fraturas e luxacoes da coluna vertebral
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FRATURAS E LUXAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL
ANATOMIA
Coluna cervical
Coluna cervical alta: complexo occipitocervical: occipital, atlas(C1) e áxis (C2).
Coluna cervical baixa: da 3ª à 7ª vértebra cervical.
LESÕES DA COLUNA CERVICAL
ANATOMIA
COLUNA CERVICAL ALTACOLUNA CERVICAL ALTA
ANATOMIA
• Osso occipital:
constituído
pelas partes
basilar,
condilares e
escamosa.
FRATURAS DO CÔNDILO OCCIPITAL
Fraturas do côndilo occipital
Mecanismo de trauma: acidentes envolvendo traumas de alta energia, tais como acidentes automobilísticos ( na grande maioria ) e acidentes ocorridos na prática esportiva.
Raras, acometem principalmente indivíduos jovens do sexo masculino.
Fraturas do côndilo occipital
Classificação de Anderson e Montesano:• Tipo I : fratura impactada do côndilo occipital,
tendo como mecanismo de trauma a carga axial do crânio sobre o atlas;
• Tipo II : fratura do côndilo occipital, como parte de uma fratura da base do crânio;
• Tipo III : fratura-avulsão do côndilo occipital pelo ligamento alar, causada por rotação ou inclinação lateral da cabeça ou pela associação dos dois movimentos (lesão potencialmente instável).
Fraturas do côndilo occipital
Quadro clínico
• O TCE acompanha a grande maioria dessas fraturas, dificultando o
diagnóstico.
• Pode haver associação dessas lesões às fraturas de vértebras
cervicais.
• É inespecífico: dor na face posterior do pescoço e espasmos da
musculatura paravertebral cervical.
Fraturas do côndilo occipital
Diagnóstico:
• É extremamente difícil;
• A tomografia computadorizada (TC) é o exame de escolha.
Tomografia Computadorizada
Fraturas do côndilo occipital
Tratamento:
conservador: colar tipo Philadelphia para
os tipos I ou II e imobilização mais rígida,
com halogesso ou gesso tipo Minerva,
para as do tipo III.
Prognóstico:
se a lesão for isolada, é favorável.
Fraturas do atlas
ANATOMIA
Fraturas isoladas do arco posterior: resultantes da compressão vertical sobre a cabeça em extensão.
“Fratura de Jefferson”: uma compressão axial (vertical) do crânio sobre o atlas força-o sobre o áxis, determinando a sua ruptura nos pontos mais fracos, que são os arcos anterior e posterior, com conseqüente afastamento das massas laterais.
Fraturas do Atlas
(A) Diagrama e (b)Radiografia de perfil de uma fratura do anel posterior de C1 (Fratura de Jefferson).
Fraturas do Atlas
Fraturas de Jefferson: é importante
saber se houve ou não a ruptura do
ligamento transverso. Se o afastamento
for maior do que 7 mm, houve ruptura
(método de Spencer).
Acima, tomografia transoral de uma fratura do anel de C1. Em baixo, TC de uma fratura do anel de C1( anterior e posterior).
Fratura de Jefferson: Tratamento:
redução por tração craniana e imobilização
por 3 a 4 meses.
Se houver ruptura do ligamento transverso,
faz-se a artrodese occipitocervical.
Luxações do Atlas- Áxis
Puras ( sem fratura do dente do áxis ):
. Raras;
. Só são possíveis por um violento mecanismo de flexão com ruptura do ligamento transverso e projeção do dente do áxis para o canal neural, havendo traumatismo medular geralmente incompatível com a vida.
Luxações do Atlas- Áxis
As subluxações determinadas por instabilidade já existente como nas displasias do dente de áxis e na artrite reumatóide são as mais freqüentes.
Tipos da luxação de C1-C2. (A)Luxação de C1 com ruptura do ligamento transverso (usualmente fatal). (B) Subluxação de C1 com fratura da odontóide. (C) Luxação de C1, deslizando sobre a odontóide. (D)Subluxação rotatória.
Luxações do Atlas- Áxis
Diagnóstico:
• Radiográfico
• Tomografia computadorizada.
Radiografia transoral mostrando subluxação rotatória fixa de C1-C2.
Luxações do Atlas- Áxis
Tratamento:
• Luxação C1- C2: sempre cirúrgico
• Após a redução , são feitos o amarrilho
metálico e a artrodese entre os arcos
posteriores de C1- C2.
Fraturas do dente do áxis
Anatomia
Fraturas do dente do áxis
Podem ou não apresentar desvio.
O seu mecanismo é pouco claro: estudos
biomecânicos sugerem que ocorram por
forças de cisalhamento.
Fraturas do dente do áxis
Classificação segundo Anderson e D’Alonso:
• OBS: relacionam a altura do traço com o prognóstico.
Tipo I : fratura do ápice do dente de áxis;
Tipo II : fratura atingindo o corpo do áxis;
Tipo III : fratura da base do dente do áxis;
Classificação de Anderson e D’Alonzo Classificação de Anderson e D’Alonzo das fraturas do odontóidedas fraturas do odontóide
Fraturas do dente do áxis
tipo I e III : conservador (redução,
feita geralmente por tração e
imobilização)
tipo II : cirúrgico, pelo alto índice
de pseudo-artrose.
Tratamento:
Fratura do enforcado ( Espondilolistese traumática do áxis )
Fratura típica por hiperextensão-distração;
É a fratura dos pedículos de C2 com deslizamento do
corpo dessa vértebra sobre C3.
Apesar do grande escorregamento de C2 sobre C3,
poucas vezes condiciona lesão medular, porque, ao
contrário de produzir um estreitamento do canal espinhal,
produz um alargamento.
Fratura do enforcado ( Espondilolistese traumática do áxis )
Classificação segundo Levine:• Tipo I: não possuem nenhuma angulação, têm até 3 mm
de desvio anterior e são estáveis;
• Tipo II: angulação > 10º e desvio > 3 mm, são
aparentemente causadas por hiperflexão e são instáveis;
• Tipo IIa: apresenta alargamento posterior do espaço
discal não observado nas fraturas tipo II padrão;
• Tipo III: angulação e desvio graves, por causa da
luxação de uma ou ambas facetas de C2-C3.
Tipos de espondilolistese traumática Tipos de espondilolistese traumática do Áxisdo Áxis
Fratura do enforcado
Tratamento:
• Redução por tração é feita geralmente com facilidade;
• Deve ser seguida de imobilização por cerca de 3 meses;
• Quando não há desvio ou o desvio é muito discreto, pode ser feita a imobilização de imediato sem redução.
COLUNA CERVICAL BAIXACOLUNA CERVICAL BAIXA
Fraturas de C3 a C7
Fraturas e Luxações da Coluna Cervical BaixaFraturas e Luxações da Coluna Cervical Baixa
Luxações de C2-C7Luxações de C2-C7- risco de lesão medular importante- risco de lesão medular importante- necessidade do uso de colar cervical na emergência- necessidade do uso de colar cervical na emergência
Incidência lateral da coluna cervical.(A) radiografia inicial na sala de emergência é negativa para fratura; C7 não foi visualizada.(B) tração no ombros revela uma fratura-luxação de C6 e C7.
Mecanismo de trauma
• desde pequenas quedas de alturas até grandes
acidentes de trânsito com trauma de alta
energia.
• as causas mais freqüentes das lesões fechadas
são: acidentes de trânsito, quedas e mergulhos
em lugares rasos.
Força de carga axial com o pescoço em flexão causando laceração dos ligamentos posteriores e luxação.
Força de carga axial com o pescoço em posição neutra
causando uma fratura explosiva cominutiva.
Tipos de fraturas
• “Fraturas de padejador de argila”: C7, C6 e
T1; fraturas através do processo espinhal
na sua base.
• “Fratura sentinela”: posterior, no processo
espinhal; o fragmento posterior solto pode
colidir com a medula espinhal.
Fratura da apófise espinhal de C6, não associada com
lesão neurológica: “Fratura do padejador de argila”
Tratamento
• Objetivos: coluna cervical anatomicamente alinhada, estável e com função neurológica máxima.
• Metilprednisolona: facilita recuperação neurológica.• Urgência da redução quando há lesão neurológica.• Conservador: - Luxação e fratura redutíveis: tração longitudinal com
halo craniano. - Redução fechada: pesos crescentes e monitoração. - Tração esquelética com grampo craniano (Grampo de
Gardner-Wells).
Um leito rotatório de lado para lado pode ser usado durante a primeira semana após a lesão para ajudar a prevenir úlceras de pressão, atelectasia pulmonar e
pneumonia.
(A) Tratamento ambulatorial de
luxação reduzida em um halo e colete. (B) Halo de baixo perfil
fixado a colete de gesso com esticadores ajustáveis.
Tratamento Cirúrgico
• Indicações: - déficit neurológico progressivo face a luxação
persistente - neurocompressão não corrigida pelo realinhamento
fechado - persistência de lesão incompleta da medula espinhal - luxações instáveis que foram reduzidas• Redução aberta com fixação interna• Artrodese • Descompressão• Laminectomia (abolida atualmente)
(A) Fratura-luxação facetária unilateral de C5-C6.
(B) Redução e fixação com clampes laminares.
COLUNA TORACOLOMBAR
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO• Mecanismos de trauma mais frequentes: acidentes
automobilísticos, quedas, esportes e atos de violência.• São as fraturas mais comuns do esqueleto axial – 89%.• Instabilidade da coluna: lesões ósseas, neurológicas ou ambas.
Anatomia e Biomecânica
• Coluna Torácica:12 vértebras alinhadas em cifose, com
angulação variando de 20º a 45°Corpo da vértebra torácicaPedículos com formato tubularProcessos articulares: superiores e
inferiores
Biomecânica Biomecânica vertebralvertebral
• EstabilidadeEstabilidade
• ElasticidadeElasticidade
• Proteção nervosaProteção nervosa
Vértebra torácica
Coluna Lombar
• 5 vértebras alinhadas em lordose, com angulação variando de 40° a 60°
• Corpo da vértebra lombar é maior que o da torácica
• Pedículo em forma oval
• Pars Interarticular
Vértebra Lombar
História Clínica
• História do trauma
• Observar se há presença de hematomas no dorso do paciente
• Palpar todos os processos espinhosos
• Fazer a avaliação neurológica
Avaliação Neurológica
• Déficit completo:Ausência de qualquer
função (motora ou sensitiva) caudal à lesão da coluna espinhal
Reflexo bulbo cavernoso presente – ausência de choque espinhal
Avaliação Neurológica
• Déficit incompleto:
Persistência de alguma função neurológica abaixo do nível da lesão
Melhor prognóstico
Poupança sacral: continuidade pelo menos parcial dos tratos corticoespinhal e espinotalâmico
Poupança Sacral
Exame das extremidades inferiores
Dermátomos
Classificação de Frankel
A. Função motora e sensitiva ausente.
B. Sensibilidade presente e função motora ausente.
C. Sensibilidade presente, função motora ativa, mas não útil.
D. Sensibilidade presente, função motora ativa e útil.
E. Função motora e sensitiva normais.
Colunas de Frank Denis
CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS
Classificação das fraturas
– CLASSIFICAÇÃO AO: DE ACORDO COM AS PRINCIPAIS FORÇAS QUE
DETERMINARAM AS LESÕES:
• A - Compressão (perda da altura do corpo vertebral)
• B - Distração (ruptura do segmento anterior ou posterior)
• C - Rotação (desvios rotacionais)
Classificação das fraturas
Fratura do tipo A: compressão do corpo vertebral
Classificação das fraturas
Fraturas do tipo B: lesão dos elementos anteriores e posteriores por distração
Classificação das fraturas
Fraturas do tipo C: lesão dos elementos anteriores e posteriores com rotação
Fratture tipo Fratture tipo Deficit neurologici Deficit neurologici tipotipo A. 65% A. 65% A. 14%A. 14% B. 15% B. 15% B. 27%B. 27% C. 20% C. 20% C. 60%C. 60%
Magerl et Al. - 1461 fratture toraco-Magerl et Al. - 1461 fratture toraco-lombarilombari
tipo Atipo B
tipo c fratturedeficit
0
20
40
60
80
100
fratture
deficit
TRATAMENTO
OBJETIVOS:
• Restaurar o alinhamento espinhal, prevenindo o desenvolvimento de deformidade espinhal progressiva, dor e instabilidade.
• Proporcionar condições ótimas para função, recuperação e regeneração das estruturas neurais.
OBJETIVOS:
• Diminuir a incidência de complicações não-espinhais (úlceras, tromboflebite profunda, embolia pulmonar, pneumonia e ITU).
• Proporcionar condições ótimas para reabilitação e restauração de todas as funções.
TRATAMENTO
Fratura do tipo A
• A maioria é estável, com lesão da parte anterior do corpo vertebral. O tratamento conservador indicado é o uso de órteses: (OTLS, Jewett) por 6 a 12 semanas.
TRATAMENTO
TRATAMENTO
CONSERVADOR:
TRATAMENTO
CONSERVADOR:• Órtese toracolombosacral
TRATAMENTO
CONSERVADOR:• Órtese toracolombosacral
Fratura do tipo B
• Freqüência maior de danos neurológicos. • Indicação cirúrgica.• Exceção das fraturas tipo Chance (lesão
puramente óssea, instável em flexão, mas com bom potencial de consolidação), nas quais são indicadas órteses por um período de 12 semanas.
TRATAMENTO
Fratura do tipo C
• Lesões mais graves
• Maior associação com déficits
neurológicos.
• Necessidade de fixação cirúrgica de
todo o segmento acometido, associado
com artrodese.
TRATAMENTO
TRATAMENTO
FraturaFratura ToráxicaToráxica
Fratura por Fratura por explosão explosão lombarlombar
(dupla via)(dupla via)
Fratura-Fratura-luxação coluna luxação coluna
lombarlombar
(dupla via)(dupla via)
TRATAMENTO
TRATAMENTO
TRATAMENTO
Obrigado !!!