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    R O S C R U Z U R E

  • 8/12/2019 Gnosis Universal

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    Por

    J VA N R I J C K E N B O R G H

    E

    C AT H A R S E E P E T R I

    a edio985

    Utna publicao doL E CT ORIUM ROS ICRUCIANUM

    E SCOL A E S P IRITUAL D AROSACRUZ AUREASo aulo Brasil

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    Traduzida do alemo:

    IE UNIVERSEL LE GNOSIS

    Titulo do original holands

    DE UNIVERSELE GNOSIS

    ROZEKKUIS PERS

    Bakenessergracht 1 1 1

    Haarlem Holanda

    orios os direttos inclusive os de traduo ou reproduo do presenie

    livro por qualquer sistema. total ou parcial so reservados d Rozekru~s-

    Pers Haarlem. Holanda.

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    PREF CIO

    GNOSIS UNIVERS L

    As vinte cartas que se seguem destinam-se todosos nossos amigos afins no esprito, conhecidos oudesconhecidos, na esperana de que muitos dentreeles possam, atravbs de sua leitura, encontrar ocaminhopara a Gnosis Universa1.

    A Fraternidade Universal iniciou uma atividadepara despertar no mundo o interesse pela antiga e

    oniabarcante sabedoria. sse impulso tem por objeti-vo fazer penetrar a verdade eterna, com irresistvelfora. nas trevas deste mundo, antes que o atualperodo humano, conforme est previsto, chegue ao

    seu inevitvel fim.Pesquisas arqueolgicas e outras descobertas

    confirmaro a voz dos mensageiros da verdade.Surgir grande nmero de publicaes sobre a Gnosis.A toda humanidade ser dada a oportunidade dedecidir seriamente sua orientao para a imperecvel

    verdade, como est determinado no curso dos aconte-cimentos, para que possa cumprir-se tudo o que foidito na linguagem sagrada de todos os tempos.

    J. van Rijckenborgh

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    V E R D D E IR E F LS GNOSIS

    To da a vez qu e lemos algo a respeito da Gnosis*-u m concei to cu jo s ignif icado l i tera le onhe t~nentoou quando ouvimos falar alguma coisa a respeitodela, geralmente associamos esse conceito aquele de

    con hec ime nto oc ul to e designarnos pela palavragnsti o tudo aqui lo que misterioso e por conse-guinte oc ulto ao ser natu ral grosseiro. Orig inalm ente aGnosis era, porm, a sntese da sabedoria primordial,a soma de to d o conhecimento, que dirigia a atenodiretamente para a vida prim ord ial divina, um averdadeira ond a de vida human a div ina no terrestre.

    Os hierofantes da Gnosis eram e ainda so osenviados d o reino imutvel, trazendo para a hum ani-dade perdida a sabedoria divina e ind ica nd o a sendan ica para aqueles que, n a qualidade de fi lh os p erdi-dos, esto desejosos de reto rna r pdtria original.

    Essa Gnosis, ta l c o m o fo i trazida pelos hie rof an -

    tes-mensageiros, jamais f o i escrita. E la f o i trans mitid a

    v e r glosririo no fin l o ~ v r o

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    verbalmente, de instrutor a aluno. Entretanto, nadadeve fazer supor que essa transmisso verbal da

    Gnosis tenha sido, sem mais nada, completa. Haviaum contato com o grupo e com o prprio candidato.Em ambos os contatos era minuciosamente levada emconta a condio espiritual do interessado. Da Gnosissomente era revelado aquilo que era considerado t l

    e necesshrio aocandidato.

    Assim, pode-se afirmar com absoluta certeza quenas regies dialticas no existe pessoa alguma emquem a Gnosis se tenha revelado em sua totalidade.Aquele que afirma conhec la, no a conhece; e aque-le que a conhece, no fala. Esta uma lei dos rnist6-rios universais, rigorosamente observada desde quesurgiu a ordem de natureza dialticaf

    Em consequncia do seu egocentrismo da suaconscincia apartada do Esprito, o homem dial6tico'tem a tendncia caracterstica de utilizar aquilo quepode agarrar e assimilar, em qualquer nvel que seja,para o fortalecimento do seu prprio estado. Conse-qentemente, revelar a Gnosis a tais entidades nocontribuiria para a sua salvao, mas sim para a suadefinitiva perdio. Por isso, a Gnosis jamais revela-da em sua plenitude, jamais transmitida verbalmenteem sua integridade, pois so inmeros aqueles quemuito depressa e facilmente assimilam-na mental-mente e, em consequncia, ocasionam danos no s as i mesmos, como tambm a outrem.

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    Assim, podemos compreender que a revelaco darlosis u m processo que se desenvolve na mesma

    me dida e m q ue o alu no avana na senda. A lei dialti-ca "primeiro saber para depois agir" s6 po de seraplicada aqui de maneira muito limitada. Para estarem condies de possuir a Gnoscs, para po de r a p r oxi m ar se da no iva celeste, o alun o deve primeiramenteagir Este agir torna-se ento , a cada passo, u m a to

    respons8vel e inteligente. Este ato inteligente observado cuidadosamente. Os hierofantes jamaispodero ser enganados. Uma ao pseudo-inteligente pu ra especulao, n a qu al o eu, escon dido n u mcanto, est I espreita; uma ao pseudo-inteligentenlio passa de uma pose, algo teatral, e tal ao sempre desmascarada.

    C o m o po d e u m h o me m . q u e s extenua naescurido e na noite, agir inteligentemente e abrir as-sim o ca m inh o para a Gnosis? para au xili -lo nessesentido qu e os hierofantes t m vin do a n6s. E m bora aGnosis n o seja revelada, n o en ta n to fala-se e escreve-se a resp ei to dela.

    "Deus am ou de tal form a o mundo, que enviouseu Filho unignito a fim de que aqueles que n'Elecressem no perecessem, mas alcanassem a vidaeterna." Esse Filho da Luz est presente e trata-seagora de saber se percebeis algo a respeito dfEle.Perceber algo d'Ele qu er dizer: ser toc ad o p o r Ele. Ser

    toca do p o r Ele significa ter a possibilidade para um aao inteligente. Isso crer Crer jamais significaaderir a u m sistema.

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    Por exemplo, os hierofantes da Gnosis relatam-vos a respeito d o deserto de G ob i e da vida maravi-lhosa e m Shamballa. be m possvel qu e m ui to sacorrero a bibl ioteca a f i m de saberem algo mais n otocante a Gobi e a Shamballa, para estarem esclareci-dos a respeito de tu d o o que p o r l ocorre. Tal pro-cedimento revela querer compreender egocentrica-me nte. Ora, apoderar-se mentalm ente exc lu i qua lquer

    possibilidade de toq ue pela Gnosis.Tambm pode acontecer que, o uv ind o o u lendo

    algo sobre a Fraternidade d e Shamballa, percebaisinter iormente a voz Nesse caso, a Gnosis vem atvs de acordo com a pureza da vossa inteno deouvir e da ao espontnea que da possa resultar.

    Da parte da Fraternidade n o desperdiada a mlni-m a parcela de energia.Suponde que w v i s u m ins t ru to r desconhecido

    dizer: O caminho que conduz Lu z u m ca mi-n h o de sade, de libe rdade e de alegria . Ad m itam osqu e esta frase seja pro nun ciada n o te m p lo da antec-mara da Rosacruz. Ento, u m diamante encontra-seo c u l to nessas palavras. ser observado m u i t oatentamente se percebeis a irradia o dessa jia e qualo efe ito qu e essa radiao prod uz e m vs. Por exem-plo: podeis estar doentes e, neste caso, um caminhoque leve sade vos interessar m u it o . Podeis, sejamquais forem as circunstncias, sentir-vos privados de

    liberdade, ento u m c am inho que conduza liberdade

    *ver Glossrio

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    exercer e m vbs grande estmulo.Se suportais grandessofrimentose dificuldades, evidentemente sentireis

    interessa por uma alegria verdadeira e eterna. Nessascondiaes, podeis perceber esse diamante oculto esentir o seu b ri lh o? No verdade que a vossa reao,entao, antes de tu do uma reeo dia ltica? Soisatraldm por aquilo que estais famintose po r aquiloque vos falta.

    Quem dentre vbs sente falta da Luz ? Quem den trevs anseiapela Luzuniversal, como uma pobremendicante alma, ques consome em desejo, mor tal-men te abandonada? Quem ama com cada fib ra de seuser a fonte origina l da Luz? Quem ainda possui aquelaaspirao primordial pela unidade com Deus? Quemsente interio rmente com o o salmista: Como a corasuspira pelas correntes de gua, assim minha almasuspira p o r Ti, Deus1 Minha alma te m sede de Deus,do Deus vivente. Quando ire i e estarei diante daface de Deus? Quem possui essa sede biisica de Deus,se ainda carecemos de sade, liberdade e alegria?

    Portanto, justamente isso que a Gnosis requer.

    nessa sede pela Luz que est escondido o cintilantediamante. com essa exigncia fundamental quecomea a Gnosis, que comea o Sermo do Monte:Bem-aventurados os pobres de esprito , o que quer

    dizer: bem-aventurados aqueles que aspiram aoEsplrito, isto, Luz. Aquele quese abrir inteira-

    mente a esse anseio,a esse amor, e nesse amor seperder p o r inteiro, encontrando ne le toda a sua rique-za, tu d o o mais lhe ser concedido.

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    Quando o Esplrito Santo vem a Maria, a conver-tida, aquela cuja alma se voltou em direo Luz,

    para oferecer-lhe a sntese que traz a salvao, istosignifica: Maria conservou todas essas coisas em seucorao . Conservar aigo no corao refere-se a umestado de amor perfeito para com Deus; 6 possuir ajia cintilante como uma radiao do corao, umaradiao que parte para tudo e para todos. A mulher

    que de maneira impessoal consegue emitir do santu-rio do corao uma tal fora de radiao uma Mede Deus; ela uma Maria, uma kis pois possuidorada Luz que traz a salvao, e no tempo oportunoirradiar essa Luz para o mundo e para a humanidade;ela levar a Gnosis a qualquer um que aspire a essaLuz. E quando o velho Simeo percebe essa Luz docorao no templo do mais profundo do seu ser,ele exclama: Em verdade, este foi posto para umaqueda e ressurreio de muitos .

    O homem que de maneira impessoal pode fazerjorrar do santurio do corao uma tal fora deradiao Jos, o carpinteiro; ele o maom queimpulsiona, chama e desperta. Ele o destruidor doinferno, aquele que no fora a si mesmo, nem aoutrem, no sofrimento chamejante, mas em perfeitoequilbrio maneja os seus instrumentos para abrir Gnosis, isto 6 eternidade, a sua entrada no tempo.Ele no se envergonha de tomar Maria como esposa,

    como companheira no tempo e na eternidade, pois oque nela foi gerado no da vontade do homem, massim do Esprito Santo. O egosmo e a vontade prpria

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    desaparecem aqui r\o nada. e o amor de Deus, queultrapassa joda a raz%o, qtie forma Jos e cobre Maria

    com sua sombra.Pode o homem dialtico, desse modo, conservar

    ainda alguma coisa em seu corao? O que ele possuino coraso no m grande parte misticismo, senti-mentalismo e emok? Os hierofantes da Gnosisprestam ateno a isso e por asse motivo que nbs

    vo-lo relatamos. Podeis, pois, saber como eles operam.Eles falbm sobre a sabedoria universal, mas no atrazem como presente numa salva. Eles introduzemem suas palavras diversos estmulos ocultos de reaesou experimentam impelir-vos pela aZo a uma reao.Cuidam minuciosamente como se apresenta e de quenatureza essa reao. E medida eni que a alma,isto a conscibncia, renuncia a si mesma e rende-seao eterno, a Gnosis revela-se. Esse o caminho que aRosacruz, como serva da Gnosis,segue convosco.

    Por esse motivo, ( impossvel que a Gnosis possaser revelada e oferecida. em sua totalidade, como umsistema. Mas pode-se, assim como j o dissemos, falar

    e escrever sobre a Gnosis. e indicar o caminho que aela conduz. Tudo aquilo que os hierofantes azem comessa finalidade mais que suficiente para conduzir ocandidato a uma ao inteligente e fundamental.

    Cremos ainda ser necess8rio esclarecer um possl-vel mal entendido. Numerosos so aqueles que supem

    que a Escritura Sagrada seja a linguagem da Gnosis, aGnosis revelada. Nada menos verdadeiro A Bbliatambm fala da Gnosis e a respeito dela, indicando a

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    direco para Deus. Ta m pou co se pode, po r m e io detod a a espcie d e chaves e m to do s oc ult os e cabals-

    ticos, aprender a ler a Bblia de m o d o mais pro fund o.cincia cabalstica e outras semelhantes, como

    tam bm a astrologia. pe rtenc em falsa Gnosis.termin ologia falsa n o devemos compreender c o m omB, criminosa, mas no sentido puramente diaitico,pertencente a esta na tureza.

    Deveis compreender bem isto: a Iingiiagem u mm ei o pe lo qua l o ho m em ex prim e seus pensanientos,sentim ento s e intenes. linguagem possui um afo rm a sonora e um a f or m a escrita. Se n o comp reen-derdes sua forma sonora e se a fo rm a escrita n o vosdespertar nen huma compreenso, ento filologica-mente possvel analisar essa figura sonora ou escritaco m o au xl l io de diferentes mtodos exis tentes ouque ainda venham a ser inventados, e chegar at aidia nela contida. Mas se a forma sonora nada vosdiz e a figura escrita nada vos d, ento uma anlisecabalistica ou outra qualquer tambm no vos darnada.

    Tom em os p o r e xe m plo a palavra Jesus . Seanalisarmos cabalisticamente essa palavra, obteremosportador da salva@oU o u libertador . Para u m

    homem totalmente enclausurado, o nome, assimcomo o seu significado, sua profundeza interior, not m o m n im o sentido, mas para aquele qu e est

    aber to Gnosis, a palavra e sua fo rm a sonora n3ocontm nenhum segredo que deva ser desvendado.Quem chegou a essa abertura. sabe-o. E quem no

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    ci~ eg oit, n o te m necessidade de saM.10. Ele n osaberia o-que fazer c o m esse saber, sen lo usd-lo para

    vangloriar% egocentricamente.Mas no existem tantas coisas ocultas na Biblta

    Cenamente. porem. ninguhm poder emprega-las, seelas aiildd no s revelaram n o mais in t i m o k seu ser.Muitas partes da Bblia sao an0ta-s de conversasentre instrutores e alirnos. Se vos tornardes verdadei-

    ros alunos seguiido a exigncia da lei, ento tamb6mno tereis nenhuma inclinafio para furtar cabalisti-carnerite mist6rios secretos. Todo o cotihecimentoque assim fo i acum ulado no pode d e form a algumas e r l i k r t a d o r, e n%o a sabedoria que ultrapassa to d oo entendimento. Se seguirdes a senda t u d o vos serpresenteado, e na figura sonora o u escrita achareis, nornelhor dos casos, a conf i rmdcao daqui lo que jbrecebcstes g ratu itam ente .

    Tambm poderamos perguntar: Em suma aBiblia tem algum sentido? A Bibl ia tem sen t idounicamente quando desempenlla %ia tarefa e de ter m i-nao. Os autores da Bblia foram incumbidos desacudir o homem dialtico e encaminha-lo para aGnosis que sem dispndio de palavras, acomete estehorne m d ialg tico e m sua realidade nua.

    Quando isso acontece, assim como d i t o n oSermo do Monte e tamb6m por Paulo, ningubmsentir necessidade de u m a anlise cabal stica. Quan-

    d o Jesus, o Senhor, fala de tm ulos caiados de bran cop o r fora, mas de n tr o cheios de po dr id o e veneno,ento at6 o maior tolo compreender to bem essa

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    expresso qu e melho r no seria possvel.ainda nosso dever apontar-vos u m o u tr o mal-

    entendido estreitamente ligado ao precedente. Osmensageiros da Gnosis se dirigem com a ajudasimultnea das mesmas figuras sonoras e escritas adiferentes grupos de pessoas. Mas no a grupos quepossuam u m nve l de conscincia diferente p or razesde carter tn ico ou estado de sangue porm a grupos

    que se encontram em espirais diferentes da vida depesquisas. Cada u m desses grupos extra i da fo rm asonora ou escrita aquilo que lhe destinado. Eispor que absurdo molestar algum que pertena a u mcerto grupo com u m apelo que nolhe destinado eque absolutamente no lhe pode ser til.

    O que no fo r destinado permanecer ocu ltopara vbs; no o compreendeis e tambm no o neces-sitais. Preocupai-vos pois em no fu rtar mentalmenteo que estoc ulto ou parodi-lo misticamente nemprocurar ret-lo ocultisticamente. U ma ta l Gnosis novos destinada e se apesar de tudo a compreender-des ela se vos tornar como u m fardo de ch um bo eu m alimento indigesto.

    Gnosis vem a cada u m numa linguagem qu elhe compreensvel. Ela indica a cada u m a senda ecada u m pode aproximar-se dela mediante uma aointeligente e fundamental.

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    P ULO E GNOSIS

    No capltulo precedente, relativo Gnosis. expli-amo-vos minuciosamente que a Doutrina Universaljamais foi assentada por escrito oii transmitidaoralmente, visto que a comunica50 oral o hornein

    diaitico, egdntrico, conduziria aos maiores perigos.Os instrutores autorizados falam unicamente daGnosis e sobre a Gnosis de maneira to prudente,que todas as precau8es so continuamente tomadasno sentido de proteo contra abusos.

    TambBm a Bblia testemunha da Gnosis e se

    dirige s sete diferentes espirais da conscihncia.Conseqentemente, a blia pode ser lida e sete

    .maneiras diferentes.Muitas pessoas pensam que, para penetrar at o

    conhecimento de todas essas espirais, existem mto-dos que utilizam chaves caballsticas ou chaves de na-tureza oculta natural. Numerosos so os que agemassim e, baseados nisso, crem que podem sondarcompletamente as profundezas mais ntimas damensagem gnstica. Porm, nada menos verdadeiro.

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    T od o aquele qu e se aproxim ar d a Bblia, nela ver o uler somente aq uilo que corresponder ao seu nve l de

    conscincia, e sem dificulda de pod er apro xima r-se d aespiral que estiver em con cord nc ia co m o seu estadode conscincia, sem necessidade de aplicar chavealguma. Se algum quiser penetrar ir~telectual o uem ocionalm ente nu m a espiral para a qual n o estenobrecido, e n t l o o q u e or captado ser.ltie-a c o m o

    u m al imen to indigesto . Tal m o d o de agir al tamenteespe culativo e consequenzernente preju dic ial.U m c e r to t e ma da B b l ia , pois , idn tico a um a

    pi n tu ra co m sete perspectivas. Cada u m que c on tem -p la r essa pin tu ra descobrir nela sua p r p ria pe rspecti-va; e se u m o u t ro lh e dissesse: Vedes isto o u aquilo? ,ta l a t i tude n l o seria corre ta e poder ia ser p re ju d ic ~ ~ i l .

    Sabeis que o ectoriutn Rosicrncianun e u m aescola interna ciona l de filo so fia g nstica. Sem dv idacom etereis u m e rro fata l se penssseis que o ob jetivoda nossa Escola se limita apresentao desse ensina-m en to gnst ico. Infelizmente , n o passado, m ilhes depessoas confundiam filosofia com religio, e ainda

    hoje so incontveis aqueles qu e as co nf u nd e m c o mfrequncia. Um a orientao filos fica de um a pessoano , decisivamente, um a orientac o religiosa. C om u-mente afirma-se que atravs de uma assimilaofilosfica poder-se-ia chegar a u m sen timen to religiosoautntico. Entretanto, nada menos verdadeiro o

    inverso tam bm no seria exato.M ui tos pensam que u m es tudo p r o fu nd o da

    filosofia da Escola perm itir-lhes-ia conhecer a fu n d o o

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    carnitiho da transfigurao e, p o r consequnia, po.deriam trilha ia. Existem aliinos os qua is n o escapa

    ~ i e n h ~ r n aalavra, que retBm c a i a dissertao filos-fica e. ta l corno iim a ericicloprlia ambu lante, socapazes de repetir palavra por palavra. H alunos quesabem perfeititmente quais as exigencias impostaspelo transfigurismo. mas no falam respeito, aocontrrio, guardam rias para si de maneira obstinada,

    q u a l $ia preciosa.No compreenrteis, eiito qu e isso um a grepara-

    ao icttelectual proveniont da natureza, e que essaatividade eventualmente intensa d o pensamento apri-siona a vossa conscincia? O pensar conforrrie anatureza, a cultcira d o apare lho men ta l na tu ra l co ma u x f l i o e intodos intelectuais, mais prejiidicial vossa conscikncia que i i i na dieta carnvora. Muitosalunos n escola exterrra torna ram to d o o seu desen-volvimento em mera i luso ma atividade que sedesenvolve sobre a base de semelhantes imayensme nta is jamais possuir3 fora para man ter-se co m orealidade. Uma tal realidade tem existncia efmera,

    e Outra especulao no tardar8 a tomar-lhe o lugar.Alm d o mais exis tem inmeras pessoas qu e subs-

    t i t u e m o m t od o intelectual peloernoconale dirigem-se om t o d o o seu potencial sentimental a indis t in-gu ive l vida libertadora, chamando-a de Deus o uCristo, e abrem-se a seu Deus e a seu Cristo co m toda

    a energia de seus sentimentos. Assim, confiantes,eles se entregam sua religio natural. Mas aconteceque esta confianca ser invariavelmente desiludida.

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    retornando ao seu oposto. Dia aps dia, hora ap6shora, desde tempos imemoriais, incontveis pessoas

    dirigem o fluxo de seus sentimentos para a vidalibertadora, porm inutilmente. A vida sentimentalcomum, a cultura da vida natural do corao com aajuda de mtodos emocionais, mais prejudicial paraa conscincia que a nicotina. Exatamente por issomuitos alunos na escola externa tornaram apenas

    especulativo todo o seu desenvolvimento.H inmeras pessoas que, para se ludibriarem a siprprias, refugiam-se na tendncia oposta: aquelesque tm uma predisposio intelectual procuramrefgio no sentimento, e aqueles cuja tnica emo-cional submetem-se razo. Entretanto, podereis verclaramente este artifcio dialtico. Ns podemosperseverar por um tempo incrivelmente longo,numa atitude dessas, com a ajuda de tais artiflciosdialticos. Alis. o mundo est repleto deles. Geral-mente no discernis nada desses artiflcios pelofato de estardes atados a roda* do nascimento emorte. Quando aps uma volta completa da roda

    retornais ao plano f lsico, tereis esquecido totalmentetudo aquilo em que fostes fortemente enganados emvossa vida precedente, isso pelo fato do vosso nasci-mento com outro sangue e do vosso novo estadoinfantil. Ao p do bero. a jovem me canta: Gira a

    roda mais uma vez e bate palminhas . De acordo com

    vossa tendncia, girais mais uma vez a roda. Que outra

    Ver lossrio

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    coisa vos resta?Isso fanis at que, inipelidos por divino amor e

    compaixo, talvez entreis em co nt at o co m a Rosa-cruz. Ento, que acontece n a Escola da Rosacruz?Acaso, po r u m m tod o intelectual o u emocional.segundo o vosso p r p r io mocio de ser, sereis auxilia-dos a dar mais um a voltinha no roda? Positivamenteno1 H quem pense que a Escola da Rosacruz seja

    uma antec8mara para se passar a escola de mistriosdos antigos processos. U m estu o i l o d f i c o u msistema de conhecimentos o abarcar de mtodos esua respectiva aplicao oda uma srie de inicia-6es e out ras coisas mais. Tudo terrivelm entemisterioso e devidamente acompanhado de muita

    magia cerimonial. Se assim que o concebeis ... entoquantas vozes ainda tereis qu e girar a roda?A Escola da Rosacruz liga-vos GnosisO qu e significa isso? N o um a filoso fia; ela n o

    apela para a vossa faculdade intelectual. No umareligio; ela no apela ao vosso poder emocional.nica concesso que a Gnosis vos faz vir a vs, dein lc io , na veste de um a fo rm a sonora o u escrita. Masai daquele que considerar a roupagem da Gnosis co m osendo a prpria Gnosis. Esse ainda far girar a rodamui tas vezes.

    Direis: "Bem, isso eu sei. A vestimenta o ex-terior .. . teremos de compreender a imagem inter io r ... Se falais assim e pensais assim, cometeis omaio r e rro de vossa vida.

    E m defesa d o vosso p o n to de vista, certamente

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    citareis os in mero s sistemas gns ticos d o passado.Te m po ho uve em q ue sistemas gnsticos se repeliam

    reciprocam ente qu al seitas religiosas. E m tais sistemasfalava-se e m term os vagos e misteriosos d a v ida supe-r ior, da qual o a luno podia tomar par te to logopenetrasse pe lo rev es timen to ext er io r e trilhasse oca m in ho e utilizasse a magia cerim on ial ... e assimp o r diante; e penetrasse nos templos misteriosos, paraa i se en con trar face a face com os mestres. 0 ueengano A falsa gnosis distingue-se imediatamente daverdadeira. Esforai-vos p o r coinpreender be m isso.

    Ns verificamos que :1 a D o u tr in a Universal jamais assentada p o r escrito;2. t ambm no transmitida verbalmente;3 para dirigir-se ao p b lic o diale tico, a Gnosis vem

    com uma forma verbal e uma forma escrita;4 a Gnosis no est contida nessa forma verbal ou

    escrita, mas trata-se somen te de u m a p ossibilidadede ligao;

    5. p o r m o ti v o de convenincia, esta ligao stu-pia; qu alq ue r pessoa qu e se enco n tre na stima

    espiral e por conseqncia est ligada com astima figura verbal o u escrita, n o conhece aGnosis m elhor que u m outro . e de rnodo algum a

    possui;6 a Gnosis no se apro xim a de ningum atravs de

    u m m to do ;

    7. a Gnosis n o abre passagem para nenh um a luno,tam pou co lhe d u m "mestre".Qual , ento, a meta da Gnosis? A Gnosis

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    somente fora, radiao e luz. A Gnosis uma irra-cliau do reino imutvel, que se I~ga a maneira mais

    simples ao nosso microcosrno' Por intermdio dapalavra escrita ou taiada somos todos, por assimdizer. chamados por nome. Por isso, diz a Bblia:O Senlior nos conhece a todos por nome . Se-

    nhor, isto , o Esprito, a LLU, a Gnosis, conhece,reconhece, ou melhor, encontra c d mortal e deslrtmhra o

    com fora. Assim tamkrn dever ser vistaa cobertura de arta pela sombra cJo Esprito Santo.Se essa ligao pode ser efetuad por Lime nica

    palavra, ento outra palavra ser suprflua. A Gnosisno ~OnSe~ada as escolas ou ternplos misteriosos enem ha mestres intermedirios. Ela vem a todos:ela onipresente como fora, como radiao, comoluz.

    Com que objetivo? No para acordar-vos, poisesta fora de radiao no 6 uma fora desta natureza,e a nossa natureza no pode nem receb-la nem tra-balhar com ela. Essa fora vem procurar o que seencontra perdido . Ela irradia neste mundo sobre

    maus e bons, na inteno de despertar s o que desua natureza, ou seja, o ncleo espiritual. Somentel onde est o Espfrito, l onde se encontra o ncleoespiritual pode haver a vida, a vida libertadora.

    Unia vez desperto, chamado e reconhecido, oncleo espiritual ataca a natureza dialtica, que

    domina no microcosmo, e entra em luta com ela.

    ver Glossrio

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    Esta luta indica uma reao corporal direta e positiva,uma ao imediata, uma espontanea reao 6 inter-

    veno do Esp rito. Estas no so reaes intelectuaisou emocionais, pois estas duas exteriorizaes soimpulsos de auto-afirmaio da natureza terrena, natentativa de encontrar um meio de exist6ncia melhor.

    A Gnosis dirige-se como fora a dois grupos deseres humanos: primeiro, ao grupo de homens cujacentelha* do esprito est ativa, para fazer retornarao seu lar esta centelha que estava extraviada; depois,Aqueles com a centelha do espfrito adormecida. afim de despert-la como primeira condio a viagemde retorno.

    Aquele que, como microcosmo. possui o Esprito,no necessita compreender a Gnosis nem abrang-lapelo sentimento, pois um tal ser Gnosis porquantoo Esplrito o Todo. Um tal homem pode conduzir aosilncio, ao silncio absoluto, o pensar natural fati-gante e sem esperana, pois o Esplrito experimenta esonda em constante progresso as profundezas deDeus, medida em que ele amadurece, cresce e

    retorna casa paterna. Se o esprito viver e tecer nosistema microc6smico, tudo o que for terrestre sersubordinado, e tudo o que for dialdtico ser rompido,no com suspiros, mas com naturalidade normal.Quando vos aproximardes da Luz, e se uma cortinaimpedir-vos, ento a afastareis para o lado.

    Agora dirigimos a vossa ateno para Paulo, que

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    executava seu trabalho em meio a uma profusocabtica de sistomas dialbticos, e portanto de sistemas

    gnsticos falsos. Paulo sabla que a Gnosis e o Espi-r i t o o u Paulo sabia que ningubm pode aprox i-mar-se da Gnosis, a no ser c om u ma ativa centelhad o Esplri to . Paulo sabia que n o mom ento em que oEspl r i to s fizesse sentir n o rnicrocosmo, p o r ef ei tod o chamado qu e deuperta pdra a vida, a pessoa, n o

    mesm o instante, s eg i~ iria senda c o m todas as conse-qukncias d a decorrentes. Pau lo sabia que t o do aqueleque ainda n%o e encontra desse modo na vida l i b r -tadora u m Saulo, isto e, u m especulador cheio deameaa e morte. Paulo aquietava completamente to d oo impulso intelectual e emocional, e espreitava a vozdo Esprito eterno. Justamente por isso, ele notinha o m enor interesse psla falsa gnosis d o seu tem-po, com todas as farsas natura is ocultas, religiosas efilosficas, e furtos msticos, visto que tudo isson o sign ifica nada.

    Simo, o mago, u m adepto da falsa gnosis de s utem po, e os sete fi lh os de Ceva, o canhoto, im ita rama ob ra de Cristo, en qu an to que, c om o seres dialticos,diziam: Ns expulsamos os demnios e m nome d oDeus de Paulo . Isto, porm, era um a m en tira e necessrio que a reconheais.

    Se em nosso estado de vida natural, comum, es-crevemos a respeito de Deus o u de Cristo, e coloca-mo-vos n u m campo de irradiaso correspondente, nsn o vos pom os dia nte d o vivente fulgor da Gnosis,mas simplesmente dia nte da imagem que te mos dela.

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    Nesse caso, aproximamo-nos de vs com a nossamagia natural, na qual colocamos uma etiqueta

    gnstica. Esta. ento, a nossa mentira, embora tal-vez confessemos que h um Cristo Vivo. Assim,colocamo-vos em nosso campo de radiao pessoal e

    no no do EspiritoEstando as coisas assim dispostas, vamos em

    auxilio do vosso estado natural, aduianio-vos, ador-mecemo-vos com consolaes, e assim contribu(mospara a vossa auto-afirmao, reforando nossa pr6-pria. Ento, colocamos as nossas mos na roda davossa vida e damo-lhe o impulso, cuidando para queela contiriue girar e que continueis novamente abater palminhas, na dolorosa e trgica ignorncia dodrama da vossa vida. Assim, mediante filosofia e a

    emoo, cometemos o grande e clssico homicdiode todos os tempos.

    Unicamente onde estd o Esprito existe Vida, ea Gnosis e os hierofantes*da Luz nada podem fazerpor v6s antes que esse Esprito esteja desperto emvosso sistema. Quando esse Esprito estiver desperto,

    sereis um esprito livre, e no mais encontrareismestres e adeptos nem escolas templos, nem inicia-es e mistrios, pois s r is tudo no Todo.

    Todos os que encontrardes na Gnosis sero, nomago do seu interior, vossos amigos; eles sero w

    convosco no Corpo de Cristo.

    er glosilrio

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    li

    O ESPIRITO SANTO E

    GNOSIS

    Baseados nos dois captulos precedentes sobre averdadeira e a falsa gnosis pod einos afirm ar qu everdadeiramente a Gnosis a irracitaco de for a d oreino imutvel . A Gnosis a natureza radian te oo u t r o reino o qual e m hiptese alguma pod e serex pl icad o pelas duns esferas desta ord em de natureza .Por essa razo a Gnosis rio f i losofia ou u m m to dooculto natural . Tampouco u Gnosis pode estarcontida num livro ou pode ser expressa atravs daarte o11 da palavra falada .

    N o m x im o pode-se escrever ou falar sobre a

    Gnosis. Com o ser natural pode-se experimentarsondar intelectualmente a Gnosis ou meditar mist i-camente sobre ela mas com preendere is que no seconseguir a pro xim ar u m m il m e tr o sequer da Gnosism ed iante essas duas atividades. falsa gnosis aparecerimediatamente to logo se presuma pela iluso

    dialtica ser posslvel ta l realizao po is a falsagnosis que baseada nessa especulao erige mtodossistemas religiosos e mistrios. Contudo deveis

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    saber que nada desta natureza, nem mesmo a con-templao por ela apoiada, poder atrair a outra natu-reza.

    Desse modo. podemos verificar com seguranaque a Gnosis uma atividade absolutamente estranha 'nossa natureza, uma radiao divina sobre a qualnos foi permitido escrever. Podemos escrever sobreo objetivo essencial da Gnosis; podemos ponderar

    com o nosso entendimento sobre as palavras queacerca da Gnosis nos so ditas e delas aproximar-noscom o corao; podemos express-las mediante ocanto e tambem formar a nossa deduo intelectualou mlstica de maneira musical ou de outro modoartlstico qualquer, para assim expressarmos as diver-

    sas emoes da nossa cabea e do nosso corao.Isso pode ser importante para revelarmos mu-tuamente o que em ns vive segundo a nossa na-tureza, mas no devemos ter a pretenso de poderabranger desse modo a natureza da Gnosis. Porexemplo, se dissssemos aps uma audio musical:"Isso foi o prprio Esplrito Santo ", ento a nossaobservao seria oriunda da falsa gnosis, pois asmelodias do reino imutvel no podem ser reprodu-zidas na presente natureza. e isso fosse posslvel,ento a total manifestago da natureza desmoronar-se-ia no mesmo instante.

    A nica coisa que podemos fazer conduzirmo-nos mutuamente, com auxllio da arte, da cincia e dareligio, at os limites das possibilidades dialticas.Ento. teremos alcanado a terra da fronteira, que na

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    Bihlia indicada como Efesot To logo quisssemos,como seres desta natureza, transpor essa fronteira e

    aproximarmo-nos da Gnosis, ela, com siia trpliceradiao, seja como arte, isto como som mantrmi-co; seja como'cincia, isto 8 como sabedoria divina;seja como religio, isto como amor divino, agiriaimediatamente, de maneira demolidora, sobre a nossanatureza.

    A esse respeito aBblia fala-nos de um fogoconsumidor , e justamente a nossa inteno deixar-

    vos reconhecer a Gnosis, ou o Esplrito Santo do reinoimutvel, como sendo o fogo consumidor , fogoque irrompe e ataca este mundo de um modo trlplice.

    O Evangelho de Mateus finaliza com as seguintespalavras: E Jesus falou-lhes, dizendo: -me dadotodo o poder no cu e na terra. Portanto, ide, ensinaia todas as naes, batizando-as em nome do Pai, e doFilhae do Esprito Santo; ensinando-as a guardar todasas coisas que eu vos tenho ordenado; e eis que euestou convosw todos s dias, at a consumao dossculos .

    O Evangelho de Marcos conclui quase da mesmamaneira, acrescentando ainda: Quem crer e forbatizado, ser bem-aventurado; mas o que no crer,ser condenado. E estes sinais seguiro aos quecrerem: em meu nome expulsaro os dembnios;falaro com novas Ilnguas; eliminaro serpentes; e, se

    beberem alguma coisa mortfera, mal algum lhesfar; colocaro as mos sobre os enfermos e oscuraro .

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    Sem dvida conheceis essas duas citaces, extradasd o Evangelho de Mateus e de Marcos. Tam bm sa-

    beis os efeitos que essas palavras produziram na-queles que, p o r diferen tes md todo s naturais, f i-zeram mau uso dessas palavras sagradas em igrejas,seitas e trabalhos missionirios. Tam bm to da a magiacerimonial e inmeras prticas ocultistas naturaisbaseiam-se nessas palavras. Tod a a h is t ri a da Igreja,

    assim como todo o ocultismo natural da nossa era,so e m grande pa rte derivados desses aspectos evang-licos. Sabe-se m u i t o b em para on de tu d o isso levo i i ahumanidade. Por esse motivo, mais d o qu e necessa-r i o con frontar-se a verdadeira Gnosis c o m a falsa.

    Ento . quando na Bbl ia e d it o : lde, ensinai os

    povos e ba tizai-os em1 no m e d o Pai, e d o Filho,e d oE s p lr it o Santo , poder-se- compreen der esta citaoco m o puramente dialt ica o u puramente gnst ica.Conseqentemente, a prtica vem demonstrar duasapresentaes dessa o rd em divin a niissionaria. E mrelao a uma das formas de apresentao, vemosdesenvolverem-se a religio natural e o ocultismonatural; e, e m relao outra, o m u n do e a hu m an i-dade serem atacados pe lo qu e deno mina mo s a Fra-ternidade* Universal , os arautos da verdadeiraGnosis.

    religio e o ocultismo natural possuem doisaspectos, a saber, o b o m e o mau. Podem os fazer um aconcepo bem viva de uma pessoa, que nos lbiostraz belas e santas palavras, mas interiormente estvoltad a para coisa b em ba ixa e Imp ia. Tem os assim o

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    lo b o c o m pele d e corde iro. Co ntudo, existem pessoasque, atraldas pela pureza e pelo lado hu m an o da

    linguagem sagrada, so assim tocadas nas profundezasde suas a lmas pelos evangelhos, apesar d e s co mpre-enderem o quadro sinptico em seu significado ver-bal.

    Tais pessoas, em suas condies de sangue, sdodevotas; por isso, perfeitamente compreensfvel queessas pessoas interpretem a ordem missionaria comofalada para elas . E assim pa rtem para divulgar o

    Evangelho, em concordncia com a figura verbalexterna. Conseqentemente, esforam-se para concre-tizar diversas normas da religio e da filantropia n otempo. E assim se desenvolve o carater das igrejas edas seitas.

    A experincia da vida dem onstra suficientem enteque, e m vir tude d o emprego de tod s as foras, essaspessoas conseguem realizar alguma coisa nesse setor,de maneira organizada e, portanto, prtica. E assimmorrem. Morrem textualmente, de acordo com asfiguras verbais, na esperana de um a vida eterna n o

    AIBm. Chegando s regies d o AIBm, elas vem nasesferas as grandes imagens vivas de pensamentos omas quais sonhavam.

    Essas imagens foram formadas, nutridas e fo r t i -ficadas por milhares de seres dialticos. E eles cremte r conseguido a vida eterna, e m pe rfe ita segurana.Pela p erfeita e pur a verdade, segundo a natureza,so assim criados os reinos dos esplritos de luz. Es-ses esplritos de luz descobrem que pela fora das

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    oraes dos filh os pereclveis da Terra. p od e m m anter-se em suas esferas. D o mesm o m o d o c o m q ue os

    filhos da Terra sustentam o seu deus natural, assimt a m w m o deus natural al imenta os seus companhei-ros da esfera.

    Bem depressa os espritos de luz descobrem quep o r diversas maneiras pode m ob ter um a ligao c o mos irmo s e irms da esfera"materia1. Tam b m essasligaes tornam -se organizadas, e dessa maneira desen-volve-se a h iera rqu ia q ue conheceis.

    C om o vedes, a iluso assim transformada numgrande poder, e aquilo que antes fora realizado emform a de bondade transforma-se agora facilmente n omal. Por que? Porque, e m vir tud e da fora da lei dadialtica, o ser dessa iluso atacado. E m consequn-cia, o hie rr qu ico d o lo d o te m p o precisa defender-se,e os sacerdotes do deus natural partem para todosos lugares, e m obedincia a or de m m issionria recebi-da, ex po rta nd o essa imagem animada de Jesus d oAIBm; e assim o logro s torn a perfe i to . P or f im , n ose pode mais distinguir o q ue b o m e o q u e mau,o qu e vem p rovar c o m o as coisas se entrelaarampro fund am en te n o decorrer do s sculos.

    Se contemplarmos agora o ocultismo natural,reconheceremos o mesmo desenvolvimento, segundoa mesma receita O ocu lt is ta natural no to devoto,mas u m ho m em eu-central izado e m al ta escala, que

    pretende conquistar m u n do c o m bondade. O ocul-t is ta na tural o ho m em eu-centralizado. qu e se querunir d i re tamente com o divino; e o hom em que d iz :

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    Como poderei ser deus? O divin o no habi ta dentrode m i m ? No sou chamado para l iber tar o divin o em

    m i m ?Tam bBm esse h om em l o Evangelho, de onde, da

    imagem das palavras, re tir a a maneira pela qua l p odeassegurar o seu eu e m Deus. quando comea adespertar ou tras pessoas eu-centralizadas para amesma vida. Para isso ele despende todo o seu poder

    e o resultado realizar n o A l m as mesrnas experin-cias daqueles co m predisposio mstica. A l i t mbmele enc ontra seus deuses, suas esferas, e aprende com oconserv-los e m form a.

    Quando u m h om em descobre a dupla i lusao d om s ti co e d o ocultista, atacando-a para desmascar,la,toda a legio do misticismo e ocultismo investeco ntr a ele e, e m no m e d o seu Jesus natural, conju ra-oa converter-se. Se esse meio, por6m. mostra-se total-m ente ineficaz, ainda existe a pratica d o mal. na qualt o d o o be m se converte, em razo da lei desta natu-reza. P or acaso, o be m e o m al no so fr u to s de um amesma rvore? To do s v6s o sabeis e conheceis l Sobreeste assunto j escrevemos muitas vezes. V6s saheisc o m o a ro da gira e co m o quase toda a humanidade p o r ela arrastada.

    Mas tambm sabeis como os servidores da verda-deira Gnosis executam a ordem missionria e o quesignifica tudo isso em relao palavra da Bblia?

    Procuraremos t orn - lo b e m claro para vs.Jesus i a manifestao da elevada e grandiosa

    for a gnstica. Ele o po rtad or d o fogo consum idor.

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    Jesus possui nesta natureza os seus discpulos. er umdisclpulo de Jesus no significa ter emoo natural,

    mlstica ou intelectual como condio de sangue, enada tem a ver com um impulso egodntrico ou umimpulso religioso natural para o beni. Ser discpulo deJesus indica possuir um potencial de fogo consumidorliberto no sistema microcsmico; esta a fora queno desta natureza.

    Como podem os disclpulos receb-la? respostaa encontrareis na maneira pela qual eles executam aordem missionria, que somente a eles foi destinada:lde e ensinai a todos os povos. Batizai-os em nome

    do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo, e ensinai-os aguardar tudo quanto vos tenho ordenado .

    Quando os discpulos vo pelo mundo afora,despertam os homens que deles se aproximam. Nodespertam nenhuma emoo intelectual ou mstica,porm batizam com o fogo consumidor, que antesreceberam em seus sistemas como radiao de fora.Nessa radiao de fora crstica, batizam primeira-mente em nome do Pai, o que significa: ligam os seusalunos microcosmicamente com o amor divino. Esseaspecto da radiao da Gnosis visa despertar a cente-lha do Espfrito, adormecida no microcosmo, e con-duzi-la a atividade.

    sse batizar em nome do Pai s6 poder ser reali-zado com sucesso quando o respectivo aluno estiver

    disposto a abandonar o controle egocntrico queexerce sobre o microcosmo. Este distanciar-se do

    eu no se realiza por clculos intelectuais ou dis-

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    posies emocionais; tamb6m no um simplesabrir-se espontaneamente, porem uma consciente

    anulao do campo de ao. do "eu" ao deixar-se omicrocosmo nas atividades da Gnosis. Em conseqn-cia desse primeiro batismo, no resulta nenhuma ele-vao do ser-eu, mas sim um fogo que purifica o sistema, a fim de que a centelha do Esprito, isto ooutro no microcosmo, possa comear a sua atividade.

    O segundo batismo efetua-se quando o primeiroestiver completamente realizado. segundo batismo,o do "em nome do Filho", demonstra que a centelhado Esprito despertou e brilha na e pela Gnosis.Pois esse segundo batismo produz uma sabedoriaabsoluta, no uma sabedoria em palavras, porem aabsoluta oniscincia, a oniconscincia, e um crescere desenvolver-se dentro dela. Essa sabedoria existetotalmente fora do sistema dialtico e no s revela aoaluno em nenhuma circunstncia, de acordo com osmtodos da esfera"ref1etora. sabedoria do lado del da esfera terrestre a reconheceis pelo fato dela

    sempre esclarecer e alimentar o "eu", enquanto que aradiao de sabedoria que parte da Gnosis desmas-cara a natureza; o conhecimento que desvenda anatureza de Deus e que, como nunca anteriormente,ataca o aluno com um fogo ardente, demolidor danatureza e do eu.

    Quando essa flamejante coluna de sabedoria

    estiver erigida, segue-se o terceiro batismo, o do"em nome do Esprito Santo " Este batismo possuifora gnstica, mantrmica e regeneradora. a fora

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    que desafia tudo o que desta natureza, rompe tudoo que d dialtico e leva todo o ser, o do outro, para

    a manifestao na forma.No total batisrno dos discpulos, no vemos para

    n6s e nossos filhos nenhuma segurana da natureza,mas uma completa aniquilao dela, a fim de que ohomem original e verdadeiro possa viver. Esta aordem missionaria, qual ainda acrescentado: En-

    sinai-os a guardar tudo o que vos ordenei . discpu-lo no pode abandonar o aluno antes que o batisrnocompleto, no seu aspecto triplice, tenha-se realizado.

    fraternidade dos discpulos s6 considera sua missorealizada quando a endura*estiver completa.

    Quem compreender e abranger tudo isso e comeste conhecimento adentrar na Escola Espiritual*para receber um tal batisrno, esse ser preservado.Aquele que, em qualquer circunstncia, quiser reunira natureza e o Esprito, o eu e a Gnosis, ser total-mente queimado pela fora que ele mesmo desenca-deou.

    Como poderemos ns, alunos da Escola Espiri-tual, saber se somos alunos dignos ou no? Saberemosde acordo com o seguinte fato: o aluno que despertano verdadeiro processo, em primeiro lugar, expulsaros maus espritos, isto quer dizer, excluir, eliminarde todo o seu sistema, radicalmente, todos os pensa-mentos e sentimentos da iluso. verdadeiro aluno

    reduz a p6 todos os seus golens7 Em segundo lu-gar, ele falar com novas lnguas. A nova atitude devida ser de tal modo por ele realizada que, at nas

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    mincias mais sutis, no se assemelhar8 com a antiga,sob nenhum aspecto.

    Para demonstrar no ser isto uma cultura dapersonalidade e portanto um novo engano, o verda-deiro aluno poder, em terceiro lugar, expulsar ser

    pentes, e se beber alguma coisa mortfera, esta nolhe causar dano. A natureza com o veneno do togoserpentino espinal e seus mltiplos e mortais encapsu-lamentos, seja por engano ou sob outros aspectos,no mais poder prejudicar o verdadeiro aluno.

    Finalmente, em quarto lugar, o verdadeiro alunopoder colocar suas mos nos enfermos e eles se

    restabelecero, quer dizer, tal aluno tornouse umdiscpulo; ele possui a fora e a majestade da Gnosiscomo um poder presente. Ele parte imediatamente

    para cumprir a ordem missionria, a exemplo detodos os seus antecessores, mas no para minorartodas as possveis doenas e dores desta natureza,pois para o discipulo, que realiza a ordem missionria,existe somente uma doena: a doena da dialtica e

    de sua realidade existencial. quando ele se dirigeaos seus alunos, a colocao de suas mos ser sornsn-te o nico e absoluto manual gnstico:

    Eu vos batizo em nome do Pai,e do Filho,e do Esplrito Santo.

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    O OGO SERPENTINO E

    GNOSIS

    doutrina da sabedoria transfigurist ica t u mens inam ento universal. Is to que r dizer qu e acompa-nh a a exis tncia d o ho m em de ca ldo desde o raiar dahuma nidade dialtica; n o f o i transformada sobaspecto algum e nela no se pode vislumbrar o mlni.m o trao de alterao. do ut rin a da sabedoria trans-f iguris t ica a d a sabedoria gnstica, is to , significa o

    nico toque d iv ino poss vel no tempo. O ensina-mento transfigurst ico o ensinamento mo derno dasabedoria, que sempre se verte sobre o m u n d o e a

    humanidade n o m om en to p rop c io e m que esse ensi-

    namento pode agir, atualizado e diretamente sobre acitad a humanidade, a f i m de buscar e reencontrar oque se perdera. O ensinamento transfigurist ico B asabedoria das serpentes, o q ue significa q u e ela aradiao da sabedoria d o E sp lri to universal.

    E dessa sabedoria das serpentes q ue n s querem os

    falar em especial, pois a cada aluno que est v e r d adeiramente na senda di to : Tornai-vos sbios c o m oas serpentes . E s agora realm ente quereis comp re-

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    ender esse chamado, a saber, como um supremo eatual chamado para a vida, destinado muito pessoal-

    mente a cada um de vs, entzo aconselhamos queempregueis toda a vossa receptividade para compreen-der o que a Escola tem a transmitir-vos.

    Na doutrina transfigurstica encontramos a ser-pente representada por dois smbolos principais.Primeiramente, como o sant(ssimo e absolutamentedivino; em segundo lugar, como o mais desprezvele Impio.

    Por um lado, vemos a serpente como o rptilsibilante e asqueroso, expelindo baba e veneno;por outro, como sImbolo do Esplrito Santo. Desco-brimos que a serpente designada como o Diabo, eobse~amos que a serpente urea usada comoadorno de cabea pelos sacerdotes, como sinal deelevao espiritual.

    Essas duas apreciaes to opostas deram ensejogrande confuso e discrdia entre os que no conse-guiam compreend-las. Repetidas vezes o homem temsido preso pela idolatria, e isso sempre se repetir de

    novo, tao logo ele seja impelido pelos instintosreligiosos naturais, e no mais possa compreender oobjetivo da pura Gnosis.

    Todos v6s trazeis uma serpente em vosso ser.Esta serpente enrola-se ao redor da vossa rvore davida, e sua cabea nitidamente reconheclvel aos

    olhos materiais comuns. Tal serpente simbolica-mente indicada na Bblia como a serpente de co-bre . Ela o vosso ser-alma, a irradiao da vossa

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    conscincia. o potencial da vossa alma impregnandototalmente o vosso sistema Igneo serperitino, isto

    o vosso sistema cerebrospinal. Essa a serpente decobre E essa serpente a que, com veneno mortalna cabea, rasteja sobre a terra.

    Por que se fala de uma serpente de cobre? Pri-meiramente, necessrio compreenderdes que apalavra hebraica "cobre" tambm traduzvel por"serpente". Alm disso, mister que saibais que apalavra "cobre", portanto "serpente", um principiofeminino. Em relao a isso, pensai somente no metalde Vnus, o "cobre". Na alma, no potencial do fogoserpentino, repousa o principio gerador, isto oprincpio feminino. Nesse mesmo sistema tamb6mest presente o principio criador, isto o aspectomasculino da alma.

    Em cada sistema da alma, em cada sistema fogoserpentino, encontramos dois aspectos: a serpente decobre e a assim chamada serpente gnea, portanto,respectivamente, o princpio feminino e o masculino.Pode-se dizer simbolicamente que na Arvore da vida

    humana habitam duas serpentes. Em algumas pessoas,o princpio masculino positivo e o princpio femini-no negativo; noutras, d-se o contrrio.

    Assim, o basto de Mercrio com suas duas ser-pentes, uma branca e outra preta, o slmbolo de urnestado biolgico dialtico geral, ou seja, o slmbolo da

    rvore da vida com os seus dois aspectos da alma. Nasgravuras dos sacerdotes eglpcios, o adorno com s

    duas serpentes era a expresso externa do Intimo

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    estado de sua alma e de todos os seus semelhantes.Essesdois princpios da alma em n6s, que tambm

    podem ser indicados como Ado e Eva Ado, a ser-pente fgnea, e Eva, a de cobre), lutam interminavel-mente entre si. Esses dois princlpios em n6s pon-deram e decidem continuamente entre si. Todos v6spossuls o poder da ponderao interior. As duas ser-pentes entrelaam-se ao redor da rvore da vida. Emdado momento, o princpio masculino fala ao femini-no; em seguida, invertem-se os papis. Ambas asserpentes em ns se atacam mutuamente e mutua-mente se acusam. A serpente lgnea quer realizao,enquanto que a de cobre quer posse. Os instintosde criao e conservao esto em luta interminvelentre si. E no obstante, na alma existe apenas um

    interesse: a manuteno, a autoconservao, o impul-so pela existncia.

    Assim, a sibilante serpente rasteja seu corpoatravs da imundcie desta natureza, e que Deus seapiede daquele que dela se aproximar. Todos v6sconheceis as consideraes anlmicas das serpentes

    que existem em 116s. H momentos em que, porinteresses preconcebidos, rastejam para dentro dosanturio do corao e noutros, no santurio dacabea, onde elas fazem seus sacrifcios.

    Os venenos preparados nesses santurios so a as-tcia, a ttica, a artimanha, com base nas quais reali-zam suas intenes. O 6rgo por onde so expelidosos venenos a laringe. Existem diversas espcies deveneno e muitos mtodos para dirigir esses venenos

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    aos lugares onde as serpentes gostariam que estives-sem.

    um a cincia cult ivada ees que visa inten-cionalmente aperfeioar a atividade das duas serpen-tes anlmicas. Deno minam os ta l cincia de ocu ltism onatural. U m h o m em versado nessa cincia certamenteteve em periodos de cultura no passado a idia deostentar na cabea u m slm bo lo de metal em fo rma deserpente, para assim e x ib ir seus graus de aperfeioa-m en to na cu l tur a da personalidade.

    Certos relatos concernentes cria so nos descre-vem o nascimento dessa to complicada alma hurna-na. Esse na sc im ento abrange sempre duas fases:primeiramente, o nascimento da serpente ignea,Ado; e, em seguida, o nasc imen to da se rw n te decobre, Eva. A serpente ignea o Adamas, o que querdize r, o pensador, o qu e recebe as sugestes d oEsplrito; a serpente de cobre a Hevah, isto 6 a medos vivos, o princlpio que realiza as sugestes, ageradora. Conseqentemente, A d o e Eva so OSpr in cp io s an micos em ns.

    Mas, t o logo a alma abuse d o seu intenso poder.ela ser bruscam ente separada d o Esprito, separadaviolentam ente da oniconscincia, e entrar8 n a existen-cia da casa da morte. Ento, os dois primordiaispoderes da alma permanecerao ininterruptam ente e mco n ti n u a ignorncia e, conseqentemente, e m trevas

    e discbrdias mtuas. E m vista disso, to d o o sistema

    er gloss rio

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    que cond uzido pela alma conde nado a degenerar-se e a cristalizar-se. E no restaro reflexos nem

    sombras da antiga g16ria da alma. A alma pecadoradever m or re r e sem cessar dever viver nu m a agoniamortal, acorrentada roda: que a arrastar atravsdas esferas dialticas.

    alma decalda que reconhece o seu estado, apsnumerosas e inimaginveis tentativas para elevar-se,

    poder indagar a si mesma: "Com o podera a alm adecada salvar-se?" esta pergunta fund am en ta l aGnosis d uma resposta. Mas preciso saber se a almadecalda ser capaz de compreend-la se ainda tivercondies para tanto. Esta a grande prova psico lgi-ca. Poder a vossa alma compreender o u n o a L in -guagem da Gnosis?

    Nesse momento psicolgico a Gnosis fala aoaluno : "Tornai-vos sbios c o m o as serpentes", aps oque ser esperada uma reao ou no, como resulta-do . que serpentes so feitas tais aluses? No seristo alguma aluso aos dois pnnclpios da alma emn6s? De maneira nenhuma Trata-se, porm, dairradiao d a prpria Gnosis; trata-se da Serpente d eOuro d o verdadeiro Esp lr i to div ino... e nenhumsacerdote autntico ousar reproduzi-la neste oun o u tr o metal, para c o m ela ornar-se pomposamente.

    Essa irradiao esp iritual, essas flamas Igneas d oEsplrito, aparecem igualmente em duas formas: na

    prime ira, elas despertam o n o vo Adamas e na segun-

    er lossrio

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    da, a nova Hevah, isto os dois aspectos da novaalma, que est diante de Deus . Esses dois toquest mbm

    so representados comos

    serafins e os que-rubins; como as serpentes de ouro e os grifos, osanimais alados dos mistbrios.

    Na antiga mitologia persa, grifo representava oanimal misterioso que guardava a montanha urea.e o aluno ainda conseguir entender o chamado daGnosis, dirigir-se4 para a montanha do Espirito, deonde lhe virli o auxllio. E quando se aproximar damontanha sagrada das bem-aventuranas, clamar8 emalta voz: Meu aux(lio vir8 do Senhor, que fez todasas coisas

    Logo ap6s ter pronunciado este mantra, osguardas da montanha, os misteriosos grifos, os que-nibins, pairaro sua volta. Um deles atirar-se-contra ele com a rapidez e o fulgor de um raio, ras-gando-lhe o peito, e abrasando seu sistema fogoserpentino com poderoso calor. O aluno, assimtocado pelo fogo do Esplrito, ouve tremendo trovo,e por entre o estrondo uma voz: Um filho do ho-

    mem e um filho das serpentes. Vi? eu te enviocomo ovelha para o meio dos lobos; s pois, sbiocomo as serpentes

    Ento, o aluno afasta-se da montanha durea, umavez que o tempo de sua ascenso ainda no chegou.Novamente retorna ao vale e segue como ovelha

    entre os lobos, os braos cruzados sobre a ardenteferida que o grifo lhe fizera. Como servidor, agora eleest8 sob a nova lei, que lhe diz:

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    "No sigais pe lo ca minh o dos gentios" estesso os indiferentes e n o ent reis nas cidades dos

    samaritanos" estes so os qu e m os tram somenteaparncias, "m as id e As ovelhas perdidas" s to ,queles que, devido sua natureza essencial poderoser salvos e ajudados.

    "lde, pregai e dizei: 'O reino d o c6u est prxim o'.Cu rai os enfermos, li m pa i os kprosos, ressuscitai os

    mortos, e xp eli os dernnios". o que qu er dizer:abalai o m u n d o dialtico."No vos provereis de ou ro ne m de prata, ne m

    cobre em vossas bolsas, nem alforje para o caminho,nem duas tnicas, nem sapatos, nem bordo, poisd igno o trabalhador d o seu alimento." Is to significa:n o que concerne ao in st in to dial tico de posse, delen o vos preocupeis de m aneira alguma, me smo e m setratand o da posse d o alimento dirio. No ambicio-n e i ~ osse alguma, po is to d o o servidor d o reino daLuz recebe o que necessita.

    "Se entrardes n um a cidade o u aldeia, in fo rm ai -vos acerca de algu6m digno de receber-vos, e ficaic o m ele at vos retirardes. A o entrardes e m algumacasa, saudai-a, e se esta f o r digna, descer sobre ela avossa paz; porm, se for indigna. a vossa paz retor-nar a vs. E se algum n o vos receber ne m ouv ir asvossas palavras, sai dessa casa ou da cidade e sacudi op 6 de vossos ps.'

    "Guardai-vos po r6m dos homens; eles vos en tre-garo aos tribunais e vos flagelaro e m suas escolas.E se vos perseguirem numa cidade, fugi para outra,

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    porque em verdade vos digo: no acabareis de percor-rer todas as cidades antes que venha o Filho do

    Homem."assim que ressoa a sagrada lei ao peregrino

    enobrecido. Se o trabalhador proceder de acordocom essa lei, o velho eu e as duas traidoras serpentesdesta natureza morrero a morte absoluta. auto-sacriflcio endurstico um sacrif (cio a servio da

    humanidade.Apesar de o aluno mal iniciar o trabalho, diri-gindo-se penosamente de cidade em cidade, decriaturaa criatura, levandoa nova: "Hora est ' ', o reinodos cus est prbximo, ele percebe ter diante de sum infindvel e longo caminho; mas, subitamente,como por milagre, se encontra na montanha ureaentre serafins e querubins, diante da prpria onipre-sena, ouvindo palavras que jamais forarn ouvidas porcriaturas humanas.

    Portanto, tornai-vos sbios como as serpentesEsta a chave para a senda. De que maneira deveisreceber essa sabedoria? Como deveis utilizar essachave? A resposta a estas perguntas -vos dada naEscola Espiritual da Rosacruz Aurea. O fato de poderdar resposta a essas perguntas justifica para a EscolaEspiritual a sua razo de ser. Responder a essasperguntas o dever sagrado da Escola. se umobreiro olvida esse dever, mesmo por unia nica

    vez, ento ele deixa de cumpri-lo.DoVelho Testamento conheceis a histria do povo

    judeu, que tambem a histria do aluno no caminho.

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    Na Escola Espiritual, um grupo de alunos que se apre-senta voluntariamente para a viagem conduzido

    para fora da terra do Egito, atravs do deserto, rumoa terra da promisso. Sabeis disso. Durante anos a f iodeixamo-vos ver e suportar a vida dialtica como umabismo infernal, e convocamovos a seguir para a novavida. uma viagem pelo deserto, pois abandonastestudo o que vos ligava ao velho Egito.

    compreensvel que tal caminhada pelo desertovos traga suas prprias dificuldades: tenses e con-flitos que no podem ser poupados a nenhum aluno;situaes que faro alguns suspirarem: Mas, quefui eu comear? assim, de tempos em tempos,sentiro saudades das agitaces simples e normais davida dialtica.

    Por isso, psicologicamente certo quando lemosno quarto livro de Moiss que os peregrinos no deser-to, em seu caminho para o Mar de Canio, comearama murmurar: Por que nos tirastes do Egito, paramorrermos no deserto? Aqui no hd po nem dgua enossa alma est enojada deste alimento magro .

    Depois est escrito que o Esprito, que conduzia opovo, lanou sobre o mesmo serpentes venenosas eassim eles morreram.

    preciso compreender corretamente essa nar-rativa. No sentido dos mistrios libertadores, todo operegrino no deserto encontra-se num estado tran-

    sitrio. Ele no mais totalmente dialtico, e muitopouco ou nada se pode falar do novo vir-a-ser huma-no. Nesse estado ainda se est exposto a um fortls-

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    simo e concentrado agprramento de todas as forasprovindas de baixo, e ao mesmo tempo existe uma

    certa faculdade receptiva para as foras da Gnosis. e

    o aluno reagir as sugestes da Gnosis, ser compreen-slvel que as inimizades provindas de baixo se acen-tuem mais.

    Se o aluno atender as vozes da velha natiireza,ento as sugestes da Gnosis tornar-se-o para ele

    semelhantes a serpentes venenosas, pois as vibraesdo fogo gn6stico v80 encontrar um solo bastantedesarmonioso, uma vez que esse solo, [>ela decisotomada pelo aluno de peregrinar pelo deserto, toiaberto para a Gnosis.

    Assim, nessa fase de seu desenvolvimento, o aluno

    se encontrar8 como que entre dois fogos. Ter deescolher entre a inimizade da natureza dialtica e a

    morte espiritual. absolutamente exclufda toda a

    possibilidade de um acordo. Em tal conflito o alunoindaga: Que devo fazer? Ento, ele defrontadocom serpente de cobre. que est pregada na cruz.To logo no deserto o aluno seja picado pela serpentede ouro do Esprito, e se ele se colocar frenteserpente de cobre, fitando-a, conservar a vida.

    Certamente compreendereis essa linguagem fiyu-rada. O colocar-se diante da serpente de cobre e

    fit-la, enquanto ela est pendurada na cruz, signifi-ca crucificar em s i o potencial da alma-eu. at queesse potencial haja morrido. este o definitivo rom-pimento das garras da natureza eni ns.

    Se no vos colocardes deste modo diante da

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    nova rainha, o novo Adamas e a nova Hevah, isto , anova alma, nascem desse processo alqumico. O

    novo rei chama o irmo joanino de seu pai , poisfoi este que o redimiu e o fez surgir, atrav6s do seuauto-sacrifcio, com po, 6gua e sal, isto , em nomedo Pai, e do Filho, e do Esprito Santo.

    Aqueles que desse modo foram aceitos nessemaravilhoso e duplo processo alqumico, e elevados 2

    dignidade de Cavaleiros da Pedrd Aurea, tero deprestar a seguinte promessa: Vs, senhores cavalei-ros, deveis jurar que jamais subordinareis a vossaOrdem a qualquer especie de demnio ou esprito,po&m somente a Deus, vosso Criador, e Sua selva,a Natureza.

    Que toda e qualquer luxria, libertinagem ouimpureza sejam detestadas, e no maculeis com taisvfcios a vossa Ordem; qae possais, pelas vossas d6di-vas, auxiliar a todos aqueles que so dignos e quenecessitam desse auxflio. Que no almejeis tal honrapara ernpregh-Ia no esplendor e na alta reputaomundana. Que no desejeis viver mais tempo do que O

    queira Deus .

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    GNOS IS D P I S T IS

    SOPHI

    Quando Jesus, o Senhor, fala sobre Joo, oBatista, o grande e elevado anunciador dos Mistriosde Cristo, ele o chama o maior entre os profetas eo maior nascido de mulher, por6m. acrescenta que omenor no reino de cu maior do que ele. Aqui aateno conduzida para dois reinos da natureza,onde se realiza o curso da humanidade: o reino daira , como Jacob Boehme denomina esta natureza, e

    reino da luz original.Frequentemente referimo-nos ao reino da ira

    como sendo a dialbtica, pela qual todos somos envol-

    vidos. Tambm vrias vezes j vos explicamos quais osdesenvolvimentos posslveis nesse reino dialtico ecomo eles se desenvolvem ciclicamente. Sem dvida,eles podero elevar-se de seu ponto de partida at snuvens, rnas concluldo o prazo determinado, socondenados a retornar mais extrema profundidade,

    ao ponto de partida inicial.omo alunos d Escola Espiritual da Rosacruz

    Aurea tambm podemos imaginar como um ser huma-

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    no pode entrar no eterno reino da Luz, e como oseu desenvolvimento pode progredir de fora em

    fora, de g16ria em glria. Podemos compreendertambm que um sereno pesquisador, por fora desua existncia no reino dial6tic0, onde nasceu e secriou, comece a interpretar o chamado da Fraternida-de do reino da Luz e se empenhe em despertar aateno de seus companheiros desta natureza para oesforo misericordioso dos Hierofantes da Gnosis, ena medida do possvel, salvar muitos deste reinodialtico e introduzi-los no eterno reino da Luz.

    Testemunharemos amplamente que um talanunciador na verdade um grande profeta, possivel-mente o "maior nascido de mulher", porm o serhumano que realmente tenha entrado no eternoreino da Luz maior do que ele. Enquanto um aindad o testemunho, falando sobre esse reino, o outronele j entrou.

    Como intrito Gnosis da Pistis Sophia: anteci-pamos algumas reflexbes, pois o evangelho de Cristoquer nos dizer que ainda temos de dar muitos passos

    antes que o mistrio da Luz possa iniciar-se e tornar-se realidade em ns.

    No reino da natureza dialtica, onde com certezavos encontrais, sereis primeiramente atingidos pelapalavra do anunciador, mas ai de vs se ficardesparados nisso palavra do anunciador, assim como a

    compreenso da mesma, referem-se apenas t capacida-de de compreender tudo aquilo que o mistrio da Luzquer de vs. Nem toda a alma desta natureza possui

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    esta faculdade. Trata-se po r m de u m determ inadoestar-se abe rto ao e terno re ino da Luz, fa to esse

    presente somente e m alguns poucos.Pode acontecer tam bm que uma criatura olhe

    esta faculdade c o m o u m estado de realizao e a fpermanea. Pode ser qu e baseados nu m a ta l faculdadefaleis sobre os mistrios da Luz, sobre C ris to e sobretoda a sabedoria transfiguristica. Alem do mais ,po de acontecer que a com oo d o vosso coraonessa co ntemplao seja evidente, e a radiao d o v o sso san turio d a cabea testem unhe coinpreens30, ejustamente por isso estareis em perigo, porque om enor n o reino d o cu maior, mu itas vezes m aiord o q ue v6s

    Apbs a nunci o te r sido aceita po r v6s e con-seqentemente afirmada em vs, seguir-se4 a essebatismo primrio com gua viva, o bat i smo pe lofogo , is to , a renncia, o desfazer-se, o queim ar anatureza da ira para qu e u m ser recdni-nascido,regenerado. possa en tra r n o eter no rei no da Luz.

    o toqu e preparatrio, o toque d o precursor, d o

    anunciador. O toque preparatrio geralmente um aintewenkio m u i t o rigorosa. Esta interveno adapta-seaos hdbito s d o pals, aos seus costurnes e modos, ouseja ao tipo racial da humanidade. Esta intervenovisa abrir o honiom ao mis tr io da UZ despertarne le a faculdade na tu ra l de reaco.

    Se essa interren50 tiv er x i t o e se e m consequn-cia a faciildade na tural vo ltar a manifestar-se, en to sedeve aguardar se ele apenas se contenta c o m a a t iv i -

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    dade de tal faculdade e nela permanece, ou se nessabase deseja ir ao encontro do batismo de fogo. e

    o caso for este ultimo, ento um tal aluno no dia seguinte v Jesus, o Senhor, vir ao seu encontro, o quequer dizer que s6 ento um tal aluno se abre ver-dadeiramente Gnosis e torna-se uma Pistis Sophia,isto 6 um aluno que, em verdadeira unio de f daPistis, retorna novamente sabedoria primordial, aSophia. Um tal aluno iniciou. por conseguinte, oprocesso de transfigurao para si mesmo e agora seencontra corporalmente diante dos mistrios da Luz.Ele tornou-se um disc(pu10. luz do toque primrioafasta-se dele e a Luz dos mistbrios o acolhe em seucirculo de atividade.

    Esta grande e santa transformao descritamuitas vezes na linguagem sagrada como violentoterremoto, como uma grande impetuosidade domundo, como um grande temor que ataca o discipu-10 O que se quer dizer com tais alusaes talvez vos sejabem compreenslvel, pois concernente entrada doaluno num campo vibratrio completamente diferen-

    te, que ultrapassa em muito as vibraks de seucampo natural. Nessa comoo desenrolar-se- ademolio das mais cristalizadas ligaes da natureza,e o tem-or aqui descrito no significa medo , massim uma ininterrupta e espontnea circunspeo aotoque do Esprito, que surgiu no aluno.

    Temer a Deus no pois nenhuma psicose demedo, porm uma compreensivel ateno ao Esprito,que tocou o microcosmo. Na Biblia dito que t a l

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    comoo tem a durao da terceira a nona hora. Istosignifica que esse toque tem origem no inorninvel

    amor de Deus e depoisse

    desenvolve a um dinmicoapogeu. E quando este dinmico apogeu for atingido,os cus abrir-se-50 e o aluno ver Jesus descendo docu .

    Essa linguagem figurada indica que a ligao como reino do fogo, com o eterno reino da Luz, de talmaneira que por f im surge uma ponte, perceptivelpelos sentidos, entre o aluno e o mistrio da Luz.Por isso, temos de encarar o espao entre a terceira ea nona hora como um prova. O aluno ser8 provado se

    pelo toque descrito permanecer temente a Deus ou s

    recair4 no velho e costumeiro modo de viver. O alunomesmo constri a ponte entre s i e o reino da Luz.ponte um estado de ser que lhe possibilita retornarefetivamente ao reino da Luz. Por isso, B dito na

    sabedoria gnstica que o Senhor dos Misterios da Luzescurece a sua prpria luz diante do aluno, para queeste possa perceb-lo.

    Isso possivelmente pede ainda um esclarecimento.Se a total Luz do reino imutvel, em toda a plenitude,tocasse o aluno dialbtico, ser-lhe-ia completamenteimposslvel suporta-la e reagir a mesma. Por esta razo,a Luz transforma-se num estado que permite ao alunoiniciar o caminho da redeno.

    Essa a ponte ou o manto que o aluno recebe

    como veste de penitncia para encetar sua peregrina-fio. Esta veste penitencial no nenhurna vestimentade vergonha, nem uma assinatura de pecador, por6m B

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    a veste d a regenerao misericordiosa. medida ,pois, qu e o alu no fo r seguindo o seu cam inho, a luz

    de sua veste compreensivelmente ir aume ntan dotornar-se- cada vez mais resplandecente.

    O toque pela L uz dos mistrios de Cristo - e maisu m a vez vos seja d i t o diferencia-se clara e dis tin ta-m e n t e d o t o q u e de luz da esfera refleto ra. Deveiscompreender is to m u it o bem, p ois o discernimentocerto e a ao em concordncia com isso so condi-es prvias para se resistir a tempestade ocasionadape lo toque d a Luz.

    Primeiramente, a luz da esfera refletora. quandoaparecer, estar4 e m co nco rdnc ia imed iata c o m ovosso estado n atu ral; e m segundo lugar, n o desper-tar a menor tempestade, visto que se liga ao vosson ve l de existncia; e, e m te rce iro lugar, dirige-se avossa conscincia-eu.

    Sem diivida, a luz da esfera refletora poderfalar-vos belas e elevadas palavras sobre Cristo e Seureino, porm estas vozes, com todos os discursose sermes a resp eito d e Cristo, esto e m conc ord ncia

    c o m este lado d o v&. N o me lhor dos casos, a luz daesfera refletora poder ir at6 a fase anunciadora, queacabamos de narrar-vos. Sabeis qu e no so os q u eclamam:-Senhor, Senhor, mas sim os que fazem avontade d o m eu Pai que en traro n o e te rno re ino daLuz .

    O toque d o e terno re ino da Lu z 6 reconhecidoime diatam ente pe lo f a to de ser qu al golpe de espada,e m virtud e da nossa natureza com um . um a vibrao

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    de um outro reino de natureza, que no toma emconsiderao nem a natureza dialtica nem o eu, e de

    modo algum amvel, belo e maravilhoso como aarte dialtica nos quer fazer crer. O toque despertauma tempestade, uma violenta agitao no vossosistema de vida, demolindo esta natureza, e o alunoque souber resistir a essa tempestade receber omanto do tesouro da Luz.

    respeito dessa tempestade ainda haveria muitoque dizer, portanto mais algilmas palavras sobre esseassunto certamente no sero suprfluas, principal-mente porque muitos cometem o erro de se cercarem,intelectual ou emocionalmente, de pensamentos ousentimentos de iluso. Em vista disso, precisais estar

    profundamente compenetrados do fato de que vostornastes objeto de intensa luta ao vos dirigirdes dafase de aniinciao ao batismo pelo fogo

    hierarquia da luz da esfera refletora duod-cupla. Ela se liga, atravs das doze foras da lipikahumana, a cada entidade da esfera material. Destemodo, podemos imaginar que to logo o aluno sedirija ao eterno reino da Luz e procure o batismo pelofogo, surge uma grande desarmonia entre ele e aduodbcupla hierarquia. Esta a desarmonia que causaa separao tempestuosa entre as duas naturezas.Esta tempestade toca todo o ser, em relao cons-cincia, alma e corpo. Desta luta o aluno deve saircomo um peregrino, ornado com o manto de LUZ.

    eterno reino da Luz possui trs aspectos;

    por isso que se fala dos trs grandes misterios da

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    Luz. O primeiro mistrio relaciona-se com o renas-cimento espiritual com a entrada do Esprito Santo

    no microcosmo. O segundo relaciona-se com orenascimento da alma com a nova radiao da cons-cincia que toma forma no sistema do fogo serpen-tino. O terceiro com o renascimento de todo o ser.Essa trlplice transfigurao um poderoso processoe um mistrio em s mesmo. Esse mistrio da rea-

    lizazo s ser revelado aqueles que forem dignos paratanto e que em autornaconaria souberem abrir asdiversas portas. Por isso. no nossa inteno falar-vos sobre estes assuntos puramente pessoais.

    porm nossa tarefa dirigir a vossa atenopara o seguinte: neste mundo h6 mensageiros queoperam com uma duas trs ou quatro foras gnsti-cas. Queremos dizer com isso que existem mensa-geiros operando com o toque preparatrio o toquedo anunciador. Pelo fato de esta fora igualar-secompletamente a esta natureza e por tratar-se mera-mente de uma fora que tem capacidade de despertaruma reao espontnea e natural claro que talfora somente tem uma ao despertadora pormnunca demolidora. Quando por conseguinte osouvintes no templo da Rosacruz forem colocados soba influncia dessas radiahs de fora e no forem porela despertados tamb6m no ser30 prejudicados.

    Se contudo um mensageiro penetrou no primei-

    ro mistrio ele no s6 batizar seus ouvintes comgua mas tambm com fogo e sabemos que obatismo pelo fogo extremamente demolidor e

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    Se um aluno se colocar indignamente sob a influnciado segundo mistrio, o seu sistema nervoso ser

    despedaado de maneira duodcupla. se um alunoindigno colocar-se sob a influncia do terceiro mis-trio, ento a sua inteira personalidade ter de car-regar de maneira duod6cupla as consequncias.

    Unicamente nos casos em que as foras dos mis-trios se aproximam de criaturas que no as afrontam

    intencionalmente mediante jactncia, incredulidade,hipocrisia ou astcia, que a fora derramada, semcausar dano, voltar ao mensageiro. Assim, dwe estarclaro para v6s que todos aqueles que, aps adver-tidos, ainda continuam proclamando-se alunos eintimamente no o so, tero elaborado sua sentena

    de acordo com sua autoconservao.De todos os alunos da Escola Espiritual se espera

    que se tornem uma Pistis Sophia. Isto quer dizer: umaluno que, no conhecimento da f, rompe cons-cientemente para a eterna sabedoria. Um tal aluno fazaliana com a Gnosis para a ressurreio. Para todosos outros que se delongam na Escola, deve-se falar e

    uma causa para uma queda. Vede, ns vos temosprevenido

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    GNOSIS E IGREJA

    O aluno da Escola Espiritual da Rosacruz Aureacertamente tem pleno conhecimento de que ossistemas das igrejas e seitas dos nossos temposm ed ido s pelas no rm as da realidade sem exce50esto presos As corren tes da relig ios idade na tura l. Este

    o destino trgico de todos os que neste mundo seocu pam c o m religio. C ertamente no ser sup6rfluocolocar mais uma vez diante de vossa conscincia aessncia da relig io na tu ra l e a sua inevitabilidade e aseguir t i ra r concluses n o toca nte a Gnosis e a igreja.

    Se vos ocupardes com as escrituras santas dosdiversos pe rlo do s da humanidade descobrireis que osgrandes e santos mensageiros de Deus aludiam coriti-nuamente ao retorno a uma ptr ia que fo i perdida aoretorno a uma essncia que 5 denominada Pai uDeus. Todas as inform a e s das escrituras sagradas detodos os tempos giram em torno deste pensamento

    centra l d o re torno.Se Deus vosso Pai vs sois seu fi lh o; ento

    Jesus Cristo e os outros grandes so vossos irmos.

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    diferena entre eles e v6s 6 ois, a consequ6ncia deu m deplorvel inciden te qu e vos fez cair de vosso

    estado de esplendor de outrora. E a Esc ritu ra Sagradan o ou tr a coisa seno um a carta dizendo: Regresse,tu d o est esquecido e perdoado na graa d o amor .Ento, Jesus uma figura que, descendo da magni-ficncia, vem ao vosso enco n tro pa ra buscar-vos eajudar-vos em vossa viagem d e retorno .

    Se fosse assim e sabeis q u e o ho me m relig iosodos nossos dias cu ltua esse p o n t o de vista a to ta lobra do esforo divino ser ia facl l ima, to s implesque no haveria razo de possuir-se, quer filosfica,quer teologicamente, circunvolues cerebrais especi-ais para pesquisar e compreender o esforo d iv in o desaivaifo.

    Simplesmente desenvolvemos a seqiiente reflexocom a sua correspondente ao. Vamos mostrar-vosessa refle x o e essa ao e m diversas tonalidades, masireis reconhecer imediatamente que todas as dife-renas nas atividades religiosas so meramente apa-rentes.

    1. Existe u m Deus. Ele meu Pai; eu sou Seuf il ho. Sou u m f i l h o deca ldo. pa tr ia fo i po r m i mesquecida, mas agora quero a ela vo ltar . E de maneiraconveniente peo socorro. O Pai envia Seu Filho.Pela ajuda d o fi lh o serei a co lhid o na aliana da graa.Poderei f icar tranquilo, po is na clemncia desta u ni o

    fina lm en te voltarei ao lar. permanncia nesta alian-a da graa im p e determinadas exigncias e m relaoa moral, compreenso, razo e aos costumes. Se

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    me colocar sob esta lei o Senhor da lei se realizarem mim no devido tempo.

    2 Existe um Deus. Ele meu Pai. Eu sou Seufilho. Somos todos filhos de um mesmo Pai. Sou ofilho decafdo e o mundo ao meu redor tamm

    decaldo. Portanto se eu me erguer e me ofertar aomundo em auto-sacrifcio e filantropa para que omundo seja reerguido desse modo eu juntamente

    com o mundo colocar-nosernos novamentem

    con-cordncia com as leis divinas. Dentro da atividade damarcha do mundo e da humanidade tudo reunir-se-anovamente ao Pai.

    3. Existe um Deus. Ele meu Pai. Eu sou Seufilho porm um filho decaldo que nada mais s be doPai e da ptria. Vivo nas trevas e na midria nummundo de tristezas e pecados. Quando desejo o bem.pratico o mal. Em mim e ao redor de mim est oinferno. No conheo mais nenhuma salda quaseadoeo por tdio. Procuro refugio nos prazeres. naarte no amor no esquecimento. Um dia a redenosurgir8 desse esquecimento.

    4. Existe um Deus. Ele meu Pai. Eu sou Seufilho decado. Onde est Deus e de onde cai eu?Ele est no invisvel onde eu estava. Onde se encontra o invislvel? Naturalmente no Alm. No entantono pretendo esperar at que por meio natural POSMchegar aoAlm. Quero frequent-lo agora ou o mais

    depressa possivel conscientemente. Quero ali atuarconscientemente agora ou o mais depressa possvel.Como poderei adquirir esta dupla conscincia? Por

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    meio do desenvolvimento dos poderes latentes emmim. Se tal eu conseguir, caminharei de novo na Luz,

    igualmente como Ele na LUZ est.5 Existe um Deus. Ele vosso Pai e todos os

    seres sublimes so vossos irmos. Sois Seu filho de-cado, porm esta queda de modo algum um estadoefetivo. Podereis imediatamente transform-la numaressurreio. De que modo? Amando, assim como o

    Pai vos ama. Se assim o fizerdes, surgir uma alteraovibratria. Por intermdio dessa lei fundamental doamor, as vibraes fundamentais do vosso ser serorestabelecidas. Se isso fizerdes, tudo voltar perfeitaordem. No disse Ele: "Antes que chames, responde-rei"? Se isso real~zardes, caminhareis sobre o mar.como Ele, e multiplicareis os pes, como Ele, e cura-reis os enfermos, como Ele.

    Em suma. tudo fareis, podereis e possuireis, domesmo modo que Ele. No mais morrereis, poiseternidade e tempo tornaram-se uma unidade. O AIBmser o aqui, e o aqui ser o Alm, no importando deque lado olhais. Ento, sereis um mestre, tanto dolongnquo Oriente como do Ocidente prximo,mestre de todo o vosso ser, tornando-vos Deus, poissendo Deus vosso Pai, certamente sois Seu filho, ecada filho tem parte na herana do pai. Qualquerfilho tem conhecimento disso. Mais simples e ingnuono pode ser. o "Abre-te Ssamo " Procurais a

    frmula mgica? Ela se chama alterao vibratbia.Se lanardes os vossos olhos nos exemplos das

    vidas religiosas ou esotdrico-religiosas, exemplos esses

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    que podem estender-se atb o infinito sabereis entoque toda a humanidade compreende interpreta

    experimenta de uma forma animista o retorno in-dicado na Bblia. A linha Deus-homem-imortalidade na religiosidade natural uma linha que se inflete decima para baixo e desse nadir eleva-se novamente.Sois assim se diz a imagem desfigurada de Deus. Porconseguinte nesta ordem de idhias Deus t i o protti-

    po da vossa verdadeira natureza visto serdesSeu

    filho. Como consequncia o nosso mundo conformeeste pensamento a residncia de Dcus comotambbm a dos Seus filhos. Deus habita na parteinvisivel da nossa natureza e ns aqui.

    Se considerardes que a humanidade desde halguns milhes de anos vem seguindo essa sucessode pensamentos ento podereis imaginar que nachamada parte invisvel da nossa natureza pululam osprottipos. e em nossos pensamentos criarmos umdeterminado tipo que incessantemente animamoscom as nossas foras e adoraes. chamando-o de Je-sus ou de Buda ento poderemos imaginar quais se

    ro as conseqncias disso ate o infinito dos tempos.Deveis pois reconhecer como todos v s cooperais

    demoradamente na conservao desses tipos-pensa-mentos. Se nisso colaborardes conseqentementeestareis atados a isso. Tereis que derrubar em vs e aovosso redor todo esse panteo da religiosidade natu-

    ral. Nesse sentido preciso que impoohais umadecisiva posio de recusa ou sereis mais que vergo-nhosamente enganados.

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    Assim, chegamos a concluso de que cada ho-mem, independentemente de suas tendncias misticas

    ou ocultistas, projeta-se a si mesmo no futuro,numa forma melhorada, mediante um prottiporeligioso, ocultista ou humanitarista. Desse modo,toda a aspirao humana animista em seu processonatural de autoconservao; indiferente se ideali-zais a salvao atrav6s da insondvel misericbdia

    ou sea

    imaginais como um processo evolutivo di-rigido. No importa se direis preciso retornar i

    lei fundamental do amor ou serei salvo pela graade Jesus Cristo , pois estas duas afirmaes soidnticas; ambas concebem o retorno no sentidodesta natureza. necessrlrio despedir-vos das i iusksreligiosas ou ocultistas, pois elas so vossas destruido-ras.

    Quando falamos de iluses, niio deveis pensar em

    alucinaes, mistifica&s e fices; pelo contrdrio,os nossos protbtipos no invisvel e tudo que delesparte, tudo o que por eles conservado, muitoreallstico. Falamos de iluses se crerdes que podeis

    ser libertos dos sofrimentos e dissabores, desemba-raando-vos da roda enquanto continuais servindo aosvossos prot6tipos. Por isso, a Escola Espiritual daRosacruz Aurea aconselha-vos a que vos iivreistotalmente dos vossos passatempos enganosos e rom-

    pais completamente com tudo que ainda conservais

    a esse respeito. Deveis arrancar de v6s a atitudemstica, a total vida religiosa em igrejas, seitas esociedades esotbricas. necessrio, neste sentido,

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    Esta natureza elevada e aprisionada ter de ser liber-tada e redimida d o m un do dos sentidos. Somen te esta

    natureza mais elevada descendente da natu rezadivina, e ela est como uma realidade quebrada,espalhada em forma de incondveis germes de vidadivina entre a humanidade. Por intermb dio de u msanto processo esses germes de vida divina poderoser libe rtos e reconduzidos fo n te original.

    a meta da Gnosis conscientizar de seu destinotodas as cria turas que lhe so aparentadas e de recon-duzi-Ias ple nitud e da vida divina. Por esses m otivo sadverte-se seriamente, em todos os ensinamentosgnsticos, da religiosidade racial e de to da a escriturasagrada racial, com o p o r exemplo, o V elho Testamen-to. Pois a religio racial abusa do EnsinamentoUniversa l* para os seus pr p rio s objetivos, os quaissempre esto n o m bi to deste m undo. O deus doVelho Testamento u m deus absolutamente natural,u m demiurgo, e est diametralmente o pos to ao Deusd o No vo Testamento.

    As criaturas e m afinidade c o m a Gnosis, po rta nt o

    n o a personalidade desta natureza dialetica, so indicadas na Blblia como filhos de Deus, e somenteestes filhos podero ser redimidos em sentido gn6s-tico. A natureza dialbtica poder, e m un i o c o m odeus natural, o demiurgo, d e n tr o dos limi tes d otem po e d o giro da roda. alterar temporariamentesua posio e ocupar uma certa relao c o m o cen trode sua prp ria natureza. Por isso, n o h sentidtalgum querer alcanar a plen itude da natureza d iv in

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    com a natureza dialtica. e sobrecarregar-se e cansar-se com a sabedoria da natureza divina dentro da

    .natureza dialtica.Essa sabedoria da plenitude divina permanece

    oculta para todo o s r dialtico e tampouco poderser trazida pelos mestres do longnquo Oriente ou doprximo Ocidente. A sabedoria da Gnosis no se

    deixa profanar. sabedoria da natureza superiorsomente poder ser acolhida e retida por uma natu-reza semelhante. Eis por que dito com r zo noNovo Testamento: Aquele que afirma ser sbio e noexecuta as obras um insensato . Por esse motivo

    tambm impossvel uma filosofia gnhstica; tudo omais que denominamos filosofia sup6rfluo e en-ganador. A sabedoria da plenitude divina somentepoder ser experimentada e vivida. Filosofia especulao.

    Por ensinamento da sabedoria compreendemos odesejo da natureza superior pela redeno. Quando aaprisionada centelha do esplrito aspira por ess re-deno; quando a natureza superior se torna cnscia

    de sua pobreza na priso, ela herdar neste anseio abem-aventurana da sabedoria. Portanto, somentesbio aquele que trilhar a senda.

    Abjuramos, portanto, em completa auto-oposi-o, todasas religies, todo o ocultismo, todo o tiuma-nitarismo, toda a filosofia e qualquer modalidade

    de iluso, e aspi;amos unificao do verdadeirogerme de vida divino com a fonte original do Esplrito,Esta aspirao uma luta dihria contra a prpria

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    natureza dialbtica que em autodecllnio ter dedesistir de sua soberania sobre a natureza superior.

    Somente quando esta aspirao for coroada dexito.que podereis experim enta r a Gnosis.

    Portanto, tendes de escolher entre trs atitudesde vida: primeiro, servir ininte rrup tam ente ao deusnatural, ao demiurgo; segundo. filosofar sobre aGnosis o u perder-se nas correspondentes especula&smisticas; e terceiro, a completa aceitao da senda.As duas primeiras atitudes de vida so completa-men te idn ticas ent re si; apenas a terceira libertado-ra. Por isso, a E lb lia assegura c o m razo qu e a f deveandar junto com as obras e assim tornar-se- perfeitapelas obras. Por esta razo Paulo d iz em C ornt io s8: A cincia envaidece, mas o amor edifica. Sealgut m julgar que conhece alguma coisa, absoluta-mente no a conhece como deveria conhec-la, m sse algubm ama a Deus, esse conhecido p o r Ele".

    T o d o o saber pro vb m desta natureza. Se algubm seaproximar de Deus, isto , da Gnosis, dir comoCristo Rosacruz: A soma de to d o o conhecimento

    que nada sabemos". No somos n6s que devemosreco nhe cer a Deus, p or dm t Deus que deve reconhe-cer-nos. O Esplrito precisa introduzir-se em nossomicrocosmo . To log o possuirmos esse E sp lrito , e noantes, possuiremos sabedoria.

    Libertai-vos dos vossos {dolos, triihai a sendae sereis sbios. En