introdução bíblica

28
Introdução Bíblica O Antigo Testamento era a Bíblia que Jesus e os Apóstolos usaram para confirmar aquilo que pregavam. É nele que se encontram testemunhos a respeito de Cristo e a exibição do plano de salvação por meio da fé Nele (Rm 3. 21; II Tm 3. 15). Sua relação com o Novo Testamento é o cumprimento das promessas ali contidas. Ora, se no Antigo Testamento há o registra daquilo que Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras, aos Pais, pelos profetas, em o N. T., temos Sua Palavra transcendente: Seu Filho. CAPÍTULO 1 GENERALIDADES DA BÍBLIA 1. 1. O NOME “BÍBLIA”, ORIGEM E SIGNIFICADO a. Bíblia. O termo Bíblia vem do latim, proveniente do grego “biblos”, que significa “pergaminhos”, ou “livros” (cf II Tm 4. 13). Vertido para o latim, o termo biblostornou-se substantivo feminino singular: bíblia. Daí designarmos o Livro Santo de “A Bíblia”. Foi João Crisóstomo, no IV século d.C., o primeiro a empregar o termobíbliano tocante às Escrituras. b. Escritura Sagrada. O termo Escritura vem do latim “scriptura”, indicando o texto ou a palavra escrita. Em II Timóteo 3. 15 Paulo faz referência às “Sagradas Escrituras” que o jovem Timóteo conhecia desde a sua infância. Assim, Escritura Sagradatambém é um termo bastante apropriado para designar o Livro da Revelação de Deus. c. Palavra de Deus. “Palavra” é a tradução de “dabhar”, da língua hebraica, ou “logos” da língua grega. Ela nas Escrituras designa quase sempre algo que é falado, e às vezes o que está escrito. Nesse sentido, aquilo que os profetas ouviram de Deus constitui-se em revelação, como também essas mesmas palavras escritas em linguagem humana, que é o “texto escrito”. 1. 2. Os dois Testamentos na Bíblia A Bíblia é a reunião de várias obras distinta, chamadas de: O Antigo e o Novo Testamento. Vem do latim “Testamentum”, traduzido da palavra “Aliança”. A Bíblia, portanto, é o conjunto de livros que nos falam da Aliança que Deus fez com Israel, por intermédio de Moisés, atingindo sua plenitude em Cristo, com Sua morte redentiva. O Antigo Testamento dos judeus. A Bíblia Hebraica é dividida em três blocos conforme abaixo: Lei (Torah) Profetas (Nebiim) Escritos (Ketubim) GênesisÊxodoLevíticoNúmeros Deuteronômio Josué; JuízesI, II SamuelI, II Reis; IsaíasJeremias Lamentações Ezequiel; Oséias; Joel Amós; ObadiasJonas; MiquéiasNaum; HabacuqueSofonias; Ageu Zacarias Malaquias Rute; I, II CrônicasEsdras; NeemiasEster; Jó; SalmosProvérbios Eclesiastes Cantares; Daniel

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bibliologia

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Page 1: Introdução Bíblica

Introdução Bíblica

O A

ntig

o T

estamen

to era

a B

íblia

que Jesu

s e os A

pósto

los u

sara

m p

ara co

nfirm

ar aq

uilo

que

preg

ava

m. É

nele q

ue se en

contra

m testem

unhos a

respeito

de C

risto e a

exibiçã

o d

o p

lano d

e

salva

ção p

or m

eio d

a fé N

ele (Rm

3. 2

1; II T

m 3

. 15).

Sua rela

ção co

m o

Novo

Testa

men

to é o

cum

prim

ento

das p

rom

essas a

li contid

as. O

ra, se

no A

ntig

o T

estamen

to h

á o reg

istra d

aquilo

que D

eus fa

lou m

uita

s vezes e de m

uita

s maneira

s,

aos P

ais, p

elos p

rofeta

s, em o

N. T

., temos S

ua Pa

lavra

transcen

den

te: Seu

Filho.

CA

PÍT

ULO

1

GE

NE

RA

LID

AD

ES

DA

BÍB

LIA

1. 1

. O N

OM

E “B

ÍBLIA

”, OR

IGE

M E

SIG

NIF

ICA

DO

a. B

íblia

. O term

o B

íblia

vem

do la

tim, p

roven

iente d

o g

rego “b

iblo

s”, q

ue sig

nifica

“perg

am

inhos”, o

u “livro

s” (cf II Tm

4. 1

3). V

ertido p

ara o

latim

, o term

o b

iblo

storn

ou-se

substa

ntivo

femin

ino sin

gula

r: bíb

lia. D

aí d

esignarm

os o Livro

Santo d

e “A B

íblia

”. Foi Jo

ão

Crisó

stom

o, n

o IV

século

d.C

., o p

rimeiro

a em

preg

ar o

termo“b

íblia

” no to

cante à

s Escritu

ras.

b. E

scritura

Sag

rad

a. O

termo E

scritura

vem d

o la

tim “s

crip

tura

”, indica

ndo o

texto o

u a

pala

vra escrita

. Em

II Tim

óteo

3. 1

5 P

aulo

faz referên

cia às “S

agra

das E

scritura

s” que o

jovem

Tim

óteo

conhecia

desd

e a su

a in

fância. A

ssim, “E

scritu

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ag

rad

a” ta

mbém

é um

termo

basta

nte a

pro

pria

do p

ara

desig

nar o

Livro d

a R

evelaçã

o d

e Deu

s.

c. Pala

vra

de D

eu

s. “Pala

vra” é a

traduçã

o d

e “dab

har”

, da lín

gua h

ebra

ica, o

u “lo

go

s” d

a

língua g

rega. E

la n

as E

scritura

s desig

na q

uase sem

pre a

lgo q

ue é fa

lado, e à

s vezes o q

ue está

escrito. N

esse sentid

o, a

quilo

que o

s pro

fetas o

uvira

m d

e Deu

s constitu

i-se em revela

ção, com

o

tam

bém

essas m

esmas p

alavra

s escritas em

linguagem

hum

ana, q

ue é o

“texto

escrito

”.

1. 2

. Os d

ois T

esta

men

tos n

a B

íblia

A B

íblia

é a reu

niã

o d

e várias o

bra

s distin

ta, ch

am

adas d

e: O A

ntig

o e o

Novo

Testam

ento

. Vem

do la

tim “T

esta

men

tum

”, traduzid

o d

a p

ala

vra “A

lian

ça”. A

Bíb

lia, p

orta

nto

, é o co

nju

nto

de

livros q

ue n

os fa

lam

da A

liança

que D

eus fez co

m Isra

el, por in

terméd

io d

e Moisés, a

tingin

do su

a

plen

itude em

Cristo

, com

Sua m

orte red

entiva

.

O A

ntig

o T

esta

men

to d

os ju

deu

s. A B

íblia

Heb

raica

é divid

ida em

três blo

cos co

nfo

rme a

baixo

:

Lei (Tora

h) Profetas

(Neb

iim)

Escritos (K

etubim

)

nesisÊxodoL

evíticoN

úm

eros

Deutero

nôm

io

Josué; JuízesI, II S

am

uelI,

II Reis; Isa

íasJerem

ias

Lam

enta

ções

Ezeq

uiel; Osé

ias; Joel

Am

ós; O

ba

diasJona

s;

Miq

uéia

sNa

um;

Ha

bacuq

ueSofonia

s; Ageu

Za

caria

s

Ma

laquias

Rute; I, II C

rônica

sEsdra

s;

Nee

mia

sEster; Jó;

Sa

lmosP

rovérb

ios

Eclesiastes

Ca

ntares; D

aniel

Page 2: Introdução Bíblica

O livro

de D

an

iel fig

ura

entre o

s “Escrito

s” e não en

tre os “P

rofeta

s”. O livro

deJo

sué fig

ura

entre

os “P

rofeta

s” e não en

tre os “H

istórico

s”. Vê-se q

ue essa

classifica

ção é im

pre

cisa.

O A

ntig

o T

esta

men

to p

ara

os cristã

os

Histórico

Proféticos

Didáticos (P

oéticos)

nesis e Êxodo,L

evítico e

meros,D

euteronôm

io, Josué,Juízes,

Rute e I, II S

am

uel,

I, II Reis e I, II C

rônicas,

Esdra

s, Neem

ias e E

ster

Isaías,Jerem

ias e

Lam

enta

ções,E

zequiel, D

aniel e

Osé

ias,Joel, A

s e Oba

dias,

Jonas, M

iquéias e N

aum

,

Ha

bacuq

ue e Sofonia

s,

Ageu, Z

aca

rias e M

ala

quia

s

JóS

alm

osPrové

rbiosE

clesiastes

ntico (ou Ca

ntares)

Observe q

ue o

s cinco

s livros d

a T

ora

h (Lei), sã

o cham

ados d

e “histó

ricos” a

inda q

ue o

livro d

e Levítico e D

eutero

nôm

io co

nten

ham

quase q

ue leis o

u d

iscurso

s. Tam

bém

o S

altério

ou

Salm

os é d

esignado d

e did

ático

ou p

oético

. Tal cla

ssificaçã

o, em

bora

imprecisa

é muito

útil p

ara

que se id

entifiq

ue o

conteú

do d

o livro

de a

cord

o co

m ca

da tip

o d

e literatu

ra.

Ao cla

ssificar o

s livros p

rofético

s é com

um

tam

bém

se fazer distin

ção en

tre:

a. O

s Pro

feta

s Maio

res: Isa

ías, Jerem

ias, La

men

taçõ

es, Ezeq

uiel, D

aniel.

b. O

s Pro

feta

s Men

ore

s: Oséia

s, Joel, A

mós, O

badia

s, Jonas, M

iquéia

s, Habacu

que, S

ofo

nia

s,

Ageu

, Zaca

rias, M

ala

quia

s. Estes livro

s são d

esignados a

ssim m

edia

nte o

volu

me d

e seus escrito

s.

Cla

ssificaçã

o d

os liv

ros d

o N

ovo

Testa

men

to

Com

o já

observa

mos, a

Igreja

Cristã

reconhece em

unísso

no, o

s 27 livro

s do N

ovo

Testa

men

to co

mo in

spira

dos, o

u seja

, canônico

s.

Evangelhos

Livros Históricos

Epístolas

Literatura Apocalíptica

Ma

teusMa

rcosLucasJoão

Atos dos A

póstolos

Ro

ma

nos; I e II CoríntiosG

álatas;

Efé

siosFilip

enses; ColossensesI,

II Tessa

lonicenses

I, II Tim

óteo; T

ito

Filem

on; Heb

reus e Tia

go

I, II Pedro

Ap

ocalipse

Page 3: Introdução Bíblica

I, II, III João e Juda

s.

A d

ivisã

o d

a B

íblia

em

cap

ítulo

s e v

ersícu

los. D

ocu

men

tos a

ntig

os revela

m o

interesse d

a

Igreja

nos p

rimeiro

s século

s do cristia

nism

o em

divid

ir os eva

ngelh

os p

or a

ssunto

s. Mas fo

i

som

ente n

a Id

ade M

édia

que a

tarefa

torn

ou-se rea

lidad

e.

O ch

anceler d

a U

niversid

ade d

e Paris, E

stevão La

ngto

n, fo

i quem

dem

arco

u a

Bíb

lia em

capítu

los em

1226. Q

uanto

à n

um

eraçã

o d

os versícu

los, fo

i realiza

da em

1551, p

elo ed

itor R

obert

Step

hanus, ta

mbém

de Pa

ris.

1. 3

. As lín

gu

as o

rigin

ais d

a B

íblia

O h

eb

raico

. Os livro

s do A

ntig

o T

estam

ento

fora

m escrito

s orig

inalm

ente n

a lín

gua h

ebra

ica (co

m

alg

um

as p

orçõ

es em a

ram

aico

: Est 4

. 7, 6

. 18; Jer 1

0. 1

1; D

an 2

. 4-7

, 28).

O h

ebra

ico era

a lín

gua o

ficial d

e Canaã

(Is 19. 1

8), o

u lín

gua d

os fen

ícios a

dota

da p

elos clã

s ou

tribos isra

elitas q

uando en

trara

m n

a T

erra

Pro

metid

a (D

t 26. 5

).

O h

ebra

ico era

fala

do em

toda a

costa

do M

ar M

editerrâ

neo

e há in

dica

ções d

e que já

era u

sado

desd

e cerca d

e 800 a

ntes d

e Cristo

com

o “lín

gua ju

daica

” (cf II Rs 1

8. 2

6).

O term

o “h

eb

raico

” ficou co

nhecid

o p

or ca

usa

dos h

ebreu

s que o

adota

ram co

mo id

iom

a

oficia

l. Contu

do, seu

s antep

assa

dos, o

s Patria

rcas fa

lava

m o

ara

maico

, que fo

i perd

ido d

evido à

acu

ltura

ção d

os ca

naneu

s e do tem

po q

ue p

assa

ram

no E

gito

. Com

o exílio

em B

abilô

nia

(606-5

36

a.C

.) os h

ebreu

s volta

ram

a fala

r o a

ram

aico

, pois era

a língua d

os b

abilô

nico

s.

O a

ram

aico

era fa

lado d

ura

nte o

I século

da era

cristã, en

quanto

o h

ebra

ico esta

va restrito

apen

as

a á

rea relig

iosa

e as esco

las ra

bín

icas.

O g

reg

o. O

Novo

Testa

men

to fo

i escrito em

greg

o, lín

gua q

ue se to

rnou co

mum

um

pouco

antes

de C

risto, q

uando A

lexandre d

a M

aced

ônia

, que d

om

inou vá

rios rein

os en

tre 336 a

323 a

C., levo

u

a cu

ltura

greg

a, in

clusive a

sua lín

gua (o

greg

o) a

esses povo

s. No tem

po d

e Jesus era

este idio

ma

o m

ais fa

lado, em

bora

o la

tim fo

sse a lín

gua o

ficial d

o Im

pério

Rom

ano.

O g

rego em

que o

N. T

. foi escrito

, não é o

greg

o clá

ssico fa

lado p

elos filó

sofo

s da ép

oca

.

E sim

o g

rego k

oin

é (q

ue sig

nifica

com

um

, ou seja

, o id

iom

a fa

lado p

elo p

ovo

).

1. 4

. Os m

ate

riais, a

s trad

uçõ

es e

versõ

es d

a B

íblia

Mate

riais d

e e

scrita d

a B

íblia

. O m

undo an

tigo u

sou vá

rios m

ateria

is de escrita

, desd

e

tabuin

has d

e arg

ila a

té ped

ras. O

papiro

e o p

ergam

inho fo

ram

os m

ais im

porta

ntes.

a. O

pap

iro. É

um

materia

l extraíd

o d

e um

a p

lanta

do m

esmo n

om

e que cresce à

s marg

ens d

o rio

Nilo

, no E

gito

. Por ser u

m m

ateria

l frágil, n

ão resiste à

um

idade; m

as o

calo

r do O

riente a

juda n

a

sua co

nserva

ção. A

prin

cípio

, boa p

arte d

a B

íblia

foi escrita

em p

apiro

.

b. O

perg

am

inh

o. O

riundo d

e Pérg

am

o –

uns 2

00 a

nos a

.C. –

daí o

nom

e, era d

e peles d

e

anim

ais. O

papiro

e o p

ergam

inho era

m ch

am

ados d

e “sefer” (livro) o

u “g

illâ” (ro

lo).

O P

enta

teuco, p

or exem

plo

, estava

contid

o n

um

só ro

lo d

e perg

am

inho. U

sava

-se apen

as u

m la

do

do p

ergam

inho p

ara

escrever. O leito

r teria q

ue d

esenro

lá-lo

para

fazer a

leitura

, e enro

lá-lo

para

ser guard

ado. P

aulo

usa

va seu

s escritos em

“perg

am

inhos” in

dica

ndo seu

s livros, d

izendo:

“Quan

do vieres, tra

ze a ca

pa q

ue d

eixei em T

rôade, esp

ecialm

ente o

s perg

am

inhos” (II T

m 4

. 13).

Page 4: Introdução Bíblica

c. O “có

dice

” ou

“cod

ex” (la

t.) com

eçou a

aparecer n

o Im

pério

Rom

ano n

o 2

º século

d.C

., no

início

do C

ristianism

o. E

ntre

os sécu

los IV

e V, o

Codex to

rnou-se p

opula

r entre o

s cristãos. C

ada

folh

a (fó

lio) p

odia

ser escrito d

e am

bos o

lado. N

um

Cód

ice, a B

íblia

(A.T

) podia

ser escrita n

um

único

volu

me.

d. O

s colo

fões. S

ão d

ados referen

tes aos m

anuscrito

s. Ex: N

om

e de q

uem

o escreveu

; onde fo

i

pro

duzid

o; q

uando fo

i conclu

ído; a

s fontes b

iblio

grá

ficas e ta

mbém

quem

o en

com

endou.

d. 1

. Esses có

dices a

inda p

odia

m co

nter: A

data d

e sua co

nclu

são; q

uando se d

eu a

criaçã

o d

o m

undo d

e aco

rdo co

m a

era ju

daica

(3760 a

. C.).

d. 2

. Não era

m u

sados n

as S

inagogas. S

ó o

Rolo

tinha fin

alid

ades litú

rgica

s.

1. 4

. 1. O

au

tóg

rafo

era o

orig

inal escrito

por a

quele q

ue receb

eu a

revelaçã

o d

ivina. N

ão existe

mais. S

ó có

pia

das có

pia

s. A có

pia

mais a

ntig

a d

ata d

e 900 a

1.0

00 d

. C..

1. 4

. 2. A

Bíb

lia H

eb

raica

são a

s Escritu

ras cen

trais d

o judaísm

o (có

pia

dos o

rigin

ais). A

Torá

ou

o P

enta

teuco

é o m

ais im

porta

nte d

e todos o

s gru

pos d

e livros.

1. 5

. O P

en

tate

uco

Sam

arita

no

O p

rimeiro

é a B

íblia

Heb

raica

. O seg

undo era

desco

nhecid

o p

elos o

ciden

tais a

té 1616, q

uando fo

i

desco

berto

em D

am

asco

na S

íria. N

ão é u

ma versã

o d

o texto

bíb

lico h

ebra

ico, m

as, u

m d

os tip

os

textuais existen

tes no p

eríodo p

ós-exílio

, com

o o

era tam

bém

o tip

o h

ebra

ico d

a S

eptu

agin

ta e d

o

tipo h

ebra

ico d

o T

exto M

asso

rético.

O P

en

tate

uco

Sam

arita

no

surg

iu en

tre o III e o

IV sécu

lo a

.C. e p

ossu

i seu p

róprio

com

entá

rio

de m

aneira

indep

enden

te em

relaçã

o a

o “T

M”.

1. 5

. 1. S

ua h

istória

está lig

ada à

com

unid

ade sa

marita

na, S

eu cen

tro relig

ioso

é a cid

ade d

e

Siq

uém

(Nablu

s) na a

ntig

a reg

ião d

e Sam

aria

na G

aliléia

. Hoje eles têm

um

centro

de cu

lto

tam

bém

em H

olo

n (Isra

el). Eles p

ossu

em su

as p

rópria

s tradiçõ

es e seu m

odo d

e interp

retar a

s leis

contid

as n

o P

entateu

co S

am

arita

no –

sua ú

nica

Bíb

lia.

a. S

eu lu

gar d

e culto

. Nesse P

enta

teuco

, em Ê

xodo 2

0: 1

7 h

á u

m m

andam

ento

ord

enando

constru

ir um

templo

no M

onte G

erizim. Isso

é observa

do ta

mbém

em o

utra

s passa

gen

s.

b. E

rudito

s escrevem q

ue, d

uas p

assa

gen

s em o

Novo

Testa

men

to con

cord

am

com

o

Pen

tateu

co S

am

arita

no (A

t 7. 4

, 32 e H

b 9

. 3).

c. Ele co

ntém

mais a

diçõ

es e tradiçõ

es rabín

icas em

seu co

nju

nto

do q

ue o

“TM

”. Mesm

o

assim

ele conco

rda m

ais com

o “T

M” d

o q

ue co

m a

LXX.

d. O

s copista

s sam

arita

nos n

ão era

m tã

o cuid

adoso

s em p

roduzir có

pia

s do seu

texto

, quanto

aquele a

dota

do p

elos co

pista

s judeu

s. Em

época

s posterio

res, torn

ara

m-se m

ais criterio

sos.

1. 6

. A S

ep

tuag

inta

É u

ma versã

o d

a B

íblia

Heb

raica

para

o g

rego. E

ssa tra

duçã

o fo

i à fo

nte d

e insp

iração

para

os

escritores d

o N

ovo

Testa

men

to e p

ara

os escrito

s dos Pa

is da Ig

reja.

a. Fo

i traduzid

a p

ara

vária

s com

unid

ades cristã

s espalh

adas p

elo Im

pério

Rom

ano q

ue

não fa

lava

m o

greg

o o

u la

tim, m

as q

ue tin

ham

sua p

rópria

língua.

b. O

uso

da LX

X p

elos ju

deu

s duro

u a

té o in

ício d

o 2

º século

da E

ra C

ristã, q

uando o

judaísm

o sen

tiu a

necessid

ade d

e nova

s traduçõ

es feitas a p

artir d

o texto

Heb

raico

, mas refletin

do

os co

nceito

s do ju

daísm

o ra

bín

ico d

e entã

o.

Page 5: Introdução Bíblica

c. Para

o C

ristianism

o, a

LXX, to

rnou-se a

Bíb

lia p

or excelên

cia e seu

impacto

no C

ristianism

o n

os

prim

eiros sécu

los fo

i mui p

roveito

so. Fo

i nela

que o

s cristãos en

contra

ram

respald

o p

ara

suas

afirm

açõ

es e doutrin

as.

1. 6

. 1. S

ua tra

du

ção

. Deu

-se no III sécu

lo a

.C., em

Alexa

ndria

no E

gito

. Ela

foi e é im

porta

nte

para

a crítica

bíb

lica textu

al literá

ria, p

ara

a a

ntig

a exeg

ese, para

a term

inolo

gia

do N

ovo

Testa

men

to e p

ara a

antig

a tra

diçã

o h

istórica

do texto

bíb

lico.

a. O

termo “S

eptu

agin

ta” é d

o la

tim (seten

ta). T

al d

esignaçã

o tem

orig

em em

um

escrito

conhecid

o co

mo C

arta d

e Aristéia

s, com

posta

por vo

lta d

e 130 a

.C. e q

ue p

retende n

arra

r a

orig

em d

essa a

ntig

a tra

dição

. A ca

rta d

iz que o

rei do E

gito

, Pto

lom

eu II Fila

delfo

(285-2

47),

deseja

ndo ter u

ma có

pia

da T

orá

traduzid

a p

ara

o greg

o, en

viou u

ma d

elegaçã

o e o

pró

prio

Aristéia

s ao sa

cerdote E

leaza

r em Jeru

salém

, ped

indo-lh

e que en

viasse u

ma có

pia

da T

orá

e um

gru

po d

e sábio

s para

traduzi-la

. Fora

m en

viados 7

2 ju

deu

s versados n

o h

ebra

ico e n

o g

rego (6

de

cada trib

o) p

ara

Alexa

ndria

. Os tra

duto

res, em g

rupos d

e seis, fora

m co

loca

dos n

a ilh

a d

e Faro

s,

em fren

te à cid

ade, em

celas sep

ara

das. 7

2 d

ias d

epois a

obra

estava

conclu

ída e tod

as a

s

traduçõ

es idên

ticas.

b. N

a verd

ade, o

relato

de A

ristéias era

elevar e leg

itimar o

valo

r da LX

X p

erante o

s judeu

s de fa

la

greg

a q

ue vivia

m em

Alexa

ndria

, com

o ta

mbém

de lo

cais fo

ra d

a Pa

lestina.

c. Com

o p

assa

r do tem

po ou

tros a

uto

res, tanto

judeu

s com

o cristã

os, a

crescento

u d

ados a

histó

ria d

e sua o

rigem

. Com

o ta

mbém

escritores co

mo A

ristóbulo

, Filon d

e Alexa

ndria

, Flávio

Josefo

, fontes ra

bín

icas e cristã

s cola

bora

ram

para

que a im

agem

e auto

ridade d

a LX

X fo

sse

reconhecid

a p

ara

aqueles q

ue d

esejava

m u

tilizar a

Bíb

lia H

ebra

ica n

um

a versã

o g

rega.

d. Filo

n d

e Alexa

ndria

(25 a

. C. –

40 d

. C.) e Flá

vio Jo

sefo (3

8-1

00 d

. C.) a

firmara

m q

ue ela

era

um

a tra

duçã

o in

spira

da e d

e alta

qualid

ade.

Os P

ais d

a Ig

reja n

orm

alm

ente a

ceitava

m a

s opin

iões d

e Filon e d

e Josefo

, entre e

les: Justin

o, o

Mártir, C

lemen

te de A

lexandria

, Irineu

de Lio

n, A

gostin

ho d

e Hip

ona etc.

e. E

mbora

a ca

rta d

e Aristéia

s se refira a

pen

as a

o P

entateu

co, a

lenda fo

i aplica

da a to

dos livro

s

da LX

X, en

gobla

ndo ta

mbém

os a

pócrifo

s no C

ânon. O

Pen

tateu

co d

eve ter sido tra

duzid

o n

o 3

º

século

a. C

. e os o

utro

s livros fo

ram

traduzid

os a

os p

ouco

s, por o

utra

s pesso

as, à

s vezes até sem

conhecer b

em o

heb

raico

ou o

greg

o.

f. Pen

sa-se q

ue en

tre a tra

duçã

o d

o P

enta

teuco

, a co

nfecçã

o d

os d

emais livro

s e suas revisõ

es

passa

ram

-se uns 4

00 a

nos. S

ua seq

uên

cia d

ifere da B

íblia

Heb

raica

.

g. N

os d

ois p

rimeiro

s século

s houve vá

rias recen

sões (co

rreções) n

a LX

X. E

ntre m

uito

s, temos a

s

correçõ

es de H

esíquio

de A

lexandria

(311 d

.C.); Lu

ciano d

e Antio

quia

(250-3

11/3

12 d

.C.) e

Oríg

enes (1

85-2

53/2

54). E

ste colo

cou seis versõ

es para

corrig

ir e se cheg

ar a

o texto

mais co

rreto

da S

eptu

agin

ta (U

ma h

ebra

ica e cin

co g

regas –

A H

éxapla

).

O

texto hebra

icoconsonotal

O

texto Heb

raico tra

nsliterado

em letra

s

A

versão grega

de Áq

uila

A

versão

grega O

texto grego revisa

do

da LX

X

A

versão grega

de Teo

docião

Page 6: Introdução Bíblica

gregas de

Sím

aco

h. E

m m

uitas p

assa

gen

s, a LX

X em

vez de tra

duzir sim

plesm

ente o

texto h

ebra

ico fa

z um

a

interp

retaçã

o. E

xemplo

s:

h. 1

. Diz o

TM

de Isa

ías 7

: 14: “E

is que a

jovem

conceb

eu e d

á à

luz u

m filh

o e ch

ama o

seu

nom

e “Iman

u’e

l”./ A LX

X d

iz: “Eis q

ue a

virgem

conceb

erá e d

ará

à lu

z um

filho e o ch

am

arã

o

com

o n

om

e de “E

man

uel”.

h. 2

. O S

alm

o 3

9. 7

-8 d

a L

XX

(Salm

o 4

0. 7

-8, n

o T

M) tem

um

a va

riaçã

o n

o texto

.

No

TM

: “Sacrifício

e oferen

da n

ão d

esejaste, o

uvid

os a

briste

s para

mim

, holo

causto

e expia

ção

não req

uereste. E

ntã

o (eu

) disse: eis q

ue v

im n

o ro

lo d

o livro

escrito so

bre m

im. Fa

zer o teu

querer, m

eu D

eus, d

esejei, e teu en

sino está

no m

eio d

e min

has en

tranhas”

Na L

XX

: “Não q

uise

ste sacrifício

s e obla

ção, m

as pla

smaste-m

e um

corp

o. H

olo

causto

s e

sacrifício

s pelo

peca

do n

ão te a

gra

dara

m. E

ntã

o eu

disse: E

is-me a

qui, p

ois é d

e mim

que está

escrito n

o ro

lo d

o livro

: eu v

im, ó

meu

Deu

s, para

fazer a

tua von

tade.

Ob

serv

açã

o. N

a n

ossa

Bíb

lia e

stá a

trad

uçã

o d

o T

M —

(Sl 4

0. 6

-8)

No

No

vo

Testa

men

to e

stá o

texto

tirad

o d

a L

XX

——

– (H

b 1

0. 6

-7).

O escrito

r aos H

ebreu

s ao tra

duzir u

ma fra

se colo

cando o

utra

s pala

vras q

ue n

ão eram

aquela

s do

TM

, que é o

heb

raico

oficia

l, causo

u u

ma d

isputa

acirra

da so

bre esta

frase. S

egundo o

s erudito

s,

am

bas a

s traduçõ

es são b

em a

ntig

as e p

erfeitam

ente g

enuín

as

En

tão

po

rqu

e a

dife

ren

ça?

i. A exp

licaçã

o é q

ue o

s traduto

res da LX

X g

rega p

arafrasea

ram

esta p

assa

gem

do S

alm

o 4

0 e

este tipo d

e pará

frase era

conhecid

o co

mo ta

rgu

mitiza

r, muito

com

um

na tra

dução

dos escrito

s

bíb

licos.

j. A p

ará

frase n

ão n

ega o

significa

do d

o o

rigin

al; ela

apen

as exp

õe o

sentid

o d

o texto

em

expressõ

es idio

mática

s ou co

nceito

s mais fa

milia

res à au

diên

cia d

a ép

oca

.

l. Este é o

caso

da fra

se: “ouvid

os a

bristes p

ara

mim

, ou p

erfura

ste-me a

s orelh

as”

m. A

frase está

relacio

nada co

m a

subm

issão com

pleta

e volu

ntá

ria d

e alg

uém

a o

utra

pesso

as,

expressa

em Ê

xodo 2

1: 2

-6. A

li se discu

te o ca

so d

e um

escravo

que p

or a

mor a

o seu

senhor, e

volu

nta

riam

ente q

uer ser escra

vo d

ura

nte to

da a

vida.

n. A

ssim, o

abrir o

u p

erfurar a

s orelh

as d

e alg

uém

era u

m sin

al e u

m sím

bolo

da ap

resenta

ção d

e

si mesm

o (vo

luntá

ria) co

mo escra

vo p

erpétu

o.

o. E

ssa foi a

idéia

interp

retada e p

ara

frasea

da n

a S

eptu

agin

ta p

elos estu

dio

sos d

o h

ebra

ico co

m

“prep

ara

ste um

corp

o p

ara

mim

”, porq

ue essa

era a

idéia

greg

a q

ue co

rrespondia

a to

tal

subm

issão. E

com

tal exp

ressão o

s leitores g

regos d

a LX

X esta

riam

mais fa

milia

rizados.

1. 7

. A V

etu

s Latin

a (A

ntig

a [versã

o] La

tina)

É tra

duzid

a d

a LX

X, su

rgid

a em

torn

o d

o II e III sécu

los d

. C., m

uito

antes d

as su

as

revisões (ta

lvez e

m 1

50

-18

0 d

. C.).

Page 7: Introdução Bíblica

a. C

om

a co

nquista

dos ro

manos, o

pro

cesso d

e latin

izaçã

o d

o C

ristianism

o fo

i aos p

ouco

s

tom

ando co

nta

da vid

a d

o p

ovo

. Isso m

otivo

u o

surg

imen

to d

e literatu

ras cristã

s, que co

meço

u n

o

norte d

a Á

frica co

m T

ertulia

no e C

ipria

no, a

mbos d

e Carta

go.

b. E

ssa la

tiniza

ção fo

i com

pleta

da n

a ép

oca

do P

apa D

âm

aso

I (366-3

84), o

nde a

Vetu

s

Latin

a fo

i de g

rande u

tilidade p

ara

isso.

c. Foi escrita

na lin

guagem

do p

ovo

. Mesm

o com

o a

parecim

ento

da V

ulg

ata

, a V

etus

Latin

a con

tinuou a

ser usa

da a

té o sécu

lo V

III, que fo

i sendo su

bstitu

ída a

os p

ouco

s pela

Vulg

ata

,

por ser esta

um

a m

elhor trad

uçã

o.

1. 8

. A V

ulg

ata

Latin

a

Versã

o vu

lgar, co

mum

. Seu

traduto

r foi S

ofro

niu

s Euseb

ious H

ieronym

us (Jerô

nim

o) (3

47-

419/4

20). C

onhecia

o h

ebraico

, o g

rego, d

o la

tim, o

aram

aico

e o síria

co.

a. Fo

i secretário

do P

apa D

âm

aso

I, de 3

82 a 3

84. Q

ue o

incu

mbiu

de revisa

r a V

etus

Latin

a com

base n

a LX

X, já

revisada. Q

uando D

âm

aso

morreu

em 3

84, n

o a

no seg

uin

te Jerônim

o

foi m

ora

r em B

elém, n

a P

alestin

a, o

nde viveu

até m

orrer.

b A

pós a

revisão d

a Vetu

s Latin

a e d

e um

a tra

duçã

o b

asea

da n

a H

éxapla

de O

rígen

es, ele

decid

iu fa

zer um

a n

ova

traduçã

o d

o A

ntig

o T

estam

ento

, agora

basea

do n

o texto

heb

raico

, que ele

afirm

ava

ter maio

r auto

ridade q

ue a

LXX.

c. Entre o

s anos 3

90 a 4

05 ele fez to

da a

traduçã

o d

aquela

que seria

cham

ada “a

Vulg

ata

”. Essa

Bíb

lia a

prin

cípio

não fo

i aceita

, mas a

os p

ouco

s com

eçou a

tom

ar o

lugar d

a V

etus La

tina. A

té que

por vo

lta d

o sécu

lo V

II em d

iante ela

foi a

ceita d

e vez. Entre o

s século

s VIII e IX

a V

etus La

tina

paro

u d

e circula

r.

d. A

Vulg

ata co

ntém

alg

uns livro

s apócrifo

s. São eles: T

obia

s; Judite; S

abed

oria

; Eclesiá

stico;

Baru

que; I e II M

aca

beu

s; acréscimos a

os livro

s de E

ster (1

0. 4

; 16: 2

4) e D

aniel 3

: 24-9

0 e

caps. 1

3 e 1

4.

Hoje h

á cerca

de 8

00 m

anuscrito

s da V

ulg

ata. S

eu texto

foi im

presso

muita

s vezes. Com

o ta

mbém

foi a

prim

eira o

bra

a ser im

pressa

por G

uten

berg

, entre 1

450-1

452 em

Main

z, Alem

anha.

1. 9

. A B

íblia

trad

uzid

a p

ara

a L

íng

ua P

ortu

gu

esa

Após a

Vu

lgata

Latin

a, u

ns m

il anos se p

assa

ram a

té surg

irem o

utra

s traduçõ

es. Em

certo

sentid

o fo

i Lutero

, o refo

rmador p

rotesta

nte q

ue d

eu m

aio

r ênfa

se à tra

duçã

o d

a B

íblia

para

a

língua co

mum

, ao tra

duzir a

s Escritu

ras p

ara

a lín

gua a

lemã, n

o sécu

lo d

ezesseis.

As p

rimeira

s experiên

cias d

e traduçã

o d

a B

íblia

para

a Lín

gua P

ortu

guesa

se dera

m a

inda

na Id

ade M

édia

, seu p

rimeiro

trabalh

o co

nsto

u d

e 20 cap

ítulo

s do liv

ro d

e Gên

esis. Houve o

utra

s

traduçõ

es de p

equen

as p

orçõ

es da B

íblia

, porém

, sem g

rande im

portâ

ncia

.

1. 1

0. A

trad

uçã

o d

e A

lmeid

a

Nascid

o em

Portu

gal em

1628, Jo

ão Ferreira

de A

lmeid

a a

inda m

oço, fo

i para

a H

ola

nda e n

o

cam

inho en

contro

u u

m fo

lheto

intitu

lado “D

iferença

da C

ristandade d

a Ig

reja R

eform

ada e d

a

Rom

ana”, a

través d

o q

ual se co

nverteu

ao E

vangelh

o, fa

zendo su

a p

rofissã

o d

e fé em 1

642.

Sen

tindo a

necessid

ade d

e o p

ovo

portu

guês ler a

Bíb

lia, in

iciou u

ma tra

duçã

o u

sando o

s orig

inais

do h

ebra

ico e d

o g

rego. A

pós tra

duzir o

Novo

Testa

men

to d

eu in

ício a

traduçã

o d

o A

ntig

o

Page 8: Introdução Bíblica

Testa

men

to, q

ue n

ão ch

egou

a co

nclu

ir, para

ndo n

o pro

feta E

zequiel. S

essenta

e dois a

nos a

pós

sua m

orte, e co

mpleta

da a

traduçã

o, a

Bíb

lia d

e Alm

eida fo

i impressa

.

1. 1

1. A

trad

uçã

o d

e F

igu

eire

do

A tra

duçã

o d

e Figueired

o p

ara

a Lín

gua P

ortu

guesa fo

i a Bíb

lia d

o p

adre A

ntô

nio

Pereira

de

Figueired

o, q

ue n

asceu

em M

açã

o, Portu

gal em

1725. S

eu tra

balh

o d

e traduçã

o d

uro

u d

ezoito

anos. A

ediçã

o fo

i no a

no d

e 1819, im

pressa

em Lisb

oa e d

edica

da a

o p

ríncip

e do B

rasil, D

. João.

Por ter u

sado a

Vu

lgata

Latin

a d

e Je

rôn

imo co

mo fo

nte, a

traduçã

o é co

nsid

erada

fraca

.

1. 1

2. A

Bíb

lia d

e Je

rusa

lém

Nos fin

s dos a

nos 5

0, a

Escola

Bíb

lica d

e Jerusa

lém, situ

ada n

a França

, publico

u u

ma tra

duçã

o da

Bíb

lia d

e modo b

asta

nte criterio

so, cu

ja b

ase está

nos m

elhores m

anuscrito

s heb

raico

s e greg

os. A

Bíb

lia d

e Jerusa

lém tem

sido m

uito

pro

cura

da, tan

to p

or ca

tólico

s quanto

por p

rotesta

ntes, d

evido

a g

rande a

ceitaçã

o q

ue teve n

o B

rasil. E

la é u

mas d

as ch

am

adas “B

íblia

s Anota

das”, isto

é,

contêm

intro

duçã

o a

os livro

s, nota

s de ro

dapé, referên

cias n

as m

arg

ens etc.

1. 1

3. A

Bíb

lia n

a lin

gu

ag

em

de h

oje

É u

ma o

bra

empreen

did

a p

ela S

ocied

ade B

íblica

do B

rasil. O

Novo

Testa

men

to su

rgiu

em 1

973; a

Bíb

lia co

mpleta

em 1

988.

1. 1

4. A

Bíb

lia P

asto

ral

Outra

“Bíb

lia n

a Lin

guagem

de H

oje” é a

Pasto

ral –

um

a versã

o p

ublica

da p

ela Ig

reja C

ató

lica

Rom

ana em

1990. O

interesse d

os ed

itores é co

loca

r a m

ensa

gem

da B

íblia

ao a

lcance d

o leito

r

com

um

, sem o

s asp

ectos clá

ssicos d

a lín

gua.

CA

PÍT

ULO

II

CU

LTU

RA

E G

EO

GR

AFIA

DO

MU

ND

O B

ÍBLIC

O

2. 1

. A M

eso

po

tâm

ia e

o E

gito

Por vo

lta d

o a

no 3

.000 a

.C. o

Orien

te Méd

io co

nheceu

dois g

randes cen

tros d

e civilizaçõ

es, cada

qual co

m su

a cu

ltura

pró

pria

. O p

rimeiro

enco

ntra

va-se n

aM

eso

po

tâm

ia, terra

dos rio

s Tig

re e

Eufra

tes (o C

rescente Fértil). O

segundo era

oEg

ito, u

ma d

as civiliza

ções m

ais a

vança

das d

o

mundo a

ntig

o.

Gên

esis nos revela

a h

istória

que tem

orig

em n

o É

den

, cujo

loca

l seria em

alg

um

lugar d

a

Meso

potâ

mia

. É a

í, dessa

regiã

o q

ue su

rge A

bra

ão, o

pai d

os h

ebreu

s.

O rela

to d

e Gên

esis 12 co

loca

-o, p

artin

do d

e Ur d

os C

ald

eus, a

pós D

eus o

rden

á-lo

para

sair

daquela

terra, d

o m

eio d

os seu

s paren

tes em b

usca

de u

ma terra

especia

l.

A ép

oca

de A

braã

o o

mundo b

íblico

era

muito

pró

spero

, situado n

os va

les fluvia

is do E

gito

e

Meso

potâ

mia

, regiã

o o

nde h

avia

cidades e p

equen

os rein

os. A

vida n

ômade era

com

um

. Essas

tribos m

udava

m-se co

nstan

temen

te em b

usca

de p

asta

gen

s para

seus reb

anhos.

Em

Canaã

, Abra

ão p

asso

u a

conviver co

m seu

s habita

ntes. M

as n

esse prim

eiro m

om

ento

,

Abra

ão n

ão p

ode esta

belecer su

a d

escendên

cia a

li.

Page 9: Introdução Bíblica

Num

a o

casiã

o, o

s bisn

etos d

e Abra

ão fo

ram

ao E

gito

para

com

pra

rem cerea

is. Nessa

época

, José, u

m d

os filh

os d

e Jacó

, que tin

ha sid

o ven

did

o co

mo escra

vo p

or seu

s irmãos era

govern

ador n

o E

gito

. Assim

toda fa

mília

de Ja

có, n

eto d

e Abra

ão, a

li se estabeleceu

.

Daí seg

uiu

-se com

a escra

vidão d

os seu

s descen

den

tes, e posterio

rmen

te o livra

mento

de D

eus

atra

vés de M

oisés, a

fim d

e que o

s israelita

s conquista

ssem a

Terra

Pro

metid

a.

2. 2

. Co

nsid

era

ções so

bre

a te

rra d

e Isra

el

O cen

ário

prin

cipal d

a h

istória

bíb

lica é Isra

el, ou C

anaã. O

nom

e Israelp

rovém

do

patria

rca Ja

có, d

e quem

Deu

s teria m

udado o

nom

e para

Israel (q

ue sig

nifica

“o q

ue lu

ta co

m

Deu

s”). Mas este p

ovo

recebeu

vário

s nom

es em su

a h

istória

e é significa

tivo co

nhecê-lo

s.

a. C

an

aã. É

seu n

om

e mais a

ntig

o, e sig

nifica

“Terra

de P

úrp

ura

”. Alg

uns estu

dio

sos

dizem

que este n

om

e está lig

ado a

um

dos filh

os d

e Noé –

Canaã. D

aí a

quela

faixa

de terra

ser

conhecid

a co

mo o

“território

dos ca

nan

eus”, sen

do h

abita

da tam

bém

por o

utro

s povo

s.

b. T

erra

do

s Am

orre

us. O

s am

orreu

s eram

descen

den

tes dos ca

naneu

s, e habita

vam

Canaã. D

aí a

regiã

o ta

mbém

ser conhecid

a co

mo T

erra d

os A

morreu

s.

c. Jud

éia

. Nom

e com

um

após a vo

lta d

o ca

tiveiro b

abilô

nico

, visto q

ue o

s exila

dos era

m

do rein

o d

e Judá. D

aí o

nom

e “judeu

”, usa

do n

a B

abilô

nia

, para

todos o

s israelita

s.

d. T

erra

Pro

metid

a. O

nom

e “Terra

Pro

metid

a” lig

a-se à

pro

messa

feita a

Abra

ão d

e que

ele seria p

ai d

e um

a g

rande n

açã

o e h

erdaria

a terra

de C

anaã (G

n 1

2. 1

-4).

e. P

ale

stina. D

epois d

a m

orte d

e Jesus, n

o a

no 1

35, a

pós o

s judeu

s serem d

errota

dos

pela

segunda vez p

or R

om

a, Isra

el recebeu

o n

om

e de P

alestin

a. Fo

i o im

pera

dor ro

mano A

dria

no

que a

ssim ch

am

ou o p

aís. O

termo ‘P

alestin

a’ sig

nifica

“Terra

dos Filisteu

s” – u

m n

ome q

ue n

ão

lembra

ria q

ue o

s habita

ntes d

aquela

regiã

o era

m o

s israelita

s.

f. Terra

San

ta. O

pro

feta Z

aca

rias fo

i o p

rimeiro

a d

esignar Isra

el com

o sen

do a

“Terra

Santa

” (Zc. 2

: 12). M

uito

s século

s dep

ois, o

s cristãos d

a Id

ade M

édia

com

eçara

m a

cham

ar Isra

el

por esse n

om

e. Talvez p

or ter sid

o o

cenário

do n

ascim

ento

e a vid

a d

e Jesus C

risto

2. 3

. Prin

cipais cid

ad

es d

e Isra

el n

os te

mp

os b

íblico

s

Alg

um

as cid

ades d

e Israel se d

estaca

m n

a h

istória b

íblica

. Observe a

s prin

cipais d

elas,

com

desta

que p

ara

Jerusa

lém, releva

nte, ta

nto

no A

ntig

o q

uanto

no N

ovo

Testa

men

to.

2. 3

. 1. Je

rusa

lém

. Sig

nifica

“cidade d

e paz”. C

ercada d

e muro

s desd

e os tem

pos m

ais a

ntig

os,

daí ser id

entifica

da ta

mbém

com

o “h

abita

ção seg

ura”. M

as o

privilég

io q

ue Jeru

salé

m tem

não se

deve à

revelaçã

o d

e Deu

s. Na m

enta

lidade ju

daica

e cristã, Jeru

salém

torn

ou-se o

modelo

da

cidade celestia

l (Ap 2

1). E

la ta

mbém

recebeu

vário

s nom

es em su

a h

istória

:

a. U

rusa

lim. É

talvez o

mais a

ntig

o n

om

e de Jeru

salém

. Alg

um

as in

scrições en

contra

das

pelo

s arq

ueó

logos, d

ata

m esta

cidade, d

e mais d

e 1400 a

nos an

tes de C

risto.

b. S

alé

m. N

a B

íblia

, é o n

om

e mais a

ntig

o d

e Jerusa

lém (co

nfo

rme G

ênesis 1

4. 1

8) e

pode in

dica

r que a

cidade fo

i devo

tada a

um

a d

ivindade sem

ítica d

e nom

e Shalém

.

c. Jeb

us. E

ra conhecid

a n

a ép

oca

dos Ju

ízes como “Jeb

us”, isto

é, o ‘territó

rio d

os

jebuseu

s’ (Jz 19. 1

0). O

s jebuseu

s perm

anecera

m em

seu territó

rio, a

pós a

conquista

de C

anaã,

por cerca

de 2

00 a

nos. D

avi a

tom

ou e p

asso

u a

cham

á-la

Jerusa

lém, to

rnando-a

capita

l do rein

o.

Page 10: Introdução Bíblica

d. S

ião

. Tam

bém

é um

a in

dica

ção p

ara

Jerusa

lém, em

bora

seja o

nom

e de u

m d

os

montes d

a cid

ade o

nde o

Tem

plo

foi co

nstru

ído. Jeru

salém

era ch

am

ada S

ião, cid

ade d

e Deu

s.

e. C

idad

e d

e D

avi. É

um

dos n

om

es simbólico

s na su

a h

istória

. Davi fo

i o m

ais fa

moso

rei da h

istória

judaica

, e empresto

u seu

nom

e à cid

ade, p

or ter sid

o e

le o co

nquista

dor d

o

território

. Fez isso co

m seu

s pró

prio

s sold

ados e p

agando-o

s do seu

pró

prio

bolso

.

f. Aélia

Cap

itolin

a. Fo

i o im

pera

dor ,A

dria

no (1

35 d

.C.), q

ue d

eu esse n

om

e a Jeru

salém

,

após reco

nstru

í-la n

os m

old

es rom

anos. T

al n

om

e, ele deu

em h

onra

a si m

esmo (seu

prim

eiro

nom

e era A

elius) e a

o d

eus Jú

piter C

apito

lino (d

ivindade m

aio

r dos ro

manos).

g. E

l-Ku

ds. É

o n

ome á

rabe q

ue id

entifica

Jerusa

lém. Q

uando o

s ára

bes a

conquista

ram

,

na Id

ade M

édia

assim

a ch

amara

m, isto

é, “A S

an

ta”.

2. 3

. 2. Je

ricó é

a cid

ade m

ais a

ntig

a d

e Israel, e u

ma d

as m

ais a

ntig

as d

o m

undo. N

os tra

balh

os

de esca

vaçõ

es realiza

dos em

Jericó, o

s arq

ueó

log

os en

contra

ram

vestígio

s de vid

a h

um

ana q

ue

data

m d

a Id

ade d

a P

edra. N

o tem

po d

o rei A

cabe (I R

s 16. 3

4) a

cidade fo

i reedifica

da, e to

rnou-

se muito

importa

nte. A

modern

a cid

ade está

a u

ma d

istância

de 1

600 m

ts. da a

ntig

a Jericó

.

2. 3

. 3. B

elé

m. A

cidade d

e Belém

fica p

róxim

a a

Jerusa

lém, n

as m

onta

nhas d

e Judá. B

elém

significa

“casa

de p

ão

”. Nela

nasceu

o rei D

avi, e o

seu d

escenden

te, Jesus C

risto.

2. 3

. 4. S

am

aria

. Fundada p

or vo

lta d

e920 a

.C. p

or O

nri, rei d

e Israel, ela

torn

ou-se u

ma d

as

cidades m

ais im

porta

ntes d

o p

aís. S

erviu co

mo ca

pita

l do R

eino d

o N

orte (q

uando Isra

el se divid

iu

em d

ois rein

os) p

or 2

00 a

nos, sen

do d

estruíd

a p

elos a

ssírios n

o a

no d

e722 a

.C..

No seg

undo sécu

lo a

ntes d

e Cristo

, Sam

aria

teve o seu

resplen

dor resta

ura

do, m

as em

seguid

a fo

i arra

sada n

ova

men

te. Hero

des, o

Gra

nde, a

reconstru

iu a

lgum

tempo a

ntes d

e Jesus

nascer, d

ando-lh

e o n

om

e greg

o d

e“S

eb

aste

” em h

onra

ao im

pera

dor C

ésar q

ue a

cabara

de

receber o

título

de“a

ug

usto

” (em g

rego, s

eb

astó

s, d

e onde se d

eriva o

nom

e Seb

astião).

2. 3

. 5. N

aza

ré. Jesu

s e sua fa

mília

viveram

nesta

cidad

e. Daí ele ser co

nhecid

o co

mo “Jesu

s de

Naza

ré”. Seu

s habitan

tes eram

desp

rezados p

elos ju

deu

s da ca

pita

l Jerusa

lém (Jo

1. 4

6). A

modern

a N

aza

ré é um

a d

as cid

ades d

e Israel q

ue p

ossu

i o m

aio

r núm

ero d

e cristãos.

2. 3

. 6. C

afa

rnau

m. C

idade à

s marg

ens d

o M

ar d

a G

aliléia

que fu

ncio

nava

com

o p

osto m

ilitar n

a

época

do N

ovo

Testa

men

to (Mt 5

. 13), e cen

tro d

e recolh

imen

to d

e imposto

s (Mt 9

. 9-1

3). A

o

inicia

r Seu

min

istério a

pós m

udar-se d

e Naza

ré, Jesus fo

i mora

r nesta

cidade (M

t 4. 1

2-1

3).

2. 4

. A v

ida so

cial e

relig

iosa

heb

raica

A vid

a so

cial e relig

iosa

heb

raica

está rela

cionada d

iretamen

te a cu

ltura

e ao m

eio a

mbien

te

orien

tal. V

eremos u

m resu

mo d

e alg

uns a

specto

s da vid

a ju

daica

, envo

lvendo ta

nto

a ép

oca

do

Antig

o q

uanto

do N

ovo

Testa

men

to.

2. 4

. 1. O

levira

to. O

s judeus tin

ham

em a

lto va

lor a

gera

ção d

e um

herd

eiro m

ascu

lino co

m

vistas à

preserva

ção d

a d

escendên

cia (Ê

x 15. 1

7). P

or essa

razã

o a

Lei d

o L

evira

to, in

stituíd

a p

or

Moisés (D

t 25. 5

-10) co

nsistia

no ca

samen

to d

e um

a viú

va co

m o

irmão o

u p

aren

te mais p

róxim

o

do fa

lecido m

arid

o, a

fim d

e suscita

r descen

den

te, caso

não tivesse n

ascid

o u

m h

om

em n

o

prim

eiro ca

sam

ento

. Se o

irmão d

o fa

lecido o

u p

aren

te mais p

róxim

o se recu

sasse ca

sar, era

alvo

de crítica

s do p

ovo

. Para

enten

der m

elhor a

Lei do Levira

to veja

a h

istória

de R

ute (cf R

t. 4. 7

). Da

uniã

o d

e Rute e B

oaz, n

asceu

Obed

e, pai d

e Jessé e avô

de D

avi, cu

jo d

escenden

te é Jesus.

Page 11: Introdução Bíblica

2. 4

. 2. O

casa

men

to. O

casa

men

to p

ara

os h

ebreu

s tinha o

rigem

divin

a e era

de im

portâ

ncia

básica

para

a vid

a in

divid

ual, so

cial e n

acio

nal (G

n 1

. 28; 2

. 18). M

as, a

po

ligam

ia era

norm

al n

o

Antig

o T

estam

ento, em

bora

não h

aja evid

ência

de q

ue o

s líderes relig

ioso

s a in

centiva

ssem.

a. A

suprem

acia

mascu

lina sem

pre esteve p

resente n

o m

undo cu

ltura

l do O

riente. Já

no

Novo

Testa

men

to, a

situação

norm

al era

a m

onogam

ia, p

orém

, alg

uns rico

s eram

políg

am

os;

outro

s tam

bém

a p

ratica

vam, q

uando a

mulh

er era estéril o

u só

tivesse gera

do filh

as.

b. O

pai era

responsá

vel em en

contra

r um

a esp

osa

idea

l para

o filh

o. T

endo en

contra

do,

era feito

um

contra

to d

e casa

men

to, g

eralm

ente p

or ele m

esmo o

u p

or a

lguém

responsá

vel.

c. O co

ntra

to esta

va vo

ltado p

ara

o d

estino d

os b

ens e d

os a

certos q

uanto

ao d

ote q

ue o

rapaz p

agaria

ao p

ai d

a n

oiva

(em a

lgum

as ép

oca

s 30 a

50 siclo

s de p

rata

).

d. O

noiva

do era

semelh

ante a

o ca

sam

ento

, pois só

poderia

ser disso

lvid

o co

m o

div

órcio

ou p

or

infid

elidade. M

as n

ão h

avia

conta

to sexu

al a

ntes d

o casa

men

to.

2. 4

. 3. O

div

órcio

. No A

ntig

o T

estam

ento

, o d

ivó

rcio e

ra p

erm

itido (D

t 25), o

s pro

fetas,

porém

repudia

vam

essa p

rática

. Contu

do, so

men

te o h

omem

possu

ía o

direito

ao d

ivórcio

. E

quase sem

pre a

mulh

er repudia

da vo

ltava

a viver n

a casa

do seu

pai.

No N

ovo

Testa

men

to, o

tema a

parece co

m u

ma p

olêm

ica leva

nta

da p

or líd

eres relig

ioso

s,

indagando a

Jesus so

bre a

legalid

ade o

u n

ão d

o d

ivórcio

. Ao ler-se M

ateu

s 19. 3

-9 vê-se q

ue Jesu

s

pro

ibiu

aquela

prá

tica, p

ermitin

do-o

apen

as em

caso

de in

fidelid

ad

e.

2. 4

. 4. O

s filho

s. Os filh

os (em

especia

l, os h

om

ens) era

m co

nsid

erados d

ádiva

s de D

eus. A

hera

nça

era d

ividid

a so

men

te com

os h

om

ens, exceto

na fa

lta d

estes. O p

rimogên

ito receb

ia

porçã

o d

obra

da d

os b

ens d

o pai. N

a m

orte d

o p

ai, o

prim

ogên

ito receb

ia a

direçã

o d

a ca

sa.

Cin

co resp

onsa

bilid

ades b

ásica

s o p

ai tin

ha p

ara

com

seu filh

o, n

a so

ciedade ju

daica

:

a. E

nsin

ar-lh

e a L

ei d

e D

eu

s;

b. circu

ndá-lo

;

c. redim

i-lo d

e Deu

s (ou p

agar u

m resg

ate), ca

so fosse p

rimogên

ito;

d. ach

ar-lh

e um

a b

oa esp

osa

,

e. e en

sinar-lh

e um

a p

rofissã

o.

As filh

as, to

davia

, apren

dia

m co

m a

mãe e eram

educa

das p

ara

obed

ecer, prim

eiro a

seu

pai d

epois a

seu m

arid

o.

2. 4

. 5. A

mu

lher n

a so

cied

ad

e. E

m p

rincíp

io, a

mulh

er não p

articip

ava

da vid

a socia

l. Na

cidade e en

tre pesso

as im

porta

ntes, a

mulh

er só p

odia

aparecer u

sando u

m véu

. No ca

mpo

religio

so, a

s mulh

eres estava

m su

jeitas a

todas a

s pro

ibiçõ

es da Lei. E

las n

ão p

odiam

impor a

s

mãos so

bre o

s anim

ais sa

crificados; seu

testemunho tam

bém

quase n

unca

tinha valo

r.

Alg

uns m

estres em Isra

el enten

dia

m q

ue era

preferíve

l queim

ar a

To

rá (a

Lei de D

eus) d

o

que en

siná-la

a u

ma m

ulh

er. Assim

, no h

orizo

nte b

íblico

, as m

ulh

eres eram

men

os im

porta

ntes d

o

que o

s hom

ens. O

s men

inos crescia

m e a

pren

dia

m a

tomar d

ecisões. A

s men

inas era

m ed

uca

das

para

casa

r e ter filhos. S

e fosse estéril, era co

nsid

erada g

eralm

ente a

mald

içoada. E

nfim

, a

prin

cipal o

cupaçã

o d

a m

ulh

er era la

var-lh

e as m

ãos, o

s pés e o

rosto

(do m

arid

o).

CA

PÍT

ULO

III

O C

ÂN

ON

DA

S E

SC

RIT

UR

AS

SA

GR

AD

AS

Page 12: Introdução Bíblica

Os livro

s da B

íblia

, de m

odo g

eral, p

assa

ram

por três eta

pas em

sua fo

rmaçã

o d

esde su

a

pro

duçã

o a

té serem reco

nhecid

as co

mo E

scritura

Sagra

da. S

ão ela

s:

a. T

ran

smissã

o o

ral. A

ntes d

e ser escrita, a

verdade b

íblica

circula

va d

e modo o

ral

(verbal). N

o O

riente, esse e

ra u

m m

étodo co

mum

.

No P

en

tate

uco

muita

s leis circula

ram

prim

eira

men

te no p

rocesso

ora

l para d

epois serem

fixadas (D

t 6. 6

-7). N

esse particu

lar estã

o ta

mbém

os E

vangelh

os.

b. E

scrita d

o liv

ro. N

a seg

unda eta

pa, a

trad

ição o

u a

preg

açã

o é exa

rada (g

rava

da)

por escrito

, tendo o

s escritores co

nsciên

cia d

e estarem

sendo u

sados p

or D

eus.

c. Can

on

izaçã

o. N

esta ú

ltima fa

se, o texto

é reconhecid

o co

mo litera

tura

insp

irada p

or

Deu

s e norm

ativa

para

a fé.

3. 1

. O sig

nifica

do

da p

ala

vra

“Cân

on

O term

o “C

ânon” é d

e orig

em

greg

a e sig

nifica

“regra

ou p

adrã

o”.

a. N

o h

ebra

ico o

equiva

lente é “q

an

eh

”, desig

nando o

bastã

o u

sado p

ara

trança

r cestos.

b. A

língua g

rega a

centu

a o

sentid

o fig

ura

do d

a p

ala

vra “k

an

on

”, desig

nando va

ra, o n

ível, o

esquadro

, ou o

bra

ço d

a b

ala

nça

, além

da m

eta a

ser atin

gid

a.

c. O C

ân

on

bíb

lico é “o

conju

nto

de livro

s insp

irados q

ue co

mpõem

as E

scritura

s Sagra

da”.

3. 2

. O C

ân

on

para

o A

ntig

o T

esta

men

to

a. O

s judeu

s enten

dia

m q

ue o

s pro

fetas fa

lavam

em n

om

e de D

eus p

or serem

auto

rizados p

elo E

spírito

. Assim

, após o

perío

do d

e ouro

dos p

rofeta

s, nen

hum

outro

livro fo

i

reconhecid

o p

elos ju

deu

s com

o in

spira

dos. P

ara

eles a in

spira

ção

havia

cessa

do

. Esta

é a ra

zão

pela

qual o

s livros d

o p

eríodo in

terb

íblico

não fo

ram

aceito

s com

o d

ivinam

ente in

spira

dos.

b. U

m o

utro

critério d

e seleção n

atu

ral d

os livro

s do A

ntig

o T

estam

ento, fo

i a lín

gua.

Som

ente o

s livros escrito

s em

heb

raico

fora

m a

ceitos p

elos ju

deu

s da P

alestin

a.

3. 2

. 1. O

Cân

on

Pale

stino

. A ca

noniza

ção d

os livro

s da B

íblia

levou sécu

los p

ara

ficar co

mpleto

.

Verem

os o

s info

rmes q

ue o

pró

prio

Antig

o T

estam

ento

apresen

ta n

o q

ue resp

eita à

coleçã

o d

os

livros a

té o C

ativeiro

. Ao fa

zê-lo, seg

uirem

os a

ord

em d

os livro

s da B

íblia

Heb

raica

:

a. A

lei. C

onfo

rme se esten

de p

or Ê

xodo 2

4. 4

-7, M

oisés fo

rmou “o

Livro d

a A

liança” e o

povo

reconheceu

sua a

uto

ridade d

ivina; em

Deu

teronôm

io 3

1. 9

-13, 2

4ss, tem

os a in

form

açã

o d

e que

Moisés a

noto

u “e

sta le

i”, isto é, o

s ponto

s essencia

is do livro

de D

eutero

nôm

io, e p

rovid

encio

u

para

asseg

ura

r que su

a au

toridade d

ivin

a fo

sse reconhecid

a em

futu

ro rem

oto

.

Não sa

bem

os co

m certeza

quando o

Pen

tateu

co fo

i com

pleta

do, m

as p

odem

os su

por q

ue d

esde o

prin

cipio

era d

ota

do d

e gra

nde a

uto

ridade.

b. O

s pro

feta

s. Por ca

usa

de su

a p

rópria

natu

reza, o

s escritos d

os ‘p

rofeta

s posterio

res’ (Isaía

s,

Jeremia

s, Ezeq

uie

l e os d

oze

“pro

fetas m

enores”) fo

ram

consid

erados a

uto

ritativo

s desd

e o in

ício.

Suas p

rediçõ

es sobre d

esastre fo

ram

cum

prid

as n

o E

xílio, co

ntrib

uin

do p

ara

a a

ceitaçã

o d

e sua

auto

ridade. V

ário

s pro

fetas rep

reendera

m a

Israel p

or n

ão ter o

uvid

o seu

s pred

ecessores (cf S

f 1.

4 e ss.; O

s 6. 5

etc.). Lemos em

Isaía

s 34. 1

5 so

bre o

rolo n

o q

ual a

s pro

fecias d

e Isaía

s fora

m

anota

das co

mo ‘o

livro

do

Sen

ho

r’. Daniel 9

. 2 fa

la sob

re ‘os liv

ros’, exp

ressão esta

que

significa

va u

ma co

leção d

e escritos p

rofético

s, inclu

ídos, en

tre outra

s, as p

rofecia

s de

Page 13: Introdução Bíblica

Jeremia

s. Pelo

contexto

torn

a-se ó

bvio

que é a

tribuíd

a a

uto

ridade d

ivina a

esses escritos

pro

féticos.

c. Os e

scritos. N

esta terceira

porçã

o h

á livro

s de ca

ráter d

iversos. H

á p

ouco

conhecim

ento

acerca

do m

otivo

que levo

u a

lguns d

os livro

s a serem

consid

erados co

mo escrito

s sagra

dos.

3. 2

. 2. O

Cân

on

ale

xan

drin

o d

o A

ntig

o T

esta

men

to

a. N

ece

ssidad

e cu

ltura

l. A ra

zão d

essa tra

duçã

o d

o A

ntig

o T

estam

ento

do h

ebra

ico p

ara

o g

rego

foi q

ue o

s judeu

s que tin

ham

volta

do d

o exílio

babilô

nico

após três g

eraçõ

es, haviam

se esquecid

o

do h

ebra

ico. M

uito

s deles fa

lava

m o

ara

maico

, mas, d

esde q

ue a

regiã

o d

a P

alestin

a passa

ra a

fazer p

arte d

o im

pério

divid

ido d

e Alexa

ndre, o

Gra

nde, o

s judeu

s apren

dera

m a

falar o

greg

o, q

ue

se torn

ara

a lín

gua fra

nca

daquela

circunvizin

hança

.

b. A

Sep

tuag

inta

. O C

ânon

Alexa

ndrin

o a

“LX

X”, u

sado p

elo ju

daísm

o d

a D

ispersã

o, in

cluía

os

trinta

e nove livro

s do A

ntig

o T

estam

ento

e os con

hecid

os co

moliv

ros a

crifos.

c. O fe

cham

en

to d

o C

ân

on

do

An

tigo

Testa

men

to. N

o S

ínodo d

e Jâm

nia

(90 d

.C.)., fo

ram

levadas a

efeito certa

s discu

ssões co

ncern

entes a

alg

uns d

os livro

s do A

ntig

o T

estam

ento

, mas

discu

ssões sim

ilares fo

ram

igualm

ente feita

s tanto

antes co

mo d

epois d

esse perío

do. H

avia

muita

contro

vérsia se o

s livros d

e Ester, E

clesiastes e C

anta

res eram

insp

irados –

Lutero

, por exem

plo

,

século

s dep

ois a

chou d

ifícil consid

erar o

livro d

e Ester co

mo ca

nônico

.

Na verd

ade, esses livro

s eram

tidos co

mo ca

nônico

s. Mas p

ara

alg

uns, e p

articu

larm

ente p

ara

certos ra

bin

os, leva

nto

u-se a

questã

o se era

correto

aceita

rem-n

os co

mo ca

nônico

s.

Este co

ncílio

, entã

o, serviu

apen

as p

ara o

ficializa

ção d

e quais livro

s deveria

m co

mpor a

lista d

os

livros In

spira

dos, o

que resu

ltou n

o fech

am

ento

do C

ânon

Palestin

o, em

bora

toda a

literatu

ra já

tivesse sido sa

ncio

nada p

elo u

so p

opula

r. Esse C

ânon in

clusive fo

i adota

do p

elos R

eform

adores,

com

posto

dos trin

ta e n

ove livro

s que h

oje co

nhecem

os.

3. 3

. O C

ân

on

para

o N

ovo

Testa

men

to

Os escrito

res do N

ovo

Testa

men

to, n

ão tivera

m a

inten

ção d

e registra

rem o

s seus escrito

s

no sen

tido d

e serem eles in

corp

ora

dos a

o A

. T.. A

s epísto

las sã

o escrito

s oca

sionais, visa

ndo a

solu

ção d

e pro

blem

as im

edia

tos d

as p

rimeira

s com

unid

ades cristã

s.

Houve p

elo m

enos três ra

zões q

ue m

otiva

ram

o su

rgim

ento

dos E

vangelh

os:

a. A

mo

rte d

as te

stem

un

has o

cula

res, isto

é, os seg

uid

ores im

edia

tos d

e Jesus esta

vam

desa

parecen

do d

o cen

ário

hum

ano. E

logo ch

egaria

o m

om

ento

em q

ue n

inguém

poderia

afirm

ar

ter visto Jesu

s face a

face.

b. A

po

ssibilid

ad

e d

e d

iverg

ên

cias. C

om

o p

assa

r do tem

po, n

atu

ralm

ente su

rgiria

m

diverg

ência

s acerca

do sig

nifica

do d

a m

ensa

gem

de Jesu

s e do sig

nifica

dod

Ele

mesm

o p

ara

a

Igreja

. Os p

rimeiro

s cristãos esta

belecera

m u

m lim

ite que p

ode ser ch

am

ado d

e orto

do

xia

.

c. A n

ece

ssidad

e d

as co

mu

nid

ad

es. A

s com

unid

ades cristã

s sentira

m n

ecessidade d

e registro

s

objetivo

s para

a litu

rgia

, que co

mpleta

ssem o

testemunho o

ral. O

s evangelh

os escrito

s

contrib

uíra

m p

ara

esse fim.

Page 14: Introdução Bíblica

3. 3

. 1. In

fluên

cias n

a fo

rmaçã

o d

e u

m n

ovo

Cân

on

. Em

o N

ovo

Testa

men

to en

contra

mos u

m

gra

nde n

úm

ero d

e citaçõ

es e alu

sões to

madas d

o A

ntig

o T

estam

ento

. Pois o

s escritores d

o N

ovo

Testa

men

to aceita

ram

a id

éia d

e que Jesu

s era o

Messias p

redito

pelo

s antig

os p

rofeta

s.

O cristia

nism

o, a

o u

sar ta

nto

o A

ntig

o T

estam

ento

com

o o

Novo

Testa

men

to p

ara

form

ar a

“Bíb

lia”, fez u

ma lig

açã

o en

tre as a

ntig

as e as n

ova

s revelaçõ

es divin

as. P

orta

nto

, o A

ntig

o

Testa

men

to exerceu

influ

ência

na fo

rmaçã

o d

e um

“novo

” Testa

men

to, tan

to n

o ca

ráter co

mo n

as

idéia

s dessa

nova

coleçã

o d

e livros sa

gra

dos.

a. A

vid

a e

as p

ala

vra

s d

e Je

sus C

risto. N

unca

hom

em a

lgum

falo

u e viveu

com

o Jesus.

Consid

erando S

ua vid

a e S

uas p

ala

vras, a

cham

os n

ão so

men

te um

a exp

licaçã

o p

ara

a existên

cia

do N

ovo

Testa

men

to, m

as ta

mbém

enten

dem

os q

ue seria

impossível q

ue, d

epois d

a vid

a d

e um

hom

em a

ssim, n

ão tivessem

sido escrito

s muito

s livro

s acerca

Dele.

b. A

influ

ên

cia d

a re

ligiã

o cristã

. O C

ristianism

o teve seu

berço

no ju

daísm

o, m

as d

esde ced

o,

os n

ovo

s elemen

tos d

os en

sinos d

e Cristo

e dos A

pósto

los exercia

m g

rande in

fluên

cia so

bre o

s

cristãos. D

ificilmen

te um

judeu

no ju

daísm

o a

ceitaria

os en

sinam

ento

s de Jesu

s sobre a

lei das

Cerim

ônia

s, sobre d

ivórcio

etc., p

orém

, o m

ais in

tragável seria

aceita

r as d

eclara

ções d

e Cristo

sobre S

ua p

essoa, o

u seja

, Sua d

ivindade. O

Cristia

nism

o a

ceitou tu

do isso

.

c. Os A

stolo

s. As ep

ístola

s de P

aulo

e as d

os d

emais escrito

res sagra

dos a

presen

tam

matéria

que ta

nto

aquele co

mo estes d

iziam

ser de in

spira

ção d

ivina. A

pós o

falecim

ento

dos A

pósto

los a

influ

ência

dos seu

s escritos a

um

ento

u, p

elo q

ue fo

i natu

ral q

ue m

uito

s livros fo

ssem escrito

s em

nom

e deles, e ta

mbém

que seu

s escritos a

utên

ticos tivessem

sido receb

idos p

ela Ig

reja co

mo

Escritu

ras in

spira

das d

ota

das d

e auto

ridades sem

elhantem

ente a

s do V

elho T

estamen

to.

O critério

que a

Igreja

aplico

u co

mo teste d

e auten

ticidad

e era d

itado p

elas n

ecessidades d

e fazer

face à

contro

vérsia co

m o

s hereg

es descren

tes. Veja

mos q

uais fo

ram

.

3. 3

. 2. C

ritério

da ca

no

niza

ção

do

No

vo

Testa

men

to. O

cânon d

o N

ovo

Testa

men

to fo

i

“fechado” p

elos líd

eres da Ig

reja p

rimitiva

no a

no 3

80. O

critério p

ara

a seleçã

o d

os livro

s se dera

de m

odo n

atu

ral p

elas Ig

rejas cristã

s. Fora

m eles:

a. A

ap

osto

locid

ad

e. O

livro d

everia p

roced

er d

as m

ãos d

e um

apósto

lo o

u a

lguém

ligado

direta

men

te a ele. Q

uanto

aos eva

ngelh

os, estes d

everiam

manter o

padrã

o d

outrin

ário

apostó

lico

no to

cante à

enca

rnaçã

o d

e Jesus C

risto, e ser u

m eva

ngelh

o co

mpleto

.

b. O

uso

e circu

laçã

o d

o liv

ro. P

orém

, quando n

ão se p

odia

determ

inar a

auten

ticidade

apostó

lica o

u su

a o

rigem

, o critério

da circu

laçã

o to

rnou-se im

porta

nte.

c. A o

rtod

oxia

. A p

ala

vra orto

doxia

está lig

ada a

o p

adrã

o d

outrin

ário

com

um

. No N

ovo

Testa

men

to, a

lguns escrito

s já rep

udia

vam

as fa

lsas d

outrin

as, p

reservando a

orto

doxia

, ou “o

padrã

o d

as sã

s pala

vras” (cf. 2

ª Tm

. 4. 1

3).

d. A

au

torid

ad

e e

m m

até

ria d

e fé

. Os cristã

os, an

tes de reu

nirem

os q

uatro

evangelh

os,

distin

guira

m estes en

tre os livro

s com

auto

ridade d

ivina (in

spira

dos) em

rela

ção a

outro

s que

serviam

apen

as co

mo in

struçã

o.

e. O

cará

ter co

ncre

to d

o liv

ro. M

uito

embora

a m

atéria

em si n

ão co

ntra

riasse o

s padrõ

es

orto

doxo

s da Ig

reja, a

ficção to

rnava o

escrito in

aceitá

vel.

Page 15: Introdução Bíblica

f. A a

uto

ridad

e d

ifere

ncia

do

ra. Isto

quer d

izer que b

em

cedo a

ntes m

esmos d

os livro

s fossem

men

cionados ju

nto

s, eles já esta

vam

sendo co

loca

dos n

o mesm

o p

é de ig

uald

ade co

m o

s do

Antig

o T

estam

ento.

g. A

leitu

ra e

m p

úb

lico. N

enhum

livro p

oderia

ser adm

itido p

ara

leitura

em p

úblico

na Ig

reja, se

não p

ossu

íssem ca

racterísticas d

iferencia

dora

s confo

rme exp

osta

s neste p

ará

gra

fo.

3. 4

. Os liv

ros a

crifos

O term

o “a

pócrifo

” significa

literalm

ente, “esco

ndid

o”, “o

culto

”, isto em

referência

a livro

s que

trata

vam

de co

isas secreta

s, misterio

sas, o

culta

s. No sen

tido relig

ioso

, o term

o sig

nifica

“não

gen

uín

o” o

u “esp

úrio

”, desd

e sua a

plica

ção p

or Jerô

nim

o.

Os a

pócrifo

s fora

m escrito

s entre M

ala

quia

s e Mateu

s, ou seja

, ente o

Antig

o e o

Novo

Testa

men

to, n

um

a ép

oca em

que cessa

ra p

or co

mpleto

a revela

ção d

ivina.

O g

enera

l prisio

neiro

judeu

e escritor, Flá

vio Jo

sefo o

s rejeitou to

talm

ente, co

mo ta

mbém

nunca

foram

reconhecid

os p

elos ju

deu

s com

o p

arte d

o C

ânon h

ebra

ico.

Jam

ais fo

ram

citados p

or Jesu

s nem

fora

m reco

nhecid

os p

ela Ig

reja P

rimitiva

.

Jerônim

o, A

gostin

ho, A

tanásio

, Júlio

Africa

no e o

utro

s hom

ens d

e valo

r para

os cristão

s prim

itivos,

opusera

m-se a

eles na q

ualid

ade d

e livros in

spira

dos.

3. 4

. 1. L

ivro

s ap

ócrifo

s do

An

tigo

Testa

men

to. C

omo já

vimos, a

Sep

tuagin

ta fo

i o resu

ltado

da tra

duçã

o d

o C

ânon Pa

lestino p

ara

o g

rego, q

ue p

or su

a vez in

cluiu

os livro

s apócrifo

s na su

a

traduçã

o. P

or esse m

otivo

, os cristã

os q

ue fa

lavam

o g

rego, u

sava

m esses livro

s, junta

men

te com

o A

ntig

o T

estam

ento ca

nônico

. De m

odo g

eral, p

odem

os d

izer que o

s livros a

pócrifo

s eram

tidos

em a

lta estim

a, u

sualm

ente co

nsid

erados ca

nônico

s pela

maio

ria d

os cristã

os, a

té o IV

século

. A

igreja

orien

tal a

té o fim

do p

eríodo P

atrístico

e a ig

reja

ocid

enta

l até a

Refo

rma, aceita

vam

-nos d

e

modo g

eral, em

igual n

ível de im

portâ

ncia

ao resto

do A

ntig

o T

estam

ento

. Porém

, na R

eform

a

Pro

testante to

da a

tradiçã

o refo

rmada exclu

iu o

s livros a

pócrifo

s da B

íblia

. Em

1548, n

o C

oncilio

de T

rento

a Ig

reja C

ató

lica reco

nheceu

os livro

s apócrifo

s com

o ca

nônico

s. Tal d

ecisão d

eixou

apen

as d

e lado I e

II Esd

ras e a

Ora

ção

de M

an

assé

s. Essa

é a p

osiçã

o a

tual d

a Ig

reja

Cató

lica.

3. 4

. 2. L

istas d

os A

crifos n

a S

ep

tuag

inta

1. O

prim

eiro e o

segundo livro

de E

sdra

s.

2. T

obia

s.

3. Ju

dite.

4. A

diçõ

es ao livro

de E

ster.

5. A

Sabed

oria

de S

alo

mão.

Page 16: Introdução Bíblica

6. E

clesiástico

ou A

Sabed

oria

de Jesu

s o Filh

o d

e Sira

que.

7. B

aru

que.

8. A

Carta

de Jerem

ias.

9. A

Oraçã

o d

e Aza

rias e o

Canto

dos T

rês Joven

s.

10. S

usa

na.

11. B

el e o D

ragão.

12. A

Ora

ção d

e Manassés.

13. O

Prim

eiro e o

segundo livro

dos M

aca

beu

s.

3. 4

. 3. L

istas d

os a

crifos e

das a

diçõ

es d

a B

íblia

Cató

lica R

om

an

a

1. I e II M

aca

beu

s.

2. T

obia

s.

3. Ju

dite.

4. S

abed

oria

de S

alo

mão.

5. E

clesiástico

.

6. B

aru

que.

7. A

diçõ

es ao Livro

de E

ster.

8. A

Oraçã

o d

e Aza

rias e o

Canto

dos T

rês Joven

s (3º cap

ítulo

de D

aniel a

partir d

o v. 2

3).

9. S

usa

na (1

3º ca

pítu

lo d

e Daniel).

10. B

el e o D

ragão (1

4º ca

pítu

lo d

e Daniel).

11. A

Carta

de Jerem

ias (6

º capítu

lo d

e Baru

que).

3. 4

. 4. R

esu

mo

do

s livro

s ap

ócrifo

s

a. I M

aca

beu

s (10

0 a

.C.) –

Descreve a

histó

ria d

e 3 irm

ãos d

a fa

mília

dos ‘M

aca

beu

s”, que n

o

cham

ado p

eríodo in

terbíb

lico (4

00 a

.C. 3

0 a

.D) lu

tara

m co

ntra

inim

igos d

os ju

deu

s visando a

preserva

ção d

o seu

povo

e terra. É

um

relato

da g

uerra d

a in

dep

endên

cia d

e Jerusa

lém p

elos

Maca

beu

s desd

e o p

rimeiro

dia

. Vai d

o a

no 1

75 a

té 166 a

.C.

b. II M

aca

beu

s (10

0 a

.C.) –

Não é a

contin

uaçã

o do 1

Maca

beu

s, mas u

m rela

to p

ara

lelo, ch

eio

de len

das e p

rodíg

ios d

e Judas M

aca

beu

. Apresen

ta: a

oraçã

o p

elos m

orto

s – 1

2. 4

4 –

46, cu

lto e

missa

pelo

s morto

s – 1

2. 4

3, o

pró

prio

auto

r não se ju

lga in

spira

do -1

5. 3

8-4

0; 2

. 25-2

7;

Page 17: Introdução Bíblica

intercessã

o p

elos sa

nto

s – 7

. 28 e 1

5. 1

4. O

livro fa

la sob

re a o

bra

, mila

gres, len

das sa

gra

das ta

is

com

o o

martírio

dos sete irm

ãos m

aca

beu

s. O liv

ro a

pre

sen

ta:

b. 1

. A o

raçã

o p

elos m

orto

s e o co

nceito

de P

urg

ató

rio (1

2. 4

0-4

6).

b. 2

. Culto

e missa

pelo

s morto

s (12. 4

3).

b. 3

. A in

tercessão p

elos san

tos (1

5. 1

4).

b. 4

. O p

róprio

auto

r se julg

a in

spira

do (1

5. 3

8-4

0).

c. To

bia

s (20

0 a

.C.) É

um

a h

istoria

curta

e aleg

órica

sobre a

bondade d

e Tobiel, p

ai d

e Tobia

s,

dura

nte u

ma via

gem

a terra d

istante; u

ma exp

ediçã

o d

e pesca

; um

caso

de a

mor; a d

escoberta

de u

m teso

uro

; o en

contro

com

um

anjo

disfa

rçado; u

m ca

so d

e exorcism

o; o

costu

me d

e

sepulta

men

to relig

ioso

; idéia

s teístas. A

narrativa

mostra

um

a id

éia d

a vid

a ju

daica

no in

ício d

o

segundo sécu

lo a

ntes d

e Cristo

.

O liv

ro a

pre

sen

ta:

c. 1. Ju

stificaçã

o p

elas o

bras (4

. 7-1

1; 1

2. 8

).

c. 2. M

edia

ção d

os sa

nto

s (12. 1

2).

c. 3. S

uperstiçõ

es (6. 5

, 7-9

)

c. 4. U

m a

njo

engana T

obias e o

ensin

a a

men

tir (5. 1

1-1

4).

c. 5. E

rros h

istórico

s e geo

grá

ficos (1

. 15; 1

4. 1

5).

d. Ju

dite

(15

0 a

.C.) É

a h

istória

de u

ma h

eroín

a viú

va e form

osa

que sa

lva su

a cid

ade

enganando u

m g

enera

l inim

igo e d

ecapita

ndo-o

. A g

rande h

eresia é a

pró

pria

histó

ria o

nde o

s fins

justifica

m o

s meio

s. E u

ma h

istória

da m

ulh

er judia

ideal e d

evota

; um

a h

eroín

a q

ue m

ostra

a

cora

gem

femin

ina. O

livro

ap

rese

nta

:

d. 1

. Aco

nselh

am a

tos im

ora

is (9. 1

0, 1

3).

d. 2

. Erro

s histó

ricos e g

eográ

ficos (1

.1; 4

. 3; 5

. 19).

e. S

ab

ed

oria

de S

alo

mão (4

0 d

.C.). Livro

escrito co

m fin

alid

ade exclu

siva d

e luta

r contra

a

incred

ulid

ade e id

ola

tria d

o ep

icurism

o (filo

sofia

greg

a n

a era

Cristã

). Apresen

ta: o

corp

o co

mo

prisã

o d

a a

lma (9

. 15), d

outrin

a estra

nha so

bre a

orig

em e o

destin

o d

a a

lma (8

. 19-2

0).

Exa

lta a

sabed

oria

, a q

ual tan

to é relig

ião co

mo é h

ipósta

se divin

a; u

m ser q

uase d

ivino.

O liv

ro a

pre

sen

ta:

e. 1

. O co

rpo co

mo p

risão d

a a

lma (9

. 15).

e. 2

. Doutrin

a estra

nha so

bre a

orig

em e o

destin

o d

a a

lma (8

. 19, 2

0).

e. 3

. Salva

ção p

ela sa

bed

oria

(9. 1

8).

f. Ecle

siástico

(18

0 a

.C.) –

É m

uito

semelh

ante a

o livro

de P

rovérb

ios, n

ão fo

ssem a

s tanta

s

heresia

s. Exem

plo

: A ju

stificaçã

o p

elas o

bra

s (3. 3

3-3

4), o

trato

cruel a

os escra

vos (3

3. 2

6, 3

0;

42. 1

, 5). T

ambém

incen

tiva o

ódio

aos S

amarita

nos (5

0. 2

7-2

8). È

o livro

mais lo

ngo d

os

apócrifo

s. Ben

Sira

que fo

i um

mestre relig

ioso

em Jeru

salém

, um

escriba, in

terprete

e mestre d

a

lei. Escreveu

um

a co

letânea d

e ensa

ios so

bre relig

ião e a

mora

l em d

ois vo

lum

es, imita

ndo o

s

pro

vérbio

s canônico

s.

g. B

aru

qu

e (1

00

d.C

.). Diz-se escrito

por B

aru

que, cro

nista

de Jerem

ias, n

um

a exo

rtaçã

o ao

s

judeu

s quando d

a d

estruição

de Jeru

salém

pelo

s babilô

nio

s. Na verd

ade, fo

i escrito d

epois d

a

Page 18: Introdução Bíblica

destru

ição d

e Jerusa

lém p

elos ro

manos. T

raz en

tre outra

s coisa

s, a in

tercessão p

elos m

orto

s (3.

4).

3. 4

. 5. O

s acré

scimo

s do

No

vo

Testa

men

to p

ela

Igre

ja C

ató

lica. A

créscimos n

os livro

s de:

a. E

ster 10. 4

-16, 2

4. E

ssas a

diçõ

es ressalta

m o

sentid

o relig

ioso

da n

arra

tiva o

rigin

al.

b. C

ântico

dos T

rês Joven

s 3. 2

4-9

0. O

cântico

das três jo

vens n

a fo

rnalh

a d

e fogo.

c. Histó

ria d

e Suza

na (D

an ca

p. 1

3. H

istória

que en

fatiza a

pro

teção d

e Deu

s aos fiéis. S

egundo

esta len

da D

aniel sa

lva S

uzan

a n

um

julg

am

ento

fictício b

asea

do em

falso

s testemunhos.

d. B

el e o d

ragão (D

an. C

ap. 1

4). N

arra

com

o fo

i desm

ascara

da a

astú

cia d

os b

abilô

nio

s idóla

tras

e zom

ba d

a id

ola

tria n

os seu

s culto

s. Contêm

histó

rias so

bre a

necessid

ade d

a id

ola

tria.

Os três livro

s apócrifo

s rejeitados p

ela Ig

reja C

ató

lica n

o C

oncílio

de T

rento

em 1

546 sã

o:

a. 3

º Esd

ras. C

onta

da g

rande festa

da Pá

scoa feita

pelo

rei Jesus; a

qued

a d

e Jerusa

lém; a

reconstru

ção d

o T

emplo

. A o

bra

baseia

-se em II C

rônica

s e Esd

ras, p

orém

, não fo

i termin

ada.

b. 4

º Esd

ras (o

u A

poca

lipse d

e Esd

ras). T

rata

-se de seis visõ

es. Abord

a o

sofrim

ento

e o m

al

sobre Isra

el, em resu

ltado d

a d

estruiçã

o d

e Jerusa

lém em

70 d

.C.. A

vinda d

o M

essias q

ue

liberta

rá a

Israel d

o seu

sofrim

ento

.

c. A o

raçã

o d

e M

an

assé

s. Ora

ção d

e Manassés rei d

e Judá q

uando esta

va p

reso n

a Babilô

nia

,

confo

rme II C

rônica

s 33. 1

2-1

3.

3. 4

. 6. L

ivro

s ap

ócrifo

s do

No

vo

Testa

men

to. E

ssa co

letânea

de escrito

s é mais n

um

erosa

que o

s apócrifo

s do A

ntig

o T

estam

ento

e afirm

a fo

rnecer in

form

açõ

es adicio

nais d

e espécie

suposta

men

te autên

tica so

bre C

risto, S

eus A

pósto

los e o

utro

s seguid

ores S

eus. A

maio

r parte d

a

literatu

ra a

pócrifa

do N

ovo

Testa

men

to tem

nom

es de livro

s do p

róprio

Novo

Testa

men

to co

mo:

(a) E

vangelh

o. (b

) Ato

s. (c) Epísto

las. (d

) Apoca

lipse.

a. E

van

gelh

os a

pócrifo

s: Eva

ngelh

o seg

undo o

s Heb

reus.

Eva

ngelh

o a

os Egíp

cios.

Eva

ngelh

o d

e Tom

é.

Eva

ngelh

o d

e Ped

ro.

Eva

ngelh

o d

e Nico

dem

os.

Eva

ngelh

o d

a In

fância

de Jesu

s.

Eva

ngelh

o d

e Tom

é sobre a

Infâ

ncia d

e Jesus.

b. O

s livro

s ap

ócrifo

s do

s Ato

s do

s Ap

ósto

los: A

tos d

e João.

Ato

s de P

aulo

.

Ato

s de P

edro

.

Ato

s de T

om

é.

Page 19: Introdução Bíblica

c. As e

písto

las a

crifas: T

erceira ep

ístola

aos C

orín

tios.

Epísto

la d

os A

pósto

los.

Epísto

la a

os La

odicen

ses.

A C

orresp

ondên

cia en

tre Paulo

e Sên

eca

d. O

s livro

s ap

ócrifo

s do

Ap

oca

lipse

: Apoca

lipse d

e Ped

ro.

Apoca

lipse d

e Paulo

.

3. 4

. 7. C

itaçõ

es d

os liv

ros a

crifos n

o N

ovo

Testa

men

to

Apesa

r de n

ão h

aver m

uita

s citaçõ

es direta

s dos livro

s apócrifo

s no N

ovo

testam

ento

há m

uita

s

alu

sões a

os m

esmos, co

m em

préstim

o d

e idéia

s e form

a d

e expressã

o. A

lgum

as cita

ções o

u

empréstim

os ó

bvio

s são:

a. O

texto d

e Mt 1

1. 2

8-3

0, q

uase q

ue rep

ete as p

ala

vras do fin

al d

o livro

de E

clesiástico

.

b. O

capitu

lo 1

1 d

e Heb

reus, a

o d

escrever os h

eróis d

a fé, m

ostra

-se bastan

te parecid

o co

m o

capítu

lo q

uaren

ta e q

uatro

de E

clesiástico

.

c. A p

assa

gem

de H

b. 1

1. 3

5, evid

entem

ente, refere-se

ao h

erói m

aca

beu

Elea

zar, seg

undo

descriçã

o d

e II Maca

beu

s 6. 2

0-2

1.

d. O

trecho d

e Ef 6

. 13-1

7, a

o d

escrever as a

rmas d

a n

ossa

milícia

, mostra

-se bem

parecid

o co

m

o livro

Sabed

oria

de S

alo

mão

5. 1

7-2

0.

e. O

texto d

e Hb 1

. 1-3

sobre o

Cristo

Etern

o, E

xalta

do e P

reexistente –

o Lo

gos, é sim

ilar a

o q

ue

diz o

livro

de S

abed

oria

de S

alo

mão (7

. 15-2

7), a

o fa

lar da sa

bed

oria

de D

eus.

3. 5

. Liv

ros p

seu

dep

ígra

fos

Esses livro

s fazia

m p

arte d

a p

roduçã

o literá

ria d

o ju

daísm

o h

elenista

. São ch

am

ados

pseu

dep

ígra

fos p

orq

ue o

s auto

res que o

s teriam

escrito seria

m fa

lsos. P

or exem

plo

, Enoque n

ão

escreveu o

s livros q

ue lh

e são a

tribuíd

os. E

sses fora

m escrito

s entre 2

00 a

.C. e 2

00 d

.C.. S

ão

eles:

a. Livro

dos Ju

bileu

s.

b. A

Carta

de A

ristéias.

c. O Livro

de A

dão e E

va.

d. O

s Livros d

e Enoque.

e. O

s Seg

redos d

e Enoque.

f. Os T

estamen

tos d

os D

oze P

atria

rcas.

g. O

rácu

los S

ibílin

os.

h. A

Assu

nçã

o d

e Moisés.

i. O A

poca

lipse S

iríaco

de B

aru

que.

j. 4º Livro

de E

sdra

s.

l. Os S

alm

os d

e Salo

mão.

m. 4

º Livro d

os M

aca

beu

s.

n. A

Histó

ria d

e Aica

r.

Page 20: Introdução Bíblica

o. A

s Decla

raçõ

es dos Pa

is.

3. 5

. 1. Id

éia

s, citaçõ

es e

alu

sões d

os p

seu

dep

ígra

fos n

o N

ovo

Testa

men

to

a. A

descid

a d

e Cristo

ao H

ades (I P

d. 3

. 18; 4

. 6). P

ode-se se ver isso

nos livro

s de I E

noque 6

0.

5-2

5; 6

9. 2

6 e n

os D

oze P

atria

rcas. A

lguns estu

dio

sos p

ensa

m q

ue esta

passa

gem

é um

empréstim

o d

ireto feito

de I E

noque.

b. Ju

das 9

, que fa

la d

e um

a d

isputa

havid

a en

tre o a

njo

Mig

uel e o

dia

bo, em

torn

o d

o co

rpo d

e

Moisés, fo

i empresta

do d

o livro

“A A

ssunçã

o d

e Moisés”.

c. Os versícu

los 1

4 e 1

5 d

a ep

ístola

de Ju

das fo

ram

extraíd

os d

iretam

ente d

e I Enoque 1

. 9; 5

. 4;

27. 2

; 60. 8

; 93. 2

. Esses versícu

los refe

rem-se a

o tra

balh

o d

os a

njo

s por o

casiã

o

dos ju

lgam

ento

s dos ím

pio

s.

d. Ju

das 1

1 m

encio

na o

camin

ho d

e Caim

e o erro

de B

ala

ão, ilu

strando m

etafo

ricam

ente o

s

conceito

s judaico

– h

elenista

s sobre o

prin

cipio

do m

al e su

a a

tuaçã

o no m

undo.

3. 5

. 2. L

ivro

s ap

ócrifo

s mo

dern

os. M

uito

s livros a

pócrifo

s modern

os a

dicio

nam

info

rmes so

bre

assu

nto

s ou id

éias tra

tadas n

a B

íblia

. Alg

uns d

e seus au

tores d

izem ter receb

ido su

as in

form

açõ

es

por m

eios p

ara

norm

ais co

mo visõ

es ou d

iscernim

ento

psíq

uico

.

Um

deles é o

livro d

e Mórm

on.

A p

rimeira

ediçã

o d

e “O Livro

de M

órm

on” p

ara

o p

ortu

guês a

pareceu

no a

no d

e 1938, e, a

té o

ano d

e 1975, já

havia

m sid

o im

pressa

s seis ediçõ

es. O Livro

de M

órm

on co

mpõe-se d

e 15 livro

s,

divid

idos em

capítu

los e versícu

los, ta

l com

o a

Bíb

lia S

agra

da.

Os seu

s livros estã

o d

isposto

s da seg

uin

te maneira

:

Livro C

apítulos V

ersículos

a. 1º Livro de N

efi 22

618

b. 2º Livro de N

efi 33

779

c. Livro de Jacó

07 203

d. Livro de En

os 01

27

e. Livro de Jarom

01

15

f. Livro de Om

ni 01

30

g. As P

ala

vras de M

órm

on

01 1

8

h. Livro de Mosia

h 29

786

i. Livro de Alm

a

63 19

43

j. Livro de Hela

16

497

l. 3a Livro de N

efi 30

765

m. 4

a Livro de Nefi

01 4

9

n. Livro de Mó

rmo

n

09 227

o. Livro de Éter

15 433

p. Livro de Moroni

10 167

No seu

todo, o

Livro d

e Mórm

on so

ma u

m to

tal d

e 239 ca

pítu

los e 6

.553 versícu

los. N

ele são

enco

ntra

dos ca

pítu

los in

teiros d

a B

íblia

. Por exem

plo

:

a. I

a Nefi 2

0 é ig

ual a

Isaía

s 48.

Page 21: Introdução Bíblica

b. 2

a Nefi 1

2 e 2

4 sã

o ig

uais a

Isaía

s 2 e 1

4.

c. 3a N

efi 24 é ig

ual a

Mala

quia

s 3.

d. 3

a Nefi 1

2 e 1

4 sã

o ig

uais a

Mateu

s 5 e 7

.

e. M

oro

ni 1

0.7

-20 é ig

ual a

1ª C

orín

tios 1

2.

3. 5

. 3. A

ind

a o

utro

s ap

ócrifo

s mo

dern

os

a. O

Eva

ngelh

o d

e Judas.

b. A

Vid

a D

esconhecid

a d

e Cristo

.

c. O E

vangelh

o A

quaria

no.

d. A

Cru

cificaçã

o d

e Jesus.

e. O

Rela

tório

de P

ilato

s.

f. A C

onfissã

o d

e Pôncio

Pilato

s.

g. A

Carta

de B

eham

.

h. O

Vig

ésimo N

ono C

apítu

lo d

e Ato

s.

i. A E

písto

la d

o C

éu.

j. O E

vangelh

o d

e Justo

s.

l. A D

escrição d

e Cristo

.

m. O

Atesta

do d

e Óbito

de Jesu

s Cristo

.

n. O

Longam

ente P

erdid

o S

egundo Livro

de A

tos.

o. O

Ahsp

e.

p. O

s Livros P

erdid

os d

a B

íblia

.

q. G

ravu

ras Sobre o

Cristo

e o E

vangelh

o d

e Magus.

Dia

nte d

e tudo q

ue fo

i apresen

tado é n

ecessário

estarm

os a

tento

s e bem

info

rmados co

m

relaçã

o à

Pala

vra d

e Deu

s para

com

bater as h

eresias in

seridas em

Bíb

lias e n

este tipo d

e

literatu

ra.

CA

PÍT

ULO

IV

INS

PIR

ÃO

, RE

VE

LA

ÇÃ

O E

ILU

MIN

ÃO

As E

scritura

s sagra

das é a

Pala

vra d

e Deu

s e foi p

reciso ela

ser insp

irada e revela

da. E

para

ser com

preen

did

a, p

recisa-se d

a Ilu

min

açã

o.

O q

ue é

a In

spira

ção

bíb

lica? É

a o

pera

ção d

ivina a

través d

a q

ual D

eus in

fluen

ciou o

s escritores

bíb

licos, ca

pacita

ndo-o

s a receb

er a m

ensa

gem

divin

a, m

oven

do-o

s a tra

nscrevê-la co

mo a

s tinha

recebid

o. D

essa m

aneira

, a P

ala

vra d

e Deu

s recebeu

auto

ridade d

ivina, g

ara

ntin

do a

exata

transferên

cia d

a revela

ção d

e Deu

s atra

vés da lin

guagem

hum

ana (I C

o 2. 1

3; II T

m 3

. 16; II P

e

1. 2

0-2

1). P

ode-se a

firmar q

ue existe n

ela u

ma a

uto

ria d

upla

. Que sã

o:

a. A

uto

ria d

ivin

a. É

que a

s Escritu

ras é a

Pala

vra d

e Deu

s, porq

ue se o

rigin

ara

m D

ele com

o

expressã

o d

e Sua m

ente. V

ejam

os: “T

od

a a

Escritu

ra d

ivin

am

en

te in

spira

da…

” (II Tm

3.

16). O

termo “in

spira

do” a

í é “theo

pn

eu

stos”, isto

é, sopra

da p

or D

eus.

b. A

uto

ria h

um

an

a. A

lguns h

om

ens fo

ram

escolh

idos p

or D

eus p

ara

receber d

Ele a

quilo

que

Deu

s queria

que fo

sse escrito. E

m II P

edro

1. 2

se lê: “Ho

men

s san

tos d

e D

eu

s fala

ram

mo

vid

os (G

r. pherô

, sig. con

duzid

os) p

elo

Esp

írito S

an

to”.

4. 1

. Alg

um

as te

oria

s sob

re a

insp

iraçã

o d

ivin

a

Page 22: Introdução Bíblica

a. In

spira

ção

natu

ral. D

iz que n

ão existe n

enhum

elemen

to so

bren

atu

ral n

a in

spira

ção.

Que a

Bíb

lia fo

i escrita p

or h

om

ens ta

lento

sos.

b. In

spira

ção

mística

ou

ilum

inativ

a. A

firma q

ue o

s escritores b

íblico

s era

m ch

eios p

ara

escrever, com

o q

ualq

uer sa

lvo n

os d

ias d

e hoje p

ode ser.

c. Insp

iraçã

o m

ecâ

nica

(teo

ria d

a d

itaçã

o). A

rgum

enta

que o

s auto

res bíb

licos, fo

ram

usa

dos

meca

nica

men

te, escreviam

a m

edid

a q

ue D

eus ia

dita

ndo. A

pen

as a

lgum

as p

assa

gen

s fora

m

dita

das (ex. o

s Dez m

andam

ento

s).

d. In

spira

ção

parcia

l. Diz q

ue a

pen

as a

quilo

que n

ão era

conhecid

o d

o h

om

em fo

i insp

irado (ex.

a C

riaçã

o, ou m

esmo co

nceito

s espiritu

ais).

e. In

spira

ção

con

ceitu

al. Fa

la q

ue só

os co

nceito

s e não a

s pala

vras fora

m in

spira

das

(ex. peca

do co

mo a

viola

ção d

os d

ireitos d

e Deu

s, que o

sangue d

e Jesus sa

lva).

f. Insp

iraçã

o g

rad

ual. Q

ue a

uto

res bíb

licos fo

ram

mais in

spira

dos q

ue o

utro

s auto

res.

g. In

spira

ção

neo

-orto

doxa. A

rgum

enta

que o

s auto

res hum

anos só

poderia

m p

roduzir u

m

registro

falíve

l, logo, a

Bíb

lia a

pen

as co

ntém

a Pa

lavra

de D

eus.

h. In

spira

ção

verb

al e

ple

nária

. Esta

é a verd

adeira

doutrin

a d

a In

spira

ção d

as

Escritu

ras e sig

nifica

que ca

da p

ala

vra (verb

al) e to

dos o

s assu

nto

s (plen

ária

) form

ados p

or ela

s

são d

e insp

iraçã

o d

ivina.

4. 1

. 1. P

rovas d

a In

spira

ção

div

ina. E

m II T

imóteo

3 1

6 d

iz que D

eus é o

auto

r das E

scritura

s,

ao ser u

sada a

pala

vra g

rega “th

eo

pn

eu

stos”, litera

lmen

te (carreg

ados, co

nduzid

os p

elo E

spírito

Santo

). Assim

, as E

scritura

s são p

roduto

s do so

pro

de D

eus. V

ejam

os:

a. “E

ntã

o disse o

Sen

hor a

Moisés: E

screve isto p

ara

mem

ória

num

livro, e rela

ta-o

aos

ouvid

os d

e Israel…

”. (Êx 1

7. 1

4).

b. “A

ssim fa

la o

Sen

hor, D

eus d

e Israel, d

izendo: E

screve n

um

livro to

das a

s pala

vras q

ue te

tenho d

ito” (Jr 3

0. 2

).

Os escrito

res estava

m co

nscien

tes de esta

rem escreven

do a

Pala

vra d

e Deu

s. Ex.:

a. P

aulo

escreve: “As q

uais ta

mbém

fala

mos, n

ão com

pala

vras d

e sabed

oria

hum

ana, m

as co

m

as q

ue o

Esp

írito S

anto

ensin

a co

mparan

do a

s coisas esp

irituais co

m a

s espiritu

ais” (I C

o 2

. 13).

b. P

edro

fala

ndo so

bre a

insp

iraçã

o d

e Paulo

em to

das as ep

ístola

s, escreve: “… en

tre as q

uais h

á

ponto

s difíceis d

e enten

der, q

ue o

s indouto

s e inco

nsta

ntes to

rcem, e ig

ualm

ente o

utra

s

Escritu

ras, p

ara

sua p

rópria

perd

ição” (II P

e. 3. 1

6).

4. 1

. 2. A

Revela

ção

(lit. tirar o

véu

). Revela

ção é o

ato

atra

vés do q

ual D

eus d

escerra o

véu e

com

unica

a verd

ade à m

ente h

um

ana, m

anifesta

ndo a

quilo

que ja

mais p

oderia

ser conhecid

o d

e

outro

modo.

Há p

elo m

enos sete m

aneira

s conhecid

as d

e com

o D

eus d

e revelou a

o h

om

em

a. P

ela

Natu

reza: O

s céus d

eclara

m a

gló

ria d

e Deu

s… (S

l 19. 1

-2).

Porq

uanto o

que d

e Deu

s se pode co

nhecer n

eles se manifesta

… (R

m 1

. 19-2

0).

b. A

través d

a p

rovid

ên

cia. A

pro

vidên

cia é a

execuçã

o de D

eus d

as d

ispen

saçõ

es em to

dos o

s

seus d

etalh

es (Gn 4

8. 1

5; 5

0. 2

0; R

m 8

. 28; S

m 5

7. 2

; Jr 30. 1

1; Is 5

4. 1

7).

c. Na p

rese

rvaçã

o: E

ele é antes d

e todas a

s coisa

s, e todas a

s coisas su

bsistem

por ele (C

l 1.

17).

O q

ual, sen

do o

resplen

dor d

a su

a g

lória

… (H

b 1

. 3).

Page 23: Introdução Bíblica

Nem

tampouco

é servido p

or m

ãos d

e hom

ens…

(At 1

7 2

5, 2

8).

d. N

os m

ilag

res: E

NTÃO

respondeu

Moisés, e d

isse: Mas eis q

ue n

ão m

e crerão…

(Êx 4

. 1-9

).

e. A

través d

a co

mu

nica

ção

dire

ta: B

oca

a b

oca

falo

com

ele

… (N

m 1

2. 8

).

E n

unca

mais se leva

nto

u em

Israel u

m p

rofeta

… (D

t. 34: 1

0).

f. Na E

nca

rnaçã

o: H

AVEN

DO

Deu

s antig

am

ente fa

lado m

uita

s vezes… (H

b 1

. 1).

Muito

tenho q

ue d

izer e julg

ar…

(Jo 8

. 26).

No p

rincíp

io era

o V

erbo, e o

Verb

o esta

va com

Deu

s e o V

erbo…

(Jo 1

. 1-3

. 14).

g. P

ela

s Escritu

ras: S

aben

do p

rimeira

men

te isto: q

ue n

enhum

a p

rofecia

da E

scritura

é de

particu

lar in

terpreta

ção (2

Pe 1

. 20).

4. 1

. 3. A

Ilum

inaçã

o é

o a

to p

elo q

ual o

Esp

írito S

anto

capacita

aos q

ue lêem

a B

íblia

com

o

objetivo

de en

tendê-la

e aplicá

-la a

s suas vid

as (I C

o 2

. 12; Lc 2

4. 3

2, 4

5). A

Ilum

inaçã

o a

dm

ite

gra

us, p

oden

do a

lguém

ter muita

ilum

inaçã

o o

u p

ouca

(Ef 1

. 16-1

8; 4

. 23; C

l 1. 9

).

a. A

Ilum

inaçã

o n

ão se lim

ita a

pen

as a

questões co

muns, m

as p

ode a

tingir a

s coisa

s

pro

fundas d

e Deu

s (I Co 2

. 10), p

orq

ue o

Esp

írito S

anto

que co

nhece to

das a

s coisas d

e Deu

s,

está n

o co

raçã

o d

o cren

te. Não é u

ma vo

z fala

ndo au

dível e exterio

rmen

te, mas o

desp

ertar d

a

men

te e do co

raçã

o, p

ara

a co

mpreen

são d

as E

scritura

s (I Co 2

. 16).

b. E

ste d

esp

erta

men

to d

o E

spírito

pode ser p

rejudica

do p

elo p

ecado, p

ois é d

ito q

ue o

cristão q

ue é esp

iritual d

iscern

e todas a

s coisa

s (1 C

o 2

. 15), a

o p

asso

que a

quele q

ue é ca

rnal

não p

ode receb

er as verd

ade m

ais p

rofu

ndas d

e Deu

s, que sã

o co

mpara

das a

o a

limen

to só

lido (I

Co 2

. 15; 3

. 1-3

; Hb 5

. 12-1

4).

4. 1

. 4. A

Ilum

inaçã

o, a

Insp

iraçã

o e a

Revela

ção, estão

intrin

secam

ente lig

adas, p

orém

, podem

ser indep

enden

tes, pois p

ode h

aver:

a. In

spira

ção sem

revelaçã

o (Lc 1; 1

-3; I Jo

1. 1

-4) e in

spira

ção co

m revela

ção (A

p 1

. 11).

b. In

spira

ção sem

ilum

inação

(I Pe 1

. 10-1

2) e ilu

min

açã

o sem

insp

iraçã

o (E

f 1. 1

8) e sem

revelaçã

o (I C

o 2

; 12; Jd

3).

c. Revela

ção sem

ilum

inação

(I Pe 1

. 10-1

2) e sem

insp

iraçã

o (A

p. 1

0. 3

-4; Ê

x 20. 1

-22).

d. O

apósto

lo P

aulo

men

ciona o

s três conju

nta

men

te, num

a só

passa

gem

(I Co 2

. 9-1

3).

d. 1

. Revela

ção (v. 1

0). Ilu

min

açã

o (v. 1

1). In

spira

ção (v. 1

3).

CA

PÍT

ULO

V

OS

TE

XTO

S M

AS

SO

TIC

OS

Verem

os a

baixo

com

o o

s judeu

s pro

cedera

m p

ara

que su

a lín

gua –

o h

ebra

ico – d

epois d

o

exílio b

abilô

nico

, atra

vés dos T

extos M

assorético

s, não fo

sse esquecid

a. C

om

o tam

bém

será visto

com

o se o

rigin

ou o

Talm

ud e o

s Targ

uns –

as p

ará

frases d

as leis ju

daica

s.

5. 1

. SÍN

TE

SE

SO

BR

E O

S T

EX

TO

S M

AS

SO

TIC

OS

a. A

desig

naçã

o “T

exto M

asso

rético”, n

orm

alm

ente co

nhecid

o co

mo T

M, é u

ma exp

ressão cria

da e

utiliza

da p

elo m

undo a

cadêm

ico. T

al d

enom

inaçã

o refere-se a

um

gru

po d

e manuscrito

s heb

raico

s

da B

íblia

, data

dos d

esde o

s prim

eiros sécu

los d

a Id

ade M

édia

, sendo q

ue to

dos a

presen

tam

semelh

ança

entre si.

c. Estes m

anuscrito

s possu

em u

m p

adrã

o eleva

do d

e unifo

rmid

ade textu

al d

evido a

o tra

balh

o

consisten

te e meticu

loso

dos escrib

as ju

deu

s do p

eríodo m

edieva

l, conhecid

os co

mo m

asso

retas,

Page 24: Introdução Bíblica

que a

dota

ram

um

rígid

o sistem

a d

e preserva

ção e d

e transm

issão d

o texto

da B

íblia

Heb

raica

sem

corru

pçõ

es e altera

ções sig

nifica

tivas.

d. O

s masso

retas su

rgira

m n

o p

eríodo m

edieva

l. Esses eru

dito

s judeu

s fora

m o

s

sucesso

res dos a

ntig

os escrib

as ju

deu

s e que ta

mbém

se ded

icara

m a

copia

r e transm

itir o texto

da B

íblia

Heb

raica

. Os su

cessores d

os escrib

as sã

o co

nhecid

os co

mo m

asso

retas.

e. T

odas a

s edições d

a B

íblia

Heb

raica

, com

o ta

mbém

as tra

duçõ

es modern

as, sã

o

basea

das n

o T

M. A

sua estru

tura

conso

nanta

l remonta

ao p

eríodo d

o S

egundo T

emplo

(520 a

.C. a

70 d

.C.) e, d

esde 1

00 d

.C., a

pro

ximadam

ente, to

das a

s com

unid

ades ju

daica

s adotara

m-n

o co

mo

a fo

rma textu

al d

efinitiva

e oficia

l das S

agra

das E

scritura

s Heb

raica

s.

f. O texto

bíb

lico h

ebra

ico, ta

nto

de ju

deu

s com

o d

e cristãos, b

aseia

-se no T

M

estabelecid

o d

esde o

s prim

eiro

s século

s pelo

s escribas n

a ép

oca

antig

a e, m

ais ta

rde, p

elos

masso

retas d

ura

nte o

perío

do m

edieva

l.

g. H

avia

duas fa

mília

s de m

asso

retas lo

caliza

das n

o O

ciden

te: A fa

mília

de B

en A

sher e a

fam

ília d

e Ben

Nafita

li.

h. E

sses fam

ílias d

e masso

retas se lo

caliza

vam

na S

íria e em

Tib

eríades.

i. Havia

tam

bém

masso

retas n

o O

riente. E

stes se loca

lizava

m n

a B

abilô

nia

, nas reg

iões d

e

Neh

ard

ea, S

ura

e Pum

bed

ita.

5. 2

. O T

alm

ud

e

O T

alm

ud é fo

rmado p

or d

ois co

men

tário

s da T

orá, d

enom

inados d

e a “M

ishná e a

Guem

ará

”.

Am

bas co

ntêm

regra

s legais e d

iscussõ

es para

trás e p

ara fren

te, disseca

ndo e escla

recendo esta

s

regra

s.

A co

munid

ade em

Israel com

pilo

u u

m T

alm

ud n

o terceiro

século

, cham

ado o

Talm

ud d

e

Jerusa

lém. O

Talm

ud B

abilô

nico

foi co

mpila

do 2

00 a

nos d

epois e é u

niversa

lmen

te aceito

com

o

auto

ritativo

. Em

questõ

es de co

nco

rdância

, ambos o

s Talm

uds sã

o co

nsu

ltados. Q

uando se tra

ta

de u

ma d

isputa

, o T

alm

ud B

abilô

nico

tem p

recedên

cia. A

ssim, o

Talm

ud B

abilô

nico

é com

frequên

cia ch

am

ado a

pen

as d

e Talm

ud.

5. 2

. 1. C

om

o se

orig

ino

u o

Talm

ud

Seg

undo o

s judeu

s, existem d

uas “T

orá

s”. A “T

orá E

scrita” receb

ida p

or M

oisés d

iretam

ente d

e

Deu

s; e a “T

orá

Ora

l” transm

itida d

e boca

a b

oca

de M

oisés a Jo

sué, d

epois a

os A

nciã

os, a

os

Pro

fetas e a

os h

omen

s da G

rande A

ssembléia

ou S

inagog

a –

em B

abilô

nia

.

A G

rande A

ssembléia

era lid

erada p

or E

zra n

o in

ício d

o S

egundo T

emplo

e codifico

ug

ran

de

parte

da T

orá

Ora

l num

a form

a q

ue p

udesse ser m

emoriza

da p

elos a

lunos. E

sta cod

ificaçã

o

passo

u a

cham

ar-se “M

ishná” (u

ma esp

écie de “versã

o d

e bolso

” das leis o

rais d

e Moisés –

era

consid

erada a

2ª lei –

a T

orá

era a

prim

eira).

Dura

nte as g

eraçõ

es que su

cedera

m a

Sin

agoga, a

Mish

ná fo

i expandid

a p

ela n

ova

legisla

ção e

leis de ca

sos. A

s contro

vérsias co

meça

ram a

surg

ir, varia

ções n

a M

ishná d

os vá

rios m

estres

com

eçara

m a a

parecer. A

o mesm

o tem

po, a

ord

em d

a M

ishná fo

i melh

ora

da, esp

ecialm

ente p

or

Rabi A

kiva. Pa

ra a

cabar co

m a

s disp

uta

s, Rabi Ju

dah, o

Prín

cipe, red

igiu

um

a ed

ição d

efinitiva

da

Mish

ná –

que é a

quela

que existe h

oje –

termin

ada em

188 d

.C. e p

ublica

da u

ns 3

0 a

nos d

epois.

Page 25: Introdução Bíblica

Ao co

mpila

r sua o

bra

, Rabi Ju

dah fez u

so d

a M

ishná a

nterio

r, conden

sando-a

e decid

indo en

tre

diversa

s questõ

es contro

versas. O

s Sábio

s de seu

tempo, to

dos p

articip

ara

m co

m su

as d

ecisões e

ratifica

ram

sua ed

ição. A

té as o

pin

iões reje

itadas fo

ram

inclu

ídas n

o texto

para

que fo

ssem

reconhecid

as e n

ão revivid

as n

as g

eraçõ

es seguin

tes.

Dura

nte o

perío

do q

ue p

recedeu

Rabi Ju

dah, a

Torá

Ora

l se desen

volveu

na M

ishná, a

o p

asso

que

a a

nálise

dessa

lei, se dese

nvo

lveu n

um

a o

utra d

isciplin

a co

nhecid

a co

mo “G

uem

ará”.

Dep

ois q

ue a

Mish

ná fo

i com

pila

da, esta

s discu

ssões co

ntin

uara

m, to

rnando-se m

uito

importa

ntes

para

esclarecer a

Mish

ná. A

Guem

ará

desen

volveu

-se ora

lmen

te por cerca

de 3

00 a

nos d

epois d

a

redaçã

o d

a M

ishná. Fin

alm

ente, q

uando fico

u em

perig

o d

e ser esquecid

a e p

erdid

a, R

abi A

shi, n

a

sua esco

la n

a B

abilô

nia

, incu

mbiu

-se de co

letar to

das esta

s discu

ssões e co

locá

-las em

ord

em. Fo

i

com

pleta

da n

o a

no 5

05 d

.C..

5. 3

. So

bre

o T

arg

um

Vim

os a

cima q

ue o

Talm

ud é u

m co

men

tário

das leis o

rais e escrita

s. O T

arg

um

é um

a tra

duçã

o

ou p

ará

frase d

a Bíb

lia H

ebra

ica.

a. O

termo “T

arg

um

” possu

i vário

s significa

dos: exp

licaçã

o, in

terpreta

ção, co

men

tário

, traduçã

o,

versão e, d

e maneira

específica

, traduçã

o do texto

bíb

lico h

ebra

ico p

ara

o a

ram

aico

. È u

m tip

o d

e

traduçã

o q

ue va

i além

de sim

ples versã

o d

o o

rigin

al h

ebra

ico: n

ele enco

ntra

m-se co

men

tário

s,

am

plia

ções, a

lteraçõ

es, narra

tivas, in

terpreta

ções, exp

licaçõ

es e tradiçõ

es rabín

icas.

b. C

om

o o a

ram

aico

era a

língua co

mum

no O

riente M

édio

e na M

esopotâ

mia

, os p

ovo

s

subju

gados p

ela B

abilô

nia

passa

vam

a u

sar este id

iom

a n

o co

tidia

no. P

orta

nto

, com

o tem

po, o

ara

maico

torn

ou-se tã

o im

porta

nte p

ara

os ju

deu

s, quan

to o

heb

raico

.

c. Este co

rpo literá

rio fo

i o d

esenvo

lvimen

to escritu

ral d

as tra

duçõ

es ora

is feitas n

as S

inagogas.

d. O

s dois p

rincip

ais ta

rguns p

adro

niza

dos e o

ficializa

dos p

elo ju

daísm

o sã

o: O

Targ

um

de

Ônquelo

s para

o P

enta

teuco e o

Targ

um

de Jô

nata

s ben

Uziel p

ara

os P

rofeta

s.

e. O

heb

raico

torn

ou-se a

língua sa

gra

da d

a B

íblia

Heb

raica

, do serviço

da S

inagoga, d

os estu

dos

e das d

iscussõ

es rabín

icas. T

am

bém

era fa

lado n

o co

tidia

no, em

bora

nos p

arece q

ue, a

lguns n

ão

fala

vam

o h

ebra

ico. O

s judeu

s cham

ava

m o

ara

maico

de “h

ebra

ico”. T

alvez p

or ser p

arte d

a

cultu

ra d

o p

ovo

.

f. Quan

do n

a S

inagoga era

lido o

texto h

ebra

ico d

o P

enta

teuco

, fazia

-se a tra

duçã

o a

ram

aica

de

maneira

simultâ

nea

após a

leitura

de ca

da versícu

lo d

a “p

ara

shá”(ca

pítu

lo).

g. Q

uando se lia

os P

rofeta

s, a tra

duçã

o era

feita a

o m

esmo tem

po o

u lo

go a

pós a

leitura

de ca

da

dois o

u três versícu

los d

a “b

afta

rá” (co

nclu

são).

h. E

sse trabalh

o era feito

por u

m in

térprete p

rofissio

nal, q

ue fa

zia su

a tra

duçã

o o

ralm

ente

e sem a

uxílio

de u

m texto

previa

men

te escrito (N

eem. 8

: 8).

Esse co

stum

e se estendeu

por to

da D

iásp

ora

.

i. Dura

nte a

Idade M

édia

esse costu

me co

ntin

uou a

ser utiliza

do p

elos ju

deus e era

a

língua d

os “m

asso

retas” d

a m

aio

r parte d

a “M

asso

rà”.

5. 4

. A M

asso

Page 26: Introdução Bíblica

A M

assorá

(tradiçã

o), co

mo é ch

am

ada, n

o sen

tido esp

ecífico refere

-se ao co

nju

nto

de n

ota

s

escritas n

as la

terais e n

as m

arg

ens su

perio

r e inferio

r dos fó

lios (fo

lhas), d

os có

deces

masso

réticos m

edieva

is.

a. O

“Masso

rá”, p

ode ser d

efinid

o co

mo o

“mapea

men

to” m

eticulo

so d

o texto

da B

íblia

Heb

raica

,

tendo co

mo o

bjetivo

, a ín

tegra

preserva

ção e a

exata

transm

issão d

as Escritu

ras S

agra

das. D

aí o

termo sig

nifica

r: info

rmar, tra

nsm

itir etc.

b. O

texto b

íblico

heb

raico

, fruto

do tra

balh

o d

os m

asso

retas é d

enom

inado p

elos eru

dito

s de

“Texto

Masso

rético”, o

u sim

plesm

ente “T

M”.

c. No D

icionário

de M

ichaelis, su

a d

efiniçã

o é: “M

asso

rá”, trabalh

o crítico

sobre a

gra

fia e a

leitura

correta

da B

íblia

Heb

raica

feita p

elos d

outo

res judeu

s.

CU

RIO

SID

AD

ES

BÍB

LIC

AS

:

Cu

riosid

ad

e I. Ju

nto

ao M

ar Morto

na lo

calid

ade d

e Hirb

ert Qum

ran fo

ram

desco

berta

s onze

gru

tas e o

núm

ero d

e textos b

íblico

s ali en

contra

dos u

ltrapassa o

s 200.

Cu

riosid

ad

e II. G

uen

izá sig

nifica

esconder, g

uard

ar, ocu

ltar, a

rquiva

r, Seu

objetivo

era reco

lher

todo o

materia

l religio

so d

esgasta

do p

elo tem

po e em

desu

so, p

ois co

ntin

ha co

nteú

do sa

gra

do e,

em m

uito

s textos, co

nstava

o T

etragra

ma S

agra

do. P

assa

do u

m tem

po, n

orm

alm

ente o

s mem

bro

s

da co

letividade ju

daica

retirava

m to

do o

materia

l para

enterrá

-lo, d

evido a

o p

erigo d

e alg

uém

tenta

r pro

faná-lo

.

Cu

riosid

ad

e III. O

s russo

s vendera

m u

ma a

ntig

a có

pia d

a B

íblia

(o C

ódice S

inaítico

) à In

gla

terra

por 5

10.0

00 d

óla

res?

Cu

riosid

ad

e IV

. O m

ais lo

ngo teleg

ram

a d

o m

undo fo

i o N

ovo

Testa

men

to, en

viado d

e Nova

Iorq

ue a

Chica

go, d

uas cid

ades n

orte-a

merica

nas?

Cu

riosid

ad

e V

. Volta

ire, o fra

ncês ren

om

ado e in

crédulo

que m

orreu

em 1

778, a

firmou q

ue, cem

anos d

epois d

ele o C

ristianism

o esta

ria va

rrido d

a fa

ce da terra

e teria p

assa

do à

Histó

ria. M

as o

que a

conteceu

? Volta

ire morreu

e passo

u p

ara

a H

istória

.

Apen

as cin

qüen

ta anos d

epois d

e sua m

orte a

Socied

ade B

íblica

de G

eneb

ra u

sou a

grá

fica e a

residên

cia d

ele p

ara

imprim

ir pilh

as d

e Bíb

lia? Q

ue iro

nia

!

CO

NC

LU

O

As o

bjeçõ

es quanto

a Bíb

lia ser to

talm

ente in

spira

da sã

o m

uita

s. Por exem

plo

:

a. O

s teólo

gos lib

era

is decla

ram

que a

Bíb

lia co

ntém

a Pa

lavra

de D

eus a

as p

ala

vras dos h

om

ens.

A B

íblia

não é p

ara

ser iguala

da co

m a

Palavra

de D

eus, visto

que D

eus se revela

por o

utro

s meio

s

além

da B

íblia

.

b. O

s neo

-orto

doxo

s decla

ram

que a

Bíb

lia to

rna-se a

Palavra

de D

eus q

uando n

um

a experiên

cia

existencia

l, as p

ala

vras d

as su

as p

ágin

as to

rnam

-se vivas e fa

lam

pessoa

lmen

te ao

hom

em.

d. Já

para

os teó

logos co

nserva

dores, o

u o

rtodoxo

s:

d. 1

. A B

íblia

é a

Pala

vra d

e Deu

s, porq

ue fo

i Deu

s quem

a fez escrever.

d. 2

. Só

a B

íblia

é a P

ala

vra de D

eus, p

orq

ue é D

eus q

uem

fala

por in

terméd

io d

ela

.

d. 3

. A B

íblia

tam

bém

con

tém

a P

ala

vra d

e Deu

s, porq

ue n

ela en

contra

mos a R

evelaçã

o d

e

Deu

s.

edson
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edson
Sticky Note
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Page 27: Introdução Bíblica

d. 4

. A B

íblia

tam

bém

se to

rna a

Palavra

de D

eus p

ara

o a

teu, q

uando este to

ma co

nsciên

cia d

a

existência

de D

eus.

BIB

LIO

GR

AFIA

ALE

XAN

DER, D

., O M

undo d

a B

íblia

, São P

aulo

, S. P., E

d. P

aulin

as, 1

986.

ALM

EID

A. D

icionário

da B

íblia

, Ed. S

ão P

aulo

, 1994

AN

GU

S, Jo

seph, H

istória

, Dou

trina e In

terpreta

ção d

a B

íblia

, Rio

de Ja

neiro

, R. J., C

asa

Publica

dora

Batista, 1

971.

BÍB

LIA S

AG

RAD

A, V

ersão R

evista e C

orrig

ida, T

rad. D

e João Ferreira

de A

lmeid

a. S

ão P

aulo

, SBB,

1995.

BIT

TEN

CO

URT, B

. P., O

Novo

Testa

men

to: M

etodolo

gia

de P

esquisa

Textu

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, 3º

Ediçã

o –

Juerp

– 1

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BU

CK, Lan

d, D

icionário

Bíb

lico U

niversa

l, Ed. S

ão P

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CH

AM

PLIN, R

ussel N

orm

an, E

nciclo

péd

ia d

a B

íblia

e Teo

logia

e Filoso

fia, S

ão Pa

ulo

,2º E

diçã

o –

Candeia

, 1995.

________________________, E

nciclo

péd

ia d

a B

íblia

Teo

logia

e Filoso

fia, 3

º Ed. V

. 3. S

ão P

aulo

,

Candeia

s, 1995.

CU

LLMAN

N, O

scar, A

Form

ação d

o N

ovo

Testa

men

to, S

ão Leo

pold

o, E

dito

ra S

inodal, 1

984.

DAVIS

, John D

., Dicio

nário

da B

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, 22º E

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004.

MC

DO

WELL, Jo

sh, E

vidên

cia Q

ue E

xige U

m V

eredicto

(trad. M

árcio

Red

ondo), 2

ª Ed., S

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aulo

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Edito

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LAPP

LE, A

lfred, A

Bíb

lia H

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, São P

aulo

, S. P., E

d. P

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RO

NIS

, Osw

ald

o, G

eogra

fia B

íblica

, Rio

de Ja

neiro

, R. J., JU

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SH

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D, R

. P., O

Novo

Dicio

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da B

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, V. I, S

ão Pau

lo, 9

º Ediçã

o.

VÁRIO

S A

UTO

RES, In

iciaçã

o à B

íblia

, Antig

o T

estam

ento, S

ão P

aulo

, S. P., E

d. P

aulin

as,

1986.

Page 28: Introdução Bíblica

__________________, O

Novo

Testa

men

to, S

ão P

aulo

, S. P., E

d. P

aulin

as, 1

986.

OLIV

EIR

A, R

aim

undo F. d

e, Matu

ridade C

ristã (p

rofessor), 4

º Trim

estre de 1

986, C

PAD

.

Pro

f. Saulo

r – C

onsu

ltor T

eológico

da E

STEAD

EBPE