jornal de balneário camboriú - edição 93

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CIRCULAÇÃO SEXTAS FEIRAS ANO II - Nº93 De 25/09 A 01/10 de 2009 ENTREVISTA | Marcelo Werner O processo de cassação foi uma manobra política petista para pegar minha vaga na Câmara” PÁGINAS 14 E 15 SELO QUE FALTA EMPREGO Comércio catarinense contratará menos temporários em 2009 PÁGINA 5 MEIO EMBIENTE Semana da Água sensibiliza comunidade para preservação PÁGINA 13 Demissão de temporários gera atrito entre políticos e comunidade PÁGINA 7 POLÊMICA ATRASADOS Vereadores tucanos atrasam sessão para posar na foto com Pavan A sessão da Câmara de Vereadores de Balneário desta quinta-feira, atrasou 45 minutos devido a demora dos vereadores que foram prestigiar o vice-governador Leonel Pavan durante a solenidade de inauguração da Companhia da PM de Camboriú - PÁGINA 12 PÁGINA 11 FOTOS: ARQUIVO/DIÁRIO DA CIDADE MAURÍCIO DALEFE/JBC FABRÍCIO DE OLIVEIRA MOACIR SCHIMITD MOACIR SCHIMITD JOÃO MIGUEL TATÁ JOÃO MIGUEL TATÁ DÃO KOEDDERMANN DÃO KOEDDERMANN

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Page 1: Jornal de Balneário Camboriú - Edição 93

CIRCULAÇÃO SEXTAS FEIRAS

ANO II - Nº93De 25/09 A 01/10 de 2009

ENTREVISTA | Marcelo Werner“O processo de cassação foi uma manobra política petista para pegar minha vaga na Câmara”

PÁGINAS 14 E 15

SELO

QUE FALTA

EMPREGO

Comércio catarinense contratarámenos temporários em 2009

PÁGINA 5

MEIO EMBIENTE

Semana da Água sensibilizacomunidade para preservação

PÁGINA 13

Demissão de temporários geraatrito entre políticos e comunidade

PÁGINA 7

POLÊMICA

ATRASADOS Vereadores tucanos atrasam sessãopara posar na foto com Pavan

A sessão da Câmara de Vereadores de Balneário desta quinta-feira, atrasou 45 minutos devido a demora dos vereadores queforam prestigiar o vice-governador Leonel Pavan durante a solenidade de inauguração da Companhia da PM de Camboriú - PÁGINA 12

PÁGINA 11

FOTOS: ARQUIVO/DIÁRIO DA CIDADE

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FABRÍCIO DE OLIVEIRAMOACIR SCHIMITDMOACIR SCHIMITD JOÃO MIGUEL TATÁJOÃO MIGUEL TATÁDÃO KOEDDERMANNDÃO KOEDDERMANN

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2DE 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2009

JORNAL DE BALNEÁRIO CAMBORIÚFALE COM O JBC: [email protected] | (47) 2103-5050

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DE 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2009

JORNAL DE BALNEÁRIO CAMBORIÚFALE COM O JBC: [email protected] | (47) 2103-5050 3opinião

calhau

RejeitadaDilma não decola e é a mais

rejeitada. A “pista” que demos nasemana passada, sobre pesquisaparticular da equipe de apoio deCiro Gomes (PSB-CE), seconfirmou, no que se refere aposição de hoje, onde Ciro Gomese José Serra se enfrentariam nosegundo turno.

Lula! O Supremo emais umatrapalhada

Senador Álvaro Dias (PSDB-PR) “bate duro” contra o compadriocomo fórmula atual para indicaçãopara o cargo de ministro doSupremo Tribunal Federal e, comoutras palavras, sugeriu que oSupremo não pode se transformarem um “cabidão” de empregos degente que tem como virtude se aliarcom este, ou aquele governo.

“Marolinha”Depois que Lula inventou o

milagre do crescimento e a“marolinha”, vivemos de ilusões efalácia. Senador CristovamBuarque (PDT-DF) criticou obalanço sobre as atividades dosenado apresentado por JoséSarney e deu a entender que tantoo Legislativo, quanto o Executivo,tentam passar para a população,até em matérias pagas, que estátudo bem, quando na verdade nãoé bem assim.

SegurançaVereador pede solução para a segurança de Florianópolis e de

Santa Catarina. Vereador de Florianópolis, Renato Geske (PR) fazduras criticas ao governo do Estado pelo aumento da violência e,atendendo a pedidos de funcionários municipais, constatou a situa-ção caótica de conservação do almoxarifado municipal.

É Dirceu!Em tese, Lula faz maioria

no legislativo, no judiciário eno “TCU”. Advogado geral da

união, homem ligadíssimo àLula e ao PT, advogado de JoséDirceu no crime do mensalãovai para o Supremo Tribunal

Federal e o deputado eministro José Múcio assumiráo tribunal de contas da união.

E agora José... Serra?Como entregar o ouro aos bandidos?

Conforme prometemos aí está o drama doPSDB e do prefeito de Curitiba, Beto Richa, e oseu desejo de disputar o governo do Estado doParaná no ano que vem... na política é tãosimples assim. A Petrobras e a companheirada jáestão na CPI dos documentos “TCU” que falamde convênios suspeitos com a “CUT” e 26outros contratos com outras entidades.

Povo politizadoMesmo com a recente “cri-

se” a maioria da população quero Senado funcionando. Com ocrescimento vertiginoso dainternet e com as transmissões eprogramas das televisões do Se-nado e da Câmara, o brasileiroestá mais politizado, apesar deainda haver alguns órgãos de co-municação “chapas brancas”.

TensãoÉ tensa a situação em

Honduras e pode “sobrar” parao Brasil. O governo deHonduras se diz decepcionadocom o governo brasileiro, fechaaeroportos e o espaço aéreo,fica em poder da força aéreanacional, amplia o “toque derecolher” e apela para que oBrasil entregue o presidentedeposto Manuel Zelaya,abrigado na embaixada brasileira.

Nunca maisO Supremo, de Paulo Brossard, e de outros juristas fantásticos,

nunca mais será o mesmo. Senador Demóstenes Torres (DEM-GO)presidente da comissão de justiça que votar a indicação do advogadode Lula e do PT para o supremo o mais urgente possível.

Cartão de créditoCuidado com a nova marolinha. Com taxas de juros na faixa dos

240% ao ano, os brasileiros estão se endividando perigosamente comas dívidas com o chamado dinheiro de plástico batendo recorde.

InsisteBeto Richa insiste em ser o candidato ao governo

do Paraná, mas sabe que a situação de Ciro Gomes

(PSB) poderá mudar o rumo dos acontecimentos.Com a presença de grande número de líderes partidá-rios, políticos de diversos partidos, com e semmandatos, o encontro regional do PSDB marcou olançamento da pré-candidatura de Beto Richa, PSDB,prefeito de Curitiba ao governo do Paraná.

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FOTOS: ARQUIVO/JBC

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4DE 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2009

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EDITORIAL ARTIGO

opinião

O papel do poder públiconas ações de segurança

Os entrevesda burocracia

O princípio da discussão sobre segurança pú-blica perpassa praticamente todos os outrossetores da organização social e, por esse mo-tivo, deve receber a mais ampla

representatividade. Enquanto o discurso e as açõesficarem limitados ao número de policiais nas ruas,mais armamentos, mais vagas nas prisões, mais re-pressão e, por consequência, mais mortes, mais vio-lência, mais enfrentamento, dificilmente haverá al-gum avanço nesta área.

A votação do projeto da Guar-da Municipal na Câmara de Verea-dores de Balneário Camboriú nãoirá resolver por completo os pro-blemas de falta de segurança na ci-dade. A segurança das pessoas queaqui vivem e das que nos visitam – eolha que são milhares – depende deuma mobilização geral e uma presençamarcante de setores ligados direta-mente ao tema, como Polícia, Promotoria, Justi-ça, conselhos de segurança, e também daquelessetores que, aparentemente, não têm nada a vercom o assunto. Professores, assistente sociais,representantes de instituições culturais, de saúde,comércio, indústria, não excetuando imprensa, or-ganizações não governamentais que lutam nas maisdiversas frentes como meio-ambiente, contra afome, em favor das crianças, na recuperação demoradores de rua e outros desvalidos.

O que se defende aqui é que haja aresponsabilização de cada um quanto à sua parcelano aumento da criminalidade e violência, que são fru-tos de todas as nossas incapacidades, ações e omis-sões na vida cotidiana. Como seres racionais, nãopodemos mais nos contentar com a sina de que aviolência faz parte do conjunto da sociedade, que éinstintiva ou endêmica, que não há uma solução defi-nitiva ou que a criação de uma guarda nos dará aliberdade de sairmos por aí esbravejando segurança.

Passada essa fase de autocrítica da sociedade,vamos ao papel do Estado no que tange à resolução

dos problemas relacionados ao setor de segurançapública. Cabe ao poder público dar garantias paraque o cidadão tenha condições de sobreviver comdignidade, o que implica liberdade e segurança. Acriação da Guarda pode ser um primeiro passo. Noentanto, a ideologia que permeia os gestores públi-cos e legisladores é de que quanto menos liberdade,mais segurança. Exemplo é o caso de Camboriú –cidade mais violenta de Santa Catarina – onde o

toque de acolher foi implantado.Outra questão que parece es-

tar ausente da pauta dos nossosrepresentantes é que o setor deação social é o primeiro que deveandar de mãos dadas com a pre-venção da criminalidade. Não é àtoa que os cadeiões estão entupi-dos de pobres, apesar de que umbom tanto de ricos também de-veria fazer parte do contingente

de detentos. A miséria é um dos principais fatoresque empurra as pessoas para o crime e não se podedeixar de dizer que ela é fruto de políticas públicasequivocadas por centenas de anos e que os errosainda não foram sanados.

Alheio a aprovação da Guarda Municipal, espe-ra-se que os políticos não pensem que todos osproblemas serão resolvidos. Espera-se que tenhama capacidade de pensar políticas públicas de pre-venção e não de cura do mal já instalado. E que nãose fique nas eternas reclamações simplistas de au-mento do efetivo policial. Pode ser que isso sejarealmente necessário, mas com certeza não vai re-solver o problema e, dependendo de como for apli-cada essa solução, pode até piorar a situação.

Queridos representantes políticos, pensemos empolíticas públicas de prevenção. Só assim iremoscorrer na frente. Boa leitura!

Siliana Dalla CostaEditora – Diário da Cidade/ Jornal Taqui Negócios /

Jornal de Balneário Camboriú

O que se defendeaqui é que haja a

responsabilização decada um quanto à suaparcela no aumento

da criminalidade

Nos últimos meses, Santa Catarina tem vivido trau-máticas e continuadas experiências de desastresclimáticos. Enquanto ainda enfrentamos os desafi-os de reconstrução do Vale do Itajaí e as conseqü-

ências da severa estiagem, um novo desastre afetou várias regi-ões catarinenses. O sofrimento e as perdas pesam mais para apopulação. E a espera pela solução definitiva para a demora nosocorro e atendimento às vítimas tem um culpado: a burocracia.

Observa-se uma concentração cada vez maior dos re-cursos e das decisões nas mãos do Governo Federal. Aomesmo tempo, essa sobrecarga reduz a capacidade de ação

da esfera máxima do poder público. Aperegrinação da bancada catarinenseem busca de apoio para as vítimas detragédias esbarrou nesses excessosburocráticos de Brasília. A mesma bar-reira é enfrentada por todos os gover-nadores, parlamentares e prefeitos queprecisam de ajuda federal.

A questão aqui não é tirar do Gover-no Federal suas competências, mas pro-mover o entendimento de que os gover-nos estaduais e as prefeituras têm habi-lidade para diagnosticar os problemas eapontar soluções de maneira mais rápi-

da e eficaz. Esse é o caminho mais curto para romper as enor-mes restrições da burocracia brasileira. O exemplo está tambémem Santa Catarina, onde há projetos prontos e aprovados pelosmunicípios para construção de casas de madeira com custo deaté R$ 20 mil reais. Com R$ 20 milhões entregues às prefeituras,seria possível reconstruir a moradia de todas as famílias afetadasno Estado.

O que impede que isso aconteça é justamente a centrali-zação das decisões e concentração de recursos pelo Gover-no Federal em detrimento das esferas estaduais e munici-pais. Essas são amarras burocráticas que afetam a todos ospartidos políticos brasileiros e afrontam o espírito dedescentralização política e administrativa inscrita na Consti-tuição Federal de 1988.

Deputado federal, Paulo Bornhausen (DEM-SC)

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economiaEMPREGO

Comércio catarinense contratarámenos temporários em 2009Federação das Câmaras deDirigentes Lojistas estimaredução de 20%. Em BalneárioCamboriú expectativa é deaumento nas contratações

A expectativa para contrataçõestemporárias no comércio deSanta Catarina não é das me-lhores para o período de natal e

temporada de verão. Em relação aomesmo período dos primeiros oitomeses de 2008, os números apresen-tam retração de 6,76% e devem frear ascontratações de final de ano. A previ-são é da Federação das Câmaras deDirigentes Lojistas de Santa Catarina(FCDL-SC), que acredita numa quedade até 20% nas vagas abertas este ano.

Para o presidente da FCDL-SC,Sérgio Medeiros, nesta mesma épocado ano passado o comércio registravacrescimento de 8% nas vendas. Nesteano, o comércio catarinense está novermelho. Ainda assim, segundo osnúmeros das Câmaras Lojistas, super-mercados e lojas de perfumarias e cos-méticos estão gerando emprego. "Mes-mo com a estimativa de redução depostos de trabalho, devem ser criadasno estado, 20 mil vagas temporárias,cinco mil a menos que em 2008', garan-te Medeiros.

Balneário terá aumentoSe no restante do estado de Santa

Catarina as contratações de temporári-os apresentam queda considerável, emBalneário Camboriú os próximos me-

Enquanto o Estado prevê queda nas contratações temporárias,Balneário deve abrir duas mil vagas de emprego temporárioespecialmente no comércio

Empreendimentosincubados na Univali sãovencedores do concurso Prime

ses devem apresentar números positi-vos. Segundo o presidente da Câmarade Dirigentes Lojistas de BalneárioCamboriú (CDL), Anésio Fenner, apartir de outubro as contratações de-vem ter um aumento considerável com-parando com os demais meses do ano.Ele afirma que com as festas regionaisde outubro o comércio da cidade deveabrir aproximadamente duas mil novasvagas de emprego.

TemporadaPara a temporada de verão, a ex-

pectativa é ainda melhor. “No ano de2008 tivemos uma temporada atípica,afetada principalmente pelo período daenchente. O turismo foi afetado e porconseqüência houve uma diminuição nonúmero de contratações de temporári-os. Este ano deve ser muito melhor,desde que ao aconteça nenhuma catás-trofe como aquela”, analisa Fenner. Se-gundo ele, a partir do mês de dezembrodevem ser abertas mais cinco mil va-gas. “Tenho certeza que atingiremosessa meta, afinal, somos o maior centrode atração turística da região sul doBrasil”, estima.

O setor varejista deve concentrar omaior numero de contratações, seguidodo setor de gastronomia e de hotéis.Para o presidente do CDL de BalneárioCamboriú, nenhum setor deve apresen-tar retração. “O turismo movimentatoda a cadeia produtiva do nosso mu-nicípio, portanto, todos os setores de-vem contratar no período de verão”,completa.

DESVALORIZAÇÃOPreço deveículos usadosacumulaqueda de5,36% no ano

O preço do carro usado caiu5,36% nos oito primeiros mesesdeste ano, conforme apurou apesquisa mensal da AgênciaAutoInforme, que acompanhamês a mês a evolução dos preçospraticados no mercado, com basena cotação da Molicar.

A queda acumulada é resulta-do das reduções consecutivasverificadas desde março desteano, quando a queda foi de 1,13%.Abril apresentou recuo menor, de0,48%, seguido de mais reduçõesem maio (-1,51%), em junho (-0,69%) e julho, que registrou aquinta queda consecutiva, de0,9%.

Em agosto, por sua vez, omercado reverteu a tendência ehouve aumento dos preços docarro usado, de 0,11%.

Mais quedasA tendência de desvaloriza-

ção dos usados teve início em se-tembro do ano passado, quandoa crise econômica começou a apre-sentar reflexos no País. Desdeaquele mês, os preços só caíram,com exceção de fevereiro, quan-do houve alta de 0,12% nos pre-ços dos usados.

Se esse ritmo de queda for re-tomado, os usados terão, em 2009,uma depreciação maior do que nosanos anteriores. Para se ter umaideia, em 2008, o carro usado so-freu uma desvalorização de 7%. Eem 2007, a queda foi de 5,3%.

Itajaí - Três empreendimentos in-cubados na Universidade do Vale doItajaí (Univali), Bioprospec - Soluçõesem Biotecnologia, Flora BiotecnologiaLltda e Marithimu’s Frutos do Mar,ganharam, cada um, R$ 120 mil de sub-venção econômica, ou seja, valor de in-vestimentos não reembolsáveis, peloPrograma Primeira Empresa Inovadora(Prime) da Financiadora de Estudos eProjetos (Finep) do Governo Federa.

O Prime é um programa destinado àsempresas nascentes, que possuem até doisanos de registro na Junta Comercial e quetenham produtos/serviços inovadores. “Fi-

camos muito felizes por ver que nosso es-forço está trazendo frutos” diz o coordena-dor do Movimento de Empreendedorismoda Univali, Ovídio Felippe Júnior.

Com a premiação, os empreendimen-tos devem destinar o investimento emconsultoria nas áreas contábil, jurídica eadministrativa. “Estamos com quase doisanos de existência e somos a primeira em-presa que foi incubada na Univali. Essavitória não existiria se não tivéssemos osuporte e a força que todos os professo-res nos dão na incubadora”, garante Mar-celo Wippel da Silva, membro daMarithimu’s Frutos do Mar.

ARQUIVO/DIÁRIO DA CIDADE

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políticaBALNEÁRIO CAMBORIÚ

Prefeito recebelíderescomunitários emseu gabinete

Esta semana o prefeito Edson Renato Diasmanteve contatos com líderes comunitários deduas associações de moradores e comerciantesda cidade. As visitas ocorreram no gabinete domandatário, na terça-feira pela manhã.

Na primeira visita, o prefeito se reuniucom os representantes da Associação de Mo-radores do Estaleirinho, uma das praias agres-tes mais procuradas pelos turistas durante atemporada de verão, cujo acesso se dá pelaRodovia Interpraias. Na pauta do encontroos moradores entregaram solicitações e pedi-dos ao prefeito para melhorias no local.

A comunidade reivindica a construção demais creches para atender as crianças doEstaleirinho, a instalação de um posto de saú-de no local e a drenagem pluvial. Entre as de-mais questões abordadas, está o problema comas casas noturnas na região, já que no últimomês foram registrados vários problemas ocor-ridos com som alto nestes estabelecimentos.Sobre este assunto o prefeito afirmou para osmoradores que as casas terão que se adaptarpara o cumprimento das Leis de Alvarás, Si-lêncio e outras especificações para as casas.

Na segunda reunião, no fim da tarde, oprefeito recebeu a associação dos comercian-tes e moradores da Rua 3100. Foi entregueum ofício com as reivindicações. “Vamos daragilidade nas reivindicações pedidas pelos co-merciantes da Rua 3100 e aos moradores doEstaleirinho”, garantiu o prefeito.

FOTOS: DIVULGAÇÃO/JBCLegenda: De terno e gravata, Angioletti circulou de bicicleta no dia sem carro

O projeto ainda não tem dataprevista, mas a discussão está emaberto entre o poder publico e asociedade para solucionar osproblemas no trânsito

Na última terça-feira, data comemorativa doDia Mundial sem Carro, muita gente dei-xou de utilizar seus veículos, modo maiscômodo para locomoção, para participar

do combate à poluição do ar. As pessoas utiliza-ram formas alternativas de transporte como andarde bicicletas, a pé, pegar transporte público oucarona solidária.

Empolgado com a data comemorativa, o vere-ador democrata Orlando Angioletti Júnior mos-trou-se solidário e aderiu à campanha. Ele circuloupedalando sua bicicleta pelas ruas da cidade deterno e gravata. “De zica eu ando todas as sema-nas, mas usando terno e gravata foi a primeira vez.Quem sabe a moda pega”, brinca.

Na sessão de terça-feira, Angioletti afirmouno plenário da Câmara de Vereadores que preten-de implantar um projeto de transporte alternativoa partir das bicicletas, semelhante ao implantadoesta semana em Blumenau. “Vou até Blumenaupara buscar informações sobre esse sistema que jáé uma moda em cidades como Paris e Barcelona”,explica. Após se inteirar sobre o assunto, o verea-dor pretende trazer a idéia para ser discutida comos colegas da Câmara de Vereadores e a sociedadede Balneário Camboriú, para então lançar o desa-fio ao poder executivo.

Caos no trânsitoAngioletti que se auto-intitula o vereador das

ciclovias por ter conseguido a ciclovia da QuartaAvenida, afirma que o trânsito da cidade está caó-tico e necessita de alternativas. Ele vai propor embreve a extinção do estacionamento da AvenidaAtlântica e sua substituição por uma ciclovia.“Precisamos disso. As pessoas querem um espa-ço para correr, andar de skate e de bicicleta. Issofará bem à cidade e às próprias pessoas. Podemoscomeçar em caráter experimental, aos fins de se-mana ou liberar apenas uma pista”, diz.

Para instalar o mesmo sistema implantado emBlumenau e outras cidades européias, Angioletticonta que a prefeitura pode firmar parcerias comempresas como a Expressul, responsável pelotransporte público do município ou outras inte-ressadas.

Ele já admite que se a idéia der certo, o poderpúblico terá que discutir mudanças na malha viá-ria da cidade, e conseqüentemente, o aumento damalha cicloviária em todo o município. “Temosque pensar também no pedestre e no ciclista eparar de dar tanta atenção ao trânsito de automó-veis”, completa.

A moda pegaApenas um ano após o lançamento do pro-

grama de aluguel de bicicletas em Paris, o sucessoé tanto que está sendo copiado por várias cidadesmundo afora. Na capital francesa, foramdisponibilizadas cerca de 20 mil bicicletas, distri-buídas por 1.450 estações, distantes cerca de 300metros uma das outras. Com uma população de2,1 milhões de pessoas, o número de locações aofinal do primeiro ano chegou a 27,5 milhões. Nafrança, o aluguel custa 29 euros, o equivalente a 77reais. O governo francês aproveitou o espaço noquadro das bicicletas para vender espaços para apublicidade e, assim, subsidiar o valor do aluguel.

DIA SEM CARRO

Vereador quer implantarsistema de aluguelde bicicletas na cidade

De terno egravata,

Angioletticirculou de

bicicletano dia sem

carro

� A partir desta semana Blumenau passará ater um sistema de aluguel de bicicletas públi-cas. Pioneiro no Sul do país, o projeto prevêa criação de até 30 estações espalhadas pelacidade nos próximos anos. A ideia é fornecerum meio alternativo de transporte coletivo.

Inicialmente foram criadas seis estaçõesque serão testadas durante um ano. A prefei-tura tem como objetivo fazer o cidadão de-sembarcar no terminal de ônibus e completaro seu destino com uma bicicleta.

Como funcionaAs pessoas que aderirem ao projeto de

usar a bicicleta como meio de transportedevem se cadastrar através do seu telefonecelular. O usuário recebe uma senha para reti-rar a bicicleta do terminal. Então, pode ligarpara um número que tem atendimento eletrô-nico, digitar o número da bicicleta a ser alugadae a senha recebida. A bicicleta pode ser devol-vida em qualquer estação e assim que for en-tregue, o sistema dá baixa automaticamente.O valor do aluguel é de R$ 100 e a princípio,só pode ser pago por cartão de crédito.

DIVULGAÇÃO/JBC

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políticaBALNEÁRIO CAMBORIÚ

Demissão de 186 funcionáriostemporários gera polêmica

MENORES

Mais dois municípios discutemimplantação do “toque de acolher”

HospitalNa sessão livre da Câmara de Vereadores na terça-feira, o vereador José

Carlos Hannibal (PP) defendeu no plenário a necessidade de abrir as portas doHospital Ruth Cardoso o mais depressa possível e se preocupar com a criaçãoda Guarda Municipal em outro momento. Afirmou que a prefeitura deveria usaro subsídio mensal repassado pela prefeitura para o Hospital Santa Inês com oHospital Ruth Cardoso e resolver o assunto de uma vez.

Guarda MunicipalO vereador João Miguel “Tatá”

(PSDB) rebateu os pedidos davereadora Christina Barrichello pelavotação do projeto da GuardaMunicipal. Tatá pediu calma egarantiu que todos os vereadoresvotarão em favor do projeto. “Nomomento certo será votado e aprovadopelos vereadores desta casa”, disse.

Guarda Municipal IIOutro vereador que se manifestou

sobre o projeto da Guarda Municipalno plenário da Câmara de Vereadoresesta semana foi o presidente daComissão de Segurança Pública eDefesa do Cidadão, o democrata eciclista Orlando Angioletti Júnior.“Esse assunto está chato. Vamos pararde falar nisso. Ninguém agüenta mais”,implorou.

Filiações IEm Balneário Camboriú, o Partido

Popular Socialista (PPS), do vereadorlicenciado e atual secretário doplanejamento, Claudir Maciel,promoveu um encontro com diretoresda Associação dos Municípios da Fozdo Rio Itajaí para formalizar filiações.O encontro rendeu três novosmembros: o ex-secretário na adminis-tração petista de Itajaí, Manequinha daPesca, o advogado itajaiense Eli Ramos,o mestre em administração ClaudionorLainer e o ex-secretário da pesca,Antonio Carlos Moom Claudir aguardaa resposta do ex-prefeito deNavegantes, Moacir Alfredo Bento,atualmente no PMDB.

Filiações IICom a proximidade das eleições

para governador, deputado estadual edeputado federal se aproximando, osdiretórios municipais dos partidos daregião estão começando a trabalhar. EmItajaí, o Partido Comunista do Brasil(PCdoB), partido do vereador MarceloWerner, filiou 60 novos integrantes.

DesmentidoDurante a semana, o vice-

governador Leonel Pavan (PSDB) deuentrevista na Transamérica, do AderbalMachado e afirmou que seria candidatoao Governo do Estado com o apoiodos Democratas (DEM), Partido doMovimento Democrático Brasileiro(PMDB) e do PPS. Pavan se empol-

gou com o possível apoio de SérgioGrando, candidato do PPS para ogoverno do estado na eleição passada eacabou falando demais. Logo depois,Claudir Maciel, presidente em exercíciodo PPS, desmentiu a informaçãofalando que a vontade individual nãopode prevalecer em relação a vontadedo partido.

De olho em 2010Itajaí recebeu toda a regional do

PSDB para um almoço no ultimosábado (19), no salão paroquial dobairro Vila Operária. A feijoada serviupara unir os filiados e simpatizantesem torno do projeto tucano degovernar Santa Catarina no próximoano. O vice-governador e presidenteestadual do PSDB-SC, Leonel Pavan,esteve presente e não economizou naspalavras. Além do falatório habitual,Pavan mostrou-se empolgado egarantiu aos presentes que se ostucanos se mobilizarem para fortalecero partido, o governo catarinense apartir do próximo ano terá as cores doPSDB.

PreferênciasDurante a semana uma enquete

realizada pela Associação dos Jornaisdo Interior (ADJORI-SC) em seu site,sobre quem deve encabeçar a chapagovernista nas eleições de 2010,mostrou uma grande variação. Noinício da pesquisa, na semana passada,o atual vice-governador Leonel Pavan(PSDB) liderava com 41% dos votos,seguido pela opção “nenhum deles”com 24%, Eduardo Pinho Moreira(PMDB) com 21% e pelo senadorRaimundo Colombo (DEM) com 14%.No fechamento da pesquisa, Colombosaltou para expressivos 61% dapreferência dos internautas, LeonelPavan caiu para 18%, Eduardo PinhoMoreira para 11% e a opção “nenhumdeles” para 10%.

PDT não morreuA presidente do Partido Democrá-

tico Trabalhista (PDT), MorenaTerezinha Melo Rodrigues convocouum almoço na semana passada paradiscutir a situação do partido quepossui o segundo maior número defiliados de Balneário Camboriú.Segundo a presidente, o PDT nãomorreu e ainda possui granderepresentatividade política, apesar doracha interno na última eleição.

Vereadores da oposiçãodefendem os demitidos eafirmam que existemirregularidades dareforma administrativa

A reforma administrativa empreendida pela prefeitura de Balneário Camboriú nos últimosdias prevê novas demissões de

funcionários admitidos em caráter tem-porário (ACT’s). Até o momento fo-ram cancelados os contratos de traba-lho de 186 funcionários que desempe-nhavam suas funções na Secretaria deEducação. Entre os demitidos estãofonoaudiólogos, professores e psicó-logos.

O prefeito Edson Renato Dias or-denou que aproximadamente 100 fun-cionários da educação que estavam emdesvio de função retornem às suas fun-ções originais, dispensando assim, oscontratados temporariamente. Segun-do o diretor de Recursos Humanos daSecretaria de Administração, João Ba-tista Leal, a ideia da prefeitura é contergastos supérfluos e aproveitar que ocontrato desses temporários está ven-cendo para não renová-los mais. “Mui-

tos contratos venceram nos meses deagosto, setembro e outubro, então va-mos aproveitar essa época e deixar derenovar. Em contrapartida, pediremosaos funcionários que estão em desviode função para retornarem ao seu pos-to de trabalho de origem”, explica.

Segundo Leal, as demissões devemcontinuar, atingindo também outrassecretarias e podem chegar ao total de500. Ao mesmo tempo, a prefeitura estáchamando os concursados para assu-mir suas vagas. “Já chamamos cerca de50 de volta”, diz. Ele avisa ainda, queexistem funcionários com férias paratirar e licença prêmio. “Quando volta-rem haverá um inchaço, mas nesse casopoderemos construir mais creches ecolégios para colocar todos trabalhan-do nas devidas funções”, informa.

IrregularidadesSegundo informações passadas pe-

los vereadores oposicionistas OrlandoAngioletti Júnior (DEM) e FabrícioOliveira (PSDB), as demissões dosACT’s e o chamado dos concursadosapresentam irregularidades, conformedenúncias levadas até eles. “Todo diaaparece gente aqui na Câmara mostran-do que existem irregularidades. Entrei

com requerimentos pedindo explica-ções ao executivo, mas não sou res-pondido. Amanhã vou protocolar maiscinco requerimentos e denúncias paraexigir uma resposta oficial”, avisa Fa-brício.

O vereador tucano informa que re-cebeu denúncias dizendo que a prefei-tura está convocando os concursadosfora da ordem de aprovação. “Existempessoas que foram dispensadas queestavam na frente das que ainda estãotrabalhando. E temos também outrasdenúncias envolvendo irregularidadesno pagamento de horas extras. Segun-do fui informado, está havendo paga-mentos excessivos”, completa.

Outro vereador e estáinconformado com a reforma adminis-trativa implantada pela prefeitura é odemocrata Orlando Angioletti Júnior.“Já fui ACT e sei como é difícil. Nuncasabemos o dia de amanhã. Essas pes-soas têm família”, reclama. Para finali-zar, Angioletti questiona a atitude doprefeito Edson Renato Dias. “Se agoraestá sobrando funcionário, por que con-trataram tantos em caráter temporário?E se estão demitindo, prova que não eranecessária a contratação. É muita incoe-rência e falta de explicação”, encerra.

A exemplo deCamboriú, Penha eItajaí já começam aarticular a implantaçãodo projeto

A discussão sobre a implan-tação do programa “Toque deAcolher e Encaminhar” é gran-de. Camboriú foi pioneira na re-gião e implantou o programa quevem dando resultado na cidade.Agora, Itajaí e Penha tambémpensam em “resolver” os pro-blemas de menores nas ruas coma implantação do programa.

Na terça-feira, membros doLegislativo, Executivo, Judiciárioe polícias de Itajaí se reuniram nogabinete do prefeito Jandir Bellinie formaram uma comissão paradebater o assunto.

O vereador Laudelino Lamim(PMDB) é o autor do início das dis-cussões. Lamim já havia solicitado umaaudiência pública para debater o tema,mas foi cancelada. Agora, o próximopasso é discutir com a comissão estra-tégias para combater a violênciainfanto-juvenil, e avaliar se o toque de“acolher” é realmente viável para a ci-dade.

PenhaNa cidade de Penha, as discussões

se fortaleceram nesta quinta-feira. O pre-feito Evandro Eredes dos Navegantes sereuniu com o Ministério Público, PolíciaMilitar e Civil e Poder Legislativo para

debater a ideia e definir as estratégiasde aplicação.

“O nosso maior problema hoje écom o crack. Existe um crescente nonúmero de usuários e precisamos to-mar alguma atitude neste sentido”, afir-mou o prefeito. Evandro mostrou a suavontade de implantar o projeto na ci-dade e recebeu sinal positivo dos pre-sentes.

Evandro já conversou com aprefeita de Camboriú, Luzia Coppi,para fornecer o embasamento necessá-rio sobre o projeto. “Após essa con-versa com a Luzia, Penha volta a dis-cutir o toque de ‘Acolher e Encami-nhar”, afirmou o prefeito.

FuncionamentoSegundo Evandro, uma vez por

mês, a PM, Secretaria de Assistência So-cial e Conselho Tutelar percorreriam omunicípio após as 22h para evitar a cir-culação de menores de idade. “Os meno-res de idade que estiverem na rua, após as22h, serão levados para casa. É um traba-lho totalmente preventivo e que buscaorientar os jovens”, explica o prefeito.

“Estou lutando contra o crack há28 anos. Infelizmente a criminalidadeestá ganhando essa causa. Esse tipo deideia auxilia muito na orientação dosjovens”, acredita a promotora do Fórumde Balneário Piçarras, Viviane Valcanaia.

Nesta quinta-feira, o prefeito Evandro Eredes dos Navegantes sereuniu com o Ministério Público, Polícia Militar e Civil e PoderLegislativo para debater a ideia e definir as estratégias de aplicação

DIVULGAÇÃO/ JBC

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DESCASO

Vereadores atrasam sessãona Câmara por causa deinauguração no município vizinho

PATRIMÔNIO

Deck do PontalNorte vira tema dediscussão entreoposição e governo

Os vereadores que participaram da sessão livre de ontemdiscutiram a respeito da manutenção do deck do pontal norte, emBalneário Camboriú, próximo ao hotel Marambaia. Segundo osvereadores oposicionistas, a prefeitura deve tomar providênciaspara manter o local em ordem, antes que acabe destruído pelaação do tempo e do vandalismo.

O vereador Dão Koeddermann (PSDB), após o atraso para asessão, disse diretamente para a vereadora Christina Barrichello(PPS) e para o prefeito Edson Renato Dias (PMDB). “O deck dopontal norte está uma vergonha. A vereadora disse numa sessãodias atrás que o local estava conservado, mas está enganada.Aconselho que passe pelo local e observe pontos onde as madei-ras do piso estão quebradas e o corrimão está coberto por limo.Se não cuidarem daquele ponto turístico é capaz do deck vir aochão”, lamenta. O vereador avisou que possui fotos de todos osproblemas mencionados e que vai encaminhar para a colega.

Outro vereador que fez coro às reclamações de Dão foi JoãoMiguel “Tatá”, também do PSDB. “Eu estou falando sobre esseproblema há nove meses. É preciso cuidar melhor do patrimôniopúblico da cidade, aplicar ainda mais num ponto turístico. Já faleie repeti. Já fiz minha parte, façam vocês também”, pede Tatá. Edepois deu a dica. “Tem que aplicar óleo de linhaça de seis emseis meses, senão a ação do sol, do vento, da chuva e da maresiavai comprometer a estrutura e acabar com tudo”, explica.

A vereadora Christina Barrichello avisa que não havia presta-do atenção aos detalhes, mas critica os pescadores que mantém seusbarcos embaixo da ponte do canal do Marambaia. “Aquilo é umafavela fluvial. É feio demais para uma cidade turística como a nossa.Sei que é uma questão cultural, mas é muito feio”, finaliza.

Na noite desta quinta-feira, a sessão da Câmarade Vereadores de Balneário Camboriú marcada

para iniciar às 17h15 demorou acomeçar. Por volta de 17h45, ospresentes no auditório já se en-treolhavam sem saber o que es-tava acontecendo. Com o plená-rio quase vazio, com apenas trêsvereadores, a meia dúzia de as-sessores sequer sabia o que fa-zer. Os responsáveis técnicospelas imagens da TV Câmara nemestavam em suas posições. E osilêncio dominava o ambiente.

Por volta das 18h, os parla-mentares começaram a aparecerno local de trabalho, onde devemestar todas as terças e quintas-feiras, conforme manda o regi-mento interno. Aos poucos oplenário enchia-se e a sessãomarcada para 45 minutos antes,começava.

O atraso, que por coincidên-cia ocorreu apenas com os vere-adores da oposição – DãoKoeddermann (PSDB), João

Miguel Tatá (PSDB), Fabrício deOliveira (PSDB) e inclusive opresidente da Casa, MoacirSchimitd (PSDB) – se deu devi-do a inauguração do novo quartelda Polícia Militar de Camboriú.

Um eleito que não quis seidentificar, ficou descontentecom a demora e disse que “osvereadores deviam ter sido con-vidados para o evento e não dei-xariam de perder a chance deaparecer na foto ao lado do vice-governador Leonel Pavan(PSDB)”.

Na sessão livre, o debatemais importante entre os verea-dores foi sobre a viagem paraBrasília, onde tiveram conversascom deputados a respeito daimplementação do Centro deInternação Provisória (CIP) emBalneário Camboriú. FabrícioOliveira defendeu a criação docentro no município como for-ma de conter a criminalidade queatinge os adolescentes na cida-de. “Já temos o terreno, só faltaa obra”, disse.

Todos os vereadores do PSDB seatrasaram para a sessão desta quinta-feirapara participar de um evento em Camboriú

MOACIR SCHIMITD FABRÍCIO DE OLIVEIRA

JOÃO MIGUEL TATÁ DÃO KOEDDERMANN

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socialComo é maravilhoso festejarmos datas especiais com os amigos!! Este

mês esta mais que especial ! Esta semana foi a festa de meus queridosamigos Alex Ferrer e Christina Barichello, uma noite retrô, com

direito a muita música boa do fera DJ Edi e fantasias pra lá de criativas!!!!Parabéns aos dois, sucesso sempre.

Esta confirmada a presença de alguns artistas do Beto CarreroWord , em especial do Show do Excalibur, no 2º Baile da Primavera.

A noite será inesquecível, não fique de fora.Reservas 84427422

Comemorar 25 anos decasamento ultimamente não é

para qualquer um, e estasemana o casal Regina e

Manolo Rodriguezcomemoraram esta maravilha.Parabéns ao casal e que Deus

sempre os ilumine, com muitasfelicidades para toda a família.

Christina e seu amadoClaudir

Os aniversariantes, com Toledo JR, Vera Toledo, Claudir Maciel e Karla Buzzi

Angela Guedes e MarianaAlex Ferrere Elizeth

Neide e Pedro

Os aniversariantes, AlexFerrer e Christina Barichello

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SEMANA DO TRÂNSITO

Trânsito de BalneárioCamboriú pode parar

geral

O gestor do FundoMunicipal de Trânsitoinforma que a cidade paracom 250 mil habitantes,mas garante queexistem soluções

A cidade de Balneário Camboriúpossui hoje aproximadamente110 mil habitantes, conformedados do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística. Possui tambémaproximadamente 53 mil veículos, oque dá um automóvel para cada doishabitantes. Localizada numa área deapenas 46 quilômetros quadrados,possui um trânsito complicado, ondeacontecem por ano cerca de 1,5 milacidentes, de acordo com as estatísti-cas da Polícia Civil. E nos feriados, finsde semana com sol e na temporada deverão, o trânsito da cidade se transfor-ma em um caos.

Durante o verão, especialmente en-tre o Natal e o Ano Novo, a cidadechega a comportar 800 mil turistas. Issoacaba com a fluidez da vias e deixa acidade parada. Segundo o Gestor doFundo Municipal de Trânsito(Funtran), Jaime Mantelli, nem é pre-ciso ter tanta gente para que o trânsitofique parado. “Temos estudos que in-dicam que o trânsito funciona até o li-

mite de 250 mil a 260 mil pessoas. Issoque o espaço público permite”, revela.

Nos últimos dez anos, o crescimen-to demográfico de Balneário Camboriúfoi o maior do estado de Santa Catarina.A cidade cresceu 68,3% em apenas 10anos, passando de 58 mil para 99 milhabitantes, dados do censo oficial. Secontinuar nesse ritmo, deve alcançar185 mil habitantes em 2019, ou seja, éurgente a necessidade de encontrar al-ternativas para solucionar o problemada mobilidade no município.

O gestor do Funtran tranqüiliza apopulação dizendo que possui proje-tos para realização em médio prazo, cer-ca de quatro anos. Mas pondera: “A so-ciedade precisa estar preparada para dis-cutir formas de transporte alternativo nospróximos anos. Não dá para ser contraou a favor. É uma necessidade, uma im-posição”, avisa. Mantelli diz que o desa-fio é empurrar este dia para mais adiante,porém, o trânsito deve passar por mu-danças radicais após um debate com asociedade, empresas e poder público.“Futuramente teremos que instalar ummetrô aéreo aqui. O espaço terrestre estáesgotando rapidamente. Se é ou não viá-vel, teremos que discutir daqui algunsanos. E teremos que tomar decisões com-plexas e desafiadoras”, garante.

E nesta sexta-feira, dia 25, é come-morado em todo o país o Dia do Trân-sito com atividades e ações educativas

O gestor do Funtran tranqüiliza a população dizendo que possuiprojetos para realização em médio prazo, cerca de quatro anos

para conscientizar motoristas, ciclistase pedestres sobre o comportamentoadequado nas ruas, normas de condutae segurança e prevenção de acidentesno trânsito. Em Balneário Camboriú aprefeitura aproveita a data para divul-gar ações relacionadas ao tema em vári-os pontos do município, com palestrase entrega de material educativo.

Mudanças para o futuroUm dos principais projetos cita-

dos para resolver o problema do trân-sito na cidade é a construção de umnovo acesso para a BR–101, que seráfeito entre a praia dos Amores e o bairroAriribá. “Este acesso vai reduzir o nú-mero de veículos que entram por Balne-ário Camboriú e Itajaí para chegar aobairro das Nações, à praia Brava e até nobairro Fazenda, do município vizinho.O fluxo se torna insuportável porqueestes bairros estão centralizados e ficamlonge do acesso à rodovia federal. En-tão, os motoristas precisam circular portoda a Avenida do Estado ou OsvaldoReis. Isso vai resolver, não podemos fi-car fazendo quebra-galho”, explica.

Mantelli diz que outros projetosserão executados em breve com o obje-tivo de melhorar o fluxo. Ele prevê ainstalação de um controle eletrônico nossemáforos a partir de uma central quecontrola a necessidade de cada sinalei-ro em particular. Além disso, terá

sensores para saber quando o últimoveículo vai passar pelo sinal verde. As-sim, vai liberar para os outros carrosque estão esperando no sinal verme-lho.

Outro projeto, conhecido pela po-pulação, envolve o alargamento da praiacentral, que criaria mais uma pista naAvenida Atlântica, ciclovias e passeio

para os pedestres. “Esse é um projetoantigo e muito interessante, porque dámobilidade maior e aumenta a qualida-de de vida dos moradores”, analisa. Aidéia é encontrar formas alternativas detransporte que se encaixem com a reali-dade da cidade.

Mais estacionamentosOutra medida para melhorar o flu-

xo, é aumentando o número de estacio-namentos. Assim os carros param deficar rodando pelas vias públicas e au-menta o espaço para circulação. “Po-demos alterar vias de mão dupla e criarmão de um sentido com uma faixa deestacionamento”, indica. Estacionamen-tos para motos próximos de esquinasjá são uma realidade e evitam que espa-ços onde carros podem estacionar se-jam ocupados por apenas uma moto.

Mantelli prevê que em breve vai sernecessário extinguir a rótula localizadana Avenida dos Estados, próximo ao en-contro da Avenida Central e TerceiraAvenida. “Aquela rótula que dá retornopara quem quer voltar para Itajaí ouacessar a Terceira Avenida pela rua 10,próxima do posto, vai ser retirada. Cria-remos então um novo acesso para a Ter-ceira Avenida, pela rua Chile”, explica.

Mantelli aproveita para dar um re-cado aos motociclistas que abusam dasmanobras perigosas no trânsito. “Es-sas pessoas tem falta de inteligência. Épreciso evitar os riscos e deixar de serousado”, diz.

Ponte Rio CamboriúA ponte que liga a praia Central

aos bairros da Barra, Nova Esperança,São Judas e a rodovia Interpraias, é umdos pontos que deve receber investimen-tos para melhorar a travessia dos mora-dores de um lado para o outro. Muitaspessoas morreram no local e vários aci-dentes ocorrem anualmente. “Ali exis-tem duas pontes, a do sentido norte-sulserá elevada ao nível da outra. Então,outras duas serão construídas para queali passe o prolongamento das AvenidasMarginais Leste e Oeste, ligando a cida-de sem que seja necessário fazer a tra-vessia pela rodovia BR-101.

MAURÍCIO DALEFE/JBC

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geralCOLÔNIA PORTUGUESA

Embaixador de Portugal participapela primeira vez da MarejadaPela primeira vez na

história de todos osanos de Marejada,um Embaixador de

Portugal estará presente naabertura da Maior FestaPortuguesa e do Pescado.Depois de uma visita do se-cretário de Turismo de Itajaí,Wagner Lúcio de Souza, aoembaixador de Portugal noBrasil, João Salgueiro, parafalar sobre a tradição da fes-ta e fazer o convite pessoal-mente, o mesmo confirmoupresença no evento.

A abertura oficial da 23ªMarejada será no dia 8 deoutubro, com a sangria dobarril de vinho e chopp,apresentações musicais re-gionais, atrações folclóricas,feira comercial e da pesca,feira artesanal e principal-mente a gastronomia típicade origem portuguesa e aço-riana. A festa segue até o dia18 de outubro, no Centrode Eventos de Itajaí.

Cerca de 200operários preparam oCentro de Eventos

Aproximadamente duzentos traba-lhadores, entre pessoal próprio da Secre-taria de Obras e Serviços Municipais e fun-cionários de empresas terceirizadas, com-põem a força-tarefa que trabalha em tem-po integral para concluir a obra do Centrode Eventos em tempo hábil para aMarejada.

De acordo com o Diretor Técnico da

BALNEÁRIO CAMBORIÚ

forma da Cabana do Pescador.O diretor Técnico lembra que des-

de maio a Secretaria de Obras trabalhano Centro de Eventos, mas a ação foiintensificada com o reforço de pessoala partir de agosto para que o local este-ja pronto para sediar a Marejada. “Con-cluímos inicialmente o andar inferiorpara que possa sediar ainda antes daMarejada uma feira, que começa agorano dia 30 de setembro, mas inicia amontagem de sua estrutura nesta sex-ta-feira e segue até 3 de outubro. Nes-ses últimos dias, vamos concentrar nos-sa ação na parte externa e nos camaro-tes”, finaliza Marcelo Schlikmann.

R$ 350 mil vai aumentara capacidade deabastecimento nospontos mais altos

Um novo reservatório com capaci-dade para abastecer sete mil pessoas tevesuas obras intensificadas nesta semanapela Empresa Municipal de Água e Sa-neamento de Balneário Camboriú(EMASA). A construção do chamadoReservatório R3, no bairro das Naçõesjá está em andamento e deve ser conclu-ída nos próximos meses. A obra servirápara reduzir um problema histórico defalta d’água no município, principalmen-te durante a temporada de verão.

O novo reservatório deve amenizara situação dos bairros Ariribá, Pioneirose Nações, que normalmente sofrem coma falta de água no verão. O diretor daautarquia, Ney Emílio Clivati, explicaque estes bairros devem ter o problemade abastecimento no verão resolvidocom o término da construção. “Este re-servatório representa um reforço no

abastecimento de água e serve paraatender as partes mais elevadas doAriribá, Pioneiros e Nações. Toman-do por base o consumo diário de 150litros por pessoa, presumo que aten-deremos aproximadamente sete milpessoas”, garante.

Novos investimentosSegundo o diretor da Emasa, uma

nova obra de grande porte está previs-ta para garantir abastecimento de águaem Balneário Camboriú. “Estamos comum projeto para obter recursos fede-rais do Programa de Aceleração do Cres-cimento (PAC) para uma nova aduçãode água no rio Itajaí-Mirim. Ainda vaipassar por fase de tramitação e neces-sitamos de um estudo ambiental, alémda autorização do Departamento Na-cional de Infra-Estrutura de Transpor-tes (DNIT) e da Autopista Litoral Sul”,explica. A obra está orçada em aproxi-madamente R$ 16 milhões, sendo R$14,8 milhões do Ministério das Cidades eo restante em contrapartida do município.

O novo reservatório deve amenizar a situação dos bairros Ariribá, Pioneiros e Nações

Secretaria de Obras, MarceloSchlikmann, todos os esforços estãosendo feitos para que se cumpra a to-talidade dos serviços propostos a se-rem concluídos a tempo da Marejada.Segundo ele, entre setenta a oitentapor cento da pintura externa do Cen-tro de Eventos já foi concluída.

Todos os banheiros já existentesdo Centro de Eventos também estãosendo reformados, além da construçãode outros oito novos sanitários. São ain-da foco dos trabalhos o ajardinamento ea melhoria nos acessos externos e a re-

Cerca de 200 trabalhadoresestão correndo contra otempo para deixar tudo pronto

PMBC/DIVULGAÇÃO/JBC

Novo reservatório para reduzir falta d’água no verãoInvestimento de

FOTOS: PMI/DIVULGAÇÃO/JBC

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DIA DA ÁRVORE

Escolas promovemrevitalização deáreas degradadasData é comemorada como plantio de mudas emregiões desmatadas e nasmargens de rios da região

Alunos das escolas integrantes darede municipal de ensino deBalneário Camboriú, Camboriúe Itajaí aproveitaram as come-

morações do Dia da Árvore para reali-zar o plantio de árvores em locais de-gradados durante a semana. As crian-ças receberam mudas de plantas e in-formações sobre preservação e manu-tenção do meio ambiente.

Os alunos do quinto ano da escolamunicipal Tomaz Francisco Garcia eos escoteiros do clube Leão do Mar deBalneário Camboriú plantaram mudasde ipês amarelos e roxos no acesso prin-cipal ao Parque Ecológico RaimundoMalta, no bairro dos Municípios. Osalunos estiveram acompanhados daprofessora Rosélis Marli Olinger e juntocom o secretário do Meio Ambiente,André Ritzmann, e o vice-prefeito esecretário de Turismo, Cláudio

grafias de dança envolvendo a árvore eo meio ambiente.

CamboriúOs estudantes do município de

Camboriú participaram da revitalizaçãoda mata ciliar do Rio Pequeno. Vintealunos da escola municipal MárioGarcia, plantaram quinhentas mudas deárvores nativas às margens do rio. Nospróximos dias, outras escolas partici-parão da mesma atividade, com o obje-tivo de recuperar uma área de cerca de10.000 metros quadrados com mais de2.000 árvores.

O Secretário de Meio Ambiente,José Pedro Costa, comenta que os alu-nos aprendem se divertindo. “Estamoschamando a atenção destes jovens paraa responsabilidade ambiental, reforçan-do com esta atividade extracurricular, oque o professor ensina na sala de aula.Com a prática eles fixam a matéria e sedivertem de forma saudável”, concluiu.

MEIO AMBIENTE

Balneário Camboriú, Itajaí,Camboriú e Navegantesaproveitaram as dataspara promover ações deconscientização

Entre os dias 21 e 25 de setembrocomemora-se a Semana da Água emtodos os municípios catarinenses. Oobjetivo é fortalecer as ações de Educa-ção Ambiental e orientar as pessoaspara que tenham consciência com a ma-nutenção e conservação dos recursoshídricos de suas respectivas localida-des. A idéia é sensibilizar a comunidadesobre a importância da preservação domeio ambiente.

Em todas as cidades da região fo-

ram promovidas atividades comemo-rativas e de conscientização promovi-das pelas respectivas Secretarias doMeio Ambiente com parceria das Se-cretarias de Educação e outras entida-des que também estarão promovendoações durante a semana.

Para a educadora Carla Cravo, dosetor de Educação Ambiental da Secreta-ria do Meio Ambiente (Seman) de Balne-ário Camboriú, as datas servem para quea comunidade reflita sobre o assunto,apesar de que a preservação ambientaldeve ser feita durante o ano todo. “EmBalneário Camboriú ainda existe muitafalta de conscientização com a manuten-ção do meio ambiente. Muitas pessoasainda lavam a calçada com jatos de água,deixam de fazer a separação do lixo para

reciclagem e usam indiscriminadamenteas sacolas plásticas”, alerta. SegundoCarla, alguns pescadores da Barra des-pejam o óleo de suas embarcações emsacos plásticos e abandonam nas mar-gens do rio. Os pescadores foram orien-tados, mas não houve resultado positi-vo. E ela faz o alerta: “Uma gota de óleocontamina 25 litros de água”.

ResíduosNo sábado passado, durante a co-

leta de resíduos no rio Camboriú, ilhasfluviais e em praias agrestes, equipes queparticiparam do Clean Up The World (lim-peza do litoral em todo o mundo) reco-lheram diversos materiais que danificamo meio ambiente. Foram retiradas inúme-ras garrafas de plástico, teclados de com-

putador, sofás, sapatos velhos, bolsas,mangueiras, e outros objetos que poluemvisualmente e realizam ainda a contamina-ção química da água. “A água poluída commetais pesados é difícil de descontaminare é bom lembrar que eles estão relaciona-dos a várias doenças, inclusive o câncer”,analisou Carla, chamando a atenção paraque pilhas e baterias não sejam jogadas nolixo comum. Esses materiais usados sãorecolhidos pela secretaria, para isso bastalevá-los para o recolhimento no ParqueEcológico Raimundo Malta.

ItajaíA Fundação do Meio Ambiente pro-

moveu a abertura da Semana da Águano auditório do Porto de Itajaí com apresença de autoridades, empresários e

estudantes que puderam conhecer aprogramação da semana, que tem comotema o monitoramento participativo daqualidade da água da bacia do Itajaí.

Durante a semana, alunos do Pro-jeto Agenda 21 escolar, em parceria como Viveiro Fazenda Nativa realizaram arecuperação e limpeza de um trecho damata ciliar do Rio Itajaí Mirim, no bairroCordeiros. Foram plantadas diversas es-pécies como tucaneira, aroeira,tapororoca, araçá, ariticum e jequitibá(maior árvore do Brasil). A educadoraambiental do Viveiro Fazenda Nativa,Lucimara Pimentel Guzatti, afirma que amata ciliar desenvolve um papel funda-mental na preservação de rios e mananci-ais. Além disso, evita assoreamento, ero-sões e ajuda a conter enchentes.

Dalvesco, colocaram as mudas sob aterra. O encontro também contou coma colaboração da Secretaria de Obras,através do departamento de Paisagismo.

O secretário do Meio AmbienteAndré Riztmann citou a importância doplantio para que aconteça a renovaçãodas espécies e adiantou que está prepa-rando um novo projeto de arborizaçãopara Balneário Camboriú. “Muitas ár-vores já estão velhas e precisam sertrocadas por outras que sejam condi-zentes com o local de seu plantio”, ava-lia explicando que em muitos locais dacidade não houve um plantio adequado,nem em tamanho, tampouco em espé-cie e volume de raízes.

ItajaíNa cidade de Itajaí os alunos do

Centro Educacional Cacildo Romagnani,no bairro São Vicente, se reuniram nopátio da escola para plantar uma árvo-re. A garotada teve o apoio de profissi-onais da Fundação do Meio Ambiente(Famai) e da Cooperativa de Transpor-tadores do Vale (Cootravale). Após oplantio, os alunos apresentaram coreo-

Alunos do ensinomunicipal ouvem palestra

sobre meio ambiente noParque Higino Malta

Semana da Água tenta sensibilizar comunidadepara preservação dos recursos hídricos

Secretaria do Meio Ambiente promove oplantio de mudas no Parque Higino Malta

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JORNAL DE BALNEÁRIO CAMBORIÚFALE COM O JBC: [email protected] | (47) 2103-5050 entrevista

Jornal de Balneário Camboriú– Vereador, explique como surgiu ocaso do processo de cassação.

Marcelo Werner – Em 2005,quando eu ainda não havia assumido acadeira de vereador, ingressei em umaempresa que pertencia ao meu pai. Estaempresa possuía um valor econômicopequeno com capital social que nãochegava aos R$ 30 mil. Eu não recordoos valores, mas a porcentagem era de10% e isso me dava uma cota de R$ 1,5mil, por mera formalidade. Pelo novoCódigo Civil no regime de família entremarido e mulher não pode ser sócio, jásendo filho, poderia. Essa empresa par-ticipou então do processo licitatório,venceu por ter a melhor proposta e omenor valor, tudo certo. E continuouassim, até 2008, fornecendo serviço àprefeitura sem problema nenhum.

No período que a Lei Orgânica es-tipula que não posso ter empresasprestadoras de serviços para o poderpúblico em meu nome, era o período deférias, tivemos a catástrofe da enchen-te em Santa Catarina e eu acabei demo-rando a fazer a mudança. Mas, isso nãoquer dizer que eu fiquei amarrando paraobter vantagens. A lei fala que a empre-sa não pode ganhar subsídio, ser bene-ficiada, e isso nunca ocorreu. A empre-sa jamais ganhou algum benefício, isen-ção de impostos ou de tributos. Elahonrou os compromissos como qual-quer outra empresa.

Foi aí que percebemos que existiauma jogada política por trás de tudo,uma manobra do Partido dos Trabalha-dores (PT). Eles queriam o rodízio decadeiras. Eu sou novato na política,estou na vereança há 10 meses. Portan-to, existem coisas que a gente acaba nãopercebendo por ingenuidade. Coisasestas que eu nem quero conhecer.

A política é assim, um jogo de gran-des interesses. Existe um suplente, todomundo está interessado, e não é paraajudar as pessoas, é pela vitrine quepode projetar quem está nesse lugar.

JBC – Não seria mais fácil e in-teligente passar a empresa para ou-tra pessoa antes de assumir a Câ-mara de Vereadores?

Werner – Seria, mas era uma épo-ca difícil por serem férias e nosso mu-nicípio e região vivia um momento caóti-co, de calamidade. A contadora não eraexperiente e acabou atrasando. E devoadmitir que não é nada fácil passar umaempresa para outra pessoa com rapidez.

Se eu tivesse resolvido tudo antesnão teria acontecido esse desentendi-mento. Foi um equívoco, mas não pas-sível de cassação.

Não há como dizer que eu não par-ticipava ou que não era meu. Mas aqui-lo que a lei pune eu não fiz. Tráfico deinfluência, conseguir de alguma formainfluenciar pessoas ou obter vantagens,nunca aconteceu. Na Câmara o julgamen-to foi também muito justo, dentro dalisura, respeitando os procedimentos,mas a parte do julgamento é político.

Se os vereadores achassem que de-viam me punir, pois então que o façam.Mas, como perceberam que os docu-mentos e provas que apresentei eramverdadeiros e que não houve fraude, meabsolveram. Estava aberto ao veredic-to deles.

Agora, vou me voltar para a defesano Ministério Público (MP). O que eumais temia era o julgamento da sexta-feira passada. O MP vai discutir a par-te técnica, para julgar se houveimprobidade administrativa, se cassa os

Vereador do PCdoBrevela os bastidores datentativa de cassação

de seu mandato

direitos políticos ou o mandato. Masestou ansioso pelo desfecho desse epi-sódio e espero que eles apurem paraque eu possa mostrar que não estavapassando ninguém para trás.

JBC – Como você se sentiu an-tes e durante a sessão na Câmarade Vereadores que julgou o proces-so de cassação?

Werner – Tive o pior dia de toda aminha vida. Fiquei muito mal e nemdormi na noite anterior ao julgamento.A sessão começava 9h15, quando che-guei estava sensivelmente abalado. Éum constrangimento extremo, nuncavou passar por coisa pior.

Foi bom para provar a minha ino-cência, mas é constrangedor. Eles cria-ram uma tempestade num copo d’águaque quase acabou comigo. Agora preci-so comprovar minha inocência no Mi-nistério Público.

JBC - Vale mais o julgamentodo Ministério Público?

Werner – Não. No julgamento naCâmara haviam 120 mil eleitores repre-sentados pelos vereadores. Digo issoporque no Ministério Público não vaiter tanta polêmica, veneninho. Lá nãotem esse desgaste político. Não vouficar sangrando na imprensa como nosúltimos cinco meses.

JBC – O senhor acredita queesse processo de cassação tinhacomo principal objetivo tirar você daCâmara e dar a vaga ao suplente, oJoão Vequi (PT)?

Werner - Não tenho dúvidas. Nãofoi um processo voltado para apurar arelação da empresa com a prefeitura, esim, uma manobra política para colo-car o João Vequi no meu lugar. Elesquerem a cadeira do PCdoB, mas o queé nosso ninguém toma.

JBC - Eles pensaram q você re-nunciaria?

Werner - Claro, tenha toda certe-za disso. Fizeram pressão, ligaram avi-sando para renunciar porque eu ia medar mal. Quem foi que te ligou? Nãovou te dizer ainda, tenho um pouco derespeito. Mas no momento certo eu tedarei os nomes. As pessoas têm quesaber que o PT não é toda essa ingenui-dade. Podia ter dito muita coisa hoje,mas vamos esperar o desenrolar desseprocesso.

JBC – Vocês estavam na mesmacoligação durante a campanha elei-toral de 2008. Porque houve esserompimento entre dois aliados?

Werner – Estávamos juntos sim.No bairro do Limoeiro foi onde o VolneiMorastoni mais fez fotos. Foram 641contra 111 do Jandir.

JBC – O senhor avalia que a pa-lavra traição define bem sua rela-ção com os petistas?

Werner – Sim. Não tenho dúvidaque foi uma ação política, até pelo queeu ouvia nos bastidores. O PT me co-brava muito e exigia que eu fizesse ba-rulho, batesse na situação. Quando eufiz a campanha, disse que ia trabalharcom quem foi eleito, para legislar e fis-calizar. Eu sou oposição e situação,depende do caso. Atualmente, estoutentando na independência conversarcom a base aliada e oposição. Estouhoje mais voltado para a oposição, masjamais no bloco deles.

Eles tentaram fazer um show de

MARCELO WERNER

Após ser inocentado no processo de cassação ocorrido na Câmara de Vereadores deItajaí, o vereador Marcelo Werner (PCdoB) tenta limpar sua imagem manchada pela

briga envolvendo o PT com a realização de projetos de cunho social, e avisa que querser o representante da cidade na Assembleia Legislativa de Santa Catarina em 2010

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DE 25 DE SETEMBRO A 1º DE OUTUBRO DE 2009

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entrevista

RAPIDINHAS

pirotecnia, agora vamos reverter parafazer esse show cair na cabeça deles.Eles criaram um mito, uma idéia quenão condiz com a realidade. Num dia tecumprimentam e no outro te dão umafacada pelas costas. O prejuízo paraminha imagem é terrível. Daqui algumtempo quando estivermos em época deeleições novamente, eles lançam essecaso na imprensa outra vez para deto-nar. Colocam a capa de um jornal noprograma de televisão com a manchete“Vereador pode ser cassado”, e estoumal de novo.

JBC – Este rompimento com ospetistas é definitivo?

Werner - Não posso nem afirmarque rompi com o PT. Afinal, eles nuncasentaram conosco, nunca foram parcei-ros. Eles só queriam saber dos 1.200votos que eu consegui. A eleição paraos vereadores que eles imaginavam nãochegou onde eles queriam. Trabalheipara isso durante a coligação, mas den-tro da perspectiva que a coordenaçãoda campanha tinha, eles acabaramachando que fiz corpo mole. Enfim, oresultado está aí, provando que infeliz-mente o trabalho deles mesmos que oslevou a essa situação. Eles tiveram doiscandidatos cassados antes da eleição.O problema dos petistas é pensar queo PC do B tem que ficar debaixo da asa.Pensam que somos um partido de alu-guel, secundário na política de Itajaí. Sóque eles esquecem que igualamos o pla-car, um vereador pra cada partido.

Respeito algumas alas petistas, masa maneira como o Felipe Damo conduza relação com a imprensa é bossal, elese vale de ironias. Quando isso tudoterminar, eu vou soltar os cachorros.

JBC – Você acha que no fim dascontas, com a sua absolvição no proces-so de cassação, você saiu ganhando?

Werner - Não sei. Na política ésempre difícil você enfrentar um pro-cesso de cassação, pois sempre há umprejuízo. Trabalhei sempre pelamoralidade, idoneidade e trabalho serio,aí acontece uma situação dessas... é maisuma razão para o próprio PT desgastara minha imagem que era o objetivo deles.Existe um medo grande por parte dospetistas. Eles estão temerosos com anossa sombra.

Mas, na política tem espaço paratodos. Eles já tiveram chance pra mos-trar o trabalho, assim como os demo-cratas e os progressistas. Este é o mo-mento de surgir novas lideranças e par-tidos políticos, a política aqui é bi po-larizada, ou é amarelo (PP) ou verme-lho (PT). Quem ganha é Itajaí e seupovo. Novas lideranças devem surgir.

JBC – Isso quer dizer que vocêpretende alçar vôos maiores já naspróximas eleições? Pensa em sercandidato a deputado estadual peloPCdoB?

Werner - Todo político tem essedesejo de avançar na carreira pública.Existem assuntos que você só pode re-solver tratando diretamente com o Es-tado, com o Governo Federal ou com omunicípio. E tem muita coisa que pos-so trazer para Itajaí trabalhando na As-sembléia Legislativa (AL), por exem-plo. Se o partido achar que posso, euquero sim, tenho muita vontade de serdeputado estadual.

E Itajaí não tem representação eprecisa de alguém na AL. Quando al-guém ganha para deputado volta. Jandirganhou e voltou. Volnei também.

JBC – Para chegar ao cargo dedeputado estadual, o senhor precisamostrar muito trabalho. Que proje-tos têm para Itajaí antes de acabar omandato?

Werner - Colocação interessante.Realmente não tem como ser candidatopara a AL sem deixar um legado para opovo itajaiense. Temos projetos prosportadores de deficiência, relacionadosa eles. Ainda não programamos aindaporque estive nessa correia nos últi-mos meses. Quero regulamentar o de-creto 5.296 e realizar projetos pra defi-ciência nos colégios na parte deinformática. Quero também trazer umcentro de alto desenvolvimento paraItajaí. Vou me dedicar para trazer in-centivos para o esporte. Buscar a co-brança de 1% do PIB municipal da LeiOrçamentária pro esporte, mais incen-tivo da própria lei do esporte.

Temos que formar políticas prabuscar alternativas. Tem o Ministériodo Esporte que é do PCdoB, temos umadeputada com a qual fazemos contatospra conseguir apoio, vamos estudarsempre os projetos da casa pra dar umcunho social a eles.

O objetivo é acompanhar associa-ções e sindicatos para prestar auxílio.E tudo aquilo que vier do governo nóspodemos ajudar, se o social não for con-templado, vamos bater em cima.

JBC – Como está o PCdoB emItajaí hoje?

Werner - Tivemos 60 filiados essasemana, chegando a 150. O partido estácrescendo. Antes da campanha tínha-mos 32 apenas, a maioria amigos. Apósesse processo de cassação, conseguiresse número é satisfatório. Estamoscrescendo e vamos querer mais espaçotanto no legislativo quanto no executi-vo em 2012. Temos uma grande expec-tativa para as próximas eleições.

PERFILNome: Marcelo Werner

Idade: 30 anos

Naturalidade: Itajaí – bairro Limoeiro

Filiação: Maria Bernadete Werner e José Werner

Formação: Graduado em Direito no ano de 2005.

Projetos de destaque durante a vida:criação do Núcleo de Apoio a Pessoas com NecessidadesEspeciais (Napne), na Univali, em 1998; criação da diretoriada Federação Catarinense de Desportos para Cegos deSanta Catarina (Fecadesc).

Ideal: luta pelos direitos sociais

“Não foi um processovoltado para apurar a

relação da empresa coma prefeitura, e sim, uma

manobra política paracolocar o João Vequi

no meu lugar”

“O problema dos PT épensar que o PCdoB éum partido de aluguel,secundário na políticade Itajaí. Só que elesesquecem queigualamos o placar,com um vereador pracada partido”

FOTOS: DIVULGAÇÃO/JBC

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