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Goiânia, 1ª quinzena de outubro de 2010 - Ano XXI N. 487 Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás Duas iniciativas já tradicionais da Cúria Metropolitana, na Catedral de Goiânia, ambas começando às 8h30, já têm suas da- tas definidas: a Missa do Professor será no domingo, dia 17, e a Missa do Vestibulando, no domingo, dia 24, a serem presididas pelo arcebispo, dom Washington Cruz. A cele- bração pelos professores tem a preocupação em agradecer a Deus pelos profissionais da educação, de todas as instituições de ensi- Missas do Professor e do Vestibulando no, públicas e privadas, cumprimentá-los pelo compromisso com a educação e com a sociedade, e mostrar o valor dos docentes, cuja data ocorre no dia 15; e a celebração pelos vestibulandos objetiva levar força e coragem aos estudantes, de todos os colé- gios de nível médio de Goiânia e região circunvizinha, que estão se preparando para o processo seletivo em instituições de ensi- no superior. Biomedicina e Psicologia são destaques no “Guia do Estudante”. Pág.03 Semana de Ciência e Tecnologia. Pág.10 IGPA guarda maior acervo fílmico sobre a Amazônia e homenageia Cowell . Pág. 09 PUC Goiás tem Sistema de Avaliação de Estágio não-Obrigatório. Pág. 11 Dom Washington Cruz vai a Roma. Pág. 12 Folha PUC 487.pmd 15/10/2010, 14:05 1

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Goiânia, 1ª quinzena de outubro de 2010 - Ano XXI N. 487Jornal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Duas iniciativas já tradicionais da CúriaMetropolitana, na Catedral de Goiânia,ambas começando às 8h30, já têm suas da-tas definidas: a Missa do Professor será nodomingo, dia 17, e a Missa do Vestibulando,no domingo, dia 24, a serem presididas peloarcebispo, dom Washington Cruz. A cele-bração pelos professores tem a preocupaçãoem agradecer a Deus pelos profissionais daeducação, de todas as instituições de ensi-

Missas do Professor e do Vestibulandono, públicas e privadas, cumprimentá-lospelo compromisso com a educação e com asociedade, e mostrar o valor dos docentes,cuja data ocorre no dia 15; e a celebraçãopelos vestibulandos objetiva levar força ecoragem aos estudantes, de todos os colé-gios de nível médio de Goiânia e regiãocircunvizinha, que estão se preparando parao processo seletivo em instituições de ensi-no superior.

Biomedicina e Psicologia sãodestaques no “Guia do Estudante”. Pág.03

Semana de Ciência e Tecnologia. Pág.10

IGPA guarda maior acervo fílmico sobre aAmazônia e homenageia Cowell . Pág. 09

PUC Goiás tem Sistema de Avaliação deEstágio não-Obrigatório. Pág. 11

Dom Washington Cruz vai a Roma. Pág. 12

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Editorial

Esta é a primeira edição da“Folha PUC” em novo forma-to, voltando ao tablóide ante-rior, por ser mais econômico,com periodicidade quinzenale nova estrutura, em termosde projeto gráfico e conteú-do, na preocupação em di-mensionar o trabalho da PUCGoiás e sua interação com asociedade goiana.

O trabalho será supervisi-onado pela diretora da Divi-são de Comunicação Social,jornalista Eliane Borges, e teránova equipe, com três jorna-listas.

Na edição, o jornalista Ja-les Naves, profissional há 42anos, graduado em Jornalis-mo pela Universidade Fede-ral de Goiás, com passagempor distintos veículos de co-municação de Goiânia, comojornais, revistas, programasde televisão e assessorias deimprensa. Há nove anos naPUC Goiás, assessorou o Ga-binete do Reitor, repassandodiariamente as notícias à co-munidade universitária eaos veículos de comunica-ção, e hoje trabalha na pro-dução de matérias sobre aUniversidade.

Na redação, Carla Lacer-da e Belisa Monteiro. Carla,também graduada em Jorna-lismo pela UFG, pós-gradua-da em Jornalismo Literário, jáexerceu funções de repórterem vários veículos e é autorado livro “Sobreviventes doCésio 137 – 20 Anos Depois”,que ganhou o ‘4º Prêmio Aqui-no Porto de Excelência’, em2008, como “Melhor livro decultura”, e “Menção honrosa”do ‘30º Prêmio Vladimir Her-zog’, desse ano. Belisa, forma-da em Jornalismo pela Facul-dades Alves Faria, pesquisa-dora, que já atuou com pro-dução de TV, audiovisual,rádio, jornal impresso e revis-ta, e este ano, lança o primei-ro livro “Lembranças daLuta”, em co-autoria.

A diagramação é de Adri-ano Abreu e fotos de Wag-mar Alves e Weslley Cruz.

Eis a primeira edição.

Nova Folha PUC

Família PUCSônia MargaridaAtenciosa, competente e simpática, a professora Sônia Margarida Gomes Sousa, baiana

de Suçuarana, casada com o médico Otaliba Libâneo de Morais Neto, e dois filhos, JoãoPedro, 16 anos, e Mateus, 13 anos, foi homenageada pelos colegas por seu aniversário, no dia27 de setembro, quando recebeu muitos cumprimentos e elogios.

Graduada em Psicologia pela PUC Goiás em 1986, ano em que passou em concurso paraser professora na Universidade, é mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Pau-lo, quando defendeu dissertação sobre trabalho infantil, e por onde fez Doutorado, sobrePsicologia Social. Ela foi diretora do Instituto Dom Fernando, em 2005, e atualmente é aPró-Reitora de Extensão e Apoio Estudantil.

Monsenhor LoboO padre Luiz Gonzaga Lobo, goiano de Pirenópolis, 58 anos, com experiência na forma-

ção de agentes pastorais e em docência universitária, é o novo secretário-geral da SociedadeGoiana de Cultura, mantenedora da PUC Goiás. Graduado em Filosofia pela FaculdadeSalesiana de Ciências e Letras de Lorena, SP, e em Teologia pela Pontifícia Faculdade NossaSenhora de Assunção, SP, é especialista em Liturgia pela Pontifícia Faculdade de Teologia deAssunção e Mestre em Teologia Sacramentária pelo Pontifício Colégio Ateneu Santo Anselmo,de Roma, Itália.

Na PUC Goiás desde 1982, como professor da disciplina ‘Teologia”, no Departamento deFilosofia e Teologia, que já dirigiu em dois mandatos, Monsenhor Lobo atualmente é o coor-

denador da Área Teológica do Curso de Teologia, e pároco da Catedral Metropolitana de Goiânia. É diretor doInstituto Santa Cruz de Filosofia e Teologia, responsável pela formação filosófica e teológica dos seminaristas daProvíncia Eclesiástica de Goiânia, e coordenador da Escola Diaconal da Arquidiocese de Goiânia, criada em 2006,atualmente com 75 alunos e que forma em 2011 sua primeira turma.

Filho da RosildaCom apenas seis meses de idade, Antônio Lúcio Damásio de Morais, goianiense, já fre-

quenta, diariamente, a PUC Goiás, mais especificamente a sede da Associação dos Professo-res (APUC), e é cortejado. Instalado em seu colchonete e sem reclamar, ele atende simpatica-mente a todos que se aproximam para conhecê-lo.

Ele é o primeiro filho de Rosilda Damásio de Morais, secretária-executiva da APUC há11 anos, que se graduou em Secretariado Executivo Bilíngue pela PUC Goiás em 2008 eatualmente faz o nono período do Curso de Direito da instituição.

Servidora precisa de sangue “O-”Pela segunda vez enfrentando uma gravidez delicada, devido a problemas de incompatibilidade de fator RH,

doença hemolítica perinatal (‘Eritoblastose Fetal’), Gláucia Ferreira Monteiro, auxiliar de Biblioteca, desde2000 na Biblioteca Central ‘Dom Fernando Gomes do Santos’, da PUC Goiás, vive momentos difíceis, pois corre orisco de perder a tão aguardada filha. Ela precisa urgentemente de sangue “O-” para sua filhinha (ainda feto) e suasituação se complica por requerer compatibilidade imunológica específica.

“Nem todo doador de sangue “O-” é compatível à necessidade”, disse a sua colega Ana Flavia Fleury Mainardi,ao pedir a ajuda de todos na divulgação e localização de possíveis doadores. “Minha filha Ana Flávia, que tambémtrabalha na BC, doou, mas mesmo sendo “O” negativo o sangue dela não é compatível com o do feto”, afirmouJoana Angélica Quaresma Fleury, que trabalha na Divisão de Serviços Gerais.

Gláucia ingressou na PUC Goiás em junho de 2000, fez o Curso de Nutrição na Universidade, já tem um filho,Gabriel, de seis anos, quando a gravidez foi igualmente problemática, e sonha em ter uma filha. Seu marido, DanielQueiroz da Silva, também trabalha na PUC Goiás, lotado na Coordenação de Assuntos Estudantis, tendo ingres-sado em novembro de 2005, e atualmente faz o Curso de Ciências da Computação na PUC Goiás.

Colégio de Presidentes de Conselhos PenitenciáriosPor sugestão do advogado Roberto Rodrigues, professor do Curso de Direito da PUC

Goiás e presidente do Conselho Penitenciário do Estado, as entidades estaduais, reunidas emSalvador, BA, em setembro, decidiram criar o Colégio de Presidentes dos Conselhos Peniten-ciários Estaduais, e já o indicaram para presidir a nova entidade. Estiveram presentes presi-dentes de 19 Conselhos Estaduais, quando foi formada uma comissão para tratar daformalização do processo de criação do Colégio, como a elaboração dos estatutos, e sua im-plantação em março de 2011.

Goianiense, casado, duas filhas, Roberto Rodrigues, graduado em Direito pela UFG, poronde se especializou em Processo Civil e Processo Penal e fez o Mestrado em Direito Agrário,leciona as disciplinas ‘Direito Penal’, ‘Prática de Direito Penal’ e ‘Monografia’ no Curso deDireito da PUC Goiás e é autor do livro “Direito Penal Fundamental”, em co-autoria com

Lívia Mara Abrão Pacheco, editado pela PUC Goiás em 2008.

Nova ZelândiaGraduado em Engenharia Civil pela PUC Goiás, em 2003, Frederico Ferreira Pedroso

concluiu pela Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia, em agosto, o Curso deDoutoramento em Engenharia Civil. Depois de cursar o Mestrado em Transportes pelaUnB ele atuou como pesquisador e consultor em projetos para a Agência Nacional deTransportes Terrestres e Fundo Nacional de Desenvolvimento da Escola. Em 2007, aconvite do professor doutor André Dantas, mudou-se para a cidade de Christchurch, naNova Zelândia.

Durante mais de três anos, ele se dedicou ao estudo de sistemas de transportes e situ-ações de emergências, de apoio à decisão para a alocação de recursos na rede de transportes

durante resposta a emergências. Os resultados atingidos foram publicados nos Estados Unidos, Indonésia, Euro-pa, Japão e Austrália, e despertaram interesse de organizações e governos suscetíveis a desastres. Filho da profes-sora Virgínia Fonseca Pedroso, da PUC Goiás, é professor e pesquisador pela Universidade de Canterbury.

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Goiânia, 1ª quinzena de outubro de 2010 Folha PUC 487 - 3

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SINOPUCs são destaques no “Guia do Estudante”

Biomedicina e Psicologia da PUC Goiás ganham cinco estrelasA PUC Goiás figurou entre as

finalistas do ‘6º Prêmio MelhoresUniversidades’, referente a 2010,da publicação “Guia do Estu-dante”, da Editora Abril, de SãoPaulo, na categoria ‘Meio Ambi-ente e Ciências Agrárias’, e doiscursos conquistaram cinco estre-las nessa avaliação nacional decursos superiores: Biomedicina ePsicologia. Esse trabalho anualenvolve três mil pareceristas detodo o País, que analisam quesi-tos como a oferta dos cursos degraduação, infraestrutura, titula-ção do corpo docente, projetopedagógico, pesquisa, extensão,publicações em nível nacional einserção de alunos no mercadode trabalho.

Ao todo foram distribuídos 18prêmios: 16 para as melhores ins-tituições por área de conhecimen-to e dois para a Universidade doano, sendo uma pública e umaprivada. A PUC Minas foi pre-miada como a “Universidade doano” privada, e a USP como amelhor universidade pública.Nesse prêmio as PUCs do Brasilganharam destaque, sendo quequatro delas foram premiadasentre as melhores por área deconhecimento.

A vice-reitora da PUC Goiás,Olga Ronchi (foto), presente à ce-rimônia de anúncio das vencedo-ras, no dia 4 deste mês, em SãoPaulo, destacou a importância doprêmio ao avaliar a qualidade

das IES e que a participação daPUC Goiás cresce a cada ano,pois os diretores e coordenado-res estão se conscientizando queo prêmio projeta seus cursos e ainstituição nacionalmente. “Nos-sos 24 cursos que conquistaramestrelas revelam a excelência dosprojetos pedagógicos e da cres-cente adesão institucional a esteinstrumento de avaliação. Nesteano tivemos dois cursos com cin-co estrelas. Nossa meta para opróximo ano é que todos os 50cursos sejam bem avaliados e aomenos cinco deles tenham cincoestrelas, para que possamos con-quistar o prêmio de melhor uni-versidade em uma das áreas deconhecimento”, enfatizou.

Curso de Biomedicina é referência nacional na áreaReferência nacional na área, o

Curso de Biomedicina comemo-rou no dia 4 deste mês os seus 35anos e a conquista das cinco estre-las. Criado em 1975 pelo Conse-lho Universitário e reconhecidopelo Ministério da Educação atra-vés da Portaria nº 369, de 3 de ju-nho de 1980, tem estrutura curri-cular mista de créditos e módulosconstituída por 46 disciplinas obri-gatórias, seis módulos de discipli-nas aplicadas e uma disciplina op-tativa, perfazendo 210 créditos,com uma carga horária total de3.260 horas, distribuídas em noveperíodos. Ele foca suas atividadesno campo das análises clínicas,banco de sangue e pesquisa, reali-zando diversificados procedimen-tos laboratoriais oferecidos à co-munidade mediante convênio como Sistema Único de Saúde (SUS).

O currículo foi reformulado em2009, com a incorporação de me-todologias pedagógicas ativas edestaque para a integração de con-teúdos, introdução de casos clíni-cos semanais e realização de ava-liações integradoras também se-manais. Neste novo modelo o aca-dêmico inicia as atividades com

um caso clínico problema, que édiscutido com o tutor em peque-nos grupos e resolvido ao longo dasemana. A abertura de caso, osencontros teóricos e práticos e aavaliação semanal estimulam o de-senvolvimento das habilidadesque vão além da formação técni-co-científica, com destaque para abusca pela informação, a capaci-dade de resolução de problemas ede se expressar, falar em público,o hábito de estudo e o relaciona-mento interpessoal.

Essas estratégias, já adotadaspreviamente no último ano doCurso, têm sido elogiadas e a res-posta está no grande aproveita-mento dos profissionais formadospela PUC Goiás. Em abril de 2008,das 25 vagas para o cargo de Bio-médico da Secretaria de Saúde deGoiânia, 16 foram preenchidaspor Biomédicos formados pelaCatólica. Na Secretaria de Saúdedo Estado, no concurso realizadoem maio deste ano, dos 42 primei-ros colocados, 26 eram egressosda PUC Goiás, representandomais de 60% das vagas. O Cursotem grau quatro no Indicador deDiferença dentre os Desempe-nhos Observado e Esperado(IDD). “Isso enfatiza uma pro-gressiva transformação do estu-dante ao longo do curso”, obser-va o diretor do Departamento deBiomedicina, Wilson de MeloCruvinel (foto).

O Curso trabalha a qualifica-ção integral do aluno, concilian-do a técnica aprofundada e o am-plo exercício das atividades prá-ticas, sem deixar de valorizar aformação ético-humanista e a in-serção social. Exemplo dessasações está nas atividades comu-nitárias desempenhadas pelos

acadêmicos em asilos, creches, naVila do Idoso e, sobretudo, na ‘Se-mana de Cultura e Cidadania’ daPUC Goiás, com mais de cinco milexames laboratoriais gratuitos,oferecidos à comunidade e emparceria com as Secretarias Esta-dual e Municipal de Saúde.

Um dos diferenciais na forma-ção acadêmica, o estágio é feito noLaboratório da Área de Saúde(LAS), onde são atendidos paci-entes do SUS, numa média de setemil exames por mês nos setoresde bioquímica, microbiologia,imunologia, hormônios, hemato-logia, parasitologia, líquidos cor-porais e citopatologia. O Cursoconta ainda com o Laboratório deAnálises Clínicas da Santa Casade Misericórdia de Goiânia, paraos plantões e iniciará em breve asatividades no Posto de Coleta doLAS na Vila Mutirão. Nesses trêsambientes o aluno vivencia as di-ferentes etapas necessárias para arealização dos exames laboratori-ais, desde a coleta e preparaçãodas amostras, à realização dosexames e liberação dos laudos. Agrande diversidade de procedi-mentos nesses ambientes resultaem excelente preparo para a vidaprofissional.

PROFISSIONAISMuitos são os profissionais

formados pela PUC Goiás que seprojetaram na área. Graduado em1990, o tenente-coronel biomédi-co Sérgio Henrique Nascente Cos-ta direcionou sua atuação na aná-lise clínica e atualmente é o res-ponsável técnico pelo laboratóriodo Hospital da Polícia Militar doEstado, como oficial de carreiraBiomédico da PM. “Minha ativi-dade consiste na realização dos

diferentes exames de laboratórioclínico, incluindo a área de toxi-cologia social, uma das 34 áreasde atuação”, disse. Ainda, ele éprofessor na Católica há 14 anos,lecionando a disciplina ‘Bioquími-ca’ nos cursos de Biomedicina eMedicina.

O professor Pedro Ludovicode Goiás e Silva, graduado em1985, atua na área de banco desangue, que engloba a captação dedoadores, coleta e validação, den-tre outras atividades. Desde 1994está no Hospital das Clínicas daUniversidade Federal de Goiás,desenvolvendo trabalho voltadopara a valorização do Biomédico;de 2001 a 2006 responsabilizou-sepelo Setor de Transfusão, aten-dendo toda a demanda interna doHC, que possui hoje atendimentode alta complexidade. De 2004 a2008 foi responsável pelo Projeto-piloto de Hemovigilância nosHospitais Universitários, denomi-nado ‘Hospitais Sentinela’, implan-tado pelo Ministério da Saúde,por sua Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária.

Em sua dissertação de Mestra-do, voltada para o melhor enten-dimento das variáveis que influ-enciam a captação de doadoresvoluntários de sangue entre uni-versitários, e apresentada em2006, Pedro Ludovico lembra quetodo o trabalho no Banco de San-gue do HC sempre foi e é acom-panhado por alunos do Curso deBiomedicina da PUC Goiás, comobolsistas, com atividades voltadasao aprendizado da rotina do Se-tor de Hemoterapia, o que os ca-pacita para a profissão e despertao interesse por essa área promis-sora, que tem atraído muitos bio-médicos.

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Pioneiro na região, já com 37anos, e um dos mais conceituadosno País, o Curso de Psicologia daPUC Goiás tem um diferencialimportante para os seus 1.100 alu-nos, em dois turnos: corpo docen-te altamente qualificado (dos 72professores, 90% com dedicaçãointegral), dentre os quais duasatuais pró-reitoras da instituição(de Graduação, Helenides Men-donça, e de Extensão e Apoio Es-tudantil, Sônia Margarida GomesSousa), duas clínicas escola, paraestágio e atendimento à comuni-dade, cinco núcleos de pesquisae ampla oportunidade de educa-ção continuada, com Mestrado,Doutorado e 10 especializações.Dos professores, 10 doutores, trêsdoutorandos e 26 mestres estãono quadro efetivo, com contratode tempo integral; dois doutores,dois doutorandos e três mestressão horistas efetivos, e dos pro-fessores convidados, um é doutor,outro doutorando e 14 mestres.

O novo projeto pedagógico doCurso assegura a formação deprofissionais competentes, sujei-tos do seu processo de desenvol-vimento, capazes de contribuircom a sociedade no sentido detransformação e de participaçãodemocrática; e responde às de-mandas da sociedade, às exigên-cias do mundo contemporâneo eàs determinações estabelecidaspelo Conselho Nacional da Edu-cação, Conselho de Psicologia epela PUC Goiás. Direciona as ati-vidades para a participação doaluno e a maior conciliação entre

Curso de Psicologia, pioneiro e conceituado nacionalmenteteoria e prática acadêmica. “A in-tegração entre teoria e práticadeve conduzir o desenvolvimen-to do curso em cada uma das dis-ciplinas e, em particular, nos es-tágios supervisionados, enquan-to momentos privilegiados, quepromovem a prática obrigatórianas principais áreas de atuação dopsicólogo”, como destaca a pro-fessora doutora Adriana Bernar-des Pereira (foto), diretora do De-partamento de Psicologia.

Sua matriz curricular foi cons-truída a partir de um conjunto deatividades que estruturam o pro-cesso ensino-aprendizagem, a ex-tensão e a pesquisa para a forma-ção profissional. No contexto re-gional destacam-se o envolvimen-to com as questões sociais, os di-reitos humanos, a cidadania e omaior compromisso com a justiçasocial. Para garantir um diferenci-al na formação do psicólogo naPUC Goiás, o seu projeto pedagó-gico sustenta um eixo epistemoló-gico que garante a formação ética,generalista e de competências teó-rico-práticas e metodológicas. Aosalunos são oferecidas as condiçõesdidático-pedagógicas, estruturafísica e serviços de apoio, labora-tórios e acervo bibliográfico, recur-sos audiovisuais e tecnológicos equalificação docente.

A avaliação contínua do Cur-so proporciona uma articulaçãoprogressiva entre as atividades deensino, pesquisa e extensão eaperfeiçoa as experiências peda-gógicas, os instrumentos e as prá-ticas já construídas e consolidadas

no Departamento.A novidade é a conectividade

do corpo docente com os alunos,por meio do site http://www.mundopsi.com.br/, cominformações sobre o Curso, seuhistórico, corpo docente, projetopedagógico e, em desenvolvimen-to, a biblioteca digital, para que oaluno tenha acesso às monografi-as e às principais obras de teóri-cos da Psicologia que estão emdomínio público. Os universitári-os podem conferir, também, oseventos que ocorrem na área desua formação, escrever e postarsuas idéias em blogs, para sociali-zar o conhecimento. Depois des-sa iniciativa, vários professores daUniversidade informatizaramseus portfólios, currículos e conteú-dos, de forma mais próxima e in-terativa com o acadêmico.

ESTÁGIO E PESQUISAO Centro de Estudos, Pesqui-

sas e Prática Psicológica (CEPSI)presta atendimento psicológicogratuito à população, favorecen-do ao aluno, no estágio obrigató-rio, a vivência de experiênciasimportantes e o aprendizado prá-tico de todo o conhecimento teó-rico e ético adquirido na Univer-sidade. Programas oferecidos:psicoterapia individual a crianças,adolescentes e adultos; psicodiag-nóstico, infantil e adulto; orienta-ção vocacional; atendimento acasais e famílias; psicoterapia degrupos; grupos de reeducação ali-mentar; avaliação neuropsicológi-ca infantil, e atendimento para

crianças com altas habilidades.A Psicologia dispõem de cin-

co núcleos de pesquisa: Labora-tório de Análise Experimentaldo Comportamento (LAEC),Núcleo de Estudos Psicossociais(NEP), Núcleo da Infância, Ado-lescência e Família (NIAF), Nú-cleo de Pesquisa Aplicada e In-tervenções Comunitárias Clíni-cas (NUPAICC) e Núcleo de Psi-copatologia e Psicologia da Saú-de (NPPS). Todos eles visamgarantir, por meio de estudos epesquisas, a consolidação do en-sino, a prática da iniciação cien-tífica e o pólo de apoio aos pro-fessores e seus orientandos deMestrado e Doutorado, forman-do uma cadeia cíclica que retro-alimenta todo o processo e ga-rante, com os demais aspectos,todas as estrelas conquistadas.

Reafirmando a qualidade doCurso de Direito da PUC Goiáse aproveitando que a partir deagora a Ordem dos Advogadosdo Brasil aceita que alunos façamo Exame de Ordem antes da con-clusão do curso, 34 alunos da ins-tituição foram aprovados nessaexigência legal para o exercícioda profissão de advogado. O di-retor do Departamento de Ciên-cias Jurídicas, José Antônio Lobo,destacou o privilégio de ter es-ses estudantes que, como disse,serão vencedores em sua ativida-de profissional. Nesse Exame fo-ram aprovados, ainda, 124 egres-

34 alunos passam no Exame da OAB antes de concluir cursosos do Curso de Direito da PUCGoiás.

Ele ressaltou, como funda-mental nesse processo, o empe-nho da Universidade em ofere-cer as condições estruturais,como bons laboratórios, corpodocente qualificado e oportuni-dades de conciliação de teoriaacadêmica e prática profissional,inserindo seus alunos no contex-to em que irão atuar. Para a co-ordenadora de Monitoria, pro-fessora Ana Flávia Mori Lima, aaprovação é resultado do traba-lho da equipe docente e do bompreparo dos alunos.

Foram aprovados, antes daconclusão do Curso de Direito daPUC Goiás, os acadêmicos Angé-lica Machado Barbosa, ApoennaAmaral de Alencar Castro, CarlaZanina Oliveira, Caroline Tapxu-re Lobo, Christian Abrão de Oli-veira, Fabrizia Geordanna NunesTeixeira Neiva, Fernanda Mariado Couto Jacome, Fernando Fer-nandes Borges Valadão, Guylher-me Goncalves Brandão Soares,Helida Lima de Souza, JallyseneValeriano de Oliveira, João Mar-celo Souza Ranulfo, Jordana deCarvalho Pinheiro, Jordana Pla-zza Bittar, Jose Emanuel Guima-

rães de Souza, Luana Goes Spin-dola, Marcelo Barbosa Damasce-no, Marcio Pereira de Sousa, Mar-cos Lee Araujo Matsunga, Maria-na Motta de Oliveira e Silva, Ma-riana Rodrigues Lemes Alves,Natasha Palma Garcia, Paula Si-queira Lima, Paulo Roberto Re-sende Nascimento, Priscila Barbo-sa Belo, Rafael Barbosa Áreas,Rafaela Profirio Jardim, RenataElise Viana, Rodrigo Amorim Pin-to, Shirley Oliveira Lima, ThiagoMedina Alves Correia, VictorAugusto Vila Verde Tito, ViniciusFerreira de Amorim e WesleyBorges Souza.

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Uma vida de valores e teste-munho. Assim foi a trajetó-ria de dom Fernando Go-mes dos Santos. No ano emque se completa seu cente-nário de nascimento, a co-memoração é tripla, poisabrange ainda os 51 anosda Universidade Católica

de Goiás e o primeiroano da instituição

como PUC Goiás.Jornalista que

dava coberturaàs atividades daIgreja para o jor-nal “O Popu-lar”, ArmandoAcioli destacouque ele “não eraapenas um dou-tor em Teologia,um pregador fiel

ao Evangelho eum autêntico mis-

sionário da pastoralda Igreja de Cristo”.

“Tinha uma visão universaldos problemas sociais e muitocontribuiu, através da palavra ca-lorosa e da ação permanente, para

Cem anos do nascimento de dom Fernandominimizá-los no exercício de seuvitorioso pontificado”, ressaltou.

EMPREENDEDOR,DESDE CEDOFilho da Paraíba, dom Fernan-

do fincou raízes e frutificou emGoiás. E ele deu o bom fruto pre-cocemente: aos 7 anos já externa-va a seu Francisco Gomes e donaVeneranda, seus pais, o desejo deser padre, que fora plantado pau-latinamente em seu coração a par-tir das missas que assistia em suacidade natal, Patos. Aos 10 anos,após completar os estudos primá-rios, entrou de vez no seminário,localizado na capital, Paraíba, hojeJoão Pessoa.

Terminados o ginásio e colegi-al, o seminarista Fernando estudouFilosofia e Teologia. Deste último,chegou a cursar parte em Roma,na Universidade Gregoriana. Comapenas 22 anos era ordenado sa-cerdote. Com 33 foi sagrado bis-po, o mais jovem do Brasil.

Em 1957 - após dirigir o Colé-gio Diocesano Padre Rolim, em Ca-jazeiras; ser vigário em Patos; bis-po em Penedo, Alagoas; ter cui-

dado da diocese de Aracaju, Ser-gipe; e até ter participado da cria-ção da Conferência Nacional dosBispos do Brasil (CNBB) -, novodesafio surge na vida do jovemque já mostrara-se empreendedordesde cedo: comandar a Arquidi-ocese de Goiânia, criada em 1956.

Em solo goiano, mais realiza-ções. Em apenas dois anos de es-tada no Centro-Oeste, lançou a“Revista da Arquidiocese”, quecircula até hoje; criou a Socieda-de Goiana de Cultura (SGC); ini-ciou a experiência de reformaagrária na Fazenda Conceição, emCorumbá de Goiás; adquiriu a Rá-dio Difusora; e fundou a Univer-sidade Católica de Goiás, desde2009 PUC Goiás, com o compro-misso de “colocar a ciência e a téc-nica a serviço do homem”.

Dom Fernando participou dassessões do Concílio Vaticano II eda Conferência de Medellín,onde coordenou a comissão so-bre os Meios de ComunicaçãoSocial. Morreu no dia 1º de junhode 1985, aos 75 anos. Seu corpoestá sepultado na Catedral Me-tropolitana.

O ESCRITORCom palavras, ele também transformou o mundo. Suas mensagens sempre tiveram um forte apelo social. Dom Fernando não se

mostrou omisso nem mesmo diante de temas polêmicos:

“Torna-se necessário esclarecer que a Igreja de modo algumtem incentivado as chamadas “invasões”, até porque está con-vencida de que nenhum pobre é “invasor” pelo prazer de deixarsua casa ou a terra onde trabalha. Eles são vítimas da injustiça, daganância dos poderosos que os expulsaram de suas glebas ou osabandonaram sem lar, sem alimento, sem saúde. O que a Igrejatem feito e continuará a fazer é amparar o faminto, o doente, ocarente de tudo.”

“Não há uma pessoa, uma família que não tenha o direito deum lugar para morar, e, se Deus quis fazer sua habitação no meioda casa dos seus filhos, supõe-se que seus filhos também tenhamcasa. Eu creio que é tempo de o Povo de Deus tomar consciênciadessas realidades”.

O bom pastor incentivou jovens...“O mundo, a Pátria, a Igreja, estão a depender da juventude.

Confiamos nos jovens universitários”.

... e professores:“Coragem, prezados professores! Da união de vocês, à luz da

verdade e da Justiça, depende não apenas o bem de vocês, como

As comemorações pelo cente-nário de dom Fernando Gomesdos Santos, pelos 51 anos da Uni-versidade Católica de Goiás, eprimeiro da instituição comoPUC Goiás, começaram no dia 13deste mês, com a apresentação dapeça ‘Amor por Anexins’, encena-da pelo Grupo de Teatro Guará,

a formação das novas gerações”.

Viveu na prática o preceito bíblico de amar ao próximo:“Ninguém é padre para si mesmo, mas para os outros (...) É

nosso dever revelar Jesus Cristo, como Jesus Cristo revelou o Pai.”“Vive no meio do povo, compartilha sua vida, conhece suas

necessidades e anseios. Numa palavra, com a graça de Cristo,esforça-se por ser o bom pastor, que dá a vida pelo rebanho, sepreciso for”.

E, também na poesia, deixou ensinamentos de vida:“O mundo é triste quando se está triste,alegre, quando a gente está feliz.O problema, portanto, só existe,dentro, “no coração”, como se diz.

Afortunado aquele que resistea tentação de ser um infeliz.Pois a tranqüilidade ainda consistena vitória de quem não se maldiz”(Trecho do poema “Paz Interior”, escrito em Goiânia, no dia 4

de abril – data de seu aniversário – de 1968).

Programação festivada Coordenação de Arte e Cul-tura. A apresentação se repetiunos dias 14, 18 e 19, no pátio dasÁreas 2, 3 e 4 e do Campus 5.

No dia 15, um dos pontos al-tos da festa, às 20h, no TeatroCatólica: pronunciamento do ar-cebispo de Goiânia, dom Wa-shington Cruz; lançamento do

número especial da “Revista daArquidiocese” em homenagem adom Fernando; exibição de vídeosobre a vida do fundador da uni-versidade, declamação de poe-mas e sessão de homenagens aprofessores e servidores commais de 35 anos de PUC Goiás.

A apresentação do musical

“Queen – O show deve continu-ar”, da Camerata Santa Cecília,sob regência do maestro CarlosVitorino, anima o público no dia16, às 20h, no Teatro Católica. Oencerramento das comemoraçõesocorre no domingo, dia 17, commissa solene na Basílica do Divi-no Pai Eterno, em Trindade.

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A voz embarga. Ele bebe umcopo de água. Respira mais fun-do. Não chora. A entrevista con-tinua:

- O que estava escrito no pa-pel que o padre pediu para o se-nhor entregar a seus familiaresdepois da prova de catequese?

- Primeiro lugar. Minha avóchorou muito. Muito.

Naquele momento, WolmirTherezio – o nome é compostomesmo, diferente do que esta re-pórter imaginava – celebravacom a avó um dos primeiros de-safios vencidos na vida. Ele su-perou o descrédito de terceiros,que duvidavam que ele, tímidoe muito mais novo do que os ou-tros meninos da catequese, pu-desse passar na prova. Quem su-bestima, na verdade, é tolo, diz oagora Reitor.

- Ih, padre! Este aí não sabede nada – adiantou-se uma frei-ra, já tentanto justificar o que jul-gava ser uma decepção.

O padre dirigiu-se ao guriWolmir.

- Você sabe as orações, Wol-mir?

- Sei. - Sabe? - Sei, reafirmou. - Então reze o Glória ao Pai. - Glória ao Pai e ao Filho e ao

Espírito Santo... - A Salve Rainha. - Salve, Rainha, mãe de miseri-

córdia, vida, doçura, esperança nos-sa, salve! (...)

- O Pai Nosso. - Pai nosso, que estais nos céus,

santificado seja o vosso nome... - O Creio em Deus Pai. - Creio em um só Deus, Pai

todo-poderoso, criador do céu e daterra...

O padre tirou do bolso da ba-tina um bloquinho e uma caneta.

Goiânia, 1ª quinzena de outubro de 2010 Folha PUC 487 - 6

A magnitude do prédio im-pressionava o guri de 5 anos. Osvitrais coloridos, as portas late-rais de dois metros, a altura dascadeiras – suas pernas não alcan-çavam o chão -, as imagens clás-sicas. Tudo era maior, MUITOMAIOR do que já parecia ser noSantuário Nossa Senhora de Ca-ravaggio, talvez o local mais im-ponente de Paim Filho, cidade-zinha gaúcha localizada no No-roeste rio-grandense. Idealizadapelo capuchinho frei João Crisós-tomo e construída em estilo gó-tico, a igreja possui cerca de 950metros quadrados de área exter-na e foi levantada com a utiliza-ção de 920 mil tijolos. Um mun-do para os olhos do menino. Mastambém o ponto de partida desua trajetória. Do santuário, lo-calizado no município que só em2004 alcançou a marca de 4 milhabitantes, para a administraçãode uma Universidade que temmais de 25 mil alunos. A insegu-rança de criança ficou no meio dopercurso. Perseverança e determi-nação foram conquistados ao lon-go do caminho. Surpresas e mu-danças de itinerários? Sim, elastambém se fizeram presentes najornada do reitor da hoje Pontifí-cia Universidade Católica de Goi-as, Wolmir Therezio Amado.

Ideia de ser padre- Está decidido, Wolmir? - Estou sim.Curta e direta. Foi essa a res-

posta do jovem de 13 anos quan-do interrogado pelos frades fran-ciscano-capuchinhos se queriamesmo ir para o seminário. Du-rante dois anos, Wolmir There-zio havia frequentado o GrupoVocacional da paróquia. Era umtempo de preparação, quando osclérigos passavam informações e

O MUNDO A PARTIR DOS VITRAISCarla Lacerda

tiravam as dúvidas dos jovensque se mostravam interessadospela vida sacerdotal.

“A ideia surgiu quando me-nino mesmo. Não tínhamos nin-guém na família que fosse padre.Achava bonito”, destaca Wolmir.Ele também lembra do carinho eda atenção de sua avó materna,Laura, sua mãe na fé. “Eu levan-tava cedo, aguardava a Nonaacender o fogão a lenha, pegavauma latinha que tinha chocolatee ela colocava o tablete no leitepara eu tomar. Sentados à mesa,ela me ensinava as orações bási-cas, as virtudes cristãs, os man-damentos, a forma de confessar”,recorda.

Foi também a partir de umconselho da avó que, ainda mui-to menino, Wolmir teve uma ex-periência valiosa com Deus. Oolho direito sempre lacrimejavamuito. Não raras eram as vezes,ao longo de um único dia, em queo jovem precisava utilizar umlenço para secar o rosto.

- Wolmir, você pode pedirum milagre, pode pedir para sercurado.

E, durante a celebração da pri-meira eucaristia, a graça foi al-cançada. “Lembro que depois decomungar, voltei para o banco,ajoelhei e rezei. Meus pais esta-vam sentados ao meu lado. Co-mecei a reparar nos vitrais colo-ridos da igreja. Em um deles ha-via uma imagem do Menino Je-sus de Praga. De repente, pare-cia que aquela imagem crescia evinha em minha direção. Des-maiei e só acordei em casa.”

A partir daquele dia, as lágri-mas, pelo menos as involuntári-as, cessaram.

Os primeiros lugares - Nossa! Quanta coisa você

está me fazendo lembrar...

Escreveu no papel e pediu queWolmir entregasse a seus famili-ares. O guri ainda não sabia ler.

“Minha avó chorou muito.Muito. Meu avô, Francisco, tinhauma alfaiataria e fez um paletópara o dia da minha primeira eu-caristia. Fui de gravata borbole-ta, como manda o figurino. Pa-recia um miniadulto”, diverte-se,ao contar o episódio.

O primeiro lugar conquistadoaos 5 anos não foi fato isolado navida de Wolmir. Quando prestouconcurso para professor efetivoda Universidade Católica de Goi-ás, em 1986, o então jovem de 24anos superou todos seus concor-rentes. E quando defendeu suatese de Mestrado, em 1992, pelaUniversidade Federal de Goiás,tirou nota 10, com louvor – pri-meira vez que isto ocorreu em 17anos da existência do Mestradoem História.

HISTÓRIAS DE VIDA

Na casa da NonaEle olha da janela do clube,

onde trabalha como garçom. Ela,da de casa, onde mora com paise irmãos. Enamoram-se. Casam-se. Ele atravessa a rua de pedrasque o separavam. Passam a mo-rar juntos com a família dela.Três andares têm o sobrado. Noprimeiro funciona a alfaiataria doseu Francisco Manfredi. Nos doissuperiores, acomodam-se a filhaCarmen, recém casada, com omarido, também Francisco (omesmo nome do sogro), e ... osfilhos – praticamente um por ano.

“Nós moramos sete anos nacasa do meu avô – nesta épocaainda éramos cinco irmãos – atéque meu pai conseguiu compraruma casa. Era bem próxima deonde estávamos, cerca de trêsquadras”, relata Wolmir.

Mudança programada. Car-men arruma as malas do maridoFrancisco e dos filhos Gládis, Gla-dimira, Gladimir, Wolmir e Ró-gis. Peraí, cadê as roupas do Wolmir?

Santuário Nossa Senhora de Caravaggio, em Paim Filho Wolmir na 1ª Eucaristia

Casamento de Franciscoe Carmen, pais de Wolmir

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Goiânia, 1ª quinzena de outubro de 2010 Folha PUC 487 - 7

A partir desta edição a “Folha PUC” apresenta um novo espaço,“Histórias de Vida”, pensado com o intuito de estreitar a relação epromover a integração entre toda a comunidade universitária (alunos,professores, servidores e visitantes). É um momento para se conhecerum pouquinho mais da história das pessoas que constroem a Universi-dade. É um tempo de fugir das obviedades e de mergulhar na complexi-dade do ser humano. Tempo de compreensão.

Na estreia da seção, você vai conhecer curiosidades da trajetória devida do reitor Wolmir Therezio Amado. A infância em Paim Filho, noRio Grande do Sul, é o fio condutor dessa primeira viagem. Outroscausos e histórias poderão também ser conferidos no novo canal de co-municação da PUC Goiás, um blog que será inaugurado em breve. Aplataforma virtual será atualizada com maior frequência e conterá maisdetalhes do que a versão impressa, já que a própria natureza do suportecontribui para isso.

Boa leitura!

HISTÓRIAS DE VIDA

- Eu escondi.- Mas, mãe, eu vou ter que

comprar tudo de novo. Roupa émuito cara – argumenta Carmen.

- O Wolmir fica comigo – in-siste Laura.

- Vou deixá-lo uns dias coma senhora, mas depois ele vemmorar conosco.

Wolmir Therezio só deixou acasa da nona Laura quando foipara o seminário em Veranopó-lis. O contato com pais e irmãossempre foi constante – mais tar-de nasceram os gêmeos Nádia eNédio. “Sempre estávamos jun-tos. Meu pai montou um merca-do mais tarde – “vendia de tudo,menos roupa” – e nós, os filhos,nos revezávamos para ajudá-lo”,recorda o Reitor. “Também brin-cava muito com meus irmãos.Nossa proximidade era até naroupa”, brinca.

Tempo de discernimentoPaim Filho sempre foi uma ci-

dade ligada às atividades rurais,como grande parte dos municípi-os gaúchos, que tiveram uma co-lonização diferente do resto doBrasil. O grande fluxo de italia-nos, alemães e poloneses resultounuma nova forma de se lidar coma terra: os minifúndios. Por isso,nada mais natural que, nos idosda década de 1970, o destino dosmeninos que terminavam o giná-sio fosse as escolas agrícolas. Na-tural, mas não unânime.

Com apenas 13 anos, WolmirTherezio decidiu por um caminhodiferente. Aos 14, começou suajornada nos seminários da Ordemdos Frades Menores Capuchi-nhos, ligada a São Francisco deAssis. O Ensino Médio foi feitonuma unidade em Veranopólis. Agraduação em Campo Grande,Mato Grosso do Sul. “Havia tam-bém opções para cursar filosofiaem seminários no Sul. Mas achoque herdei o espírito aventureiroe empreendedor de meu pai (SeuFrancisco foi o primeiro, porexemplo, a levar o fogão a gáspara Paim Filho). Queria conhe-cer outras culturas”.

Já ambientado nas terras doCerrado, o jovem prosseguiucom os estudos no seminário. Fezteologia em Goiânia e em Hidro-lândia o noviciado, tempo de ex-periência do ser Frade Capuchi-nho. Mas, em 1985, Wolmir mu-dou novamente a rota de suavida. “O seminário foi um tem-

po de discernimento, de apren-dizado profundo, marcante, masnão determinante. Não anuloesta experiência”, diz. “Mas aspessoas se recriam, mudam a di-reção de seu caminho”.

As conquistas

Quatorze anos em Paim Filho,nove em seminários franciscanos,vinte e quatro na UniversidadeCatólica de Goiás (UCG). Nãoprecisa ser perito em matemáticapara perceber que o maior conjun-to das realizações de Wolmir The-rezio se encontra nas dependên-cias da hoje PUC Goiás. E não fo-ram poucas. Desde a sua admis-são, em 1986, por concurso públi-co para professor efetivo, até osdias de hoje, inúmeras foram asfunções desempenhadas.

O jovem coordenou a área deprogramas e projetos comunitá-rios (1987); assumiu a SecretariaExecutiva da Sociedade Goianade Cultura, mantenedora da Uni-versidade (1992-1996), e se tor-nou vice-presidente da entidade,em 1997. De 1998 a 2000 foi vice-reitor para Assuntos Acadêmi-cos. Em 29 de novembro de 2002foi nomeado Reitor, tendo con-seguido, em 2009, elevar a Uni-versidade ao título de PUC.

Wolmir foi também professorda Universidade Federal de Goiás(1986-1996) e presidente, por doismandatos, do Conselho Regionalde Leigos do Centro-Oeste (1992-1998) e, também por dois manda-tos, do Conselho Nacional de Lei-gos e Leigas Católicos do Brasil(1998-2004), organismo eclesialherdeiro da Ação Católica.

Além do Mestrado na UFG,cujo tema foi “A Igreja Católicae a questão agrária em Goiás.Década de 1950 a meados de1960”, ele tem duas especializa-ções em Filosofia da Religião,pela Pontifícia Universidade Ca-tólica de Minas Gerais (PUC Mi-nas), em 1991, e Filosofia Con-temporânea, também em 1991,pela UFG.

O guri que descobriu o gostopela leitura com “O Guarani”, deJosé de Alencar, aos 12 anos, temtambém vasta produção literária.Escreveu “A Religião e o Negro

Casa onde morou até os 13 anos

Wolmir recebe o hábito capuchinho

no Brasil”, da Edições Loyola,São Paulo, 1989; “A Igreja e aQuestão Agrária no Centro-Oes-te do Brasil (1950-1968)”,Ed.UCG, 1996; “Nosso Tempo:Questões da Atualidade”, daEd. Redentorista, Goiânia, 1997;“Diálogos com a Fé”, Ed. UCG,2004; “Diálogos com a Educa-ção”, Ed. UCG, 2005; “Diálogoscom a Filosofia”, Ed. UCG, 2005;“Diálogos com a História”, Ed.UCG, 2005.

A rotina hoje“O tempo é precioso. É neces-

sário fazer as escolhas certas”. Adefinição de prioridades é algoprimordial na agenda do reitorWolmir Amado. Os compromis-sos são inúmeros. O dia começabem cedo, às 6 horas. Depois detomar banho e fazer a barba, omomento é de oração. Numa pe-quena capela – adaptada em umadas salas do apartamento -, Wol-mir reza e lê os salmos. Para oti-mizar o tempo, a roupa para o tra-balho é sempre escolhida na noi-te anterior. Caso tenha eventosformais, paletó com gravata. Senão, calça e camisa de manga lon-ga – 70% delas são brancas. “Nãotem perigo de errar”, brinca.

Na mesa, apenas café preto evitamina. Wolmir não gosta decomer pela manhã. Uma rápidapassada de olhos pelos jornaisda cidade e alguns de fora -quando dá tempo. Hora de sair

de casa. Quando ia a pé para aPUC Goiás, gastava apenas dezminutos. Por motivo de seguran-ça foi aconselhado a fazer o tra-jeto de carro. Agora são quatrominutos.

O almoço é o momento dereunir toda a família em casa – aprofessora Suely Maria da SilvaAmado, e os dois filhos, Sarah,18, e Fernando, 14. Meia taça devinho para garantir a saúde. Pe-queno repouso e retorno à Uni-versidade. No fim da tarde, umhappy-hour tipicamente gaúcho.Mesmo longe do inverno dospampas, o hábito de tomar chi-marrão é sagrado. “No início, aSuely conseguia tomar só umacuia. Agora me acompanha atéterminarmos a garrafa térmica”.

Os eventos noturnos – cola-ções de grau, entre outros - tam-bém não são raros. Quando che-ga em casa, das 10h30min às11h30min, o tempo é dedicadoa despachos pela internet. Umpequeno lanche é feito antes deacompanhar a programação daUCG TV. Dormir mesmo só de-pois da meia-noite.

Nos fins de semana, Wolmircaminha pelas ruas da capital esepara um tempo para escreverartigos e também para revisaralgum documento administrati-vo da universidade.

Domingo à noite vai a missa.Começa a semana sob as bên-çãos de Deus.

Família reunida em Paim Filho

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A PUC Goiás tem forte pre-sença e atuação comunitária naregião Noroeste, uma das maispopulosas de Goiânia – só de elei-tores são mais de 100 mil na 147ªZona Eleitoral –, com muitas ca-rências e serviços públicos quenão atendem as necessidades dapopulação, em especial nas áre-as de educação e saúde, faltandocreches e escolas. Os problemasse avolumam por continuar a re-ceber migrantes do Norte e Nor-deste do País, que se instalam nacasa de parentes que chegaramprimeiro e passam a viver emcondições precárias. Essas difi-culdades geram violência e abu-sos, que atingem principalmenteas crianças e os adolescentes, eos tornam alvo do tráfico de dro-gas e da criminalidade.

Há 26 anos a Universidademantém, na região, o Centro deEducação Comunitária de Meni-nas e Meninos (Cecom), unidadeda Pró-Reitoria de Extensão eApoio Estudantil, que desenvol-ve, desde o início, a cultura dapaz. Dentre as ações, o diálogocom as famílias, em encontros evisitas domiciliares; o apoio noresgate da cidadania e à luta pelamoradia e por serviços públicosde qualidade; e promove a qua-lificação profissional, que opor-tuniza novos postos de trabalho,e ações educativas, recreativas esociais com crianças e jovens, decinco a 17 anos.

Diariamente o Cecom atende,no Jardim Nova Esperança, ondese localiza, em torno de mil pes-soas, das quais mais de 500 jo-vens e 250 famílias, nas mais di-versas atividades. As ações vãoda educação básica, acolhimen-

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IA Forte presença na região Noroeste

to para cursos profissionalizan-tes, nas Oficinas de Cabeleireiro,Higiene e Beleza, Modelagem eCostura Industrial, e de ArtesCênicas, até apoio ao desempre-gado, inscrevendo-o e buscandonovas oportunidades de traba-lho. Ainda, orienta e acompanhaas famílias em suas reivindica-ções junto a órgãos públicos. Sãooferecidas diariamente três refei-ções: café da manhã, almoço elanche à tarde.

A PUC Goiás, na realizaçãodesse trabalho, mantém convêniocom a Prefeitura de Goiânia, porsuas Secretarias Municipais deAssistência Social, de Educaçãoe de Esporte e Lazer, e conta com100 colaboradores que atuam noCecom.

Sonhos e lutas“O sonho da moradia tornou-

se realidade para muitas famíli-as sem teto no dia 4 de outubrode 1979”, afirma o diretor doCecom, Edson Lucas Viana. Nas-cia o Jardim Nova Esperança.“Que nome bonito: Jardim. Pen-sar em jardim é pensar em flo-res, borboletas, rosas, pássaros”.Conforme explicou, “estávamosem plena ditadura militar, tudoera mais difícil”.

O êxodo rural era crescente.“Muitas famílias saíam da zonarural para a cidade grande embusca de educação e melhor qua-lidade de vida para os seus filhos.Mas aqui se tornavam presas fá-ceis nas mãos dos aliciadores desempre. Ao invés de qualidadede vida, o que enfrentavam nodia-a-dia era dor e lágrimas aoverem os filhos sendo vítimas evitimizadores da violência cres-

cente na região”, ressaltou.Conquistar o direito à mora-

dia “reacendeu a Nova Esperan-ça e com ele o sonho de educa-ção com qualidade, profissiona-lização e a cultura da paz. O Ce-com nasceu em 24 de maio de1984 para, com essas famílias,assegurar o pleno desenvolvi-mento, o preparo para o exercí-cio da cidadania e a qualificaçãopara o trabalho das suas crian-ças e adolescentes”.

Mostra culturalEssa presença da PUC Goiás no

Jardim Nova Esperança foi reafir-mada com a realização, no dia 7deste mês, da 8ª edição de suaMostra Cultural, com o tema“Você com a gente sem violên-cia”, e discutiu a violência sofri-da por crianças e adolescentes.Para a coordenadora adjunta, Su-elma Cândida, a comunidade co-nheceu as formas para o enfren-tamento da violência, em especi-al no âmbito escolar, no qual oprofessor, além de promover uma

atmosfera agradável em sala deaula, deve respeitar e ter a confi-ança de seus alunos, para não su-jeitá-los a castigos ou qualquertipo de tratamento humilhante.

Ela aponta os desdobramentose projeções que foram discutidos.“São diversas ações de vulnera-bilidade social de um público ‘de-sassistido’ de políticas públicas.Conclamamos crianças, adoles-centes, educadores, familiares,comunidade, poder público e so-ciedade para criar espaços de for-talecimento da cultura da paz en-tre nós”, destacou.

A primeira mostra foi promo-vida em 2003 e, desde então, acada ano é pautado um tema di-ferente, que envolva diretamentea comunidade. Eles são escolhi-dos em assembléia. Neste ano, fi-zeram uma relação entre educa-ção e violência, as formas de en-frentar e combater a violência se-xual de crianças e adolescentes, edeixaram um recado: “Seja dife-rente: diga não à violência na es-cola e da escola”.

Escola Direito do Saber – Educação Infantil e Ensino Fundamental.Oficina de Cabeleireiro, Higiene e Beleza.Oficina de Modelagem e Costura Industrial.Oficina de Artes Cênicas – Danças do ventre, ballet e contemporânea.PROFALA - Programa Descobrindo a Arte de Falar e o Prazer de Ouvir.Programa Dialogando com as Famílias (PDF)Centro de Formação Profissional do CecomPrograma de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).Programa de Atividades com Bolsistas da OVG.Programa de acompanhamento e orientação de adolescentes em cumprimen-to de Medida Sócio-Educativa de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC).Programa de Apoio aos Desempregados da Arquidiocese de Goiânia.

Ações e programas do Cecom

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A homenagem ao docu-mentarista, por seus trabalhos,ao longo de 50 anos, na docu-mentação audiovisual daAmazônia brasileira, contem-plou: descerramento de placa,para perpetuar a doação deseu acervo fílmico, o maiorexistente sobre essa região, eretribuição, com a entrega dosseus filmes em DVD. Houve aapresentação do ‘site’ do Pro-jeto ‘Histórias da Amazônia - 50anos de Memória Audiovisual’,pela coordenadora do Núcleode Documentação e Audiovi-sual do IGPA, Maria EugêniaBrandão Alvarenga Nunes; ea projeção do filme “Jangadei-ros”, de Cowell, uma releitu-ra de material coletado no

Goiânia, 1ª quinzena de outubro de 2010 Folha PUC 487 - 9

Único acervo fílmico no mun-do que retrata histórias e ima-gens do contato entre brancos eíndios na Amazônia, da décadade 60 a meados de 2000. Em sín-tese, essa é a essência do arquivodo cineasta Adrian Cowell, comcerca de três mil latas de filmes16mm, positivos e negativos,além de fitas de áudio e vídeo,que ele doou ao Instituto Goianode Pré-História e Antropologia(IGPA), da PUC Goiás, em 2007.Esse material, que estava emLondres, onde ele reside, só veiopara o Brasil em 2008, a partir deuma parceria entre o Instituto ea Fundação Oswaldo Cruz (Fio-cruz), do Rio de Janeiro, que via-bilizou o seu traslado.

Em agradecimento a essa do-ação, Adrian foi homenageado,no dia 30 de setembro, pela PUCGoiás, que inaugurou uma placaespecial na sede do IGPA, naÁrea 2. Na solenidade, o Institu-to, que digitalizou os filmes emDVD, fez uma surpresa ao cine-asta, entregando-lhe cópias deseus filmes nesse novo formato.“Transformamos as sete tonela-das de material, que nos custoumuito para trazer de Londres,nessa caixa de pouco mais de umquilo”, disse o diretor Júlio Cé-sar Rubin de Rubin, de formasimbólica, sobre condensar os fil-mes, antes pesados, numa peque-na caixa de madeira.

A iniciativa encerrou o Con-vênio ‘Histórias da Amazônia – 50anos de Memória Audiovisual’, par-ceria da Universidade com aCasa de Oswaldo Cruz, da Fio-cruz. De acordo com o responsá-vel por esse trabalho, professorJezus Marco de Ataídes, que naépoca dirigia o IGPA, o projetopreviu a adequação da infraes-trutura da área de guarda e ou-tras estratégias de organizaçãode todo o material; teve patrocí-nio da Petrobrás e BNDES, eapoio do Ministério do MeioAmbiente, Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos RecursosRenováveis (Ibama) e da Lei deIncentivo à Cultura, do Ministé-rio da Cultura.

Da parceria com Jescoà “Visão de Chico Mendes”Adrian, ainda muito novo,

escolheu o Brasil para trabalharcom o cinema ambiental. Nessaempreitada conheceu o ambien-talista e indigenista Jesco vonPuttkamer, que já fotografava aAmazônia. Ambos foram, no de-correr de suas vidas, muito liga-dos, e tiveram também uma for-te ligação com a então Universi-dade Católica de Goiás, por meiodo IGPA. Jesco faleceu em 1994e, em vida, doou todo o seu acer-vo à PUC Goiás, entregue ao Ins-tituto desde 1970. Juntos, eles tra-

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OIGPA guarda maior acervo fílmico sobre a Amazônia

balharam na Amazônia e outraspartes do Brasil durante as déca-das de 60 e 70. Filmaram tambémem algumas comunidades indí-genas em países de fronteira,como a Bolívia. “As duas cole-ções, durante um período, po-dem ser consideradas comple-mentares. Em campo, Jesco foto-grafava e filmava, e Adrianacompanhava cada história, ro-teirizava os materiais e os doisproduziam. Apoiados pela BBCde Londres trabalharam por mui-tos anos. Sete filmes foram pro-duzidos nessa primeira fase deAdrian”, informou a coordena-dora do acervo fílmico do IGPA,Fernanda Elisa Costa.

Jesco e Adrian acompanharamas incursões dos sertanistas con-tratados pelo Governo brasileiropara adentrarem o Brasil, na di-anteira das equipes que iriamabrir estradas, fundar cidades elevar o progresso à região Nortedo País. Assim, acompanharamos irmãos Villas Boas, principaisindigenistas do período dos pri-meiros contatos com grupos indí-genas então desconhecidos. Na-quele período, o Governo Fede-ral abriu a Transamazonica e al-gumas outras rodovias, no cursodas quais eram implantadas fren-tes de urbanização. Por mais quea ideia fosse a de salvar os gru-pos indígenas, muitos padeciamno contato com os brancos. “Mui-tos grupos foram quase totalmen-te dizimados por gripe e outrasdoenças. Assim, perdeu-se muitacoisa daquilo que era antes o Bra-sil protegido dentro das selvas.No entanto, a presença de Jesco eAdrian na frente, filmando e fo-tografando tudo, permitiu aomenos esse registro único”, dis-se. O trabalho do cineasta refletiua trajetória na Amazônia, passan-do pela questão do conflito entreíndios e seringueiros, a criação doParque do Xingu, a exploraçãomineral na Amazônia, a questãopolêmica de Serra Pelada, as quei-madas e a trajetória de ChicoMendes. Adrian intitulou a sérieproduzida em 1980 de “A déca-da da destruição”. Dez anos de-pois nova série contava outra sina,

“Últimos isolados”, sobre os re-flexos dos acontecimentos da dé-cada anterior. Em 2000, segue namesma linha de pensamento coma temática “O legado de ChicoMendes”, na qual ele quis mos-trar os avanços e acaba revelan-do outros conflitos existentes, queperduram desde a década de 60.

O IGPA conta hoje com umacervo de 16 filmes prontos dodocumentarista e receberá nospróximos dias mais sete filmes,cujas versões em português fo-ram feitas por meio do projeto.Diante de um material bruto desete toneladas, parte é materialtotalmente original e inédito, jáque nem todo o acervo bruto foiutilizado na produção de seus fil-mes. O acervo total correspondea pouco mais de 10 mil rolos.

Sistematização do acervoNa primeira fase do projeto,

após a chegada do material, oacervo foi todo higienizado,acondicionado, identificado etombado. Passou por um proces-so de catalogação, fase em quesão descritos os dados principais,como nome do filme, série a quepertence, tipo de material fílmi-co e os créditos. Também é ana-lisada a condição técnica de cadarolo, estado de conservação, da-

dos relativos à degeneração dosmateriais, sendo que tudo é mi-nuciosamente levantado na fichacatalográfica. O professor MárioArruda, hoje aposentado, traba-lhou ao longo de um ano, maisde 12 horas por dia, para identi-ficar manualmente o conteúdo decada rolo. No IGPA existem duassalas de conservação para osacervos, sendo que uma abrigaas películas (rolos) e a outra abri-ga o magnético. O acervo é acli-matizado, com um rigoroso con-trole de temperatura e umidadeque precisa ser constante. O aces-so de pessoas a essas áreas é con-trolado, pois a temperatura va-ria apenas com a entrada de al-guém nesses ambientes. Assim,existe um período de espera parase passar de uma sala para a ou-tra. Os filmes, quando precisamser retirados do acervo, passampor uma climatização até chega-rem à temperatura ambiente.Como o clima do cerrado brasi-leiro é diferente do porão da casade Adrian, onde ele guardou oseu acervo por 40 anos, todo cui-dado é pouco para não deixarque essa diferença brusca deumidade ao longo do ano afete oacervo.

A segunda fase do trabalhocomeça agora. O grande desafioé disponibilizar as imagens, jáque o arquivo em estado brutonão tem como ser pesquisado.

A Universidade está estrutu-rando um serviço de disponibili-zação de imagens. “Esse materi-al que recebemos não tem comoser trabalhado. As imagens estãopresas lá dentro e não é possívela sua projeção. As películas sãofrágeis, têm mais de 40 anos, asemendas soltam, muitas perfura-ções rompidas e a única forma deter acesso a isso é a telecinagem:passar para o formato digital”,afirmou Fernanda.

Nordeste brasileiro na décadade 1960.

O cineasta ressaltou a par-ticipação do cinegrafista Vi-cente Rios, 56 anos, goianien-se, com quem trabalha naAmazônia desde 1980. A PUCGoiás entregou-lhe ainda umexemplar do livro “O Jardimda vida”, do professor CarlosBrandão e publicado pela Edi-tora da PUC Goiás, sobre a flo-ra do cerrado. Também StellaPenido, Luiza Andréa Mora-es Cardoso, Verônica Martinsde Brito e Alexandra do Nas-cimento Carias, do Departa-mento de Documentação daCasa de Oswaldo Cruz, pre-sentes ao evento, ganharamum exemplar do livro.

Homenagem

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Com o objetivo de divulgar aprodução científica e fortalecer acultura da pesquisa acadêmica, aPUC Goiás promove, entre os dias19 e 23 deste mês, a sua ‘Semanade Ciência e Tecnologia’, que rece-beu aproximadamente 1,3 mil ins-crições – mais de 800 delas para aexposição oral dos trabalhos -, eestá em sintonia com as ‘semanas’do Ministério da Ciência e Tecno-logia (MCT) e da Secretaria Esta-dual de Ciência e Tecnologia.

“Além de a iniciativa ter assu-mido um caráter interdisciplinar,com o diálogo entre os diversossaberes, ela também traz novida-des nesta edição. Uma delas é aprimeira mostra de produção demestrados e doutorados”, desta-ca a presidente da comissão or-ganizadora, profa. Maria José deFaria Viana.

“Nosso foco central é dar visi-bilidade à produção científica daUniversidade, com nível de rigore excelência, e também promovera interação com a comunidade, já

Semana de Ciência e Tecnologia tem 1,3 mil inscriçõesque esses tra-balhos têm re-levância e al-cance social”,complementa,ao lembrarque a deman-da por produ-ção científicatem aumenta-do ao longodos anos.

A pró-rei-tora de Pós-Graduação ePesquisa, pro-fessora dra. Sandra de Faria, co-ordenadora da Semana, ressalta aimportância da iniciativa. “O im-pacto produzido por essas produ-ções expressa o compromisso daPUC Goiás com o desenvolvimen-to científico local, regional e naci-onal, com inovação e qualidade,adotando como foco a melhoria daqualidade de vida. O propósito da‘Semana de Ciência e Tecnologia’ éde que possamos relacionar esse

conhecimento àsnossas concepções epráticas e aos nos-sos cotidianos”.Lembra ainda que odebate enfatizará opapel da pesquisana graduação e pós-graduação e no de-senvolvimento daprodução científica.“Estamos com focona inovação tecno-lógica, o que signi-fica capacidade deagregar valor ao

processo de produção. É a tecno-logia gerando inovação”, explicou.

PROGRAMAÇÃO - Com otema “Ciência para o desenvolvi-mento sustentável”, o evento sedesdobra nos três períodos e reú-ne uma programação variada, queinclui palestras, debates, lança-mentos de livros e revistas, mo-mento cultural, homenagens e ex-posição. A abertura, no dia 19, às19h, no auditório da Área 4 da

PUC Goiás, já tem a presença con-firmada do secretário executivo eministro interino do MCT, profes-sor Luiz Antônio Rodrigues Elias,e do diretor de Programas e Bol-sas da Capes, Emídio CantídioAlmeida de Oliveira.

No dia 20, às 9h e às 16h, serãorealizadas apresentações do espe-táculo “Ciência em Show / SBT”,com participação de escolas deEnsino Médio de Goiânia. A expo-sição ‘Cerrado, Biodiversidade ePatrimônio Cultural’, na Área 1 daPUC Goiás, permanecerá aberta àvisitação pública.

A Semana incorpora as seguin-tes mostras científicas: ‘XI Fórumde Pesquisa e Pós-Graduação’, ‘XI Jor-nada de Iniciação Científica’, ‘V Mos-tra de Produção Científica Lato Sen-su’, ‘I Mostra de Produção CientíficaStricto Sensu’, ‘VI Semana Integra-da de Ciência e Tecnologia das Ciên-cias Exatas – Engenharias – Arquite-tura’, ‘Feira do Livro Universitário’ e‘Exposição: Cerrado, Biodiversidade ePatrimônio Cultural’.

A realização no dia 27de setembro, no TeatroCatólica, do primeiro de-bate da UCG TV com oscandidatos ao Governode Goiás nas eleições dodia 3 deste mês, obteveampla repercussão. Emfunção do segundo tur-no, no próximo dia 31, aemissora já programaum segundo debate, ago-ra com os candidatosMarconi Perillo, doPSDB, e Íris Rezende, doPMDB, que será possi-velmente no dia 25.

A iniciativa, promo-vida pela Arquidiocese de Goiâ-nia, em parceria com os veículoscatólicos de comunicação, foiaberta pelo arcebispo de Goiânia,dom Washington Cruz. “Desejoque os debates, além de oferecersubsídios, forneçam uma escolha

Debate com os candidatos ao Governo na UCG TV

O telespectador do programa“Mais Esportes”, da UCG TV, jápode acompanhar as novidadesdo seu time por meio de um novoportal. Produzido desde maio, owww.pratiquemaisesportes.com.bré fruto de uma parceria com aInédita Propaganda. O internautavai ficar por dentro das novida-des das edições Local, Nacionale Extra Campo; acompanhar, atodo momento, as notícias dostimes goianos; e ter acesso a um

Mais Esportesconteúdo esportivo produzidoespecialmente para o site. Alémdesses canais, poderá participardas redes sociais como o twitter,orkut e youtube, disse o comen-tarista esportivo Daniel Santana.

O reitor Wolmir Amadoprestigiou o lançamento oficialdo portal e enalteceu a iniciativada equipe do “Mais Esportes”,ao buscar novas mídias de comu-nicação, em processo de avançocoletivo junto ao público. De

livre ao cidadão, seja o mais pró-ximo da justiça e da dignidadede todos os goianos”, declarou.

O mediador será novamenteo professor Daniel Barbosa, pró-reitor de Administração da PUCGoiás, que avaliou o debate

como sucesso, e creditou o mé-rito “a toda a equipe, que se des-dobrou e não mediu esforçospara tudo ocorrer da melhor for-ma possível”. “A responsabili-dade, o compromisso e a matu-ridade da equipe permitiram

que tivéssemos previstoe antecipado tudo o quepoderia ocorrer duranteo debate e, assim, provi-denciado as possíveissoluções e encaminha-mentos, imediatamente.Isso nos deu tranqüili-dade para conduzir todoo programa e, também,para improvisar quandofoi necessário”, disse.

O “tom mais light dodebate” ou “morno ecomportado”, apontadopela imprensa, foi, emsua opinião, “o tom ne-cessário e adequado de

um debate de idéias e propos-tas, em que está em jogo o futu-ro do nosso Estado e não o en-tretenimento momentâneo dostelespectadores com um showde tensões emotivas e de ressen-timentos”.

acordo com o pró-reitor DanielBarbosa, o torcedor sempre par-ticipou do programa por meio dee-mails e telefone. A ideia do siteé a de estimular a interatividade,que começou com o programa deTV. “O portal é a ponte diretaentre o ‘Mais Esportes’ e otelespectador”, afirmou.

O editor Rafael Vasconcelosdisse que o lançamento do por-tal é a “realização de um sonho”,que vem suprir a carência de in-

formações com a oferta de umconteúdo informativo mais pró-ximo da realidade do torcedorgoiano.

O “Mais Esportes” Local vaiao ar de segunda a sexta-feira,às 19h15, pela UCG TV, temapresentação de Rafael Vascon-celos e os comentários de Dani-el Santana, Edson Rodrigues,professor Daniel Barbosa, Evan-dro Gomes, Nivaldo Carvalho eMonara Marques.

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Avançando em sua Política deEstágio, a PUC Goiás, por meio daPró-Reitoria de Extensão e ApoioEstudantil (Proex), lançou no dia5, em cerimônia no Plenário daAdministração Superior (foto), oPrograma de Gestão Virtual deAcompanhamento e Avaliação deEstágio Curricular Não-Obrigató-rio. Esse sistema, de acordo com apró-reitora Sônia Margarida Go-mes Sousa, facilita processos detrabalho, dá visibilidade às açõesdos Departamentos e dos cursoscom relação ao estágio não-obriga-tório, e possibilita o cumprimentodas exigências da Lei 11.788, cum-prindo também um papel social degrande relevância.

O estágio está intimamente re-lacionado com processos que en-volvem inovação e mudança naeducação e nas práticas pedagógi-cas curriculares. Citando PauloFreire, a profa. Sônia Margaridaafirmou que o estágio pode ser aponte para “uma educação quepossibilite ao homem discussão co-rajosa de uma problemática. Desua inserção nesta problemática.Que o coloque em diálogo cons-tante com o outro. Que o predis-ponha a constantes revisões. Aanálise crítica de seus ‘achados’. A

Sistema de Avaliação de Estágio não-Obrigatório

uma certa rebeldia no sentido maishumano da expressão. Que o iden-tifique como métodos e processoscientíficos”.

A professora Sônia Margaridavê o estágio como processo deabertura para o novo, para a des-coberta, para a construção de no-vos paradigmas para a educação.Atualmente, a PUC Goiás possui392 convênios com diferentes ins-tituições governamentais e não-go-vernamentais, empresas e indús-

trias. Teve, em 2009, no Centro deIntegração Empresa-Escola(CIEE), 2.230 estagiários, e nesteano, até o momento, 1.301, e noInstituto ‘Euvaldo Lodi’, nestes doisanos, em torno de 12 mil alunosem atividades diversas.

Pró-Reitora de Graduação, aprofessora Helenides Mendonçaelogiou o novo Programa, na preo-cupação com a excelência no ensi-no, e ressaltou o estágio como par-te do processo de aprendizagem e

de formação do aluno. A Pro-Rei-toria de Desenvolvimento Institu-cional, por meio do Centro de Pro-cessamento de Dados, desenvolveesse trabalho desde 2009: a partetécnica ficou a cargo dos analisasde sistema André Luiz Alves eMaria Zelma Fernandes Bandeira,e a conexão com a parte de contro-le acadêmico, sua interface com osusuários de internet, coube aos ana-listas de sistemas Sherman Calixtodo Prado e Márcio Balian.

Cabe à ETG implementar aPolítica de Estágio nas unidadesacademico-administrativas daPUC Goiás; celebrar convêniosreferentes aos campos de estágioque reúnam condições adequa-das para uma formação qualifi-cada e de acompanhar/avaliar,junto à Pró-Reitoria de Gradua-ção (Prograd), a execução dosestágios.

Nesse sentido, celebra convê-nios para estágios curricularesobrigatório e não-obrigatório;encaminha, às unidades acadê-micas, os formulários necessári-os ao acompanhamento do alu-no que realiza o estágio curricu-lar não-obrigatório, e às empre-sas/instituições conveniadas, osformulários necessários ao acom-panhamento do aluno que reali-

za o estágio curricular não-obri-gatório; orienta o aluno quanto àimportância do Termo de Com-promisso e sobre a Política deEstágio, e os coordenadores deestágio quanto à ação da PUCGoiás na área e à importância deadequação à lei de estágio; acom-panha os agentes de integração;e alimenta o Banco de Dados deconvênios vigentes.

Atualmente, o acompanha-mento do estágio curricular obri-gatório é realizado pelo Profes-sor da disciplina, que é o respon-sável por avaliar o campo de es-tágio; o Termo de Compromisso;acompanhar e avaliar o aluno.

Na celebração do convênio deestágio não-obrigatório, a ETGsolicita parecer quanto à realiza-ção do convênio com o campo de

São duas modalidades de es-tágio: o Estágio Curricular Obriga-tório compõe o plano curricular docurso, consiste em uma disciplinacom carga horária específica e obri-gatória a ser cumprida, dispõe deum Professor responsável pela ori-entação, a avaliação é registradapor meio de notas, pode ser reali-zado no câmpus universitário ounas empresas/instituições gover-

Duas modalidades de estágionamentais e não-governamentaise pode ou não ser remunerado.

Já o Estágio Curricular Não-Obrigatório é opcional, deve com-por o plano de curso, a instituiçãode ensino superior deve designarprofessor orientador para acompa-nhar o aluno, que deve ser acom-panhado por um supervisor deprofissional (campo) e deve ser re-munerado, realizado fora do cam-

Nova rotina para convênios

pus universitário e a celebração deconvênio não é obrigatória.

Com o advento da Lei 11.788,de acordo com a coordenadora deEstágio e Extensão da Proex(ETG), professora Adriana Ribei-ro de Freitas, as duas modalida-des de estágio devem compor oplano de curso, a celebração deconvênio não é obrigatória e sima assinatura do Termo de Com-

promisso, o estágio curricularnão-obrigatório só pode ser reali-zado mediante pagamento de bol-sa, a instituição de ensino superi-or deve acompanhar/avaliar oaluno que realiza o estágio curri-cular não-obrigatório no períodomáximo de seis meses, o estágiodeve ser progressivo e a institui-ção de ensino superior deve ava-liar o campo de estágio.

estágio; exigência do supervisorde campo, encaminhamento dosformulários necessários paraavaliar o aluno e da Política deEstágio para os Departamentos epara as empresas; e orienta o alu-no durante o processo.

Conforme esclareceu, até ago-ra o estágio curricular não-obri-gatório não era incluído nos pla-nos de cursos; não havia profes-sores destinados a esse acompa-nhamento; o coordenador de es-tágio assina todos os Termos deCompromisso como ProfessorOrientador; no ato de celebraçãodo convênio, solicita parecer doDepartamento quanto à parceria,sem a certeza da aprovação; amaioria dos estagiários não eraacompanhada e avaliada; o De-partamento é o responsável pelo

controle do número de alunosque realizam essa modalidade deestágio; e cabe ao Departamentoa orientação do plano de ativida-des, junto ao governo e à progres-sividade desse aprendizado.

Ciente da importância dessemomento acadêmico para a for-mação dos alunos da PUC Goi-ás, a fim de cumprir as atribui-ções da Política de Extensão e asdisposições da Lei nº 11.788, de25 de setembro de 2008, e de pro-porcionar a possibilidade de umacompanhamento efetivo aos es-tudantes que realizam o estágiocurricular, a ETG propôs essanova rotina administrativa paracelebração de convênios e reali-zação, acompanhamento e avali-ação de estágio curricular não-obrigatório.

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GRÃO-CHANCELERDom Washington Cruz, CPREITORProf. Wolmir Therezio AmadoVICE-REITORAProfª Olga Izilda RonchiPROGRAD - PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃOProfª Drª Helenides MendonçaPROEX - PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO E APOIO ESTUDANTILProfª Drª Sônia Margarida Gomes Sousa

Folha PUC - Jornal da Pontifícia Universidade Católica deGoiás (PUC Goiás), produzido pela Divisão de ComunicaçãoSocial - Dicom/GR - Tel.: 3946-1010DIRETORA: Eliane Borges Silva Pereira (GO n. 00370 JP)REDAÇÃO: Jales Naves (GO n. 00268 JP), editor; CarlaLacerda (DF n. 3501 JP) e Belisa Monteiro (GO n. 2343 JP)DIAGRAMAÇÃO: Adriano AbreuREPORTAGEM FOTOGRÁFICA: Wagmar Alves e Weslley CruzIMPRESSÃO: Gráfica da PUC Goiás

Expediente Instituição juridicInstituição juridicInstituição juridicInstituição juridicInstituição juridicamentamentamentamentamente mantidae mantidae mantidae mantidae mantidapela Spela Spela Spela Spela Sociedade Goiana de Cociedade Goiana de Cociedade Goiana de Cociedade Goiana de Cociedade Goiana de Cultura - SGCultura - SGCultura - SGCultura - SGCultura - SGC

PROPE - PRÓ-REITORA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISAProfª Drª Sandra de FariaPRODIN - PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTOINSTITUCIONALProf. Eduardo Rodrigues da SilvaPROAD - PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃOProf. Daniel Rodrigues BarbosaCHEFE DE GABINETEProf. Giuseppe Bertazzo

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁSADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁSADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁSADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁSADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA PUC GOIÁS

Como faz tradicionalmente acada cinco anos, o arcebispo me-tropolitano, dom WashingtonCruz, vai a Roma, de 11 a 20 denovembro, para participar da vi-sita aos túmulos dos apóstolosPedro e Paulo, “Ad limina Apos-tolorum”. Desde os primeirostempos, a Igreja foi cimentando-se sobre a base de uma estreitaunião espiritual e formal entre osapóstolos e seus sucessores, sen-do a visita “ad limina” a expres-são atual dessa íntima relação ecomunhão na fé e na missão.

Nessa viagem, estará acom-panhado do bispo auxiliar deGoiânia, vigário episcopal do Vi-cariato para a Cultura e a Edu-cação da Arquidiocese de Goiâ-nia e vice-presidente da Socieda-de Goiana de Cultura, mantene-dora da PUC Goiás, dom Walde-mar Passini Dalbello.

COSTUME ANTIGOO costume dos bispos pere-

grinarem a Roma é antigo: datado Século IV e, mais tarde, em1585, o Papa Sisto V a institucio-nalizou e dispôs a forma de rea-lizá-la. Conforme a legislaçãoeclesiástica, os bispos residenci-ais devem ir, a cada cinco anos,honrar os túmulos dos apóstolosPedro e Paulo e encontrar-se como Sucessor de Pedro, o bispo de

Roma. A última visita “ad limi-na” dos bispos do Brasil foi em2002-2003.

A visita, com seus diferentesmomentos, tem um significadobem claro para dom WashingtonCruz, como bispo, e para a Ar-quidiocese. “Para mim supõeuma ocasião privilegiada paraavivar meu sentido de responsa-bilidade como sucessor dosApóstolos e fortalecer minha co-munhão com o sucessor de Pe-dro, o Papa. E para nossa Igrejadiocesana é uma ocasião paraconsolidar, através de minha pes-soa, os vínculos de fé, de comu-nhão e de disciplina com a Igrejade Roma, e com toda a Igreja doSenhor. Assim se tornará visívele ficará, sem dúvida, fortalecidaa unidade e a comunhão que nosune aos bispos, sucessores dosApóstolos, com o Papa, sucessorde Pedro, e as Igrejas locais coma Igreja primaz de Roma e com oresto das Igrejas particulares”,

Dom Washington Cruz vai a Romaafirmou.

“Como vosso bispo e Pastor,viajo a Roma com um profundosentimento de filial e fraternal co-munhão afetiva e efetiva paracom o Santo Padre e para comtoda a Igreja, para reforçar os la-ços de fé, esperança e caridadecom o papa Bento XVI e com aIgreja Universal”, afirmou. “OPapa é o sucessor de Pedro e oVigário de Cristo na terra. Nãoimporta que ele seja bonito oufeio, alto ou baixo, estrangeiro oubrasileiro. Para realizar sua ur-gente tarefa, necessita do apoioe do carinho de todos os fiéis ca-tólicos, especialmente agora, di-ante de tantos ataques à sua pes-soa e ao que representa. Não setrata de pensar o que o Papapode fazer por nós, mas o quepodemos fazer pelo Papa. Reze-mos pelo Santo Padre e pelo fe-liz êxito da visita “Ad Limina” dosbispos do Regional Centro-Oes-te da CNBB”, completou.

A comunhão, ato de receber aJesus Cristo no sacramento da Eu-caristia, é o compromisso semprereafirmado de melhor servir à co-munidade dentro dos preceitoscristãos. Assim o acadêmico depedagogia Emerson AlexandreSouza Gomes, goianiense, 25anos, vê essa celebração cristã,que reafirmou quando recebeu osacramento da crisma pela Paró-quia Universitária São JoãoEvangelista. “É ter mais fé”, re-sume Sabrina Sarth, paranaensede Toledo, 13 anos, há pouco maisde um ano em Goiânia, que já feza catequese e se prepara, tambémna Paróquia Universitária, parareceber a crisma.

Quarenta acadêmicos, jovens eservidores da Universidade estãose preparando, desde o início doano, para o ato da Primeira Comu-nhão e da Crisma, cujas cerimôni-as vão acontecer durante três diasdo final deste mês: 29, 30 e 31. Noprimeiro dia, às 18h, celebração detemas religiosos; dia 30, às 19h,celebração da Primeira Eucaristia

e Crisma; e, dia 31, encerramentoe confraternização.

Para a Primeira Comunhão, ocatólico precisa entender o senti-do do sacramento que recebe, oque fortalecerá a vontade de colo-car em prática o ideal pregado porJesus Cristo e participar da comu-nidade cristã. “Quem comungadeve saber que participa de umaceia, como a que Jesus celebroucom os apóstolos antes de sua pai-xão e que conhecemos como ‘últi-ma ceia’. Foi quando Jesus procla-mou que o pão e o vinho que dis-tribuía aos seus apóstolos eran seu‘corpo e sangue’. Com isso, afir-mava que a presença dela na co-munidade reunida era real e ele setornaria o alimento do amor quecimentava a mesma comunidide”,afirmou o professor GiuseppeBertazzo.

Por isso – explicou – a IgrejaCatólica tem a fé de que o sacer-dote, por meio da consagração damissa, converte realmente o pão eo vinho oferecidos no altar no cor-po e sangue de Cristo.

Primeira comunhãoA Igreja São João Evangelista,

da Paróquia Universitária, que ficana Área 2 da PUC Goiás, comemo-rou seu primeiro aniversário de de-dicação com missa no dia 5 de se-tembro, presidida por dom Walde-mar Passini Dalbello, vice-presi-dente da SGC, mantenedora daPUC Goiás. Administrador da Pa-róquia, frei Venildo Trevizan des-tacou o trabalho realizado no perí-odo, como o retiro para universitá-rios, com a participação de mais de60 pessoas; os cultos ecumênicospara formandos de diversas insti-tuições de ensino superior; as mis-sas semanais: às 18h, de terça-fei-ra a sábado, e às 19h aos domin-gos; e a preparação de grupo de40 acadêmicos e servidores para obatismo, a crisma e a primeira co-munhão.

Gaúcho da região da colôniados italianos, no Vale dos Pinhedos,destaca a organização das Pastoraisdo Batismo, do Dízimo e da Músi-ca, na missão de tornar o Evange-lho de Jesus Cristo mais conheci-do, mais amado e mais assumido.

Paróquia comemora 1º ano de dedicaçãoA missa solene e consagração

da Igreja foi presidida no dia 9 desetembro de 2009 pelo cardeal Ze-non Grocholewski, prefeito da Sa-grada Congregação para a Educa-ção Católica do Vaticano, que naoportunidade ressaltou a beleza eo significado daquele espaço, des-tacando-o como “local vital parareforçar a identidade católica” daPUC Goiás. “Esse lindo templo,construído com pedras, cimentoarmado e ferro, não apenas é aimagem da Igreja espiritual, masdeve nos ajudar a construir aque-la Igreja que é muito mais impor-tante, a Igreja de nossos corações,na qual Deus quer habitar”, afir-mou, em sua homilia, que deno-minou “A Eucaristia na missão daUniversidade Católica”.

O Cardeal observou que a Igre-ja une a tudo com a Eucaristia, quequer ser “o centro de nossa vida:quando, por exemplo, o Código deDireito Canônico fala da paróquiaestabelece que o centro da assem-bléia paroquial dos fiéis seja a Eu-caristia (Can. 528, § 2)”.

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