escrita e oralidade

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Escrita e oralidade

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Page 1: Escrita e oralidade

Escrita e oralidade

Page 2: Escrita e oralidade

FORMAS GRAMATICIAS FORMAS CORRETAS SEGUNDO A GRAMÁTICA NORMATIVA

FAZEM DUAS SEMANAS QUE ELE NÃO VEM.

FAZ DUAS SEMANAS QUE ELE NÃO VEM.

ASSISTI O FILME. ASSISTI AO FILME.ME CONTARAM O QUE ACONTECEU.

CONTARAM-ME O QUE ACONTECEU.

TU SABE O QUE ELE FAZ. TU SABES O QUE ELE FAZ.

Page 3: Escrita e oralidade

- Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte.- Junto com as outras?- Não ponha junto com as outras, não. Senão pode vir alguém e querer

fazer coisa com elas. Ponha no lugar do outro dia.- Sim, senhora. Olha, o homem está ai - Aquele de quando choveu?- Não, o que a senhora foi lá e falou com ele no domingo.- Que é que você disse a ele?- Eu disse pra ele continuar.- Ele já começou?- Acho que já. Eu disse que podia principiar por onde quisesse.- É bom?- Mais ou menos. O outro parece mais capaz.- Você trouxe tudo pra cima?- Não, senhora, só trouxe as coisas. O resto não trouxe porque a senhora

recomendou para deixar até a véspera.- Mas traga, traga. Na ocasião nós descemos tudo de novo. É melhor,

senão atravanca a entrada e ele reclama como na outra noite.- Está bem, vou ver como.

(Millôr Fernandes)

Page 4: Escrita e oralidade

MODALIDADE FALADA MODALIDADE ESCRITACONTEXTUALIZADA POUCO

CONTEXTUALIZADAPOUCO PLANEJAMENTO (ESPONTÂNEA)

PLANEJADA (PLANEJAMENTO CUIDADOSO)

COESÃO POR ENTONAÇÃO, GESTOS, OLHARES ETC.)

COESÃO POR MEIO DE CONECTIVOS ETC.

PREDOMÍNIO DE FRASES CURTAS, POR COORDENAÇÃO

PREDOMÍNIO DE FRASES COM PERÍODOS COMPLEXOS, POR SUBORDINAÇÃO

“ENTENDE?”, “TÁ CLARO?” CONVENCIONAL

Page 5: Escrita e oralidade

Ainda que enfrentemos as dificuldades de hoje e de amanhã. Eu tenho um sonho. Eu ainda tenho um sonho. Eu tenho um sonho no qual vejo que um dia essa nação se levantará e cumprirá o seu princípio mais importante.’Nós acreditamos que essas verdades são autoevidentes; que os homens são criados iguais pelo seu Criador’. Eu tenho um sonho. Um sonho de que, um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, os filhos dos escravos e os filhos dos donos de escravos estarão sentados na mesa em que todos são irmãos.

(...) Eu tenho um sonho de que, um dia, cada vale será exaltado, cada

colina e montanha serão rebaixadas, os lugares ásperos serão tornados suaves, os lugares de maldade serão tornados honestos, e a Glória do Senhor se revelará, e toda a carne a verá ao mesmo tempo.

(...)

Martin Luter King Jr., 28 de agosto de 1963

Page 6: Escrita e oralidade

F1 – o português então não é uma língua difícil?

F2 - ...olha se você parte do princípio...que a língua portuguesa não é só as regras gramaticais...não se você se apaixona pela língua que você...já domina que você já fala ao chegar na escola se o teu professor CATIva você a ler as obras da literatura...obras da/do meio de comunicação...se você tem acesso a revistas...éh::a livros didáticos...a:: livros de literatura o mais formal...

Page 7: Escrita e oralidade

FALA E ESCRITA EM SEUS ASPECTOS ESPECÍFICOS

NA FALA A INTERAÇÃO ENTRE OS

FALANTES PODE OCORRER a DISTÂNCIA OU FACE A FACE, MAS EM AMBAS AS SITUAÇÕES A RESPOSTA É IMEDIATA;

NÃO EXISTE A POSSIBILIDADE DE SE APAGAR O QUE SE DIZ;

O PLANEJAMENTO DO TEXTO É FEITO NO MOMENTO DA FALA, SIMULTANEAMENTE OU QUASE SIMULTANEAMENTE A ELA.

NA ESCRITA

NÃO HÁ ACESSO IMEDIATO (OU TÃO IMEDIATO) DO INTERLOCUTOR À FALA OU RESPOSTA DO OUTRO;

É POSSÍVEL REVISAR O TEXTO SEM QUE O OUTRO PERCEBA AS CORREÇÕES FEITAS;

O PLANEJAMENTO DO TEXTO PODE SER FEITO PREVIAMENTE E O TEXTO PODE SER REELABORADO ANTES DE SER APRESENTADO AO INTERLOCUTOR.

Page 8: Escrita e oralidade

Variação linguística

Page 9: Escrita e oralidade

Conceitos importantesVariedades linguísticas: são as variações que uma

língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.

Norma-padrão: é uma referência, uma espécie de modelo ou lei que normatiza o uso da língua, falada ou escrita.

Variedades urbanas de prestígio: também conhecidas como norma culta, são variedades que mais se aproximam da norma padrão e são empregadas por falantes urbanos mais escolarizados.

Page 10: Escrita e oralidade

Cuitelinho

Cheguei na beira do portoOnde as onda se espaiaAs garça dá meia voltaE senta na beira da praiaE o cuitelinho não gostaQue o botão de rosa caia,ai,ai

Ai quando eu vimda minha terraDespedi da parentáliaEu entrei no Mato GrossoDei em terras paraguaiasLá tinha revoluçãoEnfrentei fortes batáia,ai, ai

A tua saudade cortaComo aço de naváiaO coração fica aflitoBate uma, a outra faiaE os óio se enche d´águaQue até a vista se atrapáia, ai...

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A língua como expressão de uma identidade grupal

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A língua como expressão de uma identidade grupal

Dialetos e registros: variedades originadas das diferenças de região ou território, de idade, de sexo, de classes ou de grupos sociais.

Registros: são variações que ocorrem de acordo com o grau de formalismo existente na situação. A pessoa pode ser mais formal ou menos formal, de acordo com seus objetivos e esferas da sociedade nas quais circula.

Gíria: é uma variedade criada por um grupo social, como o dos fãs do rap, do funk, do heavy metal, os surfistas, os skatistas, os grafiteiros, os bikers, os policiais etc. quando está restrita a uma profissão, a gíria é chamada de jargão.

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Poema

Pisaste um dia a terra descalçado "bua" e do "malus",paraste um dia à sombra da casa altaestranhando o "tuaka"e reparaste no seu donocobrindo com a nudez do seu "hakfolik"a campa dos antepassados.

Page 15: Escrita e oralidade

Miraste o seu suor tórridolavando as faces do seu rosto sujo;ouviste ainda o seu "hamulakentoado em "tais" do seu "lulik"e respeitaste o "manuaten“[...]

Xanana Gusmão

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Referências

ABREU-TARDELLI, L.; ODA, L. S.; CAMPOS, M.T.A; TOLEDO, S. Português vozes do mundo: literatura, língua e produção de texto. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T.C. Português, linguagens, 1. 9 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.