infraestrutura urbana sistema viário · revestimento de ruas e estradas de baixo volume de...
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INFRAESTRUTURA URBANA
Sistema Viário
8º Semestre
Prof.ª Danielle Ferraz
Rede Viária
Embora tenha sido a primeira rede a aparecer, apenas nos últimos decênios tem-se aprendido a
dimensionar as sucessivas camadas que os compõem para que assim se tornem soluções
econômicas.
...no entanto, os perfis utilizados até hoje não são muito diferentes aos usados desde a antiguidade:
Como deveria ser:
Como é:
• As cidades mais importantes do mundo, na maioria dos casos, nasceram na Antiguidade ou, pelo menos na época medieval;
• Por isso, seus sistemas viários eram feitos predominantemente para os pedestres, porém com a inserção dos automóveis foram necessárias reformas para adequar as cidades a este novo estilo de vida.
Descrição das Vias Urbanas Convencionais
• As vias urbanas constituem-se, basicamente, de duas partes diferenciadas pelas funções que desempenham:
01 – Leito Carroçável: destinado ao trânsito de veículos e ao escoamento das águas pluviais
02 – Passeios (adjacentes ou não ao leito carroçável): destinado ao trânsito de pedestres e limitados fisicamente pelo conjunto meio-fio e sarjeta.
Partes que compõem o leito carroçável:
Revestimento
Camadas Inferiores
Conjunto meio-fio - sarjeta
Revestimento:
• É a camada superficial cuja função primordial é receber e suportar o tráfego;
• Os aspectos mais importantes que podem influir na escolha do tipo de revestimento são de duas ordens:
1. Econômica
2. Técnica
O revestimento asfáltico na composição de pavimentos flexíveis é uma das soluções mais tradicionais e
utilizadas na construção e recuperação de vias urbanas, vicinais e de rodovias.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto
(Abeda), mais de 90% das estradas pavimentadas nacionais são de
revestimento asfáltico.
• Nas obras de rodovia de alto padrão, usa-se revestimento de concreto betuminoso usinado à quente (CBUQ):
O Concreto Betuminoso Usinado a Quente é o mais empregado no Brasil.
Trata-se do produto da mistura de agregados de vários tamanhos e cimento asfáltico, ambos aquecidos em temperaturas previamente escolhidas, em função da característica viscosidade-temperatura do ligante.
Mais econômicas, as misturas asfálticas usinadas a frio são indicadas para revestimento de ruas e estradas de baixo volume de tráfego, ou ainda como camada intermediária (com concreto asfáltico superposto) e em operações de conservação e manutenção.
Vídeo:Como Funciona uma Usina de Asfalto
• Nas obras de padrão médio, escolhe-se entre o concreto pré-misturado a frio e o tratamento superficial triplo:
• Em obras de acabamento mais simples, adota-se o tratamento superficial simples ou duplo de asfalto:
• Nas pavimentações urbanas devem se considerar os aspectos como as características físicas, cor, rugosidade, facilidade de limpeza e segurança
• Nas vias urbanas a aparência do revestimento é importante.
Camadas Inferiores• Visam distribuir as cargas e proteger o revestimento
de possíveis falhas do subleito;
• Tais camadas, por razões técnico-econômicas, são geralmente divididas em duas partes: base e sub-base. Em solos de baixa capacidade de suporte, agrega-se uma terceira camada, conhecida como reforço de subleito. Cada uma dessas camadas terá, normalmente, uma resistência maior, à medida que se aproxima do revestimento. Seus custos estão diretamente ligados a essas resistências.
Conjunto meio-fio - sarjeta
• As partes laterais ou conjunto meio-fio – sarjeta são construídas geralmente em concreto.
• Devem resistir aos desgastes provocados pela passagem das águas pluviais e a esforços provocados por eventuais impactos de veículos
Passeios e Vias Exclusivas para Pedestres
• Incluem os passeios laterais às ruas e/ou aquelas exclusivas para pedestres, tais como pistas de atletismo, caminhos em parques, etc.;
• As vias apresentam dois tipos básicos:
a) Com o leito construído em depressão em relação às partes laterais, representadas geralmente por canteiros e gramados;
b) Com o leito construído com uma superelevação em relação às partes laterais.
Declividade das vias para Pedestres
• As vias para pedestres, além de considerar as condições topográficas do terreno onde são implantadas, têm de permitir um tráfego confortável e seguro, inclusive em dias de chuva, por isso são necessárias adequações nas declividades transversais e longitudinais;
• As declividades verticais geram rampas até o limite máximo de 20% (ver conflito com a NBR 9050/2015). A partir de 40% aparecem misturadas com escadas/rampas e patamares. A partir de 40% até 60% apenas escadas podem ser feitas.
Custo de Pavimentação para vias de Pedestres
1 – Pistas de Atletismo: custo baixo (são geralmente pavimentadas com pedrisco), manutenção constante devido ao espalhamento do material;
2 – Ladrilhos Cerâmicos: médio custo, indicados para passeios internos aos lotes (podem se tornar escorregadios).
3 – Ladrilho Hidráulico de Cimento (mosaico): baixo custo, podem ser utilizados em passeios públicos, parques e etc. São de fácil e rápida instalação;
4 – Pavimentos Articulados: alto custo, aconselha-se seu uso apenas em trechos que merecem destaque.
Características dos Pavimentos para Tráfego de Automóveis
• O pavimento urbano deve atender as seguintes exigências:
1 – ter alta resistência às cargas verticais e horizontais, ao desgaste e impermeabilidade para evitar deterioração da base;
2 – baixa resistência à circulação dos veículos para diminuir o consumo de combustível;
3 – facilidade de conservação;
4 – alto coeficiente de atrito para permitir boa frenagem, inclusive sob chuva ou geada;
5 – baixa sonoridade para não aumentar excessivamente o ruído urbano;
6 – cor adequada para que motoristas e pedestres tenham uma boa visibilidade, mesmo à noite ou com nevoeiro.
• Os pavimentos sofrem diversos esforços, estes podem ser produzidos pelo tráfego e por variações de umidade e temperatura. A repetição destes fatores (esforços) levam à fadiga do material;
• Os asfaltos oferecem uma razoável coesão, mas com o tempo, a evaporação dos componentes voláteis os tornam quebradiços; de outro lado, o excesso de componentes leves os fazem plásticos, com pouca resistência em locais de tráfego pesado.
• Devido a isto, os pavimentos asfálticos não são recomendados onde o trânsito urbano é intenso, pesado e com muitos cruzamentos;
• Além disso, estes pavimentos são muito sensíveis à umidade em sua base, a cor escura faz com que a sua temperatura seja muito alta, provocando assim variações em sua umidade que podem ocasionar em quebra e posterior destruição do pavimento.
• Os pavimentos feitos com lajes de concreto moldadas “in loco” têm a sua primeira contração forte por efeito da secagem do material, porém são muito mais resistentes;
• O principal cuidado que se deve ter é em relação às juntas de dilatação e contração, pois quando mal executadas e seladas podem permitir a passagem da água e posterior quebra da base do pavimento;
• Este pavimento necessita que suas juntas sejam periodicamente seladas com asfalto;
• Tem se tornado uma boa opção para locais de tráfego intenso e permanente (vias principais);
• No aspecto de conservação, a reparação de quebras nos pavimentos é muito importante. Os pavimentos de asfalto são, pela sua plasticidade, mais fáceis de reparar, e, uma vez feita a reparação, o trânsito pode ser liberado em poucas horas;
• O pavimento de concreto quando quebrado exige mais tempo de interrupção do trânsito, pois este deve estar totalmente seco para que a circulação seja retomada, se não houver emprego de agentes aceleradores da secagem esta pode levar até 30 dias;
• Os pavimentos de paralelepípedos e blocos articulados estão em uma situação intermediária
Vídeo: Dia a Dia de uma usina de asfalto