jornal locomotiva — março

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#2 21-03-2015 De um Parque se faz um Largo. Onde estavam carros passa a estar gente. E ideias. E objetos. E culturas. E encontros. De um conjunto de armazéns empoeirados e esquecidos fazem-se ar- mazéns de olhares. Onde estava arquivo morto passa a estar me- mória viva. E ideias. E objetos. E culturas. E encontros. Da invisibilidade de uma rua e da clausura de uns armazéns faz-se evidência de uma artéria viva e que é tudo menos impasse. Uma artéria que nos liga e se liga à cidade (e a nós). Na Locomo- tiva, em cada uma das suas viagens, em cada uma das sua esta- ções, não se passa apenas. Para-se, olha-se e avança-se. E faz-se mais e melhor cidade. UM NOVO LARGO NA ESTAÇÃO DA CIDADE

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Page 1: Jornal Locomotiva — Março

#221-03-2015

De um Parque se faz um Largo. Onde estavam carros passa a estar gente. E ideias. E objetos. E culturas. E encontros. De um conjunto de armazéns empoeirados e esquecidos fazem-se ar-mazéns de olhares. Onde estava arquivo morto passa a estar me-mória viva. E ideias. E objetos. E culturas. E encontros. Da invisibilidade de uma rua e da clausura de uns armazéns faz-se evidência de uma artéria viva e que é tudo menos impasse. Uma artéria que nos liga e se liga à cidade (e a nós). Na Locomo-tiva, em cada uma das suas viagens, em cada uma das sua esta-ções, não se passa apenas. Para-se, olha-se e avança-se. E faz-se mais e melhor cidade.

U M N O V O L A R G ON A E S TA Ç Ã O D A C I D A DE

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AS ETAPAS DESTA VIAGEM

Uma Locomotiva que se preze, que tenha orgulho nas car-ruagens que reboca, na energia do seu motor, na perenida-de dos seus carris, na carga que carrega, nos passageiros que convida e nos destinos que, criteriosamente, seleciona como seus, não faz uma viagem. Faz viagens. Viaja com um propósito de destino, mas bem consciente que é nas paragens – e entre elas – que a verdadeira viagem sucede.Esta Locomotiva vai ter ainda muito que andar. Tem pela frente três viagens de longo curso e mais de 30 estações onde tem mesmo que fazer horas e terá alguns desvios que a levarão um pouco para mais longe dos seus carris.Como Locomotiva portuense e, logo tenaz e laboriosa, ain-da não começou a primeira desta viagem e já enfrentou o caminho, a paragem e o teste dos passageiros e da carga em três estações. Na primeira estação, onde parou não uma mas duas vezes, trouxe mobiliário urbano ecológico »

A S V I A G E N S D A

L O C O M O T I VAEm dezembro deixamos o cais de partida e iniciamos esta viagem, com pressa de chegar ao nosso destino. Não viajamos para longe do sítio onde partimos. Mas viajamos para chegar mais longe, con-quistar distâncias e descobrir novos e velhos lugares de paragem, em três viagens de longo curso por linhas que se cruzam, mas que convergem para um mesmo cais de chegada. Porto - São Bento.

Esta Locomotiva, que é a da cidade que é a nossa, é uma locomotiva que, viajando, tem uma âncora chamada Porto – São Bento. Uma âncora que tem – como todas as âncoras sempre têm –, uma ponta, duas espigas laterais e um cabo. Comecemos por este. Vem de dentro, da Esta-ção, de quem todos os dias chega a Porto – São Bento sem aí parar, só aí passando. Do outro lado a âncora aponta justamente para a saída, para a praça defronte que não tem saída em frente. Ou se vira à esquerda, rumo à Ri-beira ou à Sé, ou se opta pela direita, destino baixa que é alta. Sucede que esta mesma âncora, com a forma de Lo-comotiva, tem, ainda, duas pontas de lado. Duas pontas que apontam destinos e paragens da nossa Locomotiva. Comecemos pela da direita, que aponta para a avenida dita da Ponte, afinal batizada com o nome de Afonso,

nosso fundador e primeiro rei e apontando para ela só pode apontar para a “Metamorfose”, instalação da dupla FAHR 021.3 que conseguiu envolver a quase esquecida ruína onde começa a tal avenida não só não a tapando, como revelando outros olhares sobre ela. Olhemos, final-mente, para a esquerda, onde a amarra lateral da âncora que se locomove e que, por vezes, nos comove, e, depois de atravessados os antigos armazéns da REFER e agora

“Galeria da Estação”, chegamos à rua que, sendo das mais centrais do Porto é quase invisível, ainda que, esforçada como é, seja das poucas que tem não um, nem dois, mas antes três rostos: o de rua, o de escadas e, claro o de largo. Sim, chegamos aqui à Rua da Madeira, às Escadas da Madeira, e ao largo que, não sendo de madeira, é agora Largo da Estação.

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e inovador para a frente da estação, o espólio em ideias de um museu que em vez de quadros de figura humana apresenta pessoas e contos na voz e no corpo de mario-netas e bailarinos e tijolos que dançaram juntos como se amanhã não houvesse. Nessa estação parou outra vez para alumiar os faróis e revelar a “Metamorfose” que a ruína que está à esquerda de quem vai para a Sé sofreu. Ou melhor, viveu. Para testar os motores, subiu às escadas que também são rua para olhar as nuvens que passaram a habitar as fachadas dos prédios que por aí moram, e ouviu-as falar com sotaque italiano. Na descida começou a per-guntar-se “Quem és Porto?” e como não soube ter res-posta pronta, lançou o convite a 3.000 passageiros para responderem juntos. Já viajou tanto e, no entanto, não começou ainda a sua primeira empreitada de longo curso. Começa-a agora, ora pois. E começa-a em grande, sob o lema “Espreitar”,

inaugurando um largo que faz parte da rua e que de par-que de estacionamento passa a “Largo da Estação”, lim-po, altaneiro, iluminado e com nova roupa na forma de mobiliário urbano e nova atitude, em modo de ocupação criativa como novo palco de experimentação, partilha e lazer da cidade. Na passagem, e rápida como as Locomo-tivas são, ocupa uns antigos armazéns que do pouco que armazenavam não mostravam nada e abre as suas portas, do Largo para a Estação e da Estação para o Largo que também e dela.

ESPREITAR, ESPIGAR, ESTAR…

Depois de “Espreitar”, a Locomotiva vai “Espigar”. Es-pigar a Rua da Madeira e tudo à volta durante um mês com propostas que chegaram de todo o lado a uma con-vocatória aberta que a Locomotiva apitou. O passageiros e os seus parceiros foram agora selecionados para nos

proporem – uma semana cada um – um mês especial a passar, parar, estar e viver pela zona de São Bento. Como lhe tomará o gosto, espiga a rua e, no mesmo movimento, espigará o chão convidando-nos a olhar para ele de outra forma e a nele estar de outro modo e espigará também as gentes. Todos nós. Mas como seremos espigados aqui, contar-vos-emos mais à frente. Espreitamos, espigamos e, logo depois, a Locomotiva le-var-nos-á a ”Estar”. Parece pouco, não é? Mas é tanto, não é? Senão vejamos: vamos estar em exposições, va-mos estar no meio de arte pública, vamos estar a trocar peças e a lançar poemas, fazendo teatro, vamos estar a ver novo e velho cinema e velho e novo circo, e vamos ter novas fachadas cheias de azulejos e passeios ao pôr do sol. Há lá melhor estado do que o de estar? E melhor destino, haverá?

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“Metamorfose” é o nome da instalação artística que a dupla de arquitetos FAHR 021.3 projetou para a fachada do antigo edifício da Oliva, ao lado da Estação de São Bento. A inauguração foi a 17 de janeiro.

A fachada do antigo edifício da Oliva, na Avenida Dom Afonso Henriques, foi o espaço escolhido para a primeira intervenção do projeto Locomotiva e do seu programa de arte urbana, cuja mis-são passa precisamente por intervir em espaços desabitados e degradados na envolvente de São Bento, valorizan- do-os e tornando-os mais atrativos. Enfim, mudando o seu rumo e a sua história, inscrevendo-lhes novas dinâ-micas e potencialidades.Foi esse o desafio colocado à dupla de arquitetos dos FAHR 021.3, quase em jeito de provocação. “Um desafio notá-vel, que nos ajuda a perceber que a in-tervenção em arte urbana não tem de ser só requalificar, construir de novo, tapar”, explica Filipa Almeida, que juntamente com Hugo Reis constitui o coletivo FAHR.O resultado está hoje à vista de todos, na forma de uma malha metálica com quase seis toneladas de aço.É, aliás, difícil passar pelo local e con-seguir desviar o olhar deste corpo es-tranho, pintado de um verde elétrico que se assemelha ao cobre oxidado, mas também ao tom da cobertura dos táxis portuenses.

P R O G R A M A A R T E U R B A N A

IU M A R U Í N AI T R A N S F O R M A D A I E M A R T E I

IHÁ NUVENSI N A R U A D A IMADE IRA I SOPRADAS I - P E L A - I

L O C O M O T I VAvenção artística da autoria da dupla italiana Sten & Lex, considerada pio-neira na utilização do “Stencil” em ambiente urbano.

Desde dezembro de 2014 que a Locomotiva está em marcha. Viajámos a partir de São Bento e andámos em redor desta Estação, ajudando a revelar a sua face e a valorizar as suas po-tencialidades. Mostrando-lhe o seu carácter e integrando-a em novas dinâmicas. Reativando novos lugares e reabilitando velhos e degradados edifícios. Transformando o discreto em algo surpreendente e criativo. Como o Porto.

Inaugurada a 17 de janeiro, a “Me-tamorfose” foi construída, não para tapar a ruína, os seus desníveis e bu-racos, mas para lhe dar uma nova textura e leitura, em estreita relação com a escarpa granítica que se situa mesmo ao lado.A estrutura, que começou por ser de-senhada digitalmente, estende-se por 28 metros de comprimento,11 de altu-ra e 5 de profundidade, estando ligada por 114 intersecções.E, assim, uma ruína que já era quase in-visível de tão antiga, e desocupada, “dei-xa de ser um erro, para ser uma peça que interpela, que provoca e que espanta. Ou simplesmente que passa a ser vis-ta”, como sintetiza Filipa Almeida.

A Locomotiva continua a puxar por São Bento e da sua chaminé saem Nuvens que passam a fazer parte integrante da paisagem e do quotidiano de todos os que vivem e passam pela Rua da Madeira.

No passado dia 28 de fevereiro, a Por-toLazer concretizou mais uma ação integrada no programa de arte urba-na do projeto Locomotiva, inauguran-do na Rua da Madeira, no lado norte da Estação de São Bento, uma inter-

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U M A VA R A N D A IPÚ B L I C AI - P A R A - IPROVOCARI O INESPERADO

Mantendo como foco os locais devolu-tos e degradados na área envolvente a São Bento, o desafio foi recuperar as fachadas da antiga fábrica de máqui-nas Agostinho Ricon Peres, junto à escadaria de acesso à Batalha, assim como o posto da transformação da EDP, localizado em frente.A intervenção, que se prolongou por 10 dias, cobriu uma área superior a 185 metros quadrados, envolvendo dezena e meia de voluntários da Escola Supe-rior de Educação (ESE) e da Funda-ção da Juventude, para além dos dois artistas naturais de Roma e Taranto.Utilizando uma técnica original que consiste em transformar gráficos digi-tais em pinturas através de “Stencils”, os Sten & Lex começaram por cobrir toda a parede da fachada com um pos-ter, recortando depois manualmente toda a imagem. Seguindo o estilo de outras obras que realizaram em cidades como Paris, Roma, Berlim, Londres, Nova Iorque ou Baltimore, a intervenção consiste numa composição de linhas abstra-tas que se assemelha às nuvens que antecedem uma tempestade, razão pela qual foi batizada de “Clouds” pelos artistas.

“Tripé” é o nome da insólita platafor-ma que os Like Architects criaram para o projeto Locomotiva para poten-ciar novas relações entre o território e as suas gentes.

Da autoria dos Like Architects, “Tri-pé” é o nome da instalação que a partir de 28 de março vai habitar o Largo de São Domingos. Tendo por base o nú-mero 3, a criação desta inusitada peça parte da exploração formal de dois elementos recorrentes da arquitetura e da própria cidade do Porto: a escada e a varanda.Procurando explorar novas relações contextuais com o seu território e com as suas gentes, “Tripé” materializa-se numa pequena varanda pública, me-

tálica, inscrita num triângulo equilá-tero com 1,8 metros de lado, apoiada sobre três estreitas escadas de caracol que lhe dão acesso.Desconhecido enquanto equipamento urbano, mas inevitavelmente familiar, “Tripé” é um potenciador de relações urbanas que procura provocar o inespe-rado, servindo de pretexto para a reali-zação de inúmeras atividades citadinas.Embora muitas dessas atividades de-corram naturalmente da apropriação espontânea dos passantes, foi esta-belecida uma colaboração com uma Companhia de Artes Performativas, que procurará ser o mediador no casa-mento, que se espera feliz, desta peça com a cidade.Os cidadãos e turistas poderão assim assistir a espetáculos intimistas, parti-cipar em torneios, atividades e conver-sas ou mesmo jantar no “Tripé”, atra-vés de parcerias estabelecidas com as pessoas e os comerciantes locais.Todas estas atividades terão por base o número 3, presente igualmente na origem da criação desta peça. Em junho, o “Tripé” será transferido do Largo de São Domingos para a Rua de Chã, expondo-se a novos usos e di-nâmicas no espaço público.

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Uma Locomotiva não anda ao largo, porém navega. Um navio navega e precisa de cais. A Locomotiva anda sobre carris e aterra numa estação. Ou num apeadeiro. Mas ambos andam ao largo. O navio, ao largo da costa. A Locomotiva ao largo das cidades, vilas e aldeias. Ao largo de todos os lugares. Que, todos, têm um largo.

1. DESCONVERSADEIRAAutoria: Carlos Casimiro da Costa & Jacinta Casimiro da Costa Num mundo onde despontam pontes, estradas, rotas e caminhos de alta velocidade, estamos curiosamente mais sós. Infinitamente mais sós. Desconversamos com os objetos, assim como desconversamos sobre nós próprios. Retomar o sentar ou a “cadeira dos namorados”, criando monólogos e induzindo a abstinência do olhar, do toque e do som sobre o outro, é o conceito base desta intervenção, que convida o público a sentar, costas com costas, incitando a uma comunicação por interpolação digital.

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2. JARDIM VERTICAL Autoria: Quadrado Branco com Moteiro & RicouOxigenar a cidade esquecida, através de um jardim com 20 metros, de onde espreitarão 1.000 vasos de flores e plantas, é a proposta da empresa portuense Quadrado Branco para este espaço vertical e omitido que divide o Largo da Estação e a estreita Rua da Madeira, que sobe e serpenteia a calçada, desintegrando os tons noturnos e validando a transformação da cidade sob o ruído da curiosidade.

3. LOUNGEProjeto de arquitetura e coordenação: Rodrigo Patrício Arquitectos (Rodrigo Patrício, Magda Seifert, Sandra Brito, Miki Itabashi)Peça central no novo Largo da Estação, o Lounge é uma estrutura de caráter temporário que vai dotar o antigo parque de estacionamento da REFER de uma zona de esplanada coberta para apoios aos vários eventos programados no âmbito do projeto Locomotiva. O conceito do projeto defende a circulação e a participação espontânea nos vários espaços intervencionados, de forma a permitir que o público possa testemunhar os processos de criação/produção artística pensados tanto para o exterior como para o interior dos antigos armazéns da REFER.

Porto – São Bento também tem um largo. Não parece, mas tem. Não parecia. Agora parecerá. E aparecerá. Numa rua que também aparece e do qual ele faz parte. A Rua da Madeira, que além de rua, é Largo. Um Largo que fica aconchegado entre ela e a estação. O novo “Largo da Estação” que despediu o parque de estacionamento que não o deixava existir. E que fica mesmo ao lado dos armazéns de mercadorias em modo arquivo morto e que agora pas-sam a galeria, também “da Estação” em modo arquivo vivo. De uma garagem a céu aberto se fez “Largo da Estação” de mente aberta. De um armazém à porta fechada se fez uma Galeria com a porta aberta a todos. Com

1. DesconversadeiraAutoria: Carlos Casimiro da Costa & Jacinta Casimiro da Costa

2. Jardim Vertical Autoria: Quadrado Branco com Moteiro & Ricou

3. LoungeProjeto de arquitetura e coordenação: Rodrigo Patrício Arquitectos (Rodrigo Patrício, Magda Seifert, Sandra Brito, Miki Itabashi

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4. MÖAutoria: Irena Übler Mö é uma peça de mobiliário urbano da autoria da designer industrial austro-alemã Irena Übler. A peça experimenta uma ligação entre espaço público e sala de estar, entre arquitetura e natura, entre “frio” e

“quente”. A dicotomia formal é alcançada pelos módulos que compõem a peça e que lhe permitem ser adaptável a diferentes sítios. A oposição sensorial é dada pela aplicação de dois materiais muito diferentes, mas que combinam de uma forma interessante e expressiva: o betão e a cortiça. A linguagem visual do Mö relaciona-se com a intervenção Espigar no Chão – um projeto interdisciplinar de participação coletiva no espaço público, que envolve diferentes áreas criativas, profissionais e equipas internacionais. Mö tem como empresas parceiras a Unibetão e a Corticeira Amorim.

5. VIRA-LATAAutoria: Moradavaga (Manfred Eccli, Pedro Cavaco Leitão com Rossana Ribeiro)A proposta do coletivo Moradavaga assenta num elemento vertical, ao mesmo tempo lúdico e funcional, que estabelece uma nova possibilidade de circulação pedonal entre o Largo da Estação e a Rua da Madeira, sob a forma de uma caixa-de-escadas. Tendo como inspiração os painéis informativos que vão dando indicações atualizadas sobre as chegadas e partidas dos comboios, o objetivo é que os transeuntes assumam um papel ativo na alteração da imagem deste Largo, através da manipulação dos elementos móveis (latas metálicas) que constituem esta escada, como se de ecrãs com pixéis analógicos se tratassem.

curadoria especial de Rodrigo Patrício Arquitectos, nascerá uma estrutura de carácter temporário que dotará o espaço exterior de uma zona de esplana-da coberta de apoio aos eventos programados pela Locomotiva. Este espaço será também intervencionado por três equipas de artistas com peças amoví-veis de carácter temporário das quais faz parte a colocação de um sistema de comunicação vertical em escada, que liga a cota alta da rua da Madeira (as escadas que também são rua) à cota mais baixa contígua aos armazéns (o largo que também rua é), garantindo o não desvirtuamento e a preservação da identidade do espaço. O conceito do projeto defende a circulação e a

participação espontânea nos vários espaços tendendo para a permanente dis-ponibilidade de acesso às diferentes unidades-base inseridas numa “Estação de Portas Abertas” que permita testemunhar o(s) processo(s) de criação/pro-dução artística proporcionando um conhecimento holístico sobre a realiza-ção num acto de voyeurismo consentido, estimulando uma zona da cidade e mapeando-a mais intensamente nas áreas da cidade central que lhe são vizi-nhas e encorajando-lhe uma nova vida num horário complementar ao fluxo da passagem diurno, estendendo e diversificando a oferta de equipamentos de utilização pública desta rua, que também é largo, escadas e, até galerias.

4. MöAutoria: Irena Übler

5. Vira-LataAutoria: Moradavaga (Manfred Eccli, Pedro Cavaco Leitão com Rossana Ribeiro)

3. LoungeProjeto de arquitetura e coordenação: Rodrigo Patrício Arquitectos (Rodrigo Patrício, Magda Seifert, Sandra Brito, Miki Itabashi

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BOTAR ESP IGA

E S P I G A R P R O P O S T A S B A S EA par da Convocatória Aberta, o ESPIGAR reúne ou-tros dois projetos (ESPIGAR NO CHÃO E ESPIGAR NAS GENTES) que resultam do convite direto a artis-tas/criadores, que serão responsáveis por desenvolver um reconhecimento mais prolongado e aprofundado das qualidades físicas e sociais do terreno, sendo nes-te caso materializado numa intervenção física.

E S P I G A R N O C H Ã O ( A D E C O R R E R )Coordenado por Irena Übler e Chiara Sonzogni.Uma equipa multidisciplinar que reúne o saber do Design de produto, a arquitetura e as artes plásticas. A equipa está desafiada a conceber uma instalação que propõe modos de ocupar o Largo da Estação, uma vez liberto da sua função como estacionamento. A sua concretização abre-se à experimentação coletiva de matérias-primas como o betão e a cortiça. Nestes obje-tos vão reinterpretar-se movimentos, objetos, imagens e texturas do lugar. Os laboratórios urbanos de expe-riência e construção acontecem na Rua da Madeira, nos dias 14, 21, e 28 de março, das 10h00 às 17h00.

39 foram as respostas nacionais e estrangeiras, artísticas e cívicas que a convocatória aberta ESPIGAR recebeu até 2 de março, vindas de todos aqueles que se imaginaram, durante uma semana, a ser programadores culturais daquele que será o novo largo do Centro do Porto: a Rua da Madeira. ESPIGAR é o nome desta primeira Convo-catória Aberta lançada pelo projeto Locomotiva, mote que partilha com as duas inter-venções artísticas já planeadas para o remodelado chão que a Rua da Madeira recebe-rá (convidando todos a usar este chão como um largo que também é auditório, sala de concertos e salão de baile) e transformando um parque de estacionamento num novo palco da cidade; e para a reinterpretação - em modo ilustração - dos célebres painéis de Jorge Colaço que celebram a região minhota e duriense na belíssima estação que todos conhecemos. Através desta convocatória aberta convidámos todas as ideias de qualquer disciplina artística ou multidisciplinares, incorporando um ritmo de ocupação que es-tabeleça um diálogo com os ciclos diários e semanais da envolvente: desde as manhãs de chegada a São Bento, aos almoços rotinas dos restaurantes da Rua da Madeira, à música de início de tarde que ecoa na Rua Cimo de Vila, seja ficcionado, interpretando ou agindo diretamente sobre estes quotidianos. Cada uma das quatro propostas selecio-nadas pelo júri, congregadoras de eventos culturais originais, que negoceiem modos de vivenciar este espaço, a partir da interpretação dos fluxos que o habitam, o invadem ou dele se desviem,terá ao seu dispor €7.000 para programar a “sua” Rua da Madeira de 13 de abril a 10 de maio de 2015.

E S P I G A R N A S G E N T E S(abril a junho de 2015)Coordenado por Lara Seixo Rodrigues.No átrio de entrada da Estação de São Bento, os pai-néis de azulejo de Jorge Colaço retratam costumes populares dos lugares atravessados pelo comboio no início do século XX: rotinas de trabalho, rituais de celebração, bem como momentos de abandono ao des-canso e aos impulsos da vida. ESPIGAR NO CHÃO propõe um diálogo com estes painéis, atualizando o re-trato das vidas de todo este lugar, das histórias de hoje, dos costumes, dos usos, dos cheiros e sabores e de tudo o mais que se percebe neste território. Estes retratos atualizados das vidas de São Bento e arredores serão devolvidos em múltiplos formatos, nas ruas e com-boios deste lugar, por uma mão cheia de reconhecidos ilustradores portugueses, casos de André Loba, Júlio Dolbeth, Mariana a miserável, Mariana Rio e Nicolau.

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A R M A Z É N S Q U E S Ã O G A L E R I A SA R Q U I V O M O R T O Q U E P A S S A A M E M Ó R I A V I VA

PRENÚNCIO

P O R J E S S E J A M E S“Prenúncio” reúne quatro artistas (Horário Frutuoso, João Bento, Nuno Pimenta e Ta-mara Djurovic) que constroem um arquivo coletivo sobre as relações que a Estação de São Bento potencia no território: central/periférico, urbano/rural, local/forasteiro, industrial/turístico. A Estação de São Ben-to, monumento ao Porto industrial, é o local onde diferentes tempos se confrontam e onde se espera. Essa espera não acontece apenas no seu interior. Pelo contrário, tem especial interesse aquilo por que se espera no exte-rior, em redor da Estação. Com a di-minuição das funções que acolheu ao longo do último século, São Bento transforma-se de lugar de confluências em espaço simbó-lico e monumental associado a um novo al-cance territorial nos domínios turísticos. Recebe em valor o que perdeu em função. E, com isso, alteram-se os fluxos e as relações que se estabelecem com o espaço. Há uma espera generalizada enquanto estas novas realidades se alojam, lentamente, no territó-rio e questionam identidades também novas e diferentes.

J E S S E J A M E SCurador da Exposição, Jesse James é natu-ral de Vancouver, Canadá, mas com raízes Açorianas. É licenciado em Turismo e La-zer pela ESTH/IPG com especialização em Comunicação e Planeamento Cultural. Vive e trabalha entre Lisboa e Porto como assessor e consultor em comunicação e desenvolvi-mento estratégico para projetos e estruturas culturais. Desde 2011, é Diretor Artístico do Walk&Talk Azores — Festival Internacional de Arte Pública, que decorre anualmente em São Miguel, Açores.

Entra-se em Porto – São Bento, compra-se um jornal, talvez uma sandes, pica-se o bilhete, agora sem pica para o picar, e esgueiramo-nos mais ou menos celeremente para um dos comboios que aguardam a hora inflexível de partida. Que é já agora. Só aqueles que gostam de se demorar, aqueles distraídos do olhar e da etapa seguinte, aqueles que têm no seu olhar a curiosidade do nada e do tudo é que terão, talvez, já olhado para a esquerda e reparado que a linha 1 já só o é de nome, pois os carris que já foram seus, há muito que dela desertaram. Estes terão tam-bém, talvez, olhado e visto que à esquerda desta linha que já não o é, há armazéns quase a perder de vista, quase a entrar no túnel, que, até agora, separam a Estação do que era um seu parque de estacionamento e que ago-ra passará a ser o seu largo. O “Largo da Estação”. Estes armazéns, que guardaram em tempos mercadorias dos muitos e longínquos viajantes e comerciantes que acudiam ao entreposto cosmopolita e comercial cha-mado Porto, que guardaram depois restos de inventários do vasto material ferroviário da REFER, ganham agora uma nova vida, uma nova ligação e um novo sentido. Porque de portas sempre fechadas passam a estar de portas sempre abertas, ligando uma plataforma abandonada da Estação que não desaguava em comboio algum e não ligava a um parque de esta-cionamento apenas usado por alguns, ligando imaterialmente essa plata-forma a um embarque numa viagem até a um lugar chamado “Prenúncio”, numa viagem pela memória viva que quatro jovens artistas resgataram do lugar, deste lugar e ligando materialmente a fervilhante Estação ao seu novo largo, o brevemente igualmente fervilhante “Largo da Estação”.

H O R Á R I O

2A-FEIRA ENCERRADA3A , 4A , 5A 14H - 23H

6A E SÁBADO 10H - 01HDOMINGO 10H - 19H

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U M A L O C O M O T I VA E M F E S TAE A TODO O VAPOR

LOCOMOTIVA É A MÁQUINA QUE TUDO PUXA, QUE TUDO TRANSFORMA E QUE TUDO ANIMA À SUA PASSAGEM.

MOBILIZANDO CADA VEZ MAIS PARCEIROS QUE EMBARCAM

E OCUPAM AS SUAS MUITAS CARRUAGENS,

NESTA LOCOMOTIVA TODOS TÊM LUGAR À JANELA,

PORQUE TODOS TÊM IDEIAS E PROJETOS PARA DINAMIZAR E REALIZAR FORA DELA. DA MÚSICA AO TEATRO, DO CINEMA AO TURISMO CRIATIVO,

TUDO CABE NESTA VIAGEM COLETIVA. QUE É DE TODOS E PARA TODOS.

CELEBREMOS, POIS, A CADA PARAGEM DESTA LOCOMOTIVA.

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PROG

RAM

AD

EA

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MA

ÇÃ

O NOVO CIRCO

Seguindo-se à apresentação de “Fio Prumo”, a 27 de dezembro, a companhia Erva Daninha volta à ação no dia 28 de março com um novo espetáculo de circo contemporâneo. Intitulado “Perto do Chão”, o espetáculo divide-se em três momentos, integrando solos com tecido, trapézio e lira. Será apresentado no Miradouro da Sé ao longo de seis sessões durante a tarde. A 16 de maio será a vez de “algures”, um espetáculo onde três vendedores ambulantes apresentam os seus ofícios através da manipulação de objetos, malabarismo e equilíbrios. A partir de 17 de maio e até 28 de junho (aos sábados e domingos), o espetá-culo será reposto, numa fase dedicada à comunidade estudantil e aos turistas, potenciando o convívio com a equipa artística, numa oportunidade para multiplicar as personagens ligadas aos ofícios ambulantes. Pelo meio, a companhia vai ainda realizar uma série de Open Labs, com treinos e aulas abertas dirigidas ao público.

Programa Perto do Chão28 de março Miradouro da SéSessões às 15h30, 16h10, 16h45, 17h30, 18h05 e 18h40

TEATRO

Enquanto prepara a apresentação de “Porto – Granito e Sonho”, agendada para 27 de junho, no encerramento do projeto Locomo-tiva, a companhia ACE – Teatro do Bolhão realiza na tarde de 28 de março um espetáculo de rua inspirado na problemática da emigração. “Os Viajantes/Emigrantes” parte da Estação de São Bento, com a apresentação de quadros coreográficos inspirados no universo das viagens e da emigração portuguesa. Prossegue depois para a Rua das Flores, instalando-se na fachada do Edi-fício do CNE, onde se juntam os Viajantes. Segue-se a ocupação do edifício e uma nova intervenção coreográfica. Termina numa parada até à Praça Almeida Garrett. Fortemente coreográfico, este espetáculo promete música, alegria e festa.

Programa os Viajantes/ Emigrantes28 de março

Momento 1 – Emigrantes16h05 Estação de São BentoMomento 2 – O Duende16h45 Rua das FloresMomento 3 – A Parada17h00 Rua das Flores, Largo de São Domingos, Praça Almeida Garrett

MUSEU ITINERANTE

A partir da adaptação de uma carrinha de 7 lugares, o Museu das Marionetas do Porto vai habitar diversos locais do Centro Históri-co do Porto a partir de 28 de março. Este formato de “Museu em Movimento” pretende ser uma forma mais informal de contágio artístico, despertando simultaneamente a curiosidade para o Mu-seu base, ele próprio instalado em pleno Centro Histórico, na Rua das Flores. “CINDERELA” é a exposição que poderá ser vista no interior desta carrinha/museu, que terá marionetas, objetos e partes cenográficas da peça estreada em 2009 e que integra o reportório da companhia.

Calendário Museu em Movimento1ª Temporada (7 sessões) 28 de março a 5 de abril 11h00 às 18h0028 de março Praça da Liberdade29 de março São Bento30 de março Sé Catedral2 de abril Praça da Liberdade3 de abril Cordoaria (Centro Português de Fotografia)4 de abril Praça da Ribeira5 de abril São Bento

2ª Temporada (12 sessões) 13 a 26 de junho

CINEMA/DOCUMENTÁRIO

“Filtros” é nome do documentário que o Balleteatro está a produ-zir no âmbito do projeto Locomotiva, onde um grupo de mora-dores da zona da Sé do Porto fala das suas vidas e interage com atores e performers vindos de outros lugares. Os dois mundos ob-servam-se mutuamente e misturam-se. “Filtros” são os obstáculos de acesso à intimidade e às histórias pessoais, mas também uma chave de acesso: pela interpretação, pela repetição, pelo diálogo, pelos gestos, pela familiarização, mas também pela música. “Fil-tros” vai ser rodado entre 28 de março e 4 de abril, para ser apre-sentado ao público no final de junho, em associação com outros momentos performativos. Carla Bolito, João Reis e Lígia Roque são alguns dos atores confirmados.

Calendário Filtros28 de março a 4 de abrilRodagem em espaços exteriores

18 a 21 de junhoProjeção do filme em associação com momentos performativos

PERFORMANCE + INSTALAÇÃO

A cooperativa cultural Circolando apresenta, nos dias 3, 4 e 5 de abril, um projeto no cruzamento da instalação, arte pública e per-formance. Três iglôs, construídos com sacos de plástico, cheios de água, acolherão breves intervenções performativas a que o públi-co assiste espreitando por pequenos orifícios, do tamanho da sua cabeça, num encontro muito íntimo entre o intérprete e o público. São micro-histórias construídas em torno do imaginário ligado ao elemento água e às alterações climáticas. As performances de 1 hora acontecem três vezes ao dia.Do projeto fará também parte um trabalho de pesquisa sobre o mundo subterrâneo da água no Porto e a organização de um ateliê de escrita, envolvendo a comunidade no processo de criação de micro-histórias, assim como um ateliê de dança criativa aberto a alunos do ensino básico.

Programa Água3, 4 e 5 de abrilSessões diárias às 15h00, 18h00 e 21h30Duração: 60m

MÚSICA

Com a assinatura da Associação Porta-Jazz, a música vai ser uma presença constante nas várias paragens programadas da Locomotiva. Além de dois concertos no Largo da Estação, a 28 de março (Mariana Vergueiro Quinteto) e 4 de abril (Mean Swing Machine), a Associação apresenta o Jazz ao Bento, cuja primeira série de concertos tem lugar entre 9 a 11 de abril. Dois desses concertos constituem o “Projeto Maquinista”, em que 11 músicos da Associação Porta-Jazz interpretarão peças encomendadas a compositores portuenses em diversos locais da Estação de São Bento, explorando a acústica do edifício e desafiando outros mú-sicos e estudantes a juntarem-se.A partir de 9 de abril e até 24 de junho, o Jazz ao Bento.. Jam Ses-sions decorrerá todas as quintas-feiras. Uma banda convidada fará a abertura, desfiando depois outros músicos presentes a en-trar em palco.

Calendário Jazz ao Bento9 de abril22h00 Sessão 0 Jazz ao Bento — Largo da Estação

10 de abril18h00 PãoDemónio — Largo da Estação22h00 Projeto Maquinista — Estação de São Bento

11 de abril18h00 Projeto Maquinista — Estação de São Bento 22h00 Bouncelab — Largo da Estação

ANIMAÇÃO JUVENIL

O movimento associativo também tem lugar reservado nesta Lo-comotiva, cabendo à Federação das Associações Juvenis do Porto (FAJDP) desenvolver três ações de rua dirigidas a um público mais jovem, com atividades que vão desde a música, a dança e o teatro, passando ainda pela cidadania, ecologia, desporto e nutrição.A primeira ação, a 28 de março, será na Ribeira do Porto e terá um caráter reconstitutivo sobre os costumes da região, com ati-vidades ilustrativas do nosso legado cultural mais antigo. As restantes ações acontecem respetivamente a 26 de abril (Dia do Associativismo Jovem) e 10 de junho (Dia de Portugal).

Programa Associa-te28 de março Ribeira do Porto

14h00 Atuação ritmos africanos14h30 Atuação de dança fado15h00 Grupo Adbib – Violoncelos16h00 Workshops didáticos18h15 Grupo de dança contemporânea + ginástica artística19h00 Atuação Tuna Académica

PASSEIOS NO CENTRO HISTÓRICO

Proporcionar uma experiência invulgar a quem visita o Porto, e em particular o seu Centro Histórico, é o objetivo do projeto desenvolvido pelo Espaço PELE para o Locomotiva, através do Grupo de Teatro Comunitário da Vitória.Denominado “Passeios ao Pôr-do-Sol”, o projeto concretiza-se em visitas guiadas e encenadas ao Centro Histórico para grupos de turistas. O trajeto inicia-se na Estação de São Bento, sobe a Rua de Trás, segue pela Rua de São Bento da Vitória, repousa no Mira-douro da Vitória e termina no Jardim das Virtudes. Ao longo deste trajeto, o público será surpreendido por diversas personagens com histórias do passado e presente. A invulgar experiência, agendada para o dia 28 de junho, terminará com um picnic ao pôr-do-sol com música e literatura portuguesa no Jardim das Virtudes. A 28 de março, pelas 17h30, será feita a primeira experiência, num percurso-pesquisa guiado por atores do Grupo de Teatro Comunitário da Vitória, seguido de um ensaio aberto.

Calendário Passeios ao Pôr-do-Sol28 de março 17h30 Apresentação do 1º Percurso (Ensaio Aberto) Início: Estação de São BentoInscrição prévia através do mail [email protected] (máx. 30 pessoas)

28 de junho Apresentação Final

Page 12: Jornal Locomotiva — Março

Uma iniciativa do projeto Porto Destino Criativo

Cofinanciamento: Promotor:

Ú L T I M A

C H A M A D A

Q U E M É S P O R T O ?O P E N C A L L

i W O R K S H O P S II14 E 21 DE MARÇOI I15H00 - 17H00IIEDIFÍCIO AXAI I28 DE MARÇOII15H00 - 17H00I IARMAZÉNS DA REFERIII29 MARÇO A 17 MAIOIITODOS OS DOMINGOSI I(EXCEPTO 5 ABRIL)II10H00 - 12H00I ILARGO DA ESTAÇÃOI

Miguel Januário nasceu no Porto em 1981. Frequentou a Escola de Ensino Artístico Soares dos Reis e a Faculdade de Belas Artes da Uni-versidade do Porto onde se licenciou em Design de Comunicação. Dedicou-se desde muito cedo ao graffiti e à criação de comunicação no espaço público, alicerce do seu trabalho de intervenção ‘±MAISMENOS±’, projeto que desenvolve des-de 2005. A sua obra é hoje uma referência em Portugal e no estrangeiro, tanto na esfera públi-ca como em Museus e Galerias.

S O B R E O

A R T I S TA

sabe mais sobr e este e outros projetos em: www.portolocomotiva.pt

facebook.com/portolocomotiva

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A Locomotiva apresenta mais uma iniciativa enqua-drada no seu programa de arte urbana. Todos os por-tuenses e viajantes estão convidados a participar no maior painel de azulejos da cidade, a inaugurar em junho de 2015. A composição final, orientada pelo artista Miguel Januário (±MAISMENOS±), será in-tegrada na fachada de um edifício na envolvente de São Bento. COMO PARTICIPAR? Inscreve-te através do e-mail [email protected] e parti-cipa nos workshops que vamos realizar para apoiar a produção do painel. Basta enviares o teu nome e idade, além das datas dos workshops em que preten-des participar. As sessões gratuitas, com uma duração de duas horas, terão um máximo de 19 par-ticipantes e serão acompanhadas por monitores da Escola Superior de Educação do Porto do Institu-to Politécnico do Porto, que ajudarão os participan-tes na preparação do material (azulejos e tinta) e na realização de uma composição visual que procure responder à questão “Quem és, Porto?”. Podes pintar, desenhar, escrever, reclamar ou simplesmen-te… sonhar. O importante mesmo é deixares o Por-to que há em ti num dos três mil azulejos que temos para intervencionar.

junta-te à viagem e participa

na criação do maior painel

de azulejos da cidade do porto. a inauguração está marcada

para o dia 27 de junho.