jornal [in]formação 2ª edição 2011

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JORNAL DO 3° ANO DE JORNALISMO LABORATÓRIO Faculdades Integradas Teresa D’Ávila ÍNDICE PRÁTICO O QUE VOCÊ QUER VER NO Envie suas dicas para: [email protected] Público infantil é sinônimo de lucratividade Diante de um mercado extremamente competitivo, diversos países regularizaram a publicidade voltada às crianças. Talita Galvão O crescimento do consumo infantil seja de roupas, calçados, brinquedos entres outros produtos, se deve em boa parte aos anúncios que são vinculados na TV Anúncios publicitários estão cada vez mais voltados para crianças No Brasil, o crescimento chega a ser espantoso no segmento do vestuário para crianças, que representa 15% do mercado nacional e nos últimos cinco anos teve crescimento de 6%. MEIO AMBIENTE Programa de conscientização ambiental, traz na prática o que as crianças aprendem em sala de aula. P.08 Carlos Roberto VIVER BEM As verdades e os mitos que os adeptos da tatuagem en- frentam na hora de escolher um emprego. CIDADANIA P.04 EDUCAÇÃO Jogos eletrônicos podem se tornar grandes aliados para o desenvolvimento educacional da criança, segundo alguns pedagogos.P.05 Amanda Maniçoba Glauber Camilo CADERNO Bate-papo: Falar de colunismo social no Vale do Paraíba é falar do jornalista de Guaratinguetá José Luiz de Souza. P.02 Cidadania: Uma das opções para garantir uma renda extra no fim do mês é fazer uma capacitação em um curso semi-profissionalizante. P.04 Educação: Governo de São Paulo resolveu instalar câmeras nas maiores escolas de todo o Estado P.05 Comportamento: E então fica a pergunta: é necessário beber para se divertir na balada? P.07 Denise Moreira P.03 Maus hábitos alimentares e falta de exercícios físicos são os princi- pais agravantes para o aumento do peso acelerado nas crianças. P.06 Ano 9 * n° 57 * Abril de 2011

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Jornal Laboratório da Habilitação em Jornalismo do Curso de Comunicação Social, das Faculdades Integradas Teresa D'Ávila, Lorena, SP. Produzido pelos alunos do 3º ano.

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Page 1: Jornal [in]Formação 2ª edição 2011

JORNAL

DO 3° ANO DE JORNALISMO

LABORATÓRIOFaculdades Integradas

Teresa D’Ávila

ÍNDICE PRÁTICO

O QUE VOCÊQUER VER NO

Envie suas dicas para:[email protected]

Público infantil é sinônimo de lucratividade

Diante de um mercado extremamente competitivo, diversos países regularizaram a publicidade voltada às crianças.

Talit

a G

alvã

o

O crescimento do consumo infantil seja de roupas, calçados, brinquedos entres outros produtos, se deve em boa parte aos anúncios que são vinculados na TV

Anúncios publicitários estão cada vez mais

voltados para crianças

No Brasil, o crescimento chega a ser espantoso no segmento do vestuário para crianças, que representa 15% do mercado nacional e nos últimos cinco anos teve crescimento de 6%.

MEIO AMBIENTE

Programa de conscientização ambiental, traz na prática o que as crianças aprendem em sala de aula. •P.08

Carlo

s Ro

bert

o

VIVER BEM

As verdades e os mitos que os adeptos da tatuagem en-frentam na hora de escolher

um emprego.

CIDADANIA

P.04

EDUCAÇÃOJogos eletrônicos podem se tornar grandes aliados para o desenvolvimento educacional da criança, segundo alguns pedagogos.•P.05

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CADERNOBate-papo: Falar de colunismo social no Vale do Paraíba é falar do jornalista de Guaratinguetá José Luiz de Souza. • P.02

Cidadania: Uma das opções para garantir uma renda extra no fim do mês é fazer uma capacitação em um curso semi-profissionalizante.• P.04

Educação: Governo de São Paulo resolveu instalar câmeras nas maiores escolas de todo o Estado •P.05

Comportamento: E então fica a pergunta: é necessário beber para se divertir na balada?

•P.07

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P.03

Maus hábitos alimentares e falta de exercícios físicos são os princi-pais agravantes para o aumento do peso acelerado nas crianças. •P.06

Ano 9 * n° 57 * Abril de 2011

Page 2: Jornal [in]Formação 2ª edição 2011

Entrevista

Diogo Meireles

O “expert” do jornalismo social do Vale do Paraíba e região

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Daniele Dias

Falar de colunismo social no Vale do Paraíba é falar do jornalista de Guaratinguetá José Luiz de Souza. Ele divulga, ou comanda, boa par-te dos eventos culturais e sociais da região, deixando seus leitores informados do que está rolando de melhor, do que foi notícia do fim de semana ou daquele evento que agi-tou a sociedade.

Com um currículo de peso, o jor-nalista atuou em diversos meios de comunicação no Vale do Paraíba, entre eles o jornal Valeparaibano e a TV Band Vale. Pela revista Veja Vale Montanha foi júri do guia gastro-nômico em seis edições. Na mídia online trabalhou durante nove anos no site Webavista. Atualmente, José Luiz comanda seu próprio web site www.jlsocial.com.br, uma nova fase em sua carreira.

Em entrevista ao [In]Formação, o colunista fala um pouco de sua car-reira e do dia a dia de se fazer colu-nismo social na região.

[In]Formação: Como foi o início de sua carreira e como surgiu sua paixão pelo colunismo social?

José Luiz: A paixão, na verdade, surgiu pelo jornalismo. Posterior-mente se fixou no jornalismo social. Eu estudava história na Universi-dade de São Paulo e desenvolvia no Museu da Imagem e do Som da capital um projeto de memória oral sobre o Vale do Paraíba – para captar depoimentos de artistas e persona-lidades da região. Foi quando surgiu o convite do jornal Valeparaibano para assinar uma coluna social.

[In]Formação: Fale um pouco sobre o dia a dia do seu trabalho.

José Luiz: O dia a dia tem inicio

muito cedo: às vezes cinco e quase sempre às seis da manhã. É o meu momento mais inspirado, em que consigo escrever sossegado, pes-quisar alguns assuntos, selecionar fotos com calma. Gosto de traba-lhar de madrugada.

[In]Formação: Quais os desa-fios de se fazer colunismo na re-gião e Vale do Paraíba?

José Luiz: O maior desafio é sem-pre ter que “enfrentar” as diferenças culturais e históricas das várias ci-dades da região. Fazer jornalismo

social numa região com cidades de perfis sociais tão diversos é como costurar uma colcha de retalhos a cada dia.

[In]Formação: Qual a dica que você deixa para quem planeja atuar na área do jornalismo so-cial?

José Luiz: Como disse anterior-mente, se você se apaixona pelo jornalismo – vai atuar na área social, política ou esportiva com o mesmo “tesão”.Você tem que entender de tudo um pouco.

[In]Formação: Como foi seu processo de transição para a “era digital”?

José Luiz: Sou do tempo em que as minhas colunas do Valeparaiba-no eram passadas de Guaratingue-tá para São José dos Campos via telex: umas máquinas enormes e barulhentas. Eram as bisavós dos notebooks. Depois passamos a es-crever em laudas que eram passa-das por fax e corrigidas por telefo-ne. O meu processo digital teve que ser aderido meio que na “marra”

[In]Formação: Como foi sua re-lação e adaptação no início, em trabalhar com uma mídia digital? Qual seu ponto de vista sobre a chegada do jornalismo online?

José Luiz: Não vejo muita dife-rença. A não ser, claro, de tecnolo-gia e facilidade. Adoro ler um jornal impresso e de preferência sujar a mão de tinta. Navegar também é muito bom. Muito mais ágil, e inte-rativo. Mas não anulam, a meu ver, as demais mídias.

[In]Formação: Quais benefícios a internet trouxe para sua carrei-ra?

José Luiz: Acho que o principal benefício foi o de trabalhar em casa, fazer meus horários e estar conec-tado com o mundo todo em minha tela de trabalho.

[In]Formação: Quais redes so-ciais você possui?

José Luiz: Além do site – onde também está o link do meu blog – tenho o twitter @jlsocial, que fun-ciona pra mim com um bom instru-mento de trabalho. Sobrevivi sem o Orkut.

E acho que também sobreviverei sem o Facebook.

Jornal Laboratório do 3° ano de Jornalismo

Faculdades Integradas Teresa D’Ávila – FATEA Ano 9 – n° 57 – Abril/ 2011

Direção Geral: Prof.ª Dr.ª Olga de SáVice-Direção: Prof.ª Me Irmã Raquel RetzCoordenação do Curso de Comunicação Social: Prof. Me. Jefferson de Moura

Editora Geral:Prof.ª Esp. Laura Barcha – MTb 36454Colaborador de Fotografia:Prof. Me. Luis Antonio Feliciano

Diagramação:Amanda C. Moreira da SilvaVanessa de Freitas Maria

Revisão: Prof.ª Me Irmã Raquel Retz

Faculdades Integradas Teresa D’Ávila - FATEAAv. Peixoto de Castro, 530 - Vila Celeste- Lorena-SP- CEP:12606-580

Fone: (12) 2124-2888

Equipe de Alunos: Amanda Mo-reira, Amanda Maniçoba, Amanda Mendes, Ana Flávia, Ana Paula de Almeida, Arieli Prado, Bruna Cris-tina, Bruna de Paula, Camila Gui-marães, Camile Araújo, Carla Ses-tari, Carlos Roberto, Daniele Dias, Denise Moreira, Diogo Meireles, Estéfani Braz, Fabíola Nascimento, Glauber Camilo, Jéssica Queiroz, Leila Diniz, Luara Castilho, Lucas Barbosa, Magnum Sulivam, Maíra Lisboa, Maria Mariana, Mariane Soma, Natalia Marcondes, Ramon Morgado, Talita Galvão, Tuanny

Galvão, Vanessa Freitas

“Entre Aspas”• >>>P. 02

EDITORIAL

José Luiz fala da carreira e de sua paixão pelo jornalismo.

A partir desta edição, quem as-sume o [In]formação é a turma do 3º ano de jornalismo do ano letivo de 2011. Desde já, agradecemos a oportunidade de, durante todo este ano, poder informar, entreter e colaborar para o jornalismo de nossa região. Sabemos o compro-misso que a partir de agora assu-mimos, das dificuldades a serem enfrentadas e, sobretudo de que este é um trabalho em equipe. Nes-te momento, a qualidade do veículo de comunicação e a continuidade deste trabalho, que é realizado há dez anos pelos alunos de jorna-lismo da Fatea, depende de nós.

Há muitas expectativas em torno deste comprometimento, a experi-ência de aceitar um novo trabalho

e o contato, para muitos, com um jornal impresso e/ou com seu pri-meiro trabalho jornalístico. Tudo isso, traz um novo olhar sobre a pro-fissão. Até o final deste ano, muitas ideias surgirão, novas experiências serão adquiridas e com isto novos valores e visões de mundo também.

Novamente nós alunos do ter-ceiro ano, agradecemos a oportu-nidade. E, embora em tempos tão incertos, com uma avalanche de in-formações chegando a cada segun-do, não seja possível fazer previsões absolutas, nós nos arriscamos a fa-zer uma: “trabalharemos com afinco para trazer a você leitor,um jornal coeso e íntegro acima de tudo.”

Daniele Dias3 ° ano Jornalismo

EXPEDIENTE

Page 3: Jornal [in]Formação 2ª edição 2011

Talita Galvão

Público infantil é sinônimo de lucratividadeConsumo infantil leva crianças a participarem diretamente nas decisões dos pais.

Quem nunca se deparou com crianças vestindo roupas ou usando produtos de personagens animados, ídolos da música, ou da televisão? Isto porque, os anúncios publicitários estão cada vez mais voltados para o público infantil.

Não é para menos, os investimentos voltados para o segmento infantil, estão se expandindo porque têm altas taxas de retorno aos empresários. E esta não é uma situação apenas brasileira, estando presente na maioria dos países.

No Brasil, o crescimento chega a ser espantoso no segmento do vestuário para crianças, que representa 15% do mercado nacional e nos últimos cinco anos teve crescimento de 6%.

O crescimento do consumo infantil seja de roupas, calçados, brinquedos entres outros produtos, se deve em boa parte aos anúncios que são vinculados na TV. Segundo informações retiradas no Painel Nacional de Televisão do Ibope, as crianças brasileiras passam em média cinco horas por dia em frente à TV, isso significa uma realidade de descuido, seja por parte da família ou da escola, já que as crianças passam mais tempo diante da televisão do que convivendo com a sua família ou amigos.

Para a coordenadora do Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, que busca meios para minimizar os impactos do consumismo e da publicidade na formação da infância, o excessivo consumismo infantil vem causando grandes e sérios impactos. “Problemas como obesidade infantil, materialismo excessivo, desgaste das relações sociais e diminuição das brincadeiras criativas são algumas das consequências ligadas à influência da comunicação do mercado e incentivo ao consumo, tão presentes no dia a dia da criança,” ressalta a coordenadora.

Diante de um mercado extremamente competitivo, diversos países regularizaram a publicidade voltada às crianças. Na Suécia, por exemplo, é proibida a publicidade dirigida a crianças de até 12 anos na TV. O mesmo acontece na Noruega. No Canadá é proibida a publicidade de produtos não destinados a crianças em programas infantis.

Na cidade canadense de Quebec, a lei é mais rígida e proíbe qualquer publicidade de produtos destinados a crianças de até 13 anos, em qualquer mídia.

De acordo com a psicóloga Silvia Ferreira, no Brasil a situação deve ser encarada com mais seriedade. “É preciso que haja maior preocupação com o consumo das crianças, porque elas estão participando cada vez mais nas decisões das famílias, pois estão iniciando suas vidas de consumidoras cada vez mais cedo,” afirma Silvia.

Ainda de acordo com a psicóloga além de influenciarem seus pais na hora da compra, as próprias crianças passam a representar um mercado. “O público infantil não gasta apenas o dinheiros dos pais. As crianças consomem também com o dinheiro delas, que é fruto da mesada que ganham no mês,” conclui Silvia.

A dona de casa Amanda Campos afirma que quando o filho Gabriel Campos de nove anos, quer alguma coisa, ele acaba vencendo os pais pela insistência. “O Gabriel está acostumado a comprar tudo de marca e quando não damos o que ele quer, ele não nos deixa em paz,” destaca.

Comportamentos como de Gabriel comprovam um estudo realizado pelo InterSciense que mostra que, em 2003, apenas 8% das crianças influenciavam seus pais na decisão de compra. Hoje, aproximadamente 49% participam deste processo e, de acordo com o mesmo estudo, daqui a dez anos, o índice será de 82%.

Para a estudiosa da área, Lourdes Dias, não se pode ser contra o progresso, mas deve haver um equilíbrio. A criança não pode ficar alienada do seu mundo, que hoje

tem um ritmo acelerado. Porém é preciso que haja discernimento na educação, o foco no público infantil se deve ao motivo do segmento ser bastante vulnerável e manipulável. “A criança ainda está formando seus ideais e valores, assim se torna muito mais fácil manuseá-la. Entretanto, o que esses os empreendedores e pais devem saber que a criança é o adulto de amanhã, que também será pai de família e consumidor, ou seja, o que educará as próximas gerações que virão”, destaca a estudiosa.

[In]Foco • >>>P. 03

Vitória é rigorosa na escolha de seu material escolar

A menina também não dispensa seus produtos de beleza

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Page 4: Jornal [in]Formação 2ª edição 2011

Cidadania• >>>P. 04

NA FATEAD

Inscrições Abertas para a FATI

Para os que pretendem adquirir conhecimento, seja qual for à área, e ao mesmo tempo trocar infor-mações e experiências com outras pessoas a FATI (Faculdade Aberta à Terceira Idade) da FATEA (Facul-dades Integradas Teresa D’Ávila) está com as inscrições abertas para 2011.

Podem participar do Curso os interessados com 50 anos ou mais e o custo mensal para cada partici-pante é de R$80,00. As matriculas estão abertas na Secretaria da FA-TEA.

Mais informações no site www.fatea.br ou

pelo telefone (12) 2124 2888.

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Tatuagem para todas as idades

Amanda Maniçoba

Elleonora adotou os desenhos e piercings após descobrir que seus filhos fizeram tatuagens escondi-

dos dela.

Famílias aumentam renda com cursos gratuitosMulheres ocupam seu tempo com aprendizado e lucro

Arieli Prado

“Aprendi a fazer e gostei, gasto pouco e o lucro é 100%”

Curso gratuito de Contadores de Histórias

na FATEA

Quem aprecia uma boa história tem um encontro marcado com o grupo “Contadores de histórias”, realizado pelo curso de Pedagogia. Nos encontros, alunos de pós-gra-duação, Letras e a comunidade em geral, além de professores de cre-ches municipais, participam.

Mais informações no site www.fatea.br ou pelos telefones (12) 2124 2808 ou 2124 2888.

Tatuagens e piercings já não são vistos como algo radical ou imoral, como acontecia há alguns anos. Atualmente, tornaram-se uma ques-tão de estilo e liberdade de expres-são. Um exemplo é o público que procura o tatuador Anderson Rodri-go do Carmo, 29, conhecido como Gravata, formado por empresários, militares, advogados, médicos e até aposentados.

A dona de casa Eleonora Arantes Campos Pereira, 49, fez suas pri-meiras tatuagens aos 46 anos. Ela possui 11, incluindo as maquiagens permanentes, além de 13 perfura-ções nas orelhas e nariz. “Nunca so-fri qualquer tipo de preconceito ou crítica”, destacou a dona de casa.

Já o funcionário público Célio Ro-berto da Silva, 30, acredita que as pessoas que atende nunca se inco-modaram com suas tatuagens. “Elas são bem visíveis. Nunca precisei es-

conder de ninguém. Mas já fui aler-tado sobre a dificuldade de arrumar emprego por causa das tatuagens”, comentou Roberto.

Para o psicólogo Carlos Alberto dos Santos, 52, o recrutamento feito em determinadas empresas ainda é muito exigente. Sobre candidatos que possuem piercings ou tatua-gens, ele recomenda que essas pes-soas tenham cuidado ao escolher os desenhos e o local tatuado. “Muitas vezes, temos um conceito previa-mente pensado sobre a pessoa, a partir do desenho que se escolhe tatuar”, finalizou.

O tatuador Gravata diz que orien-ta sempre seus clientes sobre os desenhos escolhidos, levando em conta a profissão de cada um. “A pessoa não pode chegar aqui e pe-dir uma tatuagem de um demônio, numa parte do corpo que fica muito exposta se ele é médico ou trabalha

num escritório. É preciso evitar futu-ros arrependimentos”, aconselha o tatuador.

Que todos querem garantir uma renda extra no fim do mês, isso é fato. Mas, os passos a serem toma-dos para ter essa garantia depen-dem de cada um. E uma das opções para garantir uma renda extra no fim do mês é fazer uma capacitação em um curso semi-profissionalizan-te. Em Lorena os moradores podem encontrar na SIJUC, Secretaria da Infância e Juventude, cursos como: informática para a 3° idade, panifi-cação, bordado, pintura em tecido e patchwork. Os cursos têm como foco a geração de renda, aliando o aprendizado com bem estar e lucro.

As oficinas são realizadas durante toda a semana no período da tarde. A secretária adjunta Maria Glória Gomes, declarou que quem procura os cursos são pessoas que querem melhorar sua renda financeira, mas muitas vezes, as aulas servem até mesmo como terapia, em casos de depressão. Muitos dos alunos que passaram pelo cursos, como o de panificação, já estão trabalhando na área, e alguns conseguiram abrir seu próprio negócio.

A monitora Neusa Maria Maximia-no, responsável pelo curso de pin-tura em tecido, disse que “senhoras que chegaram com mãos trêmulas, agora fazem e vendem os panos que produzem durante as aulas e re-

velam não ter mais esse problema”. As alunas por cada trabalho pronto, gastam em média R$5,00 com ma-teriais, e vendem os panos de prato por até R$15,00.

Como Nilsa Helena Ferreira Diniz, que faz patchwork, muitas alunas se descobrem nessa área e levam para o mercado tudo o que apren-dem. “É uma renda extra, estou

amando, eu estava muito estressa-da e sedentária. Descobri essa arte e estou vendendo muito, as pesso-as adoram,” ressalta Nilsa.

É importante destacar que es-ses cursos semi-profissionalizantes além de proporcionar um dinheiro a mais no fim do mês, aumentam a auto-estima e a perspectiva de vida dos alunos.

Arie

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ado

Com o objetivo de unir o universo dos veículos impressos e web, o jornal [In]Formação agora tem o seu próprio espaço na internet, o “[In]Formação On-line”.

Acesse!http://informacaojor.blogspot.com

Cresce o uso de tatuagens como liberdade de expressão

Page 5: Jornal [in]Formação 2ª edição 2011

Jogos eletrônicos podem se tornar boas ferramentas pedagógicas

Governo Estadual implanta câmeras para diminuir a violência

Educação • >>>P. 05

Magnum Sulivam

Wallison joga video game todos os dias, quatro horas por dia.

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Glauber Camilo

“Games” ajudam no desenvolvimento das crianças

Acordar e correr para frente da televisão para jogar vídeo game. É assim que Wallison Santana de 10 anos, que estuda no período da tar-de, faz todas as manhãs. Ele joga ví-deo game quatro horas por dia, duas horas de manhã e duas horas à noite

quando chega da escola. Gosta de jogos de guerra e luta. Sua mãe Le-tícia Clemente, conta que o menino age como se estivesse no jogo e se ela não mandar, ele não desliga o game. “Se não falar ‘chega’ ele não para”, comenta.

A psicóloga Deise Aparecida Viei-ra de Matos, que cuida de crianças, quando o game é utilizado de forma benéfica, é uma ótima opção, por trabalhar com o raciocínio e desen-volvimento. Faz com que as infor-mações sejam adquiridas de manei-ra fácil. Entratanto, ela não descarta a parte ruim, em que a criança não tem limites, não tem outros gostos a não ser o game. Para ela tudo deve ser controlado. “Sempre deve ter o monitoramento dos pais, intervindo de maneira positiva na educação de seus filhos, impondo a eles outras maneiras de se divertir”, ressalta Dei-se.

Gilda Angélica Alves Brum, vice-diretora da escola Anísio Novaes em Aparecida, escola que Wallace estu-da, acha favorável adotar os games como instrumento educacional. Ela, que fez seu trabalho de conclusão

de curso sobre tecnologia, diz que esse método será muito bem recebi-do em sala de aula. “Quando se tem objetivo tudo é favorável”, ressaltou a educadora. A pedagoga acredita em uma junção entre escola e famí-lia. Sendo orientadas na escola, pe-los professores e em casa, pelo pais, as crianças podem se desenvolver rapidamente.

Angélica ainda comenta sobre uma possível adaptação de compu-tadores e games na escola. Ela acre-dita que já está na hora de começar a trabalhar com as crianças nesse instrumento que cresce a cada dia. “Está na hora da escola evoluir”, re-sume a pedagoga.

Para Adam Luiz Vegatti, que tem 25 anos e joga vídeo game desde os oito anos de idade, “a tecnologia faz desenvolver uma inteligência que não aprendemos nem na escola”.

Câmeras auxiliam na segurança de escolas

O crescimento acelerado da vio-lência nas escolas torna-se um pro-blema cada vez maior em todo o país, a utilização de câmeras de se-gurança nas escolas surge como fer-ramenta para paralisar brigas e con-fusões dentro do ambiente escolar.

Devido ao alto índice de ocorrên-cias, o Governo de São Paulo resolveu instalar câmeras nas maiores escolas de todo o Estado, entre elas a Escola Estadual Profº Francisco Augusto da Costa Braga, uma das maiores esco-las de Guaratinguetá localizada no bairro Pedregulho, que atende cerca de 1.400 alunos. A escola foi escolhi-da por ter apresentado várias ocor-rências no ano de 2010, como brigas dentro e fora da escola.

De acordo com a coordenadora Rejane Marcondes Rangel, foram ins-taladas dez câmeras espalhadas por diversos pontos estratégicos da es-cola que são monitoradas 24 h, uma segurança a mais para professores, funcionários e alunos da escola. Re-jane ainda relata que as ocorrências por indisciplina eram frequentes na hora da troca de professores, onde os alunos ficavam andando pelos corredores e pátio da escola fazen-do bagunça e arrumando confu-sões. “Com as câmeras monitorando

toda área escolar, o momento não houve nenhuma ocorrência desse tipo dentro da escola envolvendo os alunos”, finalizou.

Com esse sistema de seguran-ça, os alunos que forem flagrados por indisciplina rapidamente serão identificados e punidos pela direção

da escola. A vice-gestora da escola, Maria Celeste de Oliveira, aprova o novo sistema que está sendo ado-tado pelo Estado. “Concordo com esse novo método, as câmeras trouxeram mais tranquilidade para todos nós e também teremos uma noção de quem são as pessoas que

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entram e saem da escola”, ressaltou. A professora Jamile Nemetala e o aluno Bruno Abreu Fernandes, do 3º ano do ensino médio, declaram que mesmo com todas essas câme-ras de segurança dentro da escola, ainda sentem-se inseguros por tan-ta violência praticada.

Câmeras instaladas no pátio

Page 6: Jornal [in]Formação 2ª edição 2011

Viver Bem• >>>P. 06

Maíra Lisboa

Drenagem Linfática proporciona benefícios à estética e à saúde Método pode ser utilizado no pós–operatório e na diminuição da celulite

Frequência nas sessões de drenagem linfática varia de acordo com o paciente

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A preocupação com a beleza está em alta em todo o mundo, entre ho-mens e mulheres. A saúde e o bem-estar estão no topo das exigências das pessoas, pois o corpo hoje é o espelho para tudo. Existem diversos

tratamentos no mundo da estética, entre eles a drenagem-linfática, que se destaca não somente por ofere-cer benefícios no campo da beleza, mas também por ter propriedades terapêuticas.

Frequentemente a drenagem lin-fática é vista apenas como tratamen-to estético, porém essa atividade é eficiente em diversos campos que compreendem a saúde e o bem--estar do indivíduo. Segundo a fisio-terapeuta Lílian Teles, a drenagem é indicada no pré e no pós-operatório, pois acelera o metabolismo e conse-quentemente ajuda na recuperação.

No tratamento de varizes a dre-nagem é indicada, pois melhora a circulação sanguínea. “No pré e pós-operatório é extremamente funda-mental que se faça, pois a recupera-ção é mais rápida e as dores passam a ser menores, sendo indicado fazer 15 dias antes da cirurgia e no dia seguinte à intervenção cirúrgica”, explica a fisioterapeuta, que usa a drenagem linfática como meio tera-pêutico de recuperação.

No meio estético, a drenagem linfática é a principal referência quando o objetivo é a redução de medidas e a diminuição da celulite. O tratamento atua como eliminador das “impurezas” do organismo, que por meio dela acabam sendo expe-lidos pela urina e pelo suor. A clien-

te Francisca Cláudia de Souza, faz o uso da drenagem há cinco anos e diz que não há outro procedimento que deu mais resultado: “A drenagem me ajudou nas dores nas pernas que eram frequêntes, inchaço e redução de medidas”. Além disso, Francisca garante que após ter adotado esse método, teve uma melhora de 100% na sua circulação. A cliente ainda possui uma alimentação balancea-da e ingere líquido o dia todo, isso faz com que ajude para a melhora do quadro.

Mas para fazer uso da drenagem é preciso que se tomem precau-ções, pois o método tem algumas restrições, como explica a esteticista Juliana Oliveira Custódio. “ Para pes-soas com câncer, que estão no início da gestação ou apresentam sinto-mas de trombose, a drenagem não é indicada pois acelera muito o me-tabolismo, o que prejudica o quadro da doença ou traz riscos, como é em caso de gravidez. Mas fora isso, pode ser feita por qualquer pessoa, de to-das as idades, sendo muito boa para auto-estima e para o bem-estar do indivíduo” finaliza.

Obesidade na infância: um problema de gente grandeCrianças sofrem sérias conseqüências por estarem acima do peso ideal

Denise Moreira

O desenvolvimento da obesi-dade em crianças é conseqüência da vida moderna, em que os hábi-tos alimentares são precários e os exercícios físicos frequentemente substituídos pelo sedentarismo. De acordo com o os dados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF/IBGE) realizada em 2002/2003 pelo Ministério da Saúde, 16,7% dos adolescentes entre 10 e 19 anos têm excesso de peso e, destes, 2,3% são obesos. A grande maioria das crian-ças fica dentro de casa, graças à tec-nologia dos vídeo games, internet, canais de TV.

Segundo a nutricionista Nilda Borges Alvarenga, “as calorias extras que não são queimadas através de exercícios ou atividades físicas se transformam em gordura. Os hábi-tos alimentares são os responsáveis pela progressão da obesidade tanto na forma de preparar os alimentos quanto na falta de tempo, sendo mais rápidos os industrializados.”

Seguir as regras de uma dieta pas-sada por nutricionistas passa a ser uma das principais dificuldades para a reeducação alimentar. Em relação

à criança que sofre com a obesida-de, a nutricionista ainda afirma que “criar hábitos alimentares, conscien-tizar o que é saudável e o que é pre-judicial à saúde é muito importante, o melhor método para isso é a parti-cipação familiar junto a criança.’’

A criança obesa, além de ter pro-blemas com a parte estética, ainda sofre com problemas psicológicos devido à rejeição na escola e às brin-cadeiras maliciosas por parte dos amigos, e mesmo da família. A psi-cóloga Sueli de Souza explica que “manter um bom humor sofrendo de obesidade é difícil, principalmen-te para uma criança. A criança obesa se sente diferente, deprimida, cons-trangida e isso reflete no psicológico afetando em alguns aspectos, princi-palmente na sua aprendizagem. Ela acaba se sentido incapaz, descrente da possibilidade de aprender”.

Por isso, o acompanhamento fa-miliar na vida de uma criança obesa é essencial. Vera Lúcia de Carvalho, mãe adotiva do Diego Augusto de Carvalho, conta como é a vida de seu filho, que aos 13 anos pesa 136 quilos. “Acredito, e posso afirmar,

que o emocional do meu filho foi muito afetado com tudo o que ocor-reu na vida dele - desde a rejeição da mãe biológica até o processo de adoção - e isto o levou a ter proble-ma de peso.”

A obesidade é um problema grave e que deve ser encarado de maneira cuidadosa, sendo que quanto mais rápido for a procura pelo tratamento

maior é a chance da cura e da perda de peso. “Desde que percebi o pro-blema de meu filho faço meu papel de mãe e corro atrás de tratamentos para ele, hoje ele passa por um trata-mento no Hospital das Clinicas, e os resultados estão surgindo. Ele já co-meça a perder os primeiros quilos”, relata a Vera.

“Crianças acima do peso tem dificuldades em se relacionar com outras crianças pois se sentem rejeitadas por serem ‘diferentes’ ”

Den

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Mor

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Page 7: Jornal [in]Formação 2ª edição 2011

Comportamento • >>>P. 07

Mais uma dose de diversãoNas baladas, jovens bebem como se fosse a última noite de suas vidas

Tuany Galvão

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Pessoas usam dieta desintoxicante para emagrecerMariane Soma

Beber no mínimo dois litros de água por dia é a recomendação dos médi-cos e nutricionistas, para se ter uma vida saudável.

Mar

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Som

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Ao observar as mais variadas bala-das, o que se vê são jovens levados pelo clima do ambiente, muitas ve-zes sob efeito do álcool. Isso porque a relação que se faz entre bebida alcoólica e diversão vem crescendo a cada dia no conceito de muitos jovens.

E então fica a pergunta: é necessá-rio beber para se divertir na balada?

Em conversas com diferentes gru-pos de jovens foi possível debater sobre o tema, obter variadas opini-ões e chegar a um consenso: os jo-vens não bebem apenas para se di-vertir. Bebem, na maioria das vezes porque gostam, mas admitem que dificilmente, ao saírem para as bala-das e não ingiram bebida alcoólica.

Lucas Bueno, 19 anos, afirma que os jovens bebem realmente para se divertir. Ele, que sai constantemen-te por barzinhos e casas noturnas, diz achar que as pessoas tornam-se bem mais sociáveis sob efeito do álcool, fazem amigos com mais faci-lidade, perdem a inibição, com isso dançam mais, paqueram mais, cur-tem melhor a música e consequen-temente o ambiente torna-se muito

mais agradável.Essas atitudes explicam o resulta-

do de uma pesquisa realizada pelo Portal Educacional (www.educacio-nal.com.br), onde cerca de 12 mil jovens com idade entre 13 a 18 anos foram entrevistados. A pesquisa re-velou que dos 11.846 jovens que participaram 7.924 já ingeriram be-bida alcoólica.

Segundo Kettelyn Souza, 20 anos, “o que leva os jovens a ingerir be-bida não é a diversão e sim o clima do ambiente.” Ela acredita que o am-biente desperte nas pessoas a von-tade de beber, e ressalta que isso já se tornou uma espécie de ritual, um costume não apenas típico dos jovens, mas de uma parte represen-tativa da sociedade.

O consumo do álcool vem come-çando a fazer parte da vida dos jo-vens cada vez mais cedo e de forma desordenada. Isso porque eles enca-ram a bebida como uma forma de afirmação, contestação e rebeldia. Uma necessidade de causar impacto e de serem aceitos.

O psicólogo André Ramos afirma que o consumo de bebida é esti-mulado pelas companhias. Mas é necessário que a pessoa tenha uma tendência genética para o consumo desenfreado de álcool. “As amizades favorecem a manifestação dessa tendência como se fosse o gatilho (amizade) que dispara a arma carre-gada (tendência genética).”

Seja por diversão ou até mesmo como uma forma de se sentir aceito em grupos de amigos, o fato é que a maioria dos jovens bebe desregra-damente acreditando que o álcool vá lhe proporcionar uma forma di-ferenciada de se divertir, o que para eles não aconteceria sem a ingestão do álcool. E fazer dessa prática um costume rotineiro pode acarretar problemas ainda maiores como a dependência alcoólica.

Uso inadequado da dieta de desintoxicação pode levar a ganho de peso

De acordo com uma pesquisa realizada recentemente pelo Por-tal Terra, 93,41% das 834 pessoas entrevistadas acreditam que uma dieta desintoxicante funciona para o emagrecimento e apenas 6,59% acreditam que não. A perda de peso está sempre entre os objetivos e desejos das mulheres, e as mesmas utilizam-se das dietas da “moda” para atingir suas metas, afinal, elas querem a qualquer custo estar em forma.

Entretanto, dietas desintoxican-tes, como o próprio nome diz, têm como finalidade a limpeza do orga-nismo. O emagrecimento, não faz parte do objetivo principal. Os be-nefícios de uma dieta desintoxican-te são a eliminação do que não faz bem ao corpo, bactérias e toxinas, purificação do intestino e hidrata-çã do corpo. Mas de acordo com a técnica em Nutrição Rafaela Guima-rães recomendação é que a desin-toxicação que deve ser feita apenas uma vez por semana, na maioria das vezes na segunda-feira, depois dos abusos do final de semana com be-bidas alcoólicas, excessos em doces

e gorduras. A limpeza do organismo é feita

com muita água, sopas e frutas em forma de sucos. A ingestão de líqui-dos é à base desta dieta, que não é voltada especificamente para o emagrecimento. “Se a pessoa manti-ver esta alimentação todos os dias, a

chance de engordar depois aumen-ta, pois o organismo começa a reter nutrientes. Por isso, apenas 1 vez por semana é suficiente para se fazer a desintoxicação” recomenda Rafaela.

Entretanto, na ânsia de um ema-grecimento imediato, muitas pesso-as sem o auxílio de um especialista,

não seguem dietas específicas para seu corpo e colocam em risco a saú-de. Um exemplo disso é o da auxiliar de contabilidade Mercerdes Camar-go de 24 anos. “Estou fazendo dieta por conta própria, quero emagrecer, faço desintoxicação, caminhadas e ando de bicicleta. Me alimento de três em três horas, como muitas fru-tas e tomo bastante água”. Ela ainda pretende emagrecer mais 10 quilos.

Já a bióloga Rita de Castro, 37 anos, “fechou a boca” e emagreceu 4 quilos. Mas, seu conceito de ema-grecimento é errado, porque para ela “só existe uma forma para ema-grecer: passando fome”. Para isso, diminuiu as porções em suas refei-ções e tem comido apenas frutas e verduras.

Segundo a técnica em Nutrição, uma dieta para emagrecer só é váli-da quando saudável, com a ingestão de bastante água e alimentos ricos em fibras. Se o objetivo for o ema-grecimento, a orientação de médi-cos e nutricionistas é recomendada para que as pessoas saibam correta-mente qual a melhor dieta para seu corpo.

Jovens brindam a noite que está apenas começando

Page 8: Jornal [in]Formação 2ª edição 2011

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O programa Semente do Ama-nhã, desde 2005 vem introduzindo educação ambiental no currículo das escolas municipais de ensino fundamental de Guaratinguetá, em sistema de parceria que reúne po-der público, Secretaria Municipal de Educação, SAEG, Polícia Ambiental, iniciativa privada (Basf ) e comunida-de, atendendo atualmente cerca de 7.200 alunos em 22 escolas e Asso-ciação dos Pais e Amigos dos Excep-cionais ( APAE).

O projeto tem como objetivo sen-sibilizar alunos sobre questões am-bientais e como se relacionar com o meio, abordando temas em sala de aula dentro dos projetos de leitura como conteúdos programáticos, e posteriormente nas aulas práticas como complementação ao trabalho desenvolvido. A educação ambien-tal passou a ser o eixo central das atividades educacionais em Guara-tinguetá.

Em 2007, Semente do Amanhã recebeu pela primeira vez um inves-timento estadual - FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) para realizar suas ações nas escolas de Guaratinguetá. O programa é de-senvolvido sobre quatro pilares: lixo,

água, fauna e flora e há cinco pontos de visitas para as aulas práticas que são separadas por temas e séries. No 1° ano o tema trabalhado é o meio ambiente e a atividade complemen-tar é uma visita ao posto da Policia Ambiental, já no 2° ano o tema pro-posto é Água, no qual os alunos par-ticipam de aula de campo no ETA( Estação de Tratamento de Água) da SAEG, os alunos do 3° ano tem como assunto o Lixo, onde tem como aula prática a visita ao Parque Ambiental

Santa Luzia(antigo lixão), o ponto de partida para os alunos do 4° ano é o tema Fauna que com parceria do GAPAG, (Grupo de Apoio e Prote-ção dos Animais de Guaratinguetá) leva os alunos para aula prática na Casa Ambiente e Saúde, e por fim no 5°ano o tema Flora é desenvolvido, e a aula acontece na Basf.

A coleta seletiva é uma das ati-vidades exercidas pelo programa, sendo realizada em toda a cidade. Segundo a coordenadora do Pro-

grama Semente do Amanhã, Gisele Gama, os frutos do programa já po-dem ser colhidos, “As escolas fazem um ótimo trabalho, na hora do re-creio é notório isso, não há qualquer lixo no chão” comenta.

O aluno do 4°ano do ensino fun-damental, Vinicius Andrade enfati-za os resultados apresentados pelo projeto e fala do que mais gosta das aulas ministradas em campo. “Agora só jogo o lixo no latão certo, e em casa também separo o lixo, gosto das aulas onde aprendemos sobre os animais” referindo -se ao tema Fauna, um dos pilares do projeto.

O programa também realiza ca-pacitações com os professores e faz oficinas pedagógicas com os alunos em todas as salas de aula com temas ambientais de conscientização reali-zados por meio de lúdico, além do Fórum de Educação Ambiental e o Sarau Ambiental onde são apresen-tados os melhores trabalhos desen-volvidos pelos professores e pelas escolas.

No mês de setembro todas as es-colas realizam a feira verde que é um dia aberto aos pais e a toda comuni-dade para prestigiarem os trabalhos desenvolvidos pelos alunos e pro-fessores durante o ano.

Turismo e Meio Ambiente• >>>P. 08

Crianças aprendem preservação ambiental

Carlos Roberto

Plantio de mudas na Semana do Meio Ambiente

Luara Castilho

“Clientes com carrinhos cheios de mercadorias embaladas em sacolas não-biodegradáveis

Luar

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Programa “Semente do amanhã” desenvolve a educação ambiental nas escolas

Câmara aprova projeto para mudar comportamento da sociedade.

Consumidores de Guaratinguetá, acostumados a usar “sacolinhas” de supermercado, tem até o início do ano para buscar uma nova alterna-tiva para transportar suas compras. É que entra em vigor, a partir de janeiro de 2012, a lei municipal nº 4.201/09, que suspende o uso de sacolas plásticas. O projeto foi apro-vado pela câmara e sancionado no executivo. Para o vereador Lima da Farmácia (PR) o uso de sacolas vem de muitos anos e a sociedade preci-sa de tempo hábil para adaptação.

Algumas ações de comerciantes começam a colocar em prática um este novo hábito. Um supermerca-do localizado na avenida Juscelino Kubitschek, optou por cobrar o va-lor de R$0,12 cada sacola plástica, o que gera reclamações de alguns consumidores. “Acho um absurdo ter que pagar mais de R$0,10 para cada sacola plástica. Tenho o costu-

me de fazer a compra do mês, gasto mais de R$400,00, é uma compra grande e nem sempre o supermer-cado dá caixa de papelão”, afirmou Renata Monteiro.

Para Rita de Cássia, a iniciativa é

válida, mas dificulta no dia-a-dia. “A proposta do supermercado pode ser boa, mas a gente sempre vem correndo fazer compras e nem sem-pre tem caixas ou outros meios para carregar a compra”, concluiu.

De acordo com Xispa, proprietá-rio de um supermercado de Guara-tinguetá, “a empresa não tem a obri-gação de oferecer sacolas plásticas, que sempre foram cortesia. Até que a lei entre em vigor, não pretende-mos cobrar isso do consumidor”.

A administração municipal de Guaratinguetá, junto com as secre-tarias de Agricultura e Meio Am-biente e Educação e Cultura, já or-ganiza projetos para conscientizar a população do mal do uso de sa-colas e propor alternativas na hora da compra, como sacolas de pano, retornáveis e caixas de papelão. “As sacolas comuns usadas no comércio levam mais de 400 anos para se de-compor na natureza.

Soluções seriam usar caixas de papelão, sacolas de pano para com-pras menores ou também, utilizar o carrinho de supermercado, para le-var a compra até o veículo”, concluiu o vereador Lima da Farmácia.

Sacolinhas são vetadas no Comércio de Guaratinguetá