jornal batista nº 22-2015

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 22 Domingo, 31.05.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Famílias integralmente submissas a Cristo Encerramento do Mês da Família

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Esta é a última edição do mês de maio, no qual dedicamos à família. Trazemos para vocês diversos textos que abordam o assunto a fim de edificar a sua vida e demais familiares. Nas páginas 08 e 09 publicamos fotos e palavras das famílias dos nossos presidentes e executivos. Confira também:

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Page 1: Jornal Batista nº 22-2015

1o jornal batista – domingo, 31/05/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 22 Domingo, 31.05.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Famílias integralmente submissas a Cristo

Encerramento do Mês da Família

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2 o jornal batista – domingo, 31/05/15 reflexão

E D I T O R I A L

FAMÍLIA, exemplo que

vale a pena seguir

O mês de maio sem-pre é lembrado por ser o Mês da Família. Inclusi-

ve, no dia 15 comemora-se o Dia Internacional da Família, instituído em 1993, após deliberação da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Se-gundo o dicionário Aurélio, “Família é o conjunto de todos os parentes de uma pessoa e, principalmente, dos que moram com ela. É também o conjunto de pes-soas que têm um ancestral comum”. Contudo, na práti-ca, fazer parte de uma família implica muitas outras defini-ções, principalmente quando alguns laços são desfeitos.

São muitas as feridas, cica-trizes e frustrações que vão existir dentro de um seio fami-liar. É inevitável, pois cada ser humano é dotado de um tipo de personalidade, vontades, gostos, sonhos. Entretanto, ser família é manter a aliança, o vínculo, o amor, a alegria e o companheirismo, apesar de tudo isso. Ter uma ligação de sangue ou de amor com alguém vai além da obrigato-riedade da convivência, é uma decisão diária. Mas, e quando a decisão acontece sem a sua interferência? E quando de-cidem por você e quem faz parte da sua família não volta para casa? Cada um sabe a dor que carrega, mas, na minha experiência, esse é o pior rom-pimento de laço, quando você não escolheu desatar o nó, e mesmo assim ele se desfez.

Há cinco anos um dos la-ços da minha família se rom-peu, quando “perdemos” o cabeça do lar, o meu pai. Não foi um desejo nosso,

foi a vontade de Deus, o Pai Soberano. Desde esse dia aprendi muitas lições e já vivi muitas coisas, e que testemunho algumas através deste editorial.

A primeira lição que apren-di foi que quando um laço se desfaz, outros são cons-truídos. Não é porque não existe mais a presença de um dos familiares, que deixamos de ser família. Aprendi de forma prática com minha mãe que quando a força de um vai embora, unimos as forças que sobraram a fim de seguir em frente. Eu e minha irmã unimos os nossos laços de amor, sonhos e esperança com o laço da minha mãe de garra, coragem, força e determinação.

Na época, lembro-me que o meu sonho era cursar a faculdade de jornalismo e, graças a Deus, meu pai pôde presenciar essa escolha. Vale abrir um parêntese para um comentário: quando ele ainda estava internado e, segundo os médicos, sem condições de raciocínio e sem memória, ele me ligou e disse a seguinte frase: “Fi-lha, não se preocupe, faz a prova, você vai passar para a faculdade”. Contudo, após o ocorrido, vi meu sonho indo embora após ter sido reprova-da no vestibular das Univer-sidades Públicas. Devido às necessidades financeiras que precisavam ser supridas, não havia possibilidade da minha mãe arcar com uma Univer-sidade particular, mesmo, no meu egoísmo, tendo insistido tanto. Hoje me arrependo amargamente das vezes que fiz esse pedido a ela, imagino como ele se sentiu impotente

e sofreu por não poder aten-der ao pedido.

Alguns meses se passaram e eu continuava orando e chorando aos pés da Cruz para entender porque tudo aquilo estava acontecendo comigo. Até que um dia eu fui bem sincera com Deus e orei: “Poxa Deus, justo co-migo?! Por que comigo, que sempre me dediquei a Obra do Senhor, sempre fui tão fiel? Por que, além de tirar o meu pai, o Senhor ainda quer levar embora o meu sonho de ser jornalista? Acho que o Senhor deixou de amar-me”. Que tolice a minha! Foi aí que aprendi a segunda lição, que vem recheada de outros aprendizados: 1) - Deus não nos ama pelo que somos ou fazemos. Não existe nada que possamos fazer ou dei-xar de fazer que mude o Seu amor por nós. Ele simples-mente nos ama e ponto. Essa é a essência do Criador; 2) – Deus não mente, quando Ele diz que faz muito mais do que pedimos ou pensamos é porque Ele realmente faz. Po-rém, há um tempo exato para que tudo aconteça. Ele sabe o momento certo, porque, além de ver o que está de-pois da curva, Ele conhece as intenções do nosso coração; 3) – Podemos questionar a Deus, Ele não vai nos casti-gar por isso, Ele deseja que sejamos sinceros. Entretanto, não devemos questionar com um “Por quê”, mas com um “Para quê”, afinal, Deus não joga dados, tudo tem um propósito.

Alguns meses após tudo isso surgiu a oportunidade de uma bolsa para uma das Universidades. Eu já não

queria mais pensar a respei-to, estava com muito medo de criar expectativas. Mas, devido as insistências e uma voz que dentro de mim dizia “Tente outra vez”, eu fui em frente, fiz a prova. Seis meses depois eu recebi um e-mail, totalmente inespe-rado, que trouxe uma das notícias mais felizes da mi-nha vida: fui aprovada com bolsa integral para cursar jornalismo.

Enfim, a terceira lição que aprendi: 1) - Deus é surpre-endente sempre, basta dei-xarmos o controle de tudo nas mãos dEle e fazermos a nossa parte. Afinal, oração se divide no orar e na ação; 2) – Deus é fiel e continuaria sendo mesmo que eu não recebesse a bolsa. Deus é Pai, Ele às vezes precisa dizer “não” ou “espere” para os seus filhos, o que não signifi-ca que Ele não ame, mas que Ele cuida.

Contei esse testemunho para enfatizar que você va-lorize cada membro da sua família. Cada um é e tem um papel único na sua vida. Mesmo que aquele que você mais ame te despreze, esteja longe de casa ou longe dos caminhos do Senhor, não perca as esperanças. Continue sonhando, amando e orando. Suas orações estão sendo ouvidas e serão atendidas no tempo certo. Continue con-fiando nesse Deus que ama, cuida, abraça e reserva lindas surpresas para a sua família. Esteja integralmente submisso a Cristo, pois Ele vai honrar cada lágrima que você chorou junto com a sua família!

Paloma Furtadosecretária de Redação de OJB

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 31/05/15reflexão

Eusvaldo G. dos Santos, colaborador de OJB

Na primeira família que encontramos na Bíblia somos in formados de

que eles tiveram filhos e fi-lhas, mas não temos o mo-delo descrito do método de educação aplicado.

Deduzimos que os pais tenham dado todas as re-comendações por parte de Deus na criação da família, sendo que os métodos mo-dernos fogem a esses dados, mesmo nas famílias evangé-licas.

As famílias que usam o mo-delo educacional do mundo terão como resultado um padrão sempre negativo. As famílias evangélicas sabem que o mundo está no malig-no, como está escrito em I João 5.19.

Sabemos que o primeiro homicídio não sofreu influen-cias externas ou internas, mas ocorreu por uma força da de-sobediência dos pais, dando vasão a uma incredulidade, uma falta de arrependimento que perdura até os dias de hoje, que se chama pecado.

Quando olhamos para a Bíblia percebemos que Israel atravessou uma crise edu-cacional nas famílias, como descreve Juízes 2.10. Temos uma geração que não conhe-cia ao Senhor e tão pouco o que o Senhor fizera a Israel. Deixaram o Senhor, Deus dos seus pais, que os tirou da terra do Egito, e foram atrás de outros deuses. Den-tre as gentes ao redor deles, encurvaram-se e provocaram ao Senhor.

Até onde sabemos Deus não mudou as regras familia-res. Em todas as áreas da vida conjugal, Deus tem dado aos casais as mesmas posições para a educação dos filhos. Então, qual o motivo que temos hoje para tanta falta de educação? Será que estamos nos encurvando aos deuses das gentes ao nosso redor?

As mudanças da vida mo-derna propõem uma valoriza-ção da mulher na sociedade. A mãe é separada do filho

aos seis meses. Quando ter-mina sua licença trabalhista, ela passa a deixar a criança aos cuidados de um profis-sional. No tocante aos filhos, um filósofo disse: “A criança é como uma folha de papel em branco. Uma vez que o educador saiba evitar a má influencia, ele poderá escrever qualquer coisa que quiser”.

Nossas famílias têm sofrido uma pressão do mundo mo-derno pela psicologia aplica-da na formação dos filhos. Essa psicologia que querem inserir não se encaixa nos ensinos das Escrituras, como relata Deuteronômio 6.5;6-7.

E as intimarás a teus filhos e dela falarás assentando em tua casa, andando pelo cami-nho, deitando-te e levantan-do-te. “Ensina o menino no caminho em que deve andar e até quando envelhecer não se desviará dele” ( Pv 22.6). A astúcia está ligada ao cora-ção do menino, mas a vara da correção afugentará dele, segundo Provérbios 22.5.

“Amarás ao Senhor teu Deus de todo coração, de toda tua alma e de todo teu poder, essas palavras que te ordeno” (Dt 6.5).

Diante dos ensinos moder-nos usam-se outros métodos. Cremos que Deus pode usar os meios que são aplicados hoje, pois Ele prometeu que todas as famílias da terra se-riam abençoadas em Abraão, de acordo com Gálatas 3.8.

Estamos colocando que a incredulidade de Caim per-manece até hoje nos seus descendentes. Cremos que na primeira família foram passadas todas as recomen-dações, tanto é verdade que os dois filhos estavam pres-tando culto de ações de gra-ças com sacrifício, os quais foram ensinados pelos pais.

A grande verdade dos nos-sos dias é que há outros fa-tores responsáveis por essa confusão moral, coisas do século presente, que cega o entendimento, de acorso com II Co 4.4.

O problema da disciplina no lar é um dos indicado-res. Os lares não lançam os

fundamentos do caráter da personalidade onde temos as bases do comportamen-to social. O que os filhos fazem na escola, na rua, no trabalho, na sociedade, em grande parte, é como reflexo de suas experiências domés-ticas, pois eles aprenderam assim. A família é o agente formativo por excelência. Se ela falhar, as ações de outras agências sociais perderá sua eficácia.

Como já falamos, o grande mal das famílias modernas são as transferências de res-ponsabilidades morais, físi-cas e espirituais. Em muitos casos os pais são levados por sentimento de culpa a oferecer bens materiais que enfraquecem a moral e o espiritual. Convém salientar que falamos de disciplina e não necessariamente de castigo físico, se bem que às vezes torna-se necessário dentro dos cuidados, com moderação.

Mas, o que mais impres-siona uma criança é o que o pai é, se é verdadeiro em todos os aspectos, se ele age com amor, se é cumpridor dos direitos cívicos, morais e espirituais. Assim, o filho terá como disciplina aplicada, sem o menor esforço.

As restrições impostas pelo exemplo do comportamento humano são fundamentais ao equilíbrio psicológico dos filhos. A disciplina é um método que aprendemos a direção entre o possível e o desejado como senso racio-nal da realidade objetiva.

Quando aprendemos essa diferença, aprendemos a manter uma atitude mais ra-cional na própria vida, apren-dendo a controlar nossos impulsos e paixões. O filho não faz tal coisa, porque o pai não gosta e, sim, porque aprendeu que aquilo não é legítimo.

Os filhos consideram uma disciplina eficiente quando são indicadas. Formas de exemplo claro e conciso, sem deixar duvidas, com linguagem bastante clara. Falar e não fazer é simples-mente exemplo negativo, é

o que acontece em nosso meio evangélico, principal-mente na área sacerdotal. Em I Samuel l.1-2 encontra-mos uma família sacerdotal. Como desempenhou suas atividades, não temos muito conhecimento. Mas, como pai, o seu comportamento, não foi bom exemplo. No-meando seus filhos Hofini e Finéias para ocuparem uma posição privilegiada como sacerdotes intermediários entre o povo e Deus, eles foram chamados de inúteis ou filhos de Belial. A con-duta deles diante de uma responsabilidade que está re-gistrada em Levítico 7.34-35 mostra que eles fracassaram, que eles não tinham temor a Deus, não respeitavam as prescrições da Palavra de Deus, como está escrito em Malaquias 2.1-2. Não esta-vam contentes com o que lhes era permitido e tomavam as melhores partes. Quando advertidos pelos ofertantes impunham suas vontades, por isso o serviço de ofertas caíram no desprezo. Isso é refletido em muitos líderes dos nossos dias. Membros de Igrejas que administram seus dízimos por conta própria, devido o líder ser arbitrário na administração. Contudo, esse não era só o pecado de-les, pois ainda deitavam com as mulheres que serviam na porta da congregação.

Um homem que ocupa uma posição especial, cha-mado por Deus para instruir o povo na Palavra de Deus, precisa ensinar mediante o próprio exemplo a respeito do serviço ao Senhor. As advertências ao profeta Eli não faltaram. Deus enviou um homem para mostrar a ele a gravidade do pecado dos seus filhos, que havia transbordado e, em sua ce-gueira, imaginou que Deus daria vitórias, mesmo sem ter recebido ordens. Deus tem os Seus meios de fazer velar Sua glória. A sentença anunciada foi levada a efeito, o exército foi derrotado e Ho-fini e Finéias foram mortos, e os filisteus levaram a arca da aliança.

Quando Eli recebeu a noti-cia, caiu da cadeira e morreu, também sua nora deu a luz e disse que o filho se chamaria Icabô, que significa “Foi-se a glória de Israel”.

Depois de constatar esse fracasso de Eli, partimos do princípio que o homem é o responsável diante de Deus para dirigir a família. Deus não disse que fosse um au-toritário e dirigisse a famí-lia com uma ditadura sem exemplos, mas o pai deve esforçar-se para manter a or-dem exercendo a autoridade nos moldes bíblicos, coso contrario, estará semeando a discórdia.

Como um homem estaria à altura de tal responsabi-lidade sem a ajuda de uma esposa afetuosa, igualmente sábia em sua responsabili-dade como mãe, dentro de um padrão pré-estabelecido relatado em Salmo 32.8? Guiar, essa é a melhor forma de educação para os pais. Implica intimidade, aproxi-mação, comunicação, dando as respostas com o cuidado amoroso de Deus.

Em I Samuel 12.2 temos o exemplo de Samuel, quando estabeleceu seus filhos como juízes, sem perceber que não estavam capacitados para aquela tarefa. Chama-do a atenção por essa falha, demitiu-os dos cargos, pelo menos é o que deduzimos da expressão “Meus filhos estão conosco”.

Ter os filhos em grade es-tima, criando expectativas que não correspondem a realidade da personalidade deles, é um grande perigo. O pai deve examinar o seu próprio coração para sentir se não há orgulho oculto, moti-vo de vaidade ou qualquer outra coisa.

Deus não trata ninguém como bastardo. Tratamento diferenciado é negligência à disciplina, podendo pre-judicar, trazendo como re-sultado crianças indóceis, adolescentes desobedientes e uma juventude rebelde. Não é esse o resultado que vemos diariamente nos no-ticiários?

Maio: Mês da Família

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4 o jornal batista – domingo, 31/05/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Desintegração da Família

reflexão

“Porque o filho despreza ao pai, a filha se levanta contra sua mãe, a nora contra sua sogra, os inimi-gos do homem são os da sua própria casa” (Mq 7.6).

A profecia de Mi-quéias soa como a manche t e de um jornal da se-

mana passada, ao comen-tar a desintegração cres-cente da família: “Pois o filho despreza o pai; a fi-lha se rebela contra a mãe; a nora, contra a sogra. Os inimigos do homem são os seus próprios familiares” (Mq 7.6).

A d e c a d ê n c i a d e u m povo é sempre precedi-da da destruição de suas famílias. Este fenômeno é uma constante na histó-ria da queda de todos os impérios e civil izações. A família de nossos dias, inclusive dentro das nossas igrejas, está repetindo o quadro desolador da antiga

profecia de Miquéias con-tra Israel.

O nível espiritual de uma família nunca é superior ao nível religioso do seu pai e de sua mãe. E, para que o nível espiritual dos pais e das mães consiga um estágio saudável é ne-cessário que o cabeça da família passe a ser a pessoa de Cristo. Os problemas familiares chegaram a um ponto que, a não ser que haja a atitude corajosa de submissão a Cristo, “Os ini-migos do homem serão os seus próprios familiares”. Já se tentou de tudo. E tudo só causou maior desintegra-ção. Apelar para Cristo é o desafio. Entregar a Cristo é o caminho. Vivenciar Cristo é a saída. Saída que, na realidade, é a entrada. A entrada da saúde, da es-perança, da dignidade, da harmonia, do amor. Do amor de Cristo, que derrota a desintegração produzida pelo mundo.

Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel de Italva – RJ

“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assenta-do em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te” (Dt 6.6-7).

Lendo esse texto fiquei pensando na minha criação e na minha fa-mília. Tenho algumas

memórias que sempre esta-rão no meu coração e, delas, fazem parte a minha família.

Lembro-me de quando meu pai trabalhava em uma fábrica de cimento e eu o esperava no horário que ele estava acostumado a chegar. Eu via de longe quando meu pai estava vindo na bicicle-ta e ia encontrá-lo. Fiz isso muitas e muitas vezes. Di-zem que eu descia o morro e meu pai subia empurrando a bicicleta comigo na garupa (não me lembro dessa parte). O que não me esqueço é que ele costumava trazer balas, chocolates, disso eu não me esqueço (será por quê?). Será que meu maior interesse esta-va em estar com ele, em subir na garupa da bicicleta ou em pegar os doces? Sinceramen-te, não sei.

Claro que também tenho memórias da minha mãe e dos meus dois irmãos. Da

minha mãe, não tem como pensar no passado e não lembrar de quando ela esta-va nos cultos, tocando órgão para acompanhar a Igreja. Também não tem como não me lembrar de quando ensi-nava a classe das crianças, da qual eu fazia parte. Al-guns cânticos infantis anti-gos que sei, aprendi com ela, minha mãe.

Pensando nos dois juntos, tenho plena convicção do quanto foram importantes para minha formação, sei que o que sou hoje é fruto da criação dos dois. Meus pais sempre se preocuparam com a boa criação dos filhos. Sempre fomos instruídos no caminho de Deus e sempre fomos ensinados que deverí-amos ser boas pessoas.

Minha família é minha base. Sempre vi meus pais trabalhando na igreja, fui ensinado a ser um servo de Deus, aprendi valores, levei broncas (muitas até sem me-recer) e, por isso, hoje sou um servo de Deus querendo crescer cada vez mais. Meu pai prega desde muito jovem e hoje é meu pastor. Minha mãe sempre esteve envolvida com a igreja, especialmente no trabalho com as crianças, além de tocar. Hoje, ela con-tinua trabalhando com crian-ças e é líder das mulheres da nossa Associação.

Hoje prego, faço parte do louvor da igreja, sou profes-

sor da EBD e sei que ainda preciso melhorar muito (e vou melhorar). O melhor de tudo isso é olhar para o lado e ver meu irmão mais novo tocando e cantando comigo. Meu irmão mais velho tam-bém é um servo do Senhor. Meus sobrinhos estão sen-do criados como servos do Senhor. A Bíblia não falha: a descendência do justo é abençoada.

Tenho que agradecer a Deus por ter sido criado em uma família cristã, pois mui-tos não têm esse privilégio. Tenho que agradecer a Deus por ter pais que sempre le-varam Deus a sério e me instruíram da mesma forma. Tenho que agradecer a Deus porque meus pais sempre me levaram aos cultos (ainda que eu não estivesse com vontade de ir). Tenho que agradecer a Deus porque, tendo pais como os meus, hoje sou um cristão convicto e defendo minha fé por onde passo.

Pais, instruam seus filhos nos caminhos de Deus, vi-vam o que vocês ensinam e verão seus filhos crescendo e seguindo o mesmo caminho: Jesus. A família é a base. Minha família é minha base. Tudo que sou começou com os ensinamentos recebidos desde quando eu era criança e hoje sou o que sou. Seja a base da sua família! Deus nos abençoe.

Minha família, minha base

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5o jornal batista – domingo, 31/05/15reflexão

cemos a procedência do amor: “Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus...” (I Jo 4.7). Se amamos a Deus e desejamos amar como Deus ama, precisamos obedecê--lo. É aqui que se inicia o grande poder transformador da família. Quando expres-samos o amor de Deus uns para com os outros, traze-mos para dentro de nossas relações humanas uma refe-rência divinamente poderosa e transformadora. Foi com esse grande amor que Deus nos amou, e é através deste seu imenso amor que nosso Deus vem transformando cada um de nós todos os dias.

Deseja ver sua família transformada? Para que sua família dê certo, você preci-sa executar um bom projeto. “Se não for o Senhor o cons-trutor da casa, será inútil trabalhar na construção” (Sl 127.1a). Quer transformar a sua família? Então, por favor, aceite esta verdade: você não poderá fazer isso sozi-nho. Você nunca realizará essa tarefa sem o Senhor. “Na maioria das vezes, os pais agem movidos pelo mais legítimo e verdadeiro desejo de acertar, de dar aos filhos o que de melhor eles têm. Nem sempre, porém, o conseguem”6.

Se você deseja que o Se-nhor seja o construtor do seu lar será preciso abra-çar “Todos os princípios” do Evangelho como o seu estilo de vida: “... É o Evan-gelho que produz a melhor moralidade”7.

6 ZAGURY, Tania. Os Direi-tos dos Pais: Construindo Cida-dãos em Tempos de Crise. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2004. Pg. 217 SPURGEON, Charles H. Pescadores de Crianças: orien-tação prática para falar de Jesus às crianças. Trad. Hope Gordon Silva. São Paulo: Shedd, 2004. Pg. 85.

Decida-se por dar priori-dade a Deus. É certo que você já sabia disso, con-tudo: “Alcançar a maturi-dade é aprender as lições que você achava que já sabia”8. Você precisa “in-vestir” mais tempo com o Senhor. Invista tempo na oração. “Quem vive tenso e ansioso precisa saber que Deus ouve e tem poder para resolver qualquer pro-blema. Embora Deus nem sempre resolva as coisas do jeito que gostaríamos, passar tempo em oração é um grande calmante”9.

Deus sabia exatamente o que estava fazendo ao colocar Adão no Jardim e mandar que ele cons-truísse um lar. O lar é a fonte do vigor. Todos nós precisamos estar ligados nele. Como acontece com os eletrodomésticos, para funcionarmos de maneira adequada em nossas rela-ções familiares e em nossas vidas particulares, precisa-mos estar ligados nele. Do desajuste de um lar pode vir à distorção, mas, de um lar ajustado e transforma-do por Deus, pode surgir uma geração abençoadora. Que Deus nos capacite e abençoe.

Referência:Inspirado na obra de:HENDRICKS, Howard G.

Transforme sua Família: Conselhos Bíblicos para o Lar Cristão. Trad. Eulália de Andrade Pacheco Kregness. São Paulo: Shedd Publica-ções, 2014.

8 GELSINGER, Pat. Conci-liando Família, Fé e Trabalho. Trad. Anderson de Oliveira Sil-va. Belo Horizonte: Dynamus, 2003. Pg. 779 MANUAL DE PRIMEI-ROS SOCORROS PARA PAIS. Trad. Eulália de Andrade Pacheco Kregness. São Paulo: Vida Nova, 2011.Pg. 129

Carlos Elias de Souza Santos, pastor da Primeira Igreja Batista de Campo Grande - RJ

A preocupação com a família é obrigatória no ambiente hostil da sociedade atual.

Ninguém vive no vácuo. Res-piramos o ar do mundo sen-sual, secular e incrivelmente inescrupuloso. Não há muito como escapar do contágio. Ele se esfrega em nós e em nossos filhos.

Os referenciais estão a cada dia menos sólidos e cada vez mais líquidos. Nossos absolu-tos são relativizados dia a dia. “O romance secular da nação com o Estado está chegando ao fim; não exatamente um divórcio, mas um arranjo de ‘viver juntos’ está substituindo a consagrada união conjugal fundada na lealdade incon-dicional. Os parceiros estão agora livres para procurar e entrar em outras alianças; sua parceria não é mais o padrão obrigatório de uma conduta própria e aceitável”1.

Na epístola aos Efésios, a família é desafiada a andar sempre prestando atenção ao redor. E ao redor da família po-dem ser encontradas “redes” terríveis capazes de destruir lares inteiros: revistas com im-plicações imorais, instruções feministas e pecaminosas, abu-sos, estupros, sexo sem com-promisso, homossexualidade e outros. Esse é um pequeno retrato dos desafios que estão a nossa volta, e quantos lares cristãos estão com sua atenção desviada e não conseguem perceber que o inimigo está mais próximo do que nunca.

Outro caso que tenho per-cebido é o fato de acharmos que os problemas “mais sé-rios” estão fora da igreja, mas, infelizmente, a maioria dos problemas sociais já infesta

1 BAUMAM, Zygmunt. Mo-dernidade Líquida. Trad. Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.Pg. 231.

às igrejas e seus lares. Precisa-mos nos preocupar seriamen-te com essas questões.

A preocupação mais séria com o lar resulta do fato de ele ser o instrumento mais dinâmico para a perpetuação do cristianismo vigoroso. O lar cristão ainda é a esperança para uma sociedade incrédu-la. Ao longo dos séculos, o lar cristão tem sido a maior fonte de liderança da Igreja Cristã. Se esses lares começarem a desaparecer, teremos uma alarmante tendência a ver o cristianismo se enfraquecen-do no seio da sociedade.

“Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção” (Sl 127.1a). Essa situação precisa nos levar ao comprometimen-to com a verdade de que Deus edifica o lar. Jamais realizare-mos essa tarefa sozinhos. Deus está comprometido com essa tarefa, e você, também está?

Para se comprometer e abraçar o desafio de transfor-mar sua família, você precisa crer que Deus tem um plano bom, perfeito e viável para a família. Plano que oferece sa-tisfação mútua e rende bons relacionamentos.

Por que nos sentimos tão distantes do bom plano de Deus? Assim como no Éden, o pecado abalou e tem aba-lado a vida familiar: confli-tos entre marido e mulher, conflitos entre pais e filhos e conflitos entre irmãos. Esse é um padrão pecaminoso que se repete em nossos dias.

A reclamação mais frequen-te expressa pelas mulheres sobre os homens é a de que eles não sabem ouvir. A re-clamação mais frequente ex-pressa pelos homens sobre as mulheres é a de que elas estão sempre tentando mudá-los. 2

2 GRAY, John. Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus: um guia prático para melhorar a comunicação e conseguir o que você quer nos seus relacionamen-tos. Trad. Alexandre Jordão. Rio de Janeiro: Rocco, 1995. Pg.25

Há desafios imensos, que se fazem presentes na cria-ção dos filhos. O desafio de tornar-se mãe: “Sair da completa liberdade para a completa responsabilidade sobre outro ser humano é incomensurável”3.

A ausência da figura pater-na no lar, devido ao traba-lho intenso e tantas outras ocupações, é uma dura e cruel realidade. “Muitos pais perdem seus filhos correndo atrás de outras aspirações”. Acabam por decidir cuidar dos outros e não cuidar da própria família4.

A criação de filhos requer vários tipos de intervenção. A criação dos filhos não se limita ao momento presente. Preparamos os nossos filhos para o futuro. O caráter de uma pessoa é fator determi-nante para o seu destino5.

Como interromper esse círculo vicioso que nos é imposto pelo pecado? Como sair do ruim para o bom? Nossa resposta passa pelo amor. Esse é um fio per-sistente que corre através de todas as civilizações - o poder do amor. “O ódio ex-cita contendas, mas o amor cobre todos os pecados” (Pv 10.12). “... E o seu estandar-te sobre mim era o amor” (Ct 2.4).

Aos prantos, Jeremias disse que o conceito de amor se originou em Deus: “Por-quanto com amor eterno te amei, por isso com benigni-dade te atrai” (Jr 31.3). No Novo Testamento reconhe-

3 WOLK, Claudine. Vai Ficar mais fácil: e outras mentiras que contamos as mamães de primei-ra viagem. Trad. Marsely de Mar-co Matins Dantas. Ribeirão Pre-to: Novo Conceito, 2011. Pg.92.4 LOPES, Hernandes Dias. Pai, um homem de valor. São Paulo: Hagnos, 2008. Págs. 35 e 39.5 CLOUD, Henry. TOWN-SEND, John. Limites para Ensi-nar os filhos. Trad. Denise Avalo-ne. São Paulo: Vida, 2001. Pg. 18

Transforme sua família

Page 6: Jornal Batista nº 22-2015

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 31/05/15 reflexão

Vivemos na era da tecnologia. Não tem jeito. Ou nos adaptamos, a con-

trolamos e a usamos para o nosso bem, ou seremos atro-pelados por ela. As crianças de hoje já nos dão um banho de como configurar um apa-relho celular, por exemplo.

Há um ano, quando meu neto Theo estava ainda com dois anos de idade, minha esposa possuía um celular que ainda não tinha o sis-tema touchscreen, aquele tipo de celular que a tela é sensível ao toque. Pois bem, o Theo pegou o celular da avó e tentou passar para uma outra tela, mas nada. Tentou uma, duas vezes. Mas, não tentou a terceira vez. Simplesmente jogou o celular para o lado e pediu o Iphone do avô.

Se por um lado o celular facilita e nos ajuda a nos relacionarmos com as pes-soas, por outro lado, no dia a dia, precisamos tomar cui-dado com ele. O celular, de-pendendo do seu uso, pode aproximar-nos ou afastar-nos da família.

Um dia desses liguei para casa da minha filha por volta do meio dia. Usei um recurso chamado FaceTime, onde posso não somente falar, mas vê-la. Para minha surpresa, quem atendeu foi meu neto. Naquele exato momento ele começaria almoçar. Então, aproveitando a oportunida-de, eu orei com ele agrade-cendo pela refeição.

Conheço uma vovó que tem alguns dos seus netos morando nos EUA. Ela me disse que periodicamente usa o aplicativo Skype para, não somente falar, mas brincar, por horas, com eles. Este é o lado bom da história. O lado ruim é quando este mesmo celular que nos aproxima, pode nos distanciar também.

Alguém já disse que o ce-lular pode afastar os que estão próximos a nós e apro-ximar os que estão distan-

tes. O ideal é aproximar os distantes, sem afastar os que estão próximos. Não pode-mos, por exemplo, permitir que o celular, com todos os seus aplicativos, como o Whatsapp, roube o nosso tempo quando estamos à mesa com a família. Não podemos também fazer do Tablet ou Ipad o brinquedo número um dos filhos ou que o usemos para substituir nossa presença como pais ou avós. É um desafio dominar a tecnologia!

O melhor é voltar os olhos para o velho (e sempre novo) conselho da Bíblia, quando afirma em Eclesiastes 3 que tudo tem seu tempo próprio. Os psicólogos têm estudado o comportamento humano em relação aos celulares. E neste sentido foi cunhada a expressão nomofobia, o medo, a fobia de ficar sem um aparelho celular. Pessoas que desenvolvem nomofobia ficam com seus aparelhos ligados 24 horas por dia, sentem-se rejeitadas quan-do ninguém lhes telefona e enfrentam síndrome de abstinência quando estão sem o aparelho. O problema pode estar ligado a outros transtornos, como ansiedade e depressão.

No Brasil, um estudo re-cente apontou que 18% dos portadores de celulares já desenvolveram nomofobia. A palavra certa para não sermos presas fáceis da nomofobia é cuidado e constante ava-liação do nosso comporta-mento. Verifique como você reage ficar o celular, se está gastando tempo demasiado e esquecendo dos que estão à sua volta. Peça um familiar para lembrar-lhe se os limites estão sendo ultrapassados. Ja-mais pense que uma mensa-gem pelo Whatsapp ou uma conversa pelo FaceTime ou Skype vai substituir um abra-ço, um olhar, um aperto de mão ou “um cheiro”, como dizem os amados patrícios nordestinos.

Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB

“Saiu, pois, Noé, com seus fi-lhos, sua mulher, e as mulheres de seus filhos. Levantou Noé um altar ao Senhor, e tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar” (Gn 8.18-20).

A primeira atitude de Noé ao aportar-se em terra firme após o longo período do

dilúvio foi reunir sua família, erguer um altar ao Senhor e prestar a Ele uma adoração. Esse acontecimento agradou o coração de Deus e deve, portanto, nos motivar a fazer o mesmo em nossas casas, com nossas famílias. O que levou Noé a essa atitude?

1) Gratidão ao Senhor por ter livrado ele e sua família da destruição causada pelo dilúvio - Devemos nós também

entender que a cada noite que chegamos às nossas casas, sa-bendo que fomos todos salvos dos dilúvios presentes, como os perigos do trânsito, dos assaltos e agressões, das enfermidades, da fome e da sede, da perda do emprego, do envolvimento com as drogas, dos fenômenos descomunais da natureza, de-vemos também erguer nosso altar e adorar ao Senhor.

2) Buscar do Senhor a di-reção e bênçãos para so-brevivência sua e de sua família, em um ambiente totalmente destruído - Você já pensou no cenário que Noé se deparou ao descer na terra submersa por 40 dias? Também nós, a cada dia, deparamo-nos com um novo cenário nada promissor. São guerras urbanas e entre na-ções que geram desespero, fome e morte dos indefesos e inocentes, governantes e sistemas políticos que nos

parece mais um esquema que visa unicamente benefícios e riquezas para os próprios. São as novas gerações cada vez mais podadas do direito ou oportunidade de se prepa-rarem para um futuro digno através de um trabalho hon-roso e bem remunerado. São os valores divinos para as fa-mílias sendo substituídos por valores meramente humanos, egoístas, refletidos por exem-plo na união de pessoas do mesmo sexo, muitas delas ocorridas através dos que abandonam seus casamentos e filhos para isso, e por aí vai.

Devemos também todos, os que ainda estão sobrevivendo a tudo isto, a cada dia reunir nossas famílias em torno de um altar para adoração ao Senhor. Mesmo que não consigamos estar com todos reunidos, de-vemos fazê-lo com os presen-tes. Isto é adorar ao Senhor através da família. Que o Se-nhor nos abençoe para isso.

Adorando através da família

Nomofobia. Você sabe o

que é isso?

Page 7: Jornal Batista nº 22-2015

7o jornal batista – domingo, 31/05/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

O pastor Vanderlei Batista Marins, p re s iden te da Convenção Batis-

ta Brasileira (CBB), visitou o projeto missionário de Mis-sões Nacionais no Completo do Alemão - RJ, onde atua o pastor Luiz Fernando Nunes. O principal motivo da visita foi ver o irmão Carlos, que

Redação de Missões Nacionais

O Projeto Cristolândia São Paulo aparece em cenas do filme “Metanoia: Mães

de Joelhos, Filhos de Pé”, que estreou no dia 14 de maio, e está em 48 salas de cinemas de todo o país. O longa-metragem conta com um elenco de peso, com atores como Caio Blat e Solange Couto, foi produzido pela 4U Films e a Cia Nissi. O roteiro é assinado por Caique Oliveira e Miguel Nagle, que também é o diretor do filme.

Na pré-produção, Miguel, que é membro da Peimeira Igreja Batista em Bairro da Luz, em Nova Iguaçu – RJ, foi até a Cristolândia para conversar com os missionários, como o Gerson Machado, e tam-

perdeu sua esposa, a irmã Elizabeth Alves de Moura Francisco. Ela faleceu após ter sido alvejada quando estava dentro de sua própria casa, durante ação da Polícia Mili-tar na comunidade.

“Ele também colaborou por meio de uma doação de cesta básica para a família e se colo-cou à disposição, em nome dos batistas brasileiros, para ajudar no que for preciso”, conta o missionário.

bém ex-usuários ajudados pelo projeto. Ele conversou com a liderança da Cristolândia SP e teve total apoio para a grava-ção das cenas no interior do projeto e também nas ruas da cracolândia. “A gente fez toda uma pesquisa. Eu não vivi isso

Após andar pelas escadarias, becos e vielas do morro, fazen-do contatos e evangelizando as pessoas nas ruas, pastor Van-derlei visitou a base missionária nas Palmeiras, trazendo uma palavra de ânimo aos missioná-rios e seus líderes em formação.

O pastor Luiz Fernando ava-lia o encontro com muito en-tusiasmo, porque a Primeira Igreja Batista Alcântara, em Niterói, do pastor Vanderlei, firmou uma parceria para aju-

(drogas) mas temos que ter pro-priedade para falar do assunto e por isso pesquisei bastante. Nossa produtora tinha a ideia de não apenas abordar o assun-to drogas, mas também mostrar a mensagem de transformação por meio da sétima arte. E a

dar na plantação de igrejas nas comunidades do Rio.

Investir em missões para al-cançar vidas em áreas de risco também é nosso compromisso. Interceda pela paz no Comple-xo do Alemão e também pelas demais comunidades carentes do Rio de Janeiro. Cremos que é necessário haver salvação e libertação de vidas para que o Reino do Príncipe da Paz, que é Jesus, seja estabelecido em todos bairros das cidades brasileiras.

Cristolândia é um referencial pra gente neste trabalho”, afir-ma Miguel.

Ainda de acordo com ele, o relacionamento com a equipe da Cristolândia foi tranquilo e também importante para a gra-vação do filme na cracolândia. Ele conta que os missionários ajudaram a “abrir as portas” para que a equipe conseguisse filmar sem que as pessoas das ruas os vissem como uma ame-aça. “A Cristolândia é super respeitada na cracolândia e seus missionários chegam onde a saúde pública não chega. Eles nos ajudaram a mostrar ao pessoal que estava nas ruas que estávamos ali não para denunciá-los mas para ajudá--los. Tivemos uma assessoria muito importante da parte de-les”, conta.

No filme, o protagonista é

acolhido por um projeto se-melhante ao da Cristolândia e, após ir para uma unidade de tratamento, tem um encontro com Deus e assim ocorre sua metanoia, ou seja, a mudança em sua vida.

“Na cracolândia descobri que os anjos andam de amarelo”, afirma o protagonista do filme, vivido pelo ator Caique Olivei-ra. Amarelo é a cor da camise-ta Jesus Transforma, bastante utilizada pelos missionários e voluntários da Cristolândia. As vidas transformadas pela Cristolândia têm testemunhado sobre o poder transformador de Deus em entrevistas con-cedidas a diversos veículos de comunicação. Louvamos a Deus pelas evidências de que o projeto é canal de bênçãos e também por cada parceiro que tem apoiado a Cristolândia.

Presidente da CBB visita projeto missionário do Complexo do Alemão

“Metanoia” contou com apoio da equipe da Cristolândia SP para gravação de cenas e

defende que Deus transforma vidas

Equipe do filme durante gravação na Cristolândia

Em frente a um dos pontos de pregação da comunidade

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8 o jornal batista – domingo, 31/05/15 notícias do brasil batista

Famílias integralmente submissas a CristoHoje é o último dia do mês de maio, no qual dedicados à família. Abaixo trazemos as fotos e

palavras das famílias dos nossos presidentes e executivos. Confira!

“Quando uma família é submissa a Cristo tudo se trans-forma, por mais dificuldades que passemos, O Senhor Jesus está nos instruindo e nos levando em seu colo”.

Jorge Castellani – presidente ANEB

“O que significa ser uma família integralmente submissa a Cristo? É quando todos os seus mem-bros seguem e praticam as orientações dos ensinos de Jesus; estão integrados no serviço do Seu Reino e procuram com as palavras e a vida testemunha-rem do Seu Evangelho por onde passarem”.

Jair Mendonça Pereira – presidente CB Amazonense

“Uma família integralmente submissa a Cristo confere a Ele a preeminência em todas as situações da existência”.

Dr. D.B. Riker – diretor STBE

“Ser uma família integral-mente submissa a Cristo é ser uma família que vive para servir e agradar a Deus”.

Maria Rosângela Santana Maia – executiva da CB do

Amapá

“A Família é um projeto es-pecial de Deus, por causa disto jamais desistirá dela, ela é a sociedade em miniatura: Tal família, tal Igreja; tal família, tal escola; tal família, tal so-ciedade; se a família vai bem, a sociedade vai bem...Deus continue abençoando nossas famílias. Deixo o Sl 127.”

Pr. Genivaldo Andrade de Souza – presidente CBESP

“Família é integralmente submissa a Cristo é quando, juntos, os membros se submetem às orientações bíblicas, cumprindo cada um o seu papel descrito nas páginas do Livro Sagrado - a Bíblia, Palavra de Deus”.

Euzimar Nunes de Sousa – presidente CB Sul Maranhense

“Ser uma família integralmente submissa a Cristo é ter a certeza ao acordar cada manhã que Deus está no controle de tudo”.Pr. Fernando Brandão – diretor-executivo da JMN

“Uma familia integralmente submissa a Cristo é aquela onde todos os membros vivem e fazem tudo na direção de Jesus Cristo”.

Pr. Izaias Querino – executivo CB Paranaense

“Uma família integralmente submissa a Cristo é aquela na qual somente Cristo é o Senhor, em tudo e em todos”.

Pr. Josué Mello Salgado – 2º vice-presidente da CBB

“Ser uma família integralmente submissa a Cristo significa ser uma resposta do nosso amor a Deus!”.

Jane Celia Rodrigues – 4ª secretária da CBB - diretoria

“Ser uma família integralmente submissa a Cristo é quando o Senhor se torna realmente o Senhor, o dono de nossas vidas e decidi-mos obedecer-lO, para que o Seu nome seja glorificado. É renunciar os nossos desejos para fazer a vontade de Deus. Decidimos que eu e minha casa serviremos ao Senhor, que Ele será glorificado em nosso lar. Essa submissão vem em obedecer a voz de Deus”.

Roberto Dias - Executivo CB Maranhense

“Em um tempo onde ficou raro se conseguir a atenção total de alguém - pois as pessoas vivem divididas entre redes sociais, trabalho e outros -, vejo que família integralmente submissa a Cristo é de grande relevância. Hoje, são muitos que dizem seguir a Cristo e tê-lo no coração, mas, a questão é: será que o Senhor Jesus os pode ter? Família integralmente submissa a Cristo é a família que não só tem Jesus, mas que Jesus pode tê-las, pois elas sempre se submetem à sua Palavra, seus ensinos, Sua perfeita vontade, enfim, a Ele. “Por-que, dEle, por Ele e para Ele são todas as coisas. A Ele a glória!” (Rm 11.36)”.

Marcos Cícero da Silva Lima – presidente CB Amapaense

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9o jornal batista – domingo, 31/05/15notícias do brasil batista

Famílias integralmente submissas a CristoHoje é o último dia do mês de maio, no qual dedicados à família. Abaixo trazemos as fotos e

palavras das famílias dos nossos presidentes e executivos. Confira!

“Uma família integralmente submissa a Cristo, ao mesmo tempo que nos torna mais responsáveis, mais comprometidos, mais testemunhas, mais compassivos, mais integrados, ela nos torna uma família integralmente feliz. Embora os desafios sejam grandes, estar no centro da vontade de Deus e servir a Ele não é sacrifício”.

Egon Grimm Berg – executivo CB Rio Grande do Sul

“Ser uma famí-lia integralmente submissa a Cristo significa procurar seguir os princípios da Palavra de Deus, buscando nela so-luções para os pro-blemas familiares”.

Pr. Eliabe de Oliveira e Silva,

presidente CB Rio Grande do Norte

“Ser uma família integralmente submissa a Cristo é estar disposto a viver para a Glória de Deus em todo tempo e em qualquer lugar.”

Márcio Santos – executivo CB Mineira

“O que significa ser uma família integralmente submissa a Cristo? É quando todos os seus mem-bros seguem e praticam as orientações dos ensinos de Jesus; estão integrados no serviço do Seu Reino e procuram com as palavras e a vida testemunha-rem do Seu Evangelho por onde passarem”.

Jair Mendonça Pereira – presidente CB Amazonense

“Entendemos que uma família totalmente submissa a Cristo é aquela que serve ao Senhor em todas as situações, procurando refletir e testemunhar do Seu amor, servindo a todos os que estão próximos. É aquela que celebra junto as conquistas que exaltam o nome de Jesus e sinalizam a presença do Reino de Deus entre nós”.

Olavo Dias da Silva Filho – executivo CB de Carajás - COBAC

“Uma família integralmente submissa a Cristo é uma família nascida dentro da vontade de Deus, construída sobre princípios eternos: para refletir a glória de Deus, para gerar novos homens e mulheres que glorifiquem a Deus, para ser instrumento de edificação e sustentação da Igreja de Jesus Cristo; para in-fluenciar positivamente e fazer diferença na sociedade como instrumento de transformação social, para viver um padrão de santidade - vida de qualidade moral e ética superior ao mundo -, para ser elemento fundamental na proclamação do Evange-lho de Cristo, para exercer uma atividade profissional - dons, talentos e capacitações - como efetivas testemunhas do Senhor Jesus Cristo; também é uma família completamente engajada em uma Igreja, cooperando com ela em todos os sentidos e por todos os meios, dedicados a servir a Deus e ao seu povo; são pessoas que reconhecem e praticam o padrão de Deus para as famílias – dizem não ao sexo antes ou fora do casamento, não ao divórcio, não ao casamento misto, não às práticas sexuais ilícitas e aberrantes, não à infidelidade conjugal. Família – lar onde a prática do amor não é um discurso vazio, mas um “lu-gar”- não de palavras ocas, mas de obras e em verdade”.

Credival Silva Carvalho – presidente CB de Rondônia

“Ser uma família integralmente submissa a Cristo com certeza é ser uma família que se envolve com a igreja local, visando sempre o crescimento do Reino de Deus e não mede esforços para servir ao Senhor com dignidade e submissão”.

Pr. Eli Ribeiro de Melo – presidente CB Catarinense

“Segundo o salmo 128 submissão ao Senhor é si-nônimo de felicidade. Entãoa para mim, ter a familia integralmente submissa a Cristo significa ter a certeza de dias bem-aventurados”. -

João Marcos Florentino de Souza – executivo CB de Pernambuco

“Uma familia integralmente submissa a Cristo é aquela onde todos os membros vivem e fazem tudo na direção de Jesus Cristo”.

Pr. Izaias Querino – executivo CB Paranaense

“Vejo que uma família integralmente submissa a Cristo implica em ser uma família que Cristo está e se faz presente de maneira visível, principalmente através de suas atitudes, tornando-se uma família Cristocêntrica, além de ser uma famí-lia em que cada integrante cumpre seu papel (marido, esposa, pais e filhos) de acordo com o que está atribuído, aos mesmos, pela Palavra de Deus.”

Pr. Samuel Lopes - executivo CB Centro América

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10 o jornal batista – domingo, 31/05/15 notícias do brasil batista

Jessyka Silva, membro da Primeira Igreja Batista em Piúma - ES

Com uma grande fes-ta realizada durante três dias, a Primeira Igreja Batista em Pi-

úma - ES - comemorou o seu cinquentenário. Foram diver-sas apresentações de dança, teatro, louvor, além de can-tores e pastores convidados.

A comemoração teve início na sexta-feira, dia 24 de abril. O grupo “Adore e Dance”, da

Liane Hartmann, Lar da Criança Henrique Liebich

O 1º Retiro da gran-de família Hen-r ique Liebich, encontro de ex-

-acolhidos e ex-funcionários (e seus familiares) do Lar da criança Henrique Liebi-ch aconteceu nos dias 01, 02 e 03 de maio de 2015 no Acampamento Batista Pioneiro, em Bozano - RS. O evento, promovido por um grupo de ex-acolhidos, reuniu em torno de 80 parti-cipantes e teve a preleção do pastor Helmuth Matschulat, ex-diretor do Lar da Crian-ça, que abordou os temas

PIB, abriu o culto apresentan-do uma apoteose que, por meio da dança e do teatro, contava um pouco da história da Igreja desde de os primei-ros trabalhos realizados até a sua atual formação. O louvor ficou por conta do cantor Sérgio Lopes, que trouxe diversas canções de sua auto-ria. O pastor Uziel Carneiro, da Igreja Batista da Praia do Canto, trouxe uma reflexão, baseada na ilustração “Por quem temos carregado nossa pedra?”. O fechamento do

“Gratidão”, “As Perguntas de Jesus” e discorreu sobre seu trabalho no Lar.

A programação oficial ini-ciou na sexta-feira à noite, com a saudação de Fabiana Macedo da Silva, represen-tando a equipe organizadora do evento, palavra do diretor do Lar da Criança, Leandro César Corrêa e de Zidrone Liebich, filha do casal funda-dor do Lar e primeira diretora da Instituição.

No sábado pela manhã o grupo visitou o Lar da Criança, sendo recebidos na Congregação Batista Es-perança pelo diretor Leandro e pelo presidente de Tabea, Mauro Härter. O assessor

culto foi feito pelo cantor Sérgio Lopes.

No sábado, dia 25 de abril, esteve presente o cantor Is-rael Salazar, um dos voca-listas do Ministério Dian-te do Trono. Israel levou a Igreja à adoração entoando canções congregacionais já conhecidas e composições do Diante do Trono. Houve também apresentações dos ministérios de dança e de louvor da PIB. Quem trouxe a reflexão foi o pastor Doro-nézio Andrade, da Primeira

jurídico voluntário do Lar e ex-acolhido, Vanderlei Ávila, explanou sobre a le-gislação atual na área do acolhimento institucional, seguido pela assistente so-cial Natália Brendler, que apresentou os programas sociais que o Lar desenvolve atualmente. Seguiu-se visita-ção guiada à estrutura física e aos moradores do Lar, fi-nalizando com um período de integração e a foto oficial da visita. Ainda no sábado, os participantes visitaram a Granja Tabea e participaram de atividades esportivas e de lazer, no ABP.

No domingo pela manhã ocorreu a entrega de placas

Igreja Batista de Guarapari e presidente da Convenção Batista Estadual, que falou sobre “Quem é esta igreja?”, baseado no texto de Cantares 6.10.

No domingo, dia 26 de abril, foi realizado pela ma-nhã um culto de homena-gens, que contou com repre-sentantes da “Igreja-mãe” - Igreja Batista de Rio Novo do Sul -, aquela que deu início ao trabalho batista em Piúma, e das “Igrejas-filhas”- Segun-da Igreja Batista de Piúma

de agradecimento ao Lar da Criança Henrique Liebich, representado pelo diretor Leandro César Correa; à Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil, represen-tada pelo vice-presidente Sigmar Schmidt; à Socieda-de Batista de Beneficência Tabea, representada pelo presidente Mauro Härter; à EBM/MASA Internacional, representada, na ocasião, pelo pastor Erich Luiz Leid-ner (em razão do pastor Aírton Níckel, representante de EBM/MASA no Brasil, estar participando da Con-ferência Anual de Missões da EBM International, na Alemanha); à Família Lie-

e Igreja Batista do Portinho -, Congregações que foram iniciadas pela PIB em Piúma e hoje já são Igrejas autôno-mas; além da presença de três dos membros fundadores da PIB.

À noite, o encerramento da festa foi feito com a recepção de novos irmãos por meio do batismo, além de diversas apresentações dos minis-térios da nossa Igreja e um momento de comunhão com distribuição de torta para os presentes.

bich, representada pela se-nhora Zidrone Liebich e ao preletor do evento, pastor Helmuth Matschulat.

A equipe organizadora do evento foi composta pelos ex-acolhidos Fabiana Mace-do da Silva, Vanderlei Ávila, Diego da Silva, Fernando Dellafavera, Luciano Lucas e Gilmar de Paula.

Foram momentos mar-cados por muita alegria e reencontros emocionantes, incluindo o de irmãos bio-lógicos que não se viam há mais de 25 anos. Parabéns a todos os que se envolve-ram, organizaram e parti-ciparam deste evento tão especial.

Primeira Igreja Batista em Piúma - ES - celebra cinquentenário

Ex-acolhidos do Lar da Criança Henrique Liebich realizam encontro

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11o jornal batista – domingo, 31/05/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Missões Mundiais está cumprindo seu chamado e continuando a

enviar missionários para os campos transculturais. Mais seis jovens, integrantes da décima primeira turma do Projeto Radical África foram comissionados e enviados ao campo. O culto de co-missionamento e gratidão aconteceu no dia 16 de maio no templo da Primeira Igreja Batista em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, e contou com a presença de amigos, familiares e mem-bros das igrejas dos inte-grantes do Radical África,

Apesar das ameaças de violência na re-gião onde Missões Mundiais desenvol-

ve em Medellín, na Colôm-bia, o PARE – Programa de Ajuda, Reabilitação e Espe-rança – não para. Na missão de tirar pessoas do vício das drogas e da prostituição, o programa avança dia a dia com o apoio de pessoas que desde o Brasil têm ofertado e orado pelo PARE. O dia 17 de maio marcou mais uma etapa do programa. O pastor Elbio Márquez, que lidera o programa, conta-nos com emoção sobre o batismo de oito irmãos em Cristo, frutos do PARE. Ele também bati-zou mais quatro irmãos de duas Igrejas.

“O PARE não pode parar porque há uma multidão de pessoas vizinhas às instala-ções do projeto que precisam ouvir sobre Cristo. Aqui nas redondezas há nove pros-tíbulos que funcionam 24 horas. Prostitutas e travestis estão nas portas chaman-do seus clientes. Há uma praça a meio quarteirão das instalações do projeto onde dormem todos os dias mais de 50 pessoas em bancos ou

além do gerente de missões da JMM, pastor Alexandre Peixoto, e do coordenador do programa Radical, pastor Fernando Santos.

“As expectativas são as me-lhores, apesar de saber de todos os desafios que vamos enfrentar com a cultura e com o idioma. Mas, estou confiante que Deus é quem está no controle e tenho re-cebido a paz Dele”, conta o jovem Hudson Sampaio, de 22 anos.

Além de Hudson, comple-tam a turma Aimée Novaes, Eliakim Lira Lopes, Joyane Ruana, Letícia Gabriele e Nelcyelle France. Esses jo-vens seguiram para o Sene-gal, um país de maioria mu-çulmana cuja língua oficial é

pelo chão mesmo”, explica o pastor Elbio.

O programa tem sofrido muitas ameaças. Segundo o pastor, há cerca de 40 gan-gues atuando na região. Além de delinquência e criminali-dade, sofre com as ameaças espirituais. Há relatos de que feiticeiros estejam trabalhan-do para que o PARE feche suas portas e se torne mais um lugar de prostituição. No entanto, o Senhor Deus enviou reforços à Colômbia. Quatro jovens da 10ª turma do Radical Latino-Americano chegaram este mês à Colôm-bia e já estão colaborando com o PARE.

“Chegamos no dia 13 de maio em Medellín para apoiar esse programa de re-abilitação que tem transfor-mado a vida de muitos ex--dependentes químicos, mo-radores de rua e prostitutas. Estamos aqui para apoiar o pastor Elbio”, conta o Radical Erick Moisés.

O programa hoje tem 19 internos (15 homens e qua-tro mulheres) e conta com seis colaboradores 24 horas por dia. Por isso as despesas, apesar de serem direcionadas a itens básicos, são altas. Nor-

o francês e onde são falados vários dialetos, sendo o uólo-fe o principal deles.

“O coração está acelerado, a expectativa é muito grande, mas tenho colocado minha esperança em Deus, e as palavras que foram ditas me fortaleceram muito”, relatou Eliakim.

A mensagem do culto de comissionamento foi leva-da pelo pastor da PIB Santa Cruz, reverendo Elison Ama-ral Leite, que falou sobre a importância de investir na obra missionária e como isso mudou a realidade da Igreja, de onde também saí-ram jovens missionários que participaram e participam do programa Radical. É o caso de Salatiane Neves (primei-

malmente, além de alimento para os internos e equipe, a coordenação do PARE tam-bém precisa alimentar a mul-tidão que comparece aos cultos realizados de terça a sexta-feira. O pastor oferecia um jantar aos participantes do culto, mas por medidas econômicas o cardápio foi restrito a uma sopa para to-dos. Só este gasto chega a cerca de mil dólares mensais.

O pastor Elbio também ora e trabalha para conseguir fechar o aluguel de uma chá-cara da Convenção Batista Colombiana. O espaço ser-viria para abrigar melhor os internos, assim ele poderia receber a população em geral durante todos os dias, o dia todo, e não somente durante os cultos e jantar.

“Queremos atender a mul-tidão, oferecendo banho, cor-te de cabelo, atenção médica etc. A chácara que estamos tentando negociar terá um custo mensal em torno de 2.500 dólares para manuten-ção, fora os gastos com os internos.

Atualmente, o PARE atende em uma casa de dois andares. A equipe de colaboradores conta com um médico volun-

ra turma do Radical Haiti), do Eduardo Barcellos (sexta turma do Radical África) e do Gustavo Barcellos (atu-almente servindo na nona turma do Radical África, em Burkina Fasso, e que é irmão do Eduardo).

“Nossa Igreja tem tido a oportunidade de enviar vá-rios missionários para o cam-po. Nossa visão tem sido missões. Enviar e sustentar missionários é um grande de-safio e privilégio para nossa Igreja”, disse o pastor Elison.

Após a mensagem, proce-deu-se ao comissionamen-to. Cada Radical recebeu um anel que representa o compromisso assumido com Deus. Todos se colocaram de joelhos, e os missionários

tário, uma psicóloga (a mis-sionária Adilene Marquez), um pastor e administrador (pastor Elbio Marquez), uma secretária administrativa, uma tesoureira e duas volun-tárias da área de ação social que se preparam para iniciar um projeto de dois a três meses para a ressocialização dos internos.

Aos domingos há uma igre-ja reunida nas instalações do PARE. Atualmente, ela conta com uma frequência de quase 100 pessoas, entre internos e amigos do proje-to. A Igreja oferta o almoço aos domingos e voluntários ajudam em outras atividades.

“A presença da Igreja faz parte de uma parceria entre o PARE e a Denominación Bautista Colombiana. Tam-bém contamos com o apoio do Instituto Cristo Para Las Naciones, que tem enviado seus alunos como voluntários para atividades de evange-

e familiares presentes ora-ram comissionando Aimée, Eliakim, Hudson, Joyane, Letícia e Nelcyelle France. Agradecidos ao Senhor, os Radicais cantaram o hino “Poder para Salvar” em por-tuguês, francês e uólofe.

Além de interceder, você também pode contribuir para que os nossos novos jovens do programa Radical sejam voz de Deus na África. Entre em contato com nossa Cen-tral de Atendimento pelos telefones 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades). E se você quer ser um Radical ou conhece alguém que deseja participar desse programa, escreva para [email protected].

lismo nas ruas próximas ao projeto. Louvamos a Deus por nossos parceiros”, co-menta o pastor Ruy Oliveira, coordenador da JMM para a América.

“O lema que direciona o PARE é: ‘Até que Cristo se veja em mim’. Este é o ob-jetivo para a vida de todos os internos. A mensagem do Evangelho é pregada de terça a sexta. Temos alcan-çado mensalmente mais de 150 pessoas através desta estratégia. E agora com a presença dos Radicais Latinos pretendemos incrementar este alcance para mais de 300 pessoas”, conta o pastor Elbio.

Você pode orar e ofertar para que o PARE avance mais e mais para honra e glória do Senhor. Para assumir um compromisso nesta missão de resgatar vidas das drogas, da miséria e da prostituição em Medellín.

Colômbia: o PARE não para

Culto marca comissionamento de nova turma do Radical África

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12 o jornal batista – domingo, 31/05/15 notícias do brasil batista

Gustavo Costa, jornalista

O mês de março foi de grande movi-mentação entre os batistas capi-

xabas. Aconteceu na nova sede da Primeira Igreja Ba-tista em Piúma, entre os dias 20 e 22, a 99ª Assembleia da Convenção Batista do estado do Espírito Santo. Com uma programação mais extensa, o evento foi pautado pela integração das organizações, ampliação de projetos mis-sionários e sobre a atuação da Igreja na sociedade.

Mas as ações promovidas pela Convenção começaram antes da Assembleia, através de um projeto que recebeu o nome de “Semana Batista”. “Foi uma novidade que agra-dou a todos. Pela primeira vez realizamos uma semana de atividades envolvendo as nossas organizações. A programação começou no dia 16, com um luau voltado para a juventude, que reuniu nada menos que 200 jovens na praia. Foi um encontro organizado pela Juventude Batista Capixaba e teve mesa de frutas, louvor, pirofagia (arte de manipular o fogo) e outras atividades”, explicou o diretor-geral da Convenção, Diego Bravim.

No dia 17 aconteceu na PIB de Piúma um café da manhã interdenominacional, que recebeu 40 pastores da região. “Foi algo muito positi-vo. Reunir pastores de várias denominações é algo inova-dor. Ao chamar as lideranças de outras Igrejas para orar pela cidade de Piúma, que-bramos paradigmas e criamos

uma maior integração entre as denominações e trocamos experiências importantes”, afirmou o diretor. Ainda no dia 17, os batistas visitaram a Prefeitura Municipal e a Câmara de Vereadores de Piúma. O grupo distribuiu Bíblias e orou pela cidade e seus governantes. Além de Bravim, esteve presente na ação o pastor presidente da Convenção, Doronézio Pedro de Andrade.

Um dia após foi a vez do chá promovido pela União Feminina Missionária da Convenção Batista do estado (UFMBEES). Cerca de 300 mulheres participaram da ação, orando e cantando ao som do Ministério Live, da PIB de Piúma. Aconteceu ainda uma inspirada prega-ção com a missionária Wasty Wandermurem.

Dois encontros movimen-taram a Semana Batista no dia 19. O primeiro foi o Congresso da Ordem dos Pastores (OPBEES), que teve como orador o pastor Rober-to Amorim de Menezes, da Igreja Batista do Farol, em Alagoas. Ele pregou sobre “O Caminho da Santidade”, baseado em II Crônicas 7.14. Estiveram presentes apro-ximadamente 400 pessoas entre líderes e suas esposas. Já o segundo evento foi uma palestra direcionada aos em-presários. Uma iniciativa da União Missionária de Ho-mens Batistas do estado do Espírito Santo (UMHBEES), que contou com a palestra “Princípios de gestão para tempos de incertezas”, mi-nistrada pelo pastor Usiel Carneiro de Souza. Cerca de

100 empresários estiveram no Hotel Monte Aghá, pres-tigiando a ação.

Assembleia

Com o término da “Semana Batista” teve início a Assem-bleia Geral, que contou com a participação do Grupo Lo-gos, reconhecido pela sua importância na história da música evangélica no Bra-sil. Autoridades municipais, estaduais e federais também prestigiaram a abertura do evento. “Na manhã do dia 20 abriu-se a Assembleia com momentos de deliberação. Os relatórios foram aprova-dos, tanto financeiros quanto os de atividades. Entre os projetos, o destaque foi o que propõe a construção de uma nova sede da Convenção, que abrigará o seminário e as outras organizações. Para tal, serão lançadas campanhas nas igrejas a fim de levantar recursos”, enfatizou Bravim.

Já durante a noite do dia 20 houve um momento cívico, com a entrada de bandeiras, e a participação de diversas autoridades. Prestigiaram o evento o senador Ricardo Ferraço, o deputado estadual Bruno Lamas, o deputado fe-deral Max Filho, e o prefeito de Piúma, Samuel Zuqui, entre outros. A mensagem, sobre santidade, foi do pastor Roberto Amorim. Além do grupo Logos, o louvor teve as participações dos músicos da Associação de Músicos Batistas do estado (AMBEES), do coro do Cetebes e dos Homens Cantores de Vitória

O dia 21 de março foi marcado pela realização de

oficinas. Com 11 diferentes temas, as oficinas foram movimentadas por um bom número de pessoas. Já à noi-te aconteceu o lançamento de projetos de adoção mis-sionária, uma iniciativa do departamento de Missões Estaduais. O evento na PIB de Piúma contou com a presença do pastor e missio-nário Tony Gray. O louvor ficou a cargo de Eduardo e Silvana.

Encerrando a Convenção, no dia 22, além dos cultos, os participantes se distribuíram em grupos para realizar um impacto evangelístico em um dos bairros da cidade onde a PIB de Piúma possui uma frente missionária. Uma ação do Ministério de Missões e Evangelismo (Mevam) e da Jubac, o “Impacto Evange-lístico”, passou pelos bairros Céu Azul e Lago Azul, distri-buindo folhetos e orações. As crianças também puderam aprender sobre o tema “Um chamado à Santidade” em uma programação feita com a linguagem dos pequeninos. A Convenção Kids, como é chamada, recebeu não só crianças das Igrejas Batistas, mas também visitantes que ouviram sobre Jesus. No final do evento foi apresentado na PIB de Piúma um vídeo com as expectativas da 100ª Assembleia, com alguns de-talhes do que será realizado em 2016.

Para Diego Bravim, o públi-co da 99ª Assembleia acom-panhou um evento marca-do por comunhão e novas propostas de evangelismo no estado. “Podemos dizer que foi a melhor convenção

dos últimos seis anos. Quem esteve aqui foi impactado, viu um projeto que propõe não só mudanças estruturais, mas, também, o resgate de alguns valores e a esperança de que os batistas viverão coisas novas a partir deste momento. Gostaria de usar três palavras para sintetizar o que foi o evento deste ano: alegria, de ver as famílias reu-nidas para essa celebração; a segunda palavra é gratidão. Muita gratidão a Deus, que nos abençoou imensamente na realização desse evento. E mesmo com tantos desafios, tudo correu bem. E, por fim, temos a esperança, com o povo batista voltando a so-nhar e se movimentar para levar a Palavra de Deus mais longe”, falou.

2016: 100º Assembleia

Em 2016, a 100º Assem-bleia Anual da Convenção Batista ES será realizada em grande estilo. Serão realiza-dos cem eventos alusivos à data nos locais que sediaram a assembleia ao longo do tempo.

Os preletores de cada even-to serão os ex-presidentes. Será um momento de res-gate histórico dos batistas no Espírito Santo. O evento comemorativo será realizado em um local que acomode um grande público, com pre-visão de participação de um orador internacional.

A Assembleia é o maior evento da denominação, sendo um momento de ce-lebração, união e fortaleci-mento da presença batista no Estado.

Convenção Batista Capixaba: Batistas se encontram em Assembleia anual

Realizada em Piúma, Assembleia abordou a santidade, o trabalho missionário e resgate de valores

Diretoria da Convenção Batista Capixaba

Presidente: Doronézio Pedro de Andrade1º vice-presidente: Roberto de Oliveira2º vice-presidente: Walter Santana3º vice-presidente: Ormir Batista Gonçalves1º secretário: Ronaldo Carneiro2º secretário: Rosilene Rodrigues3º secretário: Leandro Saldanha

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 31/05/15ponto de vista

Ana Caroline Ferreira Teixeira de Lima de Carvalho, neta

É muito difícil você ver tantas qualida-des em um ser só. Mas, posso descre-

ver inúmeras desta pes-soa que eu sinto tanta sau-dade, admiração, e que muito inspira-me, que é o meu avô Iranyr Teixeira de Lima, que faleceu em 2009.

Ele saiu ainda jovem do interior do estado do Rio de Janeiro e veio para a “cida-de grande” estudar; se for-mou em Ciências Contábeis e Administração de Empre-sas na Faculdade Moraes Junior e fez Teologia no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Trabalhou

durante 23 anos no Banco Nacional e depois veio a trabalhar na Procuradoria do Município do Rio de Janeiro.

Foi pastor da Igreja Ba-tista Betel de Mesquita - RJ durante 17 anos, trabalhou no Conselho Fiscal da Or-dem dos Pastores Batistas Fluminenses - OPBBFL - e na Convenção Batista F luminense. Par t ic ipou também como mensageiro da Convenção Batista Flu-minense e da Convenção Batista Brasileira muitas vezes.

Iranyr Teixeira de Lima foi um homem íntegro du-rante toda a sua vida, um homem humilde, simples, temente a Deus e muito sábio; ele sempre buscava aprender mais e mais e isso que me inspira.

Roberto Torres Hollanda, colaborador de OJB

Depois de longa en-fermidade, faleceu em 06 de maio de 2015, em Brasília,

o Irmão Isaac Barreto Ribeiro. Nascido em 08 de novem-

bro de 1924 em Barra do São Francisco, na Bahia, homem cheio de idealismo, coragem, perseverança e paciência, che-gou, em 31 de dezembro de 1956, à região onde seria cons-truída a nova capital do Brasil, acompanhado de sua esposa, Clotildes Fraga Dias Ribeiro (1926-2010), natural de Castro Alves, também na Bahia.

Nos primeiros meses de 1957, Isaac testemunhou os esforços do missionário Ja-mes Everett Musgrave Junior, do engenheiro João Walfredo Thomé, e dos comerciantes Waldemar Alves de Magalhães e Edístio Carlos Fernandes para a compra de terrenos destina-dos às futuras Igrejas Batistas, inclusive, em 1958, o da Igreja Memorial Batista.

Em 07 de setembro de 1957, com mais 22 irmãos, Isaac fun-

Uma característica bem marcante dele era a man-sidão. Ele foi um ser paci-ficador, que não gostava de brigas e sempre tentava acabar com as discórdias. Um homem democrático, de fala fleumática esclare-cedora. Buscava sempre falar do amor de Deus para as pessoas ao seu redor. Sempre buscou ajudar fa-mílias necessitadas; ele não conseguia ver uma criança com olhar triste que ele fazia de tudo para ajudar.

Além de ser um ótimo ser humano, ele foi um ótimo profissional, esposo, um pai maravilhoso e um avô espetacular. No dia 15 de abril completou seis anos sem a companhia dele. São anos de saudades, tendo a certeza de um dia nos en-contrarmos nos céu.

dou a Primeira Igreja Batista de Brasília, sob a liderança do pastor Elias Brito Sobrinho, procedente de Anápolis - GO, tendo ajudado na construção do seu templo.

Saindo de Ceres, em Goiás, onde desde 1952 clinicava como médico, sempre guiado pelos ideais de evangelização e ação social, Isaac, com re-cursos próprios, montou um centro cirúrgico na Cidade Livre (atual Núcleo Bandeiran-te), inaugurado em 03 de maio de 1957. Líder em sua ativida-de profissional, participou da primeira equipe de médicos do hospital do IAPI, instalado pelo governo em local próximo (atual Can-dangolândia). Em 06 de fevereiro de 1959 fundou a Associação Médica e foi seu primeiro presidente.

Em 1959, Isaac passou a in-tegrar a Comissão de Constru-ção; esteve presente na depo-sição da pedra fundamental do Templo Memorial Batista, no SGAS-910 e no SGAS-905 (atual localização).

Ele e Clotildes foram, em 22 de julho de 1960, membros fundadores da Igreja Memorial Batista; dela saíram em 16 de

agosto de 1967 e a ela voltaram em 13 de setembro de 2000.

Na profissão médica, Isaac integrou a primeira equipe do Hospital Distrital (atual Hos-pital de Base); foi diretor do centro cirúrgico do Hospital Materno-Infantil (Via L2-Sul) e chefe da residência cirúrgica da Universidade de Brasília.

Na área jurídica formou-se bacharel em direito pelo UNI-CEUB, onde foi professor; diri-giu o Instituto Médico-Legal da Polícia Civil do Distrito Federal, o Departamento Penitenciário Nacional, o Conselho Nacional de Entorpecentes e a Secretaria Nacional Antidrogas, do Minis-tério da Justiça.

Em 11 de janeiro de 1980 in-gressou como procurador no Ministério Público do Distrito Fe-deral e Territórios, aposentando--se em 1991. Isaac foi um cidadão exemplar, tendo dado inequívoco testemunho de sua fé cristã.

O “Correio Braziliense” - o mais antigo periódico diário de Brasília - publicou, na edição de 12 de maio, um obituário sobre Isaac Barreto Ribeiro, ao qual acrescentei: “Era um homem simples e modesto”.

Isaac Barreto Ribeiro, o pioneiro – (1924-2015)

Inspiração em pessoa...

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15o jornal batista – domingo, 31/05/15ponto de vista

Paulo Francis Jr., colaborador de OJB

O que narro hoje a con teceu de verdade. Apenas resguardei os no-

mes verdadeiros das pessoas que viveram este fato. Quero compartilhar isso com os lei-tores como alerta aos casais que gastam o seu tempo em brigas e ofensas fúteis. Tudo se passou assim...

O calor era inquietante. Na parede do fundo, o grande climatizador estava ligado, trabalhando como nunca. Ao centro do imenso salão ainda havia ventiladores funcionan-do a toda velocidade. Não eram ainda 15 horas quan-do o encontrei. Romualdo andava cabisbaixo por entre as prateleiras, seu carrinho estava pela metade. Na ver-dade, ainda estava abaixo do meio. Olhava com certo ar de meditação todos os produtos. Coçava o pescoço na parte de trás; parecia ter dúvida se levaria ou não esta ou aquela marca. Caminhei alguns pas-sos e o cumprimentei alegre-mente, sem ter a resposta de

sempre. Estranhei. Aonde fora parar o ânimo de Romualdo? Resmungou algo que eu não entendi e, simplesmente, me abraçou. Forte! Perguntei da família; como andariam os filhos e a esposa? O super-mercado aqui em Presiden-te Venceslau não estava tão cheio e o único barulho vinha da movimentação do ar dos aparelhos de ventilação. Fo-mos para um cantinho mais isolado, perto de uma “pilha” de refrigerantes. Ali, ele disse estas palavras:

“Eu nunca havia tirado fé-rias no mês do meu aniver-sário, em novembro. Tive a oportunidade de fazê-lo em 2012. Minha mulher, a Isauti-na, estava entusiasmada com a ideia e sugeriu que refor-mássemos a nossa casa. Na verdade, casamos há pouco mais de oito anos e a residên-cia precisava apenas de uma pintura nova. Eu sei fazer o serviço e comprei todo o ma-terial. Lixas, pincéis, tintas. Minha ajudante era a esposa. Estávamos ainda preparando as paredes, raspando alguns rebocos soltos pela umida-de e lixando cada cômo-

do. Iniciamos o segundo dia de trabalho. Mal havíamos começado a usar as tintas quando Isautina me disse que ‘não estava boa’. Falei para deitar-se e ir descansar, já que não estava acostumada com aquele tipo de serviço.

Os minutos foram passan-do. Do momento em que ela se retirou, já havia decorrido pouco mais de uma hora. Chamei a minha filha mais velha e pedi que fosse até o quarto ver como estava sua mãe. Cinco minutos depois retornou dizendo assim: ‘Pai, a mamãe não está passando bem!’. Larguei tudo, fui até o cômodo onde encontrei a minha esposa já desmaiada. Tentei levantá-la, reanimá--la com um “chacoalhão”. Percebi que as suas vestes estavam sujas. Assustado, so-licitei ajuda. Não conseguia encontrar o telefone. Procura dali, daqui. Nervoso, não ha-via percebido que o celular estava no bolso da camisa, onde já havia apalpado. Pedi auxílio ao Resgate, que che-gou oito minutos após. Oito minutos que pareciam uma eternidade! A ambulância

veio com três bombeiros, que fizeram os procedimentos que o caso requeria. Depois permitiram que eu a acom-panhasse na viatura, onde fui ao lado da maca em que ela estava. Chegamos ao hospital onde Isautina foi atendida prontamente.

A porta do corredor abriu, ela entrou acompanhada por duas enfermeiras. Vi, ao fun-do, possivelmente o doutor, com um estetoscópio no pes-coço gesticulando para que fossem pela direita. Fiquei aguardando por aproxima-damente 20 minutos. Mais outro tempo que parecia não ter fim. Eis que aquela porta se abre novamente. O mé-dico saiu de cabeça baixa, deu dois tapinhas nos meus ombros. Balançou a cabeça negativamente e nada me disse, continuando sua traje-tória até sair do prédio. Mi-nha perna bambeou e ainda pensei que haveria jeito de transportá-la até Presidente Prudente, porém, uma enfer-meira me explicou que ‘Não seria mais necessário’. Um coágulo, que se desprendeu de varizes, havia chegado

até o pulmão pela corren-te sanguínea provocando a morte. Sem saber como agir; sem saber o que pensar; sem saber o que dizer; sem saber o que fazer, saí dali cambale-ante. Arrasado! Fui a pé para casa. As pernas caminhavam como se estivessem em uma esteira. Parecia que eu não saia do lugar. Porém, aos poucos, um filme estranho começou a ser projetado na minha mente. Toda a nossa vida: de namoro, de noivado e de ‘casado’ foi relembrada. O que fazer agora para cuidar dos filhos sem Isautina? O que mais me perturbou foram as brigas desnecessárias que tivemos ao longo da nossa convivência. Todas fúteis”.

Agora, as noites passaram a ser um tormento. De muita, muita solidão. Na cama vazia durmo abraçado a um tra-vesseiro. Isautina foi embora no dia do meu aniversário. Muitos casais alcançam tudo que querem financeiramente. No entanto, não dão valor a convivência mútua que foi preparada por Deus. Diga: meu companheiro (a) é um (a) bênção!

Brigas conjugais são inúteis

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