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Instrumentação Biomédica Apresentação e definição das aulas Henrique Quintino João Salinet [email protected]

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Page 1: Instrumentação Biomédica Apresentação e definição das aulas Henrique Quintino João Salinet quintino@umc.br

Instrumentação Biomédica

Apresentação e definição das aulas

Henrique QuintinoJoão Salinet

[email protected]

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Definição dos temas

Caracterização da instrumentação biomédica

Caracterização dos sinais biomédicos Amplificadores de instrumentação Desfibriladores e Cardioversores Estimuladores elétricos Mapeamento eletroanatômico

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Definição dos temas

Ultrassom Equipamentos de Raios X e Tomografia

Instrumentação em citometria

Instrumentação em Imagens Médicas Gerenciamento de Equipamentos Médicos Normatização para Comércio e Circulação

de Equipamentos Médicos

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Aulas e Avaliações

Prova individual: 18-11 Apresentação dos seminários (duplas)

25/11 e 02/12 (Ver data final) Entrega das apresentações Todos os grupos em 24/11

Nota final = 0,6*PI + 0,4*AS 10,0 A > 8,75 D < 6.25 8,75 B > 7,50 E não comparece 7,50 C > 6,25

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Avaliações

Apresentação dos seminários (duplas) Escolher um artigo científico dos últimos 2

anos que trate de uma proposta de equipamento médico.

O equipamento deve ser fruto de uma inovação ou invenção que ainda não esteja no mercado.

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Instrumentação Biomédica

Visão Geral da Instrumentação

Henrique QuintinoJoão Salinet

[email protected]

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Variável a ser medida

Quantidade, condição ou propriedade física que é medida pelo sistema de instrumentação. As variáveis podem ser:

Internas: requerem métodos invasivos para medição direta (Ex.: hormônio, débito cardíaco)

Externas: podem ser medidas não invasivamente (exemplo: potenciais bioelétricos de superfície, RM);

Mas, e os Raios X?

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Variável a ser medida: agrupadas em 9 categorias

Potencial bioelétrico (EEG, ECG, EOG, EMG, ERG, etc.);

Pressão (arterial, intraocular, intracraniana); Deslocamento (velocidade, aceleração, força →

musculatura esquelética); Impedância elétrica (impedância transtorácica); Temperatura (corpórea, timpânica); Concentrações químicas (gasometria, dosagem de

hormônios, colesterol); Dimensões (antropometria, fetal, ortopedia)

Imagens; Fluxo (sangue, urina, ar); Quantidades e morfologias: Células

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Variável a ser medida: Como medir?

Transdutor: elemento sensor primário e elemento de conversão: converte uma forma de energia em outra:

Requisitos:Responde somente à variável medida;Não altera o estado da variável;

Pode ser: mecânico, óptico, eletrônico...

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Variável a ser medida: Transdutor

Transdutor gerador usa a energia da variável a ser medida para produzir o sinal de saída (simples, mas pode comprometer as características do sinal).

 

Transdutor modulador usa uma fonte de energia externa modulada pela variável a ser medida para produzir o sinal de saída (mais complexo).

 

Exemplo: célula fotoelétrica (gerador); fototransistor (modulador).

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Variável a ser medida: Como apresentar?

Processamento do sinal:Amplificar, filtrar, retificar, digitalizar...: Trata e converte a informação emitida pelo Transdutor, para apresentá-la ou controlar um dispositivo ou emitir um alarme.

Apresentação dos dadosInterface entre o processamento e o operador ou avaliador

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Variável a ser medida: O que fazer com a leitura?

Armazenamento:Registro, acompanhamento, auditoria, novas análises (processamento futuro).Onde? Como?

Transmissão dos dados:Fibras, cabos, ondas eletromagnéticas

Para: realimentação, controle, monitoramento remoto, telemedicina, segurança, ...

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Fontes de Alimentação

Provê energia para toda a instrumentação

Deve atender aos requisitos de:1) Autonomia;2) Capacidade de fornecimento;3) Peso;4) Ripple, flutuação, ruídos;5) Segurança elétrica6) Compatibilidade eletromagnética

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Modo de operação dos instrumentos

Invasivosmedida direta que requer procedimento cirúrgico e ambiente controlado. Ex.?

Não invasivos: preferíveismedida direta ou indireta. Nas medidas indiretas normalmente há maior custo e complexidade... Ex.?

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Modo de operação dos instrumentosO que considerar?

Controle da amostragem Faixa de freqüência do objeto Tipo de transdutor: gerador ou modulador Analógico, digital ou misto Restrições das variáveis biológicas

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Modo de operação dos instrumentosO que considerar?

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Instrumentação Biomédica

Desfibriladores e Cardioversores

Henrique J. Q. Oliveira

[email protected]

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O Coração

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O Coração

O coração: Bomba Muscular Pulsátil Unidirecional Dupla que trabalha em Dois Tempos

Bomba Muscular Pulsátil: função de manter ativamente o fluxo sanguíneo como principal mecanismo de transporte de substâncias por todo o corpo. O fluxo é exercido no momento da contração das câmaras, e portanto não é contínuo e sim pulsátil.

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O Coração

Bomba Dupla: duas bombas distintas e análogas, que funcionam de forma síncrona: o coração direito e o esquerdo. O primeiro é responsável pelo fluxo coração-pulmões. O segundo pela circulação em todo o corpo, inclusive no próprio coração.

Bomba Unidirecional: cada câmara tem válvulas que impedem o refluxo do sangue, garantindo sentido único na circulação. As válvulas para baixa pressão estão nas saídas do átrio direito (tricúspide), do ventrículo direito (pulmonar) e do ventrículo esquerdo (aórtica). A maior pressão é na saída do átrio esquerdo (válvula mitral).

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O Coração

Bomba em Dois Tempos: os dois lados são formados por câmara superior (átrios) e inferior (ventrículos) que funcionam alternadamente. A contração dos átrios leva ao enchimento dos ventrículos, responsáveis pela atividade bombeadora principal. A fase de repouso dos músculos das câmaras é a DIÁSTOLE e a contração é a SÍSTOLE.

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Sinais elétricos do coração

Normal

Taquicardia

Batimento prematuro Extra-sistole

Sinal do Átrio não chega ao ventrículo

Fibrilação ventricular

Infarto do Miocárdio

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Biosinais e sua amplificação

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Tipo de Derivação Eletrodos usados Definição

Bipolares ou derivação de membros(Einthoven 1895 e 1901)

LA, RA, LL, RLI = LA – RAII = LL – RAIII = LL – LA

Aumentadas(Goldberg, 1942)

LA, RA, LL, RLaVR = RA – ½ (LA + LL)aVL = LA – ½ (LL + RA)aVF = LL – ½ (LA + RA)

Unipolares precordiais(Wilson, 1932)

V1, V2, V3, V4, V5, V6

V1 = v1 – (RA + LA + LL)/3V2 = v2 – (RA + LA + LL)/3V3 = v3 – (RA + LA + LL)/3V4 = v4 – (RA + LA + LL)/3V5 = v5 – (RA + LA + LL)/3V6 = v6 – (RA + LA + LL)/3

As Derivações do ECG

LA = braço esquerdo; RA = braço direito; LL = perna esquerda, RL = perna direita.

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As Derivações

Page 34: Instrumentação Biomédica Apresentação e definição das aulas Henrique Quintino João Salinet quintino@umc.br

As Derivações

aVR

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As Derivações unipolares

Page 36: Instrumentação Biomédica Apresentação e definição das aulas Henrique Quintino João Salinet quintino@umc.br

Parâmetros do ECG comercialPARÂMETRO ESPECIFICAÇÃO

Eletrodos disponíveis RA, LA, LL, RL, V1 a V6

Derivações I, II, III, aVR, aVL, aVF, V1 a V6

Impedância de entrada > 2,5 M a 10 Hz

Ganho total 20, 10 e 5 mm/mV

Faixa de passagem0,01 – 150 Hz (diagnóstico)0,5 – 40 Hz (monitoramento)

Ruído < 40 V pico-pico

Rejeição de modo comum 120 dB

Linearidade melhor que 5%

Proteção (sobretensão) 5 kV (desfibrilador)

Corrente de fuga < 10 A

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Eletrocardiógrafo

Amplifica as diferenças de potenciais na pele do paciente (oriundas da atividade elétrica do coração);

Apresenta o sinal devidamente processado ao operador na forma de registro;

Rejeitar interferências fisiológicas e do ambiente;

Informar outros parâmetros relevantes (frequência cardíaca, tendências) e associar-se a outros equipamentos (monitor);

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Diagrama em bloco do ECG completo

EletrodosEletrodos

Seletor de DerivaçãoSeletor de Derivação

Detetor de Falha de

Derivação

Circuito de Proteção

Circuito de Proteção

Calibração

Rejeição de marca-passo

Restauração de Linha de Base

MicroprocessadorMicroprocessador

CardiotacômetroCardiotacômetro

Programa de Análise de ECG

Programa de Análise de ECG

Circuito de Isolação

Circuito de Isolação

Marcador de Eventos

Display do OperadorDisplay do Operador

RegistradorPré Amplif.

Amplif. Driver

TecladoTeclado

Conversor A/DConversor A/D

Medidor de RespiraçãoMedidor de RespiraçãoMemóriaMemória AlarmesAlarmes

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Interferências no ECG

Fontes Biológicas e Artefatos:

Potenciais de pele: a interface pele-gel-eletrodo pode acumular potenciais de 25 mV. Podem ser reduzidos pela raspagem ou punção da pele. Os potenciais CC são eliminados pelos filtros.

Artefatos de movimento: são sinais produzidos pelo movimento relativo pele-eletrodo, com modificação da linha de base ou ruído no traçado, dificultando a sua interpretação.

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Interferências no ECG

Ruído muscular: potenciais de ação da musculatura esquelética (EMG) têm mesma amplitude do ECG, mas com frequência maior. São resolvidos com filtro passa-baixas, colocação adequada dos eletrodos e repouso do paciente.

Interferências Ambientais:

Rede de 60 Hz: interferência por acoplamento capacitivo e indução eletromagnética. Reduz-se pela blindagem aterrada dos cabos das derivações e redução do laço de captação eletromagnético.

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Interferências no ECG

Artefatos de movimento

Variação Linha de base

Ruído Muscular

Interferência da rede (60Hz)

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Desfibriladores e Cardioversores

Desenvolvidos pelo Dr. Michael Mirosvky, são aperfeiçoados desde 1980.

A central de processamento fica sob a pele e próxima do coração.

O eletrodo é implantado no ventrículo direito, através da aurícula direita.

O aperfeiçoamento consiste em: Diminuir o tamanho; Aumentar a vida útil; Melhorar os métodos de análise e atuação; Incorporar rotinas de ajustes e auto-ajustes.

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Desfibriladores – Cardioversores

Fibrilação: perda do controle do ritmo cardíaco. Contrações desordenadas das fibras cardíacas, sem a realização da contração do coração.

Causa: Qualquer problema na despolarização das células cardíacas.

Correção: Realizar a despolarização forçada por descarga elétrica.

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Desfibriladores – Cardioversores

Os desfibriladores podem ser de dois tipos

Internos: fica próximo ao coração. Avalia as arritmias e atua para corrigi-las antes do ataque.

Externos: são usados após a ocorrência do ataque cardíaco na tentativa de reestabelecer o comportamento normal do coração.

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Desfibriladores – Cardioversores

Os desfibriladores podem atuar como:

Monofásicos: Choque de corrente

continua unipolar (uma direção).

Aplica uma dose de 360 a 400 J.

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Desfibriladores – Cardioversores

Os desfibriladores podem atuar como:

Bifásicos: Choque de corrente

continua Bipolar (duas direções).

Aplica uma dose de 200 J.

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Desfibriladores – Cardioversores

Desfibrilador Interno

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Desfibriladores – Cardioversores

Desfibrilador Externo

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Desfibriladores – Cardioversores

Desfibrilador Externo Automático

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Desfibriladores – Cardioversores

Riscos: Durante a utilização

Explosão e incêndio: ambiente ao redor Choque elétrico, descarga do equipamento; Danos ao equipamento; Baterias defeituosas ou não recarregáveis; Interferência eletromagnética por RF; Compatibilidade Eletromagnética; Uso em temperaturas extremas;

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Normatização

A norma NBR-IEC 60601-2-25:2001 regulamenta os aspectos particulares de segurança dos eletrocardiógrafos,

A norma NBR-IEC 60601-2-27:1997 faz o mesmo para monitores cardíacos.

Ambas as normas estão sob as exigências da norma geral NBR-IEC 60601-1-1:2004, que regulamenta os aspectos de segurança em todos os Equipamentos Médico-Hospitalares.