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HANSENÍASE HANSENÍASE Etiologia, Epidemiologia, Etiologia, Epidemiologia, Diagnóstico, Tratamento e Diagnóstico, Tratamento e Prevenção Prevenção Professor Sérgio Zuñeda Serafini

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Page 1: Hansen Ia Se

HANSENÍASEHANSENÍASE

Etiologia, Epidemiologia, Etiologia, Epidemiologia, Diagnóstico, Tratamento e Diagnóstico, Tratamento e

PrevençãoPrevenção

Professor Sérgio Zuñeda Serafini

Page 2: Hansen Ia Se

Aspectos epidemiológicosAspectos epidemiológicos

Doença infecto-contagiosa;Doença infecto-contagiosa;

Evolução lenta;Evolução lenta;

Sinais e sintomas dermato-neurológicos;Sinais e sintomas dermato-neurológicos;

Lesões de pele e nervos periféricos;Lesões de pele e nervos periféricos;

Olhos, mãos e pés.Olhos, mãos e pés.

Page 3: Hansen Ia Se

Aspectos epidemiológicosAspectos epidemiológicos

Em 1985 – 11 a 12.000.000 de hansenianos no Em 1985 – 11 a 12.000.000 de hansenianos no mundo;mundo;

Em 1996 – 1.260.000 hansenianos no mundo;Em 1996 – 1.260.000 hansenianos no mundo;

No Brasil tínhamos em 1990 – 280.000 doentes, No Brasil tínhamos em 1990 – 280.000 doentes, e em 1996, este número reduziu-se para 98.000 e em 1996, este número reduziu-se para 98.000 pacientes.pacientes.

Page 4: Hansen Ia Se

Contexto biopsico-socialContexto biopsico-social

Comprometimento nervo periférico

Deformidades e Incapacidades

físicas

Redução trabalho e vida socialProblemas

psicológicos

Estigma epreconceitos

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Hanseníase é doença Hanseníase é doença curável. curável.

O diagnóstico e tratamento O diagnóstico e tratamento precoce mais rapidamente precoce mais rapidamente

curam os doentes.curam os doentes.

Page 6: Hansen Ia Se

Agente etiológico.Agente etiológico.

Mycobacterium lepraeMycobacterium leprae ou Bacilo de Hansen; ou Bacilo de Hansen;

Parasita intracelular obrigatório;Parasita intracelular obrigatório;

Multiplicação celular lento (11 a 16 dias);Multiplicação celular lento (11 a 16 dias);

Alta infectividade e baixa patogenicidade;Alta infectividade e baixa patogenicidade;

Fonte de infecção: homem.Fonte de infecção: homem.

Page 7: Hansen Ia Se

Modo de transmissãoModo de transmissão

Via de eliminação: vias aéreas superiores;Via de eliminação: vias aéreas superiores;Período de incubação: longo (2 a 7 anos);Período de incubação: longo (2 a 7 anos);Todas as idades (menos comum nas crianças);Todas as idades (menos comum nas crianças);Ambos os sexos (homem>mulheres).Ambos os sexos (homem>mulheres).Risco de doença é influenciado por: Risco de doença é influenciado por: Condições individuais, Condições individuais, níveis de endemia, níveis de endemia, condições socioeconômicas e condições socioeconômicas e condições precárias de vida (agrupamentos condições precárias de vida (agrupamentos

populacionais).populacionais).

Page 8: Hansen Ia Se

Aspectos clínicosAspectos clínicos

Sinais e sintomas dermatológicos:Sinais e sintomas dermatológicos: Manchas pigmentares ou discromias;Manchas pigmentares ou discromias; Placa.Placa. Infiltração.Infiltração. Tubérculo.Tubérculo. Nódulo.Nódulo.

Localizadas principalmente na face, orelhas, nádegas, Localizadas principalmente na face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas (áreas frias da pele). braços, pernas e costas (áreas frias da pele).

Page 9: Hansen Ia Se

Slide clínico - MHDSlide clínico - MHD

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Caso clínico - MHDCaso clínico - MHD

Page 11: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHVCaso clínico - MHV

Page 12: Hansen Ia Se

As lesões de hanseníase As lesões de hanseníase sempre apresentam sempre apresentam

alteração da sensibilidade:alteração da sensibilidade:

Hipoestesia (diminuida).Hipoestesia (diminuida).

Anestesia (ausente).Anestesia (ausente).

Hiperestesia (aumentada).Hiperestesia (aumentada).

Page 13: Hansen Ia Se

Hanseníase - anestesiaHanseníase - anestesia

Page 14: Hansen Ia Se

Aspectos clínicosAspectos clínicos

Sinais e sintomas neurológicos:Sinais e sintomas neurológicos: Neurites: processos inflamatórios dos nervos Neurites: processos inflamatórios dos nervos

periféricos;periféricos; Dor e espessamento dos nervos periféricos;Dor e espessamento dos nervos periféricos; Perda da sensibilidade (olhos, mãos e pés);Perda da sensibilidade (olhos, mãos e pés); Perda da força muscular (pálpebras, membros Perda da força muscular (pálpebras, membros

superiores e inferiores);superiores e inferiores);

Page 15: Hansen Ia Se

Sintomas neurológicos.Sintomas neurológicos.

Alguns casos, porém, apresentam alterações da Alguns casos, porém, apresentam alterações da sensibilidade e alterações motoras (perda da sensibilidade e alterações motoras (perda da força muscular) sem sintomas agudos de força muscular) sem sintomas agudos de neurite.neurite.

Estes casos são conhecidos como NEURITE Estes casos são conhecidos como NEURITE SILENCIOSA.SILENCIOSA.

Page 16: Hansen Ia Se

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO

Um caso de hanseníase é uma pessoa que Um caso de hanseníase é uma pessoa que apresenta uma ou mais das seguintes apresenta uma ou mais das seguintes caracteríosticas:caracteríosticas: Lesão (ões) de pele com alteração da sensibilidade;Lesão (ões) de pele com alteração da sensibilidade; Acometimento de nervo(s) com espessamento neural;Acometimento de nervo(s) com espessamento neural; Baciloscopia positiva.Baciloscopia positiva.

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Caso clínico - MHVCaso clínico - MHV

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DIAGNÓSTICO CLÍNICODIAGNÓSTICO CLÍNICO

Anamnese – história clínica e epidemiológica;Anamnese – história clínica e epidemiológica; As pessoas que tem hanseníase queixam-se de As pessoas que tem hanseníase queixam-se de

manchas dormentes, cãimbras, formigamento, manchas dormentes, cãimbras, formigamento, dormência e fraqueza das mãos e pés;dormência e fraqueza das mãos e pés;

Investigação epidemiológica importante para descobrir Investigação epidemiológica importante para descobrir a fonte da infecção e diagnosticar novos casos entre os a fonte da infecção e diagnosticar novos casos entre os contatos.contatos.

Page 19: Hansen Ia Se

DIAGNÓSTICO CLÍNICODIAGNÓSTICO CLÍNICO

Avaliação dermatológica: pesquisa da Avaliação dermatológica: pesquisa da sensibilidade – térmica, dolorosa e táctil.sensibilidade – térmica, dolorosa e táctil.

A pesquisa de sensibilidade nas lesões de pele, ou A pesquisa de sensibilidade nas lesões de pele, ou em áreas suspeitas, é um recurso muito importante no em áreas suspeitas, é um recurso muito importante no diagnóstico da hanseníase e deve ser executado com diagnóstico da hanseníase e deve ser executado com paciência e precisão.paciência e precisão.

Page 20: Hansen Ia Se

DIAGNÓSTICO CLÍNICODIAGNÓSTICO CLÍNICO

CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA:CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA:

Hanseníase indeterminada;Hanseníase indeterminada; Hanseníase tuberculóide;Hanseníase tuberculóide; Hanseníase dimorfa ou bordeline;Hanseníase dimorfa ou bordeline; Hanseníase virchowiana.Hanseníase virchowiana.

Estados reacionais: HT reacional;Estados reacionais: HT reacional;

MH em reação.MH em reação.

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Caso clínico - MHICaso clínico - MHI

Page 22: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHICaso clínico - MHI

Page 23: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHICaso clínico - MHI

Page 24: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHICaso clínico - MHI

Page 25: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHICaso clínico - MHI

Page 26: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHTCaso clínico - MHT

Page 27: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHTCaso clínico - MHT

Page 28: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHTCaso clínico - MHT

Page 29: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHDCaso clínico - MHD

Page 30: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHDCaso clínico - MHD

Page 31: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHDCaso clínico - MHD

Page 32: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHDCaso clínico - MHD

Page 33: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHVCaso clínico - MHV

Page 34: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHVCaso clínico - MHV

Page 35: Hansen Ia Se

Caso clínico - MHVCaso clínico - MHV

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DIAGNÓSTICO CLÍNICODIAGNÓSTICO CLÍNICO

Avaliação neurológica:Avaliação neurológica: Anidrose, hipotricose/alopecia, Anidrose, hipotricose/alopecia,

hipoestesia/anestesia e paralisia (atrofia) hipoestesia/anestesia e paralisia (atrofia) muscular;muscular;

Espessamento nervos periféricos;Espessamento nervos periféricos; Incapacidades e deformidades.Incapacidades e deformidades.

Avaliações neurológicas periódicas.Avaliações neurológicas periódicas.

Page 37: Hansen Ia Se

MH - AmiotrofiasMH - Amiotrofias

Page 38: Hansen Ia Se

MH – Mal Perfurante PlantarMH – Mal Perfurante Plantar

Page 39: Hansen Ia Se

DIAGNÓSTICO CLÍNICODIAGNÓSTICO CLÍNICO

Principais nervos periféricos:Principais nervos periféricos:

Face: trigêmio e facial (olhos e nariz);Face: trigêmio e facial (olhos e nariz); Braços: radial, ulnar e mediano (mãos);Braços: radial, ulnar e mediano (mãos); Pernas: fibular comum e tibial posterior (pés).Pernas: fibular comum e tibial posterior (pés).

Inspeção dos olhos, nariz, mãos e pés;Inspeção dos olhos, nariz, mãos e pés; Palpação de troncos nervosos (dor e choque);Palpação de troncos nervosos (dor e choque); Avaliação da força muscular.Avaliação da força muscular.

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DIAGNÓSTICO LABORATORIALDIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Baciloscopia: lóbulos auriculares, cotovelos e Baciloscopia: lóbulos auriculares, cotovelos e lesão;lesão; Utilidade diagnóstica inicial ou de recidiva;Utilidade diagnóstica inicial ou de recidiva; Casos negativos não afastam o diagnóstico – Casos negativos não afastam o diagnóstico –

paucibacilares;paucibacilares;

Histopatologia: recurso mais trabalhoso e Histopatologia: recurso mais trabalhoso e honeroso, mas bastante útil quando disponível honeroso, mas bastante útil quando disponível para estabelecer o diagnóstico definitivo.para estabelecer o diagnóstico definitivo.

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DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Pitiríase versicolorPitiríase versicolor: manchas brancas com fina : manchas brancas com fina descamação e sensibilidade normal;descamação e sensibilidade normal;

EczemátideEczemátide: manchas claras e ásperas com : manchas claras e ásperas com sensibilidade normal;sensibilidade normal;

Tinha do corpoTinha do corpo: manchas claras e eritematosas com : manchas claras e eritematosas com maior atividade na periferia e com sensibilidade maior atividade na periferia e com sensibilidade normal;normal;

VitiligoVitiligo: manchas brancas, nítidas e com : manchas brancas, nítidas e com sensibilidade normal.sensibilidade normal.

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Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial

PitiríaseVersicolor

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Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial

Pitiríase Versicolor

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Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial

PitiríaseVersicolor

Page 45: Hansen Ia Se

Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial

Pitiríase alba

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Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial

Eczemátide

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Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial

Eczemátide

Page 48: Hansen Ia Se

Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial

Eczemátide

Page 49: Hansen Ia Se

Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial

Eczemátide

Page 50: Hansen Ia Se

Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial

Tinea corporis

Page 51: Hansen Ia Se

Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial

TineaCorporis

Page 52: Hansen Ia Se

Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial

Tinea corporis

Page 53: Hansen Ia Se

Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial

Vitiligo

Page 54: Hansen Ia Se

Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial

Vitiligo

Page 55: Hansen Ia Se

DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Síndrome do túnel carpiano: Síndrome do túnel carpiano:

Neuralgia parestética;Neuralgia parestética;

Neuropatia alcoólica;Neuropatia alcoólica;

Neuropatia diabética; Neuropatia diabética;

Lesões por esforço repetitivo – LER;Lesões por esforço repetitivo – LER;

Polineuropatia hipertróficas.Polineuropatia hipertróficas.

Page 56: Hansen Ia Se

DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

A principal diferença entre a hanseníase A principal diferença entre a hanseníase e outras doenças dermatológicas é que e outras doenças dermatológicas é que

as lesões de pele da hanseníase sempre as lesões de pele da hanseníase sempre apresentam alteração da sensibilidade.apresentam alteração da sensibilidade.

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TRATAMENTOTRATAMENTOHANSENÍASE TEM CURA E DEVE SER HANSENÍASE TEM CURA E DEVE SER TRATADA NAS UNIDADES BÁSICAS DE TRATADA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE.SAÚDE.

Etapas do tratamento:Etapas do tratamento:

Tratamento quimioterápico específico (PQT);Tratamento quimioterápico específico (PQT); Acompanhamento: tratamento das Acompanhamento: tratamento das

intercorrências e complicações;intercorrências e complicações; Prevenção e tratamento das incapacidades.Prevenção e tratamento das incapacidades.

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DIAGNÓSTICO CLÍNICODIAGNÓSTICO CLÍNICO

Classificação operacional para fins terapêuticos:Classificação operacional para fins terapêuticos:

Paucibacilares: casos com até 5 (cinco) lesões;Paucibacilares: casos com até 5 (cinco) lesões;

Multibacilares: casos com mais de 5 (cinco) Multibacilares: casos com mais de 5 (cinco) lesões na pele.lesões na pele.

Page 59: Hansen Ia Se

TRATAMENTOTRATAMENTOTratamento poliquimioterápico – PQTTratamento poliquimioterápico – PQT

Esquema paucibacilar – PQT-PB:Esquema paucibacilar – PQT-PB:

Rifampicina: 600 mg/mes – supervisionada;Rifampicina: 600 mg/mes – supervisionada;

Dapsona: 100 mg/dia – auto-administrata;Dapsona: 100 mg/dia – auto-administrata;

Duração do tratamento: 6 doses Duração do tratamento: 6 doses supervisionadas;supervisionadas;

Critério de alta: 6 doses supervisionadas em Critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses.até 9 meses.

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TRATAMENTOTRATAMENTOTratamento poliquimioterápico – PQTTratamento poliquimioterápico – PQT

Esquema multibacilar – PQT-MB:Esquema multibacilar – PQT-MB:

Rifampicina: 600 mg/mes supervisionada;Rifampicina: 600 mg/mes supervisionada;

Clofazemina: 300 mg/mes supervisionada e 50 Clofazemina: 300 mg/mes supervisionada e 50 mg/dia auto-administrada;mg/dia auto-administrada;

Dapsona: 100mg/dia auto-administrada;Dapsona: 100mg/dia auto-administrada;

Duração do tratamento: 12 doses supervisionadas;Duração do tratamento: 12 doses supervisionadas;

Critério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18 Critério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18 meses.meses.

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TRATAMENTOTRATAMENTO

Casos multibacilares com numerosas lesões e/ou Casos multibacilares com numerosas lesões e/ou extensas áreas de infiltração cutânea poderão extensas áreas de infiltração cutânea poderão apresentar uma regressão mais lenta das lesões.apresentar uma regressão mais lenta das lesões.

A maioria destes doentes continuará melhorando após a A maioria destes doentes continuará melhorando após a conclusão das 12 doses supervisionadas.conclusão das 12 doses supervisionadas.

É possível, no entanto, que alguns desses casos, É possível, no entanto, que alguns desses casos, necessitem doses adicionais de PQT-MB a critério necessitem doses adicionais de PQT-MB a critério médico.médico.

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TRATAMENTOTRATAMENTO

Efeitos colaterais da PQT:Efeitos colaterais da PQT: Rifampicina: rash cutâneo, nausea, vômito, dor Rifampicina: rash cutâneo, nausea, vômito, dor

abdominal, icterícia, púrpuras e sangramentos, abdominal, icterícia, púrpuras e sangramentos, anemia hemolítica e síndrome pseudo-gripal (febre, anemia hemolítica e síndrome pseudo-gripal (febre, mialgia, calafrios, nefrite e necrose tubular aguda e mialgia, calafrios, nefrite e necrose tubular aguda e choque).choque).

Não confundir: coloração vermelha da urina com Não confundir: coloração vermelha da urina com hematúria, escarro vermelho com hemoptíase e hematúria, escarro vermelho com hemoptíase e pigmentação conjuntival com icteríciapigmentação conjuntival com icterícia

Page 63: Hansen Ia Se

TRATAMENTOTRATAMENTO

Efeitos colaterais da PQT:Efeitos colaterais da PQT:

ClofaziminaClofazimina: ressecamento cutâneo, icterícia, : ressecamento cutâneo, icterícia, coloração da pele avermelhada e/ou acinzentada, coloração da pele avermelhada e/ou acinzentada, diminuição do peristaltismo e dor abdominal.diminuição do peristaltismo e dor abdominal.

DapsonaDapsona: eritema multiforme major, eritrodermia, : eritema multiforme major, eritrodermia, icterícia, anemia hemolítica e metahemoglobinemia, icterícia, anemia hemolítica e metahemoglobinemia, dispnéria, cianose, cefaléia, fraqueza.dispnéria, cianose, cefaléia, fraqueza.

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TRATAMENTOTRATAMENTO

Situações especiais:Situações especiais:

GestaçãoGestação e hanseníase: o tratamento pode ser e hanseníase: o tratamento pode ser realizado durante a gestação e a lactação;realizado durante a gestação e a lactação;

TuberculoseTuberculose e hanseníase : é comum a associação e hanseníase : é comum a associação e o tratamento deve usar as doses de rifampicina e o tratamento deve usar as doses de rifampicina preconizadas para a tuberculose – 300 mg/dia;preconizadas para a tuberculose – 300 mg/dia;

AidsAids e hanseníase: o tratamento PQT não interfere e hanseníase: o tratamento PQT não interfere no tratamento da AIDS.no tratamento da AIDS.

Page 65: Hansen Ia Se

TRATAMENTOTRATAMENTO

Prevenção e tratamento das incapacidades:Prevenção e tratamento das incapacidades:

Devem iniciar precocemente e em conjunto com as Devem iniciar precocemente e em conjunto com as outras etapas do tratamento;outras etapas do tratamento;

Utilização de técnicas diversas, simples e/ou Utilização de técnicas diversas, simples e/ou complexas, envolvendo fisioterapia, educação em complexas, envolvendo fisioterapia, educação em saúde, auto-cuidado, etc.saúde, auto-cuidado, etc.

Deve envolver toda a equipe de saúde.Deve envolver toda a equipe de saúde.

Page 66: Hansen Ia Se

TRATAMENTOTRATAMENTO

Acompanhamento:Acompanhamento:

RecidivaRecidiva: desenvolvimento de novos sintomas e : desenvolvimento de novos sintomas e sinais da doença após o tratamento correto – baixa sinais da doença após o tratamento correto – baixa ocorrência – menos que 5% dos casos;ocorrência – menos que 5% dos casos;

Reação hansênicaReação hansênica: estado de reação do hospedeiro : estado de reação do hospedeiro com exacerbação das lesões clínicas pré-existentes, com exacerbação das lesões clínicas pré-existentes, ocorrendo em quase 50% dos casos tratados.ocorrendo em quase 50% dos casos tratados.

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ESTADOS REACIONAISESTADOS REACIONAIS

São reações do sistema imunológico do São reações do sistema imunológico do

paciente frente ao paciente frente ao M. lepraeM. leprae;;

Reações inflamatórias agudas ou sub-agudas;Reações inflamatórias agudas ou sub-agudas;

Ocorrem nos casos tanto paucibacilares quanto Ocorrem nos casos tanto paucibacilares quanto

nos multibacilares;nos multibacilares;

Causam danos teciduais e incapacidades;Causam danos teciduais e incapacidades;

Não contra-indicam o tratamento específico.Não contra-indicam o tratamento específico.

Page 68: Hansen Ia Se

ESTADOS REACIONAISESTADOS REACIONAIS

Reação tipo 1Reação tipo 1 ou reversaou reversa: imunidade celular: imunidade celular Surgimento de novas lesões, infiltrações e edema Surgimento de novas lesões, infiltrações e edema

das lesões antigas, bem como neurite;das lesões antigas, bem como neurite;

Reação tipo 2Reação tipo 2: imunidade humoral: imunidade humoral Eritema nodoso hansênico (ENH): nódulos Eritema nodoso hansênico (ENH): nódulos

vermelhos dolorosos, febre, dores articulares, mal vermelhos dolorosos, febre, dores articulares, mal estar geral.estar geral.

Page 69: Hansen Ia Se

MHT – REACIONAL (Tipo 1)MHT – REACIONAL (Tipo 1)

Page 70: Hansen Ia Se

Reação tipo 2 – Eritema NodosoReação tipo 2 – Eritema Nodoso

Page 71: Hansen Ia Se

Reação tipo 2 - Eritema nodosoReação tipo 2 - Eritema nodoso

Page 72: Hansen Ia Se

ESTADOS REACIONAIS - ESTADOS REACIONAIS - TratamentoTratamento

Reação tipo 1:Reação tipo 1:Corticóides: 1 a 2 mg/kg/dia até regressão e Corticóides: 1 a 2 mg/kg/dia até regressão e retirada lenta;retirada lenta;

Imobilização e cirurgia descompressiva.Imobilização e cirurgia descompressiva.

Reação tipo 2:Reação tipo 2:Talidomida: 100 a 400 mg/dia até regressão do Talidomida: 100 a 400 mg/dia até regressão do quadro;quadro;

Corticóides sistêmicos: 1 a 2 mg/kg/diaCorticóides sistêmicos: 1 a 2 mg/kg/dia

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Referência bibliográficaReferência bibliográfica

Guia de controle da Hanseníase nGuia de controle da Hanseníase noo 10 10 http://www.saude.gov.br/sps/areastecnicas/athttp://www.saude.gov.br/sps/areastecnicas/at

ds/home.htmds/home.htm

www.saude.gov.brwww.saude.gov.brLinks úteisLinks úteisÁreas técnicas da saúdeÁreas técnicas da saúdeÁrea técnica de Dermatologia SanitáriaÁrea técnica de Dermatologia SanitáriaPublicaçõesPublicaçõesGuia de Controle de Hanseníase nGuia de Controle de Hanseníase noo 10 10