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FELIPE MARIZ COUTINHO TAXA DE GERAÇÃO DE VIAGENS EM CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS VERTICAISREALIZAÇÃO DE UM ESTUDO EMPÍRICO EM NATAL, RN NATAL-RN 2016 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

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FELIPE MARIZ COUTINHO

TAXA DE GERAÇÃO DE VIAGENS EM CONDOMÍNIOS

RESIDENCIAIS VERTICAIS– REALIZAÇÃO DE UM

ESTUDO EMPÍRICO EM NATAL, RN

NATAL-RN

2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

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Felipe Mariz Coutinho

Taxa de geração de viagens em condomínios residenciais verticais – Realização de um estudo

empírico em Natal, RN

Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade

Artigo Científico, submetido ao Departamento de

Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte como parte dos requisitos

necessários para obtenção do Título de Bacharel em

Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. Enilson Medeiros dos Santos

Natal-RN

2016

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Catalogação da Publicação na Fonte

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Sistema de Bibliotecas Biblioteca

Central Zila Mamede / Setor de Informação e Referência

Coutinho, Felipe Mariz.

Taxa de geração de viagens em condomínios residenciais verticais: realização de um

estudo empírico em Natal, RN / Felipe Mariz Coutinho. - 2016.

15 f. : il.

Artigo científico (Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro

de Tecnologia, Departamento de Engenharia Civil. Natal, RN, 2016.

Orientador: Prof. Dr. Enilson Medeiros dos Santos.

1. Engenharia civil - TCC. 2. Centros urbanos - TCC. 3. Pólos geradores de viagens -

TCC. 4 - Taxa de geração de viagens - TCC. 5. Edifícios residenciais verticais - TCC. I.

Santos, Enilson Medeiros dos. II. Título.

RN/UF/BCZM CDU 624

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Felipe Mariz Coutinho

Taxa de geração de viagens em condomínios residenciais verticais – Realização de um estudo

empírico em Natal, RN

Trabalho de conclusão de curso na modalidade

Artigo Científico, submetido ao Departamento de

Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte como parte dos requisitos

necessários para obtenção do título de Bacharel em

Engenharia Civil.

Aprovado em 28 de Novembro de 2016:

___________________________________________________

Prof. Dr. Enilson Medeiros dos Santos – Orientador

___________________________________________________

Profa. Lúcia Rejane de Almeida Xavier – Examinador interno

___________________________________________________

Profa. Sarah Araújo Costa – Examinador externo

Natal-RN

2016

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DEDICATÓRIA

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção

ou a sua construção”. (Paulo Freire).

Aos meus familiares.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à minha família, especialmente aos meus pais, Marcelo e

Eliana, e aos meus irmãos, Rodrigo e Guilherme, pelo apoio e compreensão ao longo da

graduação.

Meu agradecimento especial ao meu orientador Dr. Enilson Medeiros por toda a

colaboração na realização deste trabalho.

Felipe Mariz Coutinho

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RESUMO

TAXA DE GERAÇÃO DE VIAGENS EM CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS

VERTICAIS – REALIZAÇÃO DE UM ESTUDO EMPÍRICO EM NATAL, RN

Autor: Felipe Mariz Coutinho1

Orientação: Enilson Medeiros dos Santos2

Departamento de Engenharia Civil – UFRN

Natal, Novembro de 2016.

O crescimento acelerado dos centros urbanos brasileiros é desprovido das ferramentas técnicas

e gerenciais adequadas para torná-lo sustentável. No âmbito do uso do solo, merece especial

atenção o estudos referentes aos Pólos Geradores de Viagens, PGV, fazendo com que sua

implementação traga a maior quantidade de benefícios possíveis ao entorno. O presente

trabalho objetiva estabelecer os modelos matemáticos de geração de viagens para edifícios

residenciais verticais multifamiliares com mais de 50 unidades habitacionais. Para isto, foram

coletados e analisados dados de 10 empreendimentos de dois bairros de Natal, RN. Em relação

às regressões, os melhores resultados ocorreram utilizando-se como variável explicativa as

unidades habitacionais ocupadas, sob a forma de regressões lineares e logarítmicas. Além disso,

a análise mais minuciosa de cada bairro, apesar das condições demográficas e amostrais

similares, aponta a necessidade de se considerar outros fatores na geração de viagens que

representem a caracterização do entorno urbano no qual se insere a amostra.

Palavras-chave: Centros urbanos; Pólos Geradores de Viagens; Taxa de geração de viagens;

Edifícios residenciais verticais; Unidades habitacionais ocupadas; Regressões lineares.

1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Discente. 2 Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Docente, Dr.

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ABSTRACT

TRIP GENERATION RATES IN VERTICAL MULTIFAMILY APPARTMENTS –

PERFORMANCE OF AN EMPIRICAL STUDY IN NATAL, RN

Author: Felipe Mariz Coutinho3

Advisor: Enilson Medeiros dos Santos4

Department of Civil Engineering – UFRN

Natal, November of 2016.

The accelerated growth of Brazilian urban centers lacks the appropriate technical and

managerial tools to make it sustainable. In regards to the land use, studies concerning the Trip

Generating Poles deserve special attention, in order to take the greatest amount of

environmental benefits possible from their construction. The present work aims to establish the

trip generation mathematical model of vertical residential multifamily buildings with more than

50 housing units. In order to achieve this, data from 10 buildings from two neighborhoods of

Natal, RN were collected and analyzed. Concerning the regressions, the best results were

obtained using the occupied housing units as explanatory variable, in the form of linear and

logarithmic regressions. Furthermore, despite similar demographic and sampling conditions, a

more detailed analysis of each neighborhood points the need of considering other factors that

characterize the urban environment in which the sample is inserted to generate better models.

Key words: Urban centers; Trip Generation Poles; Trip generation rates; Vertical residential

buildings; Occupied housing units; Linear regressions.

3 Federal University of Rio Grande do Norte; Student. 4 Federal University of Rio Grande do Norte; Professor, Dr.

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1 Introdução

O crescimento das cidades brasileiras é um processo inegável. Segundo o Censo

Populacional de 2010 do IBGE, em 1960, os moradores dos centros urbanos nacionais

contavam 32 milhões, cerca de 45% do total da população. Cinquenta anos depois, esse número

quintuplicou, atingindo aproximadamente 161 milhões de habitantes, o que representa

aproximadamente 85% do total (IBGE, 2010).

Como esperado, essa evolução acelerada propõe desafios sem precedentes no estudo das

cidades, sobretudo na alimentação, na moradia, na educação e no transporte nos países

subdesenvolvidos. No que tange a mobilidade, é fundamental assegurar a sua coordenação com

uso do solo, afim de amplificar os seus benefícios para o ambiente urbano e a economia local

(CERVERO, 2013, tradução nossa).

Um importante conceito no estudo dos centros urbanos é o de Pólo Geradores de

Viagens, PGV, que são locais ou instalações que desenvolvem atividades capazes de exercer

grande influência sobre a população, gerando quantidade considerável de viagens. Disso, surge

uma natureza ambígua: se por um lado eles estimulam o aumento da densidade de atividades,

fator que promove ganhos competitivos oriundos da economia de escala, o excesso dessa

concentração poderá causar a saturação das infraestruturas coletivas e disfunções sociais

(REDE PGV, 2016a).

Assim, em virtude da importância de se mensurar as consequências de um

empreendimento deste tipo, permitindo o correto dimensionamento sistema viário e a oferta de

transporte público, é necessário estudar as demandas geradas pela sua instalação e é nesse

contexto que se insere o levantamento da geração de viagens, cuja principal fonte é o trabalho

norte-americano realizado pelo Institute of Transportation Engineers, ITE. Entretanto, nem

sempre as características das cidades estado-unidenses se adequam à realidade brasileira,

fazendo com que esses dados não atendam as necessidades locais (GRIECO, 2010).

No Brasil, os estudos desse tipo são poucos e, de forma geral, acadêmicos. São Paulo

foi a primeira cidade a realizar esforços para melhorar a análise e licenciamento de PGV, em

1983, no Boletim Técnico nº 32. Entretanto, abordou a temática através da importação das taxas

de previsão de outros países (GRIECO, 2010).

Esse contexto extremamente propício foi a principal motivação para a elaboração do

presente estudo, que visa estudar a geração de viagens em edifícios residenciais verticais em

Natal, RN.

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2 Materiais

Como exposto anteriormente, o trabalho em questão tem como finalidade o estudo de

viagens geradas, TGV, de condomínios residenciais verticais em Natal, RN, que consiste num

modelo matemático que estabelece uma relação entre variáveis independentes representativas

dos condomínios e as suas movimentações. São intituladas “geradas” uma vez que englobam

tantos as produzidas, cuja origem é o empreendimento em análise, e as atraídas, que são as que

têm por destino o local estudado. Para isto, será necessário o conhecimento do embasamento

legislacional referente ao tema, suas aplicações, metodologia que embasou o projeto e alguns

conceitos estatísticos.

2.1 Taxa de geração de viagens e a legislação brasileira

No âmbito legislacional brasileiro, é na Constituição Federal, CF, que se encontram

implantados os princípios mais importantes da política urbana e de meio ambiente, ressaltando

o respeito que os Planos Diretores devem ter ante às normas federais e estaduais (CARVALHO;

LEUZINGER, 2009).

Ainda segundo Carvalho e Leuzinger (2009), a Constituição Federal de 1988 foi a

primeira dentre as constiuições a tratar abertamente a questão ambiental, dando grande ênfase

aos estudos urbanísticos. A Lei 10.257/2001, Estatuto da Cidade, regulamentou os artigos 182

e 183 da CF, assegurando, através dos Planos Diretores - instrumentos básicos da política de

desenvolvimento e expansão urbana - o pleno desenvolvimento social e a garantia do bem-estar

dos habitantes.

Conforme Brasil (2016), o Estatuto regulamentou vários dispositivos tributários,

urbanísticos e jurídicos afim de garantir o desenvolvimento mais justo das cidades. O Plano

Diretor diz como ele será aplicado em cada município, exercendo e adequando os instrumentos

previstos, tornando-o a peça básica para nortear a política de expansão e desenvolvimento da

mancha urbana, o planejamento e a gestão municipal.

O Plano Diretor de Natal dedica uma seção de 10 artigos à legislação dos

Empreendimentos e Atividades de Impacto. Dentre estes, destaca-se o Art. 37, que estabelece

a necessidade de elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para o processo de

licenciamento de atividades de forte e moderado impacto, além de estabelecer o escopo de tais

levantamentos, que inclui a análise do tráfego e a demanda por transporte público gerados

(NATAL, 2007).

Complementando esse arcabouço teórico, destacam-se duas Leis, a Nº 4.619/ 1995 e a

4.885/ 1997. A primeira dessas versa sobre o procedimento para a análise do Relatório de

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Impacto de Vizinhança, RIV, produto do EIV (NATAL, 1995). Já a segunda dispõe sobre a

exigência do Relatório de Impacto sobre o Tráfego Urbano, RITUR, para os empreendimentos

considerados impactantes e no âmbito residencial ela classifica como tal todo aquele edifício

com mais de 50 unidades habitacionais (NATAL, 1997).

Esta entidade discute ainda o escopo obrigatório do RITUR, reiterando a necessidade

de se realizar a estimativa do impacto através da mensuração do fluxo de veículos privados

adicionados ao sistema viário da vizinhança pelo empreendimento (NATAL, 1997).

De forma similar às cidades norte-americanas, Rio de Janeiro e São Paulo já amparam

os procedimentos de análise de impacto na geração de viagens em modelos matemáticos

(CUNHA, 2009). Entretanto, para a realização de EIV dentro da realidade de cada cidade, é

necessário criar uma metodologia de TGV adequada de mensuração aos diferentes contextos e

que gerem dados confiáveis. que sirvam de referência (GRIECO, 2010).

2.2 Aplicação da taxa de geração de viagens

O principal objetivo de um estudo de geração de viagens é coletar e analisar dados que

caracterizem a relação entre as viagens geradas e atraídas e as características de um local para

um determinado uso de solo (ITE, 2004, tradução nossa).

Entretanto, a sua aplicação vai além da análise de impacto sobre o tráfego local: ela têm

significantes consequências econômicas e ambientais. É utilizada para estimar taxas de

alterações sobre o tráfego local e são um dos principais fatores considerados para decidir a

aprovação de empreendimentos em meio urbano e implementação de estacionamentos (ABAG,

2008, tradução nossa).

No que tange ao tráfego, de acordo com ITE (2004, tradução nossa), dados desse tipo

são usados para determinar pré-requisitos de acessibilidade de empreendimentos, estimativa de

tráfego futuro e até mesmo para avaliar as implicações de alterações no uso de solo.

Segundo Rede PGV (2016b), quanto mais exatos forem os modelos obtidos para um

determinado uso de solo, mais realista será a estimativa dos impactos, facilitando o tratamento

do mesmo. Em virtude da já mencionada natureza dual, durante a implementação de um PGV,

um estudo mais aprofundado sobre a sua TGV se faz necessário afim de tirar o máximo proveito

da sua consolidação, maximizando os impactos positivos e reduzindo os negativo (REDE PGV,

2016a).

2.3 Metodologia base

A fonte primária de dados e métodos para estimar a geração de viagens automobilísticas

afim de preparar análises de impacto sobre o tráfego é o Trip Generation Manual do ITE

(NCHRP, 2013, tradução nossa).

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Segundo a Rede PGV (2016b), o ITE propõe 3 métodos de estimativa de viagens: a

plotagem de términos de viagens versus o tamanho da variável independente, a média

ponderada da taxa de geração de viagens e a equação de regressão, sendo o último desses o

estudo que apresenta melhor ajuste aos pontos obtidos.

A curva de regressão gerada deverá atender três características: R² superior ou igual à

0,5, o número de empreendimentos ensaiados é maior ou igual a quatro e o número de viagens

deve aumentar com o crescimento da variável independente (GRIECO, 2010).

Em virtude do uso extremamente difundido do Trip Generation, é fundamental para o

ITE difundir as principais diretrizes afim de assegurar a correta aplicação do método (ITE,

2004, tradução nossa). Assim, são feitas considerações diversas a seu respeito, dentre as quais

as referentes escolha da variável independente e do período de análise, seleção das amostras e

metodologia aplicada.

A variável independente é defininda como uma unidade mensurável e previsível

característica do local de estudo, obtida através de mensuração direta. É necessário também ser

uma causa aparente para a variação de taxa de viagens para determinado uso do solo, produzir

a relação viagens/ variável que melhor se encaixa na curva, ser confiável e previsível e

relacionada ao uso de solo, não ao empreendimento (ITE, 2004, tradução nossa).

Quanto ao horário em que deverá ser feito o levantamento, segundo ITE (2004, tradução

nossa), à exceção de alguns tipos de uso de solo, os fluxos nos horários de picos são utilizados

para testar o impacto do novo empreendimento, devendo-se sempre assegurar que a contagem

seja feita em dias normais, longe de feriados, condições atmosféricas regulares e em período

escolar.

Os locais escolhidos tiveram que se enquadrar em uma série de critérios para assegurar

que fossem representativos dos bairros ensaiados. Segundo ITE (2004, tradução nossa) é

fundamental assegurar que os empreendimentos tenham ocupação superior à 85%, sem obras

de construção nas vias adjacentes, uso de solo estritamente residencial, ser um empreendimento

com mais de 2anos de construído e que permita uma contagem fácil e segura.

Além disso, foram procurados edifícios residenciais com mais de 10 andares,

enquadrando-se no uso de solo residencial 222 do ITE (High-Rise Apartment), e que tivessem

mais de 50 unidades habitacionais, caracterizando um empreendimento de impacto sobre o

tráfego urbano (NATAL, 1997).

Em relação aos procedimentos recomendados para estimar a taxa de geração de viagens,

o ITE considera uma série de fatores da análise, como o tamanho da amostra, o coeficiente de

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determinação e o desvio-padrão. A figura a seguir demonstra resumidamente como deve ser

feita a escolha da metodologia mais adequada.

No contexto nacional, para o uso residencial, destacam-se as pesquisas

desenvolvidas por Grieco (2010) e Torquato (2013).

Na primeira, foram estudadas as taxa de geração de viagens de duas regiões distintas do

Rio de Janeiro. Uma dessas regiões, Icaraí, foi alvo de um estudo para uso de solo similar ao

dessa pesquisa, ou seja, edifícios residenciais multifamiliares com mais de 10 andares

(GRIECO, 2010). Já a segunda se preocupou com o comportamento em condomínios

residenciais horizontais em Bauru, SP (TORQUATO, 2013). Apesar de a tipologia diferir,

importantes conclusões quanto à ocupação residencial foram feitas.

2.4 Análise estatística

Os modelos de regressão procuram identificar o relacionamento entre uma variável

dependente e uma independente, explicando parcela significativa dessa variação, uma vez que

parte dela é atribuída ao acaso. Ou seja, assume-se que a função explica parcialmente a variação

dos termos envolvidos (NAGHETTINI; PINTO, 2007).

O principal objetivo na análise de regressão é estimar a função de regressão da

população, FRP, a partir da função de regressão amostral, FRA, da forma mais acurada possível.

O método mais utilizado para a construção da FRA propriamente dita é o método dos mínimos

quadrados, MQO, que calcula os estimadores β1’e β2’ de forma a tornar mínima a soma dos

resíduos (GUJARATI, 2000). Segundo este modelo, os valores de β1’ e β2’ são dados por:

β2′ =

∑ 𝑋𝑖𝑌𝑖 − 𝑛𝑋𝑚é𝑑𝑌𝑚é𝑑𝑛𝑖=0

∑ 𝑋𝑖2 − 𝑛𝑋𝑚é𝑑²𝑛𝑖=0

(1)

β1′ = 𝑌𝑚é𝑑 − β2𝑋𝑚é𝑑

(2)

Onde:

Xi, Yi = Valores dos pontos observados;

Xméd, Yméd = Médias dos valores observados;

n = Número de amostras coletadas.

Além disso, ao serem calculados por tal metodologia, os β1’e β2’ terão propriedades

estatísticas altamente desejáveis, como o fato de a reta de regressão assim obtida passar pelas

médias amostrais de Y’méd e Xméd, o valor médio dos resíduos ser zero e estes resíduos não

terem correlação nem com o Y’, nem com o X (GUJARATI, 2000).

Dentro da análise de regressão, existe a possibilidade de ela ser linear, quando a variável

dependente é função linear dos parâmetros, ou não-linear, quando isto não acontece. É

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importante mencionar que um modelo não linear pode ser linearizável se, por meio de uma

transformação matemática, conseguir se tornar linear (ZEVIANI; RIBEIRO JÚNIOR;

BONAT, 2013). Assim, dentre os três modelos avaliados nesse estudo, um deles é linear (3) e

os outros dois são originados de relações linearizáveis (4 e 5). Eles estão apresentados a seguir

nas suas formas linearizadas.

𝑌𝑖 = 𝛽1 + 𝛽2𝑋𝑖 (3)

𝐿𝑛 (𝑌𝑖) = 𝛽1 + 𝛽2𝐿𝑛(𝑋𝑖) (4)

𝐿𝑛 (𝑌𝑖) = 𝐿𝑛(𝛽1) + 𝛽2𝑋𝑖 (5)

Onde:

Xi, Yi = Valores dos pontos observados;

β1 = Intercepto;

β2 = Coeficiente angular.

Entretanto, não é suficiente apenas definir os estimadores, mas também fazer inferências

sobre os verdadeiros β1 e β2, ou seja, saber o quão próximo os parâmetros amostrais estão dos

populacionais. Para isto, deverão ser formuladas certas hipóteses sobre o modo como os Y’

foram gerados (GUJARATI, 2000).

Disso, surgem importantes testes, como por exemplo, a homocedasticidade, que garante

igual variância para todos os X, fazendo com que quaisquer inferências sobre valores Y

populacionais oriundos de quaisquer X amostrais terão mesma probabilidade de estar corretos,

e a independência dos resíduos, assegurando que eles não exercem influência uns sobre os

outros e que são independentes de X (GUJARATI, 2000).

Como a teoria do MQO não faz qualquer hipótese sobre a natureza dos resíduos, torna-

se de pouca utilidade para fazer inferências da FRP a partir da FRA. Afim de preencher essa

lacuna, é fundamental assumir que eles seguem alguma distribuição de probabilidade, sendo

comum adotar a normal para o caso das regressões. Dentre as motivações para a sua escolha,

destacam-se o fato de os resíduos representarem a influência de um grande número de variáveis

independentes que, quando em grande quantidade e identicamente distribuídas, a sua soma

tenderá para uma distribuição normal. Em virtude de os estimadores serem função dos resíduos,

eles também se distribuem normalmente (GUJARATI, 2000).

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Como visto anteriormente, afim de validar os modelos propostos, estes deverão se

submeter a uma série de avaliações estatísticas e testes de hipóteses básicas de análises de

regressões simples. Além das já mencionadas – homocedasticidade, independência dos resíduos

e normalidade - serão feitas análises de variância (ANOVA), linearidade e pontos influentes.

2.4.1 Análise de variância, ANOVA

Esta é uma das técnicas mais usadas para atestar a existência de uma relação linear entre

as variáveis envolvidas. A ANOVA permite fazer duas importantes e análogas avaliações de

significância, o “Teste F” e a análise do “valor-p”.

Conforme Gujarati (2000), o teste de significância é um procedimento que utiliza os

resultados da amostra para verificar a validade ou falsidade da hipótese nula, que no presente

estudo é β2 = 0, ou seja, a não-existência de relação linear na população entre a variável

independente e a dependente.

No “Teste F”, compara-se o valor encontrado de “F” com o valor tabelado de F na tabela

de Student. Para α = 5% , que é um valor bastante aplicado por econometristas aplicados

(GUJARATI, 2000), e com “n-2” graus de liberdade encontra-se o valor crítico, que permitirá

validar ou rejeitar, com 95% de confiança, a hipótese nula.

Em relação a segunda análise, é importante entender o conceito de “p-valor”. Segundo

Gujarati (2000), ele representa o limite máximo de confiança com o qual se pode rejeitar a

hipótese nula. Assim, para o presente estudo de regressão simples, obter um “valor-p” pequeno

significa aumentar a confiança com a qual se pode admitir a linearidade na população entre as

variáveis envolvidas na regressão. Uma importante observação a ser feita é que o “valor-p” é

obtido através de tabelas eletrônicas.

Quanto à linearidade, ela pode ser medida pelo coeficiente de correlação, R, e pelo

coeficiente de determinação, R². O primeiro desses é uma medida do grau de associação linear

entre as variáveis (GUJARATI, 2000), ao passo que o segundo indica a porcentagem da

variação no número das viagens associado com a variância no tamanho da variável

independente (REDE PGV, 2016) e mede o quão bem a reta de regressão se ajusta aos dados

(GUJARATI, 2000). Segundo Naghettini e Pinto (2007), esses coeficientes não

necessariamente explicitam uma relação de causa e efeito entre as variáveis mas a tendência de

ambos variarem em conjunto.

2.4.2 Análise de resíduos

Algumas das análises estatísticas são feitas baseadas na análise dos resíduos, que nada

mais são do que a diferença entre os valores amostrais da variável dependente e os estimados

pela regressão. A partir deles, são analisadas algumas premissas básicas que asseguram o

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funcionamento do modelo, como a homocedasticidade, a normalidade, independência dos

resíduos e a análise de pontos influentes.

Homocedasticidade – Teste de Goldfeld-Quandt: Ordenam-se as observações

crescentemente em relação à variável explicativa. Dividem-se as observações em três grupos

(g1, g2 e g3), sendo o intermediário composto pelas duas observações do meio e os outros dois

pelas quatro remanescentes. Calcula-se a estatística de teste “λ” (6) e caso ela seja inferior ao

valor “Fcrítico” encontrado na para “n-2” graus de liberdade e uma significância “α”, que para

o presente estudo foi fixada em 5%, aceita-se a hipótese nula e a amostragem tem

homocedasticidade. Caso não, diz-se que tem heterocedasticidade;

λ =

𝑆. 𝑄. 𝑅. 𝑔3

𝑆. 𝑄. 𝑅. 𝑔1

(6)

Onde:

λ = Estatística de teste a ser comparada com “Fcrítico”;

S.Q.R. = Soma dos quadrados dos resíduos de cada grupo, sendo g1 a soma

oriunda das 4 primeiras observações e g3 o das últimas;

Normalidade – Teste de Shapiro-Wilk: Gera-se um fator “b” que permitirá o cálculo

da Estatística de Teste, E.T., e que, caso seja inferior ao valor tabelado de “W” da tabela de

Shapiro-Wilk para o a significância “α” e a quantidade “n” de amostras, irá rejeitar a hipótese

de normalidade dos resíduos

𝑏 = ∑ 𝑎𝑛−𝑖+1 ∗ (𝑌(𝑛−𝑖+1) ∗ 𝑌𝑖)

𝑛/2

𝑖=1

(7)

𝐸. 𝑇. =

𝑏²

∑ (𝑌(𝑖) − 𝑌𝑚é𝑑)²𝑛𝑖=1

(8)

Onde:

Yi = Valores dos pontos observados;

an-i+1 = São constantes geradas pelas médias, variâncias e covariâncias das

estatísticas de ordem de uma amostra de tamanho n de uma distribuição Normal;

n = Número de amostras coletadas.

Independência dos resíduos – Teste de Durbin-Watson: Subtrai-se os resíduos

oriundos de cada observação ordenada do da observação subsequente. Divide-se a potência

quadrada deste valor pela potência quadrada da soma dos resíduos, gerando “d”. A partir desse

valor e dos valores de “dL” e “dU” oriundos da tabela de Durbin-Watson e que se baseiam na

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significância “α” e na quantidade de variáveis explicativas - que neste presente trabalho é 2, β1’

e β2’ - é possível chegar à conclusões sobre à independência dos resíduos.

𝑑 =

∑ (𝑒𝑖 − 𝑒𝑖−1)²𝑛𝑖=2

∑ 𝑒𝑖𝑛𝑖=1

(9)

Onde:

ei = Resíduo associado à i-ésima observação;

d = Estatística de Durbin-Watson, 0< d < 4.

Pontos Influentes – Distância de Cook: Metodologia para identificar as observações

cuja exclusão do ajuste da regressão causa uma mudança substancial nos valores encontrados.

A amostra não pode apresentar pontos influentes. Para esta etapa, foi utilizado o software IBM

SPSS Statistics for Windows, Version 24.0.

3 Método

Para a escolha dos bairros, procuraram-se, dentre os bairros residenciais, aqueles mais

verticalizados, onde houvesse forte presença de empreendimentos com mais de 50 unidades

habitacionais. Assim, os mais adequados foram Capim Macio e Lagoa Nova, ambos localizados

na Zona Sul de Natal. Além disso, pesquisaram-se dados de renda e idade das duas regiões Isso

foi feito através da curva etária da população e do rendimento domiciliar per capita de ambas

as localidades, permitindo uma caracterização do entorno das amostras estudadas. Os dados

estão disponibilizados nos gráficos a seguir.

Gráfico 1: Curva etária da população

Fonte : Adaptado do Censo Populacional do IBGE, 2010

00%

02%

04%

06%

08%

10%

12%

14%

Faixa etária, em anos

Natal Capim Macio Lagoa Nova

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10

Gráfico 2: Rendimento domiciliar da população

Fonte : Adaptado do Censo Populacional do IBGE, 2010

As curvas deixam claro que se tratam de regiões com padrões de renda e idade similares.

Destaca-se também a forte presença de habitantes com rendimento per capita entre 3 e 5

salários mínimos, que representam cerca de um terço do total de cada bairro. A tabela a seguir

apresenta resumo com as características de ambas regiões e de Natal.

Tabela 1: Caracterização dos bairros escolhidos

Bairro Pop.

(hab.)

Superfície

(km²)

Dens. Pop.

(hab/km²)

Domicílios

totais

(und)

Ocup. Média

(hab/ dom.)

Idade

média

(anos)

Natal 806.739 167,89 4805,24 270.885 2,98 31,98

Capim Macio 22.760 4,29 5310,24 8.978 2,54 37,12

Lagoa Nova 37.518 22,29 1683,3 13.048 2,88 36,84

Fonte : Adaptado do Censo Populacional do IBGE, 2010

Em cada uma das regiões foram escolhidos 5 edifícios que se enquadrassem nas

características citadas em 2.3 e para cada um contou-se a quantidade de pessoas saindo e

chegando e seus respectivos meios de transporte. Os dados referentes aos edifícios encontram-

se na Tabela A.1, do Apêndice A, bem como um agrupamento por bairro e o total. Deve ser

mencionado que a caracterização foi feita na mesma época em que foi feita a contagem. Os

levantamentos propriamente ditos aconteceram nos horários de pico da manhã, das 06:30 às

08:30, e da tarde, das 17:30 às 19:30, em terças, quartas e quintas-feiras de condições

atmosféricas normais, não próximas à feriados, em Setembro/2016 e Outubro/2016. Cada

empreendimento foi levantado num mesmo dia. É importante estabelecer algumas definições

em relação às viagens. Quanto às “de pessoas”, foram separadas em “à pé”, “em carro” e

“outros”. Por “em carro” entendeu-se todos os indivíduos transportados em carros, táxis e vans

escolares, já em “outros”, foram englobados os demais transportes motorizados e não-

00%

05%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

Semrendimento

Até 1/4 De 1/4 à1/2

De 1/2 à 1 De 1 à 2 De 2 à 3 De 3 à 5 Mais de 5

Rendimento nominal mensal domiciliar per capita, em salário mínimo

Natal Capim Macio Lagoa Nova

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11

motorizados. Quanto às veiculares, contemplaram apenas aquelas feitas em carros, táxis e vans

escolares.

Os números foram separados nos dois turnos em que foram feitos, manhã e tarde. Para

cada uma dessas quantidades, analisaram-se as taxas de geração de viagens, regressões lineares

simples e regressões linearizáveis simples, como a exponencial e a logarítmica. Dentre as

regressões, as formas mais usadas pelo ITE são a linear simples e a logarítmica (REDE PGV,

2016). Estudaram-se três variáveis explicativas, unidades habitacionais, unidades habitacionais

ocupadas, e vagas. Por fim, esses levantamentos foram feitos tanto para o total de viagens de

pessoas, quanto para o de viagens veiculares, gerando 36 modelos.

As informações quanto às viagens geradas encontram-se na Tabela A.2, do Apêndice

A. É importante mencionar que Taxa de Ocupação Veicular (T.O.V.) é obtida pelo quociente

entre a quantidade de pessoas transportadas em carros e os veículos contados. Em relação à

TGV, foi obtida pela divisão entre o total de viagens de pessoas sobre a quantidade de unidades

habitacionais ocupadas, “UO”, e para cada bairro e o total foi utilizada a média ponderada, não

a aritimética, afim de diminuir ai influência de dados com alta variação na base existente (ITE,

2012, tradução nossa).

4 Resultados e discussão

4.1 Taxa média ponderada de geração de viagens

Na tabela A.3 do Apêndice A estão as TGV obtidas para cada estudo. Estabeleceu-se a

taxa média ponderada de geração de viagens horária, TGVH, tendo em vista que as extensão

do horário de pico de Grieco (2010) é diferentes da do ITE (2001, apud Grieco, 2010) e da do

presente estudo. Além disso, as tabelas A.4 e A.5, ambas do Apêndice A, estimam

respectivamente o total de viagens horárias nos picos da manhã e da tarde, caso fossem

aplicadas aos edifícios as TGVH desses estudos. Percebe-se que o modelo de Grieco (2010)

apresenta baixa geração de viagens automobilísticas, seguido do proposto pelo ITE (2001, apud

Grieco, 2010) e pelos de Natal, tanto pela manhã quanto pela tarde. Essa alta geração de viagens

automobilísticas expressa a dependência desse modal nas áreas pesquisadas. Destaca-se

também a diferença de resultados encontrada entre Capim Macio e Lagoa Nova.

4.2 Regressões simples

Na Tabela A.6 do Apêndice A estão as equações ordenadas decrescentemente de acordo

com o coeficiente de determinação, R². É importante notar também que para essas relações

enquanto o R² aumenta, os “valores-p” diminuem, reafirmando a qualidade do ajuste

proporcional ao valor do coeficiente de determinação encontrado. Já os padrões de

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12

nomenclatura seguem uma regra: a primeira letra refere ao turno no qual foi feito (“M” para

manhã e “T” para tarde), a seguinte informa qual é a variável independente (“P” para viagens

de pessoas e “C” para carros), da terceira à quinta letra é representada a forma de regressão

adotada (“LIN” para linear simples, “LOG” para logarítmica simples e “EXP” para exponencial

simples) e as duas últimas, as variáveis independentes (“UH” para unidades habitacionais,

“UO” para unidades habitacionais ocupadas e “VA” para vagas). Para ambos os turnos, as

melhores regressões para a contagem de pessoas são dadas pela regressão linear em associação

à variável independente unidades ocupadas - TPLINUO e MPLINUO. Já para a contagem de

carros, destaca-se o ajuste logarítimico com o mesmo dado de entrada da anterior - MCLOGUO

e TCLOGUO. Outro fato a ser notado é que para nenhuma das contagens de pessoas feitas pela

manhã passaram no teste de normalidade, de Shapiro-Wilk. O pequeno tamanho da amostra é

um fator que poderá ter influenciado nisso, tendo em vista a sua baixa aderência aos testes de

normalidade paramétricos (TORMAN; COSTER; RIBOLDI, 2012) e esta é a razão pela qual

se optou por ainda realizar as comparações utilizando estes modelos.

A avaliação geral dos modelos e variáveis mais representativos foi feita através de uma

matriz de pontuação. Após ordenar as relações decrescentemente pelo R², foi atribuído um valor

de acordo com a qualidade do ajuste. Dessa forma, para a equação da primeira linha da tabela

A.6 do Apêndice A, foi atribuído 17 pontos, para a da segunda 16 pontos e assim por diante,

até a da última, que recebeu -17 pontos (para as duas centrais, foi atribuído 0 pontos). Ao

encaixar a pontuação referente a cada equação na respectiva classificação da matriz, tem-se o

resultado apresentado na Tabela A.7 do Apêndice A.

Percebe-se claramente que a variável independente mais representativa é a quantidade

de unidades habitacionais ocupadas, UO, e que a regressão mais adequada para a situação

estudada é a linear, LIN. Chama a atenção a inadaptação das relações exponenciais, EXP, e, a

variável vagas, VA, que apresentam resultados pouco expressivos. Outro aspecto importante é

que, ao analisar as equações com melhor ajuste linear, para cada turno e para cada tipo de

contagens (pessoas e carros), confirma-se a tendência apontada pela matriz: a melhor variável

explicativa é a UO e o modelo de regressão divide-se entre LIN e LOG. É válido fazer uma

análise comparativa com as regressões do ITE (2001 apud Grieco, 2010) e com as de Grieco

(2010). Como dito anteriormente, o primeiro utiliza o número de unidades habitacionais

ocupadas como principal variável explicativa. Já o segundo estudo encontra ajustes

interessantes baseados no número de unidades habitacionais e vagas de garagem. Um resumo

dos resultados é demonstrado na tabela A.8 do Apêndice A.

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13

Aplicando-se aos prédios amostrados neste estudo cada uma das equações acima, chega-

se no total de viagens geradas por cada uma dessas regressões, representados nas tabelas A.9

(horário de pico da manhã) e A.10 (horário de pico da tarde) do Apêndice A. Para os modelos

matinais, além dos resultados semelhantes das viagens horárias obtidas pelo melhor modelo do

ITE (2001, apud Grieco, 2010), ITE – MCLOGUO, e o natalense, TT – MCLOGUO, a unidade

e a forma de regressão são similares. Deve ser mencionado que novamente o modelo de Grieco

(2010) apresentou as mais baixas gerações de viagens, seguido pelo de Natal e pelo do ITE

(2001, apud Grieco, 2010). Já relação aos vespertinos, a situação mudou. Enquanto a equação

do ITE (2001, apud Grieco, 2010) apresentou a menor quantidade de viagens, as de Grieco

(2010) tiveram um aumento considerável nesse número, ultrapassando até mesmo as de Natal,

que novamente ficou na posição intermediária. Quanto à análise entre bairros, Lagoa Nova

apresentou ajustes mais adequados do que Capim Macio. Apesar de uma amostra pequena –

mas suficiente, de acordo com o ITE (2004) - os resultados demonstram uma diferença de

comportamento entre regiões considerável, com Lagoa Nova apresentando de novo mais

movimentações que a outra área de estudo.

5 Conclusão

O presente estudo tinha como objetivo inicial estudar o comportamento da taxa de

geração de viagens em edifícios residenciais verticais de Natal, RN. Após uma série de análises

estatísticas e comparativas, descobriu-se que, tanto para o levantamento de pessoas como o de

veículos, a variável com melhor ajuste para regressões é a quantidade de unidades habitacionais

ocupadas, UO, resultado já encontrado nas pesquisas para uso residencial do ITE (2001 apud

Grieco, 2010) e de Torquato (2013). Além disso, a forma que apresentou melhores resultados

foi a mesma para os dois turnos de cada contagem: no caso de pessoas, a linear enquanto no

outro, a logarítmica.

É importante destacar também a análise mais acurada dos bairros, que trouxe conclusões

interessantes. O estudo apontou que, apesar de condições similares de amostragem (renda, faxa

etária e dimensão dos empreendimentos), existe uma diferença de comportamento considerável

entre eles, o que inviabiliza a aplicação dos modelos mais internos de forma indiscriminada

para toda a região de Natal. Isso corrobora o que foi dito por Portugal e Goldner (2003, apud

GRIECO, 2010), ou seja, que existem outros fatores, principalmente aqueles referentes ao meio

urbano, como acessibilidade ao sistema de transporte e estrutura do mercado local, que não

foram contemplados pelo estudo e que devem ser agregados aos modelos para melhorar seu

ajuste. Por fim, relembra-se o que foi proposto por Grieco (2010) e Torquato (2013), que

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14

destacaram a importância de se ter uma visão mais clara do fênomeno de geração de viagens

para auxiliar a interferência de forma mais saudável nas relações entre os PGV e o seu entorno,

o que certamente irá melhorar a sintonia entre políticas de uso de solo e mobilidade.

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APÊNDICE A

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APÊNDICE A: DADOS MATEMÁTICOS DOS LEVANTAMENTOS

Tabela A.1: Caracterização do edifícios estudados

Bairro Edifício Metragem (m²) Idade

(anos) UH UO

Taxa de

ocup. (%) VA

CM

1 96 8 75 70 93,3% 155

2 97 13 69 67 97,1% 139

3 114 18 160 154 96,3% 320

4 58 10 88 81 92,0% 113

5 57 6 120 111 92,5% 191

Total 422 55 512 483 471,2% 918

Média 84 11 102 97 94,3% 184

σ (n-1) 25,7 4,7 37,8 36,5 2,3% 81,3

Coef. De var. 30,5% 42,6% 36,9% 37,8% 2,4% 44,3%

Amplitude

Máx. 114 18 160 154 97,1% 320

Mín. 57 6 69 67 92,0% 113

Ampl./ Méd. 67,6% 109,1% 88,9% 90,1% 5,4% 112,7%

LN

6 97 12 84 78 92,9% 182

7 75 20 132 129 97,7% 206

8 97 11 57 54 94,7% 114

9 79 15 80 76 95,0% 160

10 72 20 132 121 91,7% 200

Total 420 78 485 458 472,0% 862

Média 84 16 97 92 94,4% 172

σ (n-1) 12,0 4,3 33,6 32,0 2,3% 37,2

Coef. De var. 14,3% 27,4% 34,6% 35,0% 2,4% 21,6%

Amplitude

Máx. 97 20 132 129 97,7% 206

Mín. 72 11 57 54 91,7% 114

Ampl./ Méd. 29,8% 57,7% 77,3% 81,9% 6,4% 53,4%

TT

Total 841 133 997 941 943,2% 1780

Média 84 13 100 94 94,3% 178

σ (n-1) 28,4 4,9 50,5 48,6 2,2% 89,4

Coef. De var. 33,7% 36,7% 50,7% 51,6% 2,3% 50,2%

Amplitude

Máx. 114 20 160 154 97,7% 320

Máx. 57 6 57 54 91,7% 113

Ampl./ Méd. 67,8% 105,3% 103,3% 106,3% 6,4% 116,3%

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Tabela A.2: Resumo da contagem e estimativa da taxa média ponderada de geração de viagens

Bairro EDF Período Pessoas Veiculares

T.O.V. Geração de viagens

Saídas (%) Total À pé Em carro Outros Carros Total / U.O. Carros/ U.O.

CM

1 M 137 40 97 0 60 1,62 1,83 0,80 57,66%

T 145 24 111 10 75 1,48 1,93 1,00 42,07%

2 M 107 27 73 7 54 1,35 1,55 0,78 62,62%

T 156 30 123 3 86 1,43 2,26 1,25 39,10%

3 M 279 85 179 15 130 1,38 1,74 0,81 58,42%

T 268 106 155 7 116 1,34 1,68 0,73 40,67%

4 M 106 25 78 3 57 1,37 1,20 0,65 64,15%

T 108 16 86 6 66 1,30 1,23 0,75 39,81%

5 M 119 33 85 1 66 1,29 0,99 0,55 68,07%

T 166 27 133 6 90 1,48 1,38 0,75 36,75%

Total M 748 210 512 26 367 7,00 7,32 3,59 310,92%

T 843 203 608 32 433 7,03 8,48 4,47 198,40%

Média M 149,6 42 102,4 5,2 73,4 1,40 1,46 0,72 62,18%

T 168,6 40,6 121,6 6,4 86,6 1,41 1,65 0,89 39,68%

σ (n-1) M 73,4 24,7 43,8 6,1 31,9 0,13 0,36 0,12 4,28%

T 59,7 36,9 25,6 2,5 18,9 0,08 0,42 0,23 1,98%

Coef. De var. M 49% 59% 43% 117% 44% 9% 24% 16% 6,88%

T 35% 91% 21% 39% 22% 6% 25% 25% 4,98%

Amplitude

M

Máx. 279 85 179 15 130 1,62 1,83 0,81 68,07%

Mín. 106 25 73 0 54 1,29 0,99 0,55 57,66%

Ampl./ Méd. 116% 143% 104% 288% 104% 23% 57% 37% 16,73%

T

Máx. 268 106 155 10 116 1,48 2,26 1,25 42,07%

Mín. 108 16 86 3 66 1,30 1,23 0,73 36,75%

Ampl./ Méd. 95% 222% 57% 109% 58% 13% 63% 58% 13%

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Bairro EDF Período Pessoas Veiculares

T.O.V. Geração de viagens

Saídas (%) Total À pé Em carro Outros Carros Total / U.O. Carros/ U.O.

LN

6 M 173 38 127 8 88 1,44 2,06 1,05 67,63%

T 168 28 133 7 99 1,34 2,00 1,18 42,26%

7 M 244 53 171 20 118 1,45 3,54 1,71 67,21%

T 272 64 198 10 131 1,51 3,94 1,90 38,24%

8 M 118 27 86 5 55 1,56 0,74 0,34 60,17%

T 119 45 74 0 46 1,61 0,74 0,29 31,09%

9 M 112 31 77 4 52 1,48 1,27 0,59 64,29%

T 152 48 96 8 70 1,37 1,73 0,80 42,76%

10 M 267 62 189 16 123 1,54 2,23 1,03 62,92%

T 254 43 194 17 139 1,40 2,12 1,16 42,13%

Total M 914 211 650 53 436 7,47 9,83 4,72 322,22%

T 965 228 695 42 485 7,23 10,53 5,32 196,48%

Média M 182,8 42,2 130 10,6 87,2 1,49 2,22 0,94 64,44%

T 193 45,6 139 8,4 97 1,45 2,37 1,06 39,30%

σ (n-1) M 71,0 14,9 49,8 7,1 33,6 0,05 1,06 0,52 3,10%

T 66,6 12,9 56,2 6,1 39,5 0,11 1,16 0,59 4,93%

Coef. De var. M 39% 35% 38% 67% 38% 4% 48% 55% 4,81%

T 35% 28% 40% 73% 41% 8% 49% 55% 12,55%

Amplitude

M

Máx. 267 62 189 20 123 1,56 3,54 1,71 67,63%

Mín. 112 27 77 4 52 1,44 0,74 0,34 60,17%

Ampl. / Méd. (%) 85% 83% 86% 151% 81% 8% 126% 145% 11,58%

T

Máx. 272 64 198 17 139 1,61 3,94 1,90 42,76%

Mín. 119 28 74 0 46 1,34 0,74 0,29 31,09%

Ampl. / Méd. (%) 79% 79% 89% 202% 96% 18% 135% 151% 30%

Page 28: FELIPE MARIZ COUTINHO TAXA DE GERAÇÃO DE VIAGENS … · Taxa de geração de viagens em condomínios residenciais verticais ... modelo matemático que estabelece uma relação entre

Bairro EDF Período Pessoas Veiculares

T.O.V. Geração de viagens

Saídas (%) Total À pé Em carro Outros Carros Total / U.O. Carros/ U.O.

Total

Total M 1662 421 1162 79 803 1,45 17,15 8,31 633,14%

T 1808 431 1303 74 918 1,42 19,01 9,79 394,88%

Média M 166,2 42,1 116,2 7,9 80,3 1,45 1,83 0,89 63,31%

T 180,8 43,1 130,3 7,4 91,8 1,43 2,00 1,02 39,49%

σ (n-1) M 68,1 19,2 44,2 6,2 30,9 0,10 0,79 0,38 3,72%

T 59,6 26,1 41,2 4,4 29,2 0,09 0,85 0,43 3,55%

Coef. De var. M 41% 46% 38% 79% 38% 0,07 0,43 0,42 5,87%

T 33% 60% 32% 59% 32% 0,07 0,43 0,42 8,98%

Amplitude

M

Máx. 279 85 189 20 130 1,62 3,54 1,71 68,07%

Mín. 106 25 73 0 52 1,29 0,74 0,34 57,66%

Ampl. / Méd. (%) 104% 143% 100% 253% 97% 23% 153% 154% 16,43%

T

Máx. 272 106 198 17 139 1,61 3,94 1,90 42,76%

Mín. 108 16 74 0 46 1,30 0,74 0,29 31,09%

Ampl. / Méd. (%) 91% 209% 95% 230% 101% 21% 160% 158% 30%

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Tabela A.3: Taxa de Geração de Viagens de cada estudo

Horário Identificação TGV TT (viagens / V.I.) TGVH (viagens / V.I * h)

Manhã

7:00 - 9:00 ITE - MUO 0,60 0,30

6:30 - 9:00 Gri - MUH 0,26 0,10

Gri - MVA 0,20 0,08

6:30 - 8:30

TT - MUO 0,89 0,44

CM - MUO 0,72 0,36

LN - MUO 0,94 0,47

Tarde

16:00 - 18:00 ITE - TUO 0,70 0,35

16:00 - 19:00 Gri - TUH 0,34 0,11

Gri - TVA 0,31 0,10

17:30 - 19:30

TT - TUO 1,02 0,51

CT - TUO 0,89 0,45

LN - TUO 1,06 0,53

Tabela A.4: Viagens geradas por hora, por unidade de variável independente para o

horário de pico da manhã a partir da TGV

Edifício

Características Viagens de carro

VA UH UO

ITE

- M

UO

Gri

- M

UH

Gri

- M

VA

TT

- M

UO

CM

- M

UO

LN

- M

UO

TGV horária ponderada (viagens / h) 0,30 0,10 0,08 0,44 0,36 0,47

1 155 75 70 21,0 7,8 12,4 31,0 25,1 33,0

2 139 69 67 20,1 7,2 11,1 29,7 24,1 31,6

3 320 160 154 46,2 16,6 25,6 68,2 55,3 72,6

4 113 88 81 24,3 9,2 9,0 35,9 29,1 38,2

5 191 120 111 33,3 12,5 15,3 49,1 39,9 52,4

6 182 84 78 23,4 8,7 14,6 34,5 28,0 36,8

7 206 132 129 38,7 13,7 16,5 57,1 46,3 60,9

8 114 57 54 16,2 5,9 9,1 23,9 19,4 25,5

9 160 80 76 22,8 8,3 12,8 33,7 27,3 35,9

10 200 132 121 36,3 13,7 16,0 53,6 43,5 57,1

Total 282,3 103,7 142,4 416,7 338,1 443,9

Média 28,2 10,4 14,2 41,7 33,8 44,4

σ (n-1) 9,7 3,5 4,8 14,4 11,7 15,3

Coef. De variação 34,5% 33,9% 33,7% 34,5% 34,5% 34,5%

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Tabela A.5: Viagens geradas por hora, por unidade de variável independente para o

horário de pico da tarde a partir da TGV

Edifício

Características Viagens de carro

VA UH UO

ITE

- T

UO

Gri

- T

UH

Gri

- T

VA

TT

- T

UO

CM

- T

UO

LN

- T

UO

TGV horária ponderada (viagens / h) 0,35 0,11 0,10 0,51 0,45 0,53

1 155 75 70 24,5 8,5 16,0 35,7 31,3 37,2

2 139 69 67 23,5 7,8 14,4 34,1 30,0 35,6

3 320 160 154 53,9 18,1 33,1 78,4 68,9 81,9

4 113 88 81 28,4 10,0 11,7 41,3 36,2 43,1

5 191 120 111 38,9 13,6 19,7 56,5 49,6 59,0

6 182 84 78 27,3 9,5 18,8 39,7 34,9 41,5

7 206 132 129 45,2 15,0 21,3 65,7 57,7 68,6

8 114 57 54 18,9 6,5 11,8 27,5 24,1 28,7

9 160 80 76 26,6 9,1 16,5 38,7 34,0 40,4

10 200 132 121 42,4 15,0 20,7 61,6 54,1 64,4

Total 329,4 113,0 183,9 479,2 420,8 500,5

Média 32,9 11,3 18,4 47,9 42,1 50,0

σ (n-1) 11,4 3,8 6,2 16,5 14,5 17,3

Coef. De variação 34,5% 33,9% 33,7% 34,5% 34,5% 34,5%

Page 31: FELIPE MARIZ COUTINHO TAXA DE GERAÇÃO DE VIAGENS … · Taxa de geração de viagens em condomínios residenciais verticais ... modelo matemático que estabelece uma relação entre

Tabela A6: Modelos de regressão ordenados

Regressão

Estimadores

R² R

F de Snedecor

Valor-p Análise

gráfica

Méd.

Resíd.

Goldfeld -

Quandt Durbin-Watson Shapiro- Wilk Cook

β2 β1 Fcalc Fcrít λ Fmín. D Dinf Dsup E.T. W Dist.

Máx.

TPLINUO 1,67 24,06 0,786 0,89 29,45 2,31 0,00063 OK 0,00 17,9 19,0 1,70 0,88 1,32 0,851 0,842 0,23

TPLOGVA 0,94 0,34 0,781 0,88 28,58 2,31 0,00069 OK 0,00 6,1 19,0 1,80 0,88 1,32 0,899 0,842 0,38

MCLOGUO 0,88 1,13 0,760 0,87 25,34 2,31 0,00101 OK 0,00 3,5 19,0 2,63 0,88 1,32 0,908 0,842 0,27

TPLINUH 1,57 23,98 0,759 0,87 25,21 2,31 0,00103 OK 0,00 14,6 19,0 1,75 0,88 1,32 0,851 0,842 0,26

MCLOGUH 0,88 1,08 0,751 0,87 24,18 2,31 0,00117 OK 0,00 3,3 19,0 2,41 0,88 1,32 0,908 0,842 0,38

MCLINUO 1,60 21,67 0,751 0,87 24,12 2,31 0,00118 OK 0,00 9,4 19,0 2,52 0,88 1,32 0,868 0,842 0,42

MCLINUH 1,53 19,07 0,750 0,87 23,94 2,31 0,00121 OK 0,00 8,7 19,0 2,34 0,88 1,32 0,868 0,842 0,26

MCEXPUH 0,01 4,23 0,746 0,86 23,46 2,31 0,00128 OK 0,00 3,2 19,0 2,51 0,88 1,32 0,908 0,842 0,38

MCEXPUO 0,01 4,24 0,745 0,86 23,42 2,31 0,00129 OK 0,00 3,4 19,0 2,61 0,88 1,32 0,908 0,842 0,38

TPEXPUO 0,01 4,33 0,745 0,86 23,35 2,31 0,00130 OK 0,00 7,9 19,0 1,85 0,88 1,32 0,899 0,842 0,38

TPLOGUO 0,83 1,43 0,723 0,85 20,85 2,31 0,00184 OK 0,00 8,3 19,0 1,61 0,88 1,32 0,899 0,842 0,23

TPEXPUH 0,01 4,33 0,720 0,85 20,59 2,31 0,00190 OK 0,00 6,4 19,0 1,83 0,88 1,32 0,899 0,842 0,38

MPLINUO 1,79 -3,37 0,705 0,84 19,08 2,31 0,00239 NOK 0,00 14,8 19,0 2,51 0,88 1,32 0,798 0,842 0,32

MCLOGVA 0,92 0,35 0,702 0,84 18,84 2,31 0,00248 OK 0,00 5,4 19,0 2,09 0,88 1,32 0,908 0,842 0,38

TCLOGUO 0,84 0,68 0,700 0,84 18,65 2,31 0,00255 OK 0,00 1,2 19,0 2,44 0,88 1,32 0,970 0,842 0,45

MPLINUH 1,72 -5,63 0,698 0,84 18,48 2,31 0,00262 NOK 0,00 14,0 19,0 1,86 0,88 1,32 0,798 0,842 0,38

TPEXPVA 0,00 4,34 0,698 0,84 18,45 2,31 0,00263 OK 0,00 5,6 19,0 1,69 0,88 1,32 0,899 0,842 0,38

TCLOGUH 0,84 0,63 0,693 0,83 18,03 2,31 0,00282 OK 0,00 1,0 19,0 2,43 0,88 1,32 0,970 0,842 0,38

TPLOGUH 0,81 1,45 0,689 0,83 17,76 2,31 0,00294 OK 0,00 6,7 19,0 1,62 0,88 1,32 0,899 0,842 0,38

TPLINVA 0,84 30,42 0,688 0,83 17,67 2,31 0,00298 OK 0,00 14,0 19,0 1,70 0,88 1,32 0,851 0,842 0,38

MPLINVA 0,95 -2,99 0,667 0,82 16,02 2,31 0,00394 NOK 0,00 31,4 19,0 2,28 0,88 1,32 0,798 0,842 0,38

Page 32: FELIPE MARIZ COUTINHO TAXA DE GERAÇÃO DE VIAGENS … · Taxa de geração de viagens em condomínios residenciais verticais ... modelo matemático que estabelece uma relação entre

Regressão

Estimadores

R² R

F de Snedecor

Valor-p Análise

gráfica

Méd.

Resíd.

Goldfeld -

Quandt Durbin-Watson Shapiro- Wilk Cook

β2 β1 Fcalc Fcrít λ Fmín. D Dinf Dsup E.T. W Dist.

Máx.

TCLINUH 0,72 20,24 0,666 0,82 15,92 2,31 0,00401 OK 0,00 2,6 19,0 2,34 0,88 1,32 0,967 0,842 0,38

MPEXPUO 0,01 4,11 0,663 0,81 15,76 2,31 0,00412 NOK 0,00 6,9 19,0 2,56 0,88 1,32 0,829 0,842 0,38

TCLINUO 0,74 21,73 0,662 0,81 15,64 2,31 0,00420 OK 0,00 3,0 19,0 2,32 0,88 1,32 0,967 0,842 0,38

MPLOGVA 1,04 -0,30 0,660 0,81 15,56 2,31 0,00427 NOK 0,00 13,2 19,0 2,39 0,88 1,32 0,823 0,842 0,25

MPEXPUH 0,01 4,10 0,657 0,81 15,33 2,31 0,00445 NOK 0,00 6,8 19,0 2,13 0,88 1,32 0,829 0,842 0,38

TCEXPUH 0,01 3,66 0,646 0,8 14,62 2,31 0,00507 OK 0,00 0,9 19,0 2,36 0,88 1,32 0,970 0,842 0,38

MPEXPVA 0,01 4,10 0,645 0,8 14,55 2,31 0,00513 NOK 0,00 13,8 19,0 2,48 0,88 1,32 0,829 0,842 0,38

TCEXPUO 0,01 3,68 0,642 0,8 14,35 2,31 0,00532 OK 0,00 1,1 19,0 2,30 0,88 1,32 0,970 0,842 0,38

MCEXPVA 0,00 4,30 0,623 0,79 13,24 2,31 0,00660 OK 0,00 5,3 19,0 1,98 0,88 1,32 0,908 0,842 5,00

TCLOGVA 0,87 0,02 0,622 0,79 13,18 2,31 0,00668 OK 0,00 1,0 19,0 2,28 0,88 1,32 0,970 0,842 1,84

MPLOGUO 0,92 0,89 0,620 0,79 13,06 2,31 0,00684 NOK 0,00 6,5 19,0 2,32 0,88 1,32 0,823 0,842 0,38

MPLOGUH 0,89 0,98 0,610 0,78 12,54 2,31 0,00761 NOK 0,00 5,2 19,0 2,02 0,88 1,32 0,832 0,842 0,41

MCLINVA 0,78 33,15 0,609 0,78 12,47 2,31 0,00771 OK 0,00 16,3 19,0 1,88 0,88 1,32 0,868 0,842 4,11

TCEXPVA 0,00 3,75 0,504 0,71 8,13 2,31 0,02145 OK 0,00 1,0 19,0 2,03 0,88 1,32 0,970 0,842 6,11

TCLINVA 0,35 30,15 0,487 0,7 7,59 2,31 0,02485 OK 0,00 3,1 19,0 1,84 0,88 1,32 0,967 0,842 5,81

Page 33: FELIPE MARIZ COUTINHO TAXA DE GERAÇÃO DE VIAGENS … · Taxa de geração de viagens em condomínios residenciais verticais ... modelo matemático que estabelece uma relação entre

Tabela A.7 : Matriz de pontuação

Pontos LIN EXP LOG Total

UR 24 1 -1 24

UO 29 3 12 44

VA -35 -35 2 -68

Total 18 -31 13 0

Tabela A.8: Tabela comparativa dos modelos de regressão linear de viagens veiculares

Horário Identificação β2 β1 R² Valor-p Forma final

Manhã

7:00 - 9:00 ITE - MCLOGUO 0,99 -1,14 0,88 - LN(Y) = 0,99 LN(UO) + -1,14

6:30 - 9:00 Gri - MCLINUR 0,58 -8,35 0,60 - Y = 0,58UR + -8,35

Gri - MCLINVA 0,51 -3,29 0,85 - Y = 0,51VA + -3,29

6:30 - 8:30 TT - MCLOGUO 0,88 1,13 0,75 0,0010 LN(Y) = 0,88 LN(UO) + 1,13

CM - MCLOGUO 0,69 1,93 0,79 0,0449 LN(Y) = 0,69 LN(UO) + 1,93

LN - MCLOGUO 1,10 0,22 0,88 0,0184 LN(Y) = 1,1 LN(UO) + 0,22

Tarde

16:00 - 18:00 ITE - TCLINUO 0,32 12,30 0,92 - Y = 0,32UO + 12,3

16:00 - 19:00 Gri - TCLINUR 0,78 11,44 0,61 - Y = 0,78UR + 11,44

Gri - TCLINVA 0,65 23,73 0,76 - Y = 0,65VA + 23,73

17:30 - 19:30 TT - TCLOGUO 0,84 0,68 0,70 0,0026 LN(Y) = 0,84 LN(UO) + 0,68

CM - TCLOGUO 0,47 2,30 0,62 0,1153 LN(Y) = 0,47 LN(UO) + 2,3

LN - TCLOGUO 1,22 -0,94 0,91 0,0125 Y = 1,22UO + -0,94

Page 34: FELIPE MARIZ COUTINHO TAXA DE GERAÇÃO DE VIAGENS … · Taxa de geração de viagens em condomínios residenciais verticais ... modelo matemático que estabelece uma relação entre

Tabela A.9: Viagens geradas para o horário de pico da manhã a partir das equações de

regressão

Edifício

Características Viagens de carro

VA UH UO

ITE

- M

CL

OG

UO

Gri

- M

CL

INU

H

Gri

- M

CL

INV

A

TT

- M

CL

OG

UO

CM

- M

CL

OG

UO

LN

- M

CL

OG

UO

1 155 75 70 68,2 35,2 75,8 62,7 50,2 77,2

2 139 69 67 65,2 31,7 67,6 60,1 48,2 73,9

3 320 160 154 151,3 84,5 159,9 136,7 108,2 169,6

4 113 88 81 79,1 42,7 54,3 72,4 57,8 89,3

5 191 120 111 108,8 61,3 94,1 98,8 78,5 122,3

6 182 84 78 76,1 40,4 89,5 69,8 55,8 86,0

7 206 132 129 126,6 68,2 101,8 114,7 90,9 142,1

8 114 57 54 52,3 24,7 54,9 48,7 39,2 59,6

9 160 80 76 74,1 38,1 78,3 68,0 54,4 83,8

10 200 132 121 118,7 68,2 98,7 107,6 85,4 133,3

Total 920,2 494,8 874,9 839,4 668,6 1037,3

Total por hora (viagens/ h) 460,1 197,9 350,0 419,7 334,3 518,7

Média 92,0 49,5 87,5 83,9 66,9 103,7

σ (n-1) 32,2 19,6 30,6 28,6 22,4 35,7

Coef. De variação 34,9% 39,6% 34,9% 34,1% 33,5% 34,4%

Page 35: FELIPE MARIZ COUTINHO TAXA DE GERAÇÃO DE VIAGENS … · Taxa de geração de viagens em condomínios residenciais verticais ... modelo matemático que estabelece uma relação entre

Tabela A.10: Viagens geradas para o horário de pico da tarde a partir das equações de

regressão

Edifício

Características Viagens de carro

VA UH UO

ITE

- T

CL

INU

O

Gri

- T

CL

INU

H

Gri

- T

CL

INV

A

TT

- T

CL

OG

UO

CM

- T

CL

OG

UO

LN

- T

CL

OG

UO

1 155 75 70 34,7 69,9 124,5 59,5 35,2 84,5

2 139 69 67 33,7 65,3 114,1 57,0 33,8 80,8

3 320 160 154 61,6 136,2 231,7 130,0 74,7 186,9

4 113 88 81 38,2 80,1 97,2 68,7 40,4 97,9

5 191 120 111 47,8 105,0 147,9 93,9 54,5 134,5

6 182 84 78 37,3 77,0 142,0 66,2 39,0 94,2

7 206 132 129 53,6 114,4 157,6 109,0 62,9 156,4

8 114 57 54 29,6 55,9 97,8 46,0 27,7 64,9

9 160 80 76 36,6 73,8 127,7 64,5 38,0 91,8

10 200 132 121 51,0 114,4 153,7 102,3 59,2 146,7

Total 424,1 892,1 1394,3 797,2 465,3 1138,6

Total por hora (viagens/ h) 212,1 356,8 557,7 398,6 232,6 569,3

Média 42,4 89,2 139,4 79,7 46,5 113,9

σ (n-1) 10,4 26,4 38,9 27,3 15,3 39,6

Coef. De variação 24,5% 29,6% 27,9% 34,2% 32,8% 34,8%