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Título: EXPERIMENTAÇÃO: A CONSTRUÇÃO DE TERRÁRIOS COMO

ATIVIDADE PRÁTICA INVESTIGATIVA NO ENSINO DE CIÊNCIAS DA

NATUREZA.

Autor: VALDNEY ALVES MAGALHÃES

Disciplina/Área: CIÊNCIAS

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Cruzeiro do oeste

Município da escola: Cruzeiro do Oeste

Núcleo Regional de Educação: Umuarama

Professora Orientadora: Lindamir Hernandez Pastorini

Instituição de Ensino Superior: UEM- Maringá

Relação Interdisciplinar: Geografia

Resumo: A presente unidade didática, desenvolvida para o Programa de desenvolvimento Educacional, tem como objetivo promover a melhoria do ensino aprendizagem da disciplina de ciências, por meio de experimentos simples que serão realizados no laboratório ou sala de aula. O uso de atividades práticas nas aulas de ciências contribuem para o desenvolvimento de conceitos científicos, que auxilia na compreensão dos conteúdos abordados, relacionando-os com situações problemas do cotidiano do estudante. Por meio da experimentação investigativa, pretende-se resgatar os conhecimentos prévios do estudante proporcionando as interações necessárias às reformulações de conceitos, permitindo que novas aprendizagens adquiram significado e sejam assimiladas. Desta forma esse trabalho apresenta a construção de terrários como estratégias de ensino que possibilitará relacionar diferentes conteúdos como: Fertilidade e permeabilidade do solo, ciclo da água, ciclo do nitrogênio, fotossíntese, ciclos do oxigênio e do carbono e efeito estufa. Esses conteúdos serão abordados com textos, atividades teóricas e experimentais. Paralelamente às atividades experimentais

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serão propostos questionários de caráter introdutório, diagnósticos e avaliativos com o objetivo de promover discussões, reflexões e a formulação de hipóteses, proporcionando situações que estabeleça ligações entre teoria e prática na perspectiva da aprendizagem significativa.

Palavras-chave: Ciências; terrário; experimentação;

aprendizagem significativa.

Formato do Material Didático: Unidade didática.

Público: Alunos do 7º ano do ensino fundamental.

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APRESENTAÇÃO

Esta produção didática tem como proposta a realização de ações concretas

por meio de atividades práticas, com o intuito de verificar se a experimentação

contribui verdadeiramente para a aprendizagem significativa dos conteúdos de

ciências. A aprendizagem significativa no ensino de ciências implica no

entendimento de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando

lhes atribui significados (PARANÁ, 2008, p. 62)

O ensino de Ciências, em sua fundamentação, requer uma relação

constante entre a teoria e a prática, entre conhecimento cientifico e senso comum.

Estas articulações são de extrema importância, uma vez que a disciplina de Ciências

encontra-se subentendida como uma ciência experimental, de comprovação

científica, articulada a pressupostos teóricos, desta forma, a ideia da realização de

experimentos pode ser uma boa estratégia didática para seu ensino e

aprendizagem.

A disciplina de ciências da natureza é uma área do conhecimento bastante

abrangente que serve de base para outras disciplinas como a física, a química e a

biologia, tornando essencial e indispensável para a compreensão do mundo ao

nosso redor, portanto, pretende-se articular os conhecimentos físicos, químicos e

biológicos por meio da construção de terrários, onde serão estudados os conteúdos:

composição do solo, ciclo da água, ciclo do nitrogênio, fotossíntese, ciclo do

carbono, do oxigênio e efeito estufa.

A construção do terrário permitirá simular uma mini biosfera, possibilitando a

observação e a análise dos fatores abióticos presentes e essenciais a sobrevivência

dos seres vivos, como: o solo, a água, o ar e a luz. O terrário reproduzirá um

ambiente natural que será observado por um determinado período, verificando o

desenvolvimento dos seres vivos em seu interior, enfatizando tanto o conteúdo como

o processo, onde conceitos poderão ser aprendidos assim como também atitudes na

construção da aprendizagem.

Este trabalho será desenvolvido na disciplina de ciências com alunos do 7º

ano do ensino fundamental. Por meio das experimentações pretende-se verificar se

o estudante vivencia o processo de construção de ideias na busca de explicações

para os fenômenos observados, levanta hipóteses, questiona e interage com os

colegas e professor, usa a construção e a observação do terrário como prática

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experimental para despertar a curiosidade científica, discuti sobre as teorias que

explica os fenômenos, desenvolve a capacidade de análise crítica e raciocínio lógico

durante a prática investigativa na perspectiva de uma aprendizagem significativa.

Fundamentação teórica

O ensino de ciências da natureza tem sido desafiador para a maioria dos

educadores, tendo em vista que aproximar a realidade do educando ao ensino de

forma científica é tarefa difícil, principalmente por meio de aulas expositivas, com

uso de livros didáticos com linguagens complexas tornando as aulas pouco atrativas

e motivadoras, portanto, compete aos educadores buscar alternativas para promover

aulas mais atrativas e motivadoras, tornando o estudante mais participativo e com

senso crítico da realidade do mundo que o cerca.

Faz-se necessário, então que o professor de ciências conheça esses

conteúdos de forma aprofundada e adquira novos conhecimentos que

contemplem a proposta curricular da escola, os avanços científicos e

tecnológicos, as questões sociais e ambientais, para que seja um

profissional bem preparado e possa garantir o bom aprendizado dos

estudantes, (PARANÁ, 2008, p. 61).

A utilização de aulas experimentais na disciplina de ciências pode ser o caminho

para despertar o interesse dos alunos na busca do conhecimento científico, mas

devemos lembrar que o papel do professor é indispensável nesse processo, para

tanto o professor deve ser conhecedor dessas práticas. Segundo Guimarães 2009

(apud PINTO 2012) “A experimentação pode ser uma estratégia eficiente para a

criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de

questionamento de investigação”.

Um dos principais objetivos das atividades práticas experimentais em sala

de aula não é exclusivamente demonstrar e comprovar teorias descritas nos livros

didáticos, mas sim auxiliar o estudante a atingir níveis mais elevados de cognição,

contribuindo para a aprendizagem de conceitos científicos e também o caminho para

avaliar atitudes desenvolvidas, gerar dúvidas, problematizar conteúdos e formular

hipóteses. Portanto considera-se as atividades práticas uma excelente ferramenta

para que o estudante de fato concretize o conhecimento estabelecendo relação

entre teoria e prática.

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Segundo Silva e Zanon (2000) deve estar presentes nas aulas experimentais

uma constante interlocução entre os saberes cotidianos e científicos gerando um

confronto de diferentes ideias entre professor e aluno em relação as teorias

cientificamente aceitas e os resultados experimentais obtidos. Deste modo a

experimentação contribui de maneira específica para o processo de ensino

aprendizagem.

A organização dessas atividades devem levar em conta a investigação dos

saberes prévios dos alunos, de acordo com o contexto em que se situam, para que

ocorram as interações sociais necessárias à aprendizagem de maneira significativa.

Aprendizagem significativa é definida como o processo pelo qual uma nova

informação é incorporada a um conceito preexistente em sua estrutura cognitiva,

chamados conceitos subsunçores, que funcionam como ancoras para ligar-se a um

novo conceito apresentado. De acordo com Moreira (1999) nesse processo os

subsunçores ancoram os novos conhecimentos, não apenas por associação, mas

por interação entre conceitos relevantes presentes na estrutura cognitiva e novos

conhecimentos, permitindo que novas aprendizagens adquiram significados e sejam

assim assimiladas. Com isso os conceitos âncoras também sofrem modificações,

tornando-se mais abrangentes e elaborados.

A aprendizagem significativa ocorre quando a nova informação “ancora-se

em conceitos relevantes (subsunsores) preexistente na estrutura cognitiva.

Ou seja, novas ideias, proposições podem ser aprendidas significativamente

(e retidas) na medida que outras ideias, conceitos, proposições relevantes e

inclusivas sejam, adequadamente claros e disponíveis na estrutura cognitiva

do indivíduo e funcionem. Dessa forma, como ponto de ancoragem às

primeiras” (Moreira, 2006, p.15)

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Por meio da construção e manutenção do terrário serão propostas atividades

apresentadas em um caderno pedagógico, dividido em temas compostos de:

Roteiro e texto sobre a montagem do terrário.

Textos, experimentos e atividades de fixação e reforço em cada tema abordado.

Sugestões de atividades reflexivas e avaliativas.

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ETAPA I

Construção de terrários

Nº de aulas prováveis: 04

Objetivo: Promover a interação dos estudantes em atividades práticas de maneira

individual e coletiva, por meio da construção de terrários, que representam

ecossistemas em tamanho reduzido, para que possam observar, comparar e

compreender alguns fenômenos que ocorrem na biosfera.

Texto: Mini ecossistema

O cultivo de terrários iniciou-se com o experimento do médico inglês

Nathaniel Ward há cerca de um século e meio que resolveu colocar pupas de

borboleta com um pouco de terra em um compartimento fechado para observar o

processo de metamorfose desses insetos. Para sua surpresa ocorreu o

desenvolvimento de algumas plantas no interior desse compartimento sem qualquer

cuidado, após esse incidente o cultivo de plantas nesses locais, popularizou-se, e

esses micro ecossistemas passaram a ser chamados de terrarios.

Para a botânica um terrário fechado representa estufas com condições de

um ambiente tropical com umidade e temperaturas altas permitindo o cultivo de

algumas plantas e pequenos animais, esse ambiente em escala reduzida, é

constituído por um recipiente transparente, solo, água, ar, luz e seres vivos.

Atividade experimental I: Construção coletiva e individual dos terrários

Objetivo do experimento – Aprender a construir terrários utilizando recipientes com

materiais alternativos, como embalagens recicláveis e compreender como os seres

conseguem sobreviver em ambientes totalmente fechados.

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Orientações metodológicas

Os alunos farão a coleta e a organizarão dos materiais no laboratório de

ciências com auxílio do professor (Fig. 1).

Materiais necessários:

Caixa de vidro transparente, cola silicone e filme plástico.

Garrafas pet e potes de vidro.

Terra (solo arenoso e húmus).

Carvão vegetal (triturado).

Cascalho.

Água.

Plantas de pequeno porte (musgo, samambaia, hortelã, dente de leão entre

outras) e sementes.

Figura 1: Materiais para o terrários.

Fonte: O autor, 2016.

Montagem

Os alunos farão primeiramente a montagem do terrário de forma coletiva,

utilizando duas caixas de vidro com dimensões de 30X40X50 cm, e 40X50X70 cm

que ficarão expostas no laboratório para desenvolvimento e observações periódicas.

Posteriormente, farão a montagem de terrários em garrafas pet e potes de vidro, de

maneira individual seguindo os mesmos procedimentos, para que possam observar

seu desenvolvimento em suas casas.

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Procedimentos:

a) Primeiramente colocar uma camada de aproximadamente três centímetros de

cascalho, em seguida cobrir com uma camada de areia (Fig. 2).

b) Adicionar uma camada de aproximadamente dois centímetros de carvão vegetal

triturado.

Figura 2: Montagem inicial do terrário.

Fonte: O autor, 2016.

c) Colocar uma camada de quatro a cinco centímetros de solo rico em húmus.

d) Plantar as mudas e sementes, regar o suficiente sem encharcar o solo (Fig. 3).

Figura 3: Montagem do terrário com solo e húmus e plantio de mudas e sementes.

Fonte: O autor, 2016.

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e) Aguardar a adaptação e o desenvolvimento das plantas por dez dias, regando-as

quando necessário (Fig. 4).

Figura 4: Terrário e garrafas pet montados em adaptação.

Fonte: O autor, 2016.

Coleta de dados e levantamento de hipótese

Nº de aulas prováveis: 04

Orientações metodológicas

Anotar no caderno os materiais utilizados no solo do terrário, assim como a

ordem das camadas desses materiais.

Registrar o aspecto das plantas utilizadas (coloração, tamanho)

Monitorar e registrar durante os dez dias as alterações no terrário como:

desenvolvimento das plantas, formação de raízes, germinação de sementes e a

umidade.

Questões para discussão e levantamento de hipóteses:

1) Por que os recipientes devem ser de material transparente?

2) Quais são os fatores bióticos e abióticos presentes no terrário?

3) Qual é o papel do cascalho e da areia na construção do terrário?

4) Como será possível a sobrevivência dos seres no recipiente após o fechamento

do recipiente? Como irão respirar?

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5) Por que o terrárrio deve ser exposto em local iluminado, mas sem luz direta do

Sol?

Fechamento do terrário

Após o período de adaptação das plantas, por meio da orientação do

professor, coletar previamente pequenos animais (besouro, minhoca, piolho de

cobra entre outros) e colocá-los no interior do terrário, e em seguida fechar o

recipiente de maneira que fique completamente vedado.

A partir desse momento os alunos farão observações periódicas (uma vez

por semana) com os respectivos registros no caderno conforme a tabela abaixo,

sobre: A sobrevivência e desenvolvimentos dos seres vivos e a umidade no interior

do terrário.

Quadro I: características do terrário

Data da observação Animais Aspectos das plantas Umidade

Fonte: O autor, 2016.

Avaliação

A avaliação ocorrerá durante a construção do terrário, considerando a

participação e a interação do estudante de maneira individual e coletiva. Será

observado a participação nas discussões, sugestões e nos levantamentos de

hipóteses durante as atividades e também será entregue o questionário abaixo

impresso para ser discutido em grupo e com o professor e depois respondido.

1) Faça uma lista de fatores bióticos e abióticos presentes no terrário?

2) Quais são os fatores necessários à vida no planeta? E no terrário?

3) Por que é necessário uma camada de solo rico em húmus na construção do

terrário?

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4) O que acontece com a água presente no terrário nos dias em que permanece

aberto? Por quê?

5) Todas as plantas conseguiram se adaptar no terrário aberto? E após ser

fechado? Justifique.

6) Houve germinação de sementes?

7) O que é necessário para que ocorra germinação?

8) A maioria dos seres vivos absorvem gás oxigênio presente na atmosfera pra

sobreviver. Como esse gás se manterá no recipiente fechado do terrário?

9) O que aconteceu com a umidade no interior do terrário após ser fechado?

ETAPA II

SOLO

Nº de aulas prováveis: 05

Objetivo: Compreender a importância do solo na manutenção da vida no planeta.

Orientações metodológicas

É importante ressaltar que algumas questões introdutórias, como sondagem

é fundamental para que o estudante estabeleça relações entre o que está sendo

observado nos resultados das atividades práticas com aquelas vivenciadas no

cotidiano. Portanto sugere-se lançar algumas questões:

1) O que é solo?

2) Qual é a importância do solo para os seres vivos?

3) Há organismos que vivem no solo?

4) Como o solo é formado?

5) Os seres vivos interferem na formação do solo? Como?

6) Do que o solo é constituído?

7) Quais são os tipos básicos de solo que você conhece?

Após esse breve diagnóstico o texto e as atividades práticas seguintes tem o

objetivo de ampliar o conhecimento do estudante sobre as característica do solo

quanto a textura, granulometria e a permeabilidade.

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Texto - Constituição do solo

O solo é a camada mais superficial do nosso planeta, chamada litosfera ou

crosta terrestre com profundidade que pode chegar a aproximadamente 120km.

Litosfera em grego lithos significa “rocha”, e sphaira, significa “esfera”. O solo pode

ser dividido em várias camadas chamadas de horizontes do solo, de forma simples

em nossa atividade dividiremos o solo em três camadas apenas: Solo, Subsolo e

Rocha matriz (Fig. 5).

Figura 5: Perfil do solo. Figura adaptada de: http://brasilescola.uol.com.br/biologia/constuicao-

solo.htm

Acesso: 01/11/2016

A camada mais superficial, é formada por maior quantidade de matéria

orgânica oriundas dos seres vivos decompostos pela ação dos microrganismos,

onde a maioria das raízes se fixam para a absorção de nutrientes e sustentação das

plantas.

Na camada intermediária denominada subsolo é formado por uma pequena

quantidade de resíduos orgânicos arrastados da superfície pela água, e por minerais

diversos. Quanto mais aprofundarmos nessa camada maiores serão os fragmentos

(pedaços) de rochas originados da rocha matriz.

A rocha matriz também chamada de rocha-mãe, é uma porção inalterada da

litosfera, que encontra-se em diferentes profundidades, dependendo da região. Essa

rocha dá origem ao subsolo e ao solo, devido a sua fragmentação, por ação dos

fatores ambientais como água da chuva, variações de temperatura e substâncias

liberadas por certos organismos, durante milhões de anos. A alteração transforma as

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rochas em material terroso na forma de areia, argila e substâncias que servem de

nutrientes para o desenvolvimento das plantas.

Os fatores ambientais, o tipo e a quantidade de vegetação influenciam na

determinação do tipo de solo, que são classificados de acordo com as

características físico-químicas.

Entre os vários tipos de solo analisaremos três tipos (arenoso, argiloso,

humoso) quanto a permeabilidade da água e a disponibilidade de nutrientes para as

plantas. Esse processo será desenvolvido em duas etapas.

Atividade experimental II

Analisando a textura do solo

Objetivo do experimento - Para que os alunos possam perceber a constituição

básica do solo como a presença de matéria inorgânica e orgânica, as diferentes

texturas (predominância dos constituintes – areia, argila, matéria orgânica), e que a

característica textural do solo pode indicar seu comportamento quando utilizado nas

construções, na agricultura, ou durante o processo erosivo.

Orientações metodológicas

Materiais necessários:

Amostras dos três tipos de solo.

Colher.

Folhas de sulfite.

Lupa.

Caneta e caderno para anotações.

Procedimentos:

a) Coletar previamente amostras dos três tipos de solo.

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b) Dividir a turma em grupos com cinco alunos. (Cada grupo receberá os materiais

citados).

c) Colocar uma colher de cada tipo de solo sobre a folha de papel.

d) Observar com a lupa suas características como cor, presença de raízes e

resíduos orgânicos e grãos cristalinos (quartzo) (Fig. 6).

e) Tocar com os dedos e sentir as texturas e o tamanho dos grãos.

f) Esfregar cada tipo de solo no papel.

Figura 6: Observação dos tipos de solo.

Fonte: O autor 2016.

g) Fazer anotações das características observadas e organizar os dados coletados

na tabela seguinte.

Quadro II: Características do solo

Tipo de solo Cor Textura (grãos) Matéria orgânica

Arenoso

Argiloso

Humoso

Fonte: O autor, 2016.

A observação da cor do solo é muito importante, ela permite distinguir os

materiais orgânicos e minerais. Os solos escuros geralmente são ricos em matéria

orgânica. Cabe ao professor esclarecer aos alunos que a cor do solo pode variar de

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acordo com seus constituintes minerais, e que a identificação desses componentes

não cabe ser discutida nesse momento.

Atividade Experimental III

Analisando a permeabilidade do solo

Objetivo do experimento - Para que os estudantes observem o comportamento da

água (permeabilidade e retenção) nos diferentes tipos de solo. Demonstrar a

importância da matéria orgânica na retenção da água.

Orientações metodológicas

Materiais necessários:

Amostras dos três tipos de solo.

Três garrafas PET.

Copos descartáveis.

Tesoura sem ponta.

Algodão.

Água.

Procedimentos:

a) Dividir a turma em grupos com cinco alunos. (Cada grupo com os materiais

citados).

b) Cortar as garrafas um pouco acima da metade de maneira a obter um funil com a

parte superior, e um recipiente com a parte inferior.

c) Encaixar a parte superior (funil) na parte inferior, conforme apresentado na figura

7.

d) Colocar um chumaço de algodão dentro do funil, impedindo a passagem das

amostras de solo.

e) Colocar separadamente cada uma das amostras de solo nos funis, de modo que

fiquem com a mesma quantidade, conforme a imagem seguinte.

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Figura 7: Montagem do experimento referente à permeabilidade do solo.

Fonte: http://cienciaemserrinha.blogspot.com.br/2016/03/camb-aula-02-permeabilidade-dos-solos-

e.html

Acesso: 27/10/16

Antes de jogar a água sobre as amostras sugere-se fazer alguns

questionamentos, para que os alunos formulem hipóteses, para que possam

confrontar com os resultados obtidos no final do experimento: Quando se jogar a

água sobre cada uma das amostras ela infiltrará ou ficará parada na superfície? Em

qual das amostras a água começará a pingar primeiro? Em qual das amostras irá

demorar mais a pingar? Qual delas reterá mais água? A água que sair das amostras

serão cristalinas?

a) Após os questionamentos, pedir que os alunos do grupo coloque, vagarosamente

e de forma simultânea a mesma quantidade de água sobre as amostras.

b) Registrar os resultados.

Após a análise da etapa I e II desse experimento sugere-se as seguintes

questões:

1) Em que tipo de solo a água infiltrou com mais facilidade? Por que isso acontece?

2) Que tipo de solo oferece maior dificuldade à passagem da água?

3) Qual a relação da textura do solo com a sua permeabilidade?

4) Compare a retenção de água no solo humoso com o arenoso e argiloso. Que

vantagens e desvantagens eles oferecem para a agricultura?

5) Qual deles oferece maior desvantagem em relação a erosão?

6) Qual deles favorece o desenvolvimento das plantas? Por quê?

7) Que tipo de solo foi usado na construção do terrário? O solo argiloso seria

adequado no terrário? Qual é a função do cascalho no solo do terrário?

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Neste momento é importante o professor ressaltar que a permeabilidade do

solo depende do tamanho dos poros e a ligação que há entre eles, inicialmente

esses poros são ocupados com ar, por onde a água irá fluir facilmente. Solos com

poros pequenos tem baixa permeabilidade, uma vez que a água flui através dele

mais lentamente. Quanto mais poroso o solo, maior é a presença de gases como o

oxigênio e o nitrogênio, importantes para a sua fertilidade, portanto quando o solo se

torna encharcado diminui a presença desses gases dificultando o desenvolvimento

de algumas plantas. Além dos minerais, o solo abriga também uma grande

quantidade de seres vivos como os detritívoros (minhocas, besouros) e os

decompositores (bactérias, fungos) que transformam restos de vegetas e animais

em nutrientes para as plantas.

A composição do solo não é a mesma em todos os lugares. De uma região

para outra há diferença no clima, no tipo de rocha que deu origem ao solo, na

quantidade de húmus e na quantidade de chuva que recebe, (Canto, 2015, p. 66).

Esses fatores influenciam nas propriedades físico-químicas do solo, determinando

diferentes tipos de cultivo.

Avaliação

A avaliação será realizada no decorrer das duas atividades práticas,

verificando se houve interação do grupo, se cumpriram as etapas dos experimentos,

seus questionamentos e intervenções, e por meio das discussões, perceber se

houve apropriação ou não dos conteúdos, relacionando a textura e a permeabilidade

com a fertilidade do solo. Será analisado também os registros e produções escritas,

mediante as questões propostas.

ETAPA III

CICLO BIOGEOQUÍMICO

O ciclo biogeoquímico refere-se ao caminho percorrido no meio ambiente

por alguns elementos químicos essenciais à vida. Esse processo garante a ciclagem

desses elementos e possibilita a interação entre o fator biótico e o abiótico,

garantindo movimento cíclico por meio da atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera.

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Nesse ciclo, os organismos decompositores são indispensáveis no processo

de degradação da matéria orgânica. Entre os diversos ciclos que compõe o ciclo

biogeoquímico, abordaremos neste momento apenas os ciclos: da água, do

nitrogênio, do oxigênio e do carbono.

Ciclo da água ou ciclo hidrológico

Objetivo: Compreender o ciclo da água e reconhecer sua importância para a

manutenção da vida no planeta, por meio da observação do seu movimento no

interior do terrário.

Observando a água no terrário

Nº de aulas prováveis: 02

Orientações metodológicas

Para que se possa ter uma boa compreensão do movimento da água no

terrário é necessário fazer observações em diferentes momentos. Após a

observação sugere-se as seguintes questões para levantamento de hipóteses:

a) A quantidade de água no interior do terrário permanece a mesma desde o

momento do fechamento do recipiente? Por que?

b) Está ocorrendo movimentação da água no interior do terrario? Como é possível

perceber esse movimento?

c) Há formação de gotas de água no interior do terrário? Onde? Porque isso

acontece?

d) Em algum momento a quantidade dessas gotas diminuiu ou as gotas

desapareceram? Para onde elas foram?

TEXTO - Ciclo da água

Adaptado de: http://www.infoescola.com/geografia/ciclo-hidrologico-ciclo-da-agua/

Acesso:30/09/16

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Quando a terra estava se formando, a superfície do planeta era muito quente

e toda a água existente estava na forma de vapor. Podemos dizer então, que o ciclo

da água começou com um processo chamado de condensação a passagem do

estado gasoso para o estado líquido. Nesse caso, a água se condensou devido à

diminuição de temperatura ocorrida na superfície do planeta, que possibilitou que

o vapor de água passasse para o estado líquido. Hoje em dia, isso acontece quando

o vapor de água chega a certa altura. A temperatura cai e a água condensa,

passando para o estado líquido em pequenas gotículas que vão se juntando e

movimentando por causa da ação dos ventos e das correntes atmosféricas e

formando as nuvens. Por fim, elas caem na forma de chuva (precipitação). Ao cair a

água infiltra no solo, formam os lenções subterrâneos, ou escorre para os rios, lagos

e oceanos. Então ela fica novamente exposta à ação do sol que a esquenta

transformando-a novamente em vapor através do processo de evaporação:

passagem do estado líquido para o gasoso. No ciclo da água, ocorre também a

evapotranspiração, que é o processo simultâneo de transferência da água para a

atmosfera, por evaporação da água do solo e da vegetação úmida e por

transpiração das plantas. Todos esses processos ocorrem de forma natural há

muitos milhares de anos garantindo a distribuição da água por todo o globo.

Alguns cientistas afirmam que desde que a vida apareceu sobre a terra a

quantidade de água existente no planeta é praticamente a mesma e que ainda, 2/3

do planeta é coberto por água. A questão é que de fato a quantidade de água no

planeta tem permanecido praticamente inalterada desde que o mundo é o mundo

como o conhecemos hoje. O que mudou, foi apenas a forma como essa água se

encontra disponível e a sua utilização.

A água pode ser encontrada no planeta em três estados físicos: sólido,

líquido e gasoso. Durante o processo que chamamos de “Ciclo da água” ou “Ciclo

hidrológico” ela passa pelos estados líquido e gasoso de forma que vai sempre se

renovando à cada ciclo completo. Em alguns lugares muito frios do planeta ela pode

ser encontrada em estado sólido (ex.: geleiras na Antártida), ou ainda, se solidificar

depois de cair na forma de chuva ou neve (pequenos flocos de água solidificada)

como, por exemplo, no pico de montanhas que permanecem congelados durante o

inverno e derretem parcialmente no verão dando origem a rios como o Rio

Tigre na Mesopotâmia que nasce do derretimento de gelo em uma cadeia de

montanhas: as montanhas Taurus na Turquia.

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Atividade experimental IV

Compreendendo o movimento da água na atmosfera.

Nº de aulas prováveis: 04

Objetivo do experimento: compreender o processo da evaporação, condensação e

precipitação da água.

Orientações metodológicas

Materiais necessários:

Pote ou bacia transparente.

Copo de altura menor que a da bacia.

Plástico filme.

Um litro de água previamente aquecida.

Barbante.

Procedimentos:

Esta atividade será de demonstração, desenvolvida pelo professor.

a) Recomenda-se que o professor traga a água previamente aquecida em garrafa

térmica.

b) Despejar a água aquecida na bacia.

c) Colocar o copo dentro da bacia de maneira que fique centralizado (Fig. 8).

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Figura 8: Atividade experimental IV.

Fonte: O autor, 2016.

d) Cobrir a bacia com o plástico, prendendo-o com o barbante, se necessário.

e) Pressionar o centro do plástico com o dedo para formar um ponto mais baixo em

sua superfície na direção do copo (Fig. 9).

Figura 9: Demonstração item “e” da atividade experimental IV

Fonte: O autor, 2016.

f) Aguardar alguns minutos para que ocorra o processo de vaporização,

condensação e precipitação da água.

É importante que durante esse tempo de espera o professor, faça oralmente

algumas indagações para discussões e levantamentos de hipóteses, como: Vocês

sabem a diferença entre vaporização e evaporação? O que irá acontecer se

acumular grande quantidade de gotículas de água no plástico? Por que foi utilizado

água quente no experimento? Se tivéssemos usado água com a temperatura

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ambiente, teríamos o mesmo resultado? Por que? E se usar água com gelo no lugar

da água quente o que iria acontecer? Por que?

Atividade experimental V

A circulação da água no organismo das plantas

Nº de aulas prováveis: 03

Objetivo do experimento: observar a transpiração das plantas, e reconhecer a

importância desse processo na manutenção da vida desses vegetais, e também no

ciclo hidrológico.

Orientações metodológicas

Materiais necessários

Uma planta.

Saco plástico e Barbante.

Procedimentos:

a) Para que toda a turma acompanhe o processo, utilizar uma planta em um

pequeno vaso que possa ser levado para a sala de aula ou laboratório.

b) Verificar se o solo do vaso está devidamente úmido.

c) Com ajuda de um aluno, ensacar um ramo dessa planta, fechando

completamente com o barbante, conforme figura 10.

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Figura 10: Demonstração item “c” da atividade experimental V.

Fonte: O autor, 2016.

d) Fazer a observação no dia seguinte (Fig. 11).

Figura 11: Demonstração item ”d” da atividade experimental V.

Fonte: o autor 2016.

No momento da observação do resultado, é importante que os alunos façam

registros sobre alguns aspectos como: a umidade do solo, água na superfície das

folhas que não foram ensacadas, água no saco plástico.

Para que os alunos possam refletir e levantar hipóteses sobre as análises

durante as observações, serão feitas algumas indagações oralmente como: Como

as plantas absorvem água? Por que foi importante manter a umidade do solo da

planta durante o experimento? O que aconteceu com o vapor de água eliminado

pelas folhas dentro do saco plástico? No terrário esse fenômeno também está

acontecendo? Por que? É possível enxergar a transpiração observando a superfície

das folhas de uma planta? Por que? Se o solo da planta estivesse totalmente seco a

transpiração ocorreria na mês intensidade? Como a água chega até as folhas? Será

que esse processo ocorre em todos os grupos de plantas? Será que todas as

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plantas usadas na construção do terrário, conduzem a água pelos seus organismos

da mesma forma?

Para que os alunos compreendam que há diferentes formas de transporte da

água nos organismos das plantas, sugere-se uma pesquisa na internet de como

ocorre esse processo nas plantas do grupo das briófitas.

Para uma melhor compreensão do tema, sugere-se assistir o vídeo:

Fonte: https://youtu.be/T3_T1vfjVhA

Acesso em 04/10/16.

Após assistir o vídeo a turma será dividida em grupos com quatro alunos

para discutir, trocar ideias e levantar hipóteses, relacionando o vídeo o experimento

e o terrário, e em seguida será proposta a seguinte atividade avaliativa:

1) Elaborar um desenho esquemático em cartolina representando o ciclo da água.

2) Em quais estados físicos a água se apresenta no terrário?

3) De que forma as plantas participam do ciclo da água no terrário?

4) Qual estado físico da água não ocorre no terrário e nem no experimento?

5) Em que momento do vídeo é demonstrado o processo da condensação?

6) A precipitação é a queda da água das nuvens. Ela ocorre sempre na forma

líquida? Justifique.

O nitrogênio e o desenvolvimento das plantas

Número de aulas prováveis: 02

Objetivo: Compreender o ciclo do nitrogênio no meio ambiente, assim como o papel

dos microrganismos nesse processo e reconhecer a importância desse nutriente no

desenvolvimento das plantas.

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TEXTO: Ciclo do nitrogênio

Adaptado de: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/ciclo-nitrogenio.htm

Acesso: 03/12/16

O nitrogênio é encontrado na forma de gás nitrogênio (N2) na atmosfera e é

o principal componente do ar, correspondendo a cerca de 78% de sua composição.

Apesar de sua grande disponibilidade, poucas espécies são capazes de utilizá-lo

dessa forma, sendo essa uma capacidade atribuída a alguns tipos de bactérias e

cianobactérias.

A capacidade de capturar o nitrogênio é essencial para garantir que esse

elemento consiga completar seu ciclo entre os componentes vivos e físico-químicos

do planeta. Nos componentes vivos, o nitrogênio é fundamental, pois faz parte da

constituição de proteínas e ácidos nucleicos. Vale destacar também que sua

deficiência no solo desencadeia problemas graves na agricultura.

Os animais conseguem utilizar o nitrogênio na forma de compostos

orgânicos, tais como aminoácidos e proteínas. As plantas e algas, por sua vez,

utilizam o nitrogênio na forma de íons nitrato (NO3-) ou íons amônio. O ciclo do

nitrogênio, assegura que esse elemento interaja com os organismos vivos e com o

ambiente físico-químico.

O ciclo do nitrogênio começa com a transformação do gás nitrogênio da

atmosfera em outros compostos nitrogenados. Essa transformação é denominada

de processo de fixação, que pode ser físico, industrial ou biológico. A fixação física

do nitrogênio ocorre quando faíscas elétricas ou relâmpagos entram em contato com

o nitrogênio, o que causa a formação de amônia. A fixação industrial é realizada em

fábricas. A fixação biológica ou biofixação, por sua vez, é a fixação de nitrogênio por

micro-organismos, sendo essa a forma mais comum de fixação. Nesse tipo de

fixação, bactérias podem converter o nitrogênio gasoso em amônia (NH3) ou íons

amônio (NH4+).

Na fixação biológica, destaca-se a ação das bactérias do

gênero Rhizobium. Bactérias desse gênero associam-se a plantas leguminosas,

vivendo em nódulos de suas raízes. Essa relação estabelecida é um tipo de

mutualismo, uma vez que ambas são beneficiadas. Enquanto as plantas fornecem

proteção e alimento, as bactérias fornecem-lhe o nitrogênio. Ao morrerem, essas

plantas liberam o nitrogênio de suas moléculas orgânicas na forma de amônia (NH3).

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Os compostos inorgânicos de nitrogênio liberados no solo são absorvidos e

convertidos pelas plantas, algas e algumas bactérias em compostos orgânicos, que

passam a estar disponíveis na cadeia alimentar. Nas plantas, o nitrato ajuda na

síntese de aminoácidos e bases nitrogenadas.

Os animais utilizam os compostos orgânicos, os quais são obtidos na

alimentação, e liberam-nos na forma de excretas. No processo de decomposição, os

compostos orgânicos podem ainda sofrer ação de bactérias que os convertem em

nitrato, amônia ou até mesmo nitrogênio, capaz de retornar à atmosfera. Caso o

nitrogênio siga o caminho de devolução para a atmosfera, diz-se que ocorreu um

processo de desnitrificação o qual é realizado pelas bactérias desnitrificantes.

Sugere-se o esquema abaixo para uma melhor compreensão da circulação

do nitrogênio no meio ambiente.

Figura12: Ciclo do nitrogênio no meio ambiente.

Fonte: http://docentes.esalq.usp.br/luagallo/nitrogenio.htm

Acesso: 03/12/16

Nesse momento é interessante que o professor discuta a importância, dos

microrganismos decompositores, na fertilidade do solo, no desenvolvimento das

plantas e consequentemente na manutenção da vida no planeta.

1) O terrário representa um mini ecossistema, portanto há circulação de nitrogênio

em seu interior? De que maneira esse nutriente pode ser absorvido pelas plantas

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no terrário? Quais seres vivos contribuem para que esse nutriente possa ser

absorvido pelas plantas?

2) Na construção do terrário foi semeado algumas sementes em seu interior. As

sementes semeadas são de vegetais que promovem a fixação do nitrogênio no

solo? Justifique.

Fotossíntese

Nº de aulas prováveis: 04

Objetivo: Identificar os elementos necessários ao processo da fotossíntese e

reconhecer que este processo é indispensável para a vida no planeta.

TEXTO - Seres autotróficos e heterotróficos

Adaptado de: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/fotossintese-vegetais-

fabricam-seus-proprios-alimentos.htm

Acesso em 05/10/16

Os vegetais são classificados como seres autotróficos (auto = próprio), pois

"fabricam" seu próprio alimento a partir de substâncias inorgânicas. Esses seres

"montam" as moléculas de glicose, que serão utilizadas para construir e manter seus

corpos. A energia luminosa é transformada em energia química no processo da

fotossíntese. Os seres heterotróficos (hétero = diferente; trófos = comer) comem as

plantas e outros animais. Esse alimento é utilizado como fonte de matéria prima para

o seu crescimento e manutenção do seu corpo, ainda fornece energia para a

realização dos processos vitais (metabolismo). Fotossíntese: um fenômeno químico.

Fica fácil entender o significado da palavra fotossíntese quando a dividimos:

Foto = luz

Síntese = sintetizar

Assim, a palavra fotossíntese significa compor substâncias com a

participação da luz. Embora envolva uma série de reações complexas, podemos

entendê-la de uma maneira simplificada. Para que essa reação química ocorra, os

seres fotossintetizantes necessitam de energia e enzimas, que são moléculas

produzidas pelos seres vivos. Elas atuam nas reações químicas e provocam a

Page 29: EXPERIMENTAÇÃO: A CONSTRUÇÃO DE TERRÁRIOS COMO · 2018-04-30 · ETAPA I Construção de terrários Nº de aulas prováveis: 04 Objetivo: Promover a interação dos estudantes

separação dos átomos que compõem os reagentes. Outras enzimas promovem o

novo arranjo desses átomos, formando o produto da reação química. Mas, para isso,

necessitam de uma quantidade de energia maior do que aquela que mantinha os

átomos ligados nos reagentes.

A água e o gás carbônico entram em contato e as enzimas quebram as

ligações entre os átomos de hidrogênio e oxigênio (H2O). Para que isso ocorra,

energia é transferida a eles. Parte dessa energia é utilizada para o rompimento das

ligações entre os átomos de carbono e oxigênio (CO2). Agora os átomos de carbono,

hidrogênio e oxigênio (que foram liberados na quebra dos grupamentos atômicos da

água e do gás carbônico) se recombinam, formando a glicose (C6H12O6) e o gás

oxigênio (O2).

Dessa forma, a energia da luz (solar) foi transferida para a molécula de

glicose. Assim, o vegetal construiu seu próprio alimento, transformando a energia

radiante (da luz) em energia química (ligação entre os átomos), a qual pode ser

utilizada nos processos vitais, do seu metabolismo, para o crescimento e

manutenção de seu corpo.

No vegetal

O vegetal absorve água e os sais minerais por meio dos pelos de suas

raízes. Essa solução absorvida do solo é conhecida como seiva bruta. A seiva bruta

chega à folha do vegetal pelos vasos lenhosos. O gás carbônico da atmosfera entra

pela abertura dos estômatos, que são estruturas especializadas formadas por duas

células.

As folhas dos vegetais possuem células com um tipo de organela (pequeno

órgão) conhecido como cloroplasto, onde encontramos a clorofila, um pigmento

verde que dá a coloração às folhas e que é capaz de transformar água e o gás

carbônico em glicose e gás oxigênio com a ação da energia luminosa. A seiva bruta,

levada às células clorofiladas juntamente com o gás carbônico, se transforma em

seiva elaborada, constituída de água, sais minerais e glicose. Ela é distribuída por

todo o vegetal pelos vasos liberianos.

Page 30: EXPERIMENTAÇÃO: A CONSTRUÇÃO DE TERRÁRIOS COMO · 2018-04-30 · ETAPA I Construção de terrários Nº de aulas prováveis: 04 Objetivo: Promover a interação dos estudantes

Texto: Ciclo do carbono no ambiente

Adaptado de: http://educacao.globo.com/biologia/assunto/ecologia/ciclos-

biogeoquimicos.html

Acesso em 05/10/16

O carbono é o quinto elemento mais abundante do planeta e está presente

nas moléculas orgânicas. Na atmosfera, é encontrado sob a forma de dióxido de

carbono (CO2), também chamado gás carbônico, liberado da respiração dos seres

vivos, decomposição e combustão da matéria orgânica. Dessa forma, o (CO2) passa

a circular na atmosfera e é retirado do ambiente através do processo de fotossíntese

realizado pelos seres autotróficos, representado pelas plantas e pelos plânctons. Na

presença de luz e clorofila, o gás carbônico (CO2), mais água (H2O) são convertidos

em glicose (C6H12O6), havendo liberação de gás oxigênio (O2), como representado

na equação abaixo: 6CO2+6H2O+ energia (luz solar) = C6H12O6+O2.

Ciclo do oxigênio no ambiente

Adaptado de: http://www.infoescola.com/biologia/ciclo-do-oxigenio/

Acesso: 05/10/2016

O ciclo do oxigênio se dá pelo seu movimento e suas transformações

na atmosfera, biosfera e a litosfera. Sua transformação pode se dar de maneira

biológica, física, geológica e hidrológica.

Estando presente em diversos componentes químicos essenciais para a

manutenção da vida, o oxigênio compõe o gás carbônico (CO2) e a água (H2O), que

tornam possível a realização da fotossíntese. Uma parte deste oxigênio fica retido

nos seres fotossintetizantes para sua própria manutenção e outra parcela é liberada

no ambiente, tornando possível a respiração para os animais. Os seres

fotossintetizantes são os principais liberadores de oxigênio em forma de gás para a

atmosfera.

Acredita-se que 98% do oxigênio encontrado na atmosfera é proveniente

dos fito plânctons, que são seres microscópicos fotossintetizantes que vivem na

coluna d’agua nos oceanos. Por muitos cientistas, esses organismos são

considerados algas marinhas e são estudados dentro da botânica.

Page 31: EXPERIMENTAÇÃO: A CONSTRUÇÃO DE TERRÁRIOS COMO · 2018-04-30 · ETAPA I Construção de terrários Nº de aulas prováveis: 04 Objetivo: Promover a interação dos estudantes

O oxigênio quando absorvido pelos animais, é utilizado para a respiração

celular, em que as glicoses são degradadas liberando energia, água e gás

carbônico. A água proveniente deste processo pode ser utilizada no próprio

organismos para diversas finalidades ou liberada através das excreções,

transpiração e decomposição, enquanto o gás carbônico é liberado durante o

processo de respiração e decomposição.

Além dos ciclos biológicos, o oxigênio também é utilizado na combustão na

forma de gás oxigênio como comburente. O fogo é a reação do gás oxigênio com o

carbono presente na matéria orgânica, desse processo resulta a liberação de alguns

gases principalmente o gás carbônico, e ainda fornece luz e calor durante a reação.

Atividade experimental VI

Observando a produção do gás oxigênio durante a fotossíntese.

Objetivo do experimento: Identificar os fatores necessários para que ocorra a

fotossíntese e observar a produção do gás oxigênio durante esse processo.

Orientações metodológicas

Materiais necessários:

3 Béqueres ou copos transparentes.

Colher.

Etiqueta e caneta.

Papel alumínio.

Bicarbonato de sódio.

Água.

Plantas (elódea).

Page 32: EXPERIMENTAÇÃO: A CONSTRUÇÃO DE TERRÁRIOS COMO · 2018-04-30 · ETAPA I Construção de terrários Nº de aulas prováveis: 04 Objetivo: Promover a interação dos estudantes

Procedimentos:

a) A turma será dividida em grupos com seis alunos. Cada grupo receberá os

materiais citados e deverão seguir as orientações.

b) Identificar um recipiente com a etiqueta “água”, outro com etiqueta “água com

bicarbonato” e o terceiro com etiqueta “água com bicarbonato sem luz”.

d) Colocar a água em um dos recipientes e nos outros dois, a água com meia colher

de bicarbonato de sódio nos recipientes de acordo com as etiquetas (Fig. 13).

Figura13: Demonstração item ”d” da atividade experimental VI.

Fonte: O autor, 2016.

e) Em cada recipiente colocar a planta, ramo de elódea (Egeria sp), de maneira que

fique submersa (Fig. 14).

f) Encapar completamente um dos recipientes que contenha água com bicarbonato

de sódio com papel alumínio para que não ocorra a entrada de luz (Fig. 14).

Page 33: EXPERIMENTAÇÃO: A CONSTRUÇÃO DE TERRÁRIOS COMO · 2018-04-30 · ETAPA I Construção de terrários Nº de aulas prováveis: 04 Objetivo: Promover a interação dos estudantes

Figura 14: Demonstração item “e” e “f” da atividade experimental VI.

Fonte: O autor, 2016.

g) Expor os três recipientes em local com luz solar direta, ou colocar uma lâmpada

próxima dos recipientes por 30 minutos (Fig. 15).

Figura 15: Demonstração item ”g” da atividade experimental VI.

Fonte: O autor, 2016.

Após a exposição à luz será comparado os três recipientes, em seguida

serão propostas as questões:

1) Qual é a função do bicarbonato dissolvido na água?

2) O que pode ser notado de diferente nos recipientes?

3) As quantidades de bolhas que surgiram foram iguais nos três recipientes? O que

são essas bolhas? Por que elas apareceram?

4) Houve recipientes que não surgiram bolhas? Por que?

Page 34: EXPERIMENTAÇÃO: A CONSTRUÇÃO DE TERRÁRIOS COMO · 2018-04-30 · ETAPA I Construção de terrários Nº de aulas prováveis: 04 Objetivo: Promover a interação dos estudantes

5) De acordo com as suas análises, sobre os resultados do experimentos, descreva

com suas palavras, que fatores são necessários para que a fotossíntese

aconteça. Esses fatores agem separadamente nesse processo? Justifique.

6) No experimento, a planta aquática absorve o gás carbônico presente na água, e

no terrário, de onde as plantas absorvem o gás carbônico? Como o gás

carbônico é originado no terrário?

7) Somente a presença do gás carbônico e de luz é suficiente para que as plantas

tenham um bom desenvolvimento no interior do terrário? Justifique.

Neste momento é importante que o professor promova uma discussão para

aprofundar a compreensão sobre o ciclo do carbono e do oxigênio no processo da

fotossíntese, os quais se apresentam na forma de gás carbônico e gás oxigênio. É

importante lembrar também que os seres autotróficos, ao mesmo tempo que

absorvem gás carbônico e liberam gás oxigênio na fotossíntese, necessitam do gás

oxigênio em sua respiração, e consequentemente liberam gás carbônico na

atmosfera.

Avaliação

A avaliação será realizada observando a participação dos alunos, se os

mesmos estiveram atentos aos experimentos, se fizeram anotações, se houve

questionamentos e intervenções. Por meio dos registros escritos e das discussões,

será verificado a apropriação dos conteúdos em cada uma das atividades

experimentais.

ETAPA IV

EFEITO ESTUFA

Nº de aulas prováveis: 04

Objetivo: Reconhecer a importância do efeito estufa na manutenção da vida no

planeta assim como as consequências ambientais provocadas pela intensificação

desse fenômeno.

Page 35: EXPERIMENTAÇÃO: A CONSTRUÇÃO DE TERRÁRIOS COMO · 2018-04-30 · ETAPA I Construção de terrários Nº de aulas prováveis: 04 Objetivo: Promover a interação dos estudantes

Para iniciar a discussão sobre esse assunto serão propostas as seguintes

questões:

1) O que vocês sabem sobre efeito estufa?

2) Ele é prejudicial ao nosso planeta? Seria possível ter vida no planeta sem esse

fenômeno?

3) Por que ele ocorre?

Para que os alunos reflitam sobre o fenômeno do efeito estufa, será

desenvolvido, a seguinte atividade pratica.

Atividade experimental VII

Simulando o efeito estufa

Objetivo do experimento - Simular o fenômeno do efeito estufa para compreender

como a absorção e a reflexão da luz e também os gases da camada atmosférica

influenciam na intensidade do efeito estufa.

Orientações metodológicas

Materiais necessários:

Duas caixas de sapato.

Papel alumínio.

Filme plástico.

Dois copos com água.

Tesoura.

Termômetro.

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Procedimentos:

Por ser um procedimento muito fácil e rápido, não é necessário envolver

toda a turma na preparação das caixas.

a) Revestir as caixas internamente com papel alumínio (Fig. 16).

b) Colocar a mesma quantidade de água em dois copos (Fig. 16).

c) Medir a temperatura da água dos copos com o termômetro, e coloca-los

separadamente nas caixas.

d) Tampar uma das caixas, com o filme plástico.

Figura16: Demonstração item “a” e “b” da atividade experimental VII.

Fonte: O autor, 2016

e) Deixar as caixas expostas por 30 minutos no Sol, e medir a temperatura da água

dos copos novamente.

Após a exposição ao Sol:

1) A temperatura da água é a mesma nos dois copos?

2) Em qual deles houve maior aquecimento? Por que?

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Texto: Efeito Estufa

Adaptado de: http://brasilescola.uol.com.br/geografia/efeito-estufa.htm

Acesso: 24/10/16

Do total de raios solares que atingem o planeta, quase 50% ficam retidos na

atmosfera; o restante, que alcança a superfície terrestre, aquece e irradia calor.

Esse processo é chamado de efeito estufa.

Apesar de o efeito estufa ser figurado como algo ruim, é um evento natural

que favorece a proliferação da vida no planeta Terra. O efeito estufa tem como

finalidade impedir que a Terra esfrie demais, pois se a Terra tivesse a temperatura

muito baixa, certamente não teríamos tantas variedades de vida. Contudo,

recentemente, estudos realizados por pesquisadores e cientistas, principalmente no

século XX, têm indicado que as ações antrópicas (ações do homem) têm agravado

esse processo por meio de emissão de gases na atmosfera, especialmente o CO2.

O dióxido de carbono (CO2) é produzido a partir da queima de combustíveis

fósseis usados em veículos automotores movidos à gasolina e óleo diesel. Esse não

é o único agente que contribui para emissão de gases, existem outros como as

queimadas em florestas, pastagens e lavouras após a colheita.

Com o intenso crescimento da emissão de gases e também de poeira que

vão para a atmosfera, certamente a temperatura do ar terá um aumento de

aproximadamente 2ºC em médio prazo. Caso não haja um retrocesso na emissão de

gases, esse fenômeno ocasionará uma infinidade de modificações no espaço natural

e, automaticamente, na vida do homem. Dentre muitas, as principais são:

Mudanças climáticas drásticas, onde lugares de temperaturas extremamente frias

sofrem elevações e áreas úmidas enfrentam períodos de estiagem. Além disso, o

fenômeno pode levar áreas cultiváveis e férteis a entrar em um processo de

desertificação.

Aumento significativo na incidência de grandes tempestades, furacões ou tufões

e tornados.

Perda de espécies da fauna e flora em distintos domínios naturais do planeta.

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Contribui para o derretimento das calotas de gelo localizadas nos polos e,

consequentemente, provocar uma elevação global nos níveis dos oceanos.

O tema "efeito estufa" é bem difundido nos mais variados meios de

comunicação no mundo, além de revistas científicas e livros, no entanto a explicação

é razoavelmente simples. Em razão de os gases se acumularem na atmosfera, a

irradiação de calor da superfície fica retida na atmosfera e o calor não é lançado

para o espaço; dessa forma, essa retenção provoca o efeito estufa artificial. Abaixo

um esboço de como ocorre o efeito estufa natural e artificial ou provocado pelo

homem.

Para se ter uma melhor compreensão do tema, sugere-se assistir o vídeo:

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=soicSlswjOk

Acesso: 24/10/16.

Avaliação

A avaliação será realizada no decorrer das atividades teóricas e

experimental, analisando seus questionamentos e intervenções, e por meio das

discussões. Após a apresentação do vídeo, será proposta a seguinte atividade, para

que os alunos desenvolvam em dupla.

1) O efeito estufa e o aquecimento global são a mesma coisa? Explique.

2) Vimos que o principal responsável pelo aumento do efeito estufa é o excesso de

gás carbônico na atmosfera. Como esse gás é originado?

3) Em seu município, quais atividades humanas, contribui para o aumento desse

gás na atmosfera?

4) De que maneira a natureza consegue reduzir o índice desse gás na atmosfera?

5) Como esse gás é produzido no Terrário?

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6) O que acontecerá com os seres vivos do terrário se o mesmo for exposto a luz

direta do Sol? Por que?

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REFERÊNCIAS

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foco. São Paulo. Brasil. 2010.

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Moderna. 2015.

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNANBUCO, M. M. Ensino de ciências

fundamentos e métodos 3ª ed. São Paulo: Cortez. 2009.

GASPAR, A. Experiências de ciências para o Ensino fundamental, 1ªed. São

Paulo: Ática, 2003.

GUIMARÃES, L. R. Atividade para aulas de ciências. São Paulo. Nova espiral.

2009.

KRASILCHIK, M.; MARANDINO, M. Ensino de ciências e cidadania. São Paulo.

Moderna. 2010.

MORAES, R. O significado da experimentação numa abordagem construtivista:

o caso do ensino de ciências. In: BORGES, R. M. R.; MORAES, R. (Org.)

Educação em Ciências nas séries iniciais. Porto Alegre: Sagra Luzzato. 1998.

MOREIRA, M. A. A teoria da aprendizagem significativa e sua

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