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Unidade Curricular: Hidrologia e Recursos Hídricos
Área Científica: Ciências da Terra / Ambiente e Energia
Curso / Ciclo: Engenharia do Ambiente - 1º ciclo Docente Responsável: Luís Manuel Fernandes Simões
Ano Regime Tipo
2º Semestral Obrigatória
Código ECTS Créditos ECTS
IPV.ESTG.9099.862 6
Volume de Trabalho Total (horas): 156
Total Horas de Contacto: 52
T TP P
26 26
Competências Conhecimento e compreensão dos conceitos fundamentais de hidrologia e as suas aplicações
na área da engenharia do ambiente.
Desenvolvimento de competências teórico-práticas e práticas no domínio das técnicas de
prospecção, avaliação, exploração e gestão de recursos hídricos.
Requisitos prévios
Não Aplicável
Descrição dos conteúdos 1. A Água na Terra - Introdução
1.1. Considerações gerais.
1.2. Os reservatórios naturais.
1.3. Características organoléticas.
1.4. Características físico-químicas.
2. A Água como Recursos Natural
2.1. Noção de recursos e reservas.
2.2. A água como recurso natural escasso e limitado.
2.3. A hidrologia e a hidrogeologia: definições e âmbitos de estudo.
2.4. A importância da hidrologia e da hidrogeologia para a engenharia.
2.5. Distribuição dos recursos hídricos na Terra; volumes sectoriais.
2.6. Recursos hídricos de Portugal continental no quadro da Península Ibérica.
3. O ciclo hidrológico
3.1. Considerações gerais – Conceito, mecanismos, reservatórios e tempos de residência
da água.
3.2. As fases do ciclo hidrológico e as suas características.
3.3. Balanço hidrológico – Equações de balanço hidrológico e as suas aplicações.
3.4. As acções antrópicas no ciclo hidrológico e suas implicações.
4. Bacias hidrográficas
4.1. Escalas e unidades de estudo.
4.2. Linhas divisórias de água.
4.3. Grandes e pequenas bacias hidrográficas.
4.4. Factores que condicionam o comportamento hidrológico das bacias: factores
climáticos, factores fisiográficos.
4.5. Características fisiográficas das bacias hidrológicas.
4.5.1. Características geométricas: área de drenagem; forma, descrição qualitativa e
quantitativa.
4.5.2. Características do sistema de drenagem: constância do escoamento; ordem
dos cursos de água; densidade de drenagem; percurso médio do escoamento
superficial.
4.5.3. Características do relevo: curva hipsométrica; altitude e altura média; perfil
longitudinal de um cursos de água; declividade dos terrenos; rectângulo
equivalente; índice de declive de Roche e índice de declive global; coeficiente de
massividade e coeficiente orográfico.
4.5.4. Características da geologia e dos solos.
4.5.5. Características da vegetação.
4.6. Tempo de concentração.
4.6.1. Factores que influenciam o tempo de concentração.
4.6.2. Estimativa da velocidade de escoamento e tempo de
concentração.
5. Os segmentos superficiais e sub-superficiais do Ciclo Hidrológico:
5.1. A precipitação atmosférica.
5.1.1. Breves notas sobre a atmosfera.
5.1.2. Humidade específica, humidade relativa; as nuvens.
5.1.3. Mecanismos de condensação.
5.1.4. O início da precipitação; altura e intensidade.
5.1.5. Tipos de precipitação.
5.1.6. Classificação das precipitações: condições que dão lugar a precipitação.
5.1.7. Distribuição geral das chuvas.
5.1.8. Medição das precipitações: udómetros e udógrafos.
5.1.9. Processamento e análise de dados pluviométricos e sua representação
cartográfica: isolinhas e isoietas.
5.1.10. Distribuição de precipitação estimada por radar.
5.1.11. Precipitação ponderada sobre uma região: média aritmética, método
das isoietas; método de Thissen.
5.1.12. Precipitações médias anuais e mensais; módulos pluviométricos.
5.1.13. Tendência da distribuição espacial da pluviosidade média: influência da
altitude, da inclinação das vertentes e da distância ao mar.
5.1.14. Precipitação intensa de curta duração - parâmetros característicos.
5.1.15. Curva de possibilidade udométrica.
5.1.16. Curvas IDF.
5.1.17. Variação da precipitação com a área.
5.2. Intercepção
5.2.1. Conceitos e processos.
5.2.2. Medição da intercepção.
5.2.3. A importância relativa da intercepção.
5.3. Evaporação
5.3.1. Definições e conceitos.
5.3.2. Factores que influenciam a evaporação: radiação solar, tensão de vapor de
água, vento.
5.3.3. Medição da humidade relativa: lei de Dalton; tipos de psicrómetros.
5.3.4. Medição da evaporação: os evaporímetros.
5.3.5. Cálculo da evaporação: por balanço hídrológico; por balanço energético; pela
lei da transferência de massa.
5.3.6. A fórmula de Penman.
5.4. Evapotranspiração
5.4.1. Evapotranspiração potencial; conceito e formas de medição.
5.4.2. Cálculo da evapotranspiração: Utilizando o balanço energético; Utilizando a
fórmula de Penman; Utilizando o método de Thornthwaite; Utilizando a fórmula
de Blaney-Criddle.
5.4.3. Estudo comparativo dos resultados.
5.4.4. Evapotranspiração efectiva.
5.4.5. Factores que influenciam a evapotranspiração.
6. Escoamento de superfície
6.1. Relação precipitação – escoamento.
6.2. Coeficiente de escoamento.
6.3. Precipitação útil.
6.4. Caudais fluviais.
6.5. Medição de caudais: Método secção-velocidade; método gráfico, método aritmético,
método estrutural.
6.6. Curvas de vazão;
6.7. Registo contínuo de níveis; limnígrafos e limnigramas
6.8. Estabelecimento de uma rede hidrométrica.
6.9. Análise do escoamento de superfície – estudo do hidrograma:
6.9.1. Separação das componentes do escoamento superficial.
6.9.2. Forma do hidrograma.
6.9.3. Factores que afectam a forma do hidrograma.
6.9.4. Pré-determinação das pontas de cheia
6.9.5. Pré-determinação dos hidrogramas de cheias
7. Estudo de cheias
7.1. Necessidades do estudo de cheias.
7.2. Caudais de ponta de cheia.
7.2.1. Fórmulas empíricas
7.2.2. Fórmulas cinemáticas
7.2.3. Métodos estatísticos
7.2.4. Método do Hidrograma unitário
7.3. Escoamento superficial em meio urbano
8. A água de superfície e a água subterrânea: Hidrostratigrafia geral
8.1. O solo como meio de movimento e retenção de água: água de superfície e água
subterrânea.
8.2. A água na zona não saturada
8.3. A água na zona intermédia
8.4. A água na zona saturada
8.5. A água nos solos e nas rochas: volume total, volume da fase sólida e volume de
vazios.
8.6. Índice de vazios e porosidade
8.7. Porosidade intragranular e porosidade por fracturação: origem e factores
condicionantes.
8.8. A humidade do solo; tensão capilar; porosidade efectiva e retenção específica
8.9. Condutividade hidráulica e gradiente hidráulico. Lei de Darcy generalizada.
8.10. Classificação das formações geológicas segundo o seu comportamento
hidrogeológico.
8.11. Classificação dos aquíferos: segundo a porosidade; segundo a litologia;
segundo a pressão de água.
8.12. A produtividade dos aquíferos em Portugal
8.13. Parâmetros característicos dos aquíferos: armazenamento específico,
coeficiente de armazenamento; transmissividade.
8.14. Balanço hidrogeológico
9. Infiltração, percolação e drenagem
9.1. Medição da capacidade de infiltração.
9.2. Cálculo do valor de infiltração: Fórmula de Horton; Fórmula de Philip;
9.3. Percolação e drenagem.
10. Escoamento subterrâneo
10.1. Escoamento subterrâneo em regime permanente
10.1.1. Aplicação da lei de Darcy aos aquíferos
10.1.2. A hipótese de Dupuit
10.1.3. Poços completos em aquíferos confinados - equação de Thiem
10.1.4. Poços completos em aquíferos freáticos
10.1.5. Poços de penetração parcial
10.2. Escoamento subterrâneo em regime variável
10.2.1. Equação de Theis
10.2.2. Fórmula simplificada de Jacob
10.2.3. Curva de recuperação
10.2.4. Raio de acção de um poço
11. Construção de poços
11.1. Metodologias, técnicas de prospecção e pesquisa
11.2. Abertura dos furos
11.2.1. Percussão mecânica
11.2.2. Sistema Rotary
11.2.3. Percussão pneumática
11.2.4. Rotopercussão
11.2.5. Diagrafias
11.2.6. Selecção do material de entubamento e envolvimento
11.2.7. Ensaios de produtividade
11.3. Perdas de carga relacionadas com a abertura dos furos.
11.4. Poços verticais com paredes em betão
11.5. Poços de drenos radiais
12. Impactos ambientais
12.1. Influências das obras hidráulicas no regime de escoamento subterrâneo
12.2. Modificações devidas a alterações no regime do caudal dos rios
12.3. Modificações devidas a alterações no nível médio de rios e lagos
12.4. Influência das bombagens e das recargas no regime hídrico
12.5. Mecanismos gerais de contaminação
12.5.1. Infiltração
12.5.2. Migração directa
12.5.3. Trocas interaquíferos
12.5.4. Recarga das águas superficiais
12.6. Movimento dos contaminantes na água subterrânea
12.7. Perímetros de protecção das águas subterrâneas
12.8. Impactos relacionados com a abertura de furos
12.9. Absorção de efluentes de fossas sépticas por parte dos solos irrigados
12.10. Aterros sanitários localizados em areeiros ou pedreiras abandonadas
12.11. Utilização de bacias de infiltração para esgotos domésticos ou industriais
12.12. Poluição dos cursos de água superficiais
12.13. Recargas artificiais de aquíferos
12.14. Águas de drenagem de minas
12.15. Contaminações pela variação do nível freático
PROGRAMA TEÓRICO-PRÁTICO (PREVISTO)
• Resolução de exercícios teorico-práticos sobre:
� Bacias hidrográficas
Avaliação do risco de cheia em bacias hidrográficas
Análise geométrica e morfométrica de uma bacia hidrográfica
� Precipitação ponderada sobre uma região
Polígonos de Theissen
Método das Isoietas
� Distribuição de dados de precipitação anual
Probabilidade de ocorrência
� Evapotranspiração potencial
Cálculo da ETP com base nos dados de uma estação climatológica do país –
Método de Thornthwaite
� Evapotranspiração real
Cálculo da ETR com base em dados de uma estação climatológica do país-
Balanço hídrico sequencial
� Hidráulica subterrânea
Alturas e cotas piezométricas
Gradiente hidráulico
Linhas equipotenciais
Direcção e sentido do escoamento
Caudais de entrada e saída
Troca de água entre aquíferos
� Coeficiente hidráulico
Cálculo aproximado da permeabilidade com base na distribuição
granulometrica de um material desagregado – Fórmula de Hazen
Permeabilidade horizontal e vertical
� Ensaios de bombagem
Cone de rebaixamento
Permeabilidade e Transmissividade
Aquífero livre / aquífero confinado
Eficiência de um aquífero e coeficiente de esgotamento
Aquífero livre em regime permanente – Métodos de Dupuit e Thiem
Aquífero livre em regime transitório
Aquífero confinado em regime permanente – Fórmula de Theis
Aquífero confinado em regime transitório – Métodos de Theis e Jacob
Aquífero semi-confinado em regime permanente – Equação de Glee
Aquífero semi-confinado em regime transitório – Equação de Walton –
Hantush
O método das imagens
Métodos de ensino e aprendizagem
Modo de avaliação • Momentos de avaliação
� Exame de época normal
� Exame de recurso
• Critérios avaliação
- Teórica (T) – 2 h
- Prova classificada para 20 valores
- Classificação mínima ----------------------------------------------- 8.5 Val.
- Teórico-Prática (TP) – 2h 30m
- Prova classificada para 20 valores
- Classificação mínima ---------------------------------------------- 9.5 Val.
Nota final (NF)= T.(0.5) +TP.(0.5) com NF ≥ 9.5
Nota: Os mínimos obtidos na época normal são considerados na época de recurso.
Bibliografia mais relevante Apontamentos coligidos pelo Professor da disciplina.
Custódio, E. E Llamas, M.R. (1996) – Hidrologia Subterranea, tomo I e II, 2ª Ed. – Ediciones
Omega, S.A., Barcelona.
Dunne, Thomas and Leonard, Luna B. (1978) – Water in Envirinmental Planning – W. H.
Freeman and Company, New York.
INAG – Plano Nacional da Água.
INAG – Água em Portugal.
Lencastre, A. e Franco, F. M. (2003) – Lições de Hidrologia, 3º Ed. – UNL, Faculdade de
Ciências e Tecnologia.
McCuen, Richard H. (2005) – Hidrologic Analysis and Design, 3ª Ed. – Prentice Hall, Upper
Saddle River, New Jersey.
Mendonça, J.J.L. – Prospecção, pesquisa e captação de água em aquíferos aluvionares – Tese
de Mestrado, U.N.L., Monte da Caparica, 1985.
Watson, Ian and Burnett, Alister D. – Hydrology, an Environmental Approach – Buchanan
books Cambridge, 1993.