fitoterapia brasileira na estética

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FITOTERAPIA BRASILEIRA NA ESTÉTICA Sérgio Franceschini Filho

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Healthcare


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Page 1: Fitoterapia brasileira na estética

FITOTERAPIA

BRASILEIRA

NA ESTÉTICA

Sérgio Franceschini Filho

Page 2: Fitoterapia brasileira na estética

FITOCOSMÉTICA:

Estudo e aplicação dos princípios ativos extraídos dos vegetais, em proveito da

higiene, da estética, da correção e da manutenção de um estado normal e sadio

da pele.

O emprego dos produtos vegetais para fins de embelezamento encontra referências há mais de 5000 anos.

Cleópatra, com sua conhecida vaidade, motivou a pesquisa cosmética e, um primeiro formulário “Cleopatre

gynoecirium libri” foi editado durante seu reinado. Neste formulário foram descritos cuidados higiênicos,

estéticos e tratamentos de diversas afecções da pele, através de pomadas coloridas e linimentos à base de

plantas e óleos vegetais.

Do Oriente, o uso de produtos naturais difundiu-se para o mundo grego.

O formulário "Os cosméticos de Ovídio", no qual são mencionadas receitas e

pomadas da época à base de vegetais, surge no ano IV.

Dessa época, até os dias atuais, o estudo dos vegetais e a aplicação dos seus

ativos, seja na forma de extratos ou os princípios ativos isolados, vem

ganhando cada vez mais espaço na indústria cosmética moderna.

Page 3: Fitoterapia brasileira na estética

“Tratar da saúde é mais importante do que tratar da doença”Sérgio Franceschini Filho

AR

ÁGUA

ALIMENTO

SAÚDE =3 As

Page 4: Fitoterapia brasileira na estética

ESPINHEIRA SANTA

Maytenus ilicifolia

Espinheira divina, Salva-vidas, Espinho de Deus, Cancerosa, Cancrosa, Cancorosa,

Congorça, Coromilho do campo, Maiteno, Sombra de Touro.

Parte utilizada: Folhas – Tanino, Flavonóides, Mucilagem, Carotenóides

Dispepsias, Azias, Úlcera gástrica

- Cicatrizante

- Antisséptico

- Acnes

- Espinhas

- Útil para peles oleosas: tônico e limpeza.

Page 5: Fitoterapia brasileira na estética

CALÊNDULA

Calendula officinalis L.

Malmequer, Maravilhas, Maravilha, Maravilha do jardim, Flor de defunto,

Verrucária, Magarida dourada.

Parte utilizada: Flores - Óleo essencial, Carotenóides,

Mucilagens, Flavonóides, Resina, Saponinas, Glicosídeos.

Cicatrizante, Anti-inflamatório, Antisséptico, Queimaduras, Irritação da mucosa

- Acne

- Espinhas

- Útil para peles secas: tônico e limpeza

Page 6: Fitoterapia brasileira na estética

UVA

Vitis sp.

Parte utilizada: casca - Resveratrol

MINERAIS: Potássio, Ferro, Magnésio, Cálcio, Manganês, Cobre, Fósforo,

Zinco, Sódio, Lítio.

VITAMINAS: Vit. A, Tiamina (vitamina B1), Riboflavina (vitamina B2),

Niacina (vitamina B3), Piridoxina (vitamina B6), Acido Fólico (vitamina B9),

Ácido Pantotênico, (vitamina B5), Ácido Ascórbico (vitamina C).

AMINOÁCIDOS: Ácido Glutâmico, Alanina, Arginina, L-Glutamina

Estimula as funções hepáticas, Melhora o sistema cardiovascular,

Alcalinizante, Antioxidante, Depurativo, Eczemas

- Diminui a pigmentação.

- Protege contra raios UVB.

- Tonifica a pele.

Page 7: Fitoterapia brasileira na estética

AÇAFRÃO

Curcuma longa

Açafrão indiano, açafrão-da-terra, açafrão ou gengibre amarelo

Parte utilizada: Rizoma - Curcumina, tumerona e limoneno

Ação antibacteriana e antiparasitária

Ação anti-inflamatória

Hipoglicemiante

- Antioxidante.

- Interfere nos mecanismos de sinalização celular.

- Útil em dietas.

- Trata feridas, escaras e erisipelas.

- Facilita a eliminação de gordura.

Page 8: Fitoterapia brasileira na estética

Ananas lucidus, Ananas sativus, Ananas comosus,

Aechimea bromeliaefolia.

Parte utilizada: Casca - Bromelina

Diurético; Vermífugo; Digestivo; Doenças respiratórias; Tosse,

Expectorante; Garganta (inflamação)

- Antisséptico.

- Acne.

- Limpeza de pele.

- Elimina nódulos.

Page 9: Fitoterapia brasileira na estética

CRAJIRU

Arrabidaea chica

Pariri, carajuru, punca-panga e chica

Parte utilizada: Folhas - Saponinas, Quininas, Flavonas, Taninos, Alcalóides

(corante vermelho).

Anti-inflamatório, Adstringente, Cólicas intestinais, Disenterias, Anemia

- Feridas e úlceras

- Espinhas

- Irritações

Page 10: Fitoterapia brasileira na estética

BABOSA

Aloe vera

Erva babosa, Erva de babosa, Erva de azebra, Azebre, Aloés,

Aloé do cabo, Caraguatá, Aboré, Amboré.

Parte utilizada: Folhas, gel mucilaginoso –

Polissacarídeos, Glicosídeos (Aloína, Aloenina),

Mucilagem, Tanino, Resinas (Aloeresina A e Aloeresina C), Ácido cumarínico,

Antraquinonas, Vitaminas (B1 e B2, B6, C e E), Sais minerais (Cálcio,

Potássio, Sódio, Manganês, Magnésio, Cobre, Zinco e Cromo).

Fortalece o bulbo capilar e protege os fios de cabelo, Tônico estomacal.; Queimaduras térmicas de 1º e 2º graus e

de radiação; Hemorroidas; Cicatrizante; Aumenta as defesas imunológicas; Laxativo.

- Regenera a pele, pois os seus princípios ativos têm a capacidade de

contrair as mucosas, vasos e tecidos promovendo a regeneração.

- Queimaduras

Page 11: Fitoterapia brasileira na estética

GINKGO

Ginkgo biloba

Parte utilizada: Folhas, partes aéreas (caule e flores) -

ginkgoflavonóides (quercetina, kaempferol, isorhamnetina, e

terpenolactonas (bilobalide, ginkgolide A,B,C,E).

Venda sob prescrição médica.

Vertigens e zumbidos (tínidos) resultantes de distúrbios

circulatórios periféricos (claudicação intermitente); Insuficiência

vascular cerebral.

- Protege contra os raios UVB

- Depois da aplicação tópica na epiderme e através da

via sistêmica, aumenta a atividade das enzimas no

fígado, coração e rim.

- Melhora a circulação

Page 12: Fitoterapia brasileira na estética

MAMÃO

Carica papaya

Papaia, Papaieira.

Parte utilizada: fruto (mamão verde) - Papaína

Tosse; Vermífugo; Laxativo, Digestivo; Antisséptico; Cicatrizante; Fraturas

- Manchas da pele

- Verrugas

- Fístulas

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Prof. Sérgio Franceschini

Page 14: Fitoterapia brasileira na estética

Banho

Faz-se uma infusão ou decocção, mais concentrada que deve ser coada e misturada na água do banho.

Outra maneira indicada é colocar as ervas em um saco de pano firme e deixar boiando na água do banho.

Ou ainda, fazer um saco de gaze em forma de funil e prende-lo ao chuveiro

Os banhos podem ser parciais ou de corpo inteiro, e são normalmente indicados 1 vez por dia.

Page 15: Fitoterapia brasileira na estética

Cataplasma

Podem ser obtidos por diversas formas:

a) amassar as ervas frescas e limpas, aplicar diretamente sobre a parte afetada ou envolvidas em um pano fino ou gaze;

b) as ervas secas podem ser reduzidas a pó, misturadas em água, chás ou outras preparações e aplicadas envoltas em pano fino sobre as partes afetadas;

c) pode-se ainda utilizar farinha de mandioca ou fubá de milho e água, geralmente quente, com a planta fresca ou seca triturada.

Page 16: Fitoterapia brasileira na estética

Compressa

Preparação de uso local (tópico) que atua pela penetração dos princípios ativos através da pele.

Utilizam-se panos, chumaços de algodão ou gaze embebidos em um infuso, decocto, sumo ou tintura da planta dissolvida em água.

A compressa pode ser quente ou fria.

Outra forma é molhar a ponta de uma toalha e colocar no local afetado, cobrindo com a outra ponta da toalha seca, para conservar o calor.

Page 17: Fitoterapia brasileira na estética

Decocção

Preparação normalmente utilizada para ervas não aromáticas (que contém princípios estáveis ao calor) e para as drogas vegetais constituídas por sementes, raízes, cascas e outras partes de maior resistência à ação da água quente.

2 colheres de sopa da planta em meio litro de água fervente. Cobre-se e deixa-se ferver em fogo baixo por 10 a 20 minutos. Coar e espremer a erva com um pedaço de pano de ou coador. O decocto deve ser utilizado no mesmo dia de seu preparo, em no máximo de 12 horas.

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Infusão

Preparação utilizada para todas as partes de plantas medicinais ricas em componentes voláteis, aromas delicados e princípios ativos que se degradam pela ação combinada de água e do calor.Normalmente, trata-se de partes das plantas tais como flores botões e folhas. As infusões são obtidas aquecendo-se a água necessária, que é derramada sobre a erva já separada, colocada em outro recipiente, normalmente 2 colheres de sopa da planta triturada para cada meio litro de água. Após a mistura, o recipiente permanece tampado por um tempo variável entre 5 e 10 minutos. Deve-se coar o infuso, logo após o término do repouso. O infuso deve ser ingerido no mesmo dia da preparação em no máximo 12 horas.

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Pós-vegetais:

Os vegetais na forma de pó possuem uma grande aplicação no arsenal terapêutico, podendo serincorporados facilmente às formas galênicas secas

como cápsulas e comprimidos e também serem utilizados diretamente, por exemplo, misturados a água, suco, alimentos, etc.. Após a eliminação dos corpos estranhos e das partes inertes, as ervas devem ser secas a uma temperatura de 25ºC a 45ºC, depois são trituradas em moinhos de diversos modelos e peneiradas, tendo então a sua granulometria padronizada. As vantagens de utilizar os vegetais na forma de pó são diversas, como: administração da droga relativamente segura, manipulação simples, possibilitando misturas, além de permitir o ajuste ou eventual concentração do princípio ativo.

Page 20: Fitoterapia brasileira na estética

Suco de planta fresca

O suco da planta fresca é a suspensão da planta, com seus constituintes ativos e inativos, em álcool a 30º G.L.

Por diversos processos modernos, são estabilizados, inativando as enzimas e evitando uma degradação rápida dos princípios ativos.

Esta forma nova de apresentação das plantas permite a utilização de todo o fitocomplexoda planta fresca sem a perda de nenhum princípio ativo.

Page 21: Fitoterapia brasileira na estética

Tinturas vegetais

São preparadas à temperatura ambiente pela ação do álcool sobre uma erva seca (tintura simples) ou sobre uma mistura de ervas (tintura composta). São preparadas por solução simples, maceração ou percolação. A tintura simples corresponde a 1/5 do seu peso em erva seca, quer dizer que 200 g de erva seca permitem preparar 1.000 g de tintura. Na maioria das vezes se utiliza um álcool a 60º G.L. Existem algumas exceções, como as tinturas de materiais resinosos, ou drogas ricas em essências ou resinas como boldo, canela, eucalipto, grindélia, ou ricas em mucilagens como casca de laranja amarga, onde o título do álcool é de 80º G.L. As drogas muito ativas (heróicas), como o acônito e a beladona são preparadas por percolação com álcool 70º G.L. As tinturas de ópio e noz-vômica são preparadas por simples dissolução do extrato correspondente em um álcool a 70º G.L., obtendo-se um título final de aproximadamente 10 % de planta seca.

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Unguento e pomada

A pomada pode ser preparada com o sumo da erva, com a tintura, com o pó ou com o chá misturado com a banha animal, gordura de coco, gordura vegetal ou vaselina. Pode-se ainda aquecer as ervas na gordura depois coar e guardar em frascos tampados. Pode-se adicionar um pouco de cera de abelha nas preparações a quente da pomada. As pomadas permanecem mais tempo sobre a pele, devem ser usadas a frio e renovadas 2 a 3 vezes ao dia.

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Vinho medicinal

Usa-se vinho branco, tinto ou licoroso com graduação alcoólica de aproximadamente 11ºG.L. Usar 5g de ou mais ervas para cada 100 ml de vinho. Tampar e deixar em local escuro, ao abrigo da luz por um período de 10 a 15 dias. Filtra-se o preparado. Toma-se uma colher antes ou depois das refeições, ou conforme indicações.

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Prof. Sérgio Franceschini