jornalismo e mídias sociais

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Jornalismo e Mídias Sociais Profa. Dra. Liana Vidigal Rocha VIII Semana de Comunicação Universidade Federal do Tocantins

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Oficina de jornalismo e mídias sociais

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Jornalismo e Mídias Sociais

Profa. Dra. Liana Vidigal Rocha

VIII Semana de Comunicação

Universidade Federal do Tocantins

Ao contrário do que muitos pensam,

Mídia Social não é sinônimo de

Rede Social.

Grupos de pessoas que

possuem e mantêm interesses

comuns e/ou relacionamentos

Também chamadas de sites de relacionamento

Redes Sociais na Internet são:

1) Sobre pessoas e podem ser offline;

2) Construídas pela apropriação;

3) Circuladoras de informação;

4) Espaços de conversação e

5) Potenciais espaços de mobilização.

Fonte: Raquel Recuero

São sistemas online projetados

para permitir a interação social a

partir do compartilhamento e da

criação colaborativa de informação

nos diversos formatos.

COMPARTILHAMENTO

COLABORAÇÃO

INFORMAÇÃO

CONTEÚDO

• As Mídias Sociais possuem características distintas, que

reforçam ora seus limites, ora suas possibilidades. Entre

as principais, é possível destacar duas categorias:

sociocultural e técnica.

Categoria

Aspectos

Técnicos

Aspectos

Socioculturais

• Arquitetura da

informação

• Tipos de Conteúdo

• Ferramentas

• Público

• Usos e apropriações

• Comportamentos

As Redes Sociais seriam uma categoria dentro

das Mídias Sociais, cujo objetivo é o de manter ou criar

relacionamentos com base em assuntos comuns.

Mídias Sociais em destaque

Sites de Redes Sociais

Sites de Compartilhamento

de Conteúdo

Blogs Microblogging

Jornalismo

• Jornalismo significa:

- registro;

- a apreciação dos acontecimentos de interesse geral;

- a transmissão de informações;

- fatos ou notícias com exatidão, clareza e rapidez, conjugando

pensamento e ação.

• O Jornalismo é uma arte, uma técnica e uma ciência, um

processo histórico, uma necessidade humana e social na

sociedade de massas.

• O Jornalismo fala a linguagem coletiva. Ele tem as chaves da

compreensão, da prosperidade, dos anseios da opinião pública

e das conquistas humanas.

Telégrafo sist. analógico (linear) sist. digital (não-linear)

Jornalismo em Rede

• Segundo Alex Primo

(2011), dois avanços foram

fundamentais para o

desenvolvimento do

Jornalismo: o tecnológico e

o estrutural, sendo eles

representados pelo

telégrafo e as agências de

notícias.

Jornalismo em Rede

• A esfera global de notícias vai sofrer uma significativa

alteração com a adoção do fluxo não-linear de

circulação de informações.

• A partir disso, a prática jornalística será influenciada por

um número maior de produtores e distribuidores de

notícias.

• É importante lembrar que tais “produtores/distribuidores”

não vão se restringir às organizações jornalísticas.

Jornalismo em Rede

• O jornalismo em rede vai se configurar a partir do momento

que uma conexão interativa se formar entre seus participantes

(HEIRINCH, 2011).

Contudo...

1) Jornalismo em rede não é sinônimo de jornalismo digital;

2) Jornalismo em rede não se limita a tecnologias digitais, como

web, tablets e smartphones;

3) A rede pode ser formada também nas mídias tradicionais

(impresso, rádio e TV).

Portanto... dentro de uma esfera global cada veículo representa

um nó da malha interconectada.

O que é notícia

• Comercializar e trabalhar com as notícias constitui a função

básica dos jornais.

• Eles compram e vendem informações.

Conceito

• Notícia é o relato inédito de um fato ocorrido recentemente

que interessa aos leitores.

Exemplo: Um professor primário, modesto e humilde nunca foi notícia. Se ele for encontrado morto, com um tiro no coração, merece uma matéria.

Então...

A notícia deve ser: recente, inédita, verdadeira, objetiva, interesse público.

Fonte Jornalística

• As informações que um veículo publica são obtidas nas

fontes de informação.

• Elas podem ser classificadas em dois grandes grupos: as

fixas e as fora de rotina.

- Fixas aquelas as quais se recorre todos dos dias.

Ex: Polícia, Prefeitura, Associações, Sindicatos, etc.

- Fora de rotina são as fontes procuradas quando o fato

exige, ou seja, excepcionalmente.

Ex: Uma empresa, uma personalidade etc.

Mídias Sociais como fonte jornalística

• As mídias sociais, em um primeiro momento, podem ser

classificadas como fontes fora de rotina.

• No entanto, a partir do instante que começa a fazer parte do

processo de produção jornalística, ela se torna uma fonte

fixa.

• Schmitz (s/d) alerta que, apesar de servirem como fontes de

consulta e produzirem conteúdo, as mídias sociais são

passíveis de distorções e/ou manipulações.

• Exemplo: notícias falsas amplamente divulgadas no

microblog, como a morte do ator Jeff Goldblum ou o caso no

México.

Twitter e Jornalismo

• Principal Critério → tempo: quanto mais rápido a notícia

chega ao público, mais ele se sente informado.

• Critérios como rotinas produtivas e noticiabilidade ficam

“abalados”.

• A atualização contínua (instantaneidade) passa a ser o

principal elemento para se atuar no Twitter.

• O Twitter dá o “alerta” para determinadas notícias, mas o

público aprofunda o assunto em outras mídias.

“O Twitter potencializa a busca pelo instantâneo e o relato

do acontecido mais próximo possível do fato em si”

(ESCOBAR, 2009).

Microjornalismo

• A internet e o Twitter proporcionaram a criação de conteúdos

coletivos.

• Contudo, o papel de gatekeeper desempenhado pelo

jornalista é importante, pois tem como finalidade selecionar e

hierarquizar os acontecimentos de interesse público.

• Cabe ao jornalismo a função de dar a credibilidade aos

discursos postados no Twitter.

• Recentemente, o jornal The New York Times cunhou o termo

microjournalism (microjornalismo) ao se referir ao uso do

Twitter como difusor de fatos e acontecimentos sobre as

eleições norte-americanas.

Importante

• Os microblogs se constituem em uma forma alternativa de

produção e de distribuição de conteúdo.

• Eles não substituem o jornalismo exercido em outros meios,

mas pode servir para complementá-lo.

• Pontos Positivos → tempo real; atualização automática,

acesso móvel e novo espaço para distribuição de conteúdo.

• Pontos Negativos → limitação de caracteres; grande

volume de dados, possíveis distorções da informação e

ausência de créditos.

• Apesar do Twitter continuar sendo uma plataforma

social de destaque para o trabalho dos jornalistas, uma

mudança silenciosa acontece.

• Cada vez mais, o Facebook tem se transformado em

uma ferramenta útil e acessível para a apuração e

elaboração de matérias.

• É possível dizer que o Facebook, assim como o Twitter,

tem transformado o modo do jornalista contemporâneo

fazer seu serviço com eficácia e dinamismo.

Considerações

• O jornalismo ainda não sabe utilizar bem as mídias sociais.

• As empresas jornalísticas usam as mídias sociais mais

para promover suas notícias do que para interagir com o

público ou compartilhar conteúdo de terceiros.

• Aproximadamente 2% dos tweets dos veículos

buscavam informações ou opiniões de usuários.

• O jornalismo está com medo de perder a audiência dos

portais para as mídias sociais.

• O jornalismo nas mídias sociais poderia ser mais

customizado e segmentado.

AS NOTÍCIAS MAIS TUITADAS DE TODOS OS TEMPOS Fonte: Jornalistas da Web

11. O Assassinato de Bin Laden (01/05/2011) - Tweets por segundo: 5.106

10. O Terremoto da Costa Oeste dos EUA (23/08/2011) - Tweets por segundo:

5.449

09. O Tsunami do Japão (14/03/2011) - Tweets por segundo: 5.530

08. O Último Jogo da Final da NBA (12/06/2011) - Tweets por segundo: 5.531

07. A Morte de Steve Jobs (05/10/2011) - Tweets por segundo: 6.049

06. A Final da Liga dos Campeões (28/05/2011) - Tweets por segundo: 6.303

05. BET Awards 2011 (26/06/2011) - Tweets por segundo: 6,436

04. O Ano Novo no Japão (01/01/2011) - Tweets por segundo: 6.939

03. A Eliminação do Brasil na Copa América (17/07/2011) - Tweets por

segundo: 7.166

02. A Final da Copa do Mundo de Fut. Feminino (17/07/2011) - Tweets por

segundo: 7.196

01. A Gravidez de Beyoncé (28/08/2011) - Tweets por segundo: 8.868

DADOS

Fontes

• http://www.jornalistasdaweb.com.br/?pag=displayConteudo&idConteudoTipo=2&idConteu

do=3965

• http://www.youtube.com/watch?v=H61WvxOm1AM&feature=player_embedded#!

• http://www.youtube.com/playlist?list=PL80370EF30EFE4731

• ESCOBAR, Juliana Lúcia. Blogs como nova categoria de webjornalismo. In:

Blogs.Com:

• estudos sobre blogs e comunicação/ Adriana Amaral, Raquel Recuero, Sandra Montardo

• (orgs.)- São Paulo: Momento Editorial, 2009.

• PRIMO, Alex. Transformações no jornalismo em rede: sobre pessoas comuns,

• jornalistas e organizações; blogs, Twitter, Facebook e Flipboard. SBPjor, rio de

janeiro, 2011.

• RECUERO, R. (2009), Informação e credibilidade no Twitter, Jornalistas da Web, Rio de

Janeiro,

• acesso em 29/11/2011 de <

http://www.jornalistasdaweb.com.br/index.php?pag=displayConteudo&id%20ConteudoTipo

=2&idConteudo=3727>.

• SCHMITZ, Aldo A. Classificação das fontes de notícias. Disponível em:

http://www.bocc.ubi.pt/pag/schmitz-aldo-classificacao-das-fontes-de-noticias.pdf