jornal "a manhã"

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JORNAL DE INFORMAÇÃO REGIONAL – GONDOMAR · N.º 9 · DIRECTOR: PAULO F. SILVA 0,50€ · QUINTA-FEIRA, 15 DE NOVEMBRO DE 2012 Associação da chefe de Divisão da Câmara recebe 43 mil euros Hospital-Escola Fernando Pessoa abre portas à população no próximo dia 1 PÁG. 8 Presidentes de Junta recusam ser “coveiros” das suas freguesias Fernanda Vieira anuncia recandidatura à Junta de Fânzeres PÁG. 14 J. PAULO COUTINHO Executivo aprovou por unanimidade subsídio para a Gondomar Social, que tem sede na Loja Social da autarquia e vai utilizar um edifício cedido pela Câmara por 25 anos Vereador Fernando Paulo garante que está tudo legal, que “não há conflito de interesses” e diz que a autarquia sempre “dinamizou a criação de associações” Movimento de Valentim Loureiro e PSD a caminho de uma coligação PÁG. 6 Marco Martins confirmado amanhã como candidato do PS à Câmara PÁG. 5 1.º Rali Sprint vai para a estrada no domingo PÁG. 20 PÁG. 7 PÁG. 2

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Jornal de informação regional - Gondomar

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Page 1: Jornal "A Manhã"

JORNAL DE INFORMAÇÃO REGIONAL – GONDOMAR · N.º 9 · DIRECTOR: PAULO F. SILVA 0,50€ · QUINTA-FEIRA, 15 DE NOVEMBRO DE 2012

Associação da chefe de Divisãoda Câmara recebe 43 mil euros

Hospital-EscolaFernando Pessoaabre portasà populaçãono próximo dia 1

PÁG. 8

Presidentes de Juntarecusam ser “coveiros”das suas freguesias

Fernanda Vieiraanunciarecandidaturaà Junta de Fânzeres

PÁG. 14

J. PAULO COUTINHO

Executivo aprovou por unanimidade subsídio para a Gondomar Social, que tem sede na Loja Social da autarquia e vai utilizar um edifício cedido pela Câmara por 25 anos

Vereador Fernando Paulo garante que está tudo legal, que “não há conflito de interesses” e diz que a autarquia sempre “dinamizou a criação de associações”

Movimento de Valentim Loureiro e PSD a caminho de uma coligação

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Marco Martinsconfirmado amanhã como candidato do PS à Câmara

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1.º Rali Sprint vai para a estrada no domingo

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Page 2: Jornal "A Manhã"

Agostinho Silva, autarca do PSD em Jovim, mostrou-se incré-dulo com as soluções apresentadas ao Parlamento. “Jovim nunca fez parte dos parâmetros de agregação”, salientou o presidente de junta, recorrendo ao Documento Verde e à lis-ta anexa à Lei n.º 22/2012, que define os lugares urbanos do concelho. Agostinho Silva referiu que não sendo Jovim um lugar urbano, as suas afinidades são com Foz do Sousa. “Nós partilhamos um centro de Saúde e um agrupamento de escolas com Foz do Sousa, temos um Conselho Local de Acção Social que engloba Jovim Foz do Sousa e Covelo, en-tão se querem massa crítica e escala, por que é que não pro-põem a agregação destas três freguesias e fica um lugar com 15 mil habitantes”, questiona. O autarca lamenta igualmente que a população esteja alheada deste processo.

AGOSTINHO SILVA Presidente da Junta de Freguesia de Jovim

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

3A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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ACTUALReorganização administrativa do territórioa:

Presidentes de Junta unidos c ontra agregações•• PAULO ALMEIDA [Textos]•• CÂNDIDO XAVIER [Infografia]

A Unidade Técnica da Assembleia da Repú-blica já apresentou as

suas propostas, são duas, para agregação de freguesias no concelho de Gondomar. Os presidentes das juntas afecta-das cerram fileiras e afirmam que não serão os “coveiros” das suas freguesias.

À hora do fecho desta edi-ção decorria uma reunião em Baguim do Monte com os pre-sidentes de junta gondoma-renses. Uma reunião infor-mal, acolhida pelo socialista Nuno Coelho e aberta a todos os autarcas, os que vêem as suas freguesias afectadas pe-las duas propostas da Unidade Técnica (Baguim do Monte, S. Pedro da Cova, Fânzeres, Valbom, Jovim, Foz do Sou-sa, Covelo, Medas e Melres), os que não são afectados (Rio Tinto, Lomba) e aquele que defende a extinção de todas as

Rio Tinto50.713

Como ficará reestruturado o novo mapa do concelho: quem agrega e quem é agregadoAutarcas estiveram reunidos em Baguim do Monte à hora do fecho desta edição

freguesias (Gondomar S. Cos-me).

O objectivo é “discutir e, se possível, subscrever um do-cumento conjunto, no senti-do de manter a unidade ter-ritorial do concelho, para apresentar depois noutras instâncias”, informou Nuno Coelho.

O autarca esclareceu que a reunião retoma a série de en-contros mensais que os pre-sidentes de junta efectuavam desde 2005. Mas desta vez o que está em cima da mesa são os mapas de agregações de freguesias enviados à Assem-bleia da República.

PropostasA Unidade Técnica, uma co-missão criada para redesenhar o mapa administrativo local, avança com duas propostas para o concelho. Em ambos os mapas as freguesias de Gon-

domar, Valbom e Jovim são agregadas, tal como as de Me-das e Melres; Fânzeres e S. Pe-dro da Cova são agregadas e podem ainda agregar Baguim do Monte; Foz do Sousa e Co-velo também podem ser agre-gadas; Lomba e Rio Tinto não sofrem alterações.

A Assembleia Municipal de Gondomar aprovara em Setembro, por unanimida-de, um documento a enviar àquele órgão, manifestando-se contrária a qualquer altera-ção ao mapa concelhio, con-siderando o município “uma organização administrati-va coesa, adequada, equili-brada e estável”. Entretanto, vários autarcas confirmaram que os partidos com represen-tação na Assembleia Munici-pal solicitaram já a marcação de uma reunião extraordiná-ria para discutir a reorganiza-ção administrativa.

Quase unanimidade contra agregações • Reacções diversas entre presidentes de Junta

Daniel Vieira, autarca em S. Pedro da Cova, a única fre-guesia da CDU na Área Metropolitana do Porto, entende que nada está decidido e cabe agora às populações, jun-tamente com os autarcas, derrotar as propostas. “Este processo visa liquidar o poder local democrático que saiu do 25 de Abril”, através da redução de eleitos e da representatividade das populações, através da perda de serviços públicos, afirmou o autarca. “Este processo não faz sentido nenhum, desde logo por-que a Unidade Técnica não cumpre os requisitos legais para o seu funcionamento”, adiantou Daniel Vieira, lem-brando que as associações nacionais de municípios e de freguesias nem sequer estão representadas naquele ór-gão, que apelidou de “incompetência técnica”.

DANIEL VIEIRA Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova

Fernanda Vieira, autarca do PS em Fânzeres, afirmou que é preciso aguar-dar para se perceber o desfecho deste processo, mas não acredita que a re-organização autárquica seja bem suce-dida. “Há muitos passos que ainda não foram dados, aguardemos para ver o que os partidos na Assembleia da Re-pública têm para dizer”, referiu.

FERNANDA VIEIRA Presidente da Junta de Freguesia de Fânzeres

A maioria dos presidentes de Junta de Gondomar é con-tra a agregação das freguesias, mas há uma voz discor-dante, a de José António Macedo, presidente em Gon-domar, eleito pelo PSD. “Eu defendo simplesmente a extinção das freguesias. Nos tempos de hoje não fazem sentido, viajo muito pela Europa e tenho sempre mui-ta dificuldade em explicar o que são e por que é que du-plicam as funções dos municípios. O que eu defendo é a substituição das freguesias pelos municípios”, explicou o autarca. Questionado sobre as propostas da Unidade Técnica, afirmou que ainda não as conhecia, escusando-se a mais comentários. Disse que esperava estar na reu-nião de ontem para explicar uma vez mais aos seus con-géneres o seu ponto de vista, “se me quiserem ouvir”.

JOSÉ ANTÓNIO MACEDO Presidente da Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme)

“Eu não vou ser o coveiro da minha fre-guesia. Informei o meu partido (PSD) por carta que deixarei de ser militante. Para mim, chega! Não tenho mandato para ser coveiro, nem tenho palas só para olhar para a frente”, afirmou José Gonçal-ves, presidente da Junta de Freguesia de Valbom. O autarca contesta a agregação da freguesia e já havia ameaçado várias vezes entregar o cartão de militante.

JOSÉ GONÇALVES Presidente da Junta de Freguesia de Valbom

MAIA

PORTO

VILA NOVA DE GAIA

SANTA MARIA DA FEIRA

AROUCA

CASTELO DE PAIVA

VALONGO

PAREDES

PENAFIEL

Baguim do Monte14.102

Fânzeres23.108

S. Pedro da Cova

16.478GondomarS. Cosme27.047

Valbom14.407 Jovim

7146

Foz do Sousa6054

Covelo1647

Medas2129

Melres3691

Lomba1505

MAPAACTUAL12 Freguesias

Esta solução, apresentada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT), corresponde à estritaaplicação das percentagens e proporções previstas no art. 6.º, n.º 1, da Lei n.º 22/2012

A UTRAT considera que a Proposta B constitui a resposta mais adequada para a reorganização administrativa pretendida para o muncípio

PROPOSTA

A7 Freguesias

PROPOSTA

B7 Freguesias

Agrega

Baguim do MonteFânzeres

Agrega

MedasMelres

Agrega

Gondomar (S. Cosme)JovimValbom

Agrega

FânzeresS. Pedro da Cova

Agrega

Gondomar (S. Cosme)JovimValbom

Agrega

Foz do SousaCovelo

Agrega

MedasMelres

A segunda proposta da UTRAT, apesar de reduzir o número de freguesias do concelho, utiliza diferentes proporções das previstas na Lei n.º 22/2012.Esta solução atende às especificidades territoriais do município e tem por base os objectivos e princípios previstos nos artigos 2.º e 3.º da mesma lei.

PARÂMETROS DE AGREGAÇÃO (art. 6.º, Lei n.º 22/2012)

1. Em cada município de nível 1 [como Gondomar], uma redução global do respectivo número de freguesias correspondente a, no mínimo, 55 % do número de freguesias cujo território se situe, total ou parcialmente, no mesmo lugar urbano ou em lugares urbanos sucessivamente contíguos e 35 % do número das outras freguesias.2. Da reorganização administrativa do território das freguesias não pode resultar a existência de freguesias com um número inferior a 150 habitantes.

FONTE: UTRAT, INE

Page 3: Jornal "A Manhã"

Marco Martins “arruma” concorrentes do PS e baralha contas dos adversários políticosSocialistas acreditam que pela mão do actual presidente da Juntade Freguesia de Rio Tinto vão ganhar as eleições para a Câmara

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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GONDOMARPoder Local | Sociedade | Culturag:

•• ORLANDO CASTRO

O nome de Marco Mar-tins, actual presidente da Junta de Freguesia

de Rio Tinto, será formalmen-te aprovado, amanhã, como candidato do Partido Socia-lista à Câmara Municipal de Gondomar. Apoiado de forma clara, mais de dois terços, pelos membros da Comissão Política Concelhia, conta também com o apoio da Distrital e do pró-prio secretário-geral, António José Seguro.

A escolha de Marco Mar-tins, embora não sendo unâ-nime, afigura-se como a mais consensual entre os socialistas e corresponde, como até os ad-versários reconhecem, a uma aposta muito forte para levar o PS novamente à Presidência da Câmara.

Embora de forma implíci-ta (ver peça sobre a coligação entre PSD e o Movimento In-dependente “Valentim Lourei-ro – Gondomar no Coração”), os seus principais opositores te-mem que não seja possível en-contrar um candidato que pos-sa derrotar Marco Martins.

A jogada de antecipação do PS de Gondomar, ao avançar com a candidatura do autarca de Rio Tinto, abortou outras estratégias que se cozinhavam nos areópagos partidários ex-teriores ao concelho, levando a que as eventuais pretensões da deputada e ex-secretária de Estado dos Transportes no Governo de José Sócrates, Ana Paula Vitorino, ou até mesmo da deputada Isabel Santos, re-colhessem ao tinteiro.

Recorde-se que Isabel San-tos, a propósito da que pode-ria ser a sua recandidatura, disse (em declarações ao “Pú-blico”) que “(…) tendo em con-ta os apelos que tenho recebi-do, alguns até fora do partido, aguardo para ver o projecto autárquico que o partido tem para o distrito”.

Marco Martins, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto desde 2005, cargo para o

qual foi reeleito em 2009 com a maior votação de sempre, sen-do neste mandato o autarca de freguesia eleito com maior nú-mero de votos, aumentou mui-to a parada com esta candida-tura, mesmo sabendo que é um dos jovens políticos com quem o partido conta para voos ain-da mais altos.

Embora ainda não se co-nheça a estratégia eleitoral, nem a equipa que Marco Mar-

tins irá apresentar, fontes so-cialistas locais adiantam que o projecto passará por algumas das áreas que o autarca tem defendido como o ambiente, a mobilidade e a transparência da gestão.

Contactado pelo “A Ma-nhã”, Marco Martins reme-teu declarações para depois da formalização da sua aprovação como candidato, “em respeito pelos órgãos do PS”.

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

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Poder Local :g

“Há 2 ou 3 dias, uma pes-soa da minha família mais próxima sentiu-se mal e te-ve de chamar o INEM para ir ao Hospital. Minutos depois, chegava um veículo dos Bom-beiros Voluntários da Areosa. A conduzi-lo, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tin-to, Marco Martins, voluntário naquela corporação.

Não é de hoje que Mar-co Martins, eleito pelo PS nos últimos 2 mandatos (…) dá extraordinários exemplos de cidadania e de nobreza na actuação política. Muitos dos seus actos passarão desperce-bidos na espuma das notícias, mas a política de proximidade que exerce em relação àque-les que o elegeram faz de si um exemplo notável. Não me es-quecerei – não sendo por isso que o elogio – da forma célere como resolveu o problema do estacionamento selvagem em cima dos passeios na rua em que habito. Mesmo não sendo essa uma das suas atribuições.

As Juntas de Freguesia podem muito pouco no actu-al xadrez autárquico nacional. E num momento em que o Ministro da Propaganda se pre-para para extinguir centenas de freguesias, Marco Martins de-monstra à saciedade o quanto poderia fazer uma Junta de Freguesia se dotada das com-petências necessárias. Quem não se lembra da forma como Marco Martins, de novo extra-vasando as suas competências, conseguiu negociar com os STCP a passagem de uma car-reira à porta do deslocado Centro de Saúde, resolvendo assim o problema de milhares de utentes.

Foi por tudo isto que decidi dar um exemplo positivo na po-lítica portuguesa – e ainda por cima de uma área que não a mi-nha, a do PS. Precisávamos de mais gente deste calibre neste depauperado regime democrá-tico em que vivemos.” In: http://aventar.eu

UM TESTEMUNHOValentim Loureiro recorre da setença de perda de mandato

Não se conhece a estratégia eleitoral ou a equipa de Marco Martins, mas o projecto passa por algumas das “bandeiras” do autarca

do Tribunal da Relação poderá recorrer para o Supremo Tri-bunal de Justiça e depois, even-tualmente, para o Constitucio-nal.

Autarca avança para instâncias superiores e se perder pode candidatar-se novamente à Câmara

•• PAULO ALMEIDA

O Tribunal de Gondo-mar informou a Co-municação Social que

a sentença do caso “Apito Dou-rado”, onde consta a pena de perda mandato do presidente da Câmara por um crime de prevaricação, transitou em jul-gado em Junho.

O trânsito em julgado de uma sentença permite que o tribunal abra um processo de execução de pena, mas tam-bém permite que o arguido re-corra para tribunais superio-res, que foi o que fez Valentim Loureiro. Fonte ligada ao pro-cesso revelou ao “A Manhã” que o autarca deu entrada no Tribunal da Relação do Porto de um recurso onde contesta a perda de mandato.

A defesa do presidente da Câmara sustenta que a perda de mandato é uma pena inú-til ou de impossível execução, uma vez que o acórdão do Tri-bunal de Gondomar, em 2008, referia expressamente que Va-lentim Loureiro era condena-do a perder o mandato “que neste momento exerce”, pelo crime cometido em 2003, não obstante ter sido reeleito em 2005. Os advogados do autar-ca entendem que o mandato em causa é o de 2005-2009. Tanto que nunca recorreram da condenação na segunda instância.

Todavia, parece difícil que Valentim Loureiro seja afasta-do da Câmara Municipal até às eleições de Outubro do pró-ximo ano, uma vez que depois

PREVARICAÇÃO. Valentim Loureiro foi condenado por um crime de prevaricação, no âmbi-to do processo “Apito Dourado”, punido com perda de mandato. Este crime designa abuso no exer-cício de funções, cometendo in-justiças ou lesando os interesses que devia acautelar. O autarca foi condenado por ter adjudicado a produção de uma revista munici-pal à empresa Global Design, de José António Ferreira, acedendo ao pedido feito pelo pai do em-presário, António Ferreira, ambos também condenados. O concur-so estava adjudicado a outra em-presa, mas a decisão foi alterada.

NOVA ACUSAÇÃO. O pre-sidente da Câmara, entretanto, voltou a tribunal indiciado em nova acusação de prevaricação, revelou a Agência Lusa, a se-mana passada. A acusação sur-ge por o autarca alegadamen-te ter incorrido em omissão, ao não proferir despacho de licen-ciamento de construção requeri-do pela cooperativa “O Problema da Habitação”, que se queixou de tratamento discriminatório face a outros empreiteiros ou cons-trutores. “Nunca aprovei o licen-ciamento porque não estavam reunidas as condições legais”, contrapôs Valentim Loureiro.

CandidatoSe Valentim Loureiro for for-çado a abandonar a presidên-cia do município ou se desistir dos recursos, considera-se que perdeu o mandato “que neste momento exerce”. Trata-se de uma situação complexa uma vez que teria que se analisar os actos em que participou en-quanto presidente da Câmara, pois poderiam ser considerados nulos. O autarca deveria tam-bém ter que devolver os venci-mentos auferidos entre 2009 e 2012. Em princípio o novo exe-cutivo seria liderado José Luís Oliveira, que foi condenado no mesmo processo, mas pelos crimes de corrupção desporti-va activa.

Todavia, a perda de man-dato abria espaço a uma nova situação: Valentim Loureiro, se assim entendesse, poderia ser candidato às eleições autárqui-cas de 2013.

A Lei n.º 46/2005, de 19 de Agosto, que estabelece limites à renovação sucessiva de man-datos dos presidentes dos ór-gãos executivos das autarquias locais, refere expressamente que os presidentes de câma-ra ou de junta não podem ser candidatos a mais do que três mandatos seguidos. Em caso de renúncia, não poderia re-candidatar-se. Mas a lei é omis-sa no caso de perda de manda-to por sentença judicial, o que significa que poderia candida-tar-se de novo, uma vez que in-terrompia a série de três man-datos consecutivos.

Valentim Loureiro não es-teve disponível para prestar de-clarações ao “A Manhã”.

Valentim Loureiro pode recorrer, depois da Relação, para o Supremo e ainda para o Constitucional

José Luís Oliveira poderá assumir a presidência da autarquia caso Valentim Loureiro perca efectivamente o mandato

ARQUIVO “A MANHÔ

O nome de Marco Martins é formalmente aprovado amanhã pela Comissão Política Concelhia do PS

J. PAULO COUTINHO

Page 4: Jornal "A Manhã"

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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g: Poder Local

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

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Sociedade :g

•• PAULO ALMEIDA

A Câmara Municipal vai atribuir um subsídio de 43 mil euros à Gondo-

mar Social – Associação de In-tervenção Comunitária, insti-tuição fundada pela chefe de Divisão de Acção Social e Saú-de da autarquia.

O subsídio, a disponibilizar em duas tranches, visa equi-par um edifício em Baguim do Monte, para acolhimento de jovens raparigas entre os 12 e os 18 anos, que também foi ce-dido pela Câmara à associação em regime de comodato, du-rante 25 anos.

A Gondomar Social foi constituída em Julho de 2010 no cartório notarial que per-tence ao marido da vereado-ra Daniela Himmel, filha de Valentim Loureiro, e passou a figurar no registo das insti-tuições inscritas no Conselho Local de Acção Social, em De-zembro do mesmo ano. A sede da instituição é a mesma da Loja Social da autarquia.

A associação, fundada pela chefe de Divisão de Acção So-cial e Saúde, Helena Isabel Sousa Loureiro, por Catari-na Conceição Fonseca Gui-marães e Maria Isabel Cos-ta Monteiro, foi reconhecida pela Direcção-Geral da Se-gurança Social como pessoa colectiva de utilidade públi-ca, em Outubro de 2010, três meses depois de constituída. Catarina Guimarães é médi-ca e foi nomeada, na semana passada, directora do Agru-pamento de Centros de Saú-de do Grande Porto II – Gon-domar.

O subsídio visa equipar um imóvel em Baguim do Monte, que pertence à Câmara Mu-nicipal, dotá-lo de condições

Câmara atribui subsídio a instituição da chefe de Divisão de Acção Social e Saúde

Movimento Valentim Loureiro e PSDformam coligação para as autárquicas

cépticos quando à exequibili-dade desta coligação, acredi-tando que o partido deveria avançar sozinho, e adiantam mesmo o nome do actual pre-sidente da Assembleia Muni-cipal, Matias Alves, como um candidato capaz de derrotar toda a concorrência, seja a do “Valentim Loureiro – Gondo-mar no Coração” ou a do Par-tido Socialista.

Matias Alves, um político

•• ORLANDO CASTRO

O PSD e o Movimento Independente “Valen-tim Loureiro-Gondo-

mar no Coração” chegaram a acordo, em termos gerais, para formar uma coligação concor-rente às próximas eleições au-tárquicas, segundo fontes das duas partes contactadas pelo “A Manhã”. Estão igualmen-te a ser feitos contactos com o CDS-PP para que este também a integre.

Os sociais-democratas de-fendem que, nesta altura, o acordo só pode ser definido a nível da corrida à Câmara Municipal, embora abarque as juntas de freguesia. Isto porque, segundo diversas fon-tes contactadas pelo “A Ma-nhã”, não se sabe se a cha-mada “Proposta Concreta de Reorganização Administrativa do Território”, elaborada pela Unidade Técnica para a Reor-ganização Administrativa do Território (UTRAT), em que Gondomar passa a ter menos cinco freguesias (passa das ac-tuais 12 para sete), vai mesmo para a frente.

Em matéria dos principais nomes que integrarão a coli-gação, o segredo continua a ser a alma do negócio. A pro-posta mais consensual é a de que a lista concorrente à Câ-mara será liderada por Fernan-do Paulo, vereador e militan-te do movimento de Valentim Loureiro, seguido por José Luís Oliveira (vice-presidente da au-tarquia e recém regressado ao PSD) e por Daniela Himmel.

Este cenário pode, contudo, ter uma nuance que integra os prós e os contras dos porme-nores da coligação, mas que se admite conste apenas de um acordo de cavalheiros entre as partes.

Os mais ortodoxos políticos do PSD mostram-se, todavia,

rá vago em Vila Nova de Gaia, e figura omnipresente em todas as movimentações do PSD no distrito do Porto.

A nível da estratégia distri-tal do PSD, as opiniões divi-dem-se quanto à razoabilida-de de o partido candidatar José Luís Oliveira. Algumas fontes admitem que, mesmo de for-ma indirecta, colocar o actual vice-presidente da Câmara de Gondomar (cargo a que che-gou como militante do movi-mento de Valentim Loureiro) na cadeira do poder, será algo improvável.

Última batalhaNo PSD de Gondomar existe uma corrente de opinião para quem, mais do que uma coli-gação, importa ter um candi-dato credível se o objectivo for de facto vencer. Se não for, ad-mitem que José Luís Oliveira terá a sua última batalha po-lítica.

Os defensores desta li-nha de pensamento acredi-tam que, como ainda há mui-to tempo, a verdade de hoje será amanhã mentira. Deposi-tam, aliás, grandes esperanças no que Marco António Costa venha a definir para Gondo-mar. Pensam, aliás, que tanto a Comissão Política Concelhia como a Distrital poderão – ao contrário do que hoje acon-tece – “tirar o tapete” a José Luís Oliveira e apostar noutro candidato.

A coligação parece ser para o PSD a única forma de der-rotar a candidatura socialista de Marco Martins. No entan-to, cresce a convicção dos mi-litantes sociais-democratas no sentido de que, com um bom candidato, o PSD sozinho não teria grandes dificuldades em vencer o PS. Os militantes anónimos dizem mesmo que se houver coligação o PS ga-nhará não por mérito próprio mas por demérito do PSD.

“UMA EXIGÊNCIA CÍVICA”Quando, em 2009, se apresen-

tou como candidato à Assembleia Municipal de Gondomar, integrado na coligação Gondomar em Boas Mãos, liderada pelo PSD, Matias Alves assumiu o estatuto de inde-pendente (“que sempre fui”).

Sobre as razões que o leva-ram a participar nesse projecto de intervenção cívica, explicou que o fazia porque: nasceu e vive em Gondomar; entende a política co-mo um serviço às pessoas; é um

cidadão independente que valo-riza a liberdade e a democracia; quer que os bens públicos sejam usados para benefício de todos os gondomarenses.

Acrescentava ainda que o fa-zia também porque os milhares de alunos que ajudou a formar durante 33 anos merecem uma política de verdade, seriedade e competência; porque acredita que Gondomar tem grandes po-tencialidades e pode sair da cauda

da área metropolitana do Porto; porque valoriza o trabalho em equipa, porque quer que Gondo-mar seja falado por boas razões; porque são precisas outras po-líticas que criem no concelho mais oportunidades de emprego, mais qualidade de vida, melhores respostas ao nível da saúde, da educação, da cultura e do lazer e, por último, porque as pessoas precisam de motivos de esperan-ça e alento.

ARQUIVO “A MANHÔ

Tudo indica que Valentim Loureiro já tenha apontado o candidato à sua sucessão: Fernando Paulo

consensualmente respeitado e reconhecido, terá sido sonda-do, mas parece pouco motiva-do para liderar o PSD na corri-da à Câmara, caso a coligação venha a não vingar.

Pedra decisiva em todo este contexto social-democrata será Marco António Costa, actual secretário de Estado da Solida-riedade e da Segurança Social, potencial candidato ao lugar que Luís Filipe Menezes deixa-

Os mais ortodoxosdo PSD acreditamque o partido deveria avançar sozinho

Vereador Fernando Paulo afirma que a situação é legal e que “não há conflito de interesses”

para acolher um “Lar Espe-cializado para Jovens” do sexo feminino, conforme um acor-do de cooperação assinado en-tre o Instituto de Segurança Social, a autarquia e a Gon-domar Social. O equipamen-to é designado por “Lar de In-fância e Juventude Gondomar Coração de Ouro”.

Experiência O vereador com o pelouro da Acção Social, Fernando Pau-lo, disse ao “A Manhã” que a situação é perfeitamente legal e que não há “conflito de in-teresses”.

“A Câmara Municipal di-namizou e fomentou sem-pre a criação de associações, orientando a sua acção para as necessidades do conce-lho”, explicou. Fernando Pau-lo adiantou que a Câmara de

Gondomar ajuda a “criar pro-jectos, dinamiza-os e depois solta-os”.

Afirmou, contudo, que a Gondomar Social foi criada para gerir aquele equipamen-to e aproveitar a experiência alcançada com a participação dos membros dos seus órgãos sociais na Comissão de Protec-ção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJR).

Destacou, por isso, o traba-lho de Helena Loureiro ou do procurador-geral da Repúbli-ca, Vitorino Queiroz, na CP-CJR, actualmente nos órgãos sociais da Gondomar Social, alertando que desempenham cargos não remunerados.

Questionado sobre a sede da Gondomar Social, que é a mesma da Loja Social da Câ-mara Municipal, Fernando Paulo afirmou que já deu or-

dem para que se alterasse a morada para o equipamento de Baguim do Monte, uma vez que o contrato de comodato com a associação foi celebra-do em Julho do ano passado. “Não fomos nós que criámos a associação, nem pagámos o seu registo”, referiu Fernando Paulo.

O vereador esclareceu que o contrato de comodato, tal como o subsídio de 43 mil eu-ros, foi aprovado por unanimi-dade em reunião do Executi-vo. Salientou que o processo de atribuição da valência foi ini-ciada quando Edmundo Mar-tinho, do PS, presidia ao Insti-tuto da Segurança Social.

O presidente da Concelhia do PS e vereador em regime de substituição, Luís Filipe Araú-jo, afirmou desconhecer o pro-cesso.

A partir de Janeiro, a Gondo-mar Social vai começar a aco-lher jovens raparigas, dos 12 aos 18 anos, sinalizadas por “comportamentos desvian-tes”. Cada utente represen-ta uma atribuição mensal de 1500 euros. O “Lar de Infân-cia e Juventude Gondomar Co-ração de Ouro” é um investi-mento próprio da Câmara, no valor de 800 mil euros, e foi concluído em 2009. Segun-do Fernando Paulo é a terceira unidade no país com estas ca-racterísticas.

COMPORTAMENTOS DESVIANTES

A Gondomar Social – Associa-ção de Intervenção Comunitá-ria tem por objectivo promover o apoio social e comunitário a crianças e jovens, famílias, protecção/apoio à terceira ida-de. A associação visa alcançar os seus objectivos através da criação de creches, de um centro de apoio temporário, de medidas de apoio às famí-lias em situação de vulnerabi-lidade, de um centro de dia e apoio domiciliário a idosos, ac-ções de promoção da saúde oral e a criação de uma rede de cuidados continuados, ac-ções de formação sócio-edu-cativas e profissionais, empre-sas de inserção e acções que visem a igualdade de género e de oportunidades.

OBJECTIVOS DA GONDOMAR SOCIAL

J. PAULO COUTINHO

Edifício em Baguim do Monte foi cedido pela Câmara à associação em regime de comodato, durante 25 anos

Page 5: Jornal "A Manhã"

Modernidade e eficiência no Hospital-Escola•• ORLANDO CASTRO [Texto]•• J. PAULO COUTINHO [Fotos]

O Hospital-Escola de Gondomar, situado na freguesia de Gondomar

S. Cosme, corresponde a um in-vestimento de 50 milhões de eu-ros da Universidade Fernando Pessoa, tem sete 7 pisos (dois subterrâneos), insere-se numa área com 35 mil metros qua-drados, dos quais ocupa mais de 5.600.

Com um total de 200 ca-mas, 60 das quais na Unidade de Cuidados Continuados (in-tegrada na rede nacional), o hospital conta com todas as va-lências médicas e cirúrgicas, ex-cepção feita à cirurgia cardio-torácica e à neurológica. Está igualmente dotado com um centro de ensaios clínicos para investigação e um outro de ana-tomia e cirurgia experimental para formação de cirurgiões, para além de três casas de par-to.

O Hospital foi concebi-do por alunos e professores da Universidade Fernando Pes-soa, é um edifício inteligente e auto-sustentável e está pre-parado para um dia nele ser possível, como pretende a Uni-versidade, leccionar o curso de medicina.

O Hospital-Escola tem como público-alvo as popula-ções carenciadas que recorrem ao Serviço Nacional de Saú-de (numa área de influência de cerca de 200 mil habitantes),

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

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Sociedade :gg: Sociedade

“Não remuneramos o capitalmas sim o trabalho”

não é só um espaço de ensino e aprendizagem, mas também de cultura e partilha com a co-munidade, sobretudo pela utili-zação de espaços como o audi-tório e a biblioteca, tendo como filosofia a tese de que mais do que tratar a doença o impor-tante é promover a saúde. O Hospital acolhe laboratórios de análises clínicas, gabinetes

de consultas de diferentes es-pecialidades, Medicina Física e de Reabilitação, blocos ope-ratórios, unidade de cuidados intensivos e até casas de par-to que são pequenos aparta-mentos onde a família se po-derá instalar.

O corpo docente é alta-mente qualificado (o rácio é de 1 professor doutorado por cada

24 alunos), tem meios didácti-cos de excelência, clínicas pe-dagógicas de Fisioterapia, Te-rapêutica da Fala, Psicologia, Psicomotricidade e Medicina Dentária.

A Unidade de Cuidados Continuados disporá de uma Unidade de Média Duração e Reabilitação e de uma Unida-de de Longa Duração e Ma-

nutenção com capacidade para 30 utentes cada.

A tecnologia é toda da Sie-mens, com mão-de-obra portu-guesa, e resulta do esforço con-junto dos sectores Healthcare e Industry, em articulação com a Universidade Fernando Pessoa, no âmbito de uma parceria es-tratégica que visa responder a todos os desafios do projecto.

entidades privadas a ministrar cursos de medicina”.

O reitor acredita, aliás, que esse momento – “apesar de já tardio” – vai chegar. “E quan-do isso acontecer teremos nes-ta área da saúde a necessária capacidade instalada, bem como todas as competências”, diz, realçando que “todo o projecto foi idealizado e cons-truído tendo como horizonte essa realidade”.

Dizendo compreender a le-gitimidade funcional de todos os que operam no mercado, Salvato Trigo garante que “to-dos quantos recorram ao Hos-pital não serão tratados como clientes ou utentes, mas como parceiros”.

De acordo com o reitor da UFP, “os custos que esses par-ceiros terão de pagar pelos ser-viços prestados serão muito in-feriores aos praticados noutros

hospitais”. Isto porque, expli-ca, “pertencendo à Fundação Fernando Pessoa, a actividade do Hospital não visa fins lu-crativos”.

Salvato Trigo justifica que a Fundação “tem que amorti-zar os seus investimentos, mas não remunera capital, apenas o faz em relação ao trabalho”.

Frisa que o Hospital-Esco-la “não tem pressões de âmbi-to comercial que possam levar a que se exija, por exemplo, um número mínimo de con-sultas”, sendo certo – garante Salvato Trigo – que “funcio-nará tendo como base a pres-tação, para além do ensino, de serviços de saúde de qualidade e não de quantidade”.

É com esta filosofia que o Hospital-Escola não faz parte do negócio da doença, “pois o seu core business é a saúde”.

Sendo um “parto” difícil,

Afirmação de Salvato Trigo a propósito do Hospital-Escola de Gondomar que abrirá as portas a 1 de Dezembro

•• ORLANDO CASTRO [Texto]•• J. PAULO COUTINHO [Foto]

O presidente do Conse-lho de Administração da Fundação Fernan-

do Pessoa e reitor da Univer-sidade Fernando Pessoa (UFP) garante que o Hospital-Esco-la “não é um projecto privado que visa disputar o mercado da doença” e dá como certo que no primeiro dia de De-zembro estará de portas aber-tas.

“É uma unidade criada para prestar cuidados de saú-de à população, mas que tem como objectivo principal ser um suporte essencial do en-sino aos alunos da Faculda-de Fernando Pessoa”, explica Salvato Trigo.

E isso foi necessário porque, “antes deste projecto, a UFP dependia em 40%, nomeada-mente através da compra aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, de serviços presta-dos por entidades exteriores e que eram essenciais para a for-mação clínica dos seus alunos”, diz Salvato Trigo.

Assumindo-se como “uma instituição de referência na área de saúde e não como mais um operador”, com o Hospital-Escola a UFP “pode garantir um ensino controla-do e de elevada qualidade e eficácia”.

Salvato Trigo mantém na primeira linha do “combate” da Fundação, “e quando Por-tugal for um país normal”, um outro objectivo que visa “criar o curso de medicina, a nível do ensino privado, mas que – acrescenta – tem sido constan-temente boicotado porque o país tem tido – ao contrário do que se passa por essa Europa fora – uma visão errada quan-to à exequibilidade de haver

Salvato Trigo tem dito que “em Portugal existe muito o hábito de estarmos sempre dependentes do Estado para tudo, esperando sempre que o Estado ajude a fazer”, um pouco ao estilo de “um país de grandes empresários, de gran-des empreendedores, desde que o Estado subsidie”.

Desta vez, “como de ou-tras”, a Universidade Fernan-do Pessoa “não esteve à espera do Estado e a única coisa que lhe pediu foi que não atrapa-lhasse”. Salvato Trigo lembra, contudo, que “não foi isso que aconteceu…”

Quanto a ser em Gondo-mar, corresponde a um velho “namoro” que agora deu em “casamento”. O reitor recor-da, aliás, que “o projecto da própria Universidade Fernan-do Pessoa era para ser lança-do em Gondomar”. E só não foi, diz, “porque a Câmara da época não foi capaz de ter a visão estratégica da actual”.

Como prova de reconheci-mento, o Hospital-Escola de Gondomar está a lançar um cartão de saúde para a popu-lação do concelho que, “em condições altamente privile-giadas”, poderá beneficiar de cuidados de saúde em con-dições similares às forneci-das pelo Serviço Nacional de Saúde.

Salvato Trigo conta que a Universidade Fernando Pes-soa apresentou à então minis-tra da Saúde, Ana Jorge, uma proposta de parceria privada-pública que, “sem risco para o Estado”, permitiria aos par-ceiros (doentes) da área de Gondomar “beneficiar des-te hospital nas mesmas con-dições que têm nas entidades da rede pública”. Mas, “como muitas outras coisas”, a pro-posta “caiu porque o Gover-no também caiu”.

Salvato Trigo garante que todos os que recorrerem ao hospital “não serão tratados como clientes, mas como parceiros”

17milhões de eurosInvestimento total

200Número total de camas, 60 das quais na Unidade de Cuidados Continuados

7Números de pisos do edifício. Dois deles são subterrâneos

35mil metros quadradosÁrea de inserção. O edifício ocupa mais de 5600 m2

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g: Sociedade

Livro de Tony Nevesrelata o papel da Igreja em Angola

Gondomar homenageouD. João de França

•• CÂNDIDO XAVIER [Texto e foto]

O bispo do Porto, D. Ma-nuel Clemente, presidiu na última sexta-feira à homena-gem prestada a João de Fran-ça Castro e Moura, natural de Gondomar, que, há 150 anos, iniciou as funções de bispo do Porto.

Junto à casa onde nasceu aquele seu antecessor, na Rua dos Carregais, D. Manuel Cle-mente, juntamente com Va-lentim Loureiro, presidente da Câmara, descerraram uma placa comemorativa e alusiva a “um dos mais ilustres filhos de Gondomar”. Mais tarde, na Biblioteca Municipal, em jeito de conferência, o nome e o percurso deste missionário estiveram em destaque.

Após as boas-vindas do padre Alípio Barbosa, pároco de S. Cosme, Valentim Lou-reiro sublinhou que D. João de França “é uma figura de rele-vo da história de Gondomar, que merece ser lembrada, va-lorizada e conhecida”.

D. Manuel Clemente pre-senteou o repleto auditório com uma muito interessante “aula de história”, destacan-do o papel de João de França para que a Igreja obtivesse au-tonomia face aos poderes mo-nárquicos da época, que che-gavam a nomear os padres titulares das paróquias.

A ideia da homenagem

“Angola - Justiça e Paz nas Intervenções da Igreja Católi-ca 1989 -2002”, é o mais re-cente livro do Padre Tony Ne-ves, apresentado no Auditório Municipal de Gondomar, e que tem prefácios de D. Ma-nuel Clemente, bispo do Por-to, e de Marcelo Rebelo de Sousa e posfácio de D. Ga-briel Mbilingi.

A obra corresponde à tese de doutoramento em Ciên-cias Políticas de Tony Neves, padre natural da Foz do Sou-sa e que depois de ordenado sacerdote, em 1989, foi mis-sionário em Angola durante a guerra civil, de 1989 a 1994.

“Angola - Justiça e Paz nas Intervenções da Igre-ja Católica 1989 -2002”, é o mais recente livro do padre

Tony Neves e, segundo Mar-celo Rebelo de Sousa, pode ser considerado um “trabalho único” pois apresenta “um conjunto de depoimentos va-liosos” e dá a conhecer uma investigação “séria e criterio-sa” sobre o ensino da hierar-quia em relação aos conceitos de Justiça e Paz.

Tony Neves diz que com esta obra quis “provar que a Igreja Católica foi uma insti-tuição muito importante no processo de paz” em Angola e que a instituição “interveio em contexto de alto risco, para reparar os danos causa-dos pela guerra”. Mais do que um estudo científico, o livro é – de acordo com o autor - uma “tese de vida”.

¬ Orlando Castro

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Sociedade :g

O cartunista do “A Manhã”, Onofre Varela, foi homena-geado no Amadora Cartoon, evento integrado no 23.º Fes-tival Internacional de Banda Desenhada, que decorreu de 27 de Outubro a 11 de Novem-bro na cidade da Amadora.

Este ano subordinado ao tema Biografia, o Amadora Cartoon expôs 23 desenhos autobiográficos do nosso cola-borador, expressamente con-cebidos para o evento.

“Eu sou a pessoa que mais sabe de mim, mas fazer dese-nhos sobre a minha vida não foi tarefa fácil, por não ser coi-sa em que alguma vez tivesse pensado... e excedi, largamen-te, o prazo que me foi dado. Mergulhei na memória e vim à tona com um punhado de de-senhos”, confessou Varela sobre a tarefa proposta.

Foi nessas duas dúzias de desenhos que o autor se ex-pôs, contando, cronologica-mente, a sua passagem pelas variadas situações, vivências e profissões, que o fizeram dese-

nhador, pintor, cartunista, cari-caturista e, mais recentemente, actor de teatro e escritor.

Onofre Varela distinguidono Amadora Cartoon

Enquadrado na comemo-ração dos seus 30 anos, a Li-por lançou no seu aniversário (dia 12), um novo portal de In-ternet. Este novo portal marca um novo momento, mais um passo em frente do projecto e da marca Lipor.

O objectivo é o de refor-çar a estratégia de ativação da marca Lipor juntos dos seus públicos externos e internos, com enfoque no posiciona-mento da marca, numa co-municação integrada entre si e

com a estratégia da organiza-ção. Gerar resultados e fortale-cer a parceria, tornar concreto aos seus públicos os conceitos e valores da marca, aproxi-mando-a e vivenciando-a.

A Lipor é a entidade res-ponsável pela gestão, valoriza-ção e tratamento dos resídu-os sólidos urbanos produzidos pelos municípios associados: Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde.

Lipor tem novo portal

A empresa Samsys, ascen-deu 11 posições (de 180 para 169) no ranking das 200 maiores empresas de ‘TI’ (Tecnologias de Informação) a ope-rar em Portugal.

Este novo pata-mar foi alcança-do duas sema-nas após ter sido reconhe-cida com o Es-tatuto de “PME Excelência” pelo segundo ano consecutivo.

A posição rela-ciona-se com o cres-cimento apresen-tado de 2010 para

2011, segundo estudo elabo-rado pela “Semana Informá-tica”, que analisou os índices

de facturação de empre-sas de ‘TI’ a operar em Portugal.

Esta subida é ain-da mais relevante de-

vido ao facto de o mercado de ‘TI’, de forma global, ter caído 4%, en-quanto a Samsys voltou a apresen-tar crescimento, desta vez de 2%.

Irmãos Soares, fundadores da Samsys, orgulhosos do trajecto

da empresa

Empresa de Rio Tinto atinge patamar de relevo nacional

A edição 2012 da Semana Europeia da Prevenção da Produção de Resíduos reali-za-se, em toda a União Eu-ropeia, entre sábado e o dia 25. Em Portugal, a iniciati-va é organizada pela Agência Portuguesa de Ambiente. A Câmara de Gondomar, preo-cupada com uma necessária mudança de atitude dos mu-nícipes face à produção de resíduos, candidatou à Sema-na de Prevenção sete projec-tos – que incentivam o acesso à informação para contribuir para a redução dos resíduos gerados, que passa, logica-mente, por optimizar as re-gras de consumo.

Prevenção de produção de resíduos

FIGURA DE RELEVO

(1830) e, mais tarde, passou à Diocese de Nanquim (onde foi investido como Vigário Geral).Foi nomeado Bispo de Claudió-polis em 1840. Um ano depois iniciou a sua actividade como Bispo de Pequim. Em 1850 par-tiu para Timor.

Regressou a Portugal em 1853 decidido a viver o resto dos dias que lhe sobravam da sua Apostolização. Mas quando a Diocese do Porto vagou, o seu nome foi considerado pela Igre-ja como digno de desempenhar a alta missão de Prelado Portu-calense, devido ao serviço pres-tado nas missões do Oriente.

Assumiu, em 1862, as fun-ções de bispo do Porto, nas quais se manteve até 16 de Ou-tubro de 1868, data da sua mor-te.

D. João de França Castro e Moura, marcou o seu Episcopa-do pela reabertura do Seminário Diocesano, no Porto, e pela rei-vindicação pela liberdade epis-copal na nomeação dos páro-cos.

D. João de França Castro e Moura nasceu em 1804, no Lu-gar da Azenha, Gondomar (S. Cosme), filho de António João de França e de Rosa da Fran-ça Castro e Moura (lavradores locais).

Em 1820 entrou para o Se-minário de Santo António, no Porto. Três anos depois rumou para o Convento de Rilhafoles, em Lisboa, para se preparar como missionário, com o ob-jectivo das missões do Oriente.

Em Abril de 1825 partiu para Macau. Dali seguiu para a China

para assinalar a comemora-ção dos 150 anos do início de funções partiu do próprio bispo do Porto, depois de vi-sitar a casa-natal de D. João de França Castro e Mou-ra, aquando da Visita Pas-toral que efectuou a Gondo-

mar, em Dezembro de 2011. Uma homenagem que, segun-do o presidente da Câmara, “é inteiramente justa, mereci-da, e que nos deu oportunida-de, além do mais, de melhor conhecermos a vida desta re-levante figura”.

D. Manuel Clemente e Valentim Loureiro no início da cerimóniaPlaca comemorativa

DIREITOS RESERVADOS

O Multiusos de Gondomar recebe nos dias 17 e 18 a 5ª edição da Portonoivos. Trata-se de uma feira de serviços e preparativos para o casamen-to onde serão apresentadas as novas tendências da moda nupcial e de serviços para o casamento. Os visitantes po-derão encontrar tudo o que necessitam para um casa-

mento de sonho, desde quin-tas, hotéis, catering, vestidos de noiva e fatos de noivo, flo-ristas, fotografia e vídeo, en-tre outros. Animação de rua e espectáculos de música e dança serão uma constante do decurso do evento que es-tará constantemente envolvi-do num ambiente de autênti-ca festa.

Portonoivos no Multiusos este fim-de-semana

Tony Neves autografa o seu último livro lançado a semana passada

Page 7: Jornal "A Manhã"

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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g: Sociedade

O último encontro do Franchise Roadshow 2012 re-aliza-se, no próximo sábado, no Hotel Vila Galé do Porto, entre as 9.30 e as 17 horas, com a apresentação de mais uma série de oportunidades de negócios para os empre-endedores e pessoas interes-sadas em criar o próprio em-prego.

Esta iniciativa foi lançada pelo Instituto de Informação em Franchising (IIF), em par-ceria com o Instituto de Em-prego e Formação Profissional (IEFP). Iniciado em Março, o Franchise Roadshow 2012 já percorreu seis capitais de dis-trito que representam 40% do poder de compra nacio-nal. Termina agora no Porto e pretende ser um impulsio-nador do empreendedorismo regional, em articulação com instituições nacionais e locais.

O Roadshow do Porto tem garantida a presença de várias marcas de “franchising” de di-ferentes sectores de activida-de. Ao todo são 14 grupos de marcas em sistema de “fran-chising”, interessadas em abrir negócios nesta região, com in-vestimento inicial a partir dos 1500 euros.

A última edição do Fran-chise Roadshow 2012 traz uma novidade: o “workshop” prático “Prepare-se para gerir um novo negócio”, onde se-rão debatidos os factores-cha-ve para analisar a viabilidade de um negócio, os erros mais comuns a evitar na criação de novos negócios, a localização dos espaços e a implementa-ção prática do negócio. Uma

formação garantida por Mar-co Lamas, “managing part-ner” da Incubit.

Este “workshop” integra-se no Franchise Roadshow, que se inicia com uma abordagem global do “franchising” como forma de criação de empre-sas, realizada pelo director do IIF, Carlos Santos, à qual se se-guem apresentações de algu-mas das empresas presentes, no painel “Conheça o meu ne-gócio em 5 minutos”.

Na parte da manhã se-guem-se ainda as intervenções “As Start-Ups no contexto Bancário” por Vitor Pereira, do Barclays Portugal, e “Ferra-mentas de apoio à gestão: im-portância e mais-valia”, pela Primavera Portugal.

A partir das 15 horas, Cé-sar Ferreira, delegado regional do Norte do IEFP, fará uma apresentação sobre os “Apoios à Criação do Próprio Empre-go”, seguindo-se Edgar Olivei-ra, da Associação Nacional de Direito ao Crédito, com uma intervenção sobre o “Micro-crédito: uma oportunidade de criar o seu próprio negócio”.

No decurso do encontro, os participantes terão ainda a oportunidade de realizar reuniões com as marcas de “franchising”, presentes nes-ta última edição do Franchi-se RoadShow. Os responsáveis das marcas irão apresentar os seus conceitos de negócio atra-vés de encontros individuais com os participantes no even-to, numa oportunidade úni-ca para ver de perto as boas oportunidades para criação de novos negócios.

Franchise Roadshow 2012 finaliza encontros no Porto

Melhor exposição de aves exóticas da Europa

Decorreu no Pavilhão Mul-tiusos, nos dias 9, 10 e 11, a 17.ª edição do “Ornishow”, uma iniciativa direccionada a todos os amantes e criadores de aves.

A edição deste ano con-tou com um número recorde de expositores/criadores: 206. Registou-se também – naque-la que foi considerada pelo júri internacional uma das melho-res exposições da Europa na secção de exóticos – o aumen-to do número de aves expostas (3100), entusiasmando, duran-te os três dias do evento, mais de 2500 praticantes e adeptos da ornitologia e confirmando o sucesso de edições anteriores.

Entre as aves expostas (con-curso e venda) puderam ver-se canários de cor e porte, exó-ticos, psitacídeos, fringilídeos, etc., que se submeteram à ava-liação de 17 juízes nacionais e internacionais.

Valentim Loureiro, Presi-dente da Câmara Municipal de Gondomar, acompanha-do pelos vereadores Fernan-

do Paulo (Desporto) e Joaquim Castro Neves (Desenvolvimen-to Económico), foi um dos vi-sitantes do “Ornishow 2012”, uma organização conjunta do Clube Ornitológico de Gon-domar, Centro Ornitológico do Porto e Clube Independen-te Ornitológico de Matosinhos, com o apoio da Câmara Muni-cipal de Gondomar.

António Rosa foi o gran-de vencedor do evento, arreca-

dando troféus em várias cate-gorias, entre os quais o Prémio Prestígio e o da secção Exóti-cos e Psitacídeos.

O Prémio Coração D’Ouro “Cor” foi entregue a Victor Je-sus e o correspondente ao “Porte” foi ganho por Fernan-do Vilela. José Fernandes con-quistou o Troféu Manuel Pinto Gonçalves e Pedro Valentim foi o vencedor do Prémio Interna-cional do Douro.

Visitantes deliciaram-se com milhares de aves em exposição no Multiusos

J. PAULO COUTINHO

Numa iniciativa da “Na-palm” (Companhia de Tea-tro Dança em Conjunto ou Alternadamente), a Biblio-teca Municipal irá ser, na noite de 15 para 16 de De-zembro, “casa e cama” para jovens dos 6 aos 12 anos.

Numa proposta mar-cadamente diferente das tradicionais, a “Napalm” propõe-se a dinamizar a ini-ciativa “Noite, Pijamas e Li-vros”. Será uma forma di-vertida e original de dar a conhecer a Biblioteca – ao mesmo tempo que se dina-mizam, noite dentro, várias actividades ligadas ao Tea-tro, à Música e à Dança.

Noite dentrocom pijamase livros

Decorreu na semana pas-sada uma “Semana bíblica” animada pelos franciscanos capuchinhos. Inspirada no tema “Os desafios da Nova Evangelização”, a iniciativa, já na sua 13.ª edição, abar-cou, essencialmente, um ci-clo de conferências. Cada dia da semana teve um tema, de-senvolvido e aprofundado por moderadores que são, pelo seu conhecimento e vi-vência, uma mais-valia para todos os participantes. A 13.ª Semana Bíblica pretendeu “despertar energias e apon-tar caminhos”. A iniciati-va realizou-se na Cripta da Igreja dos Capuchinhos.

“Os desafiosda Nova Evangelização”

Um ano depois, o Pan-da está de regresso a Gon-domar. Depois do sucesso do espectáculo de Dezem-bro de 2011, a grande fes-ta deste ano está marcada para domingo, dia 2 de De-zembro (com sessões às 11 e às 15 horas), no Pavilhão Multiusos. No ano passado o Panda foi à escola. Agora, o conhecido boneco (que dá nome a um canal de televi-são por cabo) vem a Gondo-mar acompanhado por um novo grupo de amigos: Os Caricas. A festa está assegu-rada para milhares de crian-ças (e respectivos acompa-nhantes).

Panda está de regresso a Gondomar

RECRUTA

COMERCIAL

Requisitos Viatura própria, conhecimentos básicos de informática,

disponibilidade imediata

Respostas para [email protected]

Page 8: Jornal "A Manhã"

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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ENTREVISTA • Fernanda VieiraPresidente da Junta de Freguesia de Fânzerese:

Esta é a terceira de uma série de entrevistas com os presidentes das 12 juntas de freguesia do concelho. Por ordem alfabética, de Baguim do Monte a Valbom, os vários autarcas vão expor-nos, tanto quanto possível, a “sua” freguesia, os projectos realizados e os planos para o futuro.

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

recandidata à Junta de Fregue-sia de Fânzeres.

Acredita que Fânzeres vai sobreviver à Reforma Ad-ministrativa Autárquica?

A Assembleia Municipal de Gondomar já se pronun-ciou, por unanimidade, contra a agregação de freguesias. Nós aqui, na Assembleia de Fregue-sia, também nos pronunciámos contra a agregação, por maio-ria, porque a bancada do PSD se absteve. Não sabemos como vai ficar a freguesia, aguarda-mos pela Unidade Técnica da Assembleia da República. Mas espero que Fânzeres se man-tenha, tenho lutado contra a agregação, tal como de qual-quer outra freguesia. Mas a po-pulação está alheada sobre o que pode vir a acontecer. Ti-vemos duas assembleias ex-traordinárias para discutir a agregação das freguesias e não apareceram cidadãos. Sou re-candidata à Junta de Fânze-res e estarei disponível para ser candidata se a freguesia esti-ver agregada a outra, mas es-pero que não haja alterações no mapa autárquico.

A Vila de Fânzeres reú-ne algumas das condições para ser elevada a cidade. Acha que a freguesia pode-ria ser cidade?

A elevação a cidade tem que ser proposta pela Assem-bleia da República mas, como estamos a ver, as condições do país não são as melhores para pensarmos em elevar Fânzeres a cidade. Tendo consciência do que se passa no país, numa altura em que se está a tentar agregar ou fundir freguesias, não é agora que se vai pensar nisso. Mas realmente Fânzeres merecia ser elevada a cidade.

Quanto é o orçamento anu-al da Junta?

O orçamento ronda os 435 mil euros. A Câmara Munici-pal transfere 100 mil euros, o Fundo Financeiro das Fregue-sias transferiu este ano cerca de 160 mil euros. Mas todas as

exercício dos três anos que já leva de mandato?

Sim, mas conseguimos fa-zer investimentos importan-tes. Comprámos uma carri-nha de transporte de pessoal e materiais, uma viatura mis-ta. A carrinha que tínhamos foi para a sucata. Implementá-mos e arranjámos diversos es-paços públicos, nomeadamen-te na limpeza e asseio, como são os casos do Jardim do Di-vino Salvador, do Jardim da Cal e, mais recentemente, o Largo Júlio Diniz, este com a colaboração da Câmara Mu-nicipal. É importante salien-tar, nesse domínio, o apoio prestado pelo Centro de Em-prego na afectação de recur-sos humanos e a colaboração com o Instituto de Reinserção Social, através do seu progra-ma de comutação de multas e penas leves, em trabalho co-munitário. Gostaria também de destacar o apoio em ma-terial técnico hospitalar que prestamos à nossa população, assim como a recente imple-mentação no edifício-sede de um Gabinete de Reinserção Profissional, vocacionado para prestar algum apoio aos de-sempregados, problema que, como todos sabemos, começa a atingir proporções deveras preocupantes.

O que falta fazer então du-rante este mandato?

Muita coisa. Se olharmos para o mapa de Gondomar, em especial para a sua malha urbana, reparamos que Fân-zeres ocupa uma posição mui-to central. Esta situação que poderia, numa primeira aná-lise, ser benéfica para nós, não corresponde de todo à re-alidade com que nos depara-mos nos dias de hoje. Não te-mos um corpo de bombeiros, não temos uma escola secun-dária, não temos espaços ver-des com boas infra-estruturas, não temos um auditório para eventos culturais. Portanto, o que falta fazer em Fânzeres? Quase tudo. Não estou a di-zer que devemos ter tudo isso,

Quando cheguei à presidência fui confrontada com uma questão judicial, em que tive que responder em tribunal”

Tenho conseguido gerar uma maioria de esquerda e sem contrapartidas”

transferências têm vindo a di-minuir. A título de exemplo, já está previsto em sede de pro-posta de Orçamento Geral do Estado para 2013, uma signi-ficativa redução das verbas a atribuir a Fânzeres e que ron-dará os oito mil euros. O nos-so orçamento para 2013 será sem dúvida um grande desa-fio. A maior parte das receitas da Junta provém da gestão do cemitério.

Está a considerar alguma forma de alargamento das fontes de receita da Junta de Freguesia?

É muito difícil. Os meus co-legas falam em limpeza de ter-renos particulares, mas não sei se estaremos dispostos a isso, não será uma competência da Junta. Fala-se muito que uma das competências que passa-rá para as juntas de freguesias será o licenciamento das fei-ras… Talvez sim, acho que fi-cava bem entregue às juntas de freguesia.

O Prémio Nacional de Poe-sia vai agora para a 22.ª edi-ção anual. Como surgiu a ideia de lançar um concur-so de âmbito nacional em Fânzeres?

Um dos elementos do Exe-cutivo de há 21 anos, do Par-tido Socialista, teve a ideia de que se poderia lançar um pré-mio de âmbito nacional em Fânzeres. O presidente de en-tão acolheu a ideia de bom grado e implementou-a. A partir daí todos os Executivos deram continuidade ao Pré-mio Nacional de Poesia, como forma de marcar a vida cul-tural da freguesia. É um pré-mio cada vez mais conhecido a nível nacional. Este ano ti-vemos 30 obras a concurso, e tem sido muito bem acolhido por toda a população. E foi a partir deste marco que resolve-mos avançar para a realização do Festival de Teatro Amador, “Setembro Mês do Teatro”, que já vai para a sua 3.ª edição e que tem constituído um ine-gável sucesso.

2011 23108

14362

22007

17126

2001

1991

1981

em

Número dehabitantes

2011 8371

3910

7405

5252

2001

1991

1981

em

Número defamílias

2011 10010

3964

8588

5700

2001

1991

1981

em

Número dealojamentos

2011 4241

2649

3913

3295

2001

1991

1981

em

Número deedifícios

Área:

8,05 km2

Freguesia deFÂNZERES

CÂNDIDO XAVIER – FONTE: INE

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“Sou recandidata à Juntade Freguesia de Fânzeres”Fernanda Vieira é a única mulher a presidir a uma junta de freguesia em Gondomar. Transitou da presidência da Assembleia de Freguesia de Fânzeres, no mandato anterior, para a presidência do Executivo. Começou por lidar com problemas financeiros graves, herança de executivos anteriores. Mas resolveu-os e agora anuncia a sua recandidatura.

•• PAULO ALMEIDA [Texto]•• J. PAULO COUTINHO [Fotos]

É difícil presidir à Junta de Freguesia de Fân-zeres sem maioria?

Não tem sido difícil, tenho tido sempre a aprovação unânime da esquerda. Tenho conseguido gerar uma maioria de esquerda e sem contrapartidas.

O que é que mudou com a sua chegada à presidência da Freguesia de Fânzeres?

A mudança mais significati-va, até porque tem muitas im-plicações em tudo o que a Jun-ta de Freguesia pode fazer, ou

não fazer, em prol da sua po-pulação, relacionou-se com a árdua tarefa que tivemos que proceder na regularização da situação económico-financeira da autarquia, restaurando des-sa forma a sua credibilidade.

A freguesia de Fânzeres ti-nha uma situação financei-ra delicada…

Tínhamos cerca de 90 mil euros de dívidas a fornecedo-res e tínhamos um terreno por pagar no valor de 30 mil eu-ros. Um terreno que os Execu-tivos anteriores tinham tomado conta e emprestaram à GNR, para aparcamento de viaturas apreendidas. Quando cheguei à presidência da Junta fui con-

frontada com uma questão ju-dicial, em que tive que respon-der em tribunal e, por sentença judicial, tive que pagar o ter-reno. O terreno agora já está pago e vamos fazer a escritu-ra este mês.

Não foi agradável começar o mandato a responder em tribunal.

Não, não foi. A ocupa-ção do terreno resultou de um acordo com um Executivo an-terior, que não foi cumprido, transitou para o Executivo que me precedeu e que também não cumpriu. Assim que en-trámos na Junta, tivemos que pagar as coimas e depois fomos a tribunal. Fizemos um acor-

do com o proprietário do terre-no, pagámos cerca de 800 eu-ros por mês, já está tudo pago e agora vamos fazer a escritura.

Essa situação era conheci-da da Assembleia de Fre-guesia?

Não, não era. O Executivo anterior nunca nos pôs ao cor-rente do que se estava a passar. Fomos ainda confrontados com uma situação no cemitério, ti-nham concessionado terrenos que não tinham infra-estrutu-ras; foi uma situação gravosa, porque tivemos que as fazer.

A situação económico-fi-nanceira da Junta acabou por condicionar todo o

Maria Fernanda Vieira Ferreira da Rocha é natural de Fânzeres e milita no Partido Socialista desde 1985, ano da transição do governo do Bloco Central, chefiado por Mário Soares, para o governo minoritário de Cavaco Silva. Trabalhava nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Gon-domar, de onde se reformou ao fim de 33 anos. “Ain-da sou do tempo em que os SMAS também tinham a elec-tricidade. Enquanto lá estive lidei sempre com as pesso-as, ajudava a resolver os seus problemas. Aprendi muito nos SMAS, foi uma escola de vida”, afirma.

CARTÃO DE CIDADÃO

mas pelo menos um auditó-rio e espaços verdes para que as pessoas possam usufruir do seu tempo. Agora que temos as finanças regularizadas esta-mos a pensar na forma de co-locar em prática estas ideias. Mas precisamos da ajuda da Câmara Municipal.

Vai recandidatar-se a um novo mandato?

Sim. Tenho sentido um ca-rinho muito grande dos fanze-renses no sentido de que me volte a candidatar. Pelo traba-lho que já foi feito, mas que não foi concluído, por esse sen-timento dos fanzerenses, serei

Page 9: Jornal "A Manhã"

Testemunha do “gangue de Valbom” muda a sua versão dos factos

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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CASOSPolíciac:

Arguido diz ter sido “condicionado” e “pressionado” pela Judiciária

Uma testemunha-chave no processo do “gangue de Val-bom”, respeitante a assaltos a ourives e ao homicídio tentado de um inspector da Polícia Ju-diciária (PJ), mudou a sua ver-são dos factos após ser intimi-dada por alguém ligado aos arguidos, assegurou, na sema-na passada, uma investigadora.

Perante o colectivo de juízes da 2.ª Vara Criminal do Porto, a inspectora Carla Pinto, uma das envolvidas na investigação das actividades do gangue, disse ter obtido notícia de que a teste-munha Rui Teixeira fora adver-tida para “ter cuidado” com os arguidos. Ainda segundo Car-la Pinto, a testemunha, um aju-dante de ourives, detectou que tinham desapertado os parafu-sos das rodas da sua viatura, as-sociando um facto a outro.

O ajudante de ourives terá descrito à PJ, a 3 de Setembro

de 2008, o arguido Hélder Ri-beiro como sendo o condutor de um veículo usado num assal-to a um ourives da região Cen-tro. Terá confirmado essa in-formação 15 dias depois num reconhecimento presencial, mas em anterior sessão deste julgamento disse que só o fez porque foi “condicionado” e “pressionado” pela PJ. Mesmo quando convidado a olhar to-dos os arguidos, manteve que não reconhecia qualquer um deles e garantiu que, com este seu depoimento, não estava a agir por receio.

O Ministério Público re-agiu, pedindo a convocação do inspector que dirigiu o re-conhecimento, Joaquim Go-mes, que testemunhou e negou qualquer tentativa de condicio-nar a testemunha. O tribunal decidiu já que este inspector, a testemunha e o seu advogado

da altura participarão numa acareação que, em princípio, ocorrerá na próxima sessão.

O ‘gangue de Valbom’, que já foi julgado em 2010 por vá-rios crimes, responde agora por outros actos violentos, in-cluindo assaltos a ourivesarias e a tentativa de homicídio do inspector da PJ Carlos Castro. Um encapuzado atingiu Car-los Castro a tiro de “shotgun”, em 16 de Abril de 2008, quan-do o inspector chegava a casa, na viatura pessoal, com os seus dois filhos menores. Ficou fe-rido no rosto, no pescoço e numa mão, sendo submetido já a diversas cirurgias estéticas.

Além do homicídio tentado, o processo em julgamento, com um total de 11 arguidos (um 12.º morreu entretanto), repor-ta-se a diversos episódios vio-lentos ocorridos em 2008, no-meadamente assaltos a ourives.

g: Sociedade

Três carros completamente destruídos e outros dez bastante danificados é o balanço de um incêndio que ocorreu, na sema-na passada, na garagem de um prédio da Avenida da Conduta, em Rio Tinto, Gondomar.

Cerca das 21 horas, um fumo intenso apossou-se do pré-dio, gerando o alerta e a cha-mada dos Bombeiros Voluntá-rios de Areosa/Rio Tinto, que evacuaram de imediato todos os que se encontravam nas 55 ha-bitações do imóvel. As chamas

foram rapidamente controladas, graças ao rápido acesso à gara-gem por parte dos bombeiros, o que não impediu, no entanto, a destruição de automóveis ali es-tacionados. Só já de madrugada os moradores foram autorizados a regressar em segurança às suas casas e houve mesmo quem ti-vesse optado por passar a noite em casa de familiares.

As causas do fogo são desco-nhecidas, e a Polícia Judiciária foi ao local recolher elementos para investigação.

Três carros destruídospor incêndio em garagem

BREVE. A PSP de Rio Tinto deteve, anteontem, dois indi-víduos suspeitos da prática de vários furtos por esticão pra-ticados em Gondomar e em outros concelhos do Grande

Porto. Estavam sob vigilância policial há algum tempo e aca-baram por ser interceptados, em Águas Santas, na Maia, após a prática de mais um as-salto.

ARQUIVO “A MANHÔ

Jornal “A Manhã” é distribuído nos principais postos de vendaBAGUIM DO MONTECafé Kim Kim R. D. António C. Meireles nº 1240Inpapel R. D. António C. Meireles nº 681

FÂNZERESAlberto Ferreira Vieira Largo do Soldado DesconhecidoPapelaria Metro e Meio Av. Aníbal Cavaco Silva nº 173Papelaria Soares R. Dr. Oliveira Lobo, 714Papelaria R. Guerra Junqueiro nº 1004Quiosque Bela Vista R. Alto Barreiros nº 955Quiosque da Carvalha Av. Carvalha, n.º 352Tabacaria Nelly Largo Júlio Dinis

FOZ DO SOUSA Mercearia AlmerindaGensPapelaria Skobi Jancido

GONDOMAR S. COSMECC Santo António Largo do Souto nº 70Papelaria Juvenil R. Monte Castro nº 71Papelaria Trevo R. Combatentes da Grande Guerra nº 172Papelaria R. da GandraQuiosque ElisabeteRua 5 de Outubro (junto à Câmara)

JOVIMIntermarché

MEDAS Café Tony (Repsol) EN 108

MELRES Café Luciano EN 108

RIO TINTOBazar da Estação R. da Estação nº 11Café com Letras R. Fernão Magalhães, n.º 110Café Nupa R. de PerlinhasCafé Valflores R. Vale Flores nº 653Jocorun Parque NascentePapelaria (Carpan) Rua da Estação nº 201Papelaria Cavada Nova R. Fernão MagalhãesPapelaria Central R. Monte da Giesta nº 38

Papelaria Electrónica R. D. Afonso Henriques nº 86Papelaria Freisan R. do Calvário nº 3Papelaria J. Manuel Pereira Castro R. das Areias (Padre Dehon) nº 126Papelaria Restauração R. da Restauração nº 655Papelaria Rosarita R. de Medancelhe nº 157Papelaria Rui R. Central da Giesta, nº 2Papelaria Sílvia Rua Heróis da Pátria nº 28Papelaria Tangente R. Nossa Sr.ª do Amparo nº 160Papelaria R. Estrada Nova nº 173Posto Repsol R. de RebordãosPosto Repsol R. Fernão Magalhães

Quiosque S.Bento Av. Dr. Domingos G. Sá (rotunda)Quiosque Rua da Estação (Estação CP)

S. PEDRO DA COVAPapelaria A BruxinhaR. Eduardo C. Gandra, nº 1307Posto CepsaR. S. Pedro (EN 209)

VALBOMPapelaria da Giesta R. da GiestaPapelaria Marité R. Joaquim Manuel da CostaPapelaria R. Joaquim Manuel da Costa, nº 595Quiosque 1.ª Página R. Joaquim Manuel da Costa

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

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Page 10: Jornal "A Manhã"

OPINIÃOJoão Maria Neves Pinto | Joaquim Barbosa o:

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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Duas pessoasJOÃO MARIA NEVES PINTO

Escritor

Revelei-lhe o meu nome, indaguei pelo dele, e despedimo-nos de mão es-tendida, amigavelmente.

Encontro-o volta e meia nas mi-nhas andanças pela cidade, atarefado no seu trabalho de limpar, podar e re-gar jardins, agora ao serviço da Câ-

mara Municipal. Sempre que me vê, lá vem o cumprimento reverente: “como está senhor engenheiro”? Desisti. Não seria eu que lhe iria

tirar o prazer de me cumprimentar, como bem entendia.

No quadro das nossas vidas são es-tas breves pinceladas, que pessoas de bem nos vão oferecendo, que confe-rem os retoques de valor e beleza ines-timáveis.

* nome fictício

O autor escreve de acordo com a última refor-ma ortográfica.

jetados pelos paramédicos, curam-lhe de imediato os comas alcoólicos em que repetidamente cai. E daí, parte lampeiro para mais uma dose do seu pacote. Não se deixa tratar. Já o quise-ram internar, mas não aceita, e na vez que o fizeram à força, fugiu do hospital, nu, debaixo de uma bata branca, aos tropeções através de vales e montes, para o seu lugar de eleição. Ninguém lhe tira o Lar-go do Souto.

2 Conheci o José*, há muitos anos atrás, lá para as ban-das da Encosta do Douro. É jardineiro de profissão.

De compleição miúda, seco de car-nes, olhos expressivos, que se encai-xam num rosto simpático.

Da primeira vez, que a vida nas suas rotas, cruzou os nossos caminhos, fez-me conhecer uma pessoa amável, hu-milde e simpática, pelo cumprimento espontâneo, em alto e bom som: “bom dia senhor engenheiro”. Surpreendido, retribui o cumprimento, prometendo-me que conversaria com ele, da próxi-ma vez que nos encontrássemos.

Quando isso aconteceu, acabei por lhe pedir para que não me tratasse por engenheiro, por-que não era essa a minha profissão.

1 O Chico honra-se de fazer parte de um bando de alco-ólicos, sediada no Largo do Souto. São vários, de conta

incerta, porque, sabe-se lá bem por-quê, de vez enquanto estão ali, outras vezes não.

As razões por que aí se concentram são muitas, a que certamente não dei-xa de figurar em primeiro lugar, o ser aquele lugar a praça emblemática da terra. Fazem-se mostrar assim bem, di-zem a toda a gente que fazem parte da sociedade, que são pessoas como as ou-tras, que têm direitos.

As razões secundárias são também muito importantes. Perto, existem fon-tes do pacote de “tetra pack”, da sua eleição, barato, por quem estão vicia-dos, e o largo, constitui por sua vez a fonte dos seus rendimentos, no gru-tesco e gesticulado auxilio forçado, ao aparcamento das viaturas que por aí estacionam.

O grupo de alcoólicos com nome tem personagens de todo o feitio. Al-tos, baixos, silenciosos, os que ber-ram muito alto, os intelectuais que se posicionam muito eretos e com-penetrados, os que já acordam gros-sos e dormem por lá as suas sestas, e os malcriados. Em abono da ver-dade, malcriado, malcriado mesmo, é só o Chico. Mete-se com as pesso-as que passam, e à primeira respos-ta dos interpelados, insul-ta-os com um reportório que ninguém minimamen-te digno consegue admitir. Daí que, está sempre a levar na cara, e, ao primeiro sopapo, cai redondo, desmaiado.

É um “cliente” assíduo da P.S.P. e do INEM. Os líquidos miraculosos in-

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

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PORTUGAL CUMPREDE FORMA EXCELENTEE TERÁ UM FINAL FELIZ.

N ão custa admitir que a nossa divisão administrativa, que tem cerca de 150 anos, pre-cise de ser repensada. Muita

coisa mudou desde então: das vias de comunicação que encurtaram distâncias à maior participação democrática das populações na gestão da coisa pública. Não custa admitir que concelhos e fre-guesias, acabadas que foram as provín-cias e os distritos, não correspondam ao nosso tempo, tanto mais que as regiões administrativas, previstas na Constitui-ção, para descentralizar a administração e aumentar a participação das popula-ções no poder local, nunca foram con-cretizadas pelos partidos – PS, PSD e CDS – que nos têm (des)governado.

Contudo, o que o governo preten-de não passa de um disparate. Primeiro, porque não assenta numa avaliação sé-ria da situação nem no consenso das po-pulações. A divisão atual demorou qua-se 50 anos a concretizar, e mesmo assim gerou problemas. Nem a “crise”, justi-fica a pressa: todas juntas, as freguesias não gastam 1% do Orçamento do Esta-do (menos de 1 (um) cêntimo por cada euro); segundo, porque ao criar novas autarquias, as uniões de freguesias, é in-constitucional: “No continente as autar-quias locais são as freguesias, os municí-pios e as regiões administrativas”, diz a Constituição.

Por isso mereceu uma contestação ge-neralizada, em que, entre nós, se desta-cou a Junta de S. Pedro da Cova, e o seu presidente, o meu camarada Daniel Vie-ra; por isso a maioria dos municípios ig-norou a Lei, ou declarou-se contra qual-quer alteração no seu território.

Teve de ser uma Unidade Técnica (UT) a “desenhar” as propostas a apre-sentar ao Parlamento, a quem cabe, na

verdade, a capacidade de criar ou extin-guir autarquias. Como não podia deixar de ser, perante os critérios impostos, as propostas da UT já apresentadas conti-nuam a gerar disparates. Dois exemplos:

A freguesia de Baguim do Monte, que faz parte da Cidade de Rio Tinto e é, aliás, referida nos documentos da UT como “Baguim do Monte (Rio Tinto)”, passa a fazer parte da “União das Fre-guesias de Fânzeres, São Pedro da Cova e Baguim do Monte (Rio Tinto)”. Para que Baguim continue autónoma, as fre-guesias da Foz do Sousa e de Covelo te-rão de se fundir. Como se estas fregue-sias tivessem alguma coisa a ver com Baguim! Mas é isto que acontece quan-do se criam critérios sem sair dos gabi-netes e se pretende forçar a sua aplica-ção. Felizmente alguém se lembrou de que há um rio a separar a Lomba do res-to de concelho, senão a Lomba também acabava…

Quem se lembra do que se passou com o nome da Barragem que teve de se chamar “de Crestuma-Lever, por causa da rivalidade das populações, alguma vez acredita que seja possível uma “União das Freguesias de Sandim, Olival, Lever e Crestuma”? Dou um doce ao ministro se o conseguir...

Este “projeto de reforma” adminis-trativa até pode ter servido para mais uns créditos numa qualquer equivalên-cia “universitária”, mas não passa, de facto, de um disparate e de uma tentativa de empobrecer o poder local e de “criar problemas onde eles não existem”, como dizia a deliberação da Assembleia Muni-cipal de Gondomar.

Deve, por isso, ser travado de vez.

O autor escreve de acordo com a última refor-ma ortográfica.

O disparate da tentativa de extinção de freguesias

JOAQUIM BARBOSA

Linguísta

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EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA

1. Sem aviso prévio, a anterior edição deste mesmo jornal inscre-veu na sua capa um aviso de certo modo enigmático: “Informamos os nossos estimados leitores que, por motivos técnicos, a próxima edição do ‘A Manhã’ será distribuída no dia 15 de Novembro”. Assim mesmo.

Estamos, obviamente, em dívida com todos os que erguem este pro-jecto, os que nele trabalham generosamente muito para além daquilo que seria legítimo exigir-lhes, os que gratuitamente despendem do seu tempo com os seus textos de opinião e crónicas, ou com as suas fotos e as suas ilustrações, os assinantes, os leitores de uma forma geral e, cla-ro, os anunciantes.

2. Quando “A Manhã” surgiu, a 13 de Setembro último, sabía-mos o que estávamos a propor, os riscos que corríamos. E sabíamos, so-bretudo, que as dificuldades nos bateriam à porta a cada dia que pas-sasse. Assim tem acontecido, de facto. E sem surpresa.

Ora, em nome do bom equilíbrio económico e financeiro do jornal, vimo-nos obrigados a lançar mãos (literalmente!) a uma das suas com-ponentes fundamentais: a distribuição. “A Manhã” quer estar nos prin-cipais postos de venda de todo o concelho e, para uma equipa necessa-riamente reduzida como a nossa, essa tarefa traduz-se em dois a três dias de trabalho, dois a três dias que iriam comprometer a qualidade e, no li-mite, a independência noticiosa, algo que não abdicamos descurar. Daí o “aviso” de há duas semanas. Daí a assunção de que, pelo menos, até final deste ano, “A Manhã” verá o dia a cada duas semanas, às quintas-feiras, como sempre. Sem qualquer prejuízo para os leitores, assinantes e anunciantes. E no final do ano cá estaremos para dar conta do com-promisso que, até lá, conseguirmos alcançar.

Não é esta a cadência que gostaríamos de imprimir e deixar como imagem de marca do “A Manhã”. Mas, sem meias tintas ou vaidades deslocadas, é aquilo que nos é possível garantir. Com o compromisso de que tudo faremos para que o ritmo inicial seja retomado assim que possível.

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Page 11: Jornal "A Manhã"

DESPORTOSAutomobilismo | Futebol | Canoagemd:

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Um rali “low-cost”•• PAULO F. SILVA [Texto]•• CÂNDIDO XAVIER [Infografia]

E stá tudo a postos para o 1.º Rali Sprint do GAS (Gondomar Automóvel

Sport), a contar para o Crité-rio de Ralis do Norte. Um rali “low-cost”, que se disputa no próximo domingo, inspirado num modelo organizacional muito utilizado, por exemplo, na zona da Galiza.

“Os encargos com a organi-zação são muito mais baixos e, por outro lado, este rali é aces-sível a um número e a um uni-verso muito maior de pilotos”, explicou, ao “A Manhã”, Paulo Magalhães, director de prova e presidente do GAS. O raciocí-nio de Magalhães é facilmente entendível se adiantarmos que o rali tem um percurso total de 66,36 quilómetros, 20,56 dos quais em troços cronometra-dos que mais não são do que dois troços em asfalto cumpri-dos por duas vezes.

Duas PEC vezes doisCovelo e Medas recebem as duas provas especiais de classifi-cação, que recebem as designa-ções de Medas, de manhã, e de Serra das Flores, à tarde, quan-

do os troços forem cumpridos em sentido contrário.

Não surpreende, por isso, que, à hora do fecho desta edi-ção, estejam já confirmadas mais de 20 inscrições – “Estou convencido que vamos chegar às três dezenas”, arrisca Pau-lo Magalhães –, um núme-ro por si só assinalável, tendo em consideração o contexto de profunda crise económica e fi-nanceira que atravessa toda a Europa. De resto, as inscrições encerram amanhã.

Aposta na segurançaUma vez mais, “a segurança é uma aposta forte” do GAS, sendo de destacar o reforço do serviço de reboque, por forma a que a prova evolua sem per-calços, nem atrasos.

O Critério de Ralis do Norte é constituído por seis provas, duas a cargo do GAS, outras tantas da DemoPorto-Clube de Desportos Motoriza-dos do Porto e duas do Targa Clube. Para completar a sua parte, o GAS organizará, ain-da esta temporada, o Sponsor Raly Day, iniciativa diferen-te do habitual que será apre-sentada, hoje, às 21.30 horas, na Câmara Municipal de Va-longo.

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

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Futebol :d

•• PAULO ALMEIDA

F oi no último minuto de jogo que o Sousen-se conseguiu resolver a

seu favor o encontro com o S. João de Ver. E com muita sor-te, graças a um erro infantil do guarda-redes adversário. E de-pois de estar a vencer o desafio e a jogar contra dez.

O jogo começou com um ritmo alto, em tom de parada-resposta. Mesmo assim a equi-pa de Jancido, no primeiro quarto de hora, não deu mui-to espaço ao adversário e criou uma boa meia dúzia de opor-tunidades, que terminaram em bolas para fora ou nas mãos de Saul, que fez uma boa exibi-ção, apesar do erro final.

O S. João de Ver, no en-tanto, conseguiu criar perigo em jogadas de contra-ataque ou em recuperações de bola a meio campo. Ainda assim foi sempre difícil a qualquer das equipas construir jogo, muitas vezes interrompido por faltas, ainda que o árbitro pudesse ter privilegiado a condução do jogo.

Na segunda parte, o Sou-sense entrou em força, pressio-nando o adversário e conquis-tando uma grande penalidade logo aos 47 minutos, por fal-ta sobre Zé Augusto. Pauli-nho encarregou-se da marca-ção, rematou forte e colocado, a meia altura, sobre o lado di-reito, com Saul batido, mas a bola acertou em cheio no pos-te. Primeira grande oportuni-dade falhada.

A equipa de Jancido não desanimou e continuou a pres-são, que acabou por dar frutos aos 57 minutos. Telmo, na co-brança de um livre directo em frente à área do S. João de Ver, remata em jeito sobre a bar-

Sousense chega à vitóriano último minuto

reira fazendo entrar a bola do lado esquerdo. Vantagem me-recida para o Sousense.

Menos um em campoA equipa visitante reage, mas sem muita consistência. A par-tir do golo do Sousense o jogo cai nalguma monotonia, com muitas faltas a meio campo e com algumas admoestações para os visitantes.

Aos 78 minutos, Márcio, da equipa de Santa Maria da Feira, toca a bola com mão, a meio campo, e vê o primeiro amarelo. Três minutos depois trava em falta um adversário e é expulso por acumulação de amarelos.

A jogar com menos um e a cerca de dez minutos do fim tudo parecia encaminha-do para a vitória do Sousense, mas a equipa da casa fraque-jou e deixou jogar o adversá-rio. Numa jogada rápida, com a bola lançada do meio campo, Amílcar, que acabava de en-trar, remata sobre o guarda-re-des Fábio, que sai ao encontro de Salvador, mas os jogadores desentendem-se, e a bola segue para a baliza, sem protecção.

Feito o empate, o Sousense, nos poucos minutos que resta-vam, acercou-se do meio cam-po da equipa de Santa Maria da Feira e foi tentando cons-truir jogo pelos flancos. Num

Equipa de Jancido beneficiou de duas grandes penalidades e chegou a jogar contra dez

Sousense 2Telmo (57’ e 90’ g.p.)

S. João de Ver 1Amílcar (84’)

Estádio 1.º Dezembro (sintético)

Espectadores Cerca de 600

Árbitro Rui FernandesAssistentes José Rio e Henrique Parente

União Desportiva Sousense

Fábio, Salvador n, Daniel, Zé Au-gusto, Vítor Hugo, Bruno Cunha, Fi-lipe Cândido (Brian, 71’), Tiago Sil-va (Ângelo, 90’), Telmo, Paulinho e Paulo Freixo (Chico, 88’). Treinador: Paulo Menezes

Sporting Clube de S. João de Ver

Saul n, Márcio nn, Fredy n, João Pedro n, Ricardo n, Sami, Ministro n, Vítor, Machadinho, Rui Silva e Xa-vier. Treinador: Jorge Lima

O JOGO

lançamento do lado esquerdo do ataque, o guarda-redes Saul saiu em falso, carregando sobre um atacante do Sousense que procurava dominar a bola. Es-távamos no último minuto de jogo, grande penalidade que Telmo se encarregou de mar-car, em força, para o centro da baliza. Vitória sofrida para o Sousense, mas merecida.

A arbitragem foi irregular, num jogo com muitas faltas e alguns momentos de tensão entre os jogadores. A marca-ção dos penaltys não foi con-testada dentro do campo.

Sinal positivo para o público que acorreu em grande núme-ro para apoiar a equipa da casa.

J. PAULO COUTINHO

O jogo foi muito disputado e interrompido com frequência pelo árbitro

A vencer por 1-0 e com mais um jogador em campo, o Sousense foi surprendido pelo adversário e por pouco não perdeu o jogo

GAS espera chegar às três dezenas de inscrições para o seu 1.º Rali Sprint, que se realiza no domingo

PEC 3PEC 4

PEC 1PEC 2

MEDAS

Sentido:Nascente/Poente

Sentido:Poente/Nascente

COVELO

A4

1

A43

LEVRINHO

LIXA

BROALHOS

BOIALVO

SOBRIDO

CAVADAS

BRANZELO

BRANDIÃO

SARNADA

N3

19

-2

N108

N108

A4

1/

IC2

4

Rio Douro

HORÁRIO 1.ª PEC: Medas (5,14 km) 11.24 horas2.ª PEC: Medas (5,14 km) 12.27 horas 3.ª PEC: Serra das Flores (5,14 Km) 13.50 horas4.ª PEC: Serra das Flores (5,14 Km) 14.47 horas

PÓDIO

15.45horas

Page 12: Jornal "A Manhã"

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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d: Futebol

A jornada de futebol no início de Novembro, no fim-de-sema-na dos dias 3 e 4, foi para esque-cer, para as equipas de Gondo-mar. Derrotas e mais derrotas, só as equipas que estão no fim da tabela é que conseguiram al-guns resultados positivos.

Comecemos pelo Gondo-mar, da 2.ª Divisão Série 1, foi jogar a Ribeirão, Braga, e per-deu por uma bola a zero. Na Série 2, Zona Centro o Sou-sense foi a Viseu jogar com o Académico e perdeu também por uma bola sem resposta. O resultado acabou por não ser tão mau para a equipa de Jan-cido, que seguia a meio da ta-

Jornada negra a iniciar o mês

bela, porque os concorrentes directos também perderam e não houve queda na classifica-ção.

Nos distritais, na Divisão de Honra, o maior desaire foi para o S. Pedro da Cova, foi jogar à Maia, com o Nogueirense e perdeu por 3-2. A equipa mi-neira esteve a vencer por 2-0, mas uma sucessão de erros na defesa, um penalti e um auto-golo, puseram tudo a perder. É a segunda vez esta época que o S. Pedro da Cova, a vencer por 2-0, acaba a perder. Por sua vez o Sport Rio Tinto foi à Lixa perder por 2-1, um resul-tado esforçado mas insuficien-

te, que contou apenas com um golo de Hugo Morais.

Na 2.ª Divisão, Série 1, apenas o Medense alcançou um bom resultado, receben-do e vencendo o S. Romão por 2-1. Foi, aliás, a única equipa de Gondomar a sair vitoriosa nesta jornada negra. O Melres, que vinha a fazer um bom cam-peonato, com o melhor ataque da prova, perdeu com o Spor-ting de S. Vítor, por 3-2. O Es-trelas de Fânzeres, a atravessar uma época negra, sem vitórias, foi a Vilar perder por uma bola. Se o Melres tem o melhor ata-que da prova, o Estrelas tem a pior defesa. ¬ Paulo AlmeidaJornada no arranque do mês foi muito má para as equipas gondomarenses

ARQUIVO “A MANHÔ

Enquanto o Sousense pros-segue a sua época com altos e baixos mas com pendor posi-tivo, o Gondomar na 2.ª Divi-são, Zona Norte, continua sem vencer. No domingo recebeu o Fafe e cedeu um empate a zero.

Na Divisão de Honra, o S.

Pedro da Cova também cedeu um empate a zero, na recepção ao Serzedo, enquanto o S.C. Rio Tinto tem vindo a subir posições recebendo e vencen-do o Alpendorada por 3-2.

Na 1.ª Divisão, Série 2, mo-mento alto para o Ataense, que

segue agora em primeiro lugar, com dois pontos de vantagem sobre o anterior líder, o Pe-drouços. O Gens ganhou fora ao Vila Caiz por 2-3, e o Atléti-co de Rio Tinto recebeu e ven-ceu a Mocidade de Sangemil, saindo do último lugar.

Na 2.ª Divisão, Série 1, o Es-trelas de Fânzeres continua na linha de água, tendo perdido em casa por 1-4 com o Mare-chal Gomes da Costa. O Me-dense foi a Arcozelo perder por 2-1. O Melres, como não jogou, perdeu uma posição na tabela.

Ataense em primeiro

A JORNADA

Gondomar – Fafe 0-0

II DIVISÃO NORTE

CLASSIF. J V E D M S P

Mirandela 8 6 1 1 13 6 19

Desp. Chaves 8 5 1 2 12 4 16

Tirsense 8 4 4 0 12 8 16

Famalicão 8 4 2 2 14 7 14

Ribeirão 8 4 2 2 10 7 14

Limianos 8 3 4 1 7 5 13

Varzim 8 3 3 2 7 4 12

Vizela 8 3 3 2 7 5 12

Fafe 8 3 2 3 12 7 11

Padroense 8 3 2 3 5 13 11

Boavista 8 2 4 2 5 11 10

Amarante 8 2 3 3 11 9 9

Vilaverdense 8 1 3 4 4 11 6

Gondomar 8 0 4 4 5 9 4

Infesta 8 1 0 7 8 15 3

Joane 8 0 2 6 4 15 2

10º

11º

12º

13º

14º

15º

16º

Próxima jornada (9.ª): 25 Novembro · 15hInfesta – Gondomar

Sousense – S. João de Ver 2-1

II DIVISÃO CENTRO

CLASSIF. J V E D M S P

Cinfães 8 4 4 0 16 7 16

Anadia 8 5 1 2 10 5 16

3Operário 8 4 2 2 15 10 14

Benf. C. Branco 8 3 4 1 14 10 13

Sp. Espinho 8 3 4 1 6 2 13

Coimbrões 8 3 4 1 13 12 13

Ac. Viseu 8 3 3 2 10 8 12

Tourizense 8 2 5 1 12 9 11

Sousense 8 3 2 3 8 9 11

S. João Ver 8 3 1 4 11 12 10

Nogueirense 8 2 2 4 7 11 8

Cesarense 8 2 2 4 7 11 8

Pampilhosa 8 2 2 4 10 15 8

Sp. Bustelo 8 1 4 3 4 9 7

Tocha 8 1 2 5 6 10 5

Lusitânia 8 1 2 5 8 17 5

10º

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14º

15º

16º

Próxima jornada (9.ª): 25 Novembro · 15hAnadia – Sousense

S. Pedro Cova – Serzedo 0-0Rio Tinto – Alpendorada 3-2

DIVISÃO HONRA AFP

CLASSIF. J V E D M S P

Perafita 9 6 2 1 16 6 20

Lixa 9 6 0 3 14 7 18

Nogueirense 9 5 2 2 17 13 17

Barrosas 9 4 4 1 15 11 16

Rio Tinto 9 4 2 3 13 11 14

Canidelo 9 4 2 3 12 11 14

Baião 9 4 2 3 9 9 14

S. Martinho 8 3 4 1 14 11 13

Oliv. Douro 9 4 1 4 10 14 13

Serzedo 9 3 3 3 10 10 12

S. Pedro Cova 9 3 1 5 14 14 10

Alpendorada 9 2 4 3 10 13 10

Candal 8 2 3 3 4 4 9

D. Sandinenses 9 2 3 4 10 11 9

Sobrado 9 3 0 6 9 14 9

Valonguense 9 1 5 3 3 6 8

Perosinho 9 2 2 5 13 18 8

Ermesinde 9 1 2 6 10 20 5

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Próxima jornada (10.ª): 18 Novembro · 15hErmesinde – S. Pedro da CovaOliveira do Douro – Rio Tinto

CLASSIF. J V E D M S P

Leões Seroa – Ataense 1-2Rio Tinto – Moc. Sangemil 1-0Vila Caiz – Gens 2-3

I DIVISÃO SÉRIE 2 AFP

Ataense 9 5 3 1 15 7 18

Pedrouços 9 5 1 3 23 15 16

Castêlo Maia 9 4 4 1 9 6 16

SC Nun´Alvares 9 4 3 2 15 15 15

Alfenense 9 5 0 4 8 9 15

Citânia Sanfins 9 4 2 3 10 7 14

FC Vilarinho 9 4 2 3 11 10 14

Gondim-Maia 9 4 1 4 14 13 13

Gens 9 4 1 4 12 13 13

Aliança Gandra 9 3 4 2 15 11 13

Moc. Sangemil 9 3 3 3 8 8 12

AD Marco 09 9 3 2 4 10 9 11

Maia Lidador 9 2 4 3 7 9 10

Folgosa da Maia 9 2 4 3 10 13 10

Águias de Eiriz 9 3 0 6 8 14 9

CA Rio Tinto 9 2 3 4 8 11 9

Vila Caiz 9 3 0 6 12 20 9

Leões Seroa 9 2 1 6 12 17 7

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Próxima jornada (10.ª): 18 Novembro · 15hAtaense – FC VilarinhoGondim-Maia – CA Rio TintoGens SC – Leões Seroa

Est. Fânzeres – M. G. Costa 1-4Arcozelo – Medense 2-1

CLASSIF. J V E D M S P

II DIVISÃO SÉRIE 1 AFP

SC Campo 8 4 4 0 13 5 16

Inter Milheirós 8 5 1 2 11 8 16

Aldeia Nova 8 5 1 2 14 12 16

Canelas 2010 7 4 3 0 15 7 15

Os Lusitanos 7 3 4 0 14 7 13

CD Torrão 8 4 1 3 15 9 13

Melres DC 7 3 2 2 16 7 11

FC São Romão 7 3 1 3 10 11 10

At. Vilar 7 3 1 3 9 10 10

Ramaldense 8 3 1 4 8 15 10

CD Portugal 8 2 3 3 11 12 9

Medense 8 3 0 5 10 15 9

Arcozelo 7 2 2 3 12 9 8

Águas Santas 8 2 2 4 11 13 8

M. G. Costa 7 2 2 3 11 13 8

Sp. S. Vitor 7 1 1 5 10 18 4

Estr. Fânzeres 8 0 1 7 2 21 1

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Próxima jornada (9.ª): 18 Novembro · 15hSp. São Vítor– Estrelas de Fânzeres*Melres DC – CD PortugalMedense – Canelas 2010* 17 Novembro · 15h

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

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Canoagem :d

•• PAULO ALMEIDA [Texto]•• J. PAULO COUTINHO [Fotos]

M ais de 300 canoístas participaram, sába-do, no Troféu Cláu-

dio Poiares, organizado pelo Clube Náutico de Marecos e pela Federação Portuguesa de Canoagem.

A prova de homenagem ao jovem tetraplégico contou com as presenças dos dois atletas que alcançaram a medalha de pra-ta nos Jogos Olímpicos de Lon-dres, Emanuel Silva e Francis-co Pimenta.

O Troféu Cláudio Poiares é uma regata fora da época des-portiva, que permite o convívio e a participação de atletas de to-dos os escalões, sendo bastante procurada pelos clubes da bacia do Douro, da região de Aveiro e de Ponte de Lima. Mas a atrac-ção deste ano foi mesmo a pre-sença dos medalhados de Lon-dres. Emanuel Silva, atleta do Sporting, participou na rega-ta, enquanto Francisco Pimen-ta, que já regressou aos treinos, ficou em terra, a observar.

Em declarações ao “A Ma-nhã”, o atleta do Clube Náu-

Medalhados em Londres distinguidos em Jovim

Troféu Cláudio Poiares juntou 360 atletas em competição nas águas do Douro

tico de Ponte de Lima, referiu que actualmente em Portugal “a canoagem tem boas estru-turas, tem atletas com vonta-de de alcançar resultados”, de que são exemplo os resultados alcançados nos Jogos Olímpicos e no Campeonato da Europa. “Os miúdos já nos olham como exemplo e com vontade de che-gar a bons resultados”, referiu Francisco Pimenta, estudante universitário, em Ponte de Lima.

Emanuel Silva e Francisco Pimenta, convidados especiais na regata da praia de Marecos, em Jovim, receberam um troféu das mãos do vereador do Des-porto, Fernando Paulo. Tam-bém presentes na cerimónia de entrega de prémios estiveram o vereador do Ambiente Joaquim Castro Neves, o presidente da Junta de Jovim, Agostinho Sil-va, e o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Má-rio Santos.

Grandes promessasO presidente do Náutico de Ma-recos referiu que o clube conta actualmente com 77 atletas fe-derados, em todos os escalões, embora a larga maioria do volu-me de inscrições sejam de jovens

com menos de 16 anos e quase todos de Jovim. “Temos grandes promessas na canoagem como o Nuno Vieira, a Márcia Aldeias e a Bruna Correia, que são dois talentos, o Hugo Rocha... mas é preciso tempo, os miúdos pre-cisam de tempo para chegar ao melhor das suas potencialida-des”, salientou Jaime Vieira.

O responsável do clube re-feriu que ao fim de oito anos de existência – o Náutico de Ma-recos surgiu em 2004 – conse-guiram chegar ao sexto posto no ranking, num universo com mais de 60 clubes. “É muito di-fícil conseguirmos melhor que este sexto lugar, os clubes que estão à nossa frente são muito fortes e têm estruturas profissio-nais”, salientou.

O clube de canoagem, com sede em Marecos, freguesia de Jovim, necessita de uma plata-forma de acesso ao rio, um equi-pamento importante para prote-ger os atletas e o material, tendo em conta que o acesso à água se faz por uma zona rochosa. “Fal-ta-nos a plataforma, já falámos com a Câmara, com a Junta, com a Federação Portuguesa de Canoagem e vamos ver se con-seguimos”, revelou Jaime Vieira.

Cláudio Poiares com Emanuel Silva e Francisco Pimenta

Medalhados de Londres foram distinguidos pela Câmara e pelo Náutico

Maioria das equipas de Gondomar não conseguiu resultados positivos

Page 13: Jornal "A Manhã"

EDUCAÇÃO. No âmbi-to do projecto “Sentados na almofada”, as Casas da Juventude de Gondo-mar e de Rio Tinto pro-movem a sessão “Segre-dos”. Às 10 horas. Em Rio Tinto, dia 15 e em Gondomar, dia 22.

• • •

FORMAÇÃO. A Biblio-teca Municipal acolhe a oficina “Formação Prá-ticas de Escrita: Corres-pondência”, orientado por Lurdes Rocha. As inscrições são gratuitas, limitadas a um máximo de 15 participantes. Das 14.30 às 16. horas.

TEATRO. Prossegue a 13.ª edição do Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto. Este sábado, actu-ação do Grupo de Teatro Sport Clube Candalen-se, de Vila Nova de Gaia, com “Resquícios de Ori-gem”. Nas instalações do Grupo Dramático e Be-neficente de Rio Tinto, às 21.30 horas.

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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d: Futebol

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SETE DIASSugestões de 15 a 28 de Novembros:

SÁBADO, 17. O Mu-seu Mineiro de São Pedro da Cova propõe uma das exposições do projecto “Trilobites – Carlos Dias”, cujo conteúdo se baseia na representação artísti-ca de alguns exempla-res dos seres vivos que existiram no nosso pla-neta durante a Era Pa-leozóica. “Viagem ao Paleo-zóico” é uma exposi-ção inédita, onde es-tão representados al-guns animais dos perí-odos Câmbrico (Ano-malocaris; Opabinia; Pikaia e Hallucigenia), Ordovício (Trilobite e Cefalopede), Silúri-co (Eurypterídeo), De-vónico (Dunkleosteus e Ichthyostega), Car-bónico (Meganeura) e do Pérmico (Dimetro-don).

Trata-se de uma ex-posição didática que transporta o visitan-te numa “viagem no tempo”, permitin-do conhecer um pou-co mais acerca de al-guns dos primeiros se-res que habitaram o nosso planeta, assim como, a biodiversida-de desse período.Esses seres, embora ex-tintos, deixaram restos e vestígios da sua exis-tência – os fósseis –, através dos quais nos é permitido fazer esta reconstituição da vida na Terra, entre os 540 e os 250 milhões de anos antes do presente.A exposição inaugu-ra este sábado, pelas 15.30 horas, no Museu Mineiro de São Pedro da Cova e prolonga-se até ao início de Feve-reiro de 2013.

Exposiçãoteca Municipal, a partir das 15 horas, o workshop “Sobras requintadas”, orientado por Cristina Ferreira. As inscrições são gratuitas, limitadas a um máximo de 20 parti-cipantes.

DEBATE. A Associação Vai Avante organiza o se-minário “O social em de-bate VII” no âmbito da iniciativa “Envelhecer Melhor”. Auditório Mu-nicipal, a partir das 14 horas.

EXPOSIÇÃO. Inaugura-ção do “II Prémio Cartu-ne - Gondoriso”, mostra internacional organizada pela Associação Artística de Gondomar (ARGO). A exposição estará paten-te no Auditório Munici-pal até 16 de Dezembro.

• • •

TEATRO. Mais um espec-táculo integrado na 13.ª edição do Festival de Te-atro da Cidade de Rio Tinto. Actuação do Gru-po Dramático e Recreati-vo da Retorta, de Valon-go, com “A importância do Senhor Ernesto”. No palco do Grupo Dramá-tico e Beneficente de Rio Tinto, às 21.30 horas.

• • •

MÚSICA. Mais uma noite de música coral, integra-da nos Corais D’Ouro. Actuam o Coral Infan-to-Juvenil Kyrios, o Gru-

po de Jovens JoviMaisA-lém, o Grupo Coral da Ala Nun’Álvares e o Gru-po Coral Kyrios. No Au-ditório Municipal, pelas 21.30 horas.

• • •

FORMAÇÃO. Realiza-se durante a manhã, na Biblioteca Municipal, o curso “Compostagem e desperdício alimen-tar”, orientado por Cris-tina Ferreira e integrado na Semana Europeia da Prevenção de Resíduos. As inscrições são gratui-tas, limitadas a um má-ximo de 20 participantes.

LEITURA. A ‘Hora do conto’, que a Biblioteca Municipal realiza aos sá-bados, vai continuar a divulgar a obra de Maria Teresa dos Santos Silva. Em Novembro, aos sá-bados, pelas 16.30 horas, pode ouvir-se “Contos do Arco da Velha: o sa-co das nozes”, seguido de atelier de ilustração.

• • •

LEITURA. Ao longo do mês de Novembro, aos sábados, pelas 11.30 ho-ras, a Biblioteca Munici-pal, no âmbito da inicia-tiva ‘Histórias para Be-bés’, promove a leitura de “Aquiles o pontinho”, de Guia Risari. Entrada livre.

• • •

EXPOSIÇÃO. Miguel Oliveira expõe fotogra-fias, numa mostra inti-tulada “Mãe Natureza”, com organização da AR-GO. Para ver na Biblio-teca Municipal até ao fim do mês.

• • •

MÚSICA. Prosseguem os Corais D’Ouro. Este sá-bado, actuação do Coral Juvenil do Orfeão de Rio Tinto, do Orfeão de S. Pedro da Cova, do Gru-po Coral Nossa Senhora das Mercês e do Orfeão de Rio Tinto. No Audi-tório Municipal, pelas 21.30 horas.

FORMAÇÃO. “Criar e recriar presentes com re-síduos” é o mote da for-mação que a Casa da Juventude de Rio Tin-to acolhe, entre as 16 e as 18 horas, visando a transformação de resí-duos de metal e plásti-co. A actividade insere-se na Semana Europeia da Prevenção de Resídu-os e destina-se a professo-res e animadores. Obri-gatória inscrição prévia. A actividade repete-se no dia 21, na Casa da Juven-tude de Gondomar.

FORMAÇÃO. Integra-da na Semana Europeia da Prevenção de Resídu-os, realiza-se na Biblio-

DIREITOS RESERVADOS

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… O Clube Atlético de Rio

Tinto assinalou 86 anos de existência, numa sessão sole-ne, no passado dia 8. A ceri-mónia contou com as presen-ças do vereador do Desporto, Fernando Paulo, do presi-dente da Junta de Rio Tin-to, Marco Martins, do presi-dente da Junta de Baguim do Monte, Nuno Coelho, do Pre-sidente da Associação Huma-nitária dos Bombeiros de Are-osa-Rio, Correia da Silva, e do vice-presidente da Asso-ciação de Futebol do Porto, Ernesto Santos.

O presidente da Assem-bleia-geral do Atlético, Luís Silva, recordando os proble-mas que o clube atravessa, re-feriu que a questão mais pre-mente relaciona-se com a renovação do piso do cam-po de futebol, que continua a ser pelado. Essa questão foi lembrada pelo representante da Associação de Futebol do Porto e pelos presidentes de junta presentes. O represen-tante da autarquia, Fernando Paulo, manifestou a possibili-dade da Câmara em ajudar a transformar o pelado em

sintético, mas lembrou a gra-ve situação económica que o país atravessa, o que obriga a aplicação de fundos de forma muito criteriosa.

Pelado/sintéticoO Clube Atlético de Rio Tin-to, fundado em Novembro de 1926, dispõe de um campo de futebol com as dimensões má-ximas, mas pelado. Dispõe de cinco balneários no complexo desportivo e de uma bancada de dimensões generosas e com boas condições para o público.

Actualmente, afirmou Luís Silva ao “A Manhã”, o clube conta com mais de duas centenas de crianças a trei-narem futebol nas suas ins-talações e competirem nos escalões mais jovens. O res-ponsável afirmou que a co-lectividade não tem condi-ções de avançar sozinha para o relvado sintético, mas espe-ra poder alcançar esse objec-tivo dentro de um a dois anos, com a ajuda da autarquia. O C. A. Rio Tinto tem grande tradição nas camadas jovens de futebol e ainda recente-mente promoveu uma sessão

Atlético de Rio Tintoassinalou 86 anos de vida

O Clube Atlético de Rio Tin-to tem agendado uma assem-bleia-geral extraordinária para o próximo dia 2 de Dezem-bro, às 17 horas, no comple-xo desportivo. Dois pontos estão em cima da mesa: o en-cerramento da sede na Pra-ça da Estação de Rio Tinto e a análise e aprovação dos no-vos estatutos do clube.

Luís Silva esclareceu que a sede necessita de obras, mas que o senhorio não está dis-posto a fazê-las, pelo que a melhor solução será o aban-dono daquele espaço. “É isso que os sócios vão decidir”, afirmou. Relativamente aos estatutos, há necessidade de actualizá-los, uma vez que os que estão em vigor datam de 1944.

CLUBE ENCERRA SEDE NA ESTAÇÃO

de autógrafos com o antigo fu-tebolista do Sporting, Pedro Barbosa, que se iniciou nas li-des desportivas no emblema rio tintense.

O Atlético de Rio Tinto tem grande tradição nas camadas jovens de futebol

ARQUIVO “A MANHÔ

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Page 14: Jornal "A Manhã"

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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UTILIDADES Mesa Acessórios Farmácias de serviço u:

ACESSÓRIOS

Há quem, de vez em quando, vá ao cinema e… largue mais cinco euros pelo aluguer de um par de óculos a três dimensões (3D) que permite ver as imagens de modo mais profundo. Mas é possível gastar essse mesmo dinheiro (ou menos até) e resolver o assunto de uma vez. Como? Comprando óculos 3D. E isto sem falar nos problemas de higiene que estão associados àquelas duas hastes com duas lentes coloridas…Sem falar em marcas, em ofertas comerciais ou em variedade de preços – porque o mercado na internet é um universo (quase) sem fim – a verdade é que há muito por onde escolher, mas é bom que se comece pelo início…Para ver em 3D é necessário ter duas fontes de visão. Os que têm dois olhos, por exemplo, vêem a três dimensões. São os dois olhos que nos fazem ganhar a percepção da distância em relação aos objectos. Com apenas um, teremos algumas dificuldades em auferir a noção de distância.Os óculos que apresentamos são para filmes projectados nas cores das lentes, isto é, vermelho e azul. Sem óculos 3D vemos o filme com dois tons de imagem, é como se fosse uma sombra, uma canseira e uma enorme dor de cabeça. Se taparmos a lente azul, o azul desaparece do filme, porque para o nosso olho o filme só tem uma imagem. Se taparmos a lente vermelha, a experiência repete-se, mas ao contrário.Ou seja, cada olho recebe uma imagem e os dois em simultâneo causam a impressão da imagem em 3D. Quanto mais próximas estiverem as sombras azul e vermelha, mais longe estarão os objectos, e quando as sombras estiverem muito, mas mesmo muito distantes elas surgirão repentina e literalmente em cima de nós.Mas aqui chegados tome nota de um derradeiro alerta extremamente importante. Propositadamente, os cinemas não têm um ângulo comum de polarização das lentes ou de projecção das imagens: 90 graus aqui, 45 acolá e há até quem inverta os olhos… Ou seja, tudo para que sejamos obrigados a alugar os óculos deles. E mesmo se alguma mente brilhante resolver surripiar os óculos 3D do cinema corre o risco do instrumento… não funcionar em mais lado nenhum!

Óculos 3D

MESA • SABORES DE OUTONO – I

CARNEIRO. Um bom projecto está a desenhar-se no seu horizonte. Não desista dele. Poderá ter bons mo-tivos de comemoração no futuro. No amor, a sua pro-digiosa criatividade será o seu maior triunfo. Não dei-xe que a rotina tome conta dela.

TOURO. Aproveite estes dias abençoados! Você tem tudo para ser muito desejada(o). Use o seu charme para começar ou reatar aquela relação muito especial que há muito anseia. Contactos com amigos e amores estão muito favorecidos. Tome a iniciativa.

GÉMEOS. Relaxe! Caminhadas ao ar livre ajudarão a manter a forma. Uma noite de grande romantis-mo poderá proporcionar um clima de paixão intensa e entrega. Não hesite em comprometer-se numa rela-ção mais estável.

CARANGUEJO. Dias agitados. Centralize as su-as energias nas coisas fundamentais. Não se perca! Não tenha preocupações desnecessárias. Realize ca-da coisa por sua vez, se quiser que tudo saia perfei-to. Cuide do seu visual e do seu amor.

LEÃO. Intensidade no trabalho. No amor, irá per-ceber uma troca energética intensa e muito benéfi-ca. Poderá ser o princípio de uma nova paixão! Dê-lhe a melhor das atenções, para ela poder frutificar e fortalecer-se.

VIRGEM. Cuidado, se não acordar com o seu humor em alta. O presente não tem culpa do passado. Olhe em frente e prepare o futuro, controlando o seu hu-mor. As alegrias sempre atraem alegrias. Faça com que o seu dia seja o melhor.

BALANÇA. O cansaço pode incitá-la(o) a não dar a atenção necessária aos seus projectos. Não esmoreça, poderá deitar tudo a perder. Um convite poderá dar origem a novas amizades. Irá conhecer pessoas que farão parte importante do seu futuro.

ESCORPIÃO. Começará o período com entusiasmo. O sol brilhante ajudará o seu bom humor. Use a sua franqueza e honestidade para sanar conflitos familia-res que ameaçam desestabilizá-la(o). À noite, inter-rompa a rotina com um passeio.

SAGITÁRIO. Os seus colegas nem sempre a(o) com-preendem. Converse e demonstre as suas boas inten-ções. Aceite propostas válidas. A vida sentimental re-quer um pouco mais de reflexão e sinceridade. Talvez seja a hora de tomar a iniciativa.

CAPRICÓRNIO. Amizades antigas são as que perdu-ram. Ouça e ajude no que puder uma pessoa amiga que espera um conselho seu. Se tiver alguma impor-tante decisão profissional a tomar, é a altura certa. Vá jantar fora com boa(s) companhia(s).

AQUÁRIO. Prepare a casa para receber grandes ami-gos. O encontro ficará indelével na vossa memória. Cuidado com as recordações, poderá melindrar al-guém. Não se lamente demais, pois poderá ser mal interpretada(o) pelos outros.

PEIXES. Boa fase nas finanças. Oportunidade para receber quantia que há muito aguardava. Relaciona-mento amoroso problemático. Tente manter-se em sintonia com o seu par, para passar esta fase negativa. Solte-se e captará desejos do seu amor.

Horóscopo 15 a 28 de Novembro Palavras cruzadas Sudoku Difícil ****Originário do Japão, trata-se de um jogo de lógica muito simples e viciante. O objectivo é preencher o quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números em cada linha e em cada coluna. Também não se pode repetir números em cada quadrado de 3x3.

9 7 2 3

3 1

7 4 9 1

6 2 3 8

5 8 1 2

3 4 5

6 8 4 1

2 7

3 7 9 5

Soluções

HORIZONTAIS: 1 - BARRACA. PSD. 2 - AR. BASE.3 - TAPAR. 4 - UI. MANUAL. 5 - ÍM-PAR. 6 - RIO. 7 - ARGUIDO. AR.8 - TIRO. TACO. 9 - SOUSA. TE.10 - TT. RAIO. OR. 11 - AOT. OP.

VERTICAIS:1 - BAGUIM. TETA. 2 - AR. IM.AI. TO. 3 - RR. 4 - AMARGOS. 5 - PA-RIU. ORO. 6 - NA. OI. UAP. 7 - RUI. SI. 8 - BOTÃO. 9 - PAULO. 10 - SS. FACTOS. 11 - DECO. ROER.

ÓCIO Passatempos Horóscopoo:

HORIZONTAIS

1 - Casa muito ordinária. Par-tido que integra o Governo. 2 - Assembleia da República. O que serve de apoio. 3 - Cobrir com tampa. 4 - Designativa de surpresa. Que se pode mover à mão. 5 - Sem igual. 6 - Há um que tem o nome de tinto. 7 - Que ou quem foi acusa-do por prática de crime ou de infracção. Fluido que envolve a Terra.8 - Acto ou efeito de atirar. Di-nheiro (popular). 9 - Freguesia que dá pelo nome de Foz do … . A ti; à tua pessoa. 10 - Todo o terreno. Fluido eléctrico que se desprende da nuvem electriza-da. Vogal mais consoante. 11 - Soar fortemente (inv.). Abre-viatura do latim opus [obra].

VERTICAIS

1 - Freguesia de Gondomar. Glândula mamária. 2 - Apa-rência, aspecto. Nota musical (inv.). Expressão designativa de dor. Contracção dos pronome te e o. 3 - Rádio Renascença. 4 - Que tem sabor acre e de-sagradável. 5 - Partejar. Rezo. 6 - Prefixo que exprime as no-ções de afastamento, privação, negação. Fórmula de sauda-ção. Vara de madeira (inv.). 7 - Antigo guarda-redes do Fu-tebol Clube do Porto que vive em Gondomar. Nota musical. 8 - Flor antes de desabrochar. 9 - Primeiro nome do director deste jornal. 10 - Abreviatura de Sua Santidade. Contra eles não há argumentos.11 - Organização de defesa do consumidor. Os ratos são espe-cialistas nisso.

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Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012 | A Manhã

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Ainda que menos exuberante que em outras estações do ano, o Outono é uma época generosa no que diz respeito aos produtos da terra. Castanhas, marmelos, peras, maçãs, abóboras, dióspiros, cogumelos, frutos secos e silvestres, entre tantos outros, enchem-nos a cozinha e a mesa de uma paleta incomparável de cores e aromas. A Natureza é sábia, logo não é por acaso que estes alimentos surgem nesta altura do ano. Tratando-se, na sua maioria, de alimentos ricos em energia, vitaminas e sais minerais, desempenham um papel fundamental na preparação do organismo para a chegada dos rigores do Inverno.A partir desta edição, levamos os leitores numa pequena viagem pelos Sabores de Outono, através de sugestões de receitas simples e curiosas. Em semana de S. Martinho, o destaque é dado às castanhas e à sua utilização menos usual: sopa de castanhas.

FARMÁCIAS DE SERVIÇO

PERMANENTE DIA 15Farmácia do MonteValbom

DIA 16Farmácia Quinta da IgrejaFânzeres

DIA 17Farmácia MouraRio Tinto

DIA 18Farmácia CarrilhoBela Vista - S. Pedro da Cova

DIA 19Farmácia PereiraRio Tinto

DIA 20Farmácia FonsecaFânzeres

DIA 21Farmácia Silva DiasCC P. Nascente – Rio Tinto

REFORÇO DIA 15Farmácia MarquesBaguim do Monte

DIA 16Farmácia da AreosaAreosa – Rio Tinto

DIA 17Farmácia CentralGondomar S. Cosme

DIA 18Farmácia do Chão VerdeRio Tinto

DIA 19Farmácia Cruz MaiaGondomar S. Cosme

DIA 20Farmácia CentralValbom

DIA 21Farmácia MagalhãesS. Pedro da Cova

DIA 22Farmácia Bela VistaFânzeres

DIA 23Farm. Meneses NogueiraBaguim do Monte

DIA 24Farmácia S. Pedro S. Pedro da Cova

DIA 25Farmácia Nova de ValbomValbom

DIA 26Farmácia Sousa ReisRio Tinto

DIA 27Farmácia SilveiraFânzeres

DIA 28Farmácia CardosoGondomar S. Cosme

DIA 22Farmácia de AguiarAguiar – S. Cosme

DIA 23Farmácia CastroGondomar S. Cosme

DIA 24Farmácia S. CaetanoRio Tinto

DIA 25Farmácia GiestaAreosa - Rio Tinto

DIA 26Farmácia de FânzeresFânzeres

DIA 27Farmácia das OliveirasRio Tinto

DIA 28Farmácia CentralRio Tinto

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SOPA DE CASTANHAS

Ingredientes500 gramas de castanhas, 3 batatas, 1 cebola, 1 chávena de leite, um pouco de azeite e sal.

ConfecçãoDescascar as batatas e as castanhas, e escaldar estas últimas para retirar fa-cilmente as cascas mais finas. Alou-rar a cebola no azeite e juntar as ba-tatas partidas aos pedaços. Adicionar as castanhas e água suficiente para fa-zer o caldo.

Depois de cozido, reduzir a puré,

retirando previamente algumas casta-nhas inteiras, e juntar o leite. Quan-do ferver, retirar, reintroduzir as cas-tanhas inteiras previamente retirada e servir.

Nutritiva e fácil de preparar, a sopa de castanhas foi, em tempos, um dos mais populares pratos de Inverno nas zonas rurais. ¬ CCM

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Page 15: Jornal "A Manhã"

Contra ventos e marés, o Orçamento do Estado para 2013 prossegue o seu cami-nho, sem que se vislumbrem grandes alterações à proposta do Governo. Ou seja, a can-ga fiscal que o Ministro das Fi-nanças classificou como “um enorme aumento de impostos” vai mesmo ser aprovada e en-trar em vigor no início do novo ano. Paralelamente, e aos pou-cos, prosseguirá todo um rosá-

rio de medidas altamente pe-nosas para a vida das famílias, e das empresas.

De todas as polémicas que continuarão a alimentar os grandes espaços de debate po-lítico restará a questão de sa-bermos como vai o Governo tapar um buraco de pelo me-nos quatro mil milhões de eu-ros que, com as actuais previ-sões, terá de ser ultrapassado até 2014. E daqui resulta a po-

lémica instalada em torno da refundação do Estado Social em que vivemos.

Querem os portugueses continuar a beneficiar dos ser-viços que hoje o Estado lhes as-segura na saúde, na educação, nas pensões, na segurança so-cial, na defesa interna e exter-na, na justiça, nos transportes, etc, etc? Então só com uma pe-sadíssima canga fiscal.

Aceitam os portugueses cor-

tes nestas prestações e servi-ços, nomeadamente pagando mais pela saúde e pela educa-ção, e recebendo menores pen-sões e outras prestações pecu-niárias? Então estamos perante um novo modelo político, com um Estado menos assistencialis-ta, e uma sociedade mais indivi-dualista. Todas as outras alter-nativas serão um sonho lindo, e pouco mais que uma miragem na próxima década…

A Manhã | Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

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EM CIMA DA HORA

ATÉ QUINTAa5:

Queremos ou não pagar o Estado Social?

A campanha “Olhe pelas Suas Costas” promove uma ses-são de esclarecimento, amanhã, pelas 11 horas, na Universidade Sénior de Gondomar.

A palestra, dirigida por Nuno Neves, ortopedista do Hospital de São João do Por-to, pretende alertar as pessoas mais idosas de que a prevenção e o diagnóstico precoce de do-enças da coluna são fundamen-tais para ter uma melhor quali-dade de vida.

Esta iniciativa, cuja entra-da é gratuita, é aberta a toda a população que tenha interesse em participar.

“Olhe pelas suas costas” amanhã na Universidade Sénior

Impacto da greve geralsentido no concelho

A greve geral de ontem encerrou alguns balcões de atendimento e serviços pú-blicos no concelho, condi-cionando o acesso dos cida-dãos.

Os casos mais relevantes foram a paralisação dos ser-viços de secretaria, oficinas e armazéns em diversas fre-guesias, entre elas Baguim do Monte, S. Pedro da Cova e Valbom.

Em Rio Rinto, os servi-ços administrativos e técni-cos funcionaram de forma condicionada, mas os servi-ços operacionais da junta, limpezas, jardins, cemitério, encerraram por completo.

Em Fânzeres registou-se algum condicionamento dos serviços, mas estiveram todos abertos e em funcionamen-to. Em algumas juntas não houve qualquer alteração aos serviços, nem adesões à gre-ve, os casos de Covelo, Jovim, Lomba, Medas, Gondomar, Melres e Foz do Sousa.

Na Câmara Municipal, fonte do Sindicato dos Tra-balhadores da Administra-ção Local informou que a adesão à greve nos serviços

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Impressão: Empresa do Diário do MinhoRua Santa Catarina, 4A · 4710-306 BragaTiragem: 3000 exemplaresPeriodicidade: QuinzenalReg. ERC: 126269Depósito legal: 348531/12

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Director: Paulo F. SilvaDirector-adjunto: Paulo AlmeidaRedacção: Cândido Xavier, J. Paulo Coutinho (Fotografia), Onofre Varela (Cartoon), Orlando Castro, Paulo Almeida e Paulo F. SilvaGrafismo: Cândido XavierDep. Comercial: [email protected]

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Jornalista e professor universitário

MANUEL PINTO TEIXEIRA

rondou os 50%, o que é um va-lor histórico uma vez que nun-ca foi atingido em greves gerais anteriores. A mesma fonte in-dicou que no serviço de reco-lha de recolha do lixo, durante a noite, a paralisação ficou-se também pelos 50%, mas du-

rante o dia, a partir das 6 ho-ras, a adesão à greve foi total.

Ao nível escolar, parte das escolas do concelho encerra-ram, enquanto outras funcio-naram de forma condicionada, com menos professores e au-xiliares de educação. Sucedeu

o mesmo nos centros de saú-de, com atendimentos condi-cionados. Não foi possível apu-rar dados de adesão à greve na Loja do Cidadão e no Tribu-nal da Comarca de Gondomar.

Ao nível dos transportes, o impacto da adesão à greve fez-se notar. A Metro do Porto fun-cionou com serviços mínimos. Fonte da União de Sindicatos do Porto, citado pela Agência Lusa indicou que, durante a manhã, não houve composi-ções a circular em Gondomar e também nas ligações à Pó-voa do Varzim, Vila do Conde, Maia e Matosinhos. Relativa-mente à STCP, a mesma fon-te deu conta de uma “adesão histórica”, com 100% de ade-são à greve.

A greve geral foi convoca-da pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugue-ses, mas contou também com a adesão de sindicatos afectos à União Geral dos Trabalha-dores. A jornada de greve coin-cidiu com a paralisação geral convocada em Espanha, Itália, Grécia e França.

Os dados apresentados fo-ram recolhidos até ao fim da manhã de ontem.

Segundo fonte sindical, a adesão à greve nos serviços da autarquia rondou os 50%

J. PAULO COUTINHO