fases da rcv

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Prof. Marcela Mihessen FACIPLAC

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Health & Medicine


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Page 1: Fases da rcv

Prof. Marcela MihessenFACIPLAC

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Fase I – Fase agudaFase II – Convalescença Fase III – Fase CrônicaFase IV- alguns autores não falam em fase IV, mas ela existe.

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Fase aguda, fase de internação hospitalar. Inicia na UTI, continua na enfermaria e termina na alta hospitalar. Paciente internado.Antigamente - PÓS IAM ou após RVMAtualmente: pacientes submetidos às intervenções coronárias percutâneas (ICP), todas as cirurgias cardiovasculares, paciente com angina pectoris de caráter estável e paciente com fatores de risco para doença coronária.Esta fase destina-se também aos pacientes internados por descompensação clínica de natureza cardiovascular, pulmonar e metabólica.

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Mobilização precoceExercícios respiratóriosSedestaçãoOrtostatismo assistido ou ativo livre.Exercícios globaisMinimizar postura antálgica e atrofia muscularPlano educacional

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Os programas são de aplicação individualizada e se ajustam diariamente ao estado evolutivo da doença. Duração – 20 minutos. 2 vezes ao dia.

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Alta hospitalar com as melhores condições físicas e psicológicas possíveis, municiado de informações referentes ao estilo saudável de vida, em especial no que diz respeito ao processo de reabilitação cardiovascular.

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É a primeira etapa extra-hospitalar. Inicia-se imediatamente após a alta e/ou alguns dias após um evento cardiovascular ou descompensaçãoclínica de natureza cardiovascular, pulmonar e metabólica.três a seis meses, podendo em algumas situações se estender por mais tempo. Pode funcionar em estrutura que faça parte do complexo hospitalar ou outro ambiente próprio para a prática de exercícios físicos (clube esportivo, ginásio de esportes, sala de ginástica etc.).

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Funciona com sessões supervisionadas pelo fisioterapeuta e/ou professor de educação física. Programa de exercícios - individualizado (intensidade, duração, freqüência, modalidade de treinamento e progressão).Recursos – oxímetro, Polar®, esfignomanômetro, aparelho para verificar glicemia e monitoração eletrocardiográfica.Programa deve incluir: modificação do estilo de vida (reeducação alimentar, estratégias para cessação do tabagismo).

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Contribuir para o mais breve retorno do paciente às suas atividades sociais e laborais, nas melhores condições físicas e emocionais possíveis.Esse é o objetivo da RCV!

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Seis a 24 meses pacientes liberados da fase 2, mas pode ser iniciada em qualquer etapa da evolução da doença, não sendo obrigatoriamente sequência das fases anteriores A supervisão de exercícios deve ser feita por profissional especializado em exercício físico (professor de educação física e/ou fisioterapeuta)Coordenação geral de um médicoRecomendável: enfermagem, nutricionista e psicólogo

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Aprimoramento da condição físicaDeve ser considerada também a necessidade de promoção de bem estar (melhora da qualidade de vida) e demais procedimentos que contribuam para a redução do risco de complicações clínicas, como é o caso das estratégias para cessação do tabagismo e reeducação alimentar.

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Sem duração definida – programa a longo prazo.As atividades não são necessariamente supervisionadasNão há obrigatoriedade de que esta fase seja precedida pela fase 3. A equipe da reabilitação deve propor a programação de atividades que seja mais apropriada, prescrevendo a carga de exercícios que atenda às necessidades individuais.

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Aumento e a manutenção da aptidão física

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Necessidade da prescrição individualizada de exercícios, que deve ser acompanhada de demonstrações práticas, em sessões formais (recomenda-se pelo menos duas) de condicionamento físico, nas quais sejam contempladas todas as etapas que compõem uma sessão padrão de exercício, com as etapas de aquecimento, parte principal e desaquecimento-relaxamento (volta à calma).

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Hoje se preconiza que o conceito de reabilitação se confunda com os de prevenção secundária da DAC, ou seja, o conjunto de todas as ações necessárias para evitar a ocorrência de novos eventos em doentes coronarianos. Mudança comportamental controle dos fatores de risco, tratamentos clínicos invasivos e cirúrgicos. Evitar a doença, sua regressão e prolongar a vida com qualidade.

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Os mesmos benefícios encontrados em indivíduos normais sedentários que iniciam um programa de treinamento físico são documentados em coronarianos que se engajam na prática de exercícios regulares.

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Aumento de massa muscular do VE e do seu VDF relação com a idade.Mais evidente em jovens e mais difíceis de serem demonstradas após os 30 anos.> 35 anos sem doença– há um aumento entre 10% e 20% na espessura da parede posterior do VE, bem como um aumento do VDF. Coronarianos – treinaram em alto nível (80% a 90% do VO2pico) aumento significativo na espessura da parede posterior e do VDF.

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Aumento da massa das fibras musculares, dos capilares e da capacidade oxidativa. Parece ocorrer igualmente um aumento na capacidade vasodilatadora da musculatura esquelética. Por essas adaptações, os doentes coronarianos têm menores FC e menores PA para uma mesma carga de exercício. Isso explica a redução dos sintomas de angina e das manifestações no ECG de isquemia.

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(Ridocci, et al., 1992) Pós IAM – 3x por semana, 70% a 85% da Fcpico aumentaram em 30% a 50% suas capacidades físicas, e o VO2máx em 15% a 20%. O aumento da capacidade física ocorre em paciente com e sem isquemia de esforço e naqueles com má função ventricular esquerda. Alguns autores relatam pouca evidência de que, em humanos, o treinamento afete direta e significativamente o fluxo coronariano.

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Apesar de alguns autores relatarem que não há evidências convincentes sobre a estimulação de circulação colateral coronariana em humanos, há estudo com corredores de longa distancia que sugere um aumento nas coronárias epicárdicas.Hung et al., 1984 não encontraram aumento na perfusão miocárdica ou na função sistólica após um programa de seis semanas em pacientes pós IAM não complicado. Williams et al., 1984 fraçoes de ejeção em repouso e no pico do esforço não sofrem alteraçoessignificativas, porém houve um aumento da FE de 50% para 54% após o treinamento. Kellermann, 1987 em alguns doentes seleccionadospode ocorrer um aumento da FE com o treinamento físico.

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Hagberg, 1991 sugerem que a alta intensidade de exercício pode resultar em adaptaçoes centrais ao treinamento (após 1 ano, 1h de exercício, entre 70% e 90% do VO2máx, 5x/semana). Os resultados sugerem aumento da oxigenação miocárdica e aumento da função ventricular esquerda nesses pacientes.

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Aumento da reserva de glicogênio muscularAumento na utilização das gordurasMaior remoção de lactatoAumento nas enzimas do metabolismo aeróbicoAumento no consumo de oxigênio.Colesterol total não é modificado diretamente pelo treinamento, apenas o HDL tem seus níveis aumentados, especialmente se o treinamento é acompanhado de perda de peso. Aumenta sensibilidade à insulina em diabéticos tipo I. Menores níveis de catecolaminas no sangueSistema fibrinolítico torna-se mais eficienteRedução dos fatores de pró-coagulação em indivíduos com mais de 60 anosMelhora da função endotelial na DAC instalada

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Estudos randomizados entre 1975 e 1985 redução na mortalidade e morte súbita cardíaca de 20% a 30%.Oldridge et al., 1988 redução na incidência de mortalidade total e cardiovascular de 25% nos que participavam em programas de reabilitação. Duração dos exercícios: 6 a 48 meses.

- Redução da mortalidade mais significativa naqueles que se exercitaram por 52 semanas ou mais e foi menos significativa entre os que se exercitaram entre 12 e 52 semanas.

- Não houve diferenças significativas entre os que se exercitaram 12 semanas ou menos. Importante pois hoje os programas são encerrados em 12 semanas (planos de saúde).

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Com o enfoque multifatorial dos programas de RCV é difícil estabelecer o valor isolado de cada um dos fatores de risco. Por isso a dificuldade de se observar isoladamente se o exercício tem ação benéfica sobre níveis de LDL.

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Exercícios intensos levam a hipertrofia ventricular esquerda, o que não é favorável para indivíduos com coronariopatia.

Na maioria dos programas o nível de treinamento é moderado, não causando preocupação.

Ocorrência de eventos coronarianos agudos podem levar à morte súbita.

Incidência aceitável, não superior ao número de episódios na população de pacientes coronarianos fora das sessões de treinamento.

Lesões osteoarticulares Com orientações, prescrição individualizada, alongamento, aquecimento e relaxamento corretos, isso é evitado.

Pacientes exercitando acima do nível recomendado, causando períodos de isquemia.

Orientar paciente.