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BANA

Bana, o Grande, senão, dos maiores cantores cabo-verdianos de todos os tempos, conhecido e reconhe-cido pelo mundo fora, comemorou no passado dia 11 de Março de 2012 o seu 80º Aniversário.

“Bana, um fenómeno vocal, mensageiro embaixador e divulgador da língua Cabo-verdiana como ninguém… A Voz de Cabo Verde”.

Companhia de muitos, nas horas boas e más, através dos seus discos, da sua palavra e da sua voz envolvente, acompanhando as “gentes de Cabo Verde” na Diáspora, é Homenageado no próximo dia 31 de Março de 2012 na, emblemática e histórica, sala de concertos do Coliseu dos Recreios que outrora o consagrou, num concerto onde um grupo de amigos partilhará o palco com Bana interpretando temas muito importantes do seu vasto reportório, deslumbrando-nos com os sons quentes, verdadeiramente ricos e únicos, das mornas e coladeiras de Cabo Verde. Será entregue, na presença de altas individualida-des de Cabo Verde e de Portugal, o “Prémio Carreira” atribuído pelo “Cabo Verde Music Awards 2012”.

Bana ou melhor Adriano Gonçalves nasceu no Mindelo a 11 de Março de 1932, oriundo de uma família humilde mas com ele nasceu um talento incomparável para interpretar Mornas e Coladeiras. O nome de Bana aparece quando ele começou a cantar. Cantava tão bem que o compararam à célebre cantadeira Salibana. Passaram a chamá-lo Bana.B. Léza apercebeu-se da força e qualidade da sua voz e desde novo convidava-o a interpretar as suas novas composições. Trabalhava na estiva no Porto Grande mas começou a ser chamado para serenatas, festas, piqueniques embora à altura talvez ainda não tivesse consciência do seu verdadeiro valor . Em 1960 o TEUC, Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra visita Mindelo. Entre os actores estão Manuel Alegre, José Fanha e Fernando Assis Pacheco que rápidamente se apercebem das capacidades do jovem cantor e passam a acompanhá-lo nas suas actuações. Esse reconhecimento trouxe-lhe prestígio e começaram a aparecer convites para actuação em acontecimentos sociais. Mas a sua carreira só começa verdadeiramente quando Bana viaja para Dacar e entra em contacto com Luís Morais, Frank Cavaquinho, Morgadinho, Toi de Bíbia, João de Lomba. Os seus sucessos em espectáculos e na rádio trazem-lhe o reconhecimento de todos. Mais tarde, em 1964, todos eles mudam-se para a Holanda. Trabalhavam numa fábrica de café e à noite actuavam numa “boite” gerida pelo Bana. Estes colegas e outros companheiros imigrados gravaram os primeiros discos com as etiquetas da Morabeza Records e VCV (Voz de Cabo Verde). Bana é então convidado para diversas digressões pelas antigas colónias,

arquipélago crioulo. A sua carreira consolidou-se e Bana resolve regressar a Cabo Verde onde se dedica a diversos tipos de negócio: lavandaria, hotelaria, restauração. Em 1974 muda-se para Lisboa e instala o restaurante e “dancing” Monte Cara, ponto de encontro da comunidade cabo-verdiana e africana. Muitos portugueses, apreciadores da música e cultura cabo-verdianos, tornam-se também frequentadores habituais desse espaço da noite. A sua voz e o seu estilo revelaram-se inultrapassáveis e o prestígio que

vários talentos jovens que conhecera no Mindelo começa a trazê-los para Lisboa. É assim que chegam à capital portuguesa, o Paulino Vieira, o Leonel Almeida, o Tito Paris e tantos outros. Com alguns deles forma o novo conjunto “Voz de Cabo Verde” que grava alguns discos. Ele próprio continua a gravar e coleccionar LP’s e depois CD’s, como nenhum outro artista cabo-verdiano tendo actualmente cerca de meia centena de álbuns. Bana foi o primeiro grande intérprete a difundir a nível internacional os ritmos cabo-verdianos da morna e coladeira. Em 1992 foi-lhe atribuída pelo Presidente da República de Cabo Verde a medalha de mérito e em 1995 teve a mesma distinção por parte do Presidente da República Portuguesa.