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Dicas para todas as ocasiões

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Regras de etiqueta

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  • Dicas para todas as ocasies

  • ETIQUETA COMPORTAMENTO

    Dicas para todas as ocasies

    NOM CULTURAL

  • li T I Q U F. T A S

    APRESENTAO

    muito comum confundir etiqueta com cerimnia, com sofisticao. Na verdade, etiqueta compreende um conjunto de regras simples, maleveis e dinmicas, que vm evoluindo ao longo dos anos. O que hoje aceito sem reservas j causou polmica no passado; o que ele-gante no Brasil, pode ser de mau gosto em outro pas. Ou seja, a etiqueta no nica e absoluta ao con-trrio, muda conforme o lugar e a poca.

    Atualmente, praticidade a palavra de ordem desta era tecnologica, em que cada dia nos surpreendemos com o avano dos equipamentos eletrnicos, com a reno-vao de costumes, novidades que, sem dvida assom-brariam as pessoas de algumas dcadas atrs.

    No dia-a-dia, nas ruas, no trabalho, nos relaciona-mentos afetivos, nas festas, nos lugares pblicos, ao tele-fone, em todas as situaes, enfim, se torna cada vez mais necessrio respeitar as diferenas, o espao alheio, para que cada um conquiste um espao prprio, sua indi-vidualidade. E isso no precisa ser feito com rigor, mas com respeito e naturalidade. Por isso a etiqueta mostra agora uma cara mais moderna, apresenta uma nova pro-posta de comportamento.

    Este Guia traz todas as informaes e dicas para que voc se saia bem nas mais diversas situaes e possa redescobrir a alegria de estar com as pessoas num con-vvio honesto e natural.

    O Editor

  • SUMRIO

    I - SOCIAL

    APRESENTAES 11

    A ordem respeito 12 Hora e lugar 12 Auto-apresentao 14 Cumprimentos 15

    Quem cumprimenta primeiro... 17 O aperto de mo 18 Quando levantar-se 20 Quando beijar 21 Beija-mo 22

    Formas de tratamento 24 Conversao 27

    Para incio de conversa 28 Tom de voz 28 Gestos 30 Modo de falar 32 Saber ouvir x fala-r demais 33 Interrupes 34 Assuntos 34 Gafes 38

    AO TELEFONE 39 Quando ligar 40 Como falar 42 Deixar e pegar recados 43 O Celular 47

    CORRESPONDNCIA 49

  • Quando se deve escrever 50 As cartas 50 Os cartes-postais 54 Telegrama 54 Cartes de visita 55

    Um para cada ocasio 56 Como us-los 57 Escolha do carto 58 Tipos e formatos 60 O carto profissional 62 Troca de cartes 63

    A MESA 65 Como comportar-se mesa 66 Maneira de sentar-se 67 Mos e braos 67 Modo de comer 68 Como comer certos alimentos 71

    Frutas 79 Sem medo de copos e talheres 83 Conversando mesa 84 Volte sempre 86 Quando a anfitri voc 88

    Compras 89 Louas e talheres 90 O senhor cardpio 91 A bebida certa, no copo certo 94 Decorao e montagem da mesa 99 Servio francesa 99 Servio americana ebuf 107

  • II - PESSOAL

    VOC E A ETIQUETA 109 Atitude 110 Postura 111

    O corpo, esse desconhecido 111 E as mos? 113 Ao sentar-se 114 Olhos nos olhos 115 Distncia 116

    Visual 117 Vesturio e acessrios 117

    Para homens 118 Para mulheres 119

    Bijuterias e jias 120 Chapus, lenos echarpes e meias 121 Cabelos 123 Perfume e maquiagem 124 Roupa X Idade 125 Sapato e bolsa 126

    NO TRABALHO 129 Aparncia 129 Relacionamento profissional 134

    Para chefes 135 Para as secretrias 136 Assdio sexual 138

    Emprego novo 139 Lidando com o pblico 140

    Aparncia 141

  • Conversas 141 Cortesia e bom humor 142 Suborno 142 Ao telefone 143

    Pedindo uma ligao 143 Durante o expediente 143

    VIAGENS 145 Marinheira de primeira viagem 146

    Escolha das roupas 146 Arrumando as malas 147 Fora do Brasil 148 Transportes 149 No avio 149 No trem 152 No nibus 153 No navio 155

    Hospedagem 156 Turismo ecolgico 159 Excurses 160 Camping 161 Gorjetas 162 Encomendas 163

    LIGAES PESSOAIS 165 Amizade 165

    Amigos at debaixo d'gua 166 Negcios parte 168

    Amor e sexo 169 Ser que vale tudo? 169 O primeiro encontro 170 Um novo amor 171

  • Namoro no carro 172 Paixo em pblico 172 Conhecendo a famlia 173 Cime 174 Na intimidade 175 Conversas com o namorado ou parceiro 175 A camisinha 176 Sem comentrios 176 Quem paga o motel 177 O dia seguinte 177 Casamento e convivncia 179 Separao 180

    CRIANAS 183 Dez mandamentos bsicos mesa 185

    EM LUGARES PBLICOS 187 Ruas e caladas 188

    Atravessando a rua 188 Portas 189 Pacotes e embrulhos 190 Guarda-chuva 191 Gritos e conversas 192 Lixo 192

    Na escada 192 No elevador 193 Na fila 194 Nas compras 196

  • Cinema, teatro, concerto e show 197 No cabeleireiro 199 No restaurante 200 Na igreja 202 Na praia ou no clube 202 No telefone pblico 203 Nos transportes 204

    nibus e metr 204 Txi 205

    No trnsito 207

    VISITAS 209 A doentes 209 A recm-nascidos 210 Psames 210 Missas, velrios e enterros 211

    HSPEDES 213 Para hspedes 213 Para quem hospeda 216

    DICAS GERAIS 218 Flores 218 Assistindo TV 219 Presentes 220 Fumar 221 Espirrar e tossir 222 Bocejar e espreguiar-se 222 Celebridades 223

  • li T I Q U li T A

    Apresentaes

    As situaes so as mais variadas: uma festa formal, uma reunio em casa de amigos, um coquetel na empresa, um encontro em um bar. Sempre aparecem aquelas dvidas sobre quem apresenta quem, quem deve ser apresentado pri-meiro, como apresentar. Dependendo da hora, do local, da idade das pessoas, possvel apresentar informalmente, dizendo apenas o primeiro nome de cada um e pronto. Mas, se para falar de regras, vamos li

  • A ordem respeito A palavra-chave precedncia, que nos diz

    quem vem antes de quem. Com algumas regras simples, resolvemos esse impasse sem sofrimento: Os mais jovens so apresentados aos mais velhos. 0 o homem apresentado mulher. a mulher solteira apresentada mulher casada.

    Conhecer essas trs regrinhas bsicas j facili-ta bastante a vida social. Entretanto, a etiqueta tra-dicional acrescenta mais algumas, entre as quais aquela que diz que as pessoas menos importantes so apresentadas s de maior destaque, o que pode parecer meio confuso, pois quem apresenta precisa saber muito da vida dos apresentados e escolher aquele que ela julga menos importante para apresentar primeiro. Por exemplo, um minis-tro deve ser apresentado a um presidente da rep-blica e nunca o contrrio. No cotidiano, no entan-to, isso muito antiptico. Alm do que, se h um ministro de Estado e um ministro do Supremo Tribunal Federal, quem tem a precedncia? A, hora de usar o bom senso, que, alis, a sua fer-ramenta mais preciosa em qualquer situao.

    m Hora e lugar Nas ocasies mais formais, as pessoas devem

    ser apresentadas com nome e sobrenome. claro que voc no faria isso na rua, no clube ou na praia. Tome apenas cuidado para nunca apresentar ningum como "meu marido", "minha mulher", "meu chefe", etc. As pessoas tm nomes e prefe-12

  • rem ser chamadas por eles. Tambm no se deve apresentar a mulher com o nome do marido. Por exemplo: a jovem Natlia Sanchez casada com Maurcio Antunes. O correto apresentar assim: "Esta a senhora Natlia Sanchez Antunes", e nunca "Esta a senhora Maurcio Antunes". Essa forma de apresentao era muito usada antiga-mente, mas hoje em dia inadmissvel! Afinal, onde fica a individualidade da dona Natlia?

    Quando voc for apresentar duas pessoas, lembre-se de dizer alguma coisa sobre um amigo comum, um hobby, um projeto. Jamais sobre uma namorada ou um ex-marido.

    Se voc pretende dar uma festa, lembre-se de quem so sempre os anfitries que fazem as apre-sentaes. A eles cabe ser claros a respeito de que esto apresentando. Aos convidados, cabe prestar ateno para depois no precisar fazer aquela desagradvel pergunta: "Como mesmo o seu nome?" Se voc est recebendo convidados em sua casa, acrescente informaes que possam ser inte-ressantes para os apresentados, aspectos que pro-piciem o incio de alguma conversa. Isso facilita a integrao entre as pessoas. Cuidado, no entanto, para no passar o currculo inteiro de cada um ou para cair no famoso ex. Ningum ex nada, nem de ningum. Se voc deseja mencionar a ocupao do apresentado, informe-se sobre a atual. Se deseja informar sobre o estado civil, evite dizer que fulana a ex de sicrano. deselegante e sempre um risco de constrangimentos desnecessrios.

    No Brasil, no se usam mais as expresses "Muito prazer", "Igualmente", "Da mesma forma". Hoje diz-se "Como vai?" ou "Tudo bem?" Em situa-es em que no haja precedncias rigorosas ou

  • i; riQu i; r A

    hierarquia, o jeito mais fcil de apresentar duas pessoas identificar uma outra, pronunciando seus nomes claramente.

    Se num casal, um dos dois mais famoso do que o outro, no cometa a indelicadeza de apre-sentar ou s dar ateno ao famoso. Se um dos seus convidados, para a reuniozinha informal, chegar depois dos outros festa, leve o recm-chegado at as rodas de pessoas e apresente-o, falando seu nome e acrescentando alguma infor-mao curta sobre ele. No necessrio apresen-tar uma por uma das pessoas. Basta dizer seus nomes rapidamente, fazendo um gesto em sua direo.

    Se voc uma pessoa tmida, muito difcil a auto-apresentao. E nenhuma delas se esquece do quanto sofria nos primeiros dias de aula, quando tinha que falar de si mesma para a classe inteira? Pois . Mas a auto-apresentao s vezes neces-14

    Auto-apresentaao

  • sria. Poi" exemplo, voc vai passar mais de doze horas viajando ao lado de algum que quer puxar assunto e, por incrvel que parea, tem uma con-versa gostosa (se for um chato, fuja, finja dormir ou que no ouve bem. No mea esforos para viajar em paz!). Naturalmente, chega um momento da conversa em que preciso se apresentar, dizer seu nome pelo menos. Pois faa isso tambm deste modo: o mais naturalmente possvel, como se a auto-apresentao fizesse parte da conversa.

    Se algum apresentado a outra pessoa que tem certeza de que j conhece, e ela no o est reconhecendo, nada de dizer aquela frase horrvel "Voc no se lembra de mim?" Para reavivar a memria do esquecidinho, o correto ir direto ao assunto: "Voc se lembra de mim? Sou a fulana de tal, a gente se conheceu em Braslia, em tal oca-sio assim, assim..." Se, ao contrrio, acontecer com voc de no se lembrar, escolha a franqueza. Diga logo que no boa fisionomista, que est cansada, etc.

    Cumprimentos um eterno dilema. Devo levantar-me? Fico

    sentada? Um aperto de mo ou um beijo? Cumprimentar algum que no conhecemos sim-ples, s vezes problemtico, mas sempre importan-te. Quando se cumprimenta algum, estabelece-se o contato fsico, que, por mais formal que seja, sempre muito expressivo.

    O ideal que seu cumprimento seja caloroso. Nada mais desagradvel do que aquelas pessoas que nos cumprimentam como se no estivssemos

    15

  • ;ili, ou como se nos fizessem um grande favor ao nos estender a mo. Sem falar daqueles apertos de mos frouxas, que no transmitem nada, ou daqueles que s faltam nos quebrar os dedos! O meio termo sempre mais aconselhvel. sempre bom mostrar s pessoas como voc se sente bem ao lado delas. Elas certamente vo adorar. Claro que voc no precisa sair por a dando os famosos tapinhas nas costas ou trocando abraos afetuosos com quem voc mal conhece. Um sorriso sincero e palavras agradveis, um olhar mais direto e um pouco de ateno, um firme aperto de mo, so muito eficazes e podem cativar facilmente a simpa-tia das pessoas.

    Se houver intimidade para um abrao, v em frente. Cuidado apenas para no enganchar os cabelos nos brincos, ou vice-versa. Se voc chegar a um bar ou restaurante, a uma festa informal ou a uma discoteca e encontrar um grupo j instalado, pode muito bem no se dar "ao trabalho" de bei-jar, abraar ou dar a mo a uma por uma das pes-soas. Basta um "oi" geral, e tudo bem. Tambm no proibido cumprimentar a cada um, principal-mente se so pessoas que voc quer muito bem, ou, por exemplo, um pessoal que voc est reen-contrando depois de algum tempo. mais prtico. A escolha sempre sua e basta que voc faa sua entrada com simpatia e bom humor.

    Tratar uma pessoa mais velha por "voc", prin-cipalmente se ela no sua amiga ntima, consi-derado pecado pela etiqueta tradicional. Mas, con-trariando todas as regras, pode ser uma atitude bem recebida, pois as pessoas se sentem bem, mais novas. Tal liberdade desaparece quando a situao formal. 16

  • Quem cumprimenta primeiro

    Numa relao entre duas pessoas em que haja a chamada hierarquia, aquela que considerada menos importante sempre quem toma a iniciati-va de cumprimentar primeiro, embora caiba ao mais importante estender a mo antes do outro. Entretanto, essas regras no valem para todas as situaes. No dia-a-dia, as pessoas cumprimentam-se mais informalmente. Quem v o outro primeiro na rua, por exemplo, acena, faz um movimento com a cabea para cumprimentar, ou se aproxima, se quiser bater um papinho rpido.

    Vizinhos cumprimentam-se sem se conhece-rem, tanto no elevador ou nas dependncias do prdio, quanto na rua. No importa quem fala ou

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  • faz o gesto primeiro. O importante responder com simpatia e educao a um cumprimento de vizinho, e tomar a iniciativa de cumpriment-lo, se voc se encontrar casualmente com ele.

    De qualquer modo, h regras. A vo algumas: Se um homem e uma senhora se encontram, ele a cumprimenta primeiro. O homem cumprimenta uma senhora acompa-nhada, e no ela a ele. Num relacionamento mais informal, na rua, por exemplo, cumprimenta quem v o outro primeiro.

    O aperto de mo Apertar a mo de um conhecido um gesto

    que demonstra a satisfao que se sente ao encon-tr-lo. Por isso to desagradvel aquela sensao de mo mole, sem vontade. E se a pessoa lhe d somente as pontas dos dedos? Das duas, uma: ou ela est insegura ao cumprimentar, ou est fazendo pouco caso da outra. um detalhe muito impor-tante. Cumprimente com firmeza, e com o vigor na medida certa, mostrando outra pessoa a alegria que voc est sentindo ao rev-la ou encontr-la pela primeira vez. Mas no aperte a mo do outro

  • com muita fora, voc pode machuc-lo! Tambm no nada recomendvel sacudir as mos repeti-das vezes. A nfase tem que ser muito bem dosa-da, alis, em qualquer situao.

    muito chato cumprimentar algum que man-tm a outra mo no bolso, pode parecer que no est fazendo a mnima questo do aperto de mo. Por isso, evite proceder assim. D ao outro a idia de satisfao em estar com ele, mesmo que o encontro dure apenas uns breves minutos.

    Quem tem a iniciativa de apertar a mo sem-pre a mulher. O homem deve esperar pela deixa e, se ela no se manifestar, ele pode apenas acenar com a cabea. Em ocasies em que haja um chefe de Estado ou um dignitrio da Igreja, a iniciativa do aperto de mo pode ser deles, mesmo quando a cumprimentada for mulher.

    Uma pessoa mais jovem espera que a mais velha estenda-lhe a mo. Contudo, jamais se deve recusar uma mo estendida, ainda que se esteja infringindo alguma regra de etiqueta.

    O famoso aperto de mo acompanhado de um tapinha nas costas um hbito brasileiro masculi-no de gosto duvidoso, mas que, de to comum, deixou de ser falta de educao por aqui. Tome cuidado apenas para no fazer isso fora do pas, caso viaje para o exterior. E controle a fora de seus tapinhas. Ao cumprimentar mulheres, no combina dar-lhes tapinhas nas costas. Pense nisso.

    Dispensa-se o aperto de mo quando, como j foi explicado, se chega a uma roda j formada, em bares, restaurantes ou situaes informais. Basta um cumprimento geral. A menos que haja algum que voc no conhea na roda, e que outra pessoa os apresente.

  • Quando levantar-se

    Esse item especialmente importante para o homem! Reza a etiqueta que ele se levante sempre que algum chegar ou quando for cumprimentar outra pessoa. A exceo fica para as ocasies em que, por absoluta falta de praticidade, ele deva permanecer sentado ou fazer apenas a meno de se levantar. Em restaurantes, bares e discotecas, por exemplo, ele est liberado do gesto. Basta ape-nas que diga "desculpe-me, no d para levantar". A pessoa que acabou de chegar certamente vai compreender por que no possvel que ele se levante para cumpriment-la.

    Salvo nos casos de absoluta impossibilidade, um homem sempre se levanta para ser apresenta-do a uma mulher ou a um homem mais veiho. J a mulher no se levanta nunca. Nem em apresenta-es, nem em cumprimentos. S para uma anci, para um bispo ou cardeal, ou para uma alta autori-dade, a menos que se esteja em uma boate. Mas, muito pouco provvel que um dia voc encontre justamente essas pessoas em uma boate! 20

  • Quando beijar Temos a mania dos beijos no Brasil. Trs para

    casar, quatro para no morar com a sogra, etc. Na hora dos encontros sociais, no entanto, no bem assim. mais seguro ser econmico com os beiji-nhos. Beije apenas as pessoas com as quais voc j tenha alguma intimidade.

    O beijo no rosto a forma mais carinhosa de cumprimentar algum. Em famlia ou entre amigos prximos bastante comum. O nmero de beiji-nhos muda conforme o lugar. No Brasil, h costu-mes diferentes em cada regio, e at mesmo em cada cidade de um mesmo estado. Por exemplo, na capital paulistana, o costume de dar um nico beijo, j em algumas cidades do interior de So Paulo, os "trs para casar" so mais usuais. No Rio cie Janeiro, reinam os dois beijinhos. Estes ltimos, que eram um privilgio feminino, j so trocados entre mulheres e homens. No Nordeste, muito comum um pai dar um "cheiro" na mulher e nos filhos. o correspondente nordestino do beijinho afetuoso.

    De todo modo, os bei-jos so mais comuns entre jovens, mas podem no ser muito bem aceitos entre pes-soas mais formais, que tendem a preferir o aper-to de mo. Por isso, bom reservar nossos beijinhos afetuosos para aqueles que j conhece-mos, evitando beijar pes-

  • soas que estamos vendo pela primeira vez. Especialmente em ocasies que exigem algum pro-tocolo. Voc j se imaginou beijando o prefeito de sua cidade em uma recepo oficial? No mnimo vo perguntar se voc parente do "Beijoqueiro"! Por outro lado, impensvel cumprimentar aquele velho amigo sem estalar dois beijinhos em suas faces. tudo uma questo de ocasio e de pessoa.

    O beijo social muito mais um leve roar de faces, em que o beijo propriamente dito no toca as faces de um e outro. Por isso, inclusive, nunca d beijos molhados no rosto das pessoas. muito desagradvel.

    Bi Beija-mo Beijar a mo de quem se cumprimenta um

    gesto cada vez mais raro. Ainda assim, no perdeu seu charme. No h mulher que resista a um beijo na mo dado na hora certa... e da maneira certa!

  • A que est o problema: pouca gente conhece os segredos dessa arte.

    O beija-mo social, na verdade, no tem nada de beijo. apenas a sugesto de um beijo, em que os lbios devem encostar levemente a mo beija-da. No mximo. Nada de estalos. A mo da mulher deve ser trazida delicadamente aos lbios de quem beija, tudo com muita elegncia, porque, afinal, um pouco de romantismo no faz mal a ningum!

    Em ocasies muito informais, beijar a mo fica totalmente fora de contexto. A menos que uma rai-nha ou princesa seja a dona da mo. S que... voc v alguma possibilidade de encontrar com a Princesa Di no clube ou no supermercado?

    O beija-mo exclusivo para as mulheres casa-das. Na dvida, um caminho beijar a mo apenas de senhoras de uma certa idade. mais seguro. Existem mulheres, no entanto, que sempre mere-cem ter suas mos beijadas, pelo menos o que diz a etiqueta:

    A anfitri de uma festa A sogra Membros da realeza ou da nobreza

    A anfitri s recebe o beijo quando o convida-do chega ou est indo embora. Como cumprimen-to, na entrada, e como agradecimento, na sada.

    Tem-se o costume de beijar o anel de bispos, cardeais ou do Papa, mas nada obriga uma pessoa que no seja catlica a faz-lo.

    Beijar a mo um ritual de cumprimento que envolve duas pessoas. O homem tem que saber fazer, e a mulher tem que saber receber. Portanto, no um gesto para se desperdiar.

  • [: 'i' i q u i! T a

    Formas de tratamento

    As seguintes formas de tratamento so as mais comuns:

    Vossa Excelncia Usada no Brasil para Presidentes da Repblica,

    ministros, governadores, senadores, deputados, as mais altas patentes militares e autoridades do Clero.

    Vossa Senhoria Usada para dirigir-se a civis e particulares em

    geral, num tratamento mais cerimonioso.

    Senhor/Senhora Adapta-se a todas as autoridades, quando no

    se tem certeza de sua posio. usada para pes-soas mais idosas ou com aquelas com quem no se tem intimidade. 24

  • Vossa Magnificncia Para reitores cie Universidades. Essa forma

    pode ser substituda por Vossa Excelncia,

    Vossa Eminncia/Vossa Em. Reverendssima Para cardeais.

    Vossa Excelncia Reverendssima Para arcebispos e bispos.

    Vossa Reverendssima/Vossa Senhoria Reve-rendssima Para monsenhores e superiores religiosos.

    Vossa Reverncia Para sacerdotes, clrigos e religiosos.

    Voc Reservado para pessoas com quem se tenha

    um relacionamento mais informal, mais prximo.

    Com algumas excees, essas formas de trata-mento esto muito mais nos livros do que no coti-diano das pessoas. Servem apenas como informa-o. Principalmente se voc um dia quiser mandar uma correspondncia para uma alta autoridade governamental ou eclesistica. No mais, nas con-versas, informais ou no, fique s com senhor/senhora, no mximo com Vossa Senhoria e Vossa Excelncia, se for necessrio. Nada de muita rigidez na maneira de tratar as pessoas.

    No relacionamento social, o tratamento , antes de tudo, uma questo de tato e observao. Mais uma vez, entra em cena o velho bom senso. preciso saber o momento exato de deixar a ceri-

    25

  • innia e o protocolo de lado, ou, ao contrrio, de passar a us-los. Fique alerta, e use sua sensibilida-de. Algumas dicas ajudam muito: Os idosos merecem um tratamento cerimonio-so. No entanto, quando uma senhora disser que prefere ser tratada pelo primeiro nome e por voc, no lhe tire esse direito e respeite a vontade dela. Na vida profissional, sempre mais recomen-dvel dirigir-se s pessoas com alguma cerimnia. Contudo, se o seu superior hierrquico a autoriza ou solicita que voc passe a trat-lo de "voc", no insista em manter o tratamento mais formal. Observe que entre ele e voc existem o compa-nheirismo e a intimidade que o convvio dirio propicia. No force uma intimidade que no existe: de mau gosto tratar personalidades importantes pelo primeiro nome, por mais que faam parte do seu cotidiano, por meio dos jornais e da TV. claro que, se a figura pblica for seu amigo ou amiga pessoal, a coisa muda. Em todo caso, s a trate com intimidade quando vocs estiverem num ambiente propcio, nunca em pblico. Preste ateno para que seus filhos no usem os irritantes "tio" ou "tia" para dirigir-se a pessoas mais velhas. Eles devem us-los, no mximo, com seus professores, nos primeiros anos escolares, com os tios de verdade, ou com pessoas muito prximas, com quem tenham um relacionamento bastante afetuoso. Muitas pessoas no se sentem nada bem com esse tratamento ntimo. Alm disso, alguns no gostam de se sentir to mais velhos! Se voc acabou de entrar para um novo grupo, observe como as pessoas se tratam entre si e faa o mesmo. 26

  • Conversao

    Voc j foi a uma festa em que s uma pessoa falava o tempo todo? Ou ento havia aquela mulher que adorava contar vantagens sobre sua ltima viagem, sobre sua estreita amizade com a artista fulano de tal, ou ainda sobre o vestido de grife que ela acabara de comprar? Pois . Pode at ser divertido, de vez em quando. Mas, em geral, uma chatice! Entrar muda e sair calada, com aquela cara de enterro, tambm muito desagradvel para as outras pessoas, a menos que voc realmente esteja num enterro. Saber conver-sar uma arte.

    No apenas o assunto que importa. preci-so saber quando se deve falar o qu, com quem, de que maneira, em que tom de voz, com que linguagem. Num mundo em que a comunicao vem ocupando cada vez mais espao na vida das pessoas, fundamental desenvolver a habilidade de se comunicar bem.

  • Para incio de conversa Nem sempre fcil iniciar uma conversa com

    algum que se acabou de conhecer. Alis, em geral, muito difcil arranjar um assunto de inte-resse comum. A menos que se esteja numa festa e a anfitri tenha tido o cuidado de apresentar voc e a outra pessoa, acrescentando algumas informaes sobre ambos. Se isso no tiver acon-tecido, o jeito comear o papo falando do tempo, do ambiente, do motivo da reunio, da elegncia da anfitri. O importante falar apenas o suficiente para conduzir uma conversa agrad-vel, nada de falar sem parar, especialmente sobre si mesma!

    No se esquea de estar sempre olhando para o outro, mostrando seu interesse. muito comum demonstrar ateno com os movimentos da cabea, concordando, aprovando, e com expresses do rosto. A simpatia a arma mais eficaz em qualquer tipo de contato social. Use-a.

    Tom de voz O tom de voz muito importante numa con-

    versa. Ele to ou mais expressivo do que as prprias palavras que estamos usando. Conforme a altura de sua voz e a entonao que voc d s frases, a pessoa, ou pessoas, que esto ouvindo seu papo podem ter as mais diferentes impres-ses a seu respeito. O qu voc est dizendo to importante quanto como voc est dizendo. Por exemplo, imagine-se falando a seguinte frase 28

  • a uma amiga: "Meu marido foi embora de casa". Se voc

    pronunciar essa frase num tom de voz alto, com uma

    0 9 I entonao ani-/ mada, ela certa-

    ' mente pensar \ que a atitude de seu mari-P do (quase ex) causou-lhe

    r\J profundo alvio indo embora! Mas se, ao contr-

    rio, voc usar um tom de voz meio sussurrado, como se a voz mal pudesse sair, e uma entonao chorosa, sua amiga saber quan-to pesar voc est sentindo por ter sido abandona-da. Trgico, no? O exemplo extremo, mas ilus-tra bem a importncia do tom de voz e da entona-o nas conversas.

    Dependendo de como fala, uma pessoa pode demonstrar raiva, carinho, desprezo, tristeza, comoo, etc. Usar a voz de maneira adequada, alm de ser fundamental, muito til em determi-nadas situaes. Se, por exemplo, voc quiser dis-pensar aquele famoso chato de planto, que no se cansa de convid-la para um programinha em que voc no est nem um pouco interessada, use o tom de voz mais frio de sua coleo. Voc no estar sendo deseducada com ele, e ele vai perce-ber que est sendo inconveniente. Pelo menos, espera-se que sim!

    Nada de falar sussurando com as pessoas. Voc pode faz-las sentir muito sono. Mas tambm no precisa gritar... Descubra um tom em que sua voz soe clara e natural.

  • L; t I Q u ET A

    Gestos Se voc descendente de italianos, certa-

    mente j ouviu algum da famlia dizer que os italianos "falam com as mos". O gesto , sem dvida, um recurso dos mais antigos e teis na comunicao. s vezes, possvel fazer-se enten-der somente por meio de gestos. Entretanto, a gesticulao excessiva considerada deselegante, da mesma maneira que ficar imvel diante da pessoa que est conversando com voc horr-vel! Pode demonstrar descaso, indiferena, des-prezo, apatia. Se voc tem tendncia a gesticular demais, procure conter-se, sem muita represso, claro. Se, ao contrrio, do tipo esttua, esfor-ce-se para fazer alguns gestos que indiquem que voc est atenta ao papo do outro.

  • Uma das coisas mais desagradveis conver-sar com aquelas pessoas que, de cinco em cinco minutos, do uma batidinha nas costas do outro, seguram seu brao, ou a cutucam com o dedo indicador. Tambm bastante desagradvel con-versar com pessoas que ficam o tempo todo mexendo nos cabelos, nos prprios ou nos da outra pessoa. Nada mais irritante e deselegante. Ainda h aquelas pessoas que franzem a testa, pis-cam os olhos, prestam ateno em tudo o que acontece sua volta, menos em voc. Uma con-versa, principalmente a dois, deve ser realizada o lempo todo com um olhando nos olhos do outro, concentrado no que est sendo dito. Ou seja, no precisa grudar no outro, segur-lo. Basta mostrar seu interesse pelo assunto, e no dar muita aten-o ao movimento do restaurante, por exemplo.

    Entusiasmo moderado Cuidado para no fazer gestos muito genero-

    sos. Na empolgao de uma narrativa fascinante, voc pode derrubar a bandeja do garom, ou dar um tapa involuntrio, mas estalado, em um desa-visado que vinha passando do seu lado, justo no momento em que voc estava, por exemplo, ten-tando demonstrar o tamanho do peixe que seu marido trouxe da ltima pescaria no Araguaia. Os gestos so aliados importantes, mas no substi-tuem as palavras.

    Apontar as pessoas pecado para a etiqueta. Em qualquer situao. Mesmo que a pessoa apon-tada esteja numa roda em que voc o respons-vel pelas apresentaes. Apenas faa um gesto suave na direo da pessoa cujo nome voc est dizendo. Funciona e bem mais educado.

  • Modo de falar Ser natural uma das condies para ser um

    bom conversador. Uma linguagem clara e fcil j mais de meio caminho andado para que haja entendimento. Nada de muito rebuscamento. Se as pessoas que esto conversando tm nvel de ins-truo e informao diferente, cabe ao mais bem informado fazer-se entender pelos outros, j que ele tem mais recursos para isso. preciso respeitar a vivncia e as condies de cada uma das pes-soas com quem se est conversando.

    Nada de ficar fazendo muitas citaes em outro idioma. D sempre preferncia sua prpria lngua. A menos que haja algum de outro pas na roda. Nesse caso, se houver algum intrprete no grupo e se a reunio foi idia sua, bom convi-dar um preciso integrar o estrangeiro, tradu-zindo as palavras cujo significado ele eventual-mente desconhea.

    Para o momento certo Jamais corrija um erro de gramtica (e quem

    no os comete de vez em quando?) que voc percebe em uma conversa! Mesmo que se sinta ten-tada a isso. Se for um amigo muito ntimo o autor da faanha gramatical, deixe passar. Depois, em particular, voc pode, com muito tato, preveni-lo sobre o erro, para que ele no erre mais. Abusar das construes eruditas, das palavras difceis e das frases enfeitadas extremamente pedante. Uma conversa no um teste para a Academia Brasileira de Letras. Simplicidade e clareza, eis a receita.

    Grias demais devem ser evitadas, e os palavres so definivamente proibidos!

  • Saber ouvir x falar demais

    / BL |

    Essas so duas coisas que decididamente no combinam! Para que voc seja uma boa compa-nhia, fundamental que saiba ouvir. Portanto, d uma chance para que a outra pessoa fale. Troque idias com ela. Como j foi dito antes, demonstrar interesse pelo que o outro est dizendo tambm fundamental. Ser um bom ouvinte qualidade indispensvel, to importante quanto saber falar. Afinal, uma conversao uma via de mo-dupla.

    As narrativas longas, em primeira pessoa (eu isso, eu aquilo, meu filho aquilo outro), costumam ser enfadonhas e, em geral, demonstram a necessi-dade que o falastro tem de exibir-se, o que, na melhor das hipteses, significa uma grande insegu-rana. A menos que se esteja contando um caso muito interessante, cheio de passagens pitorescas, como faziam nossas avs antigamente, recomen-dvel no monopolizar a conversa, abrindo espao para que todos na roda possam manifestar-se.

  • interrupes

    Conversas muito interrompidas so comuns em coquetis e outras reunies sociais desse tipo. Sempre que voc for interrompida no meio do papo, pea licena ao seu interlocutor (ouvinte), d ateno a quem requisitou, depois retorne ao assunto, fazendo um resumo do que j foi dito, se necessrio. Se a pessoa que a interrompeu deseja integrar-se ao grupo, conte a ela sobre o que se falava, para que ela possa participar da conversa.

    Se voc deseja interromper a conversa de outras pessoas, tenha o cuidado de faz-lo com sutileza, sempre pedindo licena. Chegar de repen-te a uma roda e querer saber de uma vez o que se falava deselegante. Mostra ansiedade e insegu-rana. Seja discreta, porm interessada.

    Assuntos Certamente voc j foi a alguma reunio em

    que as mulheres ficaram de um lado, conversando "coisas de mulher" e os homens do outro, falando de assuntos "proibidos", como outras mulheres, carros, futebol, negcios. Chato, no? O ideal 34

  • juntar homens e mulheres na mesma roda, para os temas das conversas sejam mais ricos e diversifica-dos. Se voc for a anfitri, estimule a mistura de mulheres e homens no mesmo ambiente. Mas, se a tendncia das pessoas for o agrupamento por sexo, idade, afinidades profissionais, no force uma situao artificial. Fazer com que as pessoas se sintam bem a prioridade de toda a anfitri.

    Manter-se bem informado, por intermdio da leitura diria de um jornal ou a leitura constante de boas revistas, por exemplo, o primeiro passo para ser capaz de iniciar e manter uma boa con-versa. Mas no basta. Corre-se sempre o risco de se julgar o mais informado, o mais capaz de dar opinio, o dono da verdade. Resista a essa tenta-o, e saiba acatar a posio alheia e respeitar outros pontos de vista. A modstia uma qualida-de das grandes personalidades.

    Reserve as gracinhas dos seus filhos para as rodas onde s haja mes. Elas certamente tero maior interesse, e compreenso, pela mais nova peripcia do seu beb. Assim, elas tambm ficaro vontade para contar as aventuras de seus pr-prios pimpolhos, a que voc deve prestar muita ateno, para, se possvel, dar boas risadas.

  • Mesmo que o Chico (Buarque de Holanda), ou o casal Edson-Cludia (Celulari-Raia) sejam seus amigos ntimos, no jogue os nomes deles na roda. No nada conveniente ficar tentando mostrar s pessoas presentes que voc sabe tudo, absoluta-mente tudo, sobre a vida de celebridades. Se voc tem realmente acesso intimidade dessas pessoas, deve, no mnimo, estar altura da confiana que elas lhe depositam. Mesmo que se divirtam com a sua infidelidade, as pessoas certamente ficaro atentas para este trao de sua personalidade.

    Se encontrar um velho amigo num grupo, resista a inaugurar uma sesso reminiscncias, do tipo: "Voc se lembra de fulano?" "Nunca mais vi beltrano...". As outras pessoas do grupo podem sentir-se isoladas, por fora do papo. Alm disso saudosismo sempre pode dar em depresso. A menos, claro, que voc esteja num reencontro de tempos passados (turma da escola, vizinhana da infncia, etc.). A ser natural, esperado e gostoso repassar os ltimos anos (at dcadas).

    Se voc anda em excelente fase, procure no alardear isso por a. Pode haver pessoas no ambiente que esto passando por dificuldades. Por exemplo, no fale de seu maravilhoso namorado com quem est sem nenhum. Ou de seu novo emprego, um achado, com quem est desemprega-do. indelicado, e pode provocar uma invejazi-nha, que sempre bom evitar.

    Assuntos de negcios so para reunies de negcios. Evite-os. Temas polmicos como reli-gio, poltica, gosto pessoal so complicados, porque podem gerar discusses acirradas. Se voc H'Milvei radicalizar suas opinies, pode cair num I'll' l.i lni< rminvel, absolutamente dispensvel 1fi

  • num encontro social. Cuidado com o excesso de franqueza, voc pode ferir as pessoas, como acon-tece naquelas antolgicas situaes em que a sua amiga diz: "Nossa, mas como voc engordou!". Se voc no gosta de ouvir esse tipo de observao infeliz de ningum, jamais a faa.

    Se voc no domina o assunto que est sendo debatido em determinada roda, oua com ateno, faa perguntas. Pode ser uma boa maneira de apren-der coisas novas. Evite opinar categoricamente sobre temas com os quais voc no est familiarizada.

    Fuja do tema experincias pessoais. Guarde suas confidncias para os amigos. Procure um assunto mais universal, que propicie a participao de todos na conversa.

    Falar com muita naturalidade de doenas, pro-blemas pessoais e intimidades no aconselhvel. E se voc deseja uma consulta com um mdico ou com um advogado presentes, procure-os em seus locais de trabalho. Nada de contar sobre aquela doena que a persegue desde a infncia, ou de pedir orientao para aquela ao na Justia. No mximo, pea um carto do profissional e diga que vai marcar uma hora.

  • Quanto s piadas, v devagar. Contar piadas certas, na hora certa, de modo que todos riam, uma arte. Uma arte de profissionais. Em geral, numa reunio, a segunda piada j fica chata. A menos que o motivo do encontro seja uma noite de piadas.

    Evite sempre falar da vida alheia! Fofoca um problema. No faa fofoca de pessoas ausentes, nem alimente a falao de alguma comadre que est contando barbaridades de outra. O ideal ignorar. Mesmo que voc oua o que se disse, finja que no ouviu. No ponha mais lenha na fogueira. A maledicncia um pecado social imperdovel! Em qualquer situao. Se voc est passando momentos difceis com aquela pessoa inescrupulo-sa, escolha sua amiga mais ntima para falar mal de quem a est prejudicando. Jamais faa isso numa roda de pessoas que voc mal conhece.

    No conte estrias interminveis, e, principal-mente, cuidado para no repeti-las para as mesmas pessoas da festa passada. muito chato!

    Cultive sempre a virtude da discrio e contro-le sua curiosidade. Ningum confia em pessoas indiscretas e excessivamente curiosas.

    Gafes Todo mundo j cometeu uma, um dia na vida. Dependendo do grau de descontrao do

    ambiente, a gafe pode at se transformar num momento de cumplicidade e bom humor. No caso da conversao, uma gafe ficar narrando, por exemplo, com riqueza de detalhes, uma cirurgia complicada e dolorosa por que voc passou recen-38

  • temente. Um dos presentes pode ter passado por experincia semelhante, o que certamente lhe traz recordaes desagradveis. Assim, no h bom humor que d jeito.

    Depois de ocorrida a gafe, j no se pode fazer mais nada a respeito. melhor no insistir demais nas desculpas, mudar de assunto, e tentar esquecer o que passou. Ficar falando cla gafe todo o tempo no desfaz o que est feito, faz todos se lembra-rem dela, e s piora as coisas.

    Evite falar fora de hora, alto demais princi-palmente se o ambiente est silencioso. Mas tam-bm no fale de menos. Muitas vezes as pessoas esto loucas para escutar ao menos o som da sua voz. Cuide para no ficar trazendo tona fatos desagradveis, que todos querem esquecer; mas fique atenta tambm, para no se esquecer de coi-sas de que todos querem se lembrar.

    AO TELEFONE

  • O telefone talvez o meio de comunicao mais prtico e necessrio na vida moderna. Hoje, impensvel viver numa grande cidade sem um telefone, ou pelo menos um orelho por perto.

    Na maior parte das situaes, muito til ter um telefone: em caso de doena, quando a mulher trabalha fora e deixa as crianas com outras pes-soas. Isso sem falar do telefone na vida profissio-nal. Quem mora numa cidade como So Paulo, Rio de Janeiro ou Braslia, por exemplo, fica literal-mente isolado se no tiver telefone. Agora h tam-bm a secretria eletrnica, o fax, o celular. A tec-nologia em telecomunicaes no pra de avanar.

    O telefone realmente uma inveno maravi-lhosa. E um grande amigo nas horas de solido. Mas preciso saber us-lo.

    Quando ligar Para que seu telefonema seja sempre

    bem-vindo, fundamental prestar aten-o aos horrios. D preferncia ao

    perodo entre as dez horas da manh e as dez horas da noite. Acordar algum

    com o telefone desa-gradvel, a menos que seja por absoluta necessidade, como

    nos casos de no-tcias urgentes. Mesmo que a

    pessoa para quem voc ligou seja

  • [: T l q u li t a

    um madrugador, mais prudente dar a ele tempo para que organize a agenda do dia. claro que os telefonemas comerciais, se no houver outro jeito, podem ser feitos logo cedo. Ainda assim, melhor esperar para depois das dez da manh, quando as coisas comeam a ficar mais claras para a maioria das pessoas.

    Depois das dez da noite, s ligue se o assun-to for importante e urgente, ou se houver muita intimidade entre voc e quem est do outro lado da linha: um parente, um amigo chegado. Evite os horrios das refeies, todo mundo gosta de comer em paz. Se voc precisar ligar para o mdico, no entanto, reflita sobre a urgncia do caso e, se julgar indispensvel interromper o almoo dele, no hesite. A sade em primeiro lugar. Se ele no puder atend-la prontamente, deixe recado para que retorne a ligao assim que possvel.

    No Brasil, recomenda-se o respeito aos hor-rios dos telejornais e das telenovelas. Se no der para ligar em outra hora, pergunte logo se a pes-soa est assistindo TV.

    No engate numa longa conversa sem antes ter o cuidado de certificar-se de que a pessoa chamada dispe de tempo para ouvi-la. Caso contrrio, voc corre o risco de no dar a devida ateno sua conversa, e de irritar a outra pes-soa. Se perceber que ela est impaciente, ansiosa para desligar, desculpe-se pela hora inoportuna e ligue mais tarde.

    Quando for fazer uma ligao internacional, faa o clculo do fuso horrio antes de comear a discar. J imaginou se voc esquece que, quan-do de tarde aqui, madrugada no Japo?

  • Como falar Falar com voz clara e

    natural, pronunciando bem as palavras a melhor maneira de se fazer entender. Se voc estiver comendo aqueles deliciosos biscoitinhos do lan-che, termine primeiro, depois telefone. Falar de boca cheia, muito desagrad-vel em qualquer situao para quem a ouve. Pelo telefone pode, inclusive, prejudicar o entendimento, alm de haver uma grande possibilidade de sujar o aparelho!

    Fuja do famoso "Quem deseja?" Quem deseja o qu? "Quem gostaria?" tambm abominvel! "Quem ?" muito indelicado. Se voc atender a uma ligao para outra pessoa, pergunte simples-mente "Quem quer falar?" e pronto.

    Jamais pergunte primeiro quem est falando, para depois inventar aquela velha desculpa esfar-rapada: "Ele est em reunio", no caso de um colega de trabalho; ou "No momento ela no pode atender". Somente pergunte quem depois de ter dado as informaes sobre a pessoa procu-rada. A, s anotar o recado, se houver. Pior ainda fazer um interrogatrio quando a ligao para voc mesma, e, s depois de ter todas as perguntas respondidas, voc se identificar, com aquela velha frase: " ela mesma." Nada mais deselegante. Disfarar a voz para pensarem que voc no voc, alm de um tanto ridculo, infantil. Nem pense em fazer isso! Enfrente a situa-o e resolva a questo cle maneira adulta. 42

  • Deixar e pegar recados Depois da inveno da secretria eletrnica,

    muita coisa mudou no mundo dos recados. Entretanto, nem sempre h uma dessas mquinas de planto, portanto, muito importante informar que a pessoa procurada no est, com segurana e convico. Se voc no tiver jogo de cintura, pode causar a impresso de que a pessoa chamada no est ausente para todos. Se ela estiver no banheiro ou dormindo, no precisa dizer isso a quem cha-mou. Basta informar que a pessoa no pode aten-der no momento, e pegar o recado, anot-lo corre-tamente, e entreg-lo ao interessado o mais rpido possvel.

    Se foi voc quem ligou e uma secretria eletr-nica atendeu, relaxe. Mquinas no mordem. Deixe seu recado com o mximo de clareza e objetividade, sem gaguejar e demorar muito. No fique muda, mas tambm no transforme a secret-ria em sua amiga ntima. Quem lhe garante que a pessoa que voc estava procurando ser a primeira a ouvir os recados?

    Caso no haja a secretria eletrnica, deixe seu recado, da forma mais clara possvel, com a pessoa que atender. Transmitir recados corretamente no exatamente o forte da maioria dos seres humanos.

    Se voc tem uma secretria eletrnica em casa, grave nela uma mensagem clara, curta e direta. Mensagens com fundo musical interminvel ou textos enormes podem at ser engraadas, mas tomam muito o tempo de quem est ligando.

    Quando for ouvir os recados, procure faz-lo em particular, a menos que no se importe em divulgar os telefonemas que recebeu no dia. Evite

    43

  • passar longos minutos, no meio de muitas pessoas - especialmente em horrio de refeies ou de

    bons programas de TV escutando tudo o que a secretria gravou durante o dia. E preste ateno no volume das gravaes!

    Quem pede uma ligao deve estar a postos para falar assim que esta completada. Se o chefe pede secretria (no eletrnica, claro) para fazer uma ligao para algum, deve estar dispon-vel para falar imediatamente. Nada mais indelicado do que fazer a pessoa chamada esperar na linha por muito tempo. Se isso acontecer, quem chamou deve explicar-se e desculpar-se.

    E lembre-se...

    A vo alguns toques complementares, para orient-la sobre a maneira mais correta de usar o telefone no seu dia-a-dia:

    No se deixa um telefonema sem resposta. Contudo, se voc ligar repetidas vezes e no con-seguir falar, deixar alguns recados e a pessoa no retornar, relaxe e desobrigue-se de tentar nova-mente. A menos, claro, que seja do seu interesse digamos, completar essa conversa...

    Cabe a quem ligou a iniciativa de se despedir, de desligar. Entretanto, se a pessoa que recebeu a chamada precisar desligar por um motivo impor-tante, deve explicar-se, pedir desculpas e compro-meter- se a ligar mais tarde. Se o interlocutor for

  • uma pessoa idosa ou um superior hierrquico, ele quem termina a conversao.

    Se voc atender o telefone quando estiver com pressa ou saindo, explique logo a situao a quem chamou. Caso a pessoa insista, pea licen-a, comprometendo-se a chamar mais tarde. Mas importante cumprir o que prometeu.

    Evite usar o telefone na casa de outras pessoas. Se for imprescindvel faz-lo, pea licena e seja o mais breve possvel, mesmo que a pessoa seja da famlia ou um amigo prximo. Se a ligao for interurbana, avise de antemo, pea autorizao, e s depois use o telefone. Fale rpido e, depois de desligar, prontifique-se a arcar com o custo da liga-o e combine imediatamente como ir faz-lo: imediatamente, quando a conta chegar, etc..

    Se voc est visitando algum que recebe um telefonema e resolve bater o maior papo, no fique ouvindo a conversa do seu anfitrio. Disfarce, passeie pelo ambiente, leia uma revista. Quando ele desligar, no cometa a indiscrio de comentar o telefonema, a menos que o dono da casa tome a iniciativa de faz-lo. Mesmo assim no diga nada que denuncie que voc prestou a mais leve ateno na conversa.

    Se voc est com visitas em casa e recebe uma ligao, pea licena a elas para atender o telefone. No prolongue a conversa e, se for pos-svel, pegue a extenso. Explique a quem ligou que voc est com visitas e combine uma outra

  • liora para vocs se falarem. Se for, urgente, resol-va a questo o mais rapidamente possvel.

    Voc pode usar o telefone para agradecer a um convite que lhe foi feito ou para convidar pessoas para ocasies no formais. Se algum liga para convid-la, no fique batendo papo, porque pro-vavelmente a pessoa tem pelo menos algumas dezenas de telefonemas a fazer, e no pode ficar conversando com cada um dos convidados.

    Sem dvida, engano uma chateao! Mas isso no significa que voc tenha de se irritar com quem ligou. Seja delicada e d as informa-es necessrias para que a pessoa saiba que se enganou. No bata simplesmente o telefone. Cortesia no faz mal a ningum.

    Esquea que existem as palavras "bem", "fofinha", "amor", "xuxu", "querida", "linda". Ela devem ser definitivamente banidas de seu voca-bulrio telefnico, e, de preferncia, de todo o seu vocabulrio! Ao contrrio do que se possa pensar, so expresses antipticas e de extremo mau gosto.

    O telefone pode seu usado para transmitir um recado, marcar um encontro, agradecer a um con-vite, convidar pessoas, receber e dar notcias. No faa visitas pelo telefone. Use, mas no abuse, principalmente se estiver falando num aparelho que usado por muitas pessoas, ou num telefone pblico, com uma enorme fila atrs de voc. Procure ser breve.

  • O CELULAR

    Parece que no se pode mais viver sem ele! O que ser que o mundo fez antes da inveno do celular? Aquele minsculo aparelho, que vai para l e para c com o dono, de preferncia, dependu-rado na cintura dele, ou em algum outro lugar muito visvel.

    Necessidade ou exibicionismo? Depende. H pessoas cujas profisses pedem o uso de algum aparelho eletrnico que possa localiz-los a qual-quer hora e em qualquer lugar, como os mdicos ou os profissionais que trabalham muito na rua, por exemplo. Algum problema com o velho bip? De qualquer maneira, a utilidade da telefonia mvel inegvel e a tendncia que ela substitua aos poucos a telefonia convencional. Por isso, no se pode ignor-la. Mas fundamental saber usar o celular sem dar a idia de que voc importante

  • demais porque possui um. Telefone celular signifi-ca avano tecnolgico e no status. Certamente voc j foi vtima do celular que tocou bem no meio daquele show, ou na cena mais palpitante do filme de ao que voc estava adorando. Nada mais descabido! Por isso, no leve o celular para passear no cinema ou no teatro, nem que queira que ele seja seu acompanhante a todos os restau-rantes. Mais uma vez, use seu bom senso.

    J que se falou do bip, no se pode esquecer seu irmo mais novo, o pager, muito usado atual-mente por executivos e por pessoas que no tm telefone em casa. claro que os recados no pager devem ser sempre muito breves, j que as mensa-gens longas tomam muito o tempo de quem as est recebendo. Alm disso, no passe uma men-sagem se ela no for urgente ou muito importante. No bata papo com seu amigo atravs do aparelhi-nho. Essa no a funo dele. As pessoas que usam bip ou pager devem tomar basicamente os mesmos cuidados daqueles que usam o celular. Senso de oportunidade, eis a chave de tudo.

  • !: t i q u i; r a +

    As trs mximas da correspondncia so:

    l Toda carta recebida merece resposta. 2- Carta recebida no se mostra a ningum. 3a No se abre correspondncia alheia

    Est certo que so cada vez mais raras as pes-soas que escrevem cartas hoje em dia. Afinal, esta-mos no final do sculo XX, e os avanos tecnol-gicos ocupam todos os espaos da comunicao entre as pessoas. Mas as cartas ainda no perde-ram o seu charme. Receber uma carta ou um car-to postal de um amigo , sem dvida, um prazer incomparvel. Mesmo depois da inveno do fax.

  • Quando se deve escrever H situaes em que nada substitui uma carta

    manuscrita. As boas maneiras exigem que se recor-ra correspondncia em alguns casos: para se responder a qualquer carta; para enviar cartes de Natal. Respond-los obrigatrio; para comunicar nascimentos; para agradecer presentes de casamento.

    Na correria em que se vive atualmente, nem sempre possvel responder adequadamente por carta. Muitas vezes o tempo curto. Sendo assim, d pelo menos um telefonema para quem escre-veu, agradecendo pela carta ou carto. o mnimo que se espera de uma pessoa bem educada.

    No d para negar que as cartas manuscritas tm um charme todo especial. Antigamente, no se admitia outra forma de escrever uma carta que no fosse de prprio punho. Entretanto, se a sua cali-grafia for um horror, um monte de garranchos que exijam muito esforo do destinatrio para decifr-50

    AS CARTAS

  • los, no hesite em datilografar ou imprimir suas missivas. Se, por isso, voc fizer essa sensata opo, as saudaes e as despedidas devem ser feitas a mo, assim como a sua assinatura. Isso s vale para as cartas mais informais, endereadas a amigos ou conhecidos. As cartas comerciais devem ser sempre feitas a mquina ou impressas.

    Os papis de carta esto cada vez mais criati-vos, mas servem mais para as adolescentes cole-cionarem do que propriamente para serem usados. Nada substitui o tradicional papel branco ou creme, liso. Existe a opo de o papel de carta tra-zer o timbre do remetente na primeira pgina. A cor do timbre pode ser preta, marrom ou azul. Ouro e prata so muito ostensivos e pouco elegan-tes. No caso das cartas comerciais, os papis de carta cheios de desenhos multicores so absoluta-mente proibidos!

    As cartas sociais e comerciais tm uma estrutu-ra parecida, com algumas pequenas diferenas. Compare os dois modelos:

    Social Sa "Paufo

    'MtevtituM SW do*. ~JnM

  • So Paulo... .

    A.G.F. - Ferramentas Com. e Ind. Rua Caets, 2229. Uberlndia - MG

    Ref.: Pedido 120A

    Prezados Senhores,

    Com referncia ao pedido citado, pedimos a gentileza de consi-der-lo sem efeito, pois no precisamos mais do referido material.

    Sem mais para o momento,

    Atenciosamente,

    T40MI".V ^tta. Dcpto. de Compras

    Repare que as duas possuem cinco elementos bsicos: cabealho, com local e data, na parte superior da folha de papel; saudaes de abertura; corpo do texto, com o assunto em questo; despedidas; assinatura.

    O que difere a linguagem, o assunto, a forma de tratamento, que, alis, deve ser a mesma do comeo ao fim da carta. Nas despedidas, no v mandar um grande beijo para o empresrio a quem est apresentando um projeto, ou um abrao frio a um velho amigo. Use o bom senso. E lem-bre-se: mesmo com o advento do fax, preciso saber fazer uma boa carta para enviar atravs do aparelho. Ou seja, escrever bem til e imprescin-dvel em qualquer situao. 52

  • Algumas dicas gerais sobre as cartas so sem-pre muito teis. Vamos l:

    Nunca abra ou leia uma carta na frente de outra pessoa. Se voc receber um telegrama, pode faz-lo, j que, em geral, esse tipo de cor-respondncia indica urgncia. Se voc errar alguma palavra ao escrever uma carta ou carto, no rasure. Comece tudo de novo. Tome muito cuidado ao escrever os nomes das pessoas. Muitas vezes, a simples troca de uma letra pode ofender o destinatrio. Uma carta para algum com quem no se tem intimidade deve ser assinada com nome e sobrenome. O cabealho, os pargrafos e a finalizao de sua carta devem estar alinhados em bloco, esquerda do papel. No necessrio manter o alinhamento da margem direita, no caso das car-tas datilografadas. Ao iniciar uma carta comercial, suprima o nome do destinatrio da primeira pgina. mais que suficiente escrev-lo no envelope. Ao finalizar uma carta comercial, utilize ape-nas as saudaes mais simples e elegantes, como atenciosamente, cordialmente, seguidas da assi-natura. Se um amigo seu morre, mande um telegra-ma para a famlia, mesmo que voc no conhea ningum. Se voc for usar um portador para levar sua carta, deixe o envelope aberto. Isso demonstra confiana na pessoa que lhe est fazendo esse favor. Mas, se voc o portador, lacre a carta assim que receb-la, na frente do remetente.

  • OS CARTES-POSTAIS

    Todo mundo gosta de receber um carto-postal colorido de um amigo em frias, mas h quem ache os cartes cafonas e indiscretos, por serem enviados abertos. Mesmo assim, muito delicado da parte de seu amigo lembrar-se de dividir com voc os momentos inesquecveis que est vivendo nun paraso, escrevendo-lhe algumas linhas num carto-postal.

    Quanto escolha dos postais propriamente ditos, leve em considerao que as fotografias diur-nas mostram melhor os lugares que voc est visi-tando, ao contrrio dos que reproduzem fotos noturnas e acabam sempre muito parecidos entre si.

    TELEGRAMA

    O telegrama um tipo espe-cial de correspondncia. Devido ao seu carter de urgncia,

    pode, inclusive ser aberto por outras pessoas que no o destinatrio. Mas espe-cialmente indicado para algumas ocasies, como as

    seguintes: Aniversrios de pessoas com

    as quais no se tem muita intimidade. Casamentos de pessoas com as quais no temos contato. Psames. Apesar de no ser o ideal, uma forma correta de manifestao. 54

  • Quando se tem urgncia em estabelecer comu-nicao com algum que est distante e que no possui telefone ou outro meio de contato.

    CARTES DE VISITA

    O velho carto de visita, ao contrrio do que muitos pensam, um instrumento til para a vida cotidiana. No dispensvel ou antiquado, mas prtico e elegante. Por isso, vale a pena fazer um pequeno investimento para ter um carto pessoal impresso. claro que voc no vai sair por a dis-tribuindo cartes indiscriminadamente. H cartes para os mais diversos tipos de situaes.

  • Um carto para cada ocasio

    Nada menos apropriado do que aquele amigo que nos encontra e vai logo nos entregando seu carto de visita profissional. Risca seu cargo na empresa, anota seu telefone de casa e acaba por entregar seus principais dados desnecessariamente, o que, em alguns casos, constitui um verdadeiro mapa do tesouro. Se o seu amigo tivesse no bolso um carto pessoal, bastaria que atualizasse os dados, se fosse preciso.

    Considera-se de muito bom gosto, ao enviar flores, anexar a elas seu carto pessoal. Isso livra o seu homenageado de ter que decifrar sua assinatu-ra naqueles sofrveis cartezinhos de floricultura.

    Voc pode responder a um convite mais for-mal, enviando um carto pessoal com a sua res-posta. Pode tambm us-lo para acompanhar pre-sentes de casamento. correto e elegante.

    No caso de precisar externar seus psames, o carto pessoal mais afetivo do que um simples telegrama.

    comum tambm usar-se o carto pessoal para comunicar mudanas de endereo. Existe, inclusive, um carto especial para isso. Entretanto, por uma questo de praticidade e economia, pode-se usar o carto pessoal, acrescentando-se "comu-nica a mudana de seu endereo para a rua tal, nmero tal, etc."

    Numa situao profissional, voc pode anunciar-se com seu carto comercial, especialmente se seu nome e sobrenome so difceis de pronunciar. Isso evita constrangimentos para quem vai anunciar sua presena, como uma recepcionista ou secretria. 56

  • Importante: cartes comerciais so para encon-tros profissionais, cartes pessoais, para ocasies sociais. No misture os dois. Se voc s possui o carto profissional, use-o exclusivamente em situa-es de trabalho. Quando estiver numa festa, por exemplo, no entregue seu carto comercial a nin-gum. prefervel trocar endereos e telefones com as pessoas, anotando nas respectivas agendas.

    Como us-los

    Ao escrever cartes, especialmente.para convi-dar, sempre use a terceira pessoa, a menos que se esteja dirigindo a amigos ntimos. Exemplo: Joana da Silva convida para... Pode parecer formal, mas o mais usual. Nos casos em que se est enviando o carto para acompanhar um presente, escreva no verso, na terceira pessoa do singular ou do plu-ral, conforme o nmero de pessoas que est enviando.

  • Quando se quer quebrar a formalidade, pode-se enviar um carto pessoal em que se risca o sobrenome com um trao diagonal, de maneira que ele ainda fique visvel. A assinatura no obrigatria, mas sempre bem-vinda.

    No se usam coroas, brases e ttulos no car-to. Ainda mais no Brasil. muito esnobismo! Exceo feita aos membros da famlia real brasilei-ra. E somente a eles.

    Jamais mande um carto de visita com texto datilografado. Os cartes tm que ser sempre manuscritos.

    A escolha do cartao importante saber escolher seu carto. O

    papel segue a mesma regra do papel de carta: sobriedade. O mais apropriado para os cartes pessoais o opaline branco (no mximo, perola-do). As letras devem ser impressas em preto, grafi-te ou azul-marinho. Embora muitas pessoas gos-

  • tem de letras em relevo ou brilhantes, evite-as. A impresso mais cara e d a idia de ostentao.

    Para os homens, o carto deve trazer, alm do nome e sobrenome, o endereo e o telefone no canto inferior esquerdo. No caso das mulhe-res, nome e sobrenome bastam. Assim, as mulhe-res podem escolher a quem dar o endereo e o telefone.

    O carto duplo tambm pode ser utilizado nas mesmas situaes em que o carto comum o , mas especialmente til quando se deseja deixar uma mensagem um pouco mais longa, ou uma mensagem de psames. chique, e tem a vanta-gem de poder ser enviado pelo correio, que no costuma aceitar envelopes pequenos.

    O carto do casal tambm cabe em diversas situaes. Principalmente naquelas em que o casal toma atitudes em conjunto, como no caso de fes-tas, jantares, condolncias. Esse tipo de carto deve trazer o nome e o sobrenome dos dois. A posio dos nomes j gerou muita controvrsia, e costuma ser diferente conforme o pas. A se consi-derar a precedncia, o nome da mulher deveria vir antes, mas esse procedimento no unnime. Em todo caso, a etiqueta tradicional ensina que se deve colocar o nome do homem primeiro. Outra controvrsia diz respeito ao nome propriamente dito. A velha etiqueta tradicional manda que o nome da mulher seja impresso com o nome do marido, acrescido de Sra. Por exemplo: "Sra. Carlos Silva", mas esse tratamento ignora a identidade da mulher, e, portanto, deve ser evitado.

    Os nomes e sobrenomes podem ser impressos numa nica linha ou em duas linhas, um acima do outro, como no modelo a seguir:

  • Maria Rita de Oliveira

    Renato de Oliveira

    Tipos e formatos O formato do carto de visita tem as seguintes

    variaes: Carto pessoal feminino: 5 cm x 9 cm

    S deve trazer gravados o nome e o sobreno-me da mulher.

    Maria Eugnia Lopes

  • Carto masculino: 5cm x 9cm

    Leandro de Lucena

    Rua Olivais, 45. Fone: 990-9087

    Deve ter o nome e sobrenome do homem, e pode ainda trazer, j impressos, o endereo e o telefone. Algumas pessoas acham mais elegante o dono do carto acrescentar endereo e telefone, mo, quando desejar.

    Ceclia Vale Prates

    Marcos Augusto Prates

    Carto para casal: 8 cm x 10 cm

    Pode ser duplo ou simples. Se for duplo, os nomes vm impressos na primeira folha.

  • [ : t i Q u : T A

    CARTO PROFISSIONAL

    O carto profissional muito til e importante. quase impossvel imaginar, hoje em dia, um pro-fissional que no tenha seu carto, especialmente os profissionais liberais. O ideal ter os dois: pes-soal e profissional. O formato do carto profissio-nal semelhante ao do carto pessoal, com a dife-rena de que traz mais informaes: nome, sobre-nome, cargo ou funo, endereo completo, tele-fone, fax. comum receber cartes comerciais com uma programao visual mais ousada, o que no costuma ocorrer com cartes pessoais. Observe o modelo:

    Carlos Maciel de Almeida Consultor Jurdico

    R. Tamoios, 3027 - Pinheiros - So Paulo - SP Fone/Fax: (OU) 897-9576

  • Troca de cartes

    A troca de cartes deve acon-tecer naturalmente, conforme a

    ocasio e as pessoas. importante lembrar, no entanto, que o melhor momento para isso o final do encontro, quando as

    pessoas j esto nas despe-didas. No se deve jamais

    dobrar o canto esquerdo do carto! Fazia-se isso antigamente, quando se ia casa de um doen-te que no pudesse receber visi-

    tas, para que ele soubesse que o visitante havia estado l. Atualmente, um costume descabido e deselegante. A dobrinha perdeu o significado.

    Uma mulher jamais deve trocar carto pessoal com um homem. Se ele estiver interessada nele, e ele lhe pedir seu telefone, mais charmoso e ele-gante ditar para que o homem o escreva em sua agenda. Um homem pode entregar seu car-to pessoal a outro homem de um casal, ou um carto de casal para a esposa. Caso ele seja solteiro, deve entregar seu carto somente ao homem do casal.

    Nas situaes profissio-nais, as pessoas trocam cartes independentemen-te de sexo.

  • E T I Q U i: I A

    A mesa

    Desde criana, voc deve ter ouvido, "no faa isso, no faa aquilo, mastigue de boca fechada, olha o cotovelo na mesa, menina!". Todos passam por isso um dia na vida. O comportamento na hora das refeies parece ser mesmo o grande bicho-papo da etiqueta. Ainda mais nas ocasies formais, naquelas mesas repletas de talheres de todos os tipos! No h quem no entre em pnico com tantas regras tiranas. E se voc a anfitri? O qu servir? Como servir? Toalha de linho ou de algodo? Vinho branco ou vinho tinto?

    Ao contrrio do que se pensa, esse um assunto que no tem tantos mistrios, apenas algu-mas pequenas dificuldades fceis de contornar. Basta ter interesse para aprender.

  • Como comportar-se mesa

    Em primeiro lugar, devemos relaxar e nos con-vencer de que a mesa no deve ser encarada como uma provao, uma espcie de teste da nossa edu-cao social, mas como uma oportunidade de des-frutar momentos agradveis, para todos que deles esto compartilhando. E que para usufruir desses momentos plenamente, necessrio apenas que o ato de comer seja harmonioso, civilizado e, sobretu-do, natural, pois, como em todas as reas da con-vivncia social, nosso mestre o bom senso. Naturalmente, preciso, tambm, conhecer algumas regras bsicas, que, se formos analisar, existem ape-nas para resguardar o espao e o conforto de todos mesa, como mostramos seguir. Ao conhec-las, voc ver como fcil transformar-se numa convida-da exemplar e numa anfitri invejada.

    Nos dois casos, lembre-se de que o treino e o aprendizado comeam na copa e na cozinha de nossa prpria casa. Ningum pode comportar-se bem mesa se no estiver razoavelmente habituado. 66

  • Maneira de sentar-se Num jantar formal, os convida-

    dos devem sentar-se somente aps a dona da casa tomar seu lugar.

    Quando for sentar-se, faa-o naturalmente, puxando a

    cadeira, segurando-a firmemen-te, e sentando-se

    nico movimen-to. Depois que voc j esti-

    ver sentada, permanea em posio ereta, com as

    costas coladas ao encosto da cadeira. Jamais cruze as pernas e esteja sempre aten-ta, mas vontade. Balanar-

    se na cadeira um hbito horrvel. Evite-o.

    Mos e braos

    No apie os cotovelos na mesa, a no ser quando no estiver comendo, e mesmo assim, um de cada vez, se o ambiente for de certa descontra-o. No segure o queixo com as mos. Em jantares

    67

  • 1'ormais, apenas os punhos podem apoiar-se na mesa. Os cotovelos, nunca.

    Os braos devem permanecer junto ao corpo, naturalmente, para que no incomodemos nossos vizinhos de mesa. Ao cortar um fil, por exemplo, cuidado para no abrir demais os braos. Voc pode esbarrar repetidas vezes em quem est do seu lado. Ateno tambm quando for enrolar o espaguete ou tomar uma colherada de sopa.

    Quando uma das mos estiver ocupada com um talher, a mo livre deve permanecer apoiada na mesa, jamais sobre a perna, no colo, ou escon-dida debaixo da mesa.

    Cuidado com os gestos! No gesticule demais, especialmente se estiver segurando um talher. Nesse caso, no aconselhvel gesticular de jeito nenhum!

    Preste ateno para no ficar apontando pes-soas. Isso horrvel, em qualquer situao.

    No tamborile na mesa com os dedos. Se voc estiver impaciente com alguma coisa, no precisa demonstrar a todos. mesa, aparente tranqilida-de e se sente muito vontade.

    Modo de comer O modo como uma pessoa come diz muita

    coisa a respeito de sua personalidade e de sua educao. , na verdade, a pedra de toque da eti-quela mesa. Nada demais. Apenas delicadeza, somada a algumas regras gerais e um pouco do bom e velho bom senso, o amigo de todas as horas. Tudo isso junto, bem dosado, e voc estar pronta para enfrentar qualquer jantar de cerimnia

    68

  • e para freqentar os restaurantes mais requintados. Preste ateno:

    No encha demais o garfo ou a colher. No encha demais a boca. No mastigue de boca aberta. NUNCA fale de boca cheia.

    Esses so os quatro mandamentos bsicos. Em princpio, pode parecer assustador conviver com tantos nos. Mas tudo muito bvio. E necessrio.

    H mais: No voe no prato como se no comesse h semanas. Por mais que voc adore comer e esteja morrendo de fome, v devagar. Assim voc pode saborear a comida. No encha o garfo de comida com a ajuda da faca. Coloque pequenas pores de cada vez no garfo. No faa aquele barulho horrvel ao tomar sopa, caf, ch ou qualquer outro lquido quente. Jamais coma com a faca, ou a leve boca. Alm de muito feio, esse um gesto perigoso. No coma ou engula com pressa, como se essa fosse a ltima coisa que voc far na vida No coma fazendo muito barulho. Essa uma falha imperdovel! No brinque com o guardanapo, com o copo, com os talheres ou com a toalha. Controle sua ansiedade. Evite comer com as mos. A menos que o tipo de alimento o exija. Se o seu garfo caiu no cho, no se abaixe para apanh-lo. Chame o garom e pea outro. Se for num jantar informal, avise a pessoa que est

  • servindo a mesa ou, em, ltimo caso, comunique discretamente dona da casa. Se voc quase engoliu acidentalmente um caroo de azeitona ou uma espinha de peixe, rela-xe, tire da boca discretamente, com a ajuda do garfo. Se sentir que vai sufocar, no hesite em gri-tar por socorro. Antes de beber durante a refeio, passe leve-mente o guardanapo nos lbios e depois mate sua sede. Devagar, em pequenos goles. Nada de palitos! Finja que eles no existem. Se estiver muito incomodada com algum resduo nos dentes, pea licena quando julgar oportuno e v ao banheiro para usar aquele delicioso fio dental. Escondida de todos, lgico. Ao terminar, posicione os talheres paralelamen-te no prato. Nem pense em cruz-los! Nunca empurre o prato depois que terminar de comer. horrvel. Ao terminar, no dobre o guardanapo, apenas deixe-o displicentemente em cima da mesa. Assim, a pessoa que for recolh-lo saber que foi utilizado. Aprenda a enrolar macarro (como espaguete, por exemplo) no garfo para com-lo. Se tiver dvi-das, observe quem sabe. Treinar em casa uma providncia sbia. Quando for se servir de alguma bebida (vinho, gua, suco) ou comer um pedao de po, descan-se os talheres. No deixe a colher dentro da xcara de ch ou caf, ou da vasilha de sorvete ou outra sobremesa. Cuidado para no deixar seu dedinho teimoso levantar quando estiver segurando uma xcara ou

    '|"' < 'le-o, se for preciso. 'o

  • No beba muito. Comedimento uma qualida-de indispensvel.

    Ufa! So regras demais. Mas todas absoluta-mente pertinentes e bem fceis de aprender. Sem dramas.

    Como comer certos alimentos

    De repente voc est mesa, num jantar for-mal, e servem lagosta, aspargos ou escargots. O que fazer? Calma, controle o pnico, e sempre, sempre, observe. Muitas vezes os utenslios espec-ficos no esto na mesa, como a pina do escargot ou o garfinho de ostra, por exemplo. Nesse caso, a etiqueta recomenda que se coma com as mos, o que pede o uso da lavanda, que, numa ocasio dessas, no pode faltar.

    De qualquer maneira, h algumas regras para lidar com pratos complicados. Os mais corriquei-ros so:

    Aspargos Quando frescos, so servidos ao molho de

    manteiga e comidos com a mo. Pega-se o aspar-go pela extremidade mais rija e come-se a parte

  • lenia, deixando num canto do prato a regio fibro-sa, Existem pinas especficas para comer aspar-gos, mas raro encontr-las num servio.

    Alcachofras So servidas quentes com

    molho ou frias ao vinagrete. Comem-se com a mo e com os talheres. S se come a parte mais

    mole, mais macia. Com os dedos, retire as folhas, uma a uma, mergu-lhando a extremidade mais tenra

    no molho. A parte descartvel fica no canto do prato. Quando voc estiver prxima ao centro da alcachofra, repare que as folhas vo ficando meno-res. Retire-as delicadamente com o garfo, de maneira a deixar exposta a parte mais gostosa, que o corao, que se deve saborear com a ajuda de garfo e faca.

    Alface No se corta a folha. Usa-se a

    faca para ajudar a dobrar a folha sobre o garfo. Algumas pessoas preferem servir as folhas j cor-

    tadas, ou rasgadas, para evitar desconforto.

    Azeitonas Numa mesa de classe, elas so servidas sem

    caroo. Existe um aparelho especfico para fazer a remoo dos caroos. Em todo caso, se no houve esse- cuidado por parte da anfitri, coma a azeitona c, ao dispensar o caroo, faa-o na sua mo em concha, junto da boca. Coloque o caroo no canto do prato.

  • Batatas As batatas chips podem se comidas com as

    mos. Batatas cozidas, fritas, saut e coradas, devem ser comidas com garfo.

    Caranguejo Com os dedos, remova

    as patinhas e sugue, o mais s i lenciosamente possvel, a carne. Se houver um garfinho de ostras, use-o para retirar a carne debaixo da casca. Coloque um pouco de molho e leve o pedao boca usando o mesmo talher. O restante da carne deve ser retirado com as mos e colocado no prato, onde dividido em pores, para que se coma usando os dedos e o garfinho. Complicado, no? O caranguejo um crustceo delicioso, mas aconselhvel deix-lo para as ocasies informalssimas como nas reu-nies de beira de praia, acompanhado de cerveji-nhas e um bom papo.

    Casquinha de siri em geral servida em conchas, sobre um

    prato de sobremesa. Firme a casquinha no prato com a mo esquerda e, com o garfo na mo direita, retire a carne e coma aos poucos.

    Couvert Na maior parte das vezes, os restaurantes servem

    tirinhas de cenoura, talos de salso, rabanetes, azei-tonas, picles. Todos devem ser comidos com o aux-lio das mos.

  • Caviar Dever ser servido gelado, num recipiente de

    vidro, sobre um suporte de metal, onde se coloca gelo picado. Come-se caviar sobre a torradinha, como se fosse pat, ou sobre uma pequena pan-queca (blinis). Pode vir acompanhado de ovo cozido e cebola ralada, dispostos em pratinhos.

    Ervilhas Segure o garfo na mo esquerda, com a parte

    cncava para baixo; com a faca, v colocando as ervilhas sobre ele. Se achar mais fcil, prense as ervilhas com a faca de encontro aos dentes do talher, com a parte cncava para cima. O primei-ro sistema considerado melhor.

    Escargot Esse costuma ser o terror das mesas. um

    molusco que vem sendo aos poucos incorporado aos cardpios mais requintados. Pode ser servido como entrada, dentro da prpria concha ou numa concha de porcelana, com formato de caracol. Fixe a concha com a pina apropriada e, com a outra mo, retire o escargot usando um garfinho especial. Se quiser, saboreie o molho que ficou no prato embebendo-o em pedaos de po.

    Fondue Esse prato de origem sua uma deliciosa

    opo para os dias frios. Fondues de queijo, carne e chocolate so seividos numa panela especial, que deve estar todo o tempo sobre um rchaud, espcie ile fogareiro, que mantm a panela sempre quente, r um servio informal, j que todos comem da mesma panela. No fondue de queijo, espeta-se o 74

  • pedao de po, que j deve estar coitado, num garfi-nho de haste longa, e mergulha-se o po no queijo fundido, fumegante. Cada garfinho tem uma cor diferente, para que as pessoas posam saber qual o seu. O po embebido no queijo fundido deve ser levado ao pratinho frente do conviva e comido com dois talheres, j que o garfinho comprido no deve ser levado boca. O mesmo se faz com o fon-due de carne, usando o garfo longo para espetar a carne e deix-la fritando na panela com leo quente. Depois que o seu pedao de carne estiver frito, leve-o at seu prato, envolva-o nos molhos picantes e coma-os usando garfo e faca. Faa assim tambm com os pedaos de frutas no fondue de chocolate, lmbora no seja o ideal, comum encontrar servi-os em que s haja os garfos longos. Nesse caso, use-os tambm para comer.

    Frango No se come com as mos,

    por mais descontrada que seja a mesa. Usa-se garfo e faca. Em ltimo caso, observe como os outros esto comen-do. Se estiverem usan-do as mos para comer coxas e asas, faa o mesmo, tomando o cuidado de usar um guarda-napo de papel para segurar os pedaos que esco-lher. A exceo cabe ao Frango Passarinho, que deve ser comido com o auxlio das mos.

    Lagosta Em mesas formais, ela geralmente no sem-

    eia na casca, quando s pode ser comida com as

  • mos, o garfinho de ostras e lr- u m a e spcie de ali-

    cate ou quebra-" ^ I S ^ t l ^ R 1 1 nozes. Nos bons

    r e s t a u r a n t e s , for-nece-se um babador

    de papel para proteger a roupa e, ao final, traz-se a lavanda. Se voc tiver que enfrentar uma lagosta na casca, pegue-a com a mo esquerda e, com a direita, retire os tentcu-los. Parta a lagosta ao meio, com as mos e desta-que a cauda do corpo, puxando-a com os dedos. Use o mesmo procedimento para as patinhas, ou use o alicate para partir as articulaes. Sugue a carne silenciosamente. Coma a carne do corpo do crustceo, usando o garfinho para auxili-la. Despreze a parte esverdeada.

    Massa Cortar o espaguete uma ofensa a quem o

    preparou. Enrole a massa no garfo, apoiando-o no prato, de maneira que a massa v absorvendo o molho. Pode-se ajudar com a colher, embora no seja o mais indicado. Em algumas mesas italianas tpicas, comum comer-se o talharim com colher, mas isso um tanto complicado.

    Milho Habitualmente, come-se uma espiga de milho

    com a mo, segurando-a nas duas extremidades, entre o polegar e o indicador. Entretanto, so muito mais prticos estiletes de metal ou de plsti-co descartvel, especialmente fabricados para isso. lis ses utenslios so facilmente encontrados no comrcio. 76

  • Mexilhes Quando servidos em suas conchas, so comi-

    dos com um garfinho especial. Pegue a concha com a mo esquerda e, com a faca na mo direita, abra cuidadosamente a concha e retire o mexilho com o garfo.

    Ostras Se servidas fora da concha, as ostras devem ser

    comidas com talher de peixe. Se vm servidas den-tro das conchas, sobre gelo picado, devem ser abertas com a mo, e comidas com a ajuda de um garfinho especial, depois de temperadas com limo. No final, fica um caldinho na concha, que se pode beber diretamente dela.

    Po Esse amigo de todas as

    horas tambm tem l suas regras na mesa. O pozinho de couvert, por exemplo, deve ser sem-pre partido com as mos, aos poucos. Use a faquinha para passar manteiga ou pat. Se sobrou um pouco daquele delicioso molho, pode colocar um pedaci-nho de po no prato, e, fixando-o com o garfo, pass-lo pelo molho. Faa isso sem culpa em algu-mas mesas, mas nunca nas mesas de cerimnia.

    Pat O pat pode apresentar-se de vrias maneiras, inclusive para ser comido com garfo, mas o mais comum, no entanto, que venha numa consistn-

    77

  • ( Ii que permita que se untem os pedaos de po, biscoito ou torrada com ele. Use a faquinha apro-priada, que em geral bem menor que uma faca comum, para espalhar o pat. Preste ateno para no passar uma quantidade muito grande de cada vez. Seja parcimoniosa.

    Queijos So muitos os tipos de quei-

    / / o j o s servidos em bufs. Em geral, o O uma boa mesa de queijos traz as

    Q 0 faquinhas especiais. Corte pedaos 0 . pequenos, e coma-os sobre torradi-

    nhas ou nacos de po, com a mo. Uma tbua de queijos bem servida traz pri-

    meiro os queijos leves e depois os mais temperados.

    R Se for servida como petisco, comida com as

    mos. Na refeio principal, exige o uso de garfo e faca.

    Saladas Procede-se da mesma maneira do que com a

    alface, quando se trata de salada de folhas cruas. No caso de salada de legumes, como cenoura, por exemplo, use somente o garfo, a menos que os legumes estejam cozidos ou venham em peda-os muito grandes. Fique atenta para no cortar uma cenoura que tem vocao para "voar" para fora do prato.

  • FRUTAS

    As frutas constituem captulo parte. Quando frescas, devem estar muitssimo bem lavadas. H muitas maneiras de se comerem as frutas:

    Abacate Em geral, servido sob a forma

    de creme, em taas. Em todo caso, se for apresentado inteiro, necessrio usar o garfo e a faca. Parta a fruta ao meio, com a casca, tire o caroo, coloque acar por cima e coma. Em refeies mais ntimas, fique vontade para usar a colher de sobremesa. Como entrada, a fruta vem em fatias, temperadas com molho vinagrete.

    Abacaxi Deve ser servido descascado, em

    rodelas. Use o garfo e a faca para com-las, e deixe o centro no canto do prato.

    Ameixas As pequenas so comidas com as mos, que as

    seguram pelo o cabinho. As grandes devem ser cortadas em duas partes, usando garfo e faca. No devem ser descascadas mesa. Se, por princpio, voc no aceita frutas com casca, no se sinta obri-gada a contra a vontade. Recuse-as simplesmente.

    Banana O melhor com-la com as mos. As bana-

    nas devem ser servidas inteiras, com casca, para 79

  • que quem vai comer a fruta a descasque. Se quiser usar o garfo e a faca, corte as

    duas extremidades, faa um corte longitudinal e

    descasque a banana com os dois talheres. Corte-a em rode-

    linhas, uma de cada vez, e coma-as com o aux-lio do garfo.

    Caju Quando for muito grande, deve-se cort-lo em

    pedaos, usando garfo e faca para com-lo. Os pequenos comem-se sem a ajuda dos talheres, segurando-o pela castanha. No se descasca o caju. O bagao deve ser devolvido ao prato com a ajuda da mo em concha.

    Caqui Corta-se ao meio com a faca. Come-se a polpa

    usando a colher de sobremesa. As sementes devem ser depositadas na borda do prato, com a ajuda da colher.

    Cerejas Como as ameixas, essas fruti-

    nhas so comidas com as mos, a menos que venham servidas com

    creme. Nesse caso use a colher de sobremesa

    Figo Corte-o em duas ou quatro partes, depois de

    ler aparado as extremidades. Se for partido ao meio, deve ser comido com o auxlio de uma colher de sobremesa. Se a fruta for muito grande, HO

  • parta-a em quartos, segure cada um dos pedaos com o garfo e, com a faca, separe a polpa da casca, e coma com o garfo. Os figos tambm podem vir j descascados e acompanhados por creme chantilly.

    Goiaba Descasque a fruta com a ajuda de garfo e faca;

    em seguida, corte-a em pedaos e coma-os com o garfo.

    Kiwi Deve ser descascado com auxlio de garfo e

    laca. Come-se aos pedaos com o garfo.

    Laranja Em geral, essa fruta e ser-

    vida descascada. Mas, se no vier assim, use o garfo e a faca para descasc-la, da seguinte maneira: corte a parte inferior e a superior da laranja, em seguida, espete o garfo no alto da fruta, fixe-a no prato e v descascando de cima para baixo. Depois, coma os pedaos, medida que forem sendo cortados. O bagao e as sementes devem ser devolvidos ao prato, com a ajuda da mo em concha, discretamente. Deixe o centro no prato.

    Ma Divida a fruta em quartos, usando garfo e faca.

    Em seguida, volte o garfo para baixo, espete um 81

  • dos quartos com a mo esquerda e mantenha-o um pouco acima do

    prato, para que seja mais fcil des-casc-lo. Depois de descascar a fruta, corte em pedaos e coma-os, um a um, conforme for cortando.

    Pode-se tambm com-la como se faz com a laranja.

    Mamo, melo, melancia Devem ser servidos sempre em fatias, com ou

    sem casca. Se vierem com casca, use o garfo e a faca para separar a polpa. Coma com garfo e faca, medida que for cortando os pedaos de cada fatia.

    Manga Anfitris cuidadosas j a oferecem descascada e

    cortada em fatias. Se isso no acontecer, corte dos quatro lados do caroo, firme a fruta no prato e raspe o restante da polpa. Coma com o garfinho de sobremesa.

    Mexerica e tangerina Devem ser comidas com as mos. O correto

    servi-las e, de preferncia, com os gomos j soltos.

    /&yjjcyW^ Os mais grados pedem garfo e colher, para no escorregarem do prato.

    Coma os pequeninos usando as iii.los, somente se eles vierem com os cabinhos. Se os morangos vierem acompanhados de creme, use i i oIIki de sobremesa.

    H 2

  • I! T I Q li [: T A

    Pra Come-se como a ma.

    Pssego Descasque a fruta, usando garfo e faca. Corte

    os pedaos ao redor do caroo, medida que os for comendo.

    Uvas Devem ser destacadas do cacho e levadas

    boca, uma por vez. Faa uma concha com as mos, para ali depositar as sementes. Usa-se o mesmo procedimento para as sementes de ameixas e jaboticabas.

    As frutas em calda devem ser comidas com a colher de sobremesa. Se for preciso cort-las, use o garfo na mo esquerda para espet-las e firm-las, para que no escorreguem. Use a colher tam-bm para cort-las.

    Sem medo de copos e talheres Voc se senta mesa e depara com uma meia

    dzia, ou mais, de talheres, dois pratos e trs copos. O que fazer com tudo isso? As dicas, sem dvida sua maiores aliadas nessa guerra, podem ajud-la a decifrar a funo de cada uma daquelas peas. Alm do prato e do guardanapo, cada lugar na mesa pode ter ainda copos para gua, vinho tinto, vinho branco e champanha. Eles so colocados acima do prato, um pouco direita, e devem ser usados em ordem decrescente, da esquerda para a direita. O pratinho para po fica um pouco acima do prato principal, esquerda.

  • I l um talher para cada tipo de prato. Basta usar um talher de cada vez, sempre de fora para dentro, porque a anfitri ou o servio do restau-rante j deve ter tido o cuidado de coloc-los na seqncia certa. Os talheres de sobremesa so menores e ficam acima do prato principal. Antes e comparecer a um jantar muito requin-tado e formal, procure saber como comer aspar-gos, escargots, lagostas na casca e caviar, mesmo que no tenha certeza de que esses alimentos vo ser servidos. Em todo caso, se durante o jantar perceber que no sabe como prosseguir correta-mente com a refeio manusear algum talher, por exemplo , opte pela soluo mais simples: imite quem sabe, discretamente. H outra alternati-va, claro, assumir naturalmente que voc no tem intimidade com aquele tipo de prato, e pedir ajuda a quem estiver disposto a ensin-la. melhor do que ficar tentando, sofrendo e se arris-cando a se atrapalhar toda.

    Conversando mesa Bater um bom papo no exata-

    mente o objetivo de quem est mesa. A menos que seja um almoo de

    negcios. No entanto, muito importante saber o que con-

    versar mesa. Cuide para nunca fazer aluso a

    assuntos desagradveis, como doen-as, tragdias, etc. O ambiente de uma refeio deve ser leve e descon-

  • trado, isso faz toda a diferena na hora da diges-to. Voc j discutiu durante o jantar? Depois no teve aquela dolorosa sensao de que a comida no desceu? Pois . Tranqilidade fundamental. O alimento sagrado, e deve ser ingerido da melhor maneira possvel.

    Mesmo que voc tenha adorado aquele prato, no pea a receita ou sugira qualquer modificao. Elogie o sabor sem cair no exagero. No h anfitri que no se sinta lisonjeada ao receber elogios sin-ceros e na medida certa. Se voc no estiver gos-tando do que est comendo, fique em silncio, no demonstre seu desagrado e no repita o prato. Se algum lhe perguntar se est gostando, diga que sim, mas recuse uma nova colherada usando uma boa e polida desculpa. Jamais fale na mesa que detestou o prato. Se voc sabe que alguma das pessoas mesa simplesmente odeia o prato que est sendo servido, cale-se para sempre! Nem pense em mencionar isso durante a refeio. A pessoa em questo pode estar fazendo um esforo enorme para vencer as ltimas garfadas, e voc a deixar em situao difcil.

    Se por acaso voc vegetariana, no fale hor-rores sobre a carne. Se sabe que algum dos ali-mentos servidos faz muito mal sade, gjfi^ guarde esse segredo para voc. No pre-cisa divulgar para a mesa inteira, ^LA justamente na hora em que H / ^ t f j todos estiverem iniciando a _ j J refeio. I I

    Assuntos desagradveis e I fr^fi qualquer coisa que faa as pessoas f " ~ ) \ se sentirem mal do estmago esto, | obviamente, banidos da mesa! ' '

  • Cochichar feio em qualquer contexto. No cochiche com seu acompanhante mesa. Tambm no fique conversando com quem est l do outro lado, ignorando as pessoas prximas. Tente inclu-las no papo, olhando para elas de vez em quando. Se voc estiver sentada longe da pessoa com quem est conversando, pea licena e, se for o caso, v sentar-se ao lado dela, de modo que no precise ficar berrando e gesticulando. Trocar de lugar numa mesa de cerimnia est fora de cogitao.

    Observe seu tom de voz, para que ele seja condizente com o ambiente, com a companhia e com o assunto. No berre. Se o ambiente estiver muito barulhento, procure um lugar mais apropria-do para a conversa, depois da refeio.

    Se levou crianas, no fique o tempo todo reprimindo-as, nem lhes ensinando boas maneiras. Voc deveria ter feito isso em casa. Mas tambm no deixe que elas tirem o sossego de quem est comendo calmamente na mesa ao lado. Seja enr-gica, mas sem escndalos. Criana inconveniente um problema. Adulto histrico, outro, talvez pior que o primeiro.

    Volte sempre Se voc deseja ser sempre convidada para fes-

    tas, recepes e reunies informais, observe algu-mas regras bsicas que a tornaro uma compa-nhia agradvel em todas as rodas. Isso funda-mental para garantir sua presena nas listas de convidados:

    No chegue atrasada. 86

  • Preste ateno nos anfitries. Despea-se ao menor sinal de cansao deles. Jamais fale mal de convidados que j se retira-ram ou de qualquer pessoa. No liquide com o estoque de bebidas do anfi-trio. No fique muda e passiva. Seja um convidada participante. S v aos outros cmodos da casa quando for convidada. Dar uma "passadinha" pode parecer indelicado. Se tiver dois ou mais compromissos, escolha um para estar presente e recuse gentilmente os outros convites. No reclame da distncia, do trnsito, da difi-culdade para estacionar. Enfim, de nada que fuja ao controle dos anfitries.

  • QUANDO A ANFITRI VOC

    Chegou a sua hora de receber. Se decidiu orga-nizar um almoo ou um jantar, h certos cuidados que precisa tomar. Desde o cardpio at a monta-gem da mesa, tudo importante.

    Com um mnimo de organizao e planeja