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Florilegio Cristao Rosalee m Appleby

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Rosalee M. Appleby

FLORILGIO CRISTO

(Compilao) 18a edio

Lanamento:

Digitalizado por : Dumane

Revisado : por amigo annimo.Contedo

APRESENTAO7Misses8O BRASIL PARA CRISTO8FAZE SILNCIO EM MIM8O PESO DE NOSSA TERRA9IDE E PREGAI9O CAMPO O MUNDO10APRENDENDO A RECITAR11PRECE11SONHO MISSIONRIO11A MIM O FIZESTES12QUEM ME CHAMA?14DEDICAO14UMA CESTA DE ALTRUSTICOS DESEJOS15O MUNDO PARA CRISTO16SALVA PARA SERVIR18O ESPRITO DE MISSES20DAR E RECEBER23BRASIL E PORTUGAL25MISSES26APOTEOSE26LNGUAS E TRIBOS QUE AINDA NO FORAM ALCANADAS28MISSES... SANTA CHAMADA DE AMOR29BRASIL E PORTUGAL30JOGRAL31OS CAMPOS ESTO BRANCOS PARA A CEIFA33Dia das Mes34A ORIGEM DO DIA DAS MES34MINHA ME34ME35AS MOS DE MINHA ME35ME QUERIDA35"CARTA DE MEU FILHO"36ANTES QUE SEJA TARDE36MAE37MEU LAR CRISTO37PARA MAME DOENTE37RETRATO DE MULHER38SE EU PUDESSE38MAME39MEZINHA39QUEM ?39A ME39EU QUISERA, MEZINHA39O MONLOGO DA FILHA40A MO QUE EMBALA O BERO40Escola Bblica Dominical44ESCOLA BBLICA DOMINICAL44BENDITA ESCOLA !45A MOCIDADE ESCOLHE A IGREJA45AS DUAS ESCOLAS48Bblia49A BBLIA49O MELHOR LIVRO DO MUNDO49A BBLIA49MINHA BBLIA50A BBLIA E A SUA INFLUNCIA PODEROSA50Natal e Ano Novo53NATAL53NASCEU JESUS54FELIZ NATAL54NA HUMILDE MANJEDOURA DE BELM54NATAL55O PRESENTE DO NATAL55JESUS CRISTO NASCEU55A ORAO DO NATAL55PRESENTE PARA JESUS56NATAL56O ETERNO NATAL56ADORAO57ANO NOVO57ANO NOVO57ANO NOVO57O ANO QUE CHEGA58BALADA DO ANO NOVO58VOZES DE OUTRORA58O PRESENTE QUE JESUS QUER61O PRESENTE QUE NO FOI ENTREGUE62OS MAGOS64FESTEJANDO O NATAL DE JESUS64A GRANDE PROMESSA DE DEUS67AS BELEMITAS68A ESTRELA DO NATAL70A VIDA DE CRISTO71ESCOLHAS DO NATAL73DILOGO DAS PASTORAS74A MANJEDOURA E A ESTRELA75DILOGO DOS PASTORES77Patriotismo77PELA PTRIA77O ANIVERSRIO DE MRIO78Assuntos Diversos80PARA QU?80MEU PAI VELA DE CIMA80CRUCIFICADO COM CRISTO81CONTATO INTERROMPIDO81A PAZ DO SENHOR82PERDOA, SENHOR, PERDOA!82JESUS83AS MOS DE CRISTO83PRECE83O ECO84CANTO DO CRENTE85REPOUSE SOBRE NS A FORMOSURA DO SENHOR85VOZ DE DEUS85O NOME DE DEUS85ONDE A SAPINCIA DO HOMEM ?86O CEGO DE JERICO86GUARDA O TEU CORAO87CRISTO TUDO87AS SETE PALAVRAS DA CRUZ87O JARDINEIRO DO AMOR88AS DUAS ORAES89DIA DE ANIVERSRIO89PRECES DA INFNCIA89ORAO DUM PEQUENO89A ALEGRIA DA VIDA89GRAAS A DEUS90NA ESCOLA90O AMIGO DO GATO90OS PASSARINHOS90ERA UMA VEZ...91RAPAZ DECIDIDO91A MENINA DA SOMBRINHA91PEQUENAS COISAS91AJUDADORES92A VOVOZINHA92O QUE VOU FAZER92ROSA92TUDO PARA JESUS93NINHOS93JESUS E AS CRIANAS94A ESCADA DE JACO94A FLORI ST A96O JARDIM DE DEUS99

Todos os direitos reservados.

Copyright 1984 da JUERP.

15a edio- 1983

16a edio 1984

17a edio 1986

245.3

App-Flo Appleby, Rosalee Mils, comp.

Florilgio cristo. 18a edio. Rio de Janeiro, Junta de Educao Religiosa e Publicaes, 1987. 303 p.

1. Programas Especiais. 2. Poesias Evanglicas. 3. Representaes Evanglicas I. Ttulo.

CDD 245.3

Nmero de Cdigo para Pedido: 27.C33

Capa de Hudson P. Silva - Junta de Educao Religiosa e Publicaes da Conveno Batista Brasileira Caixa Postal 320 - 20001 Rio de Janeiro RJ Brasil3.000/1987Impresso em Grficas Prprias

APRESENTAO

Florilgio Cristo um desses livros que inspira, educa, recreia o espirito e renova o nimo de quantos o lem. As poesias, as meditaes e os dramas para as mais variadas ocasies do calendrio eclesistico comunicam uma mensagem plena de significado para a vida diria. Esta a razo da grande aceitao da obra no meio evanglico.

As edies sucessivas dezessete edies j esgotadas so testemunho eloqente do valor da obra. A edio original foi acrescida de poesias e dramas de carter mais recente. O aspecto grfico do livro foi melhorado com uma diagramao mais dinmica e atraente. Tudo o que se fez teve como objetivo o aperfeioamento dos santos, atravs de programas relevantes para a atualidade.

Manteve-se a estrutura bsica das primeiras edies do Florilgio Cristo. Tambm foi mantida a nova forma e as modificaes Introduzidas na oitava edio. A obra continua sendo uma coletnea ou antologia de produes, representaes e poesias evanglicas para ocasies variadas. Atravs de suas pginas, o espirito humano eleva-se das profundezas de sua angustia e Incerteza para os pncaros da eternidade. A mensagem da cruz e da reconciliao por melo de Jesus Cristo uma constante em todas as suas pginas. A responsabilidade dos crentes para com as almas que se encontram distantes do Salvador acentuada. O valor, a inspirao e a importncia da Bblia so exaltados.

Preparado com a finalidade de fornecer elementos para os programas especiais das igrejas, Florilgio Cristo til tambm como livro de leitura inspirativa e devocional.

Que as vidas conduzidas a uma aproximao maior com Cristo atravs da mensagem deste livro continuem a formar um verdadeiro florilgio para a honra e glria de Deus!

Darci Dustlek

Misses

O BRASIL PARA CRISTO

Mrio Barreto Frana

Levanta o teu olhar, mocidade crente, At onde puder chegar teu sonho ardente! E v todo esplendor de nossa Ptria amada, Toda a grandeza, toda a fortuna ignorada, Que seriam no mundo o mximo luzeiro, Se as soubesse explorar o povo brasileiro!

Porm tu mocidade! aceita o sacrifcio De, com a Bblia na mo, ir combater o vcio, A misria, a indolncia e o pecado infecundo Dos que vivem sem f, chorando pelo mundo.. . Desfralda o pavilho do Evangelho de Cristo E acorda este pas para a crena, porque isto o problema moral de maior relevncia Pra salvar a velhice e restaurar a infncia Ou para entusiasmar a pobre humanidade Nas lutas pelo bem, no amor pela verdade.

A Crena que desperta o gosto pelo estudo, O amor pelo trabalho empreendedor, por tudo Que representa, em si, o progresso de um povo! Anuncia, portanto, esse amor sempre novo Que Cristo nos legou e no qual te iluminas, Sorvendo a inspirao nas pginas divinas!

Em ti que o Brasil descansa o seu futuro!

E, que fars, ento, para v-lo seguro

Na base do progresso e vanguarda do mundo,

Cristmente feliz, sabiamente fecundo? Olha-o na solido cruel do extremo norte! Inculto, sendo rico; estril, sendo forte!

Contempla-o no Nordeste, entre as secas tremendas;

Ali, nesses sertes, da crendice e das lendas,

De annimos heris ou mseros escravos,

que a Ptria suporta os maiores agravos...

o Brasil de Gois, de Minas, Mato Grosso, Do Amazonas, Par... desse eterno colosso, Que dorme o sonho vo da fora adormecida E anseia despertar para o esplendor da vida!

o Brasil infeliz das tribos decadentes, Expostas cruel explorao das gentes, Donos de tanta cousa sem direito a nada, No imprio colossal da mata torturada.

o Brasil de So Paulo, a rir nos cafezais, Brasil do industrial, do garimpeiro audaz; Brasil do extremo sul, dos pampas verdejantes Que, coberto de bois, vo se perder distantes...

o Brasil do campnio e do honesto operrio, Do que arrasta na vida o trgico fadrio De ver o seu labor to mal recompensado, Mas sempre esperanoso e sempre conformado...

Brasil comercial, ou Brasil idealista, A tudo mocidade! alonga a tua vista, E desfralda com f a bandeira da paz, E prega a salvao, e no te cales mais!

Levanta o teu olhar, mocidade crente, At onde puder chegar teu sonho ardente! E, a crena a proclamar sob este cu de anil, Conquista para Cristo o povo do Brasil!

(Extrado do livro Antologia Missionria , da Junta de Misses Nacionais.)

FAZE SILNCIO EM MIM

Especial para A Ptria para Cristo Mrio Barreto Frana

Para que eu possa ouvir, Senhor, o teu chamado E no queira escutar a voz do mundo ruim; Para que o meu pensar esteja a Ti voltado, Faze silncio em mim!

A fim de que eu atenda, Deus, aos teus conselhos E possa te seguir at da vida ao fim; E, para que te adore humildemente, de joelhos, Faze silncio em mim!

Que os problemas do lar e as angstias da vida No me afastem, Senhor, do teu caminho, e assim, Pra receber do cu a mensagem querida, Faze silncio em mim!

Se o estrpito cruel do insulto ou zombaria Ecoa na distncia escura de onde vim; Para alcanar, Deus, tua sabedoria, Faze silncio em mim!

Senhor, para que eu sinta, em luz, tua presena, A paz celestial e o teu amor, enfim, Para nalma fruir a tua graa imensa, Faze silncio em mim!

(Extrado do livro Antologia Missionria , da Junta de Misses Nacionais.)

O PESO DE NOSSA TERRA

Myrtes Mathias

Dizem os grandes poetas que o Brasil todo sol, que o Brasil todo festa, que seu cu sempre azul. Mas eu vejo mos crispadas, erguidas, desesperadas, clamando de norte a sul.

Mos do Brasil primitivo, correndo na selva imensa, mergulhado na descrena, fugindo no prprio lar! Nu, pago e decadente, abandonado e doente, sem foras para lutar.

Mos crispadas do norte de minha terra, perdido no inferno verde do verde seringal; afogado na lama, em cabana de palha, morrendo de febre destino fatal!

Braos erguidos do nordeste, mos crispadas, ressequidas de sol, Suplicando gua, um arbusto, uma sombra um resto de justia, um novo arrebol.

Mos do Brasil de roupa rasgada,

do homem da enxada, que faz "simpatia"

para no morrer.

Do Brasil que nunca fez greve, que nem sabe pedir aumento, para quem o sofrimento j faz parte do viver.

Mos do Brasil que vive em barracos, subindo o morro em busca de ar; que transforma em samba a prpria misria; que se afoga no vcio, para no chorar.

Mos revoltas das filas enormes, dos desempregados, doentes e rus. Mos que blasfemam, maldizem e matam, mos desgraadas, perdidas, sem Deus.

Mos pequeninas do Brasil criana que puxam misria, em vez de carrinho; Crianas sozinhas, de olhos enormes, que pedem migalhas de po e carinho.

Basta, Senhor, de braos estendidos, de mos descarnadas, quais estrelas apagadas, sem brilho, sem luz. Basta, Senhor, por piedade, faze-nos raio da Tua claridade, para mostrar-lhes Jesus.

Peso de nossa terra,

grito de nosso povo,

que suplica um mundo novo,

onde haja paz e amor.

Como gozar nossa crena,

deixando na treva imensa

o povo que nosso povo,

a terra que nossa terra, Senhor?

Olha, Senhor, teu povo ajoelhado, clamando, angustiado, pela grande nao. Arranca-nos, Senhor, do comodismo, faze-nos mrtires, se assim for preciso, mas salva nossa Ptria e limpa nossa mo.

(Extrado do livro Antologia Missionria , da Junta de Misses Nacionais.)

IDE E PREGAI

Henry Crocker Trad. Jonathas Braga

Dai-nos uma palavra prodigiosa,

palavra emocional e poderosa

como um grito de guerra a clarinar!

Dai-nos a chama flamejante e intensa que desperte os cristos da indiferena e os chame para o campo a batalhar!

Santa convocao foi anunciada, como um toque vibrante de alvorada, dizendo para os crentes: Despertai!

Uma palavra de ordem terminante ressoa pelo espao a cada instante, nesta expresso sublime: IDE E PREGAI!

Em nome de Jesus, que o amor encerra, disseminai agora pela terra O evangelho divino do perdo

aos homens em delitos e pecados, que vivem, como ovelhas, desgarrados, sem esperana e sem consolao!

Ao mundo pecador e decado, fazei este evangelho conhecido, que o dom supremo do divino Pai,

e, aos que jazem nas trevas da maldade,

proferi a mensagem da verdade,

nesta expresso sublime: IDE E PREGAI!

(Extrado do livro Antologia Missionria , da Junta de Misses Nacionais.)

Mas essa voz de entono extraordinrio emudeceu um dia em plena lida, quando, subindo ao monte do Calvrio, o Nazareno ofereceu a vida,

num derradeiro esforo, pela glria de conquistar a salvao graciosa, o mais belo captulo da histria de sua vida humilde e poderosa.

O CAMPO O MUNDO

Junta de Misses Estrangeiras

Jonathas Braga

I

H dezenove sculos passados,

a voz do Nazareno, cristalina

como um aviso prvio aos descuidados,

vibrava nos rinces da Palestina,

Desde Jerusalm Galilia,

das praias do Mar Grande at o deserto,

de Gate ou Corazim a Cesaria,

por vilas e cidades, longe e perto.

Era o supremo arauto da verdade a proclamar o reino do Messias, coisas melhores para a humanidade e, para os homens maus, melhores dias.

Era o divino e santo mensageiro, que do evangelho as novas anunciava, chamando para o bem o mundo inteiro, cujo pecado horrendo profligava.

Era o celeste porta-voz do eterno, com as boas-novas do perdo divino, para livrar os homens do atro inferno e lhes fazer melhor o seu destino.

II

O mundo jaz em trevas do pecado e os homens no caminho da desdita, rolando pelo pntano ensombrado da morte atroz, horrfica, maldita!

Gemidos e soluos mal contidos

e entrecortadas lgrimas de tdio

so ecloses de espritos feridos

e almas que choram sem nenhum remdio.

Nos grandes centros, fremem as orgias, nas espeluncas, srdidas risadas, como se fossem loucas alegrias que embriagassem as almas angustiadas.

E mais alm, nos antros nauseabundos, onde Sat firmou os seus esteios, brios, corruptos, maus e vagabundos vivem de estranho e vil falerno cheios!

O panorama triste, na verdade, porque o pecado as coisas desfigura e, nessa dolorosa realidade, transforma num leproso a s criatura!

(Pois o homem , desde o alto da cabea, uma terrvel, ftida ferida, uma s chaga purulenta e espessa ainda nem ao menos espremida!)

Quem os socorrer em tal estado? E quem os livrar do inferno horrendo? O mundo jaz em trevas de pecado e o futuro dos mpios tremendo!

III

"O Campo o Mundo" A Europa, a sia, as Amricas, o rtico solo, a Oceania cheia de ilhas... Montes, cidades, plagas estratgicas, arranha-cus... prodgios... maravilhas...

"O Campo o Mundo" Portugal, Espanha, Frana, Inglaterra, Holanda, Itlia e Grcia... Rssia, Turquia, Blgica, Alemanha, Sua, Iugoslvia, Dinamarca e Sucia...

"O Campo o Mundo" Arbia, Palestina, Iemm, Sibria, Sio, Mesopotmia, ndia, Israel, Birmnia, Sria, China, Japo, Nepal, Iraque, Transjordnia...

"O Campo o Mundo" Mxico, Bolvia, Haiti, Honduras, Chile e Paraguai... Brasil, Antilhas, Canad, Colmbia, Cuba, Estados Unidos e Uruguai...

"O Campo o Mundo" Prncipe, Libria, Congo, Marrocos, Qunia, So Tome... Gmbia, Somlia, Uganda, Unio, Nigria, Niassa, Abissnia, Egito, Or, Guin...

"O Campo o Mundo" Austrlia, ilhas e mares, plagas longnquas, rios e desertos, naes selvagens, povos seculares, almas sem f e coraes incertos...

"O Campo o Mundo" , sim, o mundo vrio,

que jaz nas garras do feroz Mefisto...

Mas eis aqui um lema extraordinrio:

GANHAR O MUNDO INTEIRO PARA CRISTO!

APRENDENDO A RECITAR

(No dia de Misses)

Stela Cmara Dubois

Hoje o dia de Misses,

E eu vou buscar, mamezinha,

O meu cofre recheado

Com os tostes que l guardei.

(Com mistrio)

Como deve estar pesado!

(Sai para buscar o cofrezinho)

Ei-lo aqui. Mas que surpresa Vou fazer aos meus amigos Na sesso da Juvenil! Cada um gastou o seu tanto Nos sorvetes, nos bombons, E, no dia de Misses, O pobre mealheiro, a um canto, Ficou vazio... sem nada...

(Passeando)

J posso ler no sorriso Da querida presidente Toda a sua aprovao!

(Muito alegre)

Melhor dar do que ter, E ter muito para dar, Que bem faz ao corao!

PRECE

Heli Menegale

Os coraes dos homens andam cheios de cicatrizes, quando no de chagas; V, meu Jesus, se porventura apagas suas dores, seus males, seus anseios...

carinhoso, doce Pai, que afagas as crianas, em dlcidos enleios; poderoso! forte! que pes freios no prprio leo indmito das vagas!

Senhor de poderio manifesto,

que numa simples frase, a um simples gesto,

a um cego, em Jerico, puseste so

tantas almas no mundo andam nas trevas! tanta cegueira perdio as leva! D-lhes, Senhor, a luz da Redeno!

SONHO MISSIONRIO

Avany Bonfim

Sou pequena, bem o vejo, Porm, quando eu crescer, Irei sempre alegremente Cumprir o meu dever.

Sou pequena, na verdade, Mas sou crente, minha gente, Na minha Sociedade, Sou ativa e inteligente.

Esperem, no riam agora, Com minhas explicaes, Pois o assunto muito srio, Vou falar-vos de Misses.

Tenho orado todos os dias E hoje trouxe o meu dinheiro, Para ajudar as criancinhas, Crianas do mundo inteiro.

Por isso eu tenho pressa, quero depressa crescer, E, quando for bem grandinha, Missionria quero ser.

(Extrado do livro Antologia Missionria, da Junta de Misses Nacionais.)

A MIM O FIZESTES

Jonathas Braga

(Salo familiar. Uma pequena mesa em cujas cabeceiras esto duas cadeiras. Sobre a mesa, um jarro de flores. Celina e Marina, novas amiguinhas, sentadas, frente a frente, entreolham-se... Alguns segundos de silncio profundo.)

MARINA (levanta-se)

No viste, porventura, o cu como est lindo?

Como os astros esto em pleno azul fulgindo?

O cu, o cu azul, o cu cheio de estrelas,

nessas noites de luar, mirficas e belas,

o cu para mim um doce enlevo de alma.

H tanta luz... h tanto encanto... h tanta calma,

que a gente cuida entrar nos paramos divinos,

ouvindo a orquestrao dos mais profundos hinos!

Sozinha muita vez, eu fico embevecida,

sem mais pensar na dor em que se passa a vida,

a contemplar o cu distante, os sis fulgentes,

mirades de sis, grandes, tremeluzentes,

estrelas de clares mirficos, profundos,

astros que, para mim, so outros tantos mundos. ..

Que belo ver o cu, o espao constelado,

esse zimbrio imenso, etreo, iluminado!

No viste, porventura, o cu ainda, o lindo

cortinado onde esto as estrelas fulgindo?

Dizem que nele existe um rio, caudaloso,

cuja gua de cristal a todos d repouso. . .

Dizem que desse rio margem muitas crianas,

tocando tamboris, ao compasso de danas, vivem alegremente e sem tristeza alguma

que lhes possa envolver o cu em densa bruma...

Ser verdade, pois, que elas, essas criancinhas,

no rio vo tirar gua com canequinhas

de ouro amarelo como as frutas bem maduras?

Como felizes so todas essas criaturas!

CELINA (levanta-se tambm)

Ora, vou contar-te uma histria pungente que enche de comoo o esprito da gente.

(Marina senta-se)

CELINA (compassadamente)

Eu era pequenina ainda, quando, um dia,

ao regressar da escola, estudante de alegria,

encontrei no caminho uma criana, coitada,

de cabelo revolto e veste esfarrapada,

de ps descalos, triste e lacrimosa mesmo,

que era de causar pena, a pobrezita a esmo...

E pediu-me uma esmola, assim, piedosamente,

estirando-me a mo, num gesto comovente:

Menina, estou com fome e, por sua bondade,

d-me uma esmola, ouviu? Tenha de mim piedade.

Abri, ento, a bolsa em que os livros trazia,

nem um vintm sequer, nem um vintm havia!

Confesso que fiquei bastante entristecida

e senti a maior angstia desta vida,

por no poder fartar aquela pobre criana

de olhar to duluroso e voz to pura e mansa.

Ofereci-lhe almoo em minha casa, e a pobre,

num gesto muito bom e sobretudo nobre,

sobre o peito cruzando as mos emagrecidas,

olhava para o cu das nossas duas vidas:

eu, to feliz no mundo, e ela, to pobrezita,

to triste na orfandade e to cansada e aflita.

No achas que fiz bem?! No achas que cumpria

um restrito dever, de que Deus me incumbia?

MARINA (levanta-se outra vez)

Fizeste muito bem. Obraste retamente, Deus no esquecer teu gesto comovente. Cumpriste o teu dever, porquanto est escrito que se deve atenuar a dor ao que anda aflito, dar po ao que tem fome, e vestes, ao despido, e gua ao que est sedento, e gozo, ao oprimido. A tua boa ao vale por um tesouro e escrita est nos cus com grandes letras de ouro!

CELINA (suavemente)

Por isso, toda vez que fico, embevecida,

olhando para o cu, alheio humana vida,

me lembro da orfzinha e parece que a vejo

de mos postas ao peito e a voz em gorgolejo,

dizendo para mim: Menina, voc boa;

E Deus, a quem bom, sempre, sempre abenoa...

O tempo tem passado e eu nunca mais no mundo

a pobre pude ver, de olhar triste e profundo.

Talvez ainda viva aquela humilde criana,

cujo divino olhar no me sai da lembrana.. .

Talvez Deus a chamou quem sabe? para a glria,

para o reino dos cus, num canto de vitria...

MARINA

Tu s muito feliz, mais do que eu certamente,

Porque sabes amar o prximo piamente!

O bem que tu fizeste quela pequenina,

no lhe fizeste a ela apenas: mais do que isto,

fizeste aquele bem imenso a Jesus Cristo!

Quem faz um benefcio a um desses, sem vaidade,

tem-no feito a Jesus, que est na eternidade,

pois ele disse aos seus apstolos amados

que quem assim fizesse aos mais necessitados,

a ele mesmo, enfim, o estaria fazendo.. .

CELINA

Fi-lo. sim, a Jesus somente, bem o entendo, porque naquele tempo eu muito bem sabia que por mim meu Jesus morrera certo dia, mas no me lembro mais do nome da criancinha, sei que ela era, coitada, humilde e pobrezinha.. .

MARINA (com nfase)

Desejarias ver, porventura, essa criana, cujo olhar te perdura ainda na lembrana?

CELINA (tristemente)

Ah! Eu me sentiria alegre se inda a visse

com aquele mesmo olhar mui cheio de meiguice,

para do meu Jesus falar-lhe e redimi-la

do pecado em que jaz, talvez, triste e intranqila.

Mas deve j ser moa e, para conhec-la. . .

MARINA (com expresso)

Deus te abenoe! Os cus te sejam benfazejos, so estes, pois, os meus fervorosos desejos, porque aquela criancinha esfarrapada e triste que pra almoar contigo, um dia, conduziste, tambm hoje crist, tambm hoje remida por aquele que deu por todos ns a vida! Aquela pobrezita humilde e pequenina,

(Indo abraar a amiguinha) hoje tua irm na f: sou eu, Celina!

QUEM ME CHAMA?

Dalva Nanci Alberti

NARRADORA Quem me chama? Esta a pergunta de Lcia, jovem professora recm-formada. Qual a razo desta interrogativa ?

LCIA (Entra com um diploma na mo) Como estou feliz! No sei se h algum mais feliz do que eu! Foi maravilhosa a festa de formatura! Tenho agora em minhas mos o que almejei durante muitos anos. (Abre o diploma e l:) "Lcia Bastos, professora normalista. .." Oh! que felicidade, sou professora! Poderei trabalhar como sempre desejei. Ter uma classe modelo, de acordo com a Pedagogia moderna. Papai me prometeu uma nomeao na capital. Certamente ganharei o bastante para viver com todo o conforto!

Como estou cansada! Estudos, provas, festas... O tempo voa. Lembro-me bem do primeiro dia de aulas, o uniforme, as colegas, a sala de aulas, as professoras... Ah!. . : (comea a folhear uns cadernos velhos e encontra a poesia "Dedicao". L em voz alta:)

DEDICAO

Sady Machado

Se eu tivesse mais vidas, bom Jesus!. ..

Mais vidas te daria...

Todas seriam tuas,

Para pregar o Evangelho da Cruz,

Que salva e enche a alma de alegria,

Pela presena da radiante luz.. .

Se eu tivesse mais vidas!...

Para cantar bem alto

Um hino que fosse ouvido

Pelos quadrantes desta nossa terra. ..

Para ensinar o verdadeiro caminho

A quantos buscam a paz pelas armas da guerra.. .

Para amparar esse quase imensurvel

mundo sofredor. ..

Para, mesmo no meio da luta,

Dizer, como Davi:

"O Senhor o meu Pastor..

Para viver!...

Viver intensamente,

Deixando uma estrada que possa

ser percorrida. ..

Para aproveitar o tempo...

Os talentos. ..

Dedicando-os a ti. ..

Somente a ti!. ..

Se eu tivesse mais vidas.

Todas seriam tuas, bom Jesus!

Afinal...

O que possuo j por tua bondade.. . O que desejo s alcanarei ao teu lado... O de que preciso a tua verdade... O que me faz exultar ser por ti amado...

Mas. ..

Quem sou eu para te pedir tanto ?... Certamente, por mim, nada de ti mereo. .. Teu sangue um dia enxugou meu pranto. .. Do que me deste, ento, eu te ofereo. . . Por isso. ..

No preciso outras vidas. No.

Esta me basta... Uma s inteligncia.. Uma s alma. .. Um s corao...

Modesta flor do teu grande jardim. .. Pois eu bem sei o que querem de mim:

lealdade, santificao

f... perseverana consagrao... amor Impulsionando a minha prpria vida. ..

Na vida inteira da minha dedicao

(Depois, senta e fica pensativa.)

NARRADORA Lcia foi a melhor aluna da classe, a mais inteligente e a mais dedicada. Bem merece o ttulo que agora lhe pertence. Est absorta, a recordar o passado e a fazer planos para o futuro. Subitamente...

CRIANA SERTANEJA (vai entrando e chamando) Lcia, Lcia, ajude-me! Eu preciso de voc, Lcia! Por certo voc j tem ouvido a meu respeito. Venho do serto da nossa Ptria, onde habitam animais selvagens e um povo sem recursos. Voc acaba de receber seu diploma de professora, eu lhe suplico, venha ajudar os pobres sertanejos, que, como eu, no sabem ler nem escrever. Tambm ouvi dizer que h um Salvador Jesus mas quase nada sabemos sobre ele. Eu sei que voc o conhece. Venha e nos conte a sua histria. Ns precisamos de uma professora como voc, venha!... venha!... (sai).

MENINA POBRE Eu tambm preciso de voc. Vivo numa choa, s margens de um pequeno rio. O serto do Brasil o meu mundo. Um dia eu vi uma menina da cidade. Como era linda! Tinha vestidos bonitos, rosto corado e tinha livros para estudar. Tenho vontade de ter vestidos bonitos tambm e principalmente livros, mas no sei como... Voc pode nos ensinar a ler, a escrever e pode nos contar histrias de um livro grande, que chamam de Bblia, no pode? Venha comigo, Lcia, porque onde moro ningum pode ler naquele livro e nem sabem contar suas histrias. Venha comigo!... (afasta-se, meio voltada para Lcia, olhando-a at desaparecer).

MOA (modestamente vestida) Onde est voc, Lcia? Venho do meio de um povo rude e degradado. Povo supersticioso e sem princpios morais. Sou moa como voc, mas voc mora na cidade e eu no interior, voc possui um diploma e eu no tive a oportunidade de estudar. Assim passei a infncia. Muitas outras jovens vivem Como eu. Venha, e nos auxilie. Muitas vidas, l, dependem de voc (sai).

VOZ "O mestre chegou e te chama." Lcia, Lcia, no ouves? Parece que ests indiferente. No venho pedir-te auxlio, venho oferec-lo. "O meu fardo leve e o meu jugo suave." Sou teu Mestre. Tenho falado a ti atravs das peties dessa gente humilde e necessitada. "O Campo vasto, mas os obreiros so poucos." Ajuda a libertar essa gente opressa. D-lhes a tua sabedoria. Teus conhecimentos precisam penetrar no corao dos ignorantes. Vai at os lugares obscuros, e leva a luz. Eu sou a gua da vida e o serto sedento. Eu sou o po da vida e o serto faminto. Leva-me aos seus coraes. Com a pujana e o vigor da tua juventude, leva-me quelas almas. S uma bno. Eu te chamo para seres til no corao da tua querida Ptria.

LCIA Diante de mim esteve o retrato do serto brasileiro. Tive a viso do que o interior de nossa Ptria. E eu no havia pensado em tudo isso. Que fazer? Deixarei o conforto do meu lar, de minha cidade? E os meus ideais, meus doces e elevados castelos? Apelos insistentes! Vozes me chamam! Quanta misria! Que farei? Jesus me falou ao corao Eu sou teu Mestre. S uma bno.

(Ouve-se o hino 298 do "Cantor Cristo".)

"Nem sempre ser pra o lugar que eu quiser que o Mestre me tem de mandar..." Claramente percebo meu lugar de servir. No na capital. (Levanta-se e fala com nfase:) "Onde quer que seja com Jesus irei..." (Ajoelha-se e ora:) Meu Senhor, meu Mestre, reconheo a tua chamada para a obra de Misses. Desejo ser til minha Ptria, s almas sedentas e famintas. Irei proclamar meu Salvador. Eu me entrego ao teu servio. Irei confiante nas promessas de quem me comissionou. Em nome de Jesus. Amm (continua em atitude de orao at o pano se fechar).

(Extrado do livro Antologia Missionria , da Junta de Misses Nacionais.)

UMA CESTA DE ALTRUSTICOS DESEJOS

(Adap.) Stela Cmara Dubois

(Um lder e seis crianas. 0 lder traz v/ma cesta, contendo seis pedaos de papel, nos quais esto escritos legivelmente os seis desejos. As crianas que tomarem parte devero ler corretamente, e o lder dar as respostas.)

LDER Trago u'a cesta de desejos, Como todos podem ver, Altrusticos desejos! Quem no os quer conhecer? Seis desejos! Seis primores! Seis bandeiras multicores! Vinde v-los, abra-los, Faz-los vossos, am-los Com devoo sem igual! Estendei a vossa mo, Tirai-os como se fora Um prazer do corao!

(Todos se achegam e tiram os papis da cesta)

No 1 Quem me dera fosse RICO!

Se a abundncia eu tivesse, Daria po ao faminto E consolo ao que padece.

LDER (dirigindo-se a todos)

Acautelai-vos, queridos, De desejo to dourado! Fervorosos no cuidado,

Dai, o que tendes, com amor, Dai, o que tendes, agora: Um copo dgua ao sedento. No queirais ser ricos; sede Palavra doce ao que chora, E assim tereis ajuntado Riqueza melhor que o ouro: A recompensa do cu, Que um perene tesouro!

No 2 Quem me dera fosse eu GRANDE! Se a grandeza eu desfrutasse, Melhoraria este mundo Com os trabalhos que encetasse!

LDER Muito bem! Queres ser grande? Eis o meu modo de ver: Cumpre, calma e fielmente, Cada pequeno dever!

No 3 Quem me dera que eu pudesse

IR S TERRAS MUI DISTANTES, Levar o evangelho eterno, As mensagens mais tocantes!

LDER No gastes o tempo em vo, Cogitando nesse af; Vai ao povo sem demora, De muitos modos, irm: Orando, dando uma oferta, Pois o tempo agora! hoje!

No 4 Quem me dera conhecer

DOS PAGOS A VIDA INCERTA!

Eu falaria do amor

E daquela estrada certa!

LDER Deus te ajude, meu irmo, Nesse to justo desejo! Faze um ato bom e nobre Que te servir de ensejo!

No 5 - Quem me dera que os CRISTOS Pudessem reconhecer QUE PROPAGAR O EVANGELHO Dos deveres o dever!

LDER Sim, mas que ests tu fazendo? J falaste ao teu vizinho?

Convidaste para a igreja Teu colega ou amiguinho?

No 6 Quem me dera mais OBREIROS Na seara a embranquecer, Para de Deus nossa Ptria Mais favores merecer!

LDER E se o Mestre, caro amigo, Te chamasse a ti, irias? Ou, se voto a Deus fizesses, Dentro em pouco esquecerias? Sinceridade! Eis o tema Para quantos so chamados! Quem redime u'alma aflita, Cobre um milho de pecados! No gastes debalde o tempo, Delongando-o com demoras! Fala aos outros! O que hoje luz, E messes do cu, as horas! Da Boa-nova as sementes Espalha, mo cheia, amigo! Se ajuntares no celeiro Um por mil, os gros de trigo, Um por mil, as vidas puras, De consagrao sem par, Ters provado que o amas E vivers no seu Lar!

(Colocam os papis na cesta do lder e cantam o hino 436 do Cantor Cristo .)

O MUNDO PARA CRISTO

Jonathas Braga

Personagens: Esperana, Bblia, F, Amor e Mensagem (moas); o Mundo e Pregador (rapazes).

I

O MUNDO (monologando)

Olhai para este cu que sobre vs fulgura,

tauxiado de rubis de qualidade pura.

Olhai para este mundo imenso por Deus criado

sem trevas, sem sofrer, sem mgoas, sem pecado...

E meditai um pouco. Alai a vossa mente,

buscando explicao do enigma do presente:

tudo so trevas, tudo angstias, tudo prantos

e os entes a morrer sem doce paz so tantos.

Doridos coraes esto agonizando

e almas sem salvao a paz vivem buscando,

porm a paz um sonho, o gozo fantasia

e ningum v na terra uns brotos de alegria!

Somente escurido, somente desespero,

somente o vil pecado enchendo o mundo inteiro!

II

ESPERANA (entrando em cena)

Por que vos lamentais assim? Eu inda existo e posso conquistar o mundo para Cristo!

MUNDO (admirado)

O mundo para Cristo! Cristo, porventura, o alvio, o bem-estar, o anelo da criatura?

De onde veio ele? santo, bem-aventurado? E pode aniquilar o vrus do pecado?!

ESPERANA (meigamente)

Graas a Deus, a luz da eterna maravilha no tenebroso caos do corao rebrilha e pode transformar num canto de alegria a sombra de pesar que as almas anuvia.

MUNDO (com indeciso)

Porm vede... Os bordis infestam-se... As estradas

cobrem-se do prantear das almas torturadas...

O vcio, a corruo, o regabofe, a dana,

a fome, a sede, a peste, a morte, o cio, a folgana,

a dvida, a incerteza... eis tudo quanto existe

no palco terrenal deste planeta triste. ..

ESPERANA

verdadeiramente um quadro doloroso,

porm o amor de Deus blsamo precioso

que pode perfumar esses milhes perdidos

de almas e coraes enfermos, doloridos.

Que o diga o Livro Eterno as Santas Escrituras

o Cdigo de Deus entregue s vis criaturas.

III

BBLIA (entrando em cena, enquanto Esperana se retira)

Palavra de Deus viva, ingente, palpitante,

sublime, salutar, veraz, vivificante,

a Bblia a luz que aclara os ngremes caminhos

e das trevas dissipa os negros torvelinhos,

abrindo ao pecador que est desalentado

a estrada de um porvir risonho, alcandorado!

MUNDO Livro maravilhoso a Bblia, certamente...

BBLIA

no mundo o farol de Deus, resplandecente, a palavra da vida eterna, o livro augusto que ensina humanidade o trilho santo e justo e abre para os mortais a aurora refulgente da salvao de Deus plena e perfeitamente.

Naes do mundo inteiro, homens de cincia e sbios,

para a Bblia aclamar, todos abrem os lbios,

e, embora os vis ateus e os vis materialistas,

sob a capa de bons mestres e moralistas,

procurem desfazer tudo que est escrito,

debalde o tentaro, porque Deus infinito

nas pginas da Bblia ao homem tem ditado

santas e puras leis contra o triste pecado!

E a Bblia que nos diz que, pelo mundo inteiro,

Jesus foi imolado em lgubre madeiro,

a fim de redimir as mseras criaturas!

Benditas sejam, pois, as Santas Escrituras!

IV

(F e Amor entram em cena e entoam a primeira estrofe e o coro do hino 427 do Cantor Cristo , enquanto Mundo e Bblia se retiram do palco.)

V

PREGADOR (Ao retirarem-se F e Amor, ocupando o palco, repete o coro do hino 427 e em seguida recita)

"O mundo conquistar para Cristo" eis a divisa

que um futuro radiante ao homem preconiza!

Brasil e Portugal, as ndias, a Alemanha,

China, Japo, Libria, Angola, Congo, Espanha,

"raas, tribos, naes" de hectares habitados,

todos precisam ver a luz maravilhosa

que esplende no Calvrio! A nova mui gloriosa

do evangelho h de entrar em todos esses lares

e soar aos coraes de todos os lugares!

A mensagem do amor de Deus, de casa em casa,

como o ciciar da fronde ou qual ruflar de uma asa,

h de aos ouvidos soar dos pobres pecadores,

para lhes transformar as lgrimas em flores,

o desalento em riso, o pranto em alegria,

a nnia em epincio, em odes a alegria!

E todos patages, etopes, chineses,

russos, hindus, nipes, egpcios, congoleses

todos repetiro da alegria no gozo

um salmo triunfal ao Todo-poderoso

e todos vibraro de f e de esperana,

porque Jesus redime e o corao descansa!

MENSAGEM (enquanto Pregador permanece em cena)

Eis a mensagem santa: o amor de Deus ao mundo,

ao pobre pecador perdido, to profundo

que Deus, para salv-lo, o seu Filho tem dado,

santo, justo, divino, eterno, imaculado!

Todo que cr no Filho, a vida eterna alcana,

o gozo perenal, a bem-aventurana;

o que, porm, no crer, porque o tem desprezado,

ser por isso mesmo geena condenado

e, nesse hrreo lugar de sofrimento tanto,

existir pavor e remorsos e quebranto!

PREGADOR (enquanto Mensagem se retira)

"Ide por todo o mundo" Cristo quem o ordena! A salvao de Deus dadivosa e plena, e aquele que expirou na cruz, sendo inocente, morreu para livrar da morte a toda gente branco, preto, amarelo, indgena selvagem, o pria da ral, o homem da alta linhagem, malaios, europeus, os da sia, americanos, brbaros ou pagos, gentios, africanos.. . E, quem ir dizer a essas naes do mundo que em Cristo o amor de Deus revelado profundo pode salvar, perdoando-a, a pobre humanidade? E o salvo que conhece e possui a verdade e vive pela f e busca, nesta vida, as gloriosas manses da Terra Prometida! Somos ns, os cristos! Ns somos os pregoeiros da salvao de Deus e dele mensageiros.

SALVA PARA SERVIR

Adapt. de R. M. R.

(Colocar sobre o palco: uma cadeira, uma cesta de papis, uma mesa pequena com um vaso de flores, onde no estorve a vista do auditrio, e umas plantas e palmas ao fundo do palco.)

PERSONAGENS:

Maria e Eunice, moas em trajes costumeiros.

Riqueza Moa ou senhora, vestida ostentosamente, muito enfeitada de jias e levando um saco em que est escrita a palavra "Ouro"; dentro deste, alguma coisa que d a idia de estar cheio de dinheiro. Deve ter faixa a tiracolo, com a palavra "Riqueza" em letras grandes.

Tempo Uma senhora vestida de capa comprida de cor cinzenta clara, com uma tira atravessando diagonalmente o corpo, do ombro direito at a cintura do lado esquerdo, em que esteja escrita a palavra "Tempo". Trs rolos compridos ou tubos de papelo, marcados, respectivamente, "Futuro", "Passado" e "Presente", devem ser preparados para representar os "telescpios" (aparelho com que se observa objetos distantes).

Beleza Uma jovem vestida na moda com certo exagero e vaidade, tendo uma faixa em diagonal, onde est escrita a palavra "Beleza".

Prazer Uma jovem vestida muito na moda, de aspecto jovial e brincalho. Ter uma faixa a tiracolo, com a palavra "Prazer".

Servio Uma senhora ou moa, com vestes brancas at ao cho, presas cintura por um cordo branco. No peito colocar uma tira, aplicada diagonalmente, em que esteja escrita a palavra "Servio".

Rute, Ester, Ldia, Dorcas, Ana de Ava e Noemi Campelo Podem ser representadas por moas e senhoras que levam apenas uma placa, visvel ao auditrio, com o nome da personagem que representam, ou poder vestir-se cada uma de acordo com o nome que assumiu. Rute poderia levar um molho de trigo, Ester teria cabea uma coroa, Dorcas levaria uma agulha na mo, e assim, por diante, conforme se achar bem.

Indiozinhos Crianas, tendo todas um cordel em torno da cabea e que serviria para prender uma pena de galinha atrs. Seria prefervel se todos se vestissem de modo idntico, de caqui, por exemplo.

Portugueses Crianas com blusas vermelhas e saias ou calas verdes. Ou ento, todas de branco com duas faixas diagonais, vindo uma de cada ombro, uma vermelha e outra verde. So estas as duas cores da bandeira portuguesa.

Bolivianos Crianas com blusas amarelas e saias ou calas verdes com uma faixa vermelha. Ou ento todas de branco, com faixas nas cores verde, amarelo e vermelho (faixa tricolor), que so as da bandeira boliviana.

(Entra Maria e atira-se a uma cadeira com ar de cansao.)

MARIA (monologando) Como estou cansada! A reunio das moas sempre me enfada. Aquele programa sobre o Servio no me agradou. No somos velhas ainda a mocidade tem que gozar a vida um pouco. A-a-a-a (bocejando), como estou com sono! (dorme).

Faz-se ouvir a msica do hino 325 do Cantor Cristo , apenas a primeira estrofe, tocada suavemente pela organista, e iniciado antes que Maria acabe de falar. Mal acaba o hino, comea Riqueza a falar.

(Entra Riqueza, levando um saco, marcando Ouro. Aproxima-se de Maria, que se levanta e olha confusamente para Riqueza.)

RIQUEZA (oferecendo o saco de ouro) Eis que te trago, aqui dentro deste saco cheio de ouro, gozo e felicidade incontveis. Meu nome Riqueza e posso te dar alegria todos os dias. O dinheiro a chave mgica que abre as portas ao verdadeiro gozo.

MARIA (aceita o saco, olha-o com um sorriso e diz:) Imaginem o que isso comprar roupas, jias, viagens, automvel, casa. Isso s pode trazer-me a maior das bem-aventuranas.

TEMPO (entra enquanto Maria est falando e toca-lhe no ombro por trs. Maria vira-se, espantada) Faze a tua escolha com prudncia. Eu sou o Tempo. Considera a mim e o que os anos te traro. As ddivas da riqueza so bastante sublimes para durar sempre? Olha aqui por este telescpio e v o Futuro. (Tempo entrega o telescpio marcado Futuro Maria, que olha por ele para o lado esquerdo, enquanto se ouve a msica do hino 259 Cantor Cristo , uma estrofe.)

MARIA (pe o telescpio na mesa e espera, cabisbaixa, o fim da msica) Vejo que o dinheiro no pode comprar as coisas que satisfazem. O Futuro revela que no h gozo permanente no dinheiro (e entrega o saco de ouro Riqueza, que sai tristemente, enquanto Beleza entra pelo outro lado do palco).

MARIA Quem vem entrando aqui? Oh! a Beleza!

BELEZA (Entra, olhando-se num pequeno espelho e pondo p de arroz. Em seguida, estende as mos para Maria e diz:) Trago-te aqui o dom da beleza, que a fonte de imensa felicidade.

MARIA (sorrindo e dando um passo para Beleza) Disto que preciso. (Sente neste momento a mo do Tempo sobre o seu ombro e pra, hesitante.)

TEMPO (colocando o telescpio do Futuro diante dos olhos de Maria) Cuidado, no te esqueas de que os anos podem trazer-te o arrependimento, se escolheres a Beleza como teu padro.

(Maria olha pelo telescpio e a msica continua com o coro do hino 259).

MARIA (tristemente) Vejo que a beleza passa e, que que fica? Desejo uma coisa que me proporcione gozo permanente.

(Sai Beleza, e Maria olha para o outro lado do palco, por onde entra Prazer, com um copo de vinho em uma das mos.)

MARIA Ah! Prazer que vem agora!

PRAZER (fala com muita vivacidade) Venho oferecer mil alegrias, risos, danas, folguedos. "Comamos e bebamos, que amanh morreremos."

MARIA isso que sempre disse. A mocidade deve brincar e gozar.

(Tempo aplica o telescpio do Futuro aos olhos de Maria)

TEMPO Devagar, s prudente. Os folguedos limparo os olhos das tristezas da vida e daro gozo real por todos os anos? (A msica toca o coro do hino 259.)

MARIA Ah!... Sinto-me velha e sozinha, cansada do prazer. Desejo uma coisa que perdure.

(Prazer sai e Servio entra pelo outro lado.)

SERVIO (com os braos estendidos para Maria) No trago ddiva de prazer ou de riqueza, apenas dum esprito puro e bondoso, que vive para os outros e procura imitar Cristo em tudo. "Porque o Filho do Homem tambm no veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos."

MARIA (virando-se para o Tempo) Pode mostrar-me algum no passado que j experimentou a vida de servio e achou o caminho de verdadeira satisfao? Quero as provas.

(Comea a msica do hino 300 do Cantor Cristo e Tempo apanha o telescpio marcado Passado e coloca-o diante dos olhos de Maria. Fazendo-a voltar o rosto para direita, aponta para a porta, por onde entram, uma por uma, Rute, Ester, Ldia, Dorcas, Ana de Ava e Noemi Campeio, com o espao de mais ou menos dois metros entre cada uma. Atravessam o palco devagar e desaparecem do outro lado.)

MARIA Vejo Rute, que abandonou o lar paterno, a ptria, a religio da infncia, para servir a Noemi; Ester, que se ps em perigo de vida para ser til ao seu povo; Ldia, a negociante de prpura, que abriu a sua casa e seu corao ao evangelho; Dorcas, que consagrou sua agulha s necessidades das vivas e rfos; Ana de Ava, que to jovem deixou casa e ptria, para compartilhar com os labores missionrios do esposo. Noemi Campeio, primeira mrtir das Misses Nacionais nas selvas da nossa Ptria. Ser que ainda hoje se precisa de servio como no passado?

(Cada personagem deve iniciar sua travessia do palco somente quando Maria pronunciar o seu nome. A msica continua baixinho durante todo o tempo que estiverem passando.)

TEMPO (colocando vista de Maria o telescpio marcado Presente) Com isso v se pode apanhar uma viso das condies de hoje.

(Ouve-se a msica do hino 30 de Cnticos para Crianas , e, pela ala do salo, vem para o palco um grupo de crianas representando os ndios. Cantam a 1a estrofe e o coro, ajoelham-se e estendem os braos para Maria durante o cntico do coro. Ficam de p e agrupam-se a um lado do palco. A msica continua e vem para o palco outro grupo de crianas, representando Portugal, que canta a 2a estrofe; tambm ajoelham-se e estendem os braos para Maria durante o cntico do coro. Em seguida, ficam de p e agrupam-se a um lado do palco. A msica continua. Entram as crianas representando a Bolvia, que cantam a 3a estrofe e o coro. Ajoelham-se estendendo os braos para Maria e depois se juntam s outras crianas, ao lado do palco.)

MARIA (estendendo os braos para Servio) Deixa o teu esprito encher-me o corao, pois desejo ir aos campos necessitados e fazer a minha parte em salvar os perdidos.

SERVIO Muitas so as oportunidades para servir. No so apenas os ndios e os portugueses que reclamam os dons das moas. De toda parte vm as chamadas para professoras, enfermeiras, trabalhadoras e obreiras das igrejas. "Salva para servir" deve ser a divisa de toda moa crist. O servio o caminho da felicidade, o meio de garantir o gozo permanente. Viver pelos outros a maneira de atingir a verdadeira satisfao.

MARIA Vejo agora que vida de servio que estou procurando. Nem riqueza, nem prazer, nem formosura me tentam mais. Em nome de Jesus, alegremente servirei naquilo que me for possvel. "Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim."

(Senta-se, e a msica comea a tocar o hino 295. Os que esto no palco saem, cantando as palavras em voz baixa. Maria fica na cadeira, como se estivesse dormindo. Entra Eunice apressadamente, com um exemplar de O Jornal Batista nas mos, e pra, ao ver Maria.)

EUNICE Maria! (Maria acorda) Voc est dormindo? Acorde! Quero falar-lhe.

MARIA Ah! sim! Estava to cansada que dormi e tive um sonho to belo! No lho posso contar agora; um dia vou dizer-lhe tudo. Este sonho, porm, me deu a idia de que queria servir causa de algum modo especial.

EUNICE justamente sobre este assunto que lhe quero falar. H bastante tempo que me senti chamada para o servio e no sabia como me preparar, mas aqui em O Jornal Batista est explicado. (Abre o Jornal e olha para ele como se estivesse lendo um artigo) Aqui diz que as moas batistas que desejam ser obreiras na Causa devem entender-se com o Seminrio de Educadoras Crists, no Recife, ou com o Instituto Batista de Educao Religiosa, no Rio de Janeiro, conforme for mais perto e conveniente e investigar as condies de entrada. Isto eu vou fazer, pois quero preparar-me o quanto antes para o servio.

MARIA - Eu tambm. Vamos j conversar com o Pastor e consultar a sua opinio sobre a nossa ida ao Colgio.

EUNICE Salva para servir! E a Bblia nos diz: "Os que forem sbios resplandecero como o fulgor do firmamento; e os que a muitos induzirem justia, como as estrelas sempre e eternamente."

(Saem, enquanto a msica toca o hino 410 do Cantor Cristo .)

O ESPRITO DE MISSES

Adapt. de Olga Costa

I CENA

CENRIO Um jardim em tempos de primavera. Msica suave deve ser ouvida durante a cena, por piano ou violino e piano.

Quatro jovens entram: primeiro, um moo elegantemente vestido; segundo, uma mocinha com uniforme de um colgio; terceiro, uma moa usando um vestido branco muito simples; e, em quarto lugar, uma bela jovem, tambm vestida de branco, porm com trajes mais luxuosos.

SEGUNDA PESSOA Estou no incio da vida, na primavera, como dizem algumas pessoas; muitas oportunidades se apresentam e eu desejaria tanto saber como utilizar minha vida. Pico to indecisa e no sei mesmo o que fazer nem aonde ir.

TERCEIRA PESSOA Querida, nossas vidas so presentes de Deus e devem ser usadas em seu santo trabalho.

Grandes coisas poderemos fazer no mundo, se estivermos dispostas a dedicar-lhe os nossos talentos, a fazer a sua vontade, a ir aonde ele nos mandar.

QUARTA PESSOA amigas, por que pensar tanto na vida e para que tantas preocupaes? Deixem estas conversas sobre oportunidade e religio; estes assuntos tristes e sem atrativos so para os velhos. Ns precisamos gozar a vida. Vamos!

PRIMEIRA PESSOA Mas... olhem! Quem est chegando ?

(Entra a Fama, jovem muito bem trajada, usando rico monculo. Passeia de um lado para outro, com aparncia nobre.)

FAMA Mocidade vigorosa e forte, tenho observado a vossa indeciso e venho para ajudar-vos. Eu sou a Fama.

H, realmente, um s problema que pode merecer a vossa ateno: deveis pensar somente em um modo mais eficaz de adquirirdes fama. Quero revelar-vos muitas oportunidades hoje.

Podeis desvendar o reino das invenes, por meio das quais muitos dos meus filhos tm abenoado o mundo; o reino da arte, que deleita e extasia o homem; o reino da msica, que emociona e comove. Podereis cantar e transformar este mundo de trabalhos e preocupaes em um reino mais agradvel e atraente.

Podereis, ainda, tornar-vos famosos na literatura, na escultura e em muitos outros ramos de trabalhos e estudos. Posso garantir-vos que no haver uma casa em todas as naes onde o vosso nome no se torne conhecido e admirado, se me seguirdes.

Torna-se necessrio, porm, que tenhais coragem, tenacidade, e que vos consagreis inteiramente tarefa que eu determinar.

Quereis vir?

(A estudante toma sua mo e segue-a.)

(Entra a Fortuna, jovem usando um vestido enfeitado com fios dourados; traz em suas mos um rico porta-jias, do qual pendem prolas, colares de diamantes, etc, para sugerir riqueza.)

FORTUNA Mocidade de hoje, eu sou a Fortuna. Tenho ouvido as palavras da Fama, porm penso que elas no so muito lgicas e verdadeiras. Existe s uma preocupao valiosa neste mundo: acumular riquezas, que prazer!

No haver um desejo vosso que eu no possa satisfazer. Tereis muitos amigos, pois que todos os homens inclinar-se-o perante vs como sditos; em viagens longas e atraentes, conhecereis as belezas da vossa ptria e do mundo. Palcios e reinos vos pertencero e vossos navios mercantes sulcaro os mares. Sereis felizes, com dias risonhos de prosperidade e paz, se entregardes corpo e alma conquista de riquezas. Quereis vir?

(O moo atende ao convite.)

(Entra o Prazer, jovem em toalete de tarde, adornada com flores.)

PRAZER Jovens, eu sou o Prazer. Venho dizer-vos: enquanto fordes moos, deveis procurar-me.

til e agradvel ao velho falar sobre religio e outros assuntos semelhantes, mas para vs, no. Agora tempo de gozar. Sois moos, porm a mocidade celeremente passa. Vinde, comei, bebei, sede felizes, porque amanh podereis morrer!

(A quarta jovem segue o Prazer, deixando sua companheira s, imersa em profunda meditao.)

(Entra o Esprito de Misses, moa com vestido branco, coroa dourada e cabelos longos.)

ESPIRITO DE MISSES Amiga, eu sou o Esprito de Misses.

Desempenhando a minha nobre tarefa de evangelizar os povos, tenho viajado muito.

Conheo bem a vossa linda ptria, a extensa e rica terra brasileira. Contemplei seus campos floridos e verdejantes, as suas belas florestas, os seus rios caudalosos e suas riquezas imensas.

Triste , porm, afirmar, que toda esta grandiosidade e opulncia foi toldada ante a viso angustiosa e aflitiva da situao de muitos brasileiros; h milhes de almas que perecem sem Cristo e sem salvao, espalhadas pelo Brasil inteiro! "Quem lhes dar o po maravilhoso, o verdadeiro po espiritual?"

E, se formos mais alm, qual ser a nossa viso?

Veremos que por toda a Europa, frica, sia e Amrica, h milhes de almas que perecem e coraes que gemem de amargor! h milhes de almas que perecem sem Cristo e sem salvao.

Tenho visto a ignorncia, a degradao e a misria desses escravos do pecado e do erro e venho pedir-vos para irdes contar aos perdidos a maravilhosa histria de Jesus e dizer-lhes que ele morreu por ns.

No vos ofereo uma vida de comodidade e prazer. Longe, muito longe disto! Haver trabalhos, perseguies, lutas tremendas, fome e sede a suportar. Permanecereis no meio de sofrimentos, que magoaro profundamente o vosso corao e algumas vezes podero, quase, arrefecer o vosso nimo. Sim, haver tentaes e provas rduas e difceis, porm eu no peo para irdes ss.

Se me seguirdes, eu vos enviarei como uma mensagem de amor ao mundo e convosco ir o Todo-poderoso, aquele que disse: "Portanto, ide, fazei discpulos de todas as naes, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Esprito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, at a consumao dos sculos."

(O Esprito de Misses permanece com as mos estendidas, enquanto um quarteto canta a primeira estrofe do hino 443 do Cantor Cristo .)

TERCEIRA PESSOA "Tudo, Cristo, a Ti entrego.. ." Oh! eu sinto teu amor transformar a minha vida e meu corao, Senhor!

(Ajoelha-se diante do Esprito de Misses, que pe a mo sobre sua cabea, enquanto o quarteto canta a primeira e ltima estrofes do hino 296 do Cantor Cristo . Saem.)

(Fim da 1a cena)

II CENA

(O cenrio dever se aproximar, tanto quanto possvel, de uma representao do outono da vida: folhas, plantas, etc. Msica suave e triste deve ser tocada durante esta cena.

A cortina se ergue, aparecendo os quatro personagens da primeira cena, que esto agora velhos; deve ser entendido que aproximadamente 50 anos so passados desde a primeira cena.)

AMIGO DA FAMA Recordando com saudades os tempos j passados, eu me lembro bem daquele dia quando ns, ainda em plena juventude, fizemos nossa escolha de vida. Atendi ao convite amvel e atraente da Fama e a segui. Alcancei o meu ideal, aps dias e noites de fadigas e sacrifcios.

Posso dizer com certeza que no h hoje na terra um nome mais conhecido e admirado do que o meu. No entanto, agora que estou chegando ao fim, que me vale tudo isto? Nada! Nada! uma glria intil para mim.

AMIGO DA FORTUNA (vestido muito luxuosamente, porm acabrunhado, com fisionomia cansada e apoiado em uma bengala) Eu tambm fiz a minha escolha h muito tempo; escolhi riquezas, e conquistei-as.

Tenho viajado e conseguido amigos, embora muitos falsos e atrados pelo dinheiro.

Fui feliz e estou certo de que grande parte das riquezas da terra esto em minhas mos. Triste , porem, pensar agora que a busca insacivel de dinheiro fez com que eu me esquecesse do meu Criador e da minha alma imortal. E, finalmente, "que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?"

AMIGO DO PRAZER Companheiros de tempos passados, no vos recordais como eu desprezei algumas outras coisas, para seguir o prazer, quando estvamos fazendo nossas escolhas?

Na verdade, eu o encontrei e procurei segui-lo mui fielmente. Hoje, porm, sinto que as minhas foras esto se acabando e que uma noite lgubre e tediosa vem-se aproximando de mim.

AMIGO DE MISSES (o piano toca suavemente o hino 291 do Cantor Cristo .)

Eu tambm fiz minha escolha h muito tempo; tomei minha cruz e segui o meigo e terno Nazareno, sem saber para onde ia.

Ele enviou-me como mensageiro a povos incultos e brbaros. Por muitos anos trabalhei e lutei tenazmente nos selvagens campos da inspita frica. A, com o blsamo suave de Jesus, consolei muitos coraes aflitos, cuidei dos doentes e socorri os tristes. Contei aos pecadores a histria de Jesus Cristo e o apontei como o Filho de Deus, que foi morto pelos pecados do mundo.

Sim, houve trabalhos, sofrimentos e sacrifcios, porm nunca me senti desamparada; aquele que disse "no te deixarei, nem te desampararei" estava sempre ao meu lado, transformando, com seu amor e sua presena, os dias tristes e as experincias mais difceis em bnos copiosas para mim.

Nem por um momento me arrependi da deciso que tomei. Vivo feliz, porque atendi chamada divina, entregando-me nas mos de Deus para o seu trabalho.

"Combati o bom combate, acabei a carreira" e justamente agora, quando no posso mais trabalhar muito, desejo, mocidade vigorosa e forte de hoje, que atendais ao convite para vos dedicardes ao glorioso trabalho de nosso Salvador e Mestre.

Contemplai os campos, "que esto brancos para a ceifa". Pensai na Ptria brasileira, "a terra virente e formosa", o pas de vastos recursos e de grandes oportunidades, cujo futuro depende do trabalho eficiente e da dedicao de seus filhos. Lembrai-vos da triste condio intelectual, moral e espiritual de muitos brasileiros e ouvi o clamor de milhes de almas que o nome de Cristo no conhecem e que no confiam no seu Redentor. Pensai no trabalho do Senhor em Portugal e nos milhes de almas que, em outras naes do mundo, sofrem e so escravos do pecado e vcios, porque no crem ainda naquele cujo amor tudo transforma. "E como crero naquele de quem no ouviram? E como ouviro, se no h quem pregue?"

Ide, cristos, o vosso Deus vos chama: A seara grande, o campo vasto! Sus! Amai as almas como Deus vos ama E apregoai alto o nome de Jesus!

(Todos cantam a primeira e segunda estrofes do hino 398 do Cantor Cristo .)

DAR E RECEBER

Adapt. de O. Barros

CENRIO: Uma sala de jantar. Sobre a mesa, uma fruteira cheia de mas, laranjas, cachos de uva, etc.

PERSONAGENS: Roldo e Rute, irmos.

(Roldo e Rute, atenciosos, lem livros, sentados em cadeiras perto da mesa. De repente, Roldo joga o livro na mesa e, bocejando e irritado, queixa-se.)

ROLDO gente! No posso estudar e de forma alguma tiro do meu pensamento aquela histria!

RUTE Qual?

ROLDO No te lembras? A tal histria que o pastor contou no domingo a respeito de "DAR". Antes no tivesse ido Escola Bblica Dominical!

RUTE (admirada) Roldo, estar por acaso arrependido de ter ido Escola?! Voc que to interessado pela sua classe!

ROLDO (embaraado) Sim... foi isto que eu disse e acho que jamais iria a outra reunio na igreja em toda a minha vida se nunca tivesse sido membro da Sociedade Juvenil.

RUTE Mas eu no entendo por que voc fala assim. Eu gosto tanto das reunies da Sociedade Juvenil! Aprendi tantas histrias a respeito dos meninos de outras partes do mundo que at me sinto parenta deles e tambm j aprendi como bom dar-lhes tudo o que pudermos.

ROLDO (aborrecido) J vem voc tambm! A est por que me aborreo. cacete a gente ouvir de todos os lados a palavra DAR, DAR, DAR tomara que nunca mais a oua em toda a minha vida! Se na Sociedade Juvenil, a professora fala para sacrificarmos bombons, balas e qualquer outra coisa e que o preo disto devemos dar s Misses. Se na Escola Bblica Dominical, l est a professora com a mesma cantiga: que trabalhemos e recebamos uma oferta especial como ddiva de amor e entreguemos s Misses. Se na igreja, o Pastor conta aquela histria que tanto me tem apoquentado. Falaram tanto que j no posso gastar um tosto para mim mesmo sem que me sinta mesquinho e descontente.

RUTE Voc parece que tem razo. (Pensa.) Eu ouvi tambm tudo isso que voc disse. Achei os planos bons e pensei com meus botes que ia me privar de qualquer coisa, porm agora estou achando que ruim mesmo e... "Toque estes ossos" (apertam as mos), eu concordo com voc. Devo deixar de prestar ateno a esta conversa a respeito de ddivas, no acha?

ROLDO Isso Rute, isso! Voc uma senhorita inteligente! Estou alegre em ter uma irm que est sempre a meu favor.

RUTE Quer dizer que hoje no vamos igreja porque...

ROLDO (interrompendo) Sim, porque quem vai falar aquele missionrio que na Sociedade s falou dos meninos portugueses que esto com fome, sem casa e com frio por causa de ser inverno rigoroso l. Disse-nos ele que o povo portugus nosso vizinho e que Jesus quer que o amemos como a ns mesmos.

RUTE Bem, Roldo, isso lhe toca, porque voc gosta bastante de si mesmo.

ROLDO Eu gosto de mim mesmo, como?

RUTE (irnica) E quem que est sempre comprando coisas para comer? Quem que gosta tanto de passear? Se voc amasse tanto assim os portugueses, eles morreriam de fome? Morreriam os ndios com fome do po da vida? (Medita um pouco e diz:) Ah! agora lembrei-me de uma coisa!!

ROLDO De qu?

RUTE Se voc no vai mais usar a palavra DAR, nunca mais poder pedir dinheiro a papai nem orar: "O po nosso de cada dia nos d hoje."

ROLDO Est a! Voc exatamente igual os outros. At papai fez-me sentir mal hoje pela manh no culto domstico, quando ele falava tanto daquele versculo "de graa recebestes, de graa dai". (Nesse momento Roldo estende a mo para apanhar a fruta mais vermelha e maior da fruteira, mas de repente pra com olhar espantado, cobre o rosto com as mos e diz:) Rute, voc ouviu qualquer coisa estranha?

RUTE No ouvi nada, exceto o crepitar do fogo e o tique--taque do relgio. Por que voc ficou to espantado e sua mo est tremendo tanto?

ROLDO Escute!... Voc no est ouvindo o que o relgio est dizendo?

RUTE Estou ouvindo o que ele sempre diz: tique-taque, tique-taque. Que mais ele poderia dizer?

ROLDO Pois justamente quando apanhei aquela ma, aquele velho relgio da parede olhava direitinho para mim e dizia: tome, tome, tome, e ainda est dizendo. Quer ouvir? Escute. .. (ambos silenciosos escutam).

RUTE Vamos fazer parar.

ROLDO Parar o qu?

RUTE Parar o relgio, naturalmente.

ROLDO No serve de nada. Mame e papai querero saber a razo e se ns lhes explicarmos, eles diro, como tm dito tantas vezes, que eu sou egosta, e tm razo.

RUTE (pensativa) No vejo outra coisa a fazer, seno deixar, de tomar tudo. Sempre tomamos comida, roupa, bons passeios, livros e...

RUTE (servindo-se das uvas, continua:) Tem razo... ele est dizendo: toma, toma, toma, e est falando cada vez mais alto. Vamos par-lo?

ROLDO Sade, divertimento e tudo que bom.

RUTE (tristemente) E to poucas vezes DAMOS qualquer coisa,no ? Como somos ingratos, Roldo! Tudo que temos, usamos e comemos papai quem nos d. Realmente papai quem est contribuindo, e no ns, entretanto, dizemos que estamos cansados de contribuir. verdade, eu me sinto envergonhadssima.

ROLDO (dando um grande pulo da cadeira ao ponto de arred-la do lugar, vai em direo a Rute) Sabe, Rute, o que devamos fazer? Instituir uma regra.

RUTE Regra, como?

ROLDO Se ns vamos tomar e tomar de Deus, ento vamos tambm dar, dar e dar- lhe. Que tal?

RUTE Nunca pensei que voc pudesse fazer regras. Eu julgava que s os gramticos e matemticos que fazem regras! Mas eu a acho tima e estou pronta para a decorar e aplicar aos problemas que me aparecerem, iguais a este. Deixe-me repetir com voc.

OS DOIS Se ns vamos tomar, tomar, tomar de Deus, ento vamos tambm dar, dar, dar- lhe.

ROLDO Excelente! Ento voc me julga um rapaz inteligente, no ? Neste momento vou buscar o envelope e colocar a oferta dentro. Vou botar o dinheiro que mame me deu para fazer um passeio hoje tarde. Vou fazer de conta que o passeio foi em Portugal e que vi muitas crianas alegres porque meu dinheiro foi socorr-las. Vamos ouvir hoje o missionrio, Rute?

RUTE Oh! vamos! E vou ver se posso fazer alguma coisa para mame, e ela me dar a minha ddiva de amor. Posso dar mais do que um envelope. Acho que posso encher uma caixa.

ROLDO Vou usar tambm uma caixa. Parece que h duas l em cima da cmoda de mame.

RUTE Ns escreveremos na tampa, com letras bem bonitas:

"De graa recebestes, de graa dai."

ROLDO Eu estou to alegre! Sinto-me to feliz! Nunca me senti assim! Como bom dar! Jesus est satisfeito com a nossa deliberao, no acha, Rute?

RUTE Acho. Papai e mame tambm vo ficar bem alegres. Vamos contar-lhes a nossa deliberao (Saem).

BRASIL E PORTUGAL

Arith Drummond Borges

(Entra uma menina ou menino, olhando atravs de um binculo, trazendo a tiracolo uma fita verde-amarela com a palavra: BRASIL.)

BRASIL (divisando Portugal ao longe) Portugal querido, tu s a Ptria dos meus avs. Amo-te tanto como ao meu caro Brasil! Contemplo o teu passado, pleno de feitos brilhantes, admiro o herosmo de teus filhos, mas... o que me impressiona ver-te ignorar a salvao outorgada por nosso Senhor Jesus Cristo. (Senta-se e fica meditativo, enquanto ouve ao longe o cntico do hino 41 de Cnticos para Crianas .)

(Levantando-se) Parece que estou sonhando... Ouo o clamor de Portugal to perto de mim... Ser que estou em terras portuguesas? O povo batista brasileiro tem procurado atender ao clamor incessante dos portugueses. L, em terras lusas, esto os nossos emissrios. (Levanta o binculo, fingindo divisar Portugal ao longe.)

(Entra um menino ou menina, trazendo a tiracolo uma fita verde-vermelha com a palavra: PORTUGAL.)

PORTUGAL L em terras europias eu me acho, situado ao meio de um vulco que vomita, momento aps momento, o fogo do dio, da contenda, do egosmo e da guerra! Tenho procurado educar os meus filhos, afastando-os desses sentimentos to vis e hediondos... Mas quase tm sido em vo todos os meus esforos... Agora, mais do que nunca, rogo, minha Ptria irm, continue a dar-me o seu apoio na educao de meus filhos. Somente o evangelho sublime de Jesus Cristo poder modificar

Portugal! H centenas de filhos meus cujas vidas tm sido uma inspirao! Aceitaram este evangelho e o tm posto em prtica.

BRASIL Mas, Portugal, se ests to desejoso de que continuemos a dar-te apoio na educao de teus filhos, por que ainda h tantas restries pregao do evangelho?

PORTUGAL No de mim que partem as perseguies; realmente tenho vexame de saber que ainda tenho filhos que no reconhecem os verdadeiros valores.. . Mas o dia chegar quando todos os portugueses reconhecero os teus enviados e ho de ajud-los a falar deste Jesus, que a Fonte donde promana a gua Viva que apaga o fogo do dio, da contenda, do egosmo e da guerra! No te desanimes, Brasil querido! Os teus esforos em benefcio dos meus filhos nunca sero olvidados... Podes continuar essa tarefa rdua, mas que no futuro se reverter em bnos, no s para os meus filhos, mas para os teus prprios!

(Ouve-se ao longe o cntico das duas estrofes do hino 379 do Cantor Cristo . Brasil e Portugal ajoelham-se e firmam o olhar no cu, enquanto ouvem o cntico do hino.)

BRASIL (levantando-se) Ah! Portugal! Desde os primrdios de minha existncia h entre ns um intercmbio... E agora estamos mais ligados do que nunca pelos laos indissolveis do evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo! (Brasil d a mo a Portugal) Temos agora um nico ideal o de conduzir os nossos filhos aos ps do divino Salvador! Os meus filhos no tm poupado esforos na evangelizao dos portugueses. E de hoje em diante eles duplicaro as suas atividades em benefcio de Portugal.

PORTUGAL Bravo, meu Brasil querido! O sentimento de altrusmo tem dominado os coraes de teus filhos. Os meus filhos que j aceitaram o evangelho unificaro as suas foras de teus filhos e juntos trabalharemos para ganhar o Brasil e Portugal para Cristo.

(Saem abraados, cantando a la estrofe do hino 379.)

MISSES

(Acrstico )

Cada criana leva a letra que forma a palavra MISSES, recita o versculo e todas ficam depois onde esto, at que a congregao cante o hino 430 do Cantor Cristo . As crianas devem falar bem alto. Ao cantar-se o coro pela ltima vez, saem. M "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de

serem feitos filhos de Deus, a saber: aos que crem no

seu nome" (Joo 1:12).

I "Ide, portanto, e fazei discpulos de todas as naes, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Esprito Santo" (Mateus 28:19).

S "Ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalm, como em toda a Judia e Samaria, e at os confins da terra" (Atos 1:8).

S "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como tambm eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e no seu amor permaneo" (Joo 15:10).

O " vs, todos que tendes sede, vinde s guas, e os que no tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preo, vinho e leite" (Isaas 55:1).

E "E o Senhor te guiar continuamente, e fartar a tua alma em lugares secos e fortificar os teus ossos; e sers como um jardim regado e como um manancial cujas guas jamais faltam" (Isaas 58:11).

S "Suaves so sobre os montes os ps do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvao, que diz a Sio: O teu Deus reina!" (Isaas 52:7).

NOTA Estes versculos da Palavra de Deus devem ser muito bem decorados e recitados em voz bem alta e clara, de modo que todos ouam e entendam. Para isso preciso comear os ensaios com muita antecedncia e repetir muitssimo. Tambm de proveito despertar na criana a confiana em si, para fazer a parte de tal maneira que o medo ou o nervosismo no atrapalhe. Um programa bem ensaiado e bem apresentado, mesmo que seja bastante simples, vale mais do que um muito extenso.

Faa o programa assim: as crianas ficam sentadas juntas e a dirigente mesa, de frente para elas. Sobre a mesa deve haver uma jarra de flores e talvez uma cesta bonita, feita de cartolina, para receber as ofertas das crianas. Assim tudo se processar como se fosse numa reunio informal e bem de crianas.

O programa parece complicado, mas verificar-se- que bastante simples. Comece a ensai-lo em julho, e repita-o muitas vezes. Outras partes podem ser adicionadas, se bem que programa de criana deve ser curto e bem apresentado.

(Extrado do livro Antologia Missionria , da Junta de Misses . Nacionais.)

APOTEOSE

(20 pessoas, tendo faixas com o nome de cada Estado do Brasil. Ao centro Braslia, envolta na bandeira brasileira.)

AMAZONAS

Verdes matas, riquezas incontveis tenho, em meu seio ubrrimo e fecundo, gratas miragens, rios cristalinos, possuo mais que o resto deste mundo!

PARA

Quente, rica, esta terra se exprime por seu povo sadio e seu dulor; Oriente brasileiro, oculta o bronze onde a raa fundiu o seu amor!

MARANHO

Pequeno, encravado em terra densa, sou sentinela alada do Brasil; dei Ptria mil gnios, que a fizeram mais luzente, mais brava, mais viril!

CEAR

Terra da luz, terra do sol luzente, das serras no alcantil todo encrustado. Quando a seca azoirraga, o cu se inclina e me d mais virtudes e sou guardado!

PIAU

Dos vales 't s serras, nas caatingas, geme o gado e revoa o passaredo; Fortuna em caixa forte sou da Ptria, em mim no h temor nem vaga o medo!

RIO GRANDE DO NORTE

Estrela pequenina do Nordeste, cada vez mais sublime em seu portento. Ao gigante braslio que desperta, pronto estou para dar o meu sustento.

PARABA

No ra-r das porteiras gemedoras, No gritar dos meus carros vagarosos, pela estrada do progresso vou marchando, frente vendo dias mais ditosos!

PERNAMBUCO

Fanal luzindo sobre o mar bravio, ergo bem alto a trompa da alvorada e desperto o meu povo para a glria de ser feliz e amar a Ptria amada.

ALAGOAS

Dos marechais, terra e bero sobranceiro, enchi de heris os cantos do pas; no encontrei em meu caminho a inrcia, nem primazias, nem grandezas quis.

SERGIPE

Cantei as glrias do Brasil querido pelo crebro ardente dos meus filhos; fui princesa habitei entre riquezas, fui rosa agreste vivi entre junquilhos!

BAHIA

Monumento da terra brasileira, fui Rio Branco, Castro Alves e fui Rui, bero da Ptria mo nacional cujo herosmo no cai nem diminui!

ESPIRITO SANTO

Um rubi que na costa apenas brilha, Mas vigia a grandeza do Brasil; Cana de fartura e de bondade, Plio de amor por sob um cu de anil!

MINAS GERAIS

Geme o gado no vale ou na montanha, trabalha o lavrador na terra ingente; alterosas, risonhas, perfumosas, as almas vibram, vibra a nossa gente.

RIO DE JANEIRO

Cidades, cafezais, riquezas tantas, Campeiam num progresso admirvel; e eu vou cantando, e o canto meu se avulta penetrando o infinito indecifrvel.

SO PAULO

Sacrrio ptrio. Caador de prolas, bandeirantes da f e do progresso; para vencer, para subir, voar, no vejo impasse nem perigos meo!

PARAN

Frio, mas belo e frio e morno, acalento o viajor no meu gasalho; para fazer o Brasil mais rico e nobre que luto nas lides do trabalho.

SANTA CATARINA

Humilde, pequenina, a voz alteio,

e louvo os feitos que dons meus confiro;

o ar saudvel do clima mui sadio

na libao nacional respiro!

RIO GRANDE DO SUL

Do extremo sul, quase em estranhas terras, fito, ao longe, as terras do Brasil; e a sua gente adoro; e as suas minas e os seus mares e os cus todos de anil.

MATO GROSSO

A araponga o ferreiro das florestas, e o mundo inteiro ergue-se para o amar. O Brasil o celeiro deste mundo; a garganta da ptria a clarinar.

GOIS

Do centro vejo a grandeza desta terra e exulto e estremeo no meu esto aqui, contente, de te amar, ptria amiga, o meu anseio inteiro manifesto.

BRASLIA

Lanando o olhar por sobre a densa esteira

de coraes que vibram nesta terra amada do Brasil,

alegremente rio; e ao mesmo tempo choro

por ver a alma robusta do meu povo, to nobre e to viril,

jazendo em demagoga ignorncia e em trevas se abismar!

Ai! quanta dor eu sinto, doce Ptria,

por ver teus filhos todos no pecado metidos cruelmente, acrrimo, fatal,

entrando a perdio de par em par!

Que o evangelho de ti se assenhoreie, para tua felicidade! E que a ti, o Deus supremo e justo, que ama as naes onde almas vagueiam te revele a verdade!

E Jesus, que, morrendo no madeiro, seu sangue derramou, exulte de alegria por salvar-te como a ns j salvou! E o pendo auriverde ainda drapeje, sereno, altivirente, como o smbolo da paz do evangelho pregado a toda gente! E as almas de todos os brasileiros, num canto angelical, retumbem, dando glrias e aleluias ao Pai Celestial!

LNGUAS E TRIBOS QUE AINDA NO FORAM ALCANADAS

Joaze Gonzaga de Paula

Personagens: Oito moas representando as lnguas e tribos (linda no alcanadas: frica (vestida de capa preta), Amrica do Sul, Sibria, China, Indochina Francesa, Ilhas Filipinas, Bolvia, Colmbia, e um intermedirio, representando o Peru. Cada pessoa, alm da vestimenta, deve trazer uma faixa para identificao do lugar que representa. Deve-se convidar um quarteto ou conjunto para cantar os hinos 428 e 427 do Cantor Cristo ; e um Narrador.

CENA

CONJUNTO Entoa o hino 428 (preparando o auditrio).

NARRADOR Sabeis, por acaso, quantas so as lnguas que se falam neste nosso mundo? Deixai que vo-lo diga. Presentemente, existem pelo menos 2.974 idiomas chamados maiores. Sabeis quantos desses idiomas j possuem a Palavra de Deus ou parte dessa Palavra? At o presente, apenas 1.185. Portanto, quantos so os que ficam sem nenhuma poro do Livro de Deus? Ficam 1.789, pensai nisso. Quase dois mil anos de trabalho missionrio e de evangelizao mundial, e, apesar disso, ainda existem 1.789 lnguas para as quais a Palavra de Deus ainda no foi traduzida. E, que que Deus diz? "A f vem pelo ouvir... ouvir a Palavra de Deus." Mas, "como crero naquele de quem no ouviram? e como ouviro, se no h quem pregue?"

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CONJUNTO Entoa o hino 427 (1a estrofe).

NARRADOR Descobriu-se que ainda existem mais de 1.000 tribos sem o evangelho. Alm disso, essas tribos j foram localizadas. Sabemos onde elas esto. Peo-vos que penseis nelas, medida que as formos citando. Deveis lembrar que no h nenhum missionrio trabalhando entre elas. Que no existe ningum entre elas que j tenha ouvido falar de Cristo pelo menos uma vez.

FRICA (Entra vestida de preto, cabea baixa e expresso de tristeza).

NARRADOR Na frica existem 350 tribos que ainda precisam ser alcanadas.

AMRICA DO SUL (Entra com semblante triste e de cabea baixa).

NARRADOR Na Amrica do Sul existem 3.000 tribos de ndios, tambm sem Cristo.

ENTRA SIBRIA (Na mesma atitude das anteriores).

NARRADOR Na Sibria encontramos 75 tribos. Depois vm a China, a Indochina Francesa e as Ilhas Filipinas.

ENTRAM a China, Indochina Francesa e Ilhas Filipinas (Uma aps outra, tambm na atitude das outras).

NARRADOR Nesses trs lugares, o nmero de tribos chega a 175 ou mais, onde o evangelho nunca foi pregado. H milhes em densas trevas do pecado. Por a se v que ainda existem pelo menos 1.000 tribos em plena escurido espiritual, esperando pela Luz do evangelho.

ENTRA BOLVIA (Como as outras).

NARRADOR Na Bolvia, onde a Junta de Misses Estrangeiras mantm trabalho, h cerca de 1.000.000 (um milho) de ndios sem Cristo.

PERU (Jovem intermedirio, chega ao palco).

NARRADOR No Peru, a populao de ndios de 2.500.000 (dois milhes e quinhentos mil).

ENTRA COLMBIA (Idem).

NARRADOR Na Colmbia, 100.000, em sua maioria, esto vivendo nas condies mais primitivas. Nas terras altas, contam-se cerca de 500.000 semicivilizados. Mas, como os havemos de alcanar? Somente por meio dos jovens de nossas igrejas, dos nossos seminrios e demais escolas de educao religiosa. A Seara realmente grande, mas os obreiros so poucos. Rogai... Sim, rogai ao Senhor da Seara, que envie mais obreiros para a sua Seara.

CONJUNTO Hino 427 (2a e 3a estrofes).

PASTOR DA IGREJA: Apelo e concluso.

(Colaborao do Departamento de Promoo da Junta de Misses Estrangeiras.)

MISSES... SANTA CHAMADA DE AMOR

Silas dos Santos Cunha

(Duas vozes fazem as alocues iniciais em tom vibrante.)

1a VOZ Misses... fala de amor, deste amor que leva uma mensagem de salvao.

2a VOZ Misses... fala de renncia, de consagrao, fala de uma chama que arde, flamejante, na obra de servir.

1* VOZ Misses... fala de coraes... de coraes fiis, que sentem a grandiosidade de uma obra de amor.

2a VOZ Fala de coraes... ardentes, suplicantes; coraes humildes, que vivem a chorar, sem esperana, sem paz.

1a VOZ Misses... uma chama; viva chama, desafiando coraes.

(Uma jovem vestida de vermelho, vestido longo, representando "Misses", entra em cena, passeando de um lado para outro. interrompida por uma vos metlica, que a entrevista. Misses, surpreendida, pra e responde em atitude preocupada.)

1 VOZ (Metlica, penetrante) Que te preocupa?

MISSES Sim... preocupada, deveras preocupada com tantas oportunidades que um campo branco apresenta. Sinto que as almas buscam a Jesus, suspiram pela paz, desejam a salvao, mas... eu no encontro jovens que se proponham a obedecer ao ide de Jesus.

2a VOZ No fiques triste... ainda existe uma juventude, essa fora pujante de vitalidade, de amor pelas almas que no tm Jesus.

MISSES Onde est? (Sai em direo mais prxima da ribalta do palco e diz, vibrante:) Onde est esta juventude que se agiganta nas artes, nos grandes ideais, no progresso ousado, atmico e das viagens interplanetrias... juventude que inflama os coraes e se esquece de uma ordem de Jesus?

1a VOZ Portanto, ide. .. fazei discpulos de todas as naes, batizando-os em nome do PAI, do Filho e do Esprito Santo.

MISSES Ir... ensinar, pregar, levar este evangelho que prega a salvao. Ir. .. levar a semente, derramar esta paz benfazeja, que brota duma cruz tingida pelo sangue remidor.

(Enquanto Misses profere este pattico monlogo, um jogral com sete figuras entra suavemente, vestido de azul. Para fundo musical do jogral, o harmnio apresenta a msica do hino 298 do Cantor Cristo. )

JOGRAL

CONJUNTO Nossas vozes, unidas, proclamam Misses. Na santa misso de a semente lanar.

SOLO Misses. .. uma chama ardente de amor,

CONJUNTO buscando os perdidos, sem paz, sem Jesus.

Consagrar viver no ideal de servir. Na santa vocao de o evangelho pregar.

SOLO 1o Misses... alvorada da obedincia.

SOLO 2o Misses... uma chama de amor.

CONJUNTO Aquele que leva a preciosa semente voltar jubiloso, trazendo seus molhos.

SOLO 1? - Quem ir?

CONJUNTO Sim; quem h de ir por ns? Misses deciso de dar-se ao santo privilgio de servir.

SOLO 2o Quem ir?

CONJUNTO Iremos todos a sementeira santa, lavando os coraes no sangue de Jesus.

MISSES (vibrante) Vamos, jovens, luta do bem, de pregar o evangelho da Cruz. Inflamados de ardor por Jesus, na cruzada que fala de amor.

(Suavemente, empunhando suas Bblias, dois ou quatro jovens vo chegando ao palco, sados do auditrio, caindo de joelhos e exclamando em potica deciso:)

JOVENS (em conjunto) Eis-nos aqui. . . mos e ps,

Alma e corpo a Ti, Senhor, Entregamos, ao teu servio o nosso viver.

Eis-nos aqui. .. para o Brasil ganhar para Ti.

(Enquanto se ouve, em solo vocal, o hino 298, Misses se retira, para apanhar um archote com chama vermelha, entra novamente e, chegando-se aos Jovens decididos, exclama:)

MISSES Juventude... herica juventude,

Tomai a chama Sagrada de Misses! Por ela lutai decididamente com ardor. Misses chama ardente de um amor que leva a mensagem de salvao.

(Os dois ou quatro Jovens decididos, ainda ajoelhados, tomam e seguram o archote, enquanto a voz emite a ltima alocuo.)

VOZ Moos!.. . levantai-vos e vede! Com esta chama ardente de Misses, lanai os vossos olhos sobre o campo: branco para a ceifa, pois est no negror do pecado, sem alegria e sem salvao. IDE! O CAMPO O MUNDO!

(Colaborao do Departamento de Promoo da Junta de Misses Nacionais.)

BRASIL E PORTUGAL

(Apoteose)

Francisco de Mattos

(Por duas crianas, com bandeiras dos dois pases ou seus trajes caractersticos.)

PORTUGAL FALA

BRASIL e PORTUGAL! Oh! povo independente! O mesmo cu! O mesmo mar! A mesma gente!...

O mesmo cu azul! O mesmo cu de anil! O cu de Portugal e o cu l do Brasil!...

O mesmo verde mar... to belo e sem rival, O mar l do Brasil e o mar de Portugal!

A mesma gente herica, altiva, hospitaleira, A gente Portuguesa e a gente Brasileira.

Por um beijo de luz, sois um astro preso...

Um grande templo aberto, um grande altar aceso.

Um loiro conquistado e vencido um trofu,

A mesma gente, o mesmo mar, o mesmo cu!...

Brasil e Portugal! Duas fortes Naes! O crebro de Rui e o gnio de Cames!

Oh! vs, terras irms, banhadas de beleza! Oh! Terra Brasileira! Oh! Terra Portuguesa!

Terras irms no amor! Amor de que me ufano; Terras que esto no altar do corao humano.

Unidas, sei que sois... e por um mesmo lao! E por um mesmo beijo, e por um mesmo abrao!

Ah! Nascer no Brasil viver com altivez Dentro do corao do povo portugus!

Nascer em Portugal viver sobranceiro, Dentro do corao do povo brasileiro!

Sois duas grandes naus, juntas a navegar... O mesmo cu! A mesma gente! O mesmo mar!

Brasil e Portugal! Sois dois filhos de Apoio, O mesmo povo, a mesma lngua, o mesmo solo!

A mesma luz doirando o sol e os rosicleres, O mesmo corao bondoso das mulheres!

A mesma graa, o mesmo encanto, que eu invejo, No espelho de cristal, das guas brancas do Tejo!

Quanta coisa nos diz esse sossego!

A saudade sem fim das guas do Mondego!

Um povo s, um povo altiloqente,

O mesmo cu, o mesmo mar, a mesma gente.

RESPOSTA DO BRASILEIRO

Amigo, amo o pas romntico das uvas, Onde o riso do sol e as lgrimas das chuvas

Tm muito mais poesia e muito mais beleza Que o lindo cu azul, sereno, de Veneza!

Esse pas que eu amo, esse pas risonho Do meu sincero, do meu primeiro sonho!

Amor puro de artista e sonho ideal de moo Esse pas imenso, esse pas colosso!

Que h sido muitas vezes de heris torro natal! Esse grande pas amigo Portugal!

Cada feito sem par, um prmio de um trofu, Pedao mui azul, tirado ao prprio cu!

Altar de pedra! Altar hercleo de granito! Altar de glria, altar que vai no infinito.

Ante a voz do Brasil, descobre-se, altaneiro, O povo portugus, irmo do brasileiro!

Oiro velho no sol, oiro de lei no trigo, Portugal, teu pas, de loiros, meu amigo!

Gigante, portentoso, herico e varonil, A tua glria, irmo, o teu irmo Brasil!

A vastido sem fim dos desertos escampos, Oh! beleza paga, dos vales e dos campos!

Dessas terras de luz, to cheias de esplendor, Terras irms na paz, terras irms no amor!

Portugal e Brasil! Duas fortes naes! Amor que conseguiu unir dois coraes!

Coraes a pulsar dentro do mesmo seio, O meu corao que se partiu no meio.

E rolou... e rolou... no cho exangue... Sentindo a mesma dor, chorando o mesmo sangue!

Um corao que rola assim partido em dois, Que nsias de chorar nos provoca depois!

Amigo, amo o pas das lindas alamedas,

Onde se ouve o rumor e o farfalhar das sedas,

E o donaire de graa, o encanto mais falado, Das mulheres gentis, que vm a rir do Chiado!

Esse pas que eu amo e com amor insano,

Com esse soberbo amor que penso sobre-humano,

De hericas tradies e de bravura imortal, Esse grande pas, amigos, PORTUGAL!

JOGRAL

Joo Oliveira Santos

A -O Campo o Mundo...

B -O Campo o Mundo.. .

TODOS - Cristo, a nica Esperana!C -Se Cristo a nica Esperana,

D -Se muitas almas perecem sem Cristo e sem salvao,

A -Quem levar esta mensagem aos homens?

E -Quem anunciar o amor de Deus ao mundo?

H -Cristos do nosso querido Brasil, ouvi os clamores de

um povo que sofre. . .P -Que implora...

G-Busca...

A -Pede.. .

C -Luz...

B -Luz...

H -Luz. ..

TODOS - A luz do Evangelho de Jesus!

D -O caminho que encetamos to espinhoso,

F -A nossa Cruz to pesada,

G -Senhor, d-nos foras para prosseguir!

A -Lutar!

H -Lutar!

E -Enfrentar com sorrisos nos lbios a amargura do

sofrer.

C -Eis que os campos esto brancos para a ceifa, a quem

enviarei?G -A quem?

P -Quem ir?

A -Quem?

B -No ouvis?

C -No vedes ?

H -No sentis que a obra grande demais para to poucos

trabalhadores?

D -Ouvi a chamada do Mestre:

B-C-D-"Levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminar."

C -Entregai os vossos bens para o sustento da obra. . .

A -No negueis. . .

H -No negueis. . .

B -No retenhais a vossa oferta. . .

D -Ajudai a obra missionria. ..

D-B-A-Escutai, escutai, eles clamam por salvao,

F -A obra cresce. . .

H -Cresce.. .

E-G-Homens consagrados e decididos levantam-se para oscampos,

C -Moos, que deixam os seus lares,

B -Partem,

H -Partem,

P -Deixam tudo. ..

D -Deixam tudo. . .

A -Lares. . .

E -Ptrias...

G -Condies Sociais. ..

B -A vida feliz da cidade,

TODOS -E saem a proclamar as benditas sementes do evan-gelho.

C -O Campo o Mundo. ..

G-H-F-A- E ele exige de ns mais,

B -Mais,

E -Mais,

D -Muito mais,

H -Ele exige abnegao das nossas vidas. . .

TODOS -O mundo tem fome e sede de justia!

H -O mundo clama por salvao!

A -O mundo precisa de luz!

TODOS -A luz do Evangelho de Jesus.

C -Bolvia,

F -Portugal,

B -Paraguai,

D -Trs Bandeiras,

E -Trs pases a nos desafiar e a nos inspirar por um

avano de uma conquista maior.

H -Povos que lutam. ..

A -dio...

C -Contendas. ..

B -Cimes,

F -Guerras. . .

E -Misrias...

D -Lgrimas...

G -Perdio...

H -Desespero...

TODOS - Quantas vidas a perecer sem Cristo e sem salvao!G -E ele assim permanecer...

A -Viver...

B -Se no anunciares aos homens o amor eterno de Jesus.

C -Por que permaneces indiferente aos apelos de um mun-

do sofredor?

G -Por que no ergues o olhar para os campos?

H- Senhor, desperta o teu-povo,

P -Levanta-te, moo corajoso e decidido, para a sua seara,

TODOS. Porque ela grande, e poucos so os obreiros.A -O Campo o Mundo...

TODOS - Cristo, a nica Esperana!

(Colaborao ao Departamento de Promoo da Junta de Misses

Estrangeiras.)

OS CAMPOS ESTO BRANCOS PARA A CEIFA

Elizer Pereira de Barros

1o Brancos... 2o Brancos... 3o Brancos...

TODOS OS CAMPOS ESTO BRANCOS PARA A CEIFA! 2o Os campos esto brancos para a ceifa... 4o Disse Jesus:

TODOS "Levantai os vossos olhos e vede..."

3o Aqui...

5o Ali...

2o Acol...

4o Gente... e mais gente...

1o Todos sem Cristo.

2o "Levantai os vossos olhos e vede..."

TODOS Multides desejosas de se encontrar com o Salvador.

2o H sempre, em cada lugar...

5o Um campo branco para a ceifa.

3o H sempre uma pessoa...

4o Duas...

3o Trs...

1o Quatro e mais,

TODOS Que esto prontas a aceitar a Cristo. 4o Campos... 5o Campos...

3o Campos brancos e mais campos brancos h por toda parte...

1o Levantai os vossos olhos e vede a Bolvia...

2o E o Paraguai...

4o Alm mar, o velho Portugal...

TODOS A todos levai o pendo real. . .

5o Do Canad ao potico Uruguai. . .

3o Fazei Cristo conhecido.. .

2o O Cristo sem igual.

3o Os campos. . .

4o Os campos. ..

5o Os campos. ..

3o O campo somente a minha terra. . .5o e 4o O campo somente o meu pas. . .3o e 1o O campo somente o meu Estado. ..TODOS O Campo somente a minha Igreja. ..3o LIMITADOS!

2o Fracos!

4o - Fracassados1o SABEIS O Q