329

    e 3

    0/03

    /11

    SA

    226

    e 2

    7/10

    O

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    CA

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    A

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    E

    Jun/

    11

    35Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • Cron

    ograma de

    Ativida

    des

    Atividad

    e/ M

    s (Dez/09=

    1)

    12

    34

    56

    78

    910

    1112

    1314

    1516

    A1.1 - 0

    1 Oficina mun

    icipa

    l para

    sensibilizao pa

    ra o projeto.

    X

    A1.2 Aplica

    o do

    question

    rio

    ACIC nas UBS, p

    ara avaliao da

    ateno H

    e DM

    X

    A1.3 1 Oficina com especialistas

    mun

    icipa

    is e 1 oficina

    com

    gerentes

    das UB

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    ra elabo

    rao de plano

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    X

    A1.4 03

    Sesses de Ap

    rend

    izagem

    region

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    ra desenvolvim

    ento,

    implem

    entao e avaliao do

    s plan

    os de ao.

    X

    X

    X

    A1.5 Oficina Mun

    icipa

    l para

    Avaliao e ap

    resentao

    de

    experi

    ncias locais

    X

    A1.6 - Diss

    eminar as experi

    ncias

    atravs de docum

    entos tcnico

    s

    X

    XX

    36 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • Atividad

    e/ M

    s1

    23

    45

    67

    89

    1011

    1213

    1415

    16

    A2.1 Desenvolvim

    ento e validao

    (te

    ste piloto) d

    o sis

    tema de cad

    astro

    e

    acom

    panh

    amento d

    e usu

    rios com DM

    e H

    para SM

    S de Diadema

    X X

    X

    A2.2 Seleo

    de indicado

    res mnim

    os

    para o m

    onito

    ramento de qu

    alidad

    e e

    form

    ulao

    de relatrio

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    XX

    A2.3 Disp

    onibilizao do

    sistem

    a na

    s UB

    SX

    X

    A2.4 Realizao

    de oficina

    s de

    capa

    citao

    no sis

    tema

    XX

    A2.5 Exportao do

    ban

    co de da

    dos

    do sistem

    a mun

    icipa

    l para o SIS-

    HIPE

    RDIA, d

    o DA

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    S/ M

    S

    XX

    XX

    XX

    A2.6 Disp

    onibilizao de re

    latrio

    s tcnico

    s de avaliao continua

    de

    qualidad

    e do

    cuida

    do

    XX

    XX

    XX

    X

    37Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • Atividad

    e/ M

    s1

    23

    45

    67

    89

    1011

    1213

    1415

    16

    A3.1 Dispon

    ibilizar o

    con

    ted

    o do

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    ara os profissio

    nais de sa

    de

    da SMS de Diadema.

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    XX

    XX

    XX

    XX

    A3.2 Distrib

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    o de m

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    XX

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    A3.3 Realizar m

    dulos presenciais e

    distn

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    EA para profiss

    iona

    is de sa

    de H, DM, etc.

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    XX

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    A3.4 Planejar e

    promover cam

    panh

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    undial do Diab

    etes 201

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    com m

    ateriais pa

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    XX

    XX

    A3.6 Diss

    eminar as experi

    ncias

    atravs de docum

    entos tcnico

    sX

    XX

    38 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • Fluxogramas de atendimento de usurios com hipertenso no municpio de Diadema

    A Secretaria Municipal de Sade de Diadema, no mbito da Ateno Bsica, adota como parte integrante de seus protocolos os seguintes documentos:

    Cadernos de Ateno Bsica n 14 / Preveno Clnica de Doena Cardiovascu-lar, Cerebrovascular e Renal Crnica

    Cadernos de Ateno Bsica n 15 / Hipertenso Arterial Sistmica Cadernos de Ateno Bsica n 16 / Diabetes Mellitus

    Em relao s atribuies dos profissionais das equipes e os fluxos de ateno classifica-o e estratificao de risco, a SMS resolve:

    1. Manter as atribuies e competncias da equipe de sade estabelecidas nos Ca-dernos de Ateno Bsica.

    2. Adotar os Critrios Diagnsticos, Classificao e Estratificao de Risco adotadas nos referidos Cadernos de Ateno Bsica.

    Investigao clnico laboratorial

    A investigao clnico laboratorial tem como objetivo confirmar o diagnstico de hi-pertenso e/ou diabetes; identificar fatores de risco cardiovasculares; avaliar leses de rgo alvo e presena de doena cardiovascular; diagnosticar doenas associadas hi-pertenso; estratificar o risco cardiovascular do paciente e diagnosticar HA secundria.

    Para atingir tais objetivos, so fundamentais:

    - histria clnica - exame fsico - avaliao laboratorial inicial e complementar se houver indicao.

    1. Exames laboratoriais iniciais (aps confirmao do diagnstico): urina I (em diabticos se protena negativa solicitar microalbuminria e se posi-

    tiva, solicitar proteinria de 24 horas) potssio

    39Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • creatinina (utilizar frmula de Cockcroft-Gault para estimar a depurao) glicemia de jejum hemoglobina glicada (se for diabtico) colesterol total, fraes (LDL e HDL) e triglicrides acido rico plasmtico Eletrocardiograma(ECG) convencional RX de trax

    Para investigao da FUNO RENAL realizar o clculo da filtrao glomerular es-timada pela frmula Cockroft-Gault:

    TFGE (ml/min) = [140 idade] x peso (kg) / creatinina plasmtica (mg/dl) X 0,85 ( se mulher)

    Funo renal normal: > 90ml/min Disfuno renal leve: 60-90ml/min Disfuno renal moderada: 30-60ml/min Disfuno renal grave: < 30ml/min

    2. Exames de rotina para seguimento:

    2.1 Para usurios com hipertenso arterial, solicitao anual dos seguintes exames:

    urina I ( em diabticos se protena negativa solicitar microalbuminria e se posi-tiva, solicitar proteinria de 24 horas)

    potssio creatinina glicemia de jejum colesterol total, fraes (LDL e HDL) triglicerdeos cido rico (a critrio clnico) eletrocardiograma - ECG (a critrio clnico)

    2.2 Para portadores de diabetes, realizar os exames anuais propostos para os portadores de hipertenso ( relacionados acima ) e hemoglobina glicada semestral.

    40 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • 1. Hipertenso

    1.1. Fluxograma de atendimento do usurio com suspeita de hipertenso (usurio no diagnosticado)

    Busca Ativa Demanda espontnea

    PA 120x80

    Dispensar com

    orientaes

    PA 120-139x80-89

    Solicitar aferio

    diria por uma semana

    3 medidas alteradas?

    Sim

    No

    Encaminhar para a

    equipe de Sade da

    Famlia para orientaes sobre estilo

    de vida

    PA 180x 110 PA >140-179x90-109

    Sintomtico?

    Sim No Agendar CE

    CM imediata

    3 medidas alteradas? Sim No

    CEOrientaes sobre estilo de vida

    CM com resultados de exames

    eSF: equipe de Sade da FamliaCE: Consulta de EnfermagemCM: Consulta Mdica

    - Classificar HAS pelo escore de Framingham (fluxograma 2)- Iniciar tratamento medicamentoso e no-edicamentoso- Orientaes sobre estilo de vida

    Orientaes:- Histria familiar- Solicitar aferio da presso arterial diria por uma semana

    Orientaes: Solicitar exames GLI, CT, LDL, HDL, TGC, K, Cr, TGO, TGP, U1, ECG e radiografia do trax

    41Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • 1.2. Fluxograma de Avaliao de risco de Framingham modificado para usurios com hipertenso

    Avaliao Inicial LaboratorialGLI, CT, LDL, HDL, TGC, K, Cr, U1, ECG e radiografia

    do trax.

    Aconselhamento quanto a:Fumo- Nutrio: alimentao saudvel- Manuteno de peso/cintura- Atividade fsica- nfase em medidas no farmacolgicas- Prescrio mdica: diurtico de baixa dose para hipertenso, estgio 1, quando presente- Vacinao anual contra influenza em adultos >60 anos

    Adicionar:- Intensificao de conselhos sobre estilo de vida- Nutrio: dieta com caractersti-cas cardioprotetoras- Considerar programa estruturado de atividade fsica- Prescrio mdica: considerar farmacoterapia contra tabagismo- Prescrio mdica: aspirina em baixa dose

    Adicionar:- Intensificao de alvos de tratamento para hipertenso- Prescrio mdica: Estatinas; Beta-bloqueadores para pacientes ps-infarto, angina; IECA para pacientes diabticos e com doena renal crnica.

    Escore de risco individual global de Framingham

    Intercalar com CE

    BAIXO RISCO20% em 10 anos

    Intervenes de alta intensidade

    NefropatiaHipertrofia de

    ventrculo esquerdo

    Avaliao Clnica Inicial (CM)

    Doena vascular aterosclertica estabelecida ou doena renal crnica

    42 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • 1.3. Fluxograma de tratamento medicamentoso de hipertenso (somente para mdicos)

    - - Diurticos para a maioria- Pode-se considerar IECA, inibidores de receptores de angiotensina, beta-bloqueadores, bloqueadores de canais de clcio ou combinao

    - Combinao de dois medicamentos (usualmente diurticos tiazdicos e inibidores da ECA ou inibidores de receptores de angiotensina, beta-bloqueadores, bloqueadores de canais de clcio)

    - Medicamentos direcionados para leses de rgo-alvo- Outros anti-hipertensivos (diurticos, considerar inibidores da ECA, inibidores dos receptores de angiotensina, beta-bloqueadores, bloque-adores de canais de clcio), segundo necessidade

    Mudanas de Estilo de Vida

    Fora da meta de presso arterial (

  • 1.4. Fluxograma de atendimento do usurio com hipertenso diagnosticado

    CE: Consulta de EnfermagemCM: Consulta Mdica

    PA>140x90

    Sintomtico? Sim No CM imediata

    Adeso ao tratamento?

    CE

    No

    Discusso do caso em

    equipe

    Sim No

    Curvapressrica alterada?

    Dispensar com orientaes

    Retorno em uma semana

    Sim

    CM

    44 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • 1.5. Fluxograma de acompanhamento do do usurio com hipertenso

    Nveis pressricos controlados?

    No

    CM mensal intercalada com CE at controle

    Sim

    Sugere -se CM semestral intercalada com CE e grupo HAS

    Sugere-se CM anual intercalada com CE e grupo HAS

    Risco Moderado

    Baixo Risco

    Sugere-se CM trimestral intercalada com CE e grupo HAS

    AltoRisco

    CE: Consulta de EnfermagemCM: Consulta Mdica

    Os encaminhamentos para o CEMED - Centro de Especialidades Mdicas - devero ser feitos mediante consulta aos Protocolos de Regulao e devero ser realizados somente por profissionais mdicos.

    45Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • 2. Diabete

    2.1. Fluxograma de atendimento do usurio com suspeita de diabete (usurio no diagnosticado)

    CE: Solicitar glicemia de jejum

    Solicitar glicemia casualCM imediata

    < 100 126 a < 200 200> 100 a 125

    CM (considerar

    outras causas)

    CM imediata

    CE com resultado

    CM (considerar

    outras causas)

    Busca AtivaDemanda espontnea

    CG )

    Sintomas: polidipsia, poliria, polifagia e perda inexplicada de peso

    GC >70 e 100 GC >100 a

  • 2.2. Fluxograma de Avaliao de risco de Framinghan modificado para usurios com diabete

    Avaliao Clnica Inicial (CM)

    Doena vascular aterosclertica estabelecida ou doena renal crnica

    Nefropatia Hipertrofia de ventrculo

    esquerdo Escore de risco individual

    global de Framingham

    BAIXO RISCO 60 anos

    RISCO MODERADO 10% a 20% em 10 anos

    Intervenes de moderada intensidade

    Adicionar: - Intensificao de conselhos sobre estilo de vida - Nutrio: dieta com caractersticas cardioprotetoras - Considerar programa estruturado de atividade fsica - Consulta mdica: considerar farmacoterapia contra tabagismo; aspirina em baixa dose

    ALTO RISCO >20% em 10 anos

    Intervenes de alta intensidade

    Adicionar: - Intensificao de alvos de tratamento para hipertenso - Consulta mdica: estatinas; beta-bloqueadores para pacientes ps-infarto, angina; IECA para pacientes diabticos e com doena renal crnica

    Avaliao Inicial LaboratorialGLI, CT, LDL, HDL, TGC, K, Cr, U1, A1c,

    microalbuminria e ECG

    47Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • 2.3. Fluxograma de tratamento medicamentoso de diabete (somente para mdicos)

    Diagnstico de DM2

    Considerar metformina, se IMC 30kg/m2

    Considerar insulina, se hipergligemia severa ( 270mg/dl), cetonria e cetonemia, doena renal, infeco, cirurgia e emagrecimento rpido e inexplicado

    Mudana efetiva de estilo de vida (por 1 a 3 meses)

    A1c 7% No Sim

    + Metformina (por 2 a 3 meses)

    A1c 7% No Sim

    + Sulfoniluria

    ou

    A1c 7% No Sim

    (por 6 a 12 meses)

    Insulina intensificada +

    Metformina +

    Sulfoniluria (ou outro frmaco)

    Manter a prescrio

    anterior

    Iniciar com 10U de insulina NPH ao deitar-se. Em pacientes idosos, considerar dose inicial menor. As doses podem ser ajustadas conforme controle glicmico (ver Caderno de Ateno Bsica n16)

    + Insulina

    48 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • 2.4. Fluxograma de atendimento do usurio com diabete diagnosticado

    GC

    Sintomtico (1)

    Orientaes Verificar

    adeso ao tratamento

    (CM critrio da Enfermeira)

    CE: Consulta de Enfermagem CM: Consulta Mdica

    Assintomtico

    CM imediata 70 ou 270

    CM imediata

    > 160 e < 270

    CE

    > 70 e < 160

    CE

    Orientaes Verificar

    adeso ao tratamento

    Avaliar outras causas (CM

    critrio da Enfermeira)

    (1) Hiperglicemia: polidpsia, polifagia, poliria, desidratao, vmitos, alterao do nvel de conscincia, viso turva, fadiga, nuseas, hiperventilao e dor abdominal.Hipoglicemia: tontura, taquicardia, sudorese, alterao do nvel de conscincia, fraqueza, tremores, cefalia, convulso e coma.Outros sintomas: considerar a possibilidade de leso em rgo-alvo e outras patologias.

    - Usurio compensado - Intercalar CM e CE a cada 90 dias- Usurio descompensado intervalo de avaliao critrio clnico com CM e CE intercaladaOs encaminhamentos para o Centro de Especialidades Mdicas (CEMED) devero ser feitos mediante consulta aos Protocolos de Regulao e devero ser realizados somente por profissionais mdicos.

    49Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • 3. Alta de internao do pronto socorro ou hospital municipal

    3.1. Fluxograma para os usurios hipertensos e/ou diabticos que ficaram internados no HOSPITAL MUNICIPAL (HM)

    a) Uma vez por semana o HM enviar para as UBSs relatrios de alta hospita-lar, via malote.

    b) Os relatrios sero feitos em duas vias. Uma das vias ser entregue para o usurio na sua alta junto com os exames realizados durante a internao e a outra via ser enviada para a UBS. Ficou acordado que o relatrio dever ter o nome completo e o endereo do usurio.

    c) Nos casos em que os profissionais (responsveis pela interna identifica-rem a necessidade de seguimento, em breve, como consulta na UBS ou vi-sita domiciliar aps a alta, o agendamento ser feito por telefone.

    d) A Coordenao da Ateno Bsica (CA ficar responsvel pela discusso do fluxo pactuado e pela elaborao da relao de profissionais (por UB que ficaro responsveis pelo recebimento das ligaes e agendamento de consultas.

    e) Em relao aos medicamentos, o usurio sair de alta com prescrio de medicamentos contnuos para 30 dias. Nos casos agendados por telefone a prescrio dever ser da alta at a data da consulta.

    3.2. Fluxograma para os usurios hipertensos e/ou diabticos que ficaram internados nos PRONTOS SOCORROS:

    a) Pronto Socorro Municipal Enviar para cada UBS relao dos usurios com nome e endereo, de 15

    em 15 dias, via malote. Incio a partir de 17/08/2010.b) Pronto Socorro do Hospital Municipal

    Enviar para cada UBS relao dos usurios com nome e endereo a partir da implantao da classificao de risco, prevista para agosto de 2010.

    c) Os relatrios sero feitos em duas vias. Uma das vias ser entregue para o usurio na sua alta junto com os exames realizados durante a internao e a outra via ser enviada para a UBS. Ficou acordado que o relatrio dever ter o nome completo e o endereo do usurio.

    50 Organizao Pan-Americana da Sade/ Organizao Mundial da Sade, Representao no Brasil e Secretaria Municipal de Sade de Diadema

  • d) Nos dois Prontos Socorros os profissionais encaminharo os usurios para as UBS e faro a prescrio dos medicamentos contnuos ser para sete (07) dias.

    51Linhas de Cuidados: Hipertenso Arterial e Diabetes

  • AnexosCadernos de Ateno Bsica (14, 15 e 16)

    Integrao da rede municipal de ateno

    Formulrio ACIC

    Folha de Compromisso

    Relatrio Mensal

    Ficha de Avaliao

  • CADERNOS DE

    ATENO BSICA

    MINISTRIO DA SADE

    Secretaria de Ateno Sade

    Departamento de Ateno Bsica

    PREVENO CLNICA DE DOENA

    CARDIOVASCULAR,

    CEREBROVASCULAR E RENAL

    CRNICA

    Cadernos de Ateno Bsica - n. 14

    Srie A. Normas e Manuais Tcnicos

    Braslia - DF

    2006

  • II. Introduo

    III. Risco Global - Conceito

    IV. Risco Cardiovascular - ClassificaoEstratificao de riscoFluxograma de classificao de risco vascularAvaliao clnico-laboratorialEscore de risco globalEscore Framingham Revisado para HomensEscore Framingham Revisado para Mulheres

    V. Risco de Doena Renal Crnica - Conceito e Classificao

    VI. Intervenes preventivas1. Preveno no-farmacolgica1.1 Alimentao saudvel1.2 Controle de peso1.3 lcool1.4 Atividade Fsica1.5 Tabagismo2. Preveno farmacolgica2.1 Anti-hipertensivos2.2 Aspirina2.3 Hipolipemiantes2.4 Frmacos hipoglicemiantes2.5 Vacinao contra-influenza2.6 Terapia de Reposio hormonal3. Abordagem integrada das intervenes

    VII. Intervenes preventivas renais

    VIII. Atribuies e competncias da equipe de sade

    IX. Critrios de encaminhamentos para referncia e contra-referncia

    X. Bibliografia

    10

    14

    16161818202122

    23

    262626293031333636373840404040

    44

    47

    51

    53

    SUMRIO

    I. Apresentao 08

  • 8CADERNOS DE ATENO BSICA

    I. APRESENTAO

    Ao longo dos dois ltimos

    sculos, a revoluo tecno-

    lgica e industrial, com con-

    seqncias econmicas e sociais, re-

    sultaram em uma mudana drstica

    do perfil de morbimortalidade da

    populao com grande predomnio

    das doenas e mortes devidas s do-

    enas crnicas no transmissveis

    (DCNT), dentre elas o cncer e as do-

    enas cardiovasculares.A carga eco-

    nmica das DCNT produz elevados

    custos para os sistemas de sade e da

    previdncia social devido mortali-

    dade e invalidez precoces, e, sobre-

    tudo para a sociedade, famlias e as

    pessoas portadoras dessas doenas.

    A doena cardiovascular representa

    hoje no Brasil a maior causa de mor-

    tes; o nmero estimado de portado-

    res de Diabetes e de Hipertenso

    de 23.000.000; cerca de 1.700.000

    pessoas tm doena renal crnica

    (DRC), sendo o diabetes e a hiperten-

    so arterial responsveis por 62,1%

    do diagnstico primrio dos subme-

    tidos dilise.

    Essas taxas tendem a crescer nos pr-

    ximos anos, no s pelo crescimento

    e envelhecimento da populao,

    mas, sobretudo, pela persistncia de

    hbitos inadequados de alimentao

    e atividade fsica, alm do tabagismo.

    O Ministrio da Sade vm adotan-

    do vrias estratgias e aes para re-

  • PREVENO CLNICA DE DOENAS CARDIOVASCULARES, CEREBROVASCULARES E RENAIS9

    duzir o nus das doenas cardiovas-

    culares na populao brasileira como

    as medidas anti-tabgicas, as polti-

    cas de alimentao e nutrio e de

    promoo da sade com nfase na

    escola e, ainda, as aes de ateno

    hipertenso e ao diabetes com ga-

    rantia de medicamentos bsicos na

    rede pblica e, aliado a isso, a

    capacitao de profissionais. A cam-

    panha do Pratique Sade um bom

    exemplo como estratgia de massa

    para a disseminao da informao

    e sensibilizao da populao para

    a adoo de hbitos saudveis de vida.

    importante registrar que a adoo

    da estratgia Sade da Famlia como

    poltica prioritria de ateno bsica,

    por sua conformao e processo de

    trabalho, compreende as condies

    mais favorveis de acesso s medidas

    multissetoriais e integrais que a abor-

    dagem das doenas crnicas no

    transmissveis (DCNT) exige.

    Esse protocolo uma proposio do

    Departamento de Ateno Bsica/

    Departamento de Ateno Especi-

    alizada da Secretaria de Ateno

    Sade, sendo a primeira iniciativa bra-

    sileira de ao estruturada e de base

    populacional para a preveno pri-

    mria e secundria das doenas

    cardiovasculares (DCV) e renal crni-

    ca em larga escala. Foi rigorosamen-

    te baseado nas evidncias cientficas

    atuais e teve a contribuio efetiva de

    profissionais de reconhecido saber e

    das sociedades cientificas da rea.

    Deve ser implementado na rede p-

    blica de sade, sobretudo, nas cerca

    de 25 mil Equipes Sade da Famlia

    hoje existentes no Brasil. Isso exige um

    esforo conjunto dos gestores pbli-

    cos federal, estaduais e municipais,

    sociedades cientficas, instituies de

    ensino, profissionais de sade e soci-

    edade em geral para o completo xi-

    to na preveno e controle das do-

    enas cardiovasculares e renais do

    nosso pas.

    Jos Gomes Temporo

    Secretrio de Ateno Sade

  • 10CADERNOS DE ATENO BSICA

    II. INTRODUO

    As doenas circulatrias so

    responsveis por impacto

    expressivo na mortalidade

    da populao brasileira, correspon-

    dendo a 32% dos bitos em 2002, o

    equivalente a 267.496 mortes. As

    doenas do aparelho circulatrio

    compreendem um espectro amplo

    de sndromes clnicas, mas tm nas

    doenas relacionadas aterosclerose

    a sua principal contribuio,

    manifesta por doena arterial

    coronariana, doena cerebro-

    vascular e de vasos perifricos,

    incluindo patologias da aorta, dos

    rins e de membros, com expressiva

    morbidade e impacto na qualidade

    de vida e produtividade da

    populao adulta. Em adio s

    doenas com comprometimento

    vascular, as doenas renais crnicas

    tm tambm um nus importante na

    sade da populao, sendo estimado

    que 1.628.025 indivduos sejam

    portadores de doena renal crnica

    (DRC) no Brasil, e 65.121 esto em

    dilise.

    So inmeros os fatos que podem

    estar relacionados com a importncia

    cada vez maior destas doenas. Parte

    pode ser devida ao envelhecimento

    da populao, sobrevida das

    doenas infecciosas, incorporao de

    novas tecnologias com diagnstico

    mais precoce das doenas e reduo

  • PREVENO CLNICA DE DOENAS CARDIOVASCULARES, CEREBROVASCULARES E RENAIS11

    de letalidade, mas uma parcela

    importante pode ser atribuda ao

    controle inadequado, e por vezes em

    ascenso, dos fatores associados ao

    desenvolvimento destas doenas.

    Os principais fatores de risco esto

    descritos no Quadro 1. A presena de

    9 destes fatores explica quase 90%

    do risco atribuvel de doena na

    populao ao redor do mundo. Vale

    ressaltar que muitos desses fatores de

    risco so responsveis tambm pelas

    doenas renais, sendo que a

    hipertenso arterial sistmica (HAS)

    e o diabete melito (DM) respondem

    por 50% dos casos de DRC terminal.

    Dos fatores potencialmente

    controlveis, HAS e DM, so crticos

    do ponto de vista de sade pblica.

    No Brasil, dados do Plano de

    Reorganizao da Ateno

    Hipertenso Arterial e ao Diabete

    Melitus de 2001 apontaram para

    uma prevalncia destes fatores na

    populao brasileira acima de 40

    anos de idade de 36% e 10%,

    respectivamente. Estima-se que mais

    de 15 milhes de brasileiros tm HAS,

    sendo aproximadamente 12.410.753

    usurios do SUS. Mais de um 1/3

    Quadro 1. Fatores de risco para doena cardio-

    vascular.

    Histria familiar de DAC prematura (familiar

    1. grau sexo masculino 55 anos

    Tabagismo

    Hipercolesterolemia (LDL-c elevado)

    Hipertenso arterial sistmica

    Diabete melito

    Obesidade ( IMC > 30 kg/m)

    Gordura abdominal

    Sedentarismo

    Dieta pobre em frutas e vegetais

    Estresse psico-social

  • 12CADERNOS DE ATENO BSICA

    desconhecem a doena e menos de

    1/3 dos hipertensos com diagnstico

    apresentam nveis adequados de

    presso arterial com tratamento

    proposto. Em relao ao diabete

    melito, dos 3.643.855 estimados

    como usurios do SUS, quase metade

    desconhecia este diagnstico e

    apenas 2/3 destes indivduos esto

    em acompanhamento nas unidades

    de ateno bsica.

    H consenso sobre a importncia da

    adoo de estratgias de ateno

    integral, cada vez mais precoces ao

    longo do ciclo de vida, focadas na

    preveno do aparecimento de HAS

    e DM e suas complicaes. Esto bem

    estabelecidas as aes de sade que

    devem ser implementadas para um

    efetivo controle desses fatores de

    risco visando preveno da doena

    e de seus agravos. O principal desafio

    traduzir em aes concretas de

    cuidado integral a indivduos e

    comunidades o conhecimento

    cientfico e os avanos tecnolgicos

    hoje disponveis e coloc-los no

    mbito populacional ao alcance de

    um maior nmero possvel de

    indivduos.

    Com um espectro amplo de terapias

    preventivas de benefcio comprova-

    do hoje existentes e com uma

    capacidade crescente de se

    identificar as pessoas com maior risco

    de doenas, a escolha deve obedecer

    a critrios racionais de eficcia e

    eficincia, no sendo possvel e nem

    conveniente prescrever "tudo para

    todos", levando-se em conta o risco

    de efeitos indesejveis e a

    necessidade de otimizar os recursos

    para cuidados de sade.

    Para maximizar benefcios e

    minimizar riscos e custos, preciso

    organizar estratgias especficas para

    diferentes perfis de risco, levando em

    conta a complexidade e a

    disponibilidade das intervenes.

    Felizmente, h muito que pode ser

    feito na preveno cardiovascular de

    menor custo e maior eficincia. A

    diversidade de opes preventivas

    reitera a necessidade de uma escolha

    racional, levando em conta o risco

    absoluto global, as preferncias e os

    recursos do paciente. A velocidade

    de mudanas nessa rea requer

    ateno continuada para as

    novidades, tanto nos esquemas de

    classificao de risco quanto nas

    intervenes.

  • PREVENO CLNICA DE DOENAS CARDIOVASCULARES, CEREBROVASCULARES E RENAIS13

    Este Manual tem como objetivo

    nortear planos de ao de cuidado

    integral, com foco na preveno

    destas doenas, sistematizando as

    condutas atuais recomendadas com

    base em evidncias cientficas para a

    identificao e manejo de indivduos

    sem doena manifesta e em risco de

    desenvolverem doenas cardacas

    aterosclerticas, cerebrovas culares e

    renais, aqui denominadas conjunta-

    mente de doenas cardiovasculares,

    se no especificadas. parte da

    Poltica Nacional de Ateno Integral

    a HAS e DM, seus fatores de risco e

    suas complicaes e dirigido aos

    profissionais da rede pblica do

    Sistema nico de Sade, visando

    reduzir o impacto destes agravos na

    populao brasileira. A identificao,

    manejo e respectivas condutas

    preventivas em indivduos com

    doena manifesta so importantes,

    mas sero abordados nos Manuais

    especficos de cada doena.

  • 14CADERNOS DE ATENO BSICA

    III. RISCO GLOBAL - Conceito

    Mais importante do que

    diagnosticar no

    indivduo uma patologia

    isoladamente, seja diabetes,

    hipertenso ou a presena de

    dislipidemia, avali-lo em termos de

    seu risco cardiovascular,

    cerebrovascular e renal global.

    A preveno baseada no conceito de

    risco cardiovascular global significa

    que os esforos para a preveno de

    novos eventos cardiovasculares sero

    orientados, no de maneira

    independente pelos riscos da

    elevao de fatores isolados como a

    presso arterial ou o colesterol, mas

    pelo resultado da soma dos riscos

    imposta pela presena de mltiplos

    fatores, estimado pelo risco absoluto

    global de cada indivduo.

    Sob o enfoque preventivo, quanto

    maior o risco, maior o potencial

    benefcio de uma interveno

    teraputica ou preventiva. O

    benefcio de uma terapia na

    preveno de desfechos no

    desejveis pode ser expresso em

    termos relativos (p. ex., pela reduo

    relativa de risco com o uso de

    determinado frmaco), ou em

    termos absolutos que levam em

    conta o risco individual ou a

    probabilidade de um indivduo de

    ter eventos em um perodo de tempo

  • PREVENO CLNICA DE DOENAS CARDIOVASCULARES, CEREBROVASCULARES E RENAIS15

    (p. ex., 2% de mortalidade em 3

    anos). Embora tradicionalmente

    terapias com redues relativas de

    morbimortalidade sejam atrativas, o

    uso racional de intervenes,

    levando em considerao equidade

    no sistema de sade, deve incorporar

    estimativa absoluta de risco.

    Por meio desta estimativa possvel

    otimizar o uso de intervenes

    implemantadas de acordo com o

    risco cardiovascular global de cada

    indivduo, uma vez que o grau de

    benefcio preventivo obtido

    depende da magnitude desse risco.

  • 16CADERNOS DE ATENO BSICA

    IV. RISCO CARDIOVASCULAR -

    Classificao

    Aintensidade das intervenes

    preventivas deve ser determi-

    nada pelo grau de risco cardio-

    vascular estimado para cada

    indivduo e no pelo valor de um

    determinado fator. Em termos

    prticos, costuma-se classificar os

    indivduos em trs nveis de risco -

    baixo, moderado e alto - para o

    desenvolvimento de eventos

    cardiovasculares maiores. Os eventos

    tradicionalmente computados

    incluem morte por causa vascular,

    infarto do miocrdio e acidente

    vascular cerebral.

    A Estratificao de Risco baseia-se na

    classificao inicial levando-se em

    conta o exame clnico e avana para

    a indicao de exames comple-

    mentares quando o exame clnico

    apontar que o grau de risco sugere

    risco moderado a alto (Figura 1).

    A classificao de risco pode ser

    repetida a cada 3 a 5 anos ou sempre

    que eventos clnicos apontarem a

    necessidade de reavaliao.

    Estratificao de Risco

    Avaliao Clnica

    Conforme demonstrado no Quadro

    2, a classificao inicial baseia-se em

    dados clnicos como idade e sexo,

  • PREVENO CLNICA DE DOENAS CARDIOVASCULARES, CEREBROVASCULARES E RENAIS17

    histria clnica (principalmente, em

    relao a manifestaes vasculares,

    sintomas de diabetes), presso

    arterial, circunferncia abdominal,

    peso e altura (ndice de massa

    corporal), e um exame clnico

    focalizado em manifestaes de

    aterosclerose.

    Indivduos mais jovens (homens com

    menos de 45 anos e mulheres com

    menos de 55 anos), sem manifestao

    de doena ou sintomas e sem

    nenhum dos fatores intermedirios

    descritos no Quadro 2 so

    caracterizados como sendo de BAIXO

    RISCO (Figura 1). Estes indivduos no

    se beneficiam de exames

    complementares, entrentanto,

    devem ser encorajados a manterem

    um perfil de vida saudvel.

    Homens com idade superior a 45

    anos e mulheres com mais de 55 anos

    requerem exames laboratoriais para

    estimar mais precisamente o risco

    cardiovascular. Indivduos mais

    jovens que j apresentam um ou

    mais fatores de risco devem passar

    para a avaliao clnico-laboratorial

    subseqente. Pacientes identificados

    nessa avaliao clnica como de alto

    Quadro 2. Avaliao clnica: Achados no

    exame clnico indicativos de alto risco ou da

    necessidade de exames laboratoriais.

    Indicadores de alto risco

    Infarto do miocrdio prvio

    Acidente vascular cerebral ou ataque

    isqumico transitrio prvio

    Doena aneurismtica de aorta

    Doena vascular perifrica

    Insuficincia cardaca congestiva de etiologia

    isqumica

    Angina de peito

    Doena renal crnica

    Indicadores intermedirios de risco

    Idade > 45 anos homens, > 55 anos mulheres

    Manifestaes de at