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CONSELHO DE REPRESENTANTES PRONUNCIAMENTOS Mobilização para as eleições ANO 5 . Número 59 . Junho de 2010 A FAEMG tem promovido reuniões para alertar os produtores rurais para a importância das eleições este ano. Se a classe se unir e eleger representantes confiáveis, não só poderá resolver pro- blemas que se arrastam há muito tempo, como o endividamento, mas também terá influência no encaminhamento de questões de interesse do campo. Na última Assembleia do Conselho de Representantes, a maior parte do tempo foi dedicada à mobilização po- lítica. O presidente da FAEMG, Roberto Simões, ressaltando a importância das eleições diante da mobilização de ou- tros setores da sociedade, alertou que “as soluções virão dos parlamentos”. Daí que quem tiver melhor represen- tatividade obterá mais vantagens ou, no mínimo, evitará que lhe causem pre- juízos. Vários presidentes de Sindicatos manifestaram-se a favor da escolha de candidatos que se comprometam com a causa rural, para evitar decepções. O tema também foi debatido em Montes Claros (matéria à página 4). Outro assunto da Assembleia foi a comemoração do Dia do Produtor Rural Mineiro, com a entrega da Medalha do Mérito Rural, que este ano, excepcional- mente, passará do dia 7 para 8 de julho. O presidente Roberto Simões pediu aos Sindicatos que promovam em seus mu- nicípios a comemoração da data. O Conselho aprovou também o Re- latório de Atividades e a Prestação de Contas da FAEMG de 2009. Assembleia reuniu 150 presidentes de Sindicatos “Acompanho a agropecuária há 50 anos. Por isso, contrariando meus médicos e familiares, estou aqui para reafirmar a importância da FAEMG para os produtores rurais.” JOãO VICENTE DINIZ - Conselho Fiscal da FAEMG “Precisamos nos empenhar mais para eleger políticos favoráveis ao setor. Vamos formar associações de sindicatos regionais, em um raio de 150 km, para reunir, conversar e trocar ideias, visando escolher os melhores candidatos.” AFONSO LUIZ BRETAS - Governador Valadares “As orientações da FAEMG em defesa dos conflitos agrários têm sido de grande importância. Em nossa região, denúncias geraram vistorias desagradáveis aos produtores rurais, que buscam agora soluções através da justiça.” ANTôNIO JERFESON SOARES GONçALVES Jacinto “A FAEMG apoia incondicionalmente todas as áreas da agropecuária. Atualmente, a cafeicultura tem destaque pela atuação de Breno Mesquita (presidente das Comissões de Café da FAEMG e da CNA), defendendo propostas para o setor.” ARNALDO BOTTREL REIS - Varginha “A atual legislação ambiental prejudica demais a produção agrícola. Temos que fazer forte movimento de apoio aos deputados que estão cuidando das alterações do Código Florestal.” DOMINGOS INáCIO SALGADO - Cássia FOTOS EVANDRO FIUZA

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Informativo Junho 2010

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CONSELHO DE REPRESENTANTES

PRONuNCiAmENTOS

Mobilização para as eleições

ANO 5 . Número 59 . Junho de 2010

A FAEMG tem promovido reuniões para alertar os produtores rurais para a importância das eleições este ano. Se a classe se unir e eleger representantes confiáveis, não só poderá resolver pro-blemas que se arrastam há muito tempo, como o endividamento, mas também terá influência no encaminhamento de questões de interesse do campo.

Na última Assembleia do Conselho de Representantes, a maior parte do tempo foi dedicada à mobilização po-lítica. O presidente da FAEMG, Roberto Simões, ressaltando a importância das eleições diante da mobilização de ou-tros setores da sociedade, alertou que “as soluções virão dos parlamentos”. Daí que quem tiver melhor represen-tatividade obterá mais vantagens ou,

no mínimo, evitará que lhe causem pre-juízos.

Vários presidentes de Sindicatos manifestaram-se a favor da escolha de candidatos que se comprometam com a causa rural, para evitar decepções. O tema também foi debatido em Montes Claros (matéria à página 4).

Outro assunto da Assembleia foi a comemoração do Dia do Produtor Rural Mineiro, com a entrega da Medalha do Mérito Rural, que este ano, excepcional-mente, passará do dia 7 para 8 de julho. O presidente Roberto Simões pediu aos Sindicatos que promovam em seus mu-nicípios a comemoração da data.

O Conselho aprovou também o Re-latório de Atividades e a Prestação de Contas da FAEMG de 2009.

Assembleia reuniu 150

presidentes de Sindicatos

“Acompanho a agropecuária há 50 anos. Por isso, contrariando meus médicos e familiares, estou aqui para reafirmar a importância da FAEMG para os produtores rurais.”

JOãO ViCENTE DiNiz - Conselho Fiscal da FAEmG

“Precisamos nos empenhar mais para eleger políticos favoráveis ao setor. Vamos formar associações de sindicatos regionais, em um raio de 150 km, para reunir, conversar e trocar ideias, visando escolher os melhores candidatos.”

AFONSO Luiz BRETAS - Governador Valadares

“As orientações da FAEMG em defesa dos conflitos agrários têm sido de grande importância. Em nossa região, denúncias geraram vistorias desagradáveis aos produtores rurais, que buscam agora soluções através da justiça.”

ANTôNiO JERFESON SOARES GONçALVES Jacinto

“A FAEMG apoia incondicionalmente todas as áreas da agropecuária. Atualmente, a cafeicultura tem destaque pela atuação de Breno Mesquita (presidente das Comissões de Café da FAEMG e da CNA), defendendo propostas para o setor.”

ARNALDO BOTTREL REiS - Varginha

“A atual legislação ambiental prejudica demais a produção agrícola. Temos que fazer forte movimento de apoio aos deputados que estão cuidando das alterações do Código Florestal.”

DOmiNGOS iNáCiO SALGADO - Cássia

FOTOS EVANDRO FiuzA

2 I Junho de 2010 I INFORMATIVO FAEMG/SENAR

Cautela. Esta é a palavra de ordem para o produtor de leite. Pelo terceiro ano consecutivo, o preço está em queda na entrada da entressafra, mas agora a situação é um pouco pior, já que o recuo começou mais cedo – em abril.

Vários fatores pressionam o mercado interno, a come-çar pela queda dos preços do longa vida. As indústrias, que vinham retendo a oferta, num claro processo especulativo, não tiveram sucesso em sua manobra: sob pressão do va-rejo, que não aceitou as sucessivas altas do produto, os la-ticínios começaram a desovar seus estoques, estimados, no início de maio, em 100 milhões de litros.

Ao mesmo tempo, a redução dos custos de produção do leite, em função da queda dos preços dos principais compo-nentes da ração animal – milho e soja – abre a possibilida-

ENTREViSTA

EDiTORiAL

FRASES

Leite: todo cuidado é pouco

“Reforma agrária não é postulado ideológico, é imperativo do desenvolvimento sustentado.

Por isso a CNA a apoia. Por isso o MST e a esquerda fundamentalista não a querem.”

SENADORA KáTiA ABREuPresidente da CNA, em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo

Campo e cidadeAlém da defesa dos interesses dos produtores rurais, o Sindica-to de Tarumirim investe em ini-ciativas para aproximar campo e cidade, entre elas ações am-bientais educativas.

Como o Sindicato tem se aproximado da sociedade?Com o objetivo de conscien-tizar a população sobre a im-portância da atividade rural e da preservação da natureza, lançamos a campanha Ajude a natureza a se alimentar e a alimentar você. Plante árvore frutífera às margens de ribeiri-nhas e nascentes. Distribuímos panfletos com orientações e 400 mudas de árvores fru-tíferas. Ao receber a muda, a pessoa assina documento de compromisso de plantio e conservação e dá outra muda em troca, para diversificar a vegetação do município. Também apoiamos o Pro-grama Semeando, do SENAR MINAS, e incluímos todas as

d

v

xANiEL ÉLER DuTRA

Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Tarumirim

“O Código Florestal precisa deixar o agricultor em paz.”

DEPuTADO FEDERAL ALDO REBELO,em entrevista ao jornal Valor Econômico

“O vírus da aftosa não usa passaporte para atravessar fronteiras. Precisamos, portanto, erradicar esse mal em todo o continente.”

JOSÉ OLAVO BORGES mENDESPresidente da ABCz (Associação Brasileira dos Criadores de zebu), durante o Fonesa (Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária), realizado em uberaba

“Os preços do leite e dos derivados são muito sensíveis, por isso o aumento das

importações pode interromper um momento bom para o produtor local.”

RODRiGO SANT’ANNA ALVimPresidente das Comissões de Leite da CNA e da FAEmG, em entrevista ao jornal Diário do Comércio

de de incremento da atividade, o que teria como resultado mais imediato o aumento da produção, com a conseqüente desestabilização do mercado.

Como se tudo isso não bastasse, o produtor brasileiro se vê sob a ameaça da invasão de lácteos uruguaios, resul-tado de um acordo comercial muito mais vantajoso ao país vizinho. Enquanto o presidente José Mujica limitou em 120 toneladas mensais as importações de frango do Brasil, o pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou o mercado brasileiro aberto aos lácteos do Uruguai. CNA e FAEMG já estão em plena negociação com o governo para evitar que este acor-do gere problemas maiores para o setor produtivo nacional.

Diante deste cenário, o produtor tem pela frente a ta-refa nada fácil de ajustar a produção à demanda.

escolas da cidade. Fazemos palestras nas escolas e leva-mos os estudantes ao Sindica-to para conhecerem o Sistema Sindical Rural e a ligação entre alimento e produtor rural.

Como está a parceria com o SENAR?O Sindicato conta hoje com duas mobilizadoras que tra-balham junto ao SENAR com a promoção de vários cursos, entre eles Ordenhadeira Me-cânica, Roçadora, Inseminação Artificial de Bovinos, Saúde Reprodutiva, Avicultura Básica e Culinária. Construímos uma cozinha completa para a reali-zação dos cursos de Culinária.

Há outras iniciativas em curso?Nossa finalidade é levar o pro-dutor para dentro do Sindicato e buscar meios para melhorar sua renda. Realizamos reuniões periódicas com os produtores para tratar dos problemas do setor.

INFORMATIVO FAEMG/SENAR I Junho de 2010 I 3

CAFEiCuLTuRA

CNA e FAEMG aguar-dam a aprovação, pelo Mi-nistério da Agricultura, de sua proposta para a safra de café 2010. Validada por todas as representações do setor e aceita pelo Comitê Diretor de Planejamento Estratégico do Conselho Deliberativo da Política do Café, a medida tem foco na Política de Financiamen-to, Política de Renda e no

Dentro de nove meses, começa a vigorar no Brasil o regulamento de qualida-de para o café torrado em grão e torrado e moído. Esta é a primeira legisla-ção publicada no país com esta finalidade e é também inédita no mundo. A nor-ma prevê critérios rigoro-sos para garantir a pureza da segunda bebida mais consumida no Brasil, atrás apenas da água.

Uma das regras é o percentual máximo de im-pureza no produto: o café produzido no Brasil ou o importado só poderá ter, no máximo, 1% de impure-za. A presença de umidade no grão torrado ou moído também não poderá ul-trapassar 5%. Serão obser-vados, ainda, o estado de conservação do produto, aparência, odor e informa-ções de rotulagem.

A norma determina, também, critérios para características sensoriais do café: aroma, sabor, fra-grância e sabor residual. Para o diretor-tesoureiro da FAEMG, João Roberto Puliti, a medida é acerta-da: “Sempre defendi que o consumidor brasileiro deve ter à sua disposição cafés de alta qualidade, como o produto que ex-portamos.”

Os resultados da fase final do Projeto de Carac-terização da Cafeicultura Mineira de Montanha, do INAES (Instituto Antonio Ernesto de Salvo), foram apresentados em reunião na FAEMG. A pesquisa tem como objetivos diag-nosticar as potencialida-

Proposta da CNA e FAEMG para salvar o setor

Equacionamento do En-dividamento. A estratégia visa o ordenamento da sa-fra ao longo de 18 meses, dando condições ao pro-dutor de vender seu café por preços melhores.

Em reunião com o mi-nistro Wagner Rossi, o presidente das Comissões de Café da CNA e FAEMG, Breno Mesquita, disse que “o importante é assegurar

ao produtor uma remu-neração acima dos custos de produção. Se a colheita for ordenada e os financia-mentos para estocagem de café forem fartos, a ca-feicultura viverá nova reali-dade”. O diretor-tesoureiro da FAEMG, João Roberto Puliti, elogiou o interesse do ministro em reunir o setor para buscar soluções para o setor cafeeiro.

Diagnóstico da atividade

Mais qualidade

Apresentação em BH

des e a vulnerabilidade da atividade na região e criar um conjunto de in-

formações que será base para o desenvolvimento sustentável.

Lideranças reuniram-se com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi

CARLOS SiLVA – ACS/mAPA

4 I Junho de 2010 I INFORMATIVO FAEMG/SENAR

SiNDiCATOS

Norte de Minas discute políticaDirigentes de 14 Sindi-

catos dos Produtores Rurais do Norte do estado estive-ram reunidos em Montes Claros com diretores e as-sessores da FAEMG. Neste terceiro Encontro de Pre-sidentes de Sindicatos de 2010, o presidente da Fe-deração, Roberto Simões, conclamou as lideranças da região a acompanharem com atenção o processo eleitoral, buscando candi-datos efetivamente com-prometidos com o campo.

Segundo Roberto Si-mões, a união da classe em torno do Sistema Sindical Rural é fundamental para a eleição de candidatos que defendam os interesses do produtor, que enfrenta problemas como escassez de crédito, endividamen-to, falta de infraestrutura e abusos nas áreas ambiental e agrária. Para o presidente do Sindicato de Montes Claros, Ricardo Laughton, as discussões promovidas pela FAEMG são de extre-

Roberto Simões no encontro em montes Claros

ma importância para con-gregar o setor.

COLABOROu CECÍLiA OLiVEiRA, DE mONTES CLAROS

Nova diretoria do Sindicato dos Produtores Rural de Curvelo, presi-dida por Ângelo Augusto de Souza: Abner Humberto Lopes e Antônio Eustáquio Alves de Souza (conse-lheiros fiscais), Afrânio Gonçalves Soares (diretor-secretário), Luiz Car-los Carvalho Resende (diretor-tesou-

Tomou posse a nova diretoria do Sindicato dos Produto-res Rurais de Nova Ponte. Eleita para o mandato 2010/2013, a diretoria tem como presidente o vereador, comerciante e produtor rural Weber Bernardes de Andrade, o Ebinho. O vice-presidente é José Pedro Pimenta; o secretário, Cláudio César Pereira; e o tesoureiro, Ésio Carneiro de Melo.

Nova Ponte

Galeria de ex-presidentes

O Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha inau-gurou a Galeria de Ex-Presidentes. Segundo o presidente do Sindicato, Arnaldo Bottrel Reis, a galeria é um marco na história da entidade. Presente à solenidade de inau-guração do espaço, o diretor-tesoureiro da FAEMG, João Roberto Puliti, destacou a importância da união da classe para a solução dos problemas do setor, como o endivida-mento da cafeicultura.

O presidente do Sindicato de Varginha, Arnaldo Bottrel, cumprimenta o presidente da Câmara municipal, Leonardo Ciacci

Curveloreiro), Adauto Alves Ribas e Dalton Filho (diretores), Dalton Gonçalves e Guilherme Matos Diniz (suplentes), Biagio Annuzzo (2° vice-presidente), Ernani Jacques Durães (1° vice-pre-sidente), Viriato Mascarenhas Gon-zaga III (conselheiro fiscal) e Dalmir Dumont Magalhães (suplente).

PABLO CATARiNO

DiRETORiA

INFORMATIVO FAEMG/SENAR I Junho de 2010 I 5

COmENDA

Palestra em Prata

Novo técnico

Superintendente da FAEMG é agraciadoO superintendente

técnico da FAEMG, Affon-so Damasio, foi agraciado com a Comenda Antônio Secundino de São José, durante a 52ª Festa Nacio-nal do Milho, em Patos de Minas. A comenda foi en-tregue pelo governador Antônio Augusto Anasta-

O governador Antônio Anastasia, a prefeita maria Beatriz Savassi e Affonso Damasio

sia, também homenagea-do, e pela prefeita de Patos de Minas, Maria Beatriz Savassi. O diretor tesourei-ro, João Roberto Puliti, e o superintendente adminis-trativo da FAEMG, Silas Ca-nedo, estiveram presentes.

mARiÂNGELA NOGuEiRA,DE PATOS DE miNAS

Semana do Agronegócio

Insegurança no campo

Em palestra no Sindicato dos Produtores Rurais de Prata, o diretor da FAEMG, Marcos de Abreu e Silva, orientou aos produtores sobre os cuidados necessários, nos aspectos jurídicos e administrativos, para se defen-der de invasões de terras. Sobre Previdência Social, es-clareceu “que todo o interessado na aposentadoria deve recolher sua contribuição através de carnê específico, pois a taxa descontada na venda de sua produção não garante o benefício pessoal”.

ARq

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O SiN

DiC

ATO

O diretor secretário da FAEMG, Marcos de Abreu e Sil-va, sugeriu incluir o tema Insegurança no Campo na pauta do Fórum Técnico de Segurança Pública e teve a proposta aceita durante reunião preparatória, na Assembleia Legis-lativa de Minas Gerais. “Os produtores rurais se sentem abandonados e inseguros no campo. A questão requer atenção e não pode ficar fora do debate.” O evento será de 11 a 13 de agosto, em Belo Horizonte.

O vice-presidente da FAEMG, Rivaldo Machado Borges Júnior, representou a entidade na abertura da 4a Semana do Agronegó-cio, em Carneirinho. Ele destacou a importância da

Rivaldo machado (de pé) no evento em Carneirinho

Federação na defesa dos interesses da classe rural e a parceria com o SISTEMA CNA SENAR no fortaleci-mento do setor, com a par-ticipação efetiva do presi-dente Roberto Simões.

ARq

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iCAT

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EDuARDO SANTORO (PATOS NOTÍCiAS)

Rodrigo França Pa-dovani é o mais novo analista de agronegó-cios da Assessoria Téc-nica da FAEMG. Natural de Sete Lagoas, é gra-duado em Engenharia Agronômica pela Ufla (Universidade Federal de Lavras) e já traba-lhou como mobilizador do SENAR e técnico do Programa Balde Cheio. O novo funcionário será responsável pelo acom-panhamento da pecuá-ria e por programas do setor.

6 I Junho de 2010 I INFORMATIVO FAEMG/SENAR

mEiO AmBiENTE

LEiTE

Suspensa ampliação de área de proteção na Mantiqueira

Encontro em Muriaé

O governo federal sus-pendeu a ampliação e transformação da Área de Proteção Ambiental Serra da Mantiqueira em Parque Nacional. A decisão foi to-mada após Audiência Pú-blica, com a participação da FAEMG, em que os par-ticipantes foram unânimes contra a implantação. A medida criaria problemas sociais e afetaria o desen-volvimento da região. A au-diência foi promovida pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais e pelo Sindi-cato dos Produtores Rurais de Passa Quatro.

A advogada Ennia Gue-

Participaram da audiência cerca de 500 pessoas, entre prefeitos, deputados estaduais, empresários,

produtores rurais e a população

Lideranças marcaram presença

O presidente do Sindica-to dos Produtores Rurais de Muriaé, Manoel de Carvalho Filho, disse que a Zona da Mata tem uma forte crítica ao mercado de importação, que inibi a produção de leite da região, que representa 15% do total do estado, e à legislação ambiental vigen-te, que dificulta o desenvol-vimento da atividade rural

em 60%. “Defendemos uma medida regional, que res-peite as particularidades de cada região”, afirmou, no 7° Encontro de Produtores de Leite da Zona da Mata Mi-neira. O evento contou com a presença de aproximada-mente 700 pessoas, entre elas dirigentes da FAEMG e o secretário-executivo do SENAR, Daniel Carrara.

des, da Assessoria Jurídica, que representou a FAEMG, disse que “a proposta viola a ordem social, econômi-ca e jurídica pela falta de

previsão orçamentária, de estudo sobre os impactos à produção e de plano de transferência e indenização dos produtores rurais”.

Balde CheioCom o intuito de reor-

ganizar a base de dados do Balde Cheio, o SISTEMA FAEMG SENAR fará o re-cadastramento das enti-dades parceiras, técnicos e produtores participantes do programa. O início do recadastramento será em junho, após o treinamento semestral de todos os técni-cos envolvidos. A renovação dos termos de compromisso com as entidades parceiras nos municípios já deverá observar as novas regras determinadas pela dire-toria do SISTEMA FAEMG SENAR, que incluem, por exemplo, a anuência dos Sindicatos de Produtores Rurais nas cidades onde o programa é conduzido por outras entidades.

FAEmG iTiNERANTEQuase cem pessoas

participaram do FAEMG Iti-nerante no município de Campanha. Profissionais das Assessorias Jurídica, Técnica e Sindical e do SAC (Sistema de Arrecadação e Cadastro) atenderam os produtores ru-rais, junto com funcionários do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) e do Sebrae. Houve palestras sobre os seguintes temas: Greening, Associativismo e Empreen-dedorismo, ITR/CCIR/ADA, Contribuição Sindical Rural, Programa Café + Forte e Aposentadoria do Produtor Rural. “No evento, a FAEMG ouve diretamente o produ-tor rural, resolve pendências e estreita o contato”, assinala o coordenador da Assessoria Jurídica da Federação, Fran-cisco Simões.

CAmPO FuTuROA CNA promoveu, em

Minas Gerais, uma rodada de painéis com o objetivo de levantar informações sobre custos de produção de leite, dentro do Projeto Campo Fu-turo. O trabalho de apuração de dados foi feito em Bom Despacho, Leopoldina, Santa Rita do Sapucaí e Teófilo Oto-ni. Os painéis foram feitos em parceria com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

FRuTiCuLTuRAA Comissão Nacional de

Fruticultura da CNA começou a discutir a criação de uma campanha de incentivo ao consumo de frutas e horta-liças. A iniciativa visa tirar do Brasil o rótulo de país com um dos mais baixos percen-tuais de consumo no mundo.

INFORMATIVO FAEMG/SENAR I Junho de 2010 I 7

mOTOSSERRA

COOPERADOS

Homenagem

O Sindicato Rural de Santa-na de Pirapama está retomando convênio com o SENAR MINAS, visando à realização de cursos de capacitação junto aos seus asso-ciados. Para acertar detalhes dos treinamentos, o gerente do Escri-tório de Sete Lagoas, Robinson Jorge Paulitsch, visitou o Sindi-cato. O vice-presidente da enti-dade, Gilberto Câmara, disse que a reaproximação com o SENAR é muito importante para a região.

O Sindicato de Pirapama fun-ciona em espaço cedido pela Cooperativa Agropecuária de Santana de Pirapama (Coasp). A maioria dos produtores de leite cooperados também é associada ao Sindicato. O gerente da Coasp, Paulo Pereira dos Santos, disse que os associados estão reivin-dicando a realização de cursos

Santana de Pirapama busca cursos do SENAR

Robinson Paulitsch, Gilberto Câmara e Paulo Pereira

O superintendente do SENAR MINAS, Antônio do Carmo Neves, foi um dos ho-menageados com a Comenda Carlos Luz. A Comenda foi criada em 1988 para ho-menagear as personalidades que se des-tacaram nos serviços prestados à classe rural em Leopoldina. Os agraciados, es-colhidos pelo Sindicato Rural do municí-pio, receberam a homenagem durante as comemorações do aniversário da cidade, que completou 156 anos.

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voltados para a bovinocultura de leite, principalmente de insemi-nação artificial. Outra demanda levantada foi a capacitação para a aplicação de agrotóxicos, uma vez que o tomate é uma cultura largamente explorada na região.

mARCELO GuimARãES, DE SETE LAGOAS

Treinamentos orientam sobre

práticas ambientaisO treinamento de Ope-

ração e Manutenção de Mo-tosserra do SENAR MINAS vai além das orientações de manejo dos equipa-mentos. O curso é um dos mais demandados e, só em 2009, foram treinadas 3.235 pessoas. Os participantes também recebem informa-ções sobre as exigências ambientais que devem ser seguidas antes de se fazer o

4 SINDICATO RURAL DE LEOPOLDINA

Comenda Carlos Luz deu mais

brilho às comemorações do

aniversário da cidadeA Comenda foi criada em 1988 para homenagear as personalidades que se destacaram e quefizeram jus pelos serviços prestados à classe ruralista no município, no estado e no país.Este ano foi realizado a sétima edição da Comenda Carlos Luz e as seguintes personalidadesescolhidas pelo Sindicato Rural de Leopoldina receberam a Comeda: Dr. Andrei FelipeMonteiro de Castro – Presidente da Subseção da OAB; Antônio do Carmo Neves – agrônomo; Carlos Olney Soares – Instituto Hermes Pardini; Major Cláudio Nazário da SilvaMachado – Comandante da 6ª Companhia de Polícia Militar de Leopoldina; Dr. ClóvisCavalcanti Piragibe Magalhães – Juiz de Direito; Eunice de Souza – Assistência social

voluntária; Evandro Guimarães – Vice-Presidente de Relações Institucionais das OrganizaçõesGlobo (representado por Marcos Almeida Junqueira Reis); Gabriel Antônio Junqueira Reis –produtor rural; Janete Gomes Barreto Paiva – Reitora da UEMG; João Ribeiro dos Reis –pecuarista; José Alves Duarte – agropecuarista; José Braz – Prefeito de Muriaé; Luiz CarlosOliveira Montenári – radialista; Manoel Teodoro Pereira de Carvalho Neto – produtor rural;Pedro Augusto Junqueira Ferraz – agropecuarista; Rogério de Melo Franco Assis Araújo –Delegado Regional de Policia Civil; Wanderlei Geraldo de Ávila – Presidente do Tribunal deContas de Minas Gerais (representado pelo Deputado Bráulio Braz).

Dr. Andrei Felipe Monteiro de Castro – Presidente da Subseção da OAB

e advogado do Sindicato Rural de Leopoldina Antônio do Carmo Neves – agrônomo e Superintendente Senar Minas Carlos Olney Soares Fajardo, Bioquímico

Major Claudio Nazário, PMMG Clovis Cavalcante Piragibe Magalhães, Juiz de Direito Eunice de Souza, Serviço Social Voluntário

Marcos Almeida Junqueira Reis, representando o agropecuarista

Evandro Guimarães

Gabriel Antonio Junqueira Reis, agropecuarista João Ribeiro dos Reis, agropecuarista

corte das árvores. O instrutor Ascânio Ma-

ria de Oliveira disse que no treinamento são trans-mitidas orientações sobre o uso correto de equipa-mentos de proteção indi-vidual, além de toda a par-te técnica. “Enfatizamos a segurança, pois o acidente de trabalho que envolve a motosserra pode ser fatal”, explicou.

Ederaldo Souza Pinhei-ro, da Fazenda São Fran-cisco, participou de treina-mento em Patos de Minas e observou que, apesar de trabalhar com motosserra há muitos anos, pôde aper-feiçoar os conhecimentos.

Belchior Alves de Melo, ou-tro participante, ressaltou que, quando se adota as técnicas corretas, conse-gue-se ter maior durabili-dade dos equipamentos.

mARiÂNGELA NOGuEiRA,

DE PATOS DE miNAS

Técnicas corretas aumentam vida útil do equipamento

8 I Junho de 2010 I INFORMATIVO FAEMG/SENAR

GOiABADA

REAPROVEiTAmENTO

O curso de Artesanato de Sementes, Cascas, Fo-lhas e Flores movimentou a vida de mulheres rurais da Comunidade Agrovila, no Norte de Minas. Itamiris Soares de Aquino vislum-brou um novo mercado com a confecção de peças feitas com matéria-prima do Cerrado. “Temos tudo aqui, pronto para ser usado. Além disso, o artesanato

A produtora rural Irene Lamounier de Camargos já colhe os frutos com a fabri-cação de goiabada cascão e em pasta, após treina-mento de Produção de Conservas Vegetais, Com-potas, Frutos Cristalizados e Desidratados. O treina-mento foi realizado pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Luz, em parce-ria com o SENAR MINAS e ministrado pela instrutora Maria Mirtes Pereira Maga-lhães. “No curso, aprendi as técnicas corretas, gerando maior economia na pro-dução”, ressaltou. Entusias-mada, ela pretende inves-tir na construção de uma cozinha industrial.

Ela conta que plantou

Produtora aprimora técnica de fabricação

Matéria-prima do Cerrado vira peças artesanais

250 goiabeiras em 2007, com intuito de fornecer a fruta para uma indústria de doces. Com o tempo, a indústria fechou e, para não perder a produção, ela chegou a vender as goia-bas para terceiros. “Minha produção era grande para

o mercado de Luz e peque-na para comercializar para outros centros”, comenta. Com isso, ela resolveu pro-duzir a goiabada. Por não conhecer as técnicas corre-tas, Irene usava medidas ina-dequadas, elevando o custo de produção. “A instrutora

nos repassou as orientações sobre as medidas certas e o doce ficou com uma consis-tência melhor”, diz.

Irene conta também que aprendeu ainda a fa-zer a embalagem, o que fez com que o doce ficasse com uma apresentação melhor. Adotou também um rótu-lo mais colorido. “Pretendo investir na construção de uma cozinha industrial e aliar a minha produção à da minha irmã, que possui 500 goiabeiras”, enfatiza.

A mobilizadora do Sin-dicato dos Produtores Ru-rais de Luz, Lourdes Míriam Araújo Raposo, observa que a diferença da fabricação antes e após o treinamento é visível. “A perspectiva de melhoria de renda da famí-lia de Irene é grande pela motivação dela com esta nova fase da atividade”.

mARiÂNGELA NOGuEiRA, DE PATOS DE miNAS

feito com sementes e folhas secas tem ótima aceitação no mercado”.

Conforme a instruto-ra Márcia da Consolação Fonseca Veloso, além das mulheres aprenderem a produzir peças artesanais de decoração e utilitárias, também recebem infor-mações sobre educação ambiental, prevenção de acidentes, cidadania, as-

sociativismo e noções de compra e venda. “Elas não sabiam que sementes de tamarindo, por exemplo, que antes jogavam fora, poderiam ser usadas na confecção da mandala. Desconheciam também o fato de que a palha de mi-lho poderia virar boneca. Quando terminam uma peça ficam maravilhadas. Ver este resultado me en-

tusiasma, é muito grati-ficante ver meu trabalho dando resultados positi-vos”, disse a instrutora.

A aluna Vanda Lúcia da Silva também se surpreen-deu com as possibilidades criativas com o material que antes era descartado. “Estamos cheias de planos, queremos trabalhar em conjunto e fazer artesanato com fins comerciais”. O cur-so foi realizado pelo Sindi-cato dos Produtores Rurais de Montes Claros, em par-ceria com o SENAR MINAS.

CECÍLiA OLiVEiRA, DE mONTES CLAROS

Embalagem e novos rótulos ajudam a

alavancar as vendas

INFORMATIVO FAEMG/SENAR I Junho de 2010 I 9

AViCuLTuRA

SENAR ajuda produtores a recuperarem negócio

Dois avicultores de Bom Despacho consegui-ram recuperar a criação de aves caipiras depois de participarem do curso de Avicultura do SENAR MINAS no ano passado. Os sócios Eustáquio José da Silva e Breno Campos Rodrigues, das Fazendas

As perspectivas de cres-cimento não param por aí. A meta é dobrar a produção até 2011, ampliar as insta-lações e montar uma horta dentro da propriedade para alimentar os frangos, que atualmente são vendidos no município. Em breve, eles querem chegar ao mercado de Belo Horizonte.

Para Breno, o conheci-mento do instrutor Carlos Raposo fez toda diferen-ça para o aprendizado. “O SENAR virou referência”, completou Eustáquio.

O presidente do Sindica-to dos Produtores Rurais de Bom Despacho, Pauli-no Gontijo Queiroz Can-çado, disse que a histó-ria dos dois avicultores é um exemplo de como o SENAR atende o muni-cípio. “Estamos satisfeitos com o trabalho do SENAR na cidade”, reforçou.

KEuLY ViANNEY, DE PASSOS

Eustáquio José da Silva mostra a produção de ovos

Picão e Piteiras, reorga-nizaram a infraestrutura dos galinheiros para ga-rantir maior produção até o final de 2010, tendo como metas 300 pinti-nhos/mês e 96 ovos/dia.

Em maio de 2009, os sócios investiram na criação de duas mil aves,

Mudanças pós-curso

Crescimento a vista

Dentre as medidas im-plantadas pós-curso es-tão: seleção de matrizes, mudanças na infraestrutura dos galinheiros, instalação de granjas com piquetes, higienização do ambiente, aplicação de vacinas, esco-lha da alimentação e ma-nutenção do negócio.

“O curso ajudou em tudo porque é abrangente e oferece uma visão melhor

mas sem informações sobre o negócio. O re-sultado foi um prejuízo de 70% sobre o valor in-vestido, devido à falta de infraestrutura e morte dos animais por doenças oportunistas.

Foi aí que eles recor-reram ao SENAR. “Come-

çamos muito desorga-nizados, sem nenhuma orientação e tivemos grande prejuízo. Resol-vemos procurar ajuda e tivemos boa indicação dos cursos do SENAR. Se não fosse o SENAR, com certeza já tínhamos para-do”, contaram.

para implantar correta-mente e manter a criação de aves. Antes, não tínha-mos esta noção, por isso tivemos prejuízo”, avaliou Eustáquio. “Seguimos to-das as recomendações e o curso fez grande diferença”, completou Breno.

Foram cerca de cinco meses para reorganizar toda a criação, com sepa-ração de 120 matrizes que

também são produtoras de ovos. “Antes, também não tínhamos produção de ovos e comprávamos de outros criadores, mas a perda era grande no transporte. Agora, já fize-mos a primeira granjinha e tiramos 80% da produ-ção. De 300 pintinhos, tivemos perda somente de 1%”, contabilizou Eus-táquio.

10 I Junho de 2010 I INFORMATIVO FAEMG/SENAR

mEL

Capacitação aumenta produção no Norte de Minas

Técnicas adequadas garantem qualidade

Desde 2005, o Norte de Minas vem trabalhando na melhoria da produção de mel. O SENAR MINAS realizou na região, de 2005 até agora, 121 cursos de Apicultura com a capacita-ção de 1.450 agricultores e trabalhadores. Com a pro-fissionalização e o empre-go de novas tecnologias, a produção de mel cresceu 60%, segundo dados da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Va-les do São Francisco e Par-naíba). A média de produ-ção gira em torno de 400 toneladas por ano.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimen-to) adquire 50% do mel produzido na região, den-tro do Programa Fome Zero, para uso na merenda escolar, o que deu mais im-pulso à produção. O mel do Norte de Minas vem con-quistado também o merca-do internacional pela boa qualidade. A associação de Apicultores de Bocaiúva está vendendo quase 50% da produção para uma em-presa exportadora de São Paulo que distribui o pro-duto na Europa.

Opção de renda para pequeno produtorA apicultura é consi-

derada uma das opções para o pequeno agricultor gerar emprego e aumen-tar a renda, aproveitando a potencialidade natural

do meio ambiente e sua capacidade produtiva. Nos municípios de Monte Azul, Januária, Bocaiúva, Buritizeiro, Mirabela e Por-teirinha, agricultores têm investido na produção de mel, que vem dando lucro e melhorando a qualida-de de vida das famílias e a economia das cidades.

Vários municípios fo-ram contemplados com a instalação de unidades

de produção e beneficia-mento, batizadas de “Casa do Mel”, atendendo a cen-tenas de produtores. Den-tro deste novo panorama, Sindicatos de Produtores e Associações Rurais vêm re-alizando, em parceria com o SENAR MINAS, a capaci-tação e profissionalização dos apicultores, a fim de produzir mel de qualidade.

CECÍLiA OLiVEiRA, DE mONTES CLAROS

A média de produção anual gira em torno de

400 ton.

INFORMATIVO FAEMG/SENAR I Junho de 2010 I 11

EmPREENDimENTO

Curso do SENAR viabiliza produção comercial de iogurte

No primeiro semestre de 2009, a dona de casa Diva Maria Lodi Chagas, de Monte Santo de Minas, par-ticipou do curso de Deriva-dos do Leite, realizado pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Monte Santo de Minas, em parceria com o SENAR MINAS. Ela só não sabia que começaria, a par-tir dali, a produzir iogurte

caseiro para comercializar no município e também em outras cidades, como Ribeirão Preto (SP). Aos 65 anos, ela tornou-se uma microempresária com pro-dução do iogurte Vó Diva.

Logo após o curso, ela começou a fabricar iogurte para os amigos e conheci-dos. No início, produzia 15 litros por semana. Hoje, já

são de 80 a 100 litros se-manais de sete tipos de io-gurtes com polpa natural de frutas, como morango, abacaxi, pêssego, ameixa, coco, salada de frutas, além da combinação mamão e laranja. Também são pro-duzidos iogurtes diets.

O iogurte Vó Diva é ven-dido em garrafas de um litro e de 200 ml. Por en-

quanto, tudo é produzido por ela mesma na fazenda. “Fiz o curso para diversificar os produtos para consumo próprio, como queijos e do-ces, mas comecei a produzir o iogurte e vender para os amigos. Eles gostaram e pe-diram mais. Foi a divulgação boca-a-boca que ajudou e resolvi começar a produzir em escala maior”, contou.

Diva comemora a produção de 100 litros semanais de sete sabores

Quando decidiu fabricar o iogurte, Diva Chagas abriu a microempresa e montou uma cozinha na fazenda obedecendo às exigências da Vigilância Sanitária. A produção cresceu com a venda para consumidores de Monte Santo de Minas e Ribeirão Preto.

A expectativa é aumen-tar o fornecimento para Ribeirão Preto e estender

Expectativa é de crescimentoo negócio para São José do Rio Preto, onde a filha mora. Com as boas perspectivas do negócio, Diva já pensa em gerar empregos em Monte Santo e passar a fa-bricar outros produtos de-rivados do leite, como doce de leite e queijo frescal – técnicas também aprendi-das no curso do SENAR.

“O curso é adorável, pois dá noções básicas para a

produção dos derivados do leite. Eu nem sabia fazer iogurte. O instrutor é exce-lente e o aprendizado fácil. Além disso, há seriedade no trabalho, porque orien-ta os alunos sobre limpe-za do ambiente e higiene pessoal”, afirmou.

Outro aprendizado que Diva está colocando em prática é o armazenamento dos produtos e rotulagem.

No momento, ela se diz muito feliz com todas as conquistas obtidas.

“O SENAR me reviveu e voltei à vida ativamente. Estou numa idade em que deveria estar pensando em aposentadoria, mas estou elétrica e visualizo um futu-ro trabalhando. Estou mui-to feliz”, festejou.

KEuLY ViANNEY, DE PASSOS

12 I Junho de 2010 I INFORMATIVO FAEMG/SENAR

SuPERAGRO

A força do agronegócio

ViTRiNE - No estande interno foram comercializados produtos confeccionados por instrutores e ex-alunos do SENAR miNAS, tais como artesanato de cerâmica, fibras e sementes, vestuário e produtos alimentícios.

iNTEGRAçãO - mais de 5 mil alunos visitaram a minifazenda e tiveram contato direto com os animais. Puderam ver também como são produzidos alguns derivados do leite e, no Dedo de Prosa, conversaram com o Torrãozinho, mascote do Semeando.

Carla Medeiros, Lucila Alves Guimarães e Silvana Matos

A Superagro Minas 2010, realizada no Complexo Expo-minas/Parque da Gameleira, em Belo Horizonte, de 26 de maio a 6 de junho, foi um sucesso. Os 12 leilões realizados durante a 50ª Exposição Estadual Agropecuária superaram em 40% os índices de 2009, gerando negócios da ordem

de R$ 6,1 milhões. O público também cresceu, saltando de 64 mil para 75 mil nessa sexta edição do evento. A Supera-gro é uma realização do governo estadual, por meio da Se-cretaria de Agricultura e IMA, da FAEMG e do Sebrae-MG. Mais informações, acesse: www.superagronet.com.

SERViçO - A FAEmG recebeu produtores e lideranças rurais e políticas no estande, apresentando os trabalhos e serviços que disponibiliza aos agropecuaristas.

CONSOLiDAçãO - Na abertura, o presidente da FAEmG, Roberto Simões, comemorou o sucesso do evento: “a cada ano a Superagro cresce e se consolida, tornando-se importante fomentadora de negócios”.

FOTOS EVANDRO FiuzA