gestÃo de pessoas- qualidade de vida tcc.pdf

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NICOLETI, Gerson Gilberto; LAUER, Manuela Fernanda. Qualidade de vida no trabalho do departamento de estacionamento regulamentado - área azul da empresa Seterb. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, Blumenau, v.1, n.4, p.01-20, Sem II. 2007 Edição Temática TCC's ISSN 1980-7031 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DO DEPARTAMENTO DE ESTACIONAMENTO REGULAMENTADO - ÁREA AZUL DA EMPRESA SETERB Gerson Gilberto Nicoleti 1 Manuela Fernanda Lauer 2 RESUMO Pelo fato do SETERB, Departamento de Estacionamento Regulamentado – Área Azul, ser um órgão público, o mesmo acaba passando por diversas mudanças, as quais acabam prejudicando os processos de continuidade administrativa e organizacional. A qualidade de vida deste setor é preocupante, pois a maioria das monitoras sofre de Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e, além disso, elas também acabam sofrendo com o estresse diário, devido a suas atividades e do contato com os usuários do sistema. O grande crescimento dos aspectos relacionados à preocupação do bem estar dos colaboradores faz com que as organizações, de uma forma geral, acabem por adotar procedimentos que visem desenvolver aspectos positivos ligadas ao tema qualidade de vida. Com o desenvolvimento dessa pesquisa, realizada com as colaboradoras no sentido de que as mesmas relatassem quais os principais fatores relacionados à qualidade de vida no trabalho, bem como uma entrevista com o departamento de assistência social da empresa no sentido de levantar quais ações desenvolvidas que vão de encontro ao tema relacionado, foi possível conhecer como se encontra o tema qualidade de vida no trabalho na empresa SETERB, Departamento de Estacionamento Regulamentado – Área Azul e, desta forma, propor sugestões de melhoria a fim de aumentar o bem estar dos colaboradores, ocasionando a possibilidade de obtenção de vantagens competitivas sustentáveis por parte da empresa. Palavras-chave: Qualidade de vida no trabalho. Monitoras. Estresse. SETERB. 1 INTRODUÇÃO As empresas do setor público passam por diversas mudanças, pois a cada gestão nova, mudam-se as propostas e os projetos. Porém, não se vê preocupação em cuidar da qualidade de vida no trabalho dos funcionários. Para que possam desempenhar com qualidade suas tarefas, os funcionários precisam sentir-se bem, tornando-se mais produtivos, gostar do que fazem, ter conhecimento e habilidade na execução das mesmas e também possuir um bom relacionamento interpessoal. 1 Professor Orientador. Graduado em Administração de Empresas pela FURB e Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FURB. ([email protected]) 2 Graduada em Administração de Empresas pelo Instituto Blumenauense de Ensino Superior – IBES. ([email protected])

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  • NICOLETI, Gerson Gilberto; LAUER, Manuela Fernanda. Qualidade de vida no trabalho do departamento de estacionamento regulamentado - rea azul da empresa Seterb. Revista Interdisciplinar Cientfica Aplicada, Blumenau, v.1, n.4, p.01-20, Sem II. 2007 Edio Temtica TCC's ISSN 1980-7031

    QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DO DEPARTAMENTO DE ESTACIONAMENTO REGULAMENTADO - REA AZUL DA EMPRESA SETERB

    Gerson Gilberto Nicoleti1 Manuela Fernanda Lauer2

    RESUMO Pelo fato do SETERB, Departamento de Estacionamento Regulamentado

    rea Azul, ser um rgo pblico, o mesmo acaba passando por diversas mudanas, as quais acabam prejudicando os processos de continuidade administrativa e organizacional. A qualidade de vida deste setor preocupante, pois a maioria das monitoras sofre de Leso por Esforo Repetitivo (LER) e, alm disso, elas tambm acabam sofrendo com o estresse dirio, devido a suas atividades e do contato com os usurios do sistema. O grande crescimento dos aspectos relacionados preocupao do bem estar dos colaboradores faz com que as organizaes, de uma forma geral, acabem por adotar procedimentos que visem desenvolver aspectos positivos ligadas ao tema qualidade de vida. Com o desenvolvimento dessa pesquisa, realizada com as colaboradoras no sentido de que as mesmas relatassem quais os principais fatores relacionados qualidade de vida no trabalho, bem como uma entrevista com o departamento de assistncia social da empresa no sentido de levantar quais aes desenvolvidas que vo de encontro ao tema relacionado, foi possvel conhecer como se encontra o tema qualidade de vida no trabalho na empresa SETERB, Departamento de Estacionamento Regulamentado rea Azul e, desta forma, propor sugestes de melhoria a fim de aumentar o bem estar dos colaboradores, ocasionando a possibilidade de obteno de vantagens competitivas sustentveis por parte da empresa.

    Palavras-chave: Qualidade de vida no trabalho. Monitoras. Estresse. SETERB.

    1 INTRODUO

    As empresas do setor pblico passam por diversas mudanas, pois a cada gesto nova, mudam-se as propostas e os projetos. Porm, no se v preocupao em cuidar da qualidade de vida no trabalho dos funcionrios.

    Para que possam desempenhar com qualidade suas tarefas, os funcionrios precisam sentir-se bem, tornando-se mais produtivos, gostar do que fazem, ter conhecimento e habilidade na execuo das mesmas e tambm possuir um bom relacionamento interpessoal.

    1 Professor Orientador. Graduado em Administrao de Empresas pela FURB e Especialista em

    Gesto de Recursos Humanos pela FURB. ([email protected]) 2 Graduada em Administrao de Empresas pelo Instituto Blumenauense de Ensino Superior IBES.

    ([email protected])

  • NICOLETI, Gerson Gilberto; LAUER, Manuela Fernanda. Qualidade de vida no trabalho do departamento de estacionamento regulamentado - rea azul da empresa Seterb. Revista Interdisciplinar Cientfica Aplicada, Blumenau, v.1, n.4, p.01-20, Sem II. 2007 Edio Temtica TCC's ISSN 1980-7031

    As empresas tambm devem incentivar, promover e desenvolver a busca por uma melhor qualidade de vida, atravs de campanhas e polticas, buscando a criao de hbitos mais saudveis. Isto muito importante, pois as mesmas gastam a maior parte de seu tempo com sua vida profissional, e isso acaba causando muito estresse s pessoas, fazendo assim, com que no trabalhem felizes, por isso tem a necessidade de se ter um bom ambiente de trabalho, um clima agradvel com a chefia e os colegas de trabalho, satisfao dos funcionrios e motivao. O estresse causado aos funcionrios, muitas vezes acaba interferindo e diminuindo o seu desempenho e tambm pode acabar levando ao afastamento de funcionrios.

    Cada vez mais, importante possuir qualidade de vida no trabalho nas empresas, tanto nas privadas, como tambm nas empresas pblicas, pois pelos programas de qualidade de vida no trabalho que pode-se perceber as condies de trabalho e as necessidades fsicas e psicolgicas de cada funcionrio.

    Portanto, nos dias atuais, torna-se importante cuidar da qualidade de vida dentro da empresa, a fim de que se verifique como est a qualidade do ambiente interno e externo, a satisfao e o relacionamento interpessoal dos funcionrios, para que assim se tenha eficincia, eficcia e qualidade nos atendimentos e servios.

    Com isso, muito importante pesquisar e levantar os dados quanto a QVT, verificar os fatores com relao sade, segurana, motivao, grau de satisfao, relacionamento com colegas de trabalho e o ambiente de trabalho das funcionrias do Departamento de Estacionamento Regulamentado rea Azul da empresa SETERB e tambm verificar e analisar a possibilidade de aumentar os dados pesquisados entre as funcionrias.

    Contudo, este estudo foi desenvolvido, para verificar e melhorar programas com relao a QVT, melhorando as condies de trabalho para as funcionrias do setor da rea Azul, e tambm para outras empresas que querem utilizar os programas de QVT, aperfeioando assim os mtodos existentes dentro das empresas e um melhor aproveitamento dos funcionrios.

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    2 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

    Para se ter qualidade e produtividade, as empresas precisam ter pessoas participantes e motivadas nos trabalhos que realizam e serem recompensadas por sua contribuio. Conforme Chiavenato (2002, p.295) a competitividade organizacional passa obrigatoriamente pela qualidade de vida no trabalho. Para atender ao cliente externo, no se deve esquecer o cliente interno. Para satisfazer o cliente externo, a empresa precisa primeiro agradar seus funcionrios que so responsveis (atuam na rea e tem um certo conhecimento) pelo produto ou servio oferecido. A gesto da qualidade total da empresa depende muito da otimizao do poder humano, e isso tambm depende de como sentem-se as pessoas trabalhando dentro da empresa.

    Figura 1: Implicaes organizacionais e gerenciais das equipes autnomas Fonte: Chiavenato (2002, p.295)

    A qualidade de vida no trabalho (QVT) representa em que grau os funcionrios de uma empresa esto satisfeitos com as suas necessidades pessoais atravs de suas atividades exercidas na empresa. A QVT contm uma srie de fatores tais como: possibilidade de crescimento dentro da empresa, reconhecimento pelos resultados alcanados, satisfao com a execuo de seu trabalho, o salrio,

  • NICOLETI, Gerson Gilberto; LAUER, Manuela Fernanda. Qualidade de vida no trabalho do departamento de estacionamento regulamentado - rea azul da empresa Seterb. Revista Interdisciplinar Cientfica Aplicada, Blumenau, v.1, n.4, p.01-20, Sem II. 2007 Edio Temtica TCC's ISSN 1980-7031 os benefcios, o relacionamento entre os colegas de trabalho, a liberdade e o poder de deciso e o ambiente psicolgico e fsico de trabalho. Conforme Chiavenato (2002, p.297) a QVT envolve no somente os aspectos intrnsecos do cargo, mas todos os aspectos extrnsecos. Isto acaba afetando as atitudes pessoais e comportamentos importantes para a produtividade individual, como por exemplo, motivao para o trabalho, adaptao a mudanas no ambiente de trabalho, criatividade e inovao ou aceitao de mudanas.

    Figura 2: Modelo de pesquisa sobre qualidade de vida no trabalho Fonte: Chiavenato (2002, p.296) A QVT assimila duas posies contrrias, a primeira a exigncia dos

    empregados quanto ao seu bem-estar e a satisfao no trabalho; a segunda o

  • NICOLETI, Gerson Gilberto; LAUER, Manuela Fernanda. Qualidade de vida no trabalho do departamento de estacionamento regulamentado - rea azul da empresa Seterb. Revista Interdisciplinar Cientfica Aplicada, Blumenau, v.1, n.4, p.01-20, Sem II. 2007 Edio Temtica TCC's ISSN 1980-7031 interesse das empresas quanto a sua fora potencial sobre a qualidade e produtividade.

    A importncia das necessidades humanas varia muito segundo a cultura de cada pessoa e de cada empresa, a QVT no s determinada pelas suas caractersticas individuais (expectativas, valores) ou situacionais (tecnologia, estrutura da empresa), mas principalmente pela atuao sistmica destas caractersticas individuais e organizacionais. (CHIAVENATO, 2002)

    O desempenho no cargo e o clima organizacional significam fatores muito importantes para determinao da QVT. Se a qualidade for muito baixa, levar o empregado m vontade, insatisfao e ao declnio da produtividade. Se a qualidade for alta, levar a um clima de confiana, respeito, na qual a tendncia aumentar as suas contribuies e aumentar as oportunidades de resultados psicolgicos. (CHIAVENATO, 2002)

    Os ambientes das empresas buscam a competitividade por causa de grandes mudanas que acontece na economia mundial, na tecnologia, na organizao produtiva e nas relaes sociais, polticas e de trabalho.

    Segundo Limongi-Frana e Arellano (2002, p.295):

    [...] No Brasil, essas transformaes assumiram expresso maior em conseqncia da abertura abrupta da economia, da implementao dos programas de estabilizao monetria e das reformas constitucionais que visam reduo e reorientao do papel do Estado na economia. Todas essas mudanas geram um ambiente socioempresarial em ebulio, no qual os fatores conjunturais de sobrevivncia muitas vezes se sobrepem aos objetivos de mudanas de longo prazo na sociedade que conduzam, efetivamente, as melhorias de condies de vida e bem-estar dos cidados.

    Neste contexto, do qual as organizaes adquirem produtividade e processos de mudanas sendo que o objetivo de melhorar sua posio de competitividade no mercado, a qualidade de vida no trabalho esta ganhando espao como uma valia intrnseca do uso da competitividade concomitantemente ao conforto da empresa.

    2.1 CONCEITOS E ABORDAGENS SOBRE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

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    Qualidade de vida no trabalho o conjunto de aes de uma empresa, no qual insere melhorias e inovaes na estrutura do ambiente de trabalho, das gerncias e tecnologias.

    Segundo Limongi-Frana e Arellano (2002, p.296):

    [...] existem muitas interpretaes de qualidade de vida no trabalho, desde o foco clnico da ausncia de doenas no mbito pessoal at as exigncias de recursos, objetos e procedimentos de natureza gerencial e estratgica no nvel das organizaes. Novos paradigmas de modos de vida dentro e fora da empresa, construindo novos valores relativos s demandas de qualidade de vida no trabalho, esto sendo estruturados por diversos segmentos da sociedade e do conhecimento cientfico.

    Baseado em Limongi-Frana e Arellano (2002), destacam-se:

    a) Administrao: aumenta o volume de mobilizao de recursos para atingir resultados em ambientes cada vez mais complicados, de muitas mudanas e competitivos.

    b) Ecologia: a cincia em que o homem faz parte e tambm responsvel pela preservao do ecossistema e insumos da natureza.

    c) Economia: d nfase ao conhecimento de que os bens tem fim e que a distribuio de bens, servios e recursos devem envolver o reconhecimento e igualdade de cada um e os direitos da sociedade.

    d) Engenharia: elaboram formas de produo que so flexveis ao trabalho manual, armazenamento de materiais, organizao do trabalho, controle de processos e o uso da tecnologia.

    e) Ergonomia: o estudo das condies de trabalho que so ligadas as pessoas. baseado na psicologia, na tecnologia industrial e na medicina, tendo em vista o conforto e o desempenho nas vrias posies de trabalho.

    f) Psicologia: mostra a influncia das reaes internas e as expectativas de vida da pessoa e o interesse ntimo das necessidades individuais para seu comprometimento com o trabalho em conjunto com a razo.

    g) Sade: preserva a integridade fsica, psicolgica e social do ser humano, e no s atua sobre o controle de doenas e auxiliar na expectativa de vida e no reinvestimento profissional da pessoa que fica doente.

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    h) Sociologia: age sobre a dimenso simblica do que dividido e construdo socialmente, mostrando a implicao de quem influencia e influenciado em vrios contextos culturais e da origem da empresa.

    Segundo Limongi-Frana e Arellano (2002, p.297):

    [...] essas contribuies permitem identificar dois movimentos principais na gesto da qualidade de vida no trabalho: o primeiro, individual, caracteriza-se pelo aprofundamento da compreenso a respeito do estresse e das doenas associadas s condies do ambiente organizacional; o segundo, organizacional, refere-se expanso do conceito de qualidade total, que deixa de restringir-se a processos e a produtos para abranger aspectos comportamentais e satisfao de expectativas individuais, visando concretizao dos resultados da empresa.

    Os principais movimentos da QVT so o individualismo, que refere-se as doenas causadas no ambiente de trabalho e o organizacional, que diz respeito a qualidade total, limitando alguns processos para assim abranger o comportamento e satisfao dos funcionrios, para tornar concreto o proveito da empresa. (LIMONGI-FRANA e ARELLANO, 2002)

    2.2 O QUE ESTRESSE?

    Estresse qualquer tipo de exigncia ou pedido urgente que feita a uma pessoa que acaba o obrigando ou forando-o a lidar com seu comportamento no limite. O estresse pode vir de duas formas, quando a pessoa exerce muita atividade fsica e pela atividade mental e emocional. Por essas duas formas de estresse a reao fsica a mesma. (BOHLANDER, SNELL e SHERMAN, 2005)

    Conforme Bohlander, Snell e Sherman (2005, p.358):

    [...] Os psiclogos usam dois termos distintos entre formas positivas e negativas de estresse, embora as reaes s duas formas sejam as mesmas do ponto de vista bioqumico.

    O estresse positivo chamado de eustresse, pois o que acompanha a euforia e a realizao, podendo ter efeito positivo na pessoa e tambm na empresa. o estresse que se alcana desafios como os encontrados em um cargo tcnico,

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    Segundo Schermerhorn, Hunt e Osborn (1999, p.291):

    [...] O estresse excessivo sobrecarrega e mina as condies fsicas e mentais de uma pessoa. Sinais de estresse extremo incluem absentesmo, rotatividade, erros, acidentes, insatisfao, desempenho reduzido e at mesmo comportamento anti-tico. s vezes chamado sobrecarga de trabalho, por exemplo ocorre quando se pede a funcionrios para se atingirem objetivos irreais. Em face aos padres de desempenho impossveis, as pessoas podem falsificar suas realizaes ou se engajar em outras prticas questionveis.

    O estresse causa ansiedade e frustrao, prejudicando assim o bem-estar das pessoas. Este tipo de estresse pode causar srios problemas de sade, tais como, infartos, lceras, depresso, ataques cardacos, entre outros. Por isso, os chefes tm que ficar atentos e de olho em seus funcionrios, pois os sintomas so variados e mltiplos. (SCHERMERHORN, HUNT e OSBORN, 1999)

    3 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    A pesquisa caracterizou-se como exploratria descritiva quanto aos objetivos, pois conforme dados levantados na prpria empresa e junto aos seus funcionrios, foi realizada uma descrio destes fatos. A pesquisa tambm ser quantitativa, pois a mesma procura quantificar os dados.

    Segundo Gil (1999, p.43):

    [...] as pesquisas exploratrias tm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idias, tendo em vista, a formulao de problemas mais preciosos ou hipteses pesquisveis para estudos posteriores. De todos os tipos de pesquisa, estas so as que apresentam menor rigidez no planejamento.

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    A pesquisa ser exploratria, pois por meio da pesquisa ser explorado os dados e os problemas encontrados dentro da empresa, para depois poder solucion-los.

    A pesquisa descritiva, segundo Gil (1999, p. 44) tem como objetivo primordial descrio das caractersticas de determinada populao ou fenmeno ou o estabelecimento de relaes entre variveis.

    A pesquisa caracterizada como descritiva, pois os dados levantados descrevem as situaes em que se encontram as monitoras de rea Azul, da empresa SETERB, e tambm descreve as propostas encontradas atravs do questionrio aplicado as monitoras.

    A pesquisa tem como procedimento de investigao um estudo de campo, pois seus dados foram coletados e analisados a partir de informaes obtidas na empresa e suas propostas serviro como base para o desenvolvimento de programas de qualidade de vida no trabalho dentro da empresa especfica.

    Conforme Lakatos e Marconi (2001, p.186):

    [...] Pesquisa de campo aquela utilizada com o objetivo de conseguir informaes e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hiptese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenmenos ou as relaes entre eles.

    A pesquisa tem a abrangncia do Departamento de Estacionamento Regulamentado rea Azul, contando com uma populao de 34 funcionrias, visando levantar e propor ferramentas que melhorem a Qualidade de vida destas funcionrias.

    Assim, ser aplicado um questionrio s funcionrias deste departamento com o objetivo de pesquisar a Qualidade de Vida no Trabalho destas funcionrias.

    O SETERB foi criado pela Lei Municipal n. 2.437, de 27 de maro de 1979, como entidade autrquica subordinada ao Governo Municipal, dispondo de autonomia econmico-financeira dentro dos limites traados na lei. Passados 25 anos, foi criada uma Lei Complementar n. 438, de 22 de dezembro de 2003, onde sua denominao passa a ser Servio Autnomo Municipal de Trnsito e Transportes de Blumenau. A autarquia o rgo gerenciador e fiscalizador do sistema de trnsito e transporte em Blumenau. O Estacionamento Regulamentado rea Azul, foi criado em 1984

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    Para fins desta pesquisa, foi utilizado um questionrio estruturado, ou seja, composto por perguntas abertas e fechadas.

    Conforme Oliveira (2002, p.234):

    [...] o questionrio um instrumento, normalmente, preparado em formulrio pr-impresso, que permite substancial reduo de tempo para levantamento das informaes desejadas, pois poder ser, simplesmente, distribudo para posteriormente ser recolhido e tabulado.

    O questionrio um documento e normalmente digitalizado e entregue as pessoas para responderem, pois um meio mais rpido e eficaz para colher informaes.

    A mensurao das perguntas composta por perguntas de mltipla escolha, com base no percentual de cada uma.

    Tambm realizou-se uma entrevista no departamento de servio social da empresa, contendo uma pergunta aberta.

    O tratamento e a anlise dos dados foram apresentados atravs de grficos. Os resultados foram interpretados a partir das respostas obtidas.

    A pesquisa ter uma abordagem quantitativa, atravs dos dados que sero levantados, pois, ser um estudo baseado em dados numricos, caracterizando-a como pesquisa quantitativa.

    Segundo Godoy (1995, p.63):

    [...] a pesquisa quantitativa envolve a obteno de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto pelo pesquisador com a situao estudada, procurando compreender os fenmenos segundo as perspectivas dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situao do estudo.

    4 RESULTADOS E DISCUSSO

    Neste contexto, foram identificadas as aes existentes na empresa e o que precisa ser melhorado e implantado a respeito da Qualidade de Vida no Trabalho.

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    Com base nos resultados, identifica-se propor melhorias no ambiente de trabalho e aes para o aumento da QVT.

    Sabendo-se que h 34 monitoras, somente 28 responderam ao questionrio, pois 01 funcionria est em desvio de funo, 01 funcionria estava de atestado mdico, 02 funcionrias estavam de frias e 02 funcionrias esto de licena mdica. H tambm no setor, 01 gerente e 02 motoristas, sendo que ambos so funcionrios efetivos.

    7%

    93%

    Sim No

    Grfico 4 Ao desenvolvida que colabora para a QVT Fonte: Pesquisa de campo, 2007.

    Em relao ao grfico 4, 7% das funcionrias responderam que conhecem alguma ao desenvolvida pela empresa na sua QVT, mas 93% responderam que desconhecem alguma ao desenvolvida pela empresa. A minoria respondeu que as aes prestadas pela empresa seriam as palestras com relao sade. Portanto, percebe-se que a maioria sente a falta de algum tipo de ao em relao qualidade de vida no trabalho.

    Conforme Chiavenato (2004, p.451) os programas de bem-estar esto geralmente adotados por organizaes que procuram prevenir problemas de sade de seus funcionrios.

    muito importante para a empresa ter alguma ao com relao QVT dos funcionrios, como por exemplo, a ginstica laboral e palestras relacionados a vrios temas, assim os funcionrios iro trabalhar mais realizados e satisfeitos.

    79%

    21%

    Sim No

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    Grfico 8 Ambiente fsico Fonte: Pesquisa de campo, 2007.

    Conforme o grfico 8, 79% das funcionrias responderam que o ambiente em si agradvel, j 21% responderam que o ambiente no agradvel. As mesmas opinaram pelo que poderia ser melhorado, em relao ao ambiente fsico, sendo que os fatores mais sugeridos foram melhor condio de trabalho, mais organizao, os postos poderiam ter uma melhora na limpeza e melhoria nas instalaes.

    Percebe-se que a grande maioria est satisfeita com o ambiente fsico em si, o que j um ponto positivo para a empresa.

    importante o funcionrio gostar do seu local de trabalho, pois l onde passar a maior parte de seu tempo, pois assim trabalhar com mais disposio e se sentir mais satisfeito.

    7%25%

    36%

    14%

    7%

    11%

    timo Bom Regular Satisfatrio Ruim Pssimo

    Grfico 9 Iluminao, rudo e ventilao Fonte: Pesquisa de campo, 2007.

    O grfico 9 mostra que, 36% das funcionrias responderam que iluminao, rudo e ventilao em seu local de trabalho regular, 25% considera boa a iluminao, rudo e ventilao em seu local de trabalho, 14% das funcionrias afirmam que satisfatria, 11% concordam que pssimo e 7% concluram que timo e 7% ruim. Percebe-se que a maioria das funcionrias concorda que a iluminao, rudo e ventilao do seu local de trabalho so regulares, pois algumas monitoras passam parte de seu horrio trabalhando na rua, onde h muito barulho.

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    0% 14%

    21%

    11%29%

    25%

    timo Bom Regular Satisfatrio Ruim Pssimo

    Grfico 12 Nvel de motivao proporcionado pela empresa Fonte: Pesquisa de campo, 2007.

    De acordo com o grfico 12, pode-se perceber que o nvel de motivao pesquisado entre as funcionrias est baixo, pois existe um percentual de 54% descontente com este quesito, alm disso, 21% das funcionrias considera o nvel de motivao regular. Apenas 14% concluiu que a motivao na empresa bom, acompanhado de um percentual de 11% satisfatrio.

    Segundo Chiavenato (2002, p.80) a motivao funciona em termos de foras ativas e impulsionadoras, traduzidas por palavras funciona como desejo e receio; o indivduo deseja poder, status, receia as ameaas sua auto-estima.

    Como pode-se observar, a grande maioria est insatisfeito com relao ao nvel de motivao proporcionado pela empresa, sendo que este fator deveria ser levado mais em considerao, pois mais um ponto negativo para a empresa.

    0% 29%

    50%

    21%

    Muito realizado RealizadoPouco Realizado No estou realizado

    Grfico 14 Trabalho x execuo x sentimento Fonte: Pesquisa de campo, 2007.

    Como demonstrado no grfico 14, 50% das funcionrias sentem-se pouco realizadas com o trabalho que executam, 29% responderam que sentem realizao com o trabalho que executam e 21% concluram que no esto realizadas com o trabalho que executam.

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    Este um fator preocupante, pois como pode-se perceber a grande maioria das funcionrias no esto muito satisfeitas com o trabalho que executam, o que pode acabar prejudicando o trabalho, pois como as funcionrias no esto realizadas, podem ocasionar muitos problemas de estresse e desmotivao das mesmas.

    29%

    53%

    7% 7% 4%

    Muitas vezes s vezes Poucas vezesNenhuma vez No responderam

    Grfico 15 Canais de comunicao Fonte: Pesquisa de campo, 2007.

    Conforme o grfico 15, 53% das funcionrias responderam que poucas vezes podem dar opinies, dvidas ou sugestes em reunies ou avaliaes, 29% responderam que s vezes utilizam desses canais de comunicao, 7% afirmam que nunca puderam opinar, sugerir ou tirar dvidas em caso de reunies no setor e 4% responderam que sugerem, opinam ou tiram dvidas muitas vezes em reunies e avaliaes.

    Observando o resultado, percebe-se que h poucos meios de comunicao entre a empresa e suas funcionrias. Segundo Chiavenato (1994, p.122) Comunicao o processo de transmisso de uma informao de uma pessoa para outra, sendo ento compartilhado por ambas, ainda segundo Chiavenato (2002, p.125) as comunicaes dentro das empresas no so perfeitas, pois so transformadas ou alteradas ao longo do processo, o que faz com que o ltimo elo, quase sempre recebe algo diferente do que foi originalmente enviado.

    Como pode-se perceber, as funcionrias no podem dar muitas opinies ou sugestes, sendo um ponto negativo para a empresa, pois muito importante ter opinies ou sugestes dos funcionrios, pois como h muita desmotivao, elas tem uma outra viso.

  • NICOLETI, Gerson Gilberto; LAUER, Manuela Fernanda. Qualidade de vida no trabalho do departamento de estacionamento regulamentado - rea azul da empresa Seterb. Revista Interdisciplinar Cientfica Aplicada, Blumenau, v.1, n.4, p.01-20, Sem II. 2007 Edio Temtica TCC's ISSN 1980-7031

    21%

    72%

    7%

    Sim No No responderam

    Grfico 17 Poder de deciso Fonte: Pesquisa de campo, 2007.

    O grfico 17 mostra que, 72% das funcionrias no tm da empresa o poder de deciso e nem so vlidas as opinies que do para melhoria, 21% responderam que a empresa d poder de deciso e aceita opinies de seus funcionrios e 7% no responderam. As funcionrias sugeriram algumas melhorias dentro da empresa, tais como, um melhor aproveitamento dos profissionais, plano de carreira, trabalho de equipe, diretoria mais comprometida com o grupo, visando o lado profissional e no o lado poltico.

    Percebe-se que a empresa no d poder de deciso aos seus funcionrios, como pode-se observar o grfico 15, as mesmas no podem dar opinies e nem melhorias para a empresa, o que seria interessante, para que assim a empresa pudesse fazer um planejamento, melhorando como um todo seus processos.

    0% 7%4%

    39% 36%

    14%

    Nunca Raramentes vezes Quase sempreSempre No responderam

    Grfico 22 Programas de Promoo da Sade e Preveno de Doenas

    Fonte: Pesquisa de campo, 2007.

    O grfico 22 mostra que, 39% das funcionrias responderam que a empresa promove s vezes programas de promoo da sade e preveno de doenas, 36% que raramente a empresa promove esses programas, 14% responderam que nunca h algum programa de promoo com relao sade e doenas e 4% consideram

  • NICOLETI, Gerson Gilberto; LAUER, Manuela Fernanda. Qualidade de vida no trabalho do departamento de estacionamento regulamentado - rea azul da empresa Seterb. Revista Interdisciplinar Cientfica Aplicada, Blumenau, v.1, n.4, p.01-20, Sem II. 2007 Edio Temtica TCC's ISSN 1980-7031 que quase sempre h algum programa relacionado preveno de doenas e promoo da sade aos funcionrios, 7% no responderam.

    Percebe-se que a empresa no leva em considerao os programas de promoo da sade e preveno de doenas das funcionrias. Conforme o grfico 18, a grande maioria das funcionrias concorda que a empresa deveria utilizar mtodos antiestressantes e tambm como pode-se perceber no grfico 12 o nvel de motivao proporcionado pela empresa baixo, seria muito interessante a empresa utilizar mais programas de promoo da sade e preveno de doenas aos seus funcionrios, pois, as mesmas j possuem problemas de sade causado pelo trabalho.

    5 CONCLUSO

    A preocupao com a qualidade de vida no trabalho e deve ser um fator elevado nas empresas. Os programas de qualidade de vida so de grande importncia para o desenvolvimento pessoal e profissional de seus funcionrios, bem como para um desenvolvimento eficaz das empresas.

    Quanto melhor suas condies de vida e de trabalho, mais competitiva e lucrativa se torna a empresa. Com estas condies, haver maior motivao e comprometimento dos funcionrios, sendo assim, um bom e excelente servio prestado e com uma boa qualidade nos atendimentos aos usurios, clientes, fornecedores, etc.

    A empresa que oferece uma boa qualidade de vida aos seus funcionrios ter muitos ganhos, pois assim haver uma melhora no relacionamento intra e inter pessoal, reduo de rotatividade, melhoria nas atitudes, motivao para o trabalho, aumento da produtividade e integrao social no trabalho.

    Partindo assim da importncia da melhoria da QVT da empresa SETERB, do Departamento de Estacionamento Regulamentado rea Azul, foi feito um estudo e uma pesquisa para analisar a QVT no setor de rea azul. O principal objetivo deste trabalho foi identificar fatores que so voltados qualidade de vida no trabalho das monitoras de rea azul da empresa SETERB.

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    Assim, seguiu-se os objetivos especficos deste trabalho, onde o primeiro foi verificar se h programas de qualidade de vida para as monitoras, sendo que foi realizado um questionrio com as monitoras da empresa, onde todos os dados foram apresentados atravs de grficos, com a porcentagem de cada uma das respostas.

    Atravs do questionrio, pode-se perceber que a grande maioria das monitoras sente falta de alguma ao ou programa de qualidade de vida no trabalho, no seu ambiente profissional.

    O segundo objetivo, foi identificar como as monitoras percebem a qualidade de vida no trabalho no seu ambiente profissional. Sendo que as mesmas identificam que h bem poucos programas com relao a QVT na empresa e em seu ambiente profissional. Percebe-se que a empresa no se preocupa muito com os fatores sade e segurana na empresa, pois h muito estresse e tambm a Leso por Esforo Repetitivo (LER) entre as monitoras, sendo que a empresa no promove programas com relao a estes problemas enfrentados pelas mesmas.

    O terceiro objetivo, propor aes de melhoria a ser aplicadas na empresa com relao qualidade de vida no trabalho, onde foi identificado vrios problemas e foram propostas algumas sugestes de melhoria para as monitoras.

    Conforme o resultado, h alguns pontos negativos e positivos. Os pontos negativos so as pouqussimas opes em programas de QVT, desmotivao dos funcionrios, pouca divulgao dos benefcios, no aceitar opinies vindo dos funcionrios e falta de comunicao entre os mesmos. J os pontos positivos so, pouca rotatividade, bom relacionamento com a chefia e colegas de trabalho, utilizao de uniforme e ambiente fsico.

    Com relao aos resultados e a partir desses dados, pode-se propor uma grande melhoria nos programas e aes de QVT das funcionrias do setor de rea azul, que por sinal bem baixo.

    Observa-se que os pressupostos esto todos de acordo com a pesquisa, pois como pode-se perceber, a empresa no se preocupa com a QVT de seus funcionrios, onde h nas funcionrias problemas de sade, como por exemplo, a LER, h tambm a figura do estresse, desmotivao e desnimo em relao ao trabalho. H tambm uma falta de tecnologia da empresa, onde tem equipamentos velhos, que vem prejudicando a sade de muitos funcionrios.

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    Conclui-se que cada vez mais as empresas devem investir em aes e programas de qualidade de vida no trabalho, pois o mercado est muito competitivo. Atravs da QVT, que o funcionrio trabalhar satisfeito e feliz, tendo tambm um bom ambiente de trabalho e um bom relacionamento com os funcionrios. No podendo esquecer tambm de reconhecer, elogiar e valorizar, o funcionrio, para deix-lo ainda mais motivado. Poderia ainda ser aplicado na empresa, diversas atividades na rea de dinmicas de grupos, prticas e incentivo ao esporte, momentos de reflexo, orao e meditao e tambm, atividades voltadas ao desenvolvimento e valorizao de talentos dos funcionrios. Este trabalho poder servir para mostrar empresa o que falta, o que est prejudicando e o que pode ser melhorado com relao a QVT das funcionrias, podendo assim servir como base para implantao e melhorias de programas de QVT nesta empresa ou em outras.

    QUALITY OF LIFE IN THE WORK DEPARTMENT OF REGULATED PARKING - BLUE AREA IN COMPANY SETERB

    ABSTRACT For the fact of the SETERB, Department of Regulated Parking - Blue Area, to

    be a public agency, the same finishes passing for diverse changes, which finish harming the processes of administrative continuity and organizacional. A quality of life of this sector is preoccupying, therefore the majority of the monitorial suffers from Injury for Repetitive Effort (TO READ) e, moreover, they also finishes suffering with it estresse daily, due its activities and of the contact with the users of the system. The great growth of the aspects related to the concern of the welfare of the collaborators makes with that the organizations, of one form generality, finish for adopting procedures that they aim at to develop on positive aspects to the subject quality of life. With the development of this research, carried through with the collaborators in the direction of that the same ones told to which the main factors related to the quality of life in the work, as well as an interview with the department of social assistance of the company in the direction of raising which developed actions that go of meeting to the related subject, were possible to know as the subject meets quality of life in the work in company SETERB, Department of Regulated Parking - Blue Area and, of this form, to consider improvement suggestions in order to increase welfare of the collaborators, causing the possibility of attainment of sustainable competitive advantages on the part of the company.

    Key-words: Quality of life in the work. Monitorial. Estresse. SETERB.

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