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3revista notícias da construção / outubro 2012

Sergio Watanabeé presidente doSindusCon-SP, vice-presidente da CbiCe diretor da Fiesp

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna: [email protected]

O pulo do gato

Sistema dual de ensino alemãodeve ser um exemplo para o Brasil

e d i t O r i a l

atribulações particulares, como a elevada carga tributária e de encargos, a excessiva burocratização, a onerosa e pouco flexível legislação trabalhista e outras mazelas que nos tiram o sono e a produtividade.

Entretanto, um item chamou a atenção dos integrantes da Missão Técnica e que está intimamente ligado à produtividade e a ou-tros aspectos essenciais do desenvolvimento da Alemanha: a educação.

A diferença começa com um ensino de qualidade, no qual não se poupam recursos para a formação dos alunos. Ao final do que equivale ao nosso ensino fundamental, grande parte dos estudantes ingressa no que naquele país se denomina de sistema dual.

Trata-se de um ensino técnico pelo qual os alunos passam dois terços do tempo esta-giando e aprendendo diretamente dentro das empresas, ao mesmo tempo em que recebem uma formação teórica, porém sempre voltada aos aspectos práticos de sua profissão.

A grande vantagem desse sistema dual é que, ao término do curso, os alunos estão efetivamente preparados para ingressar

no mercado de trabalho. A empresa não precisa investir mais alguns anos em formação, porque eles já vêm preparados para de-sempenhar suas funções.

O benefício adicional desse sistema é que as empresas já contra-tam funcionários qualificados e produtivos, e daí para a frente os novos treinamentos a aperfeiçoamentos se destinam a elevar ainda mais uma produtividade que já começa alta.

Cumpre-nos pressionar por modifica-ções como esta em nosso ensino, bem como seguir pressionando para que as condições estruturais da economia brasileira se modi-fiquem substancialmente para o incremento de nossa produtividade.

Tive a satisfação de integrar a Missão Técnica do SindusCon-SP que cumpriu uma intensa programação no início de setembro em Berlim e Frankfurt, na Alemanha. Du-rante oito dias, tivemos a oportunidade de entrar em contato com técnicas construtivas, políticas e práticas de sustentabilidade, meca-nização da produção e aspectos relacionados ao potencial de desenvolvimento das relações bilaterais entre nossos países.

Um dos pontos mais relevantes da via-gem foi constatar de perto a produtividade alcançada pela Alemanha em várias ativi-dades econômicas, incluindo a construção.

A produtividade era visível nos míni-mos detalhes: planejamentos de obras com crescente utilização de BIM (Modelagem da Informação da Construção), utilização de insumos de qualidade, farta mecanização com uso de gruas e outros equipamentos adaptados aos canteiros, pré-moldados bem acabados e uma série de soluções que com-binam a eficiência desejada com edificações prontas dentro dos novos requisitos de sus-tentabilidade ambiental.

É claro que tudo isso não seria possível se a Alemanha não estivesse investindo numa série de quesitos indispensáveis à produtivi-dade: excelente infraestrutura, estímulos à pesquisa e ao desenvolvimento, montagem de um parque fabril inovador e competitivo, incessante aperfeiçoamento tecnológico, parcerias público-privadas etc.

No Brasil, a necessidade de todos estes itens tem sido insistentemente reiterada. Aqui, somam-se a eles a superação de nossas

Page 4: Exemplo SindusCon-SP

S u m á r i O PresidenteSergio Tiaki Watanabe

Vice-PresidentesCristiano GoldsteinEduardo May ZaidanFrancisco Antunes de Vasconcellos NetoHaruo IshikawaJoão Claudio RobustiJoão Lemos Teixeira da SilvaLuiz Antonio MessiasLuiz Claudio Minniti AmorosoMaristela Alves Lima HondaMaurício Linn BianchiOdair Garcia SenraPaulo Rogério Luongo SanchezYves Lucien de Melo Verçosa

diretoresPaulo Brasil Batistella (Jurídico)Salvador de Sá Benevides(Relações Internacionais)

diretores das regionaisAntonio Carlos Ribeiro Abibe (Sorocaba)Eduardo Nogueira (Ribeirão Preto)Emilio Carlos Pinhatari (São José do Rio Preto)José Luiz Goulart Botelho (São José dos Campos)Luís Gustavo Ribeiro (Presidente Prudente)Márcio Benvenutti (Campinas)Renato Tadeu Parreira Pinto (Bauru)Ricardo Beschizza (Santos)Sergio Ferreira dos Santos (Santo André)

rePresentantes junto à FiesPTitulares:Eduardo Ribeiro Capobianco, Sergio PortoSuplentes:João Claudio Robusti; José Romeu Ferraz Neto

assessoria de imPrensaRafael Marko - (11) 3334-5662Nathalia Barboza - (11) 3334-5647Fabiana Holtz - (11) 3334-5701

conselho editorialDelfino Teixeira de Freitas, Eduardo May Zaidan, José Romeu Ferraz Neto, Maurício Linn Bianchi, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Odair Senra, Salvador Benevides, Sergio Porto

suPerintendenteJosé Luiz Machado

editor resPonsáVelRafael Marko

redaÇÃoNathalia Barboza e Fabiana Holtz (São Paulo) com colaboração das Regionais: Ester Mendonça (São José do Rio Preto); Giselda Braz (Santos); Homero Ferreira (Presidente Prudente); Enio Machado, Pasquarelli Junior e Denise Kelen, Tatiana Vitorelli (São José dos Campos); Marcio Javaroni (Ribeirão Preto); Nerli Peres (Sorocaba); Sabrina Magalhães (Bauru); Sueli Osório (Santo André); Vilma Gasques (Campinas).Secretaria: Antonia Matos

arte e diagramaÇÃoMarcelo da Costa Freitas/Chefe de ArteSanders Caparroz Giuliani/ Designer Gráfico

PuBlicidadeVanessa [email protected](11) 3334-5627Pedro Dias [email protected](11) 9212-0312Bruna Batista [email protected](11) 3334-5659

endereÇoR. Dona Veridiana, 55CEP 01238-010, São Paulo-SP

centro de atenção ao associado(11) 3334-5600

ctP/ impressão: Pancrom Indústria Gráfica

tiragem desta edição: 14 mil exemplares

opiniões dos colaboradores não refletem necessariamente posições do sinduscon-sP

[email protected]

www.sindusconsp.com.br

v O z d O l e i t O r

DeSContaMinaÇÃoA grande imprensa tem se equivocado quando publica reportagens tentando responsabilizar a indústria imobiliária por edificações em áreas contaminadas. É o contrário! Hoje, o setor tem o mérito de ser o responsável pela descontaminação dos terrenos em São Paulo e em outras cidades.

moises lavanEngenheiro, São Paulo

eSCreva Para eSta SeÇÃoe-mail: [email protected]: R. Dona Veridiana 55, 2º andar, 01238-010, São Paulo-SP

“O papel desta revista foi feito com madeira de florestas certificadas FSC

e de outras fontes controladas.”

Conjuntura | Robson Gonçalves ................................5

Gestão da Obra | MaRia anGélica covelo silva .......... 26

Gestão Empresarial | MaRia anGelica l. PedReti ...... 32

Marketing | antonio Jesus de bRitto cosenza ............. 36

Saúde | edGaRd Macedo ....................................... 44

Jurídico | doMinGos assad ..................................... 46

Soluções Inovadoras | otávio c. bRasil Gandolfo .... 56

Construção da Carreira | feliPe scotti calbucci ...... 58

C a p aINOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE LEVAMMISSÃO DO SINDICATO À ALEMANHA .. 6

c O l u n i S t a S

• Foco na produtividade• Embaixador preconiza parcerias• Construção horizontal é destaque• Arquitetas mostram projetos monumentais• Mecanização de obra impressiona• Um envelope eficiente e produtivo• Incentivos garantem eficiência energética• Simplicidade voltada à produtividade• Universidade testa materiais• Cúpula do Reichstag encanta a Missão• Insumos para os novos tempos• Monitorando o BIM à distância• Um exemplo de eficiência energética• O pioneiro da sustentabilidade• Retrofit conquista certificação

IMOBILIÁRIO .....................................................18• Aprovação de projetos será agilizada• Maringá: cidadãos participam do planejamento

HABITAÇÃO ...................................................... 22• Fórum destaca urbanismo• ‘Faltam ajustes no Minha Casa’

QUALIDADE.......................................................24• Workshop: inspeção e manutenção predial

MEIO AMBIENTE .............................................. 28• Guia ajuda a selecionar desempenho• Projeto Resíduos on-line em gestação• Sindicato destaca ações ambientais

ELEIÇÕES 2012 ............................................... 34• Matarazzo pede legislação mais simples• Soninha defende desapropriação• MCMV: Serra culpa União por problemas

SINDUSCON-SP EM AÇÃO ................................ 38• Proposta apuração eletrônica do ISS na capital

CAPITAL-TRABALHO ......................................... 42• Feticom assina acordo sobre PCDs• Megasipat promove inclusão e sustentabilidade

REGIONAIS ...................................................... 48• Megasipat reúne 300 em Sorocaba• Prudente apresenta excelentes resultados• Santos recebe cinco candidatos• Bauru participa de debate pré-eleitoral• Regional faz convênio com universidade• Ribeirão Preto debate saúde• Curso: operadores de elevador de obras• Regional repassa a Lei Cidade Limpa• Santo André reúne mestres de obras• Debate sobre resíduos agita Sorocaba

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5revista notícias da construção / outubro 2012

xar esse quadro persistir sem uma ação firme, pontual e localizada. Esta teria mesmo que vir através de desonerações seletivas e aumentos selecionados do imposto de importação. No outro extremo, medidas visando reduzir os ingressos de capitais estrangeiros voláteis também são bem-vindas, pois contribuem para deter a valorização cambial.

Mas no médio e no longo prazo, essas me-didas são claramente insuficientes. Há décadas o país necessita de uma política articulada de desenvolvimento com foco no aumento contí-nuo da competitividade. Nesse campo, nossas carências são bem conhecidas e se concentram na estrutura tributária caótica, na escassez de mão de obra qualificada e na infraestrutura.

Nesse sentido, é louvável a iniciativa de rever a política de incentivos aos investimentos que surgiu em paralelo às medidas emergen-ciais. Muito tempo já se perdeu em discus-

sões sobre o papel do Estado na economia. Debates relativamen-te inúteis acontece-ram com argumentos e contra-argumentos relacionados ao pa-

pel do investimento público. A experiência mostrou que nossas carências no campo da infraestrutura são urgentes demais para serem presas desse tipo de discussão.

A ação pragmática do governo para am-pliar o rol de concessões, deixando ao Estado o papel de reduzir riscos e articular os projetos, merece elogios. Como sempre, a iniciativa foi e continuará sendo alvo de críticas. Mas os debates irão ocorrer sobre fatos concretos, medidas explícitas e corajosas no sentido de estimular o crescimento. E quando o tema é crescimento, debates pós-fato, por mais aca-lorados que sejam, serão sempre melhores do que as intermináveis discussões prévias.

robSon gonÇalveS é professor dos Mbas da Fgv e consultor da Fgv Projetos

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna:[email protected]

Nos últimos meses, o governo vem anun-ciando novas medidas para elevar a competi-tividade industrial e estimular o investimento produtivo, como redução dos custos de energia, desoneração de folha e elevação do imposto de importação.

Muitos setores do empresariado têm ma-nifestado seu apoio a essas ações, mas sempre com alguma nota de crítica ou descontenta-mento. Ao mesmo tempo, alguns organismos internacionais têm expressado sua preocupação com o que chamam de “medidas protecionis-tas”. Já houve quem dissesse que o país está flertando com a via argentina de fechamento da economia aos importados e proteção a qualquer custo da indústria nacional.

Quem tem razão, os defensores ou os crí-ticos dessas iniciativas? Para variar, as análises mais moderadas parecem estar, mais uma vez, corretas.

No curto prazo, ao adotar esse rol de medi-das, o governo reconhece a armadilha cambial em que o país se envolveu. A valorização do real frente às moedas de nossos principais parceiros comerciais, registrada desde 2009, foi de fato excessiva. E, no contexto da crise internacional que se arrasta, o mercado brasi-leiro passou a ser visto como alvo preferencial dos esforços de vendas de empresas de todo o mundo. Como resultado, os produtos importa-dos passaram a responder por parcela crescente da oferta local de bens industriais, gerando crescente descompasso entre o bom momento do varejo e a relativa estagnação da produção.

Seria um grave erro tático do governo dei-

medidas paliativas

ainda falta política de aumentocontínuo da competitividade

c O n j u n t u r a

Page 6: Exemplo SindusCon-SP

6 revista notícias da construção / outubro 2012

Uma ampla gama de inovações em projeto e execução de obras com foco na produtividade e na sustentabilidade am-biental foi apresentada à Missão Técnica do SindusCon-SP, em visita estratégica realizada à Alemanha, na primeira semana de setembro.

A Missão teve um encontro relevan-te com o embaixador do Brasil Everton Vargas e o cônsul da Alemanha em São Paulo, Matthias von Kummer. Conheceu a política energética alemã no Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear daquele país. E viu o avançado laboratório de testes do Depar-tamento de Engenharia da Universidade Técnica de Berlim.

O elevado grau de mecanização da construção chamou a atenção nas obras visitadas em Berlim e Frankfurt. Palestras em empresas de arquitetura e engenharia como a Hochtief mostraram projetos ino-vadores, com foco em planejamento, BIM (Modelagem da Informação na Construção), eficiência energética e conforto térmico. Visitas aos prédios altos de Frankfurt revelaram soluções em sustentabilidade e manutenção predial.

A viagem foi uma iniciativa conjunta do diretor de Relações Internacionais do SindusCon-SP, Salvador Benevides, com os Comitês de Tecnologia e Qualidade e de

Meio Ambiente do SindusCon-SP, e o apoio do Itamaraty e do Consulado da Alemanha em São Paulo.

Integraram a Missão, liderada pelo pre-sidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, os vice-presidentes Eduardo May Zaidan (Economia), Mauricio Bianchi (Imobiliário) e Paulo Rogério Luongo Sanchez (Tecnolo-gia e Qualidade); o representante do sindi-cato junto à Fiesp, José Romeu Ferraz Neto; o diretor Jurídico, Paulo Brasil Batistella; os membros do CTQ Jorge Batlouni Neto (coordenador), André Alexandre Glogo-wsky, Renato Genioli Jr., Fernando Augusto Correa da Silva,Yorki Oswaldo Estefan, Luis Fernando Ciniello Bueno e Paulo Ari-dan; e os membros do Conselho Consultivo Delfino Paiva Teixeira de Freitas, Mauricio Guimarães e José Batista Ferreira.

Participaram ainda o presidente do Sinaenco-SP, José Roberto Bernasconi; o engenheiro de estruturas Francisco Paulo Graziano; os empresários Francisco Pigatto Neto e Antonio Carlos Franck; o consultor José Carlos de Arruda Sampaio e o enge-nheiro Thomas Martin Diepenbruck, da Ho-tchief; e os editores das revistas Construção e Mercado, Gustavo Mendes Nascimento, e Notícias da Construção, Rafael Marko.

Acompanharam o grupo a arquiteta Raquel Palhares Macedo, da Arq Tours, res-ponsável pela elaboração da agenda técnica, e o diretor da agência Rosa Massoti Turismo e Intercâmbio, Alexandre Massoti Rossi.

c a p a

raFael marKO

Os integrantes da Missão do SindusCon-SP na Universidade Técnica de Berlim; atrás da bandeira brasileira, os professores Bern Köchendorfer e Wolfgang Huhnt; no destaque, Salvador Benevides

Foco na produtividade

Page 7: Exemplo SindusCon-SP

Embaixador preconiza parcerias“Viemos à Alemanha buscar formas

de tornar nossa construção mais produtiva e ambientalmente sustentável.” Foi assim que o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watana-be, abriu a reunião mantida pela diretoria do sindicato na embaixada do Brasil em Berlim.

O embaixador Everton Vargas afirmou que a Alemanha tem bastante a contribuir, e preconizou uma associação mais estreita entre pequenas e médias empresas dos dois países para desenvolver bens e serviços. Alertou para uma certa resistência, mais por parte do governo alemão que dos empresários daquele país (“há rejeição ao etanol por temor de que isso desvie o uso da terra da produção de ali-mentos”). E recomendou uma aproximação das construtoras brasileiras com as universidades que tenham acordos com as alemãs, e contatos com o Ministério de Ciência e Tecnologia e com o Itamarati.

Oportunidade na criseAnalisando a conjuntura econômica

global, o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, afirmou que “a primeira tarefa do Brasil é aumentar drama-ticamente a produtividade nos próximos quatro a cinco anos, espaço de tempo em que os países desenvolvidos resolverão a crise atual. Nossa preocupação é o que fazer para aproximar a média das empresas brasileiras daquilo que as de ponta já fazem. Temos capital, precisamos saber usá-lo”.

Paulo Sanchez, vice-presidente de Tec-

nologia e Qualidade, apontou a questão tec-nológica como “nevrál-gica” para o desenvol-vimento da construção brasileira. “Sentimos falta de equipamentos novos ou semi-usados para melhorar a compe-titividade”, comentou. Já o vice-presidente de Imobiliário, Mauricio Bianchi, relatou o an-damento do Programa de Inovação Tecnológi-ca que ele coordena na Câmara Brasileira da Indústria da Construção, e convidou o embaixador a visitar o SindusCon-SP.

Presente ao encon-tro, o cônsul da Alema-nha em São Paulo, Matthias von Kummer, manifestou confiança na atuação do governo da chanceler Angela Merkel na eurozona e anunciou que 2013 será o Ano da Alemanha no Brasil, com atividades nas áreas de economia, ciências, cultura e social.

Também participaram da reunião, pelo SindusCon-SP, André Glogowsky Delfino de Freitas, José Batista, José Romeu Ferraz, Mau-ricio Guimarães e Paulo Batistella; o presidente do Sinaenco, José Bernasconi, e os diplomatas Leonardo de Atahyde e Marcelo Cid.

Na embaixada do Brasil em Berlim, o cônsul alemão Von Kummer recebe de Watanabe a mochila da Missão Técnica

O presidente do SindusCon-SP dirigindo-se a Vargas: viemos em busca de produtividade e sustentabilidade

Page 8: Exemplo SindusCon-SP

capa

Construção horizontal é destaque

Construído sobre a estação ferroviária próxima ao aeroporto de Frankfurt, o empreen-dimento The Squaire, que conjuga hotel, lojas, escritórios e centro de convenções, chamou a atenção da Missão Técnica por suas dimensões monumentais: 660 metros de comprimento por 45 metros de altura.

Revestido por mais de 20 mil m² de vidro que permitem conjugar iluminação natural e conforto térmico, o empreendimento ganhou pisos suspensos, forros radiantes e revestimen-tos para paredes divisórias da Lindner, que promoveu esta visita.

Mais de 20 mil2 de vidro revestem o empreendimento The Squaire em Frankfurt; ao lado, as instalações sob as lajes, preparadas para receber os forros

arquitetas mostram projetos monumentaisO escritório de arquitetura GMP, criador

de inúmeros projetos emblemáticos como a estação ferroviária Central de Berlim e os estádios da Cidade do Cabo (África do Sul) e de Manaus, recebeu os membros da Missão em Berlim.

Em sua apresentação, as arquitetas Maika Carlsen e a brasileira Camila Préve mostraram a simplicidade e o design clean de projetos de grandes estruturas como estádios, centros de exposições e aeroportos, bem como projetos

de planejamento urbano em diversos países, especialmente na Europa e na Ásia. Uma amostra pode ser visualizada em www.gmp -architekten.de .

No Brasil, o GMP projetou e participa da construção dos estádios de Brasil e Manaus. Para o revestimento deste último, inspirou-se em temas amazônicos, como peles de cobras e jacarés. Também desenvolveu dois projetos para o futuro Centro de Convenções de Piritu-ba, em São Paulo. A arquiteta Maika

Carlsen e sua colega brasileira Camila PréveMembros da Missão no GMP, atrás de maquete de um

estádio feita por alunos de uma escola primária alemã

Os sistemas de forros radiantes, com canalizações para energia e para a água que é aquecida ou refrigerada conforme a estação do ano, atraíram a atenção dos membros da Missão. Eles foram recebidos pelo gerentes da Lindner Andreas Hübner, Ricardo Vasquez e Cristian Lieb.

Temas amazônicos como peles de cobras e jacarés inspiraram o projeto do envelope do futuro estádio de Manaus

Page 9: Exemplo SindusCon-SP

Sem camisa, trabalhador maneja spider; membros da Missão conferem o sistema que permite tirar a fôrma da laje mantendo o escoramento

mecanização de obra impressiona

Martin, Andreas e Mike, da Peri, apresentam a obra; o grupo examina qualidade de escada pré-moldada e o revestimento plástico para cura de pilar

Nada menos de oito gruas operavam na obra do Shopping Arkaden em Berlim, quando os integrantes da Missão Técnica a visitaram, a convite da Peri Formas e Escoramentos. A construção orçada em 500 milhões de euros, com área construída de 90 mil m² e garagem para 755 carros, demandará 110 mil m³ de concreto e 10 mil t de aço nos dois anos de sua execução, informou o gerente Mike Clever.

O lençol freático superficial exigiu uma escavação de 20 m de profundidade e uma laje de subpressão atirantada de 1m a 1,20m de espessura, na qual foi utilizado concreto auto-adensável. Duas mil ancoragens foram feitas atirantando esta laje. Na parede diafrag-ma havia duas linhas de tirantes, e o sistema de drenagem era vertical.

O coordenador do Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP, Jorge Batlouni, destacou o ganho em tempo com o uso de dis-tribuidor manual do concreto (spider) a partir da bomba. Ele ainda notou as lajes com capitéis em torno dos pilares, reforçadas com stud para resistir aos esforços de punção. Os pilares eram envolvidos em filme plástico para cura.

Batlouni e os membros da Missão percorreram a obra. Observaram o siste-ma modular de fôr-mas com escoras e a concretagem com pilar solteiro e cabeça tipo drop head, o que permite tirar a fôrma da laje mantendo o escoramento. Viram a estrutura modelada para usar essas fôr-mas. Impressionaram-se com a qualidade do concreto e a ausência de fissuras.

Alguns dos trabalhadores, em sua maio-ria portugueses, turcos e croatas, estavam sem camisa ou botas e até sem capacete. Seu reduzido número era compensado pela alta produtividade. Um armador brasileiro contou estar bastante satisfeito, com a remuneração de 15 euros por hora. “São mais de 200 horas por mês, uma vez já fiz 300 e não falta trabalho nem no inverno”, contou.

Número de gruas e escoramento robusto: alta produtividade

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capa

Um envelope eficiente e preventivo

Combinando eficiência energética, con-forto térmico e segurança contra atentados, o envelope espesso da obra do futuro Ministério do Interior chamou a atenção do grupo em Berlim: o maciço pré-moldado de concreto das paredes externas recebia uma camada de 15 cm de lã de vidro e guardava um espaço de 20 cm até a fachada dupla para ventilação.

Visitada pela Missão Técnica a convite da Obermeyer Planejamento e Consultoria, a obra de 200 milhões de euros demandou um rebai-xamento do lençol freático de 13m, com laje

O grupo diante da obra do Ministério do Interior, depois de ouvir de Betina Lutz uma explanação sobre a construção

de subpressão concretada sobre esferas. Serão 70 mil m² de área construída, com previsão de término no fim de 2014, relatou a gerente de projeto, Betina Lutz.

O contrapiso do subsolo pronto antes da subida das lajes, a limpeza e a organização do canteiro e componentes galvanizados mere-ceram destaque. Já a segurança do trabalho se ressentia de uma sinalização adequada.

incentivos garantem eficiência energéticaUma política clara com metas definidas

e estímulos tarifários é fundamental para que as edificações adquiram eficiência energética e até gerem energia própria. Esta conquista da Alemanha foi relatada à Missão Técnica, na visita feita ao Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear daquele país.

O país tem como meta reduzir a demanda de energia das edificações em 20% até 2020 e em 80% até 2050. Atualmente, 40% da de-manda de energia alemã vem das edificações. O país está reestruturando sua política energética para fechar o restante de suas usinas nucleares

Rusnok (acima), Hildegard, Herzog e Silke, na apresentação da política energética alemã

até 2022 (8 já estão inoperantes e a energia nuclear respode por 23% da demanda do país). Sua política combina crescente eficiência energética, expansão da geração por fontes renováveis e diminuição das emissões de CO

2.

Berlim coopera com o Brasil em diversos projetos na área, incluindo o desenvolvimento de uma planta de energia por captação solar em Florianópolis. Receberam o grupo as chefes das Divisões de Assuntos da União Europeia e Cooperação Bilateral, Silke Karcher, e de Informação Pública, Hildegard Kaiser; e os técnicos da Iniciativa Internacional de Proteção ao Clima, Florian Herzog e David Rusnok.

Page 11: Exemplo SindusCon-SP

Simplicidade voltada à produtividadeSoluções simples e práticas implemen-

tadas na obra de construção da futura sede da construtora Zublin, em Frankfurt, foram apre-sentadas à Missão Técnica do SindusCon-SP pelo diretor da Doka Brasil Fôrmas para Con-creto, Alberto Komel, e pelo gerente técnico da empresa local que acompanha a obra, Johny Belmonte.

Orçada em 30 milhões de euros, a obra de 30 mil m² (dois terços para os escritórios e um terço para as garagens) rebaixou o lençol freático em 4,5m. Utiliza concreto a um custo de cerca de 65 euros o m³ e o aço cortado e dobrado, mas não montado, a 650 euros/t.

A obra estava com o subsolo pronto, com canaletas para a água que resultará do derreti-mento da neve dos carros. A estrutura da edi-

Vergalhões com as pontas protegidas e, ao fundo, banheiro químico

Carrinho para transporte manual de

argamassa, na obra

apresentada por Komel e

Belmonte

Teste das canalizações de água, internas na laje

ficação já se situava no quarto andar. O grupo pôde conferir os sistemas de lajes planas com canalizações plásticas internas para passagem de água visando a climatização dos ambientes internos, bem como os sistemas de fôrmas e escoramentos.

Itens interessantes se destacaram em termos de produtividade, como “ca-ranguejos” fabricados e prontos para uso, andaimes práticos e seguros, carrinhos ergométricos para transporte de materiais e um banheiro químico instalado no terceiro andar.

Na segurança do trabalho, desper-taram interesse os protetores plásticos das pontas de vergalhões e as escadas metálicas de obra com corrimões.

Fôrmas e escoramentos na obra do edifício em Frankfurt

Estrutura simples e prática de andaime Escada metálica com corrimão

Page 12: Exemplo SindusCon-SP

12 revista notícias da construção / outubro 2012

CAPA

Universidade testa materiaisAbrigado em um centenário galpão in-

dustrial sob uma gigantesca cobertura de aço e vidro, o laboratório de testes do Instituto da Construção da Universidade Técnica de Berlim mostrou à Missão do SindusCon-SP diversos avanços da tecnologia construtiva alemã.

Recebidos pelos professores Wolfgang Huhnt e Bern Kochendörfer, os integrantes do grupo viram testes de resistência de materiais de um protótipo de ponte e de uma hélice de geração de energia eólica. Também despertou interesse um equipamento para simular o comportamento de solos que recebam pressões verticais e horizontais, como no caso daqueles sobre os quais são construídas as pesadas es-

truturas que geram aquela energia.Os professores também fizeram uma

apresentação sobre seu instituto e a indústria da construção alemã, na qual 80 mil empresas que empregam 750 mil trabalhadores movimentam cerca de 92,2 bilhões de euros, divididos entre obras públicas (30%), construção industrial (36%) e construção residencial (34%).

Kochendörfer listou os principais proble-mas enfrentados na execução de obras públi-cas, como lacunas em projetos, obrigando a mudanças na gestão e na execução da obra. Já um ponto positivo destacado foi a divisão dos contratos por um maior número de empresas, abrindo oportunidades às de menor porte.

Integrantes da Missão ouvem explicações sobre testes com amostras de solo e pá da hélice de equipamento de geração de energia eólica

cúpula do reichstag encanta a missãoOs membros da Missão Técnica aprecia-

ram visita feita à cúpula de vidro do Reichstag, o Parlamento alemão, de onde se tem uma visão de 360 graus de Berlim.

A convite da Peri Formas e Escoramentos, a delegação viu a concretização do projeto do escritório Norman Foster, que utilizou 1.200 t de vidro e jogos de espelhos para proporcionar ventilação e luz natural ao edifício histórico a partir da cúpula.

Inaugurado em 1894, o Reichstag foi in-cendiado no início do governo do ditador Adolf Hitler, em 1933 –pretexto utilizado por ele para não convocar mais o Parlamento durante o 3º Reich. Parcialmente restaurado em 1960, foi completamente retrofitado somente após a reunificação da Alemanha ocorrida em 1990,

sendo reaberto em 1999. Com a cúpula (53 m de altura em seu ponto mais alto), Foster quis simbolizar uma nova era.

Cobertura (acima) e jogo de espelhos em que o arquiteto Norman Foster utilizou 1.200 toneladasde material para simbolizar uma nova era

Page 13: Exemplo SindusCon-SP

13revista notícias da construção / outubro 2012

insumos para os novos temposO desafio de mitigar danos causados por

terremotos às edificações ganhou um novo componente após a destruição das Torres Gê-meas em Nova York: a necessidade de proteção contra atentados. Após anos de pesquisas, a Hochtief desenvolveu materiais como o Ducon –um concreto que apresenta maleabilidade na absorção de impactos–, e um software comer-cial para cálculos sobre a questão.

Esta foi uma das apresentações feitas pelo engenheiro para Projetos Especiais da Hochtief em Frankfurt, Hans-George Hartman, à Mis-são Técnica. A possibilidade de impactos de aeronaves e terremotos em plantas nucleares na Alemanha e na Suíça, e tanques de combus-tíveis no Egito e na Bélgica foi contemplada pela empresa nos respectivos projetos.

A isso se somaram outros desafios, como mitigar os efeitos acústico e de trepidação de 2 mil pessoas pulando num show de rock na Sala de Concertos da Filarmônica de Ham-

Watanabe, Hartman, Thiel e Meyer, nas apresentações feitas Hochtief em Frankfurt

burgo; projetar a construção da Torre de Tai-pei, de 509 m de altura, para resistir ao ven-to; e projetar a terceira eclusa do Canal do Pa-namá.

Em outra apresentação, o engenheiro Julian Meyer apresentou os principais de-senvolvimentos da Hochtief em grandes empreendimentos no mundo, nas áreas de aeroportos, usinas de energia, edificações de grande porte, estádios, projetos especiais etc.

Monitorando o BIM à distânciaNa Hochtief, o grupo também assistiu a

uma apresentação de Marc Thiel, gerente de Projeto da Vicon, sobre inovações em BIM (Modelagem da Informação da Construção). Ele mostrou um desenvolvimento que combina os softwares usados na modelagem com GPS e aplicativo no iPad, permitindo tanto o controle da execução em campo como o acompanha-mento à distância pelos stakeholders.

Thiel ainda mostrou uma solução prática: depois de modelar o projeto do quarto de um apartamento, uma versão simplificada é gerada para quartos idênticos. A empresa já desenvol-veu mais de 400 projetos em BIM, exigência cada vez maior dos contratantes, informou.

Em outra visita, a Missão Técnica foi rece-

bida na Obermeyer Corporate Group, onde o especialista em BIM Jacob Przybylo destacou a importância de se acostumar os profissionais da empresa ao processo de forte colaboração interna demandada pela ferra-menta. Ele também destacou a necessidade de uma intensa checagem prévia de todos os dados e recomendou que a empresa estude o grau de complexidade pretendida para o BIM em cada projeto.

A Missão também ouviu o diretor de Comunicações da Obermeyer, Mathias Lo-hmann, mostrar projetos que calculam o melhor formato geométrico de uma edificação para que ela proporcione conforto térmico e eficiência energética.

Planilha de checagem de execução da obra em iPad, conectada a um projeto em BIM

Przybylo e Lohmann, da Obermeyer

Page 14: Exemplo SindusCon-SP

capa

Um exemplo de eficiência energéticaPremiado pelo Conselho de Edifícios

Altos e Habitat Urbano da Europa como o Me-lhor Edifício Alto de 2011 naquele continente, o KFW Westarkade foi visitado pela Missão Técnica em Frankfurt. Dotado de fachada du-pla colorida que bloqueia a luz solar e permite ventilação natural, o edifício utiliza menos da metade da energia que a média de um prédio comercial europeu.

O grupo foi recebido por Andreas Sturm, engenheiro responsável pela manutenção, e por Juan Lucas Young, sócio do escritório Sauerbruch Hutton, que veio especialmente de Berlim para acompanhar a visita. O edifí-cio sedia o banco KFW que, justamente por oferecer financiamentos à construção com eficiência energética, decidiu dar o exemplo com sua edificação.

Eles mostraram como o prédio e seu sis-tema de fachada dupla foram projetados para proporcionar o máximo de conforto térmico e acústico. O sistema externo de deflação da luz solar é movimentado por computador.

À noite as janelas ficam abertas, resfrian-do os ambientes e a água que circula pelas lajes de concreto pintado sem forro, mantendo os ambientes climatizados e dispensando o uso de ar condicionado. O sistema também aquece a água no inverno.

Parte da energia é gerada por um reator próprio de biomassa. Há também um sistema de racionalização do uso da água, com o con-sumo de menos de dois litros por descarga nos sanitários.

Luminárias especiais foram desenvolvidas para clarear os ambientes com o mínimo de gasto de energia. Paredes divisórias e pisos foram projetados especialmente para propor-cionar conforto acústico.

Seguindo a tendência moderna, o edifício tem escassas vagas para estacionamento no subsolo, onde também funciona a central de separação de resíduos. Em compensação, o prédio tem convênio com o jardim botânico contíguo, assegurando mais vagas aos usuários.

Fachada dupla externa do Melhor Edifício Alto de 2011 da Europa Interior climatizado e obra de arte no KFW Westarkade

Sturm e Young (abaixo): racionalização para proporcionar o máximo de eficiência energética e conforto térmico e acústico aos usuários

Esquema da circulação do ar na parte interna do prédio

Maquete do edifício em Frankfurt

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O pioneiro da sustentabilidade

Primeiro arranha-céu “verde” da Europa, o edifício do Commerzbank, projetado pelo escritório de Norman Foster e construído pela Hochtief, recebeu a visita da Missão Técnica em Frankfurt.

Ciceroneado por Achim Kolano, gerente de manutenção desde que a obra foi concluída em 1997, o grupo iniciou a visita pelo topo do prédio de 53 andares. Lá conheceu os dois geradores de energia a diesel (um apenas para emergências, utilizado apenas uma vez por duas horas nesses 25 anos), as máquinas para resfriamento da água e o andaime suspenso para limpeza das fachadas.

O grande charme do edifício é ter três blocos de 12 andares colocados em posições diferentes e separados por tetos de vidro e por três jardins de inverno. Assim, os funcionários de cada bloco podem regular melhor a tempe-ratura interna, o que também contribui para a redução do consumo de energia. Cada jardim tem vegetação diferenciada (mediterrânea, asiática e norte-americana), criando espaços agradáveis de convivência.

Sensores de luz diminuem ou aumentam a iluminação e o aquecimento no inverno, ou simplesmente a desligam quando não há mo-vimento. Para os 2,6 mil usuários do prédio, há

40 vagas no subsolo, que também abriga a central de separação de resíduos, e um es-paço para centenas de bicicletas.

O s c u i d a d o s com a segurança são redobrados. Os vi-dros dos andares altos têm estrias metálicas (iguais às dos vidros anti-embaçantes tra-seiros dos automó-veis) para permitir que os aviões identifiquem o prédio pelo radar. Em determinada ocasião, contou Kolano, uma das janelas havia sido re-movida para conserto e um funcionário da torre de controle do aeroporto ligou para indagar o que havia acontecido.

Em caso de incêndio, portas corta-fogo isolam a área afetada e toda uma logística é acionada para evacuar o prédio, se for neces-sário, enquanto os sprinklers jorram água sob pressão. Com a experiência de todos esses anos, Kolano deu uma única recomendação aos integrantes do grupo: que invistam preventiva-mente na manutenção dos edifícios.

Bloco interno da sede do Commerzbank fechado por cúpula de vidro, para tornar a climatização mais eficiente com o aproveitamento da luz

Fachada do edifício, equipamento de geração de energia no teto e bicicletário no subsolo: preocupação de reduzir as emissões de CO2

Kolano: investir previamente na manutenção é o ideal

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Retrofit conquista certificaçãoUm sistema de coleta de chuva dispo-

nibiliza água para os banheiros. Sensores de movimento regulam a luminosidade nos am-bientes. Os elevadores têm sistema de chamada inteligente. E o banco considera que não basta os sistemas serem sustentáveis, os funcionários também devem adotar práticas nesse sentido.

Assim, a comida não tem aditivos quí-micos, algumas mesas são de uso comum em vez de cada um ter a sua (temporários não têm mesa) e há pessoal que trabalha em casa. Há mesas cujo tampo se eleva possibilitando o tra-balho em pé. Na garagem estão à disposição 11 carros da empresa movidos à energia elétrica, de fonte renovável. A impressão de documen-tos requer digitação de senha na impressora e expira depois de certo tempo.

O andar térreo tem um grande espaço reservado ao marketing do banco, com obras de arte como um móbile e uma escultura que reproduzem o logotipo da instituição.

A Missão Técnica do SindusCon-SP visitou as duas torres do edifício do Deutsche Bank, em Frankfurt. Construídas entre 1979 e 1984, elas foram inteiramente retrofitadas em 2008 a partir de um projeto do escritório Mario Bellini de Milão, que realizou a obra junto com o escritório alemão GMP.

Reinaguradas em 2011, as torres rece-beram a certificação Leed Platinum pelas soluções de sustentabilidade que resultaram em redução de 67% na utilização de energia, 74% no uso de água e 89% na emissão de CO

2.

Recepcionado por Corinna Fernando, do setor de Comunicações do banco, o grupo co-nheceu o sistema de janelas duplas na fachada cuja abertura pantográfica é controlada, sendo fechadas quando esquenta e mantidas abertas à noite. Já o aquecimento no inverno é feito por serpentinas de água quente instaladas nas lajes, depois de passar por um trocador de calor no teto.

Fachada das duas torres em Frankfurt remodeladas em 2008; integrantes da Missão Técnica diante de um bloco grafitado do Muro de Berlim

Corinna: funcionários também precisam adotar práticas de sustentabilidade

No Deutsche Bank, visitantes diante de tela que reproduz seus movimentos, escultura com logo do banco e mesa ergonômica de altura regulável

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Sistema on-line agilizaaprovação de projetos

Mais ágil, seguro e transparente. É assim que o diretor do Aprov (Departamento de Aprovação das Edificações), Alfonso Orlandi Neto, define o novo processo eletrônico de projetos, recentemente implantado pela Secretaria de Habitação (Sehab) da Prefei-tura de São Paulo. Em entrevista exclusiva a Notícias da Construção, Orlandi disse considerar a informatização dos processos de licenciamento de construção “um marco na história da cidade”.

Apenas uma semana depois de colocado em prática, o licenciamento eletrônico so-mava mais de 200 pedidos de aprovação. A expectativa é de que o sistema on-line reduza em 30% o tempo gasto com o processo.

“Estamos dando à aprovação de projetos toda a modernidade disponível, facilitando a vida não só do munícipe mas também dos nossos técnicos”, apontou Orlandi. Vários itens já foram modernizados, como requeri-mento eletrônico, consulta preliminar, ficha técnica, De Olho na Obra, licenciamento de gruas e de tapumes.

Recentemente, o Aprov abriu o certifi-cado de conclusão (habite-se) on-line, que deve ser requerido pelo responsável técnico. Quando todos os documentos estão prestes a sair, é enviado um comunicado ao proprietá-rio para que ele dê anuência das informações prestadas. “O processo eletrônico muda paradigmas ao deixar de exigir alguns docu-mentos e aceitar declarações em seu lugar.”

Neste processo, a verificação de cum-primento das exigências é feita por meio de consulta concomitante dos núcleos de apoio das secretarias a seus bancos de dados. Tendo o aceite delas, automaticamente o sistema emite o certificado de conclusão e comunica

as partes. O interessado acessa o sistema e imprime o documento quantas vezes quiser. “Hoje, as assinaturas dos documentos são feitas pela senhaweb. Em breve, vamos substituí-la pelo Certificado Digital.”

O diretor conta que, nos dois primeiros meses de vigência do processo eletrônico, já caiu para 12 dias o prazo médio de emissão do habite-se, incluindo o tempo de espera pelo aceite do proprietário. “Nos mesmos meses do ano passado, tínhamos em média 40 dias para emitir o habite-se em papel”, comentou. “Sem contar o prazo de espera pelo aceite do proprietário, o documento tem saído em apenas seis dias, mas a nossa expectativa é baixar a emissão para cinco dias. Pelos resultados já obtidos, acho que vamos atingir esta meta muito em breve”, revelou Orlandi.

IntranetA implementação do sistema de apro-

vação eletrônica de projetos funciona da mesma forma. Para acessar o novo sistema, o responsável técnico deve acessar o link do programa São Paulo Mais Fácil e escolher a Aprovação Eletrônica de Projetos. Lá ele anexa em pdf os documentos referentes ao terreno e os desenhos pertinentes ao projeto no formato dwf (AutoCad). “Além de ser até 90% mais leve, este formato admite visua-lização integral pelos técnicos da Prefeitura mas não permite alterações (somente anota-

Pereira Leite (ao microfone) fala durante abertura do 5º Seminário de Legalização do SindusCon-SP

i m O B i l i á r i O

natHalia BarBOza

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Para Alfonso Orlandi, modernização do Aprov traz mais gestão e controle e o resgate da credibilidade do departamento

ções) no arquivo, o que garante a integridade do projeto original”, lembrou.

Depois disso, validam-se as informa-ções, pagam-se os emolumentos e tem-se o protocolo e acesso ao histórico completo do processo. “O meio eletrônico traz uma economia de tempo razoável por si só. Antes, do dia em que se protocolava o processo até chegar na mão do técnico levava dois meses. Isso vai cair para uma semana.”

Outra mudança significativa está no método de trabalho dos técnicos. Agora eles analisam o processo por meio de uma check list fornecida por um software desenvolvido para a Prefeitura. O sistema identifica o tipo de empreendimento e descreve o roteiro de análise. O item não atendido gera automati-camente um comunique-se.

O projeto está sendo implementado por etapas: inicialmente, apenas na Sehab e na Secretaria das Subprefeituras, ou seja, o munícipe ainda precisa protocolar um processo físico nas demais secretarias. “No final do ano, o sistema estará em todas as secretarias, e a comunicação entre elas será feita via intranet, garantindo que todas este-jam olhando e aprovando o mesmo projeto”, anunciou Orlandi. “Vamos sofrer um pouco até o final de outubro, mas vai valer a pena. A mudança na operação do Aprov é radical, e não se pode esquecer de que o processo continua sendo muito complexo”, disse.

A secretaria tem hoje 13.300 processos dos quais 5 mil são de anistia. “Estamos criando uma força-tarefa para zerar em dois anos esta fila, que não foi eficaz para resolver o problema de irregularidade. A sociedade precisa urgentemente achar um novo mecanismo para trazer a cidade real para a cidade legal, sem ter esta visão de que se pode esperar por anistia”, afirmou.

ReforçoPara garantir agilidade, o Aprov, que

tinha 48 técnicos diretamente ligados à apro-vação de projetos, está recebendo mais 60. Outros 30 cuidarão só de casos de anistia. “É um pessoal muito bem qualificado que

vai ajudar o departamento a dar uma resposta imediata à população, com-patibilizando o ritmo de trabalho com o volume de processos”, disse Orlandi. Segundo ele, “este novo efetivo é mais do que a necessidade do Aprov”, e por isso a ideia é alocar alguns destes novos técnicos nas áre-as de licenciamento de outras secre-tarias, como no Decont e no Depave, da SVMA, que poderão ocupar o mesmo endereço do Aprov. “Também já há diálogo neste sentido com o DPH (Departamento de Patrimônio Histórico). Vamos resolver os problemas aqui e disponibilizar pessoal para solucionar os das demais secretarias.”

“Diante da complexidade atual do processo de licenciamento de um empreen-dimento imobiliário na cidade de São Paulo, a melhoria da qualidade da instrução dos processos tornou-se uma questão prioritária, e o conhecimento adquirido é um grande diferencial de mercado para os profissionais envolvidos nesta atividade”, disse o secre-tário de Habitação do Município de São Paulo, Ricardo Pereira Leite, por ocasião da abertura do 5º Seminário Legalização de Empreendimentos no Município de São Paulo, no auditório do SindusCon-SP lotado por 140 participantes.

Segundo ele, o Aprov tem colocado em prática “ideias revolucionárias que tendem a incentivar a racionalização do arcabouço le-gal do licenciamento de empreendimentos”.

O evento foi aberto pelo presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, que destacou a importância do seminário: “O licenciamento é um assunto que a Prefeitura está tratando com grande abrangência.” Para o vice-presidente de Imobiliário Odair Sen-ra, “é impressionante como todos aprendem um pouco mais a cada ano com o evento”.

O seminário tem como objetivo pro-porcionar esclarecimento e orientação sobre como os processos de licenciamento devem ser executados de maneira que tenham qua-lidade, agilizando processos e eliminando desperdícios.

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Comunidade e governo, juntos deter-minando o futuro. Este é o lema do Con-selho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), no noroeste do Paraná, instrumento da sociedade civil organizada que tem feito a diferença não só no plane-jamento da cidade mas também na garantia de sua execução –o Codem tem caráter consultivo e deliberativo. Foi em busca de conhecer os mecanismos de participação social nas decisões urbanísticas de Marin-gá que a vice-presidência de Interior do SindusCon-SP levou em setembro à cidade uma comitiva de diretores regionais do sin-dicato. Eles foram liderados nesta iniciativa inédita pelos vice-presidentes Luiz Claudio Amoroso e João Lemos Teixeira da Silva.

A principal atividade da visita foi uma audiência com o prefeito de Maringá, Sil-vio Magalhães Barros (PP), que destacou a conjunção de comprometimento do poder público com os anseios da sociedade como o grande ensinamento que Maringá, uma cidade planejada de 65 anos e 370 mil ha-bitantes, tem a oferecer. “Planejar é muito importante, mas o fundamental é o processo de envolvimento da Prefeitura com a popu-lação. Ter o poder público afinado com uma sociedade capaz de pensar e argumentar é que faz a diferença.” Segundo ele, “planeja-mento é ferramenta, não solução, até porque pode ser alterado a qualquer momento”.

Barros fez uma apresentação sobre as

Cidadão

Ao lado de representantes da construção civil e do poder público maringaenses, comitiva do SindusCon-SP foi conhecer as obras de requalificação do bairro Santa Felicidade

principais obras executadas na cidade, entre elas o Plano Diretor do Aeroporto Silvio Name Junior, o segundo que mais cresce no Brasil. Nele, a ampliação da pista para 4 mil metros e a implantação de outra de taxiamento já estão em andamento. “O aeroporto é municipal e auto-sustentável”, disse Barros. O local também acaba de receber um novo pátio para cargueiros internacionais. “A ampliação serve de ins-trumento e vai ao encontro do novo modelo econômico que a sociedade maringaense desenhou para o futuro, com atividades de base tecnológica”. Hoje, a cidade se prepara para se diversificar –sua vocação agrícola inicial, de culturas de café, milho e soja, variou depois para a atividade industrial de base metal-mecânica e têxtil e, desde a dé-cada de 1990, tem nos serviços o setor mais importante. “O aeroporto é indispensável para desenvolver empresas de tecnologia”, lembrou o prefeito.

Maringá também é hoje ponto inicial da ferrovia que liga o município ao Porto de Paranaguá. “A cidade é terminal de transbordo rodoferroviário, com destaque para os produtos agrícolas que vão e vêm de Mato Grosso e para a produção de álcool e açúcar do Paraná.” O trem fica a 1,5 km do aeroporto. Por isso Maringá planeja es-tender a linha férrea até perto dos aviões e construir um anel viário, para fazer um ter-minal intermodal único. Haverá também um poliduto que se conectará com Paranaguá. “É investimento privado que ainda depende de licenças ambientais”, disse.

Tudo isso está dentro do Plano Diretor

imOBiliáriO

pujança de maringá reflete participação

da população no planejamento da cidade

natHalia BarBOza

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de Maringá (Maringá 2030), que mostra o que a cidade desejava para o futuro.

O Complexo Esportivo da Vila Olím-pica é um bom exemplo. Todos os equipa-mentos são homologados pelo COI para jogos internacionais. Com isso, a Prefeitura espera atrair equipes para aclimatação vi-sando os Jogos Olímpicos Rio 2016 e, há quatro anos, um comitê trabalha para que alguma delegação que vá participar da Copa do Mundo Fifa 2014 hospede-se em Maringá. “Temos um interesse comercial específico com o Japão e laços afetivos com Portugal”, confessou Barros. Ele lembrou que o governo japonês tem uma política de transferência de fábricas de alta tecnologia para outros países e que Maringá ainda man-tém forte ligação com sua colônia nipônica.

Um bom exemplo é o Parque do Japão, inaugurado por ocasião do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. “Queríamos fazer o upgrade imobiliário da região. Con-vencemos o proprietário do terreno a doá -lo. Hoje, o parque é o maior monumento à colônia japonesa da América do Sul e os terrenos ao lado estão muito valorizados. Com isso, a Prefeitura tem ganhado com taxas sobre novos loteamentos e compra e venda de imóveis”, revelou Barros.

Barros emocionou-se ao falar sobre a requalificação urbana do bairro Santa Fe-licidade. “Esta obra é uma insanidade! Ali havia o maior centro de drogas e violência”, contou. “Onde o Brasil quer chegar é onde Maringá já está. Nós não temos favela. Mas temos situações que precisam de melhoria”, disse Barros ao governo federal. Com verba

do PAC, retirou 80 casas, fez toda rede de energia, iluminação pública e esgoto, está fazendo as calçadas e ampliou os terrenos dos que ficaram para evitar pagar indenizações. “Este é um projeto que fala muito ao coração da gente e uma espécie de dívida”, afirmou.

O rebaixamento da linha férrea também resolveu o forte conflito entre o espaço urbano e a linha do trem. “São 7,6 km de extensão que cortava a cidade de leste a oeste. Rebaixa-mos toda a linha, aproveitando o espaço que já existia e eliminado 16 passagens de nível. E fizemos mais. Criamos espaço ao lado da linha existente para passar futuras linhas de metrô e trem de carga. A solução realmente se apresentou interessante, e o Dnit já estuda aplicá-la em outros municípios”.

O prefeito ainda falou de outras obras, como Contorno Norte, Plano de Manejo e Cidade Industrial.

Senai e associação comercialA comitiva também foi recebida num

café da manhã pelo presidente do Sindus-con-NOR, Mauro Carvalho, e por repre-sentantes do Senai Maringá, na sede local da entidade. Já o almoço aconteceu na sede da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), quando José Carlos Valên-cio, presidente do Codem, explicou que o conselho foi criado na década de 1990 com a missão de reverter com o Repensando Ma-ringá o processo de degradação da cidade. Hoje, o Codem está captando recursos para contratar uma consultoria internacional ca-paz de “desenhar a Maringá sustentável do futuro”. “Queremos contratar quem possa trazer ideias novas, pensando nas pessoas em primeiro lugar”, disse Valêncio.

Para Luiz Amoroso, “o modelo de participação popular de Maringá é exemplo da importância do envolvimento de toda a sociedade, para além da capacidade técnica da construção de pensar as cidades”.

Linha férrea rebaixada reativou mercado do entorno

Para o prefeito Silvio Barros, a diferença se faz com um poder público afinado com os anseios da sociedade

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A revitalização urbana da cidade do Porto, em Portugal, tem sido “um oásis” para a economia lusitana, nesses tempos de pro-funda crise financeira que castiga o país. A afirmação é do arquiteto português Eduardo Queirós, que palestrou no Fórum Urbanístico Internacional, dentro da Convenção Secovi, organizada em setembro pela Universidade Secovi. “O crédito imobiliário em Portugal é hoje uma miragem”, justificou o arquiteto da QR Arquitectos.

Queirós mostrou como a política de reabilitação urbana do governo português, aliada aos esforços locais, está levando o centro histórico do Porto a ser procurado novamente para moradia e lazer. “Após um período bom de surgimento de novas cons-truções, os prédios antigos e a gestão urba-nística ficaram sem cuidados no Porto. Esta realidade não é diferente da que acontece em São Paulo ou no Rio”, comentou.

Segundo ele, a região, até então degra-dada, começou a mudar em 2004, quando foi criada a primeira Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), com a meta de romper o ciclo vicioso, buscando investidores e desenvol-vendo vida na área central.

“As SRUs têm todos os poderes necessá-rios para, por exemplo, desapropriar, vender ou reformar e até mesmo mandar demolir o imóvel degradado, caso não tenha condições de ser restaurado”, explicou o arquiteto. Entre os problemas da cidade estavam as famosas “ilhas”.

Segundo ele, entretanto, primeiro foi necessário determinar os limites de uma área de 500 hectares no centro antigo como alvo das ações. Em seguida, começaram análises mais profundas. “A SRU visita os imóveis e faz a mediação entre os moradores e os proprietários, até que se decida o que fazer ali”, disse.

Queirós relatou que, entre 2005 e 2009, já foram firmados 139 acordos de reabilita-

Fórum destaca urbanismoção de edifícios e 101 interven-ções foram ini-ciadas. A maior parte delas deve estar concluída em 2015. Hoje, 51 prédios estão prontos, como os do Quarteirão das Cardosas, uma quadra com 42 deles e uma praça pública no meio.

O arquiteto destacou o cami-nho da revitali-zação de áreas degradadas. Para ele, “é preciso cuidar da região física e socialmente, dinamizando e promovendo a sua economia, conservando, arrumando, tornando-a mais limpa e segura, para que nela se possa viver em segurança, respeito e harmonia”.

Vagas para carrosCom o dinheiro das contrapartidas co-

bradas dos setores imobiliários envolvidos na transformação de um banco abandonado em hotel cinco estrelas, foi construído um estacionamento subterrâneo privativo para moradores de outras construções no centro. “Conheço investidores interessados em re-plicar a ideia no Brasil”, revelou.

No entanto, o arquiteto espanhol Firmin Vázquez, da B720 Arquitetos, envolvido em projetos sustentáveis no Brasil, como o do bairro NAU, em Brasília, disse no evento que considera a solução de garagens subterrâneas “um mal para o meio ambiente”, por não ser reversível em um outro equipamento urbano qualquer. “Ademais, um lugar sustentável tende a demandar cada vez menos carros.”

(Nathalia Barboza)

Para Queirós, maior desafio é romper o ciclo vicioso da degradação urbana das cidades

H a B i t a Ç Ã O

Foto Calão Jorge/Secovi-SP

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23revista notícias da construção / outubro 2012

No Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), ainda faltam ajustes para viabi-lizar a construção de imóveis da faixa 1, destinados a famílias com renda mensal de até R$ 1.600, que têm até 95% de subsídio do governo federal, especialmente nas grandes cidades como São Paulo.

É o que afirma o vice-presidente de Habitação Popular do SindusCon-SP, João Claudio Robusti. Segundo ele, foi insuficien-te, por si só, o recente reajuste dos preços máximos que o governo federal se dispunha a pagar por unidade habitacional desta faixa, para R$ 76 mil na capital paulista e de R$ 70 mil no interior do Estado.

“Devido aos elevados custos da cons-trução e dos terrenos na capital paulista e em outros municípios de porte, o novo valor, sozinho, não viabiliza empreendimentos. Seria necessário um complemento, em forma de subsídio, por parte do governo estadual ou municipal, além da doação do terreno por uma dessas instâncias de governo”, diz o vice-presidente.

Recentemente, o governo estadual firmou convênio com a Caixa pelo qual se dispôs a pagar um subsídio complementar de até R$ 20 mil por unidade habitacional. Assim, cerca de 80 mil moradias poderiam ser construídas no Estado de São Paulo dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

Robusti observa que, até o fim de setembro, vários problemas continuavam dificultando a concretização desta parceria: dentre outros, o de que os novos valores re-ajustados requeriam uma elevação do limite máximo do valor do imóvel de R$ 85 mil para R$ 96 mil, para efeito de enquadramento no RET (Regime Especial Tributário). Os imóveis enquadrados no RET contribuem com os tributos federais à alíquota única de 1%, o que viabilizava até recentemente as contratações do MCMV com subsídios de

‘Faltam ajustes no minha casa’até R$ 20 mil por parte do governo do Estado de São Paulo. Como houve a majoração dos valores pagos pelo go-verno federal, é preciso também elevar o limite desse regime tributário.

De acordo com Robusti, outro proble-ma na faixa 1 conti-nuava sendo a defa-sagem dos valores da tabela Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), utilizada pelo governo federal para validar os custos da construção apresentados pelas construtoras.

“A metodologia de estruturação do custo Sinapi não capta o valor real dos serviços da construção. O valor de tabela dos serviços de construção está subestimado, porque a construtora não mais os executa diretamente com seus profissionais, mas contrata tercei-ros para sua execução.”

O vice-presidente também argumenta que o Sinapi não capta a grande variação de preços dos serviços, conforme a região do país. Por exemplo, o custo de um caminhão para transportar materiais de construção den-tro da cidade de São Paulo, com seus grandes congestionamentos, não é idêntico ao mesmo percurso em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul.

“Além disso, o Sinapi apenas reajusta o custo da mão de obra uma vez ao ano, em época de dissídio ou acordo coletivo, não levando em conta as frequentes elevações salariais que ocorrem neste espaço de tempo, por conta do comportamento do mercado de trabalho.” (Rafael Marko)

Para o vice-presidente, RET e Sinapi precisam mudar para viabilizar a contratação das moradias destinadas à baixa renda

Foto Calão Jorge/Secovi-SP

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inspeção e manutenção predial motivam workshop

Com o objetivo de apontar sugestões que contribuam para o aumento de vida útil das estruturas, o workshop “Inspeções prediais e estratégias de manutenção para gestão de conservação de edificações” reuniu representantes de diversas partes da cadeia produtiva da construção em setembro na sede do Secovi-SP.

Presente na abertura do evento, Pau-lo Rogério Sanchez, vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP, observou que a indústria brasileira já evoluiu bastante nos últimos 18 anos, desde o início do programa de qualidade capitaneado pelo sindicato. “Na época estávamos preocupados em produzir, agora estamos preocupados em manter. O mercado amadureceu.”

O evento contou também com as pre-senças de Carlos Alberto Moraes Borges, vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do Secovi-SP; Bernardo Tutikian, presi-dente da Associação Brasileira de Patologia das Construções (Alconpat-Brasil); Milton Anauate, gerente executivo de Gestão, Pa-dronização e Normas Técnicas da Caixa Eco-nômica Federal; e Maria Salette de Carvalho Weber, coordenadora do Programa Brasilei-ro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) do Ministério das Cidades.

Economia da prevenção Em sua apresentação, o engenheiro Luiz

Carlos Pinto da Silva Filho chamou a atenção para o fato de que não temos uma cultura de conservação dos imóveis no país. Segundo ele, já existem leis municipais e até estaduais sobre o assunto, mas muitas vezes são mal resolvidas por serem respostas emocionais da sociedade. “Pernambuco criou sua lei estadual de inspeção em 2006, após a que-da do Edifício Areia Branca, e o momento

que vivemos agora é uma resposta ao que aconteceu no Rio, no início do ano”, co-mentou, ao lembrar do desabamento do Edifício Liberdade, na capital carioca. No painel “Princi-pais mecanismos de deterioração atuantes e riscos resultantes para a segurança e vida útil de estruturas e edificações”, pre-sidido por Jorge Batlouni, coordenador do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) do SindusCon-SP, o engenheiro Francisco Graziano destacou que é preciso dar mais atenção à formação de nossos engenheiros. “Há curiosos com Crea atuando no nosso mercado”, alertou, ao revelar que já se gasta mais com reparos e manutenção do que com novas construções.

Na sequência, o engenheiro Tutikian pa-lestrou sobre falhas de execução da estrutura que afetam a vida útil de uma edificação, e o químico Fábio Pannoni, consultor técnico da Gerdau, falou sobre os principais meca-nismos de degradação das estruturas de aço.

Encerrados os painéis, Anauate, da Caixa, e Maria Salette, do Ministério das Cidades, retornaram ao palco para uma mesa-redonda. As ações necessárias para promover a conservação das edificações e suas responsabilidades foram tema da última apresentação, de Marcos Velletri, diretor de Insumos e Tecnologia do Secovi-SP, e Alexandre de Oliveira, coordenador da Co-missão de Trabalho Pós-Obra do CTQ do SindusCon-SP.

q u a l i d a d e

Para Sanchez, mercado amadureceu muito desde o início do programa de qualidade, em 1994

Foto Calão Jorge/Secovi-SP

(Fabiana Holtz)

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Maria angeliCa Covelo Silva é engenheira civil, mestre e doutora em engenharia, diretora da ngi Consultoria e Desenvolvimento

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna:[email protected]

parar de fantasiarG e S t à O d a O B r a

Durante muitos anos, as construtoras sofreram por não terem áreas e profissio-nais especializados em recursos humanos. Recentemente, diante da escassez de profis-sionais qualificados para fazer frente a um crescimento rápido e acentuado, tais áreas foram constituídas um pouco às pressas em várias empresas.

No entanto, o saldo desta implantação em grande parte das construtoras não foi po-sitivo. Seja porque houve uma constituição “forçada pelas circunstâncias” de áreas que “artificialmente” começaram a operar nas empresas, seja porque não houve formação adequada dos profissionais especializados, vindos em sua maioria de empresas de se-tores absolutamente diferentes da atividade de engenharia e construção.

De um modo geral, com honrosas ex-ceções, os processos que estas novas áreas instalaram nas empresas estão muito longe de serem promotores da transformação ne-cessária no cenário atual.

Uma mudança de geração aconteceu nas empresas. Se os profissionais da nova gera-ção trazem consigo excepcionais caracterís-ticas que as gerações anteriores não tinham, precisam desenvolver outras essenciais à engenharia e à construção. No entanto, são muitos os equívocos cometidos nos últimos tempos, entre os quais podemos citar alguns: a falta de capacidade de compor o melhor das duas gerações, encontrando-se empresas com um absoluto desequilíbrio neste sentido, onde os mais velhos não são estimulados a desenvolver novas características que os

novos tempos requerem, permanecendo com sua formação defasada para as necessidades atuais, e os mais novos não são levados a desenvolver conhecimentos que não têm e a quem se dá responsabilidade e autoridade excessiva para sua capacidade e experiência; a falta de programas internos de formação com bom embasamento e fruto de um traba-lho casado entre departamentos de recursos humanos e liderança técnica da empresa – muitos programas montados unicamente por um departamento de RH estão sendo totalmente ineficazes e outros montados apenas por áreas técnicas igualmente; a cria-ção de sistemas de remuneração baseados em incentivos que tornam os profissionais condicionados –só buscam certos resultados se tiverem algum “bônus”–, mas muitos destes resultados são as condições básicas do trabalho e não condições excepcionais a serem atingidas.

O retorno que os profissionais dão à empresa é totalmente dependente do bom

equacionamento de questões às vezes mui-to básicas, como o re-conhecimento não mo-netário, por exemplo. Como os engenheiros

são ruins em saber devolver à sua equipe reconhecimento não monetário.... e como as empresas de construção são pobres de meca-nismos verdadeiros para isso! É preciso que se deixe de enfeitar e fantasiar a área de gestão de recursos humanos e que ela atue com os verdadeiros fundamentos do comportamen-to humano, para equilibrar necessidades e aspirações legítimas dos profissionais com necessidades também legítimas de nosso processo, intensivo em conhecimento e ges-tão, que determinam totalmente a capacidade instalada de uma empresa do setor.

Gestão de pessoal nas construtorasainda precisa de aperfeiçoamentos

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28 revista notícias da construção / outubro 2012

A AsBEA (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura) está lançando o “Guia de Sustentabilidade para Arquite-tura – Diretrizes de escopo para projetistas e contratantes” (130 págs.). A publicação foi elaborada pelo Grupo de Trabalho de Sustentabilidade (GTS) da AsBEA, sob coor-denação da arquiteta Milene Abla Scala, com a meta de definir o que é projeto sustentável.

Segundo ela, a resposta passa por equa-lizar expectativas entre contratante e con-tratado, definir parâmetros de contratação e metas factíveis de desempenho. “O Guia não é uma fórmula, mas oferece caminhos para encontrar uma solução adequada, de modo que a arquitetura propicie instalações bem integradas e aprimore a qualidade de projetos sustentáveis, sobretudo agora, à luz da nova Norma de Desempenho”, disse.

A arquiteta afirma que, do ponto de vista do construtor, “a questão mais importante é ter um bom projeto que estimule a boa execução da obra”. Neste sentido, segundo Milene, “o envolvimento do construtor com o projeto é fundamental. Até porque técni-cas e metodologias mais eficientes, menos resíduos e consumo de materiais resultam no melhor desempenho do edifício”.

O Guia ensina que a sustentabilidade deve ser contemplada na fase inicial de con-cepção de projeto. “A essência está aí, com abordagem multidisciplinar, porque depois dessa fase, não se volta atrás”, confirma.

Na elaboração dos capítulos, o GTS re-cebeu o apoio de muitos especialistas. Entre eles estão Ana Rocha Melhado e Benedito Abbud, que assessoraram o trabalho em relação aos Aspectos Urbanos, Paisagem e

Guia ajuda a selecionar desempenho

m e i O a m B i e n t e

Mobilidade. Já médico Paulo Saldiva contribuiu para o tema Conforto Olfativo.

Busca da soluçãoLogo na Apresentação,

o item “A busca da solução” ajuda a entender o problema específico, as condicionantes locais e funcionais, e a criar as saídas com base em to-das as interfaces, inclusive em relação aos impactos urbanos da nova edificação. “Não adianta atender 2 ou 3 itens e dizer que o projeto é sustentável.”

Segundo Milene, a exigência hoje é para que os projetistas trabalhem melhor, levantem mais informações e mais adequa-das para que os projetos saiam melhor e mais completos. Entre as condicionantes locais, que figuram no Guia devem-se buscar as ca-racterísticas da infraestrutura do lugar, como a existência de escola próxima, hospitais, iluminação pública, água e esgoto.

Dentro do Programa de Necessidades estão aquelas inerentes tanto ao incorporador quanto ao usuário, estimulando a análise da equação custo pretendido X desempenho esperado. “É importante estabelecer metas mensuráveis de desempenho, como de qual o consumo pretendido de água. Só assim é possível definir quais os sistemas disponíveis no mercado seriam capazes de atender tais expectativas, alimentar o projeto destas in-formações e, posteriormente, retroalimentar o operador (usuário)”, comenta Milene.

Há ainda capítulos que abordam e discutem as exigências normativas e as me-todologias de avaliação de desempenho. O Guia será vendido pela AsBEA no seu site www.asbea.org.br .

(Nathalia Barboza)

asBea lança manual com diretrizes de sustentabilidade

Capa do Guia que está sendo lançado pela AsBEA

Page 29: Exemplo SindusCon-SP

29revista notícias da construção / outubro 2012

Guia ajuda a selecionar desempenhoUma reunião ocorrida em setembro,

no SindusCon-SP, com representantes da Apetres (Associação Paulista das Empresas de Tratamento e Destinação de Resíduos Urbanos), deu prosseguimento ao plano de trabalho de criação do Projeto Resíduos de Construção On-Line, plataforma on-line de declaração e acompanhamento confiável e facilmente verificável da gestão de resíduos da construção civil.

O SindusCon-SP, por meio do Comasp (Comitê de Meio Ambiente), está empenha-do nesta ação, que faz parte dos compromis-sos assumidos com a assinatura do convênio com a Secretaria do Meio Ambiente (SMA) do Estado de São Paulo.

“Há cinco anos o SindusCon-SP vem gestando a ferramenta Resíduos On-line. Confiamos neste processo, que é importante sobretudo para as pequenas e médias empre-sas”, afirma Francisco Vasconcellos, vi ce-presidente licenciado de Meio Ambiente do SindusCon-SP. “São estas as empresas que têm mais dificuldade de acompanhar o en-caminhamento responsável dos resí duos”,

Projeto resíduos on-line em gestação completa Sergio Wa-tanabe, presidente do SindusCon-SP.

Entre as prin-cipais vantagens para as construtoras, aponta André Aranha Campos, coordena-dor do Comasp, estão a padronização do processo de gerencia-mento de resíduos, a facilitação do preen-chimento do Sistema Declaratório Anual e, principalmente, a redução de custo de elaboração dos Planos de Gerenciamento de Obras.

“As construtoras gastam hoje de R$ 5 mil a R$ 15 mil para elaborar um Plano de Gerenciamento”, conta Lilian Sarrouf, coordenadora técnica do Comasp.

A intenção é culminar com a imple-mentação de um projeto piloto no primeiro semestre de 2013 em alguma cidade. (NB)

As ações do SindusCon-SP em favor da construção ambientalmente sustentável foram destacadas pelo presidente do sin-dicato, Sergio Watanabe, na abertura da 6ª Semana de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Carlos (Seasc), realizada na Aeasc – Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos, em 25 de setembro.

Watanabe fez um histórico da atuação do SindusCon-SP nesta área desde 2000, destacando as ações do Programa Madeira Legal e do Programa de Resíduos da Cons-trução. Ele esteve acompanhado do superin-tendente do sindicato, José Luiz Machado.

Além do presidente do SindusCon-SP,

Sindicato destaca ações ambientaisparticiparam da mesa do evento Edson Fermiano, presidente da Câmara Municipal de São Carlos; José Sales, representante do prefeito desta cidade, Oswaldo Duarte; o deputado federal Newton Lima (PT-SP); Miguel Guzzardi, presidente do Sindicato dos Engenheiros de São Carlos; Reginal-do Peronti, presidente da Aeasc; Valdir Bergamini, presidente da Federação das Associações de Engenharia e Agronomia de São Paulo; Afonso Monteiro, presidente do CAU-SP; José Pereira e Simar Amorim, do Crea-SP; Antonio Roçafa, coordenador da União das Associações Centro Norte; e Carlos Martins, presidente da Comissão da 6ª Seasc. (RM)

Vasconcellos: a ferramenta será importante sobretudo para as pequenas e médias empresas

Page 30: Exemplo SindusCon-SP

Associar-se ao SindusCon-SP éfazer parte de uma história de sucesso

ASSeSSoriA JurídiCAOferece assessoria em diversas áreas do Direito. O atendimento é personalizado e pode ser feito

via e-mail, telefone ou pessoalmente, com hora marcada.

dAdoS eConômiCoSO Setor de Economia tem como objetivo produzir estudos, estatísticas e cenários que possibilitem aos diversos agentes

mensurar economicamente a construção.

GuiA de ServiçoSFruto de uma parceria da entidade com a Fiesp, oferece descontos aos associados em passagens aéreas, rede

hoteleira, compra de veículos, computadores, entre outros.

informe LiCitAçõeSAs empresas associadas contam também com um banco de dados atualizado, sobre todas as licitações

de obras e serviços de engenharia em andamento no Estado de São Paulo.

treinAmentoSCom foco na capacitação profissional, o SindusCon-SP possui uma extensa grade de treinamentos que são

ministrados na Sede e nas Regionais. A modalidade in company leva estes treinamentos às empresas associadas com descontos especiais.

ProGrAmA SinduSCon-SPde SeGurAnçA

Convênio firmado entre o SindusCon-SP e o Senai-SP, tem por objetivo orientar as empresas

associadas sobre os procedimentos a serem adotados na implantação da NR-18 e demais normas de segurança e saúde do trabalho, além de implementar melhorias que visam o aumento da qualidade e da produtividade do setor.

miSSõeS internACionAiSO SindusCon-SP promove missões técnicas e comerciais para países que tenham temas de interesse,

estimulando a troca de experiências, bem como auxiliando o conhecimento de práticas de excelência do setor da construção no exterior.

ComPrACon-SPAtuando na busca de soluções integradas, com

foco na cadeia produtiva e no mapeamento de demanda junto às associadas, a CompraCon-SP direciona seus esforços na geração de negócios para obter dos fornecedores, entre outras vantagens, maior poder de negociação e melhoria da condições comerciais.

CentrAL de SeGuroSPor meio de uma corretora especializada, o Sindicato busca sempre as melhores condições de seguros para as empresas associadas.

Para mais informações de como se associar ao SindusCon-SP,ligue para (11) 3334-5600 ou acesse www.sindusconsp.com.br

EvEntoS

O SindusCon-SP

promove diversas

atividades em parceria

com entidades e

empresas públicas e

privadas do setor, com

inscrições gratuitas

ou descontos

especiais às

empresas

associadas.

ASSESSoriA dE imPrEnSA

O SindusCon-SP conta

com uma Assessoria de

Imprensa que divulga as

informações, ações, dados e

posicionamentos do sindicato

por meio dos principais

veículos de comunicação

dirigidos às construtoras.

PubliCAçõES

Todos os anos, o

SindusCon-SP

divulga informações,

dados, análises e

opiniões do setor e

publica manuais com

conteúdos específicos

sobre as

diversas áreas

de interesse dos

associados.

O SindusCon-SP, o maior sindicato patronal da América Latina, oferece às empresas associadas o devido acompanhamento para que as melhores decisões sejam tomadas na gestão de seus negócios. É possível receber orientações jurídicas, análises de mercado, guias de serviços e uma série de outras vantagens para que se possa desenvolver um trabalho com qualidade.

anúncio 42cm x 28cm - Institucional SindusCon-SP - VS 2.indd 1 1/8/2012 12:36:00

Page 31: Exemplo SindusCon-SP

Associar-se ao SindusCon-SP éfazer parte de uma história de sucesso

ASSeSSoriA JurídiCAOferece assessoria em diversas áreas do Direito. O atendimento é personalizado e pode ser feito

via e-mail, telefone ou pessoalmente, com hora marcada.

dAdoS eConômiCoSO Setor de Economia tem como objetivo produzir estudos, estatísticas e cenários que possibilitem aos diversos agentes

mensurar economicamente a construção.

GuiA de ServiçoSFruto de uma parceria da entidade com a Fiesp, oferece descontos aos associados em passagens aéreas, rede

hoteleira, compra de veículos, computadores, entre outros.

informe LiCitAçõeSAs empresas associadas contam também com um banco de dados atualizado, sobre todas as licitações

de obras e serviços de engenharia em andamento no Estado de São Paulo.

treinAmentoSCom foco na capacitação profissional, o SindusCon-SP possui uma extensa grade de treinamentos que são

ministrados na Sede e nas Regionais. A modalidade in company leva estes treinamentos às empresas associadas com descontos especiais.

ProGrAmA SinduSCon-SPde SeGurAnçA

Convênio firmado entre o SindusCon-SP e o Senai-SP, tem por objetivo orientar as empresas

associadas sobre os procedimentos a serem adotados na implantação da NR-18 e demais normas de segurança e saúde do trabalho, além de implementar melhorias que visam o aumento da qualidade e da produtividade do setor.

miSSõeS internACionAiSO SindusCon-SP promove missões técnicas e comerciais para países que tenham temas de interesse,

estimulando a troca de experiências, bem como auxiliando o conhecimento de práticas de excelência do setor da construção no exterior.

ComPrACon-SPAtuando na busca de soluções integradas, com

foco na cadeia produtiva e no mapeamento de demanda junto às associadas, a CompraCon-SP direciona seus esforços na geração de negócios para obter dos fornecedores, entre outras vantagens, maior poder de negociação e melhoria da condições comerciais.

CentrAL de SeGuroSPor meio de uma corretora especializada, o Sindicato busca sempre as melhores condições de seguros para as empresas associadas.

Para mais informações de como se associar ao SindusCon-SP,ligue para (11) 3334-5600 ou acesse www.sindusconsp.com.br

EvEntoS

O SindusCon-SP

promove diversas

atividades em parceria

com entidades e

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associadas.

ASSESSoriA dE imPrEnSA

O SindusCon-SP conta

com uma Assessoria de

Imprensa que divulga as

informações, ações, dados e

posicionamentos do sindicato

por meio dos principais

veículos de comunicação

dirigidos às construtoras.

PubliCAçõES

Todos os anos, o

SindusCon-SP

divulga informações,

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diversas áreas

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associados.

O SindusCon-SP, o maior sindicato patronal da América Latina, oferece às empresas associadas o devido acompanhamento para que as melhores decisões sejam tomadas na gestão de seus negócios. É possível receber orientações jurídicas, análises de mercado, guias de serviços e uma série de outras vantagens para que se possa desenvolver um trabalho com qualidade.

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Page 32: Exemplo SindusCon-SP

32 revista notícias da construção / outubro 2012

Maria angeliCa lenCione PeDreti é professora de Contabilidade e Finanças da Fgv e mestra em administração de empresas; trabalha em Planejamento estratégico

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna: [email protected]

na balança

Benefícios da governança corporativacompensam os gastos necessários

G e S t à O e m p r e S a r i a l

Vamos analisar os custos e benefícios da adoção de mecanismos de governança corpo-rativa. Comecemos pelos custos:

a) gastos adicionais com relatórios au-ditados, incluindo-se aqueles com auditorias, traduções, publicações.

b) montagem de área para relacionamento com investidores, responsável por criar ex-pectativas positivas e realistas (atingíveis) no mercado. Os melhores profissionais podem elevar muito o valor de uma companhia, mas são um investimento bem alto.

c) conselho independente com remu-neração compatível, de forma que não seja tentado a buscar aliados ou favores pessoais e que esteja preocupado com sua imagem de imparcialidade no mundo dos negócios.

d) exposição da estratégia, por conta da maior transparência. Esconder a estratégia não parece a melhor alternativa: cria suspeitas sobre as intenções da companhia e não per-mite a criação de expectativas responsáveis pela criação de valor ao acionista. Antes, a empresa deve saber aproveitar oportunidades e adaptar-se, pois mais cedo ou mais tarde a vantagem competitiva se extingue.

Em compensação, a análise dos benefícios relacionados a este processo nos mostra quem se beneficia com tudo isso:

a) a maior transparência das decisões e motivações da companhia permite a facilidade de captação de recursos e seu baixo custo, o que leva a:

b) redução do custo de capital, cujas prin-cipais consequências são o aumento de valor da companhia (já que o custo de capital é a

taxa de desconto usada para calcular o valor da empresa) e a viabilização de projetos (já que o custo de capital também é a taxa mínima de atratividade que a companhia usa para de-terminar quando um projeto é ou não viável);

c) aprimoramento de processo decisório, através da separação de papéis: acionistas, con-selheiros, administradores etc., o que permite a definição clara de responsabilidades sobre cada decisão (e aumenta as chances de sua tomada pelo profissional mais capacitado);

d) aprimoramento dos mecanismos de avaliação de desempenho e recompensa, o que, ao mesmo tempo, pode levar a decisões orien-tadas para a criação de valor para a companhia e tornar o processo de avaliação e premiação mais justo;

e) aumento de eficiência e resultados financeiros, que resultariam de um processo decisório aprimorado e decisões de melhor qualidade.

f) redução da possibilidade de fraudes, a partir da existência de mecanismos de controles mais apurados, levando à maior transparência;

g) menor dependência de pessoas especí-ficas, com melhor definição de papéis e pro-

cessos internos, permi-tindo adequada gestão do conhecimento.

A empresa se be-neficia do processo e de melhores práticas

administrativas, os clientes e fornecedores se beneficiam da maior transparência, qualidade e agilidade dos processos, os funcionários e executivos se beneficiam de melhores regras de avaliação, ao mesmo tempo em que se conscientizam de como podem contribuir para criar valor da companhia, e o trabalho passa a fazer mais sentido e ser mais recompensador.

E o país? Será que há benefício para ele neste processo?

Page 33: Exemplo SindusCon-SP

Realizada a cada 2 anos em Shanghai, a Bauma China – Feira Internacional de Máquinas, Veículos e Equipamentos para a Construção vem a cada edição superando suas expectativas. Em 2010, foram

mais de 1.800 expositores de 37 países e 155.000 visitantes. Além de ser o mais importante evento do segmento da Ásia, vem se tornando muito procurado não só pelos excelentes números, mas também pela alta qualidade dos expositores e visitantes, com mais de 90% destes sendo tomadores de decisão.

22/11 - SÃO PAULO Apresentação às 23h no Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos).

23/11 - SÃO PAULO / JOHANESBURGOÀs 2h30 embarque com destino a Johanesburgo, chegada e acomodação (Day use hotel).

24/11 - JOHANESBURGO / BEIJINGAos 30 minutos deste dia embarque para Beijing. Chegada em Beijing traslado e acomodação.

25/11 - BEIJINGCity tour de dia todo incluindo Cidade Proibida e Muralha da China.

26/11 - BEIJING / SHANGHAIEm horário determinado, traslado a estação de trem e embarque (trem de alta velocidade) para Shanghai (aproximadamente 5 horas de viagem). Chegada, traslado ao hotel. Noite livre.

27/11 - SHANGHAIPela manhã, city tour de ½ dia terminando na feira. Tarde dedicada à Bauma China. Acompanhamento de guia local.

28 e 29/11 - SHANGHAIDias dedicados à Bauma China. Traslado de ida e volta para a feira. Acompanhamento de guia local.

30/11 - SHANGHAI Dia livre para atividades pessoais ou mais 1 dia de Bauma.

01/12 - SHANGHAI / HONG KONG / JOHANESBURGOEm horário determinado, traslado ao aeroporto e embarque para Hong Kong e conexão para Johanesburgo.

02/12 - JOHANESBURGO / SÃO PAULOChegada em Johanesburgo e acomodação no hotel (Day use). No final da tarde embarque para o Brasil.

03/12 - SÃO PAULOChegada prevista em São Paulo aos 30 minutos.

O que inclui:- 2 Day use (ida e volta) no Hotel Holiday Inn Sandton em Johanesburgo (sem

café da manhã);- 2 Noites no Hotel Crowne Plaza em Beijing; - 5 Noites no Hotel Renaissance Yu Garden em Shanghai, ou similares com café

da manhã e taxas;- Traslado Aeroporto / Hotel / Estação de trem em Beijing;- Traslado Estação de trem / Hotel / Aeroporto em Shanghai;- Traslado Aeroporto /Hotel / Aeroporto em Johanesburgo na ida e volta;- City tour (full day) em Beijing e ½ day em Shanghai (guias espanhol)- Seguro viagem;- Passagem aérea em classe econômica Voando South African / Cathay Pacific;- Passe de trem de alta velocidade (primeira classe) Beijing / Shanghai

- 1 intérprete para o grupo (espanhol) 3 dias durante a BAUMA CHINA.- Inscrição na feira,- Acompanhamento de representante da operadora para grupo mínimo de 15

participantes.

O que não inclui:- Taxas de embarque, aeroportuárias e excesso de bagagem.- Documentação (Passaporte e visto).- Extras de caráter pessoal, tais como: telefonemas, lavanderia, refeições,

bebidas, etc.- Passeios e serviços mencionados como sugestão ou opcionais.- Gorjetas para guias, motorista e carregadores dos hotéis.

ValOres pOr pessOa (em Us$) para saída de sãO paUlO*Apto Individual: US$ 3.960,00 • Apto Duplo: US$ 3.295,00

*Consulte-nos sobre condições de pagamento e para saídas de outras cidades.

dOCUmeNTOs NeCessÁrIOs para VIaGem (BrasIleIrOs):

- Passaporte Original com validade mínima de 6 meses;

- Vacina contra Febre Amarela (Certificado Internacional) com antecedência mínima de 14 dias antes da viagem;

- Visto: China.

Vôos South African / Cathay Pacific:SA 225 ..... 23 Nov ........... Guarulhos / Johanesburgo .............. 2h30/15h20SA 288 ..... 24 Nov ........... Johanesburgo / Beijing .................... 0h30/20h50Cx 369 ..... 01 Dez ........... Shanghai / Hong Kong .................... 17h25/20h15SA 287 ..... 01 Dez ........... Hong Kong / Johanesburgo ............ 23h50/7h15SA 224 ..... 02 Dez ........... Johanesburgo / Guarulhos .............. 18h10/0h30

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Page 34: Exemplo SindusCon-SP

34 revista notícias da construção / outubro 2012

Andrea Matarazzo, então candidato a vereador na cidade de São Paulo pelo PSDB, esteve no SindusCon-SP em setembro para debater questões como déficit habitacional, aprovação de projetos, mobilidade urbana e a revisão do Plano Diretor do município. Na avaliação de Matarazzo, em termos ad-ministrativos São Paulo é hostil e primitiva. “É preciso simplificar a legislação e criar procedimentos. A contratação na prefeitura, por exemplo, é muito difícil, o que acabou provocando uma queda brutal na qualidade”, afirmou ao criticar a burocratização de proces-sos e a piora na qualificação dos profissionais.

Matarazzo propôs que o processo de aprovação de projetos seja revisto de ponta a ponta. “É preciso fixar prazos, não se pode

e l e i Ç Õ e S 2 0 1 2

Matarazzo pede legislação mais simples na capital

punir o empreendedor”, afirmou. Sobre a revitalização de regiões como o

centro de São Paulo, ele considerou que seria necessária uma legislação específica para dar certo, e defendeu a reocupação da região com a preservação do patrimônio. Segundo ele, no Brás, por exemplo, 80% dos imóveis são irregulares. “Por que não legalizar? Até quando isso vai permanecer assim? Não estou falando em anistia, mas em fazer uma lei para regularizar isso”, sugeriu.

Questionado sobre problemas enfren-tados pelo setor da construção na cobrança do Imposto Sobre Serviços (ISS) na capital paulista, Matarazzo informou não conhecer o assunto e prometeu estudá-lo.

Segundo Matarazzo, a legislação municipal é obsoleta e pouco prática

Soninha defende desapropriação (Fabiana Holtz)

A então candidata do PPS à prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, defendeu em encontro com representantes do setor da construção a desapropriação de edifícios não utilizados no centro da cidade. “Caso não estejam sendo utilizados, acredito que esses prédios poderiam dar lugar a moradias populares, sem garagem”, afirmou, ao falar sobre o assunto durante o ciclo de debates “A construção do desenvolvimento sustentável”, em setembro.

Ao ser questionada pelo presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, sobre so-luções para o déficit habitacional, Soninha disse ser favorável à concessão de crédito habitacional, admitiu não conhecer o assunto a fundo mas mostrou-se interessada em obter mais informações.

Com relação ao cumprimento de con-tratos de obras, outro ponto levantado por Watanabe, a candidata disse que muitas vezes é mais barato manter os contratos do que quebrá-los. Mas informou que não daria con-tinuidade ao projeto de edifícios-garagens no centro da cidade, caso as licitações não tenham se iniciado. Já a ideia de construir garagens subterrâneas nos arredores das estações do Me-trô –fora da área central– agradou à então candidata.

No âmbito da máquina pú-blica, Soninha propôs a desburo-cratização do sistema, que precisa ser mais integrado, transparente e participativo. “O serviço público é muito desintegrado.” (FH)

Candidata também apoiou construção de garagens subterrâneas

Page 35: Exemplo SindusCon-SP

35revista notícias da construção / outubro 2012

disposição do município de São Paulo e na primeira fase a própria Prefeitura assinou convênio com a Caixa para executar cerca de 3 mil unidades habitacionais na faixa 1, quando a municipalidade desembolsou somente o valor dos terrenos. Não é uma questão de conversa ou saliva como disse o Serra.”

Estímulos à sustentabilidadeNo debate, o candidato mostrou concor-

dância com outras sugestões oferecidas. Pro-meteu criar uma secretaria para a aprovação dos empreendimentos imobiliários; modifi-car o zoneamento promovendo adensamento em determinadas áreas, e permitir o aumento de área construída quando a edificação com-provar itens de sustentabilidade ambiental.

Além de Watanabe, participaram do debate Arlindo Moura, vice-presidente do Instituto de Engenharia; Cláudio Bernardes, presidente do Secovi-SP; Paulo Germa-nos, membro do Conselho Consultivo do Secovi-SP; José Roberto Bernasconi, pre-sidente do Sinaenco-SP; Luciano Amadio, presidente da Apeop, e Carlos Laurito, ge-rente de Relações Institucionais do Sinicesp.

(Fabiana Holtz e Rafael Marko)

Se eleito, o candidato do PSDB à pre-feitura de São Paulo, José Serra, não sina-lizou que pretenda assinar convênio com o governo federal para viabilizar o Programa Minha Casa, Minha Vida na capital paulista. Se o governo federal aumentar ainda mais o atual subsídio de R$ 76 mil, “aí vamos ver”, completou. Serra alegou que em 2006 realizou um leilão da dívida, pagando pri-meiro os credores que oferecessem maiores descontos, porque precisaria manter em caixa entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões para administrar a cidade.

As afirmações foram feitas pelo candi-dato durante debate com entidades empresa-riais da construção paulista, em setembro, no Instituto de Engenharia. Em resposta a Ser-gio Watanabe, presidente do SindusCon-SP, sobre as dificuldades em viabilizar a faixa 1 do MCMV na cidade e a possibilidade de um convênio com a prefeitura, Serra politizou o tema ao afirmar que tudo não passa de propaganda do PT.

“Eu estou até admirado que o senhor acredite nisso. É de um grau de ingenuidade achar que o governo federal está oferecendo e não estamos executando. Toda vez que eles [o governo federal] disserem que [o preço por unidade habitacional pago pelo governo federal] teve alta e São Paulo não aproveitou, estão faltando com a verdade”, disse o candidato.

Sobre este aspecto, Watanabe comentou após o debate: “O MCMV sempre esteve à

candidato politiza tema do déficit habitacional; Sinduscon-Sp critica o

leilão da dívida

Serra culpa governo federal por problemas do MCMV

Durante o debate, Watanabe, Bernardes, Moura e Serra, que concordou com parte das sugestões apresentadas pelo setor

Page 36: Exemplo SindusCon-SP

36 revista notícias da construção / outubro 2012

antonio JeSuS De britto CoSenza é consultor de empresas e professor da eaeSP-Fgv e da bbS

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna: [email protected]

marketing político

práticas usadas pelos candidatosnão são exercício de democracia

m a r K e t i n G

As eleições municipais mostraram mais uma vez que o marketing político no Brasil se transformou em uma série de espetáculos de mau gosto, sem ética, com desperdício de dinheiro público, para tentar enganar o mercado de eleitores no momento de deci-são de “compra” de um candidato que irá representá-lo na governança estatal.

O marketing para fins políticos deveria praticar os mesmos princípios de marketing para produtos e/ou serviços, para poder ser chamado como tal.

Deveria Entender as expectativas, pro-blemas, carências e aspirações de cada uma das comunidades envolvidas no âmbito eleito-ral municipal, estadual ou federal. Para tanto, pesquisas seriam gerenciadas e/ou conduzidas pelo profissional de marketing encarregado da campanha e os resultados transformados em plataforma de trabalho eleitoral.

No segundo momento, deveria Atender, por meio de planos de governo, as expectati-vas viáveis e os problemas e carências mais prementes, deixando aberta a possibilidade de uma sequência do trabalho pelo próximo candidato, na próxima gestão.

Haveria dessa forma uma sucessão de campanhas eleitorais sem solução de con-tinuidade, independente de partidarismos, acordos e conchavos; e os candidatos, em cada pleito, seriam escolhidos pelas suas com-petências e capacidades de gestão, não por jingles de mau gosto ou por atos populistas demagógicos, propostos pelos seus assessores “marqueteiros”.

O terceiro passo seria Reter os clientes (eleitores) para que votassem novamente nos representantes que melhor desempenhassem a gestão da “coisa” pública –a Res Publica– investindo os recursos públicos na criação de melhor qualidade de vida para as comuni-dades representadas. Qualidade de vida que envolve saúde, educação, transporte digno, trabalho abundante, moradia confortável, segurança comunitária, alimentação saudável e acessível e lazer rico em aspectos educacio-nais e de convivência social.

Esse processo de marketing com três letras E A R representa a grande orelha que os eleitores gostariam que os “políticos” tivessem em respeito aos cidadãos.

A cidadania vem do direito de poder exercer suas responsabilidades e usufruir dos resultados desse exercício de forma justa e duradoura. Não se sente cidadão aquele que

abraça um candidato ou lancha pastel com outro. Não é exercício de cidadania ganhar camisetas e bonés ou balançar estandartes nos cruzamentos pú-

blicos. Muito menos distribuir pequenos panfletos, desrespeitosamente denominados “santinhos”, para os pedestres no passeio público, aumentando a poluição ambiental.

Não é exercício de democracia assistir aos e ouvir os programas em horário deter-minado por lei que contenham posturas não éticas, jogos de cena ofensivos à boa educação e nenhuma plataforma ou plano de trabalho para a gestão pública. Apenas promessas populistas e vazias.

Não é processo democrático e não é marketing para fins políticos trocar o apoio a um candidato municipal por um ministério federal. Isso é desrespeito ao ser humano.

Page 37: Exemplo SindusCon-SP
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38 revista notícias da construção / outubro 2012

S i n d u S c O n - S p e m a Ç Ã O

Zaidan: construtoras não querem recolher a mais ou a menos, querem pagar aquilo que a legislação determina

Sinduscon-Sp e Secovi-Sp propõemapuração eletrônica do iSS na capital

Com a NF-e (Nota Fiscal Eletrônica), hoje a Prefeitura de São Paulo tem todos os dados em sua base para criar um código de cada obra. Isso permitiria às construtoras o recolhimento do ISS (Imposto Sobre Serviços) relativo à obra, e possibilitaria à municipalidade a visualização do que foi pago. Se estiver tudo de acordo, o próprio sistema emitiria a Certi-ficação de Quitação do ISS. E se a Prefeitura vir alguma incongruência, poderá fiscalizar a construtora.

Esta foi a proposta apresentada pelo SindusCon-SP e pelo Secovi-SP ao governo paulistano, em reunião realizada no final de setembro. Participaram o secretário da Habita-ção, Ricardo Pereira Leite; o secretário adjunto de Finanças, George Tormin; o subsecretário da Receita Municipal, Ronilson Bezerra; os vice-presidentes do SindusCon-SP Eduardo Zaidan, Mauricio Bianchi e Odair Senra; o coordenador de Produção e Mercado, Elcio Sigolo; o assessor jurídico Renato Romano; e o diretor executivo do Secovi-SP, Celso Petrucci.

Tormin viu a proposta como uma pos-sibilidade. Já a Prefeitura manifestou a preocupação de não perder arrecadação. Ao que Zaidan enfatizou que as construtoras não querem recolher a mais ou a menos, querem pagar aquilo que a legislação tributária deter-mina, o que agora pode ser facilmente apurado mediante as NF-e.

Na prática, a sugestão significaria que a Prefeitura somente aplique a pauta fiscal, ar-bitrando o valor do ISS a partir de uma tabela, se houvesse alguma irregularidade por parte da construtora. As entidades enfatizaram que a proposta contemplaria as empresas formais, ao passo que a aplicação da pauta fiscal incentiva a informalidade.

Hoje, a aplicação da tabela da Prefeitura em todas as obras, elaborada a partir de um estudo do IPT de 1983, não reflete a realidade das construtoras: novos materiais e sistemas passaram a ser utilizados, o que alterou a pon-

deração entre materiais e serviços, retratada há três décadas.

Desde 2007, o SindusCon-SP e o Seco vi-SP reivindicam um recolhimento justo do ISS. Ao longo desses anos, foram realizadas várias reuniões. Em 2009, o setor apresentou um estu-do da FGV mostrando, em termos percentuais, a diferença entre aquilo que é devido e o que é cobrado pela Prefeitura. Novas reuniões foram feitas, até por solicitação da própria Prefeitura. Uma versão atualizada do estudo foi entregue pelas entidades na reunião de setembro. No fechamento desta edição, estava prevista nova reunião sobre o tema para outubro.

No interiorAs decisões mais recentes do STF favo-

ráveis ao abatimento do valor dos materiais empregados na obra e das subempreitadas no cálculo do ISS têm levado o STJ a rever seu po-sicionamento sobre o assunto. De acordo com Rosilene Carvalho Santos, assessora jurídica do SindusCon-SP, no interior paulista existem municípios que não deixam abater da base de cálculo do ISS o valor de subempreitadas, outros não permitem o abatimento do valor do material empregado na obra. Ainda há casos em que ambos não são permitidos.

“Agora, com jurisprudência do STF, o STJ tem mudado a sua avaliação sobre o caso”. Como exemplo, a assessora cita o caso de Guarulhos, em que o TJ considerou legal o abatimento para material e mão de obra.

Nesse contexto, embora o sindicato não tenha dado entrada em nenhuma ação em 2012, sua tese tem obtido sucesso em processos en-volvendo a questão. Todavia, há varias ações em andamento questionando a legislação de municípios do Interior, sendo as mais recentes em Bauru e Presidente Prudente.

“A Diretoria Jurídica e as Regionais estão contatando as prefeituras que ainda efetuam essa cobrança para tratar do tema”, informou Rosilene. (Fabiana Holtz e Rafael Marko)

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Page 40: Exemplo SindusCon-SP

TREINAMENTOS GRADE DE CURSOSN O V E M B R O 2 0 1 2

ÁREAS DE ATUAÇÃO

SÃO PAULODia 1Lucro Real e Lucro Presumido na Construção Civil

Dia 5Fontes de Financiamento Empresarial na Construção Civil

Dia 5Terceirização na Construção Civil – Riscos e Vantagens

Dia 6Cuidados na Elaboração de Contratos

Dia 7ISS - Imposto Sobre Serviços aplicado à Construção Civil

Dia 9Retenção Previdenciária – Cessão de Mão de Obra e Empreitada

Dia 9Como Detectar Danos na Construção Civil

Dia 12Gerência Financeira na Prática

Dia 13Legislação Previdenciária com Foco na Construção Civil

Dia 21HomologNet

Dia 23Operações com a Calculadora HP12C

Dia 23Gestão Estratégica de Almoxarifado e Estoque

Dia 26O Líder Coach em Ação

Dia 27Planejamento Tributário no Setor da Construção Civil

Com foco na capacitação profissional, o SindusCon-SP possui uma extensagrade de treinamentos que são ministrados na Sede e nas Regionais.

In CompanyPara atender às necessidades das empresas do setor, o SindusCon-SP criou a modalidade In Company, que tem como objetivo treinar e capacitar profissionais de forma exclusiva. A facilidade na escolha da data, os temas e a redução dos custos são alguns dos diferenciais desta modalidade.

• Comércio Exterior

• Empresarial

• Estoque e Logística

• Financeira

• Marketing e Vendas

• Produção

• Qualidade

• Recursos Humanos

• Responsabilidade Social

• Tributária e Trabalhista

MAIS INFORMAÇÕESCADASTRO E ATENDIMENTO AO ASSOCIADO: (11) 3334-5600

ACESSE WWW.SINDUSCONSP.COM.BR E CONHEÇA O CALENDÁRIO COMPLETO DE TREINAMENTOS

Dia 27Redação Empresarial e Gramática

Dia 28Como Evitar Autuações Fiscais na Construção Civil

Dia 29Marketing Sinérgico e Engenharia Milenar

Dia 30Telecobrança e Recuperação de Créditos

BAURUDia 23Técnicas de Vendas para uma Excelente Negociação

SÃO ANDRÉDia 21Construction Claim

Dia 26HomologNet

SÃO JOSÉ DOS CAMPOSDia 13Interpretação, Critérios e Aplicações da NBR 12.721

Dia 22Marketing Imobiliário

RIBEIRÃO PRETODias 21 e 22Etiqueta PROCEL de Eficiência Energética Ed. Residenciais

SÃO JOSÉ DO RIO PRETODia 23Pontos Impactantes na Legislação Trabalhista

PRESIDENTE PRUDENTEDia 23O Papel do Líder na Formação de Equipes Comprometidas

Page 41: Exemplo SindusCon-SP

TREINAMENTOS GRADE DE CURSOSN O V E M B R O 2 0 1 2

ÁREAS DE ATUAÇÃO

SÃO PAULODia 1Lucro Real e Lucro Presumido na Construção Civil

Dia 5Fontes de Financiamento Empresarial na Construção Civil

Dia 5Terceirização na Construção Civil – Riscos e Vantagens

Dia 6Cuidados na Elaboração de Contratos

Dia 7ISS - Imposto Sobre Serviços aplicado à Construção Civil

Dia 9Retenção Previdenciária – Cessão de Mão de Obra e Empreitada

Dia 9Como Detectar Danos na Construção Civil

Dia 12Gerência Financeira na Prática

Dia 13Legislação Previdenciária com Foco na Construção Civil

Dia 21HomologNet

Dia 23Operações com a Calculadora HP12C

Dia 23Gestão Estratégica de Almoxarifado e Estoque

Dia 26O Líder Coach em Ação

Dia 27Planejamento Tributário no Setor da Construção Civil

Com foco na capacitação profissional, o SindusCon-SP possui uma extensagrade de treinamentos que são ministrados na Sede e nas Regionais.

In CompanyPara atender às necessidades das empresas do setor, o SindusCon-SP criou a modalidade In Company, que tem como objetivo treinar e capacitar profissionais de forma exclusiva. A facilidade na escolha da data, os temas e a redução dos custos são alguns dos diferenciais desta modalidade.

• Comércio Exterior

• Empresarial

• Estoque e Logística

• Financeira

• Marketing e Vendas

• Produção

• Qualidade

• Recursos Humanos

• Responsabilidade Social

• Tributária e Trabalhista

MAIS INFORMAÇÕESCADASTRO E ATENDIMENTO AO ASSOCIADO: (11) 3334-5600

ACESSE WWW.SINDUSCONSP.COM.BR E CONHEÇA O CALENDÁRIO COMPLETO DE TREINAMENTOS

Dia 27Redação Empresarial e Gramática

Dia 28Como Evitar Autuações Fiscais na Construção Civil

Dia 29Marketing Sinérgico e Engenharia Milenar

Dia 30Telecobrança e Recuperação de Créditos

BAURUDia 23Técnicas de Vendas para uma Excelente Negociação

SÃO ANDRÉDia 21Construction Claim

Dia 26HomologNet

SÃO JOSÉ DOS CAMPOSDia 13Interpretação, Critérios e Aplicações da NBR 12.721

Dia 22Marketing Imobiliário

RIBEIRÃO PRETODias 21 e 22Etiqueta PROCEL de Eficiência Energética Ed. Residenciais

SÃO JOSÉ DO RIO PRETODia 23Pontos Impactantes na Legislação Trabalhista

PRESIDENTE PRUDENTEDia 23O Papel do Líder na Formação de Equipes Comprometidas

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42 revista notícias da construção / outubro 2012

O SindusCon-SP e a Federação dos Tra-balhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado de São Paulo (Feticom) assinaram em junho com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), um acordo tripartite para inclusão gradual de pessoas com deficiência (PCDs) no mercado de trabalho da construção.

Com o objetivo de disseminar a qualidade dessa inclusão, os signatários se compromete-ram ainda a divulgar o Estudo de viabilidade para a inserção segura de pessoas com defi-ciência na construção civil, promovido pelo SindusCon-SP e realizado pelo Seconci-SP e pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Armênio Crestana. Esse estudo sugere quais os tipos de deficiência que não impedem o trabalhador de atuar nos canteiros de obra.

As construtoras que aderirem ao acor-do, que segue o padrão do assinado pelo Sintracon-SP na capital, terão um prazo de até 36 meses para atingir, de forma gradual, as suas cotas legais de emprego de PCDs, que serão calculadas pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de cada empresa na data da fiscalização. Conforme Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capi tal-Trabalho do SindusCon-SP, nos últimos anos os esforços da entidade visando a conscien-tização sobre o assunto têm promovido uma quebra de paradigma no setor e os resultados são notórios. “É um trabalho de formiguinha e acredito que estamos fazendo a nossa parte, motivando as empresas a se engajar”.

Além da maior destaque para campa-

SindusCon-SP e Feticom assinam acordo para inclusão de PCDs

nhas de combate à discriminação e pela qualidade da inclusão de PCDs, as empresas que aderirem ao acor-do se comprometem com a criação de cur-sos para capacitação dessa mão de obra, ampla divulgação das vagas específicas para esse público, processo de seleção inclusivo, condições de acessi-bilidade em suas ins-talações e organização de seminários sobre segurança e saúde do trabalhador com deficiência.

As disposições do acordo deverão valer para as empresas da construção dos municípios de Araras, Araraquara, Assis, Barra Bonita, Barretos, Campos do Jordão, Cruzeiro, Fran-ca, Itatiba, Jaboticabal, Jaú, Jundiaí, Marília, Mogi Guaçu, Estiva, Espírito Santo do Pinhal, Itapira, São João da Boa Vista, Aguaí e Santo Antônio do Jardim, Mococa, Ourinhos, Pano-rama, Presidente Prudente, Piracicaba, Regis-tro, São Carlos, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Taubaté. O documento atenderá também os sindicatos representativos dos tra-balhadores do setor nas cidades de Capivari, Itapeva, Itu e região, Mirassol e Votuporanga, Ribeirão Preto, Sorocaba e região.

Para aderir ao acordo, os interessados devem imprimir o anexo, assiná-lo e entregá-lo na SRTE de sua região. O documento pode ser baixado do site (www.sindusconsp.com.br), clicando em Jurídico/Inclusão de Pessoas com Deficiência. Veja a íntegra do acordo em http://www.sindusconsp.com.br/envios/2012/downloads/Acordo_Tripartite_FETICOM.pdf.

(Fabiana Holtz)

Para Ishikawa, a conscientização sobre o assunto tem quebrado paradigmas

r e l a Ç Õ e S c a p i t a l - t r a B a l H O

“estamos fazendo a nossa parte, motivando

as empresas”

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43revista notícias da construção / outubro 2012

Com o tema “Um canteiro de obras mais seguro, inclusivo e com sustentabilidade”, a 13ª Megasipat (Mega Semana Interna de Prevenção de Acidentes) proporcionou um dia especial aos trabalhadores que compareceram à Escola Senai Francisco Matarazzo, na capital, em 5 de setembro. Sucesso de público, com a participação de mais de 400 trabalhadores da construção, o objetivo do encontro é auxiliar as empresas a complementarem a sua Sipat.

Realizado pelo SindusCon-SP, por meio das vice-presidências de Responsabilidade Social e Relações Capital-Trabalho, o evento é resultado de uma parceria com a Fiesp, Sesi-SP, Senai-SP e Seconci-SP. Nas últimas semanas, a Mega já percorreu Presidente Prudente, So-rocaba, Santo André, Bauru, São José do Rio Preto e São José dos Campos. A programação segue até 28 de novembro, nas Regionais do SindusCon-SP de Campinas, Ribeirão Preto, Santos e na Delegacia de Mogi das Cruzes.

Recepcionados com um farto café da ma-nhã, ao longo do dia os participantes assistiram a palestras sobre segurança no trabalho, nutri-ção, sustentabilidade, inclusão de deficientes, intercaladas com ações interativas e lúdicas, aulas de artesanato com resíduos da cons-trução (Eco Arte), além de orientações sobre doação de órgãos e saúde bucal. Na ocasião os participantes também puderam fazer exames médicos de glicemia, acuidade visual, Hepatite C e pressão arterial.

Presente na abertura do evento, o vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, disse estar orgulhoso com o alcance e a dimensão que o encontro conquistou. “Essa é uma parceria de sucesso que estamos vendo crescer ano a ano e mostra que, quando nos concentramos em um objetivo comum, tudo é possível”, afirmou

megasipat promove inclusãoe sustentabilidade

perante um auditório lotado.

Também participaram do encontro o dire-tor da Escola Senai Orlando Laviero Ferraiuo-lo, Abílio José Weber; o secretário geral do Seconci-SP, Fernando Costa Neto; a assessora da Diretoria de Operações do Sesi-SP, Leni Arlete Bertolla; o presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado de São Paulo (Sintesp), Marcos Antônio de Almeida Ribeiro; o presidente da Associa-ção Brasileira para Prevenção de Acidentes (ABPA), Milton Perez; e o diretor executivo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), Antonio de Sousa Ramalho Junior.

Em 2012, a Megasipat conta com o apoio de: Superintendência Regional de São Paulo do Ministério do Trabalho, Sintracon-SP, Feticom, Sinpait, Força Sindical, Sintesp, Abramat, CPFL Energia, ADJ (Associação de Diabetes Juvenil), ABPA e o CIM (Centro de Integração da Mulher); e o patrocínio da Central de Seguros do SindusCon-SP, Brasil Insurance Status, Gerdau, Construtora Adol-pho Lindenberg, MRV, Equipe de Obra e Pini.

(Fabiana Holtz)

No início da manhã trabalhadores formavam fila para os exames de glicemia, acuidade visual, Hepatite C e pressão arterial

Café da manhã no Senai deu início às atividades do dia

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44 revista notícias da construção / outubro 2012

trauma ocular

p r e v e n Ç Ã O e S a Ú d e

Os acidentes oculares respondem por 13% a 23% dos acidentes de trabalho. Desse total, 80% ocorrem com homens de cerca de 30 anos de idade. A principal causa é a falta do uso de óculos de proteção.

Os agentes causadores são diversos e envolvem os mecânicos, como a presença de um corpo estranho; os físicos, provocados pelo frio, calor e fagulhas elétricas; os químicos, advindos de substâncias ácidas e álcalis, e os biológicos – picadas de insetos, pêlos de animais, bactérias ou fungos.

Há ainda os traumas decorrentes de instru-mentos perfurantes e contusos, os ferimentos causados pela radiação ionizante e não ionizan-te, sem contar o esforço visual resultado das condições adversas de iluminação e ventilação, e os causados pela manutenção inadequada dos equipamentos.

Nos traumas oculares, a perfuração pode ocorrer com ou sem corpo estranho e as contusões podem ser ocasionadas por objetos rombos, não perfurantes, jatos de fluidos sob pressão que levam à catarata, que é a opacidade do cristalino, incluindo também hemorragias e deslocamento da retina.

As queimaduras químicas são menos co-muns na indústria, sendo mais associadas com trabalhos domésticos. Já as temidas queimadu-ras com solda elétrica podem produzir danos superficiais, afetando o epitélio da córnea, causando dor, porém elas também podem levar a danos profundos na retina, pela agressão dos raios ultravioleta e infravermelhos.

As inflamações também acometem os olhos com frequência. Entre elas está a blefa-

rite, a inflamação crônica das bordas dos cílios; a neurite óptica, provocada pela inflamação do nervo óptico, e a mais comum, a conjuntivite, inflamação das conjuntivas, de causa química ou irritativa.

Recomenda-se que a pessoa esteja com seu exame de óculos atualizado, para corrigir os erros de refração, como miopia, hiperme-tropia, astigmatismo e presbiopia.

A Sociedade Brasileira de Glaucoma de-tectou que 36% dos brasileiros adultos nunca foram ao oftalmologista e outros 18% fizeram apenas uma consulta em toda a vida.

A maneira mais segura de se evitar trau-mas é composta por uma única palavra: preven-ção. A primeira medida é evitar o contato com os agentes agressores, fazendo uso de óculos de proteção com filtros e grau, além de manter as áreas de trabalho com boa iluminação e não

fazer o uso de lentes de contato em ambientes com poeira e substân-cias químicas.

Diante de um trauma ocular, o mais importante é exata-

mente o que não fazer. Muitas vezes, na ansiedade de ajudar, tomam-se atitudes que podem ocasionar problemas mais graves, como úlceras e cegueiras.

No caso de contato dos olhos com pro-dutos químicos, a recomendação é lavá-los abundantemente com água limpa ou solução fisiológica, não aplicar colírios, e procurar uma emergência oftalmológica. Se houver perfuração, é importante evitar a compressão do globo ocular, até que a avaliação da lesão seja feita por um oftalmologista.

Essa, aliás, é a orientação que vale para todos os casos. Quanto mais rapidamente a pessoa receber socorro especializado, menor o risco de ter a visão danificada.

eDgarD MaCeDo é oftalmologista do Seconci-SP há 10 anos, formado pela Faculdade de Medicina de teresópolis (rJ)

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna:[email protected]

visitas ao oftalmologista e óculosde proteção são indispensáveis

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46 revista notícias da construção / outubro 2012

antes prevenirj u r Í d i c O

Cada vez mais as pessoas se conscien-tizam da importância de planejarem suas vidas e seus negócios visando evitarem litígios, já que diante da atual estrutura do Judiciário uma demanda pode durar vários anos trazendo despesas elevadas e desgaste emocional, que em muitos casos podem ser evitados. Prevenção é a palavra chave.

As relações entre os sócios de uma em-presa estão sujeitas a conflitos, seja quanto à forma de condução dos negócios, à distri-buição dos lucros, ou por questões pessoais. É crescente a procura por mecanismos que evitem tais conflitos e até para prever como os mesmos serão solucionados, evitando-se prejuízos à empresa, que no mais das vezes é a única fonte de recursos dos sócios. Daí a importância de se estabelecer um Acordo de Quotistas.

Este acordo, previsto no Código Civil, é um tipo de contrato firmado entre os só-cios visando regular as relações e os possí-veis conflitos entre os mesmos. Trata-se de um instrumento à parte do Contrato Social.

As vantagens de se firmar um Acordo de Quotistas são inúmeras. Dentre elas, ci-tamos a possibilidade de se manter em sigilo certas matérias relacionadas exclusivamente aos sócios (como, por exemplo, a forma de sua remuneração), já que o Acordo de Quo-tistas, em regra, não precisa ser registrado na Junta Comercial ou em qualquer Registro Público, bastando ser assinado pelos sócios e ficar arquivado na sede da empresa. Outra vantagem é estabelecer como eventuais

conflitos entre os sócios serão solucionados, sendo que aquilo que for disposto fará lei entre os quotistas.

O Acordo de Quotistas, como o pró-prio nome já diz, visa regular as relações entre os sócios no âmbito da empresa, de forma que podem ser objeto de estipulação nesse acordo societário diversas matérias, dentre elas: a forma de distribuição ou destinação dos lucros; valores e critérios de pagamento de pro-labore; regras para a venda de quotas, inclusive direitos de preferência na aquisição das mesmas; re-gras para a doação e sucessão das quotas sociais; regras para o exercício do direito de voto na sociedade; regras de adminis-tração da sociedade etc.

Especificamente na construção civil esse instrumento é muito útil em razão do

advento, cada vez maior, das Sociedades de Pro-pósito Específico – SPEs, inclusive por suas van-tagens na incorporação imobiliária. O acordo de quotistas apresenta es-pecial relevância nesses

casos, pois muitas SPEs são constituídas por prazo determinado, até a conclusão do negócio que justificou sua constituição, de forma que os sócios que a compõem nem sempre possuem o grau de identificação e o ânimo de se associarem (affectio societatis), que caracterizam normalmente as demais sociedades, perenes e de prazo indetermi-nado. Daí a necessidade de se regular com bastante minúcia as relações entre os sócios componentes de uma SPE.

Assim, o Acordo de Quotistas é uma medida útil de redução e controle de con-flitos entre os sócios, que pode em muitos casos até evitar a ruína e significar o sucesso da empresa ou do empreendimento.

acordo de quotistas evita conflitose futuros prejuízos nas empresas

DoMingoS aSSaD StoChe é advogado empresarial em ribeirão Preto, pós graduado em Processo Civil e membro do Conselho Jurídico do SindusCon-SP

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna:[email protected]

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Page 48: Exemplo SindusCon-SP

A Megasipat reuniu 300 trabalhadores da construção em Sorocaba. Segundo o di-retor da Regional, Antonio Carlos Ribeiro Abibe, o dia foi de grande importância para trocas de experiências e reciclagem, já que o mercado da construção a cada dia cresce e necessita de mão de obra qualificada.

A vice-presidente do SindusCon-SP, Maristela Honda, afirmou que “o evento busca disseminar cultura prevencionista de acidentes de trabalho e o exercício da responsabilidade social, tornando o traba-lhador um multiplicador de boa práticas no canteiro de obras e na sua comunidade”.

MegaSipat reúne 300 em Sorocaba

r e G i O n a i S

A Megasipat em Presidente Prudente alcançou ótimos resultados, constatou o diretor da Regional, Luís Gustavo Ribei-ro. Participaram cem trabalhadores de 18 das 25 empresas associadas. “Um bom percentual. A gente consegue formar mul-tiplicadores. Os participantes disseminam informações sobre prevenção de acidentes e qualidade de vida”, afirmou.

Para Ribeiro, ainda que não haja es-tatística, é possível detectar redução em acidentes com trabalhadores formais. Co-mentou que orientação promove segurança e benefícios. “A construção é uma indústria e a qualidade de vida é fundamental”, afir-mou o diretor que prestigiou o evento no Sesi do Parque Furquim.

prudente apresenta excelentes resultadosTambém estiveram presentes os di-

retores do Sesi, Laércio Doglas Rodrigo, da Escola Senai, Sebastião Roberto de Andrade, e da Regional da Fiesp, Wadir Olivetti Júnior; e a gerente de Comunicação do Seconci, Fátima Cardoso acompanhada de equipe na área de saúde que atuou junto com a Pró-Reitoria de Extensão e Ação Co-munitária da Unoeste na aplicação de testes de glicemia e acuidade visual e aferição de pressão arterial dos trabalhadores.

Pelo 13º ano consecutivo, o servente de pedreiro Antônio Ferreira, de 55 anos, participou do evento e aprovou os serviços ofertados. Para ele, a prevenção tem contri-buído na manutenção da saúde e na preven-ção de acidentes. (Homero Ferreira)

Ribeiro, Fátima, Rodrigo, Andrade e Olivetti (foto à esquerda), no evento que animou cem trabalhadores

O evento começou com exames de saúde, feitos por alunos de enfermagem da Etec Rubens De Faria. Du-rante todo o dia, no Sesi da cidade, os trabalhadores participaram da programa-ção voltada à prevenção de acidentes e receberam kits com brindes e material edu-cativo do Seconci. Palestras e intervenções cênicas abordaram vários assuntos, entre eles violência doméstica e pedofilia. (Ana Douetts)

O evento que lotou o auditório do Sesi foi aberto por Abibe e Maristela

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49revista notícias da construção / outubro 2012

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reGiOnaiS

O desenvolvimento de Santos com a manutenção da qualidade de vida foi o tema central dos debates entre empresários e os cinco candidatos a prefeito, promovidos pela Regional Santos do SindusCon-SP, com Assecob e Secovi-SP, respeitando uma tradição de 24 anos. As entidades fizeram diversas propostas visando manter o cres-cimento da cidade com a preservação da qualidade de vida.

Conforme o diretor da Regional, Ricar-do Beschizza, “da troca de informações en-tre empresários e candidatos surgem ideias, propostas e projetos necessários a Santos. Participaram dos encontros os candidatos Fábio Nunes, Beto Mansur, Telma de Souza, Sérgio Aquino e Paulo Alexandre Barbosa.

Houve unanimidade em torno de pro-postas para melhorar a acessibilidade, com a adaptação das calçadas, principalmente

pelo fato de Santos reunir grande número de idosos. Além disso, foi destacada a necessi-dade de agilizar a implantação do VLT, para que o investimento em transporte público de qualidade ajude a retirar parte dos veículos das ruas, aliviando o trânsito.

A metropolização da saúde foi outro tema que ganhou unanimidade entre os can-didatos, porque hoje moradores das demais cidades da Baixada e do litoral sul natural-mente já recorrem aos hospitais santistas, que contam com melhor infraestrutura. A construção do túnel ligando Santos a Gua-rujá também ganhou destaque, para facilitar a mobilidade urbana em ambas as cidades. Profissionalização da gestão pública, tri-butos e tombamentos foram outros temas abordados nos encontros que aconteceram no final de agosto e início de setembro.

(Giselda Braz)

Representantes das entidades da construção com os candidatos: consenso sobre preservação da qualidade de vida

Santos recebe 5 candidatos

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O diretor da Regional Bauru do S in dusCon-SP, Renato Parreira, participou em setembro de um debate com o prefeito e candidato à reeleição Rodrigo Agostinho (PMDB). O evento fazia parte do fórum “A engenharia, o urbanismo e a cidade”, organizado pelo Sindicato dos Engenheiros, Associação dos Engenheiros e Instituto dos Arquitetos do Brasil.

Parreira questionou o candidato sobre seus projetos futuros para diversas situações

regional participa de debate pré-eleitoralque têm dificultado o desenvolvimento da construção em Bauru. Dos assuntos abor-dados, o destaque foi a Lei de Zoneamento do município, muito antiga e que precisa urgentemente de revisão.

Agostinho disse que a atualização do texto já foi redigida e, em breve, deverá ser enviada para aprovação na Câmara de Ve-readores. Parreira, por sua vez, pediu que, antes disso, o texto passe pela avaliação do SindusCon-SP e das demais entidades ligadas ao setor. “O objetivo é evitar a apro-vação de diretrizes que não vão funcionar na prática, como já ocorreu com outras leis municipais”, argumentou.

Agostinho concordou com o pedido e comprometeu-se a encaminhar o texto para as entidades.

(Sabrina Magalhães)

O evento foi realizado na sede da Assenag de Bauru

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Bauru faz convênio com universidadesA Regional Bauru do SindusCon-SP

oficializou um convênio que garante acesso das universidades aos serviços, informa-tivos e dados estatísticos do sindicato. A ideia é aproximar alunos e professores do que acontece no dia a dia do setor e inserir os futuros profissionais nos debates pertinentes.

O assunto foi tema de palestra realiza-da em setembro para cerca de 150 alunos do curso de Arquitetura da Unip de Bauru. Na oportunidade, o diretor da Regional, Renato Parreira, destacou os principais desafios do setor na prática. “Além de todos os aspectos técnicos e teóricos que aprendemos na universidade, precisamos cumprir inúmeras exigências legais no dia a dia”, disse.

O engenheiro também falou sobre serviços e benefícios que o SindusCon-SP

oferece e colocou à disposição dos alunos o Construdata, o banco de dados da cons-trução inserido no site do SindusCon-SP.

(Sabrina Magalhães)

Renato Parreira falou dos principais desafios do setor

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52 revista notícias da construção / outubro 2012

reGiOnaiS

A reunião mensal dos representantes das empresas associadas na Regional Ri-beirão Preto do SindusCon-SP em setembro contou com uma nova palestra relacionada ao setor. Depois do engenheiro de segurança e auditor fiscal do Ministério do Trabalho Gianfranco Pampalon, que em agosto falou sobre práticas e ações de saúde e segurança no canteiro de obras, desta vez a convidada foi a advogada Angélica Carlini.

Especialista nas áreas de Direito do Se-guro, Responsabilidade Civil e Relações de Consumo, Angélica Carlini falou sobre “A responsabilidade civil do engenheiro e das

empresas de engenharia durante a execução de obras e serviços”.

“Trazer especialistas reconhecidos pelo segmento da construção civil para palestras e cursos de qualificação é uma das nossas prioridades”, afirma o diretor da Regional, Eduardo Nogueira, confirmando a estratégia de agregar os profissionais da área para o fortalecimento do setor.

O evento aconteceu no auditório da FAAP de Ribeirão Preto, com a presença de aproximadamente 50 pessoas. Após a palestra, foi servido coquetel.

(Marcio Javaroni)

Nogueira (2º à esq.): a qualificação é uma de nossas prioridades

Ribeirão Preto debate saúde

Em Ribeirão Preto, duas novas turmas passaram pelo treinamento para Operadores de Elevador de Obras em setembro.

Oferecido em parceria pela Regional do SindusCon-SP com o Senai-SP, Mecan Indústria e Locação de Equipamentos para Construção e Prefeitura Municipal, o curso contou com uma turma de reciclagem e outra de formação e qualificação.

Além de trabalhadores de empresas de Ribeirão Preto, participaram alunos das cidades de Franca, Limeira e Andradina. O

curso: operadores de elevador de obras

Participantes vieram de Ribeirão, Franca, Limeira e Andradina

treinamento aconteceu na Escola Municipal Dr. Celso Charuri. (MJ)

A Regional Ribeirão Preto do Sindus-Con-SP promoveu reuniões em agosto e setembro entre representantes de constru-toras associadas e o arquiteto e urbanista da Secretaria de Planejamento do município, José Antonio Lanchoti, com a participação do diretor adjunto Fernando Junqueira e da coordenadora da Regional, Maria Cecília Rocha.

Durante os encontros, Lanchoti apre-

Regional repassa a Lei Cidade Limpasentou a Lei Cidade Limpa, suas particula-ridades e reflexos na construção civil.

“Esses encontros promovidos pelo SindusCon-SP foram bastante produtivos. Pudemos sugerir as necessidades específi-cas de comunicação e ainda trocar ideias sobre como nos adaptar diante da mudan-ça”, comentou Izabela Azenha, da área de marketing da Copema Engenharia, asso-ciada ao SindusCon-SP. (MJ)

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apresentar produtos foi sensacional. Esses encontros são importantes porque ampliam nosso conhecimento.” O encarregado de obras Francisco Souza afirmou ter aprendi-do bastante e considerou a iniciativa impor-tante para o currículo: “O treinamento veio na hora certa, para mim foi uma experiência a mais para aplicar no meu curso de mestre de obras.”

Para Ednaldo Aparecido Nunes da Sil-va, que está concluindo o curso de Mestre Obras no Senai, onde também é professor de construção civil, “essa foi uma oportu-nidade de passar mais conhecimento para profissionais do setor”. (Sueli Osório)

A Regional Santo André realizou o 1º Encontro de Mestres de Obras. Palestraram o promotor técnico da Eluma, Rodrigo Polo, sobre práticas de soldagem em tubulações e conexões de cobre e sobre o sistema de descarte de óleo, e o técnico Walter Macedo, a respeito de segurança na construção civil.

Para o diretor da Regional, Sergio Ferreira dos Santos, o evento foi de grande importância por promover a troca de in-formações entre as partes produtivas das construtoras, trazendo inúmeros benefícios aos profissionais e às suas empresas.

O mestre de obras José Carlos Palermo comentou que “trazer profissionais para

Santo andré reúne mestres de obras

Os profissionais trocaram experiências e conheceram novos conteúdos no encontro

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Mais de cem pessoas, entre represen-tantes de construtoras e autoridades, compa-receram ao Seminário “Resíduos da Cons-trução Civil: Soluções e Oportunidades”, que a Regional Sorocaba do SindusCon-SP promoveu no Teatro do Sesi local.

O objetivo, segundo o diretor da Regio-nal, Antonio Carlos Ribeiro Abibe, foi dis-cutir e incentivar a correta implantação de gestão dos resíduos da construção, além de esclarecer as políticas públicas para o setor.

O primeiro painel abordou as Políticas Públicas para os Resíduos da Construção. Nele, o gerente de Projeto do Departamento de Ambiente Urbano da Secretaria de Re-cursos Hídricos e Ambiente do Ministério do Meio Ambiente, Ronaldo Hipólito, falou sobre Política Nacional de Resíduos Sólidos e as Responsabilidades dos Municípios.

João Luiz Potenza, diretor do Centro de Projetos da Coordenadoria de Planeja-mento Ambiental da SMA, abordou o tema Política Estadual de Resíduos Sólidos e Ações de Implementação, e Lilian Sarrouf, coordenadora técnica do Comitê do Meio Ambiente do SindusCon-SP (Comasp), fa-lou sobre Gestão de Resíduos de Construção e a Resolução Conama 307/2002.

O Painel 2 tratou do tema Resíduos Classe A – Produção de Agregados Reci-clados, com palestra de Everton Bartolli, vice-presidente da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Constru-ção Civil e Demolição (Abrecon).

(Nerli Peres)

Debate sobre resíduos agitaSorocaba

Lilian e autoridades, na mesa do seminário

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56 revista notícias da construção / outubro 2012

ensaios geofísicosS O l u Ç Õ e S i n O v a d O r a S

Ensaios geofísicos são métodos indiretos de investigação do subsolo, não invasivos e, portanto, não destrutivos. Os ensaios em campo geralmente são executados em superfície, com equipamentos que realizam medidas as quais respondem a determinadas propriedades físicas do material geológico em subsuperfície, assim como a presença de estruturas ali existentes. A investigação geofísica possui ainda a vantagem de fornecer uma rápida e ampla amostragem do volume investigado do subsolo, em seu estado natural e não perturbado por intervenções dire-tas (sondagens, cavas e trincheiras).

Entretanto, justamente por ser um mé-todo de investigação indireto, a geofísica não dispensa as informações diretas, fundamentais para interpretações mais precisas, confiáveis e conclusivas dos resultados obtidos, dentro do maior rigor técnico possível.

Há uma grande variedade de métodos geofísicos utilizados nas mais diversas apli-cações. São classificados de acordo com as propriedades físicas do meio que investigam. Em ambientes urbanos, podem ser utilizados os seguintes métodos que, geralmente, apre-sentam resultados satisfatórios: GPR, eletror-resistividade e, em condições favoráveis, os métodos sísmicos.

Um grande desafio colocado à metodo-logia nos últimos anos tem sido sua aplicação para resolver problemas geotécnicos, geoló-gicos e ambientais em áreas urbanas. Uma das principais características dos ambientes urbanos e que representa grande dificuldade para ensaios geofísicos é a elevada presença de ruídos e, comumente, reduzido espaço para um adequado levantamento de campo em áreas cada vez mais ocupadas. As fontes de ruídos podem ser diversas: tráfego de veículos, intensa presença de pedestres, linhas de alta tensão, cabos elétricos etc. Cuidados adicionais devem ser tomados durante a aquisição dos dados, de

forma a garantir um nível aceitável do sinal a ser medido, acima do ruído ambiental. Em ambientes urbanos é sempre recomendada a aplicação de mais de um método geofísico a fim de minimizar as dificuldades anterior-mente citadas e serem alcançados os objetivos propostos.

GPRUm método geofísico muito utilizado

em ambientes urbanos é o denominado GPR (Ground Penetrating Radar) que apresenta alta resolução por utilizar ondas eletromag-néticas de altíssimas frequências (da ordem de centenas a milhares de MHz) emitidas por uma antena situada na superfície do terreno. O GPR fornece como resultado uma seção que corresponde a uma imagem de alta definição do subsolo, mostrando as interfaces onde as ondas eletromagnéticas sofreram reflexões e retornaram à superfície.

Sua principal desvantagem é a limitada profundidade de investigação (da ordem de poucos metros). A escolha da frequência a ser utilizada pelo equipamento está relacionada à profundidade que se deseja investigar e a resolução a ser alcançada. Quanto maior a frequência, maior a resolução ao custo de uma menor profundidade de investigação. O contrário ocorre quando são utilizadas frequên-cias menores que permitem alcançar maiores profundidades, porém com perda de resolução. As propriedades elétricas do solo influenciam muito a qualidade dos dados. Terrenos eletri-camente mais condutivos (por exemplo, solos argilosos com presença de água) causam maior atenuação do sinal e perda de penetração do

otÁvio CoaraCY braSil ganDolFo é geofísico, pesquisador do iPt e doutor pela uSP. trabalha com métodos geofísico aplicados.

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Figura 1. Seção GPR obtida em inspeção de

pavimento

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sinal, se comparados com terrenos menos condutivos (solos arenosos, secos).

O GPR tem grande aplicação na identi-ficação de tubulações enterradas (metálicas e não metálicas), tais como dutos, galerias e adutoras, tanques de armazenamento e na ins-peção de estruturas de concreto e pavimentos. Nestas duas últimas aplicações, como a faixa de investigação é extremamente rasa (centimé-trica), antenas de altas frequências devem ser utilizadas (superiores a 1.000 MHz).

A Figura 1 mostra uma seção GPR obtida na inspeção de um pavimento, onde se obser-va um forte refletor contínuo (pontilhado em amarelo) que corresponde à interface entre um solo compactado (abaixo) e a camada superior composta por uma capa asfáltica betuminosa de pequena espessura (em torno de 3cm) e a ca-mada de brita subjacente (em torno de 11cm).

A Figura 2 apresenta outro dado de GPR obtido na identificação de uma adutora de água. Situada em torno de 1,2m de profundidade, a adutora tinha diâmetro nominal de 600mm de diâmetro e era constituída de ferro fundido. A seta vermelha indica o sinal nas seções GPR (250MHz, menor resolução e 500MHz, maior resolução) correspondente à posição da tubu-lação em subsuperfície.

EletrorresistividadeOutro método geofísico comumente utili-

zado em ambientes urbanos é a eletrorresisti-vidade. Trata-se de método simples e robusto que usa a passagem de uma corrente elétrica no subsolo por meio de eletrodos cravados no solo e a correspondente medida da diferença de po-tencial originada pela passagem desta corrente. O parâmetro físico mensurado é a resistividade elétrica (ou seu inverso, condutividade elétrica)

que varia conforme o grau de satu-ração do solo e a condutividade do fluido saturante, dentre outros fatores. O método encontra aplicação na in-vestigação de áreas onde ocorreram colapsos e subsidências do terreno e também em estudos de contaminação de solos e água subterrânea. Os resul-tados são também apresentados sob a forma de seções, com a distribuição espacial da resistividade elétrica em subsuperfície. Fornece uma resolu-ção inferior se comparada ao método GPR, embora possa complementá-lo quando maiores profundidades de investigação são necessárias.

Métodos sísmicosOs métodos sísmicos comumente aplica-

dos em áreas urbanas são o crosshole, a sísmica de reflexão e, mais recentemente o MASW (uma evolução do método SASW).

O crosshole fornece com precisão o perfil de variação de velocidade das ondas compres-sionais e das ondas cisalhantes com a profun-didade. Necessita ao menos de dois furos, o que encarece o seu emprego se comparado aos métodos de superfície. É utilizado para a determinação dos módulos elásticos dinâmicos dos solos, parâmetros de grande interesse para a engenharia geotécnica e de fundações.

A sísmica de reflexão vem sendo cada vez mais utilizada em ambientes urbanos graças à evolução tecnológica e instrumental da técnica no decorrer dos últimos anos.

O método MASW (Multichannel Analysis of Surface Waves) utiliza o registro das ondas superficiais e, como resultado após o processa-mento dos dados, fornece o perfil de velocidade da onda cisalhante com a profundidade. Des-perta interesse (sendo um ensaio de superfí-cie não requer furos para ser realizado), largamente aplicado em outros países e que ganha cada vez mais espaço no Brasil.

Ao alto, utilização de antena com frequência igual a 1.600 MHz em aplicação de GPR; acima, ensaio de eletrorresisitividade realizado em rua onde ocorreu um colapso de solo, mostrando os eletrodos metálicos cravados no chão.

Ensaio crosshole realizado em área urbana

Figura 2. Seções de GPR mostrando a presença de uma tubulação (adutora de água) em subsuperfície.

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FeliPe SCotti CalbuCCi égraduado em Comunicação Social e gerente de Property & Construction da Michael Page, com foco em recrutamento de gerentes e diretores para construtorase incorporadoras

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Devido à dificuldade em encontrar mão de obra qualificada, já há empresas buscando profissionais de outros países e os expatrian-do. O poder público também contribui com projetos e acordos comerciais que facilitam a obtenção de visto de trabalho e de certifi-cação profissional.

A maioria dos engenheiros e arquite-tos imigrantes vem de Portugal, trazidos em grande parte por empresas europeias. Predominam os formados nas Engenharias, destacando Óleo & Gás, uma de nossas maiores carências.

Uma das principais iniciativas públicas é entre a OEP (Ordem dos Engenheiros Portugueses) e o Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia). A legislação proporciona equivalência entre os diplomas de engenheiros, arquitetos e agrônomos, formados em um dos países, o que facilita a obtenção do Crea pelos portugueses.

São as seguintes as principais diferenças que reparo ao entrevistar engenheiros portu-gueses em relação aos brasileiros:

• sua cadeia de fornecedores é mais desenvolvida, incentivando a terceirizações na construção. Dessa forma é importante uma fase de adaptação ao nosso mercado no que diz respeito à gestão dos fornecedores;

• são técnicos, porém mais generalistas. É mais comum encontrarmos gerentes de projeto (desde a fase de desenho do projeto até a entrega da obra) do que gerentes de produção/obra;

• são ótimos planejadores e muito aten-

expatriados

c O n S t r u Ç Ã O d a c a r r e i r a

tos a custos. Porém, têm menos costume de lidar com imprevistos, principalmente decorrentes de prazos expirados, causados por terceiros ou desconhecimento no dimen-sionamento de prazos para aprovações legais.

• diferenças no sistemas construtivos, com técnicas de construção e tecnologias distintas e nível de mão de obra também.

Há muitos profissionais com experiên-cia em obras de infraestrutura pesada, por exemplo, que atuaram em projetos grandio-sos e destacados nos últimos anos, e que hoje não têm mais a possibilidade de trabalhar em seus países ou ex-colônias, devido ao contexto econômico. Também encontramos bons perfis para a área de Real Estate, espe-cialmente em shoppings, pelo seu histórico maior e maturidade no setor.

Precisamos de profissionais com este perfil e eles estão dispostos a vir ao Brasil até por uma remuneração abaixo do mercado. Entretanto, a expatriação de um profissio-

nal leva ao menos 2 meses para ocorrer e sua adaptação mais 4 meses. É necessário planejar muito bem as demandas futuras da

empresa de modo a antecipar a necessidade de contratar novos profissionais. Prever quais obras serão iniciadas nos próximos meses é quase impossível, e assim a atratividade por trazer expatriados perde apelo.

Por outro lado, onera mais contratar um profissional de última hora, com a obra já iniciada. Nesses casos, a tendência é oferecer mais do que o mercado paga. Reflita se não sairia mais barato antecipar as contratações estratégicas, com expatriados ou não. Assim, quando uma nova obra começar, você terá alguém tecnicamente preparado e adaptado à sua empresa.

Bons profissionais, os estrangeirosrequerem um período de adaptação

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