extensões vocais

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Extensões Vocais Extensão (música) Em música extensão refere-se ao conjunto de todas as notas capazes de serem produzidas por um determinado instrumento musical. No caso da voz humana, refere-se ao conjunto de todas as notas que um cantor consegue articular, sem que importe o timbre. A extensão tem, portanto, uma abrangência maior que a tessitura. Enquanto que a extensão representa todas as notas fisicamente realizáveis, a tessitura refere-se às notas mais frequentemente utilizáveis. Femininas Soprano Mezzosoprano Mezzo-contralto Contralto Masculinas Castrato Sopranista Contratenor Haute-contre Tenor Baritenor Barítono Baixo-barítono Baixo Outras classificações Buffos Vozes brancas Vozes raras Vozes populares Vocal gutural

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Page 1: Extensões Vocais

Extensões Vocais

Extensão (música)

Em música extensão refere-se ao conjunto de todas as notas capazes de serem

produzidas por um determinado instrumento musical. No caso da voz humana, refere-se

ao conjunto de todas as notas que um cantor consegue articular, sem que importe o

timbre. A extensão tem, portanto, uma abrangência maior que a tessitura. Enquanto que

a extensão representa todas as notas fisicamente realizáveis, a tessitura refere-se às

notas mais frequentemente utilizáveis.

Femininas

Soprano

Mezzosoprano

Mezzo-contralto

Contralto

Masculinas

Castrato

Sopranista

Contratenor

Haute-contre

Tenor

Baritenor

Barítono

Baixo-barítono

Baixo

Outras classificações

Buffos

Vozes brancas

Vozes raras

Vozes populares

Vocal gutural

Page 2: Extensões Vocais

Extensões Femininas

Soprano

Soprano é o nome do registro da voz (ou naipe) feminina mais aguda.

A voz de soprano normalmente recobre a extensão do Dó4 ao Lá5, em alguns casos

mais raros até o Dó6 (os números correspondem às oitavas do piano). Em termos gerais,

corresponde à faixa de emissão do tenor, no caso masculino, e é o mais alto, ou seja, o

mais agudo dentre os registros femininos, distinguindo-se desse modo das vozes de

mezzo-soprano e de contralto.

Usualmente, apenas adultos do sexo feminino são capazes de emitir confortavelmente

notas na altura correspondente à faixa de um soprano, pois as pregas vocais dos homens

engrossam após a puberdade, produzindo vozes mais graves. Por meio de técnica

especial que envolve o emprego do falsete, alguns cantores líricos ainda se especializam

em papéis de soprano, e são, por isso, denominados sopranistas. As vozes infantis são,

por vezes, denominadas sopraninos.

Tipos de soprano

Na ópera, existem diferentes classificações para sopranos, que levam em consideração

principalmente a extensão vocal, o peso relativo e a coloração do timbre. Os três tipos

básicos de voz de soprano são o ligeiro, lírico e dramático. Da combinação desses,

surgiram vários outros referentes a estilos ou exigências técnicas particulares, assim

como a diferenças relativas de cor vocal.[1]

Portanto, também se consideram certas habilidades técnicas exigidas para

desempenhar certos papéis. Assim, aos tipos de voz se costuma acrescentar a expressão

de coloratura (ou d'agilità) para identificar a soprano que possui flexibilidade e

agilidade para cantar escalas e ornamentos vocais, sobretudo no registro mais agudo.

Devido a tais características, costuma-se associar certas especificidades ao tipo de voz,

fazendo surgir subdivisões como lírico-coloratura e dramático-coloratura.

Nas escolas francesa e alemã, as sopranos são classificadas de modo diferente, usando

classificações especiais e divindo-as por categorias que podem abranger dois a três tipos

de vozes da classificação tradicionalmente usada em outros países.

A classificação alemã em "fach" é a mais rigidamente estruturada, tendo sido criado

pelas casas de ópera da Alemanha para definir estritamente os papéis aos quais um

cantor poderia se dedicar, sendo assim mais que uma categoria de voz, mas também de

repertório. Assim, um cantor que firmasse contrato com uma companhia operística

alemã, sob uma dada "fach", ficaria responsável por todo o repertório descrito para

aquele tipo de voz. É um sistema usado hoje em apenas alguns lugares.[2]

Page 3: Extensões Vocais

Originalmente, não se realizava qualquer tipologia das vozes de soprano, que, além

disso, eram incluídas juntamente com as atuais mezzo-sopranos em uma só categoria. A

progressiva separação dos tipos de vozes, como forma de indicar mais ou menos

estritamente o peso, a extensão e o repertório adequado de umas sopranos relativamente

às outras, vai aparecendo após meados do século XIX.[3]

De fato, até o período do Bel

Canto, cantoras que são consideradas atualmente como mezzo-sopranos, como Maria

Malibran, cantavam papéis também interpretados por sopranos e hoje consagrados a

elas.[4]

Há muitas controvérsias quanto à classificação das vozes, devido às muitas e variadas

características delas. Na tentativa de melhor definir vozes individuais, surgem

freqüentemente combinações de vários dos tipos consagrados, como soprano spinto

dramático [5]

ou lírico-dramático spinto.[6]

Há ainda compreensões diferentes, de acordo

com a escola de canto ou mesmo com o indivíduo, sobre os conceitos expressos pelas

classificações usuais ou sobre os critérios para realizar tal categorização. O termo lírico-

dramático, por exemplo, é ora usado como categoria à parte, ora como sinônimo de

lírico-spinto.[7]

Contudo, a classificação básica e usualmente utilizada nos países lusófonos é a seguinte:

Soprano ligeiro (ou leggero)

Soprano lírico-ligeiro (ou lírico-leggero)

Soprano lírico

Soprano lírico-spinto (ou lírico-dramático)

Soprano dramático

Soubrette

A classificação alemã as divide em:[3][8]

Soubrette (soprano coloratura)

Lyrischer Koloratursopran (soprano lírico-coloratura)

Dramatischer Koloratursopran (soprano dramático-coloratura)

Lyrischer Sopran (soprano lírico)

Jugendlich-dramatischer Sopran (soprano lírico-spinto)

Dramatischer Sopran (soprano dramático)

Charaktersopran

Hochdramatischer Sopran (soprano dramática/heróica, soprano wagneriana)

Page 4: Extensões Vocais

Mezzosoprano

Mezzosoprano, do Italiano (em Português, meio soprano), é voz feminina intermédia

entre o soprano e o contralto. O mezzo geralmente apresenta um timbre mais encorpado

que o soprano e tem uma extensão maior na região central-grave.

Características vocais

Como um contralto legítimo é uma voz rara, muitas vezes o mezzo é quem canta as

partes de contralto nos "divisis" dos arranjos corais e vocais em geral. Isso gera um

pouco de confusão, trazendo a idéia de que o mezzo tem uma voz grave, o que nem

sempre é verdade. É uma voz que tem maiores possibilidade de "misturar" a voz no

centro e descer com o som mais equalizado do que um soprano faria. Mas, na verdade,

um bom mezzo pode e deve ter seus agudos bem desenvolvidos.

Mezzosopranos por timbres e escolas

Mezzosoprano leggero

Mezzosoprano lírico

Mezzosoprano dramático

Mezzosoprano popular

Page 5: Extensões Vocais

Mezzo Contralto

O Mezzocontralto é o timbre intermediário entre o mezzosoprano e o contralto, trata-se

do correspondente ao baixo-barítono, de fato é um contralto com âmbito de

mezzosoprano, e nunca um mezzosoprano com âmbito de contralto, que no caso seria

um mezzo dramático. Sua tessitura usual é do Mib3 ao Lá5.

Registros

Registro agudo

É metálico, tem grande dificuldade nas articulações e em matizes como piano e

pianíssimo, mas, mantém uma boa extensão em vocalizes. Possui uma cor escura e

sonoridade semelhante a um fagote.

Registro central

É muito intenso, aveludado, ao contrario do contralto, é menos flexível e de pouca

propensão para qualquer tipo de agilidade, dificultando a clareza das palavras

pronunciadas.

Registro grave

Alcança a potencia do contralto, a mesma intensidade e sonoridade.

Mezzocontraltos famosas

Alice Raveau

Alison Metternich

Alexandrina Milcheva

Annie Woud

Elena Zaremba

Liana Avogrado

Louise Kirkby-Lunn

Maria Olszewscka

Oralia Domingues

Stephania Toczyska

Susan Sevier

Suse Luger

Tâmara Takác

Veronique Bauer

Page 6: Extensões Vocais

Contralto O Contralto é o timbre feminino mais pesado, e soa quase que com a plenitude de uma

voz masculina. É um timbre robusto e vigoroso, chamado também de contralto

profundo. Sua extensão aguda é curta e compensada no registro grave. Não tem divisão

interna por timbre, e raramente canta papéis em Óperas. Sua tessitura usual é do Fá3 ao

Fá5.

Registros

Registro agudo

É curto e pouco usado, de sonoridade escura e rica em harmônicos.

Registro central

É amplo, muito intenso e escuro, mas é ágil e dinamicamente flexível, muito potente e

de articulação pronta.

Registro grave

Possui uma grande extensão e timbre por vezes semelhante ao barítono, e pode alcançar

notas gravíssimas até o Lá1.

Coloratura

O timbre de contralto é muito flexível, e usado antigamente em óperas de Donizetti e

Rossini, muitos dos contraltos tinham que exceder sua tessitura para fazer papéis de

extrema agilidade.

Contralto popular

Contralto popular é um timbre muito raro até mesmo entre as cantoras populares. Os

contraltos populares tem uma voz muito masculina e cantam sempre na região grave da

voz.

Contraltos populares brasileiros

Alcione

Ana Carolina

Cássia Eller

Cláudia Leitte

Dulce Quental

Elaine de Jesus

Elza Soares

Page 7: Extensões Vocais

Eliana Printes

Fabiana Cozza

Fernanda Brum

Ivete Sangalo

Leci Brandão

Margareth Menezes

Maria Alcina

Maria Bethânia

Roberta Miranda

Selma Reis

Simone

Zélia Duncan

Elis Regina

Pitty

Extensões Masculinas

Castrato

Castrato (plural castrati) é um cantor masculino cuja extensão vocal corresponde em

pleno à das vozes femininas, seja de (soprano, mezzo-soprano, ou contralto). Esta

faculdade numa voz masculina só é verificável na sequência de uma operação de corte

dos canais provenientes dos testículos, ou então por um problema endocrinológico que

impeça a maturidade sexual. Consequentemente, a chamada "mudança de voz" não

ocorre.

A castração antes da puberdade (ou na sua fase inicial) impede então a libertação para a

corrente sanguínea das hormonas sexuais produzidas pelos testículos, as quais

provocariam o crescimento normal da laringe masculina (para o dobro do comprimento)

entre outras características sexuais secundárias, como o crescimento da barba.

Quando o jovem castrato chega à idade adulta, o seu corpo desenvolve-se,

nomeadamente em termos de capacidade pulmonar e força muscular, mas a sua laringe

não. A sua voz adquire assim uma tessitura única, com um poder e uma flexibilidade

muito diferentes, tanto da voz da mulher adulta, como da voz mais aguda do homem

não castrado (contratenor). Por outro lado, a maturidade e a crescente experiência

musical do castrato tornavam a sua voz marcadamente diferente da de um jovem.

O termo castrato designa não só o cantor mas também o próprio registo da sua voz.

Os castrati na história

A prática de castração de jovens cantores (ou castratismo) teve início no século XVI,

tendo surgido devido à necessidade de vozes agudas nos coros das igrejas da Europa

Page 8: Extensões Vocais

Ocidental, já que a Igreja Católica Romana não aceitava mulheres no coro das igrejas.

No fim da década de 1550, o duque de Ferrara tinha castrati no coro da sua capela. Está

documentada a sua existência no coro da igreja de Munique a partir de 1574 e no coro

da Capela Sistina a partir de 1599. Na bula papal de 1589, o papa Sisto V aprovou

formalmente o recrutamento de castrati para o coro da Igreja de S. Pedro.

Na ópera, esta prática atingiu o seu auge nos séculos XVII e XVIII. O papel do herói era

muitas vezes escrito para castrati, como por exemplo nas óperas de Handel. Nos dias de

hoje, esses papéis são frequentemente desempenhados por cantoras ou por

contratenores. Todavia, a parte composta para castrati de algumas óperas barrocas é de

execução tão complexa e difícil que é quase impossível cantá-la.

Muitos rapazes que eram alvo da castração eram crianças órfãs ou abandonadas.

Algumas famílias pobres, incapazes de criar a sua prole numerosa, entregavam um filho

para ser castrado. Em Nápoles, recebiam a sua instrução em conservatórios pertencentes

à Igreja, onde leccionavam músicos de renome. Algumas fontes referem que muitas

barbearias napolitanas tinham à entrada um dístico com a indicação "Qui si castrano

ragazzi" (Aqui castram-se rapazes).

Em 1870, a prática de castração destinada a este fim foi proibida em Itália, o último país

onde ainda era efectuada. Em 1902, o papa Leão XIII proibiu definitivamente a

utilização de castrati nos coros das igrejas. O último castrato a abandonar o coro da

Capela Sistina foi Alessandro Moreschi, em 1913.

Na segunda metade do século XVIII, a chegada do verismo na ópera fez com que a

popularidade dos castrati entrasse em declínio. Por alguns anos, ainda existiram desses

cantores na Itália. Com o tempo, porém, esses papéis foram transferidos aos

contratenores e, algumas vezes, às sopranos.

Sopranista

Um sopranista é um cantor que alcança o registro vocal do soprano. Diferente de um

contratenor, que treina sua voz para usar o máximo de suas pregas vocais para produzir

um tom mais cheio, o sopranista usa menos a parte grave de suas pregas vocais - desse

modo permitindo o acesso a um registro extremamente elevado. Um dos motivos para

isso é a voz insustentável do falseto. (Existe especulação de sobre a verdadeira técnica

deste tipo de voz).

Existe um vasto repertório escrito para sopranos masculinos, que foram criados na

época em que era comum encontrar castrati - um tipo da voz que, para todas as

intenções e finalidades, não existe mais. Sopranistas são muito raros, e não tem o poder

da voz que um castrato teria naturalmente.

Sopranista

É a voz masculina desenvolvida na tessitura do Soprano em falsete, este é um gênero,

isto é cada vez mais apropriado. Possivelmente há cem homens em cada país que

possuem vozes inusitadamente agudas e passíveis de nao sofrerem qualquer dano.

Page 9: Extensões Vocais

Naturalmente, isto começa a desfocar a linha entre quem são verdadeiramente vozes

agudas masculinas ou quem são “Castrati Naturais”. Isto é uma excelente especialidade

e como é freqüentemente verdadeira esta terminologia não é necessariamente

importante. Em alguns casos este tipo de cantores são menos inibidos para apresentar

suas verdadeiras cores, e eles são freqüentemente chamados para cantar Arias de

sopranos ou papéis de Soprano castrati. É interessante ressaltar que há sopranistas no

mundo que não utilizam falsete para emitirem notas agudas como mezzo-sopranos e

sopranos, pois, seu organismo vai preparado, naturalmente,para tais ações. Radu Marian

é um exemplo claro disso. Há homens com muito menos hormõnios que outros, o que,

na época da puberdade, não faz desenvolver várias regiões responsávis pelo canto, como

as pregas vocais , a laringe e etc, e isso, faz com que haja tanta variação em vozes de

homens com tons de sopranos naturais, já que nem tudo é claro e igual como em outras

classes.

Registros

Registro agudo

É brilhante e com uma cor aveludada, possui diversos padrões de cores e matizes, sendo

às vezes metálico e vibrante e até redondo e aveludado. Pode ter uma extensão pequena

até o Dó5 e pode emitir até um Fá5, ou até mais dependendo da elasticidade a

membrana vocal podendo emitir notas estratosféricas. Como Adam Lopes,que alcança

uma incrível extensão de sete oitavas emitindo até o Dó#8 e Nicola Gedda,que possui

uma extensão do Mi1 ao Lá9.

As vozes são classificadas pela sua mudança de registro, seu timbre, e não pelo

alcance/extensão.

Assim temos as seguintes vozes masculinas:

Baixo: Com brilho nos graves. Voz grave. Barítono: Timbre grave, com brilho nos tons

médios.Possui agudos. Tenor: Brilho nos agudos. Voz de timbre nos tons médios.

Contra-tenor: Esse cantor possui agudos comparados a voz feminina. Não se trata de

falsete, é a voz mesmo do contratenor que tem esse alcance. Ouvindo um contratenor

podemos confundi-lo com uma contralto tranquilamente. Em cada uma dessas

classificações existem subdivisões.

Registro central

Por ser uma voz em falsete pode variar a intensidade até mesmo na cor que pode ser

escura como um mezzosoprano ou clara como de um soprano, geralmente mantem um

padrão um pouco escuro e rico em matizes, possui grande agilidade para passagens de

coloratura.

Page 10: Extensões Vocais

Registro grave

É menos intenso que um contratenor, por usar a voz numa tessitura muito aguda usa-se

menos a voz de peito, geralmente um sopranista em falsete é um tenor na voz de peito.

Quando se canta muito em falsete a tendência da voz de peito “natural” acaba ficando

fraca e pouco proveitosa.

Cantores Famosos

Michael Aspinall

Terrance Lee Barber

Simone Bartolini

Kyle Church Cheeseborough

Aris Cristofellis

Quatu Florin Cezar

Philippe Jaroussky

Angelo Manzotti

Gilson Prior Miceli

Javier Medina

Ângelo Menzotti

Klaus Nomi

Dariusz Paradowski

Arno Raunig

Artur Stefanowicz

Jorg Waschinski

Randall Wong

Fabrício Onassys

Sopranistas brasileiros

Marcos Baldini

Gilson Prior Miceli

Tessitura usual

Lá2 ao Ré6

Contratenor

Contratenor é um cantor masculino adulto que canta numa tessitura correspondente à

do alto ou até mesmo à do soprano, adoptando normalmente a técnica do falsete. Apesar

de as propriedades vocais variarem entre contratenores, é comum a todos eles o timbre

perceptivelmente distinto da voz feminina, para um ouvido atento.

A voz de contratenor teve um ressurgimento massivo em popularidade na segunda

metade do séc. XX, parcialmente devido a pioneiros como Alfred Deller e pelo aumento

de popularidade da ópera Barroca. Apesar de serem considerados um fenômeno da

música renascentista e barroca, alguns contratenores modernos exploram um repertório

Page 11: Extensões Vocais

bem extenso. O termo contratenor deve ser usado exclusivamente no contexto do canto

lírico.

História

No início da polifonia, a voz de contratenor era uma parte melódica em contraponto

com a do tenor. Era escrito quase que na mesma extensão de um tenor. No século 15, o

contratenor foi dividido em contratenor altus e contratenor bassus (contratenor alto e

contratenor baixo), que estavam respectivamente acima e abaixo da voz de tenor. Já no

século 16, entretanto, o termo se tornou obsoleto já que o Latin perdeu a sua

popularidade. Na Itália, o contratenor alto se tornou simplesmente alto; na França,

haute-contre; na Inglaterra, contratenor.

Os contratenores permaneceram no nicho da música vocal sacra, em parte porque as

mulheres não tinham permissão para cantar nos cultos das igrejas. Entretanto, eles não

foram bem recebidos na ópera. Handel iria ocasionalmente escrever papeis específicos

para contratenores, mas os castratos eram bem mais populares. Como resultado, a voz

de contratenor era encontratada apenas em coros de catedrais e em ocasionais músicas

renascentistas.

O ícone mais visível do redescobrimento dos contratenores foi Alfred Deller, um cantor

inglês e campeão de performances autenticamente renascentistas. Deller inicialmente

chamava a si mesmo de "alto", mas seu colaborador Michael Tippett recomendou o

termo arcaico "contratenor" para descrever sua voz.

Nos idos de 1950 e 60, seu grupo, o Deller Consort, conseguiu aumentar o interesse (e a

apreciação) pelo Renascimento e a música Barroca. Benjamin Britten escreveu o papel

de Oberon em sua ópera Sonhos de uma noite de verão para ele. Deller foi o primeiro

contratenor da era moderna a conseguir tanto prestígio, mas ele não seria o último.

Russell Oberlin foi a contraparte americana de Deller, e também outro pioneiro da

música renascentista. O sucesso de Oberlin foi inteiramente sem precedentes em um

país que tinha visto pouco exposição para qualquer coisa antes de Bach, e assim, o

caminho para a próximo geração de contratenores foi pavimentado.

Hoje, contratenores atendem uma demanda requisitada por várias formas de música

erudita. Na ópera, muitos papeis escritos originalmente para castrados são cantados

agora por contratenores, assim como alguns papeis que são apresentados invertidos

(homens interpretando mulheres e vice-versa). Compositores modernos escrevem papeis

para contratenores, tanto para trabalhos em corais quanto na ópera. Grupos corais

masculinos como o Chanticleer e The King's Singers (Os Cantores do Rei) os

empregam com grande efeito em uma variedade de gêneros, incluindo música

renascentista, gospel e até mesmo música folclórica.

Page 12: Extensões Vocais

Tipologia vocal

A grande maioria dos contratenores utiliza a técnica do falsete para chegar ao registro

agudo, pelo que, em vozes masculinas destreinadas, o timbre tende a soar

harmonicamente débil. No entanto, trabalhada com a técnica adequada, a voz de

contratenor pode alcançar grande ressonância e volume.

Muitos contratenores passam do falsete para a voz de peito em notas graves com grande

suavidade. Com efeito, a passagem suave entre os registros vocais é dos controles mais

difíceis de se conseguir para o contratenor novato.

Poucos contratenores tem um registro comparável à de um soprano. Nesse caso são

chamados sopranistas, cantando frequentemente as árias escritas para os castratos.

Apesar de os resultados variarem significamente entre cantores, um contratenor soa bem

diferente de uma mulher cantando no mesmo registro.

Há ainda muita polêmica sobre esse tipo de voz pelo fato de a produção vocal no

homem ser definida pela estrutura física [anatomia/fisiologia] e também sofrer

influências de fatores psicológicos. Nesse caso, na atualidade, não havendo mais castrati

[vozes infantis mantidas por meio de procedmento cirúrgico] a voz de um contratenor

hoje se torna ainda mais rara, estando atrelada à alterações hormonais, anomalias no

aparelho sexual [hermafroditismo], fabricação de voz/'voz falsa' [uso demasiado do

falsete ou das pregas falsas - construindo-se uma segunda voz, no caso de tenores e

barítonos] e alteração da voz por conta da personalidade/identidade vinculada à

orientação sexual [homossexualidade].

Registro

Registro agudo

É escuro muito intenso, possui um veludo brilhante e riqueza em matizes podendo

variar a coloração e até alcançar a tessitura de soprano. A agilidade é espontânea e

necessária para os diversos papéis escritos para esta voz. Os que conseguem ter a

tessitura de mezzo-soprano ou de uma soprano entram facilmente na escala sobreaguda,

passando de Dó5 para cima, como o contratenor sopranista Aris Christofellis que atingi

um belíssimo e sonoro Dó6.

Registro Central

De timbre geralmente escuro semelhante ao do contralto, possui uma variedade de

matizes especiais, mantendo um timbre único e aveludado. É de grande agilidade em

coloraturas e pode alcançar altos níveis de virtuosidade.

Registro Grave

É fácil e geralmente feito com a voz de peito “natural”, mas possui uma certa

dificuldade para manter uma cor única entre o falsete e a voz natural, possuindo uma

zona de transição a mais que as vozes comuns.

Page 13: Extensões Vocais

==Cantores famosos==

Christian Chávez

Justin Timberlake

Cláudio Modesto

Fernando de Carvalho

Edson Cordeiro

Yoshikazu Mera

Derek Lee Ragin

Luís Peças

Michael Chance

Philippe Jaroussky

Bejun Mehta

Raifran Henston

Haute-contre

É a forma mais aguda do tenor leggero, cultivada na França desde o período

barroco. Sua tessitura é mais aguda que a do tenor leggero e une a emissão em voz de

peito e voz de cabeça combinados, alcançando notas extremamente agudas sem recorrer

ao falsete; o termo servia para identificar certos tenores que cantavam na tessitura de

contralto, sem recorrer ao uso de falsete, o que é pouco provável. É possível encontrar

tenores ultraleggeros e flexíveis, denominados "Tenores agudos” “high tenors" o

britânico (Rogers Covey-Crump e Simon Berridge...), que atinge facilmente as vozes de

cabeça passam muito bem ao disco certas obras (por exemplo, Charles Daniels ou

Rodrigo del Pozzo nos motetos solistas de Mondonville). Em contrapartida, mesmo

restabelecendo o diapasão mais baixo em uso aos séculos XVII e XVIII, utilizando

instrumentos de época (ou cópias) e respeitando os efeitos originais, estes cantores não

teriam o tecido vocal, a potência requerida para encarnar os papéis heróicos de certas

tragédias. Recorre-se geralmente a tenores que dominam a técnica da voz mista e o

estilo declamatório muito específico em vigor na ópera francesa. Certamente, cada

papel deve considerar-se individual. Jean- Paul Fouchécourt, dotado de uma voz

naturalmente muito leve, especializou-se nos empregos de haute contre e desenvolveu

esta voz mista, combinação hábil dos registros de peito e falsete, tomando exemplo

sobre o tenor mozartiano Léopold Simoneau. Sua tessitura usual é do Ré2 ao Ré4

(Sol4).

Registros

Registro agudo

É sem duvida o que define o Haute contre, a interpretação de Haute Contre hoje

representa de reais dificuldades: as tessituras são às vezes muito elevadas – é

nomeadamente o caso de David em David e Jonathas, de Charpentier, e, sobretudo os

vários papéis criados por Jélyotte (Castor, Platée, Pygmalion, Zoroastre) ou por Legros

(O Orphée de Gluck que abunda Si3, Dó4 e Ré4). E requer muitas vozes de tenor

Page 14: Extensões Vocais

naturalmente agudas, flexíveis e ágeis e ao mesmo tempo suficientemente potentes,

sonoros para cobrir as passagens acompanhadas de coros ou pela orquestra.

Registro central

É semelhante aos tenores leggeros, leve, de intensidade media e gracioso.

Registro grave

É fraco quase sem cor alguma, às vezes quase inexpressiva, de pouco volume e de

extensão curta.

Haute-Contres famosos

Andrew King

Bruce Brewer

Charles Daniels

Cyril Auvity

François-Nicolas Geslot

Gilles Ragon

Guy de Mey

Henri Ledroit

Howard Crook

Hugues Cuenod

Ian Partridge

Jean-Claude Orliac

Jean-Paul Fouchécourt

Jeffrey B Thompson

John Aler

John Elwes

John Mark Ainsley

Joseph Cornwell

Kurt Equiluz

Léopold Simoneau

Mark Padmore

Martyn Hill

Michael Goldthorpe

Michel Sénéchal

Neil Jenkins

Neil Mackie

Paul Agnew

Paul Elliott

Philippe Langridge

Phillip Salmon

Richard Croft

Rodrigo del Pozo

Rogers Covey-Crump

Rufus Muller

Russell Oberlin

Simon Berridge

Page 15: Extensões Vocais

William Kendall

Zager Vandersteene

Tenor

O tenor é a voz masculina (ou naipe) mais aguda, produzida sem recorrer à técnica de

falsete).

Características

De acordo com a classificação tradicional, a voz de tenor corresponde à faixa de sons

mais aguda que pode ser emitida, no canto lírico, por um indivíduo do sexo masculino.

Ela distingue-se do barítono e do baixo por ter sua extensão padrão dentro dos limites

do Dó3 ao Lá4, em alguns casos mais raros até o Dó5.

O termo tenor provém do latim tenere, que significa sustentar. Na música medieval, era

a esta voz a que era atribuída, via de regra, a linha principal do canto. Por esta razão, o

intérprete deveria ser capaz de "sustentar" as notas enquanto as outras vozes, mais

graves, realizavam floreios vocais.

A rigor, existem outras duas vozes masculinas ainda mais agudas do que o tenor. Elas

são o contratenor, onde o cantor atinge o alcance vocal que corresponde à voz feminina

de mezzo-soprano, e o sopranista, que chega mesmo a emitir notas na faixa de um

soprano.

Indivíduos do sexo masculino não são capazes de atingir "naturalmente" o alcance vocal

de um contratenor ou sopranista, porque durante a puberdade os hormônios masculinos

fazem as pregas vocais engrossarem e a voz desloca-se para uma zona de emissão mais

grave. Para especializarem-se nestas funções, os intérpretes necessitam deste modo de

um treinamento especial. Por esta razão, o tenor ainda é tradicionalmente considerado a

mais aguda dentre as vozes masculinas.

No repertório operístico clássico e romântico, os tenores costumam desempenhar os

papéis masculinos principais, enquanto os coadjuvantes mais importantes estão a cargo

das vozes mais graves (barítono ou baixo). Em muitos casos, o enredo gira em torno de

uma disputa entre "herói" e "vilão", com o primeiro quase invariavelmente atribuído a

um tenor.

Tipos de tenores

Na ópera, costuma-se distinguir entre diferentes tipos de tenores, conforme a altura e as

habilidades técnicas exigidas por um determinado papel:

Tenorino

Tenor leggero

Tenor lírico leggero

Page 16: Extensões Vocais

Tenor lírico

Tenor lírico spinto

Tenor lírico dramático

Tenor dramático

Tenor absoluto

Tenor popular

Tenores Famosos

Marcos Santos

Mário Anacleto

Tomás Alcaide

Andrea Bocelli

Giulio Caccini

Enrico Caruso

Franco Corelli

Giuseppe De Luca

Luciano Pavarotti

Baritenor

O barítenor é o timbre intermediário entre o tenor e o barítono, é uma voz muito

intensa robusta encorpada, a extensão é excepcionalmente grande, a cor do timbre é

todo baritonal desde o registro grave ao registro agudo. Distinto do barítono leggero

pela cor do timbre e pelo veludo vocal, não é uma voz metálica e sim redonda e

harmônica. O barítono leggero tem menos intensidade e o registro agudo mais claro e

vocalizante. Também mantém diferenças entre o tenor dramático, que possui um timbre

mais metálico e pouca beleza em harmônicos e menor propensão ao legato. Sua tessitura

usual é do Sol1 ao Si3 (Dó4).

Registros

Registro agudo

É um registro muito excepcional tanto na cor escura quanto na potencia vocal. Pode

alcançar a mesma extensão de um tenor, às vezes com maior facilidade que o Tenor

Dramático. Possui qualidades metálicas e harmônicas ao mesmo tempo e um veludo

generoso, a propensão para linhas legatas é mais abundante do que no Tenor Dramático.

Registro central

Possui muita semelhança com o barítono na cor, no veludo, na intensidade, no vigor e

flexibilidade. É dinamicamente flexível desde o pianíssimo ao fortíssimo, possuem

natural espontaneidade ao legato e aptidão aos textos declamativos e dramáticos.

Page 17: Extensões Vocais

Registro grave

É um registro generoso de grande vigor, a cor é escura e o timbre é muito pesado,

prestando-se a papéis dramático e muito viril.

Barítenores famosos

Carlos Guichandut

Clifton Forbis

José Cura

Placido Domingo

Ramon Vinay

Vladimir Galouzine

Drew Seeley

Colby O'Donis

Tiziano Ferro

Barítono

Barítono, voz masculina que se encontra entre as extensões vocais de um baixo e um

tenor. Se trata de uma voz mais grave e aveludada que a dos tenores, porém que, quase

nunca, conta com agilidades. Um barítono tem sua extensão vocal dentro dos limites do

La2 ao La4 (O barítono lírico, pode chegar a Si4).

Tipos de barítono

Dentro da voz de barítono encontramos tipos distintos:

Barítono leggero

Barítono lírico

Barítono alto

Barítono dramático

Barítono popular

Barítono leggero O Barítono Leggero é o timbre mais leve entre os barítonos, de grande extensão aguda

e cor clara, possui grande agilidade e é flexível dinamicamente, é conhecido no

repertório francês em operetas e óperas escritas para a voz de Jean-Blaise Martin –

“Barítono Martin” que criou diversos papéis em operetas e um estilo de técnica

anasalada que torna o timbre mais claro e menos volumoso, o idioma francês ajuda na

emissão anasalada e nas palavras pronunciadas. Sua tessitura usual é do Sol1 ao Sib3

(Dó4).

Barítonos leggero famosos

André Baugè

Page 18: Extensões Vocais

Armand Crabbé

Charles Panzéra

Gerald Bussey

Gerald Theruel

Jean Périer

Pierre Bernac

Barítono lírico Barítono lírico é o timbre típico do barítono: É expressivo, igualmente timbrado, de

sonoridade melódica e harmônica, dinamicamente flexível. Possui uma cor escura e

aveludada, a agilidade não é espontânea, mas não é impossível. Sua tessitura usual é do

Sol1 ao Sol3.

Famosos

Gioacchino Rossini;

Giacomo Puccini;

Ruggero Leoncavallo;

Giuseppe Verdi;

Barítono alto O Barítono Alto ou de Carater é o um tipo de Barítono dramático mais intenso e com

um registro agudo seguro, é expressivo, muito metálico de grande amplidão sonora, é o

barítono típico do repertorio de Verdi, cheio de dramatismo e vigor. Sua tessitura usual

é do Sol1 ao Lá3.

Barítonos Altos famosos

Aldo Proti

Carlo Tagliabue

Carlos Alvares

Dietrich Fischer-Dieskau

Dimitri Hvorostovsky

Ettore Bastianinni

Frederich Burchnall

Gian Giaccomo Guelfi

Gino Bechi

Barítono dramático O barítono dramático é o timbre mais pesado dos barítonos, mais escuro e mais

metálico, um timbre igualado em ambos os registros com grande amplidão sonora, com

generosidade em interpretações dramáticas. Sua tessitura usual vai do Fá1 ao Sol3.

Page 19: Extensões Vocais

Exemplos de cantores

Giuseppe Taddei

Leonard Warren

Andrea Ramos

Juan Pons

Marck Telavan

Barítono popular

Barítono popular é um tipo comum de voz e que não necessita de uma grande extensão

vocal. É encontrado em canções de blues, jazz, musicais e operetas vienenses (que

aparece numa classificação a parte, bariton viennois), e que também é encontrado no

rock and rolle na MPB.

Baritonos Populares no Mundo

David Coverdale

Rick Davies

Blaze Bayley

Frank Sinatra

Elvis Presley

Baritonos Populares brasileiros

Nelson Gonçalves

Tim Maia

Irmão Lazaro

Fábio de Melo

Renato Russo

ivo Pessoa

Joaquim Cezar Motta Kim do Catedral

Pedro Geraldo Mazza Cantor PG

Sidney Magal

Baixo-barítono

O baixo-barítono é o timbre intermediário com uma extensão vocal que pode abranger

tanto baixo como barítono, mais extenso e ao mesmo tempo mais dramático que o

Baixo Cantante, é de uso comum em operas germânicas ou russas, embora se presta na

maioria das vezes a papéis dramáticos, pode também interpretar papéis cômicos e

buffos dedicados para baixos bufos. Este termo surgiu no século 19 para especificar o

tipo particular de voz precisa para cantar personagens baixos (voz) nas obras de Richard

Wagner, como Wotan (em Der Ring des Nibelungen) e Hans Sachs (em Die

Meistersinger von Nürnberg). Wagner deu o nome a estes personagens de Hoher Bass

("Baixos Agudos" ou "Baixos Altos").

Page 20: Extensões Vocais

O baixo-barítono é distinguido por dois atributos. Primeiro, é capaz de cantar

confortavelmente em uma tessitura de barítono, e por ter também a ressonância típica

associada com o baixo. Sua tessitura usual é do Fá1 ao Sol3.

Registros

Registro agudo

É um registro quase semelhante ao barítono dramático: Brilhante, escuro, muito potente

e metálico.

Registro central

É onde situa a verdadeira tessitura e brilho do baixo-barítono, nos papéis dramáticos

uma variação de cor metálica e robusta, passando as vezes a ser doce e redonda em

legatos expressivos que soam naturalmente, ou em papéis buffos com uma variação de

cor mais clara e dicção muito hábil.

Registro grave

É um registro muito extenso e com qualidades semelhantes ao baixo cantante, podendo

assim interpretar e até ser classificado como um baixo.

Baixo-barítonos famosos

Paulo Barato

Adrien Legros

Anatolo Kotcherga

Boris Gmyria

Bryn Terfel

Carmo Barbosa

Erich Kunz

Franz Crass

George London

Giorgio Surjan

Hans Hotter

Jean-François Delmas

Jose Van Dam

Justino Diaz

Mario Petri

Nikolai Schewelew

Norman Triegle

Paul Cabanel

Richard Bernstein

Richard Cowan

Page 21: Extensões Vocais

Robert Hale

Simon Estes

Theo Adam

Tom Krause

Xavier Depraz

Walter Berry

Willard White

James Hetfield

Baixo (voz)

O baixo é a voz ou naipe masculino com a extensão mais grave. Um baixo tipicamente

tem uma tessitura que vai do Fá1 ao Fá3. Nas primeiras óperas era usado principalmente

em papéis de deuses ou figuras misteriosas, embora mais tarde também tenha

caracterizado personagens de pais idosos e reis.

Tipos de baixos

O timbre do baixo divide-se em:

Baixo Leggero

Baixo Cantante

Baixo Profondo

Baixo Superprofondo

Baixo leggero O Baixo Leggero é o timbre mais leve entre os baixos é mais raro e muito brilhante

usado bastante em papéis buffos ou de coloraturas em operetas francesas. O timbre é

semelhante ao baixo-barítono, mas é mais leve de dicção clara, muito ágil e com agudos

mais leves e brilhantes. Sua tessitura usual é do Fá1 ao Fá3,raramente vai do Lá3

Registros

Registro agudo

É um registro muito leve, de menor intensidade que o baixo-barítono, com maior

propensão para coloraturas e passagens rápidas de grande virtuosismo, tem natural

aptidão ao legato e a voz é sempre muito doce. Embora possa ser grotesca e jocosa na

mais pura tradição do Bell canto.

Registro central

É um registro menos volumoso e menos escuro que os demais baixos, geralmente

harmonioso, redondo e suave, com natural aptidão a agilidade, de articulação sempre

pronta e muito fácil, podendo interpretar um vasto repertório cômico e lírico.

Page 22: Extensões Vocais

Registro grave

É o registro que o diferencia dos barítonos um timbre não muito escuro mais sonoro e

de extensão generosa.

Categorias

O Baixo Leggero é mais comum na categoria Popular.È muito comum em adolescentes

cantores e em jovens.Na Categoria popular,o cantor que possui o timbre de Baixo

Leggero,consegue,usualmente, atingir notas altas,usam mais falsetes para atingir notas

altas e raramente o Belting.

Baixos leggeros famosos

Enzo Dara

James Morris

Jules Bastin

Roger Soyer

Ruggero Raimondi

Simone Alaimo

Baixo cantante

Baixo Cantante é o timbre típico do baixo: Igualmente timbrado em toda gama, rico

em harmônicos, notavelmente expressivo e capaz de maior vocalização que o Barítono.

Sua tessitura usual é do Mib1 ao Fá3.

Registros

Registro agudo

É um registro escuro e ao mesmo tempo harmonioso, é redondo, com natural aptidão ao

legato expressivo, brilhante e muito seguro, pode ser resistente e vigoroso, quando

assim pede a interpretação.

Registro central

É um registro potente de boa intensidade, rico em matizes e com padrão variado de

cores, desde um aveludado e de sonoridade suave e doce a um áspero e metálico. O

baixo cantante está apto a fazer mais coloraturas que um barítono.

Page 23: Extensões Vocais

Registro grave

É o registro que identifica o baixo, podendo emitir as notas graves com grande

facilidade, e possuir uma beleza encantadora, dando assim uma base sólida em seus

grandes papéis, que estão quase sempre ligados a interpretações de pai, juiz, rei, ancião

e às vezes até o grande rival.

Baixos Cantantes e Colatura/Brillante famosos

Antonio Montagnana

David Thomas (coloratura barroco).

Fernando Corena

Filippo Galli

Giuseppe-Maria Boschi

Harry Van der Kamp (coloratura barroco).

Michele Pertusi

Samuel Ramey

Adam Didur

Alexander Pirogov

Alfredo Zanazzo

Auguste Boudouresque

Bonaldo Giaiotti

Boris Christoff

Baixo profondo

O Baixo Profundo é o timbre mais grave e mais pesado entre todas as vozes. Muito

intenso conseqüentemente menos igual, que atinge no registro grave uma sonoridade

cavernosa e no registro agudo uma qualidade enérgica e um pouco áspera. Sua tessitura

usual é do Sib-1 ao Mi3.

Registros

Registro agudo

É um registro muito intenso de amplidão sonora imensa e qualidades metálicas e

enérgicas abundantes. Tem uma variedade de cor áspera e pouco harmônica, é menos

apto ao legato expressivo e pouca suavidade de matizes.

Registro central

É de uma cor muito escura, que prejudica na dicção das palavras com menor clareza de

articulação, embora alguns baixos possuam uma facilidade maior para vocalizações e

agilidade em passagens que exige grande virtuosidade.

Page 24: Extensões Vocais

Registro grave

Sem duvida é o registro mais cobiçado e mais gratificante em um baixo, a beleza está

em produzir notas muito graves e com sons cavernosos, embora nem todos baixos

possuam um registro grave muito extenso. A variação de matizes faz ser dividida em

duas classificações: O Baixo Nobre: Um baixo com graves cavernosos que lembra os

tubos de um órgão, como por exemplo, Matti Salminem e Kurt Moll, e o Baixo Serio:

Um baixo profundo mais lírico com graves mais asperos e metálicos como, por

exemplo: Ferrucio Furlanetto, Samuel Ramey e Cesare Siepi.

Baixos Profundos famosos

Alexander Kipnis

Arnold Van Mill

Cesare Siepi

Eric Halfvarson

Evgene Nestrencko

Giulio Néri

Henri Medus

Jan Hendrick Rootering

Jose Mardones

Juste Nivette

Baixo superprofundo

O Baixo Superprofundo é o timbre mais grave masculino, com um registro raríssimo,

que abarca cerca de duas oitavas abaixo da media, alcançando notas muito graves, o

timbre é uma continuação do baixo profundo com um registro grave muito extenso. Sua

tessitura usual é do Dó-1 ao Dó3.

Registros

Registro agudo

É um registro muito intenso de amplidão sonora imensa e qualidades metálicas e

enérgicas abundantes. Tem uma variedade de cor áspera e pouco harmônica, é menos

apto ao legato expressivo e pouca suavidade de matizes.

Registro central

É de uma cor muito escura, que prejudica na dicção das palavras com menor clareza de

articulação, embora alguns baixos possuam uma facilidade maior para vocalizações e

agilidade em passagens que exige grande virtuosidade.

Page 25: Extensões Vocais

Registro grave

É um registro muito extenso que abarca cerca de duas oitavas, é muito raro para um

baixo emitir notas muito graves, mas não impossível. Alcança até o Dó-1 ou até mais

grave, dependendo do cantor. Os baixos com vozes mais graves se encontram na

Rússia, mantendo um palpite de que o fator para sua fisiologia vocal deva-se ao clima

frio daquela região.

Baixos Profundos famosos

Andre Papkov

Boris Tchepikov

Dan Britton

J. D. Sumner

Ivan Rebroff

Viktor Krutchenkov

Viktor Wichniakov

Vladimir Miller

Outras Classificações Vozes Brancas

Sopranino: Voz infantil masculina ou feminina mais aguda. Tessitura: Sib2 –

Fá5.

Contraltino: Voz infantil masculina ou feminina intermediária. Tessitura: Sol2-

Fá4.

Tenorino: Voz infantil masculina grave. Tessitura: Mi2 – Mi3.

Barítono adolescente: Voz infantil masculina mais grave antes da puberdade.

Tessitura: Dó2-Dó3.

Soprano popular

Soprano popular são cantoras de música popular que têm o timbre de soprano, mas

não possuem a empostação necessária na música erudita.

Algumas cantoras usam seu registro de peito em uma extensão muito aguda, outras

cantam com a voz de cabeça e/ou falsete, algumas possuem o Whistle register (registro

de apito).

Page 26: Extensões Vocais

Sopranos populares

Madonna

Taylor Swift

Mariah Carey

Jordin Sparks

Carrie Underwood

Christina Aguilera

Leona Lewis

Lara Fabian

Laura Branigan (falecida em 2004)

Cyndi Lauper

Janet Jackson

Sandy Patti

LaToya Jackson

Jessica Simpson

Britney Spears

Sopranos populares brasileiros

Sandy

Ana Paula Valadão

Marjorie Estiano

Meio-soprano popular

Meio-soprano popular são as cantoras de músicas populares que tem o timbre de

mezzosoprano, mas não possuem a empostação necessária na música erudita.

A maioria da cantoras que tem esse timbre usam sempre seu registro de peito.

Mezzo-sopranos populares

Alanis Morissette

Beyoncé

Céline Dion

Dionne Warwick

Gloria Estefan

Gloria Gaynor

Janis Joplin

Judy Garland

Lisa Marie Presley

Meio-sopranos populares brasileiros

Adryana Ribeiro

Page 27: Extensões Vocais

Alaíde Costa

Amelinha

Céu (cantora)

Daniela Mercury

Fafá de Belém

Paula Lima

Roberta Sá

Contralto popular

Contralto popular é um timbre muito raro até mesmo entre as cantoras populares. Os

contraltos populares tem uma voz muito masculina e cantam sempre na região grave da

voz.

Contraltos populares

Sarah Vaughan

Toni Braxton

Cher

Etta James

Tina Turner

Amy Winehouse

Shakira

Lisa Gerrard

Lady GaGa

Lady Sovereign

Miley Cyrus

Contraltos populares brasileiros

Alcione

Ana Carolina

Cássia Eller

Cláudia Leitte

Dulce Quental

Elaine de Jesus

Elza Soares

Eliana Printes

Fabiana Cozza

Fernanda Brum

Ivete Sangalo

Leci Brandão

Margareth Menezes

Maria Alcina

Maria Bethânia

Roberta Miranda

Selma Reis

Page 28: Extensões Vocais

Simone

Zélia Duncan

Tenor popular

Tenor Popular é o tipo de voz mais comum entre os cantores de música popular e

também em musicais da Broadway, não é necessário a empostação da voz para

interpretar canções e sempre cantam no registro médio-agudo, alguns fazem muito o uso

do falsete para alcançar uma região mais aguda.

Tenores populares no mundo

John Elefante

Jon Bon Jovi

Nick Carter

Steve Perry

Klaus Meine

Chester Bennington

John W. Bubbles (tenor de Musicais e vaudeville)

Joey Tempest

Fred Parris

Tony Harnell

Phil Mogg

Peter Criss

Paul Stanley

Paul Di'Anno

Tenores populares brasileiros

Leonardo

Zezé di Camargo

Peninha

Gilberto Gil

Caetano Veloso

André Matos

André Valadão

Edu Falaschi

Daniel

Bruno (da dupla Bruno e Marrone)

Alexandre Pires

Saulo Couto

Guilherme de Sá

Jessé Florentino Santos

Juninho Afram

Kleber Lucas

Mauro Henrique (Vocalista do Oficina G3)

Page 29: Extensões Vocais

Barítono popular

Barítono popular é um tipo comum de voz e que não necessita de uma grande extensão

vocal. É encontrado em canções de blues, jazz, musicais e operetas vienenses (que

aparece numa classificação a parte, bariton viennois), e que também é encontrado no

rock and rolle na MPB.

Baritonos Populares no Mundo

David Coverdale

Rick Davies

Blaze Bayley

Frank Sinatra

Elvis Presley

Bing Crosby

Ian Curtis

David Bowie

Jim Morrison

Alex Kapranos

Eddie Vedder

Nick Cave

Chris Daughtry

Billy Paul

David Cook

Jeff Scott Soto

Corey Taylor

Ville Valo

James Hetfield

Baritonos Populares brasileiros

Nelson Gonçalves

Tim Maia

Irmão Lazaro

Fábio de Melo

Renato Russo

ivo Pessoa

Joaquim Cezar Motta Kim do Catedral

Pedro Geraldo Mazza Cantor PG

Eugênio Jorge

Sergio Reis

José Carlos

Sidney Magal