gestão de risco e controle de infeção - ipo porto 2011

120
manual de formação gestão de risco e controlo de infecção hospitalar

Upload: epop

Post on 22-Mar-2016

218 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

manual de formaçãogestão de risco e controlo de infecção hospitalar

Page 2: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 3: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

Actividade Hospitalar

Definições e Conceitos

Serviço de Saúde Ocupacional e Gestão de Risco Geral

Gestão de Risco

Primeiros Socorros

Segurança Hospitalar

Avaliação de Riscos por Categoria Profissional

Medidas Preventivas / Correctivas

Equipamentos Dotados de Visor

Sinalização de Segurança

Exames de Saúde e Vacinação

Movimentação Manual de Doentes

Controlo de Infecção Hospitalar

Precauções Universais

Isolamentos

Higienização das Mãos

Triagem e Acondicionamento

07

11

15

23

27

31

37

47

51

59

63

67

81

85

91

107

115

Page 4: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 5: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

5

AC

TIV

IDA

DE

HO

SPI

TA

LAR

Introdução

O Manual de Formação destina-se, a todos os colaboradores da instituição. Este manual tem como finalidade informar e sensibilizar os colabora-dores do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, EPE (IPOPFG, EPE), para as suas respon- sabilidades, normas e regras em

matéria de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho/Gestão de Risco, contribuindo assim para o bom desempenho sócio-profissional. A prevenção deve ser efectuada por todos, para tal necessitamos da sua colaboração para que este manual seja útil.

Page 6: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 7: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

ACTIVIDADE HOSPITALAR

Page 8: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

8A

CTIV

IDA

DE

HO

SPI

TA

LAR

Actividade Hospitalar

Aproximadamente 10% dos traba-lhadores da União Europeia exer-cem a sua actividade profissional no sector da saúde e da protecção social. Uma proporção significativa trabalha nos hospitais.

Esta circunstância faz da saúde um dos maiores sectores de emprego na Europa, abrangendo um vasto leque de actividades.Cerca de 77% dos trabalhadores são do sexo feminino. Segundo dados

europeus, a taxa de acidentes de trabalho no sector da saúde é 34% superior à média comunitária. Além disso, o sector da saúde ostenta uma elevada taxa de incidência de dis-túrbios músculo-esqueléticos rela- cionados com o trabalho, apenas precedido do sector da construção. Os factores de risco de natureza profissional subdividem-se tradicio-nalmente, de acordo com a respecti-va origem, em factores de risco de natureza ergonómica, de natureza

Page 9: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

9

AC

TIV

IDA

DE

HO

SPI

TA

LAR

química, psicossocial,fisica, mecâni-ca, riscos ambientais, segurança e ainda factores de risco de natureza biológica.Os principais factores de risco, bem como os problemas do sector da saúde com eles relacionados são os seguintes:

Riscos de natureza ergonómica derivados de esforços muscu-lares relacionados com a manu- tenção de posturas e movimen- tação manual de cargas pesa-das.

Riscos Biológicos - Exposição a microrganismos, vírus, por ex. a exposição a HIV, hepatite B e a sangue contaminado.

Risco químico - nomeadamente a exposição a desinfectantes e esterilizantes, gases anestésicos e medicamentos citotóxicos.

Riscos de natureza física - expo- sição a radiações ionizantes, tais como RX ou materiais radio- -activos (ex. cobalto), tempera-turas elevadas, ruído excessivo, etc.

Riscos psicossociais, como tra- balho por turnos rotativos, ritmos intensos de trabalho, violência verbal/ fisica, factores e conteúdos relacionados com a organização do trabalho e o relacionamento com os cole-gas/utentes.

Riscos de Natureza mecânica, tais como picadas, quedas e entalamento.

Riscos de Segurança, associa-dos aos incêndios, crimes in-formáticos, furtos, fuga de doentes das instalações.

Riscos Ambientais, tais como, poluição dos solos, das águas, do ar.

Os riscos profissionais existem e podem conduzir a acidentes de tra-balho e doenças profissionais por isso é necessário estar alerta. Todos os grupos profissionais do sector da saúde podem estar expostos a factores de risco.

Page 10: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 11: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

DEFINIÇÕES E CONCEITOS

Page 12: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 13: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

13

DEF

INIÇ

ÕES

E C

ON

CEI

TO

S

Definições e Conceitos

A actividade profissional pode ser responsável por alterações na saúde do trabalhador se não for realizada em condições adequadas.

O que é uma doença profissional? É a lesão corporal, perturbação fun-cional ou doença que seja conse-quência necessária e directa da acti-vidade exercida pelo trabalhador e não represente normal desgaste do organismo.

O que é um acidente em serviço? É o acidente de trabalho que se veri- fique no decurso da prestação de trabalho pelos trabalhadores do IPO- PFG, EPE, designadamente, quando por facto verificado no local e no tempo de trabalho ocorrer lesão corporal reconhecida a seguir ao acidente.

O que é um risco profissional?Combinação da probabilidade e da gravidade de um trabalhador sofrer um dano devido ao trabalho.

O que são danos derivados do trabalho?Doenças, patologias ou lesões sofri-das, motivadas ou ocasionadas pelo trabalho.

O que é a prevenção?A acção de evitar ou diminuir os ris- cos profissionais através de um con-junto de disposições ou medidas que devam ser tomadas no inicio da actividade ou em todas as fases da actividade do IPOPFG, EPE.

Page 14: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 15: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

SERVIÇO DE SAÚDE OCUPACIONALE GESTÃO DE RISCO GERAL

Page 16: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

16SER

VIÇ

O D

E SA

ÚD

E O

CU

PAC

ION

AL

E G

ESTÃ

O D

E RIS

CO

GER

AL

SSO e GRGServiço de Saúde Ocupacional e Gestão de Risco Geral

O Serviço de Saúde Ocupacional e Gestão de Risco Geral (SSOGRG), é um serviço interno do IPOPFG, EPE, que assegura as actividades de Ambiente, Segurança e Higiene no Trabalho (ASHT), da Medicina e Enfermagem do Trabalho (MET) e da Psicologia da Saúde Ocupacional (PSO).O SSOGRG tem como missão Pro-mover, Prevenir e Garantir a Segu-rança, Higiene e Saúde de todos os

trabalhadores do IPOPFG, EPE.Cabe ainda no âmbito da sua inter-venção a prevenção de todos os ris-cos gerais que possam afectar insta-lações, ambiente, visitas, doentes ou as populações vizinhas.Cabe assim, ao SSOGRG a respon-sabilidade pela prevenção dos acidentes de serviço, das doen-ças profissionais e pela vigilância médica e promoção da saúde dos trabalhadores do IPOPFG, EPE.

Page 17: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

17

SER

VIÇ

O D

E SA

ÚD

E O

CU

PAC

ION

AL

E G

ESTÃ

O D

E RIS

CO

GER

AL

O SSOGRG executa as seguintes áreas no âmbito da prevenção:

Segurança no Trabalho: ocupa-se de actividades relacionadas com a avaliação e controlo de riscos gera-dos por máquinas, equipamentos, instalações, ferramentas, lugares e espaços de trabalho, emergência e auto-protecção.

Higiene Ocupacional: ocupa-se de actividades relacionadas com a exposição e tarefas que impliquem a utilização de agentes químicos, agentes biológicos e agentes físi-cos.

Ergonomia: ocupa-se do controlo de riscos relacionados com a confi-guração de um posto de trabalho, problemas de carga física em geral.

Psicologia da Saúde Ocupacio-nal: ocupa-se de actividades rela-cionadas com a exposição a riscos psicossociais, através da aplicação dos principios e práticas da psicolo-gia aos objectivos da sáude ocupa-cional.

Medicina do Trabalho: cobre todos os aspectos de controlo e vigilância da saúde do pessoal do IPOPFG, EPE exposto a riscos.

Edifício E – Laboratórios, no piso 1.

SSOGRG

Secretaria

Extensão

5113/5116

E-mail

ssocup@ ipoporto.min-saude.pt

Page 18: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

18SER

VIÇ

O D

E SA

ÚD

E O

CU

PAC

ION

AL

E G

ESTÃ

O D

E RIS

CO

GER

AL

Acidentes de Trabalho (Acidentes em serviço, incidentes e acontecimentos perigosos)

No IPOPFG, EPE existem procedi- mentos a seguir no caso de um aci-dente de trabalho:

A quem comunicar?Ao seu superior hierárquico no prazo de 2 dias úteis. Se o superior hierár-quico presenciou o acidente cabe a este efectuar a participação.O superior Hierárquico após ter toma- do conhecimento ou ter presencia-do o acidente deve participá-lo no

prazo de 1 dia útil ao SSOGRG.

Como Comunicar?De forma escrita no prazo de 2 dias úteis, utilizando os modelos adopta-dos pelo IPO (informe-se no seu Serviço) e entregando no SSOGRG.

No caso de assistência médica a quem recorre?Os primeiros socorros são prestados de imediato, seguindo o estabele-

Page 19: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

19

SER

VIÇ

O D

E SA

ÚD

E O

CU

PAC

ION

AL

E G

ESTÃ

O D

E RIS

CO

GER

AL

cido no respectivo procedimento (consultar o manual de Gestão de Risco/Saúde Ocupacional existente no seu Serviço).O desenvolvimento da situação clíni-ca do sinistrado, após os primeiros socorros até à alta, deve ser regis-tado no boletim clinico.No caso do sinistrado (funcionário ou contratado) necessitar de assis-tência médica urgente será encami-nhado para o Hospital de São João (HSJ), Hospital com protocolo com a companhia de seguros AXA, Santa

Maria (HSM) ou outro que se encon-tre mais próximo.

E as FALTAS?As faltas por acidente em serviço devem ser justificadas, no prazo de 5 dias úteis, a contar do 1.º dia de

COMO FAZER?

O trabalhador deve dirigir-se ao HSM ou HSJ ou outro que se encontre mais próximo. Ao chegar ao HSM ou outro Hospital, deve identificar-se di-zendo que é trabalhador do IPOPFG, EPE (apresentando o cartão de iden-tificação) e se possível identificar o n.º da apólice do seguro da AXA: 1010113260 e dizer que teve um acidente de trabalho

LEGISLAÇÃO - ACIDENTES DE TRAbALHO

Lei nº 98/2009, de 04 de Setembroregulamenta o regime de reparação de acidentes de trabalho e de doen-ças profissionais, incluindo a reabili-tação e reintegração profissionais, nos termos do artigo 284.º do Có-digo do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro.

ausência ao serviço.

DOCUMENTOS A APRESENTAR no SSOGRG:- Boletim clinico.- Participação de Acidente de Trabalho correctamente preenchi- da no prazo de 2 dias úteis após o acontecimento.

LEMbRE-SETodos os ACIDENTES, INCIDENTES ou ACONTECIMENTOS PERIGOSOS devem ser participados para que se tomem medidas correctivas para a pro-tecção de todos os trabalhadores.Deve participar ao SSOGRG no pra-zo máximo de 2 DIAS ÚTEIS.

Page 20: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

20SER

VIÇ

O D

E SA

ÚD

E O

CU

PAC

ION

AL

E G

ESTÃ

O D

E RIS

CO

GER

AL

����������������������������������������������������������

�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������

���������������������������������������������������

�������������������������������������������������������������������������

���

������������������������������ ��������������� ����������������

������

���

�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

������������������������������������������������������������������������������������

�����������������������������������

Page 21: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

21

SER

VIÇ

O D

E SA

ÚD

E O

CU

PAC

ION

AL

E G

ESTÃ

O D

E RIS

CO

GER

AL

Formação dos Trabalhadores

Os trabalhadores devem receber uma formação adequada e sufici-ente no domínio da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, tendo em conta as respectivas funções e o posto de trabalho (art. 5º, Lei 102/2009 de 10 de Setembro regu-lamenta o regime jurídico da pro-moção da prevenção da segurança e da saúde no trabalho; e artigo 282º do Código do Trabalho).

Nestes temos, existem 3 níveis de formação em SHST/GR: 1) Formação Obrigatória; 2) Formação Facultativa; 3) Informação.

1.1. Formação ObrigatóriaTodos os trabalhadores do IPOPFG, EPE recebem formação obrigatória no domínio da prevenção contra in-cêndios, planeamento de emergên-cia, suporte básico de vida, gestão de risco e movimentação manual de cargas, controlo de infecção e gestão de resíduos.Será dada formação específica, nos postos de trabalho em que se justifi-que, em manipulação de substâncias perigosas, trabalho com equipamen-

tos dotados de visor, entre outros.Todas estas acções são objecto de um plano anual de formação a in-tegrar no âmbito da actividade for-mativa do Centro de Formação do IPOPFG, EPE.

1.2. Formação FacultativaSerão ainda propostas acções de for-mação com carácter facultativo, mas que o SSOGRG julga de importante frequência pelos trabalhadores do IPOPFG, EPE e que são propostas na sequência das avaliações de riscos efectuadas e da avaliação das ne-cessidades de formação específicas em SHST.

1.3. InformaçãoSão divulgados textos informativos relacionados com a segurança e saú- de no trabalho.Inscreva-se para recepção da News-letter e consulte o Cantinho do Risco do seu serviço.

INFORME-SE NO CENTRO DE FORMAÇÃO

E PARTICIPE NA FORMAÇÃO!

Page 22: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 23: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

GESTÃO DE RISCO

Page 24: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

24G

ESTÃ

O D

E RIS

CO

A gestão de risco subdivide-se em duas áreas, a Gestão de Risco Geral e a Gestão de Risco Clínico. O Gestor de Risco Geral é o Director do SSOGRG, e as suas funções são desenvolvidas através do mesmo Serviço.O Gestor de Risco Clínico é um clíni-co do quadro de pessoal do IPOPFG, EPE.Em cada serviço, há um Gestor de Risco Local responsável pela imple-mentação local do programa de pre-venção de riscos.

NOTIFICAÇÃO DE RISCOO que é a Notificação de Risco?A notificação de risco é o processo confidencial pelo qual os trabalha-dores podem comunicar situações de risco.

Como notificar?No portal do IPO Porto (menu supe-rior) opção Ficha de Notificação de Risco (Geral, Clínico e de Quedas de doentes) preencher e enviar “on- -line” com a possibilidade ao Notifi-cante de seguir os desenvolvimen-tos e a situação da sua notificação em tempo real.

Manual de procedimentos em matéria de Gestão de Risco e Saúde Ocupacional.

Informe-se relativamente ao Gestor de Risco Local no seu Serviço, pois ele é o interlocu-tor com a Saúde Ocupacional e Gestão de Risco.

Gestão de Risco

Page 25: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

25

GES

O D

E RIS

CO

} Uma situação de Risco

Quando notificar?Sempre que: - Presencie; - Tenha conhecimento; - Ocorra; - Verifique;

Page 26: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 27: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

PRIMEIROS SOCORROS

Page 28: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 29: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

29

PRIM

EIRO

S S

OC

ORRO

S

Primeiros Socorros

O que são os primeiros socorros?Entende-se por primeiros socorros o conjunto de actuações e técnicas que permitem dar atenção imediata a um acidentado, até que chegue a assistência médica profissional, de modo a que as lesões sofridas não piorem.

ACTIVAÇÃO DO SISTEMA DE EMER-GÊNCIA - Proteger - Avaliar e Avisar - Socorrer

PROTEGERAfastar o perigo da vítima ou afastar a vítima do perigo.

AVALIAR e AVISAR1.º Verificar se responde a estímulos; 2.º Verificar se respira;3.º Verificar se tem sinais de circu- lação. Pedir ajuda, o mais rápido possível.

SOCORRERUma vez executadas as acções ante-riores, concentre as suas atenções no acidentado.Iniciar medidas de Suporte Básico de Vida.

Se respira e /ou tem sinais de circulação avisar:

2000

Se não respira e/ou não tem sinais de circulação avisar:

1300

Page 30: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 31: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

SEGURANÇA HOSPITALAR

Page 32: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

32SEG

URA

A H

OSPI

TA

LAR

�������������������������

��������������������

�����������������������������������

��������������������

������������������

����������������������������

����������������������������

���������������������

������������������������������

���������������������

����������������������������������

��������������������������

��������������������������������������

������������������������������

����������������

��������������������

����

���������

Seguranca Hospitalar

Os estabelecimentos hospitalares têm que estar preparados para res- ponder a dois tipos de emergên-cias: - Externa (que ocorre fora do hospi- tal, sem o afectar)- Interna (que o atinge directamen- te).

Conheça os Planos de Emergência no seu serviço, saiba onde estão e quais as suas responsabilidades. No Manual de GR/SO os Planos estão resumidos e também podem ser consultados no seu Serviço. Fale com o Gestor de Risco Local.

Page 33: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

33

SEG

URA

A H

OSPI

TA

LAR

Um incêndio é um fogo não contro-lado, que produz efeitos indeseja-dos como lesões individuais e danos materiais.Podemos prevenir a ocorrência de um incêndio se controlarmos as ma-térias-primas em processo assim como os factores de ignição e se efectuarmos manutenção preven-tiva das instalações.

Prevenção do Incêndio: Normas gerais

Armazenar os produtos inflamá- veis e combustíveis em locais isolados e afastados das zonas de trabalho.

Utilizar recipientes fechados, hermeticamente, tanto para o armazenamento como para o

transporte e depósito de re-síduos.

Não fumar nos locais de traba-lho.

Afastar das zonas de risco de in-cêndio as fontes de calor como fornos, caldeiras, estufas, etc.

Evitar que a instalação eléctrica seja origem de focos de calor. No fim do turno de trabalho deverá certificar-se que todos os aparelhos eléctricos estão desligados da rede.

Não misturar substâncias quí-micas cuja reacção desconheça, porque pode gerar-se calor su-ficiente para fazer deflagrar o incêndio.

Emergência e Evacuação Instru-ções de Segurança em Caso de Incêndio/Sinistro Grave

1. Manter a calma.

2. Dar o alarme (de preferência, em simultâneo, através de uma 2ª pessoa) verbalmente e através do número de emergência interno.

INCENDIO

Page 34: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 35: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

35

SEG

URA

A H

OSPI

TA

LAR

3. Providenciar a evacuação da área atingida, seguindo a prioridade de evacuação definida no Plano.

4. Atacar o fogo com o extintor mais próximo desde que adequado a essa classe de fogo.

Emergência ExternaConsideram-se situações de emer-gência externas os acidentes graves ou catástrofes, ocorridas fora das instalações do IPOPFG, EPE e sem o afectarem directamente.Assim foi elaborado um plano para dar resposta a estas situações, defi-nindo níveis de emergência e criada a organização interna para estas situações. CONSULTE ESTE PLANO NO SEU SERVIÇO.

Conheça os extintores do seu serviço, onde estão localizadas as saídas de emergência, para onde se deve dirigir no caso de evacua-ção (ponto de reunião) e as plantas de emergência no seu serviço.

LEMbRE-SE!O n.º de emergência geral interno é o 2000. Consulte os planos de emer-gência no seu Serviço.

Page 36: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 37: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

AVALIAÇÃO DE RISCOS POR CATEGORIA PROFISSIONAL

Page 38: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

38A

VA

LIA

ÇÃ

O D

OS R

ISC

OS

POR C

ATEG

ORIA

PRO

FISSIO

NA

L

Avaliação de Riscos por Categoria Profissional

Uma avaliação de riscos tem como objectivo colocar o empregador em posição de tomar eficazmente as medidas necessárias para proteger a segurança e a saúde dos trabalha-dores.Os factores de risco de origem pro-fissional a que os trabalhadores de saúde se encontram expostos, pode- rão classificar-se em 6 categorias principais:

Factores de natureza física;

Factores de natureza mecânica;

Factores de natureza ergonómica;

Factores de natureza química;

Factores de natureza biológica;

Factores de natureza psicossocial.

Page 39: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

39

AV

ALI

ÃO

DO

S R

ISC

OS

POR C

ATEG

ORIA

PRO

FISSIO

NA

L

Médicos (Riscos característicos)

������������������ ��������������������������������������������������������������������������������

�������������������������������������������������������������������������������������

��������������� ������������������������������������������������������������������������������

���������������������������������������������������������������������������������������������������

�������������� �������������������������������������������

�����������������������������������������������������������������������������������������������

����������������������������

������������������� ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

������������� �������������������������������������������������������������������������������

�����������������������������������������������

������������ �������������������������������������������������

��������������������������������������������������������������������������

��������������������������������

����������������� ����������������� ������

�����������������������������������

Page 40: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

40A

VA

LIA

ÇÃ

O D

OS R

ISC

OS

POR C

ATEG

ORIA

PRO

FISSIO

NA

L

Enfermeiros (Riscos característicos)

������������������ ���������������������������������������������������������������������������������������

�������������������������������������������������������������������������������������������

��������������� ������������������������������������������������������������������������������

���������������������������������������������������������������������������������������������������

�������������� ������������������������������������������������

��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

����������������������������

���������������������������������������������������������������������������

�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������

�����������������������������������������������������������������������������������������

������������ ��������������������������������

�����������������������������������������������������������������������

������������������������������������

����� ����������������� ������

Page 41: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

41

AV

ALI

ÃO

DO

S R

ISC

OS

POR C

ATEG

ORIA

PRO

FISSIO

NA

L

Técnicos Superiores e TS Saúde(Riscos característicos)������������������������������������������������������

������������������ ������������������������������������������

����������������������������������������

��������������� �����������������������������������������������������������������

���������������������������������������������������������������������������������������������������������

�������������� �������������������������������������������

��������������������������������������������������������������������

����������������������������

��������������������������������������������������������������

������������������������������������������������������������������������������������������������������

������������� �����������������������������������������������������������������������

���������������������������������������������������������������������������

������������ ��������������������������������

���������������������������������������������������������������������������

����� ����������������� ������

Page 42: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

42A

VA

LIA

ÇÃ

O D

OS R

ISC

OS

POR C

ATEG

ORIA

PRO

FISSIO

NA

L

Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica (Riscos característicos)�������������������������������������������������������������

������������������ ���������������������������������������������������

������������������������������������

��������������� �����������������������������������������������������������������

��������������������������������������������������������������������������������������������������������������

�������������� ������������������������ �������������������������������������������������������

����������������������������

������������������������������������������������������������������

������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

������������ ��������������������������������

��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

������������� �����������������������������������������������������������������������������

����������������������

����� ����������������� ������

Page 43: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

43

AV

ALI

ÃO

DO

S R

ISC

OS

POR C

ATEG

ORIA

PRO

FISSIO

NA

L

Assistentes Técnicos(Riscos característicos)���������������������������������������������������

������������������ ��������������������������������������������������������������

������������������������������������

�������������� �������������������������������������������

�������������������������������������������������������������������

����������������������������

����������������������������������������������������������������������������������������������������������������

�����������������������������������������������

������������ ���������������������������������������������������

����������������������������������

����� ����������������� ������

Page 44: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

44A

VA

LIA

ÇÃ

O D

OS R

ISC

OS

POR C

ATEG

ORIA

PRO

FISSIO

NA

L

Assistentes Operacionais(Riscos característicos)�����������������������������������������������

������������������ ������������������������������������

�����������������������������������������������������������������������������

��������������� �����������������������������������������������������������������

�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

�������������� ��������������������������������������������

��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

����������������������������

����������������������������������������������������������������������������������������������

���������������������������������������������������������������������������

������������� �������������������������������������������������������������������������

�������������������������������������������������������������������������������������������

������������ ������������������� ����������������������

����� ����������������� ������

Page 45: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

45

AV

ALI

ÃO

DO

S R

ISC

OS

POR C

ATEG

ORIA

PRO

FISSIO

NA

L

Assistentes Operacionais(Operários - Riscos característicos)����������������������������������

�������������� ���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

����������������������������

�������������������������������������������������������������������������������������������������

����������������������������������������������������������������������������������������������������

��������������� �������������������������������������

�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

������������� ��������������������������������������

��������������������������������������������������������

������������ ���������������������������������������������������������������������������

�����������������������������������������������������������������������������������������������������

����� ����������������� ������

Page 46: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 47: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

MEDIDAS PREVENTIVAS/CORRECTIVAS

Page 48: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

48M

EDID

AS P

REV

ENTIV

AS

CO

RREC

TIV

AS

Medidas Preventivas Correctivas

Para os principiais factores de risco identificados inerentes às profissões desenvolvidas, é necessário a imple-mentação de boas práticas de traba-lho e de medidas de prevenção a adoptar para eliminar ou reduzir os riscos referidos. Destacam-se as seguintes:

Prevenção das perturbações músculo-esqueléticas - podem ser evitadas com intervenção ergonó-mica para modificar a organização do trabalho e a concepção dos locais de trabalho.Formação em movimentação ma-nual de cargas/doentes.Introdução de ajudas técnicas para a mobilização de doentes/cargas ou peça ajuda aos colegas.Utilizar a mecânica corporal ade-quada para evitar lesões músculo- -esqueléticas. Empurre em vez de puxar um deter-minado objecto.Formação em técnicas de transfe-rência de doentes.

Prevenção riscos mecânicos - usar calçado apropriado, manusear com muito cuidado instrumentos

que possam provocar cortes ou per-furações, utilizar os equipamentos apenas para o fim a que se desti-nam.

Prevenção de riscos biológicos.Medidas de higiene apropriadas. Descontaminação e medidas de emergência em caso de derrame.Formação sobre manuseamento seguro de espécimes infecciosos, resíduos cortantes, tecidos conta-minados e outros materiais.

Prevenção riscos quimicos - for-mação sobre manuseio, transpor-te e armazenamento de produtos quimicos. Uso de equipamento de protecção individual. Reduzir o tempo de exposição.Reduzir o número de pessoas ex-postas.Substituir os produtos nocivos por outros menos nocivos.

Page 49: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 50: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 51: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

EQUIPAMENTOS DOTADOS DE VISOR

Page 52: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

52EQ

UIP

AM

ENTO

SD

OTA

DO

S D

E V

ISO

R

Equipamentos Dotados de Visor

Por posto de trabalho com recurso a equipamento dotado de visor enten-de-se o conjunto constituído por um equipamento dotado de visor, even-tualmente munido de um teclado ou de um dispositivo de introdução de dados e ou de software que assegure a interface homem/máqui-na, por acessórios opcionais e por equipamento anexo, bem como pelas suas condições ambien-tais. (art. 3º, Decreto de Lei nº 349/93, de 01 de Outubro). Os equipamentos de trabalho dotados de visor não devem constituir fonte

de risco para a saúde e segurança dos trabalhadores, sendo que devem ser convenientemente adaptados e ajus- tados ao trabalho a efectuar.

Deve ter-se em consideração:- A posição dos trabalhadores duran- te a utilização dos equipamentos de trabalho.- Os princípios ergonómicos a asse- gurarem no seu correcto dimen- sionamento.

Page 53: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

53

EQU

IPA

MEN

TO

SD

OTA

DO

S D

E V

ISO

R

A área de trabalho deverá ser dis-posta mediante as seguintes reco-mendações:

As actividades pouco frequentes de-vem ser dispostas numa zona mais afastada. A concepção ergonómica de um posto de trabalho dotado de visor deve atender a vários requisi-tos entre os quais:

a) O VISOR deve:- Ter uma imagem estável.- Possibilitar ao utilizador uma fácil regulação da iluminância e do con- traste.- Ser de orientação e inclinação re- guláveis de modo livre e fácil.

b) O TECLADO deve:- Ser de inclinação regulável, disso- ciado do visor e deixar um espaço livre à sua frente de modo a per- mitir ao utilizador apoiar as mãos e os braços.

c) O SUPORTE DE DOCUMENTOS- Deve ser estável e regulável e evi- tar movimentos desconfortáveis da cabeça e olhos.

d) A MESA - A altura da mesa de trabalho deve ser dimensionada de acordo com o tipo de tarefas a executar.

trabalho exigindo elevadaprecisão visual

trabalho exigindo apoio para as mãos

trabalho exigindo liberdade de movimentos da mão

manipulação de materiais pesa-dos (só em trabalho de pé)

10-20 cm acima do níveldo cotovelo

nível do cotovelo

5-7 cm acima do níveldo cotovelo

nível do cotovelo

nível do cotovelo

nível do cotovelo

10-30 cm abaixo do níveldo cotovelo

ligeiramente abaixodo nível do cotovelo

Page 54: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

54EQ

UIP

AM

ENTO

SD

OTA

DO

S D

E V

ISO

R

Se considerarmos a postura de tra-balho sentado com recurso a equi-pamentos dotados de visor a mesa de trabalho deverá estar cerca de 5 a 7 cm acima do nível do cotovelo de forma a permitir um adequado apoio para mãos. As mesas de trabalho devem ter:

- Uma superfície de base, com di- mensões que permitam acomodar o monitor e documentos de supor-te às tarefas que realiza.- Deve ter um acabamento opaco de modo a minimizar os reflexos na mesa.- Não ter rebordos ou arestas sali- entes, que possam ferir o traba-lhador.- Quando se trata de uma super-fície de trabalho fixa deve ter 700 milímetros de altura.

e) A CADEIRAPara ser confortável uma cadeira de escritório numa perspectiva ergonómica deve obedecer a cri-térios que emergem das tarefas que o trabalhador tem que realizar e as suas características antropo- -métricas, biomecânicas e fisioló-gicas.

A altura do assento deve ser ajustável em altura. Nos casos em que as pessoas mais pequenas

não consigam ter os pés bem as-sentes no chão torna-se necessário o apoio de pés.

A almofada da superfície de assento deve ser firme, os rebordos da al-mofada devem ser arredondados e almofadados, a cobertura depende da actividade, no entanto deve ser impermeável, de preferência.

A superfície de apoio de costas deve dar suporte às curvaturas lombar e dorsal.O apoio de costas deve permitir a sua inclinação.

O apoio de antebraços deve ser amovível e com regulação de dis-tância entre os antebraços.

Page 55: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

55

EQU

IPA

MEN

TO

SD

OTA

DO

S D

E V

ISO

R

A base de apoio da cadeira deve ser robusta suportada por cinco per-nas para prevenir quedas.

Os comandos da cadeira devem ser de fácil acesso a partir da pos-tura sentada;

f) O APOIO DE PÉSUm apoio de pés deve:- Ser ajustável em altura e inclina- ção;- Deve ter uma superfície suficien- temente espaçosa para não difi- cultar os movimentos dos mem-

bros inferiores.- 45cm x 35 cm;- Ser revestido por um material anti-derrapante;- Não ter elementos agressivos que possam provocar incómodo ou lesões nos trabalhadores;

Apoio de pés

Page 56: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

56EQ

UIP

AM

ENTO

SD

OTA

DO

S D

E V

ISO

R

h) SOFTWARE deve:- Ser adaptado à tarefa a executar.- Ser de fácil utilização e atender aos conhecimentos do utilizador.

i) DISPOSIÇÃO DO POSTO DE TRA-bALHO

j) EXERCICIOSExistem alguns exercicios de relaxa-mento e alongamento adaptados à actividade exercida de cada um dos funcionários.

Informe-se junto do SSOGRG.

Page 57: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

57

EQU

IPA

MEN

TO

SD

OTA

DO

S D

E V

ISO

R

Page 58: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 59: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

Page 60: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

60SIN

LIZA

ÇÃ

O D

E SEG

URA

A

Sinalização de Segurança

A sinalização de segurança esti-mula e desenvolve a atenção do trabalhador para os riscos a que está exposto.Por sinalização de segurança enten-de-se a que está relacionada com um objecto, uma actividade ou uma determinada situação, fornecendo a indicação relativa à segurança ou à saúde do trabalhador, ou de ambas, por intermédio de uma placa, uma cor, um sinal luminoso ou acústico, uma comunicação verbal ou um si-nal gestual.

Na sinalização de segurança e de saúde no trabalho, temos três op-ções:- Sinais luminosos, acústicos e comunicação verbal;- Sinais gestuais e comunicação verbal;- Cor de segurança e placa, quando se trate de assinalar riscos de tro- peçamento ou quedas de altura.

Significado e aplicação das cores de segurança:

��� ������������������������� ����������������������

��������

������������������ ����������������������

����������������������������

����

�����

���������������

���������������������������������������������

�����������������������������������������������������������

���������������������������

��������������

������������������

��������������������������������

���������������������

��������������������������������

��������������������������������������������������������������������������

���������������������

����������������������������������������������������������

����������������������

Page 61: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 62: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 63: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

EXAMES DE SAÚDE E VACINAÇÃO

Page 64: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

64EX

AM

ES D

E SA

ÚD

E E

VA

CIN

ÃO

Exames de saúde e vacinação

Atendendo à legislação em vigor (Art. 44º da Lei 102/2009 de 10 de Setembro, regulamenta o regime jurídico da promoção e prevenção da segurança e da saúde no tra-balho, de acordo com o previsto no artigo 284.º do Código do Trabalho, no que respeita à prevenção). O SSOGRG, efectua exames médicos que permitem verificar a aptidão

física e psíquica de cada trabalhador para o exercício da sua profissão, assim como as implicações das condições dos locais de trabalho na sua saúde.

Tipo de exames:Exames de Admissão Realizados antes do início da prestação de trabalho, ou quando a urgência da

Page 65: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

65

EXA

MES

DE

SA

ÚD

E E

VA

CIN

ÃO

admissão o justificar, nos 15 dias seguintes à sua admissão.

Exames PeriódicosRealizados anualmente para os trabalhadores com mais de 50 anos e de dois em dois anos para os restantes trabalhadores. Os tra-balhadores considerados de grupos vulneráveis serão convocados de acordo com o protocolo de vigilân-cia médica definido pelo Médico do Trabalho.

Exames ocasionaisRealizados sempre que se verifi- quem alterações na oganização, meios ou ambientes de trabalho, bem como no caso de regresso ao trabalho depois de uma ausência superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente.

Queixas de Saúde relacionadas com o trabalhoSempre que existirem queixas de saúde relacionadas com o trabalho, o trabalhador deve comunicar ao SSOGRG para investigação do nexo causal e elaboração de Relatórios e Pareceres de Saúde sobre os proble-mas detectados (individuais ou de grupo), com relevância para a saúde dos trabalhadores e a sua relação

com a actividade profissional.

VacinaçãoOs trabalhadores devem conhecer o seu estado imunológico de modo a evitar determinadas doenças, e caso sejam susceptíveis, receber imunização protectora. Aconselhe-se no SSOGRG!

Rastreio Oftalmológico e Audi-ológicoOs rastreios têm como objectivo registar o controlo da função audi-tiva e visual dos trabalhadores.

Atendimento Individual de Psi-cologia Social e do Trabalho (PST)O Atendimento Individual em PST, funciona como um apoio e suporte personalizado aos trabalhadores, cujo ambiente psicossocial do tra-balho se encontre perturbado e que consequentemente afecte psicologi-camente os profissionais.

Page 66: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 67: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE DOENTES

Page 68: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

68M

OV

IMEN

TA

ÇÃ

O M

AN

UA

L D

E D

OEN

TES

Muitas actividades na assistência prestada aos pacientes exigem que os profissionais de saúde puxem, empurrem, levantem e carreguem pesos/cargas.As movimentações manuais de car-gas comportam inúmeros riscos, no- meadamente ao nível dorso-lom-bar.

1. Características da carga:- demasiado pesada ou demasiado grande;- muito volumosa e difícil de pegar; - está em equilíbrio instável ou o seu conteúdo corre o risco de deslizar;- situada a uma grande distância do corpo;- agarrada mediante uma flexão ou torção do tronco.

Especificidades associadas aos pacientes:- agitação do paciente;- falta de participação do paciente; - estimativa difícil do peso do paci- ente;- possibilidades de agarrar reduzi- das.

2. Esforço físico necessário:- é demasiado grande;- exige um movimento de torção ou de flexão do tronco;- desequilíbrio da carga- exige uma posição instável.

3. Características do ambiente de trabalho:- o espaço livre, especialmente o vertical, é insuficiente;- o piso é irregular e/ou escorrega- dio;- quando a temperatura, humidade e circulação de ar são inadequa- dos;- quando a iluminação é inadequa- da;- quando existe exposição a vibra- ções.

Movimentação manual de doentes

Factores de RiscoA movimentação manual de uma carga pode apresentar risco, em particular dorso-lombar, nos seguin-tes casos:

Page 69: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

69

MO

VIM

ENTA

ÇÃ

O M

AN

UA

L D

E D

OEN

TES

4. Exigências da actividade:- esforços físicos demasiado frequen- tes ou prolongados que interfiram em particular com a coluna verte- bral;- período insuficiente de repouso fi- siológico ou de recuperação;- distâncias demasiado grandes de elevação, declive ou transporte;- ritmo imposto por um processo que o trabalhador não pode con- trolar.

5. Factores individuais de risco:- falta de capacidade física para re- alizar as tarefas em questão;- equipamento de trabalho (roupas, calçado e outros) inadequado;- falta ou insuficiente formação do trabalhador;- a existência prévia de problema/ patologia dorso-lombar.

1. Eliminação dos RiscosEvitar as movimentações manuais através da mecanização ou auto-matização total da tarefa de movi-mentação.

Medidas de PrevençãoConhecendo os riscos é necessário tomar medidas. Eliminando-os se possível ou reduzindo-os. A priori-dade das acções, de acordo com a legislação em vigor, é sempre dada às acções que permitem eliminar os riscos.

Page 70: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

70M

OV

IMEN

TA

ÇÃ

O M

AN

UA

L D

E D

OEN

TES

Gruas/elevadores de doentesSubstituem as transferências manu-ais de doentes por transferências mecânicas.

2. Redução do Riscoa) Medidas Técnicas (ajudas técnicas).

As ajudas técnicas tais como camas reguláveis em altura, pranchas de transferência, carrinhos, diminuem os riscos nas operações de movi-mentação e em muitos casos tam-bém os permitem eliminar.

2.1. Adaptar em altura

- Camas e banheiras reguláveis em altura.- Sistema maca-banheira.- Carrinho adaptado à escrita.

2.2. Facilitar as movimentações dos pacientesAjudam a facilitar a deslocação e, portanto, diminuir os constrangimen-tos ao nível da coluna vertebral.

Page 71: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

71

MO

VIM

ENTA

ÇÃ

O M

AN

UA

L D

E D

OEN

TES

Exemplos:

Estruturas de transferência

Tábua/Prancha de Transferên-cia de madeira, em plástico flexível, curvada constituída por fibra, de rolos, etc.

Lençol de material de algodão Utilizado para transferências laterais.

Trapézio

Localizado na cabeceira da cama

Apoio para o doente colaboran-te, diminuindo os esforços dos profissionais

Page 72: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

72M

OV

IMEN

TA

ÇÃ

O M

AN

UA

L D

E D

OEN

TES

Auxiliares de banho

Apoios de banheira

Banco de duche rebatível

Cadeira de duche e sanitaMaca-banheira

2.3. Facilitar a AcessibilidadeO acesso à cadeira de braços é mui-tas vezes obstruído pela presença de apoios de braços que obrigam o pessoal auxiliar a efectuar movi-mentações manuais inadaptadas. Uma cadeira de braços equipada com apoios que podem baixar faci-lita nomeadamente a utilização da prancha de transferência.

Cinto de Transferência

Colocado no doente

Serve como pega para o profis-sional

Cadeira de bracos regulaveis

2.4. Posicionamento do doente Manter a posição do doente

Page 73: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

73

MO

VIM

ENTA

ÇÃ

O M

AN

UA

L D

E D

OEN

TES

2.5. Melhorar o armazenamento de cargasMelhore o armazenamento das cargas. Uma distribuição equilibra-da das cargas nas zonas de arma-zenagem evita excessos de carga da coluna e facilita o acesso às áreas de arrumação.

3. Medidas organizacionaisNa perspectiva da ergonomia a pla-

nificação do trabalho compreende a adaptação do mobiliário, do mate-rial e da organização do trabalho.É importante também não negli-genciar o corpo e aprender os ges- tos e posições que respeitam a co-luna vertebral e facilitam o trabalho. Utilizar a mecânica corporal ade-quada, pode evitar lesões músculo-esqueléticas e fadiga.

Page 74: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

74M

OV

IMEN

TA

ÇÃ

O M

AN

UA

L D

E D

OEN

TES

PRINCÍPIOS bÁSICOS:

1. Mantenha o centro de gravidade baixo, flexionando os quadris e os joelhos, em vez de curvar-se ao nível da cintura.

2. Use uma base de sustentação ampla, afastando os pés.

3. Mantenha o alinhamento apropri-ado do corpo e conserve o seu cen-tro de gravidade directamente sobre a base de apoio, movimentando os pés, em vez de girar e inclinar-se na cintura.

SEMPRE QUE POSSÍVEL:

EMPURRE em vez de puxar um ob-jecto.

MOVIMENTAÇÃO SEGURA DE PACI-ENTESOs acidentes que ocorrem durante a transferência de pacientes estão en-tre os incidentes mais comuns que envolvem profissionais de saúde. Informe-se das técnicas de transfe-rência usadas no seu serviço assim como dos equipamentos disponíveis para efectuar essa transferência.

Use sapatos baixos, solas flexíveis e antiderrapante.

Conheça as suas limitações e tenha bom senso. Quando for levantar ou movimentar objectos pesados, utilize sem-pre dispositivos mecânicos para o ajudar (se estiverem disponíveis), ou solicite a ajuda dos colegas.

Page 75: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

75

MO

VIM

ENTA

ÇÃ

O M

AN

UA

L D

E D

OEN

TES

A Mobilização de doentes pode-se dividir em 2 objectivos principais, que requerem a mobilização ma-nual:

1. Transferências - mobilizar o pa-ciente de uma superfície para outra.

2. Reposição - mobilizar o paciente na mesma superfície.

TÉCNICAS DE MObILIZAÇÃOTécnica para alterar um decúbito la-teral para o lateral contrário.

Os pés devem estar afastados e a efectuarem um ângulo entre si, de 60 a 90º.

As pernas devem estar ligeira-mente flectidas pelos joelhos e os músculos abdominais con-traídos.

Estar o mais próximo possível da carga a movimentar.

Alargar a base de apoio e diminuir a pressão sobre a coluna.Sentar na beira da cama com as per-nas pendentes.

Técnica da ponte

Após começar a mover o objecto, mante-

nha-o em movimento. Isso consome me-

nos energia do que parar e recomeçar. Evite

quedas dos doentes. Caso o doente co-

mece a cair durante a transferência, mova-

-o cuidadosamente na direcção à superfície

mais próxima, cama, piso ou cadeira. Não

se esforce para concluir a transferência,

isso poderá acarretar perda de equilíbrio,

quedas, distensões musculares e outras

lesões no doente ou em você mesmo.

LEMbRE-SE

Page 76: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

76M

OV

IMEN

TA

ÇÃ

O M

AN

UA

L D

E D

OEN

TES

A maioria das técnicas utilizadas, hoje em dia, são consideradas in-seguras, devido ao risco músculo-esquelético que comportam para o profissional.

Com o desenvolvimento tecnoló-gico actual existem formas seguras de efectuar essas mobilizações com equipamentos adequados.

Exemplos de Técnicas Inseguras

Page 77: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

77

MO

VIM

ENTA

ÇÃ

O M

AN

UA

L D

E D

OEN

TES

Page 78: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

78M

OV

IMEN

TA

ÇÃ

O M

AN

UA

L D

E D

OEN

TES

Movimentação Manual de Car-gas

A boa técnica para levantar car-gas deve ser:

aproximar-se da carga;

procurar o equilíbrio;

endireitar a coluna vertebral;

utilizar a força das pernas;

agarrar firmemente;

não fazer movimentos bruscos.

Transportar correctamente quer dizer:

evitar o trabalho fatigante dos músculos: o centro de gravi-dade da carga deve encontrar-se, na medida do possível, ver-ticalmente acima dos pés;

transportar os sacos e as caixas ao ombro; o corpo deve ficar direito;

carregar o corpo simetricamen-te; transportar a carga de bra-ços estendidos;

evitar torções perigosas da co-luna vertebral ao levantar-se ou ao baixar-se;

aquando do transporte e levan-tamento de cargas, proteger os pés com calçado de protecção e as mãos com luvas apropria-das.

Transporte com a ajuda de carros de braços

na medida do possível, deslo-car o carro de braços empur-rando-o;

ao movimentar o carro, é neces--sário prestar atenção para que os calcanhares ou outras partes do corpo não sejam feridos pe-las rodas ou pela plataforma de carga.

Page 79: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

79

MO

VIM

ENTA

ÇÃ

O M

AN

UA

L D

E D

OEN

TES

proteger os punhos e pulsos com luvas especiais ou colocá-los de forma que as mãos não ultrapassem os bordos do car-ro;

aquando da paragem do traba-lho colocar o cabeçalho do car-ro em posição vertical e fixá-lo para que não caia.

Armazenagem e empilhamentoAquando da armazenagem e do empilhamento, garantir que:

os percursos não tenham obs-táculos;

as portas e saídas não estejam barradas;

as vias de emergência estejam desimpedidas;

os extintores estejam sempre acessíveis.

Dispor os stocks e as pilhas de forma a que:

a carga seja mantida com toda a segurança;

e que não exista perigo devi-do a objectos que caiam ou rolem.

As substâncias perigosas e as garrafas de gás, por exem-plo, devem ser depositadas em armários especiais ou locais protegidos contra o sol e a chu-va, bem arejadas e sinalizadas com toda a conformidade.

Os materiais compridos tais como varas, mastros, tubos, etc., devem ser empilhados de forma a que não rolem.

Entre as pilhas ou os depósitos e as vias de circulação para car-ros manuais e outros aparelhos de transporte, é necessário pre-ver um espaço de segurança de, pelo menos, 0,5 m.

Eliminar imediatamente os meios de transporte defeituosos, como por exemplo as paletes.

ATENÇÃO!

Page 80: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 81: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

CONTROLO DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Page 82: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

82C

ON

TRO

LO D

E IN

FEC

ÇÃ

O H

OSPI

TA

LAR

As questões relacionadas com a In-fecção Associada aos Cuidados de Saúde, têm levado várias entidades internacionais, nomeadamente o Conselho da Europa e a Organização Mundial de Saúde, a intervirem so-bre este assunto.A Direcção Geral de Saúde, cons-ciente do esforço concertado que é necessário desenvolver em Portugal para minimizar e controlar o risco da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde, determinou a constituição/ operacionalização das Comissões de Controlo de Infecção em todas as unidades de saúde públicas e priva-das, através da Circular Normativa nº 18 de 15/10/07, na qual lhes atribui as seguintes funções:

Vigilância epidemiológica (de processo, estrutura e resultado)

Elaboração e monitorização do cumprimento de normas e reco- mendações de boas práticas

Formação e informação a profis--sionais de saúde, utentes e visitantes

Consultadoria e apoio (Consul-tar Norma 1 e 2 do Manual de Controlo de Infecção Hospita-lar)

Page 83: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

83

CO

NTRO

LO D

E IN

FEC

ÇÃ

O H

OSPI

TA

LAR

Page 84: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 85: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

PRECAUÇÕES UNIVERSAIS

Page 86: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

86PR

ECA

ÕES

UN

IVER

SA

IS

As precauções universais surgiram na década de 80 nos EUA e estiveram associados ao fenómeno da SIDA. No entanto, rapidamente se perce-beu que não diziam apenas respeito a este tipo de doentes mas, a todos os que tivessem uma doença poten-cialmente transmissível. Nasceram assim, da consciência de que é im-possível termos a certeza de quem, a qualquer momento pode estar ou não infectado, pelo que, devemos considerar TODO o indivíduo como potencialmente contaminado.Mas, o que são as precauções uni-versais?São medidas simples a adoptar pe-los profissionais de saúde no manu-seamento de sangue e fluidos cor-porais. Devem ser aplicadas por TODOS, nomeadamente pessoas que lidem habitualmente com sangue e outros fluidos corporais.

As precauções universais podem ser resumidas em 5 categorias:1. Precauções de barreira2. Protecção contra penetração (in-oculação)3. Boa higiene pessoal4. Controlo da higiene ambiental5. Higienização das mãos

1. Precauções de barreira:As precauções barreira são aquelas que impedem o contacto directo entre o prestador de cuidados e o agente. Podem ser luvas, máscara, óculos ou viseira, avental ou bata.

Luvas - devem ser utilizadas sem-pre que se manuseiam:- Fluidos corporais- Mucosas ou pele não intacta- Superfícies ou equipamentos con-taminados.Devem ser calçadas imediatamente antes do procedimento e retiradas imediatamente após o procedimen-to e trocadas depois do contacto com cada indivíduo. Após retirar as luvas, as mãos devem ser lavadas, antes de tocarmos em superfícies ou objectos, como esferográficas,

Precauções Universais

Page 87: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

87

PREC

AU

ÇÕ

ES U

NIV

ERSA

IS

computador, processos, telefone...

Máscara, óculos de protecção -Devem ser colocados sempre que haja necessidade de proteger as membranas mucosas dos olhos, na-riz e boca durante procedimentos e actividades inerentes à prestação de cuidados onde possam ocorrer salpi-cos ou aeróssois de sangue, fluidos orgânicos, secreções e excreções sobre a face.

bata/avental – utilizados para proteger a pele e prevenir a conta-minação da roupa durante procedi-mentos e actividades inerentes à prestação de cuidados onde possa ocorrer salpicos ou aerossóis de san-gue, fluidos orgânicos, secreções e excreções sobre o corpo.

2. Protecção contra penetração (inoculação):Não recapsular as agulhas, dobrar, partir ou manipular indevidamente agulhas usadas com as mãos. Todo o material corto-perfurante deve ser imediatamente rejeitado após a sua utilização em recipientes próprios.O pessoal de saúde com lesões ex-sudativas deve abster-se do conta-cto directo com doentes. Se não for possível, todas as lesões da pele de-

vem ser protegidas com um penso impermeável.

3. boa higiene pessoal:Todos aqueles que trabalham em serviços onde é utilizado fardamen-to e calçado próprio, não o devem transportar para fora da unidade. Sempre que isso aconteça por al-guma situação de urgência, a farda deve sempre ser trocada quando regressa ao serviço.Em ambiente hospitalar, o farda-mento deve apresentar-se sempre limpo e asseado independente-mente da função desempenhada.

4. Controlo da Higiene ambien-tal. Material e Equipamento:

Manuseamento:Todo o equipamento contami-nado deve ser manuseado de modo a prevenir a exposição da pele e membranas mucosas, contaminação da roupa e trans-ferência de microrganismos.

Reprocessamento:O material de uso múltiplo deve ser limpo (lavado) e reproces-sado (desinfecção ou esteri-lização) antes de ser utilizado no doente seguinte, de forma

Page 88: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

88PR

ECA

ÕES

UN

IVER

SA

IS

a evitar a transmissão cruzada de infecção.

Ambiente: É da responsabilidade dos Serviços Hoteleiros, da CCI e dos Chefes e Responsáveis de serviço, o desenvolvimento de procedimentos de rotina (diária e periódica) de limpeza e desin-fecção da unidade do doente e do ambiente, de forma a man-ter o ambiente seguro dentro do hospital.

Roupa:A roupa suja/usada deve ser manuseada de modo a prevenir contaminação e transferência

de microrganismos para outros doentes e para o ambiente.As roupas contaminadas devem ser imediatamente retiradas e colocadas em sacos estanques.

Colocação dos doentes:Os doentes que contaminam o ambiente ou aqueles em que não se consegue manter uma higiene apropriada devem ser colocados em quartos indivi-duais.

Resíduos:Devem ser bem acondicionados para não constituírem risco.

Page 89: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

89

PREC

AU

ÇÕ

ES U

NIV

ERSA

IS

5. Higienização das mãos

Após contacto com sangue, flu-idos orgânicos, secreções, ex-creções, material contaminado.

Imediatamente após remover as luvas.

Entre doentes.

É a Precaução Universal mais importante no Controlo de Infecção

Consultar Norma 12 do Manual de Controlo de Infecção Hospi-talar.

Page 90: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 91: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

ISOLAMENTOS

Page 92: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

92PR

ECA

ÕES

UN

IVER

SA

IS

A infecção é uma causa importan-te de morbilidade e mortalidade nos doentes neutropénicos, em es-pecial no doente oncológico, sendo necessário tomar medidas de pre-venção de infecção no doente.Os tratamentos de quimioterapia convencional, provocam depressão medular intensa e por vezes, pro-longada, o que contribui para que o doente fique mais susceptível a infecções.

Por este motivo, torna-se necessá-rio a instituição de normas de pre-venção das mesmas.A infecção durante estes tratamen-tos pode advir da própria flora endó-gena do doente ou da aquisição de novos microrganismos a partir do meio ambiente. A prevenção de complicações infecciosas resulta da combinação de vários procedimen-tos, nomeadamente da utilização de técnicas de isolamento protector.

Isolamentos de protecção e de contenção

Page 93: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

93

PREC

AU

ÇÕ

ES U

NIV

ERSA

IS

Em isolamento protector, o doente deverá ficar num quarto individual/ quarto com pressão positiva e filtros HEPPA (diminuição de risco de trans-missão por via aérea).

Os objectivos para este isolamento protector são:

Manter o ambiente protector para o doente, protegendo-o do ambiente hospitalar, da equipa de saúde, das visitas e dele próprio.

Prevenir o aparecimento de in-fecções oportunistas.O tipo de abordagem que se aplica ao doente em isolamen-to protector pode ser:

Abordagem directa - quando se entra em contacto com o doente para prestar cuidados. É obrigatório o uso de touca, máscara cirúrgica, bata não es-terilizada, desinfecção higiénica das mãos e luvas conforme procedimento.

Abordagem indirecta - en-globa os procedimentos que obrigam a entrada do profis-sional no quarto do doente

que não necessita de contacto directo com o próprio doente. É obrigatório o uso de touca, máscara cirúrgica, bata e de-sinfecção higiénica das mãos.

Para entrar num quarto de isola-mento protector é necessário:

Perguntar sempre ao profissio-nal de saúde, responsável por aquele quarto de internamento se pode entrar e se necessita de algum cuidado especial.

Colocar uma touca, máscara e vestir uma bata.

Lavar/desinfectar bem as mãos antes de entrar no quarto. O doente está debilitado. Temos que o proteger.

Não sentar na cama do doente.

Page 94: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

94PR

ECA

ÕES

UN

IVER

SA

IS

Não são permitidas flores den-tro dos quartos de isolamento ou enfermarias de doentes imunodeprimidos pois são um grande veículo de microrgan-ismos.

Não são permitidas mais do que duas visitas por dia, nem mais do que uma pessoa junto do doente de cada vez.

Cada quarto deve ter o mínimo mobiliário possível e necessário ao conforto do doente.

Os objectos pessoais devem estar em bom estado de con-servação para não haver acu-mulação de poeiras, fazendo-se a desinfecção da superfície com álcool a 70º, diariamente e sempre que necessário.

A roupa do doente que vem do domicílio deve ser lavada em temperaturas superiores a 60º. No caso de impossibilidade, devido à sua tipologia, é lavada

a 40º, passada a ferro e trans-portada em saco limpo.Apesar da limpeza da unidade incluir o chão, este é sempre considerado contaminado, qual- quer que seja o tipo de isola-mento. Qualquer objecto que entre em contacto com o chão deve ser rejeitado ou sujeito a desinfecção de superficie, após lavagem, ou mesmo esteri-lizado, antes de voltar a entrar novamente no quarto.

Não devem ser mantidos dentro do quarto recipientes para resíduos. Apenas devem ser colocados sacos pretos ou transparentes na unidade do doente, que devem ser reti-rados de turno para turno ou sempre que necessário.O quarto de isolamento deverá ser assinalado com um poster, disponível no Manual de Con-trolo de Infecção, de cor azul.Consultar norma 13,14,15, 19 e 19A do Manual de Controlo de Infecção Hospitalar.

Page 95: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

95

PREC

AU

ÇÕ

ES U

NIV

ERSA

IS

Page 96: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

96PR

ECA

ÕES

UN

IVER

SA

IS

Ocorre quando o doente está coloni-zado/infectado e queremos conter a infecção nesse doente, evitando a infecção cruzada.As vias de transmissão podem ser:

- Contacto;- Gotícula;- Disseminação aérea.

É da responsabilidade do profissio-nal de saúde evitar a propagação da infecção, sendo indispensável respei- tar as normas preconizadas para doentes infectados.

Precauções baseadas na Trans-missão

1. Precauções por disseminação aérea (partículas)Aplicam-se a doentes com infe-cções suspeitas ou confirmadas por microrganismos transmitidos por nú- cleos de partículas com 5 µm ou menos e que são transportadas pelo ar. Estas partículas podem manter-se em suspensão no ar durante bas-tante tempo e serem transportadas a longas distâncias. São exemplos a tuberculose, o sarampo e a varicela.

Precauções padrãoO doente deve ser isolado em quar- to individual com casa-de-banho, com pressão negativa, filtros HEP-PA, drenagem de ar para o exte-rior do edifício e capacidade para 12 renovações de ar/hora. A porta e janelas devem estar fechadas, deve haver restrição nas visitas e o doente só pode sair do quarto para procedimentos considerados im-prescindíveis.O acesso ao doente deve fazer-se com respirador de partículas/más-cara de alta eficiência. Este tipo de máscara deve estar devidamente identificada como respirador.

O quarto de isolamento deverá ser assinalado com um poster, dispo-nível no Manual de Controlo de In-fecção, de cor verde.A utilização adequada de máscaras pode ser consultada na Norma 16 do MCIH.

Isolamentos de protecção e de contenção

Page 97: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

97

PREC

AU

ÇÕ

ES U

NIV

ERSA

IS

Page 98: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 99: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 100: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

100PR

ECA

ÕES

UN

IVER

SA

IS

2. Precauções por gotícula

Aplicam-se aos doentes com in- fecção confirmada ou suspei-ta transmitida por gotículas (par- tículas com mais de 5 µm e que podem ser geradas pelo doente durante a tosse, espirro ou fala ou ainda por determinados pro- cedimentos como aspiração de secreções ou broncoscopia).Devido ao seu peso, estas gotí- culas só podem percorrer dis-tâncias pequenas, habitualmen- te, não superiores a 1m, po-dendo no entanto atingir 2,5m em ambientes com correntes de ar.

O doente deve permanecer em quarto individual sem cuidados especiais com o ar ou ventila-ção. Quando tal não for possível pode ser colocado num quarto com outro doente que tenha uma infecção activa pelo mes-mo microrganismo, mas sem outra infecção. Em situação limite o doente poderá manter-se a uma distância mínima de 1 metro de outros doentes ou visitantes (necessidade de rea-lização de exames).

O uso de máscara é necessário para quem permanece a me-nos de 1 metro do doente.

Sempre que o doente sair do quarto deverá usar máscara cirúrgica.O quarto de isolamento deverá ser assinalado com um poster, disponível no Manual de Con-trolo de Infecção, de cor ama-rela.

Page 101: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

101

PREC

AU

ÇÕ

ES U

NIV

ERSA

IS

Page 102: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

102PR

ECA

ÕES

UN

IVER

SA

IS

3. Precauções por contacto

Aplica-se a todos os doentes com infecção suspeita ou confir-mada ou ainda colonizados por microrganismos epidemiologi-camente importantes, que po-dem ser transmitidos por con- tacto directo com o doente ou indirecto através do con-tacto com utensílios, objectos ou dispositivos utilizados pelo doente. Deve haver precauções de contacto em situações de infecção ou colonização gastro-intestinais, respiratória ou cutâ- nea por bactérias consideradas multi-resistentes.

Precauções Padrão

Quarto individual. Se não for possível o doente pode ser co-locado em quarto com doente que tenha infecção activa pelo mesmo microorganismo. Caso não seja possível deverá ter-se em conta a epidemiologia do microrganismo e a população de doentes. Consultar a CCIH.

Individualização de material clí-nico e não clínico.

Higienização ou desinfecção.

Higiénica das mãos e utilização de luvas.

Os resíduos produzidos em quar- tos de isolamento, devem ser colocados em contentores do Grupo III.

Quarto de isolamento deverá ser assinalado com um poster, disponível no Manual de Con-trolo de Infecção, de cor ver-melha.

Page 103: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

103

PREC

AU

ÇÕ

ES U

NIV

ERSA

IS

Page 104: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

104PR

ECA

ÕES

UN

IVER

SA

IS

No Manual de Controlo de Infecção, pode também ser consultado um quadro com as indicações para apli-cação de posteres no isolamento de

contenção.Consultar Norma 12, 12A, 12B e 17 do Manual de Controlo de Infecção Hospitalar.

INDICAÇÕES PARA APLICAÇÃO DE POSTERS DE ISOLAMENTO DE CONTENÇÃO

ISOLAMENTO DE CONTENÇÃO - TRANSMISSÃO POR CONTACTO: Cor Vermelha

- MRSA

- Acinetobacter

- Pseudomonas aeruginosa MR

- VRE (Enterococcus Resistente à Vancomicina)

ISOLAMENTO DE CONTENÇÃO – TRANSMISSÃO POR GOTÍCULA : Cor Amarela

- Adenovírus + precauções contacto

- Borderella pentussis

- Haemophilus influenza

- Mycoplasma pneumoniae

- Neisseria meningitides

- Parvovírus B19

- Rubéola

- Streptococcus A

ISOLAMENTO DE CONTENÇÃO – TRANSMISSÃO AÉREA : Cor Verde

- Tuberculose pulmonar ou laríngea (suspeita ou diagnosticada)

- Varicela + precauções contacto

- Zooster disseminado + precauções contacto

- Sarampo

Page 105: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

105

PREC

AU

ÇÕ

ES U

NIV

ERSA

IS

Page 106: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 107: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Page 108: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

108H

IGIE

NIZ

ÃO

DA

S M

ÃO

S

A lavagem das mãos é o procedi-mento mais simples, e, talvez o mais eficaz, que um profissional de saúde pode realizar para reduzir a disseminação das infecções noso-comiais. No entanto, quando ques-tionados, a maioria dos profissionais refere que não lava as mãos com a frequência que deveriam.

Algumas das razões apontadas são as cargas de trabalho pesadas, lava-tórios mal localizados, irritação da pele causada por exposição fre-quente aos produtos de lavagem, as mãos não parecem sujas e a lavagem das mãos demora muito tempo.

Higienizaçao das Mãos

Zonas das mãos frequentemente mal lavadas

Page 109: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

109

HIG

IEN

IZA

ÇÃ

O D

AS M

ÃO

S

As vantagens de uma correcta higie-nização das mãos estão associadas essencialmente ao controlo da in-fecção cruzada, uma vez que reduz significativamente a quantidade de microrganismos patogénicos aloja-dos nas mãos, reduz a quantidade de infecções nosocomias, impede que as mãos sejam uma fonte de transmissão de infecção e reduz os gastos por internamento relaciona-dos com as infecções hospitalares.Mãos impecáveis e sem adereços reduzem o risco de contaminação. A lavagem e a desinfecção higié-nica das mãos são os métodos mais utilizados no quotidiano hospitalar e têm como principal objectivo di-minuir a possibilidade de transmis- -são de microrganismos. Para que as mãos fiquem bem higieniza-das, deve prestar especial atenção às zonas que frequentemente são mal lavadas, como os polegares, as pontas dos dedos e os espaços in-terdigitais.A desinfecção higiénica das mãos deve ser efectuada antes de proce-

dimentos assépticos, entre o contac-to com doentes, antes do contacto com doentes em risco de infecção (imuno-deprimidos), após o contac-to com doentes em isolamento de contenção (infectados ou coloniza-dos), após o contacto com objectos e materiais contaminados e no final do trabalho diário, antes de abando-nar o serviço.

Page 110: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

110H

IGIE

NIZ

ÃO

DA

S M

ÃO

S

Consultar Norma 4 e 4A do MCIH

Lavagem higiénica das mãos

Page 111: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

Desinfecção higiénica das mãos

Page 112: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011
Page 113: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

TRIAGEM E ACONDICIONAMENTODE RESÍDUOS HOSPITALARES

Page 114: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

114TRIA

GEM

E A

CO

ND

ICIO

NA

MEN

TO

DE

RES

ÍDU

OS H

OSPI

TA

LARES

Dada a natureza, diversidade, peri-gosidade, grau de risco e conse-quentes procedimentos de manipu-lação e tratamento diferenciado, a triagem correcta dos resíduos, no local de produção, por quem os pro-duz, sendo uma das principais fases do processo, vai condicionar todo o desenvolvimento posterior, com implicações de natureza diversa em todo o processo de gestão.Todos os funcionários da Instituição devem ter formação nesta área, pois todos manipulam resíduos hos-pitalares.

Definição de resíduos hospita-lares (Decreto-Lei n.º 178/2006 de 5 de Setembro)

Resíduos hospitalares são resíduos resultantes de actividades médicas desenvolvidas em Unidades de Prestação de Cuidados de Saúde, em actividade de prevenção, diag-nóstico, tratamento, reabilitação e investigação, relacionada com seres humanos ou animais, em farmácias, em actividades médicolegais, de en- sino e em quaisquer outras que en-volvam procedimentos invasivos,

tais como acunpunctura, piercings e tatuagens.

A necessidade de minimizar a pro-dução de resíduos e de assegurar a sua gestão constitui uma responsa-bilidade partilhada por todos os profissionais. Daí a importância da política dos 3 Rs:1. Reduzir2. Reutilizar3. Reciclar

Os resíduos hospitalares estão clas-sificados em 4 grupos:

GRUPO IResíduos equiparados a urbanos;

GRUPO IIResíduos hospitalares não perigo-sos;

GRUPO IIIResíduos hospitalares de risco bioló-gico;

GRUPO IVResíduos hospitalares específicos.Segundo o Despacho n.º 242/96 de 13 de Agosto os resíduos devem ser

Triagem e acondicionamento de resíduos hospitalares

Page 115: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

115

TRIA

GEM

E A

CO

ND

ICIO

NA

MEN

TO

DE

RES

ÍDU

OS H

OSPI

TA

LARES

acondicionados da seguinte forma:

Resíduos dos grupos I e II - sacos de cor preta;

Resíduos do grupo III - sacos de cor branca;

Resíduos do grupo IV - sacos de cor vermelha. Os materiais cortan-tes e perfurantes devem ser acondi-cionados em contentores imperfu-ráveis.Os contentores de transporte dos resíduos dos grupos III e IV, devem ser facilmente manuseáveis, resis-tentes, estanques, mantendo-se her- meticamente fechados, laváveis e desinfectáveis, se forem de uso múltiplo.

Page 116: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

116TRIA

GEM

E A

CO

ND

ICIO

NA

MEN

TO

DE

RES

ÍDU

OS H

OSPI

TA

LARES

Grupo I Grupo II

GRUPO II Resíduos hospitalares não perigosos

Não estão sujeitos a tratamento específico, sendo equiparados a urbanos

Material ortopédico não contaminado e sem vestígios de sangue (ex: talas,

gessos e ligaduras gessadas).

Fraldas, e resguardos descartáveis não contaminados e sem vestígios de sangue.

Material de protecção individual utilizado nos serviços gerais e de apoio, com

excepção do utilizado na recolha de resíduos.

Embalagens vazias de medicamentos ou de outros produtos de uso clínico

e/ou comum, com excepção dos incluídos no Grupo III e no Grupo IV.

Frascos de soros não contaminados, com excepção dos do Grupo IV.

Despacho 242/96, de 05.07.96Ministério da Saúde

GRUPO I Resíduos equiparados a urbanos

Não apresentam exigências especiais para o seu tratamento

Resíduos provenientes de serviços gerais (ex: gabinetes, salas de reunião,

salas de convívio, instalações sanitárias, vestiários).

Resíduos provenientes de serviços de apoio (ex: jardins, oficinas, armazéns).

Embalagens e invólucros comuns (ex: papel, cartão, mangas mistas).

Resíduos provenientes da hotelaria resultantes da confecção e restos de alimentos servidos a doentes, não

incluídos no grupo III.

Despacho 242/96, de 05.07.96Ministério da Saúde

Page 117: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

117

TRIA

GEM

E A

CO

ND

ICIO

NA

MEN

TO

DE

RES

ÍDU

OS H

OSPI

TA

LARES

Grupo III Grupo IV

GRUPO IIIResíduos hospitalares de risco biológico

Resíduos contaminados, sujeitos a tratamento eficaz para eliminação com

resíduos urbanos.

Todos os resíduos provenientes dos quartos ou enfermarias de doentes infecciosos ou

suspeitos, de unidades de hemodiálise, blo-cos operatórios, de salas de tratamento, de salas de autópsia e de anatomia patológica,

de patologia clínica e de laboratórios de investigação, com excepção dos do Grupo IV.

Todo o material utilizado em diálise.

Peças anatómicas não identificáveis.

Resíduos que resultam da administração de sangue e derivados.

Sistemas utilizados na administração de soros e medicamentos, com excepção

dos do Grupo IV.

Sacos colectores de fluidos orgânicos e respectivos sistemas.

Material ortopédico contaminado ou com vestígios de sangue (ex: talas, gessos e ligaduras gessadas), material de prótese

retirado a doentes.

Fraldas, e resguardos descartáveis contami-nados ou com vestígios de sangue.

Material de protecção individual utilizado em cuidados de saúde e serviços de apoio geral em que haja contacto com produtos

contaminados (ex: luvas, máscaras, aventais e outros).

Despacho 242/96, de 05.07.96Ministério da Saúde

GRUPO IVResíduos hospitalares específicosResíduos de incineração obrigatória

Peças anatómicas identificáveis, fetos e placentas

Cadáveres de animais de experiência laboratorial

Materiais cortantes e perfurantes(ex: agulhas, cateteres e todo o

material invasivo).

Produtos químicos e fármacos rejeitados, quando não sujeitos a legislação específica

Citostáticos e todo o material utilizado na sua manipulação e administração,

colocados dentro dos contentores próprios que se encontram nas salas de sujos ou

junto às “hotes” de preparação de citostáticos.

Fezes e urina de doentes internados, submetidos a tratamento de quimioterapia

e, pelo menos, até 48 horas após o término da mesma. Devem ser recolhidas

directamente, em sacos de plástico transparente e fechados.

Despacho 242/96, de 05.07.96Ministério da Saúde

Page 118: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

118TRIA

GEM

E A

CO

ND

ICIO

NA

MEN

TO

DE

RES

ÍDU

OS H

OSPI

TA

LARES

Reciclagem:- Embalagens/plástico- Esferovite- Vidro- Papel e cartão- Óleos saturados provenientes da cozinha central

- Óleos de máquinas e motores (não inclui automóveis/viaturas)- Fixadores e reveladores- Películas de RX- Pilhas- Tinteiros e tonners

Page 119: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

119

TRIA

GEM

E A

CO

ND

ICIO

NA

MEN

TO

DE

RES

ÍDU

OS H

OSPI

TA

LARES

Page 120: Gestão de Risco e Controle de Infeção - IPO Porto 2011

Elaborado por: SSOGRG, CCI e EPOP

2011

Des

ign:

Car

la S

ousa