jornal sabadão do povo edição 132

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JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE - WWW.SABADAODOPOVO.COM.BR EDIÇÃO Nº 132 - ANO 4 - 5 DE SETEMBRO DE 2015 - LENÇÓIS PAULISTA - CIRCULAÇÃO REGIONAL - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA SABADAO DO POVO Economia foi possível, também, devido ajustes praticados na gestão de Humberto Pita e na presidência relâmpago do vereador Tipó, que exonerou cargos do Legis- lativo; ação conta com apoio dos demais vereadores da atual gestão 2013 - 2015 Sob a gestão Prado Câmara economiza mais de meio milhão Sob a gestão Prado Câmara economiza mais de meio milhão De acordo com o que determina legislação municipal, a Câmara de Vereadores de Lençóis Paulista poderia gastar, ao longo de 2015, cerca de R$ 4,2 milhões, referentes ao percentual de 2,088% do orçamento do municí- pio. Porém, até o fim do mês de agosto, deste total, já foram economizados R$ 600 mil, como resultado das ações determinadas pela Mesa Diretora e acatadas por todos os vereadores. A previsão inicial já ultrapassada do presidente Anderson Prado de Lima (PV) era de economizar R$ 500 mil até o final do ano. Entre as medidas adotadas, segun- do Prado, é possível citar o controle do uso do veículo oficial, orientação aos servidores para o uso consciente dos materiais, redução do número de contratação de assessores a pedido de vereadores, uso do pregão para compras de materiais pelo Legislativo, não contratação de cargos administrativos de competência da Mesa Diretora e controle de viagens dos parlamentares. “Nós fizemos as mudanças ne- cessárias e o resultado está aí, uma economia que vai beneficiar toda a população”, enfatizou Prado. Página 6 A invasão dos homens fumaça ESQUENTA - As chamadas aos Bombeiros para conter incêndio estão em alta. O fogo estaria sendo colocado por pessoas despreocupadas com o bem estar e a saúde pública, além de causar prejuízos materiais por parte de quem é atingido em suas pro- priedades. Pág 4 Nardeli vê dano na compra de veículos usados pela Prefeitura Os gastos de dinheiro público decor- rentes da manutenção de equipamentos e veículos adquiridos já usados pela Prefeitura de Lençóis Paulista e com transporte de pessoas, na Educação e na Saúde, geraram críticas por parte de Nardeli da Silva (Pros), na última sessão da Câmara. Segundo o vereador, um sinal vermelho foi acesso por ele sobre os gastos, depois dos pedidos de infor- mações que fez e das respostas enviadas pela Prefeitura. “O poder publico não pode comprar coisas usadas, não da transparência. Está causando um dano ao erário público. Deram prejuízo todos os equipamentos e veiculos comprados usados”, afirmou. A administração nega os gastos ex- cessivos. Na diretoria de Educação, a informação é que o transporte escolar e a liberação das viagens para eventos são feitos com o rigor necessário. O transporte terceirizado atende os alunos da zona rural. “A medição do trajeto sempre é feita e repassada para a diretoria regional de Ensino”. Segundo a diretoria, a Educação mantém contrato anual com empre- sas para viagens a eventos ou outros, dentro e fora do município, assim como para eventos especiais, como jogos escolares e culturais. Página 3 Lençóis Paulista foi selecionada para participar do revezamento da Tocha Olímpica, antes da aber- tura dos Jogos Olímpicos, que serão realizados no ano que vem, no Rio de Janeiro. Na sexta-feira, dia 4, representantes da Prefeitura receberam a visita da Gerente Re- gional do Comitê Organizador do Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016, Miriam Campos, para uma reunião técnica. Particpou da reunião, o Comandante da 5ª Cia da PM, Capitão Juliano Xavier. Os interessados em participar, condu- zindo a Tocha Olímpica, podem fazer as inscrições nos sites dos patrocinadores da Rio 2016, em um dos links disponíveis no site da Prefeitura. Lençóis participa do revezamento da tocha olímpica Acusado por estelionato, advogado é preso e solto um dia depois Preso em flagrante, na quinta-feira, dia 3, acusado de estelionato, o advoga- do Gabriel Gouveia Martins, investiga- do pelo Ministério Público por suspeita de envolvimento em ações fraudulentas, falsificação e uso de documento falso pagou fiança de 30 salários mínimos e deixou a prisão na sexta-feira. Ele deve responder ao processo em liberdade. O advogado foi preso pela Polícia Militar após sacar R$ 1.541,90 no caixa do posto bancário que funciona dentro do Fórum de Lençóis Paulista. O dinheiro é relativo a três ações impetradas pelo advogado, suspeitas de fazerem parte do suposto, objeto de investigação pelo Ministério Público. Segundo o tenente da PM, iago Zor- zetto, que conduziu o flagrante, após sair do Fórum, o Gabriel foi abordado e confirmou que havia feito o saque. “Ele confirmou que havia feito o saque com base nas guias que havia coletado nos Cartórios do Fórum. Sabendo que podia ser dinheiro ilícito, com a indicação do Ministério Público, ele foi conduzido para a Delegacia de Polícia, onde o delegado Luiz Cláudio Massa ratificou a prisão em flagrante por estelionato”, narrou o tenente. Página 5 Billy Mao Prefeitura nega denúncia de despejo de placas A Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista negou, esta semana, uma denúncia sobre descarte de placas de sinalização e lixo hospitalar no Centro de Unidade de Serviços, como é cha- mada a área onde está o aterro de lixo. Durante esta semana, uma denún- cia enviada para a redação do jornal Sabadão do Povo dava conta que pla- cas de sinalização em boas condiçoes estariam sendo jogadas no aterro sem nenhum tipo de proteção. O denun- ciante, que pediu anonimato, enviou as fotos pelo celular no momento em que teria feito as imagens. “Estou aqui no aterro de lixo agora e acabei de achar uma grande quantidade de pla- cas jogadas na terra, sem nenhum tipo de lugar adequado para guardá-las”, dizia a mensagem. Págian 4

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Jornal semanal com distribuição em Lençóis Paulista, Macatuba e Borebi. Assine e receba o jornal no conforto de sua casa: 32631740

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Page 1: Jornal Sabadão do Povo edição 132

JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE - WWW.SABADAODOPOVO.COM.BR

EDIÇÃO Nº 132 - ANO 4 - 5 DE SETEMBRO DE 2015 - LENÇÓIS PAULISTA - CIRCULAÇÃO REGIONAL - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

SABADAO DO POVO

Economia foi possível, também, devido ajustes praticados na gestão de Humberto Pita e na presidência relâmpago do vereador Tipó, que exonerou cargos do Legis-lativo; ação conta com apoio dos demais vereadores da atual gestão 2013 - 2015

Sob a gestão PradoCâmara economiza mais de meio milhão

Sob a gestão PradoCâmara economiza mais de meio milhão

De acordo com o que determina legislação municipal, a Câmara de Vereadores de Lençóis Paulista poderia gastar, ao longo de 2015, cerca de R$ 4,2 milhões, referentes ao percentual de 2,088% do orçamento do municí-pio. Porém, até o fim do mês de agosto, deste total, já foram economizados R$ 600 mil, como resultado das ações determinadas pela Mesa Diretora e

acatadas por todos os vereadores. A previsão inicial já ultrapassada do presidente Anderson Prado de Lima (PV) era de economizar R$ 500 mil até o final do ano.

Entre as medidas adotadas, segun-do Prado, é possível citar o controle do uso do veículo oficial, orientação aos servidores para o uso consciente dos materiais, redução do número de

contratação de assessores a pedido de vereadores, uso do pregão para compras de materiais pelo Legislativo, não contratação de cargos administrativos de competência da Mesa Diretora e controle de viagens dos parlamentares.

“Nós fizemos as mudanças ne-cessárias e o resultado está aí, uma economia que vai beneficiar toda a população”, enfatizou Prado. Página 6

A invasão dos homens fumaçaESQUENTA - As chamadas aos Bombeiros para conter incêndio estão em alta. O fogo estaria sendo colocado por pessoas despreocupadas com o bem estar e a saúde pública, além de causar prejuízos materiais por parte de quem é atingido em suas pro-priedades. Pág 4

Nardeli vê dano na compra de veículos usados pela Prefeitura

Os gastos de dinheiro público decor-rentes da manutenção de equipamentos e veículos adquiridos já usados pela Prefeitura de Lençóis Paulista e com transporte de pessoas, na Educação e na Saúde, geraram críticas por parte de Nardeli da Silva (Pros), na última sessão da Câmara. Segundo o vereador, um sinal vermelho foi acesso por ele sobre os gastos, depois dos pedidos de infor-mações que fez e das respostas enviadas pela Prefeitura. “O poder publico não pode comprar coisas usadas, não da transparência. Está causando um dano ao erário público. Deram prejuízo todos os equipamentos e veiculos

comprados usados”, afirmou.A administração nega os gastos ex-

cessivos. Na diretoria de Educação, a informação é que o transporte escolar e a liberação das viagens para eventos são feitos com o rigor necessário. O transporte terceirizado atende os alunos da zona rural. “A medição do trajeto sempre é feita e repassada para a diretoria regional de Ensino”.

Segundo a diretoria, a Educação mantém contrato anual com empre-sas para viagens a eventos ou outros, dentro e fora do município, assim como para eventos especiais, como jogos escolares e culturais. Página 3

Lençóis Paulista foi selecionada para participar do revezamento da Tocha Olímpica, antes da aber-tura dos Jogos Olímpicos, que serão realizados no ano que vem, no Rio de Janeiro. Na sexta-feira, dia 4, representantes da Prefeitura receberam a visita da Gerente Re-gional do Comitê Organizador do Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016, Miriam Campos, para uma reunião técnica. Particpou da reunião, o Comandante da 5ª Cia da PM, Capitão Juliano Xavier. Os interessados em participar, condu-zindo a Tocha Olímpica, podem fazer as inscrições nos sites dos patrocinadores da Rio 2016, em um dos links disponíveis no site da Prefeitura.

Lençóis participado revezamentoda tocha olímpica

Acusado por estelionato, advogadoé preso e solto um dia depois

Preso em flagrante, na quinta-feira, dia 3, acusado de estelionato, o advoga-do Gabriel Gouveia Martins, investiga-do pelo Ministério Público por suspeita de envolvimento em ações fraudulentas, falsificação e uso de documento falso pagou fiança de 30 salários mínimos e deixou a prisão na sexta-feira. Ele deve responder ao processo em liberdade.

O advogado foi preso pela Polícia Militar após sacar R$ 1.541,90 no caixa do posto bancário que funciona dentro do Fórum de Lençóis Paulista. O dinheiro é relativo a três ações impetradas pelo advogado, suspeitas de fazerem parte do suposto, objeto de investigação pelo Ministério Público.

Segundo o tenente da PM, Thiago Zor-zetto, que conduziu o flagrante, após sair do Fórum, o Gabriel foi abordado e confirmou que havia feito o saque. “Ele confirmou que havia feito o saque com base nas guias que havia coletado nos Cartórios do Fórum. Sabendo que podia ser dinheiro ilícito, com a indicação do Ministério Público, ele foi conduzido para a Delegacia de Polícia, onde o delegado Luiz Cláudio Massa ratificou a prisão em flagrante por estelionato”, narrou o tenente. Página 5

Billy Mao

Prefeitura nega denúncia dedespejo de placas

A Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista negou, esta semana, uma denúncia sobre descarte de placas de sinalização e lixo hospitalar no Centro de Unidade de Serviços, como é cha-mada a área onde está o aterro de lixo.

Durante esta semana, uma denún-cia enviada para a redação do jornal Sabadão do Povo dava conta que pla-cas de sinalização em boas condiçoes estariam sendo jogadas no aterro sem nenhum tipo de proteção. O denun-ciante, que pediu anonimato, enviou as fotos pelo celular no momento em que teria feito as imagens. “Estou aqui no aterro de lixo agora e acabei de achar uma grande quantidade de pla-cas jogadas na terra, sem nenhum tipo de lugar adequado para guardá-las”, dizia a mensagem. Págian 4

Page 2: Jornal Sabadão do Povo edição 132

A primeira face é a administrativa, as prefeituras municipais já começam o ano sabendo o valor estimado de suas receitas com base em anos antes, isso tudo estão previstos nas leis; Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Orçamento Anual (LOA) – que formam o planeja-mento e a execução das políticas públicas federais, o PPA, é um plano a médio prazo, por um período de quatro anos que tende a traçar metas fiscais, despesas e locações orçamentaria e é embasado na constituição federal art. 165, § 1º, a LDO, tem a finalidade de nortear a elaboração dos orçamentos anuais, compreendidos aqui o orçamento fiscal, o orçamento de investimento e o orça-mento da seguridade social, de forma a adequá-los às diretrizes, objetivos e me-tas da administração pública, já traçado pelo PPA, Para viabilizar a concretização das situações planejadas no Plano Pluria-nual e, obviamente, transformá-las em realidade, obedecida a Lei de Diretrizes Orçamentárias, elabora-se o Orçamento Anual, onde são programadas as ações a serem executadas, para que seja cumpri-do a meta já estabelecida.

Já os recursos financeiros são de-rivados de 3 (três) fontes, municipal, estadual e federal, ou seja, todo imposto ou tributo que você paga ajuda a com-por o orçamento da união, Estado e do

Município, Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), Im-posto sobre Transmissão de Bens e Imó-veis Inter vivos (ITBI) e imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), estaduais Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Trans-porte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) e os federais Imposto de Importação (II), Imposto de Exportação (IE), Imposto sobre Produ-tos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Imposto sobre Propriedade Territorial Rural (ITR), Imposto sobre Grandes Fortu-nas (IGF), de tudo que é arrecadado o município é obrigado a distribuir 15% para a Saúde e 25% para a Educação e pode comprometer no máximo 54% com folha de pagamento, lembrando que o limite prudencial recomendado pelo TCE – Tribunal de Contas do Es-tado é de 52%. O que sobra é aplicado em serviço social, esporte, lazer, cultura e investimento (obras, reformas, etc) lembrando que o município só pode gastar “livremente” os recursos próprios que são gerados no município.

A Segunda face é a política, que cabe ao Prefeito e vereadores é “correr” atrás

dos deputados aliados e solicitar as tão sonhadas emendas parlamentares, que normalmente demoram de 1 (um) a 2 (anos) para saírem, e outra possibilidade são os convênios com o programas e projetos da secretarias e ministério, por exemplos temos a Creche-Escola que é um programa da Secretaria de Edu-cação, Esporte Social e lei de incentivo ao Esporte da Secretaria de Esporte e Juventude do Estado, Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, Time do Emprego, InvestSP, Frente de Trabalho Paulista da Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo, Lei de incentivo ao Esporte Federal do Ministério dos Esportes, PAC, progra-ma de aceleração do Crescimento do Ministérios das Cidades, Minha casa minha vida, parceria do Governo e Caixa Econômica Federal, o problema é: quando o governo começa a fazer cortes, quem vai sofrer é o município, afinal de contas o cidadão não vai bater na porta do governador e da presidente.

Saber gerir a Secretarias/Diretorias de governo, cobrando dos seus gesto-res a qualidade no atendimento aos munícipes, no que tange a qualidades dos serviços públicos, gestão técnica e gestão de pessoas. Gerenciar sua agenda de forma que priorize a atendimento à população, mas sem deixar de atender os geradores de empregos dentro do muni-

cípio, assim como toda e qualquer visita, buscar em outros municípios projetos que possam ser utilizados e sua cidade e sempre tentar, por mais difícil que seja fazer a cidade virar modelo.

Ao meu ver hoje o prefeito tem o pa-pel de administrador de crise, por mais difícil que esteja a situação da economia, por mais difícil que seja ver as empresas de sua cidade fechando as portas, deve lutar, correr atrás e fazer o melhor que puder, para poder colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz.

Por tudo isso vejo que a população deve cobrar mais de seus vereadores, nada de ficar fazendo indicações, queremos PL’s que realmente sejam uteis para as cidades, chega de monções de aplausos, queremos ver as emendas dos deputados que vocês fizeram campanha, e nada de deputado do diário oficial, que tudo que libera para o município diz que é dele só por ser “amigo” do governador, é preciso emendas parlamentares, chega de “assistencialismos” corra atas de projetos sociais, quem por mais que não seja atri-buição do legislador é por “obrigação” do homem público fazer e tudo isso sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, nada de usar o famoso “rouba, mais faz”

Fabrício Rodrigues é graduando em Ges-tão Publica, Presidente do Solidariedade de Borebi - [email protected].

No mês no qual como brasilei-ros, comemoramos a independên-cia de nosso país, nossas mentes se voltam a um passado histórico, não tão distante, para nos lembrarmos que homens, mulheres e crianças, sofriam sendo explorados por ou-tros povos. Até que num esforço sacrificial esse povo heroico, num clamor pela liberdade declarou com entusiasmo: “E o sol da liberdade em raios fúlgidos brilhou no céu da pátria nesse instante”. Como penhor (garantia) da igualdade.

Muitos são os que hoje no Brasil se organizam com políticas iníquas para apagar o “sol da liberdade”. Ga-rantia e igualdade conquistada com braço forte, que tem como desafio de cada cidadão mantê-la, lutando contra aqueles que sorrateiramente vem destruindo através de políticas de Estado e não políticas de gover-no, como bandeira para nortear a vida das gerações futuras. Como cidadãos deste país, precisamos continuar livres para pensar e dis-cordar de temas que contrariam os princípios bíblicos e desconstroem a verdadeira família instituída por

Deus para a felicidade do homem, da mulher e da sociedade. A fa-mília constituída por homem e mulher é expressamente decla-rada como base e fun-damento da sociedade, tanto na Constituição Federal como em tra-tados internacionais.

A pátria amada Brasil é um país com oito milhões de quilômetros quadrados de área total, onde vivem mais 200 milhões de pessoas, em sua maioria vivendo em condições precárias. Um dos países líder na questão de desequilíbrio social, alto índice de suicídio, depressão, violência, alcoolismo, dependência química, corrupção, desumanidade, salário insuficiente para o trabalha-dor, desemprego crescente, dificul-dade de acesso à educação, saúde e moradia. Trabalho escravo ou semi escravo de brasileiros e imigrantes, infantil ou adultos, transporte, anal-fabetismo, ... Sobre grande parte de nossa população não chega os raios do sol da liberdade por causa das

densas nuvens que o poeta não previu. O Brasil pede socorro e precisa de socorro urgente.

Tenho, como mui-tos brasileiros, me mantido calado diante da atual situação, por conta de limitações ou até por receio de não

ser ouvido e entendido. Procuro por algo que justifique meu silên-cio e não acho. Me uno a milhões de compatriotas que também se mostram indignados, mas que não se esquecem que são povo de Deus que amam o Brasil, mas que são governados por um poder infinita-mente maior, que olham para sua Palavra e na declaração de um de seus profetas que diz: “ O Espírito do Senhor esta sobre mim, porque o Senhor ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos nela prisioneiros, para proclamar a ano aceitável do Senhor e o dia da

vingança do nosso Deus e para con-solar os que andam tristes” (Isaías 61.1-2). A declaração pode referir-se ao profeta em sentido limitado e na sua totalidade ao Messias libertador.

Queremos mudanças? Essas mudanças podem começar por nós brasileiros despertando o verdadeiro sentimento de patriotismo, recor-dando e refletindo nas mensagens dos hinos pátrios como Hino Nacional Brasileiro, Hino da Inde-pendência, Hino da Marinha e do Exército Brasileiro. Paz no futuro e glória no passado, fica bonito quan-do bem cantado, mas não haverá paz no futuro se não houver glória no presente. “Salve Deus a minha pátria, minha pátria varonil. Salve Deus a minha pátria, minha pátria do Brasil”. A paz que queremos no futuro, pode estar condicionada a uma ação conjunta de um desper-tamento conjunto de ações contra a institucionalização da iniquidade no Brasil sobre os brasileiros.

Antônio Carlos Cabral é Ba-charel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista Grande ABC.

2LENÇÓIS PAULISTA, 5 DE SETEMBRO DE 2015

OPINIÃO

FALE CONOSCO CNPJ: 14.647.331./0001-22

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Registrado no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas de Lençóis Paulista sob

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O sol da liberdadepr. antonio carlos cabral

FabrÍcio roDriGUEs

railson roDriGUEs

A curaO cenário de um mundo apoca-

líptico sempre ronda o imaginário popular. A mente fica projetando o dia e a hora do fim do mundo, ou mesmo do colapso mundial que levaria ao caos, como nos filmes.

São tantas possibilidades, desde um vírus infectocontagioso que transformaria a população em zumbis, até invasões alienígenas, catástrofes naturais como furacões, terremotos, maremotos, ruptura de placas tectônicas, erupções solares, ou uma guerra química, nuclear talvez, entre tantas outras opções.

Mas o desfecho das histórias apocalípticas é, em regra, o mesmo: Alguns se salvam e a espécie humana não acaba. Talvez, inconscientemente, essa seja a solução buscada por nossos cérebros viciados na falácia triste e recorrente de que a humanidade não tem mais salvação. Então, a saída en-contrada em nossos prognósticos seria justamente essa: Recomeçar. Como se aprende na história do dilúvio, é bíbli-co – e está provado que não resolveu.

E quando digo que se trata de uma falácia triste, estou me referin-do ao fato de que são humanas, ob-

viamente, as próprias pessoas que propagam que a humanidade é deplorável. Desta for-ma, referem-se a elas próprias.

Dia desses, deparei-me com a história da Gisele, uma mulher que tentou terminar o relacionamento de sete anos e teve suas mãos decepadas pelo marido, que com um facão ain-da tentou cortar seus pés, aplicando golpes pelo corpo todo da mulher.

Gisele sobreviveu e agora precisa de próteses para as mãos e de trata-mento para voltar a andar. Diante desse cenário, há duas visões pos-síveis, a primeira, e mais cômoda, é pensar que está tudo perdido e a humanidade não tem jeito, e deixar que a Gisele se vire. A segunda é ajuda-la de alguma forma e provar que nós, como seres humanos, ainda podemos dar jeito nisso tudo, que podemos ser a esperança que bus-camos, e que se eu e você “temos jeito”, então a humanidade ainda tem jeito. A irmã da Gisele fez uma

“vaquinha” na inter-net, eu doei, mas até o momento a “vaquinha” da Gisele havia arreca-dado apenas 13% do que foi arrecado na vaquinha para ajudar os porcos do Rodoanel.

Nada contra os por-cos, não como a carne deles, sou defensor dos

direitos animais, ajudaria na vaqui-nha, mas tive que escolher entre a Gisele e os porcos, e não pensei duas vezes em ajudar a moça. Contudo, os porcos arrecadaram sete vezes mais.

Observo que o mundo humano vem ruindo e não é por invasão alie-nígena, nem catástrofes ou zumbis. A humanidade já começou a defi-nhar, mas por razões tênues: A falta de amor entre si e, principalmente, a luta pelo dinheiro e por posses.

Observo a Europa sendo invadida por povos refugiados, vejo confron-tos de religiões que estão cada vez mais beligerantes e intolerantes, destoando dos princípios de amor incondicional ao próximo, embu-

tindo nas pessoas o preconceito velado e o ódio aos diferentes.

Os próprios europeus vieram re-fugiados para a América, encontra-ram abrigo por aqui, e hoje muitos de seus descendentes tanto aqui como na Europa, são xenófobos.

Estou enxergando o êxodo dos filmes apocalípticos, onde muitos humanos buscam salvação em outras terras e lutam por suas vidas, con-tudo, o que tem acontecido é que ao invés de a raça humana se unir para salvar a própria espécie, ela tem criado mecanismos de defesa para não abrigar os necessitados.

O problema sempre é comovente quando está distante, mas quando bate à porta, muita gente tenta se esconder. E a verdade é que grande parte do povo brasileiro que se chocou com a criança síria morta à beira do mar da Turquia, parece querer o fim das cotas e do bolsa família e está furiosa com a vinda dos haitianos para o Brasil.

Railson Rodrigues é estudante de Direito e pós-graduando em Direito Municipal.

Sabadão online: issuu.com/billymao/docs/

Reflexão

Intervenção sobre charge de AROEIRA

Exemplo deconquista

As faces do poder público municipal

“Um erro não se converte em verdade pelo fato de que todo mundo

acredite nele.”

Mahatma Gandhi

Mugica visita THC, ops... FHC

Em momentos de crise é que se consegue identificar os administradores preocupados com o dinheiro público e suas prioridades. A Câmara Municipal de Lençóis Paulista vem dando exemplo, há três anos, nesse sentido, o que resultou em uma economia de dinhei-ro público que deve entrar para a história do Legislativo lençoense, ao ultrapassar a cifra de meio milhão de reais.

Desde que assumiram os respectivos ocupantes da presidência do Legislativo, em 2013, o que se tem visto é uma condu-ta correta na administração da Casa. O uso do dinheiro público tem sido um assunto de extremo zelo, sob a direção de quem conduz administrativamente, com apoio de vereadores, e especialmente, de seus servidores e funcionários.

Se as polêmicas políticas, por vezes, im-pactam a assembléia da Câmara, por refleti-rem a conduta dos vereadores em plenário na vida cotidiana de todos os lençoenses - com mais ênfase naquelas famílias mais carentes - por outro lado, as últimas suces-sivas administrações legislativas dão prova de que o dinheiro público está em boas mãos, sob a regência dos últimos três presi-dentes. Com facilidade para os dois últimos, após as urgentíssimas reformas no prédio da sala de reuniões - que em ruínas, havia sido abandonado pela administração municipal, muitos antes da crise financeira – realizadas por Humberto Pita, assim como a locação do prédio administrativo, que se mostrou adequado para as demandas da Câmara, mas também da sociedade como um todo.

Para chegar à ecomomia agora anunciada, que já supera a primeira previsão feita para o final do ano, uma das decisões apontadas pela atual administração de Prado de Lima é a contratação adequada de ocupantes de cargos de confiança, que só diminuiu com o passar do tempo, e que teve drástica queda nos poucos dias da administração de Ailton Tipó, se mantendo estritamente dentro das necessidades atuais de um Legislativo com o porte do lençoense.

Infelizmente, se está é a realidade no Legislativo, a realidade não parece ser a da economicidade no poder público municipal, que não tem demonstrado tal desenvoltura para economizar, sem prejudicar serviços prestados à população ou a seus proprios colaboradores. As decisões são, na verdade, opostas, ao priorizarem cortes de direitos garantidos de servidores e a precarização dos serviços prestados.

O que se viu até agora é uma máquina inchada por diretores e chefes com altos rendimentos, mantidos para controlar o exército dos servidores “chão de fábrica”, que se desbobram para manter a máquina funcionando, ao mesmo tempo em que têm seus acessos a melhores ganhos re-duzidos e direitos desrespeitados. Isso, ao mesmo tempo, também, em que remédios desaparecem das prateleiras dos postos de saúde, funcionários desligados não são substituídos, é reduzido atendimento mé-dico e de educação, entre tantos outros.

O que se vê é o exemplo do Legislativo não sendo percebido pela administração municipal, que ao contrário, mantém gorda folha de pagamento para comissionados e ocupantes de cargo de confiança, enquanto planeja reduzir o patrimônio público para conseguir fechar suas contas no azul até o final do ano, se eximindo de maiores proble-mas, se eximindo de sua responsabilidade básica – atender ao cidadão.

Assim, há o que se comemorar de um lado e muito o que se lamentar de outro.

Page 3: Jornal Sabadão do Povo edição 132

POLÍTICA 3LENÇÓIS PAULISTA, 5 DE SETEMBRO DE 2015

Chapa branca - Em Borebi, durante os mandatos dos ex-prefeitos Finotti e Vaca, e ainda, de Leila Ayub, a Prefeitura de lá teria pago mensalmente e, supostamente, sem nenhum tipo de licitação, para um veículo de comunicação de um parente próximo de Vaca, publicar editais e acobertar possíveis desvios dos prefeitos.

Chapa quente - Munidos com documentos e as notas pagas durante o período, um grupo de pessoas de Borebi deverá entrar com uma denúncia no Ministério Público apontando a possível improbidade administrativa dos ex-prefeitos.

Peneira - Aliás, denúncia é o que mais tem chegado ao gabinete da Promotoria nos últimos tempos. O problema é que teria gente indo ao Ministério denunciar coisas que não conferem com a realidade dos fatos. Uma fonte no Fórum de Lençóis Paulista indica que um asses-sor de Borebi é ‘costumaz fazedor’ de denúncias sem fundamentos.

Na atividade - O Sabadão do Povo é o único veículo que circula com frequência regular em Borebi. Isso dá margem para que alguns acu-sem o jornal de ser partidário do governo Mané Frias. O problema é que quem diz isso está tão acostumado com a imprensa de cabresto que não consegue admitir a Imprensa Livre.

Chapa transparente - Livre, inclusive, para apontar irregularida-des no governo Mané Frias se vier a ocorrer. Mas o jornal entende bem essa situação: foram 20 anos para fazer a gestão como bem entendiam em Borebi, sem que tivessem a imprensa de lá (ou daqui) para mostrar a verdade dos fatos. Devido essa cegueira jornalística de 20 anos, sobrou para o Sabadão a árdua, mas grata, a tarefa de mostrar tudo o que foi encoberto durante todos esses anos.

A lista - E não pára por ai, muito mais coisas, que se quer a popula-ção tem conhecimento, deverão preencher as páginas do jornal nos próximos meses. Se não vejamos: há processos julgados de Borebi e existiam contratações completamente irregulares que, se não tivesse mudado o gestor municipal, estariam perpetuados na administração recebendo salários altíssimos para os padrões da cidade.

Conta - Uma conversa começou ganhar força nas rodas políticas de Lençóis. Uma suposta pesquisa de intenção de votos estaria ocorrendo pelas ruas de forma bastante velada(?). Segundo o zum zum zum da prosa, os nomes de Tipó, Marise, Dr. Pita e Prado es-tariam neste levantamento para buscar um parâmetro da intenção de votos do cidadão.

Seo Dotô - Se verdade ou não, na oposição ninguém teria contratado a pesquisa. Já na situação, o assunto é tratado como invenção. Mesmo com esses desencontros, uma fonte da Coluna garantiu que ouviu no bairro Cajú, que um médico estaria na frente da suposta pesquisa.

Hein? - Ao que parece, já que oficialmente nenhum partido assumiu uma pesquisa, até agora, é que essa conversa teria nascido de uma “sondagem” extraoficial em alguns bairros. Segundo a fonte que passou informações à Coluna, o nome de Ailton Tipó e Dr. Pita es-tariam com mais evidência na sonagem. Bem distante do segundo colocado, Antonio Marise, atual diretor do SAAE.

O novo - Sendo a pesquisa verdadeira ou não, em Lençóis Paulista um novo nome poderá surgir em busca de espaço político já na pró-xima eleição. Pelo que chegou até a Coluna, o nome poderá agradar a comunidade evangélica local. Estima-se que cerca de 80% da população seja formada por evangélicos em Lençóis.

Unidos - Se levado em consideração o poder de voto e a união des-sa parcela da sociedade, o nome em questão deverá receber muita atenção e portas abertas. Como as amarrações políticas ainda devem ebulir bastante, poderão ocorrer gratas surpresas. Principalmente, neste novo cenário que deve começar a se formar.

Aperto - No entanto, o próximo gestor municipal de Lençóis Paulista deverá enfrentar sérios problemas financeiros. Se levado em conta o rumo no qual as duas gestões tucanas colocaram a Prefeitura, inchando a máquina com as incorporações e ações ligadas ao Iprem, o prefeito que assumir em 2017 vai precisar de muita coragem e jogo de cintura para poder administrar a cidade, considerando como ela poderá ser deixada.

Hum, será? - Claro que essa premissa deverá ocorrer se houver al-ternância de poder e não voltar para a Praça das Palmeiras membros do tucanato, grupo que está à frente do município por quase duas décadas, colocando a tão aclamada democracia apenas na conversa.

Preliminar - Enquanto a eleição é assunto que vai esquentando, inclusive na Câmara, outros temas colocam lenha na fogueira. Os pedidos de informações de vereadores e as respostas dadas por diretores municipais é um deles que, vez ou outra, eleva o nível do discurso, especialmente em relação a pastas bem específicas.

Endereço - Esta semana, por exemplo, o número de prédios usados pela Prefeitura que não oferecem acessibilidade foi mote para que o vereador Jonadabe de Souza esquentasse seu discurso. O pedido de informação, segundo Jonas, foi respondido pela diretoria de Planejamento, cujo responsável é Luiz Eduardo conti, ex-Educação.

Onde, quando, como? - Conti teria respondido a Jonas que des-conhece a quantidade de prédios locados pela Prefeitura que não têm acessibilidade. “Por ai se ve quantas pessoas que ocupam cargos de confiança e não conhecem os problemas que a ela são delegados cuidar. Se cabe a ele zelar pelos prédios públicos, ele não sabe nem quantos estão locados, segundo a resposta que me deu”, disparou Jonas.

A FARMÁCIA DA CRUZEIRO VAI MUDAR DE ENDEREÇO!!!

TANIA MORBI

“Está causando um dano ao eráriopúblico”, diz Nardeli sobre comprade veículos usados pela PrefeituraAfirmação foi feita durante a sessão da Câmara de segunda-feira, dia 31, quandovereador também alertou sobre despesas com viagens; ‘o sinal vermelho foi aceso’, disse

BILLY MAO

Sobre a frase “maior ladrão que eu já vi”,Tribunal de Justiça nega indenização por danos morais pedida por ex-prefeito

A 13ª Câmara Extraordinária de Direito Privado do Tribunal de Jus-tiça de São Paulo proferiu este mês um Acórdão onde nega provimento a um recurso pedido pelo atual vi-ce-prefeito e diretor do SAAE, José Antonio Marise, sobre um pedido de indenização, por danos morais, feito após matéria publicada o extinto informativo, que teve distribuição no ano de 2012, em Lençóis Paulista com o nome “Jornal Opinião”. O informativo era editado por Gilmar Paccola e Paulo Jacon, através da em-presa jornalística Nova Identidade.

Os desembargadores Milton Carvalho e Luiz Ambra entende-ram, juntamente com o relator Mauro Conti Machado, que a matéria publicada pelo informati-vo não continha as acusações apre-sentadas pelo atual vice-prefeito e recusaram provimento ao pedido de indenização por danos morais, calúnia e difamação e imputação ao crime de racismo.

Na ocasião, o informativo publi-cou entrevista feita com o advogado lençoense Luciano Bernardes, no qual expressou sua opinião sobre o então prefeito naquele momento, hoje, atual vice e diretor do SAAE.

Então vejamos o que proferiu a relatoria sobre a recusa:

“Insurge-se o apelante contra sentença proferida às fls. 295/300, que julgou a improcedência total da ação, sob fundamento de que as afirmações de um dos réus se deram em âmbito de estrita disputa política, inexistindo animus difamandi e são protegidas pelo artigo 5º, incisos III

e IX da Constituição Federal. O objeto da demanda foram afirmações feitas por um dos réus em entrevista concedida ao jornal “Opinião”, que, na presente demanda também figura como réu, bem como seu responsável.

O entrevistado afirmou que a administração do autor frente à prefei-tura da cidade de Lençóis Paulista era “uma administração mental [...] Uma lavagem cerebral. Igual aconteceu na Alemanha nazista”, que o autor se tratava do maior ladrão que ele já vira em sua vida, e que “o grupo de apoio do Marise é baseado numa oligarquia, quase toda ela de origem italiana. Esse é o grupo de apoio dele. É mais um racismo do que um reconhecimento de uma liderança política”.

Em sua contestação, o réu Luciano Bernardes Filho aduziu ser parte ilegítima para figurar no polo passivo da demanda, baseando-se no artigo 49 da Lei de Imprensa, que leciona ser responsável pela reparação de dano causado mediante publicação em jor-nal a pessoa natural ou jurídica que explora o meio de divulgação.

Também afirma se tratar o autor de parte ilegítima para figurar no polo ativo, pois a imputação de racismo não teria sido dirigida ao autor, mas aos que o apoiam politicamente.

Por sua vez, o segundo e terceiro réus também afirmaram em sua contestação serem parte ilegítima, tendo em vista que a fiel publicação de entrevista que contenha difamação não configuraria ato ilícito, pressuposto para a legitimidade passiva das partes.

O processo foi sanado e as supostas ilegitimidades foram afastadas, decisão

da qual não houve recurso.Foram colhidos depoimentos das

testemunhas arroladas pelas partes.É a suma do necessário. Não

assiste razão ao apelante. As afirma-ções do autor não são bastantes para a caracterização de danos morais. Como foi corretamente decidido pelo juízo a quo, as afirmações publicadas soam ofensivas, mas se faz necessário analisar a entrevista como um todo para decidir a respeito da caracteri-zação de dano moral.

Lida a entrevista em sua integri-dade, e interpretadas as afirmações do réu Luciano Filho em seu con-texto, não há que se falar em dano moral causado ao autor.

É possível depreender da entrevista que o réu discorda do autor em sua linha de pensamento político, motivo pelo qual condena o modo que este conduz sua administração do mu-nicípio de Lençóis Paulista. Não se verifica nas declarações transcritas a existência de animus difamandi, mas apenas críticas desmoderadas à forma que o autor conduziu seus trabalhos à frente da administração municipal.

Nota-se que a expressão “maior ladrão que eu já vi” refere-se a apo-deração de mérito que não lhe é de direito, e não à apropriação criminosa de coisa alheia ou divisa pública.

Também não são suficientes para ensejar reparação por danos morais as outras afirmações dadas na entrevista.

A afirmada imputação de crime de racismo ao autor também não merece provimento, já que, para que ocorra a prática de calúnia se faz necessária a presença tanto de dolo quanto da

intenção de ofender, o que não se verifica nos autos.

Por fim, a comparação ao regi-me nazista não se deu nos moldes afirmados pelo autor, aproximan-do-o ao Holocausto ou à ideologia do partido alemão. O réu estava criticando a suposta existência de fabricação dos índices de aprovação do autor em seu mandato como prefeito, a partir de controle dos meios de comunicação, tal qual era a conduta do terceiro reich. Posto isto, nega-se provimento ao recurso”.

Dessa forma, e não obstante dos direitos constituídos sobre a livre expressão e a liberdade de imprensa, mais uma vez a Justiça mostra que homens públicos estão sujeitos aos apontamentos do labor jornalístico que exprime, também, a opinião pública.”

Também não vai longe a ânsia de mandatários buscarem, mesmo que de formas escusas, manter parte da im-prensa sob os domínios financeiros da coisa pública, preterindo a imprensa livre de recursos e provimentos para beneficiarem apenas seus pares.

No caso expecífico desse fato, o então prefeito entrou com pedido de indenização em primeira ins-tância. Tendo negativado o pedi-do, recorreu à segunda, tentando impetrar prejuízo financeiro à em-presa jornalística que reproduzira uma entrevista. Ou seja, a opinião de um cidadão.

Com a negação no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o atual vice-prefeito poderá recorrer, se assim desejar, ao Supremo Tribu-nal de Justiça, em Brasília.

Tânia MorbiOs gastos de dinheiro públi-

co decorrentes da manutenção de equipamentos e veículos adquiridos já usados pela Pre-feitura de Lençóis Paulista e com transporte de pessoas, na Educação e na Saúde, geraram críticas por parte de Nardeli da Silva (Pros), na última sessão da Câmara. Segundo o vereador, um sinal vermelho foi acesso por ele sobre os gastos, depois dos pedidos de informações que fez e das respostas enviadas pela Prefeitura.

“O poder publico não pode comprar coisas usadas, não da transparência. Está causando um dano ao erário público. Deram prejuízo todos os equi-pamentos e veiculos comprados usados”, afirmou Nardeli, da Tribuna da Câmara.

Segundo ele, a compra de veículos usados segue valores da Tabela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econô-micas), usada parâmetro para valores de veículos novos e usados em todo país. Porém, os custos gerados após a aquisição estariam elevando o valor final da compra e gerando prejuízos para o município. “Se comprar um caminhão que custa R$ 50 mil pela tabela FIPE, não fazem licitação, porque vão dizer que só tem este lugar para comprar e pagam os R$ 50 mil. Porém, o caminhão tinha que chegar no município, o motorista ligar e prestar o serviço para a sociedade, mas isso não ocorre. Quando o caminhão chega tem que fazer motor, diferencial, câmbio, pintura, reforma, tudo. Estão com-prando sucata para reforma. Parem”, alertou Nardeli.

O vereador disse que apre-sentará projetos sobre os dois assuntos, com a finalidade de ga-rantir a transparência do uso do dinheiro público. “Se tem zelo com dinheiro publico, compra novo. Se não puder, não com-pra, porque compra de veículo usado não é transparente. Para o poder publico, o caminho é concessionária, licitação, carro zero e garantia”, afirmou.

Nardeli levantou a suspeita de que Prefeitura estaria pagando mais por viagens não realizadas por empresas contratadas através de licitação, por isso também deve apresentar projeto de lei aumentando a fiscalização. “A pessoa pode ganhar a licitação

para fazer 100 viagens e fazer 70. Por isso vou fazer um projeto de lei prevendo que quando o ônibus sair da escola, a diretora vai assinar, a professora vai assi-nar e o setor de Educação ou o que for competente vai assinar, e se não tiver requisição, não vai receber”, disse.

Para ele, a forma como é feito o controle, abre a possibi-lidade para que irregularidades ocorram. “O que está acon-tecendo na administração de Lençóis Paulista é que não está envolvendo pessoas, o que daria maior transparêcia, porque (com mais pessoas envolvidas) se (al-guém) for fazer errado, tera que convencer muita gente”, opinou.

Segundo o site da Transpa-rência da Prefeitura, apenas com uma empresa, entre janeiro e agosto deste ano, a Prefeitura gastou cerca de R$ 98 mil em diversos tipos de serviços. No site, não consta a quantidade de veículos que receberam os serviços, mas que todos foram contratados com dispensa de licitação e pagos com recursos das diretorias de Educação, Saúde, Obras, Meio Ambiente e Gabinete.

Outro ladoSobre os gastos com manu-

tenção, através de sua assessoria, por e-mail, a Prefeitura infor-mou que não há desperdício de recursos públicos e que os cus-tos de manutenção de equipa-mentos usados são menores que com equipamentos novos.“Os custos de manutenção são coe-rentes com o tamanho da frota do município, composta de 200 equipamentos motorizados e 40 não motorizados. Nossa fro-ta apresenta 93% de eficiência operacional”, informou.

Sobre o transporte na Saúde, a assessoria informou que um dos últimos veículos usados comprados foi um ônibus, comrpado com “excelente des-conto e garantia de que estava completamente revisado”. Já a liberação de viagens para pacientes e acompanhantes segue um protocolo específico. A maior parte das viagens é realizada com veículos pró-prios. Quanto à terceirização do transporte, a diretoria tem licitação com uma empresa de ônibus apenas para serviço de retaguarda, quando um veículo apresenta problema e o conser-to demora mais que um dia.

SINAL VERMELHO | Nardeli, discursa na Câmara

Page 4: Jornal Sabadão do Povo edição 132

4LENÇÓIS PAULISTA, 5 DE SETEMBRO DE 2015GERAL

Billy Mao

Prefeitura nega denúncia de despejo de placasDenúncia apontava, através de fotos, o despejo de placas de sinalização e lixo hospitalar em aterro

AÇÃO | Doações de R$1 serão repassadas para Ação Contra a Fome e Combate ao Câncer

FLAGROU | Fotos mostram descarte de placas e suposto lixo hospitalar no local

SECA | Incêndios criminosos causam danos à saúde e ao bolso dos lençoenses

Fogo causa prejuízos e assusta população em toda a cidadeUm incêndio ocorrido na

tarde de sábado, dia 29, que queimou cerca de 150 al-queires de cana-de-açucar, na região sul da cidade, próximo ao Jardim Ibaté, evidencia o risco deste tipo de ocorrência e o prejuízo que podem causar.

Segundo informações, no dia do incêndio, a cana ainda nova para a colheita, seria usada para replantio em outras áreas. Os termômetros apontavam 32ª na tarde do último sábado.

Para tentar conter o incên-dio, que ganhou proporcão assustadora, várias equipes com caminhão pipa cercaram o local, no entanto, as chamas não foram contidas e o incên-dio se alastrou.

A reportagem do Sabadão conversou com funcionários

das empresas terceirizadas e foi informada que já estava sendo monitorada aquela área devido a proximidade com área urbana. “Haviam outros funcionários monito-rando essa área, mas, mes-mo com toda a preocupação para que não acontecesse um incêndio, foi impos-sível conter as chamas de-vido o clima muito seco”, contou um trabalhador que pediu anonimato.

O funcionário contou ainda que a área plantada é para colheita mecanizada e o custo para colher a cana de-pois de queimada é mais alto.

O Corpo de Bombei-ros alerta para o risco de incêndios neste período seco e pede que as pessoas fiquem mais atentas com

seus hábitos como o de lan-çar bitucas de cigarro pela janela dos carros sem saber onde podem cair.

No ItamaratyNa tarde de segunda-fei-

ra outro incêndio chamou a atenção dos moradores. Uma área que fica ao lado do bairro, na mesma re-gião atingida pelo fogo, no sábado, queimou todo o capim formando uma imensa nuvem de fumaça que invadiu o bairro. Se-gundo informações, caso os bombeiros e um funcio-nário público não tivessem efetuado a contenção das chamas, o fogo poderia ter alcançado a reserva ciliar do Córrego da Prata, que abrange o Parque do Povo.

Um novo grupo criado na rede social Facebook para discutir ideias, problemas e soluções para a comunidade lençoense atingiu um número surpreendente em pouquíssimo tempo e já ganhou uma utilidade social.

O grupo Bote a Boca na Trombeta é o mais recente grupo criado em Lençóis com interesses voltados para a coo-peração mútua. A principal ideia é arrecadar doações de R$ 1 por participante, que soma-dos, serão doados para a Rede de Combate ao Câncer e Ação de Cidadania Contra a Fome e a Miséria. Para fazer a coleta da doação serão distribuídos cofres de plástico lacrados em pontos comerciais da cidade.

O jornalista - repórter foto-gráfico Billy Mao, criador do grupo, conta que a ideia surgiu quando buscava uma utilidade e uma forma de efetuar algo que pudesse cooperar com alguma entidade social. “Quando criei o grupo, que é algo fácil de fazer na internet, pensei que deveria ser diferente do que já existe. Criar um grupo para apenas afagar o próprio ego seria um desperdício. Convidar pessoas para participar, comentar pos-tagens e ainda “fiscalizar” para que não haja excessos, acaba to-mando tempo, então quis usar esse tempo e a aceitação das pessoas para fazer algo útil para nosso próximo. Hoje estamos focados nestas duas entidades

que ajudam incansavelmente a população carente. Amanhã, poderemos fazer para outroas entidades; depois, voltado para os animais abandonados, e por ai vai”, contou

A campanha de doação de R$1,00 deverá ter um nome simples para essa primeira ação: “Doe R$1 para doar sempre!”-Conforme explicou o criador do grupo Bote a Boca na Trom-beta, a situação financeira não está tão favorável à doações de grandes volumes, porém, se cada membro cooperar com um real, o valor total deverá passar de R$2.500,00.

“Não estou em busca de acumular uma fortuna para doar. Quero, além de contar com o apoio dos membros,

ajudar essas entidades sem forçar nada , nem ninguém. Estou em busca daquela moeda de um real que está perdida no fundo do armário, daquela moeda esquecida na gaveta. Se hoje o membro do grupo doar R$ 1 isso não fará falta para que ele doe outro real no próximo mês, com isso, pode-remos ajudar muita gente que necessita”, disse Billy.

Questionado sobre envol-ver dinheiro e redes sociais o jornalista explicou que fez contato com advogados que deram orientação de como fazer o processo de captação e doação daquilo que for arre-cadado. Segundo as informa-ções do criador do grupo e da campanha, os cofrinhos serão

distribuídos em pelo menos 10 pontos estratégicos. cada co-frinho suporta até 50 moedas, depois de cheio, será recolhido, contado e guardado em um local específico ou trocado em algum comércio. A contagem da moedas deverá ser filmada e com as testemunhas do ponto de arrecadação. Depois, as moe-das deverão ser colocadas em um envelope e lacradas. Tudo isso com testemunhas e com fil-magem para evitar infortúnios desnecessários.

“Vamos fazer tudo na maior transparência, mesmo sendo uma campanha de baixo va-lor, para que todos saibam os valores arrecadados e que o intuito é apenas cooperar com o social. Também para evitar qualquer tipo de dúvida que possa constranger quem estiver envolvido”.

A campanha “Doe R$1 para doar sempre!”terá início na tarde deste sábado, quando começarão a ser distribuidos os cofres em pontos estratégicos de Lençóis Paulista.

“Esperamos que a campanha cause alguma coisa nas pessoas, que elas possam se levantar e ir até o ponto mais próximo e doar um real. A ação é mais que simbólica, mas é para lembrar também que sozinhos não po-demos quase nada, mas, juntos, podemos mudar o mundo. pelo menos o nosso mundo”, finalizou Billy Mao .

‘Bote a Boca na Trombeta’ inicia campanha “Doe R$1 para doar sempre!” em ajuda a entidades sociais

O Sabadão do Povo errou. Na matéria publicada na edição passada sob o título “Vereadores de Macatuba discutirão salário para próximo mandato” não foi publicado complemento da fala do presidente, dando a entender que a Câmara daquele município não coopera nas viagens dos vereadores. O texto correto da fala é: - Além disso, Goes lembrou que a Câmara Municipal de Macatuba recebe apenas 2,7% do orçamento mu-nicipal, quando por lei, poderia receber o repasse de até 7% do

orçamento. “Entendo que da forma que está dá para o verea-dor trabalhar, mas é necessário lembrar que nenhum vereador tem assessor, que a Câmara não tem veículo próprio, motorista e somente os gastos de viagens, por exemplo, que não são ban-cados com o dinheiro do próprio vereador”, apontou. “No entan-to, ninguém cogitou aumentar os salários dos vereadores”. A redação do jornal Sabadão do Povo pede desculpas por possível constrangimento causado aos nobres edís macatubenses.

Pedimos desculpas, mas erramos!

Billy MaoA Prefeitura Municipal de

Lençóis Paulista negou, esta semana, uma denúncia sobre descarte de placas de sinaliza-ção e lixo hospitalar no Cen-tro de Unidade de Serviços, como é chamada a área onde está o aterro de lixo.

Durante esta semana, uma denúncia enviada para a re-dação do jornal Sabadão do Povo dava conta que placas de sinalização em boas condiçoes estariam sendo jogadas no aterro sem nenhum tipo de proteção. O denunciante, que pediu anonimato, enviou as fotos pelo celular no momento em que teria feito as imagens. “Estou aqui no aterro de lixo agora e acabei de achar uma grande quantidade de placas jogadas na terra, sem nenhum tipo de lugar adequado para guardá-las”, dizia a mensagem.

Além do despejo das placas de sinalização, uma das fotos enviadas para a redação mostra lixo hospitalar em uma vala comum, dentro do aterro. Por

telefone e sem se identificar, o homem disse que a prática de despejo de lixo hospitalar no aterro é comum. A Prefeitura negou as denúncias em nota enviada através da assessoria de comunicação.

Esta semana a reportagem do Sabadão do Povo esteve no ater-ro e flagrou a enorme quantida-de de lixo e inservíveis que está sendo jogado em uma craterra aberta no terreno. O buraco com cerca de 150 metros qua-drados está recebendo todo tipo de lixo urbano, inservíveis e até lixo industrial. Feito o despejo, a máquina da Prefeitura soterra todo o material em camadas sem nenhum tipo de proteção no solo. A prática de despejo sem seguir as normas técnicas de um aterro sanitário já está acontecendo há vários anos, com a possibilidade de que as nascentes próximas tenha sido contaminadas.

Outro ladoSobre o caso, a Prefeitura

negou que haja desperdício

de dinheiro, pois reutilizaria as placas, e ainda que o local onde estavam é adequado. “As placas que não servem mais são reaproveitadas pelo setor de Apoio a Motomecanização para diversos fins. As placas estão na Usina de Reciclagem”, informou a nota, por e-mail.

Sobre as ações para reduzir o problema da falta de sinaliza-ção e identificação de ruas em Lençóis Paulista, a Prefeitura afirma que “tem investido cons-tantemente na aquisição de novas placas de sinalização e identificação de ruas de acor-do com sua disponibilidade orçamentária”. Cada placa, de acordo com a nota da Prefeitu-ra, custa entre R$ 13 a R$ 33 a unidade, dependendo se usada para sinalizaçlão de trânsito ou identificação de ruas, e são adquiridas por meio da moda-lidade Registro de Preço.

A Prefeitura negou que haja descarte de lixo hospitalar no aterro, pois “uma empresa tercei-rizada recolhe este material e faz o seu descarte de forma segura”.

Uma denúncia anônima le-vou a equipe da Força Tática da Policia Militar de Lençóis Paulista a prender em flla-grante um rapaz de 24 anos e apreender 15 porções de maconha, além de um celular e R$ 7. O flagrante ocorreu no Jardim das Nações, na quinta-feira, dia 3.

Segundo o comandante da equipe, sargento Agenor Lu-cas, anônimos se dirigiram à viatura que patrulhava a região e denunciaram a atitude do suspeito. Na praça, na Rua dos Tucanos, encontraram J. V. S. sentado em um banco.

Nada de il ícito foi en-

Recém saído da cadeiaé preso por tráfico

contrado com ele durante a revista pessoal, mas no local indicado pelos denunciantes os policiais encontraram um saco com as 15 porções de maconha, em embalagens individuais adesivadas com um desenho alusivo à droga.

De acordo com o sargento, o rapaz está em liberdade há poucos dias, após cumprir pena também por tráfico.

Depois de ser conduzido ao Plantão Policial, o delega-do ratificou a prisão em fla-grante por tráfico de drogas e o rapaz foi transferido para uma das unidades do sistema prisional da região.

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5LENÇÓIS PAULISTA, 5 DE SETEMBRO DE 2015

Fotos: Billy Mao

BOREBIA FARMÁCIA DA CRUZEIRO VAI MUDAR DE ENDEREÇO!!!

Após julgamento do TC sobre radar, vereadoresendurecem críticas contra ‘indústria da multa’Implantação e manutenção do equipamento foram defendidos pelas últimas administrações como forma de educar condutor lençoense; além de irregularidades julgadas pelo TCSP, alto valor pago é questionado por vereadores

Tania MorbiTendo sua contratação e

aditamentos contratuais jul-gados pelo Tribunal de Contas de São Paulo como irregulares desde 2007, o radar eletrônico de velocidade usado em Lençóis Paulista foi uma das decisões, das últimas administrações municipais, que mais gerou, e gera, polêmica até hoje. Sua ineficiência e impopularidade rotineiramente relatadas nas ruas da cidade, refletem na Câmara dos Vereadores, como ocorreu na última sessão, após a divulgação pelo jornal Sabadão do Povo das análises negativas ao ex-prefeito José Antonio Marise (PSDB), que fez a con-tratação da empresa que prestao serviço.

Na opinião dos vereadores,o radar móvel tem sido usado apenas para arrecadar o di-nheiro das multas geradas com a ultrapassagem dos limites de velocidade das ruas do mu-nicípio. A justificativa inicial para sua instalação, defendida pela administração munici-pal, de promover a educação no trânsito, na avaliação dos vereadores, deixou de existir, a partir da forma como é usado o equipamento, em ruas de pou-co movimento e em horários inadequados, segundo eles.

“O radar movel tem causado transtorno. E ruas da cidade, que tem velocidade a 40 qui-lômetros, o radar está presente para pegar o cidadão a 45 ou 50

quilômetros. Jamais o motorista vai passar em uma rua dessas a 80 KM, não tem como. Neste sentido, depois que que vi a rejeição do Tribunal de Contas da contratação do radar, que se colocasse ele em avenidas de grande tráfego e não para ficar ‘pegando’ o cidadão a 45 ou 50 quilômetros por hora. Isso, no meu entendimento, nada mais é do que arrecadar dinheiro. Isso foi discutido aqui inúmeras vezes, mas eles (Prefeitura) não escutam, não querem escutar”, disse Gumercindo Ticianelli

Júnior (DEM).Para ele, o radar precisa ser

melhor utilizado, em locais onde realmente ocorrem abusos de velocidade. “Espero que de-pois deste parecer do Tribunal eles repensem um pouco sobre este radar movel”, ponderou.

Para Nardeli da Silva (Pros), o carater punitivo do radar se sobrepõe ao educativo, além do equipamento punir traba-lhadores, sem que a Prefeitura promova campanhas educativas sobre o assunto. “Isso não educa ninguém, é meio de arrecadar

dinheiro. Trabalhadores que saem 6h30, as vezes, correndo para deixar filho na escola, para chegar pontualmente no servi-ço, recebem multa na subida. Tem motorista de nossas em-presas que perderam a carta de tanta multa, é muita punição, não há educação, não há um panfleto educativo na cidade, é so punição. O justo é parar com o radar movel e usar um fixo em avenidas e artérias da cidade, onde tem espaço para velocida-de. Hoje, nas madrugadas, em ruas que existe abuso, parece que não acontece nada, só os trabalhadores estão perdendo com isso”, avaliou.

FracionamentoO relator Josué Romero

decidiu pela irregularidade de todo o processo, desde a forma de licitação adotada pela gestão do então prefeito Marise, o contrato de pres-tação de serviço e os diversos termos aditivos (prorrogações) do contrato, promovidos por sua administração, acatando as irregularidades apontadas pela fiscalização, que constatou ha-ver fracionamento de licitação, não comprovação da compati-bilidade do valor orçado com os praticados, inexistência do quadro comparativo de preços e inexistência de justificativas, autorização e publicação para três aditamentos.

Irregular

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo julgou irregulares a licitação, o con-trato e todas as prorrogações da contratação da empresa que opera o radar eletrônico em Lençóis Paulista, realiza-dos pelo então prefeito José Antonio Marise (PSDB), atual vice-prefeito, desde 2007. A decisão de 2014, teve acórdão publicado no início de agosto, após o ex-prefeito recorrer da sentença, sem conseguir reverter o julga-mento do tribunal.

O relator Josué Romero decidiu pela irregularidade de todo o processo, desde a forma de licitação adotada pela gestão do então prefeito Marise, o contrato de pres-tação de serviço e os diversos termos aditivos (prorrogações)

do contrato, promovidos por sua administração, acatando as irregularidades apontadas pela fiscalização, que constatou ha-ver fracionamento de licitação, não comprovação da compati-bilidade do valor orçado com os praticados, inexistência do quadro comparativo de preços e inexistência de justificativas, autorização e publicação para três aditamentos.

Em julho deste ano, ao ana-lisar um recurso do ex-prefeito, o conselheiro Sidney Estanislau Beraldo manteve a decisão con-tra a Prefeitura. O atual diretor do SAAE conseguiu apenas reverter o pagamento da multa depouco mais de R$ 4 mil, que lhe havia sido imposta. Como a decisão não tem trânsito em julgado, o ex-prefeito ainda pode recorrer.

Da redaçãoUm laudo complementar do

IML (Instituto Médico Legal) atesta que o bebê que morreu no dia 11 de agosto, no Hospi-tal Nossa Senhora da Piedade, após a espera de mais de 20 horas por uma cesárea, chegou a respirar fora do útero, o que faz o caso ser considerado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A médica que recebeu Daiene no hospital, mas não fez o parto, deve ser indiciada.

O laudo havia sido solicitado pela Polícia Civil, que passou a investigar a morte do bebe, após a família de Daiene Cristina Ro-cha Garcia, de 27 anos, registrar o boletim de ocorrência por aborto provocado por terceiro sem consentimento da gestante.

De acordo com informa-ções do JCnet, o delegado ti-tular de Lençóis Paulista, Luiz Cláudio Massa, informou que após o registro da suposta

Falta de oxigênio no útero causou morte de bebê no HNSPnegligência médica, o médico que fez o parto prestou depoi-mento e disse que a menina nasceu morta. “Segundo ele e o pediatra, a criança já estaria com rigidez cadavérica e com várias sintomas de que tinha agonizado no útero”, declarou Massa na ocasião.

O laudo complementar do IML, contudo, contesta a in-formação do médico. Segundo o delegado, o laudo do IML atesta a morte por “anoxia an-teparto”, ou seja, a falta de oxi-genação no interior do útero, mas revela que o bebê nasceu com vida. “A criança chegou a respirar e o caso se transformou agora em homicídio culposo”, explica Massa.

Ainda de acordo com o delegado, laudo esclarece que o ecocardiografia (exame para medir batimentos cardíacos do bebê), que resultou em gráfico em linha reta, indicava pro-blemas com o feto. “O laudo

do IML respondeu que aquilo já indicava sofrimento fetal”, diz. Em depoimento, segundo Massa, a médica que analisou o exame havia dito que o resulta-do estava normal.

Em nova oitiva, porém, a profissional alegou que poderia ter se confundido e ouvido os

batimentos da mãe. “Quando ela fez o exame, já indicava sofrimento fetal e a criança ficou mais 18 horas até ser sub-metida à cesárea, quando então nasceu com vida, mas, por conta da falta de oxigenação dentro do útero, possivelmente por conta do cordão umbilical

enrolado no pescoço, não veio a resistir”, afirma.

A polícia deve indiciar a médica que não fez o parto no momento oportuno, e deve investigar a conduta do médico que fez o parto e confrontar as alegações de seu depoimento, dado no dia seguinte ao parto.

“Não realiza cezáreas à noite”

Daiene Cristina Rocha Garcia procurou o hospital com a indicação da mater-nidade Santa Izabel para que fosse submetida no mesmo dia a uma cesariana, já que por ter uma gravidez de risco, a jovem que fazia o acompanhamento de pré-natal pela rede pública de Saúde em Lençóis Paulista, também tinha o acompa-nhamento da maternidade de Bauru. Ela estava na 40ª semana de gestação. Segundo o pai da jovem, Jesuel Rocha, de 43 anos, ao ser atendida

no HNSP, a médica Viviane Noronha Gonzaga, de 37 anos, afirmou que não faria o procedimento, devido ao ho-rário, uma vez que o hospital não realizaria cesáreas durante a noite, e que por isso a ges-tante deveria voltar na manhã do outro dia para que fosse atendida. No dia seguinte, quarta-feira, ainda durante o plantão de atendimento da médica, acompanhada dos pais, Daiene voltou ao hospi-tal onde foi internada na sala de observação, permanecen-do até por volta das 16h30, quando foi encaminhada para o centro cirúrgico, já sob os cuidados do médico que assu-miu o plantão, que fez o parto, mas alegou que a criança já estava morta.

No dia 13, a suposta negli-gência foi registrada e a polícia interrompeu velório para que o bebê fizesse exame necros-cópico no IML. (Com Jcnet)

FLAGRA | Forma de fiscalizar dificulta localização, punindo motoristas desatentos

DE OLHO | Objetivo atual, segundo vereadores, seria arrecadação de multas

Suspeito de fraude, advogado preso em flagrante paga fiançaTânia MorbiPreso em flagrante, na quinta-

feira, dia 3, acusado de esteliona-to, o advogado Gabriel Gouveia Martins, proprietário de uma financeira em Lençóis Paulista, e investigado pelo Ministério Público por suspeita de envol-vimento em ações fraudulentas, falsificação e uso de documento falso, pagou fiança de cerca de R$ 30 mil e deixou a prisão na sexta-feira, menos de 24 horas depois.

O advogado foi preso pela Polícia Militar após sacar R$ 1.541,90 no caixa do posto bancário que funciona dentro do Fórum de Lençóis Paulista. O dinheiro é relativo a três ações impetradas pelo advogado, suspeitas de fazerem parte do suposto, objeto de investigação pelo Ministério Público.

Segundo o tenente da PM,

Thiago Zorzetto, que conduziu o flagrante, após sair do Fórum, o Gabriel foi abordado e con-firmou que havia feito o saque. “Ele confirmou que havia feito o saque com base nas guias que havia coletado nos Cartórios do Fórum. Sabendo que podia ser dinheiro ilícito, com a indicação

do Ministério Público, ele foi conduzido para a Delegacia de Polícia, onde o delegado Luiz Cláudio Massa ratificou a prisão em flagrante por estelionato”, narrou o tenente.

O Ministério Público inves-tiga a ação do advogado que, após impetrar com ações junto

a instituições financeiras, su-postamente sem consentimento de seus clientes, recebia por honorários advocatícios, após o ganho das causas propostas. A prisão foi acompanhada pelo promotor que apura o caso, Ri-cardo Takashima Kakuta. “Nós apreendemos documentos na fi-nanceira, demos continuidade às investigações e apuramos que ele faria o levantamento de algumas importâncias depositadas pelos bancos à título de honorários nesta data (quinta-feira). O exa-to momento em que ele recebe dinheiro é o momento em que ele obtém a vantagem ilícita. Ele dá o prejuízo para o banco e, ao mesmo tempo, obtém vantagem ilícita. É o momento em que ele consuma o crime de estelionato”. Segundo o promotor, as investi-gações prosseguem.

As denúnciasO advogado, que é proprie-

tário de uma financeira, é sus-peito de ajuizar ações contra instituições bancárias em nomes de clientes da empresa, sem o conhecimento deles. Pelo me-nos seis pessoas procuraram o MP para denunciar o crime e, em dois casos, perícia feita pelo Instituto de Criminalística (IC) comprovou que assinaturas de procurações que autorizavam o advogado a ajuizar ações haviam sido falsificadas.

De acordo com o promotor, nas ações que motivaram a in-vestigação, o advogado pleiteia junto a instituições financeiras a exibição de documentos, como contratos de financia-mento e boletos de quitação, referentes aos empréstimos feitos por seus supostos clien-

tes. O objetivo dos pedidos, ainda segundo Kakuta, seria o recebimento de honorários em caso de vitória judicial.

MP tenta levantar vítimasAlém de seis clientes da

financeira que procuraram o MP para denunciar a conduta do advogado, documentos apreendidos na sede da empresa em julho com a autorização da Justiça revelaram a existência de outras vítimas e 15 pessoas já foram ouvidas na Promoto-ria. “Em todos os 15 casos, as pessoas desconheciam as ações”, conta o promotor Ricardo Takashima Kakuta. “Duas de-las também suspeitam que as assinaturas foram falsificadas”. Em outubro, outras 20 pessoas foram intimadas para prestar depoimento.

MORTE | Caso aconteceu na maternidade

HABEAS | Advogado passou pela UPA

Page 6: Jornal Sabadão do Povo edição 132

LENÇÓIS PAULISTA, 5 DE SETEMBRO DE 20156 GERAL

Presidente conta que teve apoio dos vereadores para alcançar economia; gestão de Dr. Pita e Tipó também cooperaram; anúncio de economia de mais de meio milhão vem em boa hora devido cenário econômico

Câmara economiza R$600 mil em oito meses de gestão Prado de Lima

MORADA | Acima, barraco feito no acampamento e fogo na mata da área ocupada

A grande quantidade de cães e gatos pelas ruas de Lençóis Paulista tem gerado comoção entre pessoas

Número de cães nas ruas preocupa cuidadores, que cobram Prefeituraafixionadas à causa animal, como já mostrou o jornal Sabadão do Povo, ao relatar o empenho de um

grupo que se or-ganiza nas redes sociais para cui-dar de animais abandonados. Mas, não só o c a r i nho une essas pessoas, a reivindicação que a adminis-tração pública faça mais pela causa é a co-brança comum a todos.

Uma dessas pessoas é Neu-sa Perino, que quando não está sendo babá de animais, está tratando dos que encontra nas ruas, pro-

curando lares temporários ou adotivos, ou cuidando dos seus sete cães, além dos gatos de rua, para quem fez um abrigo em frente à sua casa.

Para ela, é preciso mais cons-ciência de donos e responsáveis que abandonam seus animais, mas também que a Prefeitura invista, ao menos o mínimo possível, para abrigar os animais de rua, especial-mente por se tratar de uma questão de saúde pública. “Os abrigos estão lotados, a Associação Protetora já tem muitos. Então, se as pessoas que têm condições de cuidar fizessem adoção, ajudaria bastante. Mas, a Prefeitura também tem que cons-truir um lugar para abrigar, não para eles focarem definitivamente, apenas até que os donos sejam encontrados ou que sejam adotados. A Prefeitura precisa fazer campanhas sobre ado-ção, investir mais”, afirmou.

Neusa é conhecida justamente por tentar localizar donos ou conseguir novos lares para animais

que estejam na rua. Os dois últi-mos cães que levou para sua casa tiveram um final feliz. Ela viu os dois quando estavam proximos de um bar, no Jardim Bela Vista, na segunda-feira, dia 31.

Depois de levar os dois para casa, uma amiga postou uma foto em um grupo de achados e perdidos do Fa-cebook, que foi vista pelo dono que mora em Brasília. Eles haviam fugi-do da casa de seus pais, que cuidam dos cachorros, no bairro João Pacola. Tchuca e Tchucão foram entregues para a dona Dalvina Barbosa Palma, na quarta-feira, dia 2. “Eu fiquei com esperança o tempo todo que iam voltar. Fiquei com um aperto no coração. Escutei até o choro deles no portão”, contou Dalvina.

Para Neusa, é urgente que as pessoas se conscientizem tanto em não abandonar, como em adotar, e que a Prefeitura invista para minimizar o problema, que vem sendo acompanhado pelo vereador Gumercindo Ticianelli Júnior.

Na sessão da Câmara de se-gunda-feira, dia 31, ele voltou a comentar sobre o que chamou de omissão da Prefeitura. Segundo Júnior, a área para um novo canil já foi destinada pela diretoria de Saúde, mas não haveria dinheiro para a construção. “A Prefeitu-

ra se omite. Não estou vendo solução. Nas redes sociais todo mundo comenta, se envolve, ajuda, cria grupos de protetores e a prefeita não se mexe”, afirmou.

ProtetoresA preocupação em cuidar de

animais de rua ou ajudar donos que não têm condições de manter seus bichos adequadamente uniu Ivani Bispo de Carvalho, Alessan-dra Santos, Luana Moretto e várias outras pessoas que doam, socor-rem, buscam, levam, acolhem ou

arrumam abrigos para os animais. Autodenominadas de protetoras, elas fazem parte de um grupo reunido virtualmente, que atua na prática ajudando os animais.

Entre os planos do grupo estão desde a criação de um site, que reúna as ações desen-volvidas, além de centralizar as parcerias – proposta que deve ser concluída em breve – até a insta-lação de um canil particular, que não dependa apenas de recursos públicos para abrigar os animais abandonados ou carentes.

Tania MorbiUm incêndio na tarde de se-

gunda-feira, dia 31, mobilizou as famílias que estão instaladas na área da antiga pedreira. O fogo no mato começou por volta das 17h, mas a ação con-junta de todos os integrantes do grupo conseguiu controlar as chamas, mesmo antes da chegada do Corpo de Bom-beiros, e antes que atingissem os locais onde estão instalados e a vizinhança.

Os moradores contaram que desconfiam que o in-cêndio foi criminal, já que durante o dia um homem de motocicleta teria estado na área e voltado pouco tempo antes do fogo começar.

Na primeira vez que per-ceberam a presença do moto-queiro, os moradores afirma-ram que acreditaram se tratar de uma pessoa interessada em se instalar na área. Porém, ele

Vizinhos à ocupação dizem que reintegração foi pedida; famílias desconfiam de fogo criminoso na antiga Pedreira

teria deixado o local sem falar com ninguém e ao voltar, na parte da tarde, foi visto chegan-do ao local, mas não saindo da propriedade. O desconhecido também não teria feito contato com nenhum dos ocupantes que estão na Pedreira.

Para controlar o fogo, os moradores contam que fizeram assero e usaram água que seria destinada para irrigar as plan-tas, que começam a cultivar no local.

Além dos bombeiros, foram chamadas as polícias Civil e a Militar, esta última, que fez o registro da ocorrência.

As 52 famílias que estão na área da antiga Pedreira pretendem buscar judicial-mente o direito de se per-manecerem e produzirem no local, que está sem ocupação há algumas décadas.

A proposta, segundo eles, é que cada um seja proprie-

tário de espaço para morar e produzir, já que se descrevem como sendo pertencentes ou responsáveis por famílias ca-rentes, que não possuem casa própria e que desfrutariam da produção para melhorar as condições de vida.

ReintegraçãoA redação do jornal Sabadão

do Povo tentou contato com moradores vizinhos da área da Pedreira, mas ninguém quis se pronunciar sobre a ocupação.

Uma informação de que o suposto proprietário da área da Pedreira teria contratado um advogado para cuidar do assunto e pedir a reitegração de posse, foi ventilada esta se-mana. Mas, até o fechamento da edição, o advogado não foi encontrado, pois estaria em viagem pelo litoral nordestino.

Sem um posicionamento da Justiça, os moradores man-

tinham sua rotina de limpar a terra e plantar. O grupo não havia recebido qualquer noti-ficação oficial até o fechamento da edição.

AbandonoDurante muitos anos aban-

donada, a área que já foi usada para despejo deliberado de as-falto e onde havia a extração de rocha para pavimentação, ficou sem que ninguém utilizasse o trecho que vai da linha fêrrea até a margem do rio Lençóis.

A casa que seria a sede da área apresenta péssimas condições de preservação devido a falta visível de manutenção. Dois idosos seriam os caseiros do lu-gar. Apesar disso, a área não tem nenhum tipo de plantação ou melhoramento. Apenas com a chegada dos autodenominados “sem teto” é que começaram algumas plantações como man-dioca e verduras.

LAR | Neusa, com Tchuca no colo e Dalvina, dona da dupla que fugiu de casa; alívio no retorno

DESCUIDO | Animais mal tratados foram motivo de notificação e multa. Cavalos estavam sem cuidados em baias cedidas pela Facilpa para escola de Equitação. A Polícia Ambiental foi chamada e com laudo veterinário constatou os maus tratos. A Associação Protetora dos Animais acompanharam o caso que foi parar na Delegacia.

Tania MorbiDe acordo com o que deter-

mina legislação municipal, a Câmara de Vereadores de Len-çóis Paulista poderia gastar, ao longo de 2015, cerca de R$ 4,2 milhões, referentes ao percen-tual de 2,088% do orçamento do município. Porém, até o fim do mês de agosto, deste total, já foram economizados R$ 600 mil, como resultado das ações determinadas pela Mesa Diretora e acatadas por todos os vereadores. A previsão inicial do presidente Anderson Prado de Lima (PV) era de economizar R$ 500 mil até o final do ano.

Entre as medidas adotadas, segundo Prado, é possível citar o controle do uso do veículo oficial, orientação aos servidores para o uso consciente dos materiais, redução do número de contratação de assessores a pedido de vereadores, uso do pregão para compras de materiais pelo Legislativo, não contratação de cargos administrativos de competência da Mesa Diretora e controle de

viagens dos parlamentares.Conforme relatório do de-

partamento de Contabilidade do Legislativo, até o momento já é possível perceber uma eco-nomia de R$ 600 mil. Segundo o presidente, a economia se deu principalmente em função do corte de despesas. “Ao assumir a Mesa Diretora percebemos que era necessário fazer algumas mudanças para reduzir custos. Pretendemos manter essas me-didas e fechar o ano com uma das maiores economias já feitas pelo Legislativo”, comemorou.

As mudanças que possibi-litaram a atual economia de dinheiro público, de acordo com ele, foram possíveis graças a atuação dos dois presidentes que o antecederam, Humberto José Pita (PR), que investiu na reestruturação administrativa do Legislativo, e Ailton Tipó Laurindo, que em pouco tempo de mandato também assumiu uma postura de economicida-de. “Em fevereiro deste ano, na primeira reunião da atual Mesa Diretora, que tem como

membros, além de mim, os vereadores Pita, Jonadabe de Souza (SDD) e Nardeli da Silva (Pros), ficou acertado que nossa principal tarefa administrativa seria a economicidade, promo-vendo uma gestão de revisão geral nas despesas, espelhada na gestão privada”, disse.

Mas, Prado também des-tacou que essa contenção de despesas não seria possível sem o apoio de todos os vereadores e afirmou que a economicidade é resultado do comprometimento do Legislativo com a população lençoense. “Nós fizemos as mu-danças necessárias e o resultado está aí, uma economia que vai beneficiar toda a população”, enfatizou Prado.

Com dinheiro garantido em caixa, a Mesa estuda qual destinação dará ao dinehri, uma vez que a devolição deve ser feita à Prefeitura, mas com direito à indicação para seu repasse. “Vários vereadores j á pediram o repasse de verbas para o Hospital Nossa Senhora da Piedade. Outros

devem solicitar que a presi-dência oriente ao Executivo o repasse para entidades como Associação Protetora do Ani-mais, Equoterapia, Acão da Cidadania, entre outras, e vá-rias entidades têm procurado a Câmara em busca desse apoio”, sinalizou.

Apesar da economia, o presidente garante que com os recursos disponíveis, é possível manter o funciona-mento do Legislativo e pen-sar em investimentos, por isso não antecipa o provavel valor que pode ser econo-mizado até o final do ano. “Trabalhamos com um pre-visão que considera também os investimentos necessários da Câmara, inclusive neste momento, estamos viabili-zando uma reestruturação na área de informática da sede administrativa. Prefiro não antecipar resultados, traba-lhando com os pés no chão. Tínhamos uma previsão de meio milhão que, agora, são 600 mil”, concluiu.

AÇÃO | Para Prado, as atitudes tomadas pela Mesa Diretora, desde a gestão passada, colaboraram com a atual economia

Page 7: Jornal Sabadão do Povo edição 132

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BOREBI

A vacinação contra a polio-mielite, que começou no dia 15 de agosto, segue até o dia 10 de setembro nas unidades da rede municipal. Em Len-çóis Paulista, pouco mais de 84% das crianças com idade entre seis meses e cinco anos incompletos – público-alvo da campanha – foram imunizadas. Isso corresponde a 3.148 doses aplicadas. A meta é vacinar 3.553 crianças.

É muito importante que os

Vacinação contra pólio vai até o dia 10

pais ou responsáveis garantam a imunização de seus filhos. A poliomielite, ou paralisia infan-til, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus (sorotipos 1, 2, 3), que pode infectar crianças e adultos por via fecal-oral (através do conta-to direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas) e provo-car ou não paralisia. No Brasil, não há registro de nenhum caso desde 1989.

As secretarias de Saúde e de Assistência Social da Prefeitura de Macatuba avaliaram como positiva a ação de pesagem das famílias usuárias do programa Bolsa Família, no último sá-bado, dia 29. De acordo com Ricardo Verpa, secretário de Saúde, foram recebidas 161 famílias, no Posto de Saúde do Jardim Bocaiúva.

A expectativa da Prefeitura é atualizar o cadastro de 215 famílias. A ação das famílias

usuárias do programa e atuali-zação dos cadastros seguem pe-los próximos dias. A orientação para quem não compareceu no sábado é que procurem o Posto de Saúde e a Secretaria de As-sistência Social o quanto antes para atualização. O cadastro único é utilizado não apenas para o programa Bolsa Família, mas também para os demais programas sociais executados pelo município em favor das famílias carentes de Macatuba.

Pesagem do Bolsa Família em Macatuba

3 MESES | É o prazo para que surjam resultados mais expressivos com exercícios

DivulgaçãoPara obtermos melhores

resultados com os nossos trei-nos precisamos partir sempre de uma meta. Estabelecer uma meta a ser atingida é importante para acompa-nharmos melhor os resulta-dos e termos mais motivação. Acompanhar as diferenças é muito importante, como sentir a roupa mais larga, subir melhor uma escada sem perder o fôlego, analisar o percentual de gordura cor-poral caindo, entre outros.

Um Programa de Treinos planejado de acordo com o seu condicionamento físico, suas características individuais e suas metas fará com que você obtenha mais resultados e sucesso em seus treinos.

Dois fatores muito impor-tantes para atingir os seus objetivos são: manter a regu-laridade dos seus treinos, não vale ficar faltando às aulas ou deixar de treinar naquele dia que está com preguiça, e outro fator extremamente importante é a alimentação. Para melhores resultados te-mos que manter um controle alimentar e ter uma preocu-pação com o que comemos, quando queremos emagrecer ou ganhar massa muscular alimentação é essencial.

Resultados mais expressivos percebemos após 3 meses de

exercícios físicos realizados com controle e regularmente, se após esse período você não sentir que está melhorando algo pode estar errado, ou está comendo errado, ou os exercí-cios não estão adequados para o seu perfil. Procurar ajuda profissional é de extrema im-portância, porque o profissio-nal fará os ajustes necessários e planejará todo o programa de exercícios e alimentação de acordo com as suas metas. Um Profissional de Educação Fí-sica e um Nutricionista farão toda a diferença nesse projeto.

As principais causas para uma pessoa não atingir re-sultados com a perda de peso é quando ela começa a fazer exercício e não realiza o con-trole alimentar, quando não mantém a regularidade nos treinos e quando não faz os exercícios mais adequados para o seu perfil de condi-cionamento físico e carac-terísticas individuais, como idade e sexo.

Quando não conseguimos ganhar massa muscular muitas vezes está relacionado ao fato de não se preocupar com o Programa de Treinamento, utilizar um método de treinos que não é adequado ao seu perfil fará que tenha poucos resultados, a alimentação é fator primordial também. O

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Os fatores mais impor-tantes para obter um melhor desempenho a atingir seus objetivos com perda de peso

ou ganho de massa muscular é realizar um Programa de Exercícios de acordo com as suas características, manter a regularidade dos treinos e ter toda a preocupação com a alimentação. (Fonte: http://www.minhavida.com.br/)

Page 8: Jornal Sabadão do Povo edição 132

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Constroi - O arquiteto Jackson Naves

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Um dos jovens profissionais da área de arquitetura, Jackson Naves divide seu tempo entre Lençóis Paulista e Bauru, dois lugares onde tem se destacado ao acompanhar e se adaptar ra-pidamente as mudanças ocorri-das na profissão. Em entrevista ao jornal Sabadão do Povo, ele falou sobre projetos, o perfil do profissional de sua área e os desafios da profissão.

“Trabalho com projetos a nove anos. Muita coisa mudou e continua mudando, acredito que isso é consequência do crescimento das cidades,o avan-ço da tecnologia, as estruturas familiares, o modo como as pessoas vivem, a casa que so-nham ter.Tudo isso contribui para um ritmo de vida diferen-te de alguns anos atrás. Essa mudança de cotidiano reflete efetivamente na mudança da arquitetura”, contou.

Segundo ele, o arquiteto precisa estar atento a estas mu-danças e por isso ser preparado para atender as expectativas de um mercado cada vez mais exigente. “Hoje eu atuo na área de projetos residencias, comerciais e industrias. A arquitetura oferece um leque muito amplo. Temos uma formação completa, podemos atuar em várias áreas: design de interiores, urbanismo, design gráfico, paisagismo, preservação do patrimônio, entre outros. O curso lhe abre muitas possibilidades. De um modo geral, atualmente o arquiteto tem que pensar na arquitetura universal, que facilita uso do espaço para qualquer pessoa, independen-te da área de atuação”.

Para o arquiteto, os desafios para que um projeto tenha sucesso também são diferentes, inclusive no quesito custos.

Colhendo resultados, arquitetoelabora projeto social para 2016

“Os desafios são agregar fun-cionalidade, possibilidades técnicas e também a viabili-dade financeira. Para um bom funcionamento dos espaços, é importante tomar cuidado com as medidas de circulação e de uso, a acessibilidade de cada local, a adequação ao estilo de vida e necessidades dos usuá-rios, esse é um dos principais desafios. No entanto, é possível solucionar todos os pontos de maneira completa e diferen-ciada, conciliando todos os fatores, e até mesmo reduzindo os custos de execução através de idéias inusitadas, usando a Criatividade obtendo o sucesso do projeto”, garantiu.

Sobre o momento que vive na profissão, Jackson des-taca que além de dominar o conhecimento técnico, o profissional da área precisa ter sensibilidade para interpretar e satisfazer as expectativas de seus clientes. “Diariamente eu lido com os sonhos, os desejos e as emoções das pessoas. Em todos os meus projetos sinto que tenho a responsabilidade de ser intérprete deles. Para projetar eu preciso viver no

projeto. Eu procuro orientar e ajudar todos os meus clientes na busca do que, na verdade, lhe é essencial e do que lhe é acessório, de como satisfazer todas as expectativas, em um projeto personalizado, dentro da sua capacidade de gastos”.

Na sua opinião, a tecnologia facilitou processos e contribuiu muito com a profissão. “O software transformou os segui-mentos profissionais, facilitou processos, propiciou mais agilidade e gerou novas pers-pectivas de atuação. Na arqui-tetura a tecnologia oferece um leque de opções muito grande, tanto para a criação de um projeto que oferece apresentar para o cliente imagens em três dimensões de alta qualidade, como na execução da obra, au-tomatizando a residência com possibilidades de economia, comodidade e conforto”.

Para o ano que vem, sem detalhes, Jackson adianta que está preparando um projeto social que deve abranger toda a região carente da cidade. “Será uma forma de agradecer e re-tribuir o que a cidade vem me oferecendo”, comentou.

O Fórum local faz homenagem ao Dr. Octávio Pinheiro Brizolla, atribuindo a ele o nome do espaço. O sobrinho-neto do patrono, Paulo Gil Pinheiro Brizolla e sua esposa, Cristiane Nascimento (na foto) receberam a homenagem