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Judokai MANUAL DE FORMAÇÃO PARA GRADUAÇÃO EM 1º DAN - JUDO

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  • Judokai

    MANUAL DE FORMAO PARA GRADUAO EM 1 DAN - JUDO

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 2

    Jigoro Kano (1860-1938)

    Fundador do Judo

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 3

    NDICE GERAL

    Breve resenha histrica do Judo Clube de Sintra Judokai 5

    Pequena Biografia - Mestre Jos Manuel Bastos Nunes 7

    1 Captulo

    1.1 Introduo 10

    1.2 Histria do Judo 10

    1.3 Os trs princpios 12

    1.4 Histria do Judo em Portugal 14

    2 Captulo

    2.1 Graduaes 19

    2.2 Pontuao 21

    2.3 Penalizaes 21

    2.4 Formas de cumprimento 22

    2.5 Tcnicas 22

    2.6 Aplicaes das tcnicas 23

    2.6.1 kuzushi 22

    2.6.2 Tsukuri 22

    2.6.3 Kake 22

    2.7 Alguns princpios para orientao 22

    2.8 Tcnicas de controlo, em p ou no solo (Katame-Waza) 24

    2.9 Tcnicas de amortecimento de quedas (Ukemi-no-Waza) 24

    2.10 Postura (Shisei) 25

    2.11 Tcnicas de pega (Kumi-Kata) 25

    2.12 Tcnicas de movimentao sobre o tatami (Shintai) 25

    2.13 Tcnicas de esquiva (Tai-sabaki) 26

    2.14 Exerccios bsicos 26

    2.15 Atitudes no Dojo 28

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 4

    2.16 Pensamentos 29

    3. Captulo (Regulamento de Graduaes)

    3.1 Generalidades 31

    3.2 Especificidades 31

    3.3 Carreira de Judoca 332

    3.4 Graduaes pela via rpida 32

    4 Captulo (Tcnicas Reconhecidas)

    4.1 Tcnicas reconhecidas pela Federao Portuguesa de Judo 34

    5 Capitulo (Contedos para exame de graduao 1 Dan)

    5.1 Exame tcnico 38

    5.2 Randori 38

    5.3 Tcnica propriamente dita 38

    5.4 Quadro com todas as tcnicas para exame 1 Dan 53

    5.5 Exame de Katas 55

    5.6 Exame Geral 56

    5.7 Histria 56

    5.8 Organizao / Regulamentao 57

    Anexo 1 Glossrio de termos Japoneses 58

    Referncias Bibliogrficas 62

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 5

    Breve resenha histrica do Judo Clube de Sintra Judokai

    O Judo Clube de Sintra Judokai foi formalmente constitudo no dia 14 de Setembro de

    1981, por escritura pblica celebrada no 2. Cartrio Notarial de Sintra, tendo por fins a

    promoo desportiva, cultural e recreativa dos seus associados e da populao local.

    Subscreveram a referida escritura, o Mestre Jos Manuel Bastos Nunes, o Dr. Antnio Martins

    Borrego e o Sr. Lus Filipe de Almeida Loureno, respectivamente, associados fundadores ns 1

    a 3 do Clube.

    O JCS tinha ento a sua sede e dojo no Cacm, no lote 2 da Av. dos Missionrios.

    Rapidamente atingiu, pela mo do Mestre Bastos Nunes uma reputada posio entre os Clubes

    de Judo a nvel nacional, no s pelos atletas que a treinaram e se projectaram para a

    modalidade, mas tambm pelo facto de se ter assumido, desde cedo, como uma verdadeira

    escola da tcnica, onde se deslocavam judocas de todo o Pas para se preparem para exame

    de graduao, estudarem os katas, ou simplesmente melhorarem a sua performance tcnica,

    treinarem e conviverem.

    Entre os atletas que treinaram no JCS merecem especial destaque, no campo desportivo:

    - Prof. Michel Almeida, 4. dan de Judo, vice-campeo do Mundo e da Europa de jniores

    em 1994, campeo da Europa de sniores em 2000, olmpico em Atlanta e Sydney, vrias

    vezes campeo nacional, treinador da seleco masculina snior de Judo e membro do

    Conselho Tcnico do JCS;

    - Prof. Antnio Matias, 4. dan de Judo, olmpico, vrias vezes campeo nacional, e

    treinador da seleco feminina snior de Judo;

    - Renato Santos, 4. dan de Judo, olmpico e vrias vezes campeo nacional de Judo.

    Nos finais dos anos 80, o dojo do Cacm fechou, por razes de ndole financeira e durante

    alguns anos o JCS esteve inactivo. Mas em 2001, o Vereador da C.M.Sintra, Dr. Rui Pereira,

    impulsionou de forma decisiva a disponibilizao de um novo espao para que o JCS retomasse

    a sua plena actividade desportiva, ora em Rinchoa-Rio de Mouro, no Complexo Desportivo

    Municipal de Fitares, na sala Mestre Bastos Nunes, inaugurada pela ento Presidente da

    C.M.Sintra, Dr. Edite Estrela.

    Mais do que um clube de Judo, este projecto assentava numa ideia: JUDOKAI, que significa

    Grupo de Judo, E tinha na sua gnese agremiar todos os os Amigos do Judo que se

    identificassem com essa ideia, maxime os judocas do concelho de Sintra, tendo como polo

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 6

    aglutinador, uma vez mais, a figura do Mestre Bastos Nunes, nascido em Sintra h 70

    Primaveras, 7. dan de Judo, a mais alta graduao nacional, oito vezes campeo nacional,

    primeiro judoca portugus a conseguir uma medalha numa competio internacional (nos anos

    60, numa poca em o Judo dava ainda os primeiros passos no nosso Pas), assistente do

    Mestre Kiyoshi Kobayashi, 9. dan de Judo, com quem viajou pela Europa fora, leccionando e

    divulgando o Judo, membro do Comisso Nacional de Graduaes da Federao Portuguesa de

    Judo, professor de Judo, entre muitos outros clubes e instituies, na Escola Superior de

    Polcia (actual Instituto Superior de Cincias Policiais e Segurana Interna) e na Escola Prtica

    da GNR.

    Animado de um novo impulso, e tendo como treinador residente o Mestre Alberto Polido,

    4. dan de Judo, o JCS j redescobriu novos jovens (e menos jovens) animados da vontade de

    treinar, competir, conviver e pautar a sua vida segundo os princpios enformadores do Cdigo

    Moral do Judo:

    A m i z a d e

    A u t o C o n t r o l o

    C o r t e s i a

    C o r a g e m

    H o n r a

    M o d s t i a

    S i n c e r i d a d e

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 7

    MMeessttrree BBaassttooss NNuunneess

    Pequena Biografia

    O Mestre Jos Manuel Bastos Nunes, nasceu em Sintra, no dia 13 de Maio de 1937, tendo

    crescido e vivido at hoje no centro histrico daquela formosa localidade, nas franjas da

    Serra.

    Na escola primria teve oportunidade de ouvir falar, pela primeira vez, ao seu Mestre-Escola

    numa arte oriental, o Jiu-Jutsu (antepassado do Judo) que permitia aos mais fracos triunfar

    sobre os mais fortes, aproveitando a sua prpria fora para os derrotar. Rapaz franzino

    poca, o Jos Manuel ficou profundamente impressionado e seduzido pela ideia.

    Entretanto, o seu gosto pelo desporto e pela competio f-lo abraar outras modalidades,

    nomeadamente o boxe e o hquei em patins, tendo-se sagrado campeo desta ltima

    modalidade numa das equipas dos escales jovens do Sintra.

    Em meados dos anos cinquenta, o 1. dan Antony Striker, de nacionalidade Sua, abriu em

    Lisboa um dos primeiros dojos (sala de Judo) do Pas. Assim que soube do facto, o Jos

    Manuel recordou a preleco do seu Mestre-Escola e rapidamente se tornou um dos jovens

    entusiastas praticantes de Judo, numa altura em que a modalidade dava os seus primeiros

    passos em Portugal.

    A vinda, em definitivo, do Mestre Kiyoshi Kobayashi, para Portugal, em 1958, mudou

    radicalmente o panorama do Judo em Portugal e a vida do Jos Manuel, em particular. Sendo

    um dos mais fervorosos discpulos do Mestre Kobayashi, foi seu assistente durante longos

    anos, em Portugal e no estrangeiro, viajando amide juntos pela Europa fora, leccionando e

    divulgando o Judo.

    Enquanto atleta, o Mestre Bastos Nunes, representando o Judo Clube de Portugal, tinha

    conquistado entretanto um palmars verdadeiramente notvel:

    - Campeo absoluto, ou seja, sem categorias de peso (e pesando menos de 60 Kg.) em

    1961;

    - Campeo Nacional na categoria de leves por oito vezes (1963, 1964, 1965, 1966, 1967,

    1968, 1970 e 1971) e Vice-Campeo por duas vezes (1969 e 1972);

    - Campeo Nacional de Equipas por cinco vezes (1968, 1969, 1970, 1971 e 1972);

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 8

    - Vencedor da Taa de Portugal de Equipas por duas vezes (1968 e 1969);

    Representou Portugal por sete vezes, no Campeonato da Europa (1960, 1961, 1963, 1964,

    1965, 1966 e 1967) e no Campeonato no Mundo de 1961;

    Foi ainda o primeiro atleta portugus a ganhar uma medalha numa prova internacional: 2.

    classificado no 1. Campeonato Madrid - Lisboa.

    O Mestre Bastos Nunes presentemente a mais alta graduao portuguesa de Judo: 7.

    Dan.

    ainda rbitro nacional e membro da Comisso Nacional de Graduaes da Federao

    Portuguesa de Judo, onde tambm desempenhou outros cargos.

    Participou na elaborao de vrias obras literrias sobre Judo, mormente no livro da autoria

    do Mestre Kobayashi De Kyu a Dan e na revista Tele-Judo e Karat-Do, uma vez mais em

    colaborao com o Mestre Kobayashi e com o seu antigo aluno e particular amigo, Mestre Raul

    Cerveira (5. dan de Karat-Do, Shotokai).

    Mas o Mestre Bastos Nunes representa sobretudo um marco no Judo Portugus enquanto

    Professor de Judo, actividade a que dedicou toda a sua vida:

    Leccionou em inmeros dojos, nomeadamente no Judo Clube de Portugal onde

    professor h cerca de 40 anos e no Judo Clube de Sintra - Judokai, Clube por si fundado,

    com mais um punhado de amigos, no incio dos anos oitenta, e que hoje se mantm em plena

    actividade no Concelho de Sintra. Entre os milhares de praticantes e atletas que aprenderam e

    treinaram regularmente com o Mestre Bastos Nunes, contam-se variadssimos campees

    nacionais e internacionais, e grande treinadores de Judo, nomeadamente alguns dos

    treinadores das seleces nacionais de Judo, como sejam os Profs. Michel Almeida, Antnio

    Matias e Filipa Cavalleri.

    Colaborou ainda activamente com as Foras Policiais e Militarizadas Portuguesas durante

    muitos anos, nomeadamente na Escola Superior de Polcia (actual Instituto Superior de

    Cincias Policiais e Segurana Interna) e na Escola Prtica da GNR, tendo-se aposentado muito

    recentemente, com a chegada do seu septuagsimo aniversrio.

    O Mestre Bastos Nunes tem sido objecto de vrias homenagens, em reconhecimento do seu

    extenso e brilhante papel em prol do desenvolvimento do Judo, em particular, e do incremento

    da actividade fsica e da prtica desportiva em geral; nomeadamente em Sintra, persistindo na

    implementao do conceito Judokai (Grupo de Judo), extensivo a todos os judocas e

    treinadores do Concelho, em permanente colaborao com a Cmara Municipal de Sintra.

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 9

    Cmara que inaugurou, no incio do presente sculo, uma sala no Complexo Desportivo

    Municipal de Fitares com o seu nome, e que trabalha activamente no projecto de

    implementao de uma verdadeira Escola de Judo no Concelho que tenha uma dimenso e

    projeco similares ao trabalho a prosseguido pelo Mestre.

    MMeessttrree BBaassttooss NNuunneess

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 10

    1 Capitulo

    1.1 - Introduo

    Judo (judo - caminho suave) uma arte marcial praticada como desporto, fundada por Jigoro Kano em 1882. Os seus objectivos so fortalecer o fsico, a mente e o esprito de forma

    integrada, para alm de desenvolver tcnicas de defesa pessoal. Teve uma grande aceitao

    em todo o mundo, pois Kano conseguiu reunir a essncia do jiu-jitsu, arte marcial praticada

    pelos bushi, ou cavaleiros durante o perodo Kamakura (1185-1333), a outras artes de luta

    praticadas no Oriente e fundi-las numa nica e bsica. O judo foi considerado desporto oficial

    no Japo nos finais do sculo XIX e a polcia nipnica introduziu-o nos seus treinos. O primeiro

    clube judoca na Europa foi o londrino Budokway (1918).

    A vestimenta utilizada nessa modalidade o keikogi (no confundir com kimono), que no judo

    recebe o nome de judogi, e que com o cinturo forma o equipamento necessrio sua prtica.

    O judogi pode ser branco ou azul, ainda que o azul seja utilizado normalmente para facilitar as

    arbitragens.

    Com milhares de praticantes e federaes espalhados pelo mundo, o judo se tornou um dos

    desportos mais praticados, representando um nicho de mercado fiel e bem definido. No

    restringindo os seus adeptos a homens com vigor fsico e estendendo os seus ensinamentos a

    mulheres, crianas e idosos, o judo teve um aumento significativo no nmero de praticantes.

    A sua tcnica utiliza basicamente a fora e peso do oponente contra ele. Palavras ditas por

    mestre Kano para definir a luta: "arte em que se usa ao mximo a fora fsica e espiritual". A

    vitria, ainda segundo seu mestre fundador, representa um fortalecimento espiritual.

    1.2 - Histria do Judo

    Decadncia e renascimento do Ju-jitsu

    No ano de 1864, o comodoro Matthew Perry, comandante de uma expedio naval americana,

    conseguiu fazer com que os japoneses abrissem seus portos ao mundo com o tratado

    "Comrcio, Paz e Amizade". Abrindo seus portos para o ocidente, surgiu na Terra do Sol

    Nascente uma tremenda transformao poltico-social, denominada Era Meiji ou "Renascena

    Japonesa", promovido pelo imperador Mutsu Hito (1868-1912). Anteriormente, o imperador

    exercia sobre o povo influncia e poderes espirituais, porm com a "Renascena Japonesa" ele

    passou a ser o verdadeiro comandante da Terra das Cerejeiras.

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 11

    Nessa dinmica poca de transformaes e inovaes radicais, os nipnicos ficaram vidos por

    modernizar-se e adquirir a cultura ocidental. Tudo aquilo que era tradicional ficou um pouco

    esquecido, ou melhor, quase que totalmente renegado. Os mestres do ju-jitsu perderam as

    suas posies oficiais e viram-se forados a procurar emprego em outros lugares. Muitos

    tiveram de recorrer luta e exibio em feiras.

    A ordem proibindo os samurais de usar espadas em 1871 assinalou um subtil declnio em

    todas as artes marciais, e o ju-jitsu no foi uma excepo, sendo considerado como uma

    relquia do passado. Como no era difcil acreditar, tempos depois surgiu uma onda contrria

    s inovaes radicais. Havia terminada a onda chamada febre ocidental. O ju-jitsu foi

    recolocado na sua posio de arte marcial, tendo o seu valor reconhecido, principalmente pela

    polcia e pela marinha. Apesar de sua indiscutvel eficincia para a defesa pessoal, o antigo ju-

    jitsu no podia ser considerado um desporto, muito menos ser praticado como tal. No haviam

    regras tratadas pedagogicamente e nem mesmo padronizadas.

    Os professores ensinavam s crianas os denominados golpes mortais e os traumatizantes e

    perigosos golpes baixos. Sendo assim, quase sempre, os alunos menos experientes,

    magoavam-se seriamente. Valendo-se das suas superioridades fsicas, os maiores chegavam a

    espancar os menores e mais fracos. Tudo isso fazia com que o ju-jitsu gozasse de uma certa

    impopularidade, logicamente, entre as pessoas esclarecidas e que possussem um pouco de

    bom senso. O ju-jitsu entrava noutra fase de decadncia.

    Nascimento do judo

    Baseado nesses inconvenientes, um jovem que na adolescncia se sentia inferiorizado sempre

    que precisasse despender muita energia fsica para resolver um problema, resolveu modificar o

    tradicional ju-jitsu, unificando os diferentes sistemas, transformando-o num poderoso veculo

    de educao fsica, o seu nome era Jigoro Kano.

    Pessoa de alta cultura geral, ele era um esforado cultor de ju-jitsu. Procurando encontrar

    explicaes cientficas aos golpes, baseados em leis de dinmica, aco e reaco, selecionou e

    classificou as melhores tcnicas dos vrios sistemas de ju-jitsu, dando nfase principalmente

    no ataque aos pontos vitais e nas lutas de solo do estilo Tenshin-Shinyo-Ryu e nos golpes de

    projeco do estilo Kito-Ryu. Inseriu princpios bsicos como o do equilbrio, gravidade e

    sistema de alavancas nas execues dos movimentos lgicos.

    Estabeleceu normas a fim de tornar o aprendizado mais fcil e racional. Idealizou regras para

    um confronto desportivo, baseado no esprito do ippon-shobu (luta pelo ponto completo).

    Procurou demonstrar que o ju-jitsu aprimorado, alm de sua utilizao para defesa pessoal,

    poderia oferecer aos praticantes, extraordinrias oportunidades no sentido de serem superadas

    as prprias limitaes do ser humano.

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 12

    Jigoro Kano tentava dar maior expresso lenda de origem do estilo Yoshin-Ryu (Escola do

    Corao de Salgueiro); esta baseava-se no princpio de ceder para vencer, utilizando a no

    resistncia para controlar, desequilibrar e vencer o adversrio com o mnimo de esforo. Num

    combate o praticante tinha como o nico objectivo a vitria. No entender de Kano, isso era

    totalmente errado. Uma actividade fsica deveria servir em primeiro lugar, para a educao

    global dos praticantes. Os cultores profissionais do ju-jitsu no aceitavam tal concepo. Para

    eles o verdadeiro esprito do ju-jutsu era o shin-ken-shobu (vencer ou morrer, lutar at a

    morte).

    Por fora das suas ideias, Jigoro Kano era desafiado e desacatado insistentemente pelos

    educadores da poca, mas no mediu esforos para idealizar o novo ju-jitsu, diferente, mais

    completo, mais eficaz, muito mais objectivo e racional, denominado de judo, e transformando-

    o num poderoso veculo de educao fsica. Chamando o seu novo sistema de judo, ele

    pretendeu elevar o termo jitsu (arte ou prtica) para do, ou seja, para caminho ou via,

    dando a entender que no se tratava apenas de mudana de nomes, mas que o seu novo

    sistema repousava sobre uma fundamentao filosfica.

    Em Fevereiro de 1882, no templo de Eishoji de Kita Inaritcho, bairro de Shimoya em Tquio,

    Jigoro Kano inaugura sua primeira escola de judo, denominada Kodokan (Instituto do Caminho

    da Fraternidade), j que Ko significa fraternidade, irmandade; Do significa caminho, via; e

    Kan instituto.

    1.3 - Os trs princpios

    Os princpios que inspiraram Jigoro Kano quando da idealizao do judo foram:

    Princpio da Mxima Eficcia do Corpo e do Esprito (Seiryoku ZenYo).

    ao mesmo tempo a utilizao global, racional e utilitria da energia do corpo e do esprito.

    Jigoro Kano afirmava que este princpio deveria ser aplicado no aperfeioamento do corpo.

    Servir para torn-lo forte, saudvel e til. Podendo ainda ser aplicado para melhorar a nutrio,

    o vesturio, a habitao, a vida em sociedade, a actividade nos negcios na maneira de viver

    em geral. Estando convencido que o estudo desse princpio, em toda a sua grandeza e

    generalidade, era muito mais importante e vital do que a simples prtica de uma luta.

    Realmente, a verdadeira inteligncia deste princpio no nos permite aplic-lo somente na arte

    e na tcnica de lutar, mas tambm nos presta grandes servios em todos os aspectos da vida.

    Segundo Jigoro Kano, no somente atravs do judo que podemos alcanar este princpio.

    Podemos chegar mesma concluso por uma interpretao das operaes cotidianas, atravs

    de um raciocnio filosfico.

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 13

    Princpio da Prosperidade e Benefcios Mtuos (Jita Kyoei).

    Diz respeito importncia da solidariedade humana para o melhor bem individual e universal.

    Achava ainda que a idia do progresso pessoal devia ligar-se a ajuda ao prximo, pois

    acreditava que a eficincia e o auxlio aos outros criariam no s um atleta melhor como um

    ser humano mais completo.

    Princpio da Suavidade (Ju).

    Ju ou suavidade, o mais directamente fsico, mas que no entender de Jigoro Kano deveria ser

    levado ao plano intelectual. Ele mesmo nos explica este terceiro princpio durante um discurso

    proferido na University of Southern Califrnia, por ocasio das Olimpadas de 1932:

    "Deixem-me agora explicar o que significa, realmente esta suavidade ou cedncia.

    Supondo que a fora do homem se poderia avaliar em unidades, digamos que a fora de um

    homem que est na minha frente representada por dez unidades, enquanto que a minha

    fora, menor que a dele, se apresenta por sete unidades.

    Ento se ele me empurrar com toda a sua energia, eu serei certamente impulsionado para trs

    ou atirado ao cho, ainda que empregue toda minha fora contra ele.

    Isso aconteceria porque eu tinha usado toda a minha fora contra ele, opondo fora contra

    fora. Mas, se em vez de o enfrentar, eu cedesse a fora recuando o meu corpo tanto quanto

    ele o havia empurrado mantendo, no entanto, o equilbrio, ento ele inclinar-se-ia

    naturalmente para frente perdendo assim o seu prprio equilbrio.

    Nesta posio ele poderia ter ficado to fraco, no em capacidade fsica real, mas por causa da

    sua difcil posio, a ponto de a sua fora ser representada, de momento, por digamos apenas

    trs unidades, em vez das dez unidades normais.

    Entretanto eu, mantendo o meu equilbrio conservo toda a minha fora tal como de incio,

    representada por sete unidades.

    Contudo, agora estou momentaneamente numa posio vantajosa e posso derrotar o meu

    adversrio utilizando apenas metade da minha energia, isto , metade das minhas sete

    unidades ou trs unidades e meia da minha energia contra as trs dele.

    Isso deixa uma metade da minha energia disponvel para qualquer outra finalidade.

    No caso de ter mais fora do que o meu adversrio poderia sem dvida empurr-lo tambm.

    Mas mesmo neste caso, ou seja, se eu tivesse desejado empurr-lo igualmente e pudesse

    faz-lo, seria melhor para mim ter cedido primeiro, pois procedendo assim teria economizado

    a minha energia."

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 14

    1.4 A Histria do Judo em Portugal

    O primeiro contacto de Portugal com o Judo de que temos conhecimento remonta a uma

    demonstrao pblica feita por 2 oficiais da Armada Japonesa ancorada em Lisboa, no incio do

    sculo XX.

    Tal como um pouco por toda a Europa, alguns curiosos procuravam conhecer e aprender um

    pouco desta nova arte.

    Armando Gonalves, em 1914, publica no Porto a 1 Edio do livro A defesa na rua.

    O primeiro professor de jiu-jitsu japons que esteve em Portugal chamava-se Hirano, tendo

    morrido afogado na praia de St. Cruz.

    Em 1936 a PSP do Porto por iniciativa do seu comandante Coronel Namorado de Aguiar e do

    Tenente Alberto Cruz inclui a prtica do jiu-jitsu nos programas dos cursos dos seus agentes,

    sendo a instruo dada por Armando Gonalves.

    Em 1941 publicada pela Livraria Simes Lopes a 1 Edio do livro O Fraco Vence o Forte

    de Armando Gonalves. Em Lisboa, Antnio Correia Pereira correspondia-se regularmente com

    Risei Kano e Moshizuni, director do Yoseikan.

    Devido s suas diligncias grandes mestres do Judo e Aikido visitaram Portugal. Antnio

    Correia Pereira o primeiro portugus cinto negro, 1 Dan, inscrito no Kodokan, membro da

    Kodokan-Jiu-Jitsu Association. Torna-se tambm o primeiro Membro Honorrio da Unio

    Dinamarquesa de Judo. Em 1946 funda a Academia de Budo, que fica a funcionar no 3 andar

    do n 140 da rua de S. Paulo. Editou a primeira revista de judo em Portugal da qual saram

    somente nove nmeros.

    Sob o pseudnimo Minuro, publicou o livro A essncia do Judo em 1950 que mereceu as

    felicitaes de Risei Kano e Kinosuka Tanaka. A sua actividade esteve sempre afastada da

    Federao Portuguesa de Judo, pelo que a sua graduao no reconhecida pela mesma.

    Em 1947 criada a Academia de Judo, agregada Academia de Budo e que funcionava na

    mesma morada, sob a sua direco tcnica. A Academia de Judo a primeira instituio onde

    se ensina Judo em Portugal.

    No mesmo ano Masami Shirooka visita Portugal, tendo estado uma grande temporada na

    Academia de Budo.

    Em 1955 vem para Lisboa o francs Decruet, 1 Kyu e Mestre de Armas que ensina na Policia

    Militar em Mafra.

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 15

    Ainda em 1955 Henry BouchendHome, 1 Dan e professor de Educao Fsica vem tambm

    para Lisboa, para o Liceu Francs Charles Lepierre. Comea a ensinar judo no Lisboa Ginsio

    Clube.

    Quase na mesma altura chega a Lisboa o Suo Antony Stryker, 1 Dan, que abre uma sala no

    Largo do Intendente, onde teve como aluno, entre outros, Jos Manuel Bastos Nunes.

    Em Almada, Antnio Rocha treina um pequeno grupo de entusiastas, entre os quais Joaquim

    Barata.

    Ao Ginsio Clube Portugus ficam ligados Maxfredo Campos, Salgado e Freitas entre outros.

    A primeira competio realiza-se na sala de Antony Stryker, em Lisboa, em Outubro de 1956 e

    denominou-se Lisboa-Sintra, tendo vencido Lisboa por 4 a 2. (uma das vitrias da equipa

    vencida foi do mestre Bastos Nunes)

    Posteriormente os alunos de BouchendHomme e Stryker comeam a reunir-se, nascendo a

    ideia de criar um clube com melhores condies logo que aparecesse uma sala.

    Stryker que mudara do Intendente para a Rua D. Pedro V, n 56, tenta convencer

    BouchendHomme a ensinar na sua sala, cr-se para impedir que a ideia de criao dum novo

    clube no vingasse.

    No entanto, a 12 de Julho de 1957, foi fundado o Judo Clube de Portugal.

    A 7 de Novembro de 1959 tem lugar o 1 Lisboa-Porto que foi ganho por Lisboa por 4 a 2.

    Em Janeiro de 1958, durante uma semana e a convite do Judo Clube de Portugal, esteve em

    Lisboa o 6 Dan Kiyoshi Mizuno, que regressava ao Japo.

    Em Agosto de 1958 vm a Lisboa Ichiro Abe, Kiyoshi Kobaiyashi e o 1 Dan belga Lannoy-

    Clerraux.

    Os praticantes da altura, fascinados com a tcnica e eficincia de Kiyoshi Kobaiyashi, fazem-

    lhe um convite para vir para Portugal. Acordadas as condies, Kiyoshi Kobaiyashi volta a

    Portugal no final desse mesmo ano respondendo a um convite do INEF, tencionando ficar dois

    anos ao abrigo dum contrato entre os Governos Japons e Portugus. Quando acabou o

    contrato recebeu convites de Inglaterra, Frana e Dinamarca, mas j no conseguiu partir.

    Comea a desenvolver a sua actividade no Judo Clube de Portugal, Clube Shell, INEF onde

    leccionou nos dez anos seguintes, e Judo Clube de Beja, a normalizar as tcnicas e a melhorar

    o plano competitivo.

    Em Portugal ensinou o monarca Juan Carlos de quem alis, amigo pessoal.

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    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 16

    Ensinou ainda na Escola Naval, na Escola dos Fuzileiros na Academia da Fora Area, Escola

    Superior da Policia e no Sporting e contribui para a fundao de inmeras salas, clubes e

    associaes.

    Foi seleccionador e treinador da seleco nacional e liderou diversas seleces de Judo a

    Campeonatos da Europa e do Mundo e dos Jogos Olmpicos de Montreal e Los Angeles.

    Em 1959, Jojima e Ogura vm a Portugal. Tambm nesse ano Kyoshi Mizuno, 6 Dan vem a

    Portugal a convite do Judo Clube de Portugal, atravs dos contactos do Comandante Maia

    Loureiro.

    Chega a 19 de Abril sendo recebido entre outros por Kyoshi Kobayashi e Antnio Correia

    Pereira.

    Nessa altura havia contactos para negociar a vinda do 7 Dan Masami Shirooka.

    1959 ainda o ano em que se realiza o 1 Campeonato Nacional Absoluto, ao ar livre, na relva

    do Estdio Universitrio de Lisboa, que tem como vencedor Arlindo de Carvalho.

    Como consequncia da difuso e interesse verificado pela modalidade, sentiu-se a necessidade

    de criar um organismo oficialmente reconhecido, com a misso de divulgar, organizar, orientar

    e fomentar a modalidade e o Prof. Duarte Leal encabea a Comisso Organizadora da FPJ.

    Neste contexto, a 28 de Outubro de 1959, nasce a Federao Portuguesa de Judo, sendo o

    Judo Clube de Portugal seu scio fundador, ficando-lhe entregue as funes federativas at

    1962.

    O Clube Shell, o Judo Clube de Beja, o Ginsio Clube Portugus e o Circulo de Judo do Porto

    (antecessor do Clube de Judo do Porto), foram os primeiros clubes filiados.

    Ainda em 1959 Portugal participa no Congresso da Unio Europeia de Judo, representado por

    Francisco Cruz Martins.

    A melhoria do nvel dos atletas e a necessidade de comparao e de outros estmulos obrigam

    os dirigentes a pensarem em contactos alm fronteiras. Assim no Congresso da Unio Europeia,

    o pedido de filiao da Federao Portuguesa de Judo aceite, tornando-se membro efectivo

    em 1961.

    Nesse mesmo ano, em Maio, Portugal participa pela primeira vez nos Campeonatos da Europa

    e em Dezembro nos primeiros Campeonatos do Mundo e no Congresso da Federao

    Internacional de Judo, em Paris, representada por Edmundo Pires e Carlos Madueno Saraiva.

    Ainda em 1961 Natsui, vencedor do 1 Campeonato do Mundo, acompanhado por Saberro

    Matsushita, vm a Portugal.

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    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 17

    Em 1963, devido ao crescimento que se estava a verificar na modalidade, a Federao

    desvincula-se das instalaes do Judo Clube de Portugal e instala-se na Praa da Alegria.

    Em 1970 passa para a Sede dos Organismos Desportivos, na Rua do Arco Cego, onde se

    manteve instalada em condies precrias at Setembro de 1985, altura em que se mudou

    para a actual instalao na Rua do Quelhas.

    Em 1962 comea a praticar-se Judo nos Aores.

    Em 1963 Ito Sunichi vem a Portugal.

    Em 1966 Armando Costa Lopes arbitra, em Lisboa, o encontro internacional Portugal-Blgica.

    Em 1967 realizam-se os primeiros Campeonatos Internacionais em Portugal Campeonato da

    Europa de Esperanas e de Juniores no Pavilho dos Desportos de Lisboa.

    Em 1968 a FPJ colabora com as autoridades que superintendem o desporto universitrio na

    organizao dos Campeonatos Mundiais Universitrios que se realizaram no Pavilho do

    Estdio Universitrio de Lisboa e no Pavilho da Juventude Salesiana no Estoril.

    Em 1968 Tanaka e Toriumi vem a Portugal.

    Em 1968 chega aos Aores, onde ficou cerca de 10 anos, Masatoshi Ohi que lanou as bases

    do desenvolvimento do judo naquela regio.

    Yamamoto vem para o Porto em 1968 onde ficou um ano.

    Em 1969 Toriumi, Inone, Nakamura e Yamamoto visitam Portugal.

    Em 1970 a vez de Tomita nos visitar. Daigo, duas vezes Campeo do Japo, visita-nos em

    1973.

    Em Maio do mesmo ano vm a Lisboa o Dr. Risei Kano e o Prof. Matsumoto.

    A partir de 1974 d-se um novo incremento na modalidade.

    Assim, na sequncia do 25 de Abril de 1974 e da democratizao do pas e sob o impulso da

    ento Direco Geral dos Desportos apoiada a formao de monitores de Judo e a abertura

    dum numero considervel de novas salas ou melhoria das existentes, atravs da cedncia de

    tapetes novos.

    Com este novo impulso da modalidade, h a necessidade da mesma se organizar duma outra

    forma, com base em estruturas associativas que representem os seus clubes na Federao, em

    vez da representao directa at ento. Em 1977 a Federao organiza o primeiro curso de

    treinadores de 4 grau.

    Em 1978 o 1 curso de 3 grau.

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    Em Lisboa, por iniciativa do Judo Clube do Estoril, realiza-se uma reunio com os clubes

    Ginsio Clube Portugus, S. I. M. E. Cruz Quebradense, Colgio S. Joo de Brito, Externato

    Mrio Beiro, C. R. P. n 5 do Bairro da Encarnao, Grupo Dramtico e Sportivo Cascais,

    Grupo Desportivo da TAP, de onde nasceu a Comisso Pr-Associao do Distrito de Lisboa.

    Antnio Luz do Judo Clube do Estoril, Orlando Ferreira do Ginsio Clube Portugus e Joo

    Worm do Colgio de S. Joo de Brito, formaram essa comisso. Em Setbal, onde a prtica da

    modalidade foi fortemente influenciada por Joaquim Barata, forma-se tambm uma Comisso

    Pr-Associao, constituda por Saul Conceio do Judo Clube de Almada, Carlos Pinho da CUF

    e Francisco Resina Santos.

    No entanto, as primeiras Associaes devidamente legalizadas foram a Associao de Coimbra,

    criada em 12 de Abril de 1978, com estatutos publicados no D.R de 10 de Julho de 1978, e a

    Associao de Santarm, com estatutos publicados em 9 de Maio de 1978. Com base no

    Decreto-Lei n 460/77 de 7 de Novembro a Federao Portuguesa de Judo considerada

    Instituio de Utilidade Pblica.

    Aps a entrada em vigor da Lei n 1/90, Lei de Bases do Sistema Desportivo e aps entrada

    em vigor do Decreto-lei n. 144/93 que estabeleceu o regime jurdico das federaes

    desportivas, foi reconhecido Federao Portuguesa de Judo o estatuto de utilidade pblica

    desportiva.

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    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 19

    2 Capitulo

    2.1 - Graduaes

    Os judocas so classificados em duas graduaes: kyu e dan. 5 graus de kyu reconhecidos

    pela Federao Portuguesa de Judo, os quais se distinguem pelas cores dos cintos:

    KYU

    KYU Cinto Branco

    5 KYU Gokyu Cinto Amarelo

    4 KYU Yonkyu Cinto Laranja

    3 KYU Sankyu Cinto Verde

    2 KYU Nikyu Cinto Azul

    1 KYU Ikyu Cinto Castanho

    As graduaes de dan, ao contrrio das de kyu, avanam de 1 dan (shodan) para 10 dan

    (juda ou dyodan), o mais alto grau. Esses graus diferenciam-se pelas seguintes cores dos

    cintos:

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    DAN

    1 DAN Shodan Cinto Preto

    2 DAN Nidan Cinto Preto

    3 DAN Sandan Cinto Preto

    4 DAN Yondan Cinto Preto

    5 DAN Godan Cinto Preto

    6 DAN Rokudan Cinto Vermelho e Branco

    7 DAN Shitchidan Cinto Vermelho e Branco

    8 DAN Atchidan Cinto Vermelho e Branco

    9 DAN Kudan Cinto Vermelho

    10 DAN Judan/Dyodan Cinto Vermelho

    As promoes tanto para as graduaes de kyu como para as de dan baseiam-se em exames

    que incidem sobre requisitos tais como: durao de tempo de treino, idade, carter moral,

    execuo das tcnicas especificadas nos regulamentos e comportamento em competies. No

    caso de promoo de kyu, (cinto branco) a 1 Kyu (cinto castanho) outorgada pelo

    respectivo treinador, no caso de promoo graduao de 1 dan realizada prova de exame

    a nvel distrital.

    Bem como j vimos os graus de eficincia no Judo dividem-se em aluno (Kiu) e mestre

    (Dan).O mais alto grau concedido extremamente raro cinto vermelho Judan (10 Dan) que

    at o ano de 1965 fora concedido apenas a 7 homens.

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    O Judo prev ainda um dcimo primeiro dan (Juichidan), que tambm usaria o cinto vermelho,

    e ainda um dcimo segundo dan que usaria um rarssimo cinto branco, duas vezes mais largo

    que cinto comum, simbolizando o auge da pureza, cores essas tanto vermelha como branca

    que simbolizam a flor de cerejeira, smbolo do Judo. Estes dois ltimos cintos ainda no foram

    concedidos a ningum, excepto Jigoro kano que tem a graduao de 12 Dan.

    2.2 - Pontuao

    O objectivo conseguir ganhar a luta valendo-se dos seguintes pontos:

    Koka - menor vantagem no judo, koka realiza-se quando o oponente cai sobre o

    ombro ou coxa(s) ou ndegas, com velocidade e fora.

    Yuko Um Yuko realiza-se quando o oponente projectado com controlo, mas a

    tcnica carece parcialmente em (2) dos trs outros elementos necessrios para

    Ippon, (Costas, fora e velocidade). Um Yuko vale mais que qualquer nmero de

    Kokas.

    Wazari - dois wazari valem um ippon e termina o combate logo aps o segundo

    Wazari. Um Wazari um "Ipon" que no foi realizado com perfeio. Um Wazari

    vale mais que qualquer nmero de Yukos.

    Ippon - ponto completo, o nocaute do judo, finaliza o combate no momento

    desta tcnica. Um Ipon realiza-se quando o oponente cai com as costas no cho,

    com fora e velocidade, trmino de um movimento perfeito.

    2.3 - Penalizaes

    Pontuao inversa. Valem pontos para o adversrio.

    Hansokumake Directo desclassificao do competidor.

    4 Shido = Hansokumake - equivale a um ippon.

    3 Shido - equivale a um wazari.

    2 Shido - equivale a um yuko.

    1 Shido - equivale a um koka.

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    2.4 - Formas de cumprimento (rei-ho)

    A prtica do judo regida pela cortesia, respeito e amabilidade. A saudao o expoente

    mximo dessas virtudes sociais. Atravs dela expressamos um respeito profundo aos nossos

    companheiros. No judo, h duas formas de expressarmos: tati-rei ou ritsu-rei (quando em p)

    e za-rei (posio de joelhos). Esta ltima conhecida por saudao de cerimnia. Efectuam-se

    as seguintes saudaes:

    Tati-rei ou ritsu-rei

    Ao entrar no dojo bem como ao sair; Quando subir ao tatami para cumprimentar o professor

    ou seu ajudante; Ao iniciar um treino com um companheiro, assim como ao termin-lo.

    Za-rei

    Ao iniciar, bem como ao terminar o treino; Ao iniciar um treino no solo com o companheiro,

    bem como ao termin-lo.

    2.5 - Tcnicas

    Na aplicao de waza (tcnicas), tori quem aplica a tcnica e uke aquele em que a

    tcnica aplicada. As tcnicas do judo classificam-se em:

    Nage-waza (tcnicas de projeco)

    Tachi-waza (tcnicas em p)

    Te-waza (tcnicas de mos ou brao)

    Koshi-waza (tcnicas de ancas)

    Ashi-waza (tcnicas de ps ou perna)

    Sutemi-waza (tcnicas de sacrifcio)

    Mae-sutemi-waza (tcnicas de sacrifcio para trs)

    Yoko-sutemi-waza (tcnicas de sacrifcio para o lado)

    Katame-waza (tcnicas de controlo)

    Osaekomi-waza ou osae-waza (tcnicas de imobilizao)

    Shime-waza (tcnicas de estrangulamento)

    Kansetsu-waza (tcnicas de luxao)

    As tcnicas de nage-waza so normalmente ensinadas em cinco fases, conhecidas por gokyo-

    no-waza. Essas fases comeam pelas tcnicas bsicas, prosseguindo at as mais avanadas.

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    2.6 - Aplicaes das tcnicas

    2.6.1 - Kuzushi

    Refere-se s tcnicas de desequilbrio; a prtica de judo baseia-se no equilbrio, portanto um

    estudo de grande importncia j que atravs dele aplicamos todas as projeces. Para estudar

    as direces em que podemos desequilibrar, deve-se considerar o seguinte: O centro de

    gravidade do homem situa-se no baixo-ventre. Sendo assim, quando a perpendicular traada a

    partir do centro de gravidade at o solo cair fora do polgono de sustentao, encontra-se

    desequilibrado. Este desequilbrio d origem, nos praticantes, a oito direces designadas por

    happo-no-kuzushi; para frente; para trs; para direita; para esquerda e quatro oblquas

    derivadas, assim como muitas outras. Assim quando o adversrio se encontra em desequilbrio

    para frente, temos de continuar o desequilbrio, projectando-o para frente. Faremos para trs,

    quando se encontra em desequilbrio para trs. Tendo em conta a advertncia anterior e

    praticando com assiduidade e perseverana, progrediremos constantemente na prtica deste

    desporto.

    2.6.2 - Tsukuri

    a relao entre a sua posio e a do adversrio. colocar o seu corpo na melhor posio

    para aplicar a projeco, enquanto continua a desequilibrar o adversrio. Tentar fazer uma

    projeco antes de estabelecer um tsukuri correcto pura perda de energia.

    2.6.3 - Kake

    a aplicao da projeco, obedecendo a sequncia: kuzushi, tsukuri e finalmente kake.

    Vale realar que judo usar a posio do adversrio em benefcio prprio e no project-lo por

    superioridade de peso ou fora. Ao aplicar uma projeco, usa-se o corpo suavemente como

    uma s unidade. Todas as partes do corpo devem actuar em harmonia. Se bem que em cada

    projeco se d maior nfase utilizao de determinada parte do corpo, tal como mos,

    ancas ou ps, em qualquer projeco importante o movimento de todo o corpo. A parte do

    corpo a que se faz meno serve para orientar a projeco do adversrio.

    2.7 - Alguns princpios para orientao

    Deve-se manter o corpo relaxado, proporcionando maior flexibilidade e certa impressibilidade

    frente ao adversrio. Para manter o equilbrio flexiona-se os joelhos sem dobrar a cintura,

    demonstrando confiana. Na dvida, faa um movimento rpido e decidido. Tentativas

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    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 24

    receosas so inteis e representam perda de energia. Portanto estas trs fases so muito

    importantes para execuo perfeita das tcnicas. Elas podem ser observadas no nage-no-

    kata (formas convencionais de projeco).

    2.8 - Tcnicas de controlo, em p ou no solo (katame-waza)

    Tambm chamadas impropriamente de ne-waza tcnicas no solo, so um grupo composto

    que incluem tcnicas de imobilizaes (osaekomi-waza), tcnicas de estrangulamentos

    (shime-waza) e tcnicas de luxao (kansetsu-waza). As tcnicas de projeco e as

    tcnicas de controlo so inseparveis, ambas trabalham juntas auxiliando uma a outra para

    decidir uma vitria ou uma derrota, sendo katame-waza as sequncias de um arremesso,

    assim as tcnicas de nage-waza possuem um grande poder. A melhor e mais correcta ordem a

    seguir na aprendizagem das tcnicas de controlo comear com as imobilizaes, seguindo

    com os estrangulamentos e terminando com as tcnicas de luxao.

    Esforce-se primeiro no conhecimento das tcnicas de imobilizao at que os movimentos

    principais faam parte da reaco natural do seu corpo. Esta a maneira mais eficaz e o

    caminho mais rpido para progredir nas tcnicas de controlo. Desenvolva o seu corpo forte e

    flexvel e um esprito de perseverana.

    2.9 - Tcnicas de amortecimento de quedas (ukemi-no-waza)

    O equilbrio a lei primordial que rege o judo. Assim quando se perde o equilbrio sujeita-se a

    quedas. E, como natural, se no soubermos amortecer o contacto do nosso corpo com o solo,

    estamos sujeitos a magoar-mo-nos. Para evitar isso existe o que chamamos ukemi-no-waza.

    Saber cair a base indiscutvel das projeces. necessrio um treino metdico e

    perseverante, para vencer o medo da queda. Essa superao permite-nos progredir nos

    conhecimentos do judo. Assim teremos um esprito aberto para ataque e defesa, aplicando os

    movimentos com rapidez e preciso. As direces fundamentais para ukemi so:

    Ushiro-ukemi queda para trs;

    Mae-ukemi queda para frente;

    Yoko-ukemi queda para o lado;

    Tati-zempo-kaitem-ukemi rolamento.

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    2.10 - Postura (shisei)

    Shisei a posio base para todos os movimentos. Por isso um shisei correcto facilita a

    rapidez e a preciso na aplicao das tcnicas. Deve-se adoptar sempre o shisei para que a

    todo o momento seja possvel uma pronta mudana de posio. O peso do corpo igualmente

    distribudo por ambos os ps, sobretudo sobre a ponta dos dedos. So as seguintes posies:

    Shizen-hontai posio natural;

    Migi-shizentai posio natural direita;

    Hidari-shizentai posio natural esquerda;

    Jigo-hontai posio de defesa;

    Migi-jigotai posio de defesa direita;

    Hidari-jigotai posio de defesa esquerda.

    2.11 - Tcnicas de pega (kumi-kata)

    Para uma eficiente aplicao das tcnicas, o judoca dever procurar a posio adequada,

    normal ou momentnea, de acordo com o decorrer da luta, podendo ser natural ou autodefesa.

    Migi ou hidari-shizentai posio natural direita ou esquerda: mo direita na banda

    esquerda do oponente e mo esquerda na manga direita do oponente. Para posio

    natural esquerda, basta inverter a posio.

    Migi ou hidari-jigotai posio de autodefesa direita ou esquerda: passa-se a mo

    direita por baixo do brao esquerdo do oponente e coloca-se nas costas dele, e com a

    mo esquerda agarra-se a manga direita do oponente puxando o brao dele sob a sua

    axila esquerda. Para posio de autodefesa esquerda s inverter a posio.

    2.12 - Tcnicas de movimentao sobre o tatami (shintai)

    So as formas correctas de deslocao sobre o tatami, salientando-se os seguintes detalhes:

    andar descontraidamente, mantendo os joelhos e tornozelos flexveis, sem cruzar os ps.

    Deslocar-se em todas as direces deslizando os ps, fazendo o contacto com o solo com a

    borda externa da planta dos ps, calcanhares ligeiramente levantados. Acompanhar os passos

    de seu oponente, se este empurra voc recua, se puxa avana. Se o adversrio o puxa, no

    resista mova-se com ele. Do mesmo modo no resista quando empurrado, se resistir o seu

    corpo torna-se rgido e perde facilmente o equilbrio. Movendo-se no mesmo sentido do

    adversrio -lhe mais fcil controlar o corpo dele e desequilibr-lo.

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    2.13 - Tcnicas de esquiva (tai-sabaki)

    Para uma eficiente defesa contra as tcnicas do adversrio, deve-se mover o corpo com a

    mxima leveza, mantendo-se uma constante posio de equilbrio. importante lembrar que

    um trabalho de ps rpido, mas em perfeita estabilidade, a base de todos os movimentos do

    corpo, podemos citar alguns movimentos:

    Migi-mae-sabaki esquiva direita para frente;

    'Migi-mae-nawari-sabaki esquiva rodando direita para frente;

    Hidari-ushiro-sabaki esquiva esquerda para trs;

    Hidari-ushiro-nawari-sabaki esquiva rodando esquerda para trs.

    2.14 - Exerccios bsicos

    No judo cada professor pode estabelecer o seu sistema de exerccio, o plano geral de treino

    o seguinte:

    Taiso

    Exerccio de aquecimento, visa aquecer e tornar o corpo mais flexvel, desenvolvendo tambm

    a musculatura.

    Ukemi-no-waza

    Tcnicas de amortecimento de queda.

    Uchikomi

    Repetio de tcnicas para treinar a rapidez dos movimentos e suas correctas aplicaes.

    Randori

    Treino livre, tambm conhecido como "combate", pelo qual a aplicao das tcnicas

    praticada contra um parceiro, atacando e defendendo.

    Shiai

    Na preparao para se participar numa competio so necessrias tanto destreza mental

    como a fsica. As tcnicas j dominadas no randori tm agora oportunidade de serem

    executadas a fundo sob um determinado conjunto de regras.

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    Kata

    um conjunto de tcnicas fundamentais, um mtodo de estudo especial, para transmitir a

    tcnica, o esprito e a finalidade do judo. O mestre Jigoro Kano dizia: "Os katas so a tica do

    judo, sem o qual impossvel compreender o alcance." Kata oferece ao randori as razes

    fundamentais de cada tcnica. Existem no judo os seguintes katas:

    Nage-no-kata: formas fundamentais de projeco.

    Katame-no-kata: formas fundamentais de controlo.

    Kime-no-kata: formas fundamentais de deciso.

    Ju-no-kata: formas de agilidade aplicadas em ataque e defesa, utilizando a energia de

    forma mais eficiente.

    Koshiki-no-kata: formas antigas o kata da antiga escola do Jiu-Jitsu. Executava-se

    antigamente com armadura de samurai.

    Itsutsu-no-kata: so cinco formas de tcnicas. Expresso terica do judo baseado na

    natureza.

    Seiryoku-zenko-kokumin-taiiku-no-kata: uma forma de educao fsica, baseada

    sobre o princpio da mxima eficcia, visa o treino completo do corpo.

    Goshin-jutsu-no-kata: tcnicas de autodefesa.

    Nage-no-kata

    o primeiro kata do judo; compe-se de quinze tcnicas, trinta projeces divididas em cinco

    grupos de tcnicas:

    'Te-waza'

    Uki-otoshi

    Ippon-seoi-nage

    Kata-guruma

    'Koshi-waza'

    Uki-goshi

    Harai-goshi

    Tsurikomi-goshi

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    'Ashi-waza'

    Okuriashi-harai

    Sasae-tsurikomi-ashi

    Uchimata

    'Ma-sutemi-waza'

    Tomoe-nage

    Ura-nage

    Sumi-gaeshi

    'Yoko-sutemi-waza'

    Yoko-gake

    Yoko-guruma

    Uki-waza

    Os dois judocas executam com extrema seriedade, concentrao mental muito importante.

    Inicialmente cumprimentam o joseki ou shomen (lugar de honra, mesa central) na posio de

    tati-rei, voltando em seguida um para o outro para se saudarem mutuamente em za-rei,

    levantam-se e avanam um passo iniciando com o p esquerdo.

    Em seguida partindo em ayumi-ashi avanam um para o outro e inicia-se o kata. Todas as

    projees so feitas para o lado direito e esquerdo do uke. Voltado para o shomen, o tori fica

    esquerda e o uke direita. (ateno ao Uki-Goshi em que a primeira projeco esquerda)

    Normalmente em sutemi-waza, o uke levanta-se por zempo-kaitem-ukemi, excepto no ura-

    nage e yoko-gake.

    2.15 - Atitudes no dojo

    Nunca se deve esquecer que o dojo um lugar tanto de cultura espiritual como de treino

    tcnico. Deve-se cumprimentar ao chegar e ao sair, respeitando-se cuidadosamente as regras

    de cortesia e as regras particulares do dojo.

    Esfora-se em quaisquer circunstncias para ajudar os seus colegas e nunca ser para eles uma

    causa de incomdo ou de desagrado;

    Respeitar as graduaes superiores e aceitar os seus conselhos. Por outro lado, as graduaes

    superiores devem ajudar a progresso daqueles que esto iniciando com solicitude e

    cordialidade;

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 29

    Quando no se treina, deve-se guardar uma postura correcta, sentado com as pernas cruzadas

    ou de joelhos, nunca ficar em posio negligente, mesmo que esteja cansado;

    Nunca tirar o judogi quando estiver no dojo, ir ao vestirio, salvo com autorizao do professor;

    Deve-se ter cuidado constante com a correco da sua aparncia pessoal, limpeza corporal

    (unhas, cabelos e barba convenientemente aparados) e do judogi boa disposio deste que

    deve ser reajustado todas as vezes que forem necessrios. Nada deve ser usado sobre o

    judogi, salvo autorizao do professor;

    Deve-se respeitar o horrio exacto dos treinos, salvo autorizao do professor, no se deve

    deixar o dojo antes do trmino da aula;

    Estando no dojo sem poder praticar, deve-se subir ao tatami e cumprimentar o professor,

    prestar ateno ao que acontece na aula e tirar proveito dos ensinamentos;

    Pedir licena ao professor quando tiver que se ausentar do tatami para atender algum ou ir

    ao sanitrio;

    Ao deixar o dojo procure verificar se deixou tudo em ordem;

    Deve-se ficar quieto e se tiver que falar, somente sobre a prtica, em voz baixa.

    Obs. deve-se entender como professor, no somente o professor titular, mas tambm seus

    assistentes encarregados da aula do dia.

    2.16 - Pensamentos

    Quem teme perder j est vencido.

    Somente se aproxima da perfeio quem a procura com constncia, sabedoria e,

    sobretudo humildade.

    Nunca te orgulhes de teres vencido a um adversrio, ao que venceste hoje poder

    derrotar-te amanh. A nica vitria que perdura a que se conquista sobre a prpria

    ignorncia.

    O judoca no se aperfeioa para lutar, luta para se aperfeioar.

    Conhecer-se dominar-se, dominar-se triunfar.

    O judoca o que possui inteligncia para compreender aquilo que lhe ensinam e

    pacincia para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes.

    Saber cada dia um pouco mais e us-lo todos os dias para o bem, esse o caminho dos

    verdadeiros judocas.

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 30

    Praticar judo educar a mente a pensar com velocidade e exactido, bem como o corpo

    obedecer com justeza. O corpo uma arma cuja eficincia depende da preciso com

    que se usa a inteligncia.

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    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 31

    3 Capitulo (REGULAMENTO DE GRADUAES)

    3.1 - Generalidades

    As diferentes graduaes no Judo formam um conjunto na progresso dos conhecimentos do

    Judo. Os valores morais, a mestria tcnica e a participao nas provas desportivas so o

    objectivo normal do ensino e do exemplo dedicado ao estudo tcnico e ao treino, donde a

    graduao simboliza os valores do Esprito e do Corpo - Shin-Ghi-Tai (Esprito, Tcnica e

    Eficcia).

    A componente desportiva (Jai) uma condio absolutamente indispensvel, em particular do

    1 ao 4 Dan, mas que no se basta a si prpria. Outros valores essenciais devem sempre ser

    tomados em linha de conta, tal como um comportamento irrepreensvel como atleta, rbitro,

    treinador, dirigente, etc., ou qualquer outro comportamento constante no Cdigo Moral do

    Judo.

    Os intervalos de tempo impostos para ascender graduao seguinte, so considerados os

    tempos mnimos de maturao indispensvel que devem ser efectivamente consagrados ao

    treino e que permitem a progresso no estudo e aprendizagem do Judo. Um ano de prtica

    equivale a, pelo menos, 100 treinos de Judo.

    O respeito por aquilo que fazemos, constitui a primeira condio e a primeira garantia do valor

    dos nossos actos.

    3.2 - Especificidades

    a) O presente Regulamento de Graduaes engloba uma listagem de tcnicas reconhecidas

    pela Federao Internacional de Judo, as tcnicas do Gokyo e os Katas reconhecidos pela FPJ.

    Para o efeito existem uma srie de captulos em que se discrimina a distribuio dessas

    tcnicas pelas diferentes graduaes e o modo como se processa a carreira do judoca.

    b) A prtica do Judo s reconhecida pela FPJ, aos atletas devidamente federados de acordo

    com as normas em vigor.

    c) As graduaes tero a data do seu registo na FPJ. No caso de exames, a data ser a do

    exame, nas graduaes por mrito a data do diploma e nas graduaes atribudas por

    treinadores, a data da sua comunicao, aps comprovao do cumprimento das normas e

    demais regulamentaes em vigor.

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 32

    d) Os treinadores s podero atribuir graduaes de acordo com as normas em vigor, desde

    que tenham a sua situao regularizada para a poca em que estas so atribudas.

    3.3 Carreira de Judoca

    As graduaes at 1 Kyu (inclusive) so da responsabilidade do treinador, no entanto

    aconselha-se, que sejam respeitados os tempos e as idades mnimas propostas, de forma a

    que haja a devida uniformizao.

    Para alm da idade mnima para aceder ao exame para 1 Dan necessrio que o judoca

    tenha 60 meses de prtica efectiva.

    As graduaes de 1 e 2 Dan so da responsabilidade das Associaes Distritais, no que diz

    respeito organizao dos Exames Associativos e Regionais.

    As graduaes de 3 Dan a 6 Dan so da responsabilidade da FPJ, as graduaes de 7 e 8

    Dan so da responsabilidade da Unio Europeia de Judo, as graduaes de 9 e 10 Dan so

    da responsabilidade da Federao Internacional de Judo.

    3.4 Graduaes pela via rpida

    a) Todos os Atletas, que optem pela Via Rpida tm como quadro de referncia o seguinte:

    GRADUAO IDADE MNIMA PONTOS TEMPO MNIMO

    1 Kyu 14 anos 10 pontos 1

    1 Dan 16 anos 20 pontos 1

    2 Dan 17 anos 20 pontos 2

    3 Dan 19 anos 30 pontos 3

    4 Dan 22 anos 40 pontos 4

    5 Dan 26 anos 50 pontos 5

    6 Dan 31 anos

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    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 33

    b) Em cada mudana de graduao a pontuao obtida retorna a zero.

    c) S sero contabilizados pontos aos atletas com a graduao igual ou superior a 1 Kyu;

    d) Por cada vitria ser contabilizado 1 (um ponto), em caso de empate nas provas por

    equipas ser contabilizado ponto. Esta contabilizao independente da graduao do

    oponente;

    e) No sero contabilizados os pontos obtidos nas provas Internacionais, Tsukimani-Shiai e

    Kohaku-Shiai;

    f) Para alm da idade mnima para aceder ao exame para 1 Dan pela Via Rpida

    necessrio que o judoca tenha 48 meses de prtica efectiva

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    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 34

    4 Capitulo (TCNICAS RECONHECIDAS)

    4.1 Tcnicas reconhecidas pela Federao Portuguesa de Judo

    As tcnicas reconhecidas pela Federao Portuguesa de Judo so:

    Nage-waza: 66 Tcnicas

    Te-Waza

    16 Tcnicas

    Ashi-Waza

    21 Tcnicas

    Koshi-Waza

    10 Tcnicas

    Masutemi-Waza

    5 Tcnicas

    Yokosutemi-Waza

    14 Tcnicas

    Ippon-seoi-nage Ashi-guruma Hane-goshi Hiki-komi-gaeshi Daki-wakare

    Kata-guruma De-ashi-barai (harai) Harai-goshi Sumi-gaeshi Hane-makikomi

    Kibisu-gaeshi Hane-goshi-gaeshi Koshi-guruma Tomoe-nage Harai-makikomi

    Ko-uchi-gaeshi Harai-goshi-gaeshi O-goshi Tawara-gaeshi Ko-uchi-makikomi

    Kuchiki-taoshi Harai-tsurikomi-ashi Sode-tsurikomi-goshi Ura-nage O-soto-makikomi

    Moro-te-gari Hiza-guruma Tsuri-goshi Soto-makikomi

    Obi-otoshi Ko-soto-gake Tsurikomi-goshi Tani-otoshi

    Obi-tori-gaeshi Ko-soto-gari Uki-goshi Uchi-makikomi

    Seoi-nage Ko-uchi-gari Ushiro-goshi Uchi-mata-makikomi

    Seoi-otoshi O-guruma Utsuri-goshi Uki-waza

    Sukui-nage Okuri-ashi-barai (harai) Yoko-gake

    Sumi-otoshi O-soto-gaeshi Yoko-guruma

    Tai-otoshi O-soto-gari Yoko-otoshi

    Uchi-mata-sukashi O-soto-guruma Yoko-wakare

    Uki-otoshi O-soto-otoshi

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    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 35

    Yama-arashi O-uchi-gaeshi

    O-uchi-gari

    Sasae-tsurikomi-ashi

    Tsubame-gaeshi

    Uchi-mata

    Uchi-mata-gaeshi

    Ne-waza: 30 Tcnicas

    Osaekomi-waza

    9 Tcnicas

    Shime-waza

    11 Tcnicas

    Kansetsu-waza

    10 Tcnicas

    Kami-shiho-gatame Gyaku-juji-jime Ude-garami

    Kata-gatame Hadaka-jime Ude-hishigi-ashi-gatame

    Kesa-gatame Kata-ha-jime Ude-hishigi-hara-gatame

    Kuzure-kami-shiho-gatame Kata-juji-jime Ude-hishigi-hiza-gatame

    Kuzure-kesa-gatame Kata-te-jime Ude-hishigi-juji-gatame

    Tate-shiho-gatame Nami-juji-jime Ude-hishigi-sankaku-gatame

    Uki-gatame Okuri-eri-jime Ude-hishigi-te-gatame

    Ushiro-kesa-gatame Ryo-te-jime Ude-hishigi-ude-gatame

    Yoko-shiho-gatame Sankaku-jime Ude-hishigi-waki-gatame

    Sode-guruma-jime

    Tsukkomi-jime

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    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 36

    Kinshi-Waza: 4 Tcnicas

    Tcnicas Proibidas em Competio

    Ashi-garami

    Do-jime

    Kani-basami

    Kawazu-gake

    As tcnicas constantes do Gokyo so:

    5 KYO 4 KYO 3 KYO 2 KYO 1 KYO

    1 De-ashi-harai Kosoto-gari Kosoto-gake Sumi-gaeshi Osoto-guruma

    2 Hiza-guruma Kouchi-gari Tsuri-goshi Tani-otoshi Uki-waza

    3 Sasae-tsurikomi-ashi Koshi-guruma Yoko-otoshi Hane-makikomi Yoko-wakare

    4 Uki-goshi Tsurikomi-goshi Ashi-guruma Sukui-nage Yoko-guruma

    5 Osoto-gari Okuri-ashi-harai Hane-goshi Utsuri-goshi Ushiro-goshi

    6 O-goshi Tai-otoshi Harai-tsurikomi-ashi O-guruma Ura-nage

    7 Ouchi-gari Harai-goshi Tomoe-nage Soto-makikomi Sumi-otoshi

    8 Seoi-nage Uchi-mata Kata-guruma Uki-otoshi Yoko-gake

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 37

    KATAS - Sries de tcnicas especialmente seleccionadas tendo em vista o estudo aprofundado

    dos princpios do Judo:

    NOME TEMA

    Nage-No-Kata - (Formas de projeco)

    Katame-No-Kata - (Formas de controlo)

    Ju-No-Kata - (Formas de suavidade)

    Kime-No-Kata - (Formas de deciso)

    Itsutsu-No-Kata - (Forma dos cinco princpios)

    Kodokan-Goshin-Jitsu-No-Kata - (Formas de defesa para homens)

    Jujoshi-Yo-Go-Shiho-No-Kata - (Formas de defesa para senhoras)

    Koshiki-No-Kata - (Formas antigas)

    Seiryoku-Zenyo-Kokumin-Tai-Iku-No-Kata - (Formas educativas de mxima eficincia)

    Go-No-Sen-No-Kata - (Formas de Contra-Ataque)

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 38

    5 Capitulo

    (CONTEDOS PARA EXAME DE GRADUAO 1 DAN)

    5.1 - Exame Tcnico

    5.2 - Randori

    At 4 Dan (inclusive) candidatos devero fazer uma prova de Randori, com os seguintes

    tempos:

    ANOS TEMPO CONTEDOS

    40 3 Min Ne-Waza

    Nage-Waza

    > 40 2 Min Ne-Waza

    5.3 - Tcnica Propriamente Dita

    Todos os candidatos a uma nova graduao devero dominar os contedos tcnicos

    correspondentes graduao para a qual se candidatam.

    1 DAN

    Nage-waza

    Tachi-Waza Sutemi-Waza

    Te-Waza: Ashi-Waza: Koshi-Waza: Masutemi-Waza: Yokosutemi-Waza:

    Ippon-seoi-nage (1) Ko-soto-gake (1) Koshi-guruma (1) Sumi-gaeshi (1) Tani-otoshi (1)

    Seoi-nage (2) O-soto-gari (2) O-goshi (2) Tomoe-nage (2) Uki-waza (2)

    Tai-otoshi (3) Ashi-guruma (3) Tsuri-goshi (3) Ura-nage (3) Yoko-otoshi (3)

    Kata-guruma (4) Hiza-guruma (4) Tsurikomi-goshi (4) Hane-makikomi (4)

    Sumi-otoshi (5) Ko-uchi-gari (5) Uki-goshi (5) Soto-makikomi (5)

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 39

    Sukui-nage (6) O-soto-guruma (6) Harai-goshi (6) Yoko-gake (6)

    Uki-otoshi (7) O-guruma (7) Ushiro-goshi (7) Yoko-guruma (7)

    O-uchi-gari (8) Hane-goshi (8) Yoko-wakare (8)

    Sasae-tsurikomi-ashi (9) Utsuri-goshi (9)

    De-ashi-barai (10)

    Harai-tsurikomi-ashi (11)

    Ko-soto-gari (12)

    Okuri-ashi-barai (13)

    Uchi-mata (14)

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Te-Waza: Tcnicas de brao

    Ippon-seoi-nage (1) Seoi-nage (2) Tai-otoshi (3)

    Projeco pelo ombro Projeco pelo ombro Queda do corpo

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 40

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Te-Waza: Tcnicas de brao

    Kata-guruma (4) Sumi-otoshi (5) Sukui-nage (6)

    Rotao pelos ombros Queda no canto Projeco em colher

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Te-Waza: Tcnicas de brao

    Uki-otoshi (7)

    Queda flutuante

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 41

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Ashi-Waza: Tcnicas de perna

    Ko-soto-gake (1) O-soto-gari (2) Ashi-guruma (3)

    Pequeno gancho exterior Grande ceifa exterior Rotao sobre a perna

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Ashi-Waza: Tcnicas de perna

    Hiza-guruma (4) Ko-uchi-gari (5) O-soto-guruma (6)

    Rotao pelo joelho Pequena ceifa interior Grande rotao exterior

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 42

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Ashi-Waza: Tcnicas de perna

    O-guruma (7) O-uchi-gari (8) Sasae-tsurikomi-ashi (9)

    Grande rotao Grande ceifa interior Puxar e levantar o p de apoio

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Ashi-Waza: Tcnicas de perna

    De-ashi-barai (10) Harai-tsurikomi-ashi (11) Ko-soto-gari (12)

    Varrimento do p avanado Varrimento do p puxando e

    levantando

    Pequena ceifa exterior

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 43

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Ashi-Waza: Tcnicas de perna

    Okuri-ashi-barai (13) Uchi-mata (14)

    Varrimento dos dois ps Varrimento pelo interior das coxas

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Koshi-Waza: Tcnicas de anca

    Koshi-guruma (1) O-goshi (2) Tsuri-goshi (3)

    Rotao pela anca Grande (projeco) de anca Projeco por elevao da anca

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 44

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Koshi-Waza: Tcnicas de anca

    Tsurikomi-goshi (4) Uki-goshi (5) Harai-goshi (6)

    Projeco, puxando e levantando

    com a anca

    Anca flutuante Varrimento da anca

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Koshi-Waza: Tcnicas de anca

    Ushiro-goshi (7) Hane-goshi (8) Utsuri-goshi (9)

    Projeco anca para trs Anca de mola Mudana de anca

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 45

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Masutemi-Waza: Tcnicas de sacrifcio para trs

    Sumi-gaeshi (1) Tomoe-nage (2) Ura-nage (3)

    Projeco pelo canto Projeco em circulo Projeco para trs

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Yokosutemi-Waza: Tcnicas de sacrifcio para o lado

    Tani-otoshi (1) Uki-waza (2) Yoko-otoshi (3)

    Queda no vale Tcnica flutuante Queda lateral

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 46

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Yokosutemi-Waza: Tcnicas de sacrifcio para o lado

    Hane-makikomi (4) Soto-makikomi (5) Yoko-gake (6)

    Projeco de enrolamento em mola Projeco de enrolamento exterior Queda lateral do corpo

    Nage-waza (Tcnicas de Projeco)

    Yokosutemi-Waza: Tcnicas de sacrifcio para o lado

    Yoko-guruma (7) Yoko-wakare (8)

    Rotao lateral Separao lateral

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 47

    Gokyo no Waza

    Dai-ikkyo (grupo 1)

    De-ashi-harai

    Hiza-guruma

    Sasae-tsurikomi-ashi

    Uki-goshi Osoto-gari O-goshi Ouchi-gari Seoi-nage

    Dai-nikyo (grupo 2)

    Kosoto-gari

    Kouchi-gari

    Koshi-guruma

    Tsurikomi-goshi

    Okuri-ashi-harai Tai-otoshi Harai-goshi Uchi-mata

    Dai-sankyo (grupo 3)

    Kosoto-gake

    Tsuri-goshi

    Yoko-otoshi

    Ashi-guruma

    Hane-goshi

    Harai-tsurikomi-ashi

    Tomoe-nage Kata-guruma

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 48

    Dai-yonkyo (grupo 4)

    Sumi-gaeshi

    Tani-otoshi

    Hane-makikomi

    Sukui-nage

    Utsuri-goshi

    O-guruma

    Soto-makikomi Uki-otoshi

    Dai-gokyo (grupo 5)

    Osoto-guruma Uki-waza

    Yoko-wakare Yoko-guruma

    Ushiro-goshi

    Ura-nage

    Sumi-otoshi Yoko-gake

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 49

    Ne-waza

    Osaekomi-waza Shime-waza Kansetsu-waza

    Kuzure-kesa-gatame (1) Nami-juji-jime (1) Ude-hishigi-juji-gatame (1)

    Kami-shiho-gatame (2) Gyaku-juji-jime (2) Ude-hishigi-waki-gatame (2)

    Yoko-shiho-gatame (3) Kata-juji-jime (3) Ude-hishigi-ude-gatame (3)

    Kesa-gatame (4) Hadaka-jime (4) Ude-hishigi-hiza-gatame (4)

    Tate-shiho-gatame (5) Okuri-eri-jime (5)

    Kata-gatame (6) Kata-ha-jime (6)

    Kuzure-kami-shiho-gatame (7)

    Uki-gatame (8)

    Ushiro-kesa-gatame (9)

    Ne-waza (Tcnicas no solo)

    Osaekomi-waza: Tcnicas de imobilizao

    Kuzure-kesa-gatame (1) Kami-shiho-gatame (2) Yoko-shiho-gatame (3)

    Variante do controlo em cachecol Controlo superior sobre quatro

    pontos de controlo

    Controlo lateral sobre quatro

    pontos de controlo

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 50

    Ne-waza (Tcnicas no solo)

    Osaekomi-waza: Tcnicas de imobilizao

    Kesa-gatame (4) Tate-shiho-gatame (5) Kata-gatame (6)

    Controlo em cachecol Controlo directo sobre quatro pontos

    de apoio

    Controlo pelo ombro

    Ne-waza (Tcnicas no solo)

    Osaekomi-waza: Tcnicas de imobilizao

    Kuzure-kami-shiho-gatame (7) Uki-gatame (8) Ushiro-kesa-gatame (9)

    Variante do controlo superior sobre

    quatro pontos de apoio

    Controlo flutuante Controlo em cachecol invertido

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 51

    Ne-waza (Tcnicas no solo)

    Shime-waza: (tcnicas de estrangulamento)

    Nami-juji-jime (1) Gyaku-juji-jime (2) Kata-juji-jime (3)

    Estrangulamento com mos cruzadas

    e pega normal

    Estrangulamento com mos cruzadas

    e pega invertida

    Estrangulamento com mos

    cruzadas e pega oposta

    Ne-waza (Tcnicas no solo)

    Shime-waza: (tcnicas de estrangulamento)

    Hadaka-jime (4) Okuri-eri-jime (5) Kata-ha-jime (6)

    Estrangulamento com mos nuas Estrangulamento deslizando pelas

    golas

    Estrangulamento controlando o

    ombro

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 52

    Ne-waza (Tcnicas no solo)

    Kansetsu-waza: (tcnicas de luxao)

    Ude-hishigi-juji-gatame (1) Ude-hishigi-waki-gatame (2) Ude-hishigi-ude-gatame (3)

    Luxao do brao em cruz Luxao com a axila Luxao do brao

    Ne-waza (Tcnicas no solo)

    Kansetsu-waza: (tcnicas de luxao)

    Ude-hishigi-hiza-gatame (4)

    Luxao com o joelho

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 53

    5.4 - Quadro com todas as tcnicas para exame 1 Dan:

    Nage Waza Tcnicas de projeco

    Te - Waza Tcnicas de brao ( 7 tcnicas)

    Ippon-seoi-nage Projeco pelo ombro

    Seoinage Projeco pelo ombro

    Tai-otoshi Queda do corpo

    Kata-guruma Rotao pelos ombros

    Sumi-otoshi Queda no canto

    Sukui-nage Projeco em colher

    Uki-otoshi Queda flutuante

    Ashi - Waza Tcnicas de perna ( 14 tcnicas )

    Ko-soto-gake Pequeno gancho exterior

    O-soto-gari Grande ceifa exterior

    Ashi-guruma Rotao sobre a perna

    Hiza-guruma Rotao pelo joelho

    Ko-uchi-gari Pequena ceifa interior

    O-soto-guruma Grande rotao exterior

    O-guruma Grande rotao

    O-uchi-gari Grande ceifa interior

    Sasae-tsurikomi-ashi Puxar e levantar o p de apoio

    De-ashi-barai Varrimento do p avanado

    Harai-tsurikomi-ashi Varrimento do p, puxando e levantando

    Ko-soto-gari Pequena ceifa exterior

    Okuri-ashi-barai Varrimento dos dois ps

    Uchi-mata Varrimento pelo interior das coxas

    Koshi - Waza Tcnicas de anca ( 9 tcnicas )

    Koshi-guruma Rotao pela anca

    O-goshi Grande projeco de anca

    Tsuri-goshi Projeco por elevao da anca

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 54

    Tsurikomi-goshi Projeco, puxando e levantando com a anca

    Uki-goshi Anca flutuante

    Harai-goshi Varrimento com a anca

    Ushiro-goshi Projeco anca para trs

    Hane-goshi Anca de mola

    Utsuri-goshi Mudana de anca

    Masutemi - waza Tcnicas de sacrifcio para trs (3 tcnicas )

    Sumi-gaeshi Projeco pelo canto

    Tomoe-nage Projeco em circulo

    Ura-nage Projeco para trs

    Yokosutemi - Waza Tcnicas de sacrifcio para o lado ( 8 tcnicas )

    Tani-otoshi Queda no vale

    Uki-waza Tcnica flutuante

    Yoko-otoshi Queda lateral

    Hane-makikomi Projeco de enrolamento em mola

    Soto-makikomi Projeco de enrolamento exterior

    Yoko-gake Queda lateral do corpo

    Yoko-guruma Rotao lateral

    Yoko-wakare Separao lateral

    Ne Waza Tcnicas no solo

    Osaekomi - Waza Tcnicas de imobilizao ( 9 tcnicas )

    Kuzure-kesa-gatame Variante do controlo em cachecol

    Kami-shiho-gatame Controlo superior sobre quatro pontos de controlo

    Yoko-shiho-gatame Controlo lateral sobre quatro pontos de controlo

    Kesa-gatame Controlo em cachecol

    Tate-shiho-gatame Controlo directo sobre quatro pontos de apoio

    Kata-gatame Controlo pelo ombro

    Kuzure-kami-shiho-gatame Variante do controlo superior sobre quatro pontos

    de apoio

    Uki-gatame Controlo flutuante

    Ushiro-kesa-gatame Controlo em cachecol invertido

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 55

    Shime Waza Tcnicas de estrangulamento ( 6 tcnicas )

    Nami-juji-jime Estrangulamento com mos cruzadas e pega normal

    Gyaku-juji-jime Estrangulamento com mos cruzadas e pega invertida

    Kata-juji-jime Estrangulamento com mos cruzadas e pega normal

    Hadaka-jime Estrangulamento com mos nuas

    Okuri-eri-jime Estrangulamento deslizando pelas golas

    Kata-ha-jime Estrangulamento controlando o ombro

    Kansetsu - Wasa Tcnicas de luxao ( 4 tcnicas)

    Ude-hishigi-juji-gatame Luxao do brao em cruz

    Ude-hishigi-waki-gatame Luxao com a axila

    Ude-hishigi-ude-gatame Luxao do brao

    Ude-hishigi-hiza-gatame Luxao com o joelho

    5.5. Exame de Katas

    O programa do Exame de Graduaes referente aos Katas :

    CONTEDOS 1 Dan 2 Dan 3 Dan 4 Dan 5 Dan 6 Dan

    KATAS

    Nage-No-Kata (3) X

    Nage-No-Kata (5) X

    Katame-No-Kata X X

    Kime-No-Kata X X

    Kodokan-Goshin-Jitsu-No-

    Kata X X

    Ju-No-Kata X X

    Koshiki-No-Kata X

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 56

    Nage-No-Kata Trs primeiros grupos

    'Te-waza'

    Uki-otoshi Direita Esquerda

    Ippon-seoi-nage Direita Esquerda

    Kata-guruma Direita esquerda

    'Koshi-waza'

    Uki-goshi Esquerda Direita

    Harai-goshi - Direita esquerda

    Tsurikomi-goshi - Direita esquerda

    'Ashi-waza'

    Okuriashi-harai - Direita esquerda

    Sasae-tsurikomi-ashi - Direita esquerda

    Uchimata - Direita esquerda

    5.6. Exame Geral

    Todos os candidatos a uma nova graduao devero ser examinados nas trs reas que se

    seguem: Histria, Organizao / Regulamentao e Arbitragem.

    No entanto os candidatos podero solicitar a sua dispensa a qualquer uma das reas, desde

    que apresentem o respectivo currculo dessa mesma rea um ms antes da realizao dos

    exames.

    O processo ser analisado pela CNG, informando posteriormente o candidato da deciso de

    dispensa ou no do exame nessa rea.

    5.7. Histria

    Os candidatos a 1 Dan devero conhecer os seguintes contedos:

    Histria Associativa

    Data de fundao

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 57

    Processo de formalizao (reconhecimento pela AG da FPJ)

    Nmero de Clubes e Atletas

    Localizao actual

    Tipo de Organizao

    Eventos e resultados mais significativos

    5.8. Organizao / Regulamentao

    A documentao de apoio a esta rea a que a seguir se discrimina:

    Estatutos da FPJ

    Calendrio e Normas

    Regulamento de Arbitragem

    Regulamento de Graduaes

    Regulamento Antidopagem

    Regulamento da Carreira de Treinador

    Regulamento de Publicidade

    Regulamento Disciplinar

    Normas para a Alta-Competio

    Legislao sobre o Seguro Desportivo

    1 DAN

    Os candidatos a 1 Dan devero saber o que regulamenta cada uma das publicaes

    acima mencionadas.

    Papel e funo do rbitro e dos juzes.

    Preenchimento correcto de folhas de poule, eliminatrias e quadro de repescagens.

    Marcadores e cronometristas.

    Gestos do rbitro e dos juzes.

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    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 58

    Anexo 1 - Glossrio de Termos Japoneses

    Anza Sentado de pernas cruzadas

    Ashi Waza Tcnicas de perna ou ps

    Atemi-Waza Tcnicas de golpear

    Awase-Waza Combinao de dois Waza-aris

    DanI Graduao de Dan

    Dojo Sala de treino

    Encho-Sen Prolongamento do combate

    Fukushin - Juiz

    Fusen-Gachi Vitria por falta de comparncia

    Haisha - Vencido

    Hajime - Comear

    Hansoku - Infraco

    Hansoku Make Derrota por falta ou por acumulao de faltas leves

    Hantei Deciso/Julgamento

    Hidari Jigo Tai Postura defensiva esquerda

    Hidari Shinzen Tai Postura natural esquerda

    Hikite Puxar com a mo

    Hikiwake - Empate

    Ippon Ponto completo

    Jigo Hontai Postura defensiva de p

    Jigo Tai Postura defensiva

    Jiku Ashi Perna de apoio

    Jogai Fora da rea de combate

    Jonai Dentro da rea de combate

    Joseki Presidncia / mesa principal

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    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 59

    Judogi Uniforme de Judo

    Kachi - Vencedor

    Kaeshi Waza Tcnicas de contra ataque

    Kake Execuo de uma projeco

    Kansetsu Waza Luxao de uma articulao

    Kappo Tcnicas de reanimao

    Kata Formas ou ombro

    Katame Waza ou Gatame - Waza Tcnicas de imobilizao

    Katsu Tcnica de Kappo

    Keiko Treino / Prtica

    Kiken Gachi Vitria por abandono

    Kime Execuo completa

    Kinsa Ligeira superioridade ou inferioridade

    Kinshi Waza Tcnicas proibidas

    Kiotsuke Ateno (palavra de ordem para fazer levantar uma pessoa com calcanhares

    unidos)

    Koka Vantagem tcnica / Valor mnimo

    Koshi Waza Tcnicas de anca

    Kumikata - Pega

    Kuzushi - Desequilbrio

    Kyusho Ponto vital

    Ma`ai Distncia entre dois competidores

    Maitta - Desisto

    Ma Sutemi Waza Tcnicas de sacrifcio de costas

    Mate - Espera

    Migi Jigo Tai Postura defensiva direita

    Migi Shizen Tai Postura natural direita

    Nagekomi Repetio de tcnicas, projectando

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 60

    Nage Waza Tcnicas de projeco

    Newaza Trabalho no cho

    Osaekomi Waza Tcnicas de imobilizao

    Osaekomi - Imobilizado

    Otagai ni - Rei Saudarem-se entre si

    Randori Prtica livre

    Renraku Waza Combinao encadeamento de vrias tcnicas

    Rei Saudao

    Ritsu rei Saudao de p

    Seiza - Posio de sentado formal de joelhos sentado sobre os calcanhares

    Shiai - Competio

    Shiai Jo rea de competio

    Shido Penalizao leve

    Shime Waza Tcnicas de estrangulamento

    Shimpan - Arbitragem

    Shimpanin - rbitros

    Shimpan Riji Director de arbitragem

    Shisei - Postura

    Shizen Tai Postura Natural

    Shizen Hontai Postura bsica natural

    Shomen Frente do Dojo / Assentos superiores

    Shomen Ni Rei Saudao em direco a Shomen

    Shosha - Vencedor

    Shushin - rbitro

    Sogo Gachi Vitria composta

    Sono Mama No se mexam / manter as posies

    Sore Made Terminou o tempo

    Sutemi Waza Tcnicas de sacrifcio

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    Tachi Waza Tcnicas de p

    Tai Sabaki Rotao do corpo / Controlo do corpo

    Tatami - Tapete

    Te Waza Tcnicas de mo ou brao

    Toketa Imobilizao desfeita

    Tori Aquele que ataca ou projecta

    Tsukuri Preparao para executar uma tcnica

    Tsurite Levantando a mo

    Uchikomi Treino de repetio

    Ude Gaeshi Chave de brao / brao invertido

    Uke Aquele que recebe a aco ou projectado

    Ukemi - Queda

    Waza - Tcnicas

    Waza Ari Grande vantagem tcnica

    Waza Ari Awasete Ippon Dois Waza-aris pontuam Ippon de combate

    Yakusoku Renshu Prtica combinada

    Yoko Sutemi Waza Tcnicas de sacrifcio laterais

    Yoshi Continuem (aps sono-mama)

    Yuko Vantagem tcnica de valor moderado

    Yusei Gachi Vitria por superioridade

    Za Rei Saudao na posio sentado

  • JUDO CLUBE DE SINTRA - JUDOKAI

    MANUAL DE FORMAO ( 1 DAN) 62

    Referncias Bibliogrficas

    REAY, Tony (1985), Guia Prtico do Judo, Editorial Presena

    KANO, Jigoro (1994) Kodokan Judo, Kodokan and Kodansha International, Ltd

    JANICOT, Didier POUILLART Gilbert (1999) O Judo, Editorial Estampa

    Stios na Internet

    www.fpj.pt

    www.judoinfo.pt

    www.judokai.pt

    www.wikipedia.org

    www.adjudolisboa.pt