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Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

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Page 1: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Fernando Pessoa

O poeta de múltiplas faces

Correção e Revisão

Page 2: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

A queda da monarquia e da proclamação da

república Gera entusiasmo ao povo e à cultura

portuguesa;

São retomadas antigas discussões sobre a grandiosidade da nação portuguesa; o espírito nacionalista e saudosista do povo português é reaceso; vários artistas e intelectuais se lançam num projeto de reconstrução da cultura portuguesa.

Page 3: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Marco do Modernismo em Portugal:

Fundação da Revista

Orpheu, em 1915.

Page 4: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

“A nossa revista acolhe tudo quanto representa a arte

avançada[...]”F. Pessoa

ORPHEU, Revista Trimestral de Literatura, capa efolha de rosto do fascículo n.º 1, Janeiro–Fevereiro–Março de 1915.

Page 5: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Poesia provocadora, expunha inconformismo e desejo de romper com o passado, de aderir a idéias futuristas, dando maior vida – e visibilidade – ao país.

Ou seja, acompanhar a efervescência cultural que ocorria na Europa.

Page 6: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Participantes:

Mário de Sá Carneiro; Fernando Pessoa

Page 7: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Participantes:

Almada Negreiros Ronald de Carvalho

Page 8: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

1.Enumere, considerando o estudo sobre Fernando

Pessoa: 1. Fernando Pessoa (obra ortônima)2. Alberto Caeiro;3. Ricardo Reis;4. Álvaro de Campos;

Page 9: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

( ) Nasceu em 1890. É engenheiro naval. Exteriorizou um dos mais significativos paradoxos da vida do século XX: a crença desmedida e a desilusão com o progresso científico e tecnológico. Por isso tratou da euforia e da depressão, da fé na ciência e da descrença numa vida equilibrada; cantou a vida frenética das multidões e o vazio da solidão; em síntese, soube identificar contradições experimentadas pelo homem de seu tempo.

Page 10: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Álvaro de Campos

Page 11: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

   É o mais afinado com a tendência modernista, particularmente com o

Futurismo.

Álvaro de Campos

Page 12: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

 "À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da

fábrica    Tenho febre e escrevo.    Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,    Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos."

Ode Triunfal

Fase Futurista

Page 13: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

  “Não sou nada.    Nunca serei nada.    Não posso querer ser nada.   À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

Poema Tabacaria (oposição sonho/realidade – frustração):

Fase Intimista/Pessimista

Page 14: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Exteriorizou os paradoxos da vida do século XX: a crença desmedida e a

desilusão com o progresso científico e tecnológico. Por isso tratou da euforia e da depressão, da fé na ciência e da descrença

numa vida equilibrada; cantou a vida frenética das multidões e o vazio da solidão; em síntese, soube identificar

contradições experimentadas pelo homem de seu tempo.

Page 15: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

( ) Nasceu em 1887, no Porto. É médico. Defensor da monarquia, exilou-se no Brasil com o advento da República em seu país. Amante da literatura

clássica, sua poesia assume um tom solene, sério, que mostra o comedimento das emoções, sempre

analisadas com frieza de raciocínio. Evita o exagero. Adota o pensamento aristotélico de que a

virtude está no equilíbrio, na moderação. Interessa-lhe encontrar respostas sensatas e

equilibradas para suas reflexões. Dirigiu vários poemas à sua musa, Lídia.

Page 17: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

É amante da literatura clássica;

É extremamente racional.

Usa com muita frequência a mitologia clássica.

Ricardo Reis

Page 18: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Cultiva as máximas horacianas do Carpe Diem (“aproveite o momento”), isto é, procurar os simples prazeres da vida em todos

os sentidos, sem preocupações com o futuro.

Ricardo Reis

Page 19: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Evita o exagero.

Adota o pensamento de que a virtude está

no equilíbrio, na moderação.

Ricardo Reis

Page 20: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

“Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.

(Enlacemos as mãos.) Depois pensemos, crianças adultas, que a vida Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,

Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.

Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. [...]”

Page 21: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

( ) Nasceu em 1888. Criou outras personalidades poéticas a quem deu nomes e uma história de vida. Sua obra é rica e variada, mas há alguns temas preferidos, como a retomada do passado histórico glorioso de Portugal e a reflexão sobre a poesia e o “ser poeta”. É, sobretudo, o poeta da inteligência e da imaginação.

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Page 23: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Mensagem canta não o Portugal real, mas o Portugal sonhado por seus heróis.

Mensagem (1934) Traços marcantes

– nacionalismo e saudosismo.

Obra canta os mitos e os heróis

coletivos de Portugal,

lembrando Os Lusíadas.

Page 24: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Mensagem canta não o Portugal real, mas o Portugal sonhado por seus heróis.

Cancioneiro Explora temas

como saudade, solidão, infância, vida, o fazer poético.

Page 25: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

( )Nasceu em 8 de maio de 1889. É considerado o mestre dos demais. É um guardador de rebanhos, o poeta das sensações, que pretende ver e sentir sem pensar. Considera-se apenas poeta, por isso foge para os campos com o intuito de viver como vivem as flores, as fontes, os prados. Sua poesia é desprovida de métrica e de rima. Sua simplicidade não permitiria a produção de uma poesia mediada por elementos muito voltados para a racionalização, como o rebuscamento da forma poética.

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Alberto Caeiro

Page 27: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Poeta filósofo: extrai seu pensamento não

de livros nem da civilização, mas de seu contato direto

com as coisas e com a natureza.

Alberto Caeiro

Page 28: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

O essencial é saber ver,Saber ver sem estar a pensar,Saber ver quando se vê,E nem pensar quando se vê,Nem ver quando se pensa.

Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!)Isso exige um estudo profundo,Uma aprendizagem de desaprender.

(Alberto Caeiro)

Page 29: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão
Page 30: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

2. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto a seguir, na ordem em que aparecem:

Ao concretizar o projeto de um poeta múltiplo, Fernando Pessoa cria ............... com diferentes .........., entre os quais Ricardo Reis e Álvaro de Campos, com obras de tendência, respectivamente, ............. e .............. .

a)pseudônimos – imagens – clássica – simbolistab)heterônimos – linguagens – neoclássica – modernistac)pseudônimos – estilos – simbolista – modernistad) heterônimos – temáticas – romântica – futurista

Page 31: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

*Criação de autores;

*Cada autor tem biografia própria;

*estilos literários diferentes;

*produzem uma obra paralela à do seu criador.

Heteronímia:

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3. Nos poemas de Alberto Caeiro:

a) a visão de mundo não se confunde com a sensação de mundo.b) a atividade mental é muito lúcida e extremamente racional.c)o conhecimento da natureza e do mundo é obtido por meio dos sentidos.d) o entendimento da realidade resulta do exagerado racionalismo do eu lírico.

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4. Assinale a alternativa correta a respeito das três afirmações abaixo. I – Os heterônimos de Fernando Pessoa nascem de um múltiplo desdobramento de sua personalidade. II – Alberto Caeiro é o poeta que se volta para o campo, procurando viver em simplicidade. III – Ricardo Reis é um poeta moderno, que do desespero extrai a própria razão de ser.   a) Apenas a I e a II estão corretas.b) Todas estão corretas.c) Apenas a I e a III estão corretas.d) Nenhuma está correta.e) Apenas a II e a III estão corretas.

Page 34: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,Na dor lida sentem bem,Não as duas que ele teve,Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de rodaGira, a entreter a razão,Esse comboio de cordaQue se chama coração.

Page 35: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.E os que leem o que escreve,Na dor lida sentem bem,Não as duas que ele teve,Mas só a que eles não têm.E assim nas calhas de rodaGira, a entreter a razão,Esse comboio de cordaQue se chama coração.

1.Para você, o que significa o

verso “O poeta é um fingidor”?

Page 36: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

A poesia não está na dor experimentada, ou sentida realmente, mas no fingimento dela. Isto é, a dor sentida, a dor real, para se elevar ao plano da arte, tem de ser fingida, imaginada, tem de ser expressa em linguagem poética, o poeta tem que partir da dor real, “a dor que deveras sente”.

Não basta, para haver poesia, a expressão espontânea dessa dor real. Não há poesia, não há arte, sem imaginação, sem que o real seja imaginado de forma a exprimir-se artisticamente, de forma a surgir como um objetivo poético (artístico), de forma a concretizar-se em arte.

Page 37: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.

Em sua opinião, o que o poeta “finge”, quando compõe uma poesia?

Page 38: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.

3. É possível alguém fingir que sente uma dor? Como?

Page 39: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.

4. Em algum momento, você já fingir sentir uma dor? Quando e por quê?

Page 40: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.

Se você fosse poeta, o que gostaria de “fingir”? Dê um exemplo.

Page 41: Fernando Pessoa O poeta de múltiplas faces Correção e Revisão

Autopsicografia

Tema: a criação artística;1ª estrofe: Trata do poeta ( é um fingidor) e

da criação literária;2ª estrofe: Trata do leitor e sua relação com

o texto literário;3ª estrofe: O jogo entre a razão e a emoção

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