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ANO II – Nº 07, OUTUBRO/2012 WWW. EXIBIDOR. COM. BR Tecnologia Cliente usa a Internet para ir ao cinema Infraestrutura Evolução das poltronas Projeção Transição e desafios da projeção digital Falta de bons títulos comerciais inviabiliza cumprimento das exigências da ANCINE

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  • Ano II n 07, outubro/2012www.exIbIdor.com.br

    TecnologiaCliente usa a Internet para ir ao cinema

    InfraestruturaEvoluo das poltronas

    ProjeoTransio e desafios da projeo digital

    Falta de bons ttulos comerciais inviabiliza cumprimento das exigncias da ANCINE

  • TAMBM EM 3DDISNEY.COM.BR 4 DE JANEIRO NOS CINEMAS

    2012 Disney. Licensed characters used with permission. M. Bison CAPCOM U.S.A., Inc., Dr. Eggman SEGA, and Q*Bert Columbia Pictures Industries, Inc. All Rights Reserved.

  • Dia 12 de novembrovoc tem um encontrocom o cinema nacional.

    Renda revertida para iniciativas de apoio ao cinema nacional. O Projeta Brasil Cinemark tem grande colaborao de todos os produtores e distribuidores que cedem seus filmes para o evento. A atriz Ingrid Guimares e o fotgrafo Alexandre Salgado cederam seus cachs.

    Mas no perca. ssegunda, dia 12 de novembro,em todas as salas Cinemark.

    Rev Exibidor XIII P BR 21x28.indd 1 9/20/12 9:43 AM

  • 4 Exibidor, outubro-2012

    Expediente

    Edio E dirEoMarcelo J. L. Lima

    rEdao Natal Alencar (MTB 51480)[email protected]

    ProjEto Grfico E dirEo dE artERaphael [email protected]

    assistEntE dE artEFernando [email protected]

    rEvisoTalita [email protected]

    comErcial E [email protected].: (11) 2099 0308

    colaboradorEsCarla Sobrosa, Marcos Bitelli, Igor Kupstas Espao/Z e Omelete

    imPrEssoVox Editorawww.voxeditora.com.br

    tiragem de 2000 exemplares

    corrEsPondnciaRua nio Voss, 78So Paulo (SP) | 02245-070Tel: (11) 2099 [email protected]

    a revista Exibidor uma publicao trimestral da:

    www.tonks.com.br

    Os artigos assinados no refletem necessa-riamente a opinio da revista Exibidor.

    Proibida a reproduo parcial ou total do contedo sem autorizao da tonks.

    EstE ExEmplar faz partE do acErvo da cinEmatEca do rio dE JanEiro.

    Poltica e tecnologia

    Chegar ao resultado final de uma revista nunca fcil. Comeamos com vrias ideias, vamos podando algumas, tendo mais carinho em outras. E depois de horas de reunio, chegamos ao resultado final das pautas das matrias, suas posies e as responsabilidades de cada um que faz desta revista uma realidade.

    O interessante que essa pauta sempre pode mudar de acordo com os nimos dos entrevista-dos. E, para esta edio, o que era para ser uma simples reportagem acerca das Cotas de Tela, se tornou a matria de capa de maior quantidade de pginas da histria da Revista Exibidor.

    A reportagem de Cotas de Tela apresenta a tamanha dificuldade que o exibidor tem em cumpri-la e a falta de compreenso por parte de todos os outros setores do mercado, a come-ar pelo Governo Federal. Para os exibidores, uma penalizao unilateral. Para os demais setores, fica a pergunta: ser que este o caminho para o sucesso do cinema nacional?

    Polticas parte, apresentamos a nossa primeira entrevista internacional concedida por Matt Liszt, gerente de marketing da MasterImage, uma das empresas fornecedoras de tecnologia 3D que mais cresce no mundo e j se aproxima das lderes Dolby e Real D.

    As poltronas de cinema e a evoluo de seu conforto e tecnologia so apresentadas em uma matria que contou com a ajuda das principais fornecedoras em territrio nacional deste item indispensvel para as salas de projeo.

    E a tecnologia tambm est presente na mais recente pesquisa do Datafolha, encomendada pelo Sindicato dos Distribuidores do RJ, confirmando que o frequentador de cinema usa a Internet como principal meio de estar informado acerca dos lanamentos. E aproveitando este gancho, apresentamos uma matria bastante completa em como trabalhar melhor o canal Internet no seu cinema.

    Cinema, hoje, sinnimo de tecnologia nas vendas, do controle destas e, claro, na reprodu-o do principal contedo, o filme. A projeo digital est a cada dia mais presente nos cine-mas nacionais. Embora defasada em relao ao mercado internacional, a exibio brasileira comea a sentir uma crise existencial quanto ao tradicional 35mm e os desafios de como ope-rar um projetor digital. E a Revista Exibidor expe as dificuldades operacionais enfrentadas entre todos os exibidores de abrir mo de algo que sempre esteve presente durante mais de 110 anos de existncia do cinema: a pelcula.

    E assim, mais uma edio chegou ao fim. Nosso prximo encontro ser em janeiro. At l, temos uma grande surpresa para o leitor na Internet. O novo portal da Revista Exibidor est quase pronto e junto a ele, grandes novidades.

    Um grande abrao,

    editorial

    Marcelo J. l. limadIRETOR E EdITOR ChEFE dA REVISTA ExIBIdOR

  • 6 Exibidor, outubro-2012

    eMpresas e instituies Citadas

    AAMC // 17ANCINE // 27, 28, 29, 30, 31, 32Associao Brasileira de Shopping Centers // 10

    BBarco // 08, 35

    CCenterplex Cinemas // 19, 20, 28, 29, 40CGV // 41Christie // 09Cineart // 21, 28, 48, 49Cinemark // 19, 20, 35, 36, 40, 45Cinpolis // 09, 17, 35, 41

    DDatafolha // 18, 23Di Bonaventura Pictures // 14Dolby // 17, 49

    EEmbrafilme // 30

    FFacebook // 20Fox Film // 45

    GGDC // 08GNC Cinemas // 21, 27, 28, 29, 40Gold Medal // 49Grupo Espao // 45

    HHarman // 10

    IIbope // 18Industrias Ideal // 39Instagram // 20

    KKastrup // 39, 40, 41Kinoplex // 19, 21, 28, 29, 40

    LLight House Cinema // 40Lui Cinematogrfica // 28

    MMasterImage // 16, 17Metro // 08Mobz // 35

    NNEC // 09Nossa Distribuidora // 45

    PPanavision // 17Paramount Pictures // 14Paris Filmes // 45

    SSanta Clara Poltronas // 39, 40Ministrio da Cultura // 12, 32SEDCMRJ // 18, 19

    TTGV Cinemas // 40Tonks // 19, 20, 21, 45Tonks Host // 20Twitter // 20

    YYoutube // 20

    UUnifrance // 13Universal Pictures // 14

    VVila Rica // 49

    XXPAND 3D // 09

    Queremos saber a sua opinio. Envie seus comentrios para:

    [email protected].

    espao do leitor

    Ficou excelente a reportagem sobre a trajetria GNC. Iremos guard-la como muito carinho. Parabns pelo trabalho, no s desta reportagem, mas pelo contedo de toda a revista. Um abrao!

    Ricardo Difini Leite Porto Alegre (RS)

    O que ser dos exibidores 35 mm daqui a alguns anos? Est muito caro o digital e ningum sabe explicar como adquirir este sistema.

    Anderson Neves Fortes Uruguaiana (RS)

    Sou responsvel pelo cinema Cine Glria Valena-RJ, que possui duas salas de exibio, sendo uma com 3D Digital. Acredito que o contedo dessa revista de grande valia. Ainda mais por se tratar de um material exclu-sivo para o exibidor, que muito carente de fonte de informaes na sua rea.

    Gustavo Fort Bastos Valena (RJ)

  • notcias/08Giro pelo mercado

    claquete.com/12Novidades do cinema

    entrevista internacional/16Matt Liszt, da MasterImage

    tecnologia/18Internet desponta como ferramenta estratgica para o cinema divulgar

    artigo panorama/23Influncias na ida ao cinema 1

    suMrio

    Ausncia de ttulos comerciais dificulta cumprimento dos exibidores

    34/projeo digitalAs dificuldades operacionais na transio da pelcula para o digital

    38/infraestruturaEvoluo das poltronas, principal ativo do cinema

    46/agendaPrximos lanamentos

    48/trajetriaA receita de sucesso da Cineart

    50/artigo relacionamentoO exibidor e o f

    Cinema nacional

    Cotas de exibio/ 2 6

  • 8 Exibidor, outubro-2012

    notCias

    Divulgao

    As duas salas do Espao Ita de Cinema Augusta foram totalmente repaginadas pelos arquitetos Martin Corullon, Anna Ferrari e Gustavo Cedron, do escritrio Metro.

    Cadeiras numeradas, monitores que substituem os cartazes impressos e uma grande mesa no saguo, esto entre as novidades. Na decorao, tons de cinza e preto e painis com cenas de filmes brasileiros de sucesso completam o cenrio.

    Os cinemas de Braslia, Curitiba e do Shopping Frei Caneca (SP) tambm j foram reformados e h previso de que todos os cinemas do grupo sejam repaginados.

    barco e GdC realizam treinamento tcnico em sp

    espao ita de Cinema augusta repaginado

    Durante os dias 5 e 6 de setembro, a Barco e a GDC realizaram um treinamento tcnico em So Paulo (SP) com profissionais operacionais do mercado de exibio.

    Aps um descontrado caf da manh, as empresas se apresentaram. Em seguida foi feita uma explanao terica e na sequncia um treinamento prtico sobre os projetores Barco e o Bloco de Mdia Integrado, da GDC.

    importante para os profissionais e interessante para o mercado ter seus agentes infor-mados e em constante atualizao profissional, comentou Begona Castrillo, da GDC.

    Com o propsito de envolver o poder pblico e demais atores sociais em um amplo Pacto pela Infncia Brasileira, o Frum de Defesa e Promoo do Cinema Infantil Brasileiro, reunido durante o 45 Festival de Braslia do Cinema Brasileiro, consolidou um documen-to que foi entregue ao Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidncia da Repblica, Gilberto Carvalho, tendo como destinatria a Presidenta Dilma Rousseff, e Ministra Maria do Rosrio, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidncia.

    A carta solicita a estruturao de uma Poltica Pblica para o Cinema e o Audiovisual para a Infncia, com a destinao de, no mnimo, 25% de todos os recursos dirigidos ao setor.

    Assinaram o documento: Ziraldo, Carla Camurati, Maria da Graa Xuxa Meneghel, Silvio Da-Rin, Dler Trindade, Pedro Rovai, Nilson Rodrigues, Mrcio Curi, Vladimir Carvalho, Carla Esmeralda, Luiza Lins, Lu-ciana Druzina, Andr Ristum, Anna Karina de Carvalho e Iber Carvalho.

    Carta em defesa da promoo do Cinema infantil

    Divulgao

  • 9 Exibidor, outubro-2012

    Divulgao

    Divulgao

    A NEC trouxe para o Brasil sua linha de solues para cinema digital, com destaque para o lanamento do projetor digital NC900C.

    O equipamento, indicado para salas de projeo de pequeno porte, incorpora o novo chipset S2k, o que o torna, segundo a fabricante, entre os equipamentos de resoluo 2k de projeo digital, o mais compacto do mercado.

    Leve e de fcil instalao, o produto conta com lmpada dupla, que evita que a tela fique preta. Alm disso, oferece servidor de mdia integrado, diminuindo a necessidade de dis-positivos perifricos, o que possibilita uma economia significativa por parte do exibidor.

    A XPAND 3D divulgou que o seu sistema ativo 3D foi usado com o projetor a laser da Christie pela primeira vez durante a exibio do longa Hugo 3D, de Martin Scorsese na feira IBC, realizada em Amsterd.

    Foi a primeira exibio pblica com a tecnologia de projeo a laser em 3D. Para Maria Costeira, CEO da XPAND 3D, a empresa acredita que a tecnologia de projeo a laser representa o futuro do cinema.

    nova linha de projetores neC para cinema digital

    xpand 3d e Christie unidas pela projeo a laser 3d

    A exibidora mexicana Cinpolis inaugurou em Los Angeles a sua 3000 sala de cinema.

    Ao cortar a fita e revelar a placa comemo-rativa, Alejandro Ramrez disse que ter alcanado esse nmero em nvel mundial constitui um fato muito importante na his-tria da empresa e para a indstria cinema-togrfica mexicana.

    A inaugurao parte da estratgia de crescimento e expanso da companhia. Seu projeto de internacionalizao levou a em-presa a pases como Guatemala, Honduras, Costa Rica, El Salvador, Panam, Colm-bia e Peru, assim como a novos mercados da ndia, Brasil e Estados Unidos.

    Cinpolis inaugura sala de nmero 3 mil

  • 10 Exibidor, outubro-2012

    notCias

    A sala de projeo Sweet 204, em Culver City, Califrnia, teve seu sistema de udio atualizado para som surround 7.1 da JBL Harman LSR6300.

    O sistema ser utilizado com os projetos da Walden Media, como o filme Wont Back Down com Viola Davis e Maggie Gylenhaal; e Of Men and Mavericks, estrelado por Johnny Weston e Gerard Butler.

    Ambos os filmes esto programados para lanamento neste ano.

    Harman instala sistema na CalifrniaAs salas de cinema Prince Charles, em Londres, contrataram funcionrios para se vestirem de ninjas e repreender os ba-rulhentos de planto.

    Os ninjas andam entre as fileiras das pol-tronas e gentilmente pedem aos clientes que diminuam o barulho ou fiquem em silncio.

    Segundo o diretor da empresa, alguns clientes passam dos limites e essa foi uma soluo bem humorada para resolver o problema.

    ninjas para monitorar barulho

    A Associao Brasileira de Shopping Centers divulgou uma pesquisa que revela que o cinema a principal opo de lazer dos clientes que frequentam estes locais.

    De oito a cada dez frequentadores de shopping possui o hbito de ir ao cinema, mas apenas 20% vai exclusivamente ao cinema. Quase 75% frequanta as salas de exibio e a praa de alimentao.

    Grande parte desse pblico pertence a classe mdia: 54% dos entrevistados pertencem classe B, 23% classe C, 22% classe A, e a classe D apareceu pela primeira vez na lista da pesquisa, com 1%.

    Cinema preferncia dentro dos shoppings

    Divulgao

  • 12 Exibidor, outubro-2012

    Claquete.CoM

    o palhao representar o brasil no oscar 2013

    o Hobbit ganha novo trailer

    O Hobbit - Uma Jornada Inesperada (The Hobbit: An Unexpected Journey), primeiro longa da recente trilogia do diretor Peter Jackson (O Senhor dos Anis) ganhou novo trailer.

    O longa estreia em 14 de dezembro de 2012. A segunda parte da saga, O Hobbit - A Desolao de Smaug (The Hobbit: The Desolation of Smaug) tem estreia marcada para 13 de dezembro de 2013 e o ltimo filme, O Hobbit - L e de Volta Outra Vez

    (The Hobbit: There and Back Again), chega aos cinemas em 18 de julho de 2014, sete meses depois do segundo, encerrando a trilogia.

    Peter Jackson dirige a partir do roteiro que ele escreveu com Fran Walsh, Philippa Boyens e Guillermo del Toro.

    Assista em: www.claquete.com.

    O Palhao, filme de Selton Mello, o representante brasileiro escolhido para disputar uma das cinco indicaes categoria Melhor Filme Estrangeiro, no Oscar 2013.

    O anncio foi feito pela Comisso Especial de Seleo, da Secretaria do Audiovisual do Ministrio da Cultura em 20 de setembro. Entre os candidatos estavam Xingu, Beira do Caminho, O Palhao, Heleno e Parasos Artificiais.

    No filme, Benjamim (Selton Mello) e Valdemar (Paulo Jos) formam a fabulosa dupla de palhaos Pangar e Puro Sangue. Eles vivem pelas estradas na companhia da diver-tida trupe do Circo Esperana.

    O Brasil no consegue uma indicao ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro desde Central do Brasil, em 1999.

    Divulgao

    Divulgao

  • 13 Exibidor, outubro-2012

    intocveis a produo francesa mais assistida no mundo

    patricia riggen vai dirigir filme sobre mineiros chilenos

    Material deletado de os Vingadores ser usado em Capito amrica 2

    Patricia Riggen (Sob a Mesma Lua) vai dirigir The 33, filme sobre os 33 mineiros que em 2010 permaneceram 70 dias sob a terra em uma jazida do norte do Chile.

    Jos Rivera (Na Estrada On the Road) assina o roteiro, escrito em colaborao com os prprios mineiros. A trama deve incluir detalhes nunca antes rela-tados sobre os primeiros 17 dias sob a terra, antes que os mineiros conseguis-sem fazer contato com o exterior.

    Mike Medavoy produz o longa, que atualmente busca por seus protagonis-tas. As filmagens esto marcadas para comear em janeiro de 2013.

    Boa parte do material de Os Vingadores (The Avengers) sobre a adequao de Ste-ve Rogers ao mundo contemporneo, que acabou cortada na verso final, por falta de espao, est sendo guardada para Ca-pito Amrica 2, segundo Chris Evans.

    Em entrevista ao Collider, durante o Festival de Toronto, o ator explica: Eles tinham tantas cenas deletadas em Os Vingadores porque muita coisa foi guardada para Capito 2. O material era bom, mas ficava parecendo que o filme era sobre ele. Em Os Vingadores havia muita coisa para acomodar, e era um fil-

    me longo de qualquer forma. Acho que ficaria exaustivo se o filme fosse mais longo ainda.

    O ator fala do teor dessas cenas: a hist-ria dele. Steve tentando se ajustar, em um nvel pessoal, ao fato de que todas as pes-soas que ele conhecia morreram, incluin-do Peggy Carter. H muita coisa que ele precisa assimilar. E estou empolgado para ver uns flashbacks, ver as memrias que ele guarda daquela pessoa que ele foi um dia.

    Capito Amrica 2 comea a ser rodado em maro de 2013 e estreia em 4 de abril de 2014.

    Segundo dados divulgados pela Unifrance (organizao responsvel por promover a exportao do cinema francs) a comdia/drama Intocveis (Intouchables) j foi assis-tida por mais de 23,1 milhes de pessoas fora da Frana. O filme dirigido por Olivier Nakache e Eric Toledano bateu o recorde que pertencia ao filme O Fabuloso Destino de Amlie Poulain (Le Fabuleux destin dAmlie Poulain). No Brasil, o longa j arreca-dou R$ 5,6 milhes e atraiu 429,1 mil espectadores.

    Intocveis conta a histria de Phillipe, um rico aristocrata, que aps um acidente de parapente, contrata Driss, um jovem recm-sado da priso para ser seu cuidador. Em outras palavras, a pessoa menos apropriada para o trabalho. Juntos, eles iro misturar Vivaldi e a banda Earth, Wind and Fire, dico elegante e jazz de rua, ternos e calas de moletom. Dois mundos vo colidir e chegar a um acordo para que nasa uma ami-zade to louca, cmica e forte quanto inesperada, uma relao nica que ir criar fascas e torn-los Intocveis.

    Divulgao

    Divulgao

  • 14 Exibidor, outubro-2012

    Claquete.CoM

    Entre as franquias planejadas pelo estdio, alm de Velozes e Furiosos 6, o executivo Steve Burke, CEO da Universal, confirmou as sequncias de O Legado Bourne (The Bourne Legacy) e Ted (Ted). As informaes so do Hollywood Reporter.

    O recomeo da franquia Bourne arrecadou mais de US$ 180 milhes em bilheteria e Ted foi um dos maiores sucessos do vero norte-americano - com um oramento de US$ 50 milhes.

    No setor de animao, inspirado pelo sucesso de Meu Malvado Favorito (Despicable Me), o estdio planeja lanar dois longas ani-mados por ano. Entre os prximos lanamentos, Meu Malvado Favorito 2 (Despicable Me 2) estreia em 3 de julho de 2013 e um filme solo dos Minions de Gru estreia em 14 de dezembro de 2014.

    Universal confirma continuaes de O Legado Bourne e Ted

    Comeam as filmagens de Jack RyanA Paramount Pictures anunciou o incio das filmagens de Jack Ryan, do diretor indi-cado ao Oscar, Kenneth Branagh e estrelado por Chris Pine, Keira Knightley e Kevin Costner. O filme ser rodado em Nova York, Moscou e Londres e est programado para ser lanado em janeiro de 2014.

    Baseado no personagem Jack Ryan, criado pelo autor campeo de vendas Tom Clancy, o filme um suspense de ao contemporneo. A histria original, escrita por David Koepp (Anjos e Demnios, Guerra dos Mundos), acompanha o jovem Jack na medida em que ele descobre um compl terrorista financeiro.

    Lorenzo di Bonaventura produzir o filme atravs de sua bandeira Di Bonaventura Pictures, juntamente com Mace Neufeld e David Barron.

    Duas imagens do longa j foram divulgadas.

    Divulgao

    Divulgao

  • DO DIRETOR DE ALICE NO PAS DAS MARAVILHAS

    2 DE NOVEMBRO NOS CINEMASTAMBM EM ESPETACULAR

  • 16 Exibidor, outubro-2012

    Companhia pretende intensificar sua presena nas Amricas, principalmente no mercado brasileiro

    Por: Marcelo J.l. liMa

    especializada em solues 3D para cinema e dispositivos mveis, a coreana MasterImage est presente em mais de 70 pases. Segundo a empresa, ela uma das que mais cresce nesse segmento ao redor do mundo. Agora pretende trazer para o Brasil a presena que j forte na Europa e sia.

    Seu objetivo fornecer solues de ponta para toda a indstria de cinema, desde o pequeno at o grande exibidor, possibilitando que todos tenham acesso tecnologia com facilidades de investimento. Cada tela merece ter uma tecnologia 3D, um dos lemas da MasterImage.

    Em entrevista especial concedida por email Revista Exibidor, o seu gerente de marketing, Matt Liszt, conta quais so os planos da MasterImage no Brasil e como pretende consoli-dar sua marca e presena na regio.

    Divulgao

    entreVista internaCional

    Matt Liszt // MasterImage

    MasteriMage teM o Brasil eM

    sua rota de exPanso

  • 17 Exibidor, outubro-2012

    Revista Exibidor Apresente a

    MasterImage para quem no a co-

    nhece ou conhece pouco. Quando

    foi fundada e quais suas solues

    para cinema?

    Matt Liszt - Fundada em 2004, Mas-terImage 3D fornece solues pioneiras em 3D para cinemas e dispositivos m-veis. Ns oferecemos ao pblico a mais clara e ntida experincia 3D, propor-cionando aos exibidores as opes mais flexveis da indstria e melhor custo--benefcio nas opes de compra - in-cluindo um plano de financiamento de cinco anos, sem royalties, sem taxas de li-cena e sem custos adicionais. Tudo isso com retorno imediato do investimento. Ns tambm oferecemos uma gama de solues para cinema digital que atende s diferentes necessidades. Se voc tem uma tela grande, tela pequena, cabine de projeo pequena ou ainda se no tem cabine de projeo, temos sempre uma soluo 3D.

    Exibidor Qual a participao de mer-

    cado da empresa ao redor do mundo?

    Liszt - MasterImage 3D uma das em-presas que mais cresce entre as empresas fornecedoras de soluo 3D, com insta-laes de cinema digital em mais de 70 pases. Atualmente, nosso maior merca-do a Europa, onde temos concorrncia acirrada no Reino Unido, Frana, Ale-manha, Espanha e Itlia. Hoje sediada em Hollywood, a MasterImage 3D foi fundada em Seul, na Coreia do Sul, o que nos d uma posio muito forte na sia: Coreia do Sul, Japo, Taiwan e sudeste da sia. A China um grande foco para a MasterImage 3D e continuaremos a au-mentar nosso market share por l.

    Exibidor - A MasterImage ainda

    no muito conhecida nas Amri-

    cas. Como pretendem mudar isso?

    Liszt - Agora temos uma presena nas Amricas. Anunciamos no ShowEast do ano passado que fomos escolhidos pela exibidora Cinpolis como um parceiro de solues 3D digital, o que nos tem dado fora e mais fora na regio. Esta-mos ampliando a nossa equipe para ter mais foco nas Amricas, que uma das maiores prioridades da empresa.

    Exibidor - Quais so as estratgias

    e planos para atingir esta regio,

    especialmente no Brasil?

    Liszt - Estamos contratando uma equipe para fornecer suporte de vendas exclusivo para as Amricas. Como temos feito em todas as outras regies, planejamos ser a parceira lder do setor com integradores para ajudar a fornecer aos cinemas uma soluo 3D completa. Somos especia-listas em marketing B2B e planejamos participar de eventos locais e feiras con-forme as oportunidades surgirem, para intensificar nossa atuao.

    Exibidor J existe um represen-

    tante no Brasil?

    Liszt - Por enquanto no.

    Exibidor Qual o contato da em-

    presa para o exibidor brasileiro?

    Liszt - Atualmente, os interessados podem entrar em contato com Sean Lohan, o nosso gerente geral das Amricas. Lohan tem grande experincia em suas passagens pela Panavision, Kodak e a exibidora AMC. Ele j est com bons progressos no merca-do latino americano. Enxergamos grandes oportunidades para a Amrica do Sul.

    Exibidor - Quais so as principais

    diferenas entre a tecnologia 3d

    da MasterImage e suas concor-

    rentes: Reald, dolby e outros.

    Liszt - Gostamos de dizer Se no Mas-terImage 3D, est faltando algo. Com isso,

    queremos dizer que oferecemos uma solu-o 3D completa para os cinemas - com foco na qualidade, domnio e inovao. Ns oferecemos a melhor qualidade de imagem em 3D - com a maior clareza e fidelida-de de cores. Ns tambm fornecemos um modelo de negcios favorvel - sem taxas de licena. E estamos compatveis com as ltimas tendncias em tecnologia 3D: alta taxa de quadros por segundo, etc.

    Exibidor - Como voc v as pro-

    dues do cinema brasileiro?

    Liszt - O governo brasileiro est fazendo um grande investimento para incentivar os cineastas locais. E, no de admirar que os cineastas brasileiros estejam em destaque no Festival de Cannes como um pas que o mundo todo est assistindo.

    Como Cuarn, Del Toro e Gonzlez Inrritu fizeram o cinema mexicano ser conhecido internacionalmente, parece que Walter Salles e Fernando Meirelles esto fazendo o mesmo com o Brasil. Para ns, o 3D to onipresente no cinema con-temporneo que, naturalmente, e ser uma parte do processo de contar estrias.

    Exibidor - Quais so as expectativas

    para entrar no mercado brasileiro?

    Liszt - Ns usamos a Europa como es-tudo de caso. Contratamos os melhores profissionais locais, fomos agressivos, mas tambm ouvimos e respondemos. Ns fornecemos para a indstria a me-lhor combinao de preo, qualidade e servio. Ento, trabalhamos duro para sermos parceiros de todos os integrado-res. Pretendemos fazer o mesmo no Bra-sil. Se planejarmos, ouvirmos e respon-dermos, o Brasil pode e deve ser um dos nossos maiores mercados.

    Temos expectativas muito altas. o Pas que tem um crescimento cultural enorme e cine-ma e entretenimento esto no corao dessa expanso. Ser divertido participar disso.

  • 18 Exibidor, outubro-2012

    Os meios digitais despontam como grandes oportunidades para o exibidor. Saber aproveit-los pode ser a grande chave para o sucesso

    Por: Natal aleNcar

    a quantidade de acessos internet no Brasil j ultrapas-sou a marca de 83 milhes de pessoas no segundo se-mestre deste ano, segundo dados divulgados pelo Ibope Nielsen Online. O montante apurado registrou um au-mento de 7% em relao ao mesmo perodo de 2011.

    Uma recente pesquisa encomendada pelo SEDCMRJ (Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematogrficas do Municpio do Rio de Janeiro) e realizada pelo Datafolha revelou que a Internet o principal meio que os clientes utilizam para obter informaes sobre a programao dos cinemas, sendo citada por 53% dos en-trevistados. A segunda colocada, a TV, aparece com 39%. (Confira o grfico da pgina ao lado).

    tudo nuM Clique:

    internet a prinCipal fonte de inforMao

    do Cliente

    teCnoloGia

  • 19 Exibidor, outubro-2012

    Responsvel por atualizar e administrar sete websites de exibidores de cinema no Brasil, a agncia digital Tonks atende atualmente em torno de 20% do mer-cado cinematogrfico. E somando estes sete websites, em julho deste ano, foram mais de 2,3 milhes de unique visitors, o que gerou quase 9 milhes de visualiza-es de pginas. Comparado ao mesmo ms de 2011, esses nmeros representam 120% de crescimento.

    No por coincidncia, esses dados re-velam a importncia da internet nos hbitos dos consumidores, o que a faz ser uma das ferramentas mais eficien-tes. Embora no seja especialista em Internet, Jorge Peregrino, presidente do SEDCMRJ pontua que sem som-bra de dvida, talvez seja a ferramenta de marketing mais importante de hoje, dado o seu alcance e seu custo, ainda baixo. Essa tendncia j global, ele comenta que j viu apresentaes de exibidores europeus e americanos que

    procuram fidelizar seus consumidores atravs das campanhas de redes sociais, por exemplo.

    Seja em casa, na escola ou no trabalho, quando no est presente em todos estes ambientes, pelo menos em um, a inter-net est. O crescente acesso via aparelhos mobiles tambm outro fator positivo. A eficincia e rapidez so os principais mo-tivos que fazem da internet hoje o prin-cipal meio de informao.

    A internet proporciona uma velocidade grande da informao, portanto essa mu-dana algo previsto. As pessoas esto sempre correndo atrs de tempo, e a in-ternet em muitos casos, contribui muito. As empresas precisam acompanhar essa mudana e compreender que precisam ser rpidas e eficientes, pondera o dire-tor da Centerplex, Marcio Eli.

    Maricy Leal, gerente de marketing da Cinemark comenta que a internet tem se tornado cada vez mais um meio de

    fcil acesso a todos. Alm da internet comum, o acesso via celular tambm tem se destacado.

    A internet rpida, as notcias so transmitidas com velocidade e de ma-neira simples, concisa. O mundo nos dias de hoje muda nesse mesmo ritmo, a todo momento so inventadas novas tecnologias, descobertas saltam por todo mundo a cada instante. A internet est no ritmo do mundo. O cinema tambm tem essa velocidade, comple-ta Patrcia Cotta, gerente de marketing da Kinoplex.

    Um filme entra em cartaz hoje e sai das telas para outros canais muito rapida-mente, por isso a internet tem a cara do cinema. Tudo que fazemos em pro-moes, por exemplo, no adaptado a internet, criado especialmente para o site e/ou para as redes sociais. Nosso pblico vive 24h em troca conosco e muitas vezes, atravs da internet, com

    Internet

    29

    53

    17

    3945

    2825 26

    8

    2012

    2008

    TV Jornais Indicaes deamigos/parentes

    Cinema

    ranking coM os cinco PrinciPais Meios de inforMao Para oBter a PrograMao dos cineMas

    *Por enquanto no h previso de quando ser realizada a prxima pesquisa.

  • 20 Exibidor, outubro-2012

    teCnoloGia

    sugestes, solicitaes, comentrios nas redes, nos ajuda a entregar exatamente o que eles buscam, de forma rpida e sim-ples, cita Patrcia.

    Tanto sucesso e inmeras possibilidades requerem certos cuidados. s vezes o fei-tio vira contra o feiticeiro e o que era para ser favorvel, acaba contribuindo de forma negativa para o negcio do exibidor. (Veja na pgina 21, os principais erros cometi-dos pelos exibidores na internet).

    Na prtica

    Resolver o problema simples, com al-gumas dicas possvel transformar a in-ternet numa verdadeira aliada. As dicas j foram mencionadas em edies ante-riores por profissionais do mercado, mas cabe ressalt-las.

    Ter um bom website requisito obriga-trio. Isso significa que ele tem que ser simples, objetivo, funcional e visualmente agradvel. 90% dos clientes que acessam o site exibidor, segundo dados da Tonks, esto procura da programao, ento, evidencie essa informao.

    As tematizaes das homepages so opes de reforar para o cliente os filmes que esto em cartaz. uma maneira r-pida e simples de chamar a ateno do cliente para determinado filme. s vezes o consumidor nem sabe que o filme est em cartaz, mas ao ver a tematizao pode ter mais interesse.

    Atualizaes dirias devem ser feitas tanto no site quanto nas redes sociais. Isso demonstra que a empresa est an-

    tenada e principalmente que se importa com o cliente.

    Para garantir que tudo no site funcio-ne bem e que o seu cliente no tenha a conexo interrompida, uma empresa de hospedagem de qualidade deve ser con-tratada. Hoje em dia, muitas empresas oferecem esse tipo de servio, mas pou-cas conseguem garantir a estabilidade. O ideal pesquisar e testar.

    Em menos de um ano, a Tonks Host j passou por diversos perodos de grandes lanamentos no mercado. uma imen-sa responsabilidade administrar grandes quantidades de visitas, mas isso s pos-svel quando h uma eficiente infraes-trutura dos servidores, conta Henrique Gonalves, do departamento de Suporte e TI da Tonks Host.

    Com o crescimento dos acessos via smar-tphones, preciso adaptar o website com uma verso mobile. Custa mais barato que um aplicativo e tem um alcance mui-to mais assertivo.

    Alm de preparar o terreno, preci-so cuidar dele e adubar para que as se-mentes deem bons frutos. com essa premissa que muitos exibidores j esto aproveitando bem o potencial da grande teia de possibilidades da internet.

    A Cinemark, por exemplo, oferece no site informaes sobre todas as promoes, alm da programao de cada complexo. No Twitter e Facebook, a empresa publi-ca informaes promocionais, estreias, pr-estreias e festivais, alm de promover e incentivar a interao com o pblico.

    No Instagram, a exibidora posta notcias sobre promoes e facilidades da Rede e tambm psteres das estreias e futuros lanamentos. No Youtube, o espectador pode assistir a vdeos e depoimentos ex-clusivos de atores e diretores de cinema, convidando o pblico para ver suas obras.

    No Facebook e no Twitter, o internauta participa de concursos culturais e con-corre a brindes. A Cinemark tambm d dicas sobre os personagens dos filmes, trazendo novidades sobre os futuros lan-amentos, estreias, pr-estreias e festi-vais, exemplifica Maricy Leal.

    A Centerplex concentra em seu site as informaes gerais, como localizao, pre-os, programao e promoes. Nas redes interage de forma dinmica, sempre tra-zendo informaes e novidades sobre os filmes, lanamentos da semana e promo-es. A empresa precisa acompanhar essa mudana, e compreender que precisa ser rpida e eficiente na informao. Sema-nalmente temos promoes online, que fidelizam os clientes e fazem com que eles criem o hbito de sempre acompanhar e acessar nosso contedo, diz Marcio Eli.

    As redes sociais j esto sendo usadas por muitos exibidores, mas Jorge Peregrino sugere a regionalizao desse relaciona-mento. Exibidores no Brasil procuram utilizar as redes sociais basicamente para mostrar a programao, um ou outro para promoes, mas todos visando um alvo geral. As campanhas deveriam ser feitas, pelos exibidores, e no meu entender, nas reas de influncia de cada multiplex. Acho isso fundamental.

  • 21 Exibidor, outubro-2012

    A equipe de desenvolvimento e TI da Tonks analisou 50% dos sites exibidores nacionais e levantou os principais problemas encontrados. Veja:

    A venda de ingressos pela internet tam-bm outra grande possibilidade que deve ser aproveitada.

    Vendemos os ingressos pela internet, bem como temos as leitoras de acesso r-pido direto na portaria, ou seja, o cliente compra pela internet e j vai direto para a sala, passando apenas na bombonire, descreve Lucio Otoni, da Cineart.

    Apostamos no Fale conosco (canal de relacionamento com cliente), em pro-moes de filmes atravs de concur-

    PrinciPais erros coMetidos Por sites exiBidores

    sos culturais, quiz e outros formatos. Alm disso, divulgamos a programa-o, os prximos lanamentos, trailers de filmes e notcias sobre tudo que diz respeito ao mundo do cinema, expe Patrcia Cotta, da Kinoplex. Ela conti-nua: Temos uma equipe que se dedica exclusivamente a manter esses canais atualizados com informaes sobre os filmes, bastidores, elenco, dicas de filme e tudo sobre cinema e principalmente responder a todas as solicitaes do nosso pblico.

    Outra empresa que d uma ateno es-pecial ao Fale conosco a GNC Ci-nemas. Embora muitos no saibam, a prpria diretoria que recebe e responde os comentrios recebidos no canal de re-lacionamento.

    Com poucas aes possvel obter ti-mos resultados. Todos os exibidores en-trevistados nesta reportagem notaram crescimento no acesso de seus websites desde que decidiram apostar na internet, principalmente nos ltimos anos.

    - O maior chamariz de um website exibidor so as salas e horrios dos filmes em cartaz. Porm, muitos exibidores

    ainda insistem em apresentar quais os filmes que esto em cartaz e praticamente escondem os horrios.

    - Para muitos exibidores, a sexta-feira no existe na internet. H casos que a nova programao da semana s entra

    no ar no final do dia.

    - Em alguns sites, a programao apresentada dia-a-dia. Isso pode confundir o usurio final quando ele visualiza os

    horrios de uma sexta-feira, pensando que seria sbado.

    - Animaes so coisas para hotsites. Um website institucional deve ser s-

    brio e livre de animaes. Porm, ainda possvel ver muitas prolas pelo

    mercado exibidor.

    - Todo exibidor deve estar presente em pelo menos uma rede

    social da internet. Alm disso, seu website precisa estar

    integrado a esta rede social.

  • 23 Exibidor, outubro-2012

    o que influencia a ida ao cineMa? 1

    todo exibidor deseja maximizar o pblico de cada uma de suas sesses. Para isto, til conhe-cer as variveis que influenciam

    na deciso individual de ir ao cinema. Existe uma vasta literatura sobre consu-mo que, com algumas adaptaes, pode ser usada para pensarmos no consumo de filmes em salas de cinema. Alm disso, importante conhecer as pesqui-sas feitas no Brasil e em outros pases. Tambm desejvel buscar entender seu prprio consumidor.

    H diversos fatores envolvidos, no ape-nas na seleo de um filme especfico, mas tambm na escolha de uma sala e no prprio desejo de ir ao cinema. Cada um destes fatores, sozinho ou combinado com os demais, pode ajudar a desenhar perfis de consumidores especficos.

    De acordo com estudiosos da rea de comportamento do consumidor, pode-mos dizer que, de maneira geral, os fa-tores que influenciam na escolha e deci-so de compra so: econmicos (como a renda ou o preo do bem), socioculturais (como a influncia dos amigos, da fam-lia ou da escola), demogrficos (como o gnero, ou a idade), psicolgicos (como os valores, ou a memria) e situacionais (estes, mais relacionados com o momen-

    to da compra em si, como a praticidade para adquirir o bem, ou o ambiente de exposio do produto).

    Dependendo do indivduo, alguns fato-res podem ter maior influncia do que outros. Um adolescente que quer se di-vertir no fim de semana pode optar por ir ao cinema porque a turma toda vai, embora preferisse fazer algum progra-ma mais prximo de casa. A senhora de meia-idade que vai sair com a me talvez opte pelo cinema por ser uma das possibilidades de entretenimento diur-no num lugar seguro. O casal pode ir ao cinema ao invs de fazer outro progra-ma, porque h uma promoo no dia em que resolveram sair. Exemplos de como a deciso de ir ao cinema envolve mui-to mais do que apenas o filme ou a sala. Cabe ao exibidor procurar entender que variveis influenciam mais cada um de seus consumidores, fazendo pesquisa,

    mantendo bancos de dados, ou apenas observando o guich da bilheteria.

    E falando em pesquisa, h pouco tempo o sindicato dos distribuidores divulgou a 2 pesquisa nacional que encomendou ao Datafolha sobre os hbitos de ida ao cine-ma. um documento precioso e nico no pas, que provavelmente j foi lido por to-dos. Ali, vemos que os espectadores mais jovens esto mais inclinados a escolher o filme que vo assistir quando j esto no cinema do que a mdia (mais de 40% de-les costumam fazer isto). Tambm fica-mos sabendo que se vai mais ao cinema na 4 feira do que na 6, e que 56% dos en-trevistados preferem ver filmes dublados.

    No prximo artigo daremos continuida-de a este tema, comentando mais aspec-tos da pesquisa do sindicato dos distri-buidores e comparando seus resultados com alguns dados de outros pases.

    Carla Sobrosa | [email protected] em regulao da atividade cinematogrfica e audiovisual, coordenadora de acompanhamento dos mercados de cinema e vdeo

    domstico da ANCINE, mestre em Comunicao pela UFF-RJ e professora. Sua dissertao de mestrado teve como tema o consumo de cinema no Brasil aps a entrada dos multiplexes estrangeiros, na dcada de 90.

    O artigo uma dissertao pessoal e no representa a opinio da ANCINE.

    Por: carla SobroSa

    AprendizagemValores

    Motivao Percepo

    Psicolgicos

    Personalidade

    Memria Gnero

    Idade

    Famlia

    CultutaAtratividade Preo do bem

    AmbientePraticidade

    RendaSituacionais

    Econmicos

    Escola

    Amigos

    Socioculturais;demogrcas

    panoraMa

  • 26 Exibidor, outubro-2012

    caPa

  • 27 Exibidor, outubro-2012

    a poltica de Cotas de Tela e sempre ser um assunto polmico. Falta pouco para o final de 2012 e nas rodas de conversas os exibidores falam como est sendo complicado cumprir a obrigatoriedade neste ano.Estabelecida pela ANCINE, as Cotas so um instrumento regulatrio que determina o nmero de dias e a diversidade mnima de ttulos nacionais a serem exibidos nos cinemas. Entre 28 e 63 dias, dependendo do nmero de salas de cada complexo, e de trs a 14 filmes nacionais diferentes, obedecendo a mesma regra. (Veja quadro detalhado na pgina 29).

    A Revista Exibidor ouviu alguns exibidores e todos eles enfatizaram que esto enfrentando problemas para chegar ao estipulado pela agncia, principalmente pela ausncia de lanamen-tos de grande impacto.

    O circuito exibidor inteligente e no vai exibir um filme que no tenha pblico. Da, havendo produo de filme brasileiro que tenha apelo comercial, o pblico reage positivamente e o exibidor certamente vai dar preferncia ao produto brasileiro. No existe preconceito contra o filme brasileiro com bom potencial de pblico, pondera o advogado especialista no mercado cinematogrfico, Dr. Antonio Bitelli.

    Ele argumenta que no bastassem as benesses que o Estado impe como a meia entrada e outras leis absurdas, a Cota de Tela, que tem que ser cumprida com diversidade de ttulos, um nus pesado.

    O diretor da exibidora gacha GNC Cinemas, Ricardo Difini Leite acredita que a totalidade dos exibidores est realmente tendo enormes dificuldades. O problema no est na indispo-nibilidade de salas de cinema para o lanamento do filme nacional, e sim na sua capacidade de permanecer em cartaz, devido baixa frequncia de pblico, na maioria dos casos.

    Cinema nacional

    o pesadelo das Cotas de tela

    Exibidores comentam dificuldades em cumprir exigncias da ANCINE por falta de bons produtos nacionais com apelo comercial

    Por: Natal aleNcar e Marcelo J.l. liMa

  • 28 Exibidor, outubro-2012

    caPa

    Outra exibidora na mesma situao a Cineart. Os filmes hoje em dia so mui-to perecveis. Se voc no exibir na se-mana do lanamento, depois perde toda a atratividade. Sem contar que em algumas cidades, se o exibidor no chegar com o produto no lanamento, pode estar certo que o pirata chega. Alm disso, infeliz-mente a maioria dos filmes no se sus-tentou e teve grande queda nas semanas seguintes ao lanamento, alega Lucio Otoni, diretor da empresa.

    Apesar de no discordar plenamente da poltica de Cotas, Marcio Eli, diretor da Centerplex Cinemas, considera im-praticvel a obrigao atual. Considero injusto uma vez que no tenho produto nacional para exibir, portanto no tenho como cumprir o combinado do acordo.

    A Lui Cinematogrfica tambm cita suas adversidades: foi um ano em que quase nenhum filme teve apelo suficiente para seduzir e levar os espectadores aos cinemas. Os filmes entraram em cartaz, o pblico simplesmente ignorou, literalmente no apareceu para assistir, comenta Paulo Lui.

    E mesmo quem concorda com a obrigato-riedade, como a Kinoplex, est enfrentan-do obstculos. Como maior exibidor bra-sileiro, somos a favor de todas as polticas que apoiam o cinema nacional, mas infe-lizmente a maior parte dos filmes lanados esse ano no est conquistando o pblico como espervamos. Nesse ano ainda no apareceu um fenmeno de bilheteria e a soma dos resultados no tem alcanado o esperado, indica Flavio Carvalho, gerente de programao da Kinoplex.

    Por qu?

    Dentre os principais motivos menciona-dos pelos exibidores est a falta de filmes que consigam cativar o pblico. H poucos ttulos comerciais. Alm disso, no teve nenhum filme com grande pblico, ou at

    mesmo mais polarizado, porm com condi-es de se manter em alta por mais tempo.

    No podemos esperar todo ano ter um Tropa de Elite. Temos que ter mais filmes nacionais que se sustentem durante duas ou trs semanas para que no ms seguinte possamos j ter outro produto com a mesma durao. lgico que o exibidor quer exibir o filme nacional, mas ele precisa ser de qua-lidade, atendendo o que o consumidor final deseja, frisa Marcio Eli, da Centerplex.

    Os exibidores dependem de filmes que atraiam os clientes aos cinemas e isto no vem acontecendo este ano com o filme na-cional. claro que com filmes rentveis nem precisaramos de Cota de Tela para exibi-los o que torna este instrumento injusto, pois somos obrigados a permanecer com filmes que do prejuzo financeiro ao exibidor, declara Ricardo Difini, da GNC Cinemas.

    A obrigatoriedade e o carter punitivo cau-sam ainda outros transtornos ao exibidor.

    O exibidor vive o dilema em deixar um filme bem abaixo da mdia da sala por ser nacional e cumprir Cota de Tela, ou substitu-lo por outro para aumentar fatu-ramento e fazer frente a seus compromis-sos, exemplifica Lucio Otoni, da Cineart.

    Outro exemplo dado por ele: todos apoiam a exibio de filmes nacionais, mas quando o faturamento est muito baixo, re-almente, por uma questo de sobrevivncia no negcio, temos que substituir. O filme estrangeiro tambm substitudo quando seu faturamento est muito baixo.

    Segundo o advogado Dr. Bitelli, quando o exibidor no cumpre e punido, recorrer sempre possvel e h casos sim de exibi-dores autuados. Porm, as chances da AN-CINE atender tais recursos so mnimas.

    Se o Estado penaliza de um lado, tem que compensar do outro. Essas perdas deveriam ser solicitadas pelos exibidores junto ao go-verno federal como indenizao. Se o Esta-do quer incentivar o audiovisual brasileiro, ainda que o pblico no tenha interesse num determinado produto, deveria compensar o exibidor. As Cotas, em qualquer setor, cau-sam sempre rupturas, preconceitos e antago-nismos, refora o advogado.

    Os exibidores entrevistados nesta re-portagem tambm consideram a pena-lidade injusta.

    Para Ricardo Difini Leite, da GNC, ao invs de penalizar, o governo deveria in-centivar a exibio de filmes nacionais atravs da iseno de impostos. Com isto, poderamos inclusive reduzir o preo dos ingressos do filme nacional, estimulando uma maior frequncia de pblico.

    De acordo com Lucio, da Cineart, um fator negativo relacionado ao estabelecimento de dias para a cota que quando estipulada, no se sabe quantos produtos sero lana-dos, o nmero de cpias e principalmente a qualidade desses filmes. A multa de 5% da renda mdia diria muito alta para quem no consegue atingir a Cota. Pois se o exi-bidor no atinge, no porque no quer, e sim porque no conseguiu segurar um filme com o faturamento mnimo necessrio para equilibrar suas receitas e despesas.

    Sugestes

    Dentre as sugestes apontadas pelos exi-bidores como alternativas para melhorar a poltica de Cotas de Tela, est considerar as diferenas locais. Deveriam respeitar as realidades regionais. Os filmes nacionais vo muito melhor no nordeste do que no sul, neste caso os estudos tcnicos deveriam definir cotas regionais, diz Difini Leite.

  • 29 Exibidor, outubro-2012

    A Centerplex acredita que os estudos devem ser feitos de acordo com a quali-dade dos filmes a serem distribudos du-rante o prximo ano e no em cima ape-nas da quantidade, afirma Marcio Eli.

    Compartilha do mesmo ponto de vista, Flavio Carvalho, da Kinoplex. A seleo dos projetos deveria avaliar o quo co-mercial um filme. Ou seja, no apenas a riqueza de seu contedo, que igualmen-te importante, mas tambm a probabili-dade de aceitao pelo pblico.

    Lucio Otoni sugere: uma maior flexibili-dade na Cota de Tela tambm seria ben-fico. Por exemplo: duas sesses poderiam ser consideradas um dia de exibio.

    Enfim, o cinema nacional carece do empenho e dedicao de todos os en-volvidos, s assim ser possvel transpor a barreira de Cotas. Todos so respon-sveis e devem dar a sua contribuio para fortalecer o cinema nacional, in-clusive o governo. Diferentemente do que muitos pensam, muito importan-te para os exibidores o sucesso do ci-nema nacional, conclui Ricardo Difini Leite, da GNC Cinemas.

    Para atingir um padro de qualidade nas produes, Mrcio Eli adverte: precisa-mos cobrar dos produtores, que recebem incentivos, para que faam filmes que atendam ao nosso verdadeiro pblico com planejamento de estratgia rentvel.

    Cumprir a Cota, segundo a ANCINE, habilita o exibidor a concorrer ao Pr-mio Adicional de Renda (PAR), res-peitando ao edital que lanado anual-mente. O PAR premia as empresas com melhor desempenho comercial dos fil-mes nacionais. Em 2011, 51 empresas exibidoras tiveram salas contempladas.

    Em entrevista publicada na 2 edio da Revista Exibidor, Manuel Rangel, dire-tor-presidente da ANCINE disse: Pro-curamos construir um equilbrio entre a necessidade de exibir filmes brasileiros e a capacidade dessas empresas exibidoras de obterem cpias desses filmes e de mant--los em cartaz. O mecanismo existe no Brasil h 80 anos. Existe na Argentina, Frana, Espanha, Alemanha, Portugal, Itlia e outros pases tambm h dcadas. Entre os pases que tm cinema relevante

    e com participao de mercado significati-vo, apenas EUA e ndia no lanam mo do mecanismo, e agem assim porque tm controle econmico e cultural absoluto do mercado para os seus filmes nacionais.

    A Revista Exibidor tambm procurou pe-quenos exibidores acerca do assunto, mas at o fechamento da matria, no recebeu retor-no e a ANCINE estava em greve durante o mesmo perodo. No entanto, a redao est aberta para suas posteriores manifestaes.

    Quantidade de salas do complexo

    Cota por ComplexoNmero Mnimo de Ttulos Diferentes

    1 28 3

    2 70 4

    3 126 5

    4 196 6

    5 280 7

    6 378 8

    7 441 9

    8 448 10

    9 468 11

    10 490 12

    11 506 13

    12 516 14

    13 533 14

    14 546 14

    15 570 14

    16 592 14

    17 612 14

    18 630 14

    19 637 14

    20 644 14

    Mais de 20 salas644 +7 dias por sala adicional do complexo

    14

    cotas estaBelecidas Para 2012

    29 Exibidor, outubro-2012

    (fonte: ANCINE)

  • 30 Exibidor, outubro-2012

    caPa

    - O que ?

    A Cota de Tela a obrigao que as em-presas exibidoras possuem de incluir em sua programao obras cinematogrficas brasileiras de longa-metragem.

    - Por quantos dias obras brasilei-

    ras de longa metragem devem ser

    exibidas?

    A quantidade obrigatria de dias est vin-culada ao nmero de salas do complexo. (Veja o quadro na pgina 29).

    - Caso o complexo no tenha funcio-

    nado durante parte do ano, por mo-

    tivo de fechamento temporrio, defi-

    nitivo, ou regime de funcionamento

    diferenciado, ser observada a pro-

    porcionalidade da obrigatoriedade?

    Sim. Entretanto, como a aferio feita com base nos registros da empresa junto ANCINE, as alteraes no regime de funcionamento dos complexos devem ser comunicadas Superintendncia de Re-gistro da ANCINE, conformeInstruo Normativa n 41/2005.

    - Salas de exibio no-comerciais

    so obrigadas a cumprir?

    No. A Cota de Tela obrigatria ape-nas para salas ou complexos de exibio comercial.

    - Como feita a aferio do cum-

    primento?

    A aferio feita a partir dos relatrios de exibio enviados pelas empresas atra-

    Revista Exibidor - Voc concorda

    com a poltica de Cotas de Tela?

    Lui - As primeiras legislaes protecionis-tas para a indstria cinematogrfica surgi-ram na Europa, aps a Primeira Grande Guerra, com o objetivo de evitar que as grandes produes americanas tomassem conta do mercado e sufocassem a produo local. No Brasil tal mecanismo existe des-de a dcada de 40, adotado tambm como forma de incentivar a produo de filmes brasileiros. Durante a ditadura militar a determinao da Cota de Tela foi inten-samente utilizada, apoiando-se na Consti-tuio de 1967, que permitia a ampla in-terveno do Estado na iniciativa privada. Tratava-se de um suporte de sustentao poltica da substituio da importao.

    Historicamente, podemos afirmar que as Cotas de Telas sempre representaram um forte atrito entre o setor de exibio e o de produo, visto que os exibidores fo-ram obrigados a programar filmes que no correspondiam nas bilheterias. Na dcada de 1970 e em parte de 1980 (poca em que foi criada a Embrafilme), com uma produo brasileira voltada ao mercado e uma poltica de distribuio mais agressi-va, tal fosso foi atenuado. Aps a extino da Embrafilme em 1990, ficamos pratica-mente sem produto nacional. Aos poucos, a partir da chamada retomada do cinema nacional meados da dcada de 90 com novos incentivos e fomentos por parte do Estado e a prpria criao da ANCINE, tivemos uma nova leva de produo, que, em tese, supre o mercado.

    Porm o problema que, novamente, grande parte dos filmes produzidos, a des-

    vs do Sistema de Cota de Tela, dispo-nvel na pgina eletrnica da ANCINE.

    - Como devem ser contabilizados

    os dias de cumprimento?

    Para computar 01 dia de cumprimen-to, devem ser exibidas obras vlidas em todas as sesses dirias de determinada sala. Ttulos brasileiros com classificao indicativa Livre, concedida pelo Minis-trio da Justia, e destinados ao pblico infantil podem computar 01 dia de cum-primento, desde que sejam exibidos em todas as sesses programadas entre 13h e 19h59 no dia.

    O clculo do cumprimento de 0,5 dia de obrigatoriedade varia de acordo com o nmero total de sesses exibi-das. Quando o nmero total de sesses for par, para contabilizar 0,5 dia de cumprimento, a quantidade de sesses de obras vlidas deve ser pelo menos igual quantidade de sesses de obras no vlidas.

    - A empresa pode ser sancionada

    pelo no cumprimento?

    Sim. O no cumprimento da cota de tela sujeita o infrator multa de 5% (cinco por cento) da renda mdia diria da bi-lheteria, apurada no semestre anterior infrao, multiplicada pelo nmero de dias no cumpridos, conforme art. 59 daMedida Provisria n 2.228-1/2001.

    Outras informaes podem ser encon-tradas em: www.ancine.gov.br/pergun-tas-frequentes.

    PrinciPais dvidas viso e oPinio da feneec

    (fonte: ANCINE)

  • 31 Exibidor, outubro-2012

    viso e oPinio da feneec

    peito de sua qualidade tcnica e artstica, so documentrios ou filmes de experi-mentao que no possuem, naturalmen-te, vocao a fazer grande pblico. So muito poucos os filmes - e safras de filmes - que conseguem atingir grandes plateias, que mantenham-se em cartaz durante v-rias semanas, com bom pblico espectador dentro das salas, o que permite manter a sade financeira das empresas de exibi-o. Esse distanciamento entre as plateias e os filmes deixam as salas vazias e, desta forma, impe enormes dificuldades em se atender as Cotas previstas.

    Como ficou claro e provado durante os ltimos anos, apenas ter o filme em car-taz nos cinemas - o que a cota faz - no garantia de pblico. Portanto, embora no tenha nada contra a Cota de Tela, pelo contrrio at, s no acho justo so-mente o exibidor ser to penalizado, se na verdade o pblico que no se seduziu a entrar na sala para assistir ao filme.

    Exibidor - O que poderia mudar

    para que os exibidores conseguis-

    sem cumprir sem dificuldade?

    Lui - Em primeiro lugar, e venho in-sistindo nisso embora muitos achem utpico, precisamos de uma vez por to-das de uma espcie de pacto entre os agentes do mercado: produtores, distri-buidores, exibidores e governo. preci-so deixar para trs aquela ideia arcaica e extremamente prejudicial, aquele rano antigo de inimigos com que tais agen-tes sempre se trataram; oras, cinema um mercado como outro qualquer - su-permercado, veculos, roupas - e no

    um mercado to grande assim em ter-mos econmicos se comparado aos que citei. Ento, se quisermos crescer, temos de todos remar numa mesma direo. Filme que enche a sala bom para to-dos! Precisamos pensar juntos o neg-cio cinema e no continuar cada um puxando pro seu lado e dando de om-bros para o outro, como se fossem ne-gcios distintos. Assim continuaremos a andar de lado, ou pior, para trs.

    H diversos aspectos a serem aborda-dos para que o filme nacional tenha mais pblico e, por conseguinte, consiga manter-se nas salas, propiciando o cum-primento da Cota pelos exibidores. Um sentido profissional, porque no dizer comercial, faz-se necessrio nas pol-ticas de Governo para o incentivo aos filmes brasileiros.

    A prpria ANCINE vem discutindo a introduo de mecanismos que vinculem o capital investido com uma proposio de retorno do capital, mesmo que seja este obtido atravs de incentivos e sub-sdios. Havendo capital de risco para o produtor, haver uma tendncia em se produzir produtos mais rentveis. No caso do produtor que deseje fazer um filme destinado a pequenos pblicos, de-ver receber valores proporcionais a estes, como o caso de documentrios, que se destinam a pequenos segmentos e que tm sido oferecidos como se fossem ca-pazes de atender a necessidade de aten-dimento de Cota de Tela. A Cota de Tela do documentrio deveria ir em busca do seu hbitat natural: os cinemas mais al-ternativos e a televiso.

    Contrapondo, entendo que o autor de um filme tambm precisa de certa tran-quilidade para que sua obra possa ser completada de maneira mais satisfat-ria. A figura do produtor/diretor/autor muitas vezes a mesma, e ele tem de sair buscando o patrocnio, o incentivo finan-ceiro ou fiscal, ao mesmo tempo em que escreve o roteiro, contrata atores, busca locaes, acerta a distribuio. Com cer-teza o produto final ter algum problema, seja uma m montagem, uma finalizao apressada, uma durao muito longa ou muito curta, perda do timing de lan-amento, enfim, n problemas que vo refletir l na ponta, na exibio, quando sero sentidos pelo pblico e podem ser determinante para a carreira do filme.

    H de se investir tambm na distribui-o, fazendo com que os filmes sejam tratados e lanados de forma profissio-nal e com grande nfase no marketing (desde que se detecte sua vocao para grandes plateias). Nesses ltimos anos, tivemos alguns bons exemplos disso: Se eu Fosse Voc, De Pernas pro Ar, Tropa de Elite, Lisbela e o Prisioneiro, Dois Filhos de Francisco, Carandiru, Nosso Lar, entre outros.

    E por que no se pensar tambm em in-centivos para o exibidor? Uma reduo de impostos na exibio do filme nacio-nal; uma tarifa de energia diferenciada; um subsdio;

    Como fazer? No tenho a frmula mgica ou pronta, por isso acredito que s um deba-te srio, sem paixes, pode jogar luz na busca de um modelo mais satisfatrio a todos.

    Em entrevista exclusiva Revista Exibidor, o presidente da FENEEC, Paulo Lui, comenta a poltica de Cotas e faz um panorama do mercado.

    31 Exibidor, outubro-2012

  • 32 Exibidor, outubro-2012

    caPa

    Exibidor - Em comparao com

    anos anteriores, o que mudou e

    est afetando os exibidores?

    Lui - Todos os exibidores tm tido difi-culdades em cumprir a Cota de Tela nos ltimos anos. Em 2010, o filme Tropa de Elite 2 facilitou a tarefa de cumprimen-to. Porm, impossvel cobrir uma mdia que atinge quase 20% das datas com ape-nas trs ou quatro filmes de sucesso por ano. Filmes sem pblico no so lgicos para a exibio comercial que no recebe qualquer incentivo ou subsdio para serem exibidos. Para atender o nmero de dias previstos, seriam necessrios, no mnimo, 8 a 10 blockbusters nacionais, o que no ocorreu em nenhum ano desde que foi institudo o controle pela ANCINE.

    Antigamente, principalmente na dcada de 1970 e 1980, tnhamos mais facilida-des em atingir as Cotas, mesmo quando eram maiores. Tnhamos dois filmes dos Trapalhes por ano, dois Mazzaroppis, um a dois Xuxas e um grande nmero de comdias erticas que eram chama-das de pornochanchadas. Eram produ-tos extremamente populares que traziam multides aos cinemas. A exibio destes filmes era disputada entre os exibidores que ofereciam as melhores condies de permanncia e de remunerao. Atual-mente, faltam produtos populares. Como j expusemos, no h mais do que trs ou quatro filmes de grande pblico, por ano. Em 2012, at agora, tivemos apenas um.

    De forma bem concreta, subsidia-se a produo e a distribuio do filme brasileiro, sem que sejam norteados para obter pblico e se transfere o prejuzo em exibir para o exibidor, que no recebe um nico tosto de subs-dio ou incentivo.

    Exibidor - Os nmeros da Cota de

    Tela so fixados pelo Ministrio da

    Cultura e pela Presidncia da Re-

    pblica a partir de estudos tcni-

    cos elaborados pela ANCINE. Em

    sua opinio, esses estudos refletem

    verdadeiramente a necessidade do

    exibidor em relao obrigatorie-

    dade das cotas?

    Lui - Tem-se mantido o mesmo nmero de dias por ano h um bom tempo, o que por um lado bom, voc sabe a regra do jogo antes do mesmo iniciar. Porm, por mais que os estudos tcnicos elaborados pela ANCINE sejam bem feitos, rigoro-sos e criteriosos, eles no conseguem ava-liar a questo de atendimento do pblico dos filmes. praticamente impossvel avaliar quantos espectadores ter um fil-me, sem assistir a ele, j finalizado.

    Avaliar o potencial de frequncia dos filmes atravs de uma relao escrita ou de prospeces sobre o que poder ser tal filme, um ato de mgica. Uma excelente ideia, desenvolvida em um roteiro mara-vilhoso, dirigido por um grande diretor, tendo um elenco de primeira nas mos, pode resultar numa verdadeira bomba. Um antigo distribuidor dizia que um fil-me pode valer milhes de reais enquanto est na prateleira. Depois de lanado, ele pode no valer nada ou muito mais do que foi investido. O resultado estatstico mais provvel que no valer nada.

    No h estudos, por mais sofisticados e bem feitos que sejam, que projetem a capa-cidade de filmes terem bons resultados nas bilheterias. Se fosse assim, qualquer um po-deria ser um produtor de filmes de sucesso. preciso se pensar numa nova frmula.

    Exibidor - De toda a cadeia cinema-

    togrfica - produo, distribuio e

    exibio - quem realmente deveria

    ser responsvel pelo incentivo ao

    cinema nacional?

    Lui - Todos juntos. Repito mais uma vez: no somos negcios distintos.

    Um grande projeto, que infelizmente tem tido dificuldades em sair do papel, o vale-cultura, que beneficia o todo do setor cinematogrfico. Ao comprar um ingres-so, est se estimulando o setor de exibio, o setor de distribuio e os produtores. bem mais justo, pois alm de beneficiar os setores em cascata, seguindo um fluxo na-tural, privilegia tambm, aqueles que con-seguiram investir num produto destinado a ter mais pblico. Alguns diro: o vale--cultura privilegiar aqueles que se desti-nam a ter mais pblico. verdade, porm, podemos tambm afirmar que ele benefi-ciou todos os filmes na mesma proporo que este atraiu mais pblico.

    claro que outras medidas devem ser adotadas, como a formulao de carteiras de investimento em produtos mais elabo-rados em termos artsticos, que devero ter uma destinao mais clara, como aten-der cineclubes, cinemas de arte e escolas. Faz-se necessrio ter uma clareza maior quando se trata do circuito comercial e do circuito cultural. Este ltimo deve ser amplamente estimulado, dentro de suas regras que diferem do mercado comercial.

    O vale-refeio um exemplo de pol-ticas bem sucedidas. Uma pesquisa feita pelos administradores deste cupom indi-cou que se este mecanismo fosse extinto, quase metade dos restaurantes brasileiros fechariam. um mecanismo consagrado que beneficia milhes de pessoas, desde seus usurios, passando pelos trabalhado-res do setor, pela indstria fornecedora, pelo setor de locao de imveis comer-ciais, enfim, por um nmero de benefici-rios quase sem fim.

    O vale-cultura deveria seguir o modelo do vale-refeio como forma de incenti-var o cinema brasileiro.

  • 34 Exibidor, outubro-2012

    proJeo diGital

    A transio da pelcula para o digital trouxe uma srie de mudanas operacionais e comportamentais. Aceit-las e buscar aprimoramento profissional a

    melhor forma de driblar os problemas

    Por: Natal aleNcar

    o fiM de uMa era

  • 35 Exibidor, outubro-2012

    talvez o consumidor final ainda no tenha criado a conscincia visual e auditiva para diferenciar a exi-bio de um filme em 35 mm ou

    em formato digital. Mas, para o mercado as mudanas so gritantes. A comear pela dis-tribuio do filme, onde os rolos do lugar ao recebimento digital. A qualidade de som e imagem muito melhor e o operador pra-ticamente s aperta o play.

    a que est o grande problema Acostumados com o trabalho mecnico, o operador no se v nessa mudana logs-tica. Para acompanhar essa evoluo se-ro necessrias outras habilidades, como conhecimento em tecnologia e informtica.

    Esta nova gerao de equipamentos que-brou o paradigma do cinema tambm na operao, criando demanda para novos profissionais, agora informatizados. Os equipamentos de cinema digital se assimi-lam mais a um computador que a um pro-jetor 35 mm. O conhecimento bsico em informtica vem a ser imprescindvel na assimilao do sistema de projeo digital, cita Lucas Crantschaninov, da empresa de projetores Barco.

    Muitos projecionistas demonstram resis-tncia por acharem que podero perder o emprego, como aponta Mrcio Lustosa, da Mobz. Mas ele explica que isso no ir acontecer se o profissional buscar se adap-tar a nova realidade. Afinal, com um bom treinamento possvel aprimorar o profis-sional. uma quebra de paradigmas e de comportamento.

    Concorda com este posicionamento Lucia-no Silva, da Cinemark. Com o treinamento apropriado, os profissionais de exibio tem assimilado muitssimo bem a tecnologia e j se acostumaram. Felizmente, os equipa-

    mentos de projeo digital permitem ajustes muito mais finos para alcanar os padres, suplant-los e oferecer um timo resultado final dentro da sala.

    Gustavo Balesteros, da Mobz, comenta que o perfil desse profissional tambm est mu-dando. Antes o mercado concentrava muitos operadores mais velhos e hoje esse nmero est um pouco mais equilibrado. Digo que est dividido entre 60% de operadores mais experientes e 40% com profissionais mais jovens. Alm da idade, os hbitos tambm so outros. Gustavo explica que antes o pro-jecionista tinha apenas uma TV na cabine de projeo e hoje ele mesmo leva seu pr-prio notebook, smartphone e est conectado s novas mdias, o que facilita sua insero na projeo digital.

    Por ser uma mdia eletrnica e no manual, a operao cotidiana do profissional muito mais tranquila em razo de automatizao dos equipamentos. No entanto, a inseguran-a e a falta de conhecimento distanciam o operador de perceber essas vantagens.

    Em relao infraestrutura da sala, Lucas, da Barco, explica que pouco da estrutura original do 35 mm mantida. Basicamente os auto falantes, cabos de udio e amplifi-cadores no requerem alterao. s vezes o processador de udio pode receber uma placa de conexo digital e no requer troca. Outras vezes mais interessante efetuar a troca deste processador, agregando novas funcionalidades a este equipamento. Da por diante, todos os equipamentos so novos. O projetor 35 mm sai de cena e d espao ao novo projetor de cinema digital, para telas de 10 at 32 metros de largura, que dever ser acompanhado de um servidor de filmes di-gitais DCP, muitas vezes de um equipamen-to para 3D e de um sistema de automao para luzes e mscara de tela, explica.

    Problemas antigos e atuais

    Os tempos eram outros e a tecnologia di-ferente. Os problemas eram, sobretudo mecnicos, como um eixo empenado ou um filme enroscado em alguma engrenagem. Agora a chave de reproduo do filme que no funciona ou a legenda do filme estrean-te que no aparece na tela devido falta de atualizao do sistema, causando algum tipo de incompatibilidade, diz Lucas.

    Conforme Luciano, da Cinemark, no am-biente da projeo 35 mm, o projecionista precisa ser especialista no manuseio de pe-lcula. Dever realizar as emendas entre os carretis, tomar muito cuidado para no riscar o filme quando montado no sistema de transporte e no projetor, alm de ser ex-tremamente cuidadoso com a limpeza.

    Ele ainda volta um pouco mais no tempo: Na projeo com carvo, a grande preocu-pao era o cuidado para que a pelcula no pegasse fogo e incendiasse o prdio. Na era da projeo digital, esses cuidados so mini-mizados pelos desenhos dos equipamentos, mais robustos e protegidos. Os projecio-nistas precisam tambm garantir a extrema limpeza da cabine de projeo, mas focar, principalmente, na monitorao da qualida-de da imagem e do som dentro da sala. Isso fundamental para uma tima projeo.

    Um dos maiores especialistas em projeo digital no Brasil, Luiz Gonzaga, da Cinpo-lis, remonta o mesmo cenrio. As operaes em 35 mm mudaram muito a partir da ins-talao das lmpadas xenon, das torretas de lentes, dos sistemas armazenadores de fil-mes (pratos e torres) e dos sistemas de auto-mao. Trabalhar numa cabine quando no existiam estes mecanismos era um trabalho rduo, fazendo com que os operadores tives-sem que fazer at cinco operaes simult-neas: manter o carvo na distncia correta;

  • 36 Exibidor, outubro-2012

    proJeo diGital

    rebobinar o filme; armar um dos projeto-res; trocar o carvo dos projetores e fazer a passagem de um projetor para outro. Nesta poca, um operador s tinha condies de operar uma nica cabine de projeo.

    Gonzaga enfatiza que com a introduo das tecnologias citadas passou a ser comum que um operador cuidasse de at cinco ou seis cabines simultaneamente, sem grandes esforos.

    O processo da projeo digital tem incio com o recebimento do filme em um HD (Hard Disk). Esse HD permanece um de-terminado perodo no cinema, para que o contedo seja acessado e colocado no servi-dor do projetor.

    Uma questo importante a durao de permanncia deste HD no cinema. Gonza-ga explica que as distribuidoras solicitam a devoluo do HD em um prazo curto para que seja feito um rodzio entre os exibidores. Nem sempre h tempo suficiente para des-carregar o filme em mais de um projetor ou no h memria suficiente para gravar em vrios projetores, j que cada projetor conse-gue armazenar de trs a cinco filmes, depen-dendo do tamanho e se o ou no 3D. Se o complexo pretende exibir as verses dubla-das e legendadas, necessrio gravar duas

    vezes, uma para cada verso, ocupando um bom espao do projetor.

    Resolvido o problema do HD, preciso ficar atento com a liberao dos filmes, feito por meio do KDM (Key Delivery Management), que so chaves digitais para liberar cada c-pia do filme. Geralmente essa chave pode chegar para o exibidor via e-mail ou pen dri-ve. Gustavo conta que uma das dificuldades dos projecionistas acessar o contedo, que normalmente vem compactado.

    Ricardo Szperling, diretor de programao da Cinemark, fala que o recebimento das chaves que liberam o contedo realizado normalmente e no pode ser considerado um problema. No entanto, a validade maior das chaves poderia facilitar o processo e diminuir riscos. Embora alguns estdios liberem chaves com validade de um ou at dois meses, outros liberam semanalmente. preciso ter todo um cuidado para evitar que um filme seja anunciado e a chave no tenha sido validada.

    Prximas etapas

    Segundo Gonzaga, a operao digital no estgio atual de instalao nos cinemas bra-sileiros uma etapa transitria, pois utiliza os servios diretos de um operador que faz as operaes bsicas de um projetor em um

    processo bastante parecido com que fazia com o 35 mm.

    Na prxima etapa, onde os projetores sero gerenciados pelo TMS (Theatre Manage-ment System) e monitorados distncia por um NOC (Network Operation Central), to-das as cabines estaro ligadas a esta central que pode receber os filmes transmitidos por satlite ou banda larga e, mesmo distncia, as salas podem ser programadas em todas as suas funes. Para Gonzaga, o mercado brasileiro ainda est muito defasado.

    O mercado brasileiro est defasado na transio tecnolgica. Ela est praticamente toda contratada nos EUA e sia e j supe-ra a casa dos 60% na Europa. O mercado brasileiro tem grandes desafios. Alguns que posso listar: definir os integradores que faro a transio e que operaro os sistemas; con-solidar o sistema de financiamento; negociar o sistema de remunerao em parceria com os distribuidores; contratar os equipamen-tos; construir os sistemas de monitoramento e transmisso; negociar os contratos com os exibidores; montar a infraestrutura de co-municao. Enfim, estamos muito prximos do momento inicial, quando os exibidores de outros pases desenvolvidos j esto em sua fase final. Vamos ter que correr.

  • 37 Exibidor, outubro-2012

    Apresentamos Dolby Atmos, a experincia de som de cinema mais envolvente e jamais experimentada. O som de qualquer objeto em uma cena agora pode ser mapeado e mover-se livremente em qualquer parte da sala de cinema, criando uma experincia de udio clara como na vida real. Com Dolby Atmos, voc pode quase sentir a poeira de uma debandada de cavalos. Saiba mais em www.dolby.com/atmos

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  • 38 Exibidor, outubro-2012

    infraestrutura

    A evoluo das poltronas criou uma nova gerao de consumidores que no se contentam mais com um mero assento

    Por: Natal aleNcar

    no aconchego do cineMa

  • 39 Exibidor, outubro-2012

    quando voc vai ao cinema, a poltrona um dos requisitos que o faz desistir de retornar?Certamente sim. Afinal, ao ir ao cinema voc quer apenas se acomodar e assistir tranquilamente o filme e no passar o tempo inteiro tentando encontrar a me-lhor posio para se adaptar ao assento.

    A evoluo das poltronas ao longo dos anos foi tanta que o cliente quer, cada vez mais, ter uma experincia diferenciada da que tem em casa. Ele no aceita mais dei-xar o conforto do lar para ir a uma sesso de cinema e ficar com dores lombares. Ele aprendeu a observar tudo, desde o conforto, passando pelo design e segurana. Requisi-tos que o exibidor tambm valoriza.

    Unir esses dois pontos de vista tem sido o verdadeiro desafio para os fabricantes. (Veja na pgina 41). A palavra de ordem conforto e esse conceito em relao s poltronas envolve tudo: o visual, o ergo-nmico e at o auditivo, fundamental a poltrona no produzir rudos.

    Evoluo e Presente

    Basicamente as poltronas eram feitas de madeira e no contavam com o conforto de hoje.

    Aos saudosistas uma breve descrio da primeira poltrona: estruturas laterais, as-sentos e encostos em madeira. Somente madeira. Nada de espumas e to pouco braos anatmicos com porta-copos e movimento de balano sincronizado en-tre assento e encosto, recorda Patrcia Regina Feix Mello, do departamento de marketing da Kastrup.

    A engenheira Tathiana Pezopoulos Giordano, da Santa Clara Poltronas, diz

    que as primeiras poltronas, o modelo SC06, eram com encosto baixo fixo, as-sento fixo, montadas em longarinas, com espuma laminada e possuindo sua estru-tura em madeira. Ela finaliza dizendo que eram poltronas confortveis, porm de recursos limitados.

    Mas se voc pensa que tudo isso foi extin-to com o tempo, engano seu, alguns locais decidiram manter essa estrutura como uma viagem no tempo que comprova a modernizao desses produtos hoje.

    O primeiro modelo comercializado ofi-cialmente pela mexicana Industrias Ideal, que j instalou mais de 150 mil poltronas apenas no Brasil, foi o Palace, que in-clusive ainda est no Teatro do Povo na Cidade do Mxico. As poltronas foram reformadas conforme seu design original e o Teatro continua fazendo seu uso, conta Rafael Lopez, subdiretor comercial da empresa no Mercosul e Chile.

    Atualmente, o encosto das poltronas alto, espumas j so requisitos bsicos e os modelos VIP do um baile no quesito conforto e luxo.

    Com o passar do tempo o conceito mu-dou mundialmente, evoluindo, portanto, o estilo da poltrona, bem como os materiais utilizados. Passou-se a dar mais importn-cia para o conforto do consumidor e a ten-dncia foi a sofisticao da mesma em ter-mos de design geral, sintetiza Tathiana.

    Patrcia, da Kastrup, empresa que hoje tem 20% do mercado, descreve seus mo-delos: So poltronas confortveis, com espumas injetadas, apoia-braos retrteis com porta-copos, sistema de balano das poltronas - Rocker, e um revestimen-to muito utilizado ultimamente que o couro sinttico. Ela refora: assentos

    auto-retrteis e braos love seat so carac-tersticas indispensveis.

    Essa evoluo e aprimoramento s foram possveis por dois fatores. O primeiro foi o deslocamento dos cinemas de rua para os shoppings centers e o segundo foi o fra-cionamento das salas. No passado, as salas de cinema possuam em sua grande maio-ria entre dois e trs mil lugares. Hoje, esses nmeros esto distribudos em pelo me-nos dez salas, explica a executiva da Kas-trup. Com um espao menor para investir e tendo que se equipararem ao padro dos shoppings, as poltronas ficaram melhores.

    No caso da Ideal, as poltronas tem mo-vimentao Rocker e so love seat. No seg-mento VIP h mesas de servio com giro de 90 180 e boto de servio para cha-mar o garom. O material mais utilizado o couro natural. Alm disso, contam com apoio para os ps deslizvel que pode ser manual ou eltrico, diz Rafael Lopez.

    Nosso carro chefe a linha SC09 que tem assento fixo ou assento retrtil. Atualmente vendida preferencialmente em couro ecol-gico. Possumos poltronas com: encosto alto, proporcionando desta forma mais conforto; estrutura de fixao individual, dando assim mais estabilidade ao conjunto; estruturas em ferro, que ecologicamente mais correto, espuma injetada, conferindo mais resistn-cia poltrona, e com movimentos diversos, dando mais liberdade ao expectador, conta a engenheira da Santa Clara.

    Os modelos VIP da empresa reclinam o encosto em vrios nveis, elevam os ps do expectador, erguem os braos entre as poltronas e contam com uma mesinha de apoio para colocao de refrigerante e pipocas. O problema neste caso o cliente dormir, brinca Tathiana.

  • 40 Exibidor, outubro-2012

    infraestrutura

    A preocupao ambiental j um re-quisito que est sendo sugerido pelos clientes finais que passaram a cobrar a mudana aos exibidores.

    J recebemos solicitaes de clientes que pediam poltronas forradas com um ma-terial ecologicamente correto. Achamos a ideia tima e fomos ao mercado em busca desse material. A partir da adota-mos o couro ecolgico e estamos grada-tivamente forrando nossas poltronas com esse material, que alm de ter essa carac-

    terstica, permite um processo melhor de limpeza e higienizao. o que conta Patrcia Cotta, da Kinoplex.

    Na opinio da Centerplex Cinemas, hoje as que melhor so aceitas, so as no recli-nveis, modelo love seat e feitas com couro ecolgico, o que facilita sua higienizao, comenta Marcio Eli, diretor da exibidora.

    Oferecer todo esse conforto no sai bara-to, mas vale o investimento para fidelizar os clientes e conquistar novos. E os exibi-

    dores esto dispostos a investir.

    Os clientes valorizam principalmente o conforto. um dos ativos mais importan-tes da empresa e que merece todo cuidado, salienta Solange Almeida, diretora de TI e Compras Corporativas da Rede Cinemark.

    Sim, o cliente valoriza a poltrona do cinema. um item muito importante. Procuramos agradar a maioria dos clien-tes com o modelo escolhido, mas a totali-dade infelizmente impossvel, comple-ta um dos diretores da GNC Cinemas, Eduardo Difini Leite.

    De acordo com Marcio Eli, a concorrn-cia que se tem diante da facilidade que o cliente tem para no sair de casa, gi-gante, ento preciso oferecer o que h de melhor sempre. Para ele, a poltrona onde o cliente mais fica durante a sua estada no cinema, portanto no pode ser somente boa, precisa ser tima.

    Segundo a Santa Clara e Kastrup, o investimento aproximado mdio em poltronas de qualidade para uma sala de 200 lugares gira em torno de R$ 100.000,00 a R$ 150.000,00. Para salas

    A rede TGV Cinemas, na Malsia, conta com uma sala com assentos bem espaosos e diferenciados. Com design muito aconchegante, as poltronas parecem pufs gigantes e acomodam confortavelmente at duas pessoas. Em uma das salas, os assentos so coloridos e causam um efeito visual muito interessante.

    Experincia semelhante a da Light House Cinema em Dublin, na Irlanda com todas as poltronas coloridas.

    teatro do Povo, eM cidade do Mxico, coM PoltroNaS da ideal reforMadaS, MaS coM deSigN origiNal e ciNeMark cidade JardiM, coM PoltroNaS ideal No forMato viP

    Divulgao

    curiosidades

  • 41 Exibidor, outubro-2012

    de cinema VIP, onde as poltronas pos-suem motorizao para reclinar o en-costo e/ou projetar apoio para as pernas, o investimento muito maior, podendo atingir o dobro ou at mesmo o triplo desta cifra.

    A Ideal completa com outro exemplo: Falando de um complexo cinemato-grfico com aproximadamente 2 mil poltronas com assento/encosto Rocker e porta copo retrtil, o valor referencial de aproximadamente US$ 185,00 o preo unitrio.

    Vale ressaltar que so valores hipotticos e que tudo depende da necessidade de cada exibidor.

    Futuro

    Novas promessas j so aguardadas pelo setor e iniciativas pioneiras mostram que as poltronas podem ir muito alm do que apenas acomodar os clientes.

    Recentemente foi inaugurada em So Paulo, pela rede Cinpolis, a sala 4DX. Desenvolvida pela empresa coreana CGV, a sala oferece ao pblico uma experincia

    A poltrona perfeita para o cliente deve ter:

    Conforto

    Design

    Robustez

    Segurana

    No ter rudos

    Imerso no filme

    as PrinciPais exigncias dos exiBidores e dos clientes no quesito Poltronas

    ModeloS coNveNcioNal e viP, aMboS coMercializadoS Pela kaStruPDivulgao

    diferenciada. As poltronas tm sistema eletrnico de movimentos, que permite si-mular quedas, trepidao e vibraes, alm de acelerao e frenagem. Junto a isso, a sala possui instalaes especiais nas pare-des e poltronas, que geram at 20 efeitos de luzes, gua, vento, aromas e nvoa.

    Hoje, as poltronas possuem tecnologia avanada, proporcionando ao usurio con-forto e at integrao ao filme e os exibidores esto absolutamente atentos para propor-cionar aos seus clientes o melhor entreteni-mento, encerra Patrcia, da Kastrup.

    A poltrona perfeita para o exibidor deve ter:

    Melhor custo/benefcio

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  • 44 Exibidor, outubro-2012

    prMio ed

    Como j era esperado, exibidores e distribuidores se en-contraro novamente para celebrar os frutos de mais um ano de trabalho. A cada edio, novas expectati-vas se somam s conquistas pessoais e empresariais,

    criando um ambiente descontrado e fraterno entre os principais agentes da cadeia cinematogrfica nacional.

    Anunciado em primeira mo na ltima edio do evento, o Pr-mio ED deste ano chega a sua quinta edio e ser realizado em 13 de dezembro no mesmo local: Hotel Caesar Park (So Paulo SP).

    prMio ed CHeGa quinta edio

    Setor se rene mais uma vez para celebrar a unio e fortalecer os prximos passos

    Para 2012 so aguardadas muitas novidades entre os homena-geados. Alm da relao dos vencedores entre as categorias sob votao. Tudo isso num clima competitivo, porm saudvel que s tem a acrescentar ao mercado como um todo.

    A dinmica continua a mesma e as categorias tambm. As em-presas indicam um grupo de profissionais e em seguida comea a campanha pela votao.

    O website com todos os detalhes, inclusive com as informaes e cobertura das edies anteriores ser lanado entre o final de outubro e incio de novembro: www.premioed.com.br.

  • 45 Exibidor, outubro-2012

    A recordista de prmios do evento a Fox Film com 13 trofus em quatro edies. Na exibio, a Cinemark a maior premiada com seis trofus, um a mais que o Grupo Espao, de Adhemar de Oliveira.

    Marco Aurlio Marcondes, atualmente da distribuidora Nossa, o recordista em discurso. Em seu discurso pela homenagem ao sucesso de Tropa de Elite 2, na edio de 2010, o executivo falou, brincou e agradeceu parceiros por 47 minutos.

    A Paris Filmes, em nome de Sandi Adamiu, a responsvel pela confeco dos trofus do Prmio ED desde sua primei-ra edio e infelizmente nunca foi premiada.

    A Tonks, responsvel pela Revista Exibidor, a nica detentora dos resul-tados dos vencedores de cada edio do Prmio ED. Os resultados so guardados a partir de um sistema criptogrfico criado pela prpria Tonks. Os envelopes com os vencedores so impressos e guardados em cofre localizado em lugar desconhecido e retirados at a data do evento.

    curiosidades do PrMio ed2012

    45 Exibidor, outubro-2012

  • 46 Exibidor, outubro-2012

    A Sorte em suas Mos (La Suerte en tus Manos)

    Daniel BurmanNorma Aleandro, Valeria Bertuccelli, Jorge Drexler, Luis Brandoni, Silvina Bosco, Paloma Alvarez, Salo Pasik, Eugenia Guerty

    Imovision

    Atividade Paranormal 4 (Paranormal Activity 4)

    Henry Joost, Ariel Schulman

    Katie Featherston, Kathryn Newton, Matt Shively, Brady Allen, Tommy Miranda

    Paramount

    Elefante Branco (Elefante Blanco)

    Pablo TraperoRicardo Darn, Martina Gusman, Jrmie Renier, Miguel Arancibia, Federico Barga, Esteban Daz, Pablo Gatti, Pablo Gatti

    Paris Filmes

    Marcados para Morrer (End of Watch)

    David AyerJake Gyllenhaal, Michael Pea, Natalie Martinez, Anna Kendrick, David Harbour, Frank Grillo, America Ferrera, Cle Shaheed Sloan, Jaime FitzSimons, Cody Horn

    California

    Os Candidatos (The Campaign)

    Jay RoachWill Ferrell, Zack Galifianakis, Dylan McDermott, Brian Cox, Jaso Sudekis, John Lithgow

    Warner

    007 - Operao Skyfall (007 Skyfall)

    Sam MendesDaniel Craig, Ralph Fiennes, Javier Bardem, Judi Dench, Helen McCrory, Brnice Marlohe, Albert Finney

    Sony

    7 Dias em Havana (7 Das en la Havana)

    Laurent Cantet, Benicio Del Toro, Julio Medem, Elia Suleiman, Juan Carlos Tabo,Pablo Trapero, Gaspar No

    Josh Hutcherson, Daniel Brhl, Emir Kusturica, Elia Suleiman, Melissa Rivera, Jorge Perugorra, Mirta Ibarra, Vladimir Cruz, Daisy Granados

    Imovision

    A Apario (The Apparition)

    Todd LincolnTom Felton, Sebastian Stan, Ashley Greene, Julianna Guill, Luke Pasqualino, Rick Gomez, Suzanne Ford, Anna Clark, Marti Matulis

    Warner

    Cinco Anos de Noivado (The Five-Year Engagement)

    Nicholas StollerEmily Blunt, Jason Segel, Kevin Hart, Alison Brie, Rhys Ifans, Chris Pratt, Chris Parnell, Mindy Kaling

    Universal

    Gonzaga: de Pai para Filho Breno Silveira

    Ana Roberta Gualda, Giancarlo di Tomazzio, Luciano Quirino, Claudio Jaborandy, Julio Andrade, Nanda Costa, Cyria Coentro, Land Vieira, Nivaldo Expedito de Carvalho (Chambinho)

    Downtown

    Fun Size (Ainda Sem Ttulo em Portugus)

    Josh SchwartzVictoria Justice, Chelsea Handler, Jane Levy, Thomas Mann, Thomas McDonell, Johnny Knoxville, Kerri Kenney, Josh Pence, Riki Lindhome, Ana Gasteyer

    Paramount

    Magic Mike (Ainda Sem Ttulo em Portugus)

    Steven SoderberghMatthew McConaughey, Channing Tatum, Olivia Munn, Alex Pettyfer, James Martin Kelly, Cody Horn, Reid Carolin, Avery Camp, Micaela Johnson

    Imagem

    The Big Wedding (Ainda Sem Ttulo em Portugus)

    Justin ZackhamRobert De Niro, Amanda Seyfried, Katherine Heigl, Robin Williams, Susan Sarandon, Topher Grace, Ben Barnes, Ben Barnes

    Imagem

    As Vantagens de ser Invisvel (The Perks of Being a Wallflower) Stephen Chbosky

    Emma Watson, Nina Dobrev, Paul Rudd, Logan Lerman, Dylan McDermott, Mae Whitman, Melanie Lynskey, Kate Walsh, Ezra Miller, Johnny Simmons

    Paris

    Frankenweenie (Frankenweenie) Tim Burton

    Vozes de: Winona Ryder, Catherine OHara, Martin Short, Martin Landau, Atticus Shaffer, Charlie Tahan, Conchata Ferrell, Tom Kenny, Robert Capron, James Hiroyuki Liao

    Disney

    Possesso (The Possession)

    Ole BornedalJeffrey Dean Morgan, Kyra Sedgwick, Madison Davenport, Natasha Calis, Grant Show, Agam Darshi, Quinn Lord, Amanda Dyar

    Paris

    Pitch Perfect (Ainda Sem Ttulo em Portugus)

    Jason Moore Anna Kendrick, Brittany Snow, Rebel Wilson Universal

    Argo (Argo)

    Ben Affleck Ben Affleck, Alan Arkin, Bryan Cranston, John Goodman Warner

    A Saga Crepsculo: Amanhecer - Parte 2 (The Twilight Saga: Breaking Dawn - The final)

    Bill CondonKristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Mag-gie Grace, Dakota Fanning, Mackenzie Foy, Jackson Rathbone, Ashley Greene, MyAnna Buring, Lee Pace

    Paris

    A Sombra do Inimigo (Alex Cross)

    Rob Cohen

    Rachel Nichols, Tyler Perry, Giancarlo Esposito, Jean Reno, Edward Burns, John C. McGinley, Matthew Fox, Cicely Tyson, Chad Lindberg, Carmen Ejogo, Stephanie