folha metalúrgica nº 757

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4ª EDIÇÃO DE AGOSTO / 2014 Semanário do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região - nº 757 - Rua Júlio Hanser, 140. Lajeado - Sorocaba/SP - CEP: 18030-320 Mais de quatro mil metalúrgicos prestigiaram a posse da diretoria Sábado tem plenária no Sindicato para definir o rumo das negociações Todos os metalúrgicos da região estão con- vidados para uma plenária neste sábado, dia 30, às 9h, na sede do Sindicato em Sorocaba, para debater estratégias que agilizem o desfecho da campanha salarial da categoria. As negociações com os grupos patronais co- meçaram há mais de um mês e até agora não há propostas de acordo. A data-base da categoria vence no dia 1º de setembro e ainda não existe previsão de reajuste nos salários. A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) está orientando os sindicatos filiados a mobilizarem os trabalhadores para forçar os pa- trões a apresentarem propostas para a categoria. O SMetal de Sorocaba vem realizando as as- sembleias de mobilização desde a semana pas- sada. As assembleias mais recentes foram nas fábricas Edscha, Syl e De Nora, em Sorocaba; Bauma e Controlflex, em Votorantim; e Metalur, em Araçariguama. PÁGs. 4 e 5 PÁG. 7 CAMPANHA SALARIAL Em clima familiar, a diretoria do SMetal, presidida por Ademilson Terto da Silva, recebeu quatro mil metalúrgicos da região, além de lideranças da CUT nacional e estadual, na confraternização que marcou a posse dos dirigentes sindicais no sábado, dia 23, no Clube União Recreativo Campestre. Bauma, Controlflex, Edscha e Syl foram algumas das empresas nas quais o Sindicato realizou assembleias de mobilização nesta quarta-feira, dia 27 Gabrielli Duarte Foguinho Foguinho Foguinho Lucas Delgado

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4ª edição de Agosto de 2014

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4ª EDIÇÃO DEAGOSTO / 2014

Semanário do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região - nº 757 - Rua Júlio Hanser, 140. Lajeado - Sorocaba/SP - CEP: 18030-320

Mais de quatro mil metalúrgicos prestigiaram a posse da diretoria

Sábado tem plenária no Sindicato para definir o rumo das negociações

Todos os metalúrgicos da região estão con-vidados para uma plenária neste sábado, dia 30, às 9h, na sede do Sindicato em Sorocaba, para debater estratégias que agilizem o desfecho da campanha salarial da categoria.

As negociações com os grupos patronais co-meçaram há mais de um mês e até agora não há propostas de acordo. A data-base da categoria vence no dia 1º de setembro e ainda não existe previsão de reajuste nos salários.

A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) está orientando os sindicatos filiados a mobilizarem os trabalhadores para forçar os pa-trões a apresentarem propostas para a categoria.

O SMetal de Sorocaba vem realizando as as-sembleias de mobilização desde a semana pas-sada. As assembleias mais recentes foram nas fábricas Edscha, Syl e De Nora, em Sorocaba; Bauma e Controlflex, em Votorantim; e Metalur, em Araçariguama. PÁGs. 4 e 5

PÁG. 7

CAMPANHA SALARIAL

Em clima familiar, a diretoria do SMetal, presidida por Ademilson Terto da Silva, recebeu quatro mil metalúrgicos da região, além de lideranças da CUT nacional e estadual, na confraternização que marcou

a posse dos dirigentes sindicais no sábado, dia 23, no Clube União Recreativo Campestre.

Bauma, Controlflex, Edscha e Syl foram algumas das empresas nas quais o Sindicato realizou assembleias de mobilização nesta quarta-feira, dia 27

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O porquê das assembleiasTodo ano é a mes-

ma coisa. Os empresá-rios dificultam ao má-ximo as negociações salariais. Mas em ano eleitoral essa tendência do empresariado sem-pre piora. Até porque, as previsões econômi-cas quase sempre ne-gativas ou irregulares dão sustentação para enrolações nas mesas de negociação. Sempre foi assim.

Para a maioria dos representantes empresa-riais, a economia nunca está bem, a produção está sempre desaqueci-da ou abaixo do nível planejado, etc. Mesmo nos anos em que os nú-meros desmentiam ni-tidamente a choradeira, como nos recordes de produção e vendas de 2008 e 2010, o setor pa-tronal dizia que não po-dia valorizar os salários porque esses recursos fariam falta para inves-timentos futuros, que possivelmente fariam a fábrica crescer e gerar mais empregos.

Ainda assim, os metalúrgicos estão en-tre as categorias profis-sionais que mais con-quistaram aumentos reais, acima da infla-ção, especialmente nos últimos 12 anos.

Embora os indica-tivos econômicos de hoje não sejam tão fa-voráveis como no ano passado, não é hora da categoria parar de lutar por valorização salarial e outros avanços.

Vale lembrar que, na crise mundial de 2009,

empresas, essa conversa não passa pelo achata-mento salarial. Muito menos durante a cam-panha salarial anual da categoria.

Aliás, o Sindicato defende que a valori-zação salarial ajuda a aquecer a economia, dando retorno positivo ao próprio empresaria-do menos imediatista e conservador, visto que o consumo aumenta as vendas e, consequente-mente, a produção.

A Federação Esta-dual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) pensa da mesma forma e por isso tem insistido na reposição integral da inflação e no aumento real durante as negocia-ções com as bancadas patronais.

Mas a FEM preci-sa do nosso apoio para vencer essa batalha. Não basta ter bons ar-gumentos na mesa de negociações, é preciso ter uma categoria forte e unida, que dê respal-do à bancada dos tra-balhadores, que faça os representantes patronais tratarem nossas reivin-dicações com o devido respeito e com a agili-dade necessária.

Essa é a razão do Sindicato vir realizan-do as assembleias de mobilização nas fábri-cas nas últimas sema-nas. É por isso também que o SMetal convida a todos para participar da plenária sobre a cam-panha salarial neste sá-bado, às 9h, na sede de Sorocaba.

as previsões de futuro da economia brasileira eram catastróficas. Os adversá-rios do PT e do então pre-sidente Lula se apressa-ram em dizer que o Brasil iria entrar em recessão, que iria haver desempre-go em massa.

Os porta-vozes da oposição ao PT chega-ram a dizer que o País iria reviver os tenebrosos tempos de instabilidade econômica das décadas de 80 e 90.

No fim, Lula incenti-vou o consumo e o mer-cado internos, o Brasil foi um dos países me-nos afetados pela crise internacional e voltou a crescer em poucos me-ses. Essa mesma crise, da qual o Brasil saiu quase ileso, foi responsável por quase desmontar a eco-nomia europeia e abalar o poderoso mercado norte- americano.

Embora o Sindicato esteja aberto ao diálo-go sobre como superar eventuais dificuldades comprovadas de algumas

Não basta ter bons argumentos

na mesa de negociações, é preciso ter

uma categoria forte e unida,

que dê respaldo à bancada dos trabalhadores

Folha Metalúrgica

Diretor responsável: Ademilson Terto da Silva (Presidente)Jornalista responsável: Paulo Rogério L. de AndradeRedação e reportagem: Paulo Rogério L. de Andrade Fernanda IkedoFotografia: José Gonçalves Fº (Foguinho)Diagramação e arte-final: Lucas Eduardo de Souza Delgado Cássio de Abreu Freire

Sede Sorocaba: Rua Júlio Hanser, 140. Tel. (15) 3334-5400

Sede Iperó: Rua Samuel Domingues, 47, Centro. Tel. (15) 3266-1888

Sede Regional Araçariguama: Rua Santa Cruz, 260, Centro. Tel (11) 4136-3840

Sede em Piedade: Rua José Rolim de Goés, 61, Vila Olinda. Tel. (15) 3344-2362

Site: www.smetal.org.brE-mail: [email protected]ão: Bangraf Tiragem: 42 mil exemplares

Informativo semanal do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

José Feijóo faz balançopolítico-econômico do

País nos últimos 12 anosO assessor do Ministério da

Casa Civil José Lopez Feijóo re-alizou na sexta-feira, dia 22, uma palestra a respeito dos investimen-tos feitos pelo governo federal nos últimos 12 anos no País. A discus-são aconteceu na sede do SMetal e contou com a presença de diri-gentes sindicais, políticos, pessoas ligadas a movimentos sociais e so-ciedade civil.

Ex-presidente da CUT/SP, Fei-jóo disse que o horário eleitoral gratuito é hoje o único espaço em que o PT pode mostrar ao povo as realizações desenvolvidas por Lula e Dilma no Brasil. “A gran-de mídia esconde o que já foi feito nos últimos 12 anos, além de não divulgar os projetos de Dilma para um segundo mandato como presi-dente.”

Feijóo também explanou em relação à disputa de projetos no pleito deste ano. De um lado o re-trocesso (Aécio Neves e Marina Silva), de outro a continuidade da mudança que só o PT conseguiu fazer no País. “Temos que expor as benfeitorias que o partido já fez

e dará sequência com Dilma presi-dente do Brasil.”

Sobre a importância dos movi-mentos sociais e sindicais partici-parem da eleição deste ano, Feijóo convocou todos para participar dessa luta e mostrar ao povo brasi-leiro o modelo político-econômico que deu certo e vai continuar se-guindo na linha do desenvolvi-mento em todos os setores da so-ciedade.

Brasil nos últimos 12 anosEm 1998, quando FHC ainda

era presidente do País, as classes de renda A, B e C somavam 53% da população brasileira. Atualmen-te, com Dilma no poder, somam 84%. Esta estatística, segundo Fei-jóo, comprova nitidamente o que foi o PSDB comandando o Brasil.

Outro exemplo exposto pelo as-sessor do Ministério da Casa Civil foi a taxa de desemprego entre os governos tucanos e petistas. Em 2003, quando FHC deixou a pre-sidência, a taxa de desemprego era superior a 12%. Em 2012, já com o PT administrando, foi de 5,5%.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO Pelo presente edital, em caráter permanente, o presidente do SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE SOROCABA E REGIÃO, com fundamento no estatuto social, convoca todos os integrantes da categoria profis-sional para a Assembléia Geral Extraordinária, a realizar-se no dia 01 do mês de setembro de 2014, às 18:00 horas em primeira convocação e às 18:30 horas em segunda convocação na sede do Sindicato, localizada na Rua Júlio Hanser, nº 140, Bairro Lageado, cidade de Sorocaba/SP., para discutir a seguinte ordem do dia: a) leitura e aprovação da ata da assembléia anterior; b) aprovação da venda dos imóveis, constituídos por quatro terrenos de 250 metros quadrados cada um inscrito na matricula 153706, 155174, 158580, 158581 Rua Nilo Peçanha, no município de Ilha Comprida/SP e; e) outros assuntos de interesse da categoria.

Sorocaba, 28 de agosto de 2014.

ADEMILSON TERTO DA SILVAPresidente

Palestra do assessor da Casa Civil lotou auditório do SMetal em Sorocaba na última sexta-feira

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Prefeitura, Câmara e Sindicato seunem para manter Gerdau em Sorocaba

Em reunião com a direção da Gerdau na manhã de terça-feira, dia 26, representantes da Prefeitura de Sorocaba, da Câmara Municipal e do Sindicato dos Metalúrgicos (SMetal) pediram que a empresa reconsidere sua decisão de encerrar as atividades na cidade. A reunião aconteceu na sede do SMetal.

O secretário municipal de De-senvolvimento, Geraldo Almeida, colocou a Prefeitura à disposição da Gerdau para procurar um novo local para a fábrica, que hoje fun-ciona na Rua Padre Madureira, próxima à região central.

Já o presidente da Câmara, Cláudio do Sorocaba I (PR), afir-mou que o legislativo poderá votar com urgência projetos do Paço que representem a manutenção dos em-pregos.

O presidente do SMetal, Ademil-son Terto da Silva, prontificou-se a colaborar com esses projetos e in-centivar a qualificação profissional.

Direção nacionalO gerente de relações de tra-

balho da Gerdau, Carlos Panzera, afirmou que vai levar o pedido das instituições sorocabanas à dire-ção nacional da empresa. Além de Panzera, representaram a fábrica

Rodrigo Oliveira, chefe de recur-sos humanos; e Odenir Augusto Oliveira, consultor de relações do trabalho.

O vereador Izídio de Brito (PT), presente à reunião, reforçou o pe-dido para que a empresa trate com atenção essa união de instituições locais na luta pela permanência da empresa. “Hoje há uma sinergia en-tre a Prefeitura, a Câmara e o Sindi-cato na defesa dos empregos. Agora esperamos boa vontade por parte da Gerdau”, afirmou o petista.

Região metropolitanaO representante da Prefeitura

ressaltou aos empresários que as perspectivas de retorno de inves-timentos locais devem a aumen-tar agora que Sorocaba é sede de uma região metropolitana. “Temos várias fábricas interessadas em se instalar aqui, inclusive duas mon-tadoras que podem ser potenciais clientes da Gerdau”.

Também participaram da reu-nião Pedro Gimenes, assessor técnico da prefeitura; Clodoaldo Lisboa, dirigente sindical e fun-cionário da Gerdau; e Gleydson Silva, funcionário da Gerdau em Sorocaba.

Leia mais em www.smetal.org.br

GERDAU

• Em abril de 1917 Luiz Pinto Thomaz fun-da uma pequena fábrica de enxadas na Rua XV de Novembro, Centro de Sorocaba. Em pouco tempo as enxadas Zap, da metalúrgi-ca Nossa Senhora Aparecida, em Sorocaba, tornaram-se famosas em várias regiões do estado.

• Com o sucesso das enxadas, no início da década de 1940, a empresa adquiriu uma área de 240 mil metros quadrados, então distante do Centro da cidade, para instalar a nova fábrica de ferramentas agrícolas.

• Poucos anos depois, a Nossa Senhora Aparecida instalou seu primeiro forno de produzir aço e dois trens laminadores. A partir daí, a fábrica passou a ser uma das grandes empregadoras da cidade.

• Em 1974, com a inauguração do 4º forno de produzir aço, do 4º trem laminador e do conjunto de fornos para tratamento térmi-co, a fábrica passou a se chamar Siderúr-gica Nossa Senhora Aparecida. Tornou-se então o emprego dos sonhos de milhares de sorocabanos e moradores da região.

• A expansão da siderúrgica em Sorocaba, aliada a uma campanha municipal pela indus-trialização da cidade, atraiu muitas metalúr-gica para a cidade e para a região na década de 1970.

• Na década de 1980 a siderúrgica conti-nuou crescendo e adquirindo novos equipa-mentos, tornando uma referência em aços especiais em todo o País.

• Em junho de 1988 o Grupo Villares com-prou o controle acionário da Nossa Senhora Aparecida, que passou a se chamar Aços Ipa-nema Villares. Logo depois, simplesmente Aços Villares SA.

• Em 1994, já sob forte pressão imobiliária, a Villares transferiu o setor de Aciaria para a unidade de Sumaré. A partir daí, a fábrica lo-cal começou a perder sua condição de uma das maiores empregadoras da cidade; em-bora continuasse reconhecida como muito importante para a economia local.

• Em agosto de 2000 a Villares foi adquirida pelo grupo espanhol Sidenor. Em 2003 a Si-

denor/Villares transferiu as atividades do Trem Desbastador nº 5 de Sorocaba para Sumaré.

• Em março de 2004 o grupo Sidenor ven-deu o controle acionário da Villares Metals para o grupo austríaco Bhöler.

• Esse novo grupo investiu na unidade local e, em 2005, inaugurou linhas mecanizadas de acabamento de perfis especiais. O prin-cipal cliente desse produto era o setor auto-motivo.

• Em 2009, o Grupo Gerdau assumiu o con-trole acionário da Villares e anunciou à im-prensa R$ 52 milhões em investimentos na unidade de aços especiais em Sorocaba. Ao mesmo tempo em que dava a boa notícia à sociedade, propunha internamente a suspen-são de contrato para parte dos funcionários, alegando queda na produção.

• Três anos antes, em 2006, a Gerdau inau-gurava sua 30ª usina siderúrgica, em Araça-riguama, município vizinho de Sorocaba. A unidade de Araçariguama é especializada em aço para a construção civil.

HISTÓRICO DA SIDERÚRGICA EM SOROCABAA trajetória da siderúrgica que hoje leva o nome da Gerdau — e à qual ela quer levar embora

da cidade — faz parte do patrimônio histórico da industrialização de Sorocaba. Confira.

Ademilson Terto (esq.), Geraldo Almeida, Izídio de Brito e Gervino Gonçalves (Cláudio do Sorocaba 1)

Representantes da Gerdau afirmaram que vão levar a proposta do poder público e do SMetal à direção nacional

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Sindicato realizanovas assembleiasde mobilização

CAMPANHA SALARIAL

O Sindicato dos Metalúrgicos tem realizado, esta semana, mais assembleias de mobilização nas fá-bricas para fortalecer a campanha salarial da categoria.

Na quarta-feira, dia 27, foram os trabalhadores da Edscha, Syl e De Nora em Sorocaba; Bauma e Con-trolflex em Votorantim; e da Meta-lur em Araçariguama; quem deram sua contribuição para a campanha parando para ouvir o Sindicato na porta das empresas.

Em alguns casos, como Bau-ma, Controlflex e De Nora, além da campanha salarial, a assembleia tratou também da participação nos resultados (leia sobre PPR nas fábri-cas na página 6).

Na semana passada foram reali-zadas assembleias de mobilização na Flextronics, Grupo ZF (Brasil, Sistemas e Lemforder), Kanjiko e Scórpios, em Sorocaba; além do Grupo Vimax, em Piedade; e na Se-nior, em Araçariguama.

Nas assembleias mais recentes a direção sindical tem convidado os trabalhadores para participar de uma plenária neste sábado, dia 30, às 9h, na sede do SMetal em Soro-caba, para definir os rumos da cam-panha salarial.

Os metalúrgicos sindicalizados têm recebido em suas casas refor-çando o pedido para que participem da plenária no sábado, que também será aberta aos não associados.

Na Syl Freios, em Sorocaba, assembleia de mobilização aconteceu às 14h desta quarta

Também na Metalur, em Araçariguama, os trabalhadores pararam para ouvir o Sindicato

Edscha - assembleia reuniu o pessoal no primeiro turno nesta quarta-feira

Na Bauma, em Votorantim, trabalhadores aprovaram proposta de PPR e estão mobilizados para a campanha

Assembleia sindical na De Nora, à tarde, teve adesão de todos os trabalhadoresNa Controlflex, em Votorantim, a asembleia foi realizada no turno da manhã e tratou também do PPR

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CAMPANHA SALARIAL

Plenária no sábado vai definir rumos da campanhaTodos os metalúrgicos da re-

gião estão convidados para uma plenária neste sábado, dia 30, às 9h, na sede do Sindicato em Sorocaba, para discutir os próxi-mos passos da campanha salarial da categoria.

A data-base dos metalúrgi-cos da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) da qual o SMetal é membro, vence no dia 1º de setembro. No entan-to, os grupos patronais ainda se recusam a avançar nas negocia-ções.

A plenária no sábado tem por objetivo debater estratégias para convencer os empresários locais

a pedirem seriedade nas nego-ciações aos seus representantes na Fiesp (Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo).

“Os sindicatos patronais, filiados à Fiesp, precisam ser pressionados para que respeitem a bancada dos trabalhadores, li-derada pela FEM/CUT. Isso se faz com mobilização a partir das bases. Nós, metalúrgicos da re-gião de Sorocaba, como sempre vamos dar nossa contribuição nesse sentido. A forma de fazer isso vai ser o assunto da plenária no sábado”, ressalta Ademilson Terto da Silva, presidente do SMetal.

Negociações com grupospatronais continuam emperradasAs vésperas do vencimento da

data-base dos metalúrgicos (1º de setembro), os grupos patronais ainda não ofereceram propostas de reajuste salarial para a catego-ria. Terminaram sem avanços três negociações realizadas pela Fede-ração Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) nesta terça-feira, dia 26, com as bancadas de em-presários dos grupos 2, 8 e Estam-paria (Veja ao lado a composição dos grupos).

Diante dos sucessivos im-passes nas negociações, o presi-dente da FEM, Valmir Marques, o Biro-Biro, está orientando os sindicatos filiados a mobiliza-rem suas bases para pressionar os patrões.

Biro afirma que não procedem as reclamações dos patrões, que alegam retração no mercado para se recusar a melhorar os salários dos trabalhadores. Como exem-plo, a FEM cita que as indústrias de eletroeletrônicos cresceram 8% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mes-mo período de 2013. As vendas de smartphones e tablets foram os principais responsáveis pelo crescimento.

Todos os metalúrgicos (sócios e não sócios) estão convidados para a plenária na sede do SMetal em Sorocaba

Estão em campanha salarial cerca de 215 mil metalúrgicos, de um total de 251 mil na base da FEM no Estado. Neste ano só serão negociadas as cláusu-las econômicas, as sociais têm validade de dois anos e estão em vigor até 31 de agosto de 2015. As montadoras têm reali-zado negociações por empresa.

“Outro indicador positivo foi o crescimento da compra de máquinas e equipamentos no primeiro semestre”, afirma nota da FEM à imprensa.

Próxima rodadaNesta quinta-feira, 28, a

Federação terá uma rodada de negociações com o grupo das Fundições, às 14h, na sede da Associação Brasileira da Fun-dição (ABIFA), em São Paulo.

Também no Grupo 3 as ne-

gociações estão emperradas. As rodadas de negociação da

campanha salarial começaram dia 16 de julho. A pauta foi en-tregue pela FEM aos patrões no mês anterior.

A pauta reivindica reposição integral da inflação nos salários; aumento real; valorização dos pisos salariais; licença-materni-dade de 180 dias para os grupos que ainda não concedem o bene-fício e redução da jornada para 40h, sem redução de salários.

Gruposmetalúrgicos

Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)

Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos)

Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipa-mentos ferroviários, rodoviários, entre outros)

Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odon-tológicos, iluminação, material bélico, entre outros)

Estamparia (estamparias de metais)

Fundição (reúne as empresas de fundição)

Presidente da FEM/CUT (centro) orienta os sindicatos a mobilizarem suas bases no estado

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No mês de julho as contra-tações voltaram a superar as demissões nos municípios que formam a base do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Re-gião (SMetal) nos últimos três meses.

No mês passado foram ad-mitidos 1.170 metalúrgicos com carteira assinada contra 1.085 demitidos no mesmo período, resultando em um saldo positi-vo de 85 postos de trabalho, de acordo com levantamento fei-to pela subseção do Dieese do SMetal, divulgado na quinta- feira, dia 21.

O saldo positivo de 85 postos de trabalho é ainda mais anima-dor quando comparado a junho, que teve saldo negativo de 65 vagas.

O desempenho do mercado

de trabalho foi positivo em fun-ção da contratação de metalúr-gicos no setor que fabrica equi-pamentos de informática. Em junho, o saldo nesse setor foi de +382. No mês de julho dimi-nuiu, mas continuou no patamar positivo: +243.

Outros setores metalúrgicos que ficaram no positivo foram os fabricantes de equipamentos transmissores de comunicação (+31); aparelhos e equipamen-tos de medida, teste e controle (+15); manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica (+14); e fa-bricação de ferramentas (+12).

O estudo tomou como base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Tra-balho.

Os trabalhadores das empresas Bauma, Con-trolflex, De Nora, Forusi, Iperfor, Lider Plus apro-varam acordo de progra-ma de participação nos resultados (PPR). As ne-gociações foram feitas en-tre fábrica e Sindicato dos Metalúrgicos.

Ontem, dia 27, houve a aprovação em três fábri-cas. Na Bauma (Votoran-tim), a primeira parcela vai cair amanhã, dia 29, e quita em fevereiro de 2015. Enquanto na Con-trolflex (Votorantim), os trabalhadores vão receber o primeiro pagamento em outubro e quita no mês de abril do ano que vem. Já a De Nora (Sorocaba), o pagamento será parcelado em duas vezes: primeiro cai amanhã e o segundo em fevereiro de 2015.

Entre segunda e terça-feira, dias 25 e 26, duas empresas conquistaram PPR. No início da sema-na, os trabalhadores da Forusi (Iperó) aprovaram e vão receber a primeira parcela em setembro e a

segunda em março do ano que vem. Na terça, os me-talúrgicos da Lider Plus (Araçoiaba da Serra) che-garam a um acordo e vão quitar o PPR em dois pa-gamentos: primeiro neste sábado, dia 30, e finaliza em fevereiro de 2015.

Na sexta-feira passada, dia 22, os metalúrgicos da Iperfor (Iperó) conquista-ram PPR e recebem a pri-meira parcela em outubro, enquanto a segunda em fevereiro do ano que vem.

Além de tratar sobre PPR, as assembleias tam-bém abordaram a respei-to da Campanha Salarial 2014. Veja a reportagem nas páginas 4 e 5 desta edição da Folha Metalúr-gica.

Segue sem acordo Na empresa Wika, ins-

talada em Iperó, ainda não houve acordo entre Sindi-cato e empresa. A próxima negociação acontece nesta sexta-feira, dia 29. Caso não haja proposta patro-nal, poderá ter paralisação na fábrica.

O metalúrgico Marcos dos Santos Alves, 30 anos, residente em Iperó e funcio-nário na Iperaço, no mesmo município, faleceu na tarde de quarta-feira, dia 20, após ter caído de uma altura apro-ximada de 12 metros, quan-do estava a serviço da em-presa trocando o telhado de um imóvel em Tatuí.

O acidente aconteceu na terça-feira, dia 19, por volta das 13h. Ele foi levado ao Hospital de Tatuí, mas não resistiu aos ferimentos e fa-leceu. Alves trabalhava há mais de três anos na empresa Iperaço, que fica em Iperó, e prestava serviço em Tatuí.

O Sindicato dos Me-talúrgicos já entrou em contato com a Gerência Regional do Trabalho e Em-prego (GRTE), que repre-senta o Ministério do Traba-lho na região, para averiguar uma possível irregularidade no local do acidente.

O velório foi realizado na quinta-feira, dia 21, e o se-pultamento ocorreu no mes-mo dia. Alves morava em Iperó e era solteiro.

Emprego metalúrgico na região teve saldo positivo em julho

Funcionário da Iperaço morre após acidente

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Trabalhadores de mais seis fábricas conquistam PPR

Metalúrgicos da Bauma aprovaram a proposta nesta quarta-feira

Também na Controlflex a aprovação aconteceu nesta quarta

Na De Nora, assembleia reuniu os trabalhadores do período da tarde

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Mais de quatro mil trabalhadores participaram da posse festiva da nova diretoria do SMetal, liderada pelo presidente reeleito Ademilson Terto da Silva, que aconteceu no sábado, dia 23, no Clube Recrea-tivo Campestre, em Sorocaba. O mandato da direção vai até 2017.

O evento contou com a presença dos presidentes da CUT estadual SP, Adi dos Santos Lima; e da CUT nacional, Vagner Freitas. Também prestigiaram a posse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques; e dirigentes dos sindicatos da categoria em São Carlos, Taubaté e Araraquara, en-tre outros. Sindicatos locais filiados à central também enviaram representantes, como rodoviários (conduto-res) e trabalhadoras no Vestuário.

História de lutasO presidente reeleito do SMetal parabenizou os

convidados presentes e a todos os integrantes da nova diretoria do Sindicato. Terto ressaltou a impor-tância do engajamento dos trabalhadores ao SMetal para conquistar melhorias à categoria e à classe tra-balhadora. Engajamento esse que começou quando Wilson Fernando da Silva, o Bolinha, venceu a elei-ção de 1983 e levou a entidade a se filiar à então recém-fundada CUT.

Também comentou em relação à campanha sala-rial, pedindo a mobilização de todos os trabalhadores para que, na hora de negociar com os grupos patro-nais, a pauta de reivindicações seja atendida.

Importância do SindicatoO presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas

de Moraes, disse que a grandeza e a importância do SMetal para outros Sindicatos é muito maior que se imagina. “Trata-se de uma diretoria que é envolvida não apenas na vida do trabalhador dentro da fábri-ca, mas também fora dela (o chamado Sindicato Ci-dadão), o que contribui para o desenvolvimento de Sorocaba e região em vários aspectos, sobretudo na qualificação e na saúde do trabalhador”.

Lideranças locaisO vereador sorocabano Izídio de Brito (PT), que

já foi presidente do SMetal e faz parte da Diretoria Plena da instituição, afirmou que o SMetal está no caminhado certo, colocando em sua diretoria gente com experiência e mesclando com ideias novas.

Já o deputado estadual Hamilton Pereira (PT), que foi vice-presidente do SMetal entre o final dos anos 80 e o início dos 90, afirma que a presença de mais de quatro mil metalúrgicos na posse da nova diretoria confirma a confiabilidade que o SMetal tem com os trabalhadores.

Também a deputada Iara Bernardi e os vereadores sorocabanos Francisco França e Carlos Leite (todos do PT) prestigiaram a posse no último sábado.

Como surpresa aos associados presentes, a festa foi encerrada com um ótimo show da sambista Lecy Brandão, que além de cantora, tem uma respeitável trajetória de militância política e social.

Posse da diretoria do SMetal reúne mais de quatro mil trabalhadores

Show da sambista Lecy Brandão encerrou o evento de confraternização dos associados no sábado

Clima familiar predominou na festa, no amplo espaço do Clube União Recreativo, sede campestre

Presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva, com o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, que prestigiou a posse

Edição 757 Pág. 7Agosto de 2014

Confira galeria de fotos do evento na página www.smetal.org.br

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Pág. 8 Edição 757 Agosto de 2014

Começaram no dia 25 de agosto e vão até 4 de setembro as inscrições para o tradicional curso gratuito de informática oferecido pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba.

O horário de inscrições será das 8h às 12h e das 14h às 19h, de segunda a sexta-feira.

Há vagas para sócios, dependentes e comunidade (exceto metalúrgicos não sindicalizados).

O conteúdo é composto por aulas de Windows, Office e internet. No to-tal, são oferecidas 180 vagas para o curso, que tem duração de três meses.

Para se inscrever é necessário do-cumento oficial com foto e cartão do Sindicato (caso seja sócio ou depen-dente). Mais informações pelo telefo-ne (15) 3334-5419.

Domingo, dia 31, às 9h, a direção do SMetal promove, na sede de Sorocaba, um show com a dupla caipira Diaman-tino e Tiago Violeiro. O ob-jetivo do evento é valorizar a cultura de raiz da região. O repertório da dupla tem como base a moda de viola. A entra-da é grátis e aberta ao público em geral.

Diamantino é de Votoran-tim e Tiago de Araçoiaba da Serra. A dupla tem três anos de estrada e já tem na baga-gem um CD com regravações de clássicos da música cai-pira. No momento eles estão preparando o segundo CD, que será lançado no início de 2015, pela gravadora Alegre-to, só com músicas inéditas, compostas principalmente por Tiago Violeiro e por João Mi-randa.

Na apresentação de domin-

go, no Sindicato, a dupla vai tocar composições próprias e também muitas modas de du-plas tradicionais, como Tião Carreiro e Pardinho.

Entre as músicas de Tião Carreiro e Pardinho vão estar “Velho Amor”, “Amargura-do”, “Raízes do Amor” e “En-cantos da Natureza”.

Convidados da duplaDiamantino avisa que já

chamou vários convidados para se apresentar com a du-pla no SMetal. “Acho que o público que gosta de música caipira vai aprovar nosso re-pertório e os nossos convida-dos”, afirma.

A dupla tem um perfil no Facebook: facebook.com/ diamantinoetiagovioleiro

Além da entrada, também o estacionamento é gratuito, mas as vagas são limitadas.

Os sindicatos filiados à CUT e os movimentos sociais da re-gião de Sorocaba aderiram à vo-tação do Plebiscito Popular pela Reforma do Sistema Político no País. Ficou definido que na sede dos sindicatos terá uma urna para coleta de votos e, também, em cinco fábricas metalúrgicas, que ainda não foram definidas.

Organizada pela CUT Na-cional, a votação pela reforma política dará início na próxima segunda-feira, dia 1º, e vai até o dia 7 de setembro. A meta em Sorocaba é de 60 mil votos. As urnas vão coletar respostas para a seguinte pergunta: “Você é a fa-vor da convocação de uma cons-tituinte exclusiva e soberana so-bre o sistema político?”. Haverá duas opções: sim ou não.

Para alcançar este número, o coordenador da subsede regio-nal da CUT, Joselito Mansinho da Silva, conta com o apoio dos

trabalhadores. “Quanto mais vo-tos nós alcançarmos, maior será o poder de pressão para conse-guirmos fazer, de fato, a reforma política no País.”

Para votar, a pessoa deve ter no mínimo 16 anos e levar um documento de identificação. No SMetal, a votação será de segun-da, dia 1º, a sexta-feira, dia 5, das 8h às 18h.

A reforma política foi propos-ta pela presidenta Dilma Roussef (PT) como resposta aos questio-namentos feitos nos protestos de junho de 2013. Também será pos-sível votar pela Internet:www.plebiscitoconstituinte.org.br.

Nos próximos dias serão pu-blicadas mais informações sobre como será a votação em Sorocaba na página www.smetal.org.br

Domingo tem moda de viola na sede do SMetal

Sindicatos vão coletar votos para plebiscito popular sobre reforma política

Inscrições para curso gratuito de

informática vão até dia 4 de setembro

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Dupla da região, Diamantino e Tiago Violeiro divulgam a cultura caipira raiz com suas modas de viola

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Reunião de preparação local do plebiscito foi realizada na sede do SMetal na noite de terça, 26