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A PUC Goiás foi palco, no último mês, de grandes eventos que se propuseram discutir cidadania e igualda- de. Na 5ª Conferência Muni- cipal das Cidades – Goiânia, representantes do governo e da sociedade civil organi- zada debateram propostas para transformar a capital numa cidade para todos. Em outro evento, a igualdade racial norteu as discussões durante o lançamento da Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial. Temas estes que são recorrentes na produção científica, social e cultural da universidade, que mantém o Programa de Extensão e Estudos Afro-brasileiros. Páginas 3 e 6 Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás Goiânia, 1ª quinzena de junho de 2013 - Ano XXIII N. 539 PUC Goiás abre novas turmas de pós-graduação A vida longe de casa Discutir a realidade da classificação indicativa no Brasil e capacitar conselhei- ros tutelares e de direito, e também acadêmicos e profissionais da área de serviço social, pedagogia, comunicação e psicologia, com o intuito de promover a proteção e a garantia dos di- reitos humanos das crianças e adolescentes no País. Este foi o objetivo do Seminário Classificação Indicativa e Proteção da Criança e do Adolescente, realizado na PUC Goiás, com participa- ção de representantes da Unesco e do diretor do Mi- nistério da Justiça, Davi Pi- res, que concedeu entrevista ao Folha PUC. Página 5 Seminário discute classificação indicativa Em maio, a PUC Goiás abriu novas turmas em dois cursos de especialização, em Campo Grande e Goiânia. Em Campo Grande (MS), começaram as au- las das turmas da especialização O ingresso num curso superior é um momento de grande transfor- mação na vida do estudante. Para al- guns, o desafio torna-se ainda maior, já que representa a saída da casa dos pais para vivenciar uma rotina que requer concessões, persistência e compreensão. É o caso da estudante de Jornalismo Bianca de Carvalho Alves (foto), 22, que saiu de Pires do Rio para estudar em Goiânia, onde mora na Casa do Estudante Univer- sitário II (CEU II). Página 12 Cidadania e diversidade são debatidas na PUC Goiás Reitor participa de assembleia da Abruc. Página 7 Alunos da Unati discutem fotografia. Página 4 Professor da PUC ministra curso na Argentina. Página 8 Governo do Japão concede bolsas a brasileiros. Página 10 em Ultrassonografia em Gineco- logia e Obstetrícia, e, em Goiâ- nia, em parceria com o Ipecom, em Auditoria e Gestão de Tribu- tos. Os cursos têm duração de 24 meses. Página 7 Abertura da 3ª Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial

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Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás

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Page 1: Folha PUC - 539

A PUC Goiás foi palco, no último mês, de grandes eventos que se propuseram discutir cidadania e igualda-de. Na 5ª Conferência Muni-cipal das Cidades – Goiânia, representantes do governo e da sociedade civil organi-zada debateram propostas para transformar a capital numa cidade para todos. Em outro evento, a igualdade racial norteu as discussões durante o lançamento da Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial. Temas estes que são recorrentes na produção científica, social e cultural da universidade, que mantém o Programa de Extensão e Estudos Afro-brasileiros. Páginas 3 e 6

Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás Goiânia, 1ª quinzena de junho de 2013 - Ano XXIII N. 539

PUC Goiás abre novas turmas de pós-graduação

A vida longe de casa

Discutir a realidade da classificação indicativa no Brasil e capacitar conselhei-ros tutelares e de direito, e também acadêmicos e profissionais da área de serviço social, pedagogia, comunicação e psicologia, com o intuito de promover a proteção e a garantia dos di-reitos humanos das crianças e adolescentes no País. Este foi o objetivo do Seminário Classificação Indicativa e Proteção da Criança e do Adolescente, realizado na PUC Goiás, com participa-ção de representantes da Unesco e do diretor do Mi-nistério da Justiça, Davi Pi-res, que concedeu entrevista ao Folha PUC. Página 5

Seminário discute classificação indicativa

Em maio, a PUC Goiás abriu novas turmas em dois cursos de especialização, em Campo Grande e Goiânia. Em Campo Grande (MS), começaram as au-las das turmas da especialização

O ingresso num curso superior é um momento de grande transfor-mação na vida do estudante. Para al-guns, o desafio torna-se ainda maior, já que representa a saída da casa dos pais para vivenciar uma rotina que requer concessões, persistência e compreensão. É o caso da estudante de Jornalismo Bianca de Carvalho Alves (foto), 22, que saiu de Pires do Rio para estudar em Goiânia, onde mora na Casa do Estudante Univer-sitário II (CEU II). Página 12

Cidadania e diversidade são debatidas na PUC Goiás

Reitor participa de assembleia da Abruc. Página 7

Alunos da Unati discutem fotografia. Página 4

Professor da PUC ministra curso na Argentina. Página 8

Governo do Japão concede bolsas a brasileiros. Página 10

em Ultrassonografia em Gineco-logia e Obstetrícia, e, em Goiâ-nia, em parceria com o Ipecom, em Auditoria e Gestão de Tribu-tos. Os cursos têm duração de 24 meses. Página 7

Abertura da 3ª Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial

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Goiânia, 1ª quinzena de junho de 2013 Folha PUC 539 - 2

O Encontro Latino-Ame-ricano de Pastorais Univer-sitárias ocorrerá nos dias 17 e 18 de julho, na PUC Minas, em Belo Horizonte, antes da abertura oficial do Congres-so Mundial de Universida-des Católicas (Cmuc). Com o tema Rosto Latino-Americano de um novo tempo, o Encontro terá o objetivo de pensar as li-

A PUC Goiás tem em suas raízes os princípios da excelência acadêmica e do compromisso social fundamentados na sua identidade católica, comunitária e filantró-pica. Como a produção e a socialização do conhecimento estão arraigadas em seus va-lores, a universidade investe na pesquisa, no ensino e na extensão para que os futu-ros profissionais, docentes e pesquisadores possam colocar o conhecimento como ins-trumento de transformação da sociedade.

A universidade tem uma política inclu-siva de atender a todas as pessoas que usu-fruem de nossos espaços e serviços. Ela acolhe, abraça e abre suas portas para pessoas de diferentes origens, etnias e classes sociais. A PUC Goiás é uma instituição que pulsa a partir do ideal de seu projeto educativo: está de braços abertos para o mundo e com ele se relaciona e se debruça.

Uma das iniciativas da universidade que aponta e reafirma esse compromisso é o Programa de Acessibilidade, que se propõe a mobilizar toda a comunidade universitária para o exercício da educação inclusiva e o acolhimento ao aluno(a) com necessidades educacionais especiais. A assistência inicia no vestibular, que é a porta de entrada do candidato nesta universidade, um mérito con-quistado pelo esforço de cada um e de cada uma ao longo de sua vida escolar. O Programa tem reconhecimento internacional e será apresentado na segunda quinzena deste mês, em evento promovi-do pela Federação Internacional das Universidades Católicas (Fiuc) em Lille, na França, com a participação de cerca de 200 universida-des e instituições católicas de ensino superior.

Nosso maior tesouro são os acadêmicos e acadêmicas. Neles estão depositadas as esperanças de um futuro melhor. São as as-pirações para o amanhã, histórias construídas no hoje que trazem perspectivas futuras em prol da concretização de sonhos pessoais e coletivos. A universidade, por meio de seus institutos, núcleos e centros de pesquisa se relaciona e estuda a política, a economia, a ecologia, a saúde, as ciências humanas, exatas e demais áreas do saber.

A socialização do conhecimento é como uma obra de arte: ema-na do interior, da inspiração, do suor e da labuta diária, elementos que se concretizam em algo belo aos olhos, digno de admiração e também de divulgação e reconhecimento.

Nesta edição, você vai acompanhar as principais notícias desta universidade, que é um espaço para se pensar, apurar, refletir e construir projetos com o pragmatismo e o rigor da ciência com os pés no chão, mas com os olhos e os corações olhando para o alto e avante rumo a novos horizontes e caminhos.

Wolmir Therezio AmadoReitor da Pontíficia Universidade Católica de Goiás

Presidente do Conselho de Reitores das Universidades BrasileirasPresidente do Conselho Superior da Associação

Nacional da Educação Católica

Carta do Reitor Celebração

Abraçar horizontes e caminhos

Encontro Latino-Americano recebe inscrições até 30 de junho

Expediente Instituição juridicamente mantidapela Sociedade Goiana de Cultura - SGC

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁS

Folha PUC - Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, produzido pela Divisão de Comunicação Social - Dicom/GR - Tel.: 3946-1010Diretora: Carla de Oliveira (GO n. 1076 JP)Redação: Belisa Monteiro (GO n. 2343 JP), Carla de Oliveira (GO n. 1076 JP), Diene Batista, Luisa Dias (GO n.01181 JP) e Roldão Barros.Diagramação: Adriano AbreuFotografias: Ana Paula Abrão, Wagmar Alves e Weslley CruzImpressão: Gráfica da PUC Goiás

GRÃO-CHANCELER:Dom Washington Cruz, CP

REITORProf. Wolmir Therezio AmadoVICE-REITORAProfa. Olga Izilda RonchiPRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃOProfa. Sônia Margarida Gomes SousaPRÓ-REITORA DE EXTENSÃO E APOIO ESTUDANTILProfa. Márcia de Alencar Santana

PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISAProfa. Sandra de FariaPRÓ-REITORA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONALProfa. Helenisa Maria Gomes de Oliveira NetoPRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃOProf. Daniel Rodrigues BarbosaPRÓ-REITOR DE COMUNICAÇÃO Prof. Eduardo Rodrigues da SilvaCHEFE DE GABINETEProf. Lorenzo Lago

cAssociação Brasileira das

Universidades Comunitárias

nhas da pastoral universitária na América Latina e promo-ver uma rede de partilha das experiências de evangelização no âmbito universitário, com representantes do Brasil, Ar-gentina, Chile e Venezuela. As inscrições são gratuitas, com vagas limitadas, e po-dem ser feitas no site: www.universitarioscristaos.com.br.

Nossa Senhora Auxiliadora é coroada na SGC

A celebração de coroação de Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira de Goiânia, foi re-alizada no dia 29 de maio, na Sociedade Goiana de Cultura (SGC). Realizado há três anos, o evento reúne funcionários docentes e administrativos da PUC Goiás com o objetivo de

Cerimônia se repete há 3 anos, no dia dedicado à Nossa Senhora

louvar a mãe de Jesus. A ce-lebração contou com cânticos, leitura e homilia. Ao final, os presentes receberam pétalas de rosa para ofertar à Maria.

O evento é realizado pela SGC, Coordenação de Cursos de Extensão e Paróquia Univer-sitária São João Evangelista.

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Goiânia, 1ª quinzena de junho de 2013 Folha PUC 539 - 3

Cidadania

Propostas para humanizar Goiânia são debatidas na PUC Goiás

Mais do que aglomerados de casas, ruas e veículos, as cidades são formadas por pesso-as que devem – pelo menos em tese – usufruir o melhor que cada município pode oferecer. Na prática, porém, a realidade é diferente, como lembrou a pró-reitora de Extensão e Apoio Estudantil da PUC Goiás, professora Márcia de Alencar Santana, na abertura da 5ª Conferência das Cidades – Goiânia, realizada no último dia 21 de maio. “Muitas vezes, o cidadão convive com a pior parte da cidade: a falta de segurança, de saneamento básico, de saúde e de moradia. A universidade se preocupa com essas pessoas e é parceira de todos que desejam construir uma sociedade melhor e com mais qualidade de vida”, jus-tificou a pró-reitora, que representou o reitor Wolmir Amado no evento.

A quinta edição da Conferência das Cida-des na capital discutiu, em dois dias, estraté-gias para transformar em lei o Sistema Na-cional de Desenvolvimento Urbano (SNDU) e colocá-lo em funcionamento. As propostas elaboradas a partir dos debates serão enca-minhadas para a Conferência Estadual das

Profa. Márcia de Alencar defende cidade para todos

Solenidade foi prestigiada pela Reitoria, professores e funcionários

Feira das Universidades será uma das atrações do Cmuc

PUC Goiás lança Vestibular 2013/2

DCE tem nova coordenação

No Congresso Mundial de Universi-dades Católicas (Cmuc), será promovida a Feira de Universidades, espaço no qual serão disponibilizados, sem custos, estan-des para a promoção e diálogo entre as ins-tituições de ensino superior participantes do evento. Em quatro dias de realização, os participantes do Cmuc terão a oportu-nidade de interagir e discutir as grandes mudanças na sociedade nos âmbitos socio-cultural, político, ambiental e religioso. O Congresso será realizado no período de 18 a 21 de julho deste ano, na Pontifícia Uni-versidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), em Belo Horizonte, Minas Gerais. O evento, que terá como tema Novos Tem-pos, Novos Sentidos, reunirá cerca de 2 mil pessoas de diversas partes do mundo. As inscrições estão abertas e já podem ser fei-tas no site www.cmuc.pucminas.br.

A PUC Goiás lançou, no dia 22 de maio, o Vestibular 2013/2, que oferece 4.042 vagas distribuídas em 45 cursos de licenciaturas, bacharelados e tecnológicos, para ingresso

A nova coordenação do Diretório Cen-tral dos Estudantes (DCE) da PUC Goiás tomou posse no dia 5 de junho, em cerimô-nia realizada no Auditório da Reitoria. Fo-ram empossados como novos coordenado-res o acadêmico de Direito, Michel Magul,

Cidades e, posteriormente, para a edição na-cional do evento, visando garantir a partici-pação de Goiânia. A iniciativa é promovida

pela Prefeitura de Goiânia com o apoio da PUC Goiás, do Ministério das Cidades e do Governo Federal.

no segundo se-mestre. As ins-crições já estão abertas e podem ser feitas dire-tamente na pá-gina vestibular.pucgoias.edu.br, até o dia 11 de ju-nho. A solenida-de de lançamen-to foi presidida pela vice-reitora da PUC Goiás, Olga Ronchi, no Plenário da Rei-

toria, com a presença do coordenador de Admissão Discente, prof. Alexandre Ribei-ro, diretores de departamento, coordenado-res de cursos e demais gestores.

o estudante de Engenharia Civil, Wagner Camargo, e a aluna de Fisioterapia, Lara Rocha. O mandato é de um ano. Segundo Magul, a intenção é fazer uma gestão que integre os diferentes cursos de graduação da universidade.

Profa. Márcia de Alencar com o acadêmico de Direito, Michel Magul

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Goiânia, 1ª quinzena de junho de 2013 Folha PUC 539 - 4

Os alunos da oficina de Educação em Direitos Huma-nos da Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati) da PUC Goiás participaram, no dia 21 de maio, de um bate-papo so-bre fotografia com a professo-

O Programa Ciência sem Fronteiras está com inscrições abertas para bolsas em cinco países: Alemanha (DAAD), Ca-nadá (ACCC), EUA (NOVA/HBCU), Hungria (HRC) e Japão (JASSO). As vagas são para bol-

Extensão

Alunos da Unati discutem fotografia

Ciência sem Fronteiras oferece bolsas para cinco países

Estudantes fazem provas da Avaliação Interdisciplinar

ra Déborah Borges, do curso de Jornalismo da instituição. Déborah - que dá aulas de fo-tografia e fotojornalismo na PUC Goiás e é doutoranda pela Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (UFG) - tirou as principais dú-vidas dos alunos e apresentou alguns princípios básicos de fotografia.

Além de uma pequena apostila com dicas de enqua-dramento, controle de luz, cor e outras, a professora se preo-cupou em adequar a linguagem e o conteúdo para que os alunos pudessem tirar o máximo pro-veito. “É um público que têm, geralmente, mais receio em tra-balhar com tecnologia. Eu tive que me preocupar em incluir

essa discussão com eles”, con-tou. Durante a conversa, ela também apresentou modelos de máquinas digitais e analó-gicas e mostrou suas principais semelhanças e diferenças.

“Sempre que viajo eu levo as duas (analógica e digital). Eu gosto muito de fotografar, mas não gosto tanto da má-quina digital. Eu gosto mesmo é de ver a foto no papel, ter a experiência de tocar. Ainda é fácil encontrar filme para com-prar”, comentou a aluna da Unati, Rosenete Dias Costa. No bate-papo, outras colegas de sala divergiram um pouco de opinião, mas todas concor-daram que era inevitável ter acesso e utilizar as ferramentas digitais.

Imagem na terceira idadeA discussão sobre a imagem

do idoso também teve espaço na oficina. O conteúdo foi apresen-tado pela professora de Comu-nicação, Denize Daudt Bandeira, ligada também ao curso de Jor-nalismo da instituição. “A gente vive em uma sociedade que valo-riza o que é jovem, o novo. Pelas discussões que tivemos, percebi que depois de uma certa idade, a pessoa tende a sentir que deve se esconder”, revela.

Na oficina, a professora teve conversas sobre imagem, de uma forma mais ampla, e pe-diu que os alunos trouxessem fotos que representassem suas próprias vidas. O resultado foi surpreendente. “Muitos chega-ram com fotos de quando eram jovens ou dos filhos e netos. Uma aluna chegou a falar para sermos realistas, que velho não tem mais o que mostrar”, con-ta. Após as aulas, Denize tem percebido que a visão dos alu-nos tem mudado. “Uma aluna chegou para me dizer que tinha parado para observar fotos de idosos e disse que era bonito”.

A ideia de falar de imagem em conjunto com os direitos humanos reforça o objetivo de gerar reflexões que aumentem a autoestima e a identidade des-ses alunos. “Se você não valori-zar a imagem, a autoestima fica baixa”, destaca a professora. “A intenção é que a gente feche as aulas do semestre já com um ensaio fotográfico em estúdio”, afirma.

Aluna da Unati recebe orientações sobre uso de equipamento

sa-sanduíche de graduação no exterior e a data limite de inscri-ção depende de cada edital.

A Comissão de Avaliação Institucional, responsável pelo programa CsF na PUC Goiás, informa que, após a inscrição

eletrônica feita pelos candida-tos por meio da modalidade “individual”, fará a pré-seleção dos alunos. De acordo com as exigências do programa, fará a homologação, com base nos critérios e cronograma defini-

dos pelas Agências Nacionais e pela universidade. Mais in-formações nos telefones 3946-1431, 3946-1512 (Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa), ou 3946-1239 (Assessoria de Rela-ções Internacionais).

“É um público que têm, geralmente, mais

receio em trabalhar com tecnologia. Eu

tive que me preocupar em incluir essa

discussão com eles”,profa. Deborah Borges.

“Se você não valorizar a imagem,

a autoestima fica baixa”,

profa. Denise Daudt.

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Entrevista

Classificação indicativa

Qual a importância de se discutir a classifi-cação indicativa?

Este encontro é fundamental para nós, porque reúne o público que mais nos inte-ressa. São conselheiros e pais de famílias responsáveis por crianças e adolescentes e a classificação indicati-va se destina a oferecer informação para a fa-mília. É ela que escolhe qual o melhor entrete-nimento para seu filho e escolhe de acordo com seus valores. Mas para escolher, todo mundo precisa de informação e ninguém pode escolher sem ter uma informação sobre o produto.

De um modo geral, as emissoras de televi-são no Brasil têm respeitado a classificação indicativa?

Sim, elas têm respeitado. É importante lembrar que a classificação indicativa com vinculação de horário existe para a TV aber-ta. Na TV por assinatura, existe a possibili-dade de controle, então não existe vinculação horária, mas também a exposição do símbo-lo com a informação tem que estar presente. Nós temos um excelente cumprimento dessa classificação.

Com relação à atitude dos pais, não tem como mensurar isso, mas o que você perce-be? Os pais têm tido essa consciência?

Nós temos uma pesquisa um pouco ul-trapassada com relação a isso no Ministério da Justiça, ela é de 2008. E nós pretendemos fazer, nos próximos anos, uma nova pesqui-sa que visa perceber como é a recepção das famílias sobre a classificação indicativa. Fora isso, nós temos uma boa percepção disso. É importante dizer que as famílias podem fa-zer o uso que bem entendem daquela infor-mação.

O que é levado em consideração na hora de mensurar essa mensagem?

Bem, basicamente essa classificação se faz considerando os seguintes critérios: inci-dência de cenas de nudez, violência e uso de drogas. É basicamente isso. Mas a partir daí existe uma grande subdivisão, porque não se

considera apenas, por exemplo, a violência física, mas a também a psíquica, inclusive, a exacerbação do uso da beleza física como um motivo de felicidade ou até mesmo do consu-mismo. Isso também a gente observa dentro do contexto de violência.

Por que trazer a discus-são para os conselheiros?

Pra nós interessa mui-to o público dos conse-lheiros. Eles são imbuídos dessa prerrogativa de defender as crianças e os adolescentes, então é im-portante que eles saibam, também, o trabalho que nós fazemos no Ministé-rio da Justiça e que con-

firam essa importância, fiscalizem, estejam próximos e denunciem. Os conselheiros são essas figuras qualificadas no seio da socie-dade, ou seja, respeitadas pelo trabalho que fazem.

Qual a importância da parceria com a PUC Goiás?

A parceria com a universidade é fun-damental. Temos feitos esses seminários e oficinas sobre a classificação indicativa pelo Brasil afora, onde nos chamam, nós vamos. Mas aqui, especialmente, a PUC

Goiás tem essa proximidade com a Escola de Conselhos, que é um público bastante privilegiado.

E a classificação indicativa não se trata de uma censura, não é mesmo?

Exatamente. A classificação indicativa é algo criado e construído com a participação da sociedade. A sociedade tem a possibili-dade de recorrer da decisão que nós toma-mos e o Ministério da Justiça está sempre aberto para ouvir a opinião da sociedade, por ser transparente. Todas as nossas deci-sões serão publicadas e quem tiver interes-se é só procurar o Ministério para conhecer os processos.

O Seminário Classificação Indicativa e Proteção da Criança e do Adolescente foi realizado no dia 28 de maio, com palestra do diretor adjunto do Departamento de Justiça, Títulos e Qualificação do

Ministério da Justiça, Davi Pires (foto), que abordou a realidade da classificação indicativa no Brasil. O evento, que foi uma parceria entre a PUC Goiás, por meio do Instituto Dom Fernando (IDF/Proex),

a Unesco e o Ministério da Justiça, teve o objetivo de capacitar conselheiros tutelares e de direito, e também acadêmicos e profissionais da área de serviço social, pedagogia, comunicação e psicologia, com o intuito de promover a proteção e a garantia dos direitos humanos das crianças e dos adolescentes no

País. Confira a entrevista que o representante do Ministério da Justiça concedeu ao Folha PUC.

“Não se considera apenas, por exemplo, a violência física, mas a também a psíquica, inclusive, a

exacerbação do uso da beleza física como um

motivo de felicidade ou até mesmo do consumismo”.

“A classificação indicativa é uma informação para a família, de forma que ela possa escolher qual o melhor entretenimento

para seus filhos.”

Por Belisa Monteiro

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Goiânia, 1ª quinzena de junho de 2013 Folha PUC 539 - 6

“Temos condições de avançar rumo a uma sociedade sem racismo”,José Eduardo da Silva, assessor de Políticas para a Igualdade Racial de Goiânia.

Diversidade

Ao som do batuque dos tam-bores e da batida do hip hop, a terceira edição da Conferência Municipal de Promoção da Igual-dade Racial foi lançada, no dia 28 de maio, na PUC Goiás. A soleni-dade, realizada no Auditório da Área 2, na Praça Universitária, reuniu militantes da causa negra, autoridades, líderes religiosos, além de representantes da uni-versidade e estudantes.

Com o tema Democracia e Igualdade: por uma Goiânia Susten-tável e Sem Racismo, o evento será realizado nos dias 9 e 10 de agos-to, por meio da Secretaria Munici-pal de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (Seppir), criada em dezembro passado, pelo Con-selho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir) e pelo Governo Federal, com o apoio da PUC Goiás, de outras Instituições de Ensino Superior (IES), sindica-tos e entidades religiosas.

A preparação do evento inclui a realização de duas pré-conferên-cias, a primeira delas realizada no lançamento e a segunda prevista para 26 de julho. Nessa prepara-ção, o tema central do evento será debatido e os representantes para a etapa municipal eleitos.

Qualquer pessoa ou entidade interessada em discutir a cons-trução de políticas públicas de

A igualdade racial no centro dos debates

igualdade racial em Goiânia pode realizar uma pré-conferência. Para mais informações, envie e--mail para [email protected] ou ligue (62)3524-2356.

LutaO lançamento da Conferência

contou com a presença da secre-tária de Políticas para Promoção da Igualdade Racial, Ana Rita Marcelo de Castro; da professora da PUC Goiás, Janira Sodré Mi-randa, coordenadora do Progra-ma de Estudos e Extensão Afro--brasileiro (Proafro) e presidente do Conselho Estadual de Promo-ção da Igualdade Racial (Conir); e do assessor de Políticas para a Igualdade Racial de Goiânia, José Eduardo da Silva.

A coordenadora do Proafro lembra que o evento, uma con-sulta pública já prevista pela Constituição Federal de 1988, é fundamental para a elaboração e promoção de políticas públicas em prol da igualdade racial. Se-gundo ela, se apenas a população branca for levada em conside-ração, o Brasil ficaria entre as 10 nações com maior Índice de De-senvolvimento Humano (IDH). Em contrapartida, esse indicador despencaria para abaixo da centé-sima posição se apenas a situação dos negros fosse avaliada.

“A vulnerabilidade da po-pulação negra, mesmo entre os pobres, é maior. Essa situação é efeito de um sistema nefasto que exclui o negro do emprego, da universidade, de uma renda me-lhor, de uma moradia digna, da cultura e do lazer”, pontua.

O assessor de Políticas para a Igualdade Racial de Goiânia, José Eduardo da Silva, avalia positivamente a participação da universidade na luta por igual-dade racial.

“A maioria da população já compreende que somos um país racista, mas não entende como os mecanismos do racismo são excludentes”, Janira Sodré, coordenadora do Proafro e presidente do Conir.

Militantes, líderes religiosos, representantes da PUC e estudantes particuiparam do lançamento

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Goiânia, 1ª quinzena de junho de 2013 Folha PUC 539 - 7

Educação Continuada

PUC Goiás abre novas turmas de pós-graduação

A PUC Goiás abriu, em maio, turmas em dois cursos de especialização. Em Campo Grande (MS), começaram as aulas de duas turmas da especialização Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia, no Centro de Diagnóstico em Medicina Ultramedical. O evento contou com a presença da coordena-dora de Pós-Graduação Lato Sensu da insti-tuição, profa. Helena Beatriz de Moura Bel-le, coordenadores, professores e alunos dos cursos.

O objetivo do curso, realizado em parceria com Centro de Pesquisa e Pós-Graduação, é capacitar profissionais, por meio de conheci-mento técnico-científico, atitudes e habilida-des, para que promovam análise e avaliação dos resultados de exames de imagem para

O presidente do Conselho de Reito-res das Universidades Brasileiras (Crub) e reitor da PUC Goiás, professor Wolmir Amado, participou da 25ª Assembleia Ge-ral Ordinária da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), rea-lizada nos dias 21 e 22 de maio, em Brasília. Com o tema Sinaes +10: Avanços e Desafios, o evento discutiu o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), do Ministério da Educação (Mec).

Na Assembleia, o reitor da PUC Goiás, professor Wolmir Amado, representando o Crub, se reuniu com o secretário de Edu-cação Superior do MEC, professor Paulo Speller para tratar do tema. O presidente do Crub apresentou projetos para o es-treitamento de laços entre as entidades e abordou temas como a autonomia univer-

O Núcleo de Práticas Jurídicas, vincu-lado ao Departamento de Ciências Jurídi-cas da PUC Goiás, promoveu na manhã do dia 21, um ciclo de palestras com re-presentantes da Polícia Federal. O evento foi aberto com o agente Albert Fagundes e Carvalho, que abordou o tema Apresen-tação do armamento padrão e operacional da PF, ocorrendo, posteriormente, mais duas palestras: Perícias Forenses no âmbito da Polícia Federal (com os agentes Alexandre Moreira Vaz e Rodrigo Albernaz Bezerra), e As atribuições constitucionais e legais da PF (com James Gomes Soliz, delegado de De-fesa Institucional).

O pró-reitor de Administração da PUC Goiás, prof. Daniel Barbosa, conferiu, no dia 16 de maio, o andamento das obras da Escola de Formação de Professores, situ-ada na Avenida Anhanguera, Setor Leste Universitário, que abrigará os programas de formação de professores da universi-dade. Em seguida, o docente visitou as obras do Centro de Convenções e também conferiu a instalação das coberturas nas quadras poliesportivas, ambas localizadas no Câmpus II, Jardim Mariliza. O profes-sor demonstrou satisfação com os resulta-dos, informando que as obras seguem em andamento, de acordo com o cronograma previsto.

Os novos membros da diretoria executiva e do conselho político da Associação dos Ser-vidores da Católica (ASC), para o triênio 2013-2016, foram empossados no dia 17 de maio, em cerimônia realizada no Espaço Cultural da Área 3, na PUC Goiás. O servidor Carlos Ro-berto de Passos, o Carlinhos, que trabalha na universidade há 19 anos, assumiu a presidên-

verificar estados e procedimentos na gineco-logia e na obstetrícia.

Em Goiânia, foi aberta a sétima turma do curso de especialização em Auditoria e Gestão de Tributos, ministrado em parceria com o Ipecom, com o objetivo de capacitar profissionais para realização de apurações, auditorias, avaliações e quantificações de informações financeiras e patrimoniais; e de-senvolver, analisar e implantar sistemas de informação contábil, de controle gerencial e tributário. Prestigiaram a solenidade de aber-tura a profa. Elis Regina de Oliveira, repre-sentando a Coordenação de Pós-Graduação Lato Sensu, o coordenador, professores e alu-nos do curso. Os cursos, com duração de 24 meses, serão concluídos em 2015.

sitária, a reforma da Educação Superior e a internacionalização.

Durante a 25ª Assembleia Geral Or-dinária Abruc, assuntos administrativos também foram discutidos.

ParceriasO presidente do Crub também se reuniu

com o deputado federal Waldir Maranhão Cardoso (PP/MA), membro da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e ex-reitor da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Eles debateram pro-postas para a implantação do Sistema Bra-sileiro de Educação Superior e ressaltaram a importância da reaproximação entre o Crub e a Câmara, principalmente para auxiliar os deputados no debate de temas técnicos.

Reitor participa de assembleia da Abruc

Polícia Federal profere palestras na PUC Goiás

Pró-reitor de Administração visita obras na PUC Goiás

Nova diretoria da ASC é empossadacia da entidade. Ele já diri-giu a ASC entre 2000 e 2003.

Participaram da soleni-dade o chefe de gabinete da Reitoria, professor Loren-zo Lago, que representou o reitor Wolmir Amado, o presidente da Associação dos Professores da Univer-sidade Católica de Goiás (Apuc), professor Orlando Lisita, e o presidente do Sindicato dos Auxiliares em Administração Escolar

do Estado de Goiás (Sinaae), João Garcia de Araújo.

A Camerata Santa Cecília, da Coordenação de Arte e Cultura (CAC), ligada a Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil (Proex), se apresentou na abertura do evento. O coro é re-gido pelo maestro Carlos Vitorino, empossado como membro do Conselho Político da ASC.

Novos representantes dos funcionários da PUC

Prof. Daniel durante visita a obras

Perícia forense foi o tema de uma das palestras

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Goiânia, 1ª quinzena de junho de 2013 Folha PUC 539 - 8

PUC pelo mundo

O professor Erhard Gerstenberger (foto), da Universidade de Marburg, Alemanha, abriu, no dia 21 de maio, o 10º Seminário Regional da Socieda-de de Teologia e Ciências da Religião (Soter). Com a temática Teologias do Antigo Testamento, o professor destrinchou sua aula em diversos subtemas, entre eles, as relações do estudo bíblico com a teologia, religiões familiares, monárquicas e tribais, a história da religião em Israel e a reconstituição do estado israelense em todos os sentidos. Em seguida, a professora Ivoni Richter Reimer mediou o debate com a participação direta do público. O evento foi uma parceria entre o Soter e o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião (PCR) da PUC Goiás.

Professor Gerstenberger abre Seminário do Soter

O professor da Pontifícia Universidade Cató-lica de Goiás, dr. Wilson Alves de Paiva, foi con-templado com bolsa para participação de eventos no exterior, pela Chamada Pública Nº 01/2013 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). No próximo dia 20 de junho, o docente embarca para os Estados Unidos, onde apresentará trabalho científico e também coor-denará uma mesa-redonda na reunião anual da Rousseau Association, da qual é membro, durante o 18º Biennial Colloquium of the Rouseau Asso-ciation/Revisiting Emile, na Wake Forest University, na Carolina do Norte. Wilson é professor do curso de Pedagogia do Departamento de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da PUC Goiás.

Professor da PUC Goiás é contemplado com bolsa da FapegAs acadêmicas do curso de Me-

dicina da PUC Goiás, Isadora Fran-cescantônio e Lara Cavalcante, par-ticiparam como debatedoras do 1º Workshop sobre Ligas Acadêmicas, realizado durante o Goiânia Breast Cancer Symposium 2013 (GBCS) en-tre os dias 23 e 25 de maio, em Goi-ânia. O evento foi prestigiado pelo reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, e também pelos pró-reitores da universidade federal, Sandrama-ra Chaves (Graduação) e Anselmo Pessoa Neto (Extensão).

Realizado em Goiânia, entre os dias 29 de maio e 2 de junho, o 53º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) reuniu cerca de 10 mil estudantes em extensa programação realizada na Praça Universitária, na Área 3 da PUC Goiás e na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás. O tema central do evento foi o en-sino privado no Brasil .

A pró-reitora de Pós-Gradua-ção e Pesquisa da PUC Goiás, San-dra de Faria, participou de uma das mesas-redondas do evento, no

A retomada da realização de grandes eventos pelo Centro Acadêmico do curso de Jorna-lismo da PUC Goiás ocorreu na segunda quinzena de maio, por meio do Congresso Informe-se. Durante três dias, o mercado goiano e as mudanças na produ-ção jornalística foram debatidos no Câmpus V da instituição. A iniciativa contou com a presen-ça de profissionais que atuam em Goiás, do sindicato de classe e de professores que pesquisam

O prof. dr. Julio Cezar Rubin de Ru-bin, do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia da PUC Goiás (IGPA/Prope), e o prof. dr. Cristián Dubois mi-nistraram, em maio, o curso Suelos en Arqueología, na Facultad de Ciencias Sociales (Unicen), em Olavarría, Argen-tina. O curso reuniu investigadores da

Acadêmicas da PUC Goiás participam de workshop sobre ligas acadêmicas

PUC Goiás participa de discussões do Congresso da UNE Interação entre teoria e prática marca evento do Jornalismo

Prof. Julio ministra curso na ArgentinaAmérica Latina para discutir metodolo-gias empregadas e experiências de tra-balho, em relação aos estudos de solos e sua importância para o entendimento da formação dos sítios arqueológicos. Vários acadêmicos do curso de Arque-ologia da PUC também participaram do curso.

dia 30, com estudantes de todo o Brasil, com o tema Pesquisa, inova-ção, universidade e indústria. Coor-denada por Luana Bonone, pre-sidente da Associação Nacional dos Pós-graduandos, a discussão, que contou ainda com a presen-ça de Reginaldo Nassar Ferreira, representante da Sociedade Brasi-leira para o Progresso da Ciência (SBPC), mostrou a relação da uni-versidade com a indústria e a ne-cessidade de políticas de governo estratégicas para o desenvolvi-mento do País.

assuntos ligados a área.Para a coordenadora do cur-

so de Jornalismo da PUC Goiás, professora Sabrina Moreira, o In-forme-se mostra que os próprios alunos estão preocupados em se qualificar enquanto acadêmicos e futuros profissionais do mercado jornalístico. “É um ganho social, um momento de crescimento in-telectual e de interlocução”, ava-liou, destacando o olhar regional do evento e as discussões teóricas realizadas ao longo do congresso.

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Estudante conta com auxílio de interprete de Libras na universidade

Pedagogia

Parceria que transcende as barreiras na comunicação

Entre um corredor e outro eles podem ser vistos na univer-sidade. Chamam a atenção pelos gestos, pelo contato olho no olho, pelo cuidado, parceria e sensibi-lidade na comunicação que vai além do simples ato de transmitir uma ideia, afinal é preciso mais. As mãos são o canal da transmis-são do conhecimento e a força de vontade é uma verdadeira aliada para transcender as dificuldades ocasionadas pela surdez. Dhêimy Tarllyson, acadêmico do curso de Engenharia de Computação da PUC Goiás, conta com uma ajuda mais que especial em sala de aula: o intérprete de Libras, Wilson Go-mes da Silva, funcionário da PUC

Goiás, acompanha o aluno duran-te todo o período que estuda na universidade. O tradutor assiste às aulas com o acadêmico, interpreta o conhecimento transmitido pelo professor, faz a “voz” do aluno em sala de aula, além de auxiliá-lo em qualquer necessidade que venha a ter de forma a evitar, ao máximo, as barreiras na comunicação. As-sim, aluno e intérprete, precisam estar em constante sintonia. É uma parceria que vai além de uma rela-ção acadêmico-profissional, é um laço de amizade e companheiris-mo selado em prol da superação de obstáculos, em prol da inclusão e da superação diária.

Bolsista do Vestibular Social,

Dhêimy tem uma agenda cheia de com-promissos. No turno matutino frequenta a universidade e, à tarde, trabalha no Centro de Apoio ao Surdo para pagar a mensalidade do curso, já que a bol-sa abate 50% do va-lor pago por mês. No Centro, ele atua como instrutor de Libras, auxiliando surdos e ouvintes e também ajuda na manutenção dos computadores, aplicando os conheci-mentos adquiridos no curso no próprio local de trabalho. “Mas não é difícil conciliar esta

agenda?”, questionou a equipe de reportagem ao estudante que res-pondeu a pergunta com um sor-riso no rosto e um semblante de convicção no olhar: “sim, é difícil, mas tento sempre me concentrar nos estudos”, relatou o acadêmico que tem o sonho de trabalhar na criação e desenvolvimento de sof-twares após concluir o curso.

No início da vida acadêmica, o aluno teve que superar algumas dificuldades na aprendizagem, afinal a universidade é um mundo novo e o curso conta com termos bastante técnicos, que precisam ser adaptados para a língua de si-nais. No entanto, já na metade do curso, atualmente consegue tirar boas notas e se manter na média

“entre cinco e sete”, avaliou.A socialização com os colegas

ouvintes também não representa um problema para o aluno que mantém, desde o início do curso, um círculo de amigos com quem compartilha suas experiências e também ensina a língua de Libras.

Vocação e profissão O intérprete do aluno come-

çou a ter os primeiros contatos com a língua de sinais na própria religião. Wilson já trabalhava na evangelização das pessoas com surdez e, vendo o processo de in-clusão de pessoas surdas na socie-dade, passou a enxergar a língua de sinais como um campo de em-prego e, partir daí, não parou mais, já acumulando mais de sete anos de experiência na área. Durante a entrevista, Wilson traduziu e in-terpretou todas as perguntas para o aluno Dhêimy. Na conversa, o estudante pontuou a importância da presença do intérprete em sala de aula. “Assim como um brasilei-ro precisa de um tradutor quando viaja para o exterior, também pre-ciso de um intérprete para que eu possa entender o que as pessoas falam”, explicou o estudante.

Wilson é funcionário contrata-do do Programa de Acessibilidade da PUC Goiás, que faz parte da Coordenação de Apoio Pedagógi-co da Pró-Reitoria de Graduação da universidade. A PUC Goiás possui uma política de acessibili-dade que visa a inclusão de todas as pessoas no ensino superior.

Por Belisa Monteiro

“Estudar Libras partiu de um interesse pessoal. Eu estava lá com meus 15 anos de idade e buscava algo a mais nesta vida”, lembrou a fonoaudióloga Milia-na Fernandes, atualmente com 27 anos, funcionária da PUC Goiás. Egressa do curso de Fonoaudio-logia da universidade, ela optou por esta área devido à experiência com as pessoas surdas e já traba-lha na universidade como intér-prete de dois acadêmicos surdos.

Pouco antes de conversar com a reportagem do Folha PUC, ela tirava algumas dúvidas do es-tudante do curso de Engenharia Civil, Lucas Ferreira, enquanto realizava a Avaliação Interdisci-plinar, aplicada a todos os cursos

Experiência estimulou intérprete a estudar Fonoaudiologiade graduação, juntamente com outros acadêmicos surdos. Milia-na acompanha o estudante du-rante todo o período em que ele fica na universidade e se orgulha pelo bom desempenho do aluno. “Ele é, sem dúvida, um dos me-lhores acadêmicos que já acom-panhei. Os índices de reprovação são baixíssimos”, pontuou.

Uma das dificuldades percebi-das pela intérprete no processo de aprendizagem é a adaptação de termos técnicos para a língua de sinais, afinal são termos que não existem em Libras e, neste caso, a intérprete precisa convencionar um sinal com a pessoa surda para que ela possa entender o que está sendo dito em sala de aula. Miliana Fernandes começou a estudar Libras aos 15 anos

Professor Gerstenberger abre Seminário do Soter

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O Santander Universidades está com inscrições abertas para o Programa de Bolsas Ibero-Americanas até o dia 18 de agosto. Podem participar da seleção, alunos de graduação da PUC Goiás que cursa-ram ensino médio em escolas públicas ou são bolsistas do Prouni. Os selecionados irão cursar um semestre de graduação em uma uni-versidade parceira do Santander e da PUC Goiás, com bolsa de 3 mil euros. Mais informações podem ser obtidas no telefone 3946-1239 ou no email [email protected].

O Workshop da Unaoc-EF Summer School, que será realizado em Nova York, Estados Unidos, em agosto deste ano, concederá bolsas para 100 jovens de todo o mundo. A oficina abordará os desafios globais mais urgentes no contexto da diversidade cultural e religio-sa. Diversos assuntos serão debatidos no evento, en-tre eles: negociação para o desenvolvimento da paz e da cooperação; uso de mídias sociais para a mu-dança social positiva, promoção da cidadania global responsável, legislações mundiais, treinamento sobre mídias e informações e fundamentos de empreende-dorismo social. As inscrições poderão ser realizadas no site www.unaocefsummerschool.org, até o dia 15 de junho de 2013. As bolsas cobrirão despesas com passagem, alojamento e alimentação.

Vocêpelomundo

As fotos dos acadêmicos foram publicadas e divulgadas no Facebook. Acompanhe as postagens

na fanpage Intercâmbio PUC Goiás.

Por Belisa Monteiro

Santander Universidades inscrevepara Bolsas Ibero-Americanas

Workshop em Nova York concederá100 bolsas para jovens

Também já fez intercâmbio e quer socializar sua experiência com o mundo? Envie seu relato para

[email protected]

Está prestes a viajar para seu intercâmbio e não sabe como organizar a mala? Alguns detalhes podem fazer toda a diferença e evitar imprevistos na hora da viagem. Confira as dicas:

• Identifique a bagagem, facilitando a visualização no desembarque.• Coloque os hidratantes, cremes e shampoos em frascos menores, para otimizar o espaço na mala. Lacre-os bem para evitar que o líquido seja derramado nas roupas!• Atenção: retire da bagagem de mão objetos cortantes e pontiagudos [alicates de unha, canivetes, entre outros] pois não são permitidos.• Para voos internacionais, o limite de peso é 32 kg por mala. Lembre-se: é caro pagar pelo excesso de bagagem!• Mala extraviada? Procure a companhia área responsável o mais rápido possível e comunique o extravio. Tenha o comprovante de despacho da mala em mãos!• Deixe os objetos de valor na bagagem de mão, não vale a pena correr riscos!

Hora dearrumaras malas Intercambistas da Universidade

Católica do Norte, Chile, em intercâmbio na PUC Goiás

Juliana Quirino da Silveria, curso de Direito.

Torre de Pisa, na Itália

Wanderleia Teixeira de Oliveira, curso de Psicologia, 2012/2, Bélgica

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Goiânia, 1ª quinzena de junho de 2013 Folha PUC 539 - 11

Quem deseja parti-cipar da Jornada Mun-dial da Juventude (JMJ) Rio2013 como peregrino deve fazer sua inscrição pelo www.rio2013.com/pt/inscricao. Assim, o jovem passa a fazer parte oficialmente do evento, que ocorre em julho, no Rio de Janeiro, e a orga-nização pode conhecer,

acolher e atender as necessidades do peregrino em relação a hos-pedagem, alimentação e transporte, por exemplo. Além disso, ele pode participar de eventos voltados apenas para quem se inscre-veu com antecedência na JMJ Rio2013.

O curso de extensão Marketing Pessoal e Comunicação Eficaz, ministrado pelo professor Carlos Alberto Maciel de Oliveira, e o curso Gestão Tributária para Instituições de Ensi-no, ministrado pelos professores Alexandre Bueno e Cynthia Nogueira, estão com matrículas abertas até 10 de junho. A carga horária é de 13 e 20 horas, respectivamente, com certifi-cado válido para complementação das atividades acadêmicas de graduação e pós-graduação. As inscrições podem ser feitas pelo site www.pucgoias.edu.br/cursosdeextensao. Mais infor-mações pelo fone 3946-1065.

Este filme pode ser encontrado na Caravídeo, que oferece desconto de 20% nas locações para alunos, professores e funcionários da PUC Goiás.

Rua 10, qd. 44, Setor Central - Informações: (62) 3223-6622

Dicas de filmes

Ano: 2012Direção: Andy Wachowski e Tom Tykwer Elenco: Tom Hanks, Halle Berry, Hugh Grant, Susan Sarandon e Hugo Weaving Gênero: Drama / Ficção Científica / Suspense

Sinopse: Baseado no romance de David Mi-tchell, A Viagem mistura história, ciência, suspense e humor em seis narrativas que ocorrem em tempo e espaço diferentes, mas, mesmo assim, estão conectadas. A trama,

uma ode à liberdade, mostra como um simples ato pode atravessar séculos e inspirar uma revolução. A direção fica a cargo de Andy Wachowski e Tom Tykwer, da trilogia Matrix.

A Viagem

A obra reúne dezessete narrativas curtas com temas diversificados que têm, como elo, o discurso centrado na recusa da fugacidade da vida e de sua materialidade finita, fruto do conflito do eu e do outro, representado na e pela arte, instância da transfiguração do real e da transcendência. Esse é o limite que se instala entre o ima-ginário e o real possível: as interfaces da existência. A autora é docente na PUC Goi-ás e doutora em Teoria da Literatura, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e também escreveu Angústia selvagem e O

discurso autobiográfico confessional, entre outras obras.

Autora: Maria Aparecida RodriguesAno: 2009

Cinzas da paixão e outras histórias

Curso de Eventos realiza bazar sustentável

Programe-se

Acadêmicos do Curso Superior de Tecnologia em Eventos da PUC Goiás realizam no dia 11 de junho, a partir das 19 horas, o 1º Bazar de Moda Sustentável. O evento ocorre no Auditório do Bloco G, Área 1, Praça Universitária. Quem quiser participar como vendedor deve entrar em contato pelo e-mail [email protected]. Cada tenda pode ser composta por até quatro vendedores, com pelo menos 15 peças no total. O grupo deve pagar R$40 para poder vender as peças. Também está prevista palestra sobre Moda Sustentável, com a blogueira Daniela Guimarães. A inscrição é gratuita e pode ser feita pela página do evento no Facebook: www.facebook.com/events/163850457109898/

Vestibular 2013/2 inscreve até dia 11

Os acadêmicos da PUC Goiás que con-cluíram o aditamento do Fundo de Finan-ciamento Estudantil (Fies) esse semestre devem buscar o Documento de Regula-ridade de Matrícula (DRM) na recepção da Coordenação de Assuntos Estudantis (CAE), no Bloco A da Área 4. O atendimen-to ocorre das 07h às 20 horas. Mais infor-mações pelos telefones 3946-1062 e 1063.

O Centro de Educação Comunitária de Meninas e Meninos (Ce-com), ligado à Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil (Proex) da PUC Goiás, promove a 5ª Edição do Integra. A iniciativa ocorre no dia 15 de junho, das 8h às 15 horas, na sede do Centro, na Rua 15, Setor Santos Dumont. Serão oferecidos diversos atendimentos gratuitos aos moradores das comunidades convidadas, dentro do eixo temático do evento: educação, saúde, cultura e cidadania. O evento tem parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, o Distrito Sanitário Noroeste, por meio do Cais Cândida de Morais, e das Escolas Municipais Coro-nel José Viana Alves e Presidente Vargas, entre outros.

Cecom promove atendimentos a comunidades

Alunos devem buscar documentos do Fies

As inscrições para o Ves-tibular 2013/2 da PUC Goiás estão abertas até 11 de junho e podem ser feitas pelo site vestibular.pucgoias.edu.br/. As provas ocorrem no dia 17. O estudante deve preencher a ficha de inscrição e imprimir o boleto. Após pagar a taxa, deverá imprimir um cartão de identificação, que será apresentado no dia da prova junto com o documento de identi-dade. No total, a PUC Goiás oferece 4.042 vagas distribuídas em 45 cursos de licenciaturas, bacharelados e tecnológicos, ofertados para o segundo semestre.

JMJ: acolhida aos peregrinos

Abertas matrículas para cursos de extensão

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Para cursar Jornalismo na PUC Goiás, Bianca de Carvalho Alves, 22, saiu da peque-na Pires do Rio, a 140 quilômetros de Goi-ânia, onde deixou a família e o conforto da casa materna. Já são três anos morando na Casa do Estudante Universitário II (CEU II), onde ela passou a ser responsável não só pe-los próprios estudos, mas também pela sua rotina doméstica e por seus próprios gastos.

A história de Bianca é semelhante à de mi-lhares de estudantes. Muitos jovens saem de casa cedo em busca de um futuro melhor e da conquista dos seus sonhos, antecipando a independência e as conquistas desta fase.

Longe da família, começa um novo de-safio na vida destes estudantes: cuidar da própria vida sem a intervenção diária dos pais. Bianca antecipou esta etapa, em 2010, quando morou em Catalão com o irmão Bruno e se preparou para enfrentar o curso universitário. Desde então, só voltou à casa da mãe como visita. “Eu já me virava sozi-nha, porque minha mãe trabalhava muito”, afirma ela.

Foi com as lições de casa, onde sempre ajudou com os serviços domésticos, que ela aprendeu a se virar no quarto da CEU II, dividido com outras quatro colegas. “Tem que providenciar comida, roupa e serviço de casa. Quando tem problema, tem que se virar e daí não tem como não sentir ainda mais fal-ta de casa”, explica Bianca. Apesar disso, ela não pensa em retornar à cidade natal. “Existe uma pessoa antes de entrar na graduação e outra, que sai depois”, conta ela, que se for-ma, ainda este ano, bacharel em Jornalismo.

Na rotina, além dos estudos, com aulas matutinas e noturnas, Bianca ainda estagia na Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), em Goiânia, e faz o próprio almoço, já que adotou uma dieta vegetariana.

A correria impede visitas mais frequentes à mãe. “Só volto de dois em dois meses”, con-ta, confessando que a barra mais pesada é a saudade da família. Em contrapartida, na re-pública, que abriga cerca de 60 pessoas, fez amigos que hoje são também a sua família em Goiânia. “Fiz amigos para a vida toda”.

Para se apoiarem, eles procuram fazer programas juntos e, volta e meia, dividem a bancada da cozinha na hora de fazer um almoço especial. Com as colegas de quarto, Bianca conta que todas tentam fazer de tudo uma pelas outras. O espaço, segundo ela, é um pouco desorganizado, mas nada que atrapalhe muito. Na Casa do Estudante, as tarefas são divididas, mas por falta de tempo, a estudante custeia a sua cota de tarefas, que inclui a faxina dos cômodos em comum.

JornalismoPara morar em Goiânia, era condição que

Bianca ficasse em uma república por causa dos custos. Ela, que sempre ajudou finan-ceiramente, é hoje responsável por todas as suas contas. A estudante veio em 2011, como hóspede, e foi selecionada para uma vaga no mesmo ano. Foi quando deixou de ter um quarto só para ela e passou a dividir o espa-ço. “Sou calma e me adaptei fácil. Tem dias que é mais difícil, que você quer estudar e as outras pessoas estão ouvindo música ou con-versando. Mas faz parte”.

Bianca, que entrou na universidade com a nota do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), escolheu Jornalismo porque tinha interesse especial em reportagens mais tra-balhadas, que revelavam outras realidades e culturas. Hoje pensa em fazer especialização, logo após a conclusão do curso, em Cinema. “A graduação abriu outras possibilidades”, explica.

Longe de casaVida de estudante

Por Luisa Dias

Bianca divide o tempo entre o estudo, estágio e a rotina doméstica