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Gestão Escolar: a realidade como ponto de partida para reflexão e organização da prática docente. CEP, maio / 2007 Docente: Maria Madselva F. Feiges Direção Geral do CEP

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Gestão Escolar: a realidade como ponto de partida para reflexão e organização da prática docente.

CEP, maio / 2007

Docente: Maria Madselva F. FeigesDireção Geral do CEP

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Por que começamos nossa gestão debatendo a questão da avaliação do ensino - aprendizagem?

Foi uma opção ou uma necessidade?

Foi por uma necessidade posta por um problema concreto!

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PROBLEMAPROBLEMA

a existência de 43 processos recursos apresentados pelos alunos e /ou familiares contra os resultados da avaliação final do ano de 2006.

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Partimos da análise de dois blocos de argumentos:

1. A organização fragmentária do trabalho pedagógico na escola:

- a divisão entre o trabalho dos coordenadores de disciplina e dos pedagogos. - separação entre as ações da Divisão

Educacional e dos Coordenadores de Disciplina - o papel dos pedagogos apenas no

acompanhamento de notas com plena ausência nas orientações sobre o planejamento de cada docente.

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2.Formação inicial dos docentes e dos pedagogos:

Diferenças Aproximações

Diferença de carga horária destinada às disciplinas de Avaliação e Planejamento no curso de formação de Docentes e Pedagogos.

Poderiam ocorrer com base na elaboração coletiva do Plano de Trabalho Docente , ou seja, com a participação efetiva do pedagogo e do Coordenador de Disciplina e de Curso.

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Essa ruptura entre o trabalho dos Docentes e dos Pedagogos ampliou o agravamento das questões relativas à avaliação :

- distanciamento entre a prática docente e o conhecimento dos aspectos legais;

- as contradições entre a prática docente real e o texto legal do Regimento Escolar;

- a existência de uma prática docente fundamentada na composição de duas notas:7,0+3,0=10 (DEZ)

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- a existência de uma prática avaliativa que faz - a existência de uma prática avaliativa que faz a recuperação de conteúdos apenas sobre as a recuperação de conteúdos apenas sobre as atividades que compreendiam o registro da atividades que compreendiam o registro da nota SETE (7,0) e muitas lacunas referentes as nota SETE (7,0) e muitas lacunas referentes as atividades que compõem a nota 3,0 (TRÊS), atividades que compõem a nota 3,0 (TRÊS), especialmente no registro objetivo dessas especialmente no registro objetivo dessas práticas avaliativas.práticas avaliativas.

-a existência de uma prática avaliativa que não recuperava os conteúdos que compreendiam o registro da nota (TRÊS) 3,0;

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LOGO, a escola deixou de cumprir LOGO, a escola deixou de cumprir os aspectos legais relativos à avaliação, os aspectos legais relativos à avaliação, claramente prescritos no Regimento claramente prescritos no Regimento Escolar.Escolar.

NÃO existe base legal , nem pedagógica para sustentar NÃO existe base legal , nem pedagógica para sustentar argumentação capaz de defender a composição 7,0+3,0 argumentação capaz de defender a composição 7,0+3,0 para todas as disciplinas, a menos que, para todas as disciplinas, a menos que, a recuperação a recuperação de estudos incida sobre a totalidade dos conteúdos de estudos incida sobre a totalidade dos conteúdos trabalhados no período e avaliados para efeito de trabalhados no período e avaliados para efeito de registro de notas que componha a nota 10 registro de notas que componha a nota 10 (DEZ)(DEZ) isto é, isto é, que recupere os conteúdos referentes à nota 3,0 que recupere os conteúdos referentes à nota 3,0 (TRÊS)(TRÊS) . .

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ASSIM, nossa análise centrou-se ASSIM, nossa análise centrou-se nos processos organizativos da nos processos organizativos da escola que compreendem a escola que compreendem a gestão do Projeto Político- gestão do Projeto Político- Pedagógico, ou seja, na Pedagógico, ou seja, na responsabilidade dos dirigentes responsabilidade dos dirigentes escolares que emanam escolares que emanam orientações para o corpo docente orientações para o corpo docente e discente.e discente.

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Obviamente que os docentes, Obviamente que os docentes, os pedagogos e os discentes os pedagogos e os discentes não ficaram imunes aos não ficaram imunes aos resultados da análise dos resultados da análise dos processos, processos, pois são os pois são os sujeitos concretos da prática sujeitos concretos da prática pedagógica . pedagógica .

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MEDIDAS TOMADAS PELA DIREÇÃO GERAL DO CEP:

- reunião com os pais e os alunos aprovados no Conselho Extraordinário Especial com a finalidade de estabelecer os compromissos necessários à aprendizagem dos alunos e acompanhamento dos pais;

-inserção do aluno aprovado em Conselho em turma que não coincidisse com a presençados docentes do ano anterior em que cursou a disciplina questionada no processo.

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-Estudo com os Coordenadores de Disciplinas sobre o Sistema de Avaliação aprovado no Regimento Escolar do CEP em 2005.

- Atendimento aos Coordenadores com a finalidade de explicitar dúvidas que ainda permanecem.

-Iniciação do debate sobre planejamento por parte da Divisão Educacional com os Docentes para a elaboração do Plano de Trabalho Docente, por disciplina.

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Caso não existissem tais processos , como poderia ter iniciado nossa gestão?

- Estudo das - Estudo das Diretrizes Diretrizes Curriculares Curriculares EstaduaisEstaduais- Elaboração coletiva do - Elaboração coletiva do

Plano de Trabalho Docente, Plano de Trabalho Docente, com base nas DCEs e no com base nas DCEs e no Livro Didático Público.Livro Didático Público.

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Estudo com vistas à re - elaboração Estudo com vistas à re - elaboração coletiva:coletiva:

. Projeto Político- Pedagógico. Projeto Político- Pedagógico

. Proposta Pedagógica. Proposta Pedagógica

. Plano de Trabalho Docente. Plano de Trabalho Docente

. Regimento Escolar. Regimento Escolar

. Plano de Ação da Escola. Plano de Ação da Escola

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O QUE PRECISA SER O QUE PRECISA SER FEITO FEITO IMEDIATAMENTE?IMEDIATAMENTE?

• Reorganização do horário escolar, Reorganização do horário escolar, com vistas com vistas à organização “mais” à organização “mais” concentrada da Hora/ Atividadeconcentrada da Hora/ Atividade para para possibilitar momentos de estudo e debate possibilitar momentos de estudo e debate coletivo sobre a prática pedagógica, entre coletivo sobre a prática pedagógica, entre docentes, pedagogos e coordenadores de docentes, pedagogos e coordenadores de disciplina e de Curso.disciplina e de Curso.

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• compromisso coletivo de todos os profissionais da educação com as mudanças pedagógicas necessárias, especialmente no que se refere à compreensão clara e objetiva da concepção, critérios, instrumentos , formas , tempo de registro e comunicação dos resultados da Avaliação aos alunos e pais.

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• estudo rigoroso sobre as atribuições dos Coordenadores de Disciplina, de Curso e dos Pedagogos, com o objetivo de criar as condições didático-pedagógicas necessárias às mudanças da prática docente e discente.

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• Elaboração coletiva das regras de convivência em sala, onde professor e alunos discutem e combinam as condições necessárias ao processo de ensino-aprendizagem. Exemplificando:

- quando o silêncio é indispensável; - quando é permitido dialogar com o professor, colegas e o conteúdo para compreender a realidade;

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- combinar o que espera do aluno em cada trabalho, os prazos e os critérios de avaliação.

(...)Aceitar suas limitaçõesE me fazer pedra de segurançados valores que vão desmoronando. (Assim eu vejo a vida. Cora Coralina )

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Reuniões com os pais para combinar:

- a importância da freqüência e dapontualidade às aulas;- o cumprimento das tarefas propostas pelos professores;- necessidade de estabelecer horáriosde leitura/estudos indispensáveis ao processo de aprendizagem do aluno.

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. Eleição da nova Diretoria da APMF (Final do mandato)

. (Re) organização e dinamização do CONSELHO ESCOLAR Formação de Comissões de Trabalho com a finalidade de re-elaborar: - Projeto Político-Pedagógico - Proposta Pedagógica com base nas DCEs

-Regimento Escolar

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. Elaboração coletiva do Plano de Trabalho Docente,

como condição de aprimoramento da prática

pedagógica escolar, considerando os conteúdos estruturantes das DCEs e a

utilização adequada do Livro Didático Público.

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Nasci em tempos rudesAceitei contradições

lutas e pedrascomo lições de vida

e delas me sirvoAprendi a viver.

(Assim eu vejo a vidaCora Coralina)

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PAULO – AMIGO, MESTRE . . .

Já não estás entre nós. Teu coração que tanto amou parou de bater e te foste.

E nos deixaste muito sós. Contigo se foi a voz dos pobres, dos despossuídos,

dos oprimidos, dos sem-voz.Contigo se foi a consciência da América Latina, e

também uma grande parte de nossa dignidade. Contigo morreu o mito em vida, aquele que

lutava com suas tradições, que educava com suas parábolas, que seduzia com seu sorriso, de barba e cabelos brancos, desgrenhados pelo vento, em uma

cabeça de estética inigualável.

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Como a ave de Minerva, alçaste vôo ao amanhecer.

Contigo nascemos no vigor de uma educação utópica que defendeste até o último momento.

Contigo aprendemos o diálogo, não a polêmica. Em ti possuíamos um profeta que denunciava e

anunciava. Contigo soubemos que a peregrinação por este

mundo só tem sentido na luta. Contigo, mestre, que te escondias sob a

mangueira e falava com o mundo no pátio dos fundos da casa de tua mãe em Recife, entendemos as angústias e também as esperanças de todos os

mestres.

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E agora te foste, mas nos deixaste tua pedagogia do oprimido e da esperança.

Nos deixaste tua espiritualidade sem limites, como tua humanidade. Nos deixaste teus escrúpulos, teu

testemunho de velho lutador sem concessões ao capitalismo, à injustiça, à falta de

democracia, à opressão, ao desamor, e ao último dos demônios que buscava exorcizar,

o neoliberalismo.

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Conosco ficou um convite para que te celebremos ou repitamos, mas que te

reinventemos.Contigo seguimos vivendo na

sensibilidade utópica e no amor solidário.

Ainda que nos tenhas deixado sós e imensamente tristes.

Amigo, mestre que já não está mais aqui.

(Carlos Alberto TorresCentro Latino-Americano, UCLA)