hergen treinamento refinação elcio d castro

78
Baixa Consistência Conceitos Fundamentais de Refinação Elcio Donizeti de Castro [email protected] (11) 94324 8422

Upload: elcio-donizeti-de-castro

Post on 21-Jan-2018

385 views

Category:

Technology


4 download

TRANSCRIPT

Baixa Consistência

Conceitos Fundamentais de Refinação

Elcio Donizeti de Castro

[email protected] (11) 94324 8422

Refinação

Tratamento mecânico efetuando sobre a polpa com fibras completamente

separadas e que tem por finalidade promover mudanças na estrutura das

fibras que compõem a polpa

Hidratando a Fibra Promovemos a Alargamento e a Flexibilização (Fibrilação

Interna)

Aumentando a Área Superficial da Fibra (Fibrilação Externa)

Alta Freqüência de Impacto Com Baixa Intensidade para Minimizar a

Redução do Tamanho da Fibra (Pouco Corte)

3

Energia utilizada na Refinação

33%

8%

24% 7%

1%

12% 10% 2% 3%

Consumo de Energia Elétrica

Preparação de Massa

Circulação

Drives PM

Hidraulica/Lubrificação

Sistema de Agua

Sistema de Vácuo

71%

18%

4% 0% 6% 1%

Preparação de Massa

Refinadores Pulper Depuradores

Engrossador Deflaker Disc Filter

Energia utilizada na Refinação

Baixa Consistência (3 ~ 6%) 3 a 25 kWh/t por D°SR

Alta Consistência (30 ~ 60%) 10 a 60 kWh/t por D°SR

A Modificação nas Fibras

Fibrilação Interna

Fibrilação Externa

Corte das Fibras

A Modificação nas Fibras

Fibrilação Interna – Fibras flexíveis tem maior superfície de contato

aumentando a resistência

Fibrilação Externa

Corte das Fibras

Movimentação dos Discos

Efeitos da Refinação na Fibra

Remoção da superfície externa, parede primária

Fibrilação Externa

Fibrilação Interna

Corte da Fibra

Dissolução dos componentes químicos da parede da fibra

Curva Típica de Refinação

Fatores que influenciam no processo Fatores afetados pelo processo

Variáveis da matéria-prima

Variáveis do equipamento

Variáveis do processo Alterações desejáveis na estrutura da fibra

Tipo de fibra (espécie de madeira)

Método de cozimento

Grau de deslignificação

Comprimento da fibra

Composição química da fibra

Método de branqueamento

Secagem da massa

Tipos de refinadores

Potência motora

Velocidade periférica

Dimensões das facas e sulcos

Ângulo de inclinação e de intersecção

Direção do fluxo

Comprimento do corte

Natureza das guarnições

Material e fechamento entre lâminas

Presença ou ausência de obstruções (“dams”)

Temperatura

pH

Consistência

Pressão específica

Distância entre Lâminas

Vazão da massa

Energia aplicada

Consumo específico

Carga específica de lâmina (ou aresta)

Arranjo dos refinadores

Flexibilidade

Colapsamento

Fibrilação

Relação adequada entre corte e fibrilação.

Variáveis da Refinação

Efeitos da Refinação

Fibrilação

Interna

Fibrilação

ExternaFinos Corte

Volume Específico

Flexibilidade

Superfície Específica

Comprimento da Fibra

Absorção de Agua

Porosidade

Densidade

Lisura

Indice de Rasgo

Alongamento

Pequeno

Maior

Primários

Secundários

Evolução dos Refinadores

Holandesa Jordan Refinador Cônico Refinador a Disco

Refinadores – Alta Consistência

Refinadores de Alta Consistência

30 – 50% Alta Rotação – Motores de 5 a 20 MW

Alta Consistência Baixa Consistência

Consistência 30 – 50% 3 – 6%

Energia Específica 200-400 kWh/ton 50-250 kWh/ton

Rotação do Motor (média)

1800 rpm 720 rpm

Transporte de Massa Rosca Bomba Centrífugas

Pressurização atmosférico Sim

Intensidade de Refinação

Baixíssima Média

Refinadores – Baixa Consistência

Refinadores de Baixa Consistência

3 – 6% Baixa Rotação – Motores de 0,1 a 2 MW

Fluxo de Massa - Discos

ENTRADA DE MASSA

SAÍDA DE MASSA

Rotativo Fixo Fixo

Acoplamento

Discos de Refinação

Conjunto Rotativo

Câmara Pneumática

Mecanismo de

Avanço

Entrada de

Massa

Saída de

Massa Moto

Redutor

Refinador a Disco

Fluxo de Massa - Cônico

ENTRADA DE MASSA

Fixo

Tampa Rotativo

ACIONAMENTO

SAÍDA DE MASSA

Fixo

Acoplamento

Cônicos de Refinação

Conjunto

Rotativo

Câmara Pneumática

Mecanismo de

Avanço

Entrada de

Massa

Saída de

Massa Moto

Redutor

Refinador TriConic

Deflaker

Equipamento com rotor e estator com

objetivo de desintegrar “flocos” de

massa.

Dependendo do tamanho e conteúdo

dos flocos e quantidade de cinzas será

definido o tipo de disco (finos ou

grosseiro)

Deflaker - Discos

Despastilhamento Grosseiro Despastilhamento Fino

Especificação do Disco

A,B D º = Espessura, Canal, Ângulo

AA

SA

BA

SA = Angulo do Setor

BA = Angulo das Lâminas

AA = Angulo Médio das Lâminas

AA = BA + SA

2

Disco de Baixa Intensidade

Ângulo de

Intersecção Corte de Fibra

Efeito

Bombeamento

20 Extremo Pequeno

25 Severo Pequeno

30 Excessivo Baixo

35 Moderado Moderado

40 Desprezível Normal

45 Nenhum Alto

50 Nenhum Muito Alto

Cruzamento das Lâminas

Sentido de Giro Sentido de Giro

Rotor Rotor Estator Estator

Mais Corte

Menor Bombeamento

Menor Hidratação

Menos Corte

Mais Bombeamento

Mai Hidratação

Angulo

Cruzamento das Lâminas

Angulo Pequeno Maior Ruído

Angulo Grande Maior Consumo e Menor Capacidade Hidráulica

Fibra Longa Recomenda-se Angulo Maior

Características dos Discos

Distribuição da Energia

CARGA DO REFINADOR

NO LOAD Circulação de Massa

NO LOAD Circulação de Água

NO LOAD Refinador Vazio

0

kW kW

POTÊNCIA

EFETIVA DE

REFINAÇÃO

POTÊNCIA EM

VAZIO

(NO LOAD)

Distribuição da Energia

Energia Elétrica

Potência de Saída no Eixo

Perdas Mecânicas nos

Mancais

Perdas Hidrodinâmicas

Energia Aplicada nas

Fibras

Perdas elétricas,

mecânicas, etc

Modificação nas Fibras + Calor

Calor

Calor Calor

Distribuição da Energia

Perdas Hidráulicas – Energia necessária para girar o disco rotativo do refinador

com massa e perto do disco estacionário.

Perdas de Bombeamento – Energia consumida pelo refinador no

bombeamento de massa da entrada até a saída do refinador.

Perdas Mecânicas – Devido ao atrito dos rolamentos e eixo.

Valores de Carga em Vazio – No Load

Qtde de Energia Aplicada

(kWh/ton/Delta SR)

Intensidade de Refinação

(Ws/m ou J/m)

Resultado da Refinação

SRE = Potência Efetiva

Fluxo de Fibra

SEL = Potência Efetiva

Velocidade do Corte

Quantidade de Refinação = kWh/ton/(CSF inicial – CSF final)

Intensidade de Refinação* = Ws/m

* Intensidade = Potência/Velocidade de Corte

Comprimento de Corte = km/rev

Velocidade de Corte = km x rpm

rev x 60 Máximo: 8 HP/ton/dia

Velocidade Máxima ~ 24 m/s

Rotação

Potência Aplicada pelo Motor

Baixa Intensidade Alta Intensidade

Intensidade de Refinação

400 kW

100 kW

400 kW

200 kW

Intensidade de Refinação

Com Baixa Intensidade de Refinação temos:

• Maior Fibrilação

• Menor Corte das Fibras

• Melhoria nas Propriedades do Papel

Com Alta Intensidade de Refinação temos:

• Média Fibrilação

• Maior Corte das Fibras

Resumindo: Refinação pode ser alterada por:

Quantidade de Energia Aplicada

Através da distância entre os discos aumenta-se ou diminui-se a quantidade

Intensidade de Energia (ou Refinação)

Através da area refinadora (espessura das lâminas/canal)

Intensidade de Refinação

SEL [Ws/m]

Softwood kraft 2,0 – 6,0

Softwood sulfite 0,9 –1,5

Acacia Kraft 0,4 – 0,6

Eucalyptus Kraft 0,3 – 0,8

Hardwood kraft 0,4 –1,5

Hardwood sulfite 0,3 – 0,8

SW Groundwood 0,5 – 1,0

Softwood TMP 0,8 – 1,5

Softwood CTMP 1,0 – 1,8

Hardwood CTMP 0,5 – 1,0

Tipo de FibraSEL

Ws/m

Consistência da Massa

Aumenta a probabilidade de Formação do Colchão de Massa

Vida Útil do Disco é Maximizada

Variações são Minimizadas

Recomendada a Consistência Mínima de 3,5 % e Máxima de 6%

Consistência [%] = Relação de Quantidade de Água com Massa

Problemas com a Baixa Consistência

Se não tiver massa, a distância entre os discos não pode ser mantida

Fraco desenvolvimento da fibra, incluindo o corte das fibras

Redução da vida útil dos discos

Tipo de Fibra Consistência

FLNB 3,5% – 4,5%

FLB 3,5% – 5%

FCB Eucalipto 4% – 6%

OCC 3,5% – 5,5%

Pasta Mecânica 4% – 6%

Reciclado Mistura 4% – 6%

Taxas de Fluxo do Refinador

Todo refinador tem uma Faixa de Fluxo Recomendada

Operando abaixo ou acima da Faixa Recomendada podemos causar uma

Operação Pobre, Aumentar os Custos de Manutenção, Aumento do

Consumo de Energia e Danos a Fibra

Problemas com Altas Taxas de Fluxo

Vida Útil dos Discos

Queda de Pressão através do Refinador

Otimização do Projeto da Área Refinadora Prejudicada

Problemas com Baixo Fluxo

Pequeno ou Sem Colchão de Massa entre os Discos

Discos se Encostam Diminuindo sua Vida Útil

Refinação Ineficiente (Energia x Tratamento)

Aumento da Geração de Finos

Solução de Taxas de Fluxos

Baixo Fluxo Alto Fluxo

•Recircular •Mudar Bomba

•Mudar de Paralelo para Série •Mudar Série para Paralelo

•Mudar Configuração do Disco •Mudar Configuração do Disco

•Tanque Retenção •Inserir ou Aumentar Refinador

•Refinador Menor •Aumentar Consistência

Tamanho HP rpm No Load Baixo Médio Alto

20 300 900 75 540 950 2000

24 450 720 85 900 1300 2500

26 500 720 120 1100 1800 3000

30 600 600 125 1400 2200 4000

34 800 514 135 1700 2700 5000

1000 600 215 2000 3100 6000

38 1250 514 215 2300 3800 7300

42 1500 450 220 2800 4500 8600

1750 514 330 3200 5200 10000

54 3000 400 450 5300 8700 18000

Fluxo LPM

Características dos Refinadores

Influência do pH

Alto pH (Meio Básico)

• Faz do colchão de massa ficar

“escorregadio”

• Mais susceptível a “bater”

• Maior dilatação da fibra

• Menor consumo de energia

Baixo pH (Meio Ácido)

• Afeta a vida útil do disco Meio

Ácido causa corrosão

Substância pH

Ácido de bateria <1.0

Suco gástrico 2.0

Suco de limão 2.4

Cola (refrigerante) 2.5

Vinagre 2.9

Suco de laranja ou maçã 3.5

Cerveja 4.5

Café 5.0

Chá 5.5

Chuva ácida < 5.6

Leite 6.5

Água pura 7.0

Saliva humana 6.5-7.4

Sangue 7.34 - 7.45

Água do mar 8.0

Sabonete de mão 9.0 - 10.0

Amônia caseira 11.5

Cloro 12.5

Hidróxido de sódio 13.5

Diferencial de pressão

Entrada de Massa

Pressão de Entrada

Saída de Massa

Pressão de Saída

Válvula de Entrada

Pe

(2,5 kgf/cm2)

Pe + 1 kgf/cm2

(3,5 kgf/cm2)

Pressão Ideal de Entrada:

2,5 kgf/cm2

Diferencial de Pressão:

1 ~ 1,5 kgf/cm2

14 ~ 25 psi

Dreno

Válvula de Saída

Bomba de Alimentação

EDC

E

D

C

Capacidade Ideal:

70% maior que o máximo fluxo

Refinador é projetado para refinar e não para bombear

SÉRIE

Vantagens Desvantagens

Pressão específica menor (fibras passam por mais de um

refinador)

Grau de refino pode ser mais bem controlado

Recomendado para altos graus de refinação

Aumento da temperatura em cada Refinador

Maior cuidado no controle

Não recomendado para baixo grau de refino e alta produção

PARALELO

Vantagens Desvantagens

Maior facilidade de controle

Maior retenção da massa (fluxo dividido)

Altas produções e baixo grau de hidratação

Dificuldades em obter uma boa divisão de fluxo

Maior pressão específica (potência aplicada por área de

refinação)

Instalação da Refinação

Capacidade hidráulica

LPM – Litros por Minutos

Vazão do Refinador.

Ideal dentro do mínimo e máximo.

Intensidade de Refinação

Ws/m

Transferência da potência do motor na fibra.

Depende da Área Refinadora.

Consistência da Massa

%

Porcentagem de água e fibras.

Energia e Consumo Específico

Energia Específica = kWh/ton

Cons. Específico = kWh/ton/Delta/°CSF

Área Refinadora

Espessura da lâmina, espessura do canal e angulo das lâminas.

Otimização da Refinação

Fluxo

Consistência

Diferencial de Pressão

pH

Instalação dos Discos

Discos Adequados

Geometria do Refinador

Intensidade de Refinação

Limpeza do Material

Otimização da Refinação

Problemas Gerais

IDENTIFIQUE E QUANTIFIQUE O PROBLEMA:

Condições Mecânicas do Refinador/Motor

Condições do Processo

Taxa de Fluxo Máxima e Mínima

Consistência Ideal

Diferencial de Pressão (Entrada Saída)

Condições de Operação

Discos com Configuração Correta

Discos Instalados Corretamente

Baixa Consistência

Modos de Falha dos Refinadores

Paralelismo

entre os discos

Alinhamento dos

diâmetros

externos dos

discos

Perpendicularidade do

eixo com o disco

rotativo

Condição do Refinador

Condição do Refinador

Refinador Cônico

Condição do Refinador

Gap (distância entre discos) = 0,05 ~ 0,15 mm Fibra Curta

0,10 ~ 0,20 mm Fibra Longa

Entrada de Massa

Saída de Massa

Manutenção Geral do Refinador

1. Lubrificação Cabeçote Deslizante

2. Vibração Cabeçote Deslizante

3. Superaquecimento Corpo do Refinador

4. Verificar Acoplamento

5. Buchas do Eixo

6. Alinhamento Conjunto Rotativo

7. Planicidade do Cubo do Eixo

8. Base dos Discos

9. Furação dos Discos

10. Corrosão dos Furos da Tampa

11. Pressão de Trabalho

Manutenção Geral do Refinador

Verificação da Geometria do Refinador

Alinhamento Conjunto Rotativo

Planicidade Placa x Cubo do Eixo

Alinhamento Placa x Corpo

Alinhamento Placa x Corpo

Alinhamento Buchas do Corpo

Alinhamento Cabeçote Deslizante

2

1

3

4

Alinhamento Cabeçote Deslizante

Condição do Refinador

Furação

Limpeza

Planicidade

Parafusos Adequados

Falta de Parafusos

Instalação Correta dos Discos

Rebarba na Lâmina

Serrilhados nas Bordas

Entupimento de Canais

Quebra de Lâminas

Desalinhamento do Eixo/Tampa

Desalinhamento da Base

Lâminas Amassadas

Lâminas Arredondadas

Desgaste Típico

Baixa Consistência

Segurança em Refinadores

Cortes nas Lâminas

Segurança Ocupacional

Entrada de Massa

Pressão de Entrada

Saída de Massa

Pressão de Saída

Válvula de Entrada

Válvula de Saída Pe (2,5 kgf/cm2)

Pe + 1 kgf/cm2

(3,5 kgf/cm2)

Pressão Ideal de Entrada:

2,5 kgf/cm2

Diferencial de Pressão:

1 ~ 1,5 kgf/cm2

Dreno

Segurança Ocupacional

Acionamentos

Segurança Ocupacional

Outros

Ruído

Piso Escorregadio

Eletricidade

Temperatura Elevadas

Siga sempre as recomendações de Segurança e Higiene Ocupacional de sua empresa

Segurança Ocupacional

Segurança Ocupacional

Ruído Menor Ângulo Maior • Fibrilação

• Corte

• Consumo

• Capacidade Hidráulica

Zero Grau

Elcio Donizeti de Castro

[email protected] - (11) 94324 8422

Produtos e Serviços em Refinação