escola amato lusitano

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Amato Lusitano 30|maio de 2012 A PALAVRA... A Escola Secundária/3 de Amato Lusitano tem um projeto educativo que ten- ta combater as desigualda- des escolares e sociais, pro- mover a participação da comunidade na construção do bem comum e do conhe- cimento e, acima de tudo, ajudar os alunos a concre- tizar os seus projetos de vida. Tudo isto exige, de to- dos os intervenientes no processo educativo, uma constante motivação, uma incessante procura de estí- mulos e incentivos, visan- do sempre uma séria apren- dizagem do esforço e do empenho. De referir o papel fundamental dos pais e en- carregados de educação cuja colaboração é impres- cindível na concretização da meta última da escola que é o sucesso dos nos- sos alunos. Oferecendo um currícu- lo aberto à diversidade na sensibilidade e no respeito pelas diferenças dos alunos, a ESAL pretende ser uma fonte de conhecimento mútuo, propiciar o intercâm- bio de experiências, integrar outras maneiras de ser e de viver e desenvolver o co- nhecimento, a disciplina, o rigor e a tolerância. Assim, para além de nos congratularmos por tudo o que foi feito até ago- ra, assumimos hoje o com- promisso do empenho per- manente para tornar a NOSSA escola num lugar de eleição para todos. Do Presidente João Belém APOIOS Fátima Barros DE MAIO A OUTUBRO Comemorações do cinquentenário do edifício da ESAL Maio foi o mês escolhido para ini- ciar a comemoração do cinquen- tenário do edifício da Escola Secun- dária/3 de Amato Lusitano, festejo que se prolongará até outubro, mês em que se completam os 50 anos de funcionamento da ESAL. O programa teve início no dia 2 com a inauguração da “Expo Memó- ria”, que nos trouxe lembranças pas- sadas (fotografias, mobiliário esco- lar, trabalhos de alunos), e a publicação de uma edição especial do jornal da escola, eSalpicos, centrada no cinquentenário do edi- fício. Desenvolveram-se ainda atividades desportivas, palestras, um encontro de antigos alunos. No dia 1 de Junho realizar-se-á o já tradicio- nal dia do bidão, iniciativa que aco- lhe a visita de crianças do pré-esco- lar e que, este ano, além da implosão de um bidão e de várias atividades lúdicas, contará com a demonstração Pormenores da Expo Memória do funcionamento de um canhão de ar e o lançamento de um balão para a estratosfera. Um dos pontos altos destas co- memorações foi a conferência subor- dinada ao tema “Dos fundamentos da atual crise económica e financeira nos cenários de construção de um futuro melhor” proferida pela oradora, Dra. Fátima Barros, Diretora da Fa- culdade de Economia da Universidade Católica e ex-aluna da nossa escola. O sarau da ESAL foi outro momen- to alto que revelou muitos talentos tanto de alunos como de professores. A primeira fase destas comemo- rações termina no dia 4 de Junho com uma conferência dinamizada por Lou- renço Marques sobre o patrono da ESAL, Amato Lusitano. No âmbito do projeto ENEAS (European Network for Environmental Assesment and Services), lançado pela FEUP em 2007, a Escola Secun- dária/3 de Amato Lusitano foi equi- pada com um laboratório de análise de águas, inaugurado em novembro de 2010. Neste laboratório, a cargo dos docentes de Física, Química e Bi- ologia, efetuam-se análises de parâmetros físico-químicos e micro- biológicos em amostras de água. SERVIÇO ABERTO À COMUNIDADE Laboratório de águas da ESAL continua a sua atividade O laboratório tem parceria com os Serviços Municipalizados de Caste- lo Branco (SMASCB), analisando quinzenalmente amostras de água do concelho. Os serviços prestados são extensíveis a escolas, juntas de fre- guesia e a particulares. Os interessa- dos devem dirigir-se à escola Amato Lusitano para agendar a análise e receber as instruções e os recipien- tes esterilizados para a recolha da água. Fátima Barros e José Perdigoto, ex-alunos da ESAL, nas comemorações dos 50 anos No cinquentenário do edifício da ESAL, realizou-se uma conferência dinamizada por dois ex-alunos da escola, a Dra. Fátima Barros, Diretora da Faculdade de Ciências Económi- cas e Empresariais da Universidade Católica e o Dr. José Perdigoto, an- terior diretor geral de Geologia e Energia. Em foco estiveram as cau- sas da crise económica e financeira que o país atravessa e algumas op- ções para a sua superação. No final, uma mensagem para os alunos: na base do sucesso, está o estudo e o trabalho árduo. No Laboratório de águas da ESAL

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Page 1: Escola Amato Lusitano

Amato Lusitano30|m

aio de

2012

A PALAVRA...

A Escola Secundária/3de Amato Lusitano tem umprojeto educativo que ten-ta combater as desigualda-des escolares e sociais, pro-mover a participação dacomunidade na construçãodo bem comum e do conhe-cimento e, acima de tudo,ajudar os alunos a concre-tizar os seus projetos devida.

Tudo isto exige, de to-dos os intervenientes noprocesso educativo, umaconstante motivação, umaincessante procura de estí-mulos e incentivos, visan-do sempre uma séria apren-dizagem do esforço e doempenho. De referir o papelfundamental dos pais e en-carregados de educaçãocuja colaboração é impres-cindível na concretizaçãoda meta última da escolaque é o sucesso dos nos-sos alunos.

Oferecendo um currícu-lo aberto à diversidade nasensibilidade e no respeitopelas diferenças dos alunos,a ESAL pretende ser umafonte de conhecimentomútuo, propiciar o intercâm-bio de experiências, integraroutras maneiras de ser e deviver e desenvolver o co-nhecimento, a disciplina, origor e a tolerância.

Assim, para além denos congratularmos portudo o que foi feito até ago-ra, assumimos hoje o com-promisso do empenho per-manente para tornar aNOSSA escola num lugar deeleição para todos.

Do PresidenteJoão Belém

APOIOS

Fátima

Barros

DE MAIO A OUTUBROComemorações do cinquentenáriodo edifício da ESAL

Maio foi o mês escolhido para ini-ciar a comemoração do cinquen-tenário do edifício da Escola Secun-dária/3 de Amato Lusitano, festejoque se prolongará até outubro, mêsem que se completam os 50 anos defuncionamento da ESAL.

O programa teve início no dia 2com a inauguração da “Expo Memó-ria”, que nos trouxe lembranças pas-sadas (fotografias, mobiliário esco-lar, trabalhos de alunos), e apublicação de uma edição especialdo jornal da escola, eSalpicos,centrada no cinquentenário do edi-fício. Desenvolveram-se aindaatividades desportivas, palestras, umencontro de antigos alunos. No dia1 de Junho realizar-se-á o já tradicio-nal dia do bidão, iniciativa que aco-

lhe a visita de crianças do pré-esco-lar e que, este ano, além da implosão

de um bidão e de várias atividadeslúdicas, contará com a demonstração

Pormenores da Expo Memória

do funcionamento de um canhão dear e o lançamento de um balão para aestratosfera.

Um dos pontos altos destas co-memorações foi a conferência subor-dinada ao tema “Dos fundamentos da

atual crise económica e financeira

nos cenários de construção de um

futuro melhor” proferida pela oradora,Dra. Fátima Barros, Diretora da Fa-culdade de Economia da UniversidadeCatólica e ex-aluna da nossa escola.

O sarau da ESAL foi outro momen-to alto que revelou muitos talentostanto de alunos como de professores.

A primeira fase destas comemo-rações termina no dia 4 de Junho comuma conferência dinamizada por Lou-renço Marques sobre o patrono daESAL, Amato Lusitano.

No âmbito do projeto ENEAS(European Network for EnvironmentalAssesment and Services), lançadopela FEUP em 2007, a Escola Secun-dária/3 de Amato Lusitano foi equi-pada com um laboratório de análisede águas, inaugurado em novembrode 2010. Neste laboratório, a cargodos docentes de Física, Química e Bi-ologia, efetuam-se análises deparâmetros físico-químicos e micro-biológicos em amostras de água.

SERVIÇO ABERTO À COMUNIDADELaboratório de águas da ESALcontinua a sua atividade

O laboratório tem parceria com osServiços Municipalizados de Caste-lo Branco (SMASCB), analisandoquinzenalmente amostras de água doconcelho. Os serviços prestados sãoextensíveis a escolas, juntas de fre-guesia e a particulares. Os interessa-dos devem dirigir-se à escola AmatoLusitano para agendar a análise ereceber as instruções e os recipien-tes esterilizados para a recolha daágua.

Fátima Barros e José Perdigoto, ex-alunosda ESAL, nas comemorações dos 50 anosNo cinquentenário do edifício da

ESAL, realizou-se uma conferênciadinamizada por dois ex-alunos daescola, a Dra. Fátima Barros, Diretorada Faculdade de Ciências Económi-

cas e Empresariais da UniversidadeCatólica e o Dr. José Perdigoto, an-terior diretor geral de Geologia eEnergia. Em foco estiveram as cau-sas da crise económica e financeira

que o país atravessa e algumas op-ções para a sua superação. No final,uma mensagem para os alunos: nabase do sucesso, está o estudo e otrabalho árduo.

No Laboratório de águas da ESAL

Page 2: Escola Amato Lusitano

Este ano, participei na pro-va de Corta-Mato da ESAL quese realizou-se na zona de lazerde Castelo Branco. E o que é quetem de especial a minha parti-cipação? É que eu sou cego enunca tinha tentado uma expe-riência destas. Para a organiza-ção da prova, esta situação tam-bém foi uma novidade. É quesendo cego, a minha inscriçãoimplicou um conjunto de estra-tégias para tornar possível aminha participação.

Ora para começar, é claroque eu não posso correr sozi-nho. Precisei de um Guia quecorreu comigo (sempre a par,nunca à minha frente) e usámosum elástico que uniu o meupulso ao dele e que serviu paraeu seguir os seus movimentose perceber o trajeto que tinhade percorrer. Tive uma grandesorte! Fui presenteado com doisguias, voluntários, o Ramalhoe o Michael que se portaram àaltura da sua tarefa!

Confesso que estava umpouco receoso no início, por-que não sabia no que me esta-va a meter… eu que nem soumuito dado ao desporto! Mas,ao fim e ao cabo, achei que foimuito divertido e adorei parti-cipar. Conheci pessoas novase espetaculares, consegui cum-prir o trajeto todo e surpreen-di-me a mim mesmo! Claro quealternei entre a corrida e a ca-minhada, ora bem! Mas o impor-tante foi ter arriscado, partici-pado e ter-me divertido!

Este tipo de iniciativas sãomuito boas, porque demons-tram que as pessoas com pro-blemas como eu ou com outraslimitações, podem praticar des-porto e divertir-se também emprovas desportivas, pela nos-sa saúde e bem-estar. E é assim,num espírito de convivência ecompreensão que se pratica averdadeira inclusão social.

Garanto-vos que para o anovou chegar de novo à meta!

José Guilherme, 10ºano

Cinco grupos de alunos da ESALviram os seus trabalhos seleciona-dos (de entre 94) para a final nacio-nal do Concurso Jovens Cientistase Investigadores 2012. Desenvolvidopela Fundação da Juventude desde1992, este concurso tem comoobjetivo promover o gosto pela ci-ência e investigação e estimular osurgimento de jovens talentos noâmbito de várias áreas científicas.

Em 3 anos, foram apurados paraas fases finais 13 trabalhos dos nos-sos jovens cientistas o que, por si

Jovens cientistas da ESAL em Coimbra

Gazeta do Interior30|maio de 201216 Escola

Corta-Matocontou comatleta especial

A escola Amato Lusitanorecebeu o deputado Luís Fazen-da que deu uma “aula” diferenteaos alunos de Ciência Políticado 12º ano.

Começou por apresentar aorigem da diferenciação políti-ca entre “esquerda” e “direita”,depois assinalou como impres-cindível uma escola públicagratuita, mas exigente, que atodos procure despertar o quede melhor cada um tem.

Falou também no momentode grave crise que o país vive,mas não deixou de referir o gran-de desenvolvimento e as enor-mes mudanças positivas queocorreram em Portugal nas úl-timas décadas. Considerou quenão é expectável que o paíspossa pagar o que deve comausteridade. Tal, só será pos-sível com a criação de riquezae maior crescimento económi-co. Exemplificou com o facto dePortugal não estar a tirar pro-veito dos seus recursos natu-rais. Por fim, defendeu a opiniãode que Portugal não deveria sairdo euro, pois os problemaseconómicos e sociais decorren-tes seriam ainda mais graves.

Foi uma aula diferente e ricanos seus ensinamentos.

Deputado LuísFazendana ESAL

No âmbito da semana da lei-tura foi dinamizada uma sessãode poesia que envolveu as tur-mas do 10º ano de Ciências Socio-Económicas e Artes Visuais. Estasessão consistiu em dois concur-sos paralelos: declamação e ilus-tração. Os participantes selecio-naram um poema que prepararampreviamente e envolveram o au-ditório com leituras muito expres-sivas e cheias de emoção. A de-clamação foi acompanhada pelaprojeção das respetivas ilustra-ções, elaboradas por alunos dastrês turmas participantes. A gran-de vencedora do concurso “Di-zer Poesia” foi Joana Morga-dinho do 10ºCSE. O primeiro lugardo concurso de ilustração foi atri-buído a Anna Flávia do 10ºAVIS2.

Semana daleitura comarte e poesia

CONCURSO JOVENS CIENTISTAS E INVESTIGADORES 2012

Cinco trabalhosforam à final nacional

só, já é um prémio face à exigênciado júri e à forte concorrência à es-cala nacional. De referir então osvários projetos: “A Importância dasAnálises Físicas, Químicas e Bacte-riológicas no Quadro das Redes deAbastecimento de Água – o Exem-plo de Castelo Branco” de Inês Fra-de, João Lima e Rita Ferreira do 12ºCSE2; “As cobras pintadas de Pe-nha-Garcia: a Paleontologia ao Ser-viço do Dinamismo Local”, efetuadopelos alunos do 12º CSE FilipeHenriques, Joana Galvão e Rui

Capinha; “Avaliação da temperaturado Ar e os Valores do OzonoTroposférico Registados em CasteloBranco” das alunas Ana Cacheira,Carolina Mateus e Sílvia Almeida (12ºCT3); “Inducation – Às Voltas coma Indução Electromagnética” apre-sentado por Custódio Coelho, JoãoMendes e Pedro Roque do 12º CT3.Por fim, na Área de Economia, foiapurado o trabalho “Keynes FariaMelhor” da responsabilidade de AnaBelo, Adriana Ribeiro e Luís Mar-ques, alunos do 12º CSE.

Neste ano em que se comemorauma data especial na vida da nossaescola, vêm ao de cima reflexõessobre existências, integrações,contributos e participações. Um pro-jeto que ilustra bem esta ideia é oSons da ESAL. Este grupo coralsurgiu de forma espontânea, há cercade 4 anos, por ocasião de uma ceiade Natal quando um grupo de pro-fessores se juntou para cantar e…nunca mais pararam. Hoje são maisde 20 elementos que semanalmentefazem soar as notas musicais noedifício agora festejado e que con-tribuem com o seu gosto pela músi-ca para alegrar e colorir eventos eocasiões especiais.

O ambiente reinante neste gru-po de pessoas funciona quase comouma terapia de boa disposição (pois“quem canta seus males espanta”)e é também para muitos uma opor-tunidade de manter uma ligação re-gular à casa, mesmo depois dos tem-

SONS DA ESAL

Há quatro anos a cantar

Os Sons da ESAL no sarau

Novo ano, novos cursos

Numa aula de artes

Herdeira da Escola Comercial e In-dustrial de C. B., a ESAL continua aaposta na vertente técnica. Já no pró-ximo ano, dois novos cursos integra-rão a sua oferta formativa: o CursoTécnico de Apoio à Gestão Desportivae o Curso Técnico de Gestão. Os alu-nos poderão inscrever-se ainda nosCursos Técnicos de Multimédia, deMecatrónica e de Gestão e Programa-ção de Sistemas Informáticos.

Além dos cursos técnicos já refe-ridos, o plano curricular da escolacompreende, como sempre, os CursosCientífico-Humanísticos de Ciênciase Tecnologias, de Artes Visuais e deCiências Socioeconómicas.

No 3º ciclo, mantém-se o funcio-namento do 7º, 8º e 9º anos e ainda umCurso de Educação e Formação, áreade Instalação e Reparação de Compu-tadores.

Amato Lusitano

pos da reforma terem chegado.Não se estranhou… e entranhou-

se! O Sons da ESAL ganhou raízese faz hoje parte integrante desteespírito colaborante e (con)viventeque a ESAL tão bem encarna!

Prof. Helena Pinho

Page 3: Escola Amato Lusitano

Gazeta do Interior30|maio de 201217 Escola

“Desenvolvi a minha

atividade profissional com as

bases adquiridas na Escola In-

dustrial e comercial”

Em 1962, foram inauguradasas novas instalações da atualEscola Secundária Amato Lu-sitano e eu pertenço ao núme-ro de alunos que passou doantigo edifício para o novo. Naaltura, a Escola Industrial eComercial desempenhou umpapel importantíssimo no con-texto da cidade através da for-mação de técnicos nas áreas damecânica, da metalomecânica,da contabilidade, do comércio…Eu próprio me formei nesta es-cola, tirei o curso comercial, edesenvolvi a minha atividadeprofissional com as bases aquiadquiridas. A atual Amato Lu-sitano é herdeira do prestígiodesta antiga escola, continuan-do a fazer-lhe jus, hoje comnovos cursos e novasvalências, muito contribuindopara o crescimento de CasteloBranco. Tal como no passado,a oferta formativa está adequa-da às necessidades de forma-ção dos jovens, facilitando a suaintegração no mundo do traba-lho. A construção de um edifí-cio destas dimensões em 62 foium marco muito importante,constituindo-se como uma basede desenvolvimento da cidadede hoje, uma cidade renovadae moderna.

Testemunhodo Presidenteda Câmara deCastelo Branco

Amato Lusitano

Comemora-se este ano ocinquentenário do edifício da nos-sa escola, antiga Escola Industriale Comercial de Castelo Branco, cri-ada pelo Decreto nº 40209 de 28 deJunho de 1955 que começou a fun-cionar nesse mesmo ano em insta-lações provisórias situadas no ve-lho Paço Episcopal e, ao abrigo dosentão designados Planos de Fomen-to, construiu-se o atual edifício. Atítulo de curiosidade refira-se que ocusto total da obra foi de cerca de13.000 contos. Em 1956, a aberturadas aulas da nova escola foi notíciano Jornal Beira Baixa de 7 de janei-ro. Conforme informa este periódi-co “a Escola Industrial e Comercialinicia as suas aulas em curso prepa-ratório com 141 alunos, incumbindo-lhe além disso o encargo de melho-rar, em curso de aperfeiçoamento, acapacidade profissional de 268 atuaistrabalhadores, o que perfaz 409 alu-nos em cursos diurnos e noturnos”.

O número de alunos foi aumen-tando e, quando as novas instalaçõesforam inauguradas, havia 1612 matrí-culas. No ano letivo de 1990/91, atin-giu-se o maior número de sempre,sendo a população escolar de 2050estudantes (69 turmas). Atualmentea escola conta com 870 alunos, 128professores, 9 assistentes técnicose 29 assistentes operacionais.

Apesar dos seus 50 anos deidade, o edifício encontra-se em ra-zoável estado de conservação, poistem sido objeto de intervençõesperiódicas quer da responsabilida-de dos serviços da DREC quer ou-tras obras de menor dimensão exe-cutadas pela própria escola. Osistema de aquecimento central ins-

talado há uns anos veio trazer algumconforto no Inverno.

Quanto à oferta curricular, comose sabe, a Escola Comercial e Indus-trial assentou essencialmente emcursos técnicos. Iniciou com o Ci-clo Preparatório do Ensino Técnicoe os Cursos de AprendizagemEletricista, de Formação Eletrome-cânico, Formação Feminina, Geral deComércio e Secções Preparatóriaspara os Institutos de Mestrança eEncarregado de Obras e ainda Ofi-cinas de Canteiro e Bordadora. Desdeentão, o sistema educativo portugu-ês sofreu inúmeras alterações. Noentanto, excetuando o período de1974 a 1983 (extinção do ensino téc-nico e implementação de uma matrizcurricular única), esta escola conti-nuou a lecionar cursos com umavertente técnica nas áreas de forma-

ção mecânica, eletricidade, contabi-lidade e secretariado e hoje a apos-ta continua no ensino profissional.

O primeiro curso profissionala ser lecionado foi o de Frio eClimatização (2004-2005), tendo-seintroduzido, posteriormente, osCursos Técnicos de Contabilidadee de Mecatrónica. A oferta tem vin-do a ser alargada, funcionando, nes-te momento, além dos dois últimos,os cursos profissionais de Gestãoe Programação de SistemasInformáticos, de Multimédia, deDesign, de Equipamentos informá-ticos e de Turismo. A matriz curriculardo ensino profissional privilegia aformação técnica, embora nãodescure a formação geral e a espe-cífica. A componente de formaçãoem contexto de trabalho é uma mais-valia destes cursos. Com o estágio

Vista da escola no ano da inauguração do novo edifício

REPORTAGEM

Edifício da EscolaSecundária/3 de AmatoLusitano faz 50 anos

profissional obrigatório, os alunosrecebem uma preparação que facili-ta o ingresso no mundo do trabalho.

Ainda numa vertente técnica,tem feito parte da oferta formativada escola o Curso Tecnológico deDesporto assim como Cursos deEducação e Formação (CEF) nasáreas das Madeiras e informática.

Atualmente, no ensino secundá-rio, além dos cursos tecnológico eprofissionais, a escola oferece tam-bém os cursos Cientifico-Humanís-ticos nas variantes Ciências eTecnologias, Artes Visuais e Ciên-cias Socioeconómicas assim comoo 3º ciclo do ensino básico.

Até aos dias de hoje, váriosmodelos de gestão foram implemen-tados no sistema educativo desdea figura do Diretor, sendo o primei-ro o Dr. João Pinto da Rocha em 1955,passando pelos Conselhos Direti-vos e, mais tarde, os Conselhos Exe-cutivos, retomando-se novamente afigura do diretor, cargo atualmenteocupado pelo Dr. João Belém.

Os professores inicialmente dis-tribuíam-se por grupos disciplinares.Em 2003, houve uma reestruturaçãoe os vinte cinco grupos existentesforam integrados em onze departa-mentos. Hoje, após várias reorgani-zações neste âmbito, contamos com4 departamentos: Departamento deLínguas, Departamento de CiênciasSociais e Humanas, Departamentode Matemática e Ciências Experimen-tais e Departamento de Expressões.

Muito ou quase tudo fica pordizer nesta pequena memória dosnossos 50 anos. Este edifício conti-nuará a assistir à aventura da edu-cação que seguirá, cada ano, comnovas caras, novos sonhos, novosprojetos, rumo à conquista da metabasilar do nosso projeto educativoque é o sucesso dos alunos.

“No salão nobre do antigoliceu desta cidade realizou-se nopassado dia 3 do corrente, pe-las 15h, a cerimónia da inaugu-ração da nova Escola Industri-al e Comercial de Castelo Branco– estabelecimento de ensinoque muito honra a cidade, imen-samente a beneficiando e a todaa região.(…)”

7-1-1956

Jornal BeiraBaixa Notíciasde 1956

Page 4: Escola Amato Lusitano

A melhor Fotografia

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Gazeta do Interior30|maio de 201218 EscolaAmato Lusitano

A melhor Fotografia

A melhor Fotografia

“Sarau 2012”, Gonçalo Belo, 10ºano

“Sarau 2012”, Israel Sousa, 10ºano

“Sarau 2012”, Israel Sousa, 10ºano

A melhor Fotografia

EICCB-ESAL50 anos, um

marco...Quantos rostosneste barco!

Mural Mural Mural

E num saraufoi lembradoUm futuroe um passado!