genérca: informação que gera conhecimento
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Revista acadêmica cuja temática é os 20 anos da farmácia do SUSTRANSCRIPT
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GenricaInformao que gera conhecimento
Interaes perigosas Alertas sobre mau uso de medicamentos
AutomedicaoPorque devemos consultar o mdico?
SUSFarm
Um caminho para a consolidao do acesso aos medicamentos e seu uso racional
V E N D A P R O I B I D A
JANEIRO - JUNHO 2010 | N 01
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AQUI TEM
FARMCIAPOPULAR
AGORA A FARMCIA POPULAR EST MAIS PERTO DE VOC. E AS DOENAS, MAIS LONGE.
FARMCIA POPULAR: O MINISTRIO DA SADE DANDO MAIS
ATENO A VOC E AO SEU BOLSO.
O Ministrio da Sade leva o Programa Farmcia Popular do Brasilpara mais perto de voc. Agora, farmcias e drogarias da rede privadaespalhadas por todo o Pas podero funcionar tambm como postosda Farmcia Popular.
Nelas, voc encontra os principais medicamentos para Hipertenso, Diabetes e Anticoncepcionais at dez vezes mais baratos. Os descontosvo de 50% a 90% e valem inclusive para os remdios genricos.
Tudo sem complicao nem burocracia Para adquirir seus medicamentos nas farmcias participantes doPrograma Farmcia Popular, voc s precisa levar sua receita assinadapor um mdico e o seu CPF.
Informaes e seguranaAs informaes constantes na receita, o seu nome, o nome domdico, o CRM, a quantidade de medicamentos e o local onde foifeita a venda sero catalogados em um sistema informatizado, parasua maior segurana.
Para economizar, procure sempre uma farmcia perto de voc com a marca da Farmcia Popular.
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1Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
AQUI TEM
FARMCIAPOPULAR
AGORA A FARMCIA POPULAR EST MAIS PERTO DE VOC. E AS DOENAS, MAIS LONGE.
FARMCIA POPULAR: O MINISTRIO DA SADE DANDO MAIS
ATENO A VOC E AO SEU BOLSO.
O Ministrio da Sade leva o Programa Farmcia Popular do Brasilpara mais perto de voc. Agora, farmcias e drogarias da rede privadaespalhadas por todo o Pas podero funcionar tambm como postosda Farmcia Popular.
Nelas, voc encontra os principais medicamentos para Hipertenso, Diabetes e Anticoncepcionais at dez vezes mais baratos. Os descontosvo de 50% a 90% e valem inclusive para os remdios genricos.
Tudo sem complicao nem burocracia Para adquirir seus medicamentos nas farmcias participantes doPrograma Farmcia Popular, voc s precisa levar sua receita assinadapor um mdico e o seu CPF.
Informaes e seguranaAs informaes constantes na receita, o seu nome, o nome domdico, o CRM, a quantidade de medicamentos e o local onde foifeita a venda sero catalogados em um sistema informatizado, parasua maior segurana.
Para economizar, procure sempre uma farmcia perto de voc com a marca da Farmcia Popular.
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2 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
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Pg. 18
Pg. 24
Pg. 33Fitoterapia
Automedicao
Reportagem
Dispensao de Medicamentos
Fluxograma
Fluxograma sobre com feita a dispensao de medica-mentos.
Administrao de medicamentos sem orientao ou prescrio mdica.
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3Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
Pg. 05
Pg. 16
Pg. 20
Pg. 28
Pg. 32
SUSFarm
Reportagem de capa
Reportagem
Reportagem
Reportagem
Reportagem
Interaes Perigosas
Os Desafios de Envelhecer
Frmacia do SUS | Bruno de FariaEntrevista
Histria Farmcia do SUS Politica Nacional de Medicamentos
O mau uso de medicamentos e suas consequncias.
O envelhecimento da populao tende a proporcionar desa-fios cada vez maiores aos servios de sade.
Tratamento caracterizado pelo uso de plantas medicinais.
Entrevista com Bruno de Faria, farmacutico da farmcia do SUS de Santa Luzia.
INOVAO OU NO?
Medicamentos Contaminados?
Isso tem Soluo!
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4 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
A
Carta ao Leitor
Genrica deste ms aborda temas relacionados Farmcia do SUS, visando informar o leitor sobre a instituio, assim como, seus objetivos e funcionamento.
Atravs de uma entrevista, realizada com o farmacutico Bruno Silva, o qual atua na unidade de Santa Luzia, da Farmcia do SUS, destacando a importncia deste profissional no estabelecimento.
Alm destas reportagens, tm-se outras que ressaltam, por exemplo, o receiturio dos diversos programas do SUS, as formas farmacuticas dispensadas na farmcia do SUS e seus meios de contaminao, as interaes medicamentosas possveis, os medicamentos mais dispensados, os processos de dispensao para idosos e a prtica da automedicao.
Boa leitura!
Equipe A Revista
Genrica
Editores
Aline Luiza Marcondes LopesSarah Franciane Costa Henrique Carvalho Alves Henrique Mendes Resende Camila Nunes de Melo Mariana Brando P. Luiza Wronski Lima de Souza
Direo de Arte e Diagramao Leonardo Jardim
Rua Guajajaras, 175 - CentroBelo Horizonte - MG | CEP: 30180-100
Tiragem: 1000
Ano 01 | N 01
Edio semestral Janeiro - Junho de 2010
Atendimento ao leitor
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5Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
Amparado por um conceito ampliado de sade, o SUS foi criado em 1988 pela Constituio Federal Brasileira para ser o sistema de sade dos mais de 180 milhes de brasileiros. Alm de oferecer consultas, exames e internaes, ele tambm promove campanhas de vacinao e aes de preveno e de vigilncia sanitria como fiscalizao de alimentos e
registro de medicamentos , atingindo, assim, a vida de cada um dos brasileiros. Antes da criao do SUS, que completa 22 anos em 2010, a sade no era considerada um direito social. O modelo de sade adotado at ento dividia os brasileiros em trs categorias: os que podiam pagar por servios de sade privados; os que tinham direito sade pblica
por serem segurados pela previdncia social e os que no possuam direito algum. Assim, o SUS foi criado para oferecer atendimento igualitrio e cuidar e promover a sade de toda a populao. O Sistema constitui um projeto social nico que se materializa por meio de aes de promoo, preveno e assistncia sade dos brasileiros. (Ministrio da Sade/SUS, 2010)
O Sistema nico de Sade (SUS) um dos maiores sistemas pblicos de sade do
mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial at o transplante de
rgos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a populao do
pas.
Farm
O uso do SUS um direito constitucional:
Art. 196: A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao. (CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 1988)
Reportagem de capa
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6 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
SUS E FARMCIA POPULAR UM BREVE HISTRICOEm comemorao aos vinte anos do SUS o Ministrio da Sade lanou a cartilha SUS 20 anos - A sade no Brasil. Nela voc pode encontrar um histrico completo das duas decadas alem de muitas outras informaes. Atravs de uma linha do tempo o SUS compilou os principais marcos de cada ano, relacinando um antes e depois.
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2008
Reportagem de capa
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7Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
Antes e DepoisAntes de 1988, o atendimento dos hospitais pblicos estava restrito a 30 milhs de brasileiros. Com a Constituio de 1988, mais de 70 milhes de pessoas passaram a ter direito ao atendimento pelo Sistema nico de Sade.
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Figura 2 Antes e Depois. Fonte: SUS 20 anos A sade do Brasil - Ministrio da Sade, 2008
Reportagem de capa
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8 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
Um caminho para a consolidao do acesso aos medicamentos e seu uso racional
Poltica Nacional deMedicamentos
Para garantir sade da populao o SUS precisou organizar uma estrutura slida que garantisse o acesso ao medicamento. Em 1998 foi criada a poltica nacional de medicamentos que tem como diretriz o acesso da populao a medicamentos seguras, eficazes e de qualidade. Anteriormente a poltica de medicamentos no tinha uma organizao eficiente, o que gerava gastos excessivos, falhas no ciclo de assistncia e o mais grave, os usurios no tinham garantia de acesso aos medicamentos devido s falhas no processo de seleo, programao, aquisio, armazenamento, distribuio e dispensao.
Diretrizes da Poltica Nacional de Medicamentos Prioridades Adoo de relao de medicamentos
essenciais RENAME; Regulamentao sanitria de medicamentos; Reorientao da assistncia farmacutica; Promoo do uso racional de medicamentos; Desenvolvimento cientfico e tecnolgico; Promoo da produo de medicamentos; Garantia da segurana, eficcia e qualidade
dos medicamentos; Desenvolvimento e capacitao de recursos
humanos.
Reviso permanente da RENAME; Descentralizao da Assistncia farmacutica; Registro e uso de medicamentos genricos; Campanhas educativas; Formulrio Teraputico Nacional; Farmacoepidemiologia e farmacovigilncia; Organizao das atividades de vigilncia
sanitria de medicamentos.
Reportagem de capa
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9Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
Em 2004, criou-se um programa com o intuito de ampliar o acesso aos medicamentos essenciais, que ficou conhecido como Farmcia
Popular. Tal programa oferece populao medicamentos a preo de custo, e entre eles esto os analgsicos, anti-hipertensivos, medicamentos para colesterol, gastrite, diabetes e outros. O Programa
Programa deAcesso aoMedicamento Farmcia Popular
atua sobre dois sistemas: as unidades prprias, que so desenvolvidas em parceria com Municpios e Estados e o sistema de co-pagamento, desenvolvido em parceria com farmcias e drogarias privadas.
Atualmente, no Brasil, j existem 521 farmcias unidades prprias em 405 municpios, sendo todas instaladas atravs de uma parceria do Ministrio
da Sade e da Fiocruz. Devido ao sucesso do Programa Farmcia Popular, criou-se em 2006 o programa Aqui tem Farmcia Popular, que consiste numa parceria firmada
com farmcias da rede privada para oferecer medicamentos para diabetes e hipertenso. Em 2007 foram includos os contraceptivos (MINISTRIO DA SADE, 2008).
A evoluo dos programas tem sido evidente, com o aumento do nmero de
farmcias credenciadas, como mostra o quadro abaixo:
EVOLUO DO PROGRAMA FARMACIA POPULAR
PERODOTOTAL
2004 2005 2006 2007 2008 2009
Quantidade de unidades prprias 27 78 254 406 502 529 529
Evoluo do programa farmcia popular Fonte:(MINISTRIO DA SADE, 2008)
EVOLUO DO PROGRAMA AQUI TEM FARMACIA POPULAR
PERODOTOTAL
2004 2005 2006 2007 2008 2009
Quantidade de empresas credenciadas - - 3.627 3.627 5.181 8.556
8.556Evoluo do programa aqui tem farmcia popular Fonte: (MINISTRIO DA SADE, 2008)
Reportagem de capa
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10 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
Popular
SUS
Farmcia
FarmciaX
A Farmcia Popular atua sobre dois eixos de ao:
as unidades prprias; e o sistema de co-pagamento.
Nas unidades prprias, o usurio recebe atendimento
personalizado, realizado por farmacuticos e outros
profissionais qualificados.
As unidades prprias contam, atualmente, com um elenco de 107 medicamentos mais o preservativo masculino, os quais so dispensados pelo seu valor de custo representando uma reduo de at 90% do valor, comparando-se com farmcias e drogarias privadas. A nica condio para a aquisio dos medicamentos a receita mdica ou odontolgica. J no sistema de co-pagamento, o Governo paga uma parte do valor dos medicamentos e o cidado paga o restante. O valor pago pelo Governo fixo, por isso,
o cidado pode pagar menos para alguns medicamentos do que para outros. Para ter acesso a essa economia, basta que a pessoa procure uma drogaria com a marca Aqui tem Farmcia Popular e apresente a receita mdica acompanhada do seu CPF. (Ministrio da Sade, 2008)
Na farmcia do SUS, os medicamentos da assistncia farmacutica bsica, medicamentos estratgicos e medicamentos de sade mental so oferecidos gratuitamente, conforme a Constituio Federal, assim como os
medicamentos necessrios para o tratamento especfico de
determinadas doenas, como diabetes, hipertenso arterial, tuberculose, hansenase, malria, distrbios mentais, ou mesmo para qualquer outra doena, inclusive aqueles de alto custo e de uso controlado. Para saber onde obter tais medicamentos, o paciente deve-se informar no servio de sade onde assistido ou procurar a Secretaria Municipal de Sade (rgo responsvel pelo SUS no municpio) da cidade onde reside. Cada paciente deve se inscrever em
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11Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
um programa especfico para o recebimento de
determinado medicamento de uso controlado ou no. (Ministrio da Sade, 2007).
Em todo e qualquer ambiente no qual acontea a dispensao de medicamentos, necessrio que seja seguido o ciclo de assistncia
farmacutica. O ciclo se inicia com a Seleo dos medicamentos, depois a programao, aquisio, armazenagem, distribuio e dispensao. A seguir, sero abordados os seis passos do ciclo enfatizando o Sistema nico de Sade.
ASeleoMedicamentosdeA seleo tem o objetivo de oferecer ganhos teraputicos e econmicos.
Portanto, deve definir e estabelecer uma relao de medicamentos essenciais,
escolhidos de acordo com o perfil epidemiolgico da populao local, para
atender s verdadeiras necessidades da populao, considerando o Elenco Mnimo
Obrigatrio (EMO) para a Ateno Bsica estabelecido nos anexos II, III e IV da
Portaria n. 2084/GM, de 26 de outubro de 2005.
A seleo deve ser feita por uma comisso permanente de profissionais de sade, com
conhecimentos especializados, por critrios de necessidade, qualidade e eficcia comprovada.
Sua utilizao deve ser obrigatria nos servios de sade, especialmente pelos prescritores. Esta seleo deve ser revisada periodicamente e amplamente divulgada a todos os profissionais de
sade. O Ministrio da Sade responsvel pela
publicao da Relao Nacional de Medicamentos (RENAME), uma lista com os medicamentos essenciais para tratar as doenas mais comuns na populao. Com base nela, estados e municpios constroem sua prpria relao de medicamentos. A lista possui 342 frmacos, 8 correlatos
(preservativos, iodo, diafragma, lcool etlico, entre outros) e 33 imunoterpicos (soros e vacinas). Todos so disponibilizados em 552 formas de apresentao (comprimido, ampola, injetvel, soluo). Estes medicamentos possuem um ou mais princpios ativos, registrados na Anvisa e que apresentam menor custo nas etapas de armazenamento, distribuio, controle e tratamento. Alm disso, todas as frmulas apresentam valor teraputico comprovado, com base em evidncias clnicas. Em 2005, o Ministrio da Sade instituiu a Comisso Tcnica e Multidisciplinar de Atualizao da Rename (Comare). Participam da reviso vinte membros, entre representantes de universidades brasileiras, entidades civis e cientficas, alm das
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trs instncias gestoras do SUS. (MINISTRIO DA SADE, 2006)
O Brasil optou por selecionar os medicamentos no apenas para as doenas mais prevalentes, mas tambm contempla aqueles indicados para as doenas negligenciadas. Os critrios de seleo tm sido norteados, de maneira geral, pelas recomendaes da OMS. Assim, so considerados: dados consistentes e adequados de eficcia e segurana de estudos clnicos; evidncia
de desempenho em diferentes tipos de unidades de sade; disponibilidade da forma farmacutica em que a qualidade adequada, incluindo a
biodisponibilidade; estabilidade nas condies previstas de estocagem e uso; custo total de tratamento e preferncia por monofrmacos.
importante frisar que a seleo de medicamentos essenciais se d independente de ser ou no medicamento de alto custo, sendo includos medicamentos de uso ambulatorial e hospitalar, incluindo medicamentos de alto custo como os medicamentos para neoplasias e para os programas ministeriais, inclusive o Programa Nacional de Doenas Transmissveis/Sndrome da Imunodeficincia Adquirida (AIDS). (Fiocruz,
2001).
Farmcia Popular
A ProgramaoMedicamentos
O elenco de Medicamentos do Programa Farmcia Popular do Brasil foi definido mediante
critrios epidemiolgicos, considerando as principais doenas que atingem a populao brasileira e cujos tratamentos geram maior impacto no oramento familiar. Foram eleitos os medicamentos mais eficazes e seguros indicados
para tratar tais doenas, ou seja, so aqueles que apresentam o melhor resultado e o menor risco para os pacientes.
O elenco inicial de medicamentos compreende 94 apresentaes farmacuticas, apresentadas pelos seus nomes genricos. Eles representam mais de 1200 marcas comerciais de medicamentos que so os nomes de fantasia registrados para o comrcio farmacutico.
A lista de medicamentos das Farmcias Populares do Brasil est baseada na RENAME, considerando no mnimo um medicamento de cada um dos principais grupos teraputicos cobertos
pela lista. (MINISTRIO DA SADE, 2002)
A programao deve ser feita com base na relao de medicamentos na fase de seleo, e seu objetivo principal definir as quantidades
do medicamento selecionado que devem ser adquiridos, priorizando-os e compatibilizando-os com os recursos disponveis de modo a evitar a descontinuidade do abastecimento.
A estimativa das necessidades programadas deve avaliar a situao local de sade; o nvel de acesso dos usurios aos medicamentos; o perfil
de doenas da populao; as metas de cobertura e oferta de servios e a disponibilidade oramentria e financeira. (MINISTRIO DA SAUDE, 2006)
A aquisio de medicamentos uma das
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A Aquisio de
O Armazenamento
Medicamentos
de medicamentos
Na farmcia do SUS
Na farmcia popular
principais atividades da Gesto da Assistncia Farmacutica e deve estar estreitamente vinculada s ofertas de servios e cobertura assistencial dos programas de sade. Uma boa aquisio de medicamentos deve considerar primeiro o que comprar (seleo); quando e quanto comprar (programao); e como comprar. O monitoramento e a avaliao dos processos so fundamentais para aprimorar a gesto e intervir nos problemas.
Considerando o modelo de organizao do SUS e os esforos operacionais que demanda, a aquisio de medicamentos pode ser realizada por meio de cooperao entre municpios, tendo em vista que a seleo de medicamentos pode considerar realidades de sade comuns a municpios de uma determinada regio. (MINISTRIO DA SAUDE, 2006)
Nas Unidades Prprias, os medicamentos so adquiridos pela Fundao Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsvel pelo abastecimento das unidades em todo pas. A Fiocruz adquire os medicamentos preferencialmente de laboratrios oficiais que so legalmente dispensados de
licitao pela Lei 8.666, de 21 de junho de 1993 e complementarmente de laboratrios privados por meio de licitao na forma de prego. Os medicamentos dispensados so os que
normalmente a drogaria adquire no sistema de co-pagamento, porm, quando credenciada no Programa, o usurio paga parte do valor do medicamento, cerca de 10%, e o Ministrio da Sade paga o restante. (MINISTRIO DA SADE, 2002)
Segundo o ministrio da sade o processo de armazenamento de medicamentos no se distingue entre nenhuma unidade de sade que faa a dispensao de medicamentos. Nesse sentido, no importa o volume a ser estocado, sendo uma grande central de abastecimento farmacutico, uma unidade macrorregional ou uma pequena farmcia de dispensao na unidade de sade, independentemente da escala, todos os critrios devero ser observados e os procedimentos adotados.
O armazenamento envolve inmeros processos, desde o recebimento at a entrega, passando pela estocagem, segurana, conservao e controle. (Ministrio da Sade, 2004)
Frmcia do SUS
Reportagem de capa
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A distribuio de medicamentos assim como o armazenamento um processo
padro entre as unidades de sade.
Entende-se por distribuio de medicamentos a atividade de suprir a unidade solicitante com os itens requisitados, em quantidade, qualidade e tempo hbil. No se trata apenas de entregar medicamentos. Uma distribuio correta e racional deve atender aos seguintes requisitos: rapidez na entrega, segurana no transporte e eficincia no sistema de informao e controle. (Conass, 2004).
O Distribuio
O Dispensao
de medicamentos
de medicamentos
A dispensao consiste em entregar o medicamento indicado ou um correto substituinte, na dose certa e na quantidade necessria ao prprio paciente ou outra pessoa, desde que seja autorizada por ele. Na maioria das vezes, indispensvel apresentao de uma prescrio elaborada por profissional autorizado.
Na receita, necessrio que esta contenha todas as informaes imprescindveis para que a dispensao possa ser realizada de forma correta. Na ocasio em que for dispensar um medicamento, o farmacutico deve verificar
cuidadosamente o que foi prescrito, ou seja, o nome do medicamento, a forma farmacutica, a concentrao e a quantidade, e deve explicar todas estas informaes ao paciente, j que este quem ir administrar o medicamento na ausncia
Na farmcia do SUSde um profissional de sade, alm da obrigao
e responsabilidade de estar presente quando um medicamento for retirado do estoque.
necessrio verificar o prazo de validade,
com intuito de se priorizar a movimentao do produto com data de vencimento mais prxima e observar a embalagem e rotulagem, permitindo assim a adequada preservao e inequvoca identificao do medicamento. Estes, portanto,
so aspectos muito relevantes na atuao do farmacutico no campo da distribuio e dispensao.
O processo de dispensar medicamentos praticamente o mesmo em todas as farmcias.
O mtodo de dispensao usado pela farmcia popular se baseia em liberar os medicamentos mediante apresentao de receita
Reportagem de capa
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medica original. As exigncias so de que esteja no prazo legal (um ano de prescrio), nmero correto de medicamentos a serem usados no tratamento, e por quanto tempo ser utilizado.
Os medicamentos s podero ser retirados na quantidade correspondente a um tratamento de seis meses. Aps este tempo, necessria outra receita. (MINISTRIO DA SADE, 2008).
farmciapopularNa
Na farmcia popular, o paciente, aps ter seu receiturio devidamente avaliado, ir receber seus medicamentos com a adequada assistncia do farmacutico sobre como administrar tal medicamento. E para adquirir seu tratamento, o individuo paga apenas 10% do valor do medicamento.
Na farmcia do posto de sade, o processo praticamente o mesmo. O paciente tem que apresentar as duas vias da receita, e uma fica retida na farmcia, que possui tratamento
correspondente a 2 meses, no mximo, sendo que somente so liberados medicamentos suficientes
para 30 dias. A receita do paciente haver um carimbo informando quando este, deve voltar para adquirir o restante dos medicamentos.
O paciente tem que apresentar tambm o carto do SUS, provando que est regularmente cadastrado no posto de sade. Desta forma, a populao menos favorecida consegue obter seu tratamento sem ter que pagar pelos remdios, podendo assim, utilizar seu dinheiro para outros fins. (MINISTRIO DA SADE, 2008).
Na abordagem do ciclo da assistncia
farmacutica no SUS, a principal etapa na qual encontramos uma diferena entre o procedimento na farmcia do SUS e na farmcia popular o da dispensao. Na farmcia do SUS o medicamento gratuito e, para o paciente receber, necessrio credenciar-se em um dos programas do Governo. J na Farmcia Popular, o paciente paga somente 10% do valor do medicamento e qualquer pessoa com uma receita vlida e seus documentos consegue efetuar a compra. Todas as outras etapas dependem principalmente da seleo de medicamentos e, como a seleo dos medicamentos padronizada, as etapas subseqentes no se diferenciam muito.
Referncias Bibliogrficas:
1. Constituio da Repblica Federativa do Brasil, 1988 Brasil.
2. Fiocruz, 2001. Seleo de medicamentos. Disponvel em:. Acesso em: 08 14 de maro de
2010.3. Ministrio da Sade, 2002. Farmcia popular do Brasil.
Disponvel em: < www.saude.gov.br>. Acesso em: 08
14 de maro de 2010.4. Ministrio da Sade, 2004. Armazenamento de
medicamentos. Disponvel em:
Acesso em: 08 14 de maro de 2010.5. Ministrio da Sade, 2006. Programao de
medicamentos. Disponvel em: .
Acesso em: 08 14 de maro de 2010.6. Ministrio da Sade, 2008. Vinte anos do SUS. Disponvel
em: . Acesso em: 08 14 de maro
de 2010.7. Ministrio da Sade, 2010. SUS. Disponvel em: . Acesso em: 08 14 de maro de 2010.
Reportagem de capa
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PerigosasInteraes
A principal causa de intoxicao entre os brasileiros, demonstra um levantamento do Sistema Nacional de Informaes Toxicofarmacolgicas, o mau uso de remdios.
Muitos remdios se tornam ineficazes ou perigosos quando associados a outros. Mas mesmo alimentos e fitoterpicos podem interagir de maneira nociva com remdios. A automedicao um mau hbito cultivado por 60% dos brasileiros. Para complicar,
h uma desateno generalizada por parte dos mdicos com os problemas causados por certas combinaes, diz o toxicologista Gilberto De Nucci. Eis as associaes mais frequentes e arriscadas:
CORTICOIDES ANTI-INFLAMATRIOS Nomes comerciais*: CORTICOIDES : Beclometasona, Budesonida, Formoterol, Fenoterol, Furoato de Mometasona, Salbutamol, Salmeterol e os anti-inflamatrios Dexametasona creme 0,1% Efeitos: dores de estmago e maior risco de sangramento e formao de lcerasRecomendaes: especialmente quando o tratamento com corticoide dura mais de cinco dias, no se devem combinar os dois medicamentos.
ANTICIDOS ANTIBITICOSNomes comerciais:
Cloridrato de ranitidina comprimido 150 mg e antibiticos em geral Efeitos: os anticidos mais comuns diminuem a taxa de absoro do antibitico. At 70% do seu princpio ativo deixa de ser aproveitadoRecomendaes: um erro tomar um anticido para combater a dor de estmago que o antibitico possa provocar. preciso esperar pelo menos uma hora depois da ingesto do antibitico para tomar o anticido.
BRONCODILATADORES GORDURA Nomes comerciais: Prednisona comprimido 5 mg Sulfato de salbutamol aerossol 100 mg/dose.Efeitos: o princpio ativo dos broncodilatadores, ao ser absorvido no intestino, compete com a digesto da gordura dos alimentos um dificulta a absoro do outro. Em menor quantidade, o remdio perde o efeito esperado e as crises respiratrias voltam muito antes do previsto. Recomendaes: no se devem fazer refeies ricas em gordura duas horas antes nem duas horas depois de tomar
REMDIO ALIMENTOS++
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Interaes medicamentosas
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o medicamento. o tempo mnimo para que ele passe pelo intestino e caia na corrente sangunea em quantidade suficiente.
REMDIO BEBIDAS
REMDIO FITOTERPICOS
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ANTIPARASITRIOS LCOOL Nomes comerciais: Mebendazol comprimido 100 mgEfeitos: a associao causa dores de cabea, taquicardia, nuseas e sudorese. Em casos extremos, pode desencadear convulses Recomendaes: os tratamentos contra parasitas so curtos duram, em mdia, at trs dias , mas a interao pode acontecer mesmo com doses moderadas de lcool. Depois do tratamento, preciso esperar 24 horas at que o medicamento seja eliminado do organismo
PARACETAMOL LCOOL Nomes comerciais: Paracetamol soluo oral 200 mg/ml Paracetamol comprimido 500 mgAAS comprimido 100mgEfeitos: o lcool e o paracetamol, presente em analgsicos, so metabolizados no fgado e, em combinao, produzem um resultado altamente txico. Utilizada
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com frequncia, a mistura pode lesionar o fgado. O uso concomitante e recorrente das duas substncias pode ser fatal. Recomendaes:no existe ideia mais equivocada do que tomar um comprimido de paracetamol para curar a dor de cabea de uma ressaca. recomendvel esperar, no mnimo, seis horas para ingerir qualquer bebida alcolica depois do analgsico
GINKGO BILOBA CIDO ACETILSALICLICO Nome comercial: AspirinaEfeitos: no organismo, as aes anticoagulantes das substncias se somam, aumentando o risco de sangramentos internos Recomendaes: s seguro tomar ginkgo biloba depois de no mnimo dez dias do uso de Aspirina. Referncias Bibliogrficas:
VEJAEdio 211213 de maio de 2009
PORTARIA N 74 DE 20 DE JANEIRO DE 2009 MINISTRIO DA SADEFRUM DE COMPETITIVIDADE DA CADEIA PRODUTIVA FARMACUTICAAcesso aos Medicamentos, Compras Governamentais e InclusoSocialBraslia, 23
Interaes medicamentosas
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18 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
Referencia Bibliogrficas:1 Portal do SUS com acesso entre 25de maro 4 de abril.http://portal2.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31222http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/informesaude/informe174.pdfhttp://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/saudebrasil_novembro2006.pdfhttp://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dsphttp://www.saude.sp.gov.brhttp://www.mg.gov.brhttp://www.mds.gov.br/bolsafamilia/o_programa_bolsa_familia2 Portal da SES com acesso entre os 25 de maro e 4 de abril.http://www.saude.mg.gov.br/politicas_de_saude/farmacia-de-minas-1/gme/Manual_Med_Estrategicos.pdfhttp://www.saude.mg.gov.br/politicas_de_saude/farmacia-de-minashttp://www.saude.mg.gov.br/politicas_de_saude/hiperdia-mineirohttp://www.saude.mg.gov.br/politicas_de_saude/programa-estadual-de-dst-aids
Ministrio
da Sade
SecretariaEstadual de
Sade
SecretariaMunicipalde Sade
Programa deMedicamentos
Bsicos
FUN
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PRO
GR
AM
A
PRO
GR
AM
A
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Financiamento deMedicamentos
Financiamento deMedicamentos
Financiamento deMedicamentos
Armazenar e Distribuiraos municpois Dispensao
Programa deMedicamentosde Alto Custo
Programa deMedicamentosEstratgicos
DEF
INI
O DEFIN
I
O
Dispensao
So consideradomedicamentos estratgicos
aqueles utilizados emdoenas com perfil endmicoe impacto scio-econmicoimportante cujo controle e
tratamento tenhamprotocolos e normas
estabelecidas.
Os medicamentos bsicosso aqueles destinados
Ateno Primria Sade.So adquiridos pelo governo
do estado com recursotripartite, federal, estadual emunicipal e distribudos paraos 853 municpios do estado
de Minas Gerais
So considerados medicamentosde alto custo (excepcionais)
aquelas para o tratamento dedoenas crnicas que
necessitam, geralmente, deassistncia inserida na mdia oualta complexidade e cujo valorunitrio do medicamento ou do
tratamento, em geral, elevado.
DISPEN
SA
O
DIS
PEN
SA
O
DST/AIDSDIABETES
HIPERTENSOHANSENASEMENINGITE
TUBERCULOSEPESTE
TRACOMAMALRIA
LEISHMANIOSE
O controle dos pacientes individualizado,com identificao por meio de Cadastro dePessoa Fsica (CPF), diagnstico feito combase na Classificao Internacional deDoenas (CID) e determinao dequantidades mximas de medicamentos,com critrios estabelecidos paradispensao, como exames e testesdiagnsticos Documentos necessrios:
1- CPF (original e fotocpia.2- Documento de Identidade (original e fotocpia)3- Comprovante de residncia (original e fotocpia).4- Receita mdica em 02 (duas) vias, com medicamento eposologia diria5- SME - Solicitao de Medicamentos Excepcionais: 4(quatro) vias6- Laudo clnico resumido
Os insumos e medicamentosestratgicos esto disponveisem Farmcias e Unidades deSade em todo Estado de MinasGerais e so distribudosgratuitamente aos pacientescadastrados nos programas.
Os insumos e medicamentosbsicos esto disponveis emFarmcias e Unidades de Sadeem todo Estado de Minas Geraise so distribudos gratuitamenteaqueles pacientes que tem umaprescrio vlida
Documentos necessrios:1- CPF (original e fotocpia.2- Documento de Identidade (original efotocpia)3- Comprovante de residncia (original efotocpia).4- Receita mdica em 02 (duas) vias,com medicamento e posologia diria5- Laudo clnico resumidoD
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DO
SU
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Fluxograma
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19Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
Referencia Bibliogrficas:1 Portal do SUS com acesso entre 25de maro 4 de abril.http://portal2.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31222http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/informesaude/informe174.pdfhttp://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/saudebrasil_novembro2006.pdfhttp://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dsphttp://www.saude.sp.gov.brhttp://www.mg.gov.brhttp://www.mds.gov.br/bolsafamilia/o_programa_bolsa_familia2 Portal da SES com acesso entre os 25 de maro e 4 de abril.http://www.saude.mg.gov.br/politicas_de_saude/farmacia-de-minas-1/gme/Manual_Med_Estrategicos.pdfhttp://www.saude.mg.gov.br/politicas_de_saude/farmacia-de-minashttp://www.saude.mg.gov.br/politicas_de_saude/hiperdia-mineirohttp://www.saude.mg.gov.br/politicas_de_saude/programa-estadual-de-dst-aids
Ministrio
da Sade
SecretariaEstadual de
Sade
SecretariaMunicipalde Sade
Programa deMedicamentos
Bsicos
FUN
O
PRO
GR
AM
A
PRO
GR
AM
A
FUN
O
Financiamento deMedicamentos
Financiamento deMedicamentos
Financiamento deMedicamentos
Armazenar e Distribuiraos municpois Dispensao
Programa deMedicamentosde Alto Custo
Programa deMedicamentosEstratgicos
DEF
INI
O DEFIN
I
O
Dispensao
So consideradomedicamentos estratgicos
aqueles utilizados emdoenas com perfil endmicoe impacto scio-econmicoimportante cujo controle e
tratamento tenhamprotocolos e normas
estabelecidas.
Os medicamentos bsicosso aqueles destinados
Ateno Primria Sade.So adquiridos pelo governo
do estado com recursotripartite, federal, estadual emunicipal e distribudos paraos 853 municpios do estado
de Minas Gerais
So considerados medicamentosde alto custo (excepcionais)
aquelas para o tratamento dedoenas crnicas que
necessitam, geralmente, deassistncia inserida na mdia oualta complexidade e cujo valorunitrio do medicamento ou do
tratamento, em geral, elevado.
DISPEN
SA
O
DIS
PEN
SA
O
DST/AIDSDIABETES
HIPERTENSOHANSENASEMENINGITE
TUBERCULOSEPESTE
TRACOMAMALRIA
LEISHMANIOSE
O controle dos pacientes individualizado,com identificao por meio de Cadastro dePessoa Fsica (CPF), diagnstico feito combase na Classificao Internacional deDoenas (CID) e determinao dequantidades mximas de medicamentos,com critrios estabelecidos paradispensao, como exames e testesdiagnsticos Documentos necessrios:
1- CPF (original e fotocpia.2- Documento de Identidade (original e fotocpia)3- Comprovante de residncia (original e fotocpia).4- Receita mdica em 02 (duas) vias, com medicamento eposologia diria5- SME - Solicitao de Medicamentos Excepcionais: 4(quatro) vias6- Laudo clnico resumido
Os insumos e medicamentosestratgicos esto disponveisem Farmcias e Unidades deSade em todo Estado de MinasGerais e so distribudosgratuitamente aos pacientescadastrados nos programas.
Os insumos e medicamentosbsicos esto disponveis emFarmcias e Unidades de Sadeem todo Estado de Minas Geraise so distribudos gratuitamenteaqueles pacientes que tem umaprescrio vlida
Documentos necessrios:1- CPF (original e fotocpia.2- Documento de Identidade (original efotocpia)3- Comprovante de residncia (original efotocpia).4- Receita mdica em 02 (duas) vias,com medicamento e posologia diria5- Laudo clnico resumido
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20 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
O Sistema nico de Sade (SUS) um dos maiores sistemas pblicos de sade do
mundo. Ele abrange desde o simples atendimento ambulatorial at o transplante de rgos,
garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a populao do pas.
Farmcia do SUS
Amparado por um conceito ampliado de sade, o SUS foi criado, em 1988, pela Constituio Federal Brasileira, para ser o sistema de sade dos mais de 180 milhes de brasileiros. Alm de oferecer consultas, exames e internaes, o Sistema tambm p r o m o v e campanhas de vacinao e aes de preveno e de vigilncia sanitria como fiscalizao de
alimentos e
registro de medicamentos atingindo, assim, a vida de cada um dos brasileiros.
Antes da criao do SUS, que completa 22 anos em 2010, a sade no era considerada
um direito social. O modelo de sade adotado at ento dividia os brasileiros em trs categorias: os que podiam pagar por servios de sade privados; os que tinham direito sade pblica por serem segurados pela previdncia social ( t r aba lhadore s com carteira assinada); e os que no possuam direito algum. Assim, o SUS foi criado para oferecer a t e n d i m e n t o
igualitrio e promover a sade de toda a populao. O Sistema constitui um projeto social nico que se materializa por meio de aes de promoo, preveno e assistncia sade dos brasileiros.
Farmcia
do SUS, do
municpio
de Santa
Luzia, regio
metropolitana
de Belo
Horizonte.
Entrevista
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21Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
Entrevista concedida pelo farmacutico Bruno de Faria Costa, CRF-MG 18144,
profissional da Farmcia do SUS, do municpio de Santa Luzia.
GENRICA: H QUANTO TEMPO VOC TRABALHA NA FARMCIA DO SUS? BRUNO DE FARIA: H 4 anos.
G: QUAIS SO SUAS FUNES COMO FARMACUTICO? Bruno: Programo e seleciono medicamentos; controlo o estoque; coordeno duas farmcias de distribuio de medicamentos, duas internas de pronto atendimento e uma farmcia popular do Brasil; gerencio funcionrios; presto ateno farmacutica a pacientes diabticos com aferio da presso arterial e medida de glicemia capilar.
G: O QUE DIFERE O SEU PAPEL DE PROFISSIONAL FARMACUTICO NA REA DO SUS DOS DEMAIS PROFISSIONAIS?
Entrevista Bruno de Faria Costa
BRUNO: A diferena bsica que no visamos lucro e sim o benefcio direto ao usurio.
G: COMO FEITA A DISPENSAO DE MEDICAMENTOS?
BRUNO: Atravs do receiturio do SUS ou hospitais conveniados. O paciente se dirige a farmcia onde recebe suas medicaes e orientado sobre como utilizar os mesmos, caso o usurio tenha alguma dvida ele
pode solicitar ajuda ao farmacutico, sempre presente durante o horrio de funcionamento do estabelecimento.
G: QUAIS AS PRINCIPAIS INFORMAES PASSADAS AOS PACIENTES DURANTE A DISPENSAO? BRUNO: Devido ao grande volume de atendimento dirio (1.800 pacientes/dia) os
quando solicitados prestam
esclarecimentos sobre: posologia,
modo de uso, reaes adversas,
interaes medicamentosas e ao
esperada dos medicamentos.
Bruno Faria, farmaceutico, sobre atendi-mento nas farmcias populares.
Entrevista
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22 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
farmacuticos normalmente no esto em contato direto com os pacientes, mas quando solicitados prestam esclarecimentos sobre: posologia, modo de uso, reaes adversas, interaes medicamentosas e ao esperada dos medicamentos.
G: QUE PROGRAMAS DE DISPENSAO DE MEDICAMENTOS SO FEITOS NA FARMCIA DO SUS? BRUNO: So os programas da tuberculose, esquistossomose, leishmaniose, hansenase, toxoplasmose, diabetes, DST, AIDS, hipertenso e sade mental, asma e tabagismo.
G: QUAIS SO OS MEDICAMENTOS MAIS PROCURADOS? BRUNO: Os mais procurados so: Captopril (hipertenso arterial); Hidroclorotiazida (diurtico); Anticoncepcional (combinao de
hormnios para prevenir a gravidez); Enalapril (hipertenso arterial); Metformina (antidiabtico, associado ao
regime alimentar); Glibenclamida (tratamento oral do diabetes
mellitus no insulino-dependente) AAS (alvio de cefalia, dores em geral e
sintomas de resfriado e gripe); Furosemida (hipertenso arterial leve e
moderada); Amoxicilina (tratamento
de infeces); Fluoxetina (tratamento
da depresso, associada ou no ansiedade);
Omeprazol (tratamento de problemas causados pela acidez e/ou refluxo
gstrico) Sinvastatina (tratamento
de hiperlipdemia, reduao dos niveis de colesterol, riscos de AVC e infarto do moicrdio)
Clorazepam (tratamento de transtorno de
ansiedade, de humor, de sndromes psicticas e vertigem)
Diazepam (tratamento da ansiedade, relaxante muscular, alvio sintomtico da abstinncia alcolica aguda).
Bruno Faria, farmacutico, sobre a dispensao de medicamentos.
O paciente se dirige a
farmcia onde recebe suas
medicaes e orientado
sobre como utilizar os
mesmos, caso o usurio
tenha alguma dvida ele
pode solicitar ajuda ao
farmacutico, sempre
presente durante o horrio
de funcionamento do
estabelecimento.
Entrevista
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23Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
Mas o SUS, pelo contrrio, possui um amplo campo de atuao, j que ele pos-sui a farmcia, atendimento no posto de sade com vacinaes e at transplante
de rgos.
www.saude.gov.br
Entre, leia, confira as vantagens do SUS e utilize-o.
A maioria das pessoas acredita que o Sistema nico de Sade, o SUS, no
muito importante, j que muitas delas pos-suem convnios e no precisam do SUS.
E isto est disponvel para toda a populao, tendo convnios ou no.
Para maiores informaes sobre o SUS, entre no site do ministrio da sade e clique no link Sobre o SUS, no qual voc encontrar tudo sobre a in-stituio, inclusive no SUS de A a Z, programas,
portarias, entre outros dados.
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24 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
A automedicao uma prtica bastante difundida no apenas no Brasil, mas tambm em outros pases. Em alguns pases, com sistema de sade pouco estruturado, a ida farmcia representa a primeira opo procurada para resolver um problema de sade, e a maior parte dos medicamentos consumidos pela populao vendida sem receita mdica.
Automedicao ADMINISTRAO DE MEDICAMENTOS SEM ORIENTAO OU PRESCRIO DE UM MDICO
Contudo, mesmo na maioria dos pases industrializados, vrios medicamentos de uso mais simples e comum esto disponveis em farmcias, drogarias ou supermercados, e podem ser obtidos sem necessidade de receita mdica (analgsicos, antitrmicos, etc.). A deciso de levar um medicamento da palma da mo ao estmago exclusiva do paciente. A responsabilidade de faz-lo depende, no entanto, de haver ou no respaldo dado pela opinio do mdico ou de outro profissional de sade.
busca de soluo medicamentosa...
Para encurtar os caminhos para a obteno do alvio dos incmodos que o afligem, em inmeras ocasies, diante de quaisquer sintomas, especialmente os mais comuns como aqueles decorrentes de viroses banais, o brasileiro se v, de pronto, impulsionado
a utilizar os medicamentos populares para gripe, febre, dor de garganta, etc.;
O brasileiro tem apreo especial por um remedinho. Faz parte da nossa cultura receitar analgsico para os amigos, comprar a pomada prescrita pela manicure, o antibitico que a av recomendou ou as plulas que o colega de trabalho usa para diminuir o stress. A proporo assustadora que o hbito da automedicao tomou deve-se, historicamente, falta de fiscalizao e represso suficientes para evit-lo. Mesmo sem receita, fcil comprar remdios que exigem prescrio. Alm disso, os baixos honorrios e o despreparo de alguns mdicos fazem com que as consultas sejam cada vez mais rpidas e a relao de cumplicidade do paciente para com o profissional de sade, reduzida.
Procura inicialmente orien-tao leiga seja dos amigos ntimos ou parentes;
A mdia televisiva e vrios outros meios de comunica-o e propaganda como o rdio ou outdoors;
O fato de se poder adquirir um medicamento sem prescrio;
A sobra de medicamentos, muitas pessoas acabam intoxicadas pela ingesto de um produto vencido ou inadequado.
Automedicao
UM RISCO A SADE
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25Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
Aut
omed
ica
o
Info
gr
fico
Automedicao
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26 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
NO DEIXE MEDICAMENTOS AO ALCANCE DE CRIANAS. Os menores podem confundir comprimidos com balinhas, e xaropes com sucos.
Quando voc achar que tem algum problema de sade, PROCURE UM MDICO.
EVITE RECOMENDAES de vizinhos, amigos, parentes ou mesmo de balconistas de farmcias ou drogarias.
NA CONSULTA, informe ao mdico se voc j utiliza algum medicamento e se faz uso freqente de bebidas alcolicas.
No momento de adquirir medicamentos de venda livre, produtos considerados de baixo risco para tratar males menores e recorrentes, como dor de cabea, PROCURE ORIENTAES DO FARMACUTICO.
Recomendaes
Referncias Bibliogrficas:
Secretaria de Vigilncia em Sade Automedicao traz srios riscos sade.Dirceu raposo de Melo disponvel em : http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=24341
Acessado dia 08/06/2010 as 14h00min h
REF - ISSN 1808-0804 Vol. V (1), 67-72, 2008
A IMPORTNCIA DO PROFISSIONAL FARMACUTICO NO COMBATE AUTOMEDICAO NO BRASIL
Hudson W. O. e Sousa*; Jennyff L. Silva; Marcelino S. Neto -
Curso de Farmcia da Faculdade de Imperatriz FACIMP. Imperatriz - MA, Brasil. - Perfil da automedicao no Brasil.
Semelhana de comprimidos com balas e afins.
O que deve ser feito
Automedicao
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27Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
Voc sabia que uma das atividades disponibilizadas pelo SUS, a
vacinao?
Pois saiba que sim. E o melhor que gratuito.
Traga seu carto e venha atualiz-lo no SUS.
Esta atividade destinada a todas as idades e parcelas da populao. No SUS h vacinas para vrias doenas, inclusive a emergente Influenza A (H1N1), mais conhe-cida como Gripe Suna.
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28 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
Formas farmacuticas e suas contaminaes
A indstria farmacutica deve ter conscincia sobre a estabilidade de medicamentos
no desenvolvimento de novos produtos, e isso inclue analisar os motivos que
podem levar modificao da estabilidade, tanto dos frmacos contidos na frmula
farmacutica, como tambm da forma farmacutica como um todo, incluindo-se
todos os adjuvantes farmacotcnicos.
Alguns fatores que interferem para a contaminao dos frmacos so:
Medicamentos Contaminados?
Isso tem soluo!
Temperatura: O aumento da temperatura (calor) tem influncia direta na estabilidade fsica de
muitas formas farmacuticas. Embora o calor no altere mecanismos de reaes de decomposio de frmacos, um dos fatores determinantes da velocidade de decomposio. Estimula-se que a temperatura ideal para a boa conservao dos frmacos seja de 25C.
Luz: A incidncia direta da luz no frmaco acelera o processo de decomposio do mesmo. Os mtodos de proteo contra as alteraes provocadas pela luz relacionam-se com o recipiente final em que
o medicamento est armazenado. Esse recipiente deve proporcionar proteo contra a luz ou ser resistente luz.
Umidade: um dos principais fatores causadores de alteraes nos medicamentos. Apesar de a gua o solvente de primeira opo em qualquer processo de solubilizao, tambm um meio natural para reaes de hidrlise.
Radiaes Ionizantes: A importncia das radiaes ionizantes est na utilizao farmacutica como tcnica de esterilizao, usada principalmente nos injetveis.
Recipientes: A natureza dos recipientes deve ser considerada tanto na fase de produo como na fase de armazenamento do produto.
Ar atmosfrico: um dos importantes fatores de alterao de medicamentos. Alguns de seus componentes so quimicamente inertes, outros interferem isoladamente ou associados.
pH: O pH de fundamental importncia para a estabilidade de frmacos contidos em solues farmacuticas. Cada frmaco, dependendo de suas propriedades fsico-qumicas (Ministrio da sade, 2010).
Segue abaixo alguns medicamentos dispensados no SUS e suas formas de contaminao:
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29Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
CPSULAS
Conceito: So formas farmacuticas slidas as quais uma ou mais substncias medicinais e/ou inertes so acondicionadas em um invlucro base de gelatina.Medicamentos dispensados no SUS: Amoxicilina, fluconazol.
Formas de contaminao: Mau condicionamento de embalagem e m exposio (umidade, sol, temperatura), j que esses ambientes so favorveis proliferao de microorganismo.Formas de preveno de contaminao: Conserva-las em ambientes frescos e ausente da luz solar, armazena-los em locais apropriados.
Formas farmacuticas e suas contaminaes
COMPRIMIDOS
Conceito: So formas farmacuticas slidas de forma varivel obtidas por compresso de medicamentos mais o excipiente. Os comprimidos so dissolvidos no estmago pelos sucos digestivos.Medicamentos dispensados no SUS: Atenolol, Aciclovir.Formas de contaminao: Mau condicionamento de embalagem e m exposio (humidade, sol), j que esses ambientes so favorveis proliferao de microorganismo.Formas de preveno de contaminao: Conserva-las em ambientes frescos e ausente da luz solar, armazena-los em locais apropriados.
SOLUES
Conceito: So formas farmacuticas lquidas que so preparadas por lquidos obtidos por dissoluo de substncias qumicas em gua.Medicamentos dispensados no SUS: Ciprofloxacino, Cloreto de benzalcnio.
Formas de contaminao: No comprimento de boas prticas farmacuticas durante a fabricao e o armazenamento.Formas de preveno de contaminao: Orientar o paciente sobre as maneiras mais adequadas de armazenar uma soluo, como o seu uso correto e a escolha de um laboratrio de confiana.
SUSPENSO
Conceito: So formas farmacuticas que contm partculas finas de substncias ativa em disperso
relativamente uniforme.Medicamentos dispensados no SUS: Azitromicina, Carbamazepina.Formas de contaminao: No comprimento de boas prticas farmacuticas durante a fabricao, o armazenamento e o uso incorreto.Formas de preveno de contaminao: Orientar o paciente sobre as maneiras mais adequadas de armazenar uma soluo, assim como o seu uso correto e a escolha de um laboratrio de confiana. A Suspenso deve agitada antes do uso.
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30 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
AEROSSOL
Conceito: Produto utilizado em frasco sob presso e liberado por ativao de vlvula. Pode ser para aplicao tpica na pele, nariz, boca ou pulmes. Medicamentos dispensados no SUS: Dipropionato, Salbutamol.Formas de contaminao: No comprimento de boas prticas farmacuticas durante a produo, assim como o uso incorreto.Formas de preveno de contaminao: Orientar o paciente sobre o uso correto do medicamento, assim como a escolha de um laboratrio de confiana.
INJETVEL
Conceito: So preparaes estreis de solues, emulses ou suspenses destinadas administrao parenteral.Medicamentos dispensados no SUS: Decanoato, Insulina humana ( Regular, NPH).Formas de contaminao: No comprimento de boas prticas farmacuticas durante a produo, assim como a aplicao de forma indevida e o armazenamento do mesmo.Formas de preveno de contaminao: O tcnico deve estar devidamente paramentado, fazer a anti-sepsia corretamente, ale, de armazenar os medicamentos de forma correta (SUS, 2008).
Referencias bibliogrficas:
SUS, Medicamentos dispensados no SUS. Disponvel em: http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/secretarias/saude/ass_farmaceutica/0002/cartaz_medic_essenciais_2008_02.pdf. Acesso em 20 de maio de 2010, s 22:15 hr.
MINISTERIO DA SAUDE. Disponvel em: http://portal.saude.gov.br/portal/ saude/default.cfm. Acesso em 19 de maio de 2010, s
20:45 hr.
Formas farmacuticas e suas contaminaes
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31Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
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32 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
Os Desafios de
Dificuldades
EnvelhecerO envelhecimento da populao tende a proporcionar desafios cada vez maiores aos servios de sade
reconhecido que a velhice no sinni-mo de doena, mas o avano da idade reduz de forma progressiva a capacidade funcional, com consequente perda da autonomia e independncia que pode, por questes econmicas ou de sade, comprometer de forma significativa a condio de vida dos idosos. As dificuldades surgem quando as funes se deterioram, gerando no idoso a de-pendncia e a necessidade de cuidados que ainda so atribudos famlia, na realidade brasileira (QUEIROZ, 2000).
Deficincias sensoriais e capacidade cognitiva; Dificuldade pra leitura de bulas e instrues; No compreenso e esquecimento de pre-
scrio; Uso inadequado ou abandono do tratamento.
Por essas dificuldades a utilizao de medi-camentos em idosos requer cuidados constantes, pois nesta fase da vida do paciente as reaes ad-versas a medicamentos so mais comuns. Visando melhorar o tratamento e garantir uma farmacoterapia se-gura e racional, o SUS conta com farmacuticos em cada uma de suas unidades. Os idosos podem tambm participar do Programa Sade da Famlia (PSF) que conta com a presena de farmacuticos bem treinados.O papel do farmaceutico na dispensao traz in-fluncias positivas na adeso ao tratamento e na minimizao de erros quanto administrao dos
medicamentos, j que esse profissional reafirma as orientaes quanto ao uso descrito pelos prescri-tores e avalia os aspectos farmacuticos e farma-colgicos que possam representar um dano para o idoso.A polimedicao presente em quase todas as prescries para idosos pode implicar em srias conseqncias para este paciente. Uma vez que h alteraes nos processos farmacocinticos e farmacodinmicos, interferindo no processo de metabolizao dos frmacos e conseqentemente podendo ocorrer problemas de toxicidade relativa a frmacos. As reaes adversas e interaes medi-camentosas tambm so freqentes (CORDEIRO et al, 2005). O farmaceutico da unidade de sade pode recorrer a diversos mtodos para facilitar o uso dos medicamentos para o paciente idoso, como por exemplo a formulao de um planejamento posolgico, adequando os horrios dos medica-mentos aos possveis pelo usurio, tambm a uti-lizao de potes ilustrativos em que so guardados os blisteres e anotados as quantidades de cada me-dicamento, juntamente com a posologia prescrita.
Referncias Bibliogrficas: Andrade MA. Assistncia Farmacutica como Estratgia para o uso racional de Medicamentos em Idosos. 2004
Blanski CRK, Lenardt MH. A compreenso da terapu-tica medicamentosapelo idoso. Rev Gacha Enferm, Porto Alegre (RS) 2005
Ministrio da sade 2003
Os servios de saude idosos
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33Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
FITOTERAPIA NO
SUS: INOVAO OU NO
FITOTERPICOS E O SUS
?Fitoterapia um tipo de tratamento caracterizado pelo uso de plantas medicinais, em suas diferentes preparaes, no entanto, assim como a alopatia, a fitoterapia tambm deve ser usada sob orientao de um profissional capacitado. (SIMOES, 1999; MINISTERIO DA SADE, 2008)
Algumas Unidades da Federao dis-ponibilizam os servios da Fitoterapia, os quais oferecem aos usurios do SUS fitoterpicos ma-nipulados ou industrializados. O sucesso desse projeto se deve ao Pro-grama Nacional de Plantas Medicinais e Fitoter-picos que tem como objetivo garantir popula-o brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterpicos, promovendo o uso sustentvel da biodiversidade, o desenvolvim-ento da cadeia produtiva e da indstria nacional (Decreto n. 5.813 de 22 de junho de 2006.)A fim de se alcanar tal objetivo esse Programa se prope a: Inserir fitoterpicos e servios relacionados
Fitoterapia no SUS, com segurana, eficcia e qualidade.
Desenvolver estratgias de comunicao, for-mao tcnico-cientfica e capacitao no setor de plantas medicinais e fitoterpicos.
Promover o uso sustentvel da biodiversidade, alm de outras estratgias. (Decreto n. 5.813 de 22 de junho de 2006.)
A avaliao do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterpicos (PNPMF) de responsabilidade do comit Nacional de Plantas Medicinais, e este formado pelos representantes do Governo e da Sociedade Civil. As atribuio do Comit esto voltadas s definies de critrios de normatizao para a implementao da fitoterapia no SUS, criando instrumentos e metodologias de avaliao, aplicao e acompanhamento dos pro-cessos de acordo com a portaria Portaria Interministerial n 2960 de 9 de dezembro de 2008. O Ministrio da Sade divulgou em fever-eiro de 2009 a Relao Nacional de Plantas Me-dicinais de Interesse ao SUS (Renisus). Essa lista tem por finalidade orientar estudos e pesquisas que possam subsidiar a elaborao da lista de fi-toterpicos a serem disponibilizados para uso da populao, com segurana e eficcia para o trata-mento de determinada doena. A Renisus dever ser revisada e atualizada periodicamente, a critrio do Ministrio da Sade.
Fitoterpicos no SUS
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34 | Genrica | Janeiro - Junho 2010
Conhea os fitoterpicos financiados pelo SUS
Nome Popular Nome Cientfico Forma Farmacutica Indicaes Teraputicas Contra Indicao
Espinheira-santa Maytenus ilicifolia
cpsula, comprimido,
emulso, soluo e tintura
gastrites e lceras gstricas e duodenais, laxante leve, afeces renais
e hepticasContra indicada para gestantes e lactantes
Guaco Mikania glomeratacpsula, soluo
oral, tintura e xarope.
Tosse com componente de broncoespasmo, auxiliando na
expectorao e broncodilatao.
Gestantes, lactantes, crianas menores de um ano e em pacientes com problemas
hepticos e diabticos.
Alcachofra Cynara scolymus
cpsula, comprimido,
drgea, soluo oral e
tintura;
afeces hepatobiliares e na eliminao de uria e colesterol, alm de
distrbios digestivos.
No deve ser administrada durante a amamentao, nem em casos de
fermentao intestinal.
Cscara-sagrada Rhamnus purshiana cpsula e tintura
estimulao e ao peristltica do clon, estimula a produo de
secrees digestivas em vrios rgos do aparelho digestivo (vescula biliar,
estmago, pncreas e fgado), e ajuda a dissolver os clculos biliares.
Em coso de dores abdominais, nuseas, ades, obstruo intestinal, apendicite e doenas inflamatrias do clon (colite ulcerosa e doena de Crohn), crianas com menos de 10 anos, e em casos de
desidratao grave.
Garra-do-diabo Harpagophytum procumbens cpsula
Auxiliar no tratamento da artrite reumatide (inflamao das
articulaes) e desordens degenerativas do sistema locomotor, como artrose
(alterao articular de natureza degenerativa ou cicatricial, com
reduo ou supresso funcional), bursite (inflamao das bolsas
serosas das articulaes), fibromialgia (sndrome que caracterizada por
dor muscular generalizada e fadiga) e tendinite (inflamao dos tendes).
Lactantes e grvidas, lcera gstrica e duodenal, obstruo das vias biliares, clculos vesiculares, gastrite e clon
irritvel.
Fitoterpicos no SUS
e suas principais indicaes
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35Janeiro - Junho 2010 | Genrica |
Conhea os fitoterpicos financiados pelo SUS
Nome Popular Nome Cientfico Forma Farmacutica Indicaes Teraputicas Contra Indicao
Espinheira-santa Maytenus ilicifolia
cpsula, comprimido,
emulso, soluo e tintura
gastrites e lceras gstricas e duodenais, laxante leve, afeces renais
e hepticasContra indicada para gestantes e lactantes
Guaco Mikania glomeratacpsula, soluo
oral, tintura e xarope.
Tosse com componente de broncoespasmo, auxiliando na
expectorao e broncodilatao.
Gestantes, lactantes, crianas menores de um ano e em pacientes com problemas
hepticos e diabticos.
Alcachofra Cynara scolymus
cpsula, comprimido,
drgea, soluo oral e
tintura;
afeces hepatobiliares e na eliminao de uria e colesterol, alm de
distrbios digestivos.
No deve ser administrada durante a amamentao, nem em casos de
fermentao intestinal.
Cscara-sagrada Rhamnus purshiana cpsula e tintura
estimulao e ao peristltica do clon, estimula a produo de
secrees digestivas em vrios rgos do aparelho digestivo (vescula biliar,
estmago, pncreas e fgado), e ajuda a dissolver os clculos biliares.
Em coso de dores abdominais, nuseas, ades, obstruo intestinal, apendicite e doenas inflamatrias do clon (colite ulcerosa e doena de Crohn), crianas com menos de 10 anos, e em casos de
desidratao grave.
Garra-do-diabo Harpagophytum procumbens cpsula
Auxiliar no tratamento da artrite reumatide (inflamao das
articulaes) e desordens degenerativas do sistema locomotor, como artrose
(alterao articular de natureza degenerativa ou cicatricial, com
reduo ou supresso funcional), bursite (inflamao das bolsas
serosas das articulaes), fibromialgia (sndrome que caracterizada por
dor muscular generalizada e fadiga) e tendinite (inflamao dos tendes).
Lactantes e grvidas, lcera gstrica e duodenal, obstruo das vias biliares, clculos vesiculares, gastrite e clon
irritvel.
e suas principais indicaes
(SIM
E
S, 1
999;
LO
REN
ZI,
2002
; CO
STA
, 200
2)
Espinheira-santa
Guaco
Alcachofra
Cscara-sagrada
Garra-do-diabo
Fitoterpicos no SUS
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Saiba mais sobre este tema que possui pouca sada e muito preconceito!
Plantas medicinais e fitoterpicos podem ser utilizados por mulheres grvidas ou amamentando? As mulheres grvidas ou que estejam amamentando devem buscar orientao de profissional de sade antes de utilizar qualquer planta medicinal ou fitoterpico. Em alguns casos, existem estudos que podem garantir a segurana no uso, nestas situaes. Crianas podem usar plantas medicinais e fitoterpicos? Antes de usar qualquer planta medicinal ou fitoterpico em crianas, deve-se buscar orientao de profissional de sade. Crianas menores de dois anos no devem utilizar fitoterpi-cos, uma vez que no h estudos que possam garantir a segu-rana para esta faixa etria. Por quanto tempo possvel utilizar uma planta medici-nal ou um fitoterpico? Plantas medicinais e fitoterpicos no devem ser utilizados continuamente, a no ser por orientao de profissionais de sade. As plantas medicinais e os fitoterpicos podem fazer mal sade? Como qualquer medicamento o mal uso de fitoterpicos e tambm de plantas medicinais pode ocasionar problemas de sade. Determinadas plantas medicinais e fitoterpicos podem ser utilizados sem a orientao mdica para o alvio sintomti-co de doenas de baixa gravidade e por curtos perodos de tempo. No entanto, caso os sintomas persistam por mais de sete dias, ou apaream reaes indesejadas, o uso deve ser in-terrompido e deve ser procurada orientao mdica.
H problemas em usar outros medicamentos associados s plantas medicinais e fitoterpicos? No caso de utilizar medicamentos de uso contnuo, deve-se buscar orientao de um profissional de sade. As perguntas mais freqentes foram retiradas do portal do Ministrio da Sade e para maiores in-formaes ligue para a Central de Atendimento e tire suas duvidas: (31) 3357-4269.
Referncias Bibliogrficas
Ministrio da Sadehttp://portal.saude.gov.br/portal/ ade/profissional/visualizar_tex-to.cfm?idtxt=33779 acessado entre os dias 15 e 17 de junho.
Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterpicos acesso em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/plantas_medici-nais.pdf acessado entre os dias 15 e 17 de junho.
SIMES, C. M. O. et al. Farmacognosia, da planta ao medicamento, PortoAlegre/Florianpolis. Ed. Universidade/UFRGS, 1999.
Lorenzi, H; Abreu Matos, J. F. Plantas me-dicinais no Brasil nativas e exticas cultivadas. Nova Odessa, So Paulo: Instituto Planta-rum, 2002.
COSTA, A. F. Farmacognosia.6ed. Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian, 2002.
Fitoterpicos no SUS
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O vrus da gripe pode estar em muitos lugares. S que voc no v.
Previna-se. Ao tossir ou espirrar, use o leno.
NO USE MEDICAMENTOS SEM ORIENTAO MDICA.
Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um leno descartvel.
Lavar as mos com gua e sabonete, especialmente depois de tossir ou espirrar.
No compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
Feve
reiro
/201
0
pode estar em
O vrus da gripe pode estar em muitos lugares. S que voc no v.
Previna-se. Ao tossir ou espirrar, use o leno.
NO USE MEDICAMENTOS SEM ORIENTAO MDICA.
Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um leno descartvel.
Lavar as mos com gua e sabonete, especialmente depois de tossir ou espirrar.
No compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
Feve
reiro
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pode estar em
O vrus da gripe pode estar em muitos lugaras. S que voc no v. Previna-se. Ao tossir ou espirrar, use leno.