liahona-novembro 2011

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5/11/2018 Liahona-Novembro2011-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/liahona-novembro-2011 1/132 Discursos da Conferência Geral Seis Novos Templos São Anunciados A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS • NOVEMBRO DE 20

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Discursos da Conferência Geral de Outubro de 2011.

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Discursos

da Conferência

Geral

Seis Novos TemplosSão Anunciados

A IGREJA DE JESUS C RISTO DOS SA NTOS DOS ÚLTIMOS DIAS • NOVEMBRO DE 20

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O Salvador nos ordenou: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna,

e são elas que de mim testifcam” ( João 5:39).

 Aprender com as Escrituras, Nancy Crookston

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Sumário — Novembro de 2011Volume 64 • Número 1

SESSÃO DA MANHÃ DE SÁBADO

4  Ao Reunir-nos Novamente Presidente Thomas S. Monson

6 O Poder das Escrituras Élder Richard G. Scott 

9 Revelação Pessoal e Testemunho Barbara Thompson

11 Tempo Virá Élder L. Whitney Clayton

14 Fazer a Coisa Certa, no MomentoCerto, sem Demora Élder José L. Alonso

16 Conselho para os Jovens Presidente Boyd K. Packer 

19  Você É Importante para Deus Presidente Dieter F. Uchtdor 

SESSÃO DA TARDE DE SÁBADO23  Apoio aos Líderes da Igreja

 Presidente Henry B. Eyring

24 O Coração dos Filhos Voltar-se-á Élder David A. Bednar 

28 Filhos Élder Neil L. Andersen

31 Tempo de Preparação Élder Ian S. Ardern

33 É Melhor Olhar para Cima Élder Carl B. Cook 

35  A Redenção Élder LeGrand R. Curtis Jr.

38  A Divina Dádiva do Arrependimento Élder D. Todd Christoerson

41 O Perfeito Amor Lança Fora o Temor Élder L. Tom Perry 

SESSÃO DO SACERDÓCIO44 Somos os Soldados

 Élder Jerey R. Holland 

47 O Poder do Sacerdócio Aarônico Bispo Keith B. McMullin

50  A Maior Oportunidade da Vida Élder W. Christopher Waddell 

53 Prover à Maneira do Senhor Presidente Dieter F. Uchtdor 

56 Preparação no Sacerdócio:“Preciso de Sua Ajuda” Presidente Henry B. Eyring

60 Ouse Ficar Sozinho Presidente Thomas S. Monson

SESSÃO DA MANHÃ DE DOMINGO

68 Testemunha Presidente Henry B. Eyring

71 Esperar no Senhor: Seja Feitaa Tua Vontade Élder Robert D. Hales 

74 O Livro de Mórmon —Um Livro de Deus Élder Tad R. Callister 

77  Amem a Mãe Dela Elaine S. Dalton

79  A Importância de um Nome Élder M. Russell Ballard 

82 Permanecer em Lugares Sagrados Presidente Thomas S. Monson

SESSÃO DA TARDE DE DOMINGO86 Convênios

 Élder Russell M. Nelson

90 Ensinamentos de Jesus Élder Dallin H. Oaks 

94 Ensinar à Maneira do Espírito Matthew O. Richardson

96 Os Missionários São um Tesouroda Igreja Élder Kazuhiko Yamashita

98 Escolher a Vida Eterna

 Élder Randall K. Bennett  101 O Privilégio de Orar Élder J. Devn Cornish

 104 Os Hinos Que Eles NãoPuderam Cantar Élder Quentin L. Cook 

 108  Até Voltarmos a NosEncontrar Presidente Thomas S. Monson

REUNIÃO GERAL DA SOCIEDADEDE SOCORRO 109 O que Espero que Minhas Netas

(e Netos) Compreendam sobre aSociedade de Socorro Julie B. Beck 

 114  A Caridade Nunca FalhaSilvia H. Allred 

 117  Apegar-se aos Convênios Barbara Thompson

 120 Não Te Esqueças de Mim Presidente Dieter F. Uchtdor 

64  As Autoridades Gerais de A Igreja

de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias 124 Índice das Histórias Contadas na

Conferência 125 Ensinamentos para os Nossos Dias 125 Presidências Gerais das Auxiliares 126 Notícias da Igreja

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2 A L i a h o n a

MANHÃ DE SÁBADO, 1º DE OUTUBRODE 2011, SESSÃO GERAL Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirige: Presidente Henry B. Eyring. Oração deabertura: Élder Gary J. Coleman. Oração deencerramento: Élder Lowell M. Snow. Música:Coro do Tabernáculo Mórmon; regentes:Mack Wilberg e Ryan Murphy; organistas:Richard Elliott e Andrew Unsworth. “A AlvaRompe”, Hinos, nº 1; “With Songs o Praise”

[Com Cânticos de Louvor], Hymns, nº 71;“Oração pelo Proeta”, Hinos, nº 8, arr. Wilberg, não publicado; “Cantando Louva-mos”, Hinos, nº 50; “Sou um Filho de Deus”, Músicas para Crianças, p. 2, arr. Murphy, nãopublicado; “Firmes Segui”, Hinos, nº 41, arr.

 Wilberg, não publicado.

TARDE DE SÁBADO, 2 DE OUTUBRO DE 2011,SESSÃO GERAL Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirige: Presidente Dieter F. Uchtdor. Oraçãode abertura: Élder Won Yong Ko. Oraçãode encerramento: Élder Bradley D. Foster.Música: Coro da Primária de Pleasant View

e North Ogden, Utah; regente: Vanja Y. Watkins; organista: Linda Margetts. “Quando Vejo o Sol Raiar”, Hinos, nº 198 e “Ó PaiQuerido, Dou Graças”, Músicas paraCrianças, p. 9, medley arr. Watkins, nãopublicado; “As Famílias Poderão Ser Eternas”, Hinos, nº 191, arr. Watkins, não publicado;“Hoje, ao Proeta Louvemos”, Hinos, nº 14;“Meu Pai Celestial Me Tem Aeição,” Músicas  para Crianças, p. 16, e “Eu Sei Que Deus Vive”, Hinos, nº 195, pub. Jackman, medleyarr. Watkins, não publicado.

NOITE DE SÁBADO, 1º DE OUTUBRODE 2011, SESSÃO DO SACERDÓCIO

Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirige: Presidente Dieter F. Uchtdor. Oraçãode abertura: Élder Richard G. Hinckley. Ora-ção de encerramento: Élder Koichi Aoyagi.Música: Coro do Sacerdócio de Melquisede-que de Pleasant Grove, Utah; regente: JustinBills; organista: Clay Christiansen. “Rise Up,O Men o God” [Erguei-vos, Ó Homensde Deus], Hymns, nº 324, arr. Staheli, pub.

 Jackman; “Careço de Jesus”, Hinos, nº 61, arr.Bills, não publicado; “A Deus, Senhor e Rei”, Hinos, nº 35; “Vinde, Ó Filhos do Senhor”, Hinos, nº 27, arr. Bills, não publicado.

MANHÃ DE DOMINGO, 2 DE OUTUBRODE 2011, SESSÃO GERAL Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirige: Presidente Dieter F. Uchtdor. Ora-ção de abertura: Élder Paul K. Sybrowsky.Oração de encerramento: Élder James B.Martino. Música: Coro do Tabernáculo;regente: Mack Wilberg; organistas: AndrewUnsworth e Clay Christiansen. “Lead MeInto Lie Eternal”, [Guia-me à Vida Eterna],

 Hymns, nº 45; “Jeová, Sê Nosso Guia”, Hinos, nº 40, arr. Wilberg, não publicado;“Consider the Lilies” [Olhai os Lírios doCampo], Homan, arr. Lyon, pub. Jackman;“Graças Damos, Ó Deus, por um Proeta”, Hinos, nº 9; “Aonde Mandares Irei”, Hinos, nº 167, arr. Wilberg, não publicado; “Creioem Cristo”, Hinos, nº 66, arr. Wilberg, nãopublicado.

TARDE DE DOMINGO, 2 DE OUTUBRODE 2011, SESSÃO GERAL Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirige: Presidente Henry B. Eyring. Oraçãode abertura: Élder F. Michael Watson. Oração

de encerramento: Élder Gregory A. Schwi-tzer. Música: Coro do Tabernáculo; regentes:Mack Wilberg e Ryan Murphy; organistas:Bonnie Goodlie e Linda Margetts: “Arise,O God and Shine” [Erguei-vos, Ó Deus eBrilhai], Hymns, nº 265, arr. Wilberg, nãopublicado; “O Amor do Salvador”, Músicas  para Crianças, p. 74, arr. Cardon, não publi-cado; “Alegres Cantemos”, Hinos, nº 3;“Nós Pedimos-Te, Senhor”, Hinos, nº 86,arr. Wilberg, não publicado.

NOITE DE SÁBADO, 24 DE SETEMBRODE 2011, REUNIÃO GERAL DA SOCIEDADEDE SOCORRO

Preside: Presidente Thomas S. Monson.Dirige: Julie B. Beck. Oração de abertura:Barbara C. Bradshaw. Oração de encer-ramento: Sandra Rogers. Música: Coro daSociedade de Socorro de Eagle Mountaine Saratoga Springs, Utah; regente: Emily

 Wadley; organistas: Bonnie Goodlie eLinda Margetts. “A Alva Rompe”, Hinos, nº 1, arr. Wilberg, não publicado; “Doce Éo Trabalho”, Hinos, nº 54, arr. Manookin,pub. Jackman; “Povos da Terra, Vinde,Escutai!”, Hinos, nº 168; “Alegres Cante-mos”, Hinos, nº 3.

GRAVAÇÃO DAS SESSÕES DA CONFERÊNCIAPara acessar os discursos da conerênciageral em vários idiomas pela Internet, visiteo site conerence.LDS.org. Selecione umidioma. Geralmente, dois meses após a conerência, as gravações também são disponiblizadas nos Centros de Distribuição.

MENSAGENS DOS MESTRES FAMILIARES EDAS PROFESSORAS VISITANTESPara as mensagens dos mestres amiliarese das proessoras visitantes, escolha umdiscurso que mais atenda à necessidadedaqueles a quem você visita.

NA CAPA 

Primeira Capa: Fotograa: John Luke. Últimcapa: Fotograa: Les Nilsson.

FOTOGRAFIAS DA CONFERÊNCIA  As cenas da conerência geral em Salt LakeCity oram enviadas por Craig Dimond,

 Welden C. Andersen, John Luke, ChristinaSmith, Cody Bell, Les Nilsson, WestonColton, Sarah Jensen, Derek Israelsen, DannLa, Scott Davis, Kristy Jordan e Cara Call; noBrasil, por Barbara Alves, David McNameee Sandra Rozados; no Canadá, por LaurentLucuix; em El Salvador, por Josué Peña; naInglaterra, por Simon Jones; no Japão, por

 Jun Aono; no México, por Monica Mora; na

Filipinas, por Wilmor LaTorre e Ann Rosas;na Árica do Sul, por Rob Milne; na Suécia,por Anna Peterson; e no Uruguai, porManuel Peña.

Resumo da 181ª Conferência Geral Semestral

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N o v e m b r o d e 2 0 1 1

ORADORES EM ORDEMALFABÉTICA

 Allred, Silvia H., 114 Alonso, José L., 14 Andersen, Neil L., 28 Ardern, Ian S., 31Ballard, M. Russell, 79Beck, Julie B., 109Bednar, David A., 24Bennett, Randall K., 98Callister, Tad R., 74Christoerson, D. Todd, 38Clayton, L. Whitney, 11

Cook, Carl B., 33Cook, Quentin L., 104Cornish, J. Devn, 101Curtis, LeGrand R., Jr., 35Dalton, Elaine S., 77Eyring, Henry B., 23, 56, 68Hales, Robert D., 71Holland, Jerey R., 44McMullin, Keith B., 47Monson, Thomas S., 4, 60,

82, 108Nelson, Russell M., 86Oaks, Dallin H., 90Packer, Boyd K., 16Perry, L. Tom, 41

Richardson, Matthew O., 94Scott, Richard G., 6 Thompson, Barbara, 9, 117Uchtdor, Dieter F., 19, 53, 120

 Waddell, W. Christopher, 50 Yamashita, Kazuhiko, 96

ÍNDICE POR ASSUNTO

 Administração do tempo, 31 Adversidade, 71, 104 Alegria, 38, 120 Amor, 53, 77, 96, 120 Aprendizado, 94 Arbítrio, 98 Arrependimento, 16, 35,

38, 44 Ativação, 14, 35, 50 Autossuciência, 53Bem-Estar, 53Bíblia, 74, 90

Caridade, 68, 109, 114Casais missionários, 44Casamento, 28Conerência geral, 4, 23, 108Convênios, 86, 117Conversão, 68, 96Coragem, 33, 60Crescimento da Igreja, 11, 41Dever, 47, 56Discipulado, 109Ensino, 94Escrituras, 6, 74Esperança, 19, 71Espírito Santo, 6, 9, 16, 33,

47, 82, 94

Exemplo, 41, 60, 77, 90, 96Expiação, 33, 35, 38, 90Família, 28, 77Fé, 28, 33, 71, 101, 104Filhos, 28História da Família, 24

 Jesus Cristo, 35, 41, 74, 79,90, 101

 Jovens, 16, 24, 44, 47, 50, 77Livro de Mórmon, 6, 50,

68, 74Moças, 77

Moralidade, 16Natureza divina, 19Nome da Igreja, 79Obediência, 33, 38, 86, 90Obra missionária, 11, 41,

44, 50, 79, 96Oração, 82, 101Paciência, 71Padrões, 44, 60, 77, 82Pai Celestial, 108Pais, 77Paternidade/Maternidade

28, 77

Perseverança, 68, 71Preparação, 50, 56, 96Prioridades, 28, 31Proecia, 11Proessoras visitantes, 109

114Redenção, 35Responsabilidade, 98Restauração, 11Revelação, 6, 9, 16, 82Sacerdócio, 24, 47, 56, 60,

86, 109Sacerdócio Aarônico, 47Sacriício, 50, 120Serviço, 14, 47, 50, 53, 56, 6

Sociedade de Socorro, 109114

 Tecnologia, 24, 31 Templos e trabalho do tem

plo, 4, 24, 41, 109, 117 Testemunho, 9, 60, 68,

74, 82 Valor individual, 19, 120 Valor pessoal, 19, 120

NOVEMBRO DE 2011 VOL. 64 Nº 11A LIAHONA 09691 059

Revista Internacional em Português de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias

A Primeira Presidência: Thomas S. Monson,Henry B. Eyring e Dieter F. Uchtdor

Quórum dos Doze Apóstolos: Boyd K. Packer,L. Tom Perry, Russell M. Nelson, Dallin H. Oaks,M. Russell Ballard, Richard G. Scott, Robert D. Hales,Jerey R. Holland, David A. Bednar, Quentin L. Cook,D. Todd Christoerson e Neil L. Andersen

Editor: Paul B. Pieper

Consultores:Keith R. Edwards, Christoel Golden Jr.,Per G. Malm

Diretor Administrativo: David L. FrischknechtDiretor Editorial: Vincent A. VaughnDiretor Gráfco: Allan R. Loyborg

Gerente Editorial: R. Val JohnsonGerentes Editoriais Assistentes: Jenier L. Greenwood,Adam C. OlsonEditores Associados: Susan Barrett, Ryan CarrEquipe Editorial: Brittany Beattie, David A. Edwards,Matthew D. Flitton, LaRene Porter Gaunt, Carrie Kasten,Jennier Maddy, Lia McClanahan, Melissa Merrill, MichaelR. Morris, Sally J. Odekirk, Joshua J. Perkey, Chad E. Phares,Jan Pinborough, Paul VanDenBerghe, Marissa A. Widdison,Melissa Zenteno

Diretor Administrativo de Arte: J. Scott KnudsenDiretor de Arte: Scott Van KampenGerente de Produção: Jane Ann PetersDiagramadores Seniores: C. Kimball Bott, Colleen Hinckley,Eric P. Johnsen, Scott M. MooyEquipe de Diagramação e Produção: Collette Nebeker

Aune, Howard G. Brown, Julie Burdett, Reginald J.Christensen, Kim Fenstermaker, Kathleen Howard, DeniseKirby, Ginny J. NilsonPré-Impressão: Je L. Martin

Diretor de Impressão: Craig K. SedgwickDiretor de Distribuição: Evan Larsen

 A Liahona:Diretor Responsável: André Buono SilveiraProdução Gráfca: Eleonora BahiaEditor: Luiz Alberto A. Silva (Reg. 17.605)Tradução: Edson LopesAssinaturas: Marco A. Vizaco

© 2011 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados.Impresso no Brasil.

O texto e o material visual encontrados na revista  A Liahona podem ser copiados para uso eventual, na Igreja ou no lar,não para uso comercial. O material visual não poderá sercopiado se houver qualquer restrição indicada nos créditosconstantes da obra. As perguntas sobre direitos autoraisdevem ser encaminhadas para Intellectual Property Ofce,

50 East North Temple Street, Salt Lake City, UT 84150, USA;e-mail: [email protected].

REGISTRO: Está assentado no cadastro da DIVISÃO DECENSURA DE DIVERSÕES PÚBLICAS, do D.P.F., sob nº 1151-P209/73, de acordo com as normas em vigor.

“A Liahona”, © 1977 de A Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias, acha-se registrada sob o número 93 doLivro B, nº 1, de Matrículas e Ofcinas Impressoras de Jornaise Periódicos, conorme o Decreto nº 4857, de 9-11-1930.Impressa no Brasil por Prol — Editora Gráfca — AvenidaPapaiz, 581 — Jardim das Nações — Diadema — CEP 09931-610 – SP.

ASSINATURAS: A assinatura deverá ser eita pelo teleone0800-130331 (ligação gratuita); pelo e-mail [email protected]; pelo ax 0800-161441 (ligação gratuita); oucorrespondência para a Caixa Postal 26023, CEP 05599-970— São Paulo — SP.

Preço da assinatura anual para o Brasil: R$ 5,00. Preço doexemplar avulso em nossas lojas: R$ 0,90. Para o exterior:exemplar avulso: US$ 1.50; assinatura: US$ 10.00. As

mudanças de endereço devem ser comunicadas indicando-seo endereço antigo e o novo.

NOTÍCIAS DO BRASIL: envie [email protected].

Envie manuscritos e perguntas on-line paraliahona.LDS.org; pelo correio, para: Liahona, Room2420, 50 E. North Temple St., Salt Lake City, UT 84150-0024, USA; ou por e-mail, para: [email protected].

A “Liahona”, termo do Livro de Mórmon que signifca“bússola” ou “guia”, é publicada em albanês, alemão,armênio, bislama, búlgaro, cambojano, cebuano, chinês,coreano, croata, dinamarquês, esloveno, espanhol, estoniano,fjiano, fnlandês, rancês, grego, húngaro, holandês,indonésio, inglês, islandês, italiano, japonês, letão, lituano,malgaxe, marshallês, mongol, norueguês, polonês, português,quiribati, romeno, russo, samoano, sueco, tagalo, tailandês,taitiano, tcheco, tonganês, ucraniano, urdu e vietnamita.(A periodicidade varia de um idioma para outro.)

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A L i a h o n a4

Como é bom, irmãos e irmãs,dar-lhes as boas-vindas à 181ªConerência Geral Semestral de

 A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias.

Esta conerência marca os 48 anos— pensem nisso: 48 anos — desdeque ui chamado para o Quórumdos Doze Apóstolos pelo PresidenteDavid O. McKay. Foi em outubro de1963. Parece impossível que tantosanos já se tenham passado desdeaquela ocasião.

Quando estamos atareados, otempo parece passar rápido demais,e os últimos seis meses não oramexceção para mim. Um dos destaques

desse período oi a oportunidadeque tive de rededicar o Templo de Atlanta Geórgia, em 1º de maio. Estavaacompanhado pelo Élder M. RussellBallard e a esposa, pelo Élder Walter F.González e a esposa, e pelo Élder

 William R. Walker e a esposa.Na celebração cultural intitulada

“Aurora Austral”, realizada na noiteda véspera da dedicação, 2.700 rapa-zes e moças do distrito do templo se

grande intensidade.

No nal de agosto, o PresidenteHenry B. Eyring dedicou o Templode San Salvador El Salvador. Ele estavacompanhado pela irmã Eyring epelo Élder D. Todd Christoerson e aesposa, pelo Élder William R. Walker a esposa, e pela irmã Silvia H. Allred,da presidência geral da Sociedade deSocorro, acompanhada do marido,

 Jery. O Presidente Eyring relatou quesse oi um acontecimento extrema-mente espiritual.

No nal deste ano, o PresidenteDieter F. Uchtdor e a irmã Uchtdor  viajarão com outras AutoridadesGerais para Quetzaltenango, Guate-mala, onde ele dedicará um temploda Igreja.

 A construção de templos continuaininterrupta, irmãos e irmãs. Tenhohoje o privilégio de anunciar váriosoutros novos templos.

Primeiro, gostaria de mencionar

apresentaram. Foi um dos programasmais extraordinários que já vi, e opúblico cou de pé várias vezes paraaplaudir.

No dia seguinte, o templo oi rede-

dicado em duas sessões, nas quaissentimos o Espírito do Senhor com

Presidente Thomas S. Monson

Ao Reunir-nosNovamente É minha oração que nos sintamos plenos do Espírito doSenhor ao ouvir as mensagens de hoje e de amanhã e aoaprender as coisas que o Senhor deseja que saibamos.

S E S S ÃO DA MAN HÃ DE S ÁB ADO | 1º de outubro de 2011

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N o v e m b r o d e 2 0 1 1

que nenhum ediício construído pela

Igreja é mais importante do que umtemplo. Os templos são o lugar emque um relacionamento é selado paradurar por toda a eternidade. Somosgratos por todos os muitos templosespalhados pelo mundo e pela bên-ção que eles são na vida de nossosmembros.

No nal do ano passado, o Taber-náculo de Provo, no condado deUtah, oi seriamente danicado porum terrível incêndio. Esse ediício

maravilhoso, muito estimado porgerações de santos dos últimos dias,cou apenas com as paredes externasde pé. Após um estudo cuidadoso,decidimos reconstruí-lo, e preservare restaurar completamente o exterior,para que se torne o segundo tem-plo da Igreja na cidade de Provo. Otemplo que já existe em Provo é umdos mais requentados da Igreja, eum segundo templo ali acomodará

o número crescente de membros da

Igreja em Provo e nas comunidadesao redor que requentam o templo.

 Tenho também o prazer de anun-ciar novos templos nas seguinteslocalidades: Barranquilla, Colômbia;Durban, Árica do Sul; Kinshasa, naRepública Democrática do Congo;e Star Valley, Wyoming. Além disso,prosseguimos com os planos de cons-truir um templo em Paris, na França.

Os detalhes desses templos serãoornecidos no uturo, à medida que a

inormação do local e outras aprova-ções necessárias orem obtidas.Mencionei em conerências

anteriores o progresso que estamosobtendo na construção de templosmais próximos de nossos membros.Embora já estejam disponíveis paramuitos membros da Igreja, ainda háregiões do mundo em que os tem-plos estão tão distantes dos membrosque eles não podem arcar com as

despesas da viagem para chegar até

eles. Eles não podem partilhar dasbênçãos sagradas e eternas que ostemplos oerecem. Para ajudar nessesentido, temos a nosso dispor o quechamamos de Fundo Geral de Auxí-lio aos Frequentadores do Templo.Esse undo oerece uma única visitaao templo para as pessoas que, deoutra orma, não poderiam ir aotemplo e que anseiam desesperada-mente por essa oportunidade. Todosos que desejarem contribuir para ess

undo podem simplesmente anotara inormação na papeleta normalde contribuições, que é entregue aobispo a cada mês.

Irmãos e irmãs, é minha oraçãoque nos sintamos plenos do Espíritodo Senhor ao ouvir as mensagens dehoje e de amanhã e ao aprender ascoisas que o Senhor deseja que saibamos. Esta é minha oração, em nomede Jesus Cristo. Amém. ◼

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6 A L i a h o n a

Aqueles de nós que vêm a estepúlpito durante a conerên-cia sentem o poder de suas

orações. Precisamos dessas orações esomos gratos a vocês por elas.

Nosso Pai Celestial sabia que, paraeetuar o progresso desejado em nossaprovação mortal, teríamos de enren-tar desaos diíceis. Alguns dessesdesaos seriam quase insuperáveis.Ele providenciou as erramentas para

ajudar-nos a ser bem-sucedidos emnossa provação mortal. Uma dessaserramentas são as escrituras.

 Ao longo dos tempos, o PaiCelestial inspirou homens e mulheresescolhidos a encontrar, por meio daorientação do Espírito Santo, as solu-ções para os problemas mais diíceisda vida. Ele inspirou esses servosautorizados a registrar essas solu-ções como um tipo de manual paraaqueles dentre Seus lhos que têm é

em Seu plano de elicidade e em SeuFilho Amado, Jesus Cristo. Temos livreacesso a essa orientação por meio dotesouro que chamamos de obras-pa-drão — isto é, o Antigo e o Novo Tes-tamento, o Livro de Mórmon, Doutrinae Convênios e Pérola de Grande Valor.

Como as escrituras são geradasa partir da comunicação inspiradapelo Espírito Santo, elas são a pura

 verdade. Não precisamos car

preocupados com a validade dos con-ceitos contidos nas obras-padrão por-que o Espírito Santo oi o instrumentoque motivou e inspirou as pessoasque registraram as escrituras.

 As escrituras são como um achode luz: iluminam nossa mente e dãolugar à orientação e à inspiração doalto. Elas podem tornar-se a chavepara abrir o canal para a comunhãocom o Pai Celestial e Seu Filho

 Amado, Jesus Cristo. As escrituras dão orça de autori-

dade a nossas declarações, quandosão citadas corretamente. Elas podemtornar-se amigos leais que não estãolimitados pela geograa ou pelocalendário. Elas estão sempre dispo-níveis quando necessário. Seu usoproporciona uma base de verdadeque pode ser despertada pelo EspíritoSanto. Aprender, ponderar, pesquisare memorizar escrituras é como criar

um arquivo cheio de amigos, valorese verdades aos quais podemos recor-rer a qualquer hora, em qualquerlugar do mundo.

Uma grande orça pode advir damemorização das escrituras. Quandodecoramos uma escritura é comose zéssemos uma nova amizade. Écomo descobrir um novo amigo quepode ajudar-nos na hora da neces-sidade, proporcionar inspiração e

O Poder das Escrituras As escrituras são como um acho de luz: iluminam nossamente e dão lugar à orientação e à inspiração do alto.

Élder Richard G. Scott Do Quórum dos Doze Apóstolosconsolo, e ser uma onte de motivaçãpara a mudança necessária. A memo-rização deste salmo, por exemplo, temsido para mim uma onte de poder eentendimento:

“Do Senhor é a terra e a sua ple-nitude, o mundo e aqueles que nelehabitam.

Porque ele a undou sobre osmares, e a rmou sobre os rios.

Quem subirá ao monte do Senhor,ou quem estará no seu lugar santo?

 Aquele que é limpo de mãos epuro de coração, que não entregaa sua alma à vaidade, nem juraenganosamente.

Este receberá a bênção do Senhore a justiça do Deus da sua salvação”(Salmos 24:1–5).

 A refexão sobre uma escrituracomo essa proporciona excelenteorientação para a vida. As escrituraspodem ormar uma base de apoio.Elas podem ser uma onte incrivel-mente ampla de amigos dispostos

que podem ajudar-nos. Uma escri-tura memorizada torna-se um amigoconstante que não esmorece com apassagem do tempo.

Ponderar uma passagem deescritura pode ser a chave para des-bloquear a revelação, bem como aorientação e a inspiração do EspíritoSanto. As escrituras podem acalmaruma alma agitada, dando-nos paz,esperança e a renovação da conançaem nossa própria capacidade de

superar os desaos da vida. Elas têmo grande poder de curar problemasemocionais, quando há é no SalvadoElas podem acelerar a cura ísica.

 As escrituras podem comunicarsignicados dierentes em momentosdierentes de nossa vida, de acordocom nossas necessidades. Uma escritura que talvez tenhamos lido muitas

 vezes pode assumir nuances de signcado revigorantes e esclarecedoras

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quando enrentamos um novo desao

na vida.Como você, pessoalmente, usa as

escrituras? Você marca o seu livro?Faz anotações nas margens paralembrar um momento de orientaçãoespiritual ou uma experiência quelhe ensinou uma prounda lição? Usatodas as obras-padrão, inclusive o

 Velho Testamento? Encontrei precio-sas verdades nas páginas do Velho

 Testamento que são ingredientesundamentais para a base de verdade

que norteia minha vida e que meservem de recurso quando procurocompartilhar uma mensagem doevangelho com outras pessoas. Poresse motivo, amo o Velho Testa-mento. Encontro joias preciosas de

 verdade espalhadas ao longo de suaspáginas. Por exemplo:

“Porém Samuel disse: Tem por- ventura o Senhor tanto prazer emholocaustos e sacriícios, como em

que se obedeça à palavra do Senhor?

Eis que o obedecer é melhor do queo sacricar; e o atender melhor é doque a gordura de carneiros” (I Samuel15:22).

“Cona no Senhor de todo o teucoração, e não te estribes no teu pró-prio entendimento.

Reconhece-o em todos os teuscaminhos, e ele endireitará as tuas

 veredas.Não sejas sábio a teus próprios

olhos; teme ao Senhor e aparta-te do

mal. (…)Filho meu, não rejeites a corre-ção do Senhor, nem te enojes da suarepreensão.

Porque o Senhor repreende aquelea quem ama, assim como o pai aolho a quem quer bem.

Bem-aventurado o homem queacha sabedoria, e o homem queadquire conhecimento” (Provérbios3:5–7, 11–13).

O Novo Testamento também é umaonte de verdade preciosa:E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor

teu Deus de todo o teu coração, ede toda a tua alma, e de todo o teupensamento.

Este é o primeiro e grandemandamento.

E o segundo, semelhante a este,é: Amarás o teu próximo como a timesmo.

Destes dois mandamentos depen-

dem toda a lei e os proetas” (Mateus22:37–40).“Disse também o Senhor: Simão,

Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo;

Mas eu roguei por ti, para que atua é não desaleça; e tu, quando teconverteres, conrma teus irmãos.

E ele lhe disse: Senhor, estoupronto a ir contigo até a prisão e àmorte.

Mas ele disse: Digo-te, Pedro, quenão cantará hoje o galo antes que três

 vezes negues que me conheces. (…)E como certa criada, vendo-o

estar assentado ao ogo, pusesse osolhos nele, disse: Este também estavacom ele.

Porém, ele negou-o, dizendo:Mulher, não o conheço.

E, um pouco depois, vendo-o outrodisse: Tu és também deles. Mas Pedrodisse: Homem, não sou.

E, passada quase uma hora, umoutro armava, dizendo: Também este

 verdadeiramente estava com ele, poistambém é galileu.E Pedro disse: Homem, não sei o

que dizes. E logo, estando ele ainda aalar, cantou o galo.

E, virando-se o Senhor, olhou paraPedro, e Pedro lembrou-se da palavrado Senhor, como lhe havia dito: Antesque o galo cante hoje, me negarás trê

 vezes.E, saindo Pedro para ora, chorou

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8 A L i a h o n a

amargamente” (Lucas 22:31–34,56–62).Meu coração sore pelo que aconte-

ceu a Pedro naquela ocasião.Esta escritura de Doutrina e Convê-

nios tem abençoado ricamente minha vida: “Não procures pregar minhapalavra, mas primeiro procura obterminha palavra e então tua língua serádesatada; e então, se o desejares, terásmeu Espírito e minha palavra, sim,o poder de Deus para convencer os

homens” (D&C 11:21).Em minha opinião, o Livro deMórmon ensina a verdade com clarezae poder sem iguais. Por exemplo:

“E agora, quisera que ôsseis humil-des e submissos e mansos; áceis depersuadir, cheios de paciência e longa-nimidade; sendo moderados em todasas coisas; guardando diligentementeos mandamentos de Deus em todos osmomentos; pedindo as coisas necessá-rias, tanto espirituais como materiais;agradecendo sempre a Deus por tudo

quanto recebeis.E procurai ter é, esperança e cari-

dade; e então areis sempre boas obrasem abundância” (Alma 7:23–24).

E outra:“E a caridade é soredora e é

benigna e não é invejosa e não seensoberbece; não busca seus inte-resses, não se irrita acilmente, nãosuspeita mal e não se regozija coma iniquidade, mas regozija-se com a

 verdade; tudo sore, tudo crê, tudo

espera, tudo suporta.De modo que, meus amadosirmãos, se não tendes caridade, nadasois, porque a caridade nunca alha.Portanto, apegai-vos à caridade, queé, de todas, a maior, porque todas ascoisas hão de alhar —

Mas a caridade é o puro amor deCristo e permanece para sempre; epara todos os que a possuírem, noúltimo dia tudo estará bem.

Portanto, meus amados irmãos,rogai ao Pai, com toda a energia de

 vosso coração, que sejais cheios desseamor que ele concedeu a todos osque são verdadeiros seguidores de seuFilho, Jesus Cristo; que vos torneis oslhos de Deus; que quando ele apare-cer, sejamos como ele, porque o vere-mos como ele é; que tenhamos estaesperança; que sejamos puricados,como ele é puro” (Morôni 7:45–48).

Minha querida esposa, Jeanene,

amava o Livro de Mórmon. Em sua juventude, quando ela era adoles-cente, ele tornou-se o alicerce de sua

 vida. Foi uma onte de testemunho eensinamento durante o seu serviçomissionário de tempo integral nonoroeste dos Estados Unidos. Quandoservimos no campo missionário emCórdoba, Argentina, ela incentivouintensamente o uso do Livro de Mór-mon em nosso trabalho de proseli-tismo. Jeanene conrmou no início de

sua vida que aqueles que leem cons-tantemente o Livro de Mórmon sãoabençoados com uma medida a maisdo Espírito do Senhor, uma maiordeterminação de obedecer aos Seusmandamentos, e um orte testemunhoda divindade do Filho de Deus.1 Nãosei por quantos anos, ao aproximar-seo m do ano, eu a vi sentada emsilêncio, terminando diligentementede ler o Livro de Mórmon inteiro mais

uma vez antes do nal do ano.Em 1991, eu queria dar um presente

de Natal especial para a minha amília.Para registrar o cumprimento dessedesejo, escrevi em meu diário pessoal:“São 12h38, quarta-eira, 18 de dezem-bro de 1991. Acabei de concluir umagravação de áudio do Livro de Mórmonpara a minha amília. Essa oi uma experiência que aumentou meu testemunhodesta obra divina e ortaleceu em mim desejo de estar mais amiliarizado com

suas páginas, a m de destilar, a partirdessas escrituras, verdades para seremusadas em meu serviço para o Senhor.

 Amo este livro. Testico do undo deminha alma que é verdadeiro, e queoi preparado para abençoar a casa deIsrael e todas as suas partes espalhadaspelo mundo. Todos os que estudaremsua mensagem com humildade, comé, acreditando em Jesus Cristo, sabe-rão de sua veracidade e encontrarãoum tesouro que os levará a ter mais

elicidade, paz e realização nesta vida. Testico por tudo o que é sagrado queeste livro é verdadeiro”.

Que cada um de nós possa valer-seda riqueza de bênçãos que resultamdo estudo das escrituras. Eu oro emnome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTA

1. Ver Gordon B. Hinckley, “Um Testemunho Vibrante e Verdadeiro”,  A Liahona, agostode 2005, p. 3.

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Há muitos anos, quando eu eraestudante universitária, estavaouvindo a conerência geral no

rádio, porque não tínhamos televisãoem nosso pequeno apartamento. Osoradores eram maravilhosos, e eu sen-tia a maniestação do Santo Espírito.

Lembro-me bem de quando uma Autoridade Geral alou sobre o Sal- vador e Seu ministério e, em seguida,prestou um testemunho ervoroso.O Santo Espírito conrmou a minhaalma que ele tinha alado a verdade.Naquele momento eu não tive dúvidasde que o Salvador vive. Também nãotive dúvidas de que estava viven-ciando uma revelação pessoal que meconrmou “que Jesus Cristo é o Filhode Deus”.1

Quando eu tinha oito anos deidade, ui batizada e conrmada, erecebi o dom do Espírito Santo. Foiuma bênção maravilhosa, mas depoisdisso, ele se tornou cada vez maisimportante, à medida que cresci e

 vivenciei o dom do Espírito Santo demuitas ormas.

Muitas vezes, ao passarmos dainância para a adolescência e depoispara a idade adulta, temos desaos e

experiências ao longo do caminho,que nos azem saber que precisamosda ajuda divina que vem por meiodo Santo Espírito. Quando chegamas diculdades, podemos perguntar-nos: “Qual é a resposta para o meuproblema?” e “Como posso saber o

que azer?”Sempre me lembro do relato do

Livro de Mórmon de quando Leí ensinou o evangelho a sua amília.Ele compartilhou com eles muitasrevelações e ensinamentos sobrecoisas que aconteceriam nos últimosdias. Né procurou a orientação doSenhor, a m de entender melhoros ensinamentos de seu pai. Ele oielevado, abençoado e inspirado parasaber que os ensinamentos de seu

pai eram verdadeiros. Isso permitiuque Né seguisse cuidadosamente osmandamentos do Senhor e levasseuma vida justa. Ele recebeu revelaçãopessoal para guiá-lo.

Por outro lado, seus irmãos dis-cutiram uns com os outros, porquenão entenderam os ensinamentos deseu pai. Né, então, ez uma perguntamuito importante: “Haveis perguntadoao Senhor?”2

 A resposta deles oi: “Não pergun-tamos, porque o Senhor não nos dá aconhecer essas coisas”.3

Né aproveitou essa oportunidadepara ensinar a seus irmãos como receber revelação pessoal. Ele disse: “Não

 vos lembrais das coisas que o Senhordisse? — Se não endurecerdes vossocoração e me pedirdes com é, acre-ditando que recebereis, guardandodiligentemente os meus mandamen-tos, certamente estas coisas vos serão

dadas a conhecer”.

4

 A maneira de receber revelaçãopessoal é realmente muito clara.Precisamos ter o desejo de receberrevelação, não devemos endurecero coração e, então, precisamos pedircom é, realmente acreditando que

 vamos receber uma resposta, e depoiguardar diligentemente os mandamentos de Deus.

O ato de seguirmos esse padrãonão signica que toda vez que zer-mos uma pergunta a Deus, a resposta

surgirá imediatamente com todos osdetalhes sobre o que devemos azer.No entanto, isso signica que, se guardarmos diligentemente os mandamentos e pedirmos com é, as respostas

 virão no próprio modo do Senhor eno tempo Dele.

Quando criança, eu achava que arevelação pessoal ou as respostas àsorações viriam como uma voz audí-

 vel. De ato, em algumas revelaçõesouvimos uma voz real. No entanto,

aprendi que o Espírito ala de muitasmaneiras.Doutrina e Convênios, seção 6,

explica diversas maneiras pelas quaispodemos receber revelação:

“[Tu] me procuraste e eis que, tan-tas vezes quantas inquiriste, recebesteinstruções de meu Espírito.”5

“[Eu] te iluminei a mente.”6

“Não dei paz a tua mente quantoao assunto?”7

Barbara ThompsonSegunda Conselheira na Presidência Geralda Sociedade de Socorro

Revelação Pessoale TestemunhoSe guardarmos diligentemente os mandamentos e pedirmos com é, as respostas virão no próprio modo do Senhor e notempo Dele.

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10 A L i a h o n a

Em outras escrituras aprende-mos mais sobre o recebimento derevelação:

“Eu te alarei em tua mente e emteu coração, pelo Espírito Santo que

 virá sobre ti e que habitará em teucoração. Ora, eis que este é o espíritode revelação.”8

“Farei arder dentro de ti o teupeito; portanto sentirás que estácerto.”9

“Dar-te-ei do meu Espírito, o qual

iluminará tua mente e encher-te-á aalma de alegria.”10

Na maioria das vezes, a revela-ção pessoal vem ao estudarmos asescrituras, ao ouvirmos e seguirmosos conselhos dos proetas e de outroslíderes da Igreja, e ao procurarmoslevar uma vida el e justa. Às vezes,a inspiração vem de um único versí-culo de escritura ou de uma rase deum discurso de conerência. Talvezsua resposta venha quando as crian-ças da Primária estiverem cantando

um belo hino. Todas essas são ormasde revelação.

Nos primeiros dias da Restauração,muitos membros buscaram diligente-mente revelação e oram abençoadose inspirados para saber o que azer.

 A irmã Eliza R. Snow recebeu doproeta Brigham Young o encargo deajudar a elevar e ensinar as irmãs daIgreja. Ela ensinou que as mulherespoderiam individualmente receberinspiração para guiá-las em sua vida

pessoal, na amília e em suas respon-sabilidades na Igreja. Ela alou: “Digamàs irmãs que desempenhem seusdeveres, com humildade e delidade,e o Espírito de Deus vai estar com elase serão abençoadas em seus trabalhos.Que busquem sabedoria em vez depoder, e terão todo o poder que tive-rem a sabedoria para exercer”.11

 A irmã Snow ensinou as irmãs abuscarem a orientação do Espírito

Santo. Ela disse que o Espírito Santo“satisaz e preenche todo anseio docoração humano e preenche todoespaço vazio. Quando estou plenadesse Espírito, minha alma estásatiseita”.12

O Presidente Dieter F. Uchtdor ensinou que a revelação “e o testemu-nho nem sempre chegam com orça

esmagadora. Para muitos, o testemu-nho chega lentamente, um pouco decada vez”. Ele disse ainda: “Busque-mos sinceramente a luz da inspiraçãopessoal. Roguemos ao Senhor queconceda a nossa mente e alma aquelacentelha de é que nos permitirá rece-ber e reconhecer a divina ministraçãodo Espírito Santo”.13

Nosso testemunho se ortalece àmedida que enrentamos desaos emnossa vida diária. Algumas pessoas

enrentam problemas diíceis desaúde, alguns têm problemas nan-ceiros, outros têm desaos em seucasamento ou com os lhos. Algunssorem de solidão ou com esperançase sonhos não realizados. É nosso tes-temunho, aliado a nossa é no Senhor

 Jesus Cristo e ao conhecimento quetemos do plano de salvação, que nosajuda a superar esses momentos deprovação e sorimento.

No livro Filhas em Meu Reino,lemos sobre a irmã Hedwig Biereicheuma mulher da Alemanha, que passopor muita tristeza e privação durantea Segunda Guerra Mundial. Devidoa seu amor e sua natureza caridosa,mesmo passando grandes necessi-dades, ela compartilhou sua comida,de boa vontade, com prisioneiros de

guerra amintos. Mais tarde, quandolhe perguntaram como ora capaz de“[manter] o testemunho durante todasessas provações”, ela respondeu: “Eunão mantive o testemunho durantetodo aquele tempo — oi o testemu-nho que me manteve”.14

O ato de termos um orte teste-munho não signica que será sem-pre assim. (Precisamos nutri-lo eortalecê-lo para que ele tenha orçasuciente para nos sustentar). Essa é

uma razão pela qual “[nos reunimos]requentemente” para podermosparticipar do sacramento, renovarnossos convênios e ser “nutridos pelaboa palavra de Deus”. É a boa palavrade Deus que nos mantém “continua-mente atentos à oração, conandosomente nos méritos de Cristo, autore apereiçoador de [nossa] é”.15

O Élder David A. Bednar ensinou“Ao procurarem devidamente

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Servi como jovem missionário vários meses nas áreas centraisde Lima, Peru. Por isso, cru-

zei muitas vezes a Plaza de Armas,no centro de Lima. O Palácio doGoverno, residência ocial e local detrabalho do presidente do Peru, cade rente para a praça. Meus com-panheiros e eu convidamos muitaspessoas na praça a ouvir o evangelhorestaurado. Naquela época sempre

imaginei como seria entrar no palácio,mas a ideia de azer isso sempre mepareceu absurdamente remota.

No ano passado, o Élder D. ToddChristoerson, do Quórum dos Doze

 Apóstolos, alguns outros líderes, e eu,reunimo-nos com Alan García, quena época era o presidente do Peru,no Palácio do Governo. Foram-nosmostradas suas belas salas e omosrecebidos cordialmente pelo presi-dente García. Minhas divagações de

 jovem missionário sobre o paláciocumpriram-se de uma orma que eu jamais sonharia ser possível em 1970.

 As coisas mudaram no Peru desdeque ui missionário, principalmentepara a Igreja. Havia ali cerca de 11.000membros da Igreja, na época, eapenas uma estaca. Hoje, há mais de500.000 membros e quase 100 estacas.Nas cidades em que havia apenaspequenos grupos de membros, estacas

 vigorosas e lindas capelas adornam aregião. A mesma coisa aconteceu emmuitos outros países do mundo todo.

Esse extraordinário crescimentoda Igreja merece explicação. Come-çaremos com uma proecia do Velho

 Testamento.Daniel era um escravo hebreu na

Babilônia. Foi-lhe dada a oportuni-dade de interpretar um sonho dorei Nabucodonosor. Daniel pediu a

Deus que lhe revelasse o sonho esua interpretação, e sua oração oiatendida. Ele disse a Nabucodonosor“Há um Deus no céu, o qual revelaos mistérios; ele, pois, ez saber ao reNabucodonosor o que há de aconte-cer nos últimos dias. (…) As visõesda tua cabeça que tiveste na tua camasão estes”. Daniel disse que o rei tinh

 visto uma imagem assustadora, comcabeça, tronco, braços, pernas e pés.Uma pedra oi cortada da montanha,

sem mãos, e rolou e oi gradualmentecrescendo de tamanho. A pedracolidiu com a imagem, partindo-a empedaços, e “a pedra, que eriu a está-tua, se tornou grande monte, e enchetoda a terra”.

Daniel explicou que a imagemrepresentava uturos reinos políticos eque “nos dias [daqueles uturos] reis, Deus do céu [levantaria] um reino qunão [seria] jamais destruído, (…) [mas

Élder L. Whitney ClaytonDa Presidência dos Setenta

Tempo ViráCom vocês, fco maravilhado com a maneira como Sua obra progride de modo milagroso, maravilhoso e inexorável 

o espírito de revelação e o aplicarem,prometo-lhes que ‘[andarão] na luzdo Senhor’ (Isaías 2:5; 2 Né 12:5). Às

 vezes, o espírito de revelação operaráimediata e intensamente; outras vezeso ará sutil e gradualmente e, comrequência, com tal delicadeza quetalvez não o notem nem o reconhe-çam conscientemente. Mas seja qualor o padrão pelo qual essa bênçãoseja recebida, a luz que ela traz ilumi-nará e ampliará a sua alma, iluminará

seu entendimento (ver Alma 5:7;32:28) e dirigirá e protegerá você esua amília.16

O Senhor deseja abençoar-noscom orientação, sabedoria e direçãoem nossa vida. Ele deseja derramarSeu Espírito sobre nós. Repetindo:para ter revelação pessoal, precisa-mos ter o desejo de recebê-la, nãodevemos endurecer o coração e,então, precisamos pedir com é, real-mente acreditando que vamos rece-ber uma resposta, e depois guardar

diligentemente os mandamentos deDeus. Então, ao buscarmos respostaspara nossas dúvidas, Ele nos aben-çoará com Seu espírito. Disso prestotestemunho, em nome de JesusCristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Doutrina e Convênios 46:13.2. 1 Né 15:8.3. 1 Né 15:9.4. 1 Né 15:11; ver também o versículo 10.5. Doutrina e Convênios 6:14.6. Doutrina e Convênios 6:15.

7. Doutrina e Convênios 6:23.8. Doutrina e Convênios 8:2–3.9. Doutrina e Convênios 9:8.

10. Doutrina e Convênios 11:13.11. Filhas em Meu Reino: A História e o

Trabalho da Sociedade de Socorro,2011, p. 50.

12. Filhas em Meu Reino, p. 50.13. Dieter F. Uchtdor, “Seu Potencial, Seu

Privilégio”, A Liahona, maio de 2011, p. 58.14. Ver  Filhas em Meu Reino, p. 86.15. Morôni 6:4–6.16. David A. Bednar, “O Espírito de Revelação”,

 A Liahona, maio de 2011, p. 87.

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12 A L i a h o n a

[esmiuçaria e consumiria] todos [aque-les] reinos, mas ele mesmo [subsistiria]para sempre”.1

Passemos agora a tempos maisrecentes. O anjo Morôni apareceu

pela primeira vez a Joseph Smith em1823 e disse-lhe que “Deus tinha umaobra a ser executada por [ele]; e que[seu] nome seria considerado bom emau entre todas as nações, tribos elínguas”.2 A mensagem de Morôni comcerteza surpreendeu Joseph, que tinhaapenas dezessete anos.

Em 1831, o Senhor disse a Josephque as chaves do reino de Deustinham sido novamente “conadasao homem na Terra”. Ele disse que“[rolaria] o evangelho até os conns

da Terra, como a pedra cortada damontanha, sem mãos (…) até enchertoda a Terra”,3 tal como Daniel disseraa Nabucodonosor.

Em 1898, o Presidente Wilord Woodru relatou uma experiência queteve quando era membro novo, em1834, numa reunião do sacerdócio emKirtland. Ele contou: “O Proeta reuniutodos os portadores do sacerdócio napequena escola de madeira da loca-lidade. Era um prédio pequeno, com

talvez quatro metros quadrados (…).Quando nos achávamos reunidos, oProeta exortou os élderes de Israel a(…) testicarem desta obra. (…) Aoconcluírem, ele lhes disse: ‘Irmãos, uimuito edicado e instruído pelos tes-temunhos prestados esta noite. Querodizer-lhes, porém, perante o Senhor,que não sabem acerca dos destinosdesta Igreja e deste reino mais do queuma criancinha no regaço materno.

Não o compreendem. (…) Estão vendo apenas um pequeno grupo deportadores do sacerdócio hoje aqui,mas esta Igreja encherá a América doNorte e do Sul e o mundo todo’”.4

 As proecias de que:•oreinodeDeuscomoumapedra

cortada da montanha iria encher aterra;

•onomedeJosephSmithviriaaserconhecido no mundo todo; e

•aIgrejairiaencherasAméricaseencher o mundo

podem ter parecido risíveis 170 anosatrás. O pequeno grupo de crentes,que morava na ronteira americana e

que precisava se mudar para escaparda perseguição, não parecia ser o ali-cerce de uma religião que atravessaria

ronteiras internacionais e penetrariacorações em toda parte.

Mas oi exatamente isso que acon-teceu. Deixem-me dar um exemplo.

No dia de Natal de 1925, em

Buenos Aires, Argentina, o ÉlderMelvin J. Ballard dedicou todo ocontinente da América do Sul para apregação do evangelho. No nal deagosto de 1926, um pequeno grupooi batizado. Esses oram os primeiromembros de A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias em todaa América do Sul. Isso oi há 85 anose muitos que assistem à conerênciahoje estavam lá na época.

Há 23 estacas de Sião em Bue-nos Aires atualmente, com dezenas

de estacas e centenas de milharesde membros da Igreja nas cidades emunicípios espalhados pela Argentina

Montevidéu, Uruguai 

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Hoje, há mais de 600 estacas emilhões de membros em toda a Amé-rica do Sul. A olhos vistos, o reino deDeus está enchendo o continente, eo nome de Joseph Smith está sendodivulgado tanto por nós quanto porseus inimigos em países dos quais eletalvez nunca tenha ouvido alar emsua vida.

Hoje, há cerca de 3.000 estacasna Igreja no mundo, de Boston aBangkok e da Cidade do México a

Moscou. Estamos nos aproximandode 29.000 alas e ramos. Em mui-tos países, há estacas ortes, commembros cujos antepassados eramconversos. Em outros, há grupos derecém-conversos que se reúnem emramos pequenos, em casas alugadas.

 A cada ano, a Igreja se espalha ecresce no mundo todo.

Essas proecias que alam deencher a Terra e de ser conhecido nomundo inteiro são absurdas? Talvez.Improváveis? Sem dúvida. Impossíveis?

Denitivamente não. Isso está aconte-cendo diante de nossos olhos.

O Presidente Gordon B. Hinckleyobservou:

“Foi dito, certa vez, que o sol nuncadeixaria de brilhar sobre o ImpérioBritânico. Esse império está agorareduzido. Mas é verdade que o solnunca deixará de brilhar sobre estaobra do Senhor, que está tocando a

 vida de pessoas em todo o mundo.E isso é apenas o começo. Mal

arranhamos a superície. (…) Nossotrabalho não tem ronteiras. (…) Asnações que hoje estão echadas paranós serão abertas um dia”.5

Hoje podemos ver que se aproximao cumprimento de uma proecia doLivro de Mórmon:

“E (…) acontecerá que reis echa-rão a boca, pois verão o que não lhesora contado e considerarão o quenão tinham ouvido.

Porque naquele dia, por amor amim, ará o Pai uma obra que serágrande e maravilhosa no meio deles”.6

Esta obra do Senhor é realmentegrande e maravilhosa, mas avançaessencialmente despercebida pormuitos líderes políticos, culturaise acadêmicos da humanidade. Elaprogride de coração em coração e deamília em amília, de modo sereno ediscreto, e sua mensagem e propósitosabençoam as pessoas em todo lugar.

Um versículo do Livro de Mór-mon explica o motivo do milagrosocrescimento da Igreja, atualmente: “Ealém disso, digo-vos que chegará otempo em que o conhecimento de umSalvador se espalhará por toda nação,tribo, língua e povo”.7

Nossa mensagem mais importante,que estamos divinamente comissio-nados e ordenados a levar ao mundointeiro, é a de que há um Salvador. Ele

 viveu no meridiano dos tempos. Ele

expiou nossos pecados, oi crucicadoe ressuscitou. Essa mensagem inigua-lável, que proclamamos com a autori-dade de Deus, é a verdadeira razão docrescimento desta Igreja.

 Testico-lhes que Ele apareceu,com Seu Pai, a Joseph Smith. Soba direção do Pai, Ele estabeleceunovamente Seu evangelho na Terra.Ele enviou apóstolos, proetas e aschaves do sacerdócio para a Terra

novamente. Ele dirige Sua Igreja pormeio de um proeta vivo, o Presi-dente Thomas S. Monson. Sua Igrejaé aquela pedra cortada da montanha,sem mãos, que rola adiante no mundinteiro.

Somos gratos por Joseph Smith,e vemos com admiração que seunome é reverenciado — e, sim, atémesmo insultado — cada vez maisamplamente em toda a Terra. Masreconhecemos que esta vigorosa obra

dos últimos dias não é a respeito deleEsta é a obra do Deus Todo-Poderosoe de Seu Filho, o Príncipe da Paz.

 Testico que Jesus Cristo é o Salvadore, com vocês, co maravilhado com amaneira como Sua obra progride demodo milagroso, maravilhoso e inexorável. De ato, “[chegou] o tempo emque o conhecimento de um Salvadorse [espalha] por toda nação, tribo, lín-gua e povo”. Presto testemunho Deleo Salvador de toda a humanidade, e

desta obra, no nome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Daniel 2:28, 35, 44; ver também os versículos 1–45.

2. Joseph Smith—História 1:33.3. Doutrina e Convênios 65:2.4. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

Wilford Woodruff, 2004, pp. 25–26.5. Gordon B. Hinckley, “A Situação da Igreja

 A Liahona, novembro de 2003, p. 7.6. 3 Né 21:8–9.7. Mosias 3:20.

Salvador, Brasil 

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14 A L i a h o n a

Élder José L. AlonsoDos Setenta

E

m nossos dias, muitas pessoas vivem em meio à tristeza e auma grande conusão. Não estão

encontrando respostas para suasdúvidas e são incapazes de satisazersuas necessidades. Alguns perderam osenso de elicidade e alegria. Os pro-etas declararam que a verdadeira eli-cidade é encontrada ao seguirmos oexemplo e os ensinamentos de Cristo.Ele é nosso Salvador, Ele é o nossoMestre e Ele é o exemplo pereito.

Sua vida oi uma vida de serviço.Quando servimos ao próximo, aju-damos os necessitados. Nesse pro-

cesso, podemos encontrar soluçõespara nossas próprias diculdades. Aoimitarmos o Salvador, demonstramosnosso amor ao Pai Celestial e a SeuFilho, Jesus Cristo, e nos tornamosmais semelhantes a Eles.

O rei Benjamim alou sobre o valor do serviço, dizendo que quandoestamos “a serviço de [nosso] próximo,[estamos] somente a serviço de [nosso]Deus”.1 Todos têm a oportunidade de

acham que perderam tudo. O que você pode azer para ajudar? Imagi-nem que um vizinho, preso na chuvacom o carro quebrado, chame vocêspara pedir ajuda. Qual é a coisa certaa azer por ele? Quando é o momentocerto para azê-lo?

Lembro-me de uma ocasião emque omos, a amília toda, para ocentro da Cidade do México paracomprar roupas para nossos doislhos. Eles eram bem pequenos.

Nosso lho mais velho tinha poucomais de dois anos, e o caçula tinha umano de idade. A rua estava lotada depessoas. Enquanto azíamos com-pras, levando nossos lhos pela mão,paramos por um momento para olhapara alguma coisa e, sem perceber,perdemos nosso lho mais velho! Nãsabíamos como, mas ele não estavamais conosco. Sem demora, saímoscorrendo para procurá-lo. Procuramoe chamamos por ele, sentindo grandeangústia, pensando que podíamos

tê-lo perdido para sempre. Em nossamente, pedíamos ao Pai Celestial quenos ajudasse a encontrá-lo.

Depois de algum tempo, nós oencontramos. Lá estava ele, inocente-mente olhando para os brinquedos n

 vitrine da loja. Nós o abraçamos e obeijamos, assumindo o compromissode cuidar de nossos lhos de ormadiligente para que nunca mais perdêssemos nenhum deles. Aprendemosque, para salvar nosso lho, não prec

sávamos de reuniões de planejamentoSimplesmente agimos, saindo embusca do que estava perdido. Apren-demos também que nosso lho nemsequer percebeu que estava perdido.

Irmãos e irmãs, pode haver muitosque, por alguma razão, estão perdidode nossa vista e que não sabem queestão perdidos. Se demorarmos, podemos perdê-los para sempre.

Para muitos que precisam de noss

prestar serviço e de demonstrar amor.O Presidente Thomas S. Monson

pediu que ôssemos “ao resgate” e

servíssemos às pessoas. Ele disse:“Veremos que aqueles a quem servi-mos, que sentiram por intermédio donosso trabalho o amor do Salvador,por alguma razão não conseguemexplicar a mudança que ocorreuem sua vida. Eles têm o desejo deservir elmente, de ser humildes, de

 viver de modo mais semelhante aoSalvador. Por estarem mais sensíveisao Espírito e terem vislumbrado aspromessas da eternidade, eles ecoam

as palavras do cego, a quem Jesusrestaurou a visão, e que disse: ‘Umacoisa sei, é que, havendo eu sidocego, agora vejo’.”2

 A cada dia temos a oportunidadede prestar ajuda e serviço — azendoa coisa certa, no momento certo, semdemora. Pensem nas muitas pessoasque têm diculdade para conseguirum emprego ou que estão doentes,que se sentem solitárias, que até

Fazer a Coisa Certa,no Momento Certo,

sem DemoraO Salvador (…) deixou-nos um grande exemplo, mostrandoque não devemos esperar para levar alívio aos que perderamo senso de elicidade e alegria.

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ajuda, não é necessário criar novosprogramas ou realizar ações compli-cadas ou onerosas. Eles só precisamde nossa determinação de servir — deazer a coisa certa, no momento certo,sem demora.

Quando o Salvador apareceu aopovo do Livro de Mórmon, Ele dei-

 xou-nos um grande exemplo, mos-trando que não devemos esperar paralevar alívio aos que perderam o sensode elicidade e alegria. Depois deter ensinado ao povo, Ele viu que aspessoas eram incapazes de compreen-der todas as Suas palavras. Pediu que

 voltassem para casa e ponderassem ascoisas que Ele lhes dissera. Ordenou-lhes que orassem ao Pai e se prepa-rassem para voltar no dia seguinte,quando Ele retornaria para ensiná-las.3

 Ao terminar, Ele olhou para a multi-dão e viu as pessoas chorando, poisdesejavam que Ele casse com elas.

“E ele disse-lhes: Eis que minhasentranhas estão cheias de compaixãopor vós.

 Tendes enermos entre vós? Tra-zei-os aqui. Há entre vós coxos oucegos ou aleijados ou mutilados ouleprosos ou atroados ou surdos oupessoas que estejam afitas de algum

modo? Trazei-os aqui e eu os cura-rei, porque tenho compaixão de vós;minhas entranhas estão cheias demisericórdia.”4

E levaram os seus doentes a Ele, eEle os curou. Inclinaram-se a Seus pése O adoraram e beijaram Seus pés,“de modo que os banharam com suas

lágrimas”. Ele, então, ordenou que ascriancinhas ossem levadas a Ele, eas abençoou uma por uma.5 Esse é omodelo que o Salvador nos deixou.Seu amor é por todos, mas Ele nuncaperde de vista nenhum de nós.

Sei que nosso Pai Celestial é amo-roso, compreensivo e paciente. SeuFilho, Jesus Cristo, também nos ama.Eles ajudam-nos por meio de Seusproetas. Aprendi que há uma grandesegurança em seguir os proetas. O

“resgate” ainda está em vigor. O Presi-dente Monson disse: “O Senhor esperaque pensemos. [Espera que ajamos].Espera que trabalhemos. Espera nossotestemunho e nossa dedicação”.6

 Temos uma responsabilidade euma grande oportunidade. Há muitosque precisam, mais uma vez, expe-rimentar o doce sabor da elicidadee da alegria por meio da atividadena Igreja. Essa elicidade vem pelo

recebimento das ordenanças, darealização de convênios sagrados e dcumprimento deles. O Senhor precisade nós para ajudá-los. Façamos a coiscerta, no momento certo, sem demor

 Testico-lhes que Deus vive e queé nosso Pai. Jesus Cristo vive e deuSua vida para que possamos voltar à

presença de nosso Pai Celestial. Seique Ele é nosso Salvador. Sei que Suainnita bondade se maniesta conti-nuamente. Presto testemunho de queo Presidente Thomas S. Monson é oSeu proeta e que esta é a única Igreja

 verdadeira sobre a ace da Terra. Seique o Proeta Joseph Smith é o proetda Restauração. Testico que o Livrode Mórmon é a palavra de Deus. Elenos dá orientação e modelos a seremseguidos para que nos tornemos mais

semelhantes a Deus e a Seu Filho Amado. Assim declaro, em nome denosso Senhor Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Mosias 2:17.2. Thomas S. Monson, “Ao Resgate,”

 A Liahona, julho de 2001, p. 57.3. Ver 3 Né 17:1–3.4. 3 Né 17:6–7; ver também o versículo 5.5. Ver 3 Né 17:9–12, 21.6. Thomas S. Monson, A Liahona, julho

de 2001, p. 57.

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16 A L i a h o n a

Dirijo-me aos jovens de modomais pessoal do que costumoazer e comparo minha juven-

tude à de vocês. Vocês são inestimavelmente pre-

ciosos. Eu os vi em dezenas de paísese em todos os continentes. Vocêssão muito melhores do que éramos

quando jovens. Vocês conhecem maissobre o evangelho. São mais madurose mais éis.

 Tenho agora 87 anos de idade. Talvez se perguntem o que eu, comminha idade, posso contribuir para a

 vida de vocês. Estive onde vocês estãoe sei para onde estão indo. Mas vocêsainda não estiveram onde eu estive.

 Vou citar alguns versos de uma poesiaclássica:

O velho corvo está cando lento.O jovem corvo não está. Das coisas que o jovem corvo

não conhece O velho corvo sabe muito.

 No conhecimento das coisas,o velho corvo

 Ainda é mestre do jovem corvo.O que o corvo velho e lento não sabe? — Como andar mais depressa.

escola. No palco havia uma cadeiracom um pequeno rádio. O diretorligou o rádio. Ouvimos a voz dopresidente Franklin Delano Rooseveltanunciando que a base americana dePearl Harbor havia sido bombardeadaOs Estados Unidos estavam em guerrcontra o Japão.

Mais tarde, a cena se repetiu. Novamente ouvimos a voz do presidenteRoosevelt, dessa vez anunciando quenosso país estava em guerra com a

 Alemanha. A Segunda Guerra Mundiahavia irrompido no mundo inteiro.De repente, nosso uturo se tornou

incerto. Não sabíamos o que estava àrente. Será que viveríamos para noscasar e ter uma amília?

Hoje há “guerras e rumores deguerras, e toda a Terra [está] em comoção”.4 Vocês, nossos jovens, talvezsintam incerteza e insegurança na

 vida. Quero aconselhá-los e ensiná-los, deixando-lhes uma advertênciasobre algumas coisas que devem aze

e algumas que não devem.O plano do evangelho é “o grande

plano de elicidade”.5 A amília é oponto central desse plano. A amíliadepende do uso digno dos poderes dprocriação que existem em seu corpo

Em “A Família: Proclamação aoMundo”, documento inspirado que opublicado pela Primeira Presidênciae pelo Quórum dos Doze Apósto-los, aprendemos que na existênciapré-mortal “todos os seres humanos

— homem e mulher — oram criadosà imagem de Deus. Cada indivíduo éum lho (ou lha) gerado em espí-rito por pais celestiais que o amame, como tal, possui natureza e des-tino divinos. O sexo (masculino oueminino) é uma característica essen-cial [e oi estabelecido na existênciapré-mortal]. (…)

Declaramos também que Deusordenou que os poderes sagrados

O jovem corvo voa para cima e parabaixo,

 E az círculos em volta do corvo velhoe lento.

O que o corvo jovem e veloz não sabe? — Para onde ir.1

Não é do poeta Wordsworth, mas é

uma poesia clássica, sem dúvida!Com tudo o que está acontecendo

no mundo, com o rebaixamento dospadrões morais, vocês, jovens, estãosendo criados em território inimigo.

Sabemos pelas escrituras que houveuma guerra no céu e que Lúcier serebelou e, com seus seguidores, “ele oiprecipitado na terra”.2 Ele está deter-minado a atrapalhar o plano do PaiCelestial e procura controlar a mentee as ações de todos. Essa infuência é

espiritual, e ele “está solto na terra”.3

Mas apesar da oposição, dasprovações e das tentações, vocês nãoprecisam racassar nem temer.

Quando eu tinha dezessete anos eestava prestes a me ormar no EnsinoMédio (como um aluno bem regularcom algumas diculdades, eu achava),tudo ao nosso redor mudou numamanhã de domingo. No dia seguinte,omos chamados ao auditório da

Presidente Boyd K. PackerPresidente do Quórum dos Doze Apóstolos

Conselhopara os Jovens Mas apesar da oposição, das provações e das tentações,vocês não precisam racassar nem temer.

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de procriação sejam empregadossomente entre homem e mulher,legalmente casados”.6

 A grande punição que Lúcier eseus seguidores zeram cair sobresi mesmos oi a de que lhes serianegado um corpo mortal.

Muitas tentações que vocês enren-tam, sem dúvida as mais graves, estãorelacionadas com o corpo. Vocês nãoapenas têm o poder de criar corpospara uma nova geração, mas também

têm o arbítrio.O Proeta Joseph Smith ensinou:“Todos os seres com corpos possuemdomínio sobre os que não os têm”.7 Portanto, toda alma humana que temum corpo ísico terá, no nal, podersobre o adversário. Vocês soremtentações por causa de sua naturezaísica, mas também têm poder sobreele e seus anjos.

Na época em que nos ormamosno Ensino Médio, muitos de nossoscolegas tinham ido servir na guerra,

e alguns nunca mais voltaram. Orestante de nós em breve entraria paraas orças armadas. Não sabíamos qualseria nosso uturo. Será que sobrevi-

 veríamos? Restaria muito do mundoquando voltássemos?

Como eu tinha certeza de que seriaconvocado, alistei-me na orça aérea.Pouco depois, ui para Santa Ana, Cali-órnia, para o treinamento de pilotos.

Na época, eu não tinha um rmetestemunho de que o evangelho era

 verdadeiro, mas sabia que meus pro-essores do seminário, Abel S. Rich e John P. Lillywhite, sabiam que ele era verdadeiro. Eu os ouvira testicar eacreditava neles. Pensei comigo: “Vouconar no testemunho deles até adqui-rir o meu próprio”. E oi o que z.

Eu tinha ouvido alar da bênçãopatriarcal, mas ainda não tinha rece-bido a minha. Em cada estaca, há umpatriarca ordenado que tem o espírito

de proecia e o espírito de revela-ção. Ele está autorizado a dar bên-çãos pessoais e particulares aos queorem recomendados por seu bispo.Escrevi para meu bispo pedindo umarecomendação.

 J. Roland Sandstrom era o patriarcaordenado que morava na Estaca Santa

 Ana. Ele nada sabia a meu respeitoe nunca me havia visto, mas deu-me

a bênção. Nela encontrei respostas einstrução.

Embora a bênção patriarcal sejaalgo muito pessoal, vou compartilharum trecho da minha: “Serás guiadopelos sussurros do Santo Espírito eserás avisado de perigos. Se deresouvidos a esses avisos, nosso PaiCelestial te abençoará para que tereúnas novamente com teus entesqueridos”.8

 A palavra se , embora pequena

no texto, cou tão grande quanto apágina. Eu teria a bênção de voltar daguerra se guardasse os mandamentose se desse ouvidos aos sussurros doEspírito Santo. Embora esse dom metivesse sido conerido no batismo, euainda não sabia o que era o Espí-rito Santo nem como uncionava ainspiração.

 Tudo que eu precisava saber sobreos sussurros encontrei no Livro de

Mórmon. Li que “os anjos alam pelopoder do Espírito Santo; alam, por-tanto, as palavras de Cristo. Por isto(…) banqueteai-vos com as palavrasde Cristo; pois eis que as palavras deCristo vos dirão todas as coisas quedeveis azer”.9

 Talvez a maior coisa que aprendicom a leitura do Livro de Mórmon oa de que a voz do Espírito vem comoum sentimento em vez de um som.

 Vocês vão aprender, como eu aprend

a “ouvir” essa voz que é mais sentidado que ouvida.Né repreendeu seus irmãos mais

 velhos, dizendo: “Haveis visto um anjque vos alou; sim, haveis ouvido sua

 voz de tempos em tempos; e ele vosalou numa voz mansa e delicada, mahavíeis perdido a sensibilidade, demodo que não pudestes perceber suapalavras”.10

 Alguns críticos dizem que há umerro nesses versículos, porque ouvimopalavras, em vez de percebê-las. Mas

se vocês conhecerem um pouco sobrea comunicação espiritual, saberão quea melhor palavra para descrever o queacontece é a palavra sentir.

O dom do Espírito Santo, se vocêpermitirem, vai guiá-los e protegê-loe até corrigir suas ações. É uma vozespiritual que vem à mente como umpensamento ou como um sentimentocolocado em seu coração. O ProetaEnos disse: “A voz do Senhor me vei(…) à mente”.11 E o Senhor disse a

Oliver Cowdery: “Eis que eu te alareem tua mente e em teu coração, peloEspírito Santo que virá sobre ti e quehabitará em teu coração”.12

Não é esperado que vocês nuncacometam erros na vida, mas vocêsnão vão cometer um erro importantesem antes serem avisados pelos sus-surros do Santo Espírito. Essa pro-messa se aplica a todos os membrosda Igreja.

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18 A L i a h o n a

 Alguns vão cometer erros extrema-mente graves, transgredindo as leisdo evangelho. Este é o momento delembrá-los da Expiação, do arrepen-dimento e do completo perdão atéo ponto de poderem tornar-se purosnovamente. O Senhor disse: “Eis queaquele que se arrependeu de seuspecados é perdoado, e eu, o Senhor,deles não mais me lembro”.13

Se o adversário os levar prisioneirosdevido a uma conduta errada, lembroque vocês possuem a chave que vai

abrir a porta da prisão de dentro paraora. Vocês podem ser puricados pormeio do sacriício expiatório do Salva-dor Jesus Cristo.

Nos momentos diíceis vocêspodem achar que não são dignos deser salvos porque cometeram erros,grandes ou pequenos, e acham queestão perdidos. Isso nunca é ver-dade! Somente o arrependimentopode curar a dor. E o arrependi-mento pode curar a dor, não importa

qual seja.Se vocês estiverem se envolvendocom coisas que não deviam, ou seestiverem se associando com pessoasque os empurram na direção errada,este é o momento de reivindicar suaindependência, seu arbítrio. Ouçam a

 voz do Espírito e não serão desviadosdo caminho certo.

Digo novamente que os jovens dehoje estão sendo criados em território

inimigo, onde o padrão de moralidadeestá decaindo. Mas, como servo doSenhor, prometo que serão protegidose deendidos dos ataques do adver-sário, se derem ouvidos aos sussurrosque vêm do Santo Espírito.

 Vistam-se com recato, alem comreverência, ouçam música inspira-dora. Abstenham-se da imoralidade ede práticas pessoalmente degradan-tes. Assumam o controle de sua vidae ordenem a si mesmos que sejam

 valentes. Como conamos muito em

 vocês, vocês serão extraordinaria-mente abençoados. Nunca estarãolonge da vista de nosso amoroso PaiCelestial.

 A orça de meu testemunho

mudou, desde a época em que senti anecessidade de conar no testemunhde meus proessores do seminário.Hoje, apoio-me em outros ao cami-nhar, devido à idade e à poliomieliteque tive na inância, mas não tenhodúvidas em relação às questõesespirituais. Aprendi a compreender ea conhecer as preciosas verdades doevangelho e do Salvador Jesus Cristo,e a acreditar nelas.

Como uma de Suas testemunhas

especiais, testico que o resultadoda batalha que começou na vidapré-mortal não é incerto: Lúcier vaiperder!

Falamos agora há pouco de corvos Vocês, jovens corvos, não precisam voar sem rumo de um lado para outrosem ter certeza do caminho à rente.Há pessoas que conhecem o cami-nho. “Certamente o Senhor Deus nãoará coisa alguma, sem ter reveladoo seu segredo aos seus servos, osproetas.” 14 O Senhor organizou Sua

Igreja sobre o princípio de chaves econselhos.

 À testa da Igreja há quinze homenapoiados como proetas, videntes ereveladores. Cada membro da Pri-meira Presidência e do Quórum dosDoze possui todas as chaves do sacerdócio necessárias para dirigir a IgrejaO apóstolo sênior é o proeta — oPresidente Thomas S. Monson, queé o único autorizado a exercer todasessas chaves.

 As escrituras exigem que a Pri-meira Presidência e o Quórum dosDoze trabalhem em conselhos e queas decisões desses conselhos sejamunânimes. E é isso que acontece. Conamos no Senhor para guiar-nos nocaminho e procuramos somente azera vontade Dele. Sabemos que Eledepositou grande conança em nós,individual e coletivamente.

 Vocês precisam aprender a

Leicester, Inglaterra

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“[conar] no Senhor de todo o teucoração, e não te [estribar] no teu pró-prio entendimento”.15 Vocês precisamser dignos de conança, e cercar-se deamigos que desejam o mesmo.

 Às vezes, vocês podem ser tentadosa pensar como eu pensava, de temposem tempos, em minha juventude: “Do

 jeito que as coisas vão, o mundo vaiacabar. O m do mundo vai chegarantes que eu consiga chegar aondedevo estar”. Não pensem assim! Vocês

podem ansiar por azer o certo: casar,ter uma amília, ver seus lhos e netos,talvez até bisnetos.

Se seguirem esses princípios, serãocuidados e protegidos e saberão por simesmos, pelos sussurros do Espí-rito Santo, qual o caminho a seguir,porque “pelo poder do Espírito Santopodeis saber a verdade de todas ascoisas”.16 Prometo-lhes que isso vaiacontecer. E invoco uma bênção sobre

 vocês, nossos jovens preciosos, emnome de Jesus Cristo. Amém. ◼NOTAS

1. John Ciardi, “Fast and Slow”, Fast and Slow, Poems for Advanced Children and  Beginning Parents , [Poemas para Criançasde Nível Avançado e Pais de Nível Básico]1975, p. 1. © 1975 John L. Ciardi. Usadocom permissão de Houghton MifinHarcourt Publishing Company. Todos osdireitos reservados.

2. Apocalipse 12:9; ver também Doutrinae Convênios 76:25–26.

3. Doutrina e Convênios 52:14.4. Doutrina e Convênios 45:26.5. Alma 42:8.6. “A Família: Proclamação ao Mundo”,

 A Liahona, novembro de 2010, última

contracapa.7. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

 Joseph Smith, 2007, p. 220.8. Bênção patriarcal de Boyd K. Packer, dada

por J. Roland Sandstrom, em 15 de janeirode 1944.

9. 2 Né 32:3.10. 1 Né 17:45; grio do autor.11. Enos 1:10.12. Doutrina e Convênios 8:2.13. Doutrina e Convênios 58:42.14. Amós 3:7.15. Provérbios 3:5.16. Morôni 10:5.

Presidente Dieter F. UchtdorSegundo Conselheiro na Primeira Presidência

Moisés, um dos maiores proe-tas que o mundo já conheceu,oi criado pela lha do Faraó

e passou os primeiros 40 anos de sua vida nos salões reais do Egito. Eleconheceu de perto a glória e a gran-deza daquele antigo reino.

 Anos mais tarde, no topo de uma

montanha distante, longe do esplen-dor e da magnicência do poderosoEgito, Moisés esteve na presença deDeus e alou com Ele ace a ace,como um homem ala com seuamigo.1 Nessa conversa, Deus mos-trou a Moisés a obra de Suas mãos,concedendo-lhe um vislumbre de Suaobra e glória. Quando a visão termi-nou, Moisés caiu por terra pelo espaçode muitas horas. Quando nalmenterecobrou as orças, deu-se conta de

algo que, em todos os seus anosna corte do Faraó, nunca lhe tinhaocorrido.

Ele disse: “Sei que o homemnada é”.2

Somos Menos do que SupomosQuanto mais aprendemos sobre o

Universo, mais compreendemos —pelo menos em pequena parte — oque Moisés sabia. O Universo é tão

grande, misterioso e glorioso que éincompreensível à mente humana.“Mundos incontáveis criei”, disse Deua Moisés.3 A maravilha que é o céuà noite é um belo testemunho dessa

 verdade.Poucas coisas enchem-me de

assombro e tiram-me tanto o ôlego

quanto voar na escuridão da noiteacima de oceanos e continentes,olhando pela janela da cabine doavião para a glória innita de milhõesde estrelas.

Os astrônomos têm tentado contaro número de estrelas do Universo.Um grupo de cientistas estima que onúmero de estrelas dentro do alcancede nossos telescópios é dez vezesmaior do que todos os grãos de areiaque existem nas praias e desertos do

mundo.4

Essa conclusão tem uma impressio-nante semelhança com a declaraçãodo antigo proeta Enoque: “E se ossepossível ao homem contar as partículada Terra, sim, de milhões de terrascomo esta, não seria sequer o princípido número de tuas criações”.5

Dada a vastidão das criações deDeus, não é de admirar que o granderei Benjamim tenha aconselhado seu

Você É Importantepara DeusO Senhor usa uma escala muito dierente da que o mundousa para defnir o valor de uma alma.

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20 A L i a h o n a

povo “que [se lembrassem] e sempre[guardassem] na memória a grandezade Deus e (…) [a] própria nulidade[deles]”.6

Somos Maiores do que SupomosMas mesmo que o homem nada

seja, enche-me de admiração e reve-rência pensar que “o valor das almasé grande à vista de Deus”.7

Embora possamos olhar para a vastidão do Universo e dizer: “Que é o

homem, em comparação com a glóriada criação?” Deus mesmo disse quenós somos a razão pela qual Ele criouo Universo! Sua obra e glória — opropósito deste Universo magníco —é salvar e exaltar a humanidade.8 Emoutras palavras, a vasta extensão daeternidade, as glórias e os mistérios doespaço e tempo innitos oram todoscriados para beneício de mortaiscomuns como eu e vocês. Nosso PaiCelestial criou o Universo para quepudéssemos alcançar nosso potencial

como Seus lhos e lhas.Este é um paradoxo do homem:

comparado com Deus, o homem nãoé nada; ainda assim, somos tudo paraDeus. Embora comparados ao cenárioda criação innita possamos parecernada, temos uma centelha do ogoeterno ardendo dentro de nosso peito.

 Temos a incompreensível promessa deexaltação — mundos sem m — aonosso alcance. E é o grande desejo deDeus ajudar-nos a alcançá-la.

 A Insensatez do OrgulhoO grande enganador sabe que uma

de suas erramentas mais ecazes paradesviar os lhos de Deus do caminhocerto é apelar para os extremos doparadoxo do homem. Com alguns, eleapela para sua tendência ao orgulho,enchendo-os de arrogância e enco-rajando-os a acreditar na antasiade sua própria importância pessoal

e invencibilidade. Ele lhes diz quetranscenderam o comum e que, graçasa sua habilidade, herança ou statussocial, eles se destacam dentre todosos que os rodeiam. Ele os leva a con-cluir que, portanto, não estão sujeitosàs regras de qualquer outra pessoa eque não devem incomodar-se com osproblemas alheios.

Dizem que Abraão Lincoln gostavamuito de um poema que declara:

Oh, por que deve o espírito do mortal  se orgulhar? Como um meteoro ugaz, uma nuvem

ligeira a passar,Como o quebrar da onda, como o

relâmpago que ulgura, Passa o homem da vida para seu des-

canso na sepultura.9

Os discípulos de Jesus Cristocompreendem que, em comparaçãocom a eternidade, nossa existêncianesta esera mortal é apenas “um

momento” no espaço e no tempo.10

Eles sabem que o verdadeiro valorde uma pessoa pouco tem a ver como que o mundo tem em alta estima.Eles sabem que mesmo que juntemoso dinheiro acumulado do mundointeiro, isso não poderia comprar umpão na economia do céu.

 Aqueles que vão “herdar o reinode Deus”11 são aqueles que se tornam“como uma criança, submisso, manso,humilde, paciente, cheio de amor”.12 

“Porque qualquer que a si mesmo seexalta será humilhado, e qualquerque a si mesmo se humilha seráexaltado.”13 Esses discípulos entendemtambém que “quando estais a serviçode vosso próximo, estais somente aserviço de vosso Deus”.14

Não Fomos EsquecidosOutra orma de Satanás enganar é

por meio do desânimo. Ele procura

concentrar nossa visão em nossa pró-pria insignicância, até começarmos aquestionar se temos algum valor. Elediz que somos demasiado pequenospara que alguém nos note, que omosesquecidos — especialmente porDeus.

Deixe-me compartilhar com vocêsuma experiência pessoal que pode sede alguma ajuda para aqueles que sesentem insignicantes, esquecidos, ousozinhos.

Há muitos anos z o curso de or-mação de pilotos da Força Aérea dosEstados Unidos. Eu estava longe decasa e era um jovem soldado alemãoocidental, nascido na Checoslováquiacriado na Alemanha Oriental, quealava inglês com grande diculdade.Lembro-me claramente de minha via-gem para a nossa base de treinamentno Texas. Eu estava em um avião,sentado ao lado de um passageiro qualava com orte sotaque sulino. Eumal conseguia entender uma palavra

do que ele dizia. Na verdade, queime perguntando se me ora ensinadoo idioma errado o tempo todo. Estavaapavorado com a ideia de que teria dcompetir pelos cobiçados altos postodo treinamento de pilotos com alunoque eram alantes nativos de inglês.

Quando cheguei à base aéreada pequena Cidade de Big Spring,

 Texas, procurei e encontrei o ramoda Igreja, que era ormado por unspoucos membros maravilhosos que s

reuniam em salas alugadas da própriabase aérea. Os membros estavamno processo de construção de umapequena capela que serviria como umlugar mais permanente para a Igreja.Naquela época, os membros orne-ciam a maior parte da mão de obrana construção de ediícios novos.

Dia após dia, eu assistia a meutreinamento de pilotos e estudavao máximo que podia e, em seguida,

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passava a maior parte do meu tempolivre trabalhando no novo prédio. Láeu aprendi que um dois-por-quatronão é um passo de dança, mas umpedaço de madeira. Aprendi também

a importante habilidade de sobrevi- vência de não acertar meu polegar aobater um prego.

Eu passava tanto tempo traba-lhando na capela que o presidente doramo — que também era um de nos-sos instrutores de voo — expressou apreocupação de que talvez eu devessepassar mais tempo estudando.

Meus amigos e colegas pilotostambém participavam de atividades notempo livre, embora eu talvez possa

dizer que algumas daquelas ativida-des não seriam condizentes com oolheto Para o Vigor da Juventude dehoje. De minha parte, eu gostava deser membro ativo daquele minúsculoramo do oeste do Texas, praticandominhas habilidades recém-adquiridasde carpintaria, e melhorando meuinglês ao cumprir meu chamado dedar aulas no quórum de élderes e naEscola Dominical.

Na época, Big [Grande] Spring, ape-sar do nome, era um lugar pequeno,insignicante e desconhecido. E comrequência eu sentia exatamente omesmo a meu respeito — insigni-

cante, desconhecido e muito sozinho.Mesmo assim, nunca questionei se oSenhor teria me esquecido ou se Eleseria capaz de me encontrar naquelelugar. Eu sabia que para o Pai Celestialnão importava onde eu estivesse, emque posição eu me classicasse emrelação aos outros da minha turmade treinamento, ou qual osse o meuchamado na Igreja. O que importavapara Ele era que eu estava azendoo melhor que podia, que meu cora-

ção estava voltado para Ele, e que euestava disposto a ajudar os que merodeavam. Eu sabia que se eu zesseo melhor que podia, tudo caria bem.

E tudo cou bem.15

Os Últimos Serão os PrimeirosO Senhor não Se importa se pas-

samos o dia trabalhando em salõesde mármore ou em estábulos. Elesabe onde estamos, não importa quão

humildes sejam nossas circunstânciasEle vai usar — à Sua própria maneirae para os Seus santos propósitos —aqueles que voltam o coração a Ele.

Deus sabe que algumas das maio-res almas que já viveram são pessoasque nunca irão aparecer nas crônicasda história. São almas humildes eabençoadas que imitam o exemplo dSalvador e passam os dias de sua vidaazendo o bem.16

Um casal assim, pais de um amigo

meu, exemplicam esse princípiopara mim. O marido trabalhava emuma usina de aço em Utah. Na horado almoço ele pegava suas escritu-ras ou uma revista da Igreja para ler.Quando os outros trabalhadores viamisso, ridicularizavam e desaavam suacrenças. Sempre que aziam isso, elelhes alava com gentileza e conançaEle não permitiu que o desrespeitodeles o zessem sentir raiva ou caraborrecido.

 Anos mais tarde, um dos que mais

zombavam dele cou muito doente. Antes de morrer, ele pediu àquelehomem humilde que alasse em seuuneral — e ele o ez.

 Aquele membro el da Igrejanunca teve muito em termos de statussocial ou riqueza, mas sua infuênciaestendeu-se proundamente a todos oque o conheciam. Ele morreu em umacidente de trabalho, ao parar paraajudar outro trabalhador que carapreso na neve.

Um ano depois, a viúva teve queser submetida a uma cirurgia nocérebro, que a deixou incapaz deandar. Mas as pessoas amam passar otempo com ela porque ela ouve. Elase lembra. Ela se preocupa. Incapazde escrever, ela memoriza o teleonedos lhos e netos. Ela carinhosamentse lembra de aniversários e datasespeciais.

Os que vão visitá-la saem da casa

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22 A L i a h o n a

dela se sentindo melhor sobre a vidae sobre si mesmos. Eles sentem oseu amor. Sabem que ela se importa.Ela nunca reclama, mas passa os diasabençoando a vida dos outros. Umade suas amigas disse que aquelamulher oi uma das poucas pessoasque ela conhecera que verdadeira-mente exemplicavam o amor e a vidade Jesus Cristo.

 Aquele casal teria sido o primeiro

a dizer que não eram de grandeimportância neste mundo. Mas oSenhor usa uma escala muito die-rente da que o mundo usa para de-nir o valor de uma alma. Ele conheceaquele casal el, Ele os ama. Suasações são um testemunho vivo desua vigorosa é Nele.

 Você É Importante para DeusMeus queridos irmãos e irmãs,

pode ser verdade que o homem não

é nada em comparação com a imensi-dão do Universo. Às vezes, podemosaté nos sentir insignicantes, invisíveis,sozinhos ou esquecidos. Porém, lem-bre-se sempre: você é importante paraEle! Se duvidar disso, lembre-se destesquatro princípios divinos:

Primeiro, Deus ama os humildes emansos, porque eles são “[os maiores]no reino dos céus”.17

Em segundo lugar, o Senhor cona

que “a plenitude do [Seu] evangelhoseja proclamada pelos racos e pelossimples aos conns da Terra”.18 Eleescolheu “as coisas racas do mundo[para ir e abater] as poderosas e or-tes”19 e para conundir “as ortes”.20

Em terceiro lugar, não importaonde você more, não importa quãohumildes sejam suas circunstâncias,quão simples seja seu emprego, quãolimitadas sejam suas habilidades, quão

comum seja sua aparência ou quãopequeno seu chamado na Igreja lhepossa parecer, você não é invisívelpara seu Pai Celestial. Ele ama você.Ele conhece seu coração humilde eseus atos de amor e bondade. Juntos,eles ormam um testemunho dura-douro de sua delidade e é.

Quarto e último, por avor, entendaque o que você vê e vivencia agoranão é o que sempre será. Você não

 vai sentir a solidão, tristeza, dor ou

desânimo para sempre. Temos a pro-messa el de Deus de que Ele não vaiesquecer nem abandonar aqueles que

 voltam o coração a Ele.21 Tenha espe-rança e é em sua promessa. Aprendaa amar o Pai Celestial e a tornar-se Seudiscípulo em palavras e atos.

 Tenha a certeza de que se vocêperseverar, acreditar Nele e manter-seel aos mandamentos, um dia você vai

 vivenciar por si mesmo as promessas

reveladas ao Apóstolo Paulo: “Ascoisas que o olho não viu, e o ouvidonão ouviu, e não subiram ao coraçãodo homem, são as que Deus preparoupara os que o amam”.22

Irmãos e irmãs, o Ser mais pode-roso do Universo é o Pai de seu espí-rito. Ele os conhece. Ele os ama comum amor pereito.

Deus não o vê apenas como umser mortal, em um pequeno planeta,que vive pouco tempo — Ele vê você

como lho Dele. Ele vê você como oser que você é capaz de se tornar eque oi designado a se tornar. Ele queque você saiba que você é importantepara Ele.

Que possamos sempre acreditar,conar e alinhar nossa vida para quepossamos entender nosso verdadeiro

 valor e potencial eternos. Que sejamodignos das bênçãos preciosas quenosso Pai Celestial reservou para nósé minha oração, em nome de SeuFilho, Jesus Cristo. Amém. ◼NOTAS

1. Ver Moisés 1:2.2. Moisés 1:10.3. Moisés 1:33.4. Ver Andrew Craig, “Astronomers Count

the Stars”, BBC News, 22 de julho de2003, http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/3085885.stm.

5. Moisés 7:30.6. Mosias 4:11.7. Doutrina e Convênios 18:10.8. Ver Moisés 1:38–39.9. William Knox, “Mortality” [Mortalidade],

 James Dalton Morrison, ed., Masterpieces of Religious Verse [Obras de Arte de

 Versículos Religiosos], 1948, p. 397.

10. Doutrina e Convênios 121:7.11. 3 Né 11:38.12. Mosias 3:19.13. Lucas 18:14; ver também versículos 9–13.14. Mosias 2:17.15. Dieter F. Uchtdor oi o primeiro colocado

de sua classe.16. Ver Atos 10:38.17. Mateus 18:4; ver também versículos 1–3.18. Doutrina e Convênios 1:23.19. Doutrina e Convênios 1:19.20. I Coríntios 1:27.21. Ver Hebreus 13:5.22. I Coríntios 2:9.

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 Apresentado pelo Presidente Henry B. EyringPrimeiro Conselheiro na Primeira Presidência

Setenta e os designemos AutoridadesGerais eméritas.É também proposto que desobri-

guemos os Élderes Won Yong Ko,Lowell M. Snow e Paul K. Sybrowskycomo membros do Segundo Quórumdos Setenta.

Os que quiserem juntar-se a nós eexpressar gratidão a esses irmãos porseu excelente serviço, maniestem-se.

Os Élderes Ralph W. Hardy Jr., Jon M. Huntsman Sr., Aleksandr N.

Manzhos e J. Willard Marriott Jr. oramdesobrigados como Setentas de Área.É proposto que lhes seja dado um

 voto de gratidão por seu trabalhoexemplar.

Os que orem a avor,maniestem-se.

É proposto que apoiemosas demais Autoridades Gerais,Setentas de Área e presidênciasgerais das auxiliares como presente-mente constituídas.

Os que orem a avor,

maniestem-se.Quem se opuser, manieste-se

pelo mesmo sinal.Presidente Monson, pelo que

pude observar, o apoio no Centrode Conerências oi unânime.

Obrigado, irmãos e irmãs, pelo seu voto de apoio, por sua é, dedicaçãoe suas orações. ◼

Éproposto que apoiemos ThomasSpencer Monson como proeta,

 vidente e revelador, e Presidentede A Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias; Henry BennionEyring como Primeiro Conselheiro naPrimeira Presidência, e Dieter Frie-drich Uchtdor como Segundo Conse-lheiro na Primeira Presidência.

Os que orem a avor,

maniestem-se.Os que se opuserem, se houver,

maniestem-se.É proposto que apoiemos Boyd

Kenneth Packer como Presidentedo Quórum dos Doze Apóstolos, eos seguintes como membros dessequórum: Boyd K. Packer, L. TomPerry, Russell M. Nelson, Dallin H.Oaks, M. Russell Ballard, Richard G.Scott, Robert D. Hales, Jerey R.Holland, David A. Bednar, Quentin L.

Cook, D. Todd Christoerson e Neil L. Andersen.Os que orem a avor,

maniestem-se.Se alguém se opuser, manieste-se.É proposto que apoiemos os

conselheiros na Primeira Presidênciae os Doze Apóstolos como proetas,

 videntes e reveladores.Os que orem a avor,

maniestem-se.

Os que se opuserem, se houveralguém, pelo mesmo sinal.

O Élder Claudio R. M. Costa oidesobrigado como membro daPresidência dos Quóruns dos Setenta.

Os que puderem nos acompanharem um voto de agradecimento, quei-ram maniestar-se.

É proposto que apoiemos o Élder Tad R. Callister como membro da

Presidência dos Quóruns dos Setenta.Os que orem a avor,

maniestem-se.Quem se opuser, manieste-se.É proposto que desobriguemos os

Élderes Gary J. Coleman, Richard G.Hinckley, Yoshihiko Kikuchi, Carl B.Pratt e Cecil O. Samuelson comomembros do Primeiro Quórum dos

S E S S ÃO DA T ARDE DE S ÁB ADO | 1º de outubro de 2011

Apoio aos Líderesda Igreja

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24 A L i a h o n a

Élder David A. BednarDo Quórum dos Doze Apóstolos

Ao estudar, aprender e viver oevangelho de Jesus Cristo, asequência geralmente é instru-

tiva. Pensem, por exemplo, nas liçõessobre prioridades espirituais que nosensinam a sequência dos principaisacontecimentos da Restauração daplenitude do evangelho do Salvador

nestes últimos dias.No Bosque Sagrado, Joseph Smith

 viu o Pai Eterno e Jesus Cristo e aloucom Eles. Entre outras coisas, Josephaprendeu sobre a verdadeira natu-reza da Trindade e sobre a revelaçãocontínua. Aquela majestosa visão deuinício à “dispensação da plenitude dostempos” (Eésios 1:10) e oi um dosacontecimentos mais importantes dahistória do mundo.

 Aproximadamente três anos depois,

em resposta a uma sincera oração, nanoite de 21 de setembro de 1823, oquarto de Joseph encheu-se de luz até“car mais iluminado do que ao meio-dia” (Joseph Smith—História 1:30).Uma pessoa apareceu ao lado de suacama, chamou o menino pelo nomee declarou “que era um mensageiroenviado (…) da presença de Deuse que seu nome era Morôni” (versí-culo 33). Ele instruiu Joseph sobre o

sobre as questões espirituais de maioprioridade para Deus.Minha mensagem enoca o minis-

tério e o Espírito de Elias, preditos poMorôni em suas instruções iniciais a

 Joseph Smith. Oro sinceramente pelaajuda do Espírito Santo.

O Ministério de Elias, o ProetaElias oi um proeta do Velho Testa

mento que realizou grandes milagresEle selou os céus, e não choveu na

antiga Israel por três anos e meio. Elemultiplicou o alimento e o azeite deuma viúva. Ergueu um menino deentre os mortos e invocou ogo doscéus ao desaar os proetas de Baal(ver I Reis 17–18). Ao término de seuministério mortal, Elias “subiu ao céunum redemoinho” (II Reis 2:11) e oitransladado.

“Aprendemos por revelaçãomoderna que Elias possuía o poderselador do Sacerdócio de Melquise-deque e oi o último proeta a azê-lo

antes da época de Jesus Cristo” (Dicionário Bíblico [em inglês], “Elijah”). OProeta Joseph Smith explicou: “Oespírito, poder e chamado de Elias, oproeta, é que vocês têm o poder parpossuir a (…) plenitude do Sacerdócide Melquisedeque (…); e para (…)obter (…) todas as ordenanças pertencentes ao reino de Deus” ( Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: JosephSmith, 2007, p. 326; grio do autor).Essa sagrada autoridade de selamento

é essencial para que as ordenançasdo sacerdócio sejam válidas tanto na Terra quanto no céu.

Elias apareceu com Moisés noMonte da Transguração (ver Mateus17:3) e coneriu essa autoridade aPedro, Tiago e João. Elias apareceunovamente com Moisés e outros, em3 de abril de 1836, no Templo deKirtland, e coneriu as mesmas chavea Joseph Smith e Oliver Cowdery.

surgimento do Livro de Mórmon. Emseguida, Morôni citou parte do livro deMalaquias, do Velho Testamento, comuma pequena variação em relação à lin-guagem usada na versão do rei Jaime:

“Eis que eu vos revelarei o Sacerdó-cio, pela mão de Elias, o proeta, antesque venha o grande e terrível dia do

Senhor.(…) E ele plantará no coração dos

lhos as promessas eitas aos pais; eo coração dos lhos voltar-se-á paraseus pais. Se assim não osse, toda aterra seria totalmente destruída na sua

 vinda” (versículos 38, 39). As instruções de Morôni ao jovem

proeta, no nal, incluíram dois temasprincipais: (1) o Livro de Mórmone (2) as palavras de Malaquias queprediziam o papel de Elias, o proeta,

na Restauração “de tudo, dos quaisDeus alou pela boca de todos os seussantos proetas, desde o princípio”(Atos 3:21). Portanto, os acontecimen-tos iniciais da Restauração revelaramuma correta compreensão da Trin-dade, salientaram a importância doLivro de Mórmon e anteciparam otrabalho de salvação e exaltação tantopara os vivos quanto para os mortos.Essa inspiradora sequência é instrutiva

O Coração dos FilhosVoltar-se-áConvido os jovens da Igreja a aprenderem a respeitodo Espírito de Elias e a vivenciarem-no.

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 As escrituras relatam que Elias, oproeta, apareceu a Joseph e Olivere disse:

“Eis que é chegado plenamente otempo proerido pela boca de Mala-quias — testicando que ele [Elias, oproeta] seria enviado antes que viesseo grande e terrível dia do Senhor —

Para voltar o coração dos pais paraos lhos e os lhos para os pais, a mde que a Terra toda não seja eridacom uma maldição—

Portanto as chaves desta dispen-sação são conadas a vossas mãos; eassim sabereis que o grande e terríveldia do Senhor está perto, sim, às por-tas” (D&C 110:14–16).

 A restauração da autoridade deselamento por Elias, em 1836, eranecessária para preparar o mundo paraa Segunda Vinda do Salvador e deu iní-cio a um maior interesse mundial pelapesquisa de história da amília.

O Espírito e o Trabalho de Elias,o Proeta

O Proeta Joseph Smith declarou:“A maior responsabilidade do mundoque Deus colocou sobre nós é a debuscar nossos mortos. (…) Porque énecessário que o poder selador estejaem nossas mãos para selar nossoslhos e nossos mortos para a ple-nitude da dispensação dos tempos— uma dispensação para cumprir aspromessas eitas por Jesus Cristo antes

da undação do mundo para a salva-ção do homem. (…) Foi por isso queDeus disse: ‘Eis que eu vos enviarei oproeta Elias’” ( Ensinamentos: JosephSmith, pp. 500–501).

 Joseph explicou ainda:“Mas qual é o objetivo [da vinda

de Elias]? Ou como ela deve ser cum-prida? As chaves devem ser entregues,o espírito de Elias, o proeta, deve vir,o Evangelho deve ser estabelecido, os

santos de Deus devem ser reunidos,Sião deve ser edicada e os santosdevem tornar-se salvadores no MonteSião [ver Obadias 1:21].

Como eles se tornarão salvadoresno Monte Sião? Construindo seustemplos (…) e recebendo todas asordenanças (…) em avor de todosos seus antepassados alecidos (…);e essa é a corrente que une o coraçãodos pais aos lhos e dos lhos aospais e cumpre a missão de Elias, o

proeta” ( Ensinamentos: Joseph Smithpp. 498–499).O Élder Russell M. Nelson ensi-

nou que o Espírito de Elias “é umamaniestação do Espírito Santo quepresta testemunho da natureza divinada amília” (“A New Harvest Time”, Ensign, maio de 1998, p. 34). Essainfuência característica do EspíritoSanto leva as pessoas a identicar,documentar e valorizar seus antepas-sados e amiliares — tanto passadosquanto presentes.

O Espírito de Elias infuencia as pessoas, dentro e ora da Igreja. Contudo,como membros da Igreja restaurada dCristo, temos a responsabilidade porconvênio de buscar nossos antepassa-dos e de prover-lhes as ordenanças desalvação do evangelho. “Para que elessem nós não ossem apereiçoados”(Hebreus 11:40; ver também Ensina-mentos: Joseph Smith, p. 500). E “nempodemos nós, sem nossos mortos, serapereiçoados” (D&C 128:15).

Por esse motivo pesquisamos a história da amília, construímos templos azemos ordenanças vicárias. Por essemotivo Elias oi enviado para restauraa autoridade de selamento que liga n

 Terra e no céu. Somos os agentes doSenhor no trabalho de salvação e exatação que impedirá “que a Terra toda(…) seja erida com uma maldição”(D&C 110:15) quando Ele voltar. Esseé nosso dever e nossa grande bênção

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26 A L i a h o n a

Um Convite para a Nova Geração Agora peço a atenção dos rapazes,

das moças e crianças da nova geraçãoao salientar a importância do Espíritode Elias em nossa vida atual. Minhamensagem se dirige à Igreja inteira emgeral — mas particularmente a vocês.

Muitos de vocês acham que o tra-balho de história da amília é para serrealizado principalmente por pessoasmais velhas. Mas não sei de nenhumlimite de idade determinado nas

escrituras ou nas diretrizes anunciadaspelos líderes da Igreja que restrinjaesse importante serviço aos adultos.

 Vocês são lhos e lhas de Deus,lhos do convênio e edicadores doreino. Não precisam esperar até atingiruma determinada idade para cumprirsua responsabilidade de ajudar no tra-balho de salvação da amília humana.

O Senhor providenciou-nos,em nossos dias, alguns recursos

extraordinários que nos permitemaprender e amar esse trabalho queé vivicado pelo Espírito de Elias. OFamilySearch, por exemplo, é umacoletânea de registros, recursos eserviços, de ácil acesso por computa-dores pessoais ou vários dispositivosportáteis, que visa ajudar as pessoasa descobrir e documentar sua históriada amília. Esses recursos tambémpodem ser encontrados nos centrosde história da amília localizados em

muitos de nossos ediícios da Igreja nomundo inteiro.Não é coincidência que o Family-

Search e outras erramentas tenhamsurgido numa época em que os jovensestejam tão amiliarizados com amploleque de inormações e tecnologiasde comunicação. Seus dedos oramtreinados para digitar textos e tweetar,a m de acelerar e impulsionar o tra-balho do Senhor — não apenas para

se comunicarem rapidamente comos amigos. As habilidades e aptidõesque muitos jovens têm hoje são umapreparação para que contribuam nesttrabalho de salvação.

Convido os jovens da Igreja aaprenderem a respeito do Espírito deElias e a vivenciarem-no. Incentivo-osa estudarem, a pesquisarem seusantepassados e a prepararem-se pararealizar batismos vicários na casa doSenhor por seus próprios parentes

alecidos (ver D&C 124:28–36). E peçque ajudem outras pessoas a identi-car a história da amília delas.

 Ao atenderem com é a este conviteseu coração se voltará aos pais. As promessas eitas a Abraão, Isaque e Jacóserão implantadas em seu coração. Subênção patriarcal, com sua declaraçãode linhagem, vai ligá-los a esses pais eserá mais signicativa para vocês. Seuamor e sua gratidão por seus antepas-sados vão aumentar. Seu testemunhodo Salvador e sua conversão a Ele se

tornarão mais proundos e duradourosE prometo-lhes que serão protegidos

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da crescente infuência do adversário. Ao participarem desse trabalho sagradoe amarem-no, serão protegidos em sua

 juventude e por toda a vida.Pais e líderes, por avor, ajudem seus

lhos e jovens a aprenderem sobreo Espírito de Elias e vivenciarem-no.Mas não programem demais essatarea nem orneçam inormações outreinamento por demais detalhados.Convidem os jovens a explorar, aexperimentar e a aprender por si

mesmos (ver Joseph Smith—História1:20). Todo jovem pode azer oque estou sugerindo usando osmódulos disponíveis no site lds.org/familyhistoryyouth. As presidênciasde quóruns do Sacerdócio Aarônicoe das classes das Moças podemdesempenhar um importante papel,ajudando todos os jovens a conheceresses recursos básicos. Os jovensprecisam cada vez mais se tornaraprendizes que agem, recebendoassim mais luz e conhecimento pelo

poder do Espírito Santo — e nãoapenas alunos passivos que recebema ação (ver 2 Né 2:26).

Pais e líderes, vocês carão assom-brados com a rapidez com que seuslhos e os jovens da Igreja adquirirãohabilidade no uso dessas erramentas.De ato, vocês aprenderão valiosaslições com esses jovens sobre a utiliza-ção ecaz desses recursos. Os jovenspodem oerecer muito aos mais velhosque não se sentem à vontade ou que

têm medo da tecnologia, ou que nãoconhecem o FamilySearch. Vocêstambém receberão muitas bênçãos, àmedida que os jovens dedicarem maistempo ao trabalho de história da amí-lia e ao serviço do templo, e menostempo para videogames, Internet eFacebook.

 Troy Jackson, Jaren Hope e Andrew Allan são portadores do Sacerdócio Aarônico que oram chamados por

um bispo inspirado para dar aulas em

uma classe de história da amília emsua ala. Esses jovens são como muitosde vocês em sua avidez para aprendere no desejo de servir.

 Troy disse: “Eu costumava ir paraa Igreja e car ali sentado, mas agorapercebo que preciso voltar para casae azer algo. Todos podemos azer otrabalho de história da amília”.

 Jaren contou que ao aprender maissobre a história da amília compreen-deu “que não eram apenas nomes,

mas pessoas reais. Fui cando cada vez mais entusiasmado em levar osnomes ao templo”.

E Andrew comentou: “Passei ainteressar-me pela história da amíliacom um amor e vigor que não sabiaque podia ter. Ao preparar-me a cadasemana para ensinar, muitas vezessenti-me inspirado pelo Santo Espíritoa agir e a utilizar alguns dos métodosensinados na lição. Antes, a história da

amília era uma coisa que intimidava.

Mas com a ajuda do Espírito conseguestar à altura do meu chamado e aju-dar muitas pessoas de nossa ala”.

Meus queridos jovens irmãos eirmãs, a história da amília não é ape-nas um programa ou uma atividadeinteressante que a Igreja patrocina,mas, sim, uma parte vital do traba-lho de salvação e exaltação. Vocêsoram preparados para este dia e paraedicar o reino de Deus. Estão aquina Terra agora para auxiliar nesse

trabalho glorioso. Testico que Elias voltou à Terrae restaurou a sagrada autoridadede selamento. Testico que o que éligado na Terra pode ser ligado nocéu. E eu sei que os jovens da novageração têm um papel importante adesempenhar nesse grande empreen-dimento. Presto testemunho disso nosagrado nome do Senhor Jesus Cristo

 Amém. ◼

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28 A L i a h o n a

Ao olharmos nos olhos de umacriança, vemos um lho ouuma lha de Deus que estava

conosco na vida pré-mortal.É um privilégio sublime para o

marido e a mulher que são capazesde ter lhos prover um corpo mortalpara esses lhos espirituais de Deus.

 Acreditamos na amília e acreditamosem lhos.

Quando o marido e a mulher têm

um lho, eles estão cumprindo partedo plano de nosso Pai Celestial detrazer lhos à Terra. O Senhor disse:“Pois eis que esta é minha obra eminha glória: Levar a eeito a imor-talidade e vida eterna do homem”.1 

 Antes da imortalidade, deve havermortalidade.

 A amília é ordenada por Deus. Aamília é essencial ao plano de nossoPai Celestial aqui na Terra e nas eterni-dades. Depois que Adão e Eva oram

unidos em casamento, a escritura diz:“E Deus os abençoou, e Deus lhesdisse: Fruticai e multiplicai-vos, eenchei a terra”.2 Em nossos dias, osproetas e apóstolos declararam: “Oprimeiro mandamento dado a Adão eEva por Deus reeria-se ao potencialde tornarem-se pais, na condição demarido e mulher. Declaramos que omandamento dado por Deus a Seuslhos, de multiplicarem-se e encherem

oito anos, o sétimo lho nasceu: ummenino.Em abril passado, o Presidente

 Thomas S. Monson declarou: Antigamente os padrões da Igreja

e os da sociedade eram em grandeparte compatíveis, mas hoje há umgrande abismo entre nós, que estátornando-se cada vez maior. (…)

O Salvador da humanidade descre veu-Se como alguém que estava nomundo, mas não era do mundo. Nós

também podemos estar no mundosem ser do mundo, se rejeitarmosconceitos e ensinamentos alsos epermanecermos éis ao que Deusordenou”.6

Muitas vozes no mundo de hojemarginalizam a importância de terlhos ou sugerem que adiemos oulimitemos os lhos de uma amí-lia. Minhas lhas recentemente memostraram um blog escrito por umamãe cristã (não de nossa religião)com cinco lhos. Ela comentou: “[Ao

sermos criadas] nesta cultura, é muitodiícil obter uma perspectiva bíblicasobre a maternidade. (…) Ter lhosca abaixo da aculdade em priori-dade. Abaixo de viajar pelo mundo,com certeza. Abaixo da liberdadede sair à noite, à vontade. Abaixo demalhar o corpo na academia. Abaixode qualquer emprego que você tenhaou espera obter”. Ela acrescenta,então: “A maternidade não é um pas-satempo, é um chamado. Não colecio

namos lhos porque os achamos maibonitinhos do que selos. Não é algoque azemos se conseguirmos encon-trar tempo para isso. É o motivo peloqual Deus nos concede tempo”.7

Não é ácil ter lhos pequenos.Muitos dias são simplesmente bemdiíceis. Uma jovem mãe subiu em umônibus com sete lhos. O motoristaperguntou: “São todos seus, senhora?Ou é um passeio no parque?”

a Terra, continua em vigor”.3

Esse mandamento não oi esque-cido nem deixado de lado ou negli-genciado na Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias.4 Expressa-mos prounda gratidão pela enormeé que maridos e mulheres (princi-palmente as mulheres) demonstramem sua disposição de ter lhos. Omomento de ter um lho e a quan-tidade de lhos são decisões parti-

culares que devem ser tomadas entremarido e mulher e o Senhor. Essassão decisões sagradas — decisões quedevem ser tomadas com oração sin-cera e implementadas com grande é.

Há vários anos, o Élder James O.Mason, dos Setenta, contou-me estahistória: “O nascimento do nossosexto lho oi uma experiência ines-quecível. Enquanto eu tava nossabela lhinha no berçário, momentosapós seu nascimento, ouvi nitida-

mente uma voz declarar: ‘Aindahaverá outro e será um menino’.Insensatamente, corri de volta para acabeceira do leito de minha mulher,que estava totalmente esgotada,e dei-lhe a boa notícia. Escolhi opior momento para azê-lo”.5 Anoapós ano, a amília Mason aguardouansiosamente a chegada do sétimolho. Passaram-se três, quatro, cinco,seis, sete anos. Por m, depois de

Élder Neil L. AndersenDo Quórum dos Doze Apóstolos

Filhos Presto testemunho da grande bênção dos flhos e da elicidade que eles nos trazem nesta vida e nas eternidades.

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“São todos meus”, respondeu ela.“E isso não é nenhum passeio noparque, não!”8

Enquanto o mundo pergunta cada vez mais: “São todos seus?”, agradece-mos por criarem dentro da Igreja umsantuário para a amília, onde honra-mos e ajudamos as mães com lhos.

Para um pai justo, não há palavrassucientes para expressar a gratidão eo amor que ele sente pela imensurá-

 vel dádiva da esposa de gerar lhos e

cuidar deles.O Élder Mason teve outra experiên-cia pessoal poucas semanas depois deseu casamento que o ajudou a priori-zar suas responsabilidades amiliares.Ele contou:

“Marie e eu tínhamos imaginadoque, para eu me ormar na aculdadede medicina, seria necessário queela continuasse trabalhando. Emboranão osse o que [queríamos] azer, oslhos teriam que vir mais tarde. [Ao leruma revista da Igreja na casa de meus

pais], vi um artigo do Élder Spencer W.Kimball, que na época era do Quórumdos Doze, [salientando] as responsabi-lidades associadas ao casamento. Deacordo com o Élder Kimball, uma res-ponsabilidade sagrada era a de multi-plicar-nos e encher a Terra. A casa dosmeus pais cava [perto] do Escritório

 Administrativo da Igreja. Fui imediata-mente até os escritórios e, trinta minu-tos depois de ler o artigo, eu estavasentado diante do Élder Spencer W.

Kimball, na sala dele”. (Isso não seriatão ácil nos dias de hoje.)“Expliquei que queria ser médico.

Não havia alternativa a não ser adiaros lhos em nossa amília. O ÉlderKimball ouviu pacientemente e depoisrespondeu brandamente: ‘IrmãoMason, será que o Pai Celestial querque você viole um de seus impor-tantes mandamentos para se tornarmédico? Com a ajuda do Senhor, você

pode ter sua amília e ainda se tornarmédico. Onde está sua é?”

O Élder Mason prosseguiu, dizendo:“Nosso primeiro lho nasceu menosde um ano depois. Marie e eu traba-lhamos arduamente, e o Senhor abriuas janelas do céu”. A amília Mason oiabençoada com mais dois lhos antesde ele se ormar na aculdade de medi-cina, quatro anos depois.9

Em todo o mundo, esta é umaépoca de instabilidade econômica e

incertezas nanceiras. Na conerênciageral de abril, o Presidente Thomas S.Monson disse: “Se estiverem preo-cupados com o sustento nanceiro deuma esposa e amília, asseguro-lhesde que não é vergonha um casal terde pechinchar e economizar. É geral-mente nessa época desaadora que

 vocês vão tornar-se mais próximos,ao aprenderem a sacricar-se e atomar decisões diíceis.10

 A pungente pergunta do Élder

Kimball, “Onde está sua é?”, nos az voltar para as santas escrituras.Não oi no Jardim do Éden que

 Adão e Eva tiveram seu primeirolho. Deixando o jardim, “Adão [eEva começaram] a lavrar a terra. (…)E Adão conheceu a sua mulher e ela[teve] lhos e lhas (…) e [agindocom é] eles começaram a multipli-car-se e a encher a Terra”.11

Não oi em sua casa em Jerusalém,

com ouro, prata e coisas preciosas,que Leí e Saria, agindo com é, tiveramseus lhos Jacó e José. Foi no desertoLeí reeriu-se a seu lho Jacó como“meu primogênito nos dias de minhatribulação no deserto”.12 Leí disse arespeito de José: “Nasceste no desertode minhas afições; sim, nos dias deminhas maiores angústias tua mãedeu-te à luz”.13

No livro de Êxodo, um homem euma mulher casados, agindo com é,

tiveram um menino. Não houve umcartaz de boas-vindas na porta darente para anunciar seu nascimento.Eles o esconderam, porque o araótinha ordenado que todos os israelitarecém-nascidos do sexo masculinodeveriam ser “[lançados] no rio”.14 

 Vocês conhecem o resto da história:O bebê oi carinhosamente colocadonuma pequena cesta eita de junco,colocado no rio, vigiado por sua irmãencontrado pela lha do Faraó e cui-

dado por sua própria mãe. O meninooi devolvido à lha de Faraó, que otomou como seu lho e o chamou deMoisés.

Na mais amada história de nasci-mento de um bebê, não havia quartodecorado nem bercinho eneitado— apenas uma manjedoura para oSalvador do mundo.

No “melhor dos tempos [e] (…) nopior dos tempos”,15 os verdadeiros

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santos de Deus, agindo com é, nuncaesqueceram, desprezaram ou negli-genciaram o mandamento de “Deus(…) de multiplicarem-se e encherema Terra”.16 Prosseguimos com é,

sabendo que a decisão de quantoslhos teremos e quando os teremos éalgo para ser decidido entre o marido,a mulher e o Senhor. Não devemos

 julgar uns aos outros nessa questão. A geração de lhos é um assunto

delicado que pode ser muito dolorosopara as mulheres justas que não têm aoportunidade de casar e ter uma amí-lia. Digo a vocês, nobres mulheres,que nosso Pai Celestial está ciente desuas orações e de seus desejos. Quão

gratos somos por sua extraordináriainfuência, inclusive quando estendemos braços amorosos para crianças queprecisam de sua é e orça.

 A geração de lhos também podeser um assunto doloroso para casais

 justos que se casam e descobremque não podem ter os lhos que tãoansiosamente aguardavam ou parao marido e a mulher que planejamter uma amília grande, mas são

abençoados com uma amília menor.Nem sempre podemos explicar as

diculdades de nossa mortalidade. Às vezes a vida parece injusta — espe-cialmente quando nosso maior desejo

é azer exatamente o que o Senhorordenou. Como servo do Senhor,asseguro-lhes que esta promessa égarantida: “Os membros éis cujascircunstâncias os impeçam de receberas bênçãos do casamento eterno e deser pais (ou mães), nesta vida, rece-berão todas as bênçãos prometidasna eternidade, desde que guardem osconvênios que zeram com Deus”.17

O Presidente J. Scott Dorius, daMissão Peru Lima Oeste, contou-me a

história deles. Ele disse:“Becky e eu estávamos casadoshá 25 anos, sem poder ter [ou adotar]lhos. Mudamo-nos várias vezes.Nossa apresentação em cada novolocal de morada era embaraçosa e às

 vezes dolorosa. Os membros da alaperguntavam por que [não tínhamos]lhos. Não eram apenas eles queperguntavam isso.

Quando ui chamado como bispo,

os membros da ala [expressaram] apreocupação de que eu não tinhaexperiência com crianças e adoles-centes. Agradeci por seu voto deapoio e pedi-lhes que me permitissem

usar minhas habilidades de criação dlhos com os lhos deles. Eles aceitaram com amor.

Esperamos, adquirimos visão eaprendemos paciência. Após 25 anosde casamento, um bebê entrou emnossa vida por milagre. AdotamosNicole, de dois anos, e o recém-nas-cido Nikolai. Os desconhecidos noscumprimentam agora por nossosbelos netos. Nós rimos e dizemos:‘São nossos lhos. Vivemos nossa

 vida de trás para rente’”.18

Irmãos e irmãs, não devemos julgauns aos outros nessa responsabilidadsagrada e particular.

“E [ Jesus], lançando mão de ummenino, (…) tomando-o nos seusbraços, disse-lhes: (…)

Qualquer que receber um destesmeninos em meu nome, a mim merecebe e qualquer que a mim me receber, recebe (…) ao que me enviou”.19

Davao, Filipinas 

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Élder Ian S. ArdernDos Setenta

Ooitavo capítulo de Pregar  Meu Evangelho concentranossa atenção no uso sábio

do tempo. Nesse capítulo, o ÉlderM. Russell Ballard nos lembra quedevemos estabelecer metas e aprendera dominar as técnicas para alcançá-las(ver Pregar Meu Evangelho: Um Guia para o Serviço Missionário, 2004,p. 156). O domínio das técnicas neces-sárias para atingir nossos objetivosinclui a administração de nosso tempo.

Sinto-me grato pelo exemplo doPresidente Thomas S. Monson. Comtudo o que az como proeta de Deus,ele ainda se certica, como ez oSalvador, de que haja tempo sucientepara visitar os doentes (ver Lucas17:12–14), para elevar os pobres emespírito e para ser servo de todos.

 Agradeço também pelo exemplo demuitos outros que doam seu tempo aserviço de seus semelhantes. Testicoque doar nosso tempo a serviço do

próximo é agradável à vista de Deuse que isso nos aproxima Dele. NossoSalvador cumprirá Sua promessade que “o que nesta vida or el eprudente será considerado digno deherdar as mansões preparadas paraele por meu Pai” (D&C 72:4).

O tempo nunca está à venda. Pormais que você procure, o tempo éuma mercadoria que não pode sercomprada em loja alguma por preço

algum, mas se or sabiamente utili-zado, seu valor é imensurável. Sejaqual or o dia todos recebemos, semcusto, o mesmo número de minutose horas para usar, e logo aprendemoque, tal como o conhecido hino tãocuidadosamente ensina, “veloz nosoge o tempo, não há como o reter”(“Prolongue os Bons Momentos”, Hinos, nº 152). O tempo que temos,devemos usar com sabedoria. O Pre-sidente Brigham Young disse: “Esta-

mos todos em dívida com Deus pornossa capacidade de usar o tempoadequadamente. Ele exigirá queprestemos conta do uso que zermodessa capacidade” ( Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: BrighamYoung, 1997, p. 229).

Com tudo o que é exigido de nós,devemos aprender a priorizar nossasescolhas, para que sejam condizentescom nossos objetivos, ou corremoso risco de ser expostos aos ventos

da procrastinação, sendo impelidosde uma atividade desperdiçadora detempo para outra. Recebemos do Mestre dos mestres uma boa aula sobreprioridades, quando Ele declarouem Seu Sermão da Montanha: “Masprocurai primeiro edicar o reino deDeus e estabelecer sua justiça e todasessas coisas vos serão acrescentadas”(Mateus 6:33, nota de rodapé a; da

 Tradução de Joseph Smith, Mateus

Tempo de Preparação Devemos dedicar nosso tempo às coisas que mais importam.

Que bênção maravilhosa temosde receber lhos e lhas de Deus emnossa casa.

Com humildade e espírito de ora-ção, procuremos entender e aceitar osmandamentos de Deus, ouvindo reve-rentemente a voz de Seu Santo Espírito.

 A amília é essencial no planoeterno de Deus. Presto testemunhoda grande bênção dos lhos e da eli-cidade que eles nos trazem nesta vidae nas eternidades. Em nome de Jesus

Cristo. Amém. ◼NOTAS

1. Moisés 1:39.2. Gênesis 1:28.3. “A Família: Proclamação ao Mundo”,

 A Liahona, novembro de 2010, últimacontracapa.

4. Segundo a Pesquisa Comunitária Americanaanual, publicada pelo Gabinete do CensoNorte-Americano, “Utah ainda possui omaior número de amílias, o mais alto graude ertilidade, a população com a mais baixamédia em idade, os mais jovens a contrair matrimônio e o maior número de mãescaseiras da nação americana” (“Quem Sãoos Naturais de Utah? A Pesquisa Mostra

que Somos os Mais Altos, os Mais Baixos eos Mais Jovens”, Salt Lake Tribune, 22 desetembro de 2011, A1, A8).

5. E-mail do Élder James O. Mason, 25 de junho de 2011.

6. Thomas S. Monson, “O Poder doSacerdócio”, A Liahona, maio de 2011,p. 66.

7. Rachel Jankovic, “Motherhood Is a Calling(and Where Your Children Rank)”, 14 de

 julho de 2011, desiringgod.org.8. Ver “Jokes and Funny Stories about

Children,” em thejokes.co.uk/ jokes-about-children.php.

9. E-mail do Élder James O. Mason, 29 de junho de 2011.

10. Thomas S. Monson, A Liahona, maio de

2011, p. 67.11. Moisés 5:1, 2.12. 2 Né 2:1.13. 2 Né 3:1.14. Êxodo 1:22.15. Charles Dickens, A Tale of Two Cities, 

Signet Classic, 1997, p. 13.16. A Liahona, novembro de 2010, última

contracapa).17. Manual 2: Administração da Igreja, 2010,

1.3.3.18. E-mail do Presidente J. Scott Dorius, 28 de

agosto de 2011.19. Marcos 9:36–37.

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6:38; ver também Dallin H. Oaks,“Enoque e Prioridades”, A Liahona,  julho de 2001, p. 92).

 Alma alava de prioridades, quandoensinou que “esta vida se tornouum estado de provação; um tempode preparação para o encontro comDeus” (Alma 12:24). Para saber comousar melhor a rica herança de tempo,a m de preparar-nos para o encon-tro com Deus, talvez precisemos dealguma orientação, mas com certeza

colocaremos o Senhor e nossa amíliano topo da lista. O Presidente Dieter F.Uchtdor lembrou-nos que “no rela-cionamento amiliar, o amor se soletraassim: t-e-m-p-o” (“As Coisas Que MaisImportam”, A Liahona, novembrode 2010, p. 22). Testico-lhes que, sebuscarmos auxílio com sinceridade eervor, nosso Pai Celestial nos ajudaráa dar ênase às coisas que mais mere-cem o nosso tempo.

O mau uso do tempo é um primopróximo da preguiça. Ao seguir

o mandamento de deixar de “serociosos” (D&C 88:124), precisamostambém certicar-nos de que estarocupados equivale a ser produtivos.Por exemplo, é maravilhoso ter osmeios de comunicação instantânealiteralmente ao alcance de nossosdedos, mas certiquemo-nos de nãonos tornar comunicadores compulsi-

 vos. Sinto que alguns estão presos aum novo vício consumidor de tempo— um que nos escraviza a estar-

mos constantemente vericando eenviando mensagens sociais e, assim,dando a alsa impressão de estarmosocupados e de sermos produtivos.

Há muito de bom em nosso acessoácil à comunicação e a inormações.Descobri que isso é muito útil paraacessar artigos de pesquisa, discursosda conerência, registros de antepas-sados, e para receber e-mails, lembre-tes do Facebook, tweets e mensagens

de textos. Por melhor que sejam essascoisas, não podemos permitir queempurrem para o lado as coisas demaior importância. Que triste seriase o teleone e o computador, comtoda a sua sosticação, aogassem asimplicidade da oração sincera a umPai Celestial amoroso. Sejamos tãorápidos em ajoelhar-nos quanto emenviar mensagens de texto.

Os jogos eletrônicos e as amizadescibernéticas não são substitutos dura-

douros dos amigos verdadeiros, quepodem nos dar um abraço encoraja-dor, que podem orar por nós e buscaro nosso melhor interesse. Quão gratome senti ao ver membros de clas-ses, dos quóruns e da Sociedade deSocorro se unirem para apoiar uns aosoutros. Em tais ocasiões, compreendimelhor o que o Apóstolo Paulo quisdizer ao declarar: “Não sois estrangei-ros, nem orasteiros, mas concidadãosdos santos” (Eésios 2:19).

Sei que nossa maior elicidade

 vem quando entramos em sintoniacom o Senhor (ver Alma 37:37) e comas coisas que trazem recompensasduradouras, em vez de desperdiçar-mos horas sem m azendo atualiza-ções de status, cuidando de ‘azendas’e arremessando pássaros zangadoscontra paredes de concreto na Inter-net. Exorto cada um de nós a domi-nar as coisas que nos roubam tempoprecioso, em vez de permitir queelas nos dominem com sua natureza

 viciante.Para ter a paz que o Salvadormencionou (ver João 14:27), devemosdedicar nosso tempo às coisas quemais importam, e são as coisas deDeus que mais importam. À medidaque tivermos comunhão com Deusem oração sincera, lendo e estu-dando as escrituras todos os dias,refetindo sobre o que lemos e oque sentimos, e depois aplicando e

 vivendo as lições aprendidas, vamosaproximar-nos Dele. Deus promete-nos que, se procurarmos diligente-mente nos melhores livros, “[Ele nos]dará conhecimento, por seu SantoEspírito” (D&C 121:26; ver tambémD&C 109:14–15).

Satanás vai tentar-nos a azer mauuso de nosso tempo com distraçõesdisarçadas. Embora surjam tenta-ções, o Élder Quentin L. Cook ensi-nou que “os santos que atenderem

à mensagem do Salvador não serãodesviados por distrações e objeti- vos destrutivos” (“Você É Santo?”, A Liahona, novembro de 2003,p. 95). Hiram Page, uma das Oito

 Testemunhas do Livro de Mórmon,ensinou-nos uma lição valiosa sobredistrações. Ele possuía certa pedra,por meio da qual registrou o queele achava serem revelações para aIgreja (ver D&C 28). Ao ser corrigido

Salvador, Brasil 

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um relato conta que a pedra lheoi tirada, sendo triturada para quenunca mais voltasse a ser uma dis-tração.1 Convido-os a identicar asdistrações que desperdiçam tempoem sua vida e que talvez precisemser gurativamente trituradas. Temosde ser sábios em nosso julgamentopara garantir que as escalas detempo estejam corretamente equili-bradas, de modo a incluir o Senhor,a amília, o trabalho e as atividades

recreativas salutares. Como muitos jádescobriram, há um aumento da eli-cidade na vida quando usamos nossotempo para buscar as coisas que são“virtuosas, amáveis, de boa ama oulouváveis” (Regras de Fé 1:13).

O tempo avança rapidamente como tique-taque do relógio da morta-lidade. Hoje seria um bom dia pararever o que estamos azendo a mde preparar-nos para o encontro comDeus. Testico-lhes que há grandesrecompensas para os que reservam

tempo na mortalidade a m de pre-pararem-se para a imortalidade e a

 vida eterna. Em nome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTA

1. Ver Provo Utah Central Stake generalminutes, 6 de abril de 1856, vol. 10(1855–1860), Church History Library, SaltLake City, 273 (ortograa, pontuação emaiúsculas oram atualizadas): “O irmão[Emer] Harris disse que o Apóstolo disseraque temos de lutar contra as potestadese poderes em lugares elevados. O irmãoHiram Page retirou de dentro da terra

uma pedra negra [e] a pôs no bolso.Quando chegou em casa, olhou para ela.Ela continha uma rase em papel que seajustava ao tamanho dela. Logo que eleescrevia uma rase, outra rase apareciana pedra, até que nalmente ele tinhaescrito 16 páginas. Contaram ao irmão

 Joseph sobre esse ato. Alguém perguntoua Joseph se isso era correto. Ele disse nãosaber, mas orou e recebeu uma revelaçãode que aquela pedra era do diabo.Então, [a pedra] virou pó e os escritos sequeimaram. Era obra dos poderes dastrevas. Amém”.

No nal de um dia particular-mente cansativo, no m deminha primeira semana como

 Autoridade Geral, minha maleta estavalotada e minha mente se debatia coma pergunta: “Como é que vou conse-guir azer isso?” Saí do escritório dos

Setenta e entrei no elevador do Edií-cio Administrativo da Igreja. Enquantoo elevador descia, quei cabisbaixo,tando indierentemente o chão.

 A porta abriu e alguém entrou, masnão ergui o rosto. Quando a portaechou, ouvi alguém perguntar: “Oque você está olhando aí no chão?”Reconheci a voz: era o Presidente

 Thomas S. Monson.Rapidamente ergui o rosto e

respondi: “Oh, nada, não”. (Tenho

certeza que essa resposta inspirouconança em minha capacidade!)Mas ele tinha visto meu semblante

abatido e minha maleta pesada. Sorriue sugeriu com amor, apontando parao céu: “É melhor olhar para cima!”

 Ao descermos mais um andar, eleexplicou alegremente que estava acaminho do templo. Quando se des-pediu, seu olhar alou-me de novo aocoração: “Agora, lembre-se, é melhor

olhar para cima”. Ao nos separarmos, as palavras

desta escritura me vieram à mente:“Acreditai em Deus; acreditai que eleexiste (…) ; acreditai que ele tem toda sabedoria e todo o poder, tanto nocéu como na Terra”.1 Ao pensar no

poder do Pai Celestial e Jesus Cristo,meu coração encontrou o consolo queu buscava em vão, ao tar o piso doelevador que descia.

Desde aquele momento, tenhoponderado essa experiência e o papedos proetas. Eu estava sobrecarre-gado e cabisbaixo. Quando o proetaalou e o tei, ele redirecionou meuolhar para Deus, que podia curar-mee ortalecer-me por meio da Expiaçãode Cristo. É isso que os proetas azem

por nós. Eles nos conduzem a Deus.2

 Testico que o Presidente Monsonnão é apenas um proeta, vidente erevelador, mas também um maravi-lhoso exemplo do princípio de olharpara cima. De todas as pessoas, eleé quem mais poderia sentir-se sobre-carregado por suas responsabilidadesEm vez disso, ele exerce grande é eestá cheio de otimismo, sabedoria eamor pelas pessoas. Sua atitude é de

Élder Carl B. Cook Dos Setenta

É Melhor Olharpara CimaSe olharmos para Deus em busca de ajuda, como o Presidente Monson, não nos sentiremos sobrecarregados com os ardos da vida.

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alguém que “pode azer” e que “ará”.Ele cona no Senhor para obter or-ças, e o Senhor o abençoa.

 A experiência ensinou-me que,quando exercemos nossa é e olhamospara Deus em busca de ajuda, como oPresidente Monson, não nos sentire-mos sobrecarregados com os ardosda vida. Não nos sentiremos incapazesde azer o que ormos chamados paraazer e que precisamos azer. Seremosortalecidos, e nossa vida se encherá

de paz e alegria.

3

Compreenderemosque a maior parte de nossas preo-cupações não são com coisas de signi-cado eterno — e se or, o Senhor vaiajudar-nos. Mas precisamos ter é paraolhar para cima e a coragem de seguirSua orientação.

Por que é um desao olhar cons-tantemente para cima em nossa vida?

 Talvez não tenhamos é na possibili-dade de esse simples ato solucionarnossos problemas. Por exemplo,quando os lhos de Israel oram

picados por serpentes venenosas,Moisés recebeu ordem de erguer umaserpente de bronze em um mastro.

 A serpente de bronze representavaCristo. Aqueles que olhassem para aserpente, conorme orientados peloproeta, seriam curados.4 Mas muitosnão olharam, e pereceram.5

 Alma concordou que o motivo peloqual os israelitas não olharam para aserpente oi porque não acreditavamque isso os curaria. As palavras de

 Alma são relevantes para nós hoje:“Ó meus irmãos, se pudésseisser curados simplesmente olhandoao redor para serdes curados, não oaríeis rapidamente? Ou preeriríeisendurecer o coração na incredulidadee ser negligentes (…)?

Se assim or, a desgraça cairá sobre vós; mas se não or, então olhai aoredor e começai a acreditar no Filhode Deus, que ele virá para remir seu

povo e que ele sorerá e morrerá paraexpiar os pecados deles; e que ele selevantará dos mortos”.6

O incentivo do Presidente Monsonpara que eu olhasse para cima é umametáora do ato de lembrar-nos deCristo. Ao lembrar-nos Dele e conarem Seu poder, recebemos orças pormeio de Sua Expiação. Esse é o meiopelo qual podemos ser aliviados denossas ansiedades, nossos ardos e

nosso sorimento. Esse é o meio peloqual podemos ser perdoados e cura-dos da dor de nossos pecados. Esseé o meio pelo qual podemos recebera é e a orça para suportar todas ascoisas.7

Recentemente, minha esposa eeu assistimos a uma conerência demulheres na Árica do Sul. Depois deouvirmos algumas mensagens inspi-radoras sobre como aplicar a Expia-ção em nossa vida, a presidente da

Sociedade de Socorro convidou todosa irem para ora. Deu a cada pessoaum balão de gás hélio. Explicou quenosso balão representava todos osardos, provações ou diculdades queimpediam nosso progresso na vida.

 Ao contar até três, soltamos nossosbalões, ou nossos “ardos”. Ao olhar-mos para cima e vermos nossos ardos

 voarem para longe, ouviu-se umaudível “Ahhh”. Aquele simples ato de

soltar nossos balões oi um excelentelembrete da indescritível alegria quesentimos ao olhar para cima e pensarem Cristo.

 Ao contrário do balão de gás hélioo ato de olhar para cima espiritual-mente não é uma experiência única.

 Aprendemos na oração sacramentalque devemos sempre lembrar-nosDele e guardar Seus mandamentos,para que possamos ter conosco Seu

Espírito todos os dias para guiar-nos.8

Quando os lhos de Israel vaga- vam pelo deserto, o Senhor guiou-osem sua jornada a cada dia, quandoolhavam para Ele pedindo orienta-ção. Lemos em Êxodo: “E o Senhor iaadiante deles, de dia numa coluna denuvem para os guiar pelo caminho, ede noite numa coluna de ogo para oiluminar”.9 Sua liderança era constante presto-lhes meu humilde testemu-nho de que o Senhor pode azer o

mesmo por nós.Como Ele nos lidera hoje? Por meide proetas, apóstolos e líderes dosacerdócio e por meio de sentimen-tos que temos depois de abrirmoso coração e a alma ao Pai Celestialem oração. Ele nos lidera quandoabandonamos as coisas do mundo,arrependemo-nos e mudamos. Elenos lidera quando guardamos Seusmandamentos e procuramos ser mais

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Élder LeGrand R. Curtis Jr.Dos Setenta

E xistem vários nomes com osquais nos reerimos ao Senhor

 Jesus Cristo. Esses nomes nos dãouma ideia dos dierentes aspectos damissão expiatória do Senhor. Tome-mos, por exemplo, o título “Salvador”.

 Todos temos noção do signicado deser salvo, porque cada um de nós oialguma vez salvo de algo. Quandocrianças, minha irmã e eu brincáva-mos no rio em um pequeno bote e

tolamente saímos da área de segu-rança, sendo impelidos pela corren-teza a locais perigosos rio abaixo.

 Atendendo a nossos gritos, papaicorreu em nosso socorro e nos salvoudos perigos do rio. Quando penso emsalvar, penso naquela experiência.

O título “Redentor” oerece percep-ções semelhantes. “Redimir” signicaadquirir ou comprar de volta. Emtermos legais, uma propriedade éredimida pelo pagamento da hipoteca

e de outras obrigações. Na época do Velho Testamento, a lei de Moisésestabelecia dierentes ormas pelasquais as propriedades e os servospodiam ser liberados ou redimidos,por meio de pagamento em dinheiro(ver Levítico 25:29–32, 48–55).

Um uso escriturístico de destaqueda palavra redimir descreve a liberta-ção dos lhos de Israel da escravidãono Egito. Após essa liberação, Moisés

lhes diz: “Mas, porque o Senhor vosamava, [Ele] vos tirou com mão ortee vos resgatou da casa da servidão,da mão de Faraó, rei do Egito” (Deuteronômio 7:8).

O tema de Jeová redimindo opovo de Israel da servidão repete-semuitas vezes nas escrituras. Com re-quência, isso acontece para lembrarao povo a bondade do Senhor emlibertar os lhos de Israel do cati-

 veiro egípcio. Mas também ocorrepara ensiná-los que haveria outraredenção para Israel, e esta seriamais importante. Leí ensinou: “E oMessias vem na plenitude dos tempopara redimir da queda os lhos doshomens” (2 Né 2:26).

O salmista escreveu: “Mas Deusremirá a minha alma do poder dasepultura” (Salmos 49:15).

Por meio de Isaías, o Senhordeclarou: “Apaguei as tuas transgres-

sões como a névoa, e os teus pecadocomo a nuvem; torna-te para mim,porque eu te remi” (Isaías 44:22).

 A redenção mencionada nessastrês escrituras, é claro, é a Expiaçãode Jesus Cristo. Essa é a “abundanteredenção” oerecida por nosso amo-roso Deus (Salmos 130:7). Dierente-mente da redenção da lei mosaica oudas prescrições legais modernas, essaredenção não vem por meio de “coisa

A Redenção Por meio de Cristo, cada um pode mudar — e muda — suavida, e obtém redenção.

semelhantes a Ele. E Ele nos lidera pormeio do Espírito Santo.10

Para sermos guiados na jornada da vida e termos a companhia constantedo Espírito Santo, precisamos ter“ouvido que ouve” e “olho que vê”,ambos voltados para cima.11 Precisa-mos colocar em prática a orientaçãoque recebemos. Precisamos olhar paracima e progredir sempre. Ao azermosisso, sei que caremos elizes, porqueDeus quer que sejamos elizes.

Somos lhos do Pai Celestial. Elequer azer parte de nossa vida, aben-çoar-nos e ajudar-nos. Ele vai curarnossas eridas, enxugar nossas lágri-mas e ajudar-nos no caminho de voltaa Sua presença. Se olharmos para Ele,Ele vai liderar-nos.

 Jesus, minha luz, eu não temerei;Tu és meu amor, consolo terei! (…) Jesus, minha luz conorto traz Tua mão meus passos conduz.12

Presto testemunho de que pecadossão perdoados e ardos são aliviadosquando olhamos para Cristo. “Lembre-mo-nos dele (…) e não inclinemos acabeça”13 porque, como o PresidenteMonson disse, “É melhor olhar paracima”.

 Testico que Jesus é nosso Salvadore Redentor, em nome de Jesus Cristo.

 Amém. ◼

NOTAS

1. Mosias 4:9.

2. Ver 2 Né 2:25, 26.3. Ver Mosias 24:15.4. Ver Números 21:8–9.5. Ver 1 Né 17:41.6. Alma 33:21–22; ver também

 versículos 19–20.7. Ver Alma 36:3, 17–21; 3 Né 9:13.8. Ver Doutrina e Convênios 20:77.9. Êxodo 13:21.

10. Ver 2 Né 9:52; 31:13; Doutrina eConvênios 121:46.

11. Provérbios 20:12.12. “Jesus, Minha Luz”, Hinos, nº 44 .13. 2 Né 10:20.

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36 A L i a h o n a

corruptíveis, como prata e ouro”(I Pedro 1:18). “Em [Cristo] temos aredenção pelo seu sangue, a remissãodas oensas, segundo as riquezas dasua graça” (Eésios 1:7). O Presidente

 John Taylor ensinou que, devido ao

sacriício do Redentor, “a dívida oipaga, a redenção realizada, o convêniocumprido, a justiça satiseita, a vontadede Deus eita e todo o poder é (…)passado às mãos do Filho de Deus”(Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: John Taylor, p. 44  ).

Os eeitos dessa redenção incluema vitória sobre a morte ísica paratodos os lhos de Deus. Isto é, amorte temporal oi vencida, e todosressuscitarão. Outro aspecto dessa

redenção realizada por Cristo é a vitória sobre a morte espiritual. Pormeio de Seu sorimento e morte,Cristo pagou pelos pecados de todaa humanidade, bênção condicionadaao arrependimento individual.

 Assim, se nos arrependermos,poderemos ser perdoados de nossospecados, tendo o preço sido pagopelo nosso Redentor. Essa é uma boanova para todos nós, “porque todos

pecaram e destituídos estão da glóriade Deus” (Romanos 3:23). Os que seaastaram bastante do caminho da reti-dão precisam desesperadamente dessaredenção e, se eles se arrependerem,terão o direito de solicitá-la. Mas aque-

les que se esorçaram arduamentepara viver em retidão também preci-sam desesperadamente dessa reden-ção, pois ninguém pode chegar àpresença do Pai sem a ajuda de Cristo.

 Assim, essa amorosa redenção permiteque as leis da justiça e da misericórdiasejam satiseitas na vida de todos osque se arrependem e seguem a Cristo.

Que glorioso, celestial,O plano do Senhor:

 Perdão, justiça, redenção,ao pobre pecador.(“Da Corte Celestial”, Hinos, nº 114).

O Presidente Boyd K. Packer ensi-nou: “Há um Redentor, um Mediador,que deseja satisazer as demandasda justiça e é capaz de azê-lo, e quetambém deseja levar a misericórdia aopenitente” (“The Mediator”, Ensign,maio de 1977, p. 56).

 As escrituras, a literatura e asexperiências da vida estão repletasde exemplos de redenção. Por meiode Cristo, cada um pode mudar — emuda — sua vida, e obtém redenção.

 Amo histórias de redenção.

 Tenho um amigo que não seguiuos ensinamentos da Igreja na juven-tude. Quando era jovem adulto,percebeu o que estava perdendo pornão viver o evangelho. Arrependeu-semudou de vida e dedicou-se a um

 viver justo. Certo dia, anos depoisde nossa juventude, encontrei-o notemplo. A luz do evangelho brilhavaem seus olhos e senti que ele era ummembro devoto da Igreja e tentava

 viver o evangelho plenamente. Essa é

uma história de redenção.Certa vez entrevistei para o batismuma mulher que tinha cometido umpecado muito grave. Durante a entre-

 vista, perguntei-lhe se ela compreen-dia que não poderia jamais repetiraquele pecado. Com prounda emo-ção no olhar e na voz, ela disse: “Oh,Presidente, eu jamais poderia cometetal pecado de novo. É por isso quequero ser batizada — para limpar-me

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dos eeitos daquele terrível pecado”.Essa é uma história de redenção. Ao comparecer a conerências de

estaca e a outras reuniões ultima-mente, tenho levado aos membrosa conclamação do Presidente Tho-mas S. Monson de resgatarmos osmembros menos ativos da Igreja. Emcerta conerência de estaca, relatei ahistória de um membro menos ativoque voltou à plena atividade depoisque o bispo e outros líderes o visi-

taram, disseram-lhe que precisavamdele e o chamaram para servir naala. Esse homem não apenas aceitouo chamado, mas também mudou de

 vida e de hábitos, voltando à plenaatividade na Igreja.

Um amigo meu estava na con-gregação onde contei essa história.

 A sionomia dele mudou completa-mente ao ouvir o relato. Por e-mail nodia seguinte, ele me contou que suareação emocional ao relato se deveuao ato de que a história do retorno

de seu sogro à atividade na Igreja eramuito parecida. Contou-me que uma

 visita semelhante eita por um bispocom o convite de servir na Igreja ezseu sogro reavaliar a própria vida etestemunho, azer mudanças signica-tivas na vida e aceitar o chamado. Essehomem que oi reativado tem agora88 descendentes ativos na Igreja.

Em uma reunião alguns dias maistarde, contei ambas as histórias. Nodia seguinte, recebi outro e-mail que

dizia: “Essa é também a história domeu pai”. Esse e-mail, escrito por umpresidente de estaca, contava comoseu pai ora convidado a servir naIgreja, mesmo tendo sido inativo etendo alguns hábitos que precisavamser mudados. Ele aceitou o convite e,no processo, arrependeu-se, acabouservindo como presidente de estaca edepois presidente de missão, estabele-cendo assim um alicerce para que sua

posteridade osse el à Igreja. Algumas semanas mais tarde, con-

tei as três histórias em outra cone-

rência de estaca. Após a reunião, umhomem contou-me que aquela não era a história do pai dele. Mas era sua história. Contou-me sobre os eventosque o levaram a arrepender-se e a vol-tar à plena atividade na Igreja. E issocontinuou: Ao levar avante a concla-mação de resgatar os menos ativos, vie ouvi uma história após a outra sobrepessoas que aceitaram o convite de

 voltar e mudar de vida. Ouvi históriasde redenção uma após a outra.

Embora nunca possamos pagar aoRedentor pelo que Ele ez por nós,o plano de redenção requer nossomelhor esorço para nos arrepender-mos plenamente e azer a vontade deDeus. O apóstolo Orson F. Whitneyescreveu:

Salvador, Redentor de minha alma,Cuja mão poderosa me curou,Cujo poder maravilhoso me ergueu

e encheu com doçura minha amargataça! 

Que língua pode expressar minha

 gratidão,Ó gracioso Deus de Israel.

 Nunca poderei pagar-Te, ó Senhor, Mas posso amar-Te. Tua pura palavranão tem sido meu único prazer,minha alegria de dia e meu sonho

à noite?  Portanto, que meus lábios o

 proclamem ainda,e que toda a minha vida refita a Ti.(“Savior, Redeemer o My Soul”

[Salvador, Redentor de Minha Alma], Hymns, nº 112)

Presto meu testemunho do poderda Expiação de Cristo. Quando nosarrependemos e O buscamos, pode-mos receber todas as bênçãos da

 vida eterna. Que possamos azê-lo,obtendo assim nossa própria históriade redenção, é a minha oração. Emnome de Jesus Cristo. Amém. ◼

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OLivro de Mórmon conta a his-tória de um homem chamadoNeor. É ácil entender por

que Mórmon, ao resumir mil anos deregistros dos netas, tenha achadoimportante incluir alguma coisa sobreesse homem e a infuência duradourade sua doutrina. Mórmon procurava

alertar-nos, sabendo que aquela loso-a surgiria novamente em nossos dias.

Neor apareceu em cena cerca de 90anos antes do nascimento de Cristo.Ele ensinou que “toda a humanidadeseria salva no último dia (…) porque oSenhor havia criado todos os homense também havia redimido todos oshomens; e, no m, todos os homensteriam vida eterna” (Alma 1:4).

Cerca de quinze anos mais tarde,surgiu Corior entre os netas, pregando

e ampliando a doutrina de Neor. OLivro de Mórmon registra que “ele eraum anticristo, pois começou a pre-gar ao povo contra as proecias (…)relativas à vinda de Cristo” (Alma 30:6).

 A pregação de Corior declarava que“não poderia haver expiação para ospecados dos homens, mas que o qui-nhão de cada um nesta vida dependiade sua conduta; portanto cada homemprosperava segundo sua aptidão e cada

parecem atraentes porque nos dãolicença para satisazer qualquer apetitou desejo, sem preocupação com asconsequências. Usando os ensina-mentos de Neor e Corior, podemosracionalizar e justicar qualquer coisaQuando os proetas proclamam oarrependimento, isso chega como “umbalde d’água ria”; mas, na realidade,o chamado proético deveria serrecebido com alegria. Sem arrependi-mento, não há progresso verdadeiro e

a vida das pessoas não melhora. Fingque não há pecado não diminui seuardo e sua dor. Sorer por causa dopecado em si não muda nada paramelhor. Somente o arrependimentonos leva ao patamar mais elevado eiluminado de uma vida melhor. E, éclaro, somente pelo arrependimentoé que temos acesso à graça expia-tória de Jesus Cristo e à salvação. Oarrependimento é uma dádiva divinae deveríamos ter um sorriso no rostoquando alamos dele. Ele nos indica

liberdade, conança e paz. Em vez deinterromper a comemoração, a dádivado arrependimento é o verdadeiromotivo da celebração.

Somente por causa da Expiação de Jesus Cristo é que existe a opção doarrependimento. É Seu innito sacri-ício que “proporciona aos homensmeios para que tenham é para oarrependimento” (Alma 34:15). Oarrependimento é a condição necessária e a graça de Cristo é o poder pelo

qual “a misericórdia pode satisazeras exigências da justiça” (Alma 34:16)Nosso testemunho é este:

“Sabemos que a justicação [ou operdão dos pecados] pela graça denosso Senhor e Salvador Jesus Cristoé justa e verdadeira;

E sabemos também que a santi-cação [ou puricação dos eeitos dopecado] pela graça de nosso Senhore Salvador Jesus Cristo é justa e

homem conquistava segundo sua orça;e nada que o homem zesse seriacrime” (Alma 30:17). Esses alsos proe-tas e seus seguidores “não acreditavamno arrependimento de seus pecados”(Alma 15:15).

Como nos dias de Neor e Corior, vivemos pouco antes do advento

de Jesus Cristo — em nosso caso,na época da preparação para a SuaSegunda Vinda. E da mesma maneira,a mensagem de arrependimentomuitas vezes não é bem-vinda. Algunsarmam que, se houver um Deus, Elenão nos az exigências reais (ver Alma18:5). Outros sustentam que um Deusde amor perdoa todos os pecadoscom base na simples conssão ouse há realmente um castigo para opecado, “Deus nos castigará com uns

poucos açoites e, ao m, seremossalvos no reino de Deus” (2 Né 28:8).Outros, como Corior, negam a própriaexistência de Cristo e do pecado. Suadoutrina é que os valores, os padrõese até a verdade são todos relativos.

 Assim, seja o que or que a pessoaache certo não pode ser julgado poroutras pessoas como sendo errado oupecaminoso.

Supercialmente, essas losoas

Élder D. Todd ChristoersonDo Quórum dos Doze Apóstolos

A Divina Dádivado ArrependimentoSomente pelo arrependimento é que temos acesso à graçaexpiatória de Jesus Cristo.

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 verdadeira, para todos os que amam eservem a Deus com todo o seu poder,mente e orça” (D&C 20:30–31).

O arrependimento é um assuntoextenso, mas quero hoje mencionarapenas cinco aspectos desse princí-pio undamental do evangelho que,espero, sejam úteis.

Primeiro, o convite ao arrepen-dimento é uma expressão de amor.Quando o Salvador “começou (…)a pregar, e a dizer: Arrependei-vos,

porque é chegado o reino dos céus”(Mateus 4:17), oi uma mensagem deamor, que convidava todos os quequisessem qualicar-se a unir-se a Elee “[desrutar] as palavras da vida eternaneste mundo e a [própria] vida eternano mundo vindouro” (Moisés 6:59). Senão convidarmos as pessoas a mudarou se não exigirmos o arrependi-mento de nós mesmos, deixaremos decumprir um dever undamental quetemos uns para com os outros e comnós mesmos. Uma mãe ou um pai

permissivo, um amigo indulgente ouum líder da Igreja medroso estão, narealidade, mais preocupados consigomesmos do que com o bem-estar e aelicidade daqueles a quem poderiamajudar. Sim, o chamado ao arrependi-mento é por vezes considerado algointolerante ou oensivo, chegando atéa gerar ressentimento, mas guiadopelo Espírito é na realidade um atogenuíno de zelo (ver D&C 121:43–44).

Segundo, arrependimento signi-

ca esorço para mudar. Estaríamoszombando do sorimento do Salvadorno Jardim do Getsêmani e na cruz seesperássemos que Ele nos transor-masse em seres angelicais sem esorçoreal de nossa parte. Em vez disso,buscamos Sua graça para complemen-tar e recompensar nossos esorçosmais diligentes (ver 2 Né 25:23).

 Talvez, tanto quanto orar por miseri-córdia, devêssemos orar pelo tempo

e a oportunidade de trabalhar, lutare vencer. Certamente o Senhor sorripara aquele que deseja se apresentardignamente para o julgamento e quetrabalha resolutamente dia após diapara transormar raqueza em orça.O arrependimento real e a verdadeiramudança podem exigir várias tentati-

 vas, mas há algo de renador e santonessa luta. O perdão divino e a curafuem naturalmente para essa alma,porque, de ato, “a virtude ama a vir-tude; a luz se apega à luz; [e] a miseri-

córdia se compadece da misericórdiae reclama o que é seu” (D&C 88:40).

Com o arrependimento, podemosmelhorar constantemente nossa capa-cidade de viver a lei celestial, porquereconhecemos que “aquele que nãoconsegue viver a lei de um reinocelestial não consegue suportar umaglória celestial” (D&C 88:22).

 Terceiro, o arrependimento nãosignica apenas abandonar o pecado,mas também comprometer-nos com

a obediência. O Guia para Estudodas Escrituras arma que o arrepen-dimento signica voltar o coração e a

 vontade a Deus e renunciar ao pecadoa que estamos naturalmente inclina-dos.1 Um dos vários exemplos desseensinamento no Livro de Mórmonencontra-se nas palavras de Alma aum de seus lhos:

“Por conseguinte eu te ordeno,meu lho, no temor de Deus, que te

abstenhas de tuas iniquidades;Que te voltes para o Senhor comtoda a tua mente, poder e orça”(Alma 39:12–13; ver também Mosias7:33; 3 Né 20:26; Mórmon 9:6).

Para que nossa atitude de voltarao Senhor seja completa, é necessárioincluir nada menos que um convê-nio contínuo de obediência a Ele.Com requência, reerimo-nos a esseconvênio como o convênio batismal,que é testicado por meio do batismona água (ver Mosias 18:10). O próprio

batismo do Salvador, que nos deu oexemplo, conrmou Seu convêniode obediência ao Pai. “Mas, emborasendo santo, mostra aos lhos doshomens que, segundo a carne, sehumilha ante o Pai e testica-lhe quelhe será obediente na observânciade seus mandamentos” (2 Né 31:7).Sem esse convênio, o arrependimentopermanece incompleto e a remissãode pecados não é alcançada.2 Nasmemoráveis palavras do Proessor

Noel Reynolds, lemos: “A decisão dearrepender-se é aquela que queimaas pontes que levam a qualquer outradireção [determinando-nos] a seguirpara sempre um só caminho, aquele  que leva à vida eterna”.3

Quarto, o arrependimento exigeuma seriedade de propósito e a disposição de perseverar, mesmo que hajador. A tentativa de criar uma lista depassos especícos do arrependimento

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40 A L i a h o n a

pode ser útil para alguns, mas tam-bém pode levar a uma abordagemdo tipo assinalar quadrinhos de umalista de vericação, sem que haja um

sentimento ou uma mudança real.O verdadeiro arrependimento não ésupercial. O Senhor nos ez duas exi-gências abrangentes: “Desta maneirasabereis se um homem se arrependede seus pecados — eis que ele os con-essará e abandonará” (D&C 58:43).

 A conssão e o abandono sãoconceitos muito ortes. São bem maisdo que um simples “admito que errei,sinto muito”. A conssão trata-se deum proundo e muitas vezes angus-tiado reconhecimento do erro e da

oensa a Deus e ao homem. Geral-mente a conssão é acompanhadade tristeza, remorso e lágrimas deamargura, principalmente quando asações causaram dor a alguém, ou pior,quando levaram outra pessoa a come-ter pecado. É a prounda afição, a

 visão das coisas como realmente são,que ez Alma clamar: “Ó Jesus, tu queés Filho de Deus, tem misericórdia demim que estou no el da amargura erodeado pelas eternas correntes da

morte” (Alma 36:18).Com é no misericordioso Reden-tor e em Seu poder, o desespero empotencial transorma-se em espe-rança. O próprio coração e os desejosda pessoa mudam, e o pecado queantes era tentador torna-se cada vezmais abominável. Forma-se nessecoração renovado a determinaçãode abandonar o pecado e de repa-rar o dano causado, tão plenamente

quanto possível. Essa determinaçãologo amadurece e torna-se um convê-nio de obediência a Deus. Com esseconvênio eito, o Espírito Santo, o

mensageiro da graça divina, pro-porciona alívio e perdão. A pessoaé levada a declarar, tal como Alma:“E oh! que alegria e que luz maravi-lhosa [contemplo]! Sim, minha alma[enche-se] de tanta alegria quantahavia sido minha dor” (Alma 36:20).

 Toda dor associada ao arrepen-dimento será bem menor do que osorimento exigido para satisazer a

 justiça no tocante à transgressão nãoresolvida. O Salvador pouco alousobre o que teve de suportar para

satisazer as demandas da justiça epara expiar nossos pecados, mas Eleez esta reveladora declaração:

“Pois eis que eu, Deus, sori essascoisas por todos, para que não preci-sem sorer caso se arrependam;

Mas se não se arrependerem, terãoque sorer assim como eu sori;

Sorimento que ez com que eu,Deus, o mais grandioso de todos,tremesse de dor e sangrasse por todosos poros; e soresse, tanto no corpo

como no espírito — e desejasse nãoter de beber a amarga taça” (D&C19:16–18).

Quinto, seja qual or o custo doarrependimento, ele é absorvidopela alegria do perdão. Em um dis-curso de conerência geral intitulado“A Radiante Manhã do Perdão”, oPresidente Boyd K. Packer ez estaanalogia:

“Em abril de 1847, Brigham Young

conduziu a primeira companhia depioneiros a sair de Winter Quarters. Ao mesmo tempo, a mais de 2.500quilômetros a oeste, o comoventegrupo de sobreviventes da companhiDonner descia as encostas das montanhas da Sierra Nevada para o Vale deSacramento.

Eles haviam passado o rigorosoinverno encurralados logo abaixo docume das montanhas. É quase inacre-ditável que alguém tenha sobrevivido

aos dias, semanas e meses de ome esorimento indescritíveis.Entre eles estava John Breen, de

quinze anos de idade. Na noite de 24de abril, ele entrou na azenda dos

 Johnson. Anos mais tarde, escreveu:‘Foi muito depois do anoitecer que

chegamos à azenda dos Johnson,de modo que a primeira vez que vio local oi de madrugada. O tempoestava bom, o chão coberto de grama

 verde, os pássaros cantavam no altodas árvores e a jornada terminara.

Eu mal podia crer que estava vivo. A cena que vi naquela madru-

gada parece estar gravada em minhamemória. A maioria dos incidentes jácaiu no esquecimento, mas sempreconsigo ver o acampamento próximoà azenda dos Johnson’”.

O Presidente Packer disse: “Noprincípio estranhei a armativa de qu‘a maioria dos incidentes já caíra noesquecimento’. Como poderiam oslongos meses de incríveis sorimentos

e dor serem varridos da memória?Como seria possível que o brutal esombrio inverno osse substituído pouma radiante manhã?

 Ao pensar melhor, concluí quenão era assim tão estranho. Já vi coisasemelhante acontecer com pessoasde minha relação. Conheço alguémque, após um longo inverno de culpae ome espiritual, ressurgiu em umamanhã de perdão. Quando chegou a

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manhã, aprenderam o seguinte:‘Eis que aquele que se arrependeude seus pecados é perdoado e eu, oSenhor, deles não mais me lembro’[D&C 58:42]”.4

Reconheço e testico com gratidãoque o incompreensível sorimento,a morte e a Ressurreição de nossoSenhor “[tornam] operantes as con-dições do arrependimento” (Helamã14:18). A dádiva divina do arrepen-dimento é a chave para a elicidade

nesta vida e na vida utura. Naspalavras do Salvador e com proundahumildade e amor, convido todos a“[arrependerem-se], porque é chegadoo reino dos céus” (Mateus 4:17). Seique se aceitarem esse convite, vocêsterão alegria agora e para sempre. Emnome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Ver Guia para Estudo das Escrituras, “Arrependimento”.

2. O Livro de Mórmon ala várias vezes sobreser “batizado para o arrependimento”

(ver Mosias 26:22; Alma 5:62; 6:2; 7:14;8:10; 9:27; 48:19; 49:30; Helamã 3:24; 5:17,19; 3 Né 1:23; 7:24–26; Morôni 8:11).

 João Batista usou as mesmas palavras (ver Mateus 3:11), e Paulo alou do “batismodo arrependimento” (Atos 19:4). Essaexpressão também aparece em Doutrinae Convênios (ver Doutrina e Convênios35:5; 107:20). A expressão “batismo doou para o arrependimento” simplesmenteaz reerência ao ato de que o batismo,com seu convênio de obediência, é apedra angular do arrependimento. Como arrependimento completo, incluindo obatismo, a pessoa está qualicada para aimposição de mãos para o dom do EspíritoSanto, e é pelo Espírito Santo que se recebe

o batismo do Espírito (ver João 3:5) e operdão dos pecados: “Porque a porta pelaqual deveis entrar é o arrependimento eo batismo com água; e recebereis, então,a remissão de vossos pecados pelo ogo epelo Espírito Santo” (2 Né 31:17).

3. Noel B. Reynolds, “The True Points o My Doctrine”, Journal of Book of MormonStudies , vol. 5, nº 2, 1996, p. 35; grio doautor.

4. Boyd K. Packer, Conerence Report,outubro de 1995, p. 21; ver também “A Radiante Manhã do Perdão”, A Liahona,

 janeiro de 1996, p. 20.

Élder L. Tom Perry Do Quórum dos Doze Apóstolos

Presidente Monson, camos elizescom a boa notícia desses novostemplos. Em especial, para os

muitos, muitos parentes que tenho noEstado do Wyoming.

No mundo inteiro, quando umnovo templo é construído, a Igreja

az algo que é uma tradição bastantecomum nos Estados Unidos e noCanadá — uma visitação pública. Nassemanas que antecedem a dedica-ção de um novo templo, abrimossuas portas e convidamos os líderesgovernamentais e religiosos locais, osmembros locais da Igreja e pessoasde outras religiões a virem e visitaremnosso templo recém-construído.

São eventos maravilhosos queajudam as pessoas que não conhecem

a Igreja a saber um pouco mais a res-peito dela. Quase todos os que visitamum templo novo se maravilham comsua beleza, tanto por dentro quantopor ora. Ficam impressionados como esmero e a atenção dados a cadadetalhe do templo. Além disso, muitos

 visitantes sentem algo especial ao visitar um templo antes da dedicação.Essas são reações comuns daquelesque participam da visitação pública,

mas não é a mais comum. O quemais impressiona os visitantes, acimade tudo, são os membros da Igrejaque eles encontram nessas visitaçõespúblicas. Eles saem dali com umaimpressão indelével de seus antriõesos santos dos últimos dias.

No mundo inteiro, a Igreja estárecebendo, hoje, mais atenção doque jamais teve. A mídia escreve ouala a respeito da Igreja todos os dias,relatando suas muitas atividades.Muitos dos canais de imprensa maisimportantes dos Estados Unidos alamregularmente a respeito da Igreja oude seus membros. Essa atenção se

 verica igualmente no mundo inteiro A Igreja também atrai a atenção

das pessoas na Internet que, como

sabem, mudou drasticamente o modocomo essas pessoas compartilhaminormações. A qualquer hora dodia, no mundo inteiro, a Igreja e seusensinamentos estão sendo discutidosna Internet, em blogs e redes sociais,por pessoas que nunca escreverampara um jornal ou revista. As pessoasazem vídeos e os compartilham pelaInternet. São pessoas comuns — tantomembros da Igreja quanto pessoas de

O Perfeito AmorLança Fora o TemorSe aceitarem o convite de compartilhar suas crenças e seus  sentimentos sobre o evangelho restaurado de Jesus Cristo, umespírito de amor e coragem será seu companheiro constante.

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outra religião — que alam sobre aIgreja de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias.

 A mudança na maneira pela qual

nos comunicamos explica em partepor que nós, “mórmons”, estamos maisem destaque do que nunca. Por outrolado, a Igreja está sempre crescendoe progredindo. Um número maior depessoas tem membros da Igreja como

 vizinhos e amigos, e há membrospreeminentes da Igreja no governo,nos negócios, na indústria de entreteni-mento, na educação e em tudo o mais,pelo que parece. Até aqueles que nãosão membros da Igreja notaram isso, ese perguntam o que está acontecendo.

É maravilhoso que haja agora tantaspessoas cientes da Igreja e dos santosdos últimos dias.

Embora a Igreja esteja tornando-semais visível, ainda há muitas pessoasque não a compreendem. Algunsoram ensinados a suspeitar da Igrejae agem com base em estereótiposnegativos sobre a Igreja, sem questio-nar sua onte ou validade. Também hámuita inormação alsa e conusão arespeito da Igreja e do que ela prega.

Isso tem acontecido desde a época doProeta Joseph Smith. Joseph Smith escreveu sua histó-

ria, em parte, “para elucidar a mentepública e apresentar, aos que buscama verdade, os atos tal como sucede-ram” (Joseph Smith—História 1:1). É

 verdade que sempre haverá aquelesque distorcem a verdade e delibera-damente deturpam os ensinamentosda Igreja. Mas, a maioria dos que têm

perguntas sobre a Igreja simplesmentequerem compreender. Essas pessoasde mente aberta têm genuína curiosi-dade a nosso respeito.

 A crescente visibilidade e reputaçãoda Igreja oerecem uma extraordiná-ria oportunidade para nós, membros.Podemos ajudar “a elucidar a mentepública” e corrigir inormações incor-retas quando somos retratados comoalgo que não somos. Mais importante,porém, é que podemos partilhar quemsomos.

Há uma série de coisas que pode-mos azer — que vocês podem azer— para melhorar o entendimento queas pessoas têm da Igreja. Se zermos

isso com o mesmo espírito e noscomportarmos da mesma orma queazemos quando trabalhamos em uma

 visitação pública, nossos amigos e vizinhos vão passar a nos entendermelhor. Suas suspeitas se desarão, osestereótipos negativos desaparecerão,e eles começarão a compreender aIgreja como ela realmente é.

Gostaria de sugerir algumas coisasque todos podemos azer.

Primeiro, precisamos ser destemi-

dos em nossas declarações a respeitode Jesus Cristo. Queremos que aspessoas saibam que acreditamosque Ele é a gura central de todaa história humana. Sua vida e Seusensinamentos são o ponto central daBíblia e de outros livros que consi-deramos escrituras sagradas. O Velho

 Testamento prepara o caminho parao ministério mortal de Cristo. O Novo

 Testamento descreve Seu ministério

mortal. O Livro de Mórmon nos dáum segundo testemunho de Seuministério mortal. Ele veio à Terrapara declarar Seu evangelho como um

undamento para toda a humanidadede modo que todos os lhos de Deuspossam aprender a respeito Dele eseguir Seus ensinamentos. Depois, Eledeu a vida para ser nosso Salvador eRedentor. Somente por intermédio de

 Jesus Cristo é que nossa salvação épossível. É por isso que cremos queEle é a gura central de toda a histórida humanidade. Nosso destino eternoestá sempre em Suas mãos. É umacoisa gloriosa acreditar Nele e acei-tá-Lo como nosso Salvador, nosso

Senhor e nosso Mestre. Também acreditamos que somente

por intermédio de Cristo pode-mos encontrar a maior elicidade,

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esperança e alegria — tanto nesta vida quanto nas eternidades. Nossadoutrina, conorme ensinada no Livrode Mórmon, declara enaticamente:“Deveis, pois, prosseguir com rmezaem Cristo, tendo um pereito esplen-dor de esperança e amor a Deus e atodos os homens. Portanto, se assimprosseguirdes, banqueteando-vos coma palavra de Cristo, e perseverardesaté o m, eis que assim diz o Pai:

 Tereis vida eterna” (2 Né 31:20).

Declaramos nossa crença em JesusCristo e O aceitamos como nossoSalvador. Ele vai abençoar-nos e guiar-nos em todos os nossos esorços. Emnosso labor aqui na mortalidade, Ele

 vai ortalecer-nos e dar-nos paz nosmomentos de provação. Os membrosde A Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias vivem pela é Nele,a Quem esta Igreja pertence.

Segundo, sejam um exemplo justopara as pessoas. Depois de declararnossas crenças, precisamos seguir o

conselho dado em I Timóteo 4:12:“Mas sê o exemplo dos éis, na pala-

 vra, no trato, no amor, no espírito, naé, na pureza”.

O Salvador ensinou a respeito daimportância de sermos um exemplode nossa é ao dizer: “Assim resplan-deça a vossa luz diante dos homens,para que vejam as vossas boas obrase gloriquem a vosso Pai, que está noscéus” (Mateus 5:16).

Nossa vida deve ser um exemplo

de bondade e virtude, ao procurarmosimitar Seu exemplo diante do mundo. As boas obras de cada um de nós dãocrédito tanto ao Salvador quanto a SuaIgreja. Ao empenhar-nos em azer obem, em ser homens e mulheres hon-rados e íntegros, a Luz de Cristose refetirá em nossa vida.

Em seguida, alem a respeito daIgreja. No curso de nossa vida coti-diana, somos abençoados com muitas

oportunidades de compartilhar nossascrenças com as pessoas. Quando nos-sos colegas e amigos azem perguntas

sobre nossas crenças religiosas, elesestão nos convidando a comparti-lhar quem somos e as coisas em queacreditamos. Eles podem ou nãoestar interessados na Igreja, mas estãointeressados em conhecer-nos maisproundamente.

Minha recomendação para vocêsé que aceitem seu convite. Seusconhecidos não os estão convidandoa ensinar, pregar, expor ou exortar.Dialoguem com eles — compartilhemalgo sobre suas crenças religiosas,

mas também perguntem a respeitodas crenças deles. Avaliem o nível deinteresse deles pelas perguntas queazem. Se zerem muitas perguntas,concentrem a conversa nas respostasàs dúvidas que eles tiverem. Lembremsempre, é melhor eles perguntarem doque vocês alarem.

 Alguns membros parecem que que-rem manter o ato de serem membrosda Igreja em segredo. Eles têm seusmotivos. Podem acreditar, por exem-

plo, que não lhes cabe compartilharsuas crenças. Talvez tenham medode cometer um erro ou ouvir umapergunta que não saibam responder.Se esse pensamento já lhes passoupela cabeça, tenho alguns conselhospara vocês. Simplesmente lembrem-sedas palavras de João: “No amor nãohá temor, antes o pereito amor lançaora o temor” (I João 4:18). Se simples-mente amarmos a Deus e a nossos

semelhantes, oi-nos prometido que venceremos nosso temor.

Se vocês visitaram recentemente

o site Mormon.org, que é o site daIgreja para pessoas interessadas emconhecer a Igreja, verão membrosque publicaram inormações sobreeles mesmos. Eles criam pers naInternet que explicam quem são epor que suas crenças religiosas sãoimportantes para eles. Falam a res-peito de sua é.

Devemos abordar essas conver-sas com um amor semelhante aode Cristo. Nosso tom, seja alandoou escrevendo, deve ser respeitoso

e educado, independentemente daresposta das pessoas. Devemos serhonestos e abertos e tentar ser clarosno que dizemos. Não queremos carna deensiva nem ter desentendimen-tos de qualquer orma.

O Apóstolo Pedro explicou: “Mas,como é santo aquele que vos chamousede vós também santos em toda a

 vossa maneira de viver” (I Pedro 1:15 A “maneira de conversar” de hoje

parece envolver cada vez mais a Inter

net. Incentivamos as pessoas, jovense idosos, a usar a Internet e a mídiasocial para estender a mão e compartlhar nossas crenças religiosas.

 Ao utilizarem a Internet vocêspodem deparar-se com trocas deideias a respeito da Igreja. Quandoorientados pelo Espírito, não hesitemem participar dessas conversas.

 A mensagem do evangelho de Jesus Cristo é dierente de qualquer

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S E S S ÃO DO S ACE RDÓ C IO | 1º de outubro de 2011

Élder Jerey R. HollandDo Quórum dos Doze Apóstolos

No espírito desse absoluta-mente vigoroso hino e coma eloquente oração do Élder

Richard G. Hinckley no coração,desejo alar com ranqueza hoje,irmãos, e incluo nessa intenção osrapazes do Sacerdócio Aarônico.

Quando alamos da grandiosidade

da Primeira Visão de Joseph Smith, às vezes omitimos o conronto ameaça-dor que ocorreu pouco antes dela,um conronto que pretendia destruiro menino, se possível, e bloquearde qualquer orma a revelação que

 viria. Falamos apenas o necessário arespeito do adversário, e não gosto dealar dele, mas o que aconteceu com o

 jovem Joseph nos az recordar o quetodo homem, inclusive os rapazes,desta congregação precisa lembrar.

Número um: Satanás, Lúcier ou opai das mentiras — chamem-no comoquiserem — é real. Ele é a própriapersonicação do mal. Sua motivaçãoé sempre maldosa, e ele entra em con-

 vulsão quando surge a luz redentora,só de pensarmos na verdade. Númerodois: ele se opõe eternamente aoamor de Deus, à Expiação de JesusCristo e à obra de paz e salvação. Ele

 vai lutar contra essas coisas sempre

que puder e onde puder. Ele sabe quserá derrotado e expulso no nal, maestá decidido a levar consigo tantosoutros quanto lhe or possível.

Portanto, quais são algumas dastáticas do diabo nessa disputa emque a vida eterna está em jogo?Novamente, é muito instrutivo o que

aconteceu no Bosque Sagrado. Joseprelatou que, procurando opor-se aoque viria, Lúcier exerceu uma infuência “tão assombrosa (…) que se [lhe]travou a língua, de modo que [ele] nãpodia alar”.1

Como o Presidente Boyd K. Packenos ensinou esta manhã, Satanásnão pode tirar uma vida diretamente.Essa é uma das muitas coisas que elenão pode azer. Mas, aparentementeseu empenho de impedir a obra será

considerado bem-sucedido, se elepuder travar a língua dos éis. Irmãosse esse or o caso, estou olhandohoje para homens e rapazes que seimportam o suciente com essa bata-lha entre o bem e o mal para dar umpasso à rente e abrir a boca. Estamosem guerra, e nos próximos minutos,quero ser um recrutador.

Será que preciso entoar algunstrechos do hino “Somos os Soldados”

Somos os Soldados De cada homem, jovem ou idoso, que possui o sacerdócio, peço uma voz mais orte e mais dedicada, uma voz (…)do bem, uma voz do evangelho, uma voz de Deus.

outra coisa que você vai compartilharcom as pessoas. Na era da inormação,é a mais valiosa de todas as inor-mações do mundo. Não há dúvidaquanto a seu valor. É uma pérola degrande valor (ver Mateus 13:46).

 Ao alar sobre a Igreja, não procura-mos azê-la parecer melhor do que elaé. Não precisamos azer propagandade nossa mensagem. Precisamos comu-nicar a mensagem de modo honesto edireto. Se abrirmos os canais de comu-

nicação, a mensagem do evangelhorestaurado de Jesus Cristo por si só vaiser uma prova para os que estiverempreparados para recebê-la.

 Às vezes há uma grande dierença— um vácuo de compreensão —entre o modo como vivenciamos aIgreja estando dentro dela e o modocomo as pessoas a veem estando oradela. Esse é o principal motivo peloqual realizamos uma visitação públicaantes que cada novo templo sejadedicado. Os membros voluntários

que trabalham na visitação públicasimplesmente procuram ajudar as pes-soas a ver a Igreja como eles a veem,estando dentro dela. Eles reconhecemque a Igreja é uma obra maravilhosa,e querem que as pessoas saibam dissotambém. Peço que cada um de vocêsaça o mesmo.

Prometo que se aceitarem o con- vite de compartilhar suas crenças eseus sentimentos sobre o evangelhorestaurado de Jesus Cristo, um espírito

de amor e coragem será seu compa-nheiro constante, porque “o pereitoamor lança ora o temor” (I João 4:18).

Esta é uma época de oportunidadescada vez maiores para compartilharo evangelho de Jesus Cristo com aspessoas. Que nos preparemos paraaproveitar as oportunidades que nossão dadas para compartilhar nossascrenças, é minha humilde oração, emnome de Jesus Cristo. Amém. ◼

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 Vocês conhecem o verso que diz:“Fazem alta mais soldados de alto valor”?2 Evidentemente, o bom dessaconvocação é que não estamoschamando soldados para dispararum rife ou jogar uma granada. Não.Queremos batalhões que terão comoarma “toda palavra que sai da bocade Deus”.3 Portanto, procuro hojemissionários que não vão deliberada-mente travar a língua, mas que, como Espírito do Senhor e o poder do

sacerdócio que possuem, vão abrir aboca e alar milagres. Essa ala, comoensinaram os primeiros irmãos daIgreja, será o meio pelo qual “as mais

 vigorosas obras de é oram e serãorealizadas”.4

Peço especialmente aos rapazesdo Sacerdócio Aarônico que se endi-reitem no banco e prestem atenção.Para vocês, arei uma analogia comos esportes. Esta é uma batalha de

 vida ou morte, rapazes; por isso, vou aproximar o meu nariz do seu e

dizer energicamente algumas coisas,da mesma orma que um técnico azquando o jogo está acabando e a

 vitória signica tudo. E com a bola emcampo, o que este treinador está-lhesdizendo é que, para jogar esta partida,alguns de vocês têm de ser maismoralmente limpos do que são hoje.Nesta batalha entre o bem e o mal,

 vocês não podem jogar para o adver-sário, sempre que a tentação surgire, depois, esperar vestir a camisa do

Salvador durante a missão ou den-tro do templo, como se nada tivesseacontecido. Isso, meus jovens amigos,

 vocês não podem azer. Deus não Sedeixa escarnecer.

Portanto esta noite, temos umdilema, vocês e eu. O dilema é que

 já existem milhares de rapazes daaixa etária do Sacerdócio Aarôniconos registros desta Igreja que cons-tituem nossa onte de candidatos

para um uturo serviço missionário.

Mas o desao é azer esses diáconos,mestres e sacerdotes se manteremativos e dignos o suciente para seremordenados élderes e para serviremcomo missionários. Portanto, é precisoque os rapazes que já estão no time permaneçam nele e parem de sairde campo justo quando precisamosdeles no jogo, dando tudo de si! Emquase toda competição esportiva queconheço, existem áreas demarcadaspor linhas, dentro das quais todoparticipante precisa car para com-

petir. Muito bem, o Senhor demarcoulinhas de dignidade para os que sãochamados para trabalhar com Elenesta obra. Nenhum missionário podecar sem se arrepender de transgres-sões sexuais, de linguagem proanaou de problemas com a pornograae, depois, esperar desaar outrosa se arrependerem dessas mesmascoisas! Vocês não podem azer isso.O Espírito não estará com vocês, e aspalavras vão entalar em sua garganta

quando tentarem dizê-las. Vocês nãopodem enveredar por caminhos a queLeí chamou de “proibidos”5 e acharque podem guiar outros pelo “cami-nho estreito e apertado”6. Não podem.

Mas há uma resposta a esse desaopara vocês, assim como para o pes-quisador a quem vocês vão ensinar.Sejam vocês quem orem e seja o queor que tiverem eito, vocês podemser perdoados. Todos vocês, rapazes,

podem deixar para trás qualquer

transgressão contra a qual estejamlutando. Esse é o milagre do perdão;é o milagre da Expiação do Senhor

 Jesus Cristo. Mas vocês não podemazer isso sem um comprometimentoativo com o evangelho, e não podemazer isso sem o arrependimento,quando ele or necessário. Estoupedindo a vocês, rapazes, que sejamativos e puros. Se necessário, estou-lhes pedindo: quem ativos etornem-se puros.

Irmãos, alamos ousadamente

com vocês, porque parece que nadaque seja mais sutil unciona. Falamosousadamente porque Satanás é umser real que está decidido a destruí-los, e vocês enrentam sua infuênciacada vez mais cedo na vida. Portantoagarramos vocês pelo colarinho eberramos com toda a orça:

Ouçam! A batalha se [trava] com grande clamor:

 Firmes marchai! Firmes marchai! 7

Meus jovens amigos, precisamos doutras dezenas de milhares de missionários nos meses e anos à rente. Elesprecisam vir de uma porcentagemmaior de jovens do Sacerdócio Aarô-nico que serão ordenados e estarãoativos, puros e dignos de servir.

Para vocês que serviram ou queestão servindo, somos gratos pelobem que zeram e pelas vidas que

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tocaram. Que o Senhor os abençoe! Também reconhecemos que há algunsque esperaram a vida inteira paraservir missão, mas que, por motivosde saúde ou por outros impedimen-tos que estão além de seu controle,não podem ir. Publicamente e comorgulho cumprimentamos vocês dessegrupo. Sabemos que têm o desejo eaplaudimos sua devoção. Vocês têmnosso amor e nossa admiração. Vocêsestão “no time” e sempre estarão,

mesmo que estejam honrosamenteisentos do serviço de tempo integral.Mas precisamos do restante de vocês!

Dirijo-me agora a vocês, irmãosdo Sacerdócio de Melquisedeque.Não sorriam e se acomodem conor-tavelmente no banco. Não terminei.Precisamos de outros milhares decasais que sirvam nas missões daIgreja. Todo presidente de missãoimplora por eles. Em todos os lugaresem que servem, nossos casais levamuma maturidade para o trabalho que

nenhum jovem de dezenove anos, pormelhor que seja, pode oerecer.

Para incentivar mais casais a servir,a Primeira Presidência e o Quórumdos Doze zeram um dos gestos maisousados e generosos já vistos notrabalho missionário nos últimos 50anos. Em maio deste ano, os líderesdo sacerdócio que estão no camporeceberam a notícia de que os custosde moradia para casais (e alamosapenas dos custos de moradia)

serão complementados pelos undosmissionários da Igreja, caso exce-dam um valor pré-determinado pormês. Que grande bênção! Esse é umauxílio enviado pelo céu para a maiordespesa que nossos casais enrentamem sua missão. As Autoridades Geraistambém determinaram que os casaismissionários podem servir por 6 ou12 meses, além dos 18 ou 23 tradicio-nais. Em outro gesto maravilhoso, oi

dada permissão para que os casaisretornem brevemente para casa, emocasiões amiliares críticas, pagandosuas próprias despesas. E parem dese preocupar se vão ter que bater emportas ou seguir a mesma programa-ção dos jovens de dezenove anos! Nãopedimos que açam isso, mas temosuma boa porção de outras coisasque vocês podem azer, com grandefexibilidade em relação ao modo deazê-lo.

Irmãos, por motivos de saúde,

amiliares e nanceiros, sabemos quealguns de vocês talvez não possam iragora, ou talvez nunca. Mas, com umpouco de planejamento, muitos de

 vocês podem azê-lo.Bispos e presidentes de estaca,

discutam essa necessidade em seusconselhos e em suas conerências.Sentem-se ao púlpito em suas reu-niões e olhem em espírito de oraçãopara a congregação, em busca de ins-piração para saber quem deve receber

um chamado. Depois conversem comeles e ajudem-nos a estabelecer umadata para o serviço. Irmãos, quandoisso acontecer, digam a sua esposaque, se vocês podem deixar a pol-trona e o controle remoto por algunsmeses, então ela pode deixar os netos.

 Aqueles queridos pequeninos vãocar bem, e prometo que vocês arãopor eles, no serviço ao Senhor, muitís-simo mais do que poderiam azer se

cassem em casa mimando-os. Quedádiva maior poderiam os avós darpara sua posteridade do que declararpor ações e palavras: “Nesta amília,servimos missão!”

O trabalho missionário não é aúnica coisa que precisamos azernesta grande e maravilhosa Igreja.Mas quase todas as outras coisas queprecisamos azer dependem, primei-ramente, de que as pessoas ouçam oevangelho de Jesus Cristo e se liemà Igreja. Sem dúvida, é por isso que

o último encargo dado por Jesus aos

Montreal, Quebec, Canadá

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Doze oi simplesmente esta exigênciabásica: “Portanto ide, azei discípulosde todas as nações, batizando-os emnome do Pai, e do Filho, e do EspíritoSanto”.8 Depois, e somente depoisdisso, é que o restante das bênçãosdo evangelho pode vir plenamente: asolidariedade amiliar, os programasde jovens, as promessas do sacerdócioe as ordenanças que fuem do templo.Mas, como Né testicou, nada dissopode vir até que “entrem pela porta

apertada”.

9

Com tudo o que há paraazer ao longo do caminho para a vida eterna, precisamos de muitosmais missionários abrindo essa portae ajudando outros a entrar.

De cada homem, jovem ou idoso,que possui o sacerdócio peço uma

 voz mais orte e mais dedicada, uma voz não só contra o mal e contraaquele que é a personicação dessemal, mas também uma voz do bem,uma voz do evangelho, uma voz deDeus. Irmãos de todas as idades: des-

travem a língua e vejam suas palavrasazerem maravilhas na vida daqueles“que só [estão aastados] da verdadepor não saber onde encontrá-la”.10

 Já na batalha vamos entrar  E a verdade lá conquistar. Nosso pendão bem alto plantar  E nosso lar celestial vamos preparar! 11

Em nome de Jesus Cristo, nossoMestre. Amém. ◼

NOTAS

1. Joseph Smith—História 1:15.2. “Somos os Soldados”, Hinos , nº 160.3. Doutrina e Convênios 84:44, ver também

Deuteronômio 8:3, Mateus 4:4.4. Lectures on Faith, 1985, p. 73.5. 1 Né 8:28.6. 2 Né 31:18.7. Hinos, nº 160.8. Mateus 28:19.9. 2 Né 33:9.

10. Doutrina e Convênios 123:12.11. Hinos, nº 160.

Bispo Keith B. McMullinSegundo Conselheiro no Bispado Presidente

Em recente sessão de treinamentopara as Autoridades Gerais, oPresidente Thomas S. Monson

enatizou novamente os deveres eas oportunidades dos portadores doSacerdócio Aarônico.1 É no espíritodessa instrução que me dirijo a vocês.

O dever, devidamente executado,determina o destino de povos enações. Tão undamental é o princí-pio do dever que os portadores dosacerdócio são admoestados: “Por-tanto agora todo homem aprenda seudever e a agir no oício para o qual ordesignado com toda diligência”.2

O Presidente Monson explica: “Ochamado ao dever pode vir serena-mente quando nós, que possuímoso sacerdócio, atendemos às designa-

ções que recebemos”.3

O PresidenteMonson citou George Albert Smith:“Seu primeiro dever é saber o que oSenhor deseja e, depois, pelo podere pela orça de Seu santo sacerdócio,magnicar seu chamado na presençade seus companheiros de tal ormaque as pessoas terão prazer emsegui-lo”.4

Falando de Seu dever, nossoSenhor disse: “Não busco a minha

 vontade, mas a vontade do Pai.5 Eudesci do céu, não para azer a minha

 vontade, mas a vontade daquele queme enviou”.6 Graças ao ato de JesusCristo ter realizado Seu dever, “todaa humanidade pode ser salva porobediência às leis e ordenanças do

Evangelho”.7 Irmãos, esse é o padrãoque devemos seguir.

Sei por experiência própria que vocês que servem como diáconos,mestres e sacerdotes são tão dispos-tos, conáveis e capazes de azerseu dever quanto nós esperamosque vocês sejam. Admiramos vocês.Sua vitalidade é contagiante, suacapacidade assombra, o convíviocom vocês é revigorante. Vocês e ooício do Sacerdócio Aarônico que

possuem são essenciais para a obrado Pai Celestial com Seus lhos epara a preparação desta Terra paraa Segunda Vinda. A visão que temosde vocês e de seus deveres vai alémda expectativa para a sua idade.Paulo alou de vocês, dizendo: “Nin-guém despreze a tua mocidade; massê o exemplo dos éis, na palavra,no trato, no amor, no espírito, na é,na pureza”.8

O Poder doSacerdócio AarônicoVocês e o oício do Sacerdócio Aarônico que possuem sãoessenciais para a obra do Pai Celestial com Seus flhos e paraa preparação desta Terra para a Segunda Vinda.

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 Aos homens do passado veio a tempoO sacerdócio que recebeu o nome 

de Aarão. Por meio dos levitas, sacerdotes e 

 proetas, Ele serviu para abençoar os lhos 

de Deus.

 Então, veio o Salvador do mundo E procurou por aquele chamado João, Para ser batizado pelo mesmo poder 

 Dando início à aurora da salvação.

 Em dias recentes, este mesmo poder  Foi novamente restaurado na Terra, Para que todas as verdades do

evangelho Pudessem despertar na alma das 

 pessoas.

Sacerdócio Aarônico, verdade sublime,Vem em preparação —  Para que, por meio do Filho Amado

de Deus  Possamos alcançar a redenção! 

 E aquele que ministra tais poderes —  Não pode ser chamado de rapaz.Com o manto do sacerdócio sobre os 

ombros, Dizemos dele: “Eis aqui o homem!” 9

“O poder e autoridade do menor,ou seja, do Sacerdócio Aarônico, é

possuir as chaves do ministério deanjos e administrar as ordenançasexteriores, a letra do evangelho, obatismo de arrependimento pararemissão de pecados, conorme osconvênios e mandamentos”.10 OPresidente Boyd K. observou: “Temoseito um bom trabalho na distribuiçãoda autoridade do sacerdócio. Temosa autoridade do sacerdócio plantadaem quase toda parte. Mas a distribui-

ção da autoridade do sacerdócio, emminha opinião, passou à rente da dis-tribuição do poder  do sacerdócio”.11 Para o bem-estar eterno dos lhos deDeus, isso precisa ser corrigido.

Nosso proeta nos disse como issopode ser eito. Citando George Q.Cannon, o Presidente Monson disse:“Quero ver o poder do sacerdócioortalecido. (…) Quero ver essa orçae poder espalhados entre todos osportadores do sacerdócio, desde o

líder mais alto até (…) o menor emais humilde diácono da Igreja. Todohomem deve buscar e desrutar asrevelações de Deus, a luz do céu quebrilha em sua alma e lhe dá conheci-mento a respeito de seus deveres, notocante à parte do trabalho que lhecabe em seu Sacerdócio”.12

O que um diácono, mestre ousacerdote az para receber o espí-rito de revelação e magnicar seu

chamado? Ele pode viver de modo adesrutar da puricação, da infuênciasanticadora e do poder iluminadordo Espírito Santo.

 A importância disso se encontranestas palavras de Alma: “E agora vosdigo que esta é a ordem segundo aqual eu ui chamado, (…) para prega(…) à nova geração; (…) para decla-rar-lhes que devem arrepender-se enascer de novo”.13 Quando alguémnasce de novo, seu coração muda. Ele

deixa de ter apetite por coisas malig-nas ou impuras. Sente um proundo eduradouro amor por Deus. Quer serbom, servir as pessoas e guardar osmandamentos.14

O Presidente Joseph F. Smith des-creveu o que vivenciou em relaçãoa essa poderosa mudança: “O senti-mento que me veio oi de pura paz,de amor e de luz. Senti em minhaalma que se tivesse pecado (…) euhavia sido perdoado; que eu estavarealmente limpo dos pecados; meu

coração oi tocado, e senti que nãoseria capaz de erir o menor insetosob os pés. Senti-me desejando azer bem em toda parte a todas as pessoae a todas as coisas. Senti uma novi-dade de vida, um renovado desejo deazer o certo. Não restava em minhaalma nem uma única partícula dodesejo de cometer o mal. É verdadeque eu era apenas um menino (…)mas sua infuência desceu sobre mime sei que era de Deus, e isso oi e

sempre será um vivo testemunho parmim de que ui aceito pelo Senhor”.15

Portanto, apelamos a vocês,maravilhosos jovens irmãos, que seesorcem diligentemente para “nascerde novo”.16 Orem por essa poderosamudança em sua vida. Estudem asescrituras. Desejem acima de tudoconhecer Deus e tornar-se semelhan-tes a Seu Santo Filho. Desrutem sua

 juventude, mas “[acabem] com as

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coisas de menino”:17

Evitem conversas proanas e tolas.Fujam de todo mal.Evitem contendas.

 Arrependam-se, caso sejanecessário.18

Isso vai elevá-los à nobre estaturade sua condição de homens. Assimterão coragem, serão dignos deconança e humildes, cheios de é ebondade. Os amigos vão admirá-los,seus pais vão elogiá-los, seus irmãos

do sacerdócio vão conar em vocêse as moças vão adorá-los e até setornar melhores por sua causa. Deus

 vai honrá-los e investir seu serviço nosacerdócio com poder do alto.

Nós, os demais, aremos nossaparte. Como pais e avós, vamosprepará-los para um serviço mais

 valoroso no reino de Deus. Comoseus irmãos, seremos exemplos para

 vocês imitarem. Aumentaremos a orçade seus quóruns. Apoiaremos suaspresidências de quórum ao exercerem

suas chaves de presidência. Vamosdar-lhes a oportunidade de assumirplenamente os deveres do Sacerdócio

 Aarônico e de magnicar seu cha-mado nele.

Por meio de seu ministério, gran-des bênçãos advirão à Igreja. “Osanjos alam pelo poder do Espí-rito Santo.”19 Vocês poderão azero mesmo. Ao alarem pelo poderdo Espírito Santo e ministrarem osemblemas do sacramento, homens e

mulheres, meninos e meninas vão-seesorçar para se arrepender, paraaumentar sua é em Cristo e para tero Santo Espírito sempre consigo.

 Ao jejuarem e coletarem as oertasde jejum, os membros serão motiva-dos a moldar suas ações segundo oexemplo do Salvador. O Senhor cui-dou dos pobres e afitos, e Ele convi-dou: “Vem, e segue-me”.20 Seu serviçono auxílio aos menos aortunados

envolve-nos em Seu santo trabalho eajuda-nos a manter o perdão de nos-sos pecados passados.21

 Ao “visitar a casa de todos osmembros”,22 não sejam envergonha-dos nem tímidos. O Espírito Santo vaisuprir-lhes no momento exato as pala-

 vras a dizer, o testemunho a deixar, oserviço a prestar.

Seu empenho diligente em “zelarsempre pela igreja”23 terá bons rutos.

Sua atitude humilde vai desarmar ocoração mais descrente e arouxar o

 jugo do adversário. Seu convite para aspessoas irem à Igreja com vocês, parti-lharem o sacramento com vocês e ser-

 virem com vocês será um bálsamo deboas-vindas para os que estão perdidosnas sombras, onde a luz do evangelhoé raca ou nem chega a brilhar.

Oh, meus amados jovens irmãos,“não [desprezem] o dom que há em[vocês]”,24 que receberam quando o

Sacerdócio Aarônico lhes oi coneridoe vocês oram ordenados.“Porque Deus não nos deu o espí-

rito de temor, mas de ortaleza, e deamor, e de moderação.

Portanto, não te envergonhes dotestemunho de nosso Senhor, (…)antes participa das afições do evange-lho segundo o poder de Deus,

Que nos (…) chamou com umasanta vocação; (…) que nos oi dada

em Cristo Jesus antes dos tempos dosséculos.”25

Nosso amado proeta “os convo-cou ao serviço”.26 Cumprimentamos

 vocês, oramos por vocês, regozija-mo-nos com vocês e agradecemos aDeus pelo poder de seu ministério desalvação.

Presto testemunho de que Deusé nosso Pai Eterno e vive nos céus.

 Jesus, o Cristo, é o Filho Unigênito deDeus, o Redentor do mundo e vocês,

portadores éis do Sacerdócio Aarô-nico, são seus emissários na Terra. Emnome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Thomas S. Monson, reunião de treinamende Autoridades Gerais, abril de 2010.

2. Doutrina e Convênios 107:99.3. Thomas S. Monson, “O Sagrado Chamado

ao Serviço”, A Liahona, maio de 2005,p. 54.

4. George Albert Smith, Conference Report ,abril de 1942, p. 14; ver também Thomas SMonson, A Liahona, maio de 2005, p. 54.

5. João 5:30.6. João 6:38.

7. Regras de Fé 1:3.8. I Timóteo 4:12.9. Poema de autoria de Keith B. McMullin;

 ver Keith B. McMullin, “Eis Aqui o Homem A Liahona, janeiro de 1998, p. 48.

10. Doutrina e Convênios 107:20.11. Boyd K. Packer, “O Poder do Sacerdócio”,

 A Liahona, maio de 2010, p. 7.12. George Q. Cannon, Deseret Weekly, 2 de

novembro de 1889, p. 593; citado por  Thomas S. Monson, reunião de treinamentde Autoridades Gerais, abril de 2010.

13. Alma 5:49; grio do autor.14. Ver Marion G. Romney, “According to the

Covenants”, [De Acordo com os Convênios Ensign, novembro de 1975, pp. 71–73.

15. Joseph F. Smith, Conference Report , abril

de 1898, p. 66.16. Ver João 3:3–7; Alma 5:14–21, 49.17. I Coríntios 13:11.18. Ver II Timóteo 2:16, 22–26.19. 2 Né 32:3.20. Lucas 18:22; ver também João 14:12–14.21. Ver Mosias 4:26.22. Doutrina e Convênios 20:47.23. Doutrina e Convênios 20:53.24. I Timóteo 4:14.25. II Timóteo 1:7–9.26. Thomas S. Monson, reunião de

treinamento de Autoridades Gerais,abril de 2010.

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50 A L i a h o n a

Um marco na vida de um mis-sionário é sua entrevista nalcom o presidente da missão. O

momento decisivo da entrevista seráa conversa sobre o que parecerá tersido uma vida inteira de experiênciasinesquecíveis e lições importantes queoram obtidas em apenas 18 ou 24

meses.Embora muitas dessas experiên-

cias e lições sejam comuns ao serviçomissionário, cada missão é única, comdesaos e oportunidades que nos tes-tam até o limite de nossa capacidade,de acordo com nossas necessidades epersonalidade.

Muito antes de deixar nosso larpara servir uma missão de tempointegral, deixamos pais celestiais paracumprir nossa missão mortal. Temos

um Pai Celestial, que nos conhece— nossos pontos ortes e os pontosracos, as habilidades e o potencial.Ele sabe qual presidente de missãoe quais companheiros, membros epesquisadores precisamos para tornar-nos o missionário, o marido, o pai e oportador do sacerdócio que podemos

 vir a ser.Proetas, videntes e reveladores

designam missionários sob a direção

concluíram que estavam alando domesmo homem, aquele membromenos ativo começou a chorar. “Seupai oi a única pessoa que batizeidurante toda a minha missão”, expli-cou ele, e descreveu como a missãodele tinha sido, em sua concepção,um grande racasso. Ele atribuiu seusanos de inatividade a sentimentos deinadequação e depressão, acreditandque tinha, de alguma orma, decepcionado o Senhor.

O Élder Misiego então descreveuo que aquele suposto racasso deum missionário signicou para suaamília. Disse que seu pai, batizadoquando era um jovem adulto solteirotinha-se casado no templo e que oÉlder Misiego era o quarto lho — deseis lhos —, e que ele, dois irmãose uma irmã tinham servido missão detempo integral, e que todos estavamativos na Igreja, e que todos os queeram casados haviam sido selados notemplo.

O ex-missionário menos ativocomeçou a soluçar. Por meio de seutrabalho, ele tinha descoberto agoraque dezenas de vidas oram abençoa-das, e o Senhor enviara um élder láde Madri, Espanha, até um serão no

 Arizona para que ele soubesse quenão tinha sido um racasso. O Senhorsabe onde Ele quer que cada missio-nário sirva.

Não importa a maneira como oSenhor decida nos abençoar durante

transcorrer de uma missão, as bênçãodo serviço missionário não são pro- jetadas para terminar quando somosdesobrigados por nosso presidentede estaca. Sua missão é um campo detreinamento para a vida. As experiên-cias, as lições e o testemunho obtidospor meio de um serviço el devemestabelecer um alicerce centralizadono evangelho, que vai durar por todaa mortalidade e para a eternidade. No

e a infuência do Espírito Santo.Presidentes de missão inspiradoscoordenam transerências a cada seissemanas e rapidamente aprendemque o Senhor sabe exatamente ondeEle quer que cada missionário sirva.

Há alguns anos, o Élder JavierMisiego, de Madri, Espanha, estava

cumprindo uma missão de tempointegral no Arizona. Naquela época,seu chamado missionário para osEstados Unidos pareceu um poucoincomum, já que a maioria dos jovensda Espanha estavam sendo chamadospara servir em seu próprio país.

 Ao término de um serão da estaca,do qual ele e seu companheirohaviam sido convidados a participar,o Élder Misiego oi abordado porum membro menos ativo da Igreja,

que tinha sido levado por um amigo,era a primeira vez, em muitos anos,que aquele homem entrava emuma capela. Ele perguntou ao ÉlderMisiego se ele conhecia certo JoséMisiego, de Madri. Quando o ÉlderMisiego respondeu que o nome deseu pai era José Misiego, o homemcou entusiasmado e ez mais algumasperguntas para conrmar se aqueleera o mesmo José Misiego. Quando

Élder W. Christopher WaddellDos Setenta

A Maior Oportunidadeda Vida Por meio de seu serviço dedicado e sacriício voluntário, sua missão se tornará uma terra santa para você.

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entanto, para as bênçãos continuaremdepois da missão, há condições queprecisam ser cumpridas. Em Doutrinae Convênios lemos: “Pois todos os quereceberem uma bênção de minhasmãos obedecerão à lei que oi desig-nada para essa bênção e suas condi-ções” (D&C 132:5). Esse princípio éensinado na história do Êxodo.

Depois de receber seu encargo doSenhor, Moisés voltou ao Egito para

tirar os lhos de Israel do cativeiro.Uma sucessão de pragas não conse-guiu garantir a liberdade deles, atéchegar a décima e última praga: “E eupassarei pela terra do Egito esta noite,e erirei todo o primogênito na terrado Egito” (Êxodo 12:12).

Para serem protegidos contra o“destruidor” (versículo 23), o Senhorinstruiu seu povo a oerecer um sacri-ício, um cordeiro “sem deeito” (ver

 versículo 5), e a coletar o sangue do

sacriício. Eles deviam, então, “tomardo sangue” e passá-lo na entrada decada casa — “em ambas as ombrei-ras, e na verga da porta” (versículo7) — com esta promessa: “Vendo eusangue, passarei por cima de vós, enão haverá entre vós praga de mortan-dade” (versículo 13).

“E oram os lhos de Israel, ezeram isso como o Senhor ordenara”(versículo 28). Eles oereceram o

sacriício, coletaram o sangue e passa-ram-no em suas casas. “E aconteceu, àmeia-noite, que o Senhor eriu a todosos primogênitos na terra do Egito”(versículo 29). Moisés e seu povo, deacordo com a promessa do Senhor,oram protegidos.

O sangue utilizado pelos israelitas,simbolizando a utura Expiação doSalvador, oi o resultado do sacrií-cio que eles haviam oerecido. No

entanto, o sacriício e o sangue, por sisós, não teriam sido sucientes parao recebimento da bênção prometida.Se eles não tivessem passado o sangue no batente das portas, o sacriício teria sido em vão.

O Presidente Thomas S. Monsonensinou: “O trabalho missionárioé árduo. Sobrecarrega as energiasdo indivíduo, requer seus maioresesorços. (…) Nenhum outro traba-lho exige mais horas, maior devoção,

tanto sacriício e orações ervorosas”(“Para Que Todos Ouçam”, A Liahona,  julho de 1995, p. 51).

Como resultado desse sacriício, voltamos de nossa missão com nossospróprios dons. O dom da é. O domdo testemunho. O dom de compreen-der o papel do Espírito. O dom deestudo diário do evangelho. O dom deter servido nosso Salvador. São dádi-

 vas cuidadosamente embaladas em

escrituras gastas, exemplares esarra-pados de Pregar Meu Evangelho, diá-rios missionários e um coração grato.No entanto, tal como no caso doslhos de Israel, as bênçãos contínuasassociadas ao serviço missionário exigem que essas coisas sejam aplicadasapós o sacriício.

Há alguns anos, quando minhamulher e eu presidíamos a MissãoEspanha Barcelona, eu dava umaúltima designação a cada missionário

na entrevista nal. Ao voltarem paracasa, pedi-lhes que reservassem umtempo para ponderar as lições e dádi

 vas que haviam recebido do generosoPai Celestial. Pedi-lhes que ervorosa-mente zessem uma lista e ponderas-sem a melhor orma de aplicar aquelalições em sua vida depois da missão:lições que infuenciariam cada acetade sua vida — estudos e escolha decarreira, casamento e lhos, serviçouturo na Igreja — e, mais importantea pessoa em quem eles se tornariam e

seu desenvolvimento contínuo comodiscípulos de Jesus Cristo.

Nunca é tarde demais para qual-quer ex-missionário ponderar as liçõeaprendidas por meio do serviço el epara aplicá-las com mais diligência. Aazermos isso, vamos sentir a infuên-cia do Espírito mais plenamente emnossa vida, nossa amília será orta-lecida e vamos aproximar-nos maisde nosso Salvador e do Pai Celestial.Em uma conerência geral anterior, o

Élder L. Tom Perry ez este convite:“Peço aos ex-missionários que sedediquem novamente, que cultivemoutra vez o espírito da obra missio-nária e o desejo de servir. Peço-lhesque se pareçam com missionários doPai Celestial, que sirvam e ajam comoeles. (…) Quero prometer-lhes que hgrandes bênçãos reservadas a vocês scontinuarem com o zelo que pos-suíam como missionários de tempo

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52 A L i a h o n a

integral” (“O Ex-Missionário”, A Liahona, janeiro de 2002, p. 87).

 Agora, para os jovens que aindatêm de servir missão de tempo integral,compartilho o conselho do PresidenteMonson, dado em outubro do anopassado: “Repito o que os proetas hámuito têm ensinado: todo rapaz dignoe capaz deve preparar-se para servirem uma missão. O serviço missionárioé um dever do sacerdócio — uma obri-gação que o Senhor espera de nós, que

tanto recebemos Dele” (“Ao Voltarmosa Nos Encontrar”, A Liahona, novem-bro de 2010, p. 4).

 Assim como aconteceu com osmissionários do passado e do pre-sente, o Senhor conhece você e temuma experiência de missão preparadapara você. Ele conhece seu presidentede missão e sua maravilhosa esposa,que vão amar você como amam seuspróprios lhos e que vão buscar ins-piração e orientação em seu avor. Eleconhece cada um de seus companhei-

ros e o que você vai aprender comeles. Ele conhece cada área em que

 você vai trabalhar, os membros que você vai encontrar, as pessoas que você vai ensinar e as vidas que você vai infuenciar por toda a eternidade.

Por meio de seu serviço dedicado esacriício voluntário, sua missão se tor-nará uma terra santa para você. Você

 vai testemunhar o milagre da conver-são à medida que o Espírito operarpor seu intermédio para tocar o cora-

ção das pessoas que você ensinar. Ao se preparar para servir, hámuito a azer. Para tornar-se umservo ecaz do Senhor será precisomais do que ser designado, colocaruma plaqueta com seu nome ouentrar no centro de treinamento mis-sionário. É um processo que começabem antes de cada um de vocêspassar a ser chamado de “Élder”.

Ir para a missão com seu próprio

testemunho do Livro de Mórmon,obtido por meio do estudo e da ora-ção. “O Livro de Mórmon é uma vigo-rosa evidência da divindade de Cristo.

 Também é uma prova da Restauraçãorealizada por intermédio do Proeta

 Joseph Smith. (…) Como missionário, você precisa primeiro ter um testemu-nho pessoal de que o Livro de Mórmoné verdadeiro. (…) Esse testemunho doEspírito Santo [vai tornar-se] o enoquecentral de seu ensino” ( Pregar Meu

 Evangelho: Um Guia para o Serviço Missionário, 2004, p. 107).Ir para a missão digno da compa-

nhia do Espírito Santo. Nas palavrasdo Presidente Ezra Tat Benson: “OEspírito é o elemento mais impor-tante deste trabalho. Se o Espíritomagnicar seu chamado, vocês pode-rão azer milagres para o Senhor nocampo missionário. Sem o Espírito,

 vocês nunca terão sucesso apesar  de todo o seu talento e capacidade”( Pregar Meu Evangelho, p. 190).

Ir para sua missão pronto para tra-balhar. “Seu sucesso como missionário[será] medido principalmente porsua dedicação em encontrar, ensinar,batizar e conrmar.” Espera-se que

 você trabalhe “ecazmente todos osdias, [azendo] o melhor possível paratrazer almas a Cristo” ( Pregar Meu Evangelho pp. 10–11).

Repito o convite do Élder M. Rus-sell Ballard, eito a um grupo anteriorde jovens que se preparavam para

servir: “Nós nos voltamos para vocês,meus jovens do Sacerdócio Aarônico.Precisamos de vocês. Como os 2.000

 jovens guerreiros de Helamã, vocêstambém são lhos espirituais de Deuse podem também ser investidos depoder para edicar e deender Seureino. Precisamos que açam con-

 vênios sagrados, assim como eleszeram. Precisamos que sejam meti-culosamente obedientes e éis, assim

como eles oram” (“A Melhor de Todas as Gerações de Missionários”, A Liahona, novembro de 2002, p. 46)

 Ao aceitarem esse convite, vocês vão aprender uma grande lição, comoo Élder Misiego e todos os que servi-ram elmente, voltaram e aplicaramo que aprenderam. Vão descobrirque as palavras de nosso proeta, oPresidente Thomas S. Monson, são

 verdadeiras: “Vocês têm no serviçomissionário a maior oportunidade da

sua vida. As bênçãos da eternidade oaguardam. Vocês têm o privilégio deserem não apenas espectadores, masparticipantes no palco do serviço dosacerdócio” ( Ensign, maio de 1995,p. 49). Testico que isso é verdade.Em nome de Jesus Cristo. Amém. ◼

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Há sessenta e cinco anos, logoapós a Segunda Guerra Mundial,testemunhei em primeira mão

as bênçãos do Programa de Bem-Estarda Igreja. Embora osse criança, aindame lembro do doce sabor do pêssegoem calda com trigo cozido e do cheiro

especial das roupas enviadas no pós-guerra para os santos alemães, doadaspor prestativos membros da Igreja dosEstados Unidos. Sempre terei muitocarinho por aqueles que nos demons-traram atos de amor e bondade, enunca me esquecerei dos que nosajudaram quando passávamos grandenecessidade.

Essa experiência pessoal e oaniversário de 75 anos do inspiradoplano de bem-estar me zeram refetir

novamente sobre os princípios básicosde como cuidar dos pobres e neces-sitados, torná-los autossucientes eservir ao próximo.

Na Raiz da Nossa Fé Às vezes, consideramos o bem-

estar simplesmente outro tópico doevangelho — um dos muitos ramosda árvore do evangelho. Mas creioque, no plano do Senhor, nosso

compromisso com os princípios dobem-estar deve permanecer na pró-pria raiz de nossa é e devoção a Ele.

Desde o princípio dos tempos,nosso Pai Celestial expressou-Se comgrande clareza sobre esse assunto.Em súplicas gentis, tais como: “Se me

amares, (…) te lembrarás dos pobrese consagrarás de tuas propriedades,para sustento deles”1 Em manda-mentos diretos: “E em todas as coisaslembrai-vos dos pobres e necessita-dos, dos doentes e dos afitos, porqueaquele que não az estas coisas não émeu discípulo”2. E em alertas enáti-cos: “Portanto, se algum homem tomarda abundância que z e não repar-tir sua porção com os pobres e osnecessitados, de acordo com a lei de

meu evangelho, ele, com os iníquos,erguerá seus olhos no inerno, estandoem tormento”.3

 As Coisas Temporais e as EspirituaisEstão Inter-Relacionadas.

Os dois grandes mandamentos —amar a Deus e a nosso próximo — sãouma mescla do temporal com o espi-ritual. É importante notar que essesdois mandamentos são chamados

de “grandes” porque todos os outrosmandamentos dependem deles.4 Emoutras palavras, nossas prioridadespessoais, amiliares e da Igreja devemcomeçar com isso. Todas as outrasmetas e ações devem emanar dessesdois grandes mandamentos: de nossoamor a Deus e a nosso próximo.

Como as duas aces de umamoeda, o temporal e o espiritual sãoinseparáveis.

O Doador de toda vida proclamou

“Todas as coisas são espirituais paramim e em tempo algum vos dei umalei que osse terrena”.5 Para mim, issosignica que “a vida espiritual é acimde tudo, uma vida. Não é simples-mente algo a ser conhecido e estu-dado, é para ser vivido”.6

Inelizmente, há quem desconsi-dere o temporal por achar que isso émenos importante. Eles valorizam oespiritual e menosprezam o temporalEmbora seja importante ter nossospensamentos voltados para o céu, pe

deremos a essência da nossa religiãose nossas mãos também não estiverem

 voltadas para o nosso próximo.Enoque, por exemplo, desenvolve

uma sociedade de Sião por meio doprocesso espiritual de criação de umpovo uno de coração e de mente, e dtrabalho temporal de garantir que nãohouvesse “pobres entre eles”.7

Como sempre, podemos tomarnosso exemplo pereito, Jesus Cristo,como modelo. O Presidente J. Reuben

Clark Jr. ensinou: “Quando o Salvador veio à Terra, tinha duas grandes mis-sões; uma era a de cumprir Seu papelde Messias, a Expiação da Queda eo cumprimento da lei; a outra era otrabalho que ez entre seus irmãose irmãs na carne, aliviando-lhes ossorimentos”.8

De modo semelhante, nossoprogresso espiritual está inseparavel-mente vinculado ao serviço tempora

Presidente Dieter F. UchtdorSegundo Conselheiro na Primeira Presidência

Prover à Maneirado SenhorOs princípios de bem-estar da Igreja não são simplesmente boas ideias: são verdades reveladas por Deus — são a Suamaneira de ajudar os necessitados.

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54 A L i a h o n a

que prestamos aos outros.Um complementa o outro. Um semo outro é uma imitação do plano deelicidade estabelecido por Deus.

 A Maneira do SenhorHá muitas boas pessoas e orga-

nizações no mundo que procuramatender às prementes necessidadesdos pobres e necessitados de todaparte. Somos gratos por isso, masa maneira do Senhor de cuidar dos

necessitados diere da maneira domundo. O Senhor disse: “É necessárioque seja eito a meu modo”.9 Ele nãoestá interessado apenas em nossasnecessidades imediatas. Ele tambémSe preocupa com nosso progressoeterno. Por esse motivo, a maneira doSenhor sempre incluiu a autossuciên-cia e o serviço ao próximo, além daatenção dada aos pobres.

Em 1941, o Rio Gila transbordou einundou o Vale Duncan, no Arizona.Um jovem presidente de estaca cha-

mado Spencer W. Kimball reuniu-secom seus conselheiros, avaliou osdanos e enviou um telegrama paraSalt Lake City pedindo uma grandesoma em dinheiro.

Em vez de enviar o dinheiro, oPresidente Heber J. Grant enviou trêshomens: Henry D. Moyle, Marion G.Romney e Harold B. Lee. Eles con-

 versaram com o Presidente Kimball eensinaram-lhe uma importante lição:“Este não é um programa do tipo ‘me

dá’”, disseram eles. “É um programade ‘autoajuda.’”Muitos anos depois, o Presidente

Kimball disse: “Creio que teria sidomuito ácil para as AutoridadesGerais enviar-nos [o dinheiro], e nãoteria sido muito diícil sentar-me emminha sala e distribuí-lo; mas quantascoisas boas nos aconteceram quandocentenas de nossos [próprios mem-bros] oram a Duncan e edicaram

cercas e empilharam eno e zeramtodas as coisas que precisavam sereitas. Isso é autoajuda”.10

Seguindo a maneira do Senhor,os membros da estaca do PresidenteKimball não apenas viram suas neces-sidades imediatas serem satiseitas,mas também desenvolveram autossu-ciência, aliviaram o sorimento e cres-

ceram em amor e união ao serviremuns aos outros.

Estamos Todos ConvocadosNeste exato momento, há muitos

membros da Igreja que sorem. Estãoamintos, nanceiramente apertadose se debatendo com todo tipo deafição ísica, emocional e espiritual.Oram com toda a energia de sua almapedindo alívio e socorro.

Irmãos, não pensem que isso é res-

ponsabilidade de outra pessoa. É res-ponsabilidade minha e sua. Estamostodos convocados. “Todos” signicatodos — todo portador do Sacerdócio

 Aarônico e de Melquisedeque, ricos epobres, de todos os países. No planodo Senhor, todos podem contribuircom alguma coisa.11

 A lição que aprendemos, gera-ção após geração, é que, tanto ricosquanto pobres, todos têm a mesma

sagrada obrigação de ajudar o pró- ximo. É preciso que todos trabalhe-mos juntos para aplicar com sucessoos princípios do bem-estar e daautossuciência.

Muito requentemente notamos asnecessidades ao nosso redor, espe-rando que alguém vindo de longeapareça, por mágica, para atender aessas necessidades. Talvez espere-mos a chegada de especialistas como conhecimento exato para resolver

problemas especícos. Quando aze-mos isso, privamos nosso próximodo serviço que poderíamos prestar,e privamo-nos da oportunidade deservir. Embora nada haja de erradoem relação aos especialistas, encare-mos o ato: nunca haverá um númerosuciente deles para resolver todosos problemas. Em vez disso, o Senhocolocou Seu sacerdócio e sua organi-zação à porta de nossa casa, em cadanação em que a Igreja já se encontra.E bem a seu lado, Ele colocou a Socie

dade de Socorro. Como nós, portado-res do sacerdócio, sabemos, nenhumprojeto de bem-estar terá sucesso sedeixar de usar os extraordinários done talentos de nossas irmãs.

 A maneira do Senhor não é sentar-nos ao lado da correnteza e esperar aágua baixar para cruzar o rio. É unir-nos, arregaçar as mangas, trabalhar econstruir uma ponte ou um barco paraatravessar as águas de nossos desaos

 Vocês, homens de Sião, vocês, porta-

dores do sacerdócio, são os únicos qupodem liderar e levar alívio aos santosaplicando os princípios inspirados doPrograma de Bem-Estar! É sua missãoabrir os olhos, usar seu sacerdócio etrabalhar à maneira do Senhor.

 A Maior Organização da TerraDurante a Grande Depressão, os

líderes da Igreja pediram a Harold B.Lee, que servia como presidente de

San Salvador, El Salvador 

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estaca, que encontrasse uma respostapara a pobreza, afição e ome opres-sivas que aetavam tantas pessoasnaquela época em todo o mundo.Lutando para encontrar uma solu-ção, ele levou o assunto ao Senhor eperguntou: “Que tipo de organizaçãoprecisamos para azer isso?”

E “oi como se o Senhor [lhe]dissesse: ‘Olha, meu lho. Você nãoprecisa de nenhuma outra organiza-ção. Eu lhe dei a maior organização

que existe na ace da Terra. Nada émaior do que a organização do sacer-dócio. Tudo que você precisa azer écolocar o sacerdócio para trabalhar.É só isso’”.12

Esse é o ponto inicial de nossaépoca também. Já temos a organiza-ção do Senhor estabelecida. Nossodesao é determinar como usá-la.

O ponto de partida é amiliarizar-nos com o que o Senhor já revelou.Não devemos presumir que saibamos.Precisamos abordar o assunto com

a humildade de uma criança. Cadageração precisa aprender de novo asdoutrinas que alicerçam a maneira doSenhor de cuidar dos necessitados.Como muitos proetas nos instruíramao longo dos anos, os princípios debem-estar da Igreja não são simples-mente boas ideias: são verdades reve-ladas por Deus — são a Sua maneirade ajudar os necessitados.

Irmãos, estudem primeiro asdoutrinas e os princípios revelados.

Leiam os manuais reerentes aoBem-Estar na Igreja13; tirem proveitodo site da Internet providentliving.org; releiam o artigo de A Liahona de junho de 2011 sobre o plano debem-estar da Igreja. Inormem-sesobre a maneira do Senhor de provero sustento de Seus santos. Aprendamcomo os princípios do auxílio aosnecessitados, serviço ao próximo eautossuciência se complementam.

 A autossuciência segundo a maneirado Senhor envolve de orma equi-librada muitas acetas da vida,incluindo educação, saúde, emprego,nanças da amília e orça espiritual.Familiarizem-se com o moderno Pro-grama de Bem-Estar da Igreja.14

Depois de terem estudado as

doutrinas e os princípios do plano debem-estar da Igreja, procurem aplicaro que aprenderam às necessidadesdas pessoas que estão sob sua mor-domia. Isso signica que, em grandeparte, vocês vão ter que descobrir porsi mesmos. Cada amília, cada congre-gação, cada área do mundo é die-rente. Não há uma resposta padrãoque resolva tudo no bem-estar daIgreja. Ele é um programa de autoa-

 juda no qual cada pessoa é responsá-

 vel pela sua autossuciência. Entre osnossos recursos incluem-se a oraçãopessoal, os talentos e as habilidadesque Deus nos deu, os bens dispo-nibilizados a nós por nossa própriaamília, vários recursos da comuni-dade e, é claro, o carinhoso apoio dosquóruns do sacerdócio e da Sociedadede Socorro. Tudo isso nos guiará deacordo com o inspirado padrão daautossuciência.

 Vocês vão ter que traçar um cursocondizente com a doutrina do Senhorque corresponda às circunstâncias desua área geográca. Para implementaos princípios divinos do bem-estar,

 vocês não precisam olhar sempre parSalt Lake City. Em vez disso, vocêsprecisam examinar os manuais, olharpara seu coração e para o céu. Con-em na inspiração do Senhor e sigama maneira Dele.

No nal, vocês precisarão azer em

sua área o que os discípulos de Cristzeram em todas as dispensações:aconselhar-se uns com os outros,usar todos os recursos disponíveis,buscar a inspiração do Espírito Santopedir ao Senhor Sua conrmação e,depois, arregaçar as mangas e pôrmãos à obra.

Faço-lhes uma promessa: se vocêsseguirem esse padrão, receberãoorientação especíca quanto a quem,o quê, quando e onde prover àmaneira do Senhor.

 As Bênçãos de Prover à Maneirado Senhor

 As bênçãos e promessas proéti-cas do bem-estar da Igreja, de proverà maneira do Senhor, estão entreas mais magnícas e sublimes queo Senhor já pronunciou sobre Seuslhos. Ele disse: “Se abrires a tua almaao aminto, e artares a alma afita;então a tua luz nascerá nas trevas, e atua escuridão será como o meio-dia.

E o Senhor te guiará continuamente”.Quer sejamos ricos ou pobres,independentemente de onde mora-mos, todos precisamos uns dos outropois é ao sacricar nosso tempo,talentos e recursos que nosso espíritoamadurece e se torna renado.

Esse trabalho de prover à maneirado Senhor não é apenas mais umitem da lista de programas da Igreja.Ele não pode ser negligenciado nem

Leicester, Inglaterra

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56 A L i a h o n a

Presidente Henry B. EyringPrimeiro Conselheiro na Primeira Presidência

M

eus queridos irmãos, é umaalegria estar com vocês, nestareunião mundial do sacerdó-

cio de Deus. Falarei hoje sobre a pre-paração no sacerdócio, tanto a nossaprópria quanto aquela que ajudamos aprover a outros.

 A maioria de nós já deve ter ques-tionado algumas vezes: “Será que estoupreparado para esta designação dosacerdócio?” Minha resposta é: “Sim,

 você oi preparado”. Meu objetivo hojeé ajudá-los a reconhecer essa prepara-ção e adquirir coragem por meio dela.

Como sabem, o Sacerdócio Aarô-

nico é designado um sacerdóciopreparatório. A grande maioria dosportadores do Sacerdócio Aarônico éde jovens diáconos, mestres e sacer-dotes, entre doze e dezenove anosde idade.

Podemos pensar que a preparaçãono sacerdócio ocorre nos anos doSacerdócio Aarônico. Mas nosso PaiCelestial vem nos preparando desdeque omos ensinados a Seus pés, em

Seu reino, antes de nascermos. Eleestá nos preparando hoje à noite. Econtinuará a preparar-nos, enquanto

permitirmos que Ele o aça.O propósito de toda preparação n

sacerdócio, tanto na existência pré-mortal quanto nesta vida, é o de azecom que nós e as pessoas a quemservimos em nome Dele tornemo-nosaptos para a vida eterna. Algumas dasprimeiras lições aprendidas na existência pré-mortal sem dúvida incluíramo plano de salvação, com Jesus Cristoe Sua Expiação como pontos centraisNão apenas aprendemos o plano, ma

também estivemos em conselhos nosquais o escolhemos.Devido ao véu de esquecimento

colocado sobre nossa mente aonascermos, temos de encontrar ummeio de reaprender nesta vida o que

 já sabíamos e deendíamos outrora.Parte de nossa preparação nesta

 vida oi a de encontrar essa preciosa verdade para podermos novamentecomprometer-nos com ela por meio

Preparação noSacerdócio: “Preciso

de Sua Ajuda” Não se preocupem com o quão inexperientes vocês são,ou pensam que são, mas pensem no que podem tornar-se,com a ajuda do Senhor.

deixado de lado. É um aspecto crucialpara nossa doutrina, é a essência denossa religião. Irmãos, temos o grandee especial privilégio, como portadoresdo sacerdócio, de colocar o sacerdóciopara trabalhar. Não podemos desviaro coração ou a mente da obrigação denos tornarmos mais autossucientes,de cuidar melhor dos necessitados e deprestar serviço compassivo.

 As coisas temporais estão entrelaça-das com as espirituais. Deus deu-nos

esta vida mortal e os desaos tem-porais que a acompanham como umlaboratório no qual podemos crescer enos tornar os seres que o Pai Celestialdeseja que nos tornemos. Que com-preendamos o grande dever e a bên-ção que advém de seguir e de proverà maneira do Senhor, é minha oração,em nome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Doutrina e Convênios 42:29–30.2. Doutrina e Convênios 52:40.3. Doutrina e Convênios 104:18.

4. Ver Mateus 22:36–40.5. Doutrina e Convênios 29:34.6. Thomas Merton, Thoughts in Solitude ,

1956, p. 46.7. Moisés 7:18.8. J. Reuben Clark Jr., Conference Report , abril

de 1937, p. 22.9. Doutrina e Convênios 104:16; ver também

o versículo 15.10. Spencer W. Kimball, Conference Report ,

abril de 1974, pp. 183–184.11. Ver Mosias 4:26; 18:27.12. Harold B. Lee, transcrição da reunião de

agricultura de bem-estar, 3 de outubro de1970, p. 20.

13. Ver  Manual 1: Presidentes de Estaca e  Bispos , 2010, capítulo 5, “Administração do

Programa de Bem-Estar da Igreja”; Manual 2: Administração da Igreja, 2010, capítulo6, “Princípios e Liderança de Bem-Estar”; Prover à Maneira do Senhor: Resumo doGuia do Líder para o Bem-Estar (olheto,2009).

14. O livro do Élder Glen L. Rudd, Pure  Religion: The Story of Church Welfare since 1930 (disponível na Online Store SUD)é um recurso maravilhoso para estudar as doutrinas e a história do Programa deBem-Estar do Senhor.

15. Isaías 58:10–11; ver também os versículos7–9.

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de convênio. Isso exigiu é, humil-dade e coragem de nossa parte, alémda ajuda de pessoas que haviamencontrado a verdade e que depois acompartilharam conosco.

Podem ter sido pais, missionáriosou amigos. Essa ajuda ez parte denossa preparação. Nossa preparaçãono sacerdócio sempre inclui outros

que já se prepararam para oerecer-nos a oportunidade de aceitar o evan-gelho e depois decidir agir, cumprindoos convênios para que eles entrassemem nosso coração. A m de qualicar-nos para a vida eterna, nosso serviçoprecisa incluir o empenho de trabalharcom todo o coração, poder, mente eorça, preparando outras pessoas pararetornar conosco à presença de Deus.

Portanto, nesta vida, parte dapreparação que teremos no sacerdó-

cio serão as oportunidades de servire ensinar outras pessoas. Isso podeincluir a oportunidade de sermosproessores na Igreja, pais sábios eamorosos, membros de um quórume missionários para o Senhor JesusCristo. O Senhor oerecerá as oportu-nidades, mas a preparação dependede nós. Meu intento hoje é apontaralgumas das escolhas cruciais que sãonecessárias para uma preparação no

sacerdócio bem-sucedida. As boas escolhas, eitas pela pessoa

que está sendo instruída e pela que ainstrui, dependem de alguma com-preensão de como o Senhor preparaSeus servos no sacerdócio.

Primeiro, Ele chama pessoas, jovens e idosos, que podem parecerracos e simples aos olhos do mundo

e até a seus próprios olhos. O Senhorpode transormar essas aparentesimpereições em pontos ortes. Oentendimento disso muda a maneirapela qual o líder sábio decide a queme como treinar. E isso pode mudar omodo como o portador do sacerdócioreage às oportunidades de desenvolvi-mento que lhe são oerecidas.

 Vamos analisar alguns exemplos. Euera um sacerdote inexperiente em umagrande ala. Meu bispo teleonou para

mim numa tarde de domingo. Quandoatendi, ele disse: “Tem tempo de saircomigo? Preciso de sua ajuda”. Ele sóexplicou que queria que eu osse comoseu companheiro visitar uma irmãque eu não conhecia, que estava semcomida e que precisava aprender aadministrar melhor as nanças.

Na época eu sabia que ele tinhadois conselheiros experientes no bis-pado. Ambos eram homens maduros

e muito experientes. Um dos conse-lheiros era proprietário de uma grandempresa e mais tarde tornou-se presi-dente de missão e Autoridade Geral.O outro conselheiro era um preemi-nente juiz naquela cidade.

Eu era o recém-chamado primeiroassistente do bispo no quórum desacerdotes. Ele sabia que eu poucoconhecia sobre os princípios de bem-estar. Eu sabia menos ainda sobreadministração nanceira. Nunca tinha

preenchido um cheque, não tinhaconta bancária nem sequer tinha vistoum orçamento pessoal. Mas a despeitde minha inexperiência, senti que eleestava alando muito sério quandodisse: “Preciso de sua ajuda”.

Compreendi o que aquele inspi-rado bispo queria dizer. Ele viu emmim uma oportunidade de ouro parapreparar um portador do sacerdócio.

 Tenho certeza de que ele não previuque aquele rapaz destreinado seriaum uturo membro do Bispado Presi-

dente. Mas ele me tratou naquele diae em todos os dias que convivi comele ao longo dos anos, como um pro-

 jeto de preparação que tinha grandesperspectivas.

Ele parecia gostar do que azia, maera um trabalho árduo para ele. Emnossa volta para casa, depois de visitaa viúva necessitada, ele estacionou ocarro. Abriu as escrituras, que estavammuito gastas e repletas de passagensmarcadas, e corrigiu-me com bon-

dade. Disse que eu precisava estudaras escrituras e aprender mais. Deveter visto, porém, que eu era raco esimples o suciente para ser ensináve

 Até hoje me lembro do que ele meensinou naquela tarde. Mas lem-bro-me ainda mais de como senti suaconança de que eu poderia aprendee ser melhor — e que eu seria melho

Ele viu além da realidade de quemeu era, enxergando o potencial que

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havia dentro de alguém que se sentiaraco e simples o suciente para que-rer a ajuda do Senhor e acreditar queela viria.

Os bispos, presidentes de missão epais podem decidir tomar uma atitudea respeito desse potencial. Vi issoacontecer recentemente no testemu-nho de um presidente do quórum dediáconos que estava prestes a tor-nar-se mestre e mudar de quórum.

 Testicou com muita sinceridade

sobre o crescimento dos membros deseu quórum em virtude e poder. Nuncaouvi alguém elogiar uma organizaçãode maneira tão extraordinária. Elogiouo serviço deles. E depois, disse quesabia que conseguira ajudar os novosdiáconos quando estes se sentiramsobrecarregados, pois ele havia sentidoassoberbado quando entrou para osacerdócio.

Seus sentimentos de raqueza o tor-naram mais paciente, mais compassivoe, portanto, mais capaz de ortalecer e

servir aos outros. Naqueles dois anosno Sacerdócio Aarônico, pareceu-meque ele tinha-se tornado experiente esábio. Tinha aprendido que ora aju-dado quando oi presidente do quó-rum pela clara e vívida lembrança desuas próprias necessidades, quandoera dois anos mais jovem. O desaode liderança, para ele e para nós, viráquando essas lembranças obscurece-rem e dissiparem por causa do tempoe do nosso sucesso.

Paulo deve ter visto esse perigoao aconselhar seu companheiro mais jovem no sacerdócio, Timóteo. Ele oincentivou e instruiu em sua prepa-ração no sacerdócio e na tarea deajudar o Senhor a preparar outros.

Eis o que Paulo disse a Timóteo,seu jovem companheiro:

“Ninguém despreze a tua moci-dade; mas sê o exemplo dos éis,na palavra, no trato, no amor, no

espírito, na é, na pureza.Persiste em ler, exortar e ensinar,até que eu vá.

Não desprezes o dom que há em ti,o qual te oi dado por proecia, com aimposição das mãos. (…)

 Tem cuidado de ti mesmo e dadoutrina1. Persevera nestas coisas;porque, azendo isto, te salvarás, tantoa ti mesmo como aos que te ouvem”.2

Paulo deu esse bom conselho paratodos nós. Não se preocupem com

o quão inexperientes vocês são, oupensam que são, mas pensem noque podem tornar-se, com a ajuda doSenhor.

 A doutrina na qual Paulo roga quenos banqueteemos na preparação nosacerdócio são as palavras de Cristopara assim nos qualicarmos para orecebimento do Espírito Santo. Então,poderemos saber o que o Senhordeseja que açamos em nosso serviçoe receber a coragem para azê-lo,sejam quais orem as diculdades que

 viermos a enrentar.Estamos sendo preparados para o

serviço no sacerdócio, que se tornarámais desaador com o tempo. Nossosmúsculos e nosso cérebro envelhecemcom a idade. Nossa capacidade deaprender e de lembrar o que lemos

 vai diminuir. Para prestar o serviçono sacerdócio, que o Senhor esperade nós, será necessário cada vez maisautodisciplina, todos os dias de nossa

 vida. Podemos preparar-nos para esse

teste edicando é por meio do serviçoque prestamos ao longo do caminho.O Senhor deu-nos a oportunidade

de preparar-nos por meio de algo queele chamou de “o juramento e convê-nio (…) [do sacerdócio]”.3

É um convênio que azemoscom Deus de guardar todos os Seusmandamentos e de prestar serviçocomo Ele aria se estivesse pessoal-mente presente. O cumprimento desse

padrão da melhor maneira que pudermos edica a orça de que precisare-mos para perseverar até o m.

Grandes treinadores do sacerdó-cio mostraram-me como edicar essaorça. É adquirir o hábito de prosse-guir mesmo que haja cansaço e temoque me açam pensar em desistir. Osgrandes mentores do Senhor mos-traram-me que recebemos um poderespiritual sustentador quando traba-lhamos além do ponto em que outros

teriam parado para descansar. Vocês, grandes líderes do sacerdó-cio que edicaram essa orça espirituem sua juventude ainda a possuemquando a orça ísica enraquece.

Meu irmão caçula estava em umapequena cidade de Utah a negócios.Ele recebeu um teleonema do Pre-sidente Spencer W. Kimball, em seuhotel. Era tarde da noite depois deum dia árduo de trabalho para meuirmão e sem dúvida para o PresidenteKimball, que começou a conversa

assim: “Ouvi dizer que você estava nacidade. Sei que é tarde e que talvez

 você já tenha se deitado, mas será qupoderia ajudar-me? Preciso de vocêcomo companheiro para vericar ascondições de todas as nossas capelasna cidade”. Meu irmão oi com elenaquela noite, sem ter conhecimentode manutenção de capelas ou dequalquer outra coisa sobre elas, semsaber por que o Presidente Kimballaria uma coisa daquelas depois de

seu longo dia de trabalho ou por queprecisava de ajuda. Anos depois, recebi um teleo-

nema semelhante, tarde da noite, emum hotel no Japão. Eu era na épocao novo comissário de educação daIgreja. Eu sabia que o PresidenteGordon B. Hinckley estava hospedadnaquele mesmo hotel, cumprindouma designação à parte no Japão.

 Atendi ao teleone pouco depois de

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ter-me deitado para dormir, exaustopor ter eito tudo o que achava quetinha orças para azer.

O Presidente Hinckley perguntoucom sua voz agradável: “Por que estádormindo enquanto eu estou aquilendo um manuscrito que nos oipedido que revisássemos?” Por isso,levantei-me e pus-me a trabalhar,mesmo sabendo que o PresidenteHinckley poderia revisar o manus-crito bem melhor do que eu. Mas, de

alguma orma, ele me ez sentir queprecisava da minha ajuda.O Presidente Thomas S. Monson,

no m de quase todas as reuniõespergunta ao secretário da PrimeiraPresidência: “Estou em dia com meutrabalho?” E ele sempre sorri quando aresposta é dada: “Oh, sim, Presidente,está sim”. O sorriso eliz do PresidenteMonson envia-me uma mensagem.Faz-me pensar: “Há algo mais que eupoderia azer em minhas designações?”Então, volto para minha sala para

trabalhar.Grandes proessores mostraram-me

como me preparar para cumprir o juramento e convênio quando o tempoe a idade tornarem isso mais diícil. Elesmostraram e ensinaram como me disci-plinar de modo a trabalhar mais ardua-mente do que eu achava que podia, eainda ter saúde e orças para isso.

Não consigo ser um servo pereitoo tempo todo, mas posso azer umesorço a mais do que achava que

podia. Com esse hábito adquirido, vocês estarão preparados para asprovações que vierem. Podemos pre-parar-nos de modo a ter orças paracumprir nosso juramento e convênioao longo dos testes que, sem dúvida,

 virão à medida que nos aproximamosdo m da vida.

 Vi a prova disso em uma reuniãoda Junta Educacional da Igreja. OPresidente Spencer W. Kimball, que na

época já havia prestado muitos anosde serviço, passava por uma série de

problemas de saúde que só Jó enten-deria. Ele estava presidindo a reuniãonaquela manhã.

De repente, ele parou de alar eaundou em sua cadeira. Seus olhosecharam-se e a cabeça pendeu sobreo peito. Eu estava sentado ao ladodele. O Élder Holland estava ao nossolado. Ambos erguemo-nos para aju-dá-lo. Inexperientes em emergênciacomo éramos, decidimos carregá-lo,ainda sentado na cadeira, para suasala, que cava próxima.

Ele oi nosso proessor naquelemomento extremo. Cada qualerguendo um lado de sua cadeira,saímos da sala de reuniões para ocorredor do Ediício Administrativo daIgreja. Ele entreabriu os olhos, aindaatordoado, e disse: “Oh, por avor,tomem cuidado. Não vão distender acoluna”. Ao aproximar-nos da portade sua sala, ele disse: “Oh, sinto-mepéssimo por ter interrompido a reu-nião”. Minutos depois de o levarmos

para sua sala, ainda sem saber o quelhe acontecia, ele ergueu o rosto paranós e disse: “Não acham que deveriam

 voltar para a reunião?”Saímos e nos apressamos a voltar

para a reunião, sabendo que nossapresença ali deveria importar para oSenhor. O Presidente Kimball desde ainância obrigava-se a ir além de seuslimites de resistência para servir aoSenhor e amá-lo. Era um hábito tão

arraigado que sempre estava dispo-nível quando necessário. Ele estavapreparado. E por isso era capaz deensinar e mostrar-nos como estarpreparados para cumprir o juramentoe convênio, por meio da preparaçãoconstante ao longo dos anos, usandotoda a nossa orça no que nos pare-cem ser pequenas tareas de poucaconsequência.

Minha oração é que cumpramosnossos convênios do sacerdócio, a m

de qualicar-nos para a vida eternacom os que ormos chamados paratreinar. Prometo que se zerem tudo que puderem, Deus vai aumentar suaorça e sua sabedoria. Ele vai torná-loexperientes. Prometo-lhes que aquelea quem vocês treinam e a quem dãoexemplo vão bendizer seu nome,assim como aço hoje com aquelesque me treinaram.

 Testico que Deus, o Pai, vive e am vocês. Ele os conhece. Ele e Seu Filhoressuscitado e gloricado, Jesus Cristo

apareceram para um menino inex-periente, Joseph Smith, e conarama ele a Restauração da plenitude doevangelho e da igreja verdadeira. Eles encorajaram quando ele precisou. Fizeram-no sentir a amorosa repreensãoquando o humilharam para elevá-lo.Eles o prepararam, e estão preparandonos, a m de que tenhamos orças parcontinuar trabalhando rumo à glóriacelestial, que é o objetivo e o motivode todo o serviço no sacerdócio.

Deixo com vocês minha bênçãode que serão capazes de reconheceras gloriosas oportunidades que Deuslhes deu, ao chamá-los e prepará-lospara Seu serviço e para o serviço aopróximo. Em nome de nosso amoroslíder e mestre, Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Ver 2 Né 32:3–6.2. I Timóteo 4:12–14, 16.3. Doutrina e Convênios 84:38.

Davao, Filipinas 

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Presidente Thomas S. Monson

Meus amados irmãos, é umimenso privilégio estar com

 vocês nesta noite. Nós, quepossuímos o sacerdócio de Deus,ormamos uma grande união eirmandade.

Lemos em Doutrina e Convênios,seção 121, versículo 36, “que osdireitos do sacerdócio são insepara-

 velmente ligados com os poderes docéu”. Que dádiva maravilhosa nos oi

concedida — a de possuir o sacer-dócio, que está “inseparavelmenteligado com os poderes do céu”. Essadádiva preciosa, porém, traz consigonão apenas bênçãos especiais, mastambém solenes responsabilidades.Precisamos conduzir nossa vida demodo que sejamos dignos do sacer-dócio que possuímos. Vivemos numaépoca em que estamos cercados pormuitas coisas que querem induzir-nosa caminhos que podem levar-nos à

destruição. É preciso determinação ecoragem para evitar esses caminhos.Relembro uma época — e alguns

de vocês aqui também devem lem-brar — em que os padrões da maioriadas pessoas eram bem semelhantesaos nossos. Isso já não ocorre mais. Lirecentemente um artigo no jornal New York Times a respeito de um estudorealizado no verão de 2008. Umrenomado sociólogo da Universidade

‘Depende da pessoa. Quem sou eupara dizer?’Rejeitando a obediência cega à

autoridade, muitos jovens chegaramao extremo de [dizer]: ‘Eu aria o queachasse que me deixaria eliz ou oque sentisse que devia. Não tenhooutro modo de saber o que azer anão ser o modo como me sinto pordentro’”.

Os entrevistadores salientaramque a maioria dos jovens com quem

conversaram “não tinha recebido osrecursos — das escolas, das institui-ções ou da amília — para cultivar suintuição moral”.1

Irmãos, ninguém ao alcance deminha voz deve ter qualquer dúvidaem relação ao que é moral e ao quenão é; tampouco deve haver dúvidassobre o que é esperado de nós comoportadores do sacerdócio de Deus.Nós recebemos e continuamos areceber as leis de Deus. A despeito doque possamos ver ou ouvir em outros

lugares, essas leis não mudaram.Em nossa vida cotidiana, é quase

inevitável que nossa é seja ques-tionada. Podemos, às vezes, estarcercados de pessoas e, ainda assim,ser a minoria ou até car sozinhos emrelação ao que é aceitável e o que nãé. Será que temos coragem moral pardeender rmemente nossas crenças,mesmo que para isso tenhamos decar sozinhos? Como portadores dosacerdócio de Deus, é essencial que

possamos enrentar — com coragem— quaisquer desaos com que nosdeparemos. Lembrem-se das palavrasdo poeta Tennyson: “Minha orça écomo a orça de dez, porque meucoração é puro”.2

Cada vez mais, vemos certas cele-bridades e outras pessoas — que porum motivo ou outro, estão à vista dopúblico — ridicularizarem a religiãoem geral e, às vezes, a Igreja, de mod

Notre Dame liderou uma equipe depesquisas na realização de entrevis-tas com 230 jovens adultos de várioslugares dos Estados Unidos. Creio quepodemos presumir com segurançaque os resultados seriam semelhantesna maior parte do mundo.

Compartilho com vocês apenas umtrecho desse impactante artigo:

“Os entrevistadores zeram pergun-tas abertas sobre o certo e o errado,

sobre dilemas morais e sobre osignicado da vida. Em suas respostasdesconexas (…) vemos que os jovenstêm muita diculdade para dizer qual-quer coisa sensata em relação a essesassuntos. Eles simplesmente não têma compreensão ou o vocabulário paraazê-lo.

Quando lhes oi pedido quedescrevessem um dilema moral queenrentavam, dois terços dos jovensou não conseguiram responder à per-

gunta ou descreveram problemas quenada tinham a ver com a moral, como:não conseguir pagar o aluguel de umapartamento ou não ter moedas su-cientes para colocar no parquímetro”.

O artigo continua:“A atitude comum, a que a maioria

recorreu repetidas vezes, é a de queas escolhas morais são apenas umaquestão de gosto pessoal. ‘É umacoisa pessoal’, era sua resposta típica.

Ouse Ficar SozinhoQue sempre sejamos corajosos e estejamos preparados paradeender nossa crença.

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especíco. Se nosso testemunho nãoestiver rmemente alicerçado, essascríticas podem azer com que duvi-demos de nossas próprias crenças ouhesitemos em nossa determinação.

Na visão que Leí teve da árvoreda vida, que se encontra em 1 Né 8,ele viu, entre outras coisas, pessoasque se agarravam à barra de erro atéchegarem e partilharem do ruto daárvore da vida, que sabemos ser umarepresentação do amor de Deus. Eentão, inelizmente, depois de parti-lharem do ruto, alguns cavam enver-gonhados por causa das pessoas queestavam no “grande e espaçoso edi-ício”, que representa o orgulho dos

lhos dos homens, e que apontavamo dedo para eles e zombavam deles;e assim eles seguiram por caminhosproibidos e se perderam.3 Que erra-mentas poderosas do adversário são oridículo e a zombaria! Repito, irmãos:será que temos coragem de permane-cer ortes e rmes diante dessa diíciloposição?

Creio que a primeira vez quetive coragem para deender minhas

convicções oi quando servi na Mari-nha dos Estados Unidos, no nal daSegunda Guerra Mundial.

 A base de treinamento de recrutasda Marinha não oi nada ácil para

mim, nem para ninguém que teve depassar por isso. Nas primeiras sema-nas, quei convencido de que minha

 vida estava em perigo. A Marinha nãoestava tentando treinar-me — estavatentando matar-me.

Sempre me lembrarei de quandochegou o domingo, depois da pri-meira semana. Recebemos boasnotícias do subocial chee. Emposição de sentido, no campo detreinamento, enrentando a orte brisa

da Caliórnia, ouvimos sua ordem:“Hoje, todo mundo vai para a igreja— quer dizer, todos menos eu. Eu

 vou relaxar!” Depois, ele bradou:“Todos vocês, católicos, reúnam-seno campo Decatur — e não voltematé as três da tarde. Em rente, mar-chem!” Um contingente signicativose moveu. Depois, ele berrou suaordem seguinte: “Os que são judeus,reúnam-se no campo Henry — e não

 voltem até as três da tarde. Em rente,marchem!” Um contingente um poucomenor saiu marchando. Depois, eledisse: “O restante de vocês, protes-tantes, reúnam-se nos anteatros docampo Farragut — e não voltem até atrês da tarde. Em rente, marchem!”

Imediatamente um pensamentoirrompeu em minha mente: “Monson,

 você não é católico, não é judeu, nãoé protestante. Você é mórmon, por-tanto que parado onde está!” Posso

assegurar-lhes que me senti comple-tamente sozinho. Corajoso e determi-nado, sim — mas sozinho.

Então, ouvi as palavras mais agra-dáveis que aquele subocial jamaisproeriu. Ele olhou em minha direçãoe perguntou: “E o que vocês, rapazesse consideram?” Até aquele momentoeu não tinha me dado conta de quehouvesse alguém de pé ao meu ladoou atrás de mim no campo de treina-mento. Quase em uníssono, cada umde nós respondeu: “Mórmons!” É dií-

cil descrever a alegria que me encheuo coração ao virar-me e ver um grupode outros marinheiros.

O subocial coçou a cabeça comuma expressão desconcertada, maspor m disse: “Bem, vão procuraralgum lugar para se reunirem. E não

 voltem até as três da tarde. Em rente,marchem!”

Quando saímos marchando, pensenas palavras de um versinho quehavia aprendido na Primária, muitos

anos antes:

Ouse ser mórmon,Ouse car sozinho.Ouse ter um rme propósito,Ouse torná-lo conhecido.

Embora as coisas tivessem saídodierentes do que eu esperava, euestaria disposto a ter cado sozinho,se osse necessário.

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Desde aquele dia, houve oca-siões em que não havia ninguém em

pé atrás de mim e, portanto, queirealmente sozinho. Quão grato soupor ter tomado bem antes a decisãode permanecer orte e el, estandosempre preparado e pronto paradeender minha religião, caso surgissea necessidade.

Para que nunca nos sintamos ina-dequados para as tareas que teremospela rente, irmãos, gostaria de com-partilhar com vocês uma declaraçãoeita em 1987, pelo então Presidente daIgreja, Ezra Tat Benson, dirigindo-se a

um grande grupo de membros na Cali-órnia. O Presidente Benson disse:

“Em todas as eras, os proetas con-templaram, ao longo dos corredoresdos tempos, os nossos dias. Bilhões dealecidos e daqueles que ainda estãopor nascer têm seus olhos sobre nós.Não se enganem a esse respeito —

 vocês são uma geração marcada. (…)Por quase seis mil anos, Deus os

reservou para que surgissem nos últi-mos dias antes da Segunda Vinda do

Senhor. Algumas pessoas vão cair, maso reino de Deus permanecerá into-cado para receber de volta o seu líder,sim, Jesus Cristo.

Embora esta geração seja compa-rável em iniquidade aos dias de Noé,quando o Senhor limpou a Terra como dilúvio, há uma dierença impor-tante desta vez. A dierença é queDeus reservou para a disputa nalalguns de Seus lhos mais ortes,

que ajudarão a azer com que o reinotriune”.4

Sim, irmãos, representamos algunsde Seus lhos mais ortes. Temos aresponsabilidade de ser dignos detodas as bênçãos gloriosas que o PaiCelestial reservou para nós. Onde querque estejamos, nosso sacerdócio estaráconosco. Será que permanecemosem lugares santos? Por avor, antes decolocarem vocês mesmos e seu sacer-dócio em risco, aventurando-se a ir acertos lugares ou a participar de certasatividades que não são dignas de

 vocês ou desse sacerdócio, ponderem

cuidadosamente as consequências. Atodos nós oi conerido o Sacerdócio

 Aarônico. Nesse processo, cada umde nós recebeu o poder que possuias chaves da ministração de anjos. OPresidente Gordon B. Hinckley disse:

“Vocês não podem dar-se ao luxode azer qualquer coisa que venhaa interpor-se entre vocês e os anjosministradores a sua volta.

 Vocês não podem ser imorais demaneira alguma. Não podem ser

desonestos. Não podem trapacear,mentir, tomar o nome de Deus em vãonem usar linguajar impuro e ainda terdireito ao ministério de anjos”.5

Se tiverem tropeçado em sua jornada, quero que compreendam,sem nenhuma dúvida, que existeum caminho de volta. O processose chama arrependimento. NossoSalvador deu Sua vida para conceder-nos essa dádiva abençoada. Apesar

de o caminho do arrependimentonão ser ácil, as promessas são reais.Foi-nos dito: “Ainda que os vossospecados sejam como a escarlata, elesse tornarão brancos como a neve”.6 “E nunca mais me lembrarei [deles]”.7

Que declaração! Que grande bênção!Que promessa!

Pode haver entre vocês alguns quepensam consigo mesmos: “Bem, nãoestou vivendo todos os mandamen-tos e não aço tudo o que devia, mas

estou-me dando relativamente bemna vida. Acho que posso continuar a viver no mundo e na Igreja”. Irmãos,garanto-lhes que isso não vai uncio-nar a longo prazo.

Há poucos meses, recebi umacarta de um homem que achava quepoderia desrutar das duas coisas. Elehoje está arrependido e colocou sua

 vida em harmonia com os princípiose mandamentos do evangelho. Querocompartilhar com vocês um parágraode sua carta, porque retrata a reali-

dade de um modo de pensar equi- vocado: “Tive de aprender por mimmesmo (do modo mais diícil) que oSalvador estava absolutamente certo,quando disse: ‘Ninguém pode servir adois senhores; porque ou há de odiarum e amar o outro, ou se dedicará aum e desprezará o outro. Não podeisservir a Deus e a Mamom.’8 Tentei, omáximo que alguém já tentou, azeras duas coisas. No nal, senti todo o

 vazio, toda a escuridão e toda a soli-

dão que Satanás az cair sobre os queacreditam em suas alsidades, ilusõese mentiras”.

Para que sejamos ortes e suporte-mos todas as orças que nos empur-ram na direção errada ou todas as

 vozes que nos encorajam a tomar ocaminho errado, precisamos ter nossopróprio testemunho. Quer tenham12 ou 112 anos — ou qualquer idadeintermediária — vocês podem saber

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    H   e   n   r   y    B .

    E   y   r    i   n   g

    P   r    i   m   e    i   r   o    C   o   n   s   e    l    h   e    i   r   o

   A   P   R   I   M   E   I   R   A   P   R   E   S   I   D    Ê   N   C   I   A

   O  u   t  u    b  r  o

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Os santos dos últimos dias reúnem-se em vários lugares do mundo paraouvir os discursos da conferênciageral “em seu próprio idioma” (D&C 90:11). No sentido horário, come-

çando acima, à esquerda, vemos os membros da Igreja em Johanesburgo,

 África do Sul; Salvador, Brasil; SanSalvador, El Salvador; Montreal, Que-bec, Canadá; Montalban, Filipinas; Gómez Palacio, México, e Tóquio,Japão.

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6N o v e m b r o d e 2 0 1 1

por si mesmos que o evangelho de Jesus Cristo é verdadeiro. Leiam oLivro de Mórmon. Ponderem seusensinamentos. Perguntem ao PaiCelestial se esse livro é verdadeiro.

 Temos a promessa de que, “se pergun-tardes com um coração sincero e comreal intenção, tendo é em Cristo, ele

 vos maniestará a verdade delas pelopoder do Espírito Santo”.9

Se soubermos que o Livro de Mór-mon é verdadeiro, então, com certeza

 Joseph Smith oi realmente um proetae viu Deus, o Pai Eterno, e Seu Filho, Jesus Cristo. Também podemos con-cluir que o evangelho oi restauradonestes últimos dias por intermédio de

 Joseph Smith — inclusive a restaura-ção do Sacerdócio Aarônico e do deMelquisedeque.

Depois de obter um testemunho,temos o encargo de compartilhar essetestemunho com outras pessoas. Mui-tos de vocês, irmãos, serviram comomissionários no mundo inteiro. Muitos

de vocês, rapazes, ainda vão servir.Preparem-se agora para essa oportu-nidade. Certiquem-se de estar dignospara servir.

Se estivermos preparados paracompartilhar o evangelho, estaremosprontos para atender ao conselho do

 Apóstolo Pedro, que nos exortou:“Estai sempre preparados para respon-der com mansidão e temor a qualquerque vos pedir a razão da esperançaque há em vós”.10

 Ao longo de toda a vida, teremosoportunidades de compartilhar nossascrenças, embora nem sempre saiba-mos quando seremos conclamadosa azê-lo. Tive essa oportunidade em1957, quando trabalhava na indústriagráca e recebi a incumbência de ir aDallas, Texas, que às vezes é chamadade “a cidade das igrejas”, para alar emuma convenção desses prossionais.Depois do término da convenção,

peguei um ônibus de turismo paraazer um passeio pelos subúrbios dacidade. Ao passarmos pelas diversasigrejas, nosso motorista comentava:“À esquerda, vocês podem ver a igrejametodista”, ou “Ali, à direita, está acatedral católica”.

 Ao passarmos por um belo edií-cio de tijolos vermelhos, no alto deuma colina, o motorista exclamou:“Aquele ediício é onde os mórmonsse reúnem”. Uma senhora, no undo

do ônibus, perguntou: “Motorista, seráque você poderia dizer-nos algo maissobre os mórmons?”

O motorista parou o ônibus junto àcalçada, virou-se no banco e res-pondeu: “Senhora, tudo o que sei arespeito dos mórmons é que eles sereúnem naquele ediício de tijolos

 vermelhos. Há alguém no ônibus quesaiba algo mais sobre os mórmons?”

Esperei que alguém respondesse.Olhei para a expressão que cadapessoa tinha no rosto, procurando

algum sinal de reconhecimento, algumdesejo de azer um comentário. Nada.Dei-me conta de que a mim cabiaazer o que o Apóstolo Pedro tinhasugerido: “Estai sempre preparadospara responder (…) a qualquer que

 vos pedir a razão da esperança quehá em vós”. Também me dei conta da

 veracidade do ditado: “Quando chegao momento da decisão, o tempo depreparação já passou”.

Nos quinze minutos ou mais que se

seguiram, tive o privilégio de com-partilhar com as pessoas que estavamno ônibus o meu testemunho acercada Igreja e de nossas crenças. Fiqueigrato por meu testemunho e por estarpreparado para compartilhá-lo.

De todo coração e toda alma, oropara que todo homem que possuio sacerdócio honre esse sacerdócioe seja leal à conança transmitidaquando ele lhe oi conerido. Que cada

um de nós, que possuímos o sacerdó-cio de Deus, saiba em que acredita.Que sempre sejamos corajosos e este-

 jamos preparados para deender nossacrença. E, se or preciso car sozinhonesse processo, que o açamos comcoragem, ortalecidos pelo conheci-mento de que, na realidade, nuncaestamos sozinhos quando nos coloca-mos ao lado de nosso Pai Celestial.

 Ao contemplar a grande dádivaque nos oi concedida (“os direitos

do sacerdócio são inseparavelmenteligados com os poderes do céu”), quenossa determinação seja a de sem-pre guardar e sempre proteger essadádiva, e de sermos dignos de suasgrandes promessas. Irmãos, sigamosas instruções do Salvador para nós,que se encontram no livro de 3 Né:“Levantai vossa luz para que brilheperante o mundo. Eis que eu sou aluz que levantareis — aquilo que me

 vistes azer”.11

Que sempre sigamos essa luz e

a levantemos para que o mundointeiro a veja. É minha oração e minhbênção sobre todos os que ouvem aminha voz. Em nome de Jesus Cristo.

 Amém. ◼

NOTAS

1. David Brooks, “I It Feels Right…” [Se LheParece Certo…], New York Times , 12 desetembro de 2011, nytimes.com.

2. Alred, Lord Tennyson, “Sir Galahad”, Poems of the English Race, sel. RaymondMacdonald Alden, 1921, p. 296.

3. Ver 1 Né 8:26–28.4. Ezra Tat Benson, “In His Steps” [Seguir 

Seus Passos] (serão do Sistema Educacionda Igreja, 8 de evereiro de 1987); ver também “In His Steps”, Discursos de  Devocionais do Ano 1979: Discursos de  Devocionais e Serões da BYU, 1980, p. 59.

5. Gordon B. Hinckley, “Dignidade Pessoalpara Exercer o Sacerdócio”, A Liahona, 

 julho de 2002, p. 58.6. Isaías 1:18.7. Jeremias 31:34.8. Mateus 6:24.9. Morôni 10:4.

10. I Pedro 3:15.11. 3 Né 18:24.

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68 A L i a h o n a

Presidente Henry B. EyringPrimeiro Conselheiro na Primeira Presidência

um amor maior. Alguns até disseramque sentiram alegria ao arrancar ervadaninhas e podar arbustos.

 As palavras do Livro de Mórmonos ajudaram a saber o motivo dessaalegria. O rei Benjamim disse a seupovo: “[Sabei] que, quando estaisa serviço de vosso próximo, estaissomente a serviço de vosso Deus”.2 EMórmon ensinou com estas palavrasque lemos no Livro de Mórmon: “Acaridade é o puro amor de Cristo e

permanece para sempre; e para todoos que a possuírem, no último diatudo estará bem”.3

O Senhor cumpre Sua promessa, scumprirmos as nossas. Ao prestarmosserviço às pessoas por Ele, Ele nosará sentir Seu amor. Com o tempo, osentimento de caridade ará parte denossa própria natureza. Se perseve-rarmos em prestar serviço às pessoasreceberemos a certeza de Mórmon emnosso coração de que tudo estará bemconosco.

 Assim como prometemos a Deusque seríamos caridosos, também pro-metemos ser Suas testemunhas, ondequer que estejamos na vida. Mais um

 vez, o Livro de Mórmon é o melhorguia que conheço para ajudar-nos acumprir essa promessa.

Fui certa vez convidado a alardurante a ormatura de uma universi-dade. O reitor queria que o PresidentGordon B. Hinckley osse convidado,mas soube que ele não estava dispo-

nível. Por isso, recebi o convite. Eu ero membro mais novo do Quórum doDoze Apóstolos.

 A pessoa que me convidou paraalar cou preocupada quando cousabendo das minhas responsabilida-des como apóstolo. Ela me teleonoudizendo que cara sabendo que meudever era o de ser uma testemunha d

 Jesus Cristo.Com rmeza em seu tom de voz,

Sinto-me grato por esta oportu-nidade de alar a vocês nesteDia do Senhor, em uma con-

erência geral de A Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Dias.

 Todo membro da Igreja tem o mesmoencargo sagrado. Nós o aceitamose prometemos estar à altura dele,quando omos batizados. Aprende-

mos nas palavras de Alma, o grandeproeta do Livro de Mórmon, o queprometemos a Deus que nos torna-ríamos. “Dispostos a chorar com osque choram; sim, e consolar os quenecessitam de consolo e servir detestemunhas de Deus em todos osmomentos e em todas as coisas e emtodos os lugares em que vos encon-treis, mesmo até a morte; para quesejais redimidos por Deus e contadoscom os da primeira ressurreição, para

que tenhais a vida eterna.”1

Esse é um encargo importantee uma promessa gloriosa de Deus.Minha mensagem de hoje é de enco-rajamento. Assim como o Livro deMórmon deixa esse encargo bem claropara nós, ele também nos eleva parao caminho da vida eterna.

Primeiro, prometemos tornar-noscaridosos. Segundo, prometemostornar-nos testemunhas de Deus.

E terceiro, prometemos perseverar.O Livro de Mórmon é o melhor guiapara descobrir como estamos nossaindo e como podemos melhorar.

 Vamos começar pelo encargo detornar-nos caridosos. Vou lembrar-lhes alguns acontecimentos recentes.Muitos de vocês participaram de umdia de serviço. Houve milhares deles

organizados no mundo inteiro.Um conselho ormado por santos

como vocês orou para saber que ser- viço planejar. Pediram a Deus que oszesse saber a quem deveriam servir,que serviço prestar e quem convidarpara participar. Talvez até tenhamorado para que não esquecessem aspás ou as garraas de água potável.

 Acima de tudo, oraram pedindo quetodos os que prestassem serviço etodos os que o recebessem sentissem

o amor de Deus.Sei que essas orações oram res-pondidas em pelo menos uma ala.Mais de 120 membros se apresentaramcomo voluntários para ajudar. Em trêshoras, eles transormaram o jardim deuma igreja de nossa comunidade. Foium trabalho árduo e eliz. Os minis-tros daquela igreja expressaram grati-dão. Todos os que trabalharam juntosnaquele dia sentiram mais união e

S E S S ÃO DA MAN HÃ DE DO MIN G O | 2 de outubro de 2011

TestemunhaO Livro de Mórmon é o melhor guia para descobrir comoestamos nos saindo e como podemos melhorar.

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6N o v e m b r o d e 2 0 1 1

ela me disse que eu não poderiaazer isso quando discursasse lá.Explicou-me que aquela universidaderespeitava pessoas de todas as crençasreligiosas, inclusive as que negavam aexistência de Deus. Ela repetiu: “Vocênão pode cumprir seu dever aqui”.

 Ao desligar o teleone, senti-menum grande dilema. Será que eudeveria dizer à universidade que nãopoderia aceitar o convite para alar?Faltavam apenas duas semanas para o

evento. Já ora anunciado que eu seriao orador. Que eeito minha recusaem cumprir o combinado teria para obom nome da Igreja?

Orei para saber o que Deus queriaque eu zesse. A resposta veio demodo surpreendente. Dei-me contade que o exemplo de Né, Abi-nádi, Alma, Amuleque e dos lhosde Mosias aplicavam-se ao meuchamado. Eles oram testemunhasdestemidas de Jesus Cristo diante deperigos mortais.

Portanto, a única escolha a ser eitaera a maneira de me preparar. Procureisaber tudo o que podia a respeito dauniversidade. Quando o dia se apro-

 ximou, minha ansiedade aumentou eminhas orações se intensicaram.

Num milagre tal como o Mar Vermelho abrindo-se, encontrei umartigo de jornal. Aquela universidadehavia sido homenageada por azero que a Igreja aprendeu a azer emnossos esorços humanitários no

mundo inteiro. Por isso, em meudiscurso, descrevi o que nós e elestínhamos eito para ajudar pessoasextremamente necessitadas. Eu disseque sabia que Jesus Cristo era a ontedas bênçãos concedidas às pessoas aquem nós e eles tínhamos prestadoserviço.

 Ao término da reunião, todos seergueram para aplaudir, o que era umpouco incomum para mim. Fiquei

admirado, mas ainda assim estavaum pouco ansioso. Lembrei-me doque havia acontecido com Abinádi.Somente Alma aceitara o testemunhodele. Naquela noite, porém, em umgrande jantar ormal, ouvi o reitorda universidade dizer que em meudiscurso ele tinha ouvido as palavrasde Deus.

Uma declaração milagrosa dessetipo é rara em minha experiênciapessoal como testemunha de Cristo.

Mas o eeito do Livro de Mórmon emseu caráter, em seu poder e em suacoragem de ser testemunhas de Deusé garantido. A doutrina e os valoro-sos exemplos que lemos nesse livro

 vão elevá-los, guiá-los e torná-loscorajosos.

 Todo missionário que proclama onome e o evangelho de Jesus Cristoserá abençoado ao banquetear-sediariamente com o Livro de Mórmon.Os pais que têm diculdade para levar

um testemunho do Salvador ao cora-ção de um lho serão auxiliados, aobuscarem um meio de levar as pala-

 vras e o espírito do Livro de Mórmona seu lar e à vida de todos da amília.Comprovamos a veracidade disso.

 Vejo esse milagre acontecer emtoda reunião sacramental e toda aulada Igreja de que participo. Os ora-dores e proessores expressam amorpelas escrituras e mostram ter um

conhecimento amadurecido delas,especialmente do Livro de Mórmon.Seu testemunho pessoal provém claramente do undo de seu coração. Ensinam com convicção cada vez maior eprestam testemunho com muito vigor

 Também vejo provas de que esta-mos melhorando no cumprimento daterceira parte da promessa que ze-mos no batismo. Fizemos o convêniode perseverar e de cumprir os mandamentos de Deus enquanto vivermos.

 Visitei o quarto de hospital de uma velha amiga que estava com câncerterminal. Levei comigo minhas duaslhas pequenas. Não esperava queela osse capaz de reconhecê-las. Aamília dela estava ao redor do leitoquando entramos no quarto.

Ela ergueu o rosto e sorriu. Sempreme lembrarei da expressão que ez ao

 ver que tínhamos levado nossas lhasconosco. Ela ez sinal para que elasse aproximassem dela. Ergueu-se no

leito, abraçou-as e apresentou-as a suamília. Falou das excelentes qualida-des daquelas meninas. Era como seestivesse apresentando princesas paraa corte real.

Eu imaginava que nossa visita seriarápida. Achei, sem dúvida, que ela estaria cansada. Mas enquanto a observavaoi como se os anos retrocedessem. Elestava radiante e visivelmente repletade amor por todos nós.

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70 A L i a h o n a

Parecia saborear o momento, comose o tempo tivesse parado. Ela passaraa maior parte da vida socorrendo oslhos do Senhor. Ela sabia, pelo relatodo Livro de Mórmon, que o Salva-dor ressuscitado tomara nos braçosas criancinhas, uma por uma, aben-çoando-as, e que depois chorou dealegria.4 Ela havia sentido essa mesmaalegria, a ponto de conseguir perseve-rar no serviço amoroso Dele até o m.

 Vi esse mesmo milagre no quarto

de um homem cujo serviço oi su-cientemente el para me azer pensarque merecia o devido descanso.

Eu sabia que ele ora submetidoa um longo e doloroso tratamentopara uma doença que os médicos lhedisseram ser terminal. Eles não lheoereceram nem mais tratamento nemesperança.

 A mulher dele levou-me até oquarto dele em sua casa. Ele estavaali, deitado sobre sua cama cuidado-samente arrumada. Usava uma camisa

branca recém-passada e uma gravata,e estava de sapatos novos.

Ele viu meu ar de surpresa, riu bai- xinho e explicou: “Depois que vocême der a bênção, quero estar prontopara responder ao chamado, pegarmeu leito e sair para o trabalho”. Nonal das contas, ele estava pronto paraa entrevista que logo teria com o Mes-tre, para quem havia trabalhado comtanta delidade.

Ele oi mais um exemplo dentre os

santos dos últimos dias plenamenteconvertidos que conheci, que doou a vida inteira ao serviço dedicado. Elesprosseguem com rmeza.

O Presidente Marion G. Romneyos descreveu assim: “Naquele queestá plenamente convertido, o desejopelas coisas contrárias ao evangelhode Jesus Cristo realmente morreu,sendo substituído pelo amor a Deus,com a rme e absoluta determinação

de guardar Seus mandamentos”.5 Vejo cada vez mais essa rmedeterminação nos experientes discí-pulos de Jesus Cristo. Tal como a irmãque cumprimentou minhas lhas e ohomem com sapatos novos, prontopara erguer-se e marchar, eles cum-prem os mandamentos do Senhor atéo m. Todos vocês já viram isso.

 Vocês podem ver isso também aose voltarem para o Livro de Mórmon.

 Ainda sinto meu coração se admirar

quando leio estas palavras de um idosoe decidido servo de Deus: “Porque,mesmo agora, todo o meu corpo trememuito enquanto me esorço para vosalar; mas o Senhor Deus me sustém epermitiu-me que vos alasse”.6

 Vocês poderão sentir a mesmacoragem que eu, ao ler o exemplo deperseverança deixado por Morôni. Eleestava sozinho em seu ministério. Sabiaque o m de sua vida estava pró-

 ximo. Mas ouçam o que ele escreveuem avor das pessoas que ainda não

haviam nascido e que seriam descen-dentes de seus inimigos mortais: “Sim,

 vinde a Cristo, sede apereiçoados nele negai-vos a toda iniquidade; e se vosnegardes a toda iniquidade e amar-des a Deus com todo o vosso poder,mente e orça, então sua graça vos sersuciente; e por sua graça podeis serpereitos em Cristo”.7

Morôni prestou esse testemunhocomo encerramento de sua vida e seuministério. Ele rogou que tivéssemoscaridade, como os proetas azem emtodo o Livro de Mórmon. Acrescentou

seu testemunho do Salvador, quandoa morte se aproximava. Era um lhode Deus realmente convertido, comonós podemos ser: cheio de caridade,constante e destemido como testemunha do Salvador e de Seu evangelho,determinado a perseverar até o m.

Morôni nos ensinou o que issoexige de nós. Ele disse que o primeiropasso para a plena conversão é a é. Oestudo ervoroso do Livro de Mórmonedica a é em Deus, o Pai, em SeuFilho Amado e em Seu evangelho. Ele

edica a é que vocês têm nos proe-tas de Deus, antigos e modernos.

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Nesta manhã do Dia do Senhor,damos graças pela realidade

 viva do Salvador e prestamostestemunho dela. Seu evangelho oirestaurado por meio do Proeta JosephSmith. O Livro de Mórmon é verda-deiro. Somos guiados por um proeta

 vivo hoje, o Presidente Thomas S.

Monson. Acima de tudo, prestamossolene testemunho da Expiação de

 Jesus Cristo e das eternas bênçãosdela advindas.

Nos últimos meses, tive a oportu-nidade de estudar e aprender maissobre o sacriício expiatório do Sal-

 vador e sobre como Ele Se preparoupara azer essa oerta eterna para cadaum de nós.

Sua preparação começou na vidapré-mortal, quando Se apresentou a

Seu Pai, dizendo: “Faça-se a tua von-tade e seja tua a glória para sempre”.1  A partir daquele momento e até hoje,Ele exerce Seu arbítrio para aceitare levar a eeito o plano de nosso PaiCelestial. As escrituras ensinam quedurante Sua juventude, Ele “[tratou]dos negócios de [Seu] Pai” 2 e “espe-rava no Senhor pela vinda do tempode seu ministério”.3 Aos 30 anos,soreu duras tentações, mas decidiu

resistir, dizendo: “Vai-te para trás demim, Satanás”.4 No Getsêmani, conoem Seu Pai, declarando: “Todavia nãose aça a minha vontade, mas a tua” 5,e depois exerceu Seu arbítrio parasorer por nossos pecados. Ao longoda humilhação de um julgamentopúblico e da agonia da crucicação,

Ele esperou em Seu Pai, dispostoa ser “erido por causa das nossastransgressões, e moído por causa dasnossas iniquidades”.6 Mesmo quandoclamou: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?”7 Ele esperouem Seu Pai, exercendo Seu arbítriopara perdoar Seus inimigos8, provi-denciar o cuidado necessário a Suamãe9, e suportar até o m, até queSua vida e missão mortais estivessemconcluídas.10

 Tenho ponderado muitas vezes poque o Filho de Deus e Seus santosproetas e todos os santos éis têmdiculdades e tribulações, mesmoquando procuram azer a vontadedo Pai Celestial? Por que é tão diícil,especialmente para eles?

Penso em Joseph Smith, quesuportou uma doença quando menine enrentou perseguição ao longode sua vida. Tal como o Salvador,

Élder Robert D. HalesDo Quórum dos Doze Apóstolos

Esperar no Senhor: SejaFeita a Tua VontadeO propósito de nossa vida na Terra é crescer, desenvolver e ortalecer-nos por meio de nossas próprias experiências.

Ele pode levá-los para mais pertode Deus do que qualquer outro livro.Ele pode mudar sua vida para melhor.Peço que açam o que um compa-nheiro missionário meu ez. Ele tinhaugido de casa, na adolescência, ealguém pôs um Livro de Mórmon emuma caixa que ele levara consigo emsua busca da elicidade.

Os anos se passaram. Ele mudoude um lugar para outro pelo mundointeiro. Estava solitário e ineliz, certo

dia, quando viu a caixa. Ela estavacheia de coisas que ele carregava con-sigo. No undo da caixa, encontrou oLivro de Mórmon. Leu a promessa quehavia nele e a pôs à prova. Soube queo livro era verdadeiro. Esse testemu-nho mudou sua vida e ele encontrouuma elicidade maior do que sonhara.

Seu Livro de Mórmon pode estaroculto de sua vista devido aos cuida-dos e atenções a tudo o que vocêsacumularam em sua jornada. Peço quese banqueteiem prounda e requen-

temente em suas páginas. Ele contéma plenitude do evangelho de JesusCristo, que é o único caminho de voltaao nosso lar com Deus.

Deixo-lhes meu rme testemunhode que Deus vive e responde a suasorações. Jesus Cristo é o Salvador domundo. O Livro de Mórmon é umatestemunha verdadeira e segura deque Ele vive, de que Ele é nosso Sal-

 vador ressuscitado e vivo.O Livro de Mórmon é uma teste-

munha preciosa. Deixo-lhes esse meutestemunho no sagrado nome de JesusCristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Mosias 18:9.2. Mosias 2:17.3. Morôni 7:47.4. Ver 3 Né 17:21–22.5. Marion G. Romney, Conference Report ,

outubro de 1963, p. 23.6. Mosias 2:30.7. Morôni 10:32.

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72 A L i a h o n a

ele clamou: “Ó Deus, onde estás?”11 No entanto, mesmo quando estavaaparentemente sozinho, exerceu seu

arbítrio para esperar no Senhor e azera vontade de Seu Pai Celestial.

Penso em nossos antepassados pio-neiros, ao serem expulsos de Nauvooe ao cruzarem as planícies, exercendoseu arbítrio para seguir um proeta,mesmo passando por doenças, priva-ções e alguns até pela morte. Por quetão terrível tribulação? Para quê? Comque nalidade?

 Ao azermos essas perguntas,percebemos que o propósito de nossa

 vida na Terra é crescer, desenvolver eortalecer-nos por meio de nossas pró-prias experiências. Como azemos isso?

 As escrituras nos dão uma resposta emuma rase simples: “[esperamos] noSenhor”.12 Todos temos testes e prova-ções. Esses desaos mortais permitemque nós e nosso Pai Celestial vejamosse vamos exercer nosso arbítrio paraseguir Seu Filho. Ele já sabe, e nóstemos a oportunidade de aprender

que, não importa quão diíceis sejamas nossas circunstâncias, “todas essascoisas [nos] servirão de experiência e

serão para o [nosso] bem”.13

Será que isso signica que semprecompreenderemos nossos desaos?

 Acaso não teremos, todos nós, emalgum momento, motivos para per-guntar: “Ó Deus, onde estás?”14 Sim!Quando o cônjuge morre, o compa-nheiro questiona. Quando surgem di-culdades nanceiras em uma amília,o pai se pergunta. Quando os lhosse desviam do caminho, a mãe e o paiclamam angustiados. Sim, “o choro

pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”.15 Então, nessaalvorada, com nossa é e compreensãoaumentadas, erguemo-nos e decidi-mos esperar no Senhor, dizendo: “Sejaeita a tua vontade”.16

O que, então, signica esperar noSenhor? Nas escrituras, a palavra espe-rar signica ter esperança, aguardare conar. A esperança e a conançano Senhor exigem é, paciência,

humildade, mansidão, longanimidadeobediência aos mandamentos e perse verança até o m.

Esperar no Senhor signica plantara semente da é e nutri-la “com grandesorço e com paciência”.17

Signica orar como o ez o Sal- vador — a Deus, nosso Pai Celestial— dizendo “Venha o teu reino. Sejaeita a tua vontade”.18 É uma oraçãode todo o coração, em nome do nossSalvador, Jesus Cristo.

Esperar no Senhor signica ponde-rar no coração e “[receber] o EspíritoSanto” para que possamos saber “todaas coisas que [devemos] azer”.19

 À medida que seguimos os sussurrodo Espírito, descobrimos que “a tribu-lação produz a paciência”20 e aprende-mos a “[continuar] pacientemente atéque [sejamos] apereiçoados”.21

Esperar no Senhor signica “[per-manecer] rmes na é”22, “tendo umpereito esplendor de esperança”.23

Signica “[conar] somente nos

méritos de Cristo”24 e “[dizer], com oauxílio de [Sua] graça: Seja eita a tua

 vontade, ó Senhor, e não a nossa”.25

 Ao esperar no Senhor, somos“inabaláveis na obediência aos man-damentos” 26, sabendo que “um dia[descansaremos] de todas as [nossas]afições”.27

E “não [rejeitamos] (…) a [nossa]conança”28 de que “todas as coisasque [nos] tiverem afigido reverterãopara o [nosso] bem”.29

 As afições virão de todas as ormae tamanhos. O que aconteceu com Jónos lembra do que podemos vir a terque suportar. Jó perdeu todas as suasposses, inclusive sua terra, sua casae seus animais, seus amiliares, suareputação, sua saúde ísica e até seubem-estar mental. Mesmo assim, esperou no Senhor e prestou um vigorosotestemunho pessoal: Ele disse:

“Porque eu sei que o meu Redento

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 vive, e que por m se levantará sobrea terra:E depois de consumida a minha

pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus”.30

“Ainda que ele me mate, neleesperarei.”31

Mesmo com o magníco exemplode Jó, dos proetas e do Salvador,ainda assim achamos diícil esperarno Senhor, especialmente quando nãopodemos compreender plenamente

Seu plano e propósito para nós.Essa compreensão em geral é dada“linha sobre linha [e] preceito sobrepreceito”.32

Na minha vida, aprendi que, às vezes, não recebo resposta a umaoração porque o Senhor sabe que nãoestou pronto. Quando Ele responde,muitas vezes é só “um pouco aqui eum pouco ali”33, porque isso é tudoo que posso suportar ou tudo o queestou disposto a azer.

Muitas vezes, oramos para ter

paciência, mas queremos isso agoramesmo! Quando jovem, o PresidenteDavid O. McKay orou por um teste-munho da veracidade do evangelho.Muitos anos depois, quando estava emmissão na Escócia, o testemunho nal-mente chegou. Mais tarde, ele escre-

 veu: “Foi uma conrmação para mimde que a oração sincera é respondida‘em seu devido tempo e lugar’”.34

 Talvez não saibamos quando oucomo as respostas do Senhor serão

dadas, mas no Seu tempo e a Seumodo. Testico que as respostas virão. Para algumas respostas, talveztenhamos de esperar até a vida utura.Isso se aplica a algumas promessasde nossa bênção patriarcal e a certasbênçãos para nossos amiliares. Nãodesistamos do Senhor. Suas bênçãossão eternas e não temporárias.

Quando esperamos no Senhor,temos a inestimável oportunidade de

descobrir que há muitos que esperampor nós. Nossos lhos esperam quelhes mostremos paciência, amor ecompreensão. Nossos pais esperamque mostremos gratidão e compaixão.Nossos irmãos e irmãs esperam quesejamos tolerantes, misericordiosos e

dispostos a perdoar. Nosso cônjugeespera que o amemos como o Salva-dor amou cada um de nós.

 Ao suportarmos sorimento ísico,camos cada vez mais cientes doquanto as pessoas esperam de cadaum de nós. Por todas as Marias e Mar-tas, por todos os bons samaritanos queministram aos enermos, socorrem osracos e cuidam dos que estão mentale sicamente enraquecidos, sinto agratidão de um Pai Celestial amoroso e

de Seu Filho Amado. Em nosso minis-tério cristão diário, vocês esperam noSenhor e azem a vontade de seu PaiCelestial. A promessa Dele para vocêsé bem clara: “Quando o zestes a umdestes meus pequeninos irmãos, a mimo zestes”.35 Ele conhece seus sacrií-cios e seus sorimentos. Ele ouve suasorações. A paz e o descanso [do PaiCelestial] serão seus, se continuarem aesperar Nele com é.

Cada um de nós é mais amado pelSenhor do que podemos compreendeou imaginar. Sejamos, portanto, maisbondosos uns com os outros e paracom nós mesmos. Lembremo-nos deque, ao esperar no Senhor, cada umde nós está-se tornando um “santo[pela Sua] expiação (…) submisso,manso, humilde, paciente, cheio deamor, disposto a submeter-se a tudoquanto o Senhor achar que [nos] devainfigir, assim como uma criança se

submete a seu pai”.

36

Essa oi a submissão de nossoSalvador ao Pai, no Jardim do Getsê-mani. Ele implorou a Seus discípulos:“Velai comigo”; mas, por três vezes,Ele voltou até onde estavam e osencontrou com os olhos pesados desono.37 Sem a companhia daquelesdiscípulos e, por m, sem a presençade Seu Pai, o Salvador escolheu sorenossas “dores e afições e tentações dtoda espécie”.38 Tendo um anjo sidoenviado para ortalecê-Lo,39 Ele “não

recuou de beber a taça amarga”.40 Eleesperou em Seu Pai, dizendo: “Faça-sa tua vontade”41 e humildemente,pisou o lagar sozinho.42 Como um deSeus Doze Apóstolos, nestes últimosdias, oro para que sejamos ortaleci-dos para vigiar com Ele e esperar Nelem todos os nossos dias.

Nesta manhã do Dia do Senhor,expresso gratidão por não estarmossozinhos nem no meu Getsêmani43 nem no de vocês. Ele, que zela por

nós, “não tosquenejará nem dormirá”.4

Seus anjos, aqui na Terra e além do véu, estão “ao [nosso] redor para [nos]suster”.45 Presto meu especial teste-munho de que a promessa de nossoSalvador é verdadeira, pois Ele diz: “Oque esperam no Senhor renovarão asorças, subirão com asas como águias;correrão, e não se cansarão; caminha-rão, e não se atigarão”.46 Que espere-mos Nele, prosseguindo rmemente

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74 A L i a h o n a

Há muitos anos, meu trisavôsegurou pela primeira vez umexemplar do Livro de Mórmon.

Ele o abriu e leu algumas páginas.Depois, declarou: “Este livro oi escritopor Deus ou pelo diabo e vou desco-brir quem o escreveu”. Ele o leu duas

 vezes de capa a capa nos dez diasseguintes e depois declarou: “O diabonão poderia tê-lo escrito. Tem que serde Deus”.1

Esse é o aspecto brilhante do Livrode Mórmon: não há meio-termo. Ele éa palavra de Deus, como proclama, oué uma raude total. O livro não alegaser apenas um tratado moral, umcomentário teológico ou uma coletâ-nea de escritos perspicazes. Ele alegaser a palavra de Deus: cada rase,

cada versículo, cada página. JosephSmith declarou que um anjo de Deuso conduziu até as placas de ouro, quecontinham escritos de proetas daantiga América e que ele traduziu asplacas por poderes divinos. Se essahistória or verdadeira, então o Livrode Mórmon é escritura sagrada talcomo proessa ser. Caso não seja, éuma arsa sosticada, mas não obs-tante, diabólica.

C. S. Lewis reeriu-se a um dilemasemelhante com que se deparariaalguém que precisasse decidir seaceitaria ou rejeitaria a divindade doSalvador — da mesma orma, nãohaveria meio-termo: “Tento impedirqualquer pessoa de repetir as coi-

sas realmente insensatas que muitosdizem a respeito Dele: ‘Estou dispostoa aceitar Jesus como um grande mes-tre moralista, mas não aceito Sua ar-mação de que é Deus’. Essa é a únicacoisa que não podemos dizer. Umhomem que osse apenas um homeme dissesse as coisas que Jesus dissenão seria um grande mestre moralista(…) Precisamos azer uma escolha.

 Aquele homem oi, e é, o Filho deDeus ou não passava de um louco

ou coisa pior. (…) Mas que ninguém venha, com absurda condescendênciadizer que Ele oi um grande mestrehumanitário. Ele não nos deixou essaopção. Não era essa sua intenção”.2

Da mesma maneira, precisamosazer uma simples escolha em relaçãoao Livro de Mórmon — ele é de Deusou é do diabo. Não há outra opção.Peço a todos que açam o teste que

 vai ajudá-los a determinar a verdadeir

Élder Tad R. CallisterDa Presidência dos Setenta

O Livro de Mórmon —Um Livro de Deus Juntamente com a Bíblia, o Livro de Mórmon é umatestemunha indispensável das doutrinas de Cristo e de Sua divindade.

com é, para podermos dizer em nos-sas orações: “Faça-se a tua vontade”,47 e retornar a Ele com honra. No sagradonome de nosso Salvador e Redentor,sim, Jesus Cristo. Amém. ◼NOTAS

1. Moisés 4:2.2. Lucas 2:49.3. Tradução de Joseph Smith, Mateus 3:24;

Seleções da Tradução de Joseph Smith daBíblia em Inglês.

4. Lucas 4:8.5. Lucas 22:42.6. Isaías 53:5; Mosias 14:5.7. Mateus 27:46; Marcos 15:34.

8. Ver Lucas 23:34.9. Ver João19:27.

10. Ver João19:30.11. Doutrina e Convênios 121:1.12. Salmos 37:9; 123:2; Isaías 8:17; 40:31;

2 Né 18:17.13. Doutrina e Convênios 122:7.14. Doutrina e Convênios 121:1.15. Salmos 30:5.16. Mateus 6:10; 3 Né 13:10; ver também

Mateus 26:39.17. Alma 32:41.18. Mateus 6:10; Lucas 11:2.19. 2 Né 32:5.20. Romanos 5:3.21. Doutrina e Convênios 67:13.

22. Alma 45:17.23. 2 Né 31:20.24. Morôni 6:4.25. Doutrina e Convênios 109:44.26. Alma 1:25.27. Alma 34:41.28. Hebreus 10:35.29. Doutrina e Convênios 98:3.30. Jó 19:25–26.31. Jó 13:15.32. 2 Né 28:30.33. 2 Né 28:30.34. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

 David O. McKay, 2003, p. xviii.35. Mateus 25:40.36. Mosias 3:19.37. Mateus 26:38; ver também versículos

39–45.38. Alma 7:11.39. Ver Lucas 22:43.40. “Lembrando a Morte de Jesus”, Hinos, 

nº 111; ver também 3 Né 11:11; Doutrinae Convênios 19:18–19.

41. Mateus 26:42.42. Ver Doutrina e Convênios 76:107; 88:106;

133:50.43. “Onde Encontrar a Paz?” Hinos, nº 73.44. Salmos 121:4.45. Doutrina e Convênios 84:88.46. Isaías 40:31.47. Mateus 26:42.

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natureza desse livro. Perguntem a simesmos se as seguintes escrituras doLivro de Mórmon os aproximam mais

de Deus ou do diabo:“Banqueteai-vos com as palavrasde Cristo; pois que as palavras deCristo vos dirão todas as coisas quedeveis azer” (2 Né 32:3).

Ou estas palavras de um paiamoroso a seus lhos: “E agora, meuslhos, lembrai-vos, lembrai-vos de queé sobre a rocha de nosso Redentor,que é Cristo, o Filho de Deus, quedeveis construir os vossos alicerces”(Helamã 5:12).

Ou estas palavras de um proeta:

“Vinde a Cristo, sede apereiçoadosnele” (Morôni 10:32).

Será que essas declarações doLivro de Mórmon poderiam ter sidoescritas pelo maligno? Depois que oSalvador expulsou certos diabos, osariseus alegaram que Ele o zera “porBelzebu, príncipe dos demônios”. OSalvador respondeu dizendo que essaconclusão não azia sentido: “Todo oreino”, disse Ele, “dividido contra simesmo é devastado; e toda (…) casa,

dividida contra si mesma não subsis-tirá”. E depois, Seu clímax pungente:“E, se Satanás expulsa a Satanás,está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?” (Mateus12:24–26; grio do autor.)

Se essas escrituras do Livro de Mór-mon nos ensinam a adorar e a amar oSalvador, e a servi-Lo (como o azem),como podem ser do diabo? Se ossem,ele estaria dividido contra si mesmo e,

assim, estaria destruindo seu próprioreino, exatamente a condição que oSalvador disse que não poderia existir.

Uma leitura sincera e imparcial doLivro de Mórmon nos ará chegar àmesma conclusão que meu trisavôchegou: “O diabo não poderia tê-loescrito. Tem que ser de Deus”.

Mas por que o Livro de Mórmoné tão essencial, se já temos a Bíbliapara nos ensinar sobre Jesus Cristo?

 Alguma vez já se perguntaram porque existem tantas igrejas cristãs nomundo atualmente, já que todas tiramsuas doutrinas essencialmente damesma Bíblia? É porque elas interpre-

tam a Bíblia de maneira dierente. Seinterpretassem da mesma maneira,seriam a mesma igreja. Essa não é acondição que o Senhor deseja, poiso Apóstolo Paulo declarou que há“um só Senhor, uma só é, um sóbatismo” (Eésios 4:5). Para que hajaessa unidade, o Senhor estabeleceuuma lei divina de testemunhas. Pauloensinou: “Por boca de duas ou trêstestemunhas será conrmada toda apalavra” (II Coríntios 13:1).

 A Bíblia é uma testemunha de JesusCristo, o Livro de Mórmon é outra.Por que essa segunda testemunha étão crucial? A seguinte ilustração podeajudar: quantas linhas retas você podetraçar, passando por um único ponto,em uma olha de papel? A respostaé: innitas. Suponha agora que esseponto único representa a Bíblia, queas centenas de linhas retas traçadaspassando por esse ponto representam

as dierentes interpretações da Bíbliae que cada uma dessas interpretaçõesrepresenta uma igreja dierente.

O que aconteceria, porém, senaquela olha de papel houvesse umsegundo ponto representando o Livrode Mórmon? Quantas linhas retas vocpode desenhar passando por essesdois pontos de reerência — a Bíbliae o Livro de Mórmon? Apenas uma.

 Apenas uma interpretação das doutri-nas de Cristo sobrevive ao testemunhdessas duas testemunhas.

 Vez após vez, o Livro de Mórmonage como uma testemunha conrma-dora, esclarecedora e unicadora das

doutrinas ensinadas na Bíblia, paraque haja apenas “um só Senhor, umasó é, um só batismo”. Por exemplo:algumas pessoas questionam se obatismo é essencial para a salvação,embora o Salvador tenha declarado aNicodemos: “Aquele que não nascerda água e do Espírito, não pode entrano reino de Deus” ( João 3:5). O Livrode Mórmon, no entanto, elimina todaas dúvidas sobre o assunto: “E ordenaa todos os homens que se arrependam

e sejam batizados em seu nome, (…)pois do contrário não poderão ser sal vos no reino de Deus” (2 Né 9:23).

Existem vários modos de batismosno mundo de hoje, embora a Bíblianos inorme a maneira pela qual oSalvador, o nosso grande Exemplo,oi batizado: “[Ele] saiu logo da água”(Mateus 3:16). Será que Ele poderiater saído da água, sem que, primeiro,tivesse entrado na água? Para que não

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haja qualquer discordância sobre esseassunto, o Livro de Mórmon desaz adúvida com esta armação bem clarada doutrina reerente à maneira cor-reta do batismo: “E então os imergireisna água” (3 Né 11:26).

Muitos acreditam que as revelaçõesencerraram-se com a Bíblia, emboraa própria Bíblia seja um testemunhodo padrão de revelação do Senhor

ao longo de 4.000 anos de existên-cia do homem. Mas uma doutrinaincorreta é como um dominó que, aoser movido, derruba outros dominósou, neste caso, derruba as doutrinascorretas. A crença na inexistência dasrevelações derruba a doutrina de que“Deus é o mesmo ontem, hoje e parasempre” (Mórmon 9:9); derruba adoutrina ensinada por Amós de que“certamente o Senhor Deus não arácoisa alguma, sem ter revelado o seu

segredo aos seus servos, os proe-tas” (Amós 3:7); e derruba a doutrinade que “Deus não az acepção depessoas” (Atos 10:34) e, portanto, alaa todos os homens de todas as eras.Mas, elizmente, o Livro de Mórmonentroniza a verdade bíblica da revela-ção contínua:

“E novamente alo a vós, quenegais as revelações de Deus edizeis que elas cessaram, que não há

revelações nem proecias. (…)“Não lemos que Deus é o mesmo

ontem, hoje e para sempre (…) ?”(Mórmon 9:7, 9).

Em outras palavras, se Deus, que éimutável, alou em tempos passados,da mesma orma Ele alará nos temposmodernos.

 A lista de conrmações e esclare-cimentos doutrinários prossegue, mas

nada é mais vigoroso ou pungenteque os discursos do Livro de Mórmonsobre a Expiação de Jesus Cristo. Vocêgostaria de ter gravado em sua almaum testemunho inegável de que oSalvador desceu abaixo dos pecadosque você cometeu, e que nenhumpecado, nenhuma diculdade mortalestá ora do alcance misericordiosode Sua Expiação — que para cadauma de suas afições, Ele tem umremédio com sublime poder de cura?

Então, leia o Livro de Mórmon. Ele vaiensinar-lhe e testemunhar-lhe que aExpiação de Cristo é innita, por-que abrange, engloba e transcendetoda raqueza mortal conhecida pelohomem. É por isso que o proeta Mór-mon declarou: “[Tereis] esperança (…)por intermédio da expiação de Cristo”(Morôni 7:41).

Não surpreende que o Livro deMórmon proclame com destemor:

“E se acreditardes em Cristo, acre-ditareis nestas palavras, porque sãoas palavras de Cristo” (2 Né 33:10).

 Juntamente com a Bíblia, o Livro deMórmon é uma testemunha indis-pensável das doutrinas de Cristo ede Sua divindade. Juntamente coma Bíblia, ele “[ensina] a todos oshomens que devem azer o bem”(2 Né 33:10). E, juntamente coma Bíblia, ele nos conduz a “um sóSenhor, uma só é, um só batismo”.

É por isso que o Livro de Mórmon étão crucial em nossa vida.Há alguns anos, participei de um

dos nossos serviços de adoração em Toronto, Canadá. Uma moça de qua-torze anos de idade ez o discurso. Eldisse que estivera conversando sobrereligião com uma de suas amigas daescola. A amiga perguntou: “A quereligião você pertence?”

Ela respondeu: “A Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Dias oumórmons”.

 A amiga replicou: “Conheço essaIgreja, e sei que não é verdadeira”.

“Como você sabe?” oi a resposta.“Porque”, disse a amiga, “pesquisei

a respeito dela”.“Você já leu o Livro de Mórmon?”“Não”, oi a resposta. “Não li.”

 Ao que a jovem respondeu comdoçura: “Então, você não pesquisoua minha Igreja, porque eu li todas aspáginas do Livro de Mórmon e sei qué verdadeiro”.

Eu também li todas as páginas doLivro de Mórmon, muitas e muitas vezes, e presto meu solene testemu-nho, igual ao meu trisavô, de que eleé de Deus. Em nome de Jesus Cristo.

 Amém. ◼NOTAS

1. Willard Richards, LeGrand Richards, UmaObra Maravilhosa e um Assombro, ed. rev1972, pp. 81–82.

2. C. S. Lewis, Mere Christianity , 1952, pp.40–41.

Jundiaí, Brasil 

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Não há palavras para descrever omomento sagrado em que umnovo pai toma a lha nos bra-

ços pela primeira vez. Neste ano, trêsde nossos lhos tornaram-se pais demeninas. Enquanto eu observava Jon,nosso lho vigoroso e orte, jogadorde rúgbi, segurar sua primeira lhanos braços, ele olhou para ela comreverente ternura e, em seguida, olhou

para mim com uma expressão queparecia dizer: “Como aço para criaruma menina?”

Nesta manhã, gostaria de alarpara nossos lhos e para todos ospais. Como um pai pode criar umalha eliz e bem ajustada no mundocada vez mais conturbado de hoje?

 A resposta oi dada pelos proetasdo Senhor. É uma resposta simples e

 verdadeira: “A coisa mais importanteque um pai pode azer por sua [lha]

é amar a mãe [dela]”.1

Pelo modo queama a mãe dela, você vai ensinar asua lha ternura, lealdade, respeito,compaixão e devoção. Ela vai apren-der com seu exemplo o que espe-rar dos rapazes e quais qualidadesprocurar em um uturo cônjuge. Vocêpode mostrar a sua lha, pelo modoque você ama e honra sua esposa,que ela jamais deve se contentar commenos. Seu exemplo vai ensinar sua

lha a valorizar a eminilidade. Vocêestá mostrando que ela é uma lhade nosso Pai Celestial, que a ama.

 Ame tanto a mãe dela de modoque seu casamento seja celestial. Umcasamento no templo para esta vidae para toda a eternidade é algo dignode seus maiores esorços e da maisalta prioridade. Só depois de ter con-cluído o templo no deserto, oi que

Né declarou: “E vivemos elizes”.2  A elicidade é encontrada no templo.No cumprimento dos convênios. Nãopermita que em sua vida ou em suacasa entre qualquer infuência que oaça comprometer seus convênios ousua devoção à esposa e amília.

Nas Moças, estamos ajudando sualha a entender a identidade delacomo lha de Deus e a importân-cia de manter-se virtuosa e digna dereceber as bênçãos do templo e de

um casamento no templo. Estamosensinando a sua lha a importância deazer e guardar convênios sagrados.Estamos ensinando-a a comprome-ter-se agora a viver de modo que possasempre ser digna de entrar no temploe a não permitir que nada a atrase,distraia ou a desqualique em relaçãoa esse objetivo. Seu exemplo, comopai dela, ala mais alto do que nossasmais importantes palavras. As moças

se preocupam com seus pais. Muitasexpressam que seu maior desejo éque estejam eternamente unidos comoamília. Elas querem que vocês estejamlá quando elas orem ao templo ou secasarem no templo. Fiquem perto desua lha e ajudem-na a preparar-se e apermanecer digna de entrar no temploQuando ela zer doze anos de idade,levem-na com vocês ao templo muitas

 vezes para realizar batismos por seusantepassados e por outros. Ela vai

guardar com carinho essas lembrançaspara sempre. A cultura popular de hoje procura

minar e menosprezar seu papel eterncomo patriarca e pai, e minimizar suaresponsabilidades mais importantes.Elas lhes oram dadas “segundo omodelo divino” e, como pais, vocêsdevem “presidir a amília com amore retidão, tendo a responsabilidadede atender às necessidades de seusamiliares e de protegê-los”.3

Pais: vocês são os guardiões de

seu lar, de sua mulher e de seuslhos. Atualmente, “não é ácil pro-teger a amília contra intrusões domal na mente e no espírito [deles].(…) Essas infuências podem entrarlivremente no lar, e o azem. Satanás[é muito esperto]. Ele não precisaarrombar a porta”.4

 Vocês precisam ser guardiões da virtude. “Um portador do sacerdócioé virtuoso. O comportamento virtuosimplica [ter] pensamentos e atos puro

e limpos. (…) A virtude é (…) um atrbuto da divindade.” Ela se “assemelhaà santidade”.5 Os valores das Moçassão atributos cristãos que incluemo valor da virtude. Conclamamos

 vocês a unirem-se a nós para lideraro mundo em um retorno à virtude.Para azê-lo, vocês devem “praticar a

 virtude e a santidade”,6 eliminando desua vida tudo que seja maligno ou nãcondizente com um portador do sant

Elaine S. DaltonPresidente Geral das Moças

Amem a Mãe DelaComo um pai pode criar uma flha eliz e bem ajustada nomundo cada vez mais conturbado de hoje? A resposta oi dada pelos proetas do Senhor.

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sacerdócio de Deus. “Que a virtudeadorne teus pensamentos incessante-mente; então tua conança se orta-lecerá na presença de Deus; (…) e oEspírito Santo será teu companheiroconstante.”7 Portanto, tomem cuidadocom o que veem na mídia de entre-tenimento visual ou impressa. Sua

 virtude pessoal será um modelo parasuas lhas e também para seus lhos,do que é a verdadeira orça e coragemmoral. Sendo um guardião da virtudeem sua própria vida, em seu lar e na

 vida de seus lhos, vocês mostrarãoa sua esposa e suas lhas o que é o

 verdadeiro amor. Sua pureza pessoallhes dará poder.

 Vocês são guardiões de suas lhasmais do que no sentido legal. Estejampresentes na vida de sua lha. Façamcom que ela conheça seus padrões,suas expectativas, suas esperanças eseus sonhos em relação ao sucesso e àelicidade dela. Entrevistem-na, conhe-çam seus amigos e, quando chegar

o momento, seus namorados. Aju-dem-na a compreender a importânciados estudos. Ajudem-na a compreen-der que o princípio do recato é umaproteção. Ajudem-na a escolher músi-cas e mídias que propiciem a presençado Espírito e que sejam condizentescom a identidade divina dela. Façamparte ativa da vida dela. E, se na ado-lescência, ela não voltar para casa nahora marcada, após um encontro, não

deixem de ir buscá-la. Ela vai resistire dizer que vocês arruinaram a vidasocial dela, mas, por dentro, ela saberáque vocês a amam e que se importamo suciente com ela para serem seusguardiões.

 Vocês não são homens comuns.Devido a seu valor na esera pré-mortal, vocês se qualicaram para serlíderes e para ter o poder do sacer-dócio. Nessa esera, vocês mostraram“grande é e (…) boas obras”, e estãoaqui agora para azer o mesmo.8 Seu

sacerdócio os separa do mundo.Em poucas semanas, nossos três

lhos darão a suas respectivas lhasum nome e uma bênção. Esperoque seja a primeira de muitas bên-çãos do sacerdócio que receberãode seus pais, porque no mundo emque irão crescer, precisarão dessasbênçãos. Sua lha vai valorizar osacerdócio e decidir no coração queé isso que deseja em seu uturo lar eamília. Sempre se lembrem de que

“os direitos do sacerdócio são insepa-ravelmente ligados com os poderesdo céu” e que eles só “podem sercontrolados (…) de acordo com osprincípios da retidão”.9

Pais: vocês são o herói de sua lha.Meu pai era meu herói. Toda noite eucostumava esperar ele voltar, sentadanos degraus de nossa casa. Ele mepegava no colo e me girava no ar edepois me deixava colocar os pés

sobre seus sapatos grandes e dan-çava comigo pela casa. Eu adorava odesao de tentar seguir todos os seuspassos. Ainda adoro.

Pais: vocês sabiam que seu teste-munho tem uma infuência vigorosaem suas lhas? Eu sabia que meu paitinha um testemunho. Sabia que eleamava o Senhor. E como meu paiamava o Senhor, eu também O amavaEu sabia que ele se importava comas viúvas porque ele usou suas érias

para pintar a casa da viúva que eranossa vizinha. Eu achei que aquelasoram as melhores érias que nossaamília já tivera porque ele me ensi-nou a pintar! Vocês vão abençoar a

 vida de sua lha nos anos vindouros,se procurarem maneiras de passar otempo com ela e de compartilhar seutestemunho com ela.

No Livro de Mórmon, Abis oiconvertida quando seu pai compar-tilhou com ela a extraordinária visãoque ele teve. Por muitos anos, ela

guardou seu testemunho no coraçãoe viveu dignamente, em uma socie-dade muito iníqua. Então, chegou ummomento em que não pôde mais caquieta, e ela correu de casa em casapara compartilhar seu testemunho eos milagres que vira na corte do rei.

 A orça da conversão e o testemunhode Abis ajudaram a mudar toda umasociedade. As pessoas que a ouviramtesticar tornaram-se “[convertidas]ao Senhor [e] nunca apostataram”,

e seus lhos se tornaram os jovensguerreiros! 10

Como diz a letra de um hino eminglês: “Erguei-vos, ó homens deDeus!”11 Essa é uma conclamação a

 vocês, homens que possuem o santosacerdócio de Deus. Que seja ditode vocês como oi dito do capitãoMorôni:

“[Ele] era um homem orte epoderoso; (…) um homem de pereit

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Élder Hales, em nome de todos,expressamos nosso proundoamor e nos sentimos gratos por

tê-lo aqui conosco.Desde a conerência geral de abril

passado, minha mente se concentrourepetidas vezes na questão da impor-

tância de um nome. Nesses últimosmeses, vários bisnetos chegaram anossa amília. Embora pareçam chegarmais rápido do que consigo acom-panhar, todas as crianças são muitobem-vindas em nossa amília. Cadauma delas recebeu um nome especial,escolhido pelos pais, um nome queserá conhecido por toda a vida dela,distinguindo-a de todas as outras pes-soas. Isso acontece em todas as amíliase em todas as religiões do mundo.

O Senhor Jesus Cristo sabia comoera importante denir claramente onome de Sua Igreja nestes últimosdias. Na seção 115 de Doutrina eConvênios, Ele próprio dá um nome àIgreja: “Pois assim será a minha igrejachamada nos últimos dias, sim, AIgreja de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias” (versículo 4).

E o rei Benjamim ensinou oseguinte a seu povo, na época do

Livro de Mórmon:“Quisera, portanto, que tomásseis

sobre vós o nome de Cristo, todos vóque haveis eito convênio com Deusde serdes obedientes até o m de

 vossa vida. (…)E quisera que também vos lem-

brásseis de que este é o nome que eudisse que vos daria e que nunca seriaapagado, a menos que o osse devidoa transgressão; portanto tomai cuidadpara não transgredirdes, a m de queo nome não seja apagado de vossocoração (Mosias 5:8, 11).

 Tomamos o nome de Cristo sobrenós nas águas do batismo. Renovamoo eeito desse batismo a cada semanaao tomar o sacramento, declarandonossa disposição de tomar Seu nome

sobre nós e prometendo sempre lem-brar-nos Dele (ver D&C 20:77, 79).Será que nos damos conta do quão

abençoados somos por tomar sobrenós o nome do Filho Amado e Unigênito de Deus? Será que compreende-mos como isso é signicativo? O nomdo Salvador é o único nome dadodebaixo dos céus pelo qual o homempode ser salvo (ver 2 Né 31:21).

Como se lembram, o Presidente

Élder M. Russell BallardDo Quórum dos Doze Apóstolos

A Importânciade um NomeVamos criar o hábito (…) de deixar claro que A Igreja de  Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é o nome pelo qual o próprio Senhor instruiu que devemos ser conhecidos.

compreensão; (…) um homem rmena é em Cristo. (…)Se todos os homens tivessem sido

e ossem e pudessem sempre sercomo Morôni, eis que os própriospoderes do inerno teriam sido abala-dos para sempre; (…) o diabo nuncateria poder sobre o coração dos lhosdos homens.”12

Irmãos, pais, rapazes: “Sejam leaisao que há de nobre em vocês”.13

Então, como vocês criam uma

menina? Amem a mãe dela. Levem suaamília ao templo, sejam guardiões da virtude e magniquem seu sacerdócio.Pais, a vocês oram conadas lhas denobre estirpe pelo Pai Celestial. Elassão virtuosas e eleitas. É minha oraçãoque vocês zelem por elas, que asortaleçam, que moldem um compor-tamento virtuoso e que as ensinema seguir todos os passos do Salvador— porque Ele vive! Em nome de JesusCristo. Amém. ◼

NOTAS

1. O Presidente David O. McKay mencionouessa declaração de Theodore Hesburgh,em “Quotable Quotes”, [Citações Citáveis] Reader’s Digest, janeiro de 1963, p. 25; ver também Richard Evans’ Quote Book [O Livrode Citações de Richard Evans], 1971, p. 11.

2. 2 Né 5:27.3. “A Família: Proclamação ao Mundo”,

 A Liahona, novembro de 2010, últimacontracapa.

4. A. Theodore Tuttle, “The Role o Fathers”,[O Papel dos Pais], Ensign, janeiro de 1974,p. 67.

5. Ezra Tat Benson, “Godly Characteristicso the Master”, [Traços da Divindade doMestre] Ensign, novembro de 1986, p. 46.

6. Doutrina e Convênios 46:33.7. Doutrina e Convênios 121:45–46.8. Alma 13:3; ver também versículo 2.9. Doutrina e Convênios 121:36.

10. Alma 23:6; ver também Alma 19:16–17;53:10–22.

11. “Rise Up, O Men o God”, [Erguei-vos,Ó Homens de Deus] Hymns, nº 323.

12. Alma 48:11, 13, 17.13. Harold B. Lee, “Be Loyal to the Royal

 within You” [Seja Fiel ao Que Há de Realem Você], Discursos do Ano: Discursos de  Devocionais e Serão de Dez Estacas da BYU de 1973–1974, p. 100.

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Boyd K. Packer abordou a importânciado nome da Igreja na conerência geralde abril passado. Ele explicou que:“Obedientes à revelação, chamamo-nosde A Igreja de Jesus Cristo dos Santosdos Últimos Dias, e não a Igreja Mór-mon” (“Guiados pelo Santo Espírito”, A Liahona, maio de 2011, p. 30).

Como o nome completo da Igrejaé tão importante, repito as revelaçõesdas escrituras, as instruções das cartasda Primeira Presidência de 1982 e

2001 e as palavras de outros apósto-los que incentivaram os membros daIgreja a declarar e ensinar ao mundoque a Igreja é conhecida pelo nomedo Senhor Jesus Cristo. Esse é onome pelo qual o Senhor vai chamar-nos no último dia. É o nome peloqual Sua Igreja será distinguida detodas as outras.

Pensei muito sobre o motivo peloqual o Salvador deu esse nome dedez palavras para Sua Igreja restau-

rada. Pode parecer longo, mas sepensarmos nele como uma visãogeral descritiva do que é a Igreja,de repente ele se torna maravilho-samente breve, sincero e direto. Deque modo uma descrição poderiaser mais direta e clara e ainda serexpressa em tão poucas palavras?

Cada palavra é esclarecedora eindispensável. A palavra A indica aposição exclusiva da Igreja restaurada

entre as religiões do mundo. As palavras Igreja de Jesus Cristo 

declaram que ela é Sua Igreja. NoLivro de Mórmon, Jesus ensinou: “Ecomo será a minha igreja, se não tivero meu nome? Porque se uma igrejaor chamada pelo nome de Moisés,então será a igreja de Moisés; ouse or chamada pelo nome de umhomem, então será a igreja de umhomem; mas se or chamada pelomeu nome, então será a minha igreja,

desde que estejam edicados sobreo meu evangelho” (3 Né 27:8).

 Dos Últimos Dias explica que é amesma Igreja que Jesus Cristo estabe-leceu em Seu ministério mortal, masque oi restaurada nestes últimos dias.Sabemos que houve um aastamentoda verdade, ou apostasia, tornandonecessária a Restauração de Sua Igreja

 verdadeira e completa em nossos dias.Santos signica que seus membros

O seguem e se esorçam para azer

Sua vontade, guardar Seus manda-mentos e preparar-se novamente para viver na presença Dele e de nosso PaiCelestial no uturo. Santo reere-sesimplesmente ao que procura tornarsua vida santa, azendo o convêniode seguir a Cristo.

O nome que o Salvador deu aSua Igreja nos diz exatamente quemsomos e no que acreditamos. Cre-mos que Jesus Cristo é o Salvador e

Redentor do mundo. Ele expiou ospecados de todos os que se arrepen-derem, rompeu as cadeias da mortee proporcionou a ressurreição dosmortos. Seguimos Jesus Cristo. Talcomo o rei Benjamim disse a seupovo, rearmo a todos nós hoje: “Qusera que vos lembrásseis de conservasempre o [Seu] nome escrito em vossocoração” (Mosias 5:12).

Foi-nos pedido que servíssemos detestemunha Dele “em todos os momen

tos e em todas as coisas e em todos oslugares” (Mosias 18:9). Isso signicaque precisamos estar dispostos a azercom que as pessoas saibam quemseguimos e de quem é a Igreja a quepertencemos: a Igreja de Jesus Cristo.Sem dúvida queremos azer isso emespírito de amor e testemunho. Queremos seguir o Salvador declarando demodo simples e claro, porém humildeque somos membros de Sua Igreja. NóO seguimos sendo santos dos últimos

dias — discípulos modernos. As pessoas e as organizações comrequência recebem apelidos. Um apelido pode ser uma orma abreviada donome ou pode derivar de um acon-tecimento ou alguma característicaísica ou de outra natureza. Emboraos apelidos não tenham a mesmaimportância ou signicado dos nome

 verdadeiros, eles podem ser usadosadequadamente.

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 A Igreja do Senhor, tanto nopassado quanto no presente, teveseus apelidos. Os santos da épocado Novo Testamento eram chamados de cristãos porque proessavam acrença em Jesus Cristo. Esse nome,a princípio usado de modo pejora-tivo por seus detratores, hoje é umnome de distinção e nos sentimoshonrados por sermos chamados deigreja cristã.

Nossos membros são conhecidos

por mórmons porque acreditamos noLivro de Mórmon: Outro Testamentode Jesus Cristo. Outros talvez tentemusar a palavra mórmon de modomais abrangente, inclusive reerin-do-se aos que saíram da Igreja e or-maram vários grupos separados. Essetipo de uso só gera conusão. Somosgratos pelos esorços da mídia emabster-se de usar a palavra mórmon de modo que possa levar o públicoa conundir a Igreja com os políga-

mos ou outros grupos undamenta-listas. Quero armar claramente quenenhum grupo polígamo — inclusiveos que se denominam mórmonsundamentalistas ou outras deriva-ções de nosso nome — tem qualquerliação com A Igreja de Jesus Cristodos Santos dos Últimos Dias.

Embora mórmon não seja onome correto e completo da Igrejae tenha originalmente sido dado por

nossos detratores nos primeiros anosde perseguição, ele tornou-se umapelido aceitável, quando aplicadoaos membros, em vez de à institui-ção. Não precisamos parar de usar onome mórmon, quando adequado,mas devemos continuar a enatizar onome completo e correto da Igrejapropriamente dita. Em outras pala-

 vras, devemos evitar e desencorajar otermo “Igreja Mórmon”.

 Ao longo dos anos em que cum-

pri designações no mundo todo,oi-me perguntado muitas vezes seeu pertencia à Igreja Mórmon. Minharesposta era: “Sou membro da Igrejade Jesus Cristo. Como acreditamosno Livro de Mórmon, que recebeuesse nome por causa de um antigoproeta e líder das Américas e éoutro testamento de Jesus Cristo, às

 vezes somos chamados de mór-mons”. Em todas as ocasiões, essaresposta oi bem aceita e, de ato,

deu-me muitas oportunidades deexplicar a Restauração da plenitudedo evangelho nestes últimos dias.

Irmãos e irmãs, pensem só noimpacto que podemos exercer sim-plesmente ao responder usando onome completo da Igreja, como oSenhor declarou que devemos azer.E, se não puderem imediatamenteusar o nome completo, pelo menosdigam: “Pertenço à Igreja de Jesus

Cristo” e depois expliquem o termo“dos santos dos últimos dias”.

 Alguns podem perguntar: Equanto aos sites da Internet como oMormon.org e outras campanhas demídia patrocinadas pela Igreja? Comoeu disse, às vezes é adequado ree-rir-nos coletivamente aos membroscomo mórmons . Em termos práticosas pessoas que não são de nossareligião nos procuram pesquisandoesse termo. Mas, depois que abrem o

site Mormon.org o devido nome daIgreja é explicado na página principae aparece em cada página adicionaldo site. Não é prático esperar que aspessoas digitem o nome completo dIgreja quando procuram encontrar-nos ou quando entram em nosso site

Embora essas questões práticascontinuem, elas não devem impediros membros de usar o nome com-pleto da Igreja, sempre que possível.

 Vamos criar o hábito em nossa amília

em nossas atividades da Igreja e emnossas interações cotidianas de deixaclaro que A Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias é o nomepelo qual o próprio Senhor instruiuque devemos ser conhecidos.

Uma recente pesquisa de opiniãoindicou que um número demasia-damente grande de pessoas aindanão compreende de modo corretoque o termo mórmon reere-se aos

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82 A L i a h o n a

Meus amados irmãos e irmãs,ouvimos excelentes discursosnesta manhã e cumprimento

todos os que participaram. Ficamosparticularmente contentes de ter oÉlder Robert D. Hales novamenteconosco e sentindo-se melhor. Ama-

mos você, Bob. Ao ponderar o que gostaria de

dizer a vocês nesta manhã, senti-meinspirado a compartilhar certos pensa-mentos e sentimentos que consideropertinentes e oportunos. Oro para queseja guiado em minhas palavras.

 Vivo há 84 anos nesta Terra. Paradar-lhes uma pequena perspectivadisso, nasci no mesmo ano em queCharles Lindbergh ez seu primeiro

 voo solo sem escalas, de Nova York a

Paris, num monoplano de um únicotripulante. Muita coisa mudou nos84 anos que se seguiram. O homem

 já oi à lua e voltou. Na verdade, acção cientíca de ontem tornou-sea realidade de hoje. E essa realidade,graças à tecnologia de nossos dias,está mudando tão rapidamente quemal conseguimos acompanhá-la — seé que conseguimos. Para aqueles quese lembram dos teleones discados e

das máquinas de escrever manuais,a tecnologia atual é mais do quesimplesmente assombrosa.

 Vemos também evoluir rapida-mente a bússola moral da sociedade.

 As condutas que antigamente eramconsideradas impróprias e imorais

hoje são não apenas toleradas, masaté consideradas aceitáveis por muito

Li recentemente no Wall Street  Journal um artigo escrito por JonathaSacks, o rabino principal da InglaterraEntre outras coisas, ele escreveu:“Praticamente em toda sociedadeocidental da década de 1960 houveuma revolução moral, um abandonode toda a ética tradicional de auto-controle. Os Beatles cantavam quesó precisávamos de amor. O código

moral judaico-cristão oi abandonadoEm seu lugar, surgiu [o ditado]: [Faça]o que lhe parecer melhor. Os DezMandamentos oram reescritos comoas Dez Sugestões Criativas”.

O rabino Sacks prossegue,lamentando:

“Temos despendido nosso capitalmoral com o mesmo abandono irrefetido com que gastamos nosso capitalnanceiro (…).

Presidente Thomas S. Monson

Permanecer emLugares Santos A comunicação com nosso Pai Celestial — inclusive nossas orações a Ele e Sua inspiração para nós — é necessária paraenrentarmos as tempestades e provações da vida.

membros de nossa Igreja. E a maioriadas pessoas ainda não tem certezade que os mórmons sejam cristãos.Mesmo quando leem a respeito denosso trabalho do Mãos Que Ajudam,no mundo todo, em resposta a ura-cões, terremotos, inundações e ome,não associam nosso esorço humani-tário conosco, como uma organizaçãocristã. Sem dúvida, seria mais ácilpara eles compreenderem que acredi-tamos no Salvador e que O seguimos,

se nos reeríssemos a nós mesmoscomo membros de A Igreja de JesusCristo dos Santos dos Últimos Dias.Desse modo, aqueles que ouvissem onome mórmon passariam a associaressa palavra ao nosso nome reveladoe às pessoas que seguem Jesus Cristo.

Conorme a Primeira Presidênciapediu em sua carta de 23 de evereirode 2001: “O uso do nome revelado, AIgreja de Jesus Cristo dos Santos dosÚltimos Dias (…), é cada vez maisimportante em nossa responsabilidade

de proclamar o nome do Salvadorno mundo todo. Por esse motivo,pedimos que, ao reerir-nos à Igreja,usemos seu nome completo, sempreque possível.

Em 1948, na conerência geralde outubro, o Presidente George

 Albert Smith disse: “Irmãos e irmãs,quando saírem daqui, talvez tenhamcontato com várias denominações domundo, mas lembrem-se de que hásomente uma Igreja no mundo todo

que, por mandamento divino, leva onome de Jesus Cristo, nosso Senhor”(Conerence Report , outubro de 1948,p. 167).

Irmãos e irmãs, que também noslembremos disso, ao sairmos da con-erência. Que nosso testemunho Deleseja ouvido e que nosso amor porEle esteja sempre em nosso coração.Oro humildemente em Seu nome, oSenhor Jesus Cristo. Amém. ◼

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Há muitos lugares [no mundo]onde a religião é coisa do passado enão há quem contra-ataque a culturado compre, gaste, use, ostente, porque

 você merece. A mensagem é a de quea moralidade é uma coisa ultrapas-sada, a consciência é para os rouxos,e a ordem dominante é: ‘Não se deixarapanhar’”.1

Meus irmãos e irmãs, isso — ine-lizmente — descreve grande parte domundo ao nosso redor. Será que nos

afigimos, com desespero e assombro,imaginando como vamos sobrevivernum mundo como esse? De ato,temos em nossa vida o evangelho de

 Jesus Cristo, e sabemos que a mora-lidade não é coisa ultrapassada, quenossa consciência existe para nosguiar e que somos responsáveis pornossas ações.

Embora o mundo tenha mudado,as leis de Deus permanecem cons-tantes. Elas não mudaram, e não vãomudar. Os Dez Mandamentos são

o que são: mandamentos. Não sãosugestões. São tão obrigatórios hojequanto o eram quando Deus os deuaos lhos de Israel. Se prestarmosatenção, ouviremos o eco da voz deDeus, alando a nós, aqui e agora:

“Não terás outros deuses diantede mim.

Não arás para ti imagem deescultura (…).

Não tomarás o nome do Senhor teuDeus em vão (…).

Lembra-te do dia do sábado, parao santicar (…).Honra a teu pai e a tua mãe (…).Não matarás.Não adulterarás.Não urtarás.Não dirás also testemunho (…).Não cobiçarás”.2

Nosso código de conduta é deni-tivo e não negociável. Encontra-se nãoapenas nos Dez Mandamentos, mas

também no Sermão da Montanha, quenos oi dado pelo Salvador, quandoandou na Terra. Encontra-se em todosos Seus ensinamentos. Encontra-se naspalavras da revelação moderna.

Nosso Pai Celestial é o mesmoontem, hoje e para sempre. O proetaMórmon disse que Deus é “imutável,de eternidade a eternidade”.3 Nestemundo em que quase tudo pareceestar mudando, Sua constância é algo

em que podemos conar, uma âncoraà qual podemos agarrar-nos e perma-necer seguros, para que não sejamosarrastados a mares não cartograados.

Pode parecer-lhes, às vezes, que aspessoas do mundo estão-se divertindomais do que vocês. Alguns de vocêstalvez se sintam restringidos pelocódigo de conduta que seguimos naIgreja. Meus irmãos e irmãs, declaro a

 vocês, porém, que nada pode trazer

mais alegria para nossa vida ou maispaz para nossa alma do que o Espíritoque podemos sentir quando seguimoo Salvador e guardamos os manda-mentos. Esse Espírito não pode estarpresente nos tipos de atividades dasquais tantas pessoas do mundo par-ticipam. O Apóstolo Paulo declarouesta verdade: “O homem natural nãocompreende as coisas do Espírito deDeus, porque lhe parecem loucura; e

não pode entendê-las, porque elas sediscernem espiritualmente”.4 O termohomem natural pode reerir-se a quaquer um de nós, se nos permitirmosser assim.

Precisamos estar vigilantes nummundo que se aastou tanto das coisaespirituais. É essencial que rejeitemostudo aquilo que não condiz com nos-sos padrões, recusando-nos a desistirdaquilo que mais desejamos: a vida

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eterna no reino de Deus. As tempes-tades ainda vão bater em nossa portade tempos em tempos, porque elassão parte inevitável de nossa vida namortalidade. No entanto, estaremosmais bem equipados para lidar comelas, para aprender com elas e para

 vencê-las, se tivermos o evangelho emnosso cerne e o amor do Salvador nocoração. O proeta Isaías declarou: “Eo eeito da justiça será paz, e a ope-ração da justiça, repouso e segurança

para sempre”.

5

Como um meio de estar no mundo,mas não ser do mundo, é necessárioque nos comuniquemos com nossoPai Celestial por meio da oração. Eledeseja que açamos isso e sempre vairesponder a nossas orações. O Sal-

 vador nos admoestou, conorme estáregistrado em 3 Né 18: “Orar semprepara não cairdes em tentação; porqueSatanás deseja ter-vos. (…)

Portanto deveis sempre orar aoPai em meu nome.

E tudo quanto pedirdes ao Paiem meu nome, que seja justo, acre-ditando que recebereis, eis que vosserá dado”.6

 Adquiri meu testemunho do poderda oração quanto tinha por volta dedoze anos de idade. Eu havia traba-lhado arduamente para ganhar algumdinheiro e conseguira economizarcinco dólares. Foi na época da GrandeDepressão, quando cinco dólares erauma quantia signicativa de dinheiro

— especialmente para um menino dedoze anos. Entreguei todas as minhasmoedas, que somavam cinco dólares,para meu pai e ele deu-me em trocauma nota de cinco dólares. Sei quehavia algo especíco que eu plane-

 java comprar com os cinco dólares,embora após tantos anos eu já nãoconsiga lembrar o que era. Lembroapenas quão importante aqueledinheiro era para mim.

Na época, não tínhamos nossa pró-pria máquina de lavar, por isso minhamãe enviava todas as semanas para alavanderia nossas roupas que preci-savam ser lavadas. Depois de algunsdias, um ardo que chamávamos de“roupa molhada” nos era devolvidoe minha mãe pendurava as peças no

 varal para secar.Eu tinha colocado a nota de cinco

dólares no bolso de minha calça jeans.E como vocês provavelmente já adivi-

nharam, ela oi enviada para a lavan-deria com o dinheiro ainda no bolso.Quando percebi o que havia aconte-cido, quei morrendo de preocupação.Eu sabia que os bolsos eram rotineira-mente vericados na lavanderia, antesda lavagem. Se meu dinheiro não osseencontrado e tirado do bolso, eu sabiaque ele acabaria saindo da calça nalavagem e seria encontrado por umuncionário da lavanderia que nãosaberia para quem o dinheiro deveriaser devolvido, mesmo que ele tivesse a

intenção de azê-lo. A chance de con-seguir de volta meus cinco dólares eraextremamente remota — um ato queminha querida mãe conrmou, quandoeu lhe disse que havia esquecido odinheiro no bolso.

Eu queria aquele dinheiro, preci-sava dele e tinha trabalhado ardua-mente para ganhá-lo. Percebi que sóhavia uma coisa que eu podia azer.Em meu desespero, voltei-me parao Pai Celestial e implorei a Ele que,

de alguma orma, mantivesse meudinheiro seguro naquele bolso, atéque a roupa molhada osse devolvida.

Dois longos dias mais tarde,quando vi que estava quase na horade o caminhão de entrega trazer nos-sas roupas lavadas, sentei-me à janelapara esperar. Quando o caminhãoparou junto à calçada, meu cora-ção batia orte. Assim que as roupasmolhadas chegaram, agarrei meus

 jeans e corri para o quarto. Procureino bolso com as mãos tremendo.Como nada encontrei de imediato,achei que tudo estava perdido. Foientão que toquei com os dedosaquela nota de cinco dólares molhadaQuando a tirei do bolso, senti umaonda de alívio tomar-me o corpo. Fizuma oração ervorosa de gratidão ameu Pai Celestial, porque sabia queEle havia atendido a minha oração.

Desde aquela época, recebi inúme

ras respostas a orações. Não se passoum só dia sem que eu me comuni-casse com meu Pai Celestial por meioda oração. É um relacionamento que

 valorizo muito e literalmente cariaperdido sem ele. Se vocês não têmesse tipo de relacionamento com seuPai Celestial, peço que se empenhemem atingir esse objetivo. Ao azer issoterão direito a Sua inspiração e orien-tação na vida — algo de que todosnecessitamos, se quisermos sobreviveespiritualmente em nossa peregrina-

ção na Terra. Tal inspiração e orienta-ção são dádivas que Ele nos concedelivremente, se apenas as buscarmos.Que tesouros elas são!

Sempre me sinto humilde e gratoquando meu Pai Celestial comunica-Se comigo por meio de Sua inspira-ção. Aprendi a reconhecê-la, a conanela e a segui-la. Recebi muitas e mutas vezes essa inspiração. Tive umaexperiência pessoal um tanto drásticaem agosto de 1987, na dedicação do

 Templo de Frankurt Alemanha. OPresidente Ezra Tat Benson esteveconosco nos dois primeiros dias dadedicação, mas precisou voltar paracasa; por isso, tive a oportunidade dedirigir as demais sessões.

No sábado, tivemos uma sessãopara nossos membros holandesesque estavam no distrito do Templode Frankurt. Eu conhecia bem umdos nossos mais notáveis líderes

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da Holanda, o irmão Peter Mou-rik. Pouco antes da sessão, tive anítida inspiração de que o irmãoMourik deveria ser chamado paraalar a seus conterrâneos holande-ses durante a sessão e que, de ato,ele deveria ser o primeiro orador.Como não o vira no templo naquelamanhã, passei um bilhete para oÉlder Carlos E. Asay, o Presidente da

 Área, perguntando se Peter Mourikestava presente na sessão. Pouco

antes de me levantar para começara sessão, recebi de volta um bilhetedo Élder Asay, dizendo que o irmãoMourik não estava presente, queele estava envolvido com outraatividade e que pretendia assistir àsessão dedicatória do templo no diaseguinte, com as estacas de militares.

Quando ui ao púlpito para darboas-vindas às pessoas e delinearo programa, senti novamente ainconundível inspiração de quedeveria anunciar Peter Mourik como

o primeiro orador. Aquilo ia contratodos os meus instintos, pois acabarade ouvir do Élder Asay que o irmãoMourik denitivamente não estavano templo. No entanto, conando nainspiração, anunciei o número musicaldo coro, a oração e depois indiqueique o primeiro orador seria o irmãoPeter Mourik.

 Ao voltar para meu lugar, olheipara o Élder Asay e vi em seu rostouma expressão alarmada. Mais tarde,

ele disse-me que, quando anunciei oirmão Mourik como primeiro orador,ele mal pôde acreditar no que ouvira.Disse que sabia que eu havia recebidoseu bilhete e que realmente o tinhalido e não pudera entender por que,então, eu havia anunciado o irmãoMourik como orador, sabendo que elenão estava em lugar algum do templo.

Enquanto tudo isso acontecia, PeterMourik estava em uma reunião nos

escritórios de área, em Porthstrasse.No transcorrer da reunião, ele subi-tamente virou-se para o Élder Tho-mas A. Hawkes Jr., que na época erarepresentante regional, e perguntou:“Em quanto tempo você conseguelevar-me até o templo?”

O Élder Hawkes, que era conhe-cido por dirigir muito velozmente empequenos carros esportivos, respon-deu: “Posso levá-lo até lá em dezminutos! Mas, por que você precisa

ir ao templo?”O irmão Mourik admitiu que nãosabia o motivo pelo qual precisavair ao templo, mas sabia que tinha dechegar lá. Os dois saíram imediata-mente rumo ao templo.

Durante a magníca apresentaçãodo coro, olhei em volta, achandoque a qualquer momento veria PeterMourik. Não o vi. Por incrível quepareça, não quei ansioso. Tive uma

serena e inegável certeza de que tuddaria certo.

O irmão Mourik entrou pela portaprincipal do templo assim que a pri-meira oração estava terminando, aindsem saber por que estava ali. Ao camnhar apressadamente pelo corredor,ele viu minha imagem no monitor eouviu-me anunciar: “Agora ouviremoo irmão Peter Mourik”.

Para assombro do Élder Asay, PeteMourik imediatamente entrou no salã

e assumiu seu lugar no púlpito.Depois da sessão, o irmão Mourike eu conversamos sobre o que haviaacontecido antes de sua oportuni-dade de alar. Ponderei a inspira-ção que me veio naquele dia, nãoapenas para mim, mas também paraPeter Mourik. Aquela extraordináriaexperiência pessoal proporcionou-mum testemunho inegável da impor-tância de sermos dignos de receber

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lágrimas de alegria, ela agradeceu aDeus pelos sagrados convênios dotemplo. Chorei também, compreen-dendo plenamente que a união eternque aquele el casal exemplicava ero resultado justo de azer, guardar ehonrar convênios sagrados.

Um dos conceitos mais importanteda religião revelada é o do convênio

sagrado. Em termos legais, um con- vênio geralmente denota um acordoentre duas ou mais partes. Mas, nocontexto religioso, um convênio émuito mais signicativo. É uma pro-messa sagrada a Deus. Ele determinaos termos, e cada pessoa pode decidiquanto a aceitá-los. Se a pessoa aceitaos termos do convênio e obedecerà lei de Deus, ela recebe as bênçãosassociadas ao convênio. Sabemos que“quando recebemos uma bênção de

Deus, é por obediência à lei na qualela se baseia”.4

 Ao longo das eras, Deus ez con- vênios com Seus lhos.5 Seus con- vênios ocorrem ao longo de todo oplano de salvação e, portanto, azemparte da plenitude de Seu evange-lho.6 Por exemplo: Deus prometeuenviar um Salvador para Seus lhos,pedindo por sua vez que obedeces-sem a Sua lei.8

S E S S ÃO DA T ARDE DE DO MIN G O | 2 de outubro de 2011

Uma semana depois da recentedesignação de criar a primeiraestaca de Moscou, Rússia,1 

assisti a uma conerência de distritoem São Petersburgo. Enquanto alavade minha gratidão pelos primeirosmissionários e líderes locais quederam orça à Igreja na Rússia, men-cionei o nome de Vyacheslav Emov.

Ele oi o primeiro converso russo atornar-se presidente de missão. Ele ea esposa saíram-se maravilhosamentebem nesse encargo. Pouco depois determinarem sua missão, e para grandetristeza nossa, o presidente Emovaleceu subitamente.2 Ele tinha apenas52 anos de idade.

Enquanto alava daquele casalpioneiro, senti-me inspirado a pergun-tar à congregação se a irmã Emovestava presente. Bem no undo do

salão, uma mulher se levantou. Con- videi-a para vir até o microone. Sim,era a irmã Galina Emov. Ela aloucom convicção e prestou um vigo-roso testemunho do Senhor, de Seuevangelho e de Sua Igreja restaurada.Ela e o marido tinham sido selados notemplo sagrado. Ela disse que estavamunidos para sempre. Ainda eram com-panheiros missionários, ela deste ladodo véu, e ele do outro lado.3 Com

Élder Russell M. NelsonDo Quórum dos Doze Apóstolos

ConvêniosQuando nos damos conta de que somos flhos do convênio, sabemos quem somos e o que Deus espera de nós.

essa inspiração e depois conarmosnela — e a seguirmos — quando ela vier. Sei, sem nenhuma dúvida, queo Senhor queria que as pessoas pre-sentes naquela sessão da dedicaçãodo Templo de Frankurt ouvissem o

 vigoroso e tocante testemunho deSeu servo, o irmão Peter Mourik.

Meus amados irmãos e irmãs, acomunicação com nosso Pai Celestial— que inclui tanto nossas orações a Elequanto Sua inspiração para nós — é

necessária para enrentarmos as tem-pestades e provações da vida. O Senhornos convida: “Achegai-vos a mim eachegar-me-ei a vós; procurai-me dili-gentemente e achar-me-eis”.7 Ao azerisso, sentiremos Seu Espírito em nossa

 vida, dando-nos o desejo e a coragemde permanecer rmes e ortes em reti-dão — “[permanecer] em lugares santose não [ser] movidos”.8

 Ao ver os ventos da mudança sopra-rem a nosso redor e a bra moral dasociedade continuar a se desintegrar

diante de nossos olhos, lembremo-nosdas preciosas promessas do Senhor aosque conam Nele: “Não temas, porqueeu sou contigo; não te assombres, por-que eu sou teu Deus; eu te ortaleço, ete ajudo, e te sustento com a destra daminha justiça”.9

Que promessa! Que essa seja nossabênção, é minha sincera oração, nosagrado nome de nosso Senhor e Sal-

 vador, Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Jonathan Sacks, “Reversing the Decay o London Undone” , Wall Street Journal , 20de agosto de 2011, online.wsj.com; griodo autor. Nota: O Lord Sacks é o principalrabino das Congregações Hebraicas Unidasda Comunidade Britânica de Nações.

2. Êxodo 20:3–4, 7– 8, 12–17.3. Morôni 8:18.4. I Coríntios 2:14.5. Isaías 32:17.6. 3 Né 18:18–20.7. Doutrina e Convênios 88:63.8. Doutrina e Convênios 87:8.9. Isaías 41:10.

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Na Bíblia, lemos a respeito dehomens e mulheres do Velho Mundoque oram identicados como lhosdo convênio. Que convênio? “[Oconvênio] que Deus ez com [seus]

pais, dizendo a Abraão: Na tua des-cendência serão benditas todas asamílias da terra.” 9

No Livro de Mórmon lemos arespeito de pessoas do Novo Mundoque também oram identicadascomo lhos do convênio.10 O Senhorressuscitado inormou a elas: “E eisque vós sois os lhos dos proetas; e

 vós sois da casa de Israel; e vós soisdo convênio que o Pai ez com vossos

antepassados, dizendo a Abraão: E emtua semente serão benditas todas asamílias da Terra”.11

O Salvador explicou a importân-cia de sua identidade como lhos do

convênio. Ele disse: “O Pai ressus-citou-me para vir primeiramente a vós e enviou-me para abençoar-vos,desviando cada um de vós de vossasiniquidades; e isto porque sois oslhos do convênio”.12

O convênio que Deus ez com Abraão13 e mais tarde rearmou comIsaque14 e Jacó15 é de transcendenteimportância. Ele contém váriaspromessas, incluindo:

•Jesus,oCristo,nasceriada linhagem de Abraão.•AposteridadedeAbraãoseria

numerosa, teria direito a umadescendência eterna e tambémo direito de ter o sacerdócio.

•Abraãosetornariapaidemuitasnações.

•Certasterrasseriamherdadas por sua posteridade.

•TodasasnaçõesdaTerraseriamabençoadas por sua semente.16

•Eesseconvênioseriaeterno — até por “mil gerações”.17

 Algumas dessas promessas oramcumpridas, outras ainda estão pendentes. Cito uma antiga proecia do Livrode Mórmon: “Nosso pai [Leí] não alouportanto, apenas de nossos descen-dentes, mas também de toda a casa deIsrael, indicando o convênio que haveria de ser cumprido nos últimos dias, convênio esse que o Senhor ez comnosso pai Abraão”.18 Não é incrível?

Cerca de 600 anos antes de Jesus nas-cer em Belém, os proetas sabiam queo convênio abraâmico seria nalmentcumprido somente nos últimos dias.

Para acilitar o cumprimento dessapromessa, o Senhor apareceu nestesúltimos dias para renovar esse convê-nio abraâmico. Para o Proeta JosephSmith, o Mestre declarou:

“Abraão recebeu promessas relati- vas a sua semente e ao ruto de seuslombos — dos quais tu provéns, meu

servo Joseph. (…)Esta promessa é vossa também,porque sois de Abraão”.19

Com essa renovação, recebemos,como os antigos, o santo sacerdó-cio e o evangelho eterno. Temos odireito de receber a plenitude doevangelho, desrutar as bênçãos dosacerdócio e qualicar-nos para amais grandiosa das bênçãos de Deusa vida eterna.20

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 Alguns de nós somos sementeliteral de Abraão, outros são reunidosa sua amília por adoção. O Senhornão az distinção.21 Juntos recebe-mos essas bênçãos prometidas — sebuscarmos o Senhor e obedecermosa Seus mandamentos.22 Mas se não ozermos, perderemos as bênçãos doconvênio.23 Para ajudar-nos, Sua Igrejaprovê bênçãos patriarcais para dar acada pessoa que a recebe uma visãode seu uturo, bem como seu vínculo

com o passado, sim, uma declaraçãode linhagem que remonta a Abraão,Isaque e Jacó.24

Os irmãos do convênio têm odireito de qualicar-se para o jura-mento e convênio do sacerdócio.25 Se “orem éis de modo a obter estesdois sacerdócios (…) e a magni-car seu chamado serão santicadospelo Espírito para a renovaçãodo corpo”.26 Isso não é tudo. Oshomens que receberem dignamente

o sacerdócio recebem o Senhor Jesus Cristo, e aqueles que recebemo Senhor, recebem Deus, o Pai.27 Eaqueles que recebem o Pai recebemtudo o que Ele tem.28 Bênçãos incrí-

 veis fuem desse juramento e convê-nio para os homens, as mulheres ecrianças dignos, do mundo inteiro.

 Temos a responsabilidade de aju-dar a cumprir o convênio abraâmico.Nossa é a semente preordenada e

preparada para abençoar todas aspessoas do mundo.29 É por isso queo dever do sacerdócio inclui a obramissionária. Após cerca de 4.000 anosde espera e preparação, este é o diaindicado em que o evangelho deveráser levado para as nações da Terra.Este é o momento da prometidacoligação de Israel. E podemos parti-cipar! Não é emocionante? O Senhorconta conosco e com nossos lhos— e Ele é proundamente grato por

nossas lhas — que servem digna-mente como missionários e missioná-rias nesta grande época de coligaçãode Israel.

O Livro de Mórmon é um sinaltangível de que o Senhor começoua reunir a Israel de Seus lhos doconvênio.30 Esse livro, escrito para osnossos dias, declara que um de seuspropósitos é o de que “sabereis que oconvênio que o Pai ez com os lhosde Israel (…) já está começando a ser

cumprido. (…) Pois eis que o Senhorse lembrará do convênio que ez comseu povo da casa de Israel”.31

De ato, o Senhor não esqueceu!Ele abençoou a nós e a outras pes-soas no mundo inteiro com o Livrode Mórmon. Um de seus propósitosé o de “convencer os judeus e osgentios de que Jesus é o Cristo”.32 Ele ajuda-nos a azer convênios comDeus. Convida-nos a lembrar-nos

Dele e a conhecer Seu Filho Amado.É outro testamento de Jesus Cristo.Os lhos do convênio têm o direit

de receber Sua doutrina e de conheceo plano de salvação. Eles reivindicamisso azendo convênios de importân-cia sagrada. Brigham Young disse:“Todos os santos dos últimos diasazem o novo e eterno convênio aoliarem-se a esta Igreja. (…) Fazemo novo e eterno convênio de apoiaro reino de Deus”.33 Eles guardam 

o convênio pela obediência a Seusmandamentos.No batismo, azemos o convênio

de servir ao Senhor e guardar Seusmandamentos.34 Quando tomamos osacramento, renovamos esse convê-nio e declaramos nossa disposiçãode tomar sobre nós o nome de JesusCristo. Por meio disso somos adotadocomo Seus lhos e Suas lhas e somoconhecidos como irmãos e irmãs. Eleé o pai de nossa nova vida.35 Por m,no templo sagrado, podemos tornar-

nos coerdeiros das bênçãos de umaamília eterna, como oi prometidoa Abraão, Isaque, Jacó e sua poste-ridade.36 Assim sendo, o casamentocelestial é o convênio de exaltação.

Quando nos damos conta de quesomos lhos do convênio, sabemosquem somos e o que Deus espera denós.37 Sua lei está escrita em nossocoração.38 Ele é nosso Deus, e somosSeu povo.39 Os lhos comprometidosdo convênio permanecem rmes,

mesmo em meio às adversidades. Seessa doutrina estiver proundamenteimplantada em nosso coração, até oaguilhão da morte será amenizado enosso vigor espiritual será ortalecido

O maior elogio que pode serconquistado nesta vida é o de serconhecido como guardador de umconvênio. As recompensas para oguardador de convênios serão rece-bidas tanto nesta vida quanto na vida

Estocolmo, Suécia

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utura. As escrituras declaram quedevemos “[considerar] o estado aben-çoado e eliz daqueles que guardamos mandamentos de Deus. Pois eisque são abençoados em todas as coi-sas, (…) e se eles se conservarem éisaté o m, serão recebidos no céu, (…)[e habitarão] com Deus em um estado

de elicidade sem m”.40

Deus vive. Jesus é o Cristo. SuaIgreja oi restaurada para abençoartodas as pessoas. O Presidente Tho-mas S. Monson é Seu proeta hoje.E nós, como éis lhos do convênio,seremos abençoados agora e parasempre. Presto testemunho disso,em nome de Jesus Cristo. Amém. ◼NOTAS

1. A Estaca Moscou Rússia oi criada no dia5 de junho de 2011, domingo.

2. Vyacheslav Emov oi presidente da

Missão Rússia Yekaterinburg de 1995 a1998. Faleceu em 25 de evereiro de 2000.

3. Ver Doutrina e Convênios 138:57.4. Doutrina e Convênios 130:21.5. Por exemplo: depois do grande Dilúvio,

Ele declarou: “Aparecerá o arco nas nuvens.Então me lembrarei da minha aliança, queestá entre mim e vós, (…) e as águas não setornarão mais em dilúvio para destruir todaa carne” (Gênesis 9:14–15; nota de rodapéb; da Tradução de Joseph Smith, Gênesis9:21).

6. Ver Doutrina e Convênios 66:2; 133:57.7. Ver João3:16.

8. Ver Abraão 3:25.9. Atos 3:25.

10. (ver 3 Né 20:26).11. 3 Né 20:25.12. 3 Né 20:26.13. Ver Gênesis 17:1–10, 19; Levítico 26:42;

 Atos 3:25; Guia para Estudo das Escrituras,“Convênio Abraâmico”.

14. Ver Gênesis 26:1–5, 24.15. Ver Gênesis 28:1–4, 10–14; 35:9–13; 48:3–4.

16. Ver reerências alistadas acima nas notasde rodapé 13–15.17. Deuteronômio 7:9; I Crônicas 16:15; ver 

também Salmos 105:8.18. 1 Né 15:18; grio do autor.19. Doutrina e Convênios 132:30–31. O Senhor 

também disse ao Proeta Joseph Smith:“E como eu disse a Abraão, concernenteàs amílias da Terra, assim também digo ameu servo Joseph: Em ti e em tua sementeas amílias da Terra serão abençoadas”(Doutrina e Convênios 124:58).

20. Ver Doutrina e Convênios 14:7.21. Ver Atos 10:34–35.22. Ver Êxodo 19:5.23. As escrituras declaram que “Eu, o Senhor,

estou obrigado quando azeis o que eu

digo; mas quando não o azeis, não tendespromessa alguma” (Doutrina e Convênios82:10).

24. Em 21 de setembro de 1823, esse conceitode convênio oi revelado pela primeira

 vez ao Proeta Joseph Smith. Naquelaocasião, o anjo Morôni declarou que Elias,o proeta, viria como mensageiro do céupara plantar no coração dos lhos umconhecimento das promessas outrora eitasaos pais da casa de Israel (ver Doutrina eConvênios 2:1–3).

25. Ver Doutrina e Convênios 84:33–34, 39–40.26. Doutrina e Convênios 84:33.

27. Ver Doutrina e Convênios 84:35, 37.28. Ver Doutrina e Convênios 84:38.29. Ver Alma 13:1–9.30. Ver 3 Né 29.31. 3 Né 29:1, 3.32. Página de rosto do Livro de Mórmon:

Outro Testamento de Jesus Cristo.33. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:

 Brigham Young , 1997, pp. 62–63.34. Ver Doutrina e Convênios 20:37.

35. “Falamos de Cristo, regozijamo-nos emCristo, pregamos a Cristo, proetizamos deCristo (…) para que nossos lhos saibamem que onte procurar a remissão de seuspecados” (2 Né 25:26).

36. Ver Gálatas 3:29; Doutrina e Convênios86:8–11.

37. Este conceito pertence a nós: “Muitasgerações depois que o Messias semaniestar em pessoa aos lhos doshomens, então a plenitude do evangelhodo Messias chegará aos gentios; e dosgentios, aos remanescentes de nossosdescendentes — e naquele dia virão osnossos descendentes a saber que sãoda casa de Israel e que são o povo doconvênio do Senhor; e saberão, daí, quem

eram seus antepassados e terão tambémconhecimento do Redentor e do evangelhque oi por ele ministrado a seus pais.Portanto virão a conhecer seu Redentor eos pontos essenciais de sua doutrina, paraque saibam como chegar a ele e ser salvo(1 Né 15:13–14).

38. Ver Isaías 55:3; Jeremias 31:33; Romanos2:15; II Coríntios 3:2–3; Hebreus 10:16.

39. Ver Salmos 95:7; 100:3; Jeremias 24:7;31:33; 32:38; Ezequiel 11:20; 37:23, 27;Zacarias 8:8; II Coríntios 6:16; Hebreus8:10.

40. Mosias 2:41.

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“Que pensais vós do Cristo?”(Mateus 22:42). Com essaspalavras Jesus conundiu

os ariseus de Sua época. Pergunto omesmo a nossos membros e a outroscristãos: o que vocês realmente acredi-tam a respeito de Jesus Cristo e o queestão azendo por causa dessa crença?

Grande parte de minhas citaçõesdas escrituras oi tirada da Bíblia,

porque ela é mais conhecida pelamaioria dos cristãos. Minhas interpre-tações baseiam-se no que a escrituramoderna, principalmente o Livro deMórmon, ensina a respeito de certasescrituras da Bíblia que são interpreta-das de maneiras tão dierentes que oscristãos discordam entre si. Dirijo-meaos crentes, mas aos outros também.Conorme ensinou-nos o Élder Tad R.Callister esta manhã, alguns que seconsideram cristãos louvam Jesus como

um grande mestre, mas se abstêm dearmar Sua divindade. Ao dirigir-mea eles, usarei as próprias palavras de

 Jesus. Todos devemos levar em contao que Ele próprio ensinou sobre quemEle é e o que veio azer na Terra.

O Filho Unigênito Jesus ensinou que Ele era o Filho

Unigênito, ao dizer:“Porque Deus amou o mundo

O CriadorPosteriormente, o Apóstolo Joãoescreveu que Jesus, a quem ele cha-mou de “o Verbo”, “estava no princí-pio com Deus. Todas as coisas orameitas por ele, e sem ele nada do queoi eito se ez” ( João 1:2–3). Assim,segundo o plano do Pai, Jesus Cristooi o Criador de todas as coisas.

Senhor Deus de IsraelDurante Seu ministério a Seu povo

na Palestina, Jesus ensinou que Ele er Jeová, o Senhor Deus de Israel (ver João 8:58). Mais tarde, como o Senhoressuscitado, Ele ministrou a Seu povono continente americano. Ali, Eledeclarou:

“Eis que eu sou Jesus Cristo, cuja vinda ao mundo oi testicada pelosproetas.(…)

Eu sou o Deus de Israel e o Deusde toda a Terra” (3 Né 11:10, 14).

O Que Ele Fez por Nós

Numa conerência de estaca, hámuitos anos, conheci uma mulher qudizia ter sido convidada a voltar para Igreja, após vários anos aastada, masela não conseguia pensar em nenhummotivo para azê-lo. Para incentivá-laeu disse: “Quando você pensa emtodas as coisas que o Salvador ez ponós, não tem muitos motivos para

 voltar para a Igreja a m de adorá-Loe servi-Lo?” Fiquei surpreso com suaresposta: “O que Ele ez por mim?”

Para aqueles que não sabem o queo Salvador ez por nós, respondereia essa pergunta com minhas pró-prias palavras e com meu própriotestemunho.

 A Vida do Mundo  A Bíblia registra este ensinamento

de Jesus: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância”( João 10:10). Mais tarde, no Novo

de tal maneira que deu o seu FilhoUnigênito, para que todo aquele quenele crê não pereça, mas tenha a vidaeterna.

Porque Deus enviou o seu Filho aomundo, não para que condenasse omundo, mas para que o mundo ossesalvo por ele” (João 3:16–17).

Deus, o Pai, armou isso. No pontoculminante dos sagrados eventos

transcorridos no Monte da Transgu-ração, Ele declarou do céu: “Este é omeu amado Filho, em quem me com-prazo; escutai-o” (Mateus 17:5).

 Jesus também ensinou que Eletinha a mesma aparência que Seu Pai.Para Seus apóstolos, Ele disse:

“Se vós me conhecêsseis a mim,também conheceríeis a meu Pai; e jádesde agora o conheceis, e o tendes

 visto.Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos

o Pai, o que nos basta.Disse-lhe Jesus: Estou há tantotempo convosco, e não me tendesconhecido, Filipe? Quem me vê a mim

 vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-noso Pai?” ( João 14:7–9).

 Assim sendo, o Apóstolo Paulodescreveu que o Filho era “a expressaimagem da (…) pessoa [de Deus, oPai]” (Hebreus 1:3; ver tambémII Coríntios 4:4).

Élder Dallin H. OaksDo Quórum dos Doze Apóstolos

Ensinamentos de Jesus Jesus Cristo é o Filho Unigênito e Amado de Deus. (…) Ele é nosso Salvador do pecado e da morte. Esse é o mais importante conhecimento que existe na Terra.

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Mundo, Ele declarou: “Eu sou a luz ea vida do mundo” (3 Né 11:11). Eleé a vida do mundo porque é nossoCriador e porque, graças a Sua Ressur-reição, todos temos a garantia de que

 viveremos novamente. E a vida queEle nos dá não é apenas a vida mortal.Ele ensinou: “E dou-lhes a vida eterna,e nunca hão de perecer, e ninguém asarrebatará da minha mão” (João 10:28;

 ver também João 17:2).

 A Luz do Mundo  Jesus também ensinou: “Eu sou

a luz do mundo; quem me seguenão andará em trevas” ( João 8:12).

 Também declarou: “Eu sou o caminho,e a verdade e a vida” (João 14:6). Eleé o Caminho e Ele é a Luz porqueSeus ensinamentos iluminam nossocaminho na vida mortal e mostram-

nos o caminho de volta ao Pai.

Fazer a Vontade do Pai  Jesus sempre honrou o Pai e O

seguiu. Mesmo quando jovem, Eledeclarou a Seus pais terrenos: “Nãosabeis que me convém tratar dosnegócios de meu Pai?” (Lucas 2:49).Mais tarde, Ele ensinou: “Porque eudesci do céu, não para azer a minha

 vontade, mas a vontade daquele que

me enviou” (João 6:38; ver também João 5:19). E o Salvador ensinou: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”(João 14:6; ver também Mateus 11:27

Retornamos ao Pai, azendo a Sua vontade. Jesus ensinou: “Nem todo oque me diz: Senhor, Senhor! entraráno reino dos céus, mas aquele que aa vontade de meu Pai, que está noscéus” (Mateus 7:21). Ele explicou:

“Muitos me dirão naquele dia:Senhor, Senhor, não proetizamos

nós em teu nome? e em teu nomenão expulsamos demônios? e em teunome não zemos muitas maravilhas

E então lhes direi abertamente:Nunca vos conheci; apartai-vos demim, vós que praticais a iniquidade”(Mateus 7:22–23).

Quem, então, há de entrar noreino do céu? Não serão aqueles quesimplesmente azem obras maravi-lhosas usando o nome do Senhor,ensinou Jesus, mas somente “aqueleque az a vontade de meu Pai, que

está nos céus”.

O Grande Exemplo  Jesus mostrou-nos como azer isso

 Vez após vez, Ele convidou-nos asegui-Lo: “As minhas ovelhas ouvem minha voz, e eu conheço-as, e elas mseguem” (João 10:27).

O Poder do Sacerdócio Ele deu o poder do sacerdócio a

Seus apóstolos (ver Mateus 10:1) e a

outros. Para Pedro, o apóstolo sênior,Ele disse: “E eu te darei as chaves doreino dos céus; e tudo o que ligaresna terra será ligado nos céus, e tudo oque desligares na terra será desligadonos céus” (Mateus 16:19; ver tambémMateus 18:18).

Lucas declara que “designou oSenhor ainda outros setenta, e man-dou-os adiante da sua ace, de doisem dois, a todas as cidades e lugares

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aonde ele havia de ir” (Lucas 10:1).

Mais tarde, aqueles setenta alegre-mente relataram a Jesus: “Pelo teunome, até os demônios se nos sujei-tam” (Lucas 10:17). Sou testemunhadesse poder do sacerdócio.

Orientação pelo Espírito Santo No nal de Seu ministério ter-

reno, Jesus ensinou a Seus apóstolos:“Aquele Consolador, o Espírito Santo,que o Pai enviará em meu nome, esse

 vos ensinará todas as coisas, e vos arálembrar de tudo quanto vos tenho

dito” ( João 14:26), e “ele vos guiaráem toda a verdade” (João 16:13).

Orientação por Seus Mandamentos Ele também vai guiar-nos por

Seus mandamentos. Assim sendo, Eleordenou aos netas que não tivessemmais contendas no tocante a pontosde doutrina, porque, disse Ele:

“Aquele que tem o espírito dediscórdia não é meu, mas é do diabo,que é o pai da discórdia e leva a

cólera ao coração dos homens, paracontenderem uns com os outros.Eis que esta não é minha doutrina,

levar a cólera ao coração dos homens,uns contra os outros; esta, porém,é minha doutrina: que estas coisasdevem cessar” (3 Né 11:29–30).

Enfoque na Vida Eterna Ele também nos desaa a con-

centrar-nos Nele, e não nas coisas

do mundo. Em Seu grande sermão

sobre o pão da vida, Jesus explicouo contraste entre a nutrição mortale a eterna. Ele disse: “Trabalhai, nãopela comida que perece, mas pelacomida que permanece para a vidaeterna, a qual o Filho do homem

 vos dará” (João 6:27). O Salvadorensinou que Ele era o Pão da Vida,a onte da nutrição eterna. Falandoda nutrição mortal que o mundooerecia, inclusive o maná que Jeováenviara para alimentar os lhos deIsrael no deserto, Jesus ensinou que

aqueles que conaram naquele pãoestavam então mortos (ver João 6:49).Em comparação, a nutrição que Eleoerecia era “o pão vivo que desceudo céu”. E Jesus ensinou: “Se alguémcomer deste pão, viverá para sempre”( João 6:51).

 Alguns de Seus discípulos disse-ram: “Duro é este discurso”. E daquelemomento em diante muitos de Seusseguidores “tornaram para trás, e jánão andavam com ele” (João 6:60,

66). Aparentemente, não aceitaramSeu ensinamento anterior de quedeviam “[buscar] primeiro o reino deDeus” (Mateus 6:33). Mesmo hoje,alguns que proessam o cristianismosentem-se mais atraídos pelas coisasdo mundo — as coisas que sustêm a

 vida na Terra, mas não nutrem paraa vida eterna. Para alguns, Seu “durodiscurso” ainda é motivo para nãoseguir Cristo.

 A Expiação O ponto culminante do ministério

mortal de nosso Salvador oi Sua Res-surreição e Sua Expiação pelos peca-dos do mundo. João Batista proetizoisso quando disse: “Eis o Cordeiro deDeus, que tira o pecado do mundo”(João 1:29). Mais tarde, Jesus ensinouque “o Filho do homem (…) veio (…para servir, e para dar a sua vida emresgate de muitos” (Mateus 20:28). NaÚltima Ceia, Jesus explicou, de acord

com o relato de Mateus, que o vinhoque Ele havia abençoado era “o [seu]sangue, o sangue do novo testamentoque é derramado por muitos, pararemissão dos pecados” (Mateus 26:28

 Ao aparecer aos netas, o Senhorressuscitado os convidou a aproxima-rem-se Dele para sentir a erida emSeu lado e as marcas dos cravos emSuas mãos e Seus pés. Ele ez isso,explicou Ele, “a m de que saibais queeu sou o Deus de Israel e o Deus detoda a Terra e ui morto pelos pecados

do mundo” (3 Né 11:14). O relatocontinua, dizendo que as pessoas damultidão “lançaram-se aos pés de Jesue adoraram-no” (versículo 17). Por issoo mundo inteiro, no nal, irá adorá-Lo

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 Jesus ensinou outras verdadespreciosas sobre Sua Expiação. O Livrode Mórmon, que detalha os ensina-mentos do Salvador e dá a melhorexplicação de Sua missão, relata esteensinamento:

“Meu Pai enviou-me para que euosse levantado na cruz (…) [paraque] pudesse atrair a mim todos oshomens, (…)

(…) Para que sejam julgadossegundo suas obras.

E (…) aquele que se arrepender eor batizado em meu nome, será satis-eito; e se perseverar até o m, eis queeu o terei por inocente perante meuPai no dia em que eu me levantar para

 julgar o mundo. (…)E nada que seja imundo pode

entrar em seu reino; portanto nadaentra em seu descanso, a não seraqueles que tenham lavado suas ves-tes em meu sangue, por causa de suaé e do arrependimento de todos osseus pecados e de sua delidade até

o m” (3 Né 27:14–16, 19).Portanto, sabemos que a Expiação

de Jesus Cristo nos dá a oportunidadede vencer a morte espiritual resultantedo pecado e, ao azermos e cumprir-mos convênios sagrados, de receberas bênçãos da vida eterna.

Desao e Testemunho Jesus lançou o desao: “Que pen-

sais vós do Cristo?” (Mateus 22:42). O Apóstolo Paulo desaou os coríntios,

dizendo: “Examinai-vos a vós mesmos,se permaneceis na é” (II Coríntios13:5). Todos deveríamos aceitar essedesao para nós mesmos. Onde estánossa maior lealdade? Será que somoscomo os cristãos da memorável descri-ção eita pelo Élder Neal A. Maxwell,que mudaram sua residência paraSião, mas ainda tentam manter umasegunda residência na Babilônia?1

Não há meio-termo. Somos

seguidores de Jesus Cristo. Nossacidadania está em Sua Igreja e emSeu evangelho, e não devemos usarum visto para visitar Babilônia ou agircomo um de seus cidadãos. Deve-mos honrar Seu nome, guardar Seusmandamentos e “não [buscar] as coisasdeste mundo, mas [procurar] primeiro

edicar o reino de Deus e estabele-cer sua justiça” (Mateus 6:33, notade rodapé a; da Tradução de JosephSmith, Mateus 6:38).

 Jesus Cristo é o Filho Unigênito e Amado de Deus. Ele é nosso Criador.Ele é a Luz do Mundo. Ele é nossoSalvador do pecado e da morte. Esseé o mais importante conhecimentoque existe na Terra, e vocês podemsaber isso por si mesmos, como eu

sei por mim mesmo. O Espírito Santoque presta testemunho do Pai e doFilho e nos conduz para a verdade,revelou essas verdades para mim, eEle vai revelá-las a vocês. O caminhoé o desejo e a obediência. Quanto aodesejo, Jesus ensinou: “Pedi, e dar-se

 vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e

abrir-se-vos-á” (Mateus 7:7). Quanto obediência, Ele ensinou: “Se alguémquiser azer a vontade dele, pelamesma doutrina conhecerá se elaé de Deus, ou se eu alo de mimmesmo” (João 7:17). Presto testemu-nho da veracidade dessas coisas, emnome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTA

1. Ver Neal A. Maxwell, A Wonderful Flood of Light , 1990, p. 47.

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Há muitos anos, eu estava commeu companheiro no centrode treinamento missionário,

quando ouvi a voz de uma criançaperguntar: “Vovó, esses são missio-nários de verdade ?” Voltei-me e viuma menina segurando a mão da avó

e apontando para mim e para meucompanheiro. Sorri, estendi a mão,olhei bem nos olhos dela e disse:“Olá, sou o Élder Richardson e somosmissionários de verdade ”. O rostodela cou radiante ao olhar para mim,emocionada por estar na presença degenuínos missionários.

Saí dali com renovada dedicação.Queria ser o tipo de missionário queo Salvador, minha amília e aquelamenina esperavam que eu osse. Nos

dois anos que se seguiram, trabalheiarduamente para parecer, pensar, agire principalmente ensinar como ummissionário de verdade .

 Ao voltar para casa, cou cada vezmais evidente que, embora tivessedeixado a missão, a missão não mehavia deixado. Na verdade, até depoisde todos esses anos, ainda sinto queminha missão oram os dois melho-res anos para a minha vida. Uma

mas somente como coadjuvante ouacreditam que estão entregando todoo ensino para o Espírito, quando, na

 verdade, estão apenas “improvisando” Todos os pais, líderes e proessores têma responsabilidade de ensinar “peloEspírito”.2 Não devem ensinar “adiantedo Espírito” ou “atrás do Espírito”, mas“pelo Espírito”, para que o Espíritopossa ensinar a verdade sem restrição.

Morôni ajuda-nos a compreendercomo podemos “ensinar pelo Espí-

rito” sem substituir, diluir ou descartaro Espírito Santo como o verdadeiro proessor. Morôni disse aos santosque realizassem as coisas “segundoas maniestações do Espírito”.3 Issoexige mais do que apenas ter o Espíritconosco. Para conduzir-nos “segundoas maniestações” do Espírito Santo,talvez tenhamos de mudar nosso modde ensino para imitar o modo como oEspírito Santo ensina. Ao alinharmosnosso modo com o modo do EspíritoSanto, então Ele poderá ensinar e tes-

ticar sem restrições. Esse importantealinhamento pode ser ilustrado peloseguinte exemplo.

Há muitos anos, meus lhos e euescalamos o monte South Sister, umamontanha de 3.157 metros de altitudeem Oregon. Após várias horas, encon-tramos uma longa ladeira de 45 grausde inclinação, ormada por minús-culos pedregulhos vulcânicos. Com otopo à vista, procuramos avançar comdeterminação, mas descobrimos que,

cada passo, nossos pés aundavam nopedregulhos, azendo-nos recuar váriocentímetros. Meu lho de doze anosde idade avançou sozinho, enquantoeu quei com minha lha de oito anosLogo o cansaço e o desânimo tomaramconta e ela cou muito triste, achandoque não conseguiria reunir-se com oirmão no topo. Meu primeiro impulsooi o de carregá-la. Meu espírito estavadisposto, mas inelizmente meu corpo

coisa inesperada que trago comigoda minha missão oi a voz daquelamenina. Até hoje ouço em minhamente: “Vovó, esse é um portador dosacerdócio de verdade ?” Vovó, esse éum marido de verdade ou um pai de verdade ?” ou “Vovó, esse é um mem-

bro da Igreja de verdade ?” Aprendi que a chave para nos

tornar alguém de verdade em todoaspecto de nossa vida é nossa capa-cidade de ensinar de modo a nãorestringir o aprendizado. A vida real  exige aprendizado real , que dependede ensino real. A responsabilidadede ensinar ecazmente não se limitaaos que têm um chamado ormal deproessor.1 De ato, todo membroda amília, líder e membro da Igreja

(inclusive os jovens e as crianças) tema responsabilidade de ensinar.Embora todos sejamos proessores,

precisamos compreender plenamenteque é o Espírito Santo que é o verda-deiro proessor e a testemunha de todaa verdade. Aqueles que não compreen-dem plenamente isso, ou tentam assu-mir o papel do Espírito Santo e azertudo por si mesmos, convidam edu-cadamente o Espírito a estar com eles,

Matthew O. RichardsonSegundo Conselheiro na Presidência Geralda Escola Dominical

Ensinar à Maneirado Espírito Embora todos sejamos proessores, precisamos compreender  plenamente que é o Espírito Santo que é o verdadeiro proessor e a testemunha de toda a verdade.

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estava raco. Sentamo-nos nas pedras,avaliamos a situação e elaboramosum novo plano. Eu disse a ela quepusesse as mãos dentro dos bolsos detrás da minha calça, segurasse rmee — o mais importante — assim queeu erguesse o pé para dar um passo,ela devia rapidamente colocar seu pénaquele lugar. Ela imitou cada movi-mento que eu azia e aproveitou oimpulso que eu lhe dava, agarrando-se

a meus bolsos. Depois do que pareceuser uma eternidade, conseguimos che-gar ao topo da montanha. A expressãode triuno e satisação no rosto delanão tinha preço. E sim, ela e o irmãodela, na minha opinião, eram monta-nhistas de verdade .

O sucesso de minha lha oiresultado de seu esorço diligente e desua capacidade de escalar segundo amaneira que eu escalava. Ao sincro-nizar seus movimentos com os meus,

conseguimos um ritmo comum, per-mitindo que eu utilizasse toda a minhaenergia. É isso que acontece quandoensinamos “segundo as maniestaçõesdo Espírito”. Ao alinharmos nossomodo de ensinar para que combinecom o do Espírito Santo, o Espírito

 vai ortalecer-nos e, ao mesmo tempo,não cará restringido. Tendo isso emmente, pensem em duas “maniesta-ções do Espírito” undamentais que

merecem ser imitadas.Primeiro, o Espírito Santo ensina

as pessoas de modo muito individual.Isso possibilita que conheçamos inti-mamente a verdade por nós mesmos.Como nossas necessidades, circuns-tâncias e nosso progresso dierem,o Espírito Santo ensina-nos o queprecisamos saber e azer para tornar-nos o que precisamos ser.4 Observemque, embora o Espírito Santo ensine

“a verdade de todas as coisas”, Ele nãoensina toda a verdade de uma vez. OEspírito ensina a verdade “linha sobrelinha, preceito sobre preceito, umpouco aqui e um pouco ali”.5

 Aqueles que ensinam segundo amaneira do Espírito compreendemque ensinam pessoas, não lições.

 Assim, eles vencem o anseio deensinar tudo o que está no manualou tudo o que aprenderam sobre oassunto, em vez de enocar as coisas

que seus amiliares ou alunos preci-sam saber e azer. Os pais, líderes eproessores que imitam o modo deensinar do Espírito aprendem rapi-damente que o verdadeiro ensinoenvolve bem mais do que simples-mente alar e relatar. Como resultado,deliberadamente param para escutar,observam cuidadosamente e depoisdiscernem o que azer em seguida.6 Quando azem isso, o Espírito Santo

tem condições de ensinar tanto osalunos quanto os proessores o queeles devem azer e dizer.7

Segundo, o Espírito Santo ensinaconvidando, inspirando, incentivandoe motivando-nos a agir. Cristo assegu-rou-nos de que sabemos da veracidadda doutrina quando agimos de acordocom ela.8 O Espírito nos conduz,guia e mostra o que azer.9 Contudo,Ele não az por nós o que somentenós podemos azer por nós mesmos.

Como podem ver, o Espírito Santo nãopode aprender por nós, sentir por nósou agir por nós, porque isso seria contrário à doutrina do arbítrio. Isso podeacilitar oportunidades e convidar-nosa aprender, sentir e agir.

 Aqueles que ensinam segundo amaneira do Espírito ajudam as outraspessoas, convidando, incentivando edando-lhes oportunidades de usar oarbítrio. Os pais, líderes e proesso-res percebem que não podem sentir,aprender ou mesmo arrepender-se po

sua amília, sua congregação ou seusalunos. Em vez de perguntar: “O queposso azer por meus lhos, alunosou outras pessoas?” eles perguntam:“Como posso convidar e ajudar aspessoas a meu redor a aprenderempor si mesmas?” Os pais que imitam amaniestações do Espírito Santo criamum lar no qual a amília aprende a

 valorizar, em vez de apenas apren-der a respeito de valores. De modosemelhante, em vez de apenas alar a

respeito das doutrinas, os proessoresajudam os alunos a compreender ea viver as doutrinas do evangelho.O Espírito Santo não ca restringidoquando as pessoas exercem devida-mente o arbítrio delas .

Com as atuais condições domundo, precisamos desesperada-mente de aprendizado e ensino de verdade em nosso lar, nossas reu-niões e classes do evangelho. Sei que

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Certa noite, há muitos anos, ummissionário recém-chamado,Élder Swan, e seu companheiro

sênior japonês vieram visitar-me emcasa. Felizmente eu estava em casae por isso pudemos convidá-los aentrar. Quando os cumprimentei à

porta, meus olhos oram atraídos pelopaletó que o Élder Swan usava. Sempensar, alei: “Que belo paletó vocêestá usando!” No entanto, não era umpaletó novo, mas surrado. Presumique aquele paletó havia sido deixadopara trás por outro missionário queora transerido.

O Élder Swan imediatamenterespondeu-me de orma totalmenteoposta à que eu tinha em mente. Em

 japonês entrecortado, ele disse: “De

ato, este é um bom paletó. Meu paio usou há vinte anos quando serviucomo missionário no Japão”.

O pai dele tinha servido na Missão Japão Okayama. E quando seu lhopartiu para servir missão no Japão,ele deu-lhe aquele paletó. Esta otomostra esse paletó que duas geraçõesde Élderes Swan usaram no Japão.

Fiquei emocionado ao ouvir aspalavras do Élder Swan e compreendi

a razão dele ter usado o paletó do paenquanto azia proselitismo. O ÉlderSwan tinha partido para a missãolevando como herança a determina-ção e o amor pelo Japão e seu povoque seu pai demonstrara.

Com certeza alguns de vocês já

 viram algo semelhante. Vários mis-sionários que servem no Japão já mealaram que seus pais, mães ou atémesmo avós e tios também servirammissão no Japão.

Gostaria de expressar meu amorsincero, respeito e minha gratidãopor todos os ex-missionários queserviram por todo o mundo. Tenhocerteza de que aqueles a quem ajudaram a converter não se esqueceramde vocês. “Quão ormosos são, sobre

os montes, os pés do que anuncia asboas novas (…)”.1

Sou um desses conversos. Fuiconvertido aos 17 anos, quando estavno ensino médio. O missionárioque me batizou oi o Élder Rupp, deIdaho. Ele oi recentemente desobri-gado como presidente de estaca emIdaho. Não o vi mais desde que euera recém-batizado, mas já trocamose-mails e alamos ao teleone. Nunca

Élder Kazuhiko YamashitaDos Setenta

Os Missionários Sãoum Tesouro da IgrejaSou grato pelos missionários serem chamados pelo Senhor e por eles responderem a esse chamado e servirem em todoo mundo.

essa jornada para melhorar pode, às vezes, parecer demasiadamente diícil.Não desanimem com seu progresso.Relembro o que aconteceu quandoescalei com meus lhos. Concordamosque, a cada vez que parássemos pararecuperar o ôlego, em vez de con-centrar-nos em quanto ainda altava,imediatamente nos viraríamos e olha-ríamos para baixo. Contemplávamos,então, a paisagem e dizíamos uns aosoutros: “Vejam o quanto subimos”.

Depois, respirávamos undo, nos virávamos rapidamente, olhávamospara cima e começávamos a escalarde novo, um passo por vez. Irmãos eirmãs, vocês podem ser pais, líderese proessores segundo as maniesta-ções do Espírito. Testico que vocêsconseguem! Sei que podem azer issoe vidas serão modicadas.

Minha vida oi abençoada porproessores de verdade que ensina-ram com o Espírito e principalmentepelo Espírito. Convido-os a alinhar

sua maneira de ensinar segundo amaneira do Espírito Santo em tudo oque zerem. Testico que Jesus Cristoé nosso Salvador e que Seu evangelhooi restaurado. Por isso, devemos serpais de verdade , líderes de verdade ,proessores de verdade e aprendizesde verdade . Testico que Deus vai aju-dá-los em seus esorços. No sagradonome de nosso Salvador, Jesus Cristo.

 Amém. ◼

NOTAS

1. Ensino, Não Há Maior Chamado: Um Guiade Recursos para o Ensino do Evangelho,1999, p. 3.

2. Doutrina e Convênios 50:14.3. Morôni 6:9.4. Morôni 10:5; ver também Doutrina e

Convênios 50:14; Sempre Fiéis: Tópicos do Evangelho, 2004, p. 74.

5. 2 Né 28:30.6. Ver David A. Bednar, “Aprender pela Fé”,

 A Liahona, setembro de 2007, pp. 17–24.7. Ver Lucas 12:12.8. Ver João 7:17.9. Ver 2 Né 32:1–5.

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o esqueci. Seu rosto bondoso e sorri-dente está gravado em minha memó-ria. Ele cou muito eliz ao saber que

eu estava bem! Aos 17 anos, eu não tinha uma boa

compreensão das mensagens que osmissionários estavam me dando. Noentanto, nutria um sentimento especialpelos missionários. Queria tornar-mecomo eles e sentia seu amor proundoe perene.

Quero contar-lhes sobre o dia domeu batismo. Era 15 de julho e o diaestava muito quente. Uma mulhertambém oi batizada no mesmo dia.

 A onte batismal tinha sido eita arte-sanalmente pelos missionários e nãoparecia grande coisa.

Fomos conrmados logo apóso batismo. Primeiro, o Élder Lloydconrmou a irmã. Sentei-me com osoutros membros, echei os olhos esilenciosamente escutei. O Élder Lloyda conrmou e em seguida pronunciouuma bênção sobre ela. No entanto, oÉlder Lloyd parou de alar, o que me

ez abrir os olhos e xar o olhar nele.Consigo lembrar-me daquela cena

até hoje. Os olhos do Élder Lloyd

estavam marejados de lágrimas. Pelaprimeira vez na vida, senti-me envol-

 vido pelo Santo Espírito. E por meiodo Santo Espírito obtive um conheci-mento seguro de que o Élder Lloydnos amava e de que Deus tambémnos amava.

Então, chegou a minha vez deser conrmado. Foi o Élder Lloydde novo que conrmou. Colocouas mãos sobre minha cabeça econrmou-me membro da Igreja,

coneriu-me o dom do Espírito Santoe depois pronunciou uma bênção.Outra vez ele interrompeu a bên-ção. Porém, dessa vez compreendio que ocorria. Sem dúvida eu sabiapor meio do Espírito Santo que osmissionários me amavam e que Deustambém me amava.

 Agora gostaria de dizer algumaspalavras aos missionários que estãoservindo no mundo todo. Sua atitude

e sobretudo o amor que mostrampelos outros serão mensagens muitosignicativas. Ainda que eu não osse

capaz de entender instantaneamenteas doutrinas que os missionários ensnaram-me, senti seu grande amor eaprendi lições importantes com seusmuitos atos de bondade. Sua mensa-gem é uma mensagem de amor, deesperança e de é. Sua atitude e suasações convidam o Espírito e é o Esprito que nos capacita a compreenderas coisas que são importantes. O quequero comunicar a vocês é que pormeio do seu amor, vocês estão trans

mitindo o amor de Deus. Vocês sãoum tesouro nesta Igreja. Sou gratopor todo o seu sacriício e toda a suadedicação.

Gostaria também de alar a vocês,uturos missionários. Na minha pró-pria amília quatro de nossos lhos játerminaram a missão e nosso quintomissionário entrará no Centro de Treinamento Missionário de Provo no ndo mês que vem. No ano que vem,

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98 A L i a h o n a

Há alguns anos, quando estavana praia com a amília, observeique havia sinais e bandeiras avi-

sando que uma orte correnteza fuíada praia para águas proundas e tur-bulentas. Invisível a meus olhos des-treinados, mas acilmente detectadapelos salva-vidas da torre próxima,a orte corrente era um perigo paratodos os que saíssem da segurança da

praia e entrassem na água. Lembro-mede ter pensado comigo: “Eu nadobem. Nadar seria um bom exercício.Ficarei seguro na parte rasa do mar”.

Ignorando os avisos e sentindo-meconante, entrei no mar para me“rerescar” nadando. Poucos minutosdepois, tentei localizar minha amíliana praia, mas a praia já não estava tãopróxima! A corrente enganosa sobre aqual eu tinha sido alertado me pegarae arrastava-me rapidamente para

longe da minha amília.Conante, a princípio, e depoiscom desespero, tentei nadar de voltapara a praia, mas a corrente inexorávelarrastava-me mais e mais para águasproundas e agitadas. Fiquei exaustoe comecei a engasgar com a água queengolia. A possibilidade de aogar-metornou-se muito real. Por m, semorças, comecei a gritar desesperadopor socorro.

Como por milagre, um salva-vi-das imediatamente surgiu a meulado. Eu não sabia que ele me havia

 visto entrar na água. Ele sabia que acorrente me apanharia e sabia paraonde me levaria. Evitando a corrente,ele deu a volta, nadando até perto deonde eu me debatia e, pacientementeesperou que eu pedisse socorro.Muito raco para nadar sozinho até

a praia, quei e ainda sou grato poraquele resgate. Sem sua ajuda, eununca teria conseguido voltar paraminha amília.

Naquele dia, tomei uma deci-são errada que teve consequênciaspotencialmente graves para mim epara minha amília. Ao ponderarmos

 juntos a dádiva da escolha, oro paraque o Espírito Santo ajude cada um dnós a avaliar as escolhas que estamosazendo.

Nosso amado proeta, o Presidente Thomas S. Monson ensinou: “Nuncaé demais salientar que as decisõesdeterminam o destino. Não podemostomar decisões eternas sem conse-quências eternas”.1

Cada um de vocês — como apren-demos nesta conerência — é um lhamado de pais celestiais. Vocês têmuma natureza e um destino eternos.2 Em sua vida pré-mortal, aprenderam

Escolher a Vida EternaSeu destino eterno não resultará do acaso, mas sim, daescolha. Nunca é tarde demais para começar a escolher avida eterna! 

Élder Randall K. Bennett Dos Setentanosso caçula planeja sair em missãoquando terminar o ensino médio.

 Assim, alo a meus lhos e a todos vocês que se preparam para servirmissão. É preciso que tragam com

 vocês três coisas para a missão:

1. O desejo de pregar o evangelho. OSenhor deseja que vocês procuremSuas ovelhas.2 Há pessoas em todoo mundo esperando por vocês. Poravor, dirijam-se rapidamente para

onde eles estão. Ninguém procuraresgatar as pessoas com mais dedi-cação que os missionários. Sou umdos resgatados.

2. Desenvolvam seu próprio testemu-nho. O Senhor requer o “coração euma mente solícita”.3

3. Ame as pessoas, assim como oÉlder Swan, que trouxe para a mis-são o paletó de seu pai e o amorde seu pai pelo Japão e seu povo.

E aqueles entre vocês que não

sabem como se preparar para a mis-são, conversem com seu bispo. Seique ele os ajudará.

Sou grato pelos missionários seremchamados pelo Senhor e por eles res-ponderem a esse chamado e serviremem todo o mundo. Gostaria de dizera todos vocês, amados ex-missioná-rios: sou realmente grato por todos osseus esorços. Vocês são um tesouronesta Igreja. Continuem sempre a sermissionários e a agir como discípulos

de Cristo. Testico que somos lhos do PaiCelestial, que Ele nos ama e queenviou Seu Amado Filho, Jesus Cristo,para podermos voltar a Sua presença.Digo estas coisas em nome de JesusCristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Isaías 52:7.2. Ezequiel 34:11.3. Doutrina e Convênios 64:34.

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a amar a verdade. Fizeram escolhaseternas corretas. Sabiam que aqui namortalidade haveria afições e adver-sidade, tristezas e sorimento, testese provações para ajudá-los a crescere a progredir. Também sabiam que

poderiam continuar a azer escolhascorretas, arrepender-se das escolhasincorretas e, por meio da Expiaçãode Jesus Cristo, herdar a vida eterna.

O que o proeta Leí ensinou sobreescolhas? Disse que somos “livrespara escolher a liberdade e a vidaeterna por meio do grande Mediadorde todos os homens, ou para [esco-lher] o cativeiro e a morte, de acordocom o cativeiro e o poder do diabo”.Depois, ele instruiu: “[Deveis conar]

no grande Mediador e [dar] ouvidosa seus grandes mandamentos; e [ser]éis a suas palavras e [escolher] avida eterna”.3

Irmãos e irmãs, nas coisas queescolhemos pensar, sentir e azer, seráque estamos escolhendo a vida eterna? 

Nossos netos estão aprendendoque, quando azem uma escolha,também escolhem as consequências.Recentemente, uma de nossas netas,

de três anos, recusou-se a jantar. Amãe explicou: “Já está quase na horade dormir. Se você decidir jantar, estáescolhendo sorvete como sobremesa.Se decidir não jantar, está escolhendoir dormir agora, sem sorvete”. Nossa

neta avaliou as duas opções e depoisdeclarou enaticamente: “Quero esta escolha: brincar e comer só sorvete e  não ir dormir.”

Irmãos e irmãs, será que pode-mos brincar, comer só sorvete, não irdormir e, de algum modo, evitar asconsequências, tais como a desnutri-ção e o cansaço?

Na verdade, temos apenas duasescolhas eternas, cada qual comconsequências eternas: a escolha de

seguir o Salvador do mundo e, assim,escolher a vida eterna com nosso PaiCelestial, ou a escolha de seguir omundo e, assim, escolher separar-noseternamente do Pai Celestial.

Não podemos escolher tanto asegurança da retidão quanto os peri-gos da vida mundana. Podeparecer inoensivo andar errantepelo mundo, mas meu banho demar “rerescante” também parecia!

 Tal como a corrente que poderiater mudado o curso da vida de minhaamília, a corrente do mundanismo, alosoas enganadoras, os alsos ensi-namentos e a crescente imoralidadeprocuram arrastar-nos para longe e

separar-nos eternamente de nossaamília e do Pai Celestial.

Nossos proetas vivos, videntes ereveladores enxergam e procuramavisar-nos das perigosas e muitas

 vezes sutis correntes mundanas quenos ameaçam. Eles convidam, incentivam, ensinam, lembram e avisamcom amor. Sabem que nossa segu-rança depende da escolha de seguir(1) a compreensão que adquirimosao estudar diariamente as escrituras,

ponderar e orar; (2) a orientação doEspírito Santo; e (3) o conselho dosproetas. Eles sabem que somente hsegurança e eterna alegria em — epor meio de — nosso Salvador JesusCristo e na aplicação prática de Seuevangelho. Como o Élder Dallin H.Oaks acabou de nos ensinar, o Sal-

 vador declarou: “Eu sou o caminho,a verdade, e a vida; ninguém vem aoPai, senão por mim”.4

Montreal, Quebec, Canadá

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100 A L i a h o n a

Durante a adversidade e o sori-mento vivenciados na Rússia pós-so- viética, Anatoly e Svetlana Reshetnikovescolheram a retidão em vez domundanismo. Depois de se liarem àIgreja, oram perseguidos. Ele oi demi-tido de seu cargo no trabalho. Corajo-samente, pensaram: “Agora temos maistempo para servir a Deus!” Receberamconstantes ameaças, mas escolheramlevar uma vida centralizada no evan-gelho. O Élder Anatoly Reshetnikov oi

chamado como o primeiro Setenta de Área russo. Por meio de suas escolhas,a amília Reshetnikov continua a esco-lher a vida eterna.

 Todos enrentamos adversidades. Todos temos tentações. Todos come-temos erros. Nunca é diícil ou tardedemais para azer escolhas corretas.O arrependimento é uma dessasescolhas corretas undamentais.

O Presidente Dieter F. Uchtdor ensinou:

“Os pequenos erros e desvios

mínimos da doutrina do evangelho de Jesus Cristo podem trazer tristes con-sequências para nossa vida. Portanto,é de undamental importância que nosdisciplinemos o suciente para azercorreções imediatas e decisivas a mde voltar para o caminho certo e nãoesperar que os erros de alguma ormase corrijam sozinhos.

Quanto mais demorarmos paratomar medidas corretivas, maioresserão as mudanças e o tempo neces-

sários para voltarmos ao caminhocerto, até o ponto de o desastre setornar iminente”.5

Os braços de misericórdia do Sal- vador estão sempre estendidos paracada um de nós.6 Se nos arrepender-mos sincera e plenamente, podemosser completamente perdoados de nos-sos erros, e o Salvador não vai mais Selembrar de nossos pecados.7

 Ao avaliar nossas escolhas e

suas consequências, podemosperguntar-nos:

•Estoubuscandoorientaçãodivinapor meio do estudo diário dasescrituras, da refexão e da ora-ção, ou tenho escolhido car tãoatareado ou apático que não tenhotempo para estudar as palavras deCristo, ponderá-las e conversar commeu Pai Celestial?

•Estouescolhendoseguiroconse-lho dos proetas vivos de Deus, ouestou seguindo os caminhos do

mundo e as opiniões contraditóriasdas pessoas?•Estoubuscandoaorientaçãodo

Espírito Santo diariamente nas coisasque decido pensar, sentir e azer?

•Estouconstantementeestendendoa mão para socorrer, servir ou aju-dar a resgatar outras pessoas?

Meus queridos irmãos e irmãs, seudestino eterno não resultará do acaso,

mas sim, da escolha. Nunca é tardedemais para começar a escolher a

vida eterna! Presto meu testemunho de que,

graças ao grande plano de elicidadedo Pai Celestial, cada um de nóspode ser apereiçoado por meio daExpiação de Jesus Cristo. Com nossaamília, podemos viver com o PaiCelestial eternamente e receber aplenitude da alegria. Dessas coisaspresto testemunho, em nome de

 Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Thomas S. Monson, “Decisions DetermineDestiny” (serão do Sistema Educacional daIgreja para jovens adultos, 6 de novembrode 2005), institute.LDS.org.

2. Ver “A Família: Proclamação ao Mundo”, A Liahona, novembro de 2010, últimacontracapa.

3. 2 Né 2:27–28; grio do autor.4. João 14:6.5. Dieter F. Uchtdor, “Uma Questão de

Poucos Graus”, A Liahona, maio de 2008,p. 57.

6. Ver Alma 5:33.7. Ver Doutrina e Convênios 58:42.

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10N o v e m b r o d e 2 0 1 1

Meus amados irmãos e irmãs,Deus, nosso Pai, não é umsentimento, uma ideia ou uma

orça. Ele é uma pessoa santa comoas escrituras nos ensinam, tem umrosto, mãos e um corpo ressuscitado eglorioso. Ele é real; Ele conhece cadaum de nós pessoalmente e ama todosnós. Ele deseja abençoar-nos.

 Jesus disse:“E qual de entre vós é o homem

que, pedindo-lhe pão o seu lho, lhedará uma pedra?

E, pedindo-lhe peixe, lhe dará umaserpente?

Se vós, pois, sendo maus, sabeisdar boas coisas aos vossos lhos,quanto mais vosso Pai, que está noscéus, dará bens aos que lhe pedirem?”(Mateus 7:9–11).

 Talvez uma experiência pessoalajude a ilustrar esse ponto. Quandoeu era um jovem médico residente no

Hospital Inantil de Boston, eu traba-lhava por muitas horas e, na maioriadas vezes, ia do hospital para casa, em

 Watertown, Massachusetts, de bici-cleta, pois minha mulher e as criançasprecisavam do carro. Certa tarde, eu iapara casa após um longo período nohospital sentindo-me muito cansado,aminto e um pouco desanimado.Eu sabia que precisava dar a minhaesposa e aos meus lhinhos não

apenas meu tempo e minha energiaao chegar em casa, mas também teruma atitude positiva. Francamenteeu estava achando diícil até mesmopedalar.

No caminho havia uma loja derango rito. Senti que estaria bemmenos aminto e cansado se parassepara comer um pedaço de rangoantes de chegar em casa. Eu sabiaque a loja tinha uma oerta de coxas

e sobrecoxas por 29 centavos cada,mas ao abrir minha carteira, vi quesó tinha cinco centavos. Ao continuarpedalando, alei ao Senhor da minhasituação e perguntei-Lhe, se em Suamisericórdia, Ele me permitiria acharuma moeda de 25 centavos na rua. Eudisse que não precisava daquilo comosinal, mas que caria muito grato seEle me concedesse tal bênção.

Comecei a olhar para o chão commais atenção, mas não achei nada.

Procurando manter uma atitude de ée submissão enquanto prosseguia, viaa loja aproximar-se. Então, quase bemem rente à loja de rango rito, vi umamoeda de 25 centavos no chão. Comgratidão e alívio, peguei-a, compreio pedaço de rango, saboreei cadabocado e ui eliz para casa.

Em Sua misericórdia, o Deus docéu, Criador e Soberano de tudo,tinha ouvido uma oração a respeito

de uma coisa de pouquíssima importância. Alguém poderia perguntar-sepor que Ele Se preocuparia com algotão insignicante. Creio que nossoPai Celestial nos ama tanto, que ascoisas que são importantes para nóstornam-se importantes para Ele, sóporque Ele nos ama. Quanto mais Elgostaria de ajudar-nos em grandescoisas que pedimos e que são corre-tas (ver 3 Né 18:20)?

Crianças, jovens e adultos, por

avor, creiam no quanto um amorosoPai Celestial deseja abençoar vocês. Porém, como Ele não intererirá emnosso arbítrio, precisamos pedir queEle nos ajude. Tais pedidos são emgeral eitos por meio da oração.

 A oração é um dos mais preciososdons que Deus concedeu ao homem

Certa ocasião, os discípulos per-guntaram a Jesus: “Senhor, ensina-noa orar” (Lucas 11:1). Em resposta,

 Jesus deu um exemplo que podeservir de guia aos princípios-chave

da oração (ver Russell M. Nelson,“Ensinamentos das Orações do Sal-

 vador”, A Liahona, maio de 2009, p.46; ver também Mateus 6:9–13; Lucas11:1–4). Seguindo o exemplo de Jesucomeçamos dirigindo-nos a nosso PaCelestial: “Pai Nosso, que estásnos céus” (Mateus 6:9; Lucas 11:2).É um privilégio podermos dirigir-nosdiretamente a nosso Pai. Não oramosa nenhum outro ser. Lembrem-se deque nos oi aconselhado evitar repe-

tições, inclusive a repetição requentedo nome do Pai na própria oração.1

“Santicado seja o teu nome”(Mateus 6:9; Lucas 11:2). Jesusdirigiu-Se a Seu Pai em atitude deadoração, reconhecendo Sua gran-deza, dando-Lhe honra e graças. Semdúvida, essa reverência a Deus e aexpressão sincera de gratidão sãochaves para uma oração ecaz.

“Venha o teu reino, seja eita a tua

Élder J. Devn CornishDos Setenta

O Privilégio de Orar A oração é um dos mais preciosos dons que Deus concedeuao homem.

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102 A L i a h o n a

 vontade” (Mateus 6:10; Lucas 11:2).Reconhecemos de boa vontade nossadependência do Senhor e expressa-mos o desejo de azer Sua vontade,mesmo que seja contrária a nossa.Nosso Dicionário Bíblico, em inglês,explica: “A oração é o ato pelo quala vontade do Pai e a de Seus lhos

entram em sintonia. O propósito daoração não é o de alterar a vontade deDeus, mas de obtermos para nós mes-mos e para os outros as bênçãos queDeus já está disposto a conceder, masque devemos pedir para obter” (BibleDictionary, “Prayer”; ver também Guiapara Estudo das Escrituras, “Oração”).

“O pão nosso de cada dia nosdá hoje” (Mateus 6:11; ver tambémLucas 11:3). Pedimos ao Senhor ascoisas que desejamos receber Dele. A

honestidade é essencial ao pedirmoscoisas a Deus. Eu não seria totalmentehonesto, por exemplo, se pedisseao Senhor ajuda para uma prova daescola se não tivesse prestado atençãoàs aulas, eito os deveres ou estudadopara essa prova. Muitas vezes, quandooro, o Espírito leva-me a admitir quedevo azer mais para receber a ajudaque peço ao Senhor. Então, precisocomprometer-me a azer minha parte.

É contrário à economia dos céus queo Senhor aça por nós algo que pode-mos azer por nós mesmos.

“E perdoa-nos as nossas dívidas”(Mateus 6:12) ou, em outra versão,“e perdoa-nos os nosso pecados”(Lucas 11:4). Uma parte essencial,mas às vezes negligenciada da

oração pessoal, é o arrependimento.Para que o arrependimento uncione,ele deve ser especíco, proundo eduradouro.

“Assim como nós perdoamos aosnossos devedores” (Mateus 6:12, vertambém Lucas 11:4). O Senhor deixoubem clara a relação entre sermos per-doados de nossos pecados e o perdãoque concedemos a quem pecou con-tra nós. Às vezes, os erros dos outroscontra nós são muito, muito dolorosos

e diíceis de serem perdoados ouesquecidos. Sou muito grato pelo con-solo e pela cura que tenho encontradono convite do Senhor de esquecermosnossas mágoas e nos voltarmos paraEle. Em Doutrina e Convênios, seção64, Ele disse:

“Eu, o Senhor, perdoarei a quemdesejo perdoar, mas de vós é exigidoque perdoeis a todos os homens.

E devíeis dizer em vosso coração:

Que julgue Deus entre mim e ti ete recompense de acordo com teuseitos” (versículos 10–11).

Em seguida, devemos esquecercompletamente, deixando que oSenhor cuide do assunto, se quiser-mos ser curados.

“E não nos induzas à tentação;

mas livra-nos do mal” [Mateus 6:13,nota de rodapé a; em TJS, Mateus6:14; ver também Lucas 11:4 (eminglês), nota de rodapé c, de JosephSmith Translation]. Assim, em nos-sas orações podemos iniciar com oprocesso protetor de vestirmos todaa armadura de Deus (ver Eésios6:11; D&C 27:15) contemplando o diuturo e pedindo ajuda para os diasassustadores que às vezes vivemos.Peço-lhes, meus amigos, que não se

esqueçam de rogar a Deus que osproteja e esteja com vocês.“Porque teu é o reino, e o poder, e

a glória, para sempre” (Mateus 6:13).Como é instrutivo Jesus ter concluídoa oração louvando a Deus novamentee expressando Sua reverência e Suasubmissão ao Pai! Quando de atocremos que Deus governa Seu reinoe que Ele tem todo o poder e todaa glória, estamos reconhecendo que

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Ele está realmente à rente, que nosama com pereito amor e deseja quesejamos elizes. Descobri que um dossegredos para uma vida alegre é reco-nhecer que azer as coisas à maneirado Senhor me az mais eliz do que seeu as zer a meu modo.

Existe o risco de alguém não sesentir bem o suciente para orar. Talideia advém daquele mau espírito,que é quem nos ensina a não orar(ver 2 Né 32:8). Alguém pensar que

tem pecados demais para orar é tãotrágico quanto o doente que pensaque está doente demais para ir aomédico!

Não devemos pensar que qual-quer oração, por mais sincera queseja, terá grande eeito, se tudo oque zermos or orar. Não devemosapenas orar, mas também viver o queoramos. O Senhor Se regozija muitomais com aquele que ora e depoispõe mãos à obra, do que com aqueleque somente ora. Semelhante a um

remédio, a oração unciona somente

quando aplicada de acordo com a

prescrição.Quando digo que a oração é umdoce privilégio, não é só porque sougrato por poder alar ao Pai Celestiale sentir Seu Espírito ao orar. É tam-bém porque Ele de ato responde eala a nós. Claro que, em geral, Elenão nos ala com uma voz audível. OPresidente Boyd K. Packer explicou:“A doce e serena voz da inspiração

 vem mais como um sentimento doque como um som. A pura inteligênciapode entrar em nossa mente. (…)

Essa orientação vem por meio depensamentos, sentimentos, sussurrose impressões” (“Oração e Inspiração”, A Liahona, novembro de 2009, p. 44).

 Às vezes parece que não temosrespostas a nossas orações sinceras eervorosas. É preciso é para lem-brar que o Senhor responde a Seutempo e a Sua maneira para melhornos abençoar. Ou, ao pensar melhor,muitas vezes compreendemos que jásabíamos plenamente o que devía-

mos azer.Não desanimem se não uncionardessa maneira imediatamente. Comono aprendizado de um idioma estran-geiro, é preciso prática e esorço. Massaibam, no entanto, que vocês podemaprender a linguagem do Espírito e,quando a aprenderem, terão grande ée poder na retidão.

Guardo com carinho o conselhode nosso amado proeta, o Presidente

 Thomas S. Monson, que disse:

“Digo àqueles que, dentre os que meouvem, estejam lutando com dicul-dades, sejam grandes ou pequenas:a oração é a onte de orça espiritualela é o passaporte para a paz. A ora-ção é o meio de nos dirigirmos ao PCelestial, que nos ama. Falem comEle em oração e, depois, esperem aresposta. A oração opera milagres”(“Dê o Melhor de Si”, A Liahona,maio de 2009, p. 68).

Sou proundamente grato peloprivilégio de dirigir-me a meu Pai

Celestial em oração. Sou grato pelasinúmeras vezes em que Ele me ouviue respondeu. Por Ele me responder,inclusive às vezes de orma previsívele milagrosa, sei que Ele vive. Tambémhumildemente testico que Jesus, Seusanto Filho, é nosso Salvador vivo.Esta é Sua Igreja e Seu reino nesta

 Terra; esta obra é verdadeira. Tho-mas S. Monson, por quem oramoscom ervor, é Seu proeta; dessascoisas testico com plena certeza,

em nome de Jesus Cristo. Amém. ◼NOTA

1. Ver Francis M. Lyman, “Proprieties inPrayer”, em Brian H. Stuy, comp., Collecte Discourses Delivered by President WilfordWoodruff, His Two Counselors, the Twelve Apostles, and Others , 5 vols., 1987–1992, vol. 3, pp. 76–79; B. H. Roberts, comp.,The Seventy’s Course in Theology , 5 vols.,1907–1912, vol. 4, p. 120; Encyclopedia of  Mormonism, 1992, “Prayer”, pp. 1118–111Bruce R. McConkie, Mormon Doctrine ,2ª ed., 1966, p. 583.

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104 A L i a h o n a

Muitas pessoas se deparamcom problemas importantesou mesmo tragédias durante

esta jornada mortal. No mundo inteiro vemos exemplos de provações e tribu-lações.1 Sentimo-nos tocados na almaao ver na televisão imagens de morte,

grave sorimento e desespero. Vemosos japoneses lutando heroicamentecontra a devastação de um terremotoe um tsunami. As terríveis cenas dadestruição das torres do World TradeCenter, que oram recentementeexibidas, oram dolorosas de reviver.

 Algo agita nosso íntimo quando nosconscientizamos dessas tragédias,especialmente quando soridas porpessoas inocentes.

 Às vezes, as tragédias são muito

pessoais. Um lho ou lha morre cedona vida ou é vítima de uma doençadevastadora. A vida de um pai amo-roso é ceiada por causa de um atoimpensado ou acidente. Sempre queocorre uma tragédia, choramos e nosesorçamos para carregar os ardosuns dos outros.2 Lamentamos porcoisas que não serão realizadas epor hinos que não serão cantados.

Entre as perguntas mais requentes

clareza e irrepreensível perspectiva ecompreensão.Da perspectiva limitada de quem

não tem conhecimento, compreensãoou é no plano do Pai — alguém quesó vê o mundo pelo prisma da mor-talidade, com suas guerras, violência,doenças e males — esta vida podeparecer deprimente, caótica, injusta esem sentido. Os líderes da Igreja com-pararam essa perspectiva à de alguémque entra no meio de uma peça de trê

atos.

3

Aqueles que não têm conheci-mento do plano do Pai não entendemo que aconteceu no primeiro ato, ou aexistência pré-mortal, nem os propósi-tos lá estabelecidos; tampouco enten-dem o esclarecimento e a conclusãoque virão no terceiro ato, que é oglorioso cumprimento do plano do Pa

Muitos não entendem que, em Seuamoroso e abrangente plano, aquelesque parecem estar em desvantagem,sem ter culpa disso, não serão puni-dos no nal.4

Em poucos meses completam-se100 anos do trágico naurágio dotransatlântico Titanic. As circunstân-cias calamitosas que cercaram aqueleacontecimento terrível se propagarampor um século inteiro, desde queocorreu.5 Os promotores do novonavio de luxo, que tinha onze anda-res de altura e quase três camposde utebol de comprimento, zeramdeclarações excessivas e injusticadasquanto à invulnerabilidade do Titani

às águas invernais coalhadas de ice-bergs. Supostamente, aquele navio erimpossível de aundar, mas, quandonauragou no gelado Oceano Atlân-tico, mais de 1.500 almas perderamsua vida mortal.6

Em muitos aspectos, o naurágiodo Titanic é uma metáora da vida ede muitos princípios do evangelho. Éum pereito exemplo da diculdadede olharmos apenas pelo prisma

eitas aos líderes da Igreja estão: “Porque um Deus justo permite que coisasruins aconteçam, especialmente a pes-soas boas?”, “Por que aqueles que são

 justos e estão a serviço do Senhor nãoestão imunes a tais tragédias?”

Embora não saibamos todas as

respostas, conhecemos importantesprincípios que nos permitem enrentaras tragédias com é e conança de quehá um uturo brilhante planejado paracada um de nós. Alguns dos princípiosmais importantes são:

Primeiro, temos um Pai Celestial,que nos conhece e nos ama pessoal-mente e entende pereitamente onosso sorimento.

Segundo, Seu Filho, Jesus Cristo, énosso Salvador e Redentor, cuja Expia-

ção não só proporciona a salvação ea exaltação, mas também compensatodas as injustiças da vida.

 Terceiro, o plano de elicidadedado pelo Pai a Seus lhos incluinão só a vida pré-mortal e uma vidamortal, mas também uma vida eterna,que inclui uma grande e gloriosareunião com aqueles que perde-mos. Todos os erros serão corrigi-dos, e veremos [tudo] com pereita

Élder Quentin L. Cook Do Quórum dos Doze Apóstolos

Os Hinos Que ElesNão Puderam Cantar Embora não saibamos todas as respostas, conhecemos importantes princípios que nos permitem enrentar as tragédias com é e confança.

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desta vida mortal. A perda de vidas oicatastróca em suas consequências,mas oi de natureza acidental. Coma carnicina de duas guerras mun-diais e tendo acabado de passar o 10ºaniversário da destruição das torresdo World Trade Center, temos emnosso próprio tempo um vislumbredo choque, da agonia e das questõesmorais associados aos acontecimen-tos decorrentes do mau exercício doarbítrio. Há repercussões terríveis para

a amília, os amigos e as nações, comoresultado dessas tragédias, indepen-dentemente da causa.

Com relação ao Titanic, aprende-mos lições sobre os perigos do orgu-lho e de viajar por águas turbulentas,e “que Deus não az acepção depessoas”.7 Os envolvidos tinham todotipo de ormação. Alguns eram ricos eamosos, como John Jacob Astor, mashavia também trabalhadores, imigran-tes, mulheres, crianças e membros datripulação.8

Houve pelo menos dois casos querelacionavam os santos dos últimosdias ao Titanic. Ambos ilustram nossodesao em compreender as tribu-lações e tragédias, e oerecem uma

 visão de como podemos lidar comelas. O primeiro é um exemplo degratidão pelas bênçãos que recebe-mos e pelos desaos que evitamos.Envolve Alma Sonne, que mais tardeserviu como Autoridade Geral.9 Ele era meu presidente de estaca,

quando nasci em Logan, Utah. Fizminha entrevista para a missão como Élder Sonne. Naquela época, todosos missionários em perspectiva eramentrevistados por uma AutoridadeGeral. Ele exerceu grande infuênciaem minha vida.

Quando Alma era jovem, tinha umamigo, de nome Fred, que era menosativo na Igreja. Eles tiveram inúmerasconversas sobre a decisão de servir

missão e, por m, Alma Sonne con- venceu Fred a preparar-se e a servir. Ambos oram chamados para a MissãoBritânica. No término da missão deles,o Élder Sonne, que era o secretário damissão, ez os arranjos de viagem parao regresso deles aos Estados Unidos.Ele reservou uma passagem no Tita-nic para si mesmo, para Fred e paraoutros quatro missionários que tam-bém tinham terminado sua missão.10

Quando chegou a hora de viajar,

por algum motivo, Fred se atrasou.O Élder Sonne cancelou todas asseis reservas no novo transatlânticode luxo, em sua viagem inaugural, ereservou passagens em um navio quepartiria no dia seguinte.11 Os quatromissionários que estavam animadoscom a viagem no Titanic expres-saram sua decepção. A resposta doÉlder Sonne pararaseava a histó-ria de José e seus irmãos no Egito,registrada em Gênesis: “Como volta-

remos a nossas amílias, se o moçonão or conosco?”12 Ele explicou aseus companheiros que todos tinhamido para a Inglaterra juntos, e todosdeviam retornar para casa juntos. OÉlder Sonne posteriormente soube donaurágio do Titanic e, com gratidão,disse a seu amigo Fred: “Você salvouminha vida”. Fred respondeu: “Não,azendo-me vir para a missão, vocêsalvou a minha vida”.13 Todos os

missionários agradeceram ao Senhorpor preservar-lhes a vida.14

 Às vezes, como aconteceu no casodo Élder Sonne e de seus companheros missionários, grandes bênçãosadvêm aos que são éis. Devemosser gratos por todas as misericórdiasque recebemos em nossa vida.15 Não nos damos conta de uma sériede bênçãos que recebemos no dia adia. É extremamente importante quesempre tenhamos em nós um espírit

de gratidão.16

 As escrituras são claras: aquelesque são justos, que seguem o Salva-dor e que guardam os Seus manda-mentos prosperarão na Terra.17 Umelemento essencial da prosperidadeé ter o Espírito em nossa vida.

No entanto, a justiça, a oração ea delidade nem sempre resultamem nais elizes na mortalidade.Muitos sorem provações severas.Quando isso acontece, o próprio ato

de exercer é e de buscar as bênçãosdo sacerdócio é aprovado por Deus.O Senhor declarou: “Os élderes (…)serão chamados e orarão por eles,impondo-lhes as mãos em meu nomee se morrerem, morrerão em mim; ese viverem, viverão em mim”.18

É instrutivo ver que o segundo casque relaciona os santos dos últimosdias ao Titanic não teve um nalmortal eliz. Irene Corbett tinha 30

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anos de idade. Era uma jovem esposae mãe, de Provo, Utah. Tinha muitotalento como pintora e musicista; eratambém proessora e enermeira. Porhaver necessidade de prossionaismédicos em Provo, ela ez um cursode obstetrícia de seis meses em Lon-dres. Grande era seu desejo de azeralgo de útil no mundo. Era cuidadosa,prestativa, ervorosa e corajosa. Umadas razões de ter escolhido o Titanic para retornar aos Estados Unidos oi

porque pensou que os missionáriosestariam viajando com ela e que issolhe garantiria mais segurança. Ireneoi uma das poucas mulheres quenão sobreviveram àquela terríveltragédia. A maioria das mulheres ecrianças oi colocada em botes salva-

 vidas, sendo por m resgatadas. Nãohavia botes salva-vidas sucientespara todos. Acredita-se, porém, queela não entrou nos botes salva-vidasporque, com seu treinamento espe-cial, tinha ido atender às necessidades

dos numerosos passageiros eridos nacolisão com o iceberg.19

Existem muitos tipos de desaos. Alguns dão-nos experiências neces-sárias. Os resultados adversos desta

 vida mortal não são sinal de alta deé ou de uma impereição no planogeral de nosso Pai Celestial. O ogodo ourives é real, e as qualidades decaráter e retidão que são orjadas naornalha da afição nos apereiçoam,nos puricam e nos preparam para

encontrar Deus.Quando o Proeta Joseph Smithestava preso na Cadeia de Liberty,o Senhor declarou-lhe que podiamacontecer várias calamidades para ahumanidade. Em parte, o Salvadordeclarou: “Se ores lançado no abismo;se vagas encapeladas conspiraremcontra ti; se ventos uriosos se tornaremteus inimigos; (…) e todos os elemen-tos se unirem para obstruir o caminho;

(…) todas essas coisas te servirão deexperiência e serão para o teu bem”.20 O Salvador concluiu Sua instrução,dizendo: “Teus dias são conhecidos eteus anos não serão diminuídos; por-tanto não temas (…), pois Deus estarácontigo para todo o sempre”.21

 Alguns desaos resultam do arbítrioalheio. O arbítrio é essencial parao crescimento e desenvolvimentoespiritual individual. A má conduta éum elemento do arbítrio. O capitãoMorôni explicou essa doutrina muito

importante: “O Senhor permite queos justos sejam mortos para que sua

 justiça e julgamento recaiam sobre osiníquos”. Ele deixou claro que os jus-tos não estão perdidos, mas “entramno descanso do Senhor seu Deus”.22 Os iníquos serão responsabilizadospelas atrocidades que perpetrarem.23

 Alguns desaos decorrem dadesobediência às leis de Deus. Osproblemas de saúde resultantes doumo, do álcool e do abuso de dro-

gas são surpreendentes. O número deprisões resultantes de crimes ligadosa bebidas alcoólicas e drogas tambémé muito alto.24

 A incidência de divórcio por causada indelidade também é signicativa.Muitas dessas provações e tribulaçõespoderiam ser evitadas mediante aobediência às leis de Deus.25

Meu querido presidente de missão,o Élder Marion D. Hanks (que aleceu

em agosto), pediu a seus missionáriosque memorizassem uma declaraçãopara resistir aos desaos mortais:“Não há acaso, destino ou sina quepossa burlar, impedir ou contro-lar a rme resolução de uma almadeterminada”.26

Ele reconhecia que isso não se aplcava a todos os desaos que encon-tramos, mas era verdade em questõesespirituais. Sou grato pelo seu conse-lho em minha vida.

Uma das razões da terrível perdade vidas no Titanic oi a ausência debotes salva-vidas sucientes. Inde-pendentemente das tribulações queenrentamos nesta vida, a Expiaçãodo Salvador provê botes salva-vidaspara todos. Para aqueles que achamque as provações que enrentam sãoinjustas, a Expiação cobre todas asinjustiças da vida.27

Um desao especial para aquelesque perderam seus entes queridosé o de não se aterem às oportuni-

dades perdidas nesta vida. Muitas vezes, aqueles que morreram cedodemonstravam ter grande capaci-dade, interesses e talentos. Com nosscompreensão limitada, lamentamosas coisas que não serão realizadase os hinos que não serão cantados.Isso oi descrito como morrer com amúsica ainda dentro de si. A música,nesse caso, é uma metáora de todopotencial não realizado. Às vezes,as pessoas azem uma preparação

signicativa [de algo], mas não têm aoportunidade de realizá-lo na mortaldade.28 Um dos poemas clássicos macitados, Elegia Escrita Num CemitérioCampestre, de Thomas Gray, refetesobre essas oportunidades perdidas:

 Muitas fores desabrocham sem seremvistas,

 E desperdiçam sua doçura no ar dodeserto.29

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 A oportunidade perdida pode-serelacionar à amília, à prossão, aostalentos, às experiências ou a outrascoisas. Tudo isso oi interrompido nocaso da irmã Corbett. Houve hinos queela não cantou e um potencial queela não atingiu nesta vida mortal. Masquando olhamos pelo prisma amploe claro do evangelho, em vez da lentelimitada da mera existência mortal,sabemos da grande recompensa eternaprometida por um Pai amoroso em

Seu plano. Como ensinou o ApóstoloPaulo: “As coisas que o olho não viu,e o ouvido não ouviu, e não subiramao coração do homem, são as queDeus preparou para os que o amam”.30 Um verso de um hino querido oerececonsolo e uma visão mais clara: “E aoouvir, Jesus pode escutar os hinos quenão sou capaz de cantar”.31

O Salvador disse: “Portanto, que seconsole vosso coração; (…) aquietai-

 vos e sabei que eu sou Deus”.32 TemosSua promessa de que, com nossos

lhos, entoaremos “cânticos de eternaalegria”.33 Em nome de Jesus Cristo,nosso Salvador. Amém. ◼

NOTAS

1. Ver João16:33.2. Ver Mosias 18:8–9; ver também 2 Né 32:7.3. Ver Boyd K. Packer, “The Play and the

Plan” [O Palco e o Plano] (serão do SistemaEducacional da Igreja para jovens adultos,7 de maio de 1995), p. 3: “Na mortalidade,somos como alguém que entra no teatroassim que sobe a cortina do segundo ato.Perdemos o primeiro ato (…). Nunca estáescrito ‘e viveram elizes para sempre’no segundo ato. Essa rase pertence ao

terceiro ato, quando os mistérios sãosolucionados e tudo é esclarecido”. Ver também Neal A. Maxwell, All These Things Shall Give Thee Experience , 1979, p. 37:“Deus (…) vê o princípio desde o m. (…)Essa aritmética (…) é algo que nós mortaisnão compreendemos. Não podemoscalcular as somas porque não temos todosos números. Estamos presos na dimensãodo tempo e retidos dentro da estreitaperspectiva deste segundo estado”.

4. Aqueles que morrem antes de chegar àidade da responsabilidade são salvos noreino celestial (ver Doutrina e Convênios

137:10). Aqueles que morreram sem oconhecimento do evangelho, mas que oteriam recebido se lhes tivesse sido dada aoportunidade também serão herdeiros doreino celestial (ver Doutrina e Convênios137:7). Além disso, mesmo aqueles queem vida oram menos valentes serão,no devido momento, abençoados comuma existência superior a esta vida (ver Doutrina e Convênios 76:89).

5. Ver Conway B. Sonne, A Man Named  Alma: The World of Alma Sonne , 1988,p. 83.

6. Ver Sonne, A Man Named Alma, p. 84.7. Atos 10:34; ver também “The Sinking o the

 World’s Greatest Liner” [A Perda do Maior Navio do Mundo], Millennial Star , 18 deabril de 1912, p. 250.

8. Ver  Millennial Star , 18 de abril de 1912,p. 250.

9. O irmão Sonne é tio do Élder L. Tom Perry.10. Ver Sonne, A Man Named Alma, p. 83.11. Ver Sonne, A Man Named Alma, pp.

83–84; ver também “From the MissionField”, Millennial Star, 18 de abril de 1912,p. 254: “Desobrigações e Partidas — Osseguintes missionários mencionados oramhonrosamente desobrigados e viajaram de

navio para casa em 13 de abril de 1912,no S.S. Mauretania, da Inglaterra — AlmaSonne, George B. Chambers, WillardRichards, John R. Sayer, F. A. [Fred] Dahle.Da Holanda — L. J. Shurtli.”

12. Ver Gênesis 44:30–31, 34.13. Frank Millward, “Eight Elders Missed

 Voyage on Titanic” [Oito Élderes Perderama Viagem no Titanic], Deseret News , 24 de

 julho de 2008, p. M6.14. Ver “Friend to Friend”, Friend , março de

1977, p. 39.15. Ver David A. Bednar, “As Ternas

Misericórdias do Senhor”, A Liahona,

maio de 2005, p. 99.16. Ver Doutrina e Convênios 59:21.17. Ver Alma 36:30.18. Doutrina e Convênios 42:44.19. Entrevista com o neto de Irene Corbett,

Donald M. Corbett, 30 de outubro de 2010por Gary H. Cook.

20. Doutrina e Convênios 122:7.21. Doutrina e Convênios 122:9.22. Alma 60:13.23. O Salvador deixou claro que “é impossíve

que não venham escândalos, mas aidaquele por quem vierem!” (Lucas 17:1).

24. A seção 89 de Doutrina e Convênios —“a ordem e a vontade de Deus quantoà salvação ísica de todos os santos nosúltimos dias” (versículo 2) — abençoacada vez mais os santos dos últimos dias.

25. Ver Doutrina e Convênios 42:22–24.26. Ver “Will”, Poetical Works of Ella Wheeler 

Wilcox , 1917, p. 129.27. Ver “A Expiação”, Pregar Meu Evangelho:

Guia para o Serviço Missionário, 2004,pp. 51–52.

28. Ver “The Song That I Came toSing”, em The Complete Poems de  Rabrindranath Tagore’s Gitanjali, ed.S. K. Paul, 2006, p. 64: “O hino que vim

cantar continua sem ser cantado. / Passeimeus dias encordoando e desencordoandmeu instrumento”.

29. Thomas Gray, “Elegia Escrita em umCemitério Campestre”, em The Oxford  Book of English Verse, ed. Christopher Ricks, 1999, p. 279.

30. I Coríntios 2:9.31. “Minha Alma Hoje Tem a Luz”, Hinos ,

nº 151.32. Doutrina e Convênios 101:16; ver também

Salmos 46:10.33. Doutrina e Convênios 101:18; ver também

Doutrina e Convênios 45:71.

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Meus irmãos e irmãs, sei quetodos concordam comigoque esta oi uma conerência

extremamente inspiradora. Sentimosabundantemente o Espírito do Senhornestes últimos dois dias, à medidaque nosso coração oi tocado e nossotestemunho desta obra divina oi

ortalecido. Expressamos gratidão acada um dos participantes, inclusiveàs Autoridades Gerais que proeriramas orações.

Estamos todos aqui porque ama-mos o Senhor e queremos servir aEle. Testico a vocês que nosso PaiCelestial Se importa conosco. Reco-nheço Sua mão em todas as coisas.

Novamente, a música oi mara- vilhosa, e expresso minha gratidãopessoal e a de toda a Igreja aos que

se dispõem a compartilhar seustalentos conosco.Expressamos nossa prounda grati-

dão aos irmãos que oram desobriga-dos nesta conerência. Eles serviramelmente e muito bem, trazendo umacontribuição signicativa para a obrado Senhor.

Expresso proundo apreço pormeus éis e dedicados conselheirose agradeço a eles publicamente pelo

nosso Pai Celestial está ciente dosdesaos que enrentamos no mundoatual. Ele ama cada um de nós e vaiabençoar-nos à medida que nos esorçarmos para guardar Seus mandamentos e buscá-Lo em oração.

Quão abençoados somos por ter oevangelho restaurado de Jesus Cristo.Ele nos ornece respostas para asdúvidas reerentes ao lugar de onde

 viemos, por que estamos aqui e paraonde iremos quando partirmos desta

 vida. Ele dá signicado, propósito eesperança para nossa vida. Agradeço a vocês pelo serviço que

com tanta disposição prestam uns aosoutros. Somos as mãos de Deus aquina Terra, com o mandamento de amae prestar serviço a Seus lhos.

 Agradeço a vocês por tudo o queazem em suas alas e em seus ramosExpresso minha gratidão por suadisposição de servir nos cargos a queoram chamados, sejam eles quaisorem. Todos são importantes para

levar a obra do Senhor adiante. A conerência está terminada

agora. Ao voltarmos para casa, queo açamos com segurança. Que

 vejamos que tudo cou bem durantenossa ausência. Que o espírito quesentimos aqui esteja e habite conoscao cuidarmos das coisas com as

apoio e auxílio que dão a mim. Elessão realmente homens de sabedo-ria e compreensão, e seu serviço éinestimável.

 Agradeço a meus irmãos doQuórum dos Doze por seu serviçocapaz e incansável na obra do Senhor.Da mesma orma, expresso minha

gratidão aos membros dos Quórunsdos Setenta e ao Bispado Presidentepor seu serviço abnegado e ecaz. Demodo semelhante, expresso meu agra-decimento às mulheres e aos homensque servem como líderes gerais dasauxiliares.

Irmãos e irmãs, asseguro-lhes que

Presidente Thomas S. Monson

Até Voltarmosa Nos EncontrarQue o espírito que sentimos aqui esteja e habite conosco aocuidarmos das coisas com as quais nos ocupamos a cada dia.

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REUNIÃO GERAL DA SOCIEDADE DE SOCORRO | 24 de Setembro de 2011

Éum privilégio alar a vocês nestareunião histórica. É uma bênçãoestarmos aqui reunidas. No tempo

em que tenho servido como presidentegeral da Sociedade de Socorro, desen-

 volvi um proundo amor pelas irmãs daSociedade de Socorro desta Igreja, e o

Senhor ampliou minha visão de comoEle Se sente sobre nós e o que esperade nós.

Dei a meu discurso o título de:“O que Espero que Minhas Netas (eNetos) Compreendam sobre a Socie-dade de Socorro”. Minhas netas mais

 velhas estão empenhadas no Pro-gresso Pessoal, desenvolvendo hábitose características de mulheres justas.Em breve, elas e suas colegas serão

responsáveis por esta grande irman-dade mundial.

Espero que minhas palavras deema elas e a todas que me ouvem, ouque lerem, uma clara compreensãodo que o Senhor tinha em mente parSuas lhas quando a Sociedade de

Socorro oi organizada.

Um Antigo Padrão de DiscipuladoEspero que minhas netas com-

preendam que a Sociedade de Socorré organizada hoje segundo um padrãde discipulado que existia na Igrejaantigamente. Quando o Salvador organizou Sua Igreja, na época do Novo

 Testamento, “havia mulheres queparticipavam de modo vital no [Seu]

O que Esperoque Minhas Netas(e Netos) Compreendamsobre a Sociedadede Socorro Desde o dia em que o evangelho começou a ser restaurado

nesta dispensação, o Senhor precisou da participação de mulheres féis como Suas discípulas.

 Julie B. Beck Presidente Geral da Sociedade de Socorro

quais nos ocupamos a cada dia. Quedemonstremos mais bondade unspara com os outros. Que sempresejamos encontrados azendo a obrado Senhor.

Que as bênçãos do céu estejamcom vocês. Que seu lar esteja repletode harmonia e amor. Que nutramconstantemente seu testemunho paraque lhes seja uma proteção contra oadversário.

Como um humilde servo de vocês,

desejo de todo o coração azer a von-tade de Deus e servir a Ele e a vocês. Amo vocês e oro por vocês.

Gostaria novamente de pedir quese lembrem de mim e de todas as

 Autoridades Gerais em suas orações.Somos um com vocês no trabalho delevar adiante esta obra maravilhosa.

 Testico a vocês que estamos todos juntos e que todos, homem, mulhere criança temos uma parte a desem-penhar. Que Deus nos dê a orça,a capacidade e a determinação de

desempenhar bem a nossa parte.Presto-lhes meu testemunho de

que esta obra é verdadeira, de quenosso Salvador vive e de que Eleguia e dirige Sua Igreja nesta Terra.Deixo com vocês minha declaraçãoe meu testemunho de que Deus,nosso Pai Eterno, vive e nos ama.Ele é realmente nosso Pai; Ele é pes-soal e real. Que percebamos e com-preendamos quão perto de nós Eleestá disposto a estar, quão longe Ele

está disposto a ir para ajudar-nos, oquanto Ele nos ama e o quanto Eleaz e está disposto a azer por nós.

Que Ele os abençoe. Que Sua pro-metida paz esteja com vocês agora epara sempre.

Despeço-me de vocês até que voltemos a nos encontrar daqui a seismeses. E aço isso em nome de JesusCristo, nosso Salvador e Redentor.

 Amém. ◼

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ministério”.

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Ele visitou Marta e Maria,duas de Suas seguidoras mais dedica-das, na casa de Marta. Enquanto MartaO ouvia e O servia de acordo com ocostume da época, Ele a ajudou a verque poderia azer mais que isso. Eleajudou Marta e Maria a compreenderque podiam escolher “a boa parte”,que não lhes seria tirada.2 Aquelebondoso comentário serviu de convitepara que participassem do ministé-rio do Senhor. Mais tarde, no Novo

 Testamento, o orte testemunho que

Marta tinha da divindade do Salvadornos deu um vislumbre de sua é e seudiscipulado.3

 Ao lermos mais o Novo Testa-mento, vemos que os apóstoloscontinuaram a estabelecer a Igreja doSenhor. Também camos sabendo demulheres éis, cujo discipulado con-tribuiu para o crescimento da Igreja.Paulo alou de discípulas que mora-

 vam em Éeso4 e em Filipos.5 Mas,quando a Igreja do Senhor se perdeu

em apostasia, esse padrão de discipu-lado também se perdeu.Quando o Senhor começou a

restaurar Sua Igreja por intermédio doProeta Joseph Smith, Ele novamenteincluiu as mulheres em um padrãode discipulado. Poucos meses depoisque a Igreja oi ormalmente organi-zada, o Senhor revelou que EmmaSmith deveria ser designada líder eproessora na Igreja e ajudante ocial

do marido, o Proeta.

6

No chamadoque recebeu para ajudar a edicar Seureino, oram dadas a ela instruçõessobre como aumentar sua é e retidãopessoal, como ortalecer sua amília eseu lar, e como servir ao próximo.

Espero que minhas netas com-preendam que desde o dia em que oevangelho começou a ser restauradonesta dispensação, o Senhor preci-sou da participação de mulheres éiscomo Suas discípulas.

 Apenas um exemplo da extraor-

dinária contribuição delas oi o quezeram no trabalho missionário. Ogrande crescimento da Igreja emseus primórdios oi possível graçasa homens éis que se dispuseram adeixar a amília para viajar a lugaresdesconhecidos e sorer privaçõese diculdades a m de ensinar oevangelho. Contudo, aqueles homenssabiam que sua missão não seriapossível sem a plena é e o compa-nheirismo das respectivas mulheres,

que cuidaram do lar e dos negócios,ganhando o sustento para a amí-lia e para os missionários. As irmãstambém cuidavam dos milhares deconversos que se reuniam em suascomunidades. Estavam prounda-mente comprometidas com um novoestilo de vida, ajudando a edicar oreino do Senhor e participando emSua obra de salvação.

Ligadas ao SacerdócioEspero que minhas netas com-preendam que o Senhor inspirou oProeta Joseph Smith a organizar asmulheres da Igreja “sob o sacerdócio,segundo o padrão do sacerdócio”7 e a ensinar-lhes “como viriam a teros privilégios, dons e bênçãos dosacerdócio”.8

Quando a Sociedade de Socorrooi ocialmente organizada, EmmaSmith continuou em seu chamado

de líder. Foi nomeada presidente daorganização, com duas conselheiraspara servir com ela em uma presi-dência. Em vez de ser escolhida por

 voto popular, como era comum nasorganizações de ora da Igreja, aquepresidência oi chamada por revela-ção, apoiada por aquelas a quem elalideraria, e designada por líderes dosacerdócio para servir em seus cha-mados, sendo assim “[chamada] porDeus, por proecia e pela imposiçãode mãos, por quem possua autori-

dade”.9 O ato de terem sido organi-zadas sob o sacerdócio possibilitouque a presidência recebesse orienta-ção do Senhor e de Seu proeta paraum trabalho especíco. A organiza-ção da Sociedade de Socorro permi-tiu que o armazém de talentos, detempo e de recursos do Senhor osseadministrado com sabedoria e ordem

 Aquele primeiro grupo de mulhe-res compreendia que havia recebidoautoridade para ensinar, inspirar e

organizar as irmãs como discípulas,para auxiliar no trabalho de salvaçãoestabelecido pelo Senhor. Em suasprimeiras reuniões, as irmãs apren-deram os propósitos orientadores daSociedade de Socorro: aumentar a ée a retidão pessoais, ortalecer a amília e o lar, e procurar os necessitadose ajudá-los.

Espero que minhas netas compreendam que a organização da Sociedade

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de Socorro oi uma parte essencial dapreparação dos santos para os privilé-gios, as bênçãos e dádivas que só sãoencontrados no templo. O Presidente

 Joseph Fielding Smith ensinou que aSociedade de Socorro é uma “parte

 vital do reino de Deus na Terra” e queseu “desígnio e uncionamento ajudamseus membros éis a alcançar a vidaeterna no reino de nosso Pai”.10 Pode-mos imaginar o que deve ter sido paraaquelas irmãs estar na loja de tijolos

 vermelhos de Joseph Smith, naque-las primeiras reuniões da Sociedadede Socorro, à vista da colina ondeum templo estava sendo construído,enquanto o Proeta lhes ensinava que“[deveriam] ser uma sociedade seleta,separada de todos os males do mundo,especial, virtuosa e santa”.11

Espero que minhas netas valori-zem o templo como zeram as irmãsda primeira Sociedade de Socorro,que acreditavam que as bênçãos dotemplo eram o grande prêmio e a

grande meta de toda mulher santo dosúltimos dias. Espero que, como as pri-meiras irmãs da Sociedade de Socorro,minhas netas se esorcem diariamentepara tornarem-se amadurecidas osuciente para azer e guardar os con-

 vênios sagrados do templo e para que,quando orem ao templo, prestematenção a tudo o que é dito e eitoali. Por meio das bênçãos do templo,elas serão armadas de poder12 e terãoa bênção de receber “a chave do

conhecimento de Deus”.13

Por meiodas ordenanças do sacerdócio que sóse encontram no templo, elas terão abênção de cumprir suas responsabili-dades divinas e eternas e prometerão

 viver como discípulas comprometidas.Sinto-me grata por ver que um dospropósitos primordiais do Senhor naorganização da Sociedade de Socorrooi dar às mulheres a responsabili-dade de ajudarem-se umas às outras

a prepararem-se para “as bênçãosmaiores do sacerdócio encontradasnas ordenanças e nos convênios dotemplo”.14

O Reúgio e a Infuência de umaIrmandade Mundial

Espero que minhas netas venhama compreender a importância dainfuência e da capacidade da grandeirmandade mundial da Sociedade de

Socorro. Desde 1842, a Igreja expan-diu-se para além de Nauvoo, e aSociedade de Socorro hoje se encon-tra em mais de 175 países, nos quaisas irmãs alam mais de 80 idiomas.

 Todas as semanas, novas alas e novosramos são organizados, e novas Socie-dades de Socorro tornam-se parte deuma irmandade que cresce cada vezmais, espalhada “por todos os con-tinentes”.15 Quando a Sociedade deSocorro era relativamente pequena em

número e estava organizada principal-mente em Utah, suas líderes podiamconcentrar grande parte de suaorganização e de seu discipulado emprogramas sociais locais e no trabalhointerligado de auxílio ao próximo.Desenvolveram a produção domésticae realizaram projetos para a constru-ção de hospitais e celeiros. Aquelesprimeiros projetos da Sociedadede Socorro ajudaram a estabelecer

padrões de discipulado que hoje seaplicam no mundo inteiro. À medidaque a Igreja cresce, a Sociedade deSocorro é agora capaz de cumprirseus propósitos em todas as alas eramos, em todas as estacas e distritosà medida que se adapta a um mundoque está sempre em transição.

 Todos os dias, as irmãs da Socie-dade de Socorro no mundo inteiropassam por toda a gama de experiên-

cias e diculdades da mortalidade. Asmulheres e as amílias no mundo atua

 vivem ace a ace com expectativasnão realizadas, enermidades mentaisísicas e espirituais, acidentes e morte

 Algumas irmãs sorem de solidão erustração, por não terem sua pró-pria amília, e outras sorem comas consequências das más decisõesde amiliares. Algumas sorem comguerras, com a ome ou com catás-troes naturais, e outras enrentam os

problemas decorrentes do vício, dodesemprego ou da instrução insu-ciente. Todas essas diculdades têmo potencial de abalar os alicerces daé e de exaurir as orças de pessoas eamílias. Um dos propósitos de orga-nizar as irmãs em um discipulado oia de oerecer auxílio que as elevasseacima de “tudo o que impeça a alegrie o progresso da mulher”.16 Em todaala e todo ramo, há uma Sociedade d

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Socorro com irmãs que podem buscare receber revelação e conselho juntoa líderes do sacerdócio, ortalecerumas às outras e encontrar soluçõesaplicáveis em seu próprio lar e em suacomunidade.

Espero que minhas netas com-preendam que, por meio da Socie-dade de Socorro, seu discipulado seamplie e elas possam engajar-se comoutras no tipo de trabalho extraordi-

nário e heroico que o Salvador reali-zou. O tipo de trabalho que se pedeàs irmãs desta Igreja que açam hojenunca oi de âmbito limitado ou semimportância para o Senhor. Por meiode sua delidade, elas podem sentir aaprovação Dele e serem abençoadaspela companhia de Seu Espírito.

Minhas netas também devem saberque a irmandade da Sociedade deSocorro pode oerecer um local desegurança, reúgio e proteção.17 À

medida que nossa época se torna cada vez mais diícil, as irmãs da Sociedadede Socorro irão unir-se para protegero lar de Sião das vozes estridentes domundo e da infuência predatória eprovocativa do adversário. Por meio daSociedade de Socorro, serão ensinadas,ortalecidas e, depois, mais ensinadase mais ortalecidas, e a infuência demulheres justas pode abençoar muitosoutros lhos de nosso Pai.

Um Discipulado de Zelo e MinistérioEspero que minhas netas com-

preendam que o trabalho de proes-soras visitantes é uma expressão deseu discipulado e um meio signica-tivo de honrar seus convênios. Esseelemento de nosso discipulado deveser bastante semelhante ao ministériode nosso Salvador. Nos primeiros diasda Sociedade de Socorro, um comitê

 visitante de cada ala recebeu a desig-

nação de avaliar as necessidades e decoletar doações para serem redistri-buídas aos necessitados. Ao longo dosanos, as irmãs e líderes da Sociedadede Socorro aprenderam passo a passoe melhoraram sua capacidade de zelarumas pelas outras. Houve época emque as irmãs se concentravam mais emconcluir as visitas, ensinar a lição e dei-

 xar bilhetes quando passavam na casadas irmãs. Essas práticas ajudaram asirmãs a aprender os padrões de como

cuidar umas das outras. Assim como aspessoas da época de Moisés se concen-travam no cumprimento de uma longalista de regras, as irmãs da Sociedadede Socorro muitas vezes se impuserammuitas regras escritas e não escritas,em seu desejo de compreender comoortalecer umas às outras.

Com tanta necessidade de ajudae resgate na vida das irmãs e de suasamílias atualmente, nosso Pai Celestial

precisa que sigamos um caminho maelevado e que demonstremos nossodiscipulado cuidando sinceramentede Seus lhos. Com esse importantepropósito em mente, as líderes sãoagora ensinadas a pedir um relatóriodo bem-estar espiritual e temporal dairmãs e de suas amílias e sobre o ser

 viço prestado.18 Agora as proessoras visitantes têm a responsabilidade de“conhecer e amar sinceramente cadairmã, ajudar cada uma a ortalecer sua

é e prestar-lhe serviço”.

19

Como discípulas comprometidasdo Salvador, estamos melhorandonossa capacidade de azer as coisasque Ele aria se estivesse aqui. Sabe-mos que para Ele é nosso cuidadoque conta, por isso procuramosconcentrar-nos em cuidar de nossasirmãs, em vez de completar listas decoisas a azer. O verdadeiro ministérioé medido mais pela proundidade denossa caridade do que pela pereiçãode nossas estatísticas. Saberemos que

tivemos sucesso em nosso ministériocomo proessoras visitantes quandonossas irmãs puderem dizer: “Minhaproessora visitante me ajuda a cresceespiritualmente”, “Sei que minha pro-essora visitante se importa prounda-mente comigo e com minha amília”,

Itu, Brasil 

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e “quando tenho problemas, sei queminha proessora visitante vai agir,sem esperar ser convidada”. As líderesque compreendem a importância deministrar às pessoas vão aconselhar-seumas com as outras a m de buscar ereceber revelação sobre como edicaro trabalho de proessoras visitantes ecomo organizar e desempenhar seuinspirado ministério.

 Além disso, o trabalho das proes-soras visitantes é uma extensão do

encargo do bispo de cuidar do reba-nho do Senhor. O bispo e a presidenteda Sociedade de Socorro precisamdo serviço de proessoras visitantesinspiradoras para ajudá-los a cumprirsuas responsabilidades. Por meio doministério das proessoras visitantes,a presidente da Sociedade de Socorropode estar ciente do bem-estar decada irmã da ala e alar do bem-estardelas ao conversar com o bispo.

O Presidente Thomas S. Monsonensinou que “quando nos qualica-

mos por nossa dignidade, quando nosesorçamos com é sem hesitar paracumprir os deveres a nós designa-dos, quando buscamos a inspiraçãodo Todo-Poderoso no desempenhode nossas responsabilidades, pode-mos realizar milagres”.20 Espero queminhas netas participem de milagresao ajudarem o trabalho das proesso-ras visitantes a tornar-se um padrão dediscipulado que o Senhor reconheceráquando voltar.

Cumprir os Propósitos da Sociedadede Socorro

Esses e outros ensinamentosessenciais sobre a Sociedade deSocorro estão agora disponíveis paraminhas netas estudarem no manual Filhas em Meu Reino: A História e oTrabalho da Sociedade de Socorro.Esse livro contém um registro dolegado da Sociedade de Socorro e

das mulheres desta Igreja. Ele vai unire alinhar uma irmandade mundialaos propósitos da Sociedade deSocorro e aos padrões e privilégiosdos discípulos. É um testemunhodo papel essencial das mulheres noplano de elicidade de nosso Pai eprovê um padrão imutável daquiloem que cremos, das coisas que aze-mos e daquilo que deendemos. APrimeira Presidência incentivou-nos

a “estudar este livro e a permitir quesuas verdades sempre atuais e seusexemplos inspiradores infuenciem[nossa] vida”.21

Sabendo que a organização daSociedade de Socorro oi criada porDeus, o Presidente Joseph F. Smithdisse às irmãs da Sociedade deSocorro: “Vocês é que devem lideraro mundo e, em especial, as mulhe-res do mundo. (…) Vocês devemir à rente, não atrás”.22 À medida

que se aproxima a volta do Senhor,espero que minhas netas se tornemmulheres ortes e éis, que aplicamos princípios e padrões da Sociedadede Socorro em sua vida. À medidaque a Sociedade de Socorro se tornarum estilo de vida para elas, esperoque elas sirvam em união com outraspara cumprir seus propósitos divinos.

 Tenho testemunho da Igreja restau-rada de Jesus Cristo e sinto-me grata

pelo padrão de discipulado que oirestaurado quando o Senhor inspirouo Proeta Joseph Smith a organizar aSociedade de Socorro. Em nome de

 Jesus Cristo. Amém. ◼NOTAS

1. Filhas em Meu Reino: A História e oTrabalho da Sociedade de Socorro,2011, p. 3.

2. Ver Lucas 10:38–42.3. Ver João 11:20–27.4. Ver Atos 18:24–26; Romanos 16:3–5.

5. Ver Filipenses 4:1–4.6. Ver Doutrina e Convênios 25.7. Joseph Smith, Filhas em Meu Reino, p. 12.8. Joseph Smith, History of the Church, 

 vol. 4, p. 602.9. Regras de Fé 1:5.

10. Joseph Fielding Smith, Filhas em Meu Reino, p. 105.

11. Joseph Smith, Filhas em Meu Reino,pp. 15–16.

12. Ver Doutrina e Convênios 109:22; ver também Sheri L. Dew, Filhas em Meu Reino, p. 140.

13. Doutrina e Convênios 84:19; ver tambémEzra Tat Benson, Filhas em Meu Reino,p. 141.

14. Filhas em Meu Reino, p. 144.

15. Boyd K. Packer, Filhas em Meu Reino,p. 107.

16. John A. Widtsoe, Filhas em Meu Reino,p. 26.

17. Ver  Filhas em Meu Reino, pp. 94–95.18. Ver  Manual 2: Administração da Igreja ,

2010, item 9.5.4.19. Manual 2, 9.5.1.20. Thomas S. Monson, Filhas em Meu Reino,

p. 99.21. Primeira Presidência, Filhas em Meu Reino

p. ix.22. Joseph F. Smith, Filhas em Meu Reino,

p. 72.

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Meu marido e eu visitamosrecentemente a Cidade deNauvoo, Illinois. Enquanto

estávamos ali, sentamo-nos na salasuperior da Loja de Tijolos Vermelhos,onde Joseph Smith tinha um escritórioe um negócio. Ouvimos atentamentea guia explicar alguns acontecimentos

históricos da Restauração que ocorre-ram naquele lugar.

Meus pensamentos se voltarampara o estabelecimento da Sociedadede Socorro e para alguns ensinamen-tos que as irmãs da Sociedade deSocorro receberam do Proeta Josephnaquela mesma sala. Esses ensinamen-tos se tornaram os princípios unda-mentais sobre os quais a Sociedade deSocorro oi edicada. Os propósitosde aumentar a é, ortalecer os lares de

Sião e buscar e ajudar os necessitadosoram estabelecidos desde o princípio.Eles sempre oram condizentes comos ensinamentos de nossos proetas.

Naquelas primeiras reuniões, oProeta Joseph citou os escritos dePaulo aos coríntios. Em seu vigorosodiscurso sobre caridade, Paulo men-cionou a é, a esperança e a caridade,concluindo com: “Mas o maior destesé [a caridade]”.1

Sociedade de Socorro de “socorrer ospobres” e “salvar almas”.4

Esses princípios undamentaisoram adotados pelas irmãs da Socie-dade de Socorro no mundo inteiro,porque essas são a natureza e o trabalho da Sociedade de Socorro.

O que é caridade? Como adquiri-mos caridade?

O Proeta Mórmon deniu caridadcomo “o puro amor de Cristo”5, aopasso que Paulo ensinou que “[cari-

dade] (…) é o vínculo da pereição”

6

,e Né nos lembrou que “deu o SenhoDeus um mandamento de que todosos homens tenham caridade; e a cari-dade é amor”.7

 Ao analisar a descrição anterior quPaulo ez da caridade, aprendemosque caridade não é uma única açãoou algo que damos, mas um estado dser, um estado do coração, bons sentimentos que geram atos de amor.

Mórmon também ensinou que acaridade é concedida aos verdadeiros

discípulos do Senhor e que a caridadepurica aqueles que a têm.8 Além dissoaprendemos que a caridade é um domdivino que devemos buscar e orar parareceber. Precisamos ter caridade nocoração para herdar o reino celestial.9

Com a compreensão de que oSenhor pediu que “[nos revistamos]do vínculo da caridade”10, precisamosperguntar-nos que qualidades nosajudarão a desenvolver caridade.

Devemos, primeiro, ter o desejo de

aumentar nossa caridade e de ser masemelhantes a Cristo.O passo seguinte é orar. Mórmon

nos exorta a “[rogar] ao Pai, com todaa energia de [nosso] coração, [para]que [sejamos] cheios desse amor”. Essamor divino é a caridade, e à medidaque nos enchermos desse amor,“[seremos] como ele”.11

 A leitura diária das escrituras podelevar nossa mente ao Salvador e

Ele descreveu as qualidades incor-poradas à caridade. Ele disse:

“[A caridade] é [soredora], é[benigna]; [a caridade] não é [invejosa];[a caridade] não trata com leviandade,não se ensoberbece;

(…) Não busca os seus interesses,não se irrita, não suspeita mal;

Não olga com a injustiça, masolga com a verdade;

 Tudo sore, tudo crê, tudo espera,tudo suporta.

[A caridade] nunca alha.”2

Falando às irmãs, o Proeta Josephdisse: “Não sejam limitadas em sua

 visão no tocante às virtudes de seupróximo. (…) Vocês precisam alargara alma [umas para com as outras] sequiserem azer como Jesus ez. (…) Àmedida que crescerem em inocência e

 virtude, à medida que desenvolveremboas qualidades, abram o coraçãopara envolver as pessoas — vocêsprecisam ter longanimidade e suportaras alhas e os erros da humanidade.Quão preciosa é a alma dos homens!”3

 A declaração das escrituras “A [cari-dade] nunca alha” tornou-se o lema daSociedade de Socorro porque englobaesses ensinamentos e o encargo que oProeta Joseph Smith deu às irmãs da

Silvia H. AllredPrimeira Conselheira na Presidência Geralda Sociedade de Socorro

A CaridadeNunca Falha Roguem pelo desejo de encher-se do dom da caridade,o puro amor de Cristo.

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dar-nos o desejo de tornar-nos maissemelhantes a Ele.Em minha sala, decidi pendurar

uma pintura de Minerva Teichert inti-tulada Resgate da Ovelha Perdida. Elaretrata o Salvador de pé no meio desuas ovelhas, carregando ternamenteum cordeiro nos braços. Ela ajuda-mea refetir em Seu pedido: “Apascentaas minhas ovelhas”,12 que para mim,signica ministrar a todos ao redor edar atenção especial aos necessitados.

O Salvador é o exemplo pereitode como exercer caridade. Em Seuministério mortal, Ele mostrou com-paixão pelo aminto, pelo pecador,pelo afito e pelo enermo. Ministrouaos pobres e aos ricos; às mulheres, àscrianças e aos homens; às amílias, aosamigos e aos estranhos. Perdoou Seusacusadores, soreu e morreu por todaa humanidade.

 Ao longo de sua vida, o Proeta Joseph Smith também praticou acaridade ao demonstrar amor raternal

e respeito pelas pessoas. Ele era muitoconhecido por sua bondade, seuaeto, sua compaixão e preocupaçãopelas pessoas a seu redor.

Hoje, somos abençoados por terum proeta que personica a cari-dade. O Presidente Thomas S.Monson é um exemplo para nóse para o mundo. Ele veste o mantoda caridade. Ele é bondoso, com-passivo e generoso: um verdadeiro

ministro do Senhor Jesus Cristo.O Presidente Monson ensinou:

“Caridade é ter paciência com a pes-soa que nos decepcionou; é resistir aoimpulso de se oender com acilidade.É aceitar raquezas e limitações. Éaceitar as pessoas como elas real-mente são. É enxergar, além da apa-rência ísica, os atributos que não seextinguirão com o tempo. É resistir ao

impulso de categorizar as pessoas”.13

Quando temos caridade, estamosdispostas a servir e a ajudar as pessoasquando isso é inconveniente e sempensar em reconhecimento ou retribui-ção. Não esperamos ser designados aajudar, porque se torna nossa próprianatureza. Ao decidirmos ser bondo-sas, prestativas, generosas, pacientes,tolerantes, dispostas a perdoar, acolhe-doras e abnegadas, descobrimos quetransbordamos em caridade.

 A Sociedade de Socorro oereceinúmeras maneiras de servir ao pró- ximo. Um dos meios mais importantesde praticar a caridade é pelo trabalhodas proessoras visitantes. Por meio de

 visitas ecazes temos a oportunidadede amar, ministrar e servir ao próximo.

 A demonstração da caridade, ou doamor, purica e santica nossa alma,ajudando-nos a tornar-nos semelhan-tes ao Salvador.

Maravilho-me ao testemunhar osincontáveis atos de caridade realizadopor proessoras visitantes no mundointeiro, que de modo abnegado ministram às irmãs necessitadas e a suasamílias. A essas éis proessoras visi-tantes, digo: “Por meio desses peque-nos atos de caridade, vocês seguem oSalvador e agem como instrumentosem Suas mãos, à medida que ajudam

cuidam, elevam, consolam, ouvem,incentivam, nutrem, ensinam e or-talecem as irmãs sob seus cuidados”.Gostaria de compartilhar uns brevesexemplos desse ministério.

Rosa sore de diabetes e outrasenermidades debilitantes. Ela liou-sà Igreja há alguns anos. Cria sozinhaseu lho adolescente. Com requên-cia precisa ser hospitalizada e cainternada alguns dias. Suas bondosasproessoras visitantes não apenas a

levam para o hospital, mas a visitame a consolam no hospital, enquantocuidam de seu lho no lar e na escolaSuas proessoras visitantes são suasamigas e sua amília.

Depois das primeiras visitas a umadeterminada irmã, Kathy descobriuque essa irmã não sabia ler, mas que-ria aprender. Kathy oereceu-se paraajudá-la, mesmo sabendo que issoexigiria tempo, paciência e constância

Itu, Brasil 

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Emily é uma jovem esposa queestava em busca da verdade. Seumarido, Michael, não estava muitointeressado em religião. Quando Emilycou muito enerma e passou algumtempo no hospital, Cali, uma irmã daSociedade de Socorro que também era

 vizinha dela, levou reeições para aamília, cuidou do bebê, limpou a casae providenciou para que Emily rece-besse uma bênção do sacerdócio. Esses

atos de caridade abrandaram o coraçãode Michael. Ele decidiu requentar asreuniões da Igreja e reunir-se com osmissionários. Emily e Michael orambatizados recentemente.

 A caridade nunca alha. A caridadeé bondosa, não busca seu própriointeresse, tudo sore, tudo suporta.14

O Presidente Henry B. Eyring disse:“A história da Sociedade de Socorro

está repleta de relatos sobre esse ser- viço extraordinário e abnegado. (…)

Esta sociedade é composta demulheres cujos sentimentos de cari-dade nascem de corações modicadosdurante o processo de qualicação epela realização e cumprimento dosconvênios oerecidos apenas na verda-deira Igreja do Senhor. Os sentimentosde caridade que elas têm procedemDele, por meio da Expiação. Seusatos de caridade são guiados por Seuexemplo. Devem-se à gratidão por

Seu innito dom de misericórdia —e pelo Santo Espírito, que Ele enviapara acompanhar Seus servos em suasmissões de misericórdia. Por causadisso, elas zeram e azem coisasincomuns para o próximo e sentemalegria, mesmo quando suas [próprias]necessidades são grandes”.15

Prestar serviço e exercer a caridadepara outros ajuda-nos a vencer nossaspróprias diculdades, azendo-as pare-

cer menos desaadoras. Volto aos ensinamentos do Proeta

 Joseph às irmãs, nos primeiros dias daRestauração. Ao pedir que praticassema caridade e a benevolência, ele disse:“Se vocês viverem de modo a estar àaltura desses princípios, quão grandee gloriosa será sua recompensa noreino celestial! Se vocês viverem demodo a estar à altura de seus privilé-gios, não se poderá impedir que osanjos lhes açam companhia!”16

Como nos primeiros dias, emNauvoo, em que as irmãs procura- vam buscar e ajudar os necessitados,o mesmo acontece hoje. As irmãs noreino são grandes pilares de orçaespiritual, serviço compassivo e devo-ção. Dedicadas proessoras visitantesazem visitas e cuidam umas dasoutras. Seguem o exemplo do Salva-dor e azem as coisas que Ele ez.

 Todas as mulheres da Sociedade

de Socorro podem encher-se de amosabendo que seus pequenos atos decaridade têm um poder de cura parasi mesmas e para outras pessoas.Elas podem saber com certeza que acaridade é o puro amor de Cristo enunca alha.

Quando vocês lerem a história daSociedade de Socorro, ela vai inspirálas a descobrir que esse importanteprincípio do evangelho permeia olivro inteiro.

Concluo com um convite a todasas mulheres da Igreja que roguempelo desejo de encher-se do dom dacaridade, o puro amor de Cristo. Usemtodos os seus recursos para azer obem, levando alívio e salvação para apessoas a seu redor, inclusive em suaprópria amília. O Senhor vai coroarseu trabalho com sucesso.

Que nosso conhecimento dogrande amor que o Pai e o Filho têmpor nós e nossa é e gratidão pelaExpiação nos motivem a desenvolver

e a exercer caridade para com todos anosso redor. Essa é minha oração, emnome de Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. I Coríntios 13:13.2. I Coríntios 13:4–8.3. Joseph Smith, Filhas em Meu Reino: A

 História e o Trabalho da Sociedade de Socorro, 2011, p. 24.

4. Joseph Smith, Filhas em Meu Reino, p. 17.

5. Morôni 7:47.6. Colossenses 3:14.7. 2 Né 26:30.

8. Ver Morôni 7:48.9. Ver Éter 12:34; Morôni 10:21.

10. Doutrina e Convênios 88:125.11. Morôni 7:48.12. Ver João 21:16–17.13. Thomas S. Monson, “A Caridade Nunca

Falha”, A Liahona, novembro de 2010,p. 122.

14. Ver I Coríntios 13:4, 5, 7, 8.15. Henry B. Eyring, “O Legado Duradouro

da Sociedade de Socorro”, A Liahona, novembro de 2009, p. 121.

16. Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 477.

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“Portanto rejubila-te e alegra-tee apega-te aos convêniosque zeste.”1 Não consigo ler

esta escritura sem sentir alegria. Meucoração regozija quando penso naspromessas e nas muitas bênçãos quezeram parte da minha vida ao pro-

curar apegar-me aos convênios quez com o Pai Celestial.

Como ambos meus pais aleceram,tive este ano que limpar a casa delespara prepará-la para ser vendida. Nosúltimos meses, quando meus irmãos eeu limpamos e vasculhamos a casa demeus pais, encontramos histórias daamília e muitos documentos e papéisimportantes. Fiquei ascinada ao lera história pessoal e a bênção patriar-cal de meus pais e avós. Lembrei-me

dos convênios que eles zeram eguardaram.Minha avó, Ellen Hanks Rymer,

era uma jovem mãe em 1912, quandorecebeu sua bênção patriarcal. Ao lera bênção dela, estas linhas saltaramda página e caram gravadas emminha mente: “Foste escolhida desdeantes da undação da Terra e osteum espírito escolhido para nascernestes dias. (…) Teu testemunho

será magnicado, e tu serás capaz detesticar. (…) O destruidor procuroudestruir-te, mas se te apegares a teuDeus, ele [o destruidor] não terápoder para erir-te. Por meio de tuadelidade terás grande poder, e odestruidor ugirá de diante de ti por

causa de tua retidão. (…) Quandoa hora do temor e das tribulaçõeschegar para ti, se te retirares para teulugar secreto em oração, teu coraçãoserá consolado, e os obstáculos serãoremovidos”.2

Foi prometido a minha avó que seela guardasse os convênios e se ache-gasse a Deus, Satanás não teria podersobre ela. Ela encontraria consolo eajuda em suas provações. Essas pro-messas oram cumpridas em sua vida.

Quero abordar hoje (1) a importân-cia de apegar-nos a nossos convêniose (2) a alegria e a proteção que advêmdo cumprimento de nossos convênios.

 Alguns exemplos que usarei oramtirados de Filhas em Meu Reino: A História e o Trabalho da Sociedade de Socorro. O livro está repleto deexemplos de mulheres que encontra-ram grande alegria no cumprimentode convênios.

 A Importância de Apegar-nos aosConvêniosO Dicionário Bíblico em inglês

explica que um convênio é um con-trato eito entre Deus e o homem.“Deus, em sua bondade, determinaas condições, que são aceitas pelohomem. (…) O evangelho determinaque os princípios e as ordenan-ças sejam recebidos por convênio,colocando o recebedor sob a rmeobrigação e responsabilidade de hon-

rar o compromisso.”

3

Na expressão“apegar-se aos convênios”, a palavraapegar signica “aderir rme e intimamente” a algo.4

Nas escrituras, conhecemoshomens e mulheres que zeramconvênios com Deus. Deus deixouinstruções sobre o que azer para honrar esses convênios. Depois, à medidaque os convênios oram guardados,

 vieram as bênçãos prometidas.Por exemplo: por meio da orde-

nança do batismo, azemos um

convênio com o Pai Celestial. Preparamo-nos para o batismo exercendo éno Senhor Jesus Cristo, arrependendonos de nossos pecados e tendo a dis-posição de tomar sobre nós o nomede Cristo. Assumimos o compromissode guardar os mandamentos de Deuse de lembrar-nos sempre do Salva-dor. Fazemos o convênio de carregaros ardos uns dos outros, para quequem leves. Indicamos estar dispos-tos a chorar com os que choram e

consolar os que precisam de consoloNos templos sagrados, outrasordenanças sagradas são recebidas, eoutros convênios são eitos. Nos pri-meiros dias da Restauração, o Proeta

 Joseph Smith estava ansioso para queos santos recebessem as bênçãos prometidas do templo. O Senhor disse:“Que essa casa seja construída ao menome, a m de que nela eu reveleminhas ordenanças a meu povo”.6

Barbara ThompsonSegunda Conselheira na Presidência Geralda Sociedade de Socorro

Apegar-se aosConvêniosSe tivermos é em Cristo e nos apegarmos a nossos convênios,receberemos a alegria mencionada nas santas escrituras e  prometidas por nossos proetas modernos.

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“Um dos propósitos do Senhor aoorganizar a Sociedade de Socorro erao de preparar Suas lhas para as bên-çãos maiores do sacerdócio encontra-das nas ordenanças e nos convêniosdo templo. As (…) irmãs de Nauvooansiavam pelo término da construçãodo templo com muito entusiasmo,

porque sabiam, [tal] como o Proeta Joseph Smith prometera a Mercy Fiel-ding Thompson, que a investidura aslevaria ‘para ora da escuridão para aluz maravilhosa’.”7

“Mais de 5.000 santos lotaram o Templo de Nauvoo para conseguiremreceber a investidura e a ordenança deselamento antes de embarcar em sua

 jornada” rumo ao Vale do Lago Sal-gado.8 O Presidente Brigham Young emuitos líderes da Igreja e ociantes do

templo despenderam seu tempo, diae noite, servindo no templo para queesse importante trabalho pudesse serrealizado pelos santos.

Nossos convênios nos sustêm,quer nos bons momentos quer nosmomentos diíceis. O PresidenteBoyd K. Packer nos lembra de que“somos um povo de convênios.Fazemos convênios de doar nossosrecursos de tempo, dinheiro e talento

— tudo o que somos e tudo o quepossuímos — para beneício do reinode Deus na Terra. Em termos simples,azemos o convênio de azer o bem.Somos um povo do convênio, e otemplo é o centro de nossos convê-nios. É a onte do convênio.”9

 As escrituras nos lembram: “E este

será nosso convênio: Caminharemosde acordo com todas as ordenançasdo Senhor”.10

Grandes são as bênçãos querecebemos ao apegar-nos a nossosconvênios.

 Alegria e Proteção Advêm doCumprimento de Nossos Convênios

No Livro de Mórmon, lemos osermão do rei Benjamim. Ele ensinouao povo a respeito de Jesus Cristo,

que Ele viria à Terra e soreria todotipo de afições. Ensinou ao povo queCristo expiaria os pecados de todaa humanidade e que Seu nome erao único pelo qual o homem poderiaalcançar a salvação.11

Depois de ouvir aqueles belosensinamentos, o povo se humilhoue desejou de todo o coração liber-tar-se dos pecados e ser puricado.

 Arrependeram-se e proessaram sua

é em Jesus Cristo. Fizeram convê-nios com Deus de que guardariamSeus mandamentos.12

“O Espírito do Senhor desceusobre eles e encheram-se de alegria,havendo recebido a remissão de seuspecados e tendo paz de consciência,por causa da prounda é que tinhamem Jesus Cristo.”13

Outro exemplo da alegria queadvém da delidade no cumprimentodos mandamentos de Deus e na

pregação de Seu evangelho às pessoaoi demonstrado por Amon e seusirmãos, que oram instrumentos paraque milhares de pessoas se achegas-sem a Cristo. Eis algumas das palavraque Amon usou para descrever seussentimentos, quando tantas pessoasoram batizadas e zeram convênioscom Deus:

“Temos grandes razões para nosregozijarmos.”14

“Minha alegria é completa, sim,meu coração transborda de alegria e

regozijar-me-ei em meu Deus.”15

“Não posso expressar nem amínima parte do que sinto.”16

“Nunca existiu alguém que tivessetão grandes razões para regozijar-se,como nós.”17

 A realização e o cumprimento deconvênios sagrados permitem quetenhamos o Santo Espírito conosco.Esse é o Espírito que “encher-te-á aalma de alegria”.18

 A Segunda Guerra Mundial causou

grande sorimento para muitas pes-soas do mundo inteiro. Os santos da Alemanha enrentaram muitas prova-ções. Uma el presidente da Sociedadde Socorro em Stuttgart, Alemanha, oia irmã Maria Speidel. Ao alar de suastribulações, ela disse: “Nossa conançano Senhor e nosso testemunho de SuaIgreja têm sido nosso pilar de orça.(…) Com alegria cantamos os hinos deSião e depositamos nossa conança no

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Senhor. Ele az todas as coisas carembem”.19

Quando os membros guardaramseus convênios, sentiram alegria,mesmo diante de imensos desaos.

Sarah Rich era uma mulher justaque morava em Nauvoo e que oi cha-mada para servir no templo, antes deos santos serem expulsos da cidade.Eis suas palavras sobre as bênçãos dosconvênios do templo: “Muitas oramas bênçãos que recebemos na casa

do Senhor, o que nos trouxe alegria econsolo em meio a todas as tristezas,e nos possibilitou ter é em Deus,sabendo que Ele nos guiaria e nosampararia na jornada desconhecidaque tínhamos à rente”.20

 Antes disso, os santos haviamconstruído o Templo de Kirtland, emuitos participaram da dedicação.Depois da dedicação, o templo oiaceito pelo Senhor. O Senhor lhesdisse que “grandemente se [regozijas-sem] em consequência das bênçãos

que [seriam] derramadas (…) sobre acabeça de [Seu] povo”.21

 À medida que mais e mais templosoram construídos em toda a Terra,tenho visto as bênçãos que advêm à

 vida dos membros. Em 2008, testemu-nhei a alegria no rosto de um casal daUcrânia, ao me contarem sua viagem aFreiberg, Alemanha, para receber suasordenanças do templo. A viagem parao templo demorava 27 horas de ôni-bus para ir e mais 27 horas para voltar,

e aqueles membros dedicados nãopodiam ir ao templo com requên-cia. Ficaram entusiasmados ao saberque o Templo de Kiev Ucrânia seriaconstruído em breve e que poderiamestar nele com mais requência. Essetemplo está hoje aberto, e milharesdesrutam de suas bênçãos.

 Ao ler a história pessoal de minhaavó, quei sabendo de sua grande ale-gria em seus convênios. Ela adorava

ir ao templo e realizar ordenanças por

milhares de pessoas que já haviamalecido. Essa era a missão da vidadela. Serviu como ociante do templopor mais de vinte anos, no Templode Manti Utah. Escreveu que recebeumuitas curas milagrosas para podercriar os lhos e servir às pessoasazendo seu trabalho no templo.Como netos seus, sabíamos que a

 vovó Rymer era uma mulher justaque guardou seus convênios e quedesejava que zéssemos o mesmo.Quando as pessoas vasculharem nos-

sos pertences depois de morrermos,será que encontrarão evidências deque guardamos nossos convênios?

Nosso amado proeta, o Presidente Thomas S. Monson, disse-nos emnossa última conerência geral: “Setodos ormos à casa sagrada de Deus,se nos lembrarmos dos convênios quenela zemos, seremos mais capazesde suportar todas as provações e desobrepujar cada tentação. Nesse san-tuário sagrado encontraremos paz e

seremos renovados e ortalecidos”.22

Repetindo: “Portanto rejubila-tee alegra-te e apega-te aos convê-nios que zeste”.23 O cumprimentode convênios é a verdadeira alegriae elicidade. Isso é consolo e paz.Isso é proteção contra os males domundo. O cumprimento de nos-sos convênios vai ajudar-nos nosmomentos de provação.

 Testico que se tivermos é em

Cristo e nos apegarmos a nossos

convênios, receberemos a alegriamencionada nas santas escriturase prometidas por nossos proetasmodernos.

Queridas irmãs, amo vocês eespero que vivenciem essa grandealegria em sua própria vida. Em nomede Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

1. Doutrina e Convênios 25:13.2. Bênção patriarcal dada por Walter E.

Hanks, 25 de outubro de 1912, em LymanCondado de Wayne, Utah.

3. Dicionário Bíblico [em inglês], “Covenant”[Convênio].4. Merriam-Webster’s Collegiate Dictionary, 

11ª ed., 2003, “cleave” [apegar-se].5. Ver Mosias 18:8–9; ver também Thomas S.

Monson, “O que Fiz Hoje por Alguém?”, A Liahona, novembro de 2009, p. 84.

6. Doutrina e Convênios 124:40.7. Filhas em Meu Reino: A História e o

Trabalho da Sociedade de Socorro, 2011,p. 144.

8. Filhas em Meu Reino, p. 31.9. Boyd K. Packer, The Holy Temple , 1980,

p. 170.10. Doutrina e Convênios 136:4.11. Ver Mosias 3:5–18.12. Ver Mosias 4:2; 5:5.

13. Mosias 4:3.14. Alma 26:1.15. Alma 26:11.16. Alma 26:16.17. Alma 26:35.18. Doutrina e Convênios 11:13.19. Maria Speidel, Filhas em Meu Reino, pp.

84–85.20. Sarah Rich, Filhas em Meu Reino, p. 32.21. Doutrina e Convênios 110:9–10.22. Thomas S. Monson, “O Templo Sagrado —

Um Farol para o Mundo”, A Liahona, maiode 2011, p. 90.

23. Doutrina e Convênios 25:13.

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Minhas queridas irmãs, quealegria é estar com vocês hoje!Sempre aguardo ansiosa-

mente esta reunião geral da Sociedadede Socorro e as excelentes mensagensproeridas aqui. Obrigado, irmãs. Paramim, é uma preciosa honra ter sidodesignado pelo Presidente Thomas S.

Monson para alar a vocês e acrescen-tar alguns pensamentos especícospara as irmãs da Igreja.

Há algum tempo, caminhei porum belo jardim com minha esposae minha lha. Fiquei maravilhadocom a glória e a beleza das criaçõesde Deus. Então, reparei, entre todasaquelas fores gloriosas, a menordelas. Eu sabia o nome daquela for,porque desde criança eu me iden-ticava com ela. A for se chama

não-te-esqueças-de-mim.NT

Não sei exatamente por que aquelapequena for signicou tanto paramim ao longo dos anos. Ela não atraiimediata atenção; é ácil não perce-bê-la entre fores maiores e mais vis-tosas; mas é igualmente bela, com suacor peculiar que espelha o céu maisazul, talvez um motivo a mais para eugostar tanto dela.

E existe a pungente súplica contida

resultado, nunca celebramos nossosbons esorços, porque parecem menores do que o que os outros azem.

 Todos têm pontos ortes e pontosracos.

É maravilhoso que vocês tenhampontos ortes, mas az parte de suaexperiência mortal vocês terem pontoracos.

Deus quer, anal, ajudar-nos atransormar todas as nossas raquezasem orças,1 mas Ele sabe que esse

é um objetivo de longo prazo. Elequer que nos tornemos pereitos2 e,se permanecermos no caminho dodiscipulado, um dia seremos. Tudobem que ainda não tenham alcançadoesse objetivo. Continuem trabalhandonisso, mas parem de punir-se a simesmas.

Queridas irmãs, muitas de vocêssão innitamente compassivas epacientes com as raquezas dosoutros. Lembrem-se também de sercompassivas e pacientes com vocês

mesmas.Nesse meio tempo, sejam gratas

por todos os pequenos sucessos nolar, por seu relacionamento amiliar,por sua educação e seu sustento,por sua participação na Igreja e seuapereiçoamento pessoal. Como afor não-te-esqueças-de-mim, essessucessos podem parecer pequenospara vocês, passando despercebidosaos outros, mas Deus os vê, e não sãopequenos para Ele. Se acharem que

o sucesso signica apenas ser a rosamais pereita ou a mais deslumbrantedas orquídeas, vocês podem perderalgumas das experiências mais docesda vida.

Por exemplo, insistir em realizaruma reunião amiliar “pereita” a cadasemana — mesmo que isso deixe

 vocês e todos ao seu redor rustrados— pode não ser a melhor escolha.Em vez disso, perguntem-se: “O que

em seu nome. Há uma lenda alemãque diz que quando Deus havia aca-bado de nomear todas as plantas, umaoi deixada sem nome. Uma pequena

 voz exclamou: “Não Te esqueças demim, ó Senhor!” E Deus respondeuque esse seria o seu nome.

Hoje à noite, gostaria de usar

essa pequena for como metáora. Ascinco pétalas da pequena for não-te-esqueças-de-mim me azem pensarem cinco coisas de que seria bom

 vocês nunca se esquecerem.

Primeiro: não se esqueçam deser pacientes consigo mesmas.

Quero dizer-lhes uma coisa queespero que compreendam correta-mente: Deus está plenamente cons-ciente de que não somos pereitos.

Deixe-me acrescentar: Deus tam-bém está plenamente consciente deque as pessoas que vocês acham quesão pereitas não o são.

E, ainda assim, gastamos dema-siado tempo e energia comparan-do-nos aos outros — geralmentecomparando nossos pontos racosa seus pontos ortes. Isso nos leva acriar, para nós mesmos, expectativasque são impossíveis de cumprir. Como

Presidente Dieter F. UchtdorSegundo Conselheiro na Primeira Presidência

Não Te Esqueçasde Mim É minha oração e bênção que vocês nunca se esqueçam de que são verdadeiramente flhas preciosas no reino de Deus.

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poderíamos azer como amília queosse agradável e espiritual e que nosaproximasse mais uns dos outros?”Essa noite amiliar — embora modestano objetivo e na execução — talveztenha resultados bem mais positivosa longo prazo.

Nossa jornada rumo à pereiçãoé longa, mas podemos encontrarelicidade e alegria até nos menorespassos.

Segundo: não se esqueçam dadierença entre um bom sacriícioe um sacriício tolo.

Um sacriício aceitável é quandoabrimos mão de algo bom em trocade algo de valor muito maior.

Perder um pouco de sono paraajudar uma criança que está tendo umpesadelo é um bom sacriício. Todossabemos disso. Ficar acordada a noitetoda, colocando em risco a própriasaúde, para coneccionar para a lha oacessório pereito para uma roupa de

domingo, talvez não seja um sacriíciotão bom.

Dedicar parte de nosso tempo paraestudar as escrituras ou para prepararuma aula é um bom sacriício. Gastarmuitas horas bordando o título dalição em pegadores de panela caseirospara cada irmã de sua classe talveznão seja.

Cada pessoa e cada situação é die-rente, e um bom sacriício para umapode ser um sacriício tolo para outra.

Como podemos reconhecer essadierença em nossa própria situação?Podemos perguntar-nos: “Estou dedi-cando meu tempo e minha energia àscoisas mais importantes?” Há muitascoisas boas para azer, mas não pode-mos azer todas. Nosso Pai Celestialca mais eliz quando sacricamosalgo bom em troca de algo muitomelhor, com uma perspectiva eterna.

 Às vezes, isso pode até signicar a

criação de uma pequena — porémbela — não-te-esqueças-de-mim, em

 vez de um grande jardim de foresexóticas.

Terceiro: não se esqueçam

de ser elizes agora.Na consagrada história inantil A

 Fantástica Fábrica de Chocolate, omisterioso abricante de doces, Willy

 Wonka, esconde um bilhete dou-rado em cinco barras de chocolate eanuncia que quem encontrar um dosbilhetes ganhará um passeio por suaábrica e um suprimento de chocola-tes para toda a vida.

Em cada bilhete dourado estavaescrita esta mensagem: “Saudações,

sortudo ganhador do Bilhete Dourado!(…) Há coisas antásticas reservadaspara você! Muitas surpresas maravilho-sas o aguardam. (…) Surpresas místi-cas e maravilhosas (…) vão encantá-lo(…), assombrá-lo e espantá-lo”.3

Nesse clássico inantil, pessoas domundo inteiro ansiavam desesperada-mente encontrar um bilhete dourado.

 Alguns achavam que toda a sua elici-dade utura dependia de encontrarem

ou não um bilhete dourado. Em suaansiedade, as pessoas passaram aesquecer a simples alegria que umabarra de chocolate costumava proporcionar. A barra de chocolate em si setornava uma decepção completa senão contivesse um bilhete dourado.

Da mesma orma, muitas pessoasestão hoje à espera de seu própriobilhete dourado — o bilhete que elasacreditam conter a chave da elicidadcom que sempre sonharam. Para

algumas, o bilhete dourado pode serum casamento pereito; para outras,uma casa do tipo capa de revista; outalvez a liberdade do estresse ou daspreocupações.

Nada há de errado nos anseios justos — esperamos e buscamos coisasque são virtuosas, amáveis, de boaama ou louváveis.4 O problema surgquando deixamos de lado a nossa elcidade e nos dedicamos à espera deum acontecimento uturo — o nossobilhete dourado.

Certa mulher queria mais do quequalquer outra coisa casar-se notemplo com um el portador dosacerdócio e tornar-se mãe e esposaEla tinha sonhado com isso a vidainteira e, oh, que mãe maravilhosae que esposa amorosa ela seria! Suacasa seria repleta de amor e bondade

 Jamais seria ali proerida uma palavramarga. A comida nunca iria queimaE os lhos, em vez de sair com seusamigos, preeririam passar suas noite

e seus ns de semana com a mamãee o papai.Esse era o seu bilhete dourado. Ela

sentia que aquela era a única coisa daqual dependia toda a sua existência.Era a única coisa no mundo pela quaela ansiava desesperadamente.

Mas isso nunca aconteceu. E como passar dos anos, ela se tornou cada

 vez mais retraída, amarga e até irada.Não conseguia entender por que Deu

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não lhe concedia aquele desejo justo.Ela trabalhava como proessorade Ensino Fundamental, e o ato deestar rodeada de crianças o dia inteirosimplesmente a lembrava de que seubilhete dourado nunca tinha apare-cido. Com o passar dos anos ela setornou mais decepcionada e retraída.

 As pessoas não gostavam de carperto dela e a evitavam sempre quepodiam. Ela até chegou a descontarsua rustração nas crianças da escola.

Passou a perder a paciência, oscilandoentre acessos de raiva e uma solidãodesesperada.

 A tragédia dessa história é queaquela mulher querida, em meio atoda a sua decepção com seu bilhetedourado, não conseguiu perceberas bênçãos que já recebera. Ela nãotinha crianças em casa, mas estavacercada delas na sala de aula. Nãoora abençoada com uma amília, maso Senhor tinha lhe dado uma oportu-nidade que poucas pessoas têm — a

chance de infuenciar positivamente a vida de centenas de crianças e amí-lias, como proessora.

 A lição aqui é que, se gastarmosnossos dias à espera de rosas abu-losas, podemos perder a beleza e amaravilha das minúsculas não-te-es-queças-de-mim que estão ao nossoredor.

Isso não quer dizer que devemosabandonar a esperança ou moderarnossos objetivos. Nunca deixem de se

esorçar pelo que há de melhor em vocês. Nunca parem de ter esperançaem todos os desejos justos de seucoração. Mas não echem os olhos eo coração para as belezas simples erenadas dos momentos comuns docotidiano, que compõem uma vidaabundante e bem vivida.

 As pessoas mais elizes que conheçonão são as que encontram o seubilhete dourado, mas sim as que, em

meio a sua busca de objetivos dignos,descobrem e valorizam a beleza e adoçura dos momentos de cada dia. Sãoas que, o por o, tecem diariamenteuma grande colcha de gratidão e admi-ração ao longo de toda a vida. Essassão as que são verdadeiramente elizes.

Quarto: não se esqueçam dos“porquês” do evangelho.

 Às vezes, na rotina de nossa vida,esquecemo-nos, sem querer, de um

aspecto vital do evangelho de JesusCristo, da mesma orma que pode-ríamos ignorar uma bela e delicadanão-te-esqueças-de-mim. Em nossoesorço diligente de cumprir todosos deveres e todas as obrigações queassumimos como membros da Igreja,às vezes vemos o evangelho comouma longa lista de tareas que temos deacrescentar a nossa já sucientementelonga lista de coisas “para azer”, comoum período de tempo que precisamosde alguma orma encaixar em nossa

agenda lotada. Concentramo-nos em oque o Senhor quer que açamos e emcomo podemos azê-lo, mas às vezesnos esquecemos dos porquês.

Minhas queridas irmãs, o evange-lho de Jesus Cristo não é uma obri-gação: é um caminho traçado pornosso Pai Celestial amoroso, que levaà elicidade e paz nesta vida, e à glóriae a uma realização indescritível na

 vida utura. O evangelho é uma luzque penetra a mortalidade e ilumina o

caminho diante de nós.Embora a compreensão do “que”e “como” do evangelho seja necessá-ria, o ogo e a majestade eternas doevangelho decorrem do “por que”.Quando entendemos por que nossoPai Celestial nos deu esse padrão de

 vida e quando lembramos por que  nos comprometemos a torná-lo umaparte undamental de nossa vida, oevangelho deixa de ser um ardo e, ao

contrário, torna-se uma alegria e umprazer. Torna-se precioso e agradávelNão trilhemos o caminho do

discipulado com os olhos no chão,pensando apenas nas tareas e obri-gações a nossa rente. Não deixemosde perceber a beleza das gloriosaspaisagens terrenas e espirituais quenos cercam.

Minhas queridas irmãs, procurem amajestade, a beleza e a alegria conta-giante dos “porquês” do evangelho de

 Jesus Cristo.O “que” e o “como” da obediên-cia marcam o rumo e nos mantêmno caminho certo. O “por que” daobediência santica nossas ações,transormando o mundano em majestoso. Ele amplia nossos pequenosatos de obediência em atos santos deconsagração.

Quinto: não se esqueçam de queo Senhor ama vocês.

Quando criança, eu olhava para a

pequena não-te-esqueças-de-mim eàs vezes me sentia um pouco comoaquela for — pequeno e insigni-cante. Eu me perguntava se seriaesquecido pela minha amília ou pormeu Pai Celestial.

 Anos depois, posso olhar para tráspara aquele menino, com ternura ecompaixão. E agora eu sei: nunca uiesquecido.

E sei outra coisa e, como apóstolodo nosso Mestre, Jesus Cristo, pro-

clamo com toda a certeza e convicçãodo meu coração: vocês também não! Vocês não oram esquecidas.Irmãs, onde quer que estejam,

quaisquer que sejam suas circunstân-cias, vocês não oram esquecidas. Nãimporta quão escuro o dia possa parecer, não importa quão insignicante

 você possa se sentir, não importaquão relegada você se sinta, nosso PaCelestial não Se esqueceu de você. N

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 verdade, Ele ama você, com um amorinnito.

Pense nisto: Você é conhecida elembrada pelo mais majestoso, pode-roso e glorioso Ser do Universo! Vocêé amada pelo Rei do espaço innito edo tempo eterno!

 Aquele que criou as estrelas e tem

ciência delas, conhece você e sabeseu nome — você é uma lha de Seureino. O Salmista escreveu:

“Quando vejo os teus céus, obrados teus dedos, a lua e as estrelas quepreparaste;

Que é o homem mortal para que telembres dele? (…)

Pois pouco menor o zeste do queos anjos, e de glória e de honra ocoroaste”. 5

Deus ama você porque você é lhaDele. Ele ama você, mesmo que, às

 vezes, você possa se sentir solitária oucometa erros.

O amor de Deus e o poder doevangelho restaurado são redentorese salvadores. Basta que você permitaque o Seu amor divino entre em sua

 vida, e ele pode sarar qualquer erida,curar qualquer mágoa e suavizar qual-quer tristeza.

Minhas queridas irmãs da Socie-dade de Socorro, vocês estão maisperto do céu do que supõem. Estãodestinadas a coisas maiores doque podem imaginar. Continuema crescer em é e retidão pessoal.

 Aceitem o evangelho restaurado de Jesus Cristo como seu caminho na

 vida. Tenham carinho pelo dom daatividade nesta grande e verdadeiraIgreja. Amem o dom do serviço naabençoada organização da Sociedadde Socorro. Continuem a ortalecerlares e amílias. Continuem a pro-curar e a ajudar outras pessoas queprecisam de sua ajuda e da ajudado Senhor.

Irmãs, há algo inspirador esublime na pequena for não-te-es-queças-de-mim. Espero que ela seja

um símbolo das pequenas coisas quetornam a sua vida alegre e agradávePor avor, nunca se esqueçam quedevem ser pacientes e compassivasconsigo mesmas, que alguns sacrií-cios são melhores que outros e que

 vocês não precisam esperar o seubilhete dourado para ser elizes. Poravor, nunca se esqueçam de queo “por que” do evangelho de JesusCristo vai inspirá-las e edicá-las. Enunca se esqueçam de que nossoPai Celestial conhece, ama e valoriza

cada uma de vocês.Obrigado por serem quem vocês

são. Obrigado pelos incontáveis atosde amor e serviço que oerecem atantos. Obrigado por tudo o que vocêainda vão azer para levar a alegria doevangelho de Jesus Cristo às amí-lias, à Igreja, a sua comunidade e àsnações do mundo.

Irmãs, nós as amamos. É minhaoração e bênção que vocês nunca seesqueçam de que são verdadeirament

lhas preciosas no reino de Deus. Nosagrado nome de nosso amado Salva-dor, Jesus Cristo. Amém. ◼

NOTAS

NdoT: A for com o nome “Não Te Esqueçasde Mim” é mais conhecida em portuguêscomo Miosótis.

1. Ver Éter 12:27.2. Ver 3 Né 12–48.3. Roald Dahl, Charlie e a Fábrica de 

Chocolate, 1964, pp. 55–56.4. Ver Regras de Fé 1:13.5. Salmos 8:3–5.

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Índice das Histórias Contadas na Conferência A lista de experiências relatadas nos discursos da conerência geral pode ser usada no estudo pessoal, na noite amiliae em outras oportunidades de ensino. O número entre parênteses reere-se à primeira página do discurso.

ORADOR HISTÓRIA

Élder Richard G. Scott (6) Richard G. Scott az uma gravação de áudio do Livro de Mórmon para sua amília.

Élder José L. Alonso (14) Pais ansiosos procuram o lho perdido na movimentada Cidade do México.Presidente Boyd K. Packer (16) Boyd K. Packer recebe sua bênção patriarcal.

Presidente Dieter F. Uchtdorf (19) Dieter F. Uchtdor ajuda a construir uma capela na época em que ez treinamento para pilotoda orça aérea.Casal el exerce infuência positiva nas pessoas ao seu redor.

Élder David A. Bednar (24) Jovens do Sacerdócio Aarônico dão uma aula sobre história da amília.

Élder Neil L. Andersen (28) James O. Mason e sua esposa decidem não esperar para ter lhos.Scott e Becky Dorius adotam lhos depois de 25 anos de casados.

Élder Carl B. Cook (33) Thomas S. Monson exorta Carl B. Cook a olhar para cima.As irmãs deixam seus “ardos” subirem ao céu sob a orma de balões de gás hélio.

Élder LeGrand R. Curtis Jr. (35) Membros menos ativos encontram redenção ao serem convidados para voltar à Igreja.Élder D. Todd Christofferson (38) Sobrevivente da Companhia Donner lembra-se da manhã em que chegou à Fazenda dos

 Johnson.

Élder W. Christopher Waddell (50) O missionário Javier Misiego conhece o homem que batizou seu pai.

Presidente Henry B. Eyring (56) O jovem Henry B. Eyring e seu bispo visitam uma irmã de sua ala.Gordon B. Hinckley e Henry B. Eyring examinam um manuscrito bem tarde da noite.

Presidente Thomas S. Monson (60) Thomas S. Monson pensa que é o único membro da Igreja no campo de treinamento militar.Thomas S. Monson ala a respeito da Igreja para as pessoas de um ônibus.

Presidente Henry B. Eyring (68) Henry B. Eyring ala em uma universidade onde lhe oi recomendado que não prestassetestemunho sobre Jesus Cristo.

Henry B. Eyring leva suas lhas para visitar uma amiga no leito de morte devido ao câncer.Um homem à beira da morte veste roupas de domingo para receber uma bênção do sacerdócio.Muitos anos depois de ter ugido de casa, um homem lê o Livro de Mórmon e recebe umtestemunho.

Élder Tad R. Callister (74) Uma jovem presta testemunho a uma amiga a respeito da veracidade do Livro de Mórmon.

Presidente Thomas S. Monson (82) Thomas S. Monson conhece o poder da oração depois de achar uma nota de cinco dólaresque julgava ter perdido.Thomas S. Monson sente-se inspirado a anunciar Peter Mourik para discursar na dedicação doTemplo de Frankurt Alemanha.

Élder Russell M. Nelson (86) Conversos russos valorizam seu casamento no templo.

Élder Randall K. Bennett (98) Randall K. Bennett ignora os avisos de orte correnteza oceânica.Élder J. Devn Cornish (101) J. Devn Cornish miraculosamente acha uma moeda de vinte e cinco centavos em resposta a

uma oração.

Élder Quentin L. Cook (104) Alma Sonne cancela reservas eitas para viajar no Titanic.

Irene Corbett morre a bordo do Titanic.

Silvia H. Allred (114) Uma irmã que soria de muitos males é consolada pelas proessoras visitantes.Um homem é convertido depois que as proessoras visitantes prestam serviço a sua amília.

Presidente Dieter F. Uchtdorf (120) Mulher torna-se amarga por não se casar e não ter lhos.

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A

s aulas do Sacerdóciode Melquisedequee da Sociedade de

Socorro realizadas nosquartos domingos de cadamês serão dedicadas aos“Ensinamentos para osNossos Dias”. Todas asaulas terão por base um oumais discursos proeridosdurante a conerência geralmais recente (ver quadroabaixo). Os presidentes deestaca e de distrito podemescolher quais discursos

devem ser usados, oupodem delegar essa respon-sabilidade aos bispos e pre-sidentes de ramo. Os líderesdevem reorçar a importân-cia de que tanto os irmãosdo Sacerdócio de Melqui-sedeque como as irmãsda Sociedade de Socorroestudem o mesmo discursono mesmo domingo.

 Aqueles que partici-pam das aulas do quarto

domingo são incentivados aestudar e a levar para a salade aula a edição da revistacom os discursos da últimaconerência geral.

Sugestões para Preparar a Aula com Base nos Discursos

Ore para que o SantoEspírito esteja a seu ladoao estudar e ensinar o(s)

discurso(s). Talvez vocêque tentado a usar outrosmateriais para preparar a

aula, mas são os discursosda conerência que azemparte do currículo apro-

 vado. Sua tarea é ajudar osoutros a aprender e a vivero evangelho como ensi-nado na última conerênciageral da Igreja.

Estude o(s) discurso(s)procurando princípios edoutrinas que atendam àsnecessidades dos alunos.

Procure também histórias,reerências das escritu-ras e declarações no(s)discurso(s), que o(a) ajudema ensinar essas verdades.

Faça um esboço decomo irá ensinar essesprincípios e essas doutrinas.Seu esboço deve incluirperguntas que ajudem osalunos a:

•Procurarprincípios

e doutrinas no(s)discurso(s).

•Refetirsobreseusignicado.

•Compartilharacom-preensão, as ideias,as experiências e otestemunho.

•Aplicaressesprincípios e essas doutrinas à pró-pria vida. ◼

Ensinamentos para osNossos Dias

MESES MATERIAIS PARA AS AULAS DOQUARTO DOMINGO

Novembro de 2011–Abril de 2012

Discursos publicados na ediçãode novembro de 2011de A Liahona*

Maio de 2012–Outubro de 2012

Discursos publicados na ediçãode maio de 2012 de A Liahona*

* Esses discursos estão disponíveis (em vários idiomas) no site conerence .LDS .org.

Silvia H. AllredPrimeira Conselheira

Julie B. BeckPresidente

Barbara ThompsonSegunda Conselheira

Mary N. CookPrimeira Conselheira

Elaine S. DaltonPresidente

Ann M. DibbSegunda Conselheira

Jean A. Stevens

Primeira Conselheira

Rosemary M. Wixom

Presidente

Cheryl A. Esplin

Segunda Conselheira

Larry M. GibsonPrimeiro Conselheiro

David L. BeckPresidente

Adrián OchoaSegundo Conselheiro

David M. McConkiePrimeiro Conselheiro

Russell T. OsguthorpePresidente

Matthew O. RichardsonSegundo Conselheiro

Presidências Gerais das AuxiliaresSOCIEDADE DE SOCORRO

MOÇAS

PRIMÁRIA

RAPAZES

ESCOLA DOMINICAL

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126 A L i a h o n a

Filhas em MeuReino: Uma Obra

Histórica para aMulher SUD nosDias de HojeChelsee NiebergallRevistas da Igreja

Filhas em Meu Reino: A Históriae o Trabalho da Sociedade de Socorro, novo livro preparado

sob a direção da Primeira Presidên-cia, contém um registro do legadodessa organização e das mulhe-res da Igreja, disse Julie B. Beck,presidente geral da Sociedade deSocorro, durante a reunião geral daSociedade de Socorro realizada emsetembro de 2011.

“Ele vai unir e alinhar uma irman-dade mundial aos propósitos daSociedade de Socorro e aos padrõese privilégios dos discípulos”, disse ela“É um testemunho do papel essencia

das mulheres no plano de elicidadede nosso Pai e provê um padrãoimutável daquilo em que cremos,das coisas que azemos e daquiloque deendemos” (página 113 destaedição).

 A irmã Beck disse que o livrooerece um alicerce para a identidadedas mulheres como lhas de Deus. Aoestudar o livro, disse ela, as pessoaspoderão ver como a Sociedade deSocorro deve uncionar na vida de

cada irmã.

Como o Livro Foi CriadoO projeto nasceu como uma desig

nação da Primeira Presidência. Susan W. Tanner, ex-presidente geral dasMoças, oi designada para escrever olivro. A irmã Beck e suas conselheirasSilvia H. Allred e Barbara Thompson,oram incumbidas de administrar oprojeto e trabalhar com a irmã Tanne

nova seção visa ajudar os jovens adescobrir a história da amília e a ser-

 vir a seus antepassados ao buscar seusregistros (ver o artigo na página 128).

 Também nessa sessão, o ÉlderClaudio R. M. Costa oi desobrigado daPresidência dos Setenta. Para a Presi-dência dos Setenta, oi apoiado o Élder

 Tad R. Callister (ver biograa na página128). Doze Setentas e Setentas de Área

oram desobrigados ou tornaram-seautoridades eméritas (ver os apoios eas desobrigações na página 23).

Em seu discurso na manhã dedomingo, o Presidente Henry B.Eyring, Primeiro Conselheiro na Pri-meira Presidência lembrou cada pes-soa a respeito do chamado eito, naconerência geral de abril deste ano, atodos os membros para participaremde um dia de serviço no ano de 2011(ver Henry B. Eyring, “Oportunidades

de Fazer o Bem”, A Liahona, maio de2011, p. 22). A conerência oi transmitida para

os membros do mundo todo em93 idiomas. Para obter inormaçõessobre quando as versões em texto,áudio e vídeo da conerência estarãodisponíveis em dierentes idiomas,

 visite o site LDS.org/general-cone-rence/ when-conerence-materials-

 will-be-available. ◼

N O T ÍC IAS DA IG RE J A  

Mais de 100.000 pessoas com-pareceram às cinco sessões da181ª Conerência Geral Semes-

tral de A Igreja de Jesus Cristo dosSantos dos Últimos Dias, realizada noCentro de Conerências em Salt LakeCity, Utah, EUA, em 1º e 2 de outubro.Outros milhões assistiram à transmis-são ou ouviram-na pela televisão, pelorádio, via satélite e pela Internet.

Durante a primeira sessão, nosábado, dia 1º de outubro, o Presi-dente Thomas S. Monson anunciouos locais de seis novos templos:Barranquilla, Colômbia; Durban,

 Árica do Sul; Kinshasa, na RepúblicaDemocrática do Congo; Paris, França;Provo, Utah, EUA; e Star Valley, Wyo-ming, EUA.

Depois do anúncio, o PresidenteMonson convidou os membros aazerem contribuições para o Fundo

Geral de Auxílio aos Frequentadoresdo Templo. “Esse undo oerece umaúnica visita ao templo para as pessoasque, de outra orma, não poderiam irao templo”, disse ele.

Na tarde do sábado, o Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, anunciou uma nova seçãodo youth.LDS.org—FamilySearch:Os Jovens e a História da Família(LDS.org/amilyhistoryyouth). Essa

181ª Conferência Geral Semestral

   ©   2   0   1   1   I   N   T   E   L   L   E   C   T   U   A   L   R   E   S   E   R   V   E ,   I   N   C .

   T   O   D   O   S   O   S   D   I   R   E   I   T   O   S   R   E   S   E   R   V   A   D   O   S .

Uma projeção artística retrata o Tabernáculo de Provo, que foi destruído por um incêndio e restaurado como o segundo templo em Provo, Utah, EUA.

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12N o v e m b r o d e 2 0 1 1

com os editores, desenhistas e outrospara determinar seu curso pelo

espírito de revelação. “Nunca haviatrabalhado em um projeto que tivessemaior direção do Espírito do queeste”, disse a irmã Beck.

Parte desse processo incluía deci-dir quais, dentre as milhares de pági-nas de relatos históricos, deveriamser incluídas no livro. A irmã Beck,suas conselheiras e a irmã Tannerexaminaram as atas das reuniões daSociedade de Socorro de Nauvooe outras histórias e relatos sobre aSociedade de Socorro e as mulheres

da Igreja. A irmã Beck disse que o resultado

não é uma típica história cronológica,mas sim uma história espiritual dasmulheres da Igreja e da Sociedade deSocorro.

“Estudamos nossa história porqueisso nos ajuda a mudar”, disse a irmãBeck em seu discurso da reuniãogeral da Sociedade de Socorro desetembro de 2010. “Por m, o valorda história não se concentra tanto

em suas datas, épocas e locais. Ela é valiosa porque nos ensina os princí-pios, propósitos e modelos que deve-mos seguir, ajuda-nos a saber quemsomos e o que devemos azer, e nosune no ortalecimento dos lares deSião e na edicação do reino de Deusna Terra” (“Filhas em Meu Reino: AHistória e o Trabalho da Sociedadede Socorro, A Liahona, novembro de2010, p. 115).

Embora o livro siga uma linha dotempo, seus ensinamentos são repre-sentados em capítulos que remetem atópicos. Ele usa histórias e exemplos

das escrituras e da atualidade, daspalavras dos proetas e das líderes daSociedade de Socorro para ensinarmensagens importantes.

 A Infuência do Livro A irmã Beck disse que, por meio

do livro, as irmãs aprenderão a cum-prir os propósitos da Sociedade deSocorro em sua própria vida e comoirmandade de discípulas que guardamconvênios.

“Elas aprenderão o signicadodo que é aumentar sua é e retidãopessoal, ortalecer o lar e a amília ebuscar e ajudar os necessitados”, dissea irmã Beck em uma entrevista àsrevistas da Igreja. “Ao entenderem seupapel no trabalho da Sociedade deSocorro, elas vão compreender quãogrande oi a infuência das mulheresno desenvolvimento da Igreja, tantonos primeiros como nos últimos dias,e vão saber qual é seu propósito e suaidentidade.”

 A irmã Beck acredita que as pes-soas que lerem o livro vão aprender,pelo exemplo e por preceito, a ouviro Espírito Santo e receber revelaçãopessoal. Elas também receberão orçae coragem em seu cotidiano e nosperíodos de provação e diculdade.

“Existe muita orça no livro, muitaorça a ser imitada”, declarou a irmãBeck. “Assim, nos dias mais diíceis,espero que as pessoas mantenhamesse livro ao alcance da mão, que o

peguem e leiam uma história ou umexemplo que as ortaleça.” A irmã Beck também disse que

o livro vai entrar nos lares da Igrejapor meio das mãos das irmãs, masacredita que o livro será um recursoimportante tanto para homensquanto para mulheres. Ele vai ajudaras moças a compreender como elaspodem azer parte de uma excelenteirmandade mundial, e ele pode unir

marido e mulher em seu trabalhosagrado de orientar sua amília eservir na Igreja.

Depois de estudar o livro, Dale

Cook, presidente da Estaca Syra-cuse Utah Blu, disse que ele seráum recurso importante para ajudartanto os homens como as mulheresda Igreja a compreender seu papelcomo discípulos de Cristo. “Você lê e

 vê como ela [a Sociedade de Socorro]está entrelaçada e conectada aosacerdócio”, disse o presidente Cook.“Ele me ajudou a perceber o poderexistente em minha mulher e saber[como] [melhor] oerecer amor, ajuda

apoio a ela.” A Respeito do Livro

O livro é um recurso para o estudopessoal e para o ensino em casa, naSociedade de Socorro e em outrassituações de ensino na Igreja. Ele oienviado aos bispos e presidentes deramo, que trabalharão com a presi-dente da Sociedade de Socorro paradecidir como tornar a distribuição dolivros uma bênção para as irmãs naala ou no ramo.

O livro deverá estar disponívelem aproximadamente vinte idiomasaté o nal de janeiro de 2012. Muitosdesses idiomas já se encontram dis-poníveis na rede, onde os membrospodem encontrar vídeos correlatos,divulgar citações e ler sugestões decomo usar e compartilhar as mensa-gens do livro. Visite LDS.org/relie-society/daughters-in-my-kingdom.Clique em “Additional Languages(PDF)” no centro da página, sob

“Related Resources”. Apareceráuma lista dos idiomas disponíveis nolado direito da página seguinte. Osite deverá ser traduzido em váriosidiomas.

Há projetos para editar uma versãoem capa dura em espanhol, inglês eportuguês até o nal do ano e essa

 versão estará disponível por meiodos Serviços de Distribuição e nostore.LDS.org. ◼

   F   O   T   O   G   R   A   F   I   A  :   R   I   C   K   W   A   L   L   A   C   E

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128 A L i a h o n a

Élder Tad R.Callister

 Da Presidência dos Setenta

OÉlder Tad Richards Callister,apoiado nesta conerênciapara a Presidência dos Setent

e membro do Segundo Quórum dos Setenta, explica queuma das metas das Autoridades Gerais é levar a eeito o“crescimento eetivo” na Igreja. “Isso vincula cada vez maisas pessoas não só à requência na reunião sacramental,mas também à participação no sacramento, ao recebi-mento das ordenanças que a Igreja oerece e ao cumpri-mento de seus convênios”, arma.

Desejoso de ajudar os líderes locais da Igreja nessetrabalho, o Élder Callister sente-se grato pelas oportuni-dades recebidas do Senhor para servir em tantos chama-dos. “Por já ter passado pela mesma experiência que aspessoas com as quais trabalho agora — presidentes deestaca, bispos e presidentes de quórum de élderes —espero ser mais sensível e mais atento às necessidadesdelas”, explica.

O Élder Callister já serviu como missionário de tempointegral na Missão dos Estados do Atlântico Leste, oipresidente do quórum de élderes, presidente de missãoda estaca, conselheiro na presidência da estaca, bispo,presidente de estaca, representante regional, Setenta de

 Área, presidente da Missão Canadá Toronto Leste (2005 a2008) e servia como Presidente da Área Pacíco quandooi chamado para a Presidência dos Setenta.

Nasceu em Glendale, Caliórnia, EUA, em dezembro de1945, lho de Reed e Norinne Callister. O Élder Callisterormou-se em Contabilidade pela Universidade Brigham

 Young em 1968. Formou-se em Direito pela Universidadeda Caliórnia, Los Angeles, em 1971. Em 1972, recebeuo grau de mestre (LLM) em Legislação Tributária pelaUniversidade de Nova York. Praticou a advocacia de 1972a 2005 e escreveu livros sobre a Expiação, a Apostasia e aRestauração.

Casou-se com Kathryn Louise Saporiti em dezembro de1968, no Templo de Los Angeles Caliórnia. O casal temseis lhos.

O Élder Callister reconheceu a mão do Senhor em sua vida. “O amor do Salvador é tão intenso e envolvente queacho que Ele e nosso Pai Celestial esperam ansiosamentepoder abençoar-nos pelo mais singelo bem que zermos,pois essa é a Sua natureza.” ◼

Novo Site Ajuda os Jovensa Iniciar a História da

FamíliaAseção do novo FamilySearch intitulada Os

 Jovens e a História da Família, do youth.LDS.org(LDS.org/amilyhistoryyouth), visa ajudar os

 jovens a descobrir a história da amília e servir aos seusantepassados ao buscar seus registros.

O site apresenta recursos que ensinam os jovens acomeçar a usar o FamilySearch. Em cinco passos bemsimples, eles aprendem a pesquisarsua árvore genealógica, azer regis-tros amiliares e preparar nomes

para levar ao templo. O site tambéminclui ideias sobre como as classese os quóruns podem usar a históriada amília como um meio de serviraos outros.

 A nova seção encontra-se atual-mente disponível em espanhol,inglês e português. Outros idiomasserão incluídos na lista de disponibi-lidade nos próximos meses. ◼

Concurso de Arte Convidaos Jovens a BrilharOMuseu de História da Igreja convida os jovens

de treze a dezoito anos a participar do pri-meiro Concurso Internacional de Arte para

os Jovens.Os artistas devem criar obras que expressem o signi-

cado de “erguei-vos e brilhai” (ver D&C 115:4–6).Os trabalhos devem ter sido criados depois de 1º de

 janeiro de 2009. Os inscritos precisam ter completadotreze anos até 1º de janeiro de 2012 e podem enviaruma obra de arte on-line no período de 2 de janeiro de

2012 até 1º de junho de 2012, uma sexta-eira, quandose encerra o prazo das remessas. O tamanho máximonão deverá ultrapassar 213 cm de comprimento.

 Todo tipo de mídia e estilo artístico será aceito nacompetição.

 As inormações sobre as remessas estarão disponíveisno site LDS.org/youthartcomp.

Os vencedores serão convidados a enviar a obrade arte original para o museu, que cará exposta noperíodo de 16 de novembro de 2012 a 17 de junho de2013. ◼

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   T  e  m  p

   l  o   d  e   S  a  n   S  a   l  v  a   d  o  r   E   l   S  a   l  v  a   d  o  r

   E  s  s  e  m  a  g  n   í   f  c  o   t  e  m   p   l  o

  e  m   E   l   S  a   l  v  a   d  o  r     o   i   d  e   d   i  c  a   d  o  e  m   2   1   d  e  a

  g  o  s   t  o   d  e   2   0   1   1 ,  o  m  a   i  s  r  e  c  e  n   t  e   d  e  n   t  r  e  o  s

   1   3   5   t  e  m   p   l  o  s  e  m     u  n  c   i  o  n  a  m  e  n   t  o  n  o  m  u

  n   d  o   i  n   t  e   i  r  o .

   A  r  e  s   p  e   i   t  o   d  o  s   t  e  m   p   l  o  s ,  o   P  r  e  s   i   d  e  n   t  e   H  o  w  a  r   d   W .   H  u  n   t  e  r   (   1   9   0   7  –   1

   9   9   5   )   d   i  s  s  e ,  e  m  s  e  u   d   i  s  c  u  r  s  o  n  a  c  o  n     e  r   ê  n

  c   i  a  g  e  r  a   l   d  e  o  u   t  u   b  r  o   d  e   1   9   9   4  :   “   Q  u  e  s  e   j  a  m  o  s  u  m   p  o  v  o

  F   O  T   O   G  R   A  F I   A :   M   A  T  T   H  E    W  R  E I  E  R

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 “

Presto-lhes meu testemunho de que

esta obra é verdadeira, de que nosso

Salvador vive e de que Ele guia e dirige

Sua Igreja nesta Terra”, disse o Presidente

Thomas S. Monson na sessão de encerramento

da 181ª Conferência Geral Semestral. “Deixo

com vocês minha declaração e meu testemunho

de que Deus, nosso Pai Eterno, vive e nos ama.

Ele é realmente nosso Pai, e Ele é pessoal e

real. Que percebamos e compreendamos quão

perto de nós Ele está disposto a estar, quão

longe Ele está disposto a ir para ajudar-nos, o

quanto Ele nos ama e o quanto Ele faz e está

disposto a fazer por nós.”