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Gradiente ATC: Novo desafio para os operadores no Brasil? IATA Safety & Flight Operations 22 de Janeiro 2014

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Page 1: Gradiente atc r01

Gradiente ATC: Novo desafio para os

operadores no Brasil?

IATA

Safety & Flight Operations

22 de Janeiro 2014

Page 2: Gradiente atc r01

� A IATA – International Air Transport Association é a associação da indústriado comércio global.

� Fundada em 1945 possui 240 membros e compreende 84% do tráfegoregular internacional.

� Nossa missão é representar, liderar e servir a indústria.

� A IATA entrega Padrões e Soluções para garantir um transporte aéreoseguro e bem-sucedido.

Sobre a IATA

Page 3: Gradiente atc r01

� O Problema� Cálculo do gradiente� Estudo de caso� Soluções possíveis� Sumário

Roteiro

Page 4: Gradiente atc r01

� A IATA tem recebido reportes de operadores internacionais referentes à impossibilidade de cumprir gradientes ATC nas SIDs.

� Após a introdução do PBN RJ&SP (13DEC2013).

“… São Paulo recently changed their STARS and SIDs, and there seems to be marginal climb performance on the BGC2A SID. Previously, taking off on runway 09L, the Surf departure allowed for another 5 or 6 miles to climb past BCO up to 6000' prior to turning north toward the 7000' MSA. Now, the combination of a turn north at BCO and an airspeed restriction of 210 kts. at FL090 about 10 miles north of BCO, makes not only these restrictions tough to comply with under even relatively light weights and moderate temps., but also hard to make the subsequent restriction at BGC of FL160 roughly 18 miles later.”

“ ….Captain xxxx flies GRU often and he mentioned these issues before our trip. Even at our -300 weight of only 637,000 lbs. and a moderate temperature of 22C, continuous thrust, and max angle of climb, it was difficult to achieve the restrictions”.

O Problema

Estaria isto relacionado

a alguns RAs

reportados ?

Page 5: Gradiente atc r01

� Em especial:

�SBGR ; BGC 2A => 7.0%�SBGL ; EVRAD 1A => 8.3% (!)

� Em sua maioria aeronaves wide-body:

� B767,B777,B747,A330,A340.� Diversas configurações aronave-motor.� Pesos próximos ao MTOW.� Gradiente com todos os motores operantes varia entre 5% a 10%, dependendo das condições operacionais.

O Problema

Minha aeronave cumpre ?

Page 6: Gradiente atc r01

� Lembremos que o Gradiente ATC:

�É calculado considerando recomendações ICAO para SIDs e STARs, nas janelas de cruzamento.� Conceitos – CCO, CDOs e four corners.� Perfil vertical calculado em linha reta não considerando a variações do desempenho das aeronaves.

� Os FMS não dispõem de modelos acurados de desempenho em segmentos de aceleração e mudanças de configuração.

�Previsão de perfil vertical no solo para segmentos de Climbout pode conter imprecisões (tipicamente + / - 200ft).

Cálculo do Gradiente - ATC

O FMS DEVE SER USADO COM CAUTELA !

Page 7: Gradiente atc r01

Cálculo do Gradiente – All engines Climbout

Liftoff (35’)

Flaps Retraction Altitude

( CLB thrust)

Flaps Retraction on speed schedule.

(Acceleration towards Vx)

Flaps Retracted

h

End of

TORA

V2+ (10 to 25) = 130 to 190KIAS

TO Thrust

Flaps Up Manever Speed (Vx) / Green Dot

100-600 ft/min

MSA

tan (γγγγ ) = Gradiente de Subida = h/d

Climb Speed

(Max 250KIAS)

VFTO

(Acceleration towards CLBSPD)

d

γγγγ

� O Gradiente “médio” das aeronaves deve ser determinadoconsiderando TODOS SEGMENTOS DE TRANSIÇÃO.

Page 8: Gradiente atc r01

Cálculo do Gradiente - A aeronave cumpre o mínimo ?

� Resposta não é trivial pois devem-se considerar diversos parâmetros com impacto no desempenho das aeronaves (Temperatura, peso, elevação, configuração, etc...)

� O gradiente “médio” requer a integração de diversos segmentos de subida, em diversas configurações.

� Estudos preliminares devem ser efetuados antes de se partir para soluções sofisticadas.

210 220 230 240 250

2.0% 122 425 446 466 486 506

3.3% 201 702 735 769 802 836

4.0% 243 851 891 932 972 1013

5.0% 304 1064 1115 1165 1216 1267

6.0% 365 1277 1338 1399 1460 1520

7.0% 426 1491 1562 1633 1704 1775

8.0% 487 1705 1786 1867 1948 2029

9.0% 548 1919 2010 2101 2193 2284

10.0% 609 2133 2235 2336 2438 2540

11.0% 671 2348 2460 2572 2684 2795

12.0% 732 2564 2686 2808 2930 3052

13.0% 794 2780 2912 3044 3177 3309

14.0% 856 2996 3139 3281 3424 3567

15.0% 918 3213 3366 3519 3672 3825

Cenário provável (aeronaves a jato com a tecnologia atual)gradiente

(% / ft per NM)

Zona 4 - Aeronaves não

limitadas.

Zona 1 - Desempenho com 1

motor inoperante

Voos internacionais de longo

curso (mais de 5h de duração).

Voos com razoável ocupação

e/ou estapas curtas/medias. Bi-

reatores narrow body.

Emergencia

Voos de baixa ocupação,

translado ou ferry

GROUND SPEED (kt)

Razao de Subida Requerida

Zona 2 - Aeronaves limitadas

por MTOW

Zona 3 - Aeronaves limitadas

por desempenho, MLW ou

MZFW (abaixo do MTOW)

TAREFA PARA A ENGENHARIA DE

OPERAÇÕES !

Page 9: Gradiente atc r01

Estudo de Caso – BGC2A (SBGR)

� Operador frota Boeng 777-200/200ER/300/300ER em SBGR.

� Estudo preliminar de referência efetuado utilzando-se de ferramenta de análise Climb Out provida pelo fabricante (BCOP) - Segmentos de aceleração considerados!

� Rwy 09L departure.

� ISA+10, calm wind.

� 1NM corridor

� Full rated takeoff thrust.

� Max climb thrust

� Takeoff power to 1500’ AFL (3959’ MSL)

� Speed constrained to 210kts until BCO

� After BCO use percent excess climb to 250kts.

� Above 10,000 accelerate to 290kts

� 250KIAS speed restriction below 10000ft.

Page 10: Gradiente atc r01

Estudo de Caso – BGC2A (SBGR)

� Apenas o 777-300ER cumpre o perfil acima do gradiente ATC (7%) no MTOW.

� 772,772ER e 773 não cumprem gradiente mínimo:

� Pilotos devem informar ATC quanto à impossibilidade de cumprir o gradiente ATC.

� Mediante o estudo...

Operadortrabalhando emferramenta de análise táticapara uso no

cockpit (EFB application)

Page 11: Gradiente atc r01

Estudo de Caso – EVRAD1A (SBGL)

� Mesmo operador (Boeng 777-200/200ER) em SBGL.

� Rwy 10 departure.

� ISA+10, calm wind.

� 1NM corridor

� Full rated takeoff thrust.

� Max climb thrust

� Takeoff power to 1500’ AFL

� Above 10,000 accelerate to

290kts

� 250kts below 10000ft.

Page 12: Gradiente atc r01

Estudo de Caso – EVRAD1A (SBGL)

� Nenhuma aeronave da frota cumpre 8.3% !!!!

� Pilotos devem informar ATC quanto à impossibilidade de cumprir o gradiente ATC.(AIC 23-13)

Operadortrabalhando emferramenta de análise táticapara uso no

cockpit.

Page 13: Gradiente atc r01

Soluções Possíveis

� A informação cálculo de gradiente disponível aos pilotos no cockpit é na maioria das vezes vezes limitada.

� FMS (Predição de altitudes ?)

� FCOM&QRH – Tabelas de gradiente pontual (função do peso, altitude, ISA ISADEV), não integradas.

� Necessário estudo perliminar considerando-se ferramentas de trajetória Climbout providas pelo fabricante (i.e. Boeing BCOP e Airbus WINPEP/OFP)].

� Soluções possíveis para o cockpit.� Aplicativo EFB.� Tabelas “integradas” de gradiente médio.

- Em função do peso e altitude final, aplicáveis para cada elevação.

- Correção para ISA DEV.

3000 5000 7000 9000 11000 13000

200 8.5% 8.3% 8.1% 7.9% 7.7% 7.5%

220 8.2% 8.0% 7.8% 7.6% 7.4% 7.2%

240 7.9% 7.7% 7.5% 7.3% 7.1% 6.9%

260 7.6% 7.4% 7.2% 7.0% 6.8% 6.6%

280 7.3% 7.1% 6.9% 6.7% 6.5% 6.3%

300 7.0% 6.8% 6.6% 6.4% 6.2% 6.0%

Considerations

1. Final Climb out Speed : VREF30+80 or 250KIAS

2. Flaps retraction Altitude: 1000 Ft AGL

3.THRUST RATING SCHEDULE: MAX TAKEOFF and CLB1

FINAL CLIMBOUT ALTITUDE (ft)

AVERAGE ALL ENGINES CLIMB GRADIENT

GW (ton)

TAKEOFF ELEVATION : MSL

ADD/SUB +/- 0.4% for each

10 deg below/above ISA

Boeing 777-200/ Trent 892 Engines

Page 14: Gradiente atc r01

Sumário

� A determinação do gradiente médio com todos os motores operantes não é tarefa tão trivial quanto parece. O gradiente varia pontualmente ao longo da trajetória, dependendo de segmentos de aceleração e degradação de desempenho.

� IATA sugere operadores a determinar aeronaves e cenários críticos antes de partir para soluções complexas.

� Recomenda-se estudo perliminar considerando-se ferramentas de trajetória Climbout providas pelo fabricante.

� Pilotos devem ter informação disponível no cockpit. Tabelas integradas e soluções em EFB são as soluções mais comuns entre os operadores internacionais.

� Recomenda-se fortemente informar os cenários críticos ao DECEA a fim de que:

� Se considere o eventual redesenho do procedimento.

� Controladores estejam familizarizados e estejam alertas para tratar as aeronaves devidamente.

Page 15: Gradiente atc r01

José Alexandre.T.G. FregnaniAssistant Director – Safety & Flight OperationsIATA Brazil

[email protected]

Tel: +55 11 2187 4236

“Represent, lead

and serve the industry.”