investigando o cristianismo

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    1. BOAS-NOVASO que estamos fazendo aqui?A Use as anotações que seguem para ministrar a Palestra 1. Você pode

    adaptá-las ao seu grupo e adicionar suas ilustrações. Se for apropriado,

    mostre o Episódio 1 ( Boas-novas ) do DVD Investigando o Cristianismo. 

    A Na página 6 do GUIA DE ESTUDO do participante, há um esboço com os

    tópicos. Incentive a turma a fazer anotações ali enquanto ouve a palestra. 

    A l v o s

    ±  Dar boas-vindas às pessoas que chegam para o curso.

    ±  Identificar e desafiar os preconceitos dos participantes sobre o Cristianismo.

    ±  Mostrar que o cristianismo são as “boas-novas” sobre Jesus Cristo (Marcos 1.1).

    ±  Desafiar o grupo a descobrir o que são as “boas-novas”, separando um tempo

    para vir a esse curso e para ler o Evangelho de Marcos.

    I n t r o d u ç ã o

    Qual a vista mais bonita que você já teve?

    Para mim provavelmente foi... (Compartilhe uma história pessoal descrevendo

    uma vista de beleza natural surpreendente.)

    Qual foi a sua?

    E quando viu o que viu, fico imaginando se você se perguntou as mesmas coisas

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    que eu... que tipo de poder teria produzido algo tão extraordinariamente bonito

    que deixa o ser humano em atitude de pura admiração e sem palavras?

    Vivemos num mundo maravilhoso.

    A milhões e milhões de quilômetros acima de nós, aparentemente, existem pelo

    menos 100 bilhões de estrelas. Essas são apenas as que estão em nossa galáxia,

    a Via Láctea. Quanto melhor nossa tecnologia se torna, mais galáxias podemos

    ver. Atualmente, os cientistas estimam que existam, pelo menos, 100 bilhões de

    galáxias no universo.

    Não são extraordinárias apenas as grandes coisas da vida, as pequenas também são.

    Você sabia que há 75 mil quilômetros de vasos sanguíneos dentro de nós e pelo

    menos 50 trilhões de células? Essas são estatísticas fantásticas! Se o DNA de

    apenas uma célula humana fosse esticado, mediria 1,80 m de comprimento.

    Então, se todo o DNA contido nas células de apenas um ser humano fosse

    esticado de um ponto a outro, ele atingiria todo o caminho até a lua. Ida e volta.

    Oito mil vezes.

    Certamente a maravilha da vida deveria levantar grandes perguntas para nós...

    O esclarecimento insensato da “existência ao acaso” explica esse mundo

    maravilhoso?

    Como a vida começou, sem antes ter uma vida para criá-la?

    E mesmo que eu decida que tudo aconteceu completamente ao acaso, por que,

    afinal, existe alguma coisa aqui? Por que existe alguma coisa... e não nada?

    A Bíblia, de forma honesta, diz que toda essa complexidade e beleza natural se

    destinam a nos indicar a direção a Deus, Aquele que criou o universo em que

    vivemos, em escala e complexidade, e o corpo em que habitamos.

    Mas é nesse ponto em que muitas pessoas se desligam. Elas podem ter

    compreendido alguma coisa da maravilha da criação, mas o cristianismo as deixa

    indiferentes.

    Muitas pessoas cortaram a ligação entre a vida e suas maravilhas, e a fé cristã.

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    Então, Marcos 1.1 nos conta que o evangelho – novas excepcionalmente boas – é

    sobre Jesus Cristo.

    Tenho de ser honesto e dizer que compreendo aqueles que julgam a fé cristã

    inútil, sem significado, desagradável, difícil de acreditar. Mas o problema é que,muitas vezes, não foi eliminada a coisa real ou verdadeira.

    Fico aborrecido com algumas das experiências oferecidas sob o nome de

    cristianismo.

    ±  Inclua um exemplo pessoal aqui – tanto de uma experiência desagradável ou negativacom o Cristianismo, que você teve ou a experiência de alguém que conhece.

    Você talvez tenha tido experiências ruins com a religião. Se for o caso, espero quefique conosco para ver quanto não religioso Jesus é. Você poderá se surpreender

    com o Jesus que vai encontrar.

    C r i s t i a n i s m o é s o b r e C r i s t o

    A partir desse versículo, você sabe sobre o que Marcos não se refere. Ele não diz

    que é o princípio do evangelho sobre ser religioso, observar as regras e ser infeliz.Não, diz que é o “princípio do evangelho de Jesus Cristo” .

    Marcos não diz que é o princípio do evangelho de “parar de pensar”. Você não

    precisa suspender suas faculdades mentais para crer em Jesus – porque Ele é uma

    pessoa real na história humana que viveu, andou e conversou. Ele é Alguém que

    pode ser examinado.

    Quando olhamos para Jesus, os jogos de adivinhação acabam. O Deus da Bíblianão é Alguém que inventamos! Não vamos aborrecer você com teorias sobre

    Deus. Não, Deus Se revelou a nós! Deus nos mostrou como Ele é enviando-nos

    Seu Filho, Jesus Cristo.

    Marcos 1.1 é um convite para ler e encontrar as melhores notícias que uma

    pessoa poderia ouvir. Se, nesse momento, você não pensa que o cristianismo é

    a melhor e mais empolgante notícia já ouvida, posso dizer novamente que você

    deve ter entendido errado. E existem muitas pessoas que fizeram a mesma coisa.

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    Essa é uma declaração corajosa de se fazer, mas permita-me assegurar-lhe que

    Investigando o Cristianismo  não foi desenvolvido para doutrinar as pessoas.

    Estamos ministrando esse curso a fim de dar a você oportunidade de ver os fatos

    por si mesmo.

    Vo c ê q u e r t e s t a r a d e c l a r a ç ã o d e M a r c o s ?

    A pergunta é: Você separa um tempo para testar a declaração de Marcos? Você

    vai aceitar o desafio de examinar para ver se ele está lhe contando a melhor

    notícia já dada?

    ±  A ilustração verdadeira a seguir mostra quanto é fácil as pessoas perderem algoimportante. Se você tiver uma ilustração pessoal ou uma que é da sua área oucultura, use-a no lugar desta.

    Com certeza, você já teve a experiência de estar andando pela avenida

    ______________________________________________________ (dê o nome

    da avenida principal em sua cidade) e recusar um folheto que alguém lhe

    ofereceu – ou pegou e o ignorou – porque achou que não era importante.

    Bem. Certa vez, um jornal britânico conduziu o seguinte experimento: um

    homem ficou do lado de fora da estação do metrô, no centro de Londres,

    distribuindo folhetos, nos quais estava a oferta de cinco libras (cerca de

    R$15,00) apenas para trazer o folheto de volta para o homem.

    Uma multidão passou por ele e, em três horas, apenas onze pessoas voltaram

     para pegar as cinco libras. As pessoas presumiram saber o que estava escrito e

     pensaram que aquilo não lhes faria nenhum bem – então, não se incomodaram

    em pegar o folheto e lê-lo.

    Meu apelo é que você não cometa o mesmo erro com a Bíblia. Se

    quiser descobrir como Deus é e como deve se relacionar com Ele,

    então isto (levante a Bíblia ou o Evangelho de Marcos) é tudo que

    você precisa.

    Nesse curso vamos descobrir, ao longo do Evangelho de Marcos, quem é Jesus,

    por que Ele veio ao mundo e o que significa segui-Lo. Essa é uma grande e

    excelente notícia.

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    ±Você poderia usar essa ilustração:

    É como admirar um carro que está à venda, e o vendedor lhe entregar a chave,

    dizendo que você pode fazer um test drive por algumas semanas, a fim de

    verificar a qualidade, ver como funciona e descobrir se realmente é um carro que

     gostaria de possuir.

    No Investigando o cristianismo, estamos dizendo: “Aqui está o evangelho escrito

    por Marcos – aqui está a chave de ignição do cristianismo. Pegue-a para um test

    drive por sete semanas. Faça qualquer pergunta que quiser, verifique a qualidade

    da visão de mundo do cristão, veja como funciona e descubra se isso faz sentido

    de vida como nada mais faz.”

    O n d e c o m e ç a M a r c o s

    A Se você já distribuiu as Bíblias ou os exemplares do Evangelho de Marcos

    ao grupo, peça que abram no capítulo 1 de Marcos. Diga o número da

     página para que ninguém fique constrangido tentando encontrar.

    Deixe-me apresentar-lhes os desdobramentos do drama do evangelho de Marcos...

    A seção de abertura do Evangelho de Marcos nos prepara para um encontro

    excepcional. No capítulo 1, versículos 2-3, Marcos cita o Antigo Testamento

    – a parte da Bíblia que aborda a história do relacionamento de Deus com a

    humanidade, da criação até o período anterior à vinda de Jesus.

    ]Leia Marcos 1.2-3

    Essas palavras foram escritas mais de 700 anos antes de Jesus ter nascido! O

    ponto ressaltado por Marcos mostra que a vinda de Jesus ao mundo não foi

    um pensamento tido por Deus posteriormente. Tais versículos indicam que

    esse sempre foi o plano. Quando Jesus veio ao mundo e iniciou Seu ministério,

    o plano de Deus estava sendo cumprido de forma precisa e com exatidão

    surpreendente.

    Marcos nos apresenta João – mais conhecido como João Batista, porque ele

    batizava as pessoas no rio Jordão. João veio preparar o caminho para Jesus, como

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    o versículo 4 mostra.

    ]Leia Marcos 1.4

    Ele era a “voz do que clama no deserto”  (v.3), que foi anunciada centenas de anosantes. Então, veja os versículos 7-8.

     

    ]Leia Marcos 1.7-8

    A menção repentina de Marcos ao Antigo Testamento mostra que o povo estava

    esperando por muito tempo a pessoa que Deus enviaria. É equivalente a esperar

    no aeroporto por um voo que está atrasado.

    A  Se possível, inclua um exemplo pessoal sobre esperar, longo tempo,

    por um voo que você realmente queria que chegasse. Ex.: porque está

    trazendo um membro da família ou um amigo que não via há alguns

    anos.

    Você quase desistiu de ter esperança, então, no painel é anunciada a chegada

    esperada, e finalmente, aparece a palavra “aterrissou”.

    É o que Marcos está dizendo. Deus havia prometido enviar um Rei. Temos asprofecias do Antigo Testamento que apontam para o lugar exato e a maneira da

    vinda.

    Marcos nos mostra como João Batista veio, de repente, para falar que a chegada

    à terra do Rei de Deus era esperada e iminente. E os versículos 9-11 são como a

    palavra no painel do aeroporto: “aterrissou”.

    O que aconteceu quando o Re i p romet idop o r D e u s c h e g o u ?

    ]Leia Marcos 1.9-11

    Foi um início surpreendente. Somos informados de que o céu se abriu, o Espírito

    Santo desceu sobre Jesus como pomba, e Deus, o Pai, anunciou: “Tu és o meu

    Filho”.

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    Claramente, Jesus é o “mais poderoso” a quem João se referia no versículo 7.

    Preciso dizer a você que encontrar o Rei prometido por Deus – Jesus – no evangelho

    de Marcos nos leva a um universo totalmente diferente. Mas quero encorajá-lo a

    perceber os eventos excepcionais que estão além da nossa habilidade e fizeramparte da cena quando Deus, o Filho, tomou a forma humana e veio para o mundo

    criado por Ele.

    Se Jesus é apenas um ser humano, o que lemos é inacreditável. Mas se Ele é

    Deus em forma humana, então não deveríamos nos surpreender quando coisas

    impressionantes acontecessem... coisas sobrenaturais.

    A m e l h o r   n o t í c i a d o m u n d o

    Você não pode perder o ponto mais importante aqui. João Batista nos diz, no

    versículo 8, que Jesus veio para batizar as pessoas no Espírito Santo. Isso significa

    trazer pessoas simples como nós para uma vida vivificante e transformada pelo

    poder de Deus.

    O ministério de João tinha limites – ele batizou com água. Marcos nos diz que...

    “Saíam a ter com ele toda a província da Judeia e todos os habitantes de

     Jerusalém”  (Marcos 1.5 ).

    As pessoas acorreram a João porque, se Deus estava voltando, elas precisavam se

    preparar, pois sabiam, pela própria experiência, que não eram quem queriam ser,

    muito menos o povo que Deus queria que fosse.

    Então, João ofereceu-lhes o batismo com água, como sinal de terem sido lavadas,

    de serem perdoadas.

    A imersão na água simbolizava a morte da pessoa para a sua antiga forma

    de viver; a emersão, o ressurgir para a vida nova. Mas João sabia que o Cristo

    ofereceria muito mais.

    “Eu vos tenho batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito

    Santo” (Marcos 1.8).

    O que João disse é absolutamente impressionante. Ele afirmou que Jesus Cristo

    não apenas ofereceria o perdão a todos que colocassem a confiança Nele, mas Ele

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    também os encheria com o Espírito Santo de Deus, que transforma radicalmente

    a vida.

    Para aqueles que sabem não ser a pessoa que desejam, menos ainda a que Deus

    gostaria que fossem, essa é a melhor, a mais extraordinária notícia do mundo.

    Ainda que tudo isso pareça um pouco demais para a semana 1 do curso, Marcos,

    em seu primeiro capítulo, nos dá um relance do final do processo, o Espírito de

    Deus vindo habitar em nós.

    É como se ele nos encontrasse no portão da fábrica onde os produtos finalizados

    são despachados. Marcos nos mostra o final do processo, mas também nos

    acompanha ao longo da linha de montagem e explica passo a passo quem é

    Jesus, quanto precisamos Dele e como podemos ter relacionamento completo efeliz com Ele.

    Isso é exatamente a razão de existir do curso Investigando o cristianismo. No

    coração da mensagem do evangelho, está a impressionante verdade de que Deus

    não permaneceu distante, mas veio até nós na pessoa de Jesus Cristo.

    Cristianismo é Cristo. Vale a pena encontrar o Jesus real. Por isso vale a pena

    investigar o cristianismo.

    Que tal fazer um test drive de sete semanas?

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    2. IDENTIDADE

    Quem é Jesus?

    A Use as anotações que seguem para ministrar a Palestra 2. Você pode adaptá-las ao seu grupo e adicionar suas ilustrações. Se for apropriado, mostre o

    Episódio 2 ( Identidade ) do DVD Investigando o Cristianismo.

    A Na página 13 do GUIA DE ESTUDO do participante, há um esboço com os

    tópicos. Incentive a turma a fazer anotações ali enquanto ouve a palestra.

    A l v o s

    ±  Ajudar o grupo a ver a evidência da identidade única de Jesus.

    ±  Mostrar que Jesus tem poder e autoridade de Deus.

    ±  Desafiar os membros do grupo a considerar essas implicações na própria vida.

    I n t r o d u ç ã o

    A Comece com uma ilustração sobre como você se enganou com a identidade

    de alguém e que o levou a tratar a pessoa de forma errada ou a ignorá-la.

    Se não tiver uma história própria, use a ilustração a seguir:

     Alguma vez você não reconheceu quem era uma pessoa... até que fosse tarde

    demais? Certa ocasião, o criador do curso Investigando o Cristianismo, Rico Tice,

    foi convidado para um almoço. Enquanto esperava do lado de fora da sala, ele

     se viu em frente a um jovem rapaz que lhe parecia vagamente familiar. Por cinco

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    minutos, ninguém disse uma palavra, embora o jovem rapaz parecesse esperar

    que Sr. Rico falasse com ele. Mas Rico Tice não sabia quem era o rapaz, então não

    disse nada. Somente quando ele saiu é que Rico Tice descobriu sua identidade –

    era o Príncipe William, futuro rei da Inglaterra.

    Rico Tice esteve em frente ao Príncipe William por cinco minutos e não disse uma

    única palavra, porque não o reconheceu. Rico Tice viu apenas um jovem rapaz.

    Não viu o futuro rei, então não aproveitou a oportunidade para relacionar-se

    com ele.

    Se errarmos a identidade de alguém, vamos nos relacionar de forma errada com

    ele. Nesta semana, no Investigando o Cristianismo, vamos examinar o que Marcos

    nos diz sobre a identidade de Jesus e por que está convencido de que Jesus é o

    único escolhido por Deus para ser o Rei. É importante que acertemos a identidade

    desse Rei – do contrário vamos nos relacionar com Ele de forma errada, ou mesmo

    ignorá-Lo completamente.

    Na semana passada, vimos que Marcos começa seu livro com as palavras:

    “Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus”  (Marcos 1.1).

    Marcos está dizendo que a mensagem sobre Jesus são “boas-novas” sobre o

    “Cristo”, o único escolhido por Deus para ser Rei. É uma declaração estupenda, por

    isso, Marcos fundamenta a ideia nos primeiros capítulos de seu livro, colocando em

    evidência quem é Jesus.

    Vamos examinar cinco maneiras usadas por Marcos a fim de revelar a identidade

    de Jesus. Cinco exemplos de evidências que mostram a conclusão de que Jesus é

    realmente o único escolhido por Deus para ser o rei.

     

    1 . J e s u s t i n h a p o d e r e a u t o r i d a d e p a r a e n s i n a r

    Marcos nos conta o que aconteceu quando Jesus foi ao lugar de culto dos judeus,

    a sinagoga.

    ]Leia Marcos 1.21-22

    O que diferenciou Jesus dos outros mestres foi Sua maneira de ensinar. Os mestresda lei não expunham o próprio material. Eles lidavam com material de segunda mão,

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    confiavam nos grandes mestres do passado e apenas os citavam ou davam opiniões

    do que tais mestres haviam falado.

    Mas quando Jesus veio e começou a ensinar, as pessoas ficaram admiradas. Ele ensinavacoisas sobre as quais elas nunca tinham ouvido. Marcos diz que elas ficaram impressio-

    nadas com a autoridade pessoal que Jesus tinha para ensinar. Aquelas pessoas estavam

    ouvindo a palavra de Deus da boca do Filho de Deus. Ouviam a Palavra sendo ensinada

    por alguém que a vivia. Ouvir Jesus era como acender uma luz na escuridão.

    Por isso as pessoas que O ouviram ficaram “maravilhadas” com Suas palavras e

    perguntavam umas às outras: “Que vem a ser isto? Uma nova doutrina! Com autori-

    dade!”  (Marcos 1.27).

    Claramente, Jesus podia ensinar, mas Ele também vivia o que ensinava.

    A  Você pode incluir aqui ilustração de alguém que diz uma coisa, mas é descoberto

    fazendo algo completamente diferente. Por exemplo, um líder religioso que tem

    um caso extraconjugal, ou um político que rouba recursos do governo.

    Todos nós já nos deparamos com hipócritas, pessoas que falam uma coisa e fazem

    outra. Mas Jesus não era assim. Por exemplo, Ele ensinou: “Eu, porém, vos digo:

    amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”  (Mateus 5.44). Mais tarde,

    quando estava sendo morto, Ele orou pelos Seus executores: “Pai, perdoa-lhes,

     porque não sabem o que fazem”  (Lucas 23.34). Isso é que é praticar o que se prega!

    Aqui estava um mestre que ensinava com poder e autoridade, e também vivia o

    que ensinava.

    Mas Jesus não era apenas um mestre...

    2 . J e s u s t i n h a p o d e r e a u t o r i d a d e s o b r ea s d o e n ç a s

    Vimos o que aconteceu quando Jesus entrou  na sinagoga e começou a ensinar.

    Marcos nos conta o que aconteceu quando Ele saiu.

    ]Leia Marcos 1.29-31

    Jesus demonstrou autoridade absoluta sobre a doença. Apenas um toque da Suamão, e a febre foi curada, o que não foi um acontecimento isolado.

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    A Bíblia tem mais de trinta exemplos de Jesus curando pessoas. E como resultado: o

    surdo voltou a ouvir; o cego, a enxergar; o coxo, a andar; os leprosos foram curados

    e restaurados.

    Marcos também nos conta que Jesus curava pessoas de sofrimentos espirituais, e

    não somente sofrimentos físicos – libertando pessoas de opressão demoníaca.

    As pessoas daquele tempo estavam obviamente convencidas de que Jesus tinha

    uma habilidade extraordinária para curar. Em Marcos 1.45 lemos que “de toda parte

    vinham ter com ele”.

    Ninguém, nem mesmo os inimigos de Jesus, duvidaram de Seu poder. Seus inimigos

    queriam desacreditá-Lo, mas não podiam negar o poder que Ele tinha. As evidênciasapontam para uma habilidade genuína de cura, como a de Deus.

    Esses são grandes milagres. Se Jesus Cristo é verdadeiramente o Filho de Deus

    entrando na história, não é isso que você esperaria ver?

    Mas Jesus não era apenas um mestre e alguém que curava...

    3 . J e s u s t i n h a p o d e r e a u t o r i d a d e s o b r ea n a t u r e z a

    Vejamos a história em que Jesus acalma a tempestade.

    ]Leia Marcos 4.35-41

    Não é surpreendente ver nessa história a humanidade genuína de Jesus? Ele era

    homem de carne e ossos. E aqui lemos que Ele estava na popa do barco, dormindosobre uma almofada. Ele estava exausto. Mas Ele era apenas um homem?

    A palavra traduzida por “grande temporal de vento”   pode literalmente significar

    um furacão. O barco estava quase afundando. Os discípulos acordaram Jesus e

    reclamaram: “Mestre, não te importa que pereçamos?”  (v.38).

    Alguns dos discípulos eram pescadores experientes. Eles navegaram no lago

    da Galileia centenas de vezes. Se pensaram que iam morrer, é porque era algo

    crítico.

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    Percebam que eles O chamaram de “mestre”. Eles sabiam que Jesus falava

    com autoridade. Sabiam que Ele podia curar o doente. Então, tinha poder,

    mas Ele Se importava? Esta era a pergunta deles: “Mestre, não te importa que

     pereçamos?”

    O que aconteceu a seguir foi impressionante.

    “E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emu-

    dece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança”  (Marcos 4.39).

    Você consegue ver o que está sendo apresentado aqui? Jesus não apenas tem

    autoridade sobre as pessoas e sobre doenças. Nesse exemplo, Ele falou, e as forças

    da natureza – que não têm ouvidos para ouvir e nem cérebro para entender Seu

    comando – atenderam instantaneamente.

    Jesus, na verdade, fez duas coisas nesse episódio:

    ±  Ele parou o vento, que era a causa da tempestade;

    ±  Ele acalmou as ondas, que eram o resultado da tempestade.

    A Você pode incluir uma ilustração prática aqui. Por exemplo, sugira ao grupo

    o que segue:

    Da próxima vez que você encher uma vasilha com água, tente balançar de um

    lado para outro a fim de fazer algumas ondas. Daí, pare de balançar e veja o que

    acontece. Mesmo depois que a vasilha parou de balançar, as ondas não pararam.

    Elas continuaram a se mover de um lado para o outro. A mesma coisa acontece

    com as ondas do mar.

    Normalmente demoram horas até que a superfície da água se acalme depois de

    uma tempestade forte – porque as ondas se avolumam. Mas Jesus acalmou aquelas

    ondas instantaneamente.

    Assim que o mar ficou calmo, Ele disse aos discípulos: “Por que sois assim tímidos?!

    Como é que não tendes fé?” 

     

    Do que eles estavam com medo agora? Estavam com medo da tempestade? Tudo

     já tinha se acalmado!

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    “E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este

    que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Marcos 4.41)

    Os discípulos conheciam o Antigo Testamento e sabiam que só o Deus Todo--Poderoso tinha poder para controlar as forças impressionantes da natureza. Eles

    provavelmente cantaram salmos sobre isso.

    Mas uma coisa é crescer cantando sobre um Deus que acalma os ventos e as ondas.

    Outra coisa muito diferente é se encontrar sentado em um barco com Ele, tendo-O

    despertado bruscamente e perguntado se Ele Se importava!

    Enquanto estavam sentados no barco, no mar calmo, eles começaram a ver o

    que esse milagre significava. Jesus ficou cansado e caiu no sono, como nós. Mas,

    diferente de nós, Ele falou com os ventos e as ondas, e estes Lhe obedeceram.

    Então os discípulos perguntam: “Quem é este?”  A resposta é óbvia: quem mais Jesus

    poderia ser se não Deus em forma humana?

    Tão surpreendente quanto possa parecer, no capítulo seguinte lemos que os discípu-

    los testemunharam algo ainda mais surpreendente...

    4 . J e s u s t i n h a p o d e r e a u t o r i d a d e s o b r ea m o r t e

    ]Leia Marcos 5.21-22

    Jairo era homem de destaque na comunidade, uma figura de honra e respeito. No

    entanto, ele se prostrou diante de Jesus.

    Vemos o porquê no versículo 23.

    “E insistentemente [Jairo] lhe suplicou: Minha filhinha está à morte;

    vem, impõe as mãos sobre ela, para que seja salva, e viverá”.

    Estava ali um pai que sempre supriu as necessidades de sua filha. Ele sempre a pro-

    tegeu e fez tudo que podia por ela, mas naquele momento sentia-se desesperado.

    Imagine a aflição e a impotência se seu próprio filho estivesse morrendo? Essa é a

    intensidade emocional aqui.

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    A  Inclua uma ilustração aqui, da sua própria experiência com a morte e

    como ela rompe o relacionamento com pessoas que amamos.

    Imagine o alívio de Jairo quando Jesus concordou em ir com ele. Jairo sabia queJesus nunca havia fracassado em curar qualquer doença.

    Enquanto eles estavam caminhando juntos, uma senhora se aproximou de

    Jesus buscando ajuda, tocou nas vestes Dele e ficou curada. Jesus parou

    e conversou com ela. Essa senhora estivera doente pelo mesmo tempo de

    vida da filha de Jairo. Esse pai deve ter ficado fora de si, ansioso pela

    demora.

    Veja a história no versículo 35.

    ]Leia Marcos 5.35

    Aqueles homens ainda chamaram Jesus de “Mestre”. Todos eles sabiam de Seu

    ensino surpreendente, que Ele poderia curar doenças e controlar as forças da

    natureza, mas pensavam que havia um limite para a autoridade de Jesus. Eles

    supunham que tal limite tinha sido alcançado.

    Os homens que trouxeram a terrível notícia tinham visto a menina morta. Então avisão deles era: “Jesus pode ser um mestre maravilhoso. Ele pode ser capaz de fazer

    pessoas doentes ficarem boas, o que podemos esperar que Ele faça por nós, mas ela

    não está mais doente, está morta. Não precisamos mais de Jesus”.

    Mas ouçam as palavras extraordinárias de Jesus no versículo 36.

    ]Leia Marcos 5.36

    Jesus ignorou o que eles disseram! Embora tenha ouvido que a menina morrera,

    não houve nenhuma diferença nos Seus planos. Jesus ignorou o fato consumado

    da morte dela!

    Vamos dar uma olhada no que aconteceu depois.

    ]Leia Marcos 5.37-40a

    Essa era uma risada de escárnio. Talvez você esteja rindo com desdém também

    diante do pensamento de que Jesus era capaz de fazer essas coisas. Mas, se isso é

    verdade, as implicações são muito grandes.

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    Jesus não queria dizer que a menina não estava morta, ela estava. Mas Ele

    sabia que seria mais fácil trazê-la de volta à vida do que é para você acordar um

    adolescente.

    Por quê? Porque Ele é o Filho de Deus e tem poder e autoridade sobre a morte.

    ]Leia Marcos 5.40b-42

    Essa não é uma cena marcante? Jesus colocou os zombadores do lado de fora. Mãe

    e pai estavam assistindo enquanto Ele pegava a mão da filha e dizia: “Talitá cumi!”  

    – que significa: “Menina, eu te mando, levanta-te!” . Essas eram palavras que seu

    pai teria usado para acordá-la todas as manhãs.

    Os olhos dela se abriram. Ela se levantou! E Jesus mandou que lhe dessem alguma

    coisa para comer. Não é de se admirar que eles estivessem “completamente sur-

     presos” . Você não ficaria?

    Se esse é o Homem que tem poder sobre a morte, certamente seria loucura ignorá-

    Lo e dizer: “Não estou interessando nisso” ou “Isso é muito chato” ou “Tudo bem

    você acreditar nisso!”

    Um dia, você e eu vamos morrer. Após a evidência que acabamos de ver, a per-

    gunta que devemos fazer a nós mesmos é esta: Posso confiar a minha morte a

    Jesus?

    Mas tenho de falar que “Aquietai-vos!”  e “Menina... levanta-te!”  não são as coisas

    mais impressionantes que Jesus falou e que estão registradas em Marcos. Para isso

    vamos voltar ao capítulo 2 desse evangelho.

    5 . Jesus t inha poder e autor idade parap e r d o a r p e c a d o s

    ]Leia Marcos 2.1-12

    O texto mostra que Jesus foi interrompido enquanto falava. Eu já experimentei algu-

    mas interrupções surpreendentes quando falei a outros grupos.

    A  Ilustre uma interrupção que você teve enquanto falava a um grupo ou viu

    acontecer com outro preletor.

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    Mas essa interrupção supera tudo. Parte do teto foi descoberto. Pedaços caíram na

    multidão. E veio um feixe de luz. Depois ficou escuro novamente enquanto a maca

    era baixada, e o pobre homem desceu nela.

    Então temos as primeiras palavras ditas por Jesus a ele: “Filho, os teus pecados estão

     perdoados”.

    Por que Jesus falaria isso? O problema óbvio desse homem era sua paralisia. Você

    pode imaginá-lo falando: “Desculpe-me, Jesus, não estou preocupado com os meus

    pecados, mas com minhas limitações. São as minhas pernas, não consigo andar!”

    Jesus sabia que o pecado do homem era um problema mais urgente do que sua

    paralisia. Para ver por que, temos que entender o que a Bíblia quer dizer com“pecado”.

    Pecado não é apenas fazer coisas erradas; não é apenas luxúria ou preguiça, ou

    qualquer outra coisa assim. Não, a Bíblia diz que pecado é ignorar nosso Criador no

    mundo que Ele fez. É viver do jeito que queremos, ao invés de viver da forma que

    Ele quer. O assunto do pecado é importante porque se constitui obstáculo entre nós

    e Deus.

    Jesus sabe que nosso relacionamento com Deus é mais importante do que qualquer

    outra coisa. Por isso Seu foco estava no pecado do homem, e não da deficiência

    das pernas dele.

    Como vimos anteriormente, os líderes religiosos estavam enfurecidos. Eles sabiam

    que somente Deus tem poder e autoridade para perdoar pecados. Se pecado é

    ignorar a Deus no mundo que Ele criou, somente Deus tem o direito de perdoar isso.

    Então eles tomaram como certo que Jesus estava mentindo.

    Mas Jesus sabia o que estavam pensando e disse-lhes

    ]Leia Marcos 2.9-11

    O objetivo de Jesus ao curar o homem – ao fazer aquele criativo milagre espetacular

    – foi revelar Sua verdadeira identidade. Foi a fim de mostrar que Ele é Deus e que

    tem autoridade na terra para perdoar pecados.

    Na próxima semana, veremos que Jesus mesmo afirmou ser para isso que Ele veio.

    Sua missão foi salvar pecadores.

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    C o n c l u s ã o

    Ouvimos, no início da palestra, o que acontece quando alguém erra a identidade

    de uma pessoa.

    A De forma resumida (em uma frase) relembre a ilustração que você usou no

    começo da palestra (do Príncipe William).

    Marcos nos deu cinco exemplos de evidências que apontam para a identidade real

    de Jesus. Notamos Seu poder e autoridade:

    ± para ensinar;

    ±  para curar o doente,

    ±  para controlar a natureza,

    ±  para ressuscitar mortos; e

    ±  para perdoar pecados.

    Vimos que Jesus atua no mundo de Deus com a autoridade de Deus.

    Então, quem é Jesus? Marcos nos mostra que Jesus é o Filho de Deus, com o mesmo

    poder e autoridade de Deus. Ele é o único escolhido por Deus para ser o Rei. Se

    é essa a identidade de Jesus, a pergunta para nós deve ser: “Como temos nos

    relacionado com Ele?”

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    3. PECADOPor que Jesus veio?

    A  Use as anotações que seguem para ministrar a Palestra 3. Você pode

    adaptá-las ao seu grupo e adicionar   suas ilustrações. Se for apropriado,

    mostre o Episódio 3 ( Pecado ) do DVD Investigando o Cristianismo.

    A Na página 19 do GUIA DE ESTUDO do participante, há um esboço com os

    tópicos. Incentive a turma a fazer anotações ali enquanto ouve a palestra.

    A l v o s

    ±  Mostrar que Jesus veio para curar o problema do nosso coração – nosso pecado

    – e nos resgatar da condenação ao inferno.

    ±  Desafiar os membros do grupo a considerar as implicações disso na própria

    vida.

    I n t r o d u ç ã o

    A Comece com uma ilustração que mostra como descobrir a verdade sobre

    nós mesmos enquanto ainda há tempo de fazer algo. Se não tiver uma

    ilustração pessoal sobre o assunto, use a seguinte:

    Não sei como você se sente em relação a dentistas. Tenho a impressão de que

     poucas pessoas se levantam de manhã pensando: “Finalmente, chegou o dia que

    eu estava esperando ansiosamente. Vou ao dentista para meu check-up semestral!” 

    Você sabe que a ferramenta afiada do dentista vai lhe picar em um momento ou

    outro. Quando isso acontecer, sentirá dor e saberá que está com problemas. Mas

    é melhor saber sobre o que está estragado agora do que quando for tarde demaispara fazer algo a respeito.

    3

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    A Adapte o parágrafo a seguir para se adequar à ilustração que você acabou

    de usar.

    Essa seção do Investigando o Cristianismo  vai ser um pouco como ir ao dentista.Ouvir o que Jesus tem a dizer sobre nós pode ser extremamente desconfortável,

    porque expõe o que realmente somos, como aquela dor que sentimos quando

    vamos ao dentista. Entretanto, é melhor descobrir a verdade sobre nós mesmos

    enquanto ainda há tempo para fazer algo a respeito.

    Existem aspectos do ensino de Jesus que são difíceis para todos nós ouvirmos, mas

    são coisas que precisamos entender, e Jesus quer que as saibamos por que Ele pode

    tratar delas.

    Já investigamos quem é Jesus. Nessa seção focaremos outra questão importante:

    Por que Jesus veio?

    Como você responderia a essa pergunta? Ele queria trazer paz à terra? Foi para

    curar doenças e acabar com o sofrimento no mundo? Ele queria transformar a

    sociedade e nos dar exemplos de como devemos viver?

    Existe um pouco de verdade em cada uma dessas opções. Mas Marcos diz que não

    são as razões principais para a vinda do Senhor. Jesus veio para curar um problema

    que todos nós temos...

    1. Todos nós temos um problema no coração

    A  Comece com um ou dois exemplos de beleza natural em sua cidade ou país,exemplo: estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu, ouum lugar especial perto de sua cidade – uma cachoeira, uma praia...

    Quando olhamos para o mundo, vemos tantas maravilhas. Mas quem pode dizer

    honestamente que tudo o que há no mundo é bom?

    As estimativas variam, mas histórias do século XX sugerem que pelo menos cem

    milhões de pessoas morreram de forma violenta nesses cem anos. A pergunta é:

    Por que o mundo é assim?

    Jesus nos conta uma verdade inquietante no Evangelho de Marcos. Ele diz que a

    razão pela qual o mundo não é como deveria ser é porque nós não somos como

    deveríamos.

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    A Imagine, por um momento, uma grande galeria pública. (Você pode dar

    um exemplo de uma galeria ou de um prédio público próximo.) Na parede

    há uma exposição sobre você, mostrando tudo o que você já fez – e

    também cada palavra que você disse, e cada pensamento que já teve.Nada é deixado de fora – está tudo lá para que todos vejam.

    Tenho certeza de que haverá partes das quais você ficará orgulhoso: realizações

    especiais; sucesso no trabalho, esporte ou música; momentos em que você ajudou

    outras pessoas ou foi generoso com seu dinheiro. Entretanto, haverá milhares de

    coisas que você não quer que alguém veja. Coisas que fez, ou falou, ou pensou, que

    não gostaria que alguém soubesse, nem mesmo o seu amigo mais próximo. Não

    são apenas aquelas que falamos, fizemos ou pensamos que são problemas. Existem

    também outras que deveríamos ter feito e palavras que deveriam ter sido ditas.

    Fico imaginando como você ia se sentir, sabendo que tudo isso estaria exposto para

    todo mundo ver. Falando por mim, se minha vida estivesse exposta para que todos

    vissem, eu ficaria muito envergonhado, não seria capaz de olhar as pessoas nos

    olhos. Honestamente, você seria?

    Então, por que somos assim? Por que há tantas coisas pelas quais ficamos enver-

    gonhados? Jesus nos dá a resposta. Está escrita em Marcos, capítulo 7.

    ]Leia Marcos 7.20-23

    O que Jesus disse é alarmante. É como mostrar a radiografia do nosso coração, não

    aquela que mostra os nossos órgãos, mas quem somos e como realmente somos

    por dentro.

    Você pode se sentir indignado com o que Jesus diz aqui. Não é a forma como nor-

    malmente as pessoas falam sobre as atitudes erradas. Estamos acostumados a ouvir

    pessoas, com vida pública, chamarem de “engano” as coisas erradas que fizeram.Isso dá a impressão de que adultério, roubo, mentira ou qualquer outra coisa não

    foi intencional, foi apenas algo que aconteceu com elas.

    Jesus diz que isso é um absurdo. Pecado não é algo que me deparo “lá fora” e

    sou apanhado por ele involuntariamente. É algo que descobri aqui (aponte para o

    coração). Posso ver pela radiografia – você pode? Temos que olhar para dentro e

    assumir a responsabilidade pelo que vemos. Jesus nos diz que pecado – rebelar-

    se contra Deus e escolher nosso próprio caminho ao invés de escolher o Dele – vem

    de “dentro”, do nosso “coração”.

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    Veja como Jesus inclui todos nós. Ele não menciona apenas imoralidade, roubo,

    assassinato e adultério – mas também ganância, inveja, calúnia, arrogância e insen-

    satez.

    Alguns pecados aparecem como manchetes na primeira página dos jornais nesse

    mundo; outros não, porém, todos são maus na avaliação de Deus, e vêm de dentro

    de mim e de vocês! Se pudéssemos ver a exposição de nossa vida nas paredes de

    uma galeria, veríamos que nós todos temos problemas no coração. Muitas vezes

    tratamos uns aos outros e ao nosso mundo de forma vergonhosa. Mas nossos

    problemas não acabam aqui, porque tratamos Deus dessa forma também.

    Em Marcos, capítulo 12, Jesus nos conta como devemos nos relacionar com Deus.

    ]Leia Marcos 12.30

    Se não temos problema no coração – se você não é pecador – então você vai olhar

    para sua vida e ver que amou a Deus com todo o seu coração, toda a sua alma,

    todo o seu entendimento e toda a sua força.

    Se você não é pecador, então você sempre colocou Deus e a glória Dele no centro

    de sua vida.

    Mas vejo a exposição na galeria de minha vida e não consigo achar nem mesmo

    dez minutos consecutivos quando tratei Deus com amor e honra que são Seus por

    direito.

    Nós todos temos os mesmos problemas. Devemos amar a Deus com todo o nosso

    coração, a alma, a mente (entendimento) e a força – porque Ele é o nosso amável

    Criador. Mas nunca conseguimos fazer isso.

    Pelo contrário, todos nós nos rebelamos contra Deus. Ele é o nosso amável Criador,mas escolhemos viver do nosso jeito e não do jeito Dele. Entregamos o nosso coração

    a muitas coisas, mas não ao nosso Criador. A Bíblia chama isso de “pecado”.

    2 . J e su s v e i o p a r a cu r a r o p r o b l e m a d o n o ssoc o r a ç ã o

    O Evangelho de Marcos relata que Jesus veio para curar o problema do nosso

    coração: o problema do nosso pecado.

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    No capítulo 2, Marcos nos conta o que aconteceu quando Jesus Se sentou à mesa

    na casa de Levi, que era coletor de impostos e trabalhava para os romanos. Levi

    era visto como traidor pelo povo judeu e como “pecador” pelos líderes religiosos.

    Então, por que Jesus Se sentou à mesa com ele?

    ]Leia Marcos 2.15-17

    Há dois grupos de pessoas nessa passagem – as “pessoas boas” e as “pessoas más”.

    As “boas” eram as figuras religiosas da época – os mestres da lei e os fariseus. Eles

    pareciam irrepreensíveis em termos religiosos. As “más” eram aquelas pessoas como

    Levi, coletor de impostos, e seus amigos.

    E a pergunta é: Com quem você espera que Jesus deseje passar mais tempo?

    Os religiosos não podiam acreditar que Jesus escolheu sentar-se à mesa com um

    coletor de impostos e seus amigos. Sem dúvida, Ele deveria ter escolhido ficar com

    os religiosos, não com os rebeldes.

    Mas observe novamente as palavras de Jesus no versículo 17. Isso não é coincidência

    ou erro. É intencional. Ele diz:

    “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar

     justos, e sim pecadores” (Marcos 2.17).

    Jesus estava na casa de Levi a negócios. E Seu negócio era ser o doutor para os que

    estão espiritualmente doentes. Ele não veio para aqueles que pensam que estão

    espiritualmente bem, mas para aqueles que sabem que estão espiritualmente arruinados.

    Ele diz que, se você pensa que está bem, se supõe que está espiritualmente saudável,

    então não vai pensar que precisa Dele. Assim como pessoas saudáveis não precisam

    de médicos, elas também supõem que estão bem e não precisam de Jesus. O critériopara vir até Jesus não é ser bom o suficiente, mas perceber que é mau o suficiente.

    Jesus veio para pessoas que sabem que têm problema no coração e sabem que

    precisam Dele para curar tal problema.

    3 . P o r q u e o p r o b l e m a d o n o s s o c o r a ç ã oé t ã o i m p o r t a n t e ?

    A Retorne para a ilustração que usou no início da palestra e explique o que

    aconteceria se você não levasse essa advertência a sério. Por exemplo:

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    Se o dentista faz um diagnóstico do meu problema e explica o tratamento com

    detalhes assustadores, eu poderia agradecer-lhe educadamente e sair correndo.

    Poderia escolher ignorar o problema, a menos que entendesse as consequências.

    Portanto, é necessário que eu entenda o que acontecerá se eu não levar suaadvertência a sério.

    O mesmo é verdade para nós agora. Precisamos entender por que o

    problema do nosso coração importa tanto e quais são as consequências se não

    fizermos nada a respeito. Isso nos leva a uma das mais perturbadoras passagens

    no Evangelho de Marcos, onde descobrimos o que Jesus disse sobre a seriedade do

    pecado.

    ]Leia Marcos 9.43-47

    Você pode imaginar uma situação em que seria melhor perder uma das mãos do

    que mantê-la? Melhor perder um olho do que ter os dois? Nós provavelmente já

    vimos fotos de pessoas que perderam braços ou pernas em acidentes de carro ou

    na guerra. São imagens horríveis.

    Por que Jesus está usando uma linguagem tão extrema aqui? Por que Ele está sendo

    tão direto? Porque Ele sabe que, se rejeitarmos a Deus por toda a nossa vida, então,

    no final, Deus terá o direito de nos rejeitar. Se o pecado não é tratado, ele nos levarápara o inferno. Jesus carinhosamente nos adverte sobre o pecado, porque não quer

    que vamos para lá.

    No século 21, muitas pessoas descartam o inferno com se fosse um mito, ou o

    tratam como se fosse brincadeira. Elas brincam que preferem muito mais estar no

    inferno a estar no céu, porque todos os seus amigos estarão lá e então será mais

    divertido.

    Mas não há nenhuma diversão no inferno, nenhuma amizade também. Infernosignifica estar totalmente separado da misericórdia e das bênçãos de Deus, e com-

    pletamente desligado de toda a bondade que Deus traz. Deus é fonte de amor,

    alegria, amizade, longanimidade. No inferno, não vai existir nenhuma dessas coisas.

    Não há nada bom lá.

    O inferno é o lugar onde as pessoas sofrerão a pena pela rebelião contra Deus.

    Você pode ver por que Jesus nos adverte sobre o inferno e usa essa linguagem tão

    pesada para fazer isso. Ele sabe como é lá e não quer que vamos para aquele lugar

    de sofrimento.

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    Quem realiza funerais sabe que as pessoas querem ouvir muito sobre o céu, mas não

    seremos coerentes a menos que falemos também do inferno, que é a consequência

    do pecado. Já vimos que todos temos problema no coração. Todos nós pecamos,

    o que significa que estamos em perigo, percebendo ou não. E é por isto que Jesusveio: para curar o problema do nosso coração e nos resgatar das consequências do

    nosso pecado.

    A Retorne novamente a ilustração usada no começo. Por exemplo:

    Posso gostar do meu dentista se ele me disser que meus dentes estão bons e posso

    continuar comendo muito chocolate. Mas se ele sabe que isso não é verdade,

    não está sendo amigo. Meu dentista não está sendo cruel quando me diz que é

    necessário fazer uma restauração. Ele não fala para arruinar meu dia ou porque

     gosta de infligir dor. Na verdade, ele está sendo atencioso. Está advertindo-me sobre

    um problema enquanto ainda há tempo de fazer alguma coisa. Posso escolher ouvi-

    -lo ou não dar a menor atenção. Mas se eu o ignorar, sei que haverá consequências.

    Jesus não nos adverte sobre o inferno porque Ele é cruel, não fala para arruinar o

    nosso dia. Ele carinhosamente nos adverte sobre o inferno porque não quer a nossa

    presença ali. Jesus sabe quais são as consequências do problema do nosso coração,

    e nos ama tanto que veio para nos salvar dessas consequências – nos resgatar dos

    nossos pecados.

    Se você entende isso, então começará a ver por que Marcos diz que Jesus é uma

    notícia tão boa! Ele não veio para “chamar justos, mas pecadores”.

    A pergunta é: Vamos ouvir a voz de Jesus enquanto ainda há tempo para fazer

    alguma coisa sobre o problema?

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    4. A CRUZPor que Jesus morreu?

    A  Use as anotações que seguem para ministrar a Palestra 4. Você pode

    adaptá-las ao seu grupo e adicionar suas ilustrações. Se for apropriado,mostre o Episódio 4 ( A Cruz ) do DVD Investigando o Cristianismo.

    A Na página 28 do GUIA DE ESTUDO do participante, há um esboço com

    os tópicos. Incentive a turma a fazer anotações ali, enquanto ouve a

     palestra.

    A l v o s

    ±  Explicar o significado da cruz.

    ±  Investigar as diferentes reações à morte de Jesus como registrada no Evangelho

    de Marcos.

    ±  Desafiar os membros do grupo a considerar as implicações disso na própria

    vida.

    I n t r o d u ç ã o

    Deixe-me começar com uma pergunta:

    Se parar para pensar por um momento sobre todas as crenças e filosofias do mundo,

    quantas celebram a morte de seu fundador? E quantas veem a morte de seu funda-

    dor como o momento mais significativo da história?

    Tenho certeza de que você sabe que estou falando da fé cristã. Entretanto,

    quis fazer as perguntas para mostrar como é impressionante. A morte de

    Jesus Cristo na cruz está bem no centro do cristianismo. Pense em como isso éestranho.

    4

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    A  Mostre uma biografia recente de alguém famoso que não está vivo.

    (Bibliotecas ou buscadores da Internet são uma boa fonte se você não

    tem nada apropriado.) Dê um ou dois breves exemplos de coisas que a

    biografia nos conta sobre a vida daquela pessoa.

    Se você ler biografias, perceberá que os escritores se concentram na vida da pessoa

    em questão. A morte dela é uma pequena nota.

    A  Mostre quão pouco da morte de alguém é registrado em sua biografia

    (talvez algumas poucas páginas ou um parágrafo).

    Mostre ainda, as quatro biografias sobre a vida de Jesus – os Evangelhos de

    Mateus, Marcos, Lucas e João – um terço de cada livro é sobre Sua morte.

    Não apenas isso, mas os cristãos nunca param de falar sobre a cruz. Isso parece,

    particularmente, estranho porque a crucificação, a forma como Jesus morreu, era

    considerada terrivelmente vergonhosa.

    Quando uma pessoa era crucificada, primeiramente era açoitada de forma severa,

    pregada numa cruz de madeira, que era então levantada com a vítima presa ali, e

    deixada para morrer. A crucificação era deliberadamente cruel e horrível para que

    qualquer escravo que estivesse pensando em rebelião e visse uma pessoa sendo

    crucificada concluiria que não valia a pena o risco. Era a dissuasão definitiva.

    Então, por que a cruz é o símbolo universalmente reconhecido como o do cristianis-

    mo? Os cristãos poderiam ter escolhido a manjedoura para lembrá-los do nascimento

    de Jesus, ou talvez um pergaminho para lembrá-los de Seu impressionante ensino.

    Mas não, a cruz é a lembrança de Sua morte. Por que isso? A resposta é simples. A

    cruz é a forma como Jesus resgata as pessoas.

    Portanto, hoje vamos olhar para:

    ±  o que realmente aconteceu quando Jesus morreu na cruz;

    ±  o que isso significa;

    ±  como as pessoas reagiram ao fato.

    Primeiro vamos lembrar por que as pessoas precisam ser resgatadas.

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    P o r q u e p r e c i s a m o s s e r r e s g a t a d o s ?

    Na semana passada, vimos que cada um de nós tem um sério “problema de

    coração”. Olhamos para Marcos capítulo 7, que registra a explicação de Jesus sobreo assunto.

    “O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do

    coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostitu-

    ição, os furtos, os homicídios, os adultérios” (Marcos 7.20-21). E a lista

    continua.

    Significa que estamos todos em perigo, quer percebamos ou não, porque, no final,

    nosso pecado nos levará ao inferno.

    Também ouvimos a notícia maravilhosa que Jesus deu anteriormente:

    “... não vim chamar justos, e sim pecadores” (Marcos 2.17).

    Lembre-se de que a qualificação para vir até Jesus não é ser bom o suficiente, mas

    perceber que é mau o suficiente. Jesus quer resgatar pessoas pecadoras como você

    e eu. Hoje, veremos que Ele fez isso por meio do que conquistou por nós quandomorreu na cruz.

    ]Leia Marcos 8.31

    Jesus ensinou Seus seguidores que Ele deveria sofrer e ser rejei-

    tado. E que deveria morrer. Era algo que Ele tinha que fazer. Por quê?

    Temos a resposta nas palavras de Jesus, em Marcos capítulo 10 versículo

    45.

    ]Leia Marcos 10.45

    Isso é o que Jesus disse que veio fazer:  “dar a sua vida em resgate por muitos”.

    Jesus foi para a morte voluntária e deliberadamente. Ele sabia que era necessário

    passar por aquilo.

    Para entender exatamente o que aconteceu – e como Jesus morreu para res-

    gatar ou libertar outros – precisamos ler o relato de Marcos sobre a morte de

    Jesus.

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    ]Leia Marcos 15.22-39

    Aprendemos três coisas importantes nessa passagem:

    ±  Deus estava irado.

    ±  Jesus foi abandonado.

    ±  Nós podemos ser aceitos.

    1 . D e u s e s t a v a i r a d o

    Versículo 33 diz:

    “Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora

    nona” (Marcos 15.33).

    Marcos contou o tempo de acordo com o antigo sistema judaico, portanto a sexta

    hora teria sido meio-dia. No momento em que o sol do meio-dia deveria estar bril-

    hando no céu, a escuridão encobriu toda a terra e durou até as três horas da tarde.

    Não poderia ser um eclipse, porque isso aconteceu na festa da Páscoa judaica – e

    a Páscoa sempre acontece na lua cheia. Um eclipse solar não pode acontecer ao

    mesmo tempo que a lua cheia. Também, eclipses solares nunca duram mais do queseis minutos. Essa escuridão durou três horas. Portanto, algo sobrenatural estava

    acontecendo.

    Muitas vezes, na Bíblia, a luz significa a presença e as bênçãos de Deus – enquanto

    escuridão é sinal da ira e do julgamento do Senhor. Quando a escuridão veio sobre

    toda a terra enquanto Jesus estava morrendo, era sinal de que Deus estava irado.

    Não entenderemos isso se olharmos para a ira como algo que é imprevisível e bár-

    baro – o resultado de um temperamento explosivo. A ira de Deus não é assim. Aira de Deus é Sua hostilidade pessoal constante e controlada a tudo que é errado.

    Deus é Deus de santidade, de resplandecente pureza – e Ele odeia o que é mau.

    Quando se trata de algo mau, Ele não Se recosta em uma cadeira de balanço e finge

    que nada está acontecendo. Não, Deus Se importa com coisas erradas.

    Como eu trato você importa para Deus. Como você me trata importa para Deus. E

    como tratamos o mundo é importante para Deus. E para alguns de vocês que foram

    maltratados por outras pessoas, quero que saibam que Deus Se importa com isso.

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    Se nos importamos com as injustiças que vemos no mundo, com certeza não espera-

    mos que nosso amoroso Criador Se importe menos. E um Deus que Se importa com

    a injustiça está certo em ficar irado com o pecado, e tem o direito de punir quem

    o comete.

    Enquanto Jesus estava morrendo na cruz, a escuridão veio sobre toda a terra. Era

    um sinal sobrenatural da ira de Deus. Isso nos deixa com uma pergunta: O que tal

    fato tem a ver com Jesus?

    2 . J e s u s f o i a b a n d o n a d o

    No versículo 34, Marcos nos conta algo que Jesus disse pouco antes de morrer:

    “À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer

    dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”  (Marcos 15.34).

    Não existe nenhuma dúvida de que Jesus sofreu agonia física na cruz. Mas o que

    está sendo dito aqui é a respeito de agonia espiritual – ser desamparado ou aban-

    donado por Deus.

    Conforme lemos o relato de Marcos sobre a crucificação e ouvimos o clamor de

    Jesus, começamos a ver que na cruz Jesus foi de alguma forma “desamparado” ou“abandonado” por Deus, enquanto Deus punia o pecado. Ele focava Sua ira por

    nosso pecado sobre Jesus, que estava levando a punição merecida por nós.

    Jesus, entretanto, teve uma vida sem pecado. Em nossa primeira palestra, lemos que

    João Batista batizou Jesus. Marcos nos conta que a voz de Deus, o Pai, foi ouvida

    naquele momento dizendo:

    “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo” (Marcos 1.11).

    Em outra parte do Evangelho de Marcos, a voz de Deus é ouvida novamente. Dessa

    vez Ele disse:

    “Este é o meu Filho amado; a ele ouvi” (Marcos 9.7).

    Jesus nunca pecou – Ele sempre obedeceu perfeitamente à vontade de Deus. O

    significado disso é enorme conforme pensamos sobre Sua morte na cruz. Vimos que

    Deus ficou irado com o nosso pecado. Agora vemos que Deus está punindo Jesus.

    Claro que Jesus não estava sendo punido por causa de pecado.

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    Por que Deus O estava punindo? Por que Jesus Se submeteu a tal castigo? A res-

    posta é que Jesus passou por tudo isso em nosso lugar para que pudéssemos ser

    resgatados. Ele veio dar Sua vida em resgate de muitos.

    A Use a seguinte ilustração (páginas 180-181) para explicar o que aconteceu

    enquanto Jesus morria na cruz.

    O que fazer

    Levante uma capa

    de DVD vazia na

    mão direita.

    Estenda a mão

    esquerda, com a

     palma virada paracima.

    Pegue o DVD e

    coloque-o em sua mão

    O que dizer

    Relembre a galeria pública onde toda sua vida está exposta nas

    paredes. É mostrado tudo que você já fez, disse ou pensou. Agora,

    imagine tudo isso gravado em um DVD.

    Tem muita coisa aqui que parece excelente para nós. Talvez tenha

    uma casa cheia de amor, realizações e sucesso. Mas também há

    muitas coisas neste DVD das quais você se envergonha. Coisas que

    você preferiria que as outras pessoas não vissem. Todos nós temos

    segredos que não gostaríamos que fossem expostos.

    A Bíblia diz:

    “E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelocontrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhosdaquele a quem temos de prestar contas”  (Hebreus 4.13).

    E não é apenas a forma como tratamos os outros, mas também

    como tratamos a Deus que está gravada.

    Vamos imaginar que minha mão esquerda representa minha vida e o

    teto representa Deus. Entre eu e Deus há a gravação do meu pecado,

    e é isso que me separa de Deus.

    Meu pecado me separa de Deus. Mas permita-me ilustrar o que

    aconteceu na cruz.

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    O que fazer O que dizer

    Estenda sua mão

    direita, virada para

    cima. Sua mão

    esquerda devecontinuar com o

    DVD.

    Imagine que minha mão direita representa Jesus – lembre-se de que o

    teto representa Deus. Jesus viveu uma vida sem pecado. Ele sempre

    obedeceu perfeitamente à vontade de Deus, portanto, não havia

    nenhuma barreira entre Jesus e Deus.

    Mas Jesus disse que veio para “dar Sua vida como resgate por muitos” .

    Então, quando estava na cruz, Ele levou o meu pecado.

    Transfira o DVD

    da mão esquerda

     para a direita

    É por isso que Jesus clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me

    desamparaste?”enquanto estava pregado na cruz. Não foi o Seu

    pecado que O separou de Deus, porque Jesus nunca pecou. Não! Foi

    O nosso pecado que O fez sentir-se desamparado por Deus.

    Naqueles momentos agonizantes, Jesus estava tomando sobre Si toda

    a punição que o nosso pecado merecia, tudo o que está neste DVD.

    A Bíblia diz:

    “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um

     se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a

    iniquidade de nós todos”  (Isaías 53.6).

    Jesus morreu na cruz como meu substituto, em meu lugar, tomando

    a punição que eu merecia.

    Mostre sua mão

    esquerda, agora

    vazia, ainda virada

     para cima.

    Quantos pecados sobraram? (Espere por uma resposta – não se

    preocupe se for uma pausa longa, isso fará com que o ponto seja

    enfatizado ainda mais). Sim, correto, zero! Na verdade, isso é

    impressionante, eu posso ficar sem pecado aos olhos de Deus, como

    Jesus!

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    3 . Podemos se r ace i tos

    Vamos olhar novamente para os versículos 37 e 38.

    ]Leia Marcos 15.37-38

    Marcos relata o momento exato da morte de Jesus – mas depois chama a nossa atenção

    para uma coisa que aconteceu simultaneamente no templo, que ficava do outro lado

    da cidade. Ele quer que entendamos que os dois eventos estão conectados de alguma

    forma.

    Havia uma cortina* de 15 metros de altura no templo, que era tão grossa quanto

    à extensão da mão de um homem. (Levante sua mão para mostrar como a cortinaera grossa.) Quando Jesus morreu, essa cortina se rasgou de alto a baixo. Por que

    isso é tão importante?

    Essa cortina grossa ficava no templo, separando as pessoas do lugar onde era dito

    que Deus estava. A cortina era algo como uma grande placa escrita “não entre”.

    Essa placa mostrava claramente que era impossível para pessoas pecadoras como

    você e eu entrar na presença de Deus.

    Então, de repente, enquanto Jesus morria na cruz, Deus rasgou a cortina em

    duas, de alto a baixo. É como se Deus estivesse falando: “O caminho está

    aberto para as pessoas se aproximarem de mim”. E isso somente é possível

    porque Jesus pagou o preço por nosso pecado. Jesus morreu como “resgate por

    muitos” .

    Era isso que estava acontecendo na cruz. Jesus estava morrendo como nosso

    substituto, sendo punido por nosso pecado, para que pudéssemos ser resgatados.

    Por causa da cruz, o caminho está aberto para as pessoas se aproximarem de Deus.Você pode entender por que a cruz, a lembrança da morte de Jesus, é o símbolo

    do cristianismo.

    E as pessoas que estavam lá quando Jesus morreu? Como reagiram à morte de Jesus

    na cruz?

    *A cortina era pendurada em ganchos de ouro que estavam ligados a quatro pilares de madeira deacácia coberta de ouro. Os ganchos de ouro eram inseridos em soquetes de prata. A cortina, de acordocom fontes posteriores, era da largura da mão de um homem, e apenas algum tipo de tapeçaria poderiater realizado isso. (Champlin, R. N., Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia, vol.6. 5. ed., São Paulo:Hagnos, 2001, p.621)

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    Q u a t r o r e a ç õ e s à m o r t e d e J e s u s

    Marcos chama a nossa atenção para a forma como várias pessoas reagiram à morte

    de Jesus. Conforme olhamos para essas reações, pergunte-se como você vê a morte

    de Jesus e como reage a ela.

    1 . O s s o l d a d o s

    Versículo 24 nos diz sobre os soldados que pregaram Jesus à cruz.

    ]Leia Marcos 15.24

    Os soldados não se interessaram no que estava acontecendo na cruz – eles já tinham

    visto cenas parecidas. A única coisa pela qual se interessaram foi jogar com as

    roupas de Jesus. Perderam completamente o que estava acontecendo bem na frente

    deles. Para aqueles homens, o principal legado da cruz eram as roupas de Jesus.

    2 . O s l í d e r e s r e l i g i o s o s

    Os líderes religiosos queriam por muito tempo a morte de Jesus. Eles O assistiram

    morrer, rindo entre si.

    ]Leia Marcos 15.31-32

    Os líderes religiosos estavam convencidos de que sabiam o caminho para Deus,

    portanto, não precisavam de Jesus. Eles sabiam que algumas pessoas pensavam ser

    Jesus o Cristo, único escolhido por Deus para ser o rei. Mas o principal dos sacer-

    dotes e os mestres da lei se recusavam a acreditar naquilo.

    Ironicamente, eles zombaram de Jesus, alegando que Ele não poderia salvar a Si

    mesmo – e se equivocaram totalmente porque Ele estava morrendo para salvar

    outros, da forma como havia dito que faria.

    3 . P ô n c i o P i l a t o s

    Os líderes religiosos rejeitaram a Jesus – e os líderes políticos? E o governador

    romano, Pôncio Pilatos? Ele interrogou Jesus pessoalmente, e sabia que era homem

    inocente. Mas Pilatos foi influenciado pela multidão.

    ]Leia Marcos 15.12-15

    Pilatos sabia que Jesus era inocente. Mas quando estava sob pressão, cedeu. Emvez de libertar Jesus, como sabia ser correto, ele cedeu à multidão e O crucificou.

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    Ao nos mostrar essa reação diferente, é como se Marcos estivesse dizendo: “Certo,

    essa foi a forma como as outras pessoas reagiram à morte de Jesus na cruz. E você?

    O que você vê quando olha para a cruz?”

    ±  Estamos muito ocupados como os soldados?

    ±  Sentimo-nos muito justos como os líderes religiosos?

    ±  Somos covardes como Pilatos?

    ±  Mas existe mais uma reação para olharmos…

    4 . O c e n t u r i ã o r o m a n oMarcos relata a reação do centurião romano – um soldado resistente que era oficial

    do alto escalão militar. Ele viu muitos homens morrerem – mas nunca viu um homem

    morrer daquela forma. Assim Marcos descreve o fato:

    ]Leia Marcos 15.39

    É o que devemos ver quando olhamos para o que aconteceu na cruz. Podemos

    reconhecer que Jesus está falando a verdade: que Ele é mesmo o Filho de Deus. E

    que Sua morte foi o plano maravilhoso de Deus para nos resgatar de nosso pecado.Nunca houve notícia melhor do que essa. A mensagem do evangelho me fala sobre

    a terrível verdade sobre mim mesmo – sobre meu problema de coração que não

    consigo curar. Mas depois me fala sobre a notícia maravilhosa da morte de Jesus

    pelos pecadores, dando Sua vida em resgate de muitos.

    Então, a pergunta é: O que você pensa de tudo isso? E o que você vai fazer com o

    seu pecado? Vai levá-lo consigo para a sepultura e insistir que você mesmo vai pagar

    por ele? Ou você o levará à cruz para ser perdoado?

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    5. Ressurreição

    Por que Jesus ressuscitou?A  Use as anotações que seguem para ministrar a Palestra 5. Você pode

    adaptá-las ao seu grupo e adicionar suas ilustrações. Se for apropriado,

    mostre o Episódio 5 ( Ressurreição ), do DVD Investigando o Cristianismo.

    A Na página 36 do GUIA DE ESTUDO do participante, há um esboço com os

    tópicos. Incentive a turma a fazer anotações nesse esboço enquanto ouve

    a palestra.

    A l v o s

    ±  Apresentar os fatos sobre a ressurreição de Jesus.

    ±  Mostrar como a ressurreição traz esperança e advertência.

    ±  Desafiar os membros do grupo a considerar as implicações para a própria vida.

    I n t r o d u ç ã o

    A  Ilustração de abertura. Dê um exemplo sobre ficar em uma fila, de

     preferência por algo que você não gostaria de receber, mas que certamente

    vai acontecer. Por exemplo:

    Lembro-me muito bem quando um médico veio à escola para aplicar vacina

    contra tuberculose. Eu tive que ficar parado lá, esperando para receber a

    injeção, o que não foi uma grande alegria. Lembro-me dos outros garotos na

    minha frente, enfileirados em ordem alfabética. E meu sobrenome começa

    com T (de Tice)! Pensei: “Se eles entrarem e saírem bem, eu ficarei bem”.

    5

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    O primeiro menino entrou e, para minha surpresa, não houve gritos na sala

    do médico – e não escorreu sangue por debaixo da porta! Ele saiu calma-

    mente arrumando a manga da sua camisa. Então, pensei: “Estou bem. Se ele

    conseguiu passar por isso, eu também consigo”.

    Estamos ministrando o curso Investigando o Cristianismo porque estamos todos em

    uma fila. Somos mortais e vamos todos morrer – não necessariamente em ordem

    alfabética! Todos nós sabemos disso. Não podemos ignorar esse fato, embora

    muitos tentem fazer isso. A realidade da morte se aplica a todos nós – um dia nossa

    vida terá fim.

    Na semana passada, vimos que Jesus morreu na cruz para curar o problema do

    nosso coração, o problema do nosso pecado. E Marcos nos diz que Jesus não apenasmorreu pelos pecadores, mas ressuscitou da morte. Por causa disso, o último terror

    da morte é removido. Porque Jesus passou pela morte e triunfou sobre ela, Ele pode

    nos ajudar a passar por isso também.

    Vamos investigar os eventos da manhã da ressurreição no breve relato de Marcos,

    no capítulo 16. Mas primeiramente vamos ver o que Jesus disse sobre a Sua ressur-

    reição antes de acontecer.

    J e s u s s a b i a q u e r e s s u s c i t a r i a

    Nessas previsões, Jesus usou novamente a expressão: “o Filho do Homem”   para

    referir-se a Si mesmo.

    ]Leia Marcos 8.31

    Jesus disse a mesma coisa em outras duas ocasiões:

     “O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão;

    mas, três dias depois da sua morte, ressuscitará” (Marcos 9.31).

    “Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos

     principais sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à morte e o entre-

     garão aos gentios; hão de escarnecê-lo, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo;

    mas, depois de três dias, ressuscitará” (Marcos 10.33-34).

    Jesus declarava constantemente que ressuscitaria no terceiro dia depois de Sua morte.A ressurreição não era uma surpresa para Ele – sabia que Sua morte não seria o final.

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    Vamos ver o que Marcos diz sobre a ressurreição de Jesus, começando com algumas

    mulheres que presenciaram a morte de Jesus.

    ]Leia Marcos 15.40-16.3

    A  Se possível, apresente os quatro títulos com um auxílio visual enquanto

    você ministra a palestra, mostrando cada título conforme for falando:

    1. Morto e sepultado

    2. Vivo e bem

    3. Governando como Rei 

    4. Vá e conte

    1 . M o r t o e s e p u l t a d o

    Essas mulheres conheciam bem Jesus. Somos informados no versículo 41 que elas

    cuidaram de Jesus e das necessidades Dele. Depois assistiram à Sua morte cruel e

    viram onde o corpo foi sepultado.

    Jesus foi sepultado por um homem chamado José de Arimateia, que foi ao

    governador romano, Pôncio Pilatos, e, com bastante coragem, pediu permissão para

    sepultar o corpo de Jesus.

    Pilatos ficou surpreso por ouvir que Jesus já tinha morrido. Então, verificou os fatos,

    perguntando ao centurião romano se Jesus realmente estava morto – e o centurião

    confirmou ser verdade. Pilatos concordou que José sepultasse o corpo.

    José tirou o corpo sem vida, ensanguentado, da cruz, envolveu-o em um lençol e o

    colocou num túmulo escavado numa rocha. Jesus Cristo estava morto e sepultado.

    Trinta e seis horas depois, na manhã do domingo, as três mulheres enlutadas foram

    fazer o que entendiam ser a última demonstração de amor por Jesus: embalsamar

    o corpo Dele.

    Na noite anterior, já escuro, quando o sábado judaico havia acabado e as lojas

    estavam abertas novamente, elas compraram algumas especiarias. A ideia delas

    era colocar as especiarias no lençol em que o corpo foi enrolado, como uma última

    demonstração de amor, a fim de disfarçar o odor de decomposição.

    Então levantaram cedo na manhã seguinte e foram ao túmulo. Elas já sabiam onde

    deveriam ir porque tinham visto o sepultamento de Jesus.

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    Enquanto elas caminhavam em direção à sepultura, conversaram sobre as barreiras

    que enfrentariam naquela manhã. Elas viram José rolar a grande pedra fechando a

    entrada do túmulo e perguntaram quem poderia tirar a pedra para que pudessem

    colocar as especiarias no corpo de Jesus. Teria sido muito pesado para elas soz-inhas moverem a pedra – mais pesado do que se fôssemos levantar um piano

    sozinhos.

    A Você pode incluir uma ilustração pessoal aqui sobre visitar o túmulo de

    alguém que conhecia e amava. Você sabe que não vai ver aquela pessoa

    lá, sabe que ela está morta, mas vai se lembrar dela e talvez até colocar

    algumas flores no túmulo.

    Era assim para as mulheres naquela manhã, porque sabiam – assim como o cen-turião romano – que Jesus estava morto e sepultado.

    2 . V ivo e bem

    Vamos olhar a próxima parte do capítulo 16 para ver o que aconteceu quando as

    mulheres chegaram ao túmulo.

    ]Leia Marcos 16.4-8

    As mulheres levaram dois grandes choques que as deixaram “tremendo e assom-

    bradas”  (v.8), e elas “fugiram do sepulcro” . A palavra grega traduzida por “fugiu”

    é a palavra usada para escapar de um animal selvagem. Se puder imaginar como

    você se sentiria sendo seguido por um touro ou uma matilha de lobos, então saberá

    como essas mulheres se sentiram!

    A  Se tiver uma ilustração pessoal de ter sido perseguido por um animal,

    use-a de forma breve aqui. Ex.: “Fui perseguido por um cachorro muito

    bravo uma vez e fiquei aterrorizado. Foi dessa forma que essas mulheres

     se sentiram”.

    O primeiro choque é descrito no versículo 4 quando as mulheres chegaram e desco-

    briram que alguém já havia resolvido o problema da pedra na entrada do túmulo.

    A grande pedra pesada tinha sido rolada para longe da entrada.

    O segundo choque foi que não havia mais necessidade para as especiarias nas quais

    gastaram tanto dinheiro. A barreira foi removida – e o corpo não estava lá.

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    Um “jovem rapaz vestido em roupas brancas” – claramente um mensageiro de

    Deus – disse o seguinte:

    “Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado”(Marcos 16.6).

    Ele confirmou que o homem de Nazaré, chamado Jesus, cuja morte as mulheres

    tinham visto, foi crucificado e foi sepultado lá. Ele disse:

    “... vede o lugar onde o tinham posto”.

    Elas não estavam imaginando isso, não estavam no lugar errado – aquele era o lugaronde Jesus havia sido colocado. Elas não estavam sonhando – realmente aconteceu.

    Mas não é o fim da história.

    O mensageiro disse: “Vocês podem ver o lugar, podem ver os tecidos de sepulta-

    mento descartados, mas não o verão aqui. Ele não está aqui. Ele ressuscitou!”

    Mas não era o fim das notícias do jovem. Ele tinha uma mensagem para os dis-

    cípulos – uma mensagem que pode somente ser verdade se Jesus tiver mesmo

    ressuscitado.

    “Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós

     para a Galileia; lá o vereis, como ele vos disse” (Marcos 16.7).

    Numa das profecias que vimos anteriormente em nosso estudo “Investigue”, Jesus

    disse a Seus discípulos que Ele ressuscitaria e iria para a Galileia, onde se encon-

    trariam. Agora o jovem vestido de branco disse a mesma coisa às mulheres. O Jesus

    ressurreto iria Se encontrar com os discípulos, incluindo Pedro, na Galileia.

    Marcos termina seu livro com a reação das mulheres. Mas os outros três evangelhos e o

    livro de Atos informam alguns fatos que aconteceram depois da ressurreição. Eles nos

    dizem que Jesus apareceu aos Seus discípulos, pelo menos, em dez ocasiões depois de

    Sua morte. Ele também apareceu para mais de 500 pessoas ao mesmo tempo.

    Agora, neste momento, você pode supor ser difícil acreditar no que Marcos nos

    relata sobre a ressurreição. Ou talvez rejeite tudo que a Bíblia revela sobre as coisas

    maravilhosas que Jesus disse e fez. Todos nós sabemos que trazer vida para um

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    corpo é algo que a ciência e o poder humanos não podem fazer. Mas não devemos

    rejeitar a ressurreição dos mortos só porque não podemos fazê-lo.

    Por favor, não descarte o ensino claro da Bíblia sobre Jesus morrer e ressuscitarcom base em que, se nós não podemos fazê-lo, não pode ser feito. Conforme nos

    encontramos com Jesus no evangelho de Marcos, ouvimos e vimos coisas que estão

    além da nossa compreensão e habilidade. Era o esperado quando Deus, o Filho, veio

    ao mundo que Ele criou.

    Se você não viu quem Jesus é enquanto Ele ensina, chama, cura, controla, ressuscita

    dos mortos e perdoa pecados – então, claramente, não vai acreditar que Ele possa

    ressuscitar dos mortos.

    Marcos não “pinta de rosa” as reações dos que ouviram originalmente as notícias

    de que Jesus ressuscitou. As mulheres viram Jesus ser brutalmente executado 36

    horas antes. Elas reagiram à notícia de que Ele estava vivo novamente com espanto

    e medo. Marcos não subestima a luta delas em compreender o que foi dito sobre

    Jesus. Porque isso é história – isso aconteceu!

    3 . Governando como Re i

    Pense em todas as coisas que fizeram para Jesus antes e enquanto morria. As pes-

    soas O traíram, rejeitaram, zombaram Dele, cuspiram Nele, O açoitaram e mataram.

    Essas coisas mostram o que as pessoas pensavam de Jesus. Ele não tinha valor para

    elas. Não deram nenhum valor à Sua vida.

    A ressurreição mostra que Deus reverteu esse veredicto. Ele deu valor máximo a

    Seu Filho. Deus não deixou Jesus onde os homens O colocaram. Não. A notícia

    surpreendente veio: “Ele ressuscitou!” Deus pensa de forma diferente a respeito

    de Seu Filho. As pessoas O rejeitaram – Deus O exaltou. Esse sempre foi o plano.

    Foi por causa disso que o jovem vestido de branco disse no versículo 7:

    “Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós

     para a Galileia; lá o vereis, como ele vos disse”.

    Jesus sempre falou sobre a certeza de Sua ressurreição quando Se referia à Sua

    morte. Que imagem essa do poder soberano de Jesus, o Rei! Quem mais poderia

    estar em tal controle de cada aspecto da própria morte e ressurreição?

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    É quase como se Jesus estivesse falado a Seus seguidores: “Vamos passar por

    momentos muito difíceis, e vocês me verão morrendo – mas vou ressuscitar no

    domingo, e vamos todos nos encontrar na Galileia, na segunda-feira, conforme

    planejado”.

    Qualquer um poderia ter dito essas palavras, mas somente um Rei com poder sur-

    preendente poderia fazê-las acontecer!

    A ressurreição de Jesus, portanto, reverte o veredicto do mundo sobre Ele. Mostra

    que Ele é o Rei e Filho exaltado de Deus – que esteve sempre no controle soberano,

    mesmo quando foi rejeitado pelos judeus, abandonado pelos discípulos, brutalizado

    pelos romanos e abandonado por Deus na cruz enquanto pagava pelo meu pecado.

    As mulheres vieram prestar o último tributo ao corpo morto, ungir o corpo. Elas

    pensaram que tudo tinha acabado nessa tragédia no momento em que Jesus

    morreu, e as esperanças delas foram despedaçadas.

    Mas estas duas palavras: “Ele ressuscitou” mudou tudo.

    4 . V á e c o n t e

    Vimos como Marcos foi inflexivelmente honesto em seu relato sobre o que acon-

    teceu naquele dia. Marcos 16.8 nos diz que, pelo menos no início, as mulheres

    ficaram tão completamente confusas que correram para salvar a vida e não falaram

    nada.

    Entretanto, como você pode ver, essa notícia sobre a ressurreição precisa ser con-

    tada. O mensageiro de Deus falou:

    “Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós paraa Galileia; lá o vereis, como ele vos disse” (Marcos 16.7).

    Em outras palavras, a notícia é: Jesus está vivo, e você vai se encontrar com Ele,

    como havia dito.

    A Se possível, mostre esta afirmação com um auxílio visual:

    A notícia é: Jesus está vivo, e você vai se encontrar com Ele, como havia dito.

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    Como alguém poderia dizer que a mensagem cristã é irrelevante? Estamos todos na

    fila. Todos vamos ter que enfrentar a morte. Mesmo assim, aqui está Jesus – que saiu

    do sepulcro a fim de liderar para fora da sepultura os que confiam Nele.

    A notícia da ressurreição é absolutamente maravilhosa. Significa que a morte não

    destruiu Jesus. Ele sofreu, mas a destruiu em Sua ressurreição. Essa notícia é sur-

    preendente e maravilhosa.

    Esse é o ponto em que fica desconfortável para todos nós. Eu fico desconfortável,

    porque tenho que lhe contar uma coisa, e estou preocupado em ser mal inter-

    pretado por vocês. E vocês ficarão desconfortáveis enquanto ouvem, porque a

    ressurreição de Jesus tem outra implicação.

    Permita-me falar novamente e explicar. Essa notícia sobre a ressurreição tem que

    ser contada. A notícia é: Jesus está vivo, e você vai se encontrar com Ele, como Ele

    disse.

    Você consegue ver a implicação para todos a respeito da ressurreição e sobre a qual

    não iremos escapar? Não são apenas os discípulos que verão Jesus novamente –

    todos nós O veremos.

    Em Atos 17, quando o apóstolo Paulo estava falando em Atenas, ele disse que Deus

    “estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que

    destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos”  (Atos 17.31).

    A ressurreição de Jesus traz esperança diante da morte. Também promete que Jesus

    Cristo tem poder e direito de nos ressuscitar e nos julgar. Haverá um ponto final na

    história, quando Jesus retornar a este mundo – que ainda está em rebelião contra

    Ele – e acabar com a revolta. Haverá um dia quando Deus vai mostrar que aquele

    Jesus desprezado é Seu Filho amado, exaltado, Rei e Juiz.

    Essa é uma perspectiva assustadora se você, como eu, sabe quanto tem maltratado

    o Senhor Jesus.

    A Levante o DVD da ilustração da última semana, e lembre ao grupo que o

    DVD contém o registro de tudo que fizemos, falamos e pensamos.

    Permita-me encerrar mostrando em Marcos 16 como você pode estar preparado, e

    não ter vergonha de encontrar-se com Jesus quando Ele retornar.

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    Marcos 16.7 diz: “Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de

    vós para a Galileia; lá o vereis, como ele vos disse”.

    A Levante o DVD novamente.

    O que havia no DVD de Pedro? Os discípulos tinham fugido de Jesus no momento

    crítico, mas Pedro tinha até mesmo negado conhecê-Lo. Esse é o homem que argu-

    mentou, em Marcos 8, que Jesus não deveria ir para a cruz. Perceba como, após a

    falha de Pedro, o Jesus ressurreto envia uma mensagem particular a ele.

    Pedro deve ter pensado que sua falha foi fatal, mas o Senhor Jesus ressurreto, que

    morreu pelos pecados, diz que Pedro é bem-vindo.

    Assim como Pedro, nós negamos a Deus e fazemos uma confusão de nosso relaciona-mento com Ele. Entretanto, Jesus pagou por esse pecado na cruz. E agora Ele vive

    – conforme mostra o relato da ressurreição – para perdoar a todos que vão confiar Nele.

    A ressurreição de Jesus prova que Deus aceitou Sua morte em meu lugar, paga-

    mento integral e definitivo por minha rebelião pessoal contra Ele. Jesus deu Sua vida

    pelo resgate de muitos, da forma que disse que iria fazer. Ele morreu para pagar

    pelo nosso pecado, e ressuscitou para provar que o pecado estava verdadeiramente

    pago. O preço do resgate foi pago.

    Esta é a mensagem que todos precisam ouvir: Jesus está vivo, e você vai se encontrar

    com Ele, como havia dito.

    Você pode encontrá-Lo antes disso, pela fé. Enquanto agradece a Ele por ter mor-

    rido em seu lugar, peça perdão pelos seus pecados e coloque a fé em Suas mãos.

    Você pode passar pela vida sem medo da morte ou do julgamento porque Jesus

    enfrentou tudo por você.

    Por causa da ressurreição, podemos confiar em Jesus com relação à nossa morte. E

    porque Ele está vivo, você pode conversar com Ele agora mesmo.

    A Você pode dar um pequeno testemunho pessoal sobre “encontrar Jesus

     pela fé” e “falar com Ele você mesmo” – e como isso é real e transformador.

    Ou sugerir que as pessoas perguntem a você ou a um dos líderes sobre

    isso no final da reunião, se quiserem mais informações.

    Deixe-me encerrar falando novamente que essa é a mensagem que todo mundo

    precisa ouvi