etica e profissionalização do magistério

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ÉTICA E PROFISSIONALIZAÇÃO MAGISTÉRIO Mirele Pires

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Trabalho realizado na Disciplina de Filosofia no Curso de Pedagogia IESB PREVE/BAURU/SP.

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TICA E PROFISSIONALIZAO DO MAGISTRIO

TICA E PROFISSIONALIZAO DO MAGISTRIOMirele PiresConcepes ticas implcitas na formao docenteDiretrizes Curriculares Nacionais para a formao dos professores CNPE/CP n 009/2001 e Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogia CNPE/CP n 1/2006 : ambas requerem uma atuao docente ancorada na base tica profissional (autonomia profissional, intelectual e senso de responsabilidade)

PCN direcionam a prtica educativa, estes ressaltam que a educao escolar uma ponte para a construo da sociedade democrtica e da educao tica.

As diretrizes estatais e os documentos elaborados a partir delas,visam a construo de uma sociedade justa, no entanto jogam esta responsabilidade para o professor. Cdigo de tica para regulamentar a profisso docente, existe?

refernciaIs tericos, Justifica e ratifica o status quoViso fragmentadaDiscurso repetido mecanicamente

Para refletirContradies entre PROFISSO DOCENTE E AS DEMAIS PROFISSES DE CARTER LIBERAL6

PROFISSES DE CARTER LIBERAL

Medicina, arquitetura, direito, odontologia etc..

Bases objetivas e definidas, estruturadas muito mais pela lgica da funcionalidade pragmtica ou utilitarista.

Lucro rpido.Trabalha com a formao humana integral.

O docente atua com seres humanos, para seres humanos e sobre seres humanos (TARDIF, LESSARD, 2005)

No h resultados imediatos e sim a longo prazo.

PROFISSO DOCENTEQuando fazemos comparao entre essas profisses esbarramos nas CONDICIONANTES DA FRAGILIDADE DO MAGISTRIO COMO PROFISSO. (CUNHA, 2000)O GRAU DE AUTONOMIA QUE SE LHE ATRIBUI;BASE EPISTEMOLGICA;SABER ESPECFICO QUE DELIMITE SEU CAMPO DE ATUAO.as leis educacionais so criadas por pessoas que, na maioria dos casos no possuem nenhuma relao com a educao

EDUCAO AO LONGOS DOS ANOS TEM SIDO PENSADA COMO BEM HUMANO OU COMO PRODUTO?

O QUE DIZ A LDB SOBRE A FORMAO DOS PROFESSORES DA EDUCAO BSICA E DO ENSINO SUPERIOR?A LDB 9.394 faz as seguintes afirmaes:

Artigo 65 - A formao docente, exceto para educao superior, incluir prtica de ensino de, no mnimo, trezentas horas.

Artigo 66 A preparao do magistrio superior far-se- em nvel de ps graduao, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado.

ENSINO, PORQUE SEI OU ENSINO, PORQUE SEI ENSINAR?

Os saberes da docncia

O domnio dos contedos especficos garante o sucesso da prtica pedaggica?

PROFISSIONALIZAO x PROFISSIONALIDADE

Professor reflexivo Segundo Contreras (1997) faz uma crtica ao conceito: a de que este fomenta uma atitude individualista que deposita no professor toda a responsabilidade na resoluo dos problemas educacionais.

Conforme Esteve (1992) sugere trs pontos de partida para reflexo sobre as possibilidades de mudana na formao inicial e contnua de professores:

1Reestruturar a formao de professores baseados em critrios de personalidades e no apenas em critrios de qualificao intelectual;2 Substituio da formao normativa por uma formao analtico descritiva;

3Adequao dos contedos realidade prtica de ensino, com nfase na preparao do professor no mbito das relaes humanas e da organizao dinmica do trabalho coletivo.O despreparo do professor para o enfrentamento dos desafios sociais que repercutem na escola atual.Resultado das mudanas scio histricas de um sistema de ensino elitizado, para um sistema de ensino de massa.

Sistema este que no conseguiu dar conta dos problemas sociais que vieram juntos com os novos estudantes, acarretando o professor a um sentimento de insegurana e desencanto, impedindo-o de desenvolver um trabalho de qualidade.

BournoutIngls - to burn out = perder o fogo, perder a energia

Sndrome do esgotamento profissionalTrs fatores que compem a sndrome de bournout:

Exausto emocional,DespersonalizaoBaixa realizao pessoal no trabalho.

Trabalho pedaggico = destaque e de grande importncia preciso fazer algo, como fazer para reverter esse quadro? necessrio oferecer:Melhores condies concretas de trabalho

Criar estratgias que perpassem a formao

Locus de trabalho = Seja seu locus de Vida

A importncia de uma maior valorao na dimenso afetivaEla pode evitar a sndrome de Bournout.

afetividadeFaculdade de expressar afeio;Qualidade de quem afetivo.

29SER Afetivo portanto:Dedicar- se algum;O sujeito capaz de afeioar- se algum;De se responsabilizar- se.

nA FALTA DE AFETIVIDADE PODE OCORRER:Bloqueio da inteligncia e determinados problemas apresentando falha de comportamento.

A afetividade o suporte da inteligncia, da vontade, da atividade, enfim, da personalidade. Nenhuma aprendizagem se realiza sem que ela tome parte;

SEGUNDO WALLON:A afetividade entendida como instrumento de sobrevivncia do ser humano, propulsiona o desenvolvimento cognitivo ao criar vnculos imediatos com o meio social, abstraindo deste o seu universo simblico, culturalmente e elaborado historicamente acumulado pela humanidade.A AFETIVIDADE E INTELIGNCIA PERMITE A CRIANA ATINGIR NVEIS DE EVOLUO CADA VEZ MAIS ELEVADOS.

A PARTIR DESTAS DEFINIES PODEMOS PENSAR:Na reflexo sobre o contexto social - em geral;

As influncias deste sobre o locus de trabalho do professor;

Uma perspectiva de interveno e mudana social por meio do trabalho pedaggico norteado pelo desejo de contribuir para a reconfigurao de um aspecto da sociedade.Anlise do contexto social refletindo sobre o locus de trabalho- vidaPode funcionar como ponto de partida para mobilizao do professor na busca pela elaborao de estratgica que possam intervir positivamente na realidade necessrio oferecer ao professor em formao:Instrumento terico = nortear sua reflexoInstrumento terico basilarConceitos tico filosficosConceitos tico-filosficos composto:Problematizadas as questes do cotidiano escolar;

Sem perder de vista seus determinantes;Alm das prprias atitudes e valores implcitos na atuao do professor.

O profissional completo, alm de acreditar em sua formao, confia tambm em sua intuio que vem atravs de suas experincias.

Joo Doria Jr.