escatologia mais

56
7/16/2019 Escatologia Mais http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 1/56 1 Apresentação Este trabalho não tem a pretensão de ser completo e nem ultimar os acontecimentos nele relatados, mas certamente encontrar-se-á em suas páginas, muitas respostas a perguntas antigas. O mérito do trabalho não é nosso, até porque, este é um trabalho bibliográfico, com posições próprias sim, mas na sua maioria de outros autores. E, dessa forma o mérito deve ser dado aos autores a quem consultamos através das suas publicações. A glória, A honra como todo louvor, pertencem ao nosso Senhor Jesus Cristo. Lembremos, porém, da palavra dada ao profeta Daniel “muitos serão  purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entender á, mas os sábios entenderão”. Dn. 12,10.  Estudar Escatologia Bíblica é estudar as profecias que há na Bíblia, e nesse  particular ela ocupa 70% (setenta por cento) do seu conteúdo. É importante, realmente, conhecê-las; mas, sobretudo interpretá-las corretamente, e para que alcancemos êxito é bom que tenhamos: conhecimento, meditação, paciência, humildade, espiritualidade ou resumindo tudo: Maturidade Cristã! Portanto, atendamos a esta recomendação: “não seles as p alavras da profecia deste livro; porque próximo esta o tempo”. Rio de Janeiro, novembro de 2007. (a) Pr. Julio Cesar Alves de Sousa.

Upload: nildo-pereira-braga

Post on 31-Oct-2015

69 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 1/56

1

Apresentação

Este trabalho não tem a pretensão de ser completo e nem ultimar osacontecimentos nele relatados, mas certamente encontrar-se-á em suas páginas, muitasrespostas a perguntas antigas.

O mérito do trabalho não é nosso, até porque, este é um trabalho bibliográfico,com posições próprias sim, mas na sua maioria de outros autores. E, dessa forma omérito deve ser dado aos autores a quem consultamos através das suas publicações.

A glória, A honra como todo louvor, pertencem ao nosso Senhor Jesus Cristo.Lembremos, porém, da palavra dada ao profeta Daniel “muitos serão

 purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, enenhum dos ímpios entender á, mas os sábios entenderão”. Dn. 12,10. 

Estudar Escatologia Bíblica é estudar as profecias que há na Bíblia, e nesse particular ela ocupa 70% (setenta por cento) do seu conteúdo.

É importante, realmente, conhecê-las; mas, sobretudo interpretá-lascorretamente, e para que alcancemos êxito é bom que tenhamos: conhecimento,

meditação, paciência, humildade, espiritualidade ou resumindo tudo: MaturidadeCristã!

Portanto, atendamos a esta recomendação: “não seles as palavras da profeciadeste livro; porque próximo esta o tempo”. 

Rio de Janeiro, novembro de 2007.

(a) Pr. Julio Cesar Alves de Sousa.

Page 2: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 2/56

2

ESCATOLOGIA BÍBLICA

INTRODUÇÃO

A Escatologia vem do grego “ESCHATON”, é a doutrina que diz respeito aofim do mundo presente e ao mundo vindouro. Dela se depreendem vaticínios cujostemas são de alcance muito vasto. Alguns deles ainda surgirão (em seu cumprimento)no cenário de nossa história.

O cumprimento destas profecias, à luz de cada contexto, não depende da

vontade ou da imaginação humana, mas exclusivamente de Deus (Jr. 1.12).Estas predições, em seu contexto geral, são denominados a guisa futurística

de “A palavra dos profetas... à qual bem fazeis em estar atentos, como uma luz quealumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vossoscorações”. (2 Pe 1.19).

Há, hoje em dia, grande interesse pelas profecias, tal interesse deve-se aosgrandes acontecimentos políticos e religiosos na vida de Israel e nas demais nações domundo (Lc. 21. 29,31).

O povo tem obsessão de conhecer o que vai acontecer no futuro. E assim temsido desde o principio do mundo, os profetas de ambos os testamentos predisseram comantecedência de séculos, no primeiro caso, e até com minúcias em vários de seuselementos doutrinários e proféticos.

O próprio Jesus, desde que irrompeu e com Ele o “Reino de Deus”, pregavauma Escatologia natural, presente e atual na vida do mundo e da igreja.

Rio de Janeiro, novembro de 2007.

Page 3: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 3/56

3

I -  O QUE SIGNIFICA ESCATOLOGIA BÍBLICA?

1 – Definição do Termo.

O termo “escatologia” e seus cognatos correspondem à “doutrina das últimascoisas”. ESCATON→designa a doutrina que diz respeito ao fim do mundo presente eao vindouro. Escatologia Bíblica é assim chamada, porque existe aquela que pode ser extra bíblica.

O termo deriva de dois outros termos do grego: ESCATOS, ESCATHON, quesignifica: “Último, última, últimos (as)” e LOGIA que significa “Tratado ou Estudo”,assim sendo ESCATOLOGIA é o Estudo ou Tratado das Últimas Coisas.

Desde que Cristo irrompeu e com Ele o Reino de Deus, o domínio da Escatologia já esta presente misteriosamente entre nós, com o seu peso de promessas e,simultaneamente, seu atual julgamento.

2 – Definição do Argumento. 

Existem em o Novo Testamento alguns termos técnicos que designam  o domínio presente, atual e futuro, ao mesmo tempo da escatologia na vida da Igreja e na vida domundo. Estes termos, segundo se diz, focalizam com exclusividade este tempo futuro.Vejamos:a) “E nos últimos dias....” (Jl-2,28 e At- 2,17 e ss).

 b) “Mas o Espírito expressamente diz....” (Itm 4,1a).c) “Sabe, porém isto....” (IITm 3,1).d) “Havendo Deus antigamente...” (Hb 1,1). e) “Sabendo primeiro isto...” (IPe 3,3a) etc.

Portanto, a expressão “os últimos dias” e seus equivalentes apontam para: Adescida do espírito santo em sua plenitude (Jl 2,28; At 2,17 e ss); para a época doevangelho de Cristo (Hb 1,1) e, concomitantemente, para os últimos dias maus (ITm4,1; IITs 3,1; IIPe 3,3).

E o que vem a ser estas últimas coisas? De que concerne o nosso estudo, são: Estado Intermediário dos Mortos; O Céu; O I nf erno; A 2ªvinda de Jesus Cr isto; O Ar rebatamento da Igreja; O Tr ibunal de Cri sto; As Bodas do Cordeiro; A Grande Tribulação; A Manifestação de Cristo em Glória; Os Diversos Ju lgamentos; O M ilêni o; O Juízo Final ; O Eterno e Perfeito Estado.

3 – Motivos que levam muitos a dúvidas e confusão em Escatologia.

a) – Falta de afinidade do crente com o Espírito Santo (I Co. 2). b) – Falsa aplicação dos textos nos sentidos: tempo, lugar.c) – Conhecimento bíblico desordenado.d) – Falsos ensinadores e deturpadores da verdade.e) – Pontos difíceis de entender realmente (II Pe. 3,15).

Os temas escatológicos são encontrados em maior quantidade, nos livros deMateus; I e II Tessalonicenses, Apocalipse; Isaias; Ezequiel; Daniel; Zacarias.

Page 4: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 4/56

4

Daniel e Apocalipse são considerados livros de revelação escatológica, sendo queDaniel é o livro escatológico do Antigo Testamento e Apocalipse o livro escatológicodo Novo Testamento.

É importante saber que os livros de Daniel e Apocalipse combinam-se ecompletam-se. Não se deve estudar um sem o outro e este será um dos alvos do nosso

estudo. A autenticidade do livro de Daniel, bem como a do Apocalipse, foi atestada peloSenhor Jesus. Veja Mt. 24,15 e Ap. 22,16.Há um paralelismo notável entre esses dois livros, porém Daniel se ocupa

 principalmente do “TEMPO DOS GENTIOS”, Lc. 21,24; Já o Apocalipse salienta a“PLENITUDE DOS GENTIOS”, Rm 11,25. 

A expressão “Tempo dos Gentios”, tem a ver com o aspecto Político Mundial,referindo-se ao tempo em que os gentios teriam supremacia sobre Israel, e isto começoucom o exílio babilônico, por volta do ano 605 AC.

A expressão “Plenitude dos Gentios” tem um aspecto espiritual destacando asupremacia celestial da Igreja triunfante contra o mal.

II) -  ANÁLISE DE ALGUNS CAPÍTULOS DE DANIEL 

1- DANIEL CAPÍTULO 2.

 Neste capítulo vemos predito o futuro do mundo gentílico na era dos “últimosdias” (2,28). Isto alcança os tempos da vinda de Jesus e o estabelecimento do milê nio(2,44). A matéria profética deste capítulo é tão importante que vem repetida no capítulo7. A diferença é que no capítulo 2 a revelação divina veio por meio de um sonhoprofético de Nabucodonosor, e no capítulo 7 por meio de uma visão profética.

 Nabucodonosor queria que seus magos, encantadores e feiticeiros lhe contassem oque ele sonhara e que não se lembrava mais, como também a sua devida interpretação.(Dn. 2. 1-5). Depois que Daniel e seus companheiros oraram, Deus deu a ele nãosomente o sonho como também a sua interpretação. (Dn. 2,31-35; 36-45).

O sonho consistia numa grande estátua de extraordinário esplendor e aparênciaterrível, e revela o lado político desses impérios mundiais, composta de quatro metaisdistintos.

2) - A Inferioridade dos Metais e o Declínio dos Impérios Mundiais.

1º - Metal: Ouro 

Membro: cabeçaImpério: Babilônia (605 – 539 A.C.)Dominador: Nabucodonosor 

2º - Metal: PrataMembro: Peito e BraçosImpério: Coligação Medo-Persa (539 – 331 A.C.).Dominador: Ciro e Dario

3º - Metal: Cobre ou BronzeMembro: Ventre

Império: Grécia (331 – 168 A.C.)Dominador: Alexandre

Page 5: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 5/56

5

4º - Metal: Ferro e Barro Membro: Duas pernas e Dez dedosImpério: Roma (168 A.C – 476 A.D.)Dominadores: Césares.

As duas pernas de ferro da estátua (vs. 32-39) são a parte mais longa do corpo, oque indica a extensão do império romano, do qual somos atualmente uma forma. Asduas pernas correspondem à divisão do império romano em Ocidente e Oriente,ocorrida em 395 A.D. Os dez dedos nos pés da imagem (vs. 41,42) são dez reis comoforma ou expressão final do império romano, nos últimos dias da presente dispensação,como se vê no versículo 44: “Mas, nos dias destes reis”. Esses dez reis correspondemaos dez chifres do quarto animal de Dn. 7, 24, e aos dez chifres da besta de Ap. 13,1 e17,3.

Trata-se de um poder político que existiu, e que no presente momento não existe,mas que voltará a existir (“era e não é está para emergir”) Ap. 17.8.  

Os pés em parte de ferro e em parte de barro (vs. 33, 41-43), como o ferro e barro

não se misturam isto revela que neste tempo do fim não haverá nações unidas. O ferro égoverno ditatorial, totalitário que hoje cada vez mais aumenta em todos os continentes(vs. 40), o barro é o governo do povo, democrático, republicano. O barro é formado de

 partículas soltas, o que indica governo do povo, como se apresenta no regimedemocrático. Já o ferro é formado por blocos compactos, indicando o poder centralizado. Temos hoje no mundo estas duas formas de governo!

A crescente inferioridade na estátua profética (vs 32-33) revela que o mundo nãomelhorará nem moral e nem politicamente e irão de mal a pior. I Tm 3,13.

O último reino mundial (vs. 44-45), esse reino é proveniente do Céu e seráimplantado sem intervenção humana. O versículo 34 diz “uma pedra que foi cortada sem o auxilio de mãos”. Quem é essa pedra? Veja Gn 49,24; Ex. 17,16; ICo. 10,14; Rm.9,3233; At. 4,11; Ipe 2,4.

Uma montanha nada mais é do que barro sob diferentes formas, e isto fala doSenhor Jesus que nasceria como homem aqui na terra sem a intervenção humana, isto é,sendo gerado pelo Espírito santo e não pelo homem. Algo idêntico ocorrerá quando oreino de Deus for estabelecido na terra brevemente sem auxilio humano. Quanto àexpressão sem auxilio de mãos humanas, Dn. 8,25; Lm 4,6.

A pedra bateu violentamente nos pés da estátua e esmiuçou-a (vs. 45), quatro

vezes é dito que a pedra esmiuçou a imagem (34, 40, 44,45), portanto o mundo nãofindará convertido pela pregação do evangelho e assim destruído com violênciasobrenatural na vinda de Jesus.

Isto ocorrerá no Armagedom, no tempo do domínio mundial das dez naçõesconfederadas sob o domínio do Anticristo (Ap. 17. 11-13 com 19. 11-21).

 No versículo 34 vemos que a pedra feriu a estátua nos pés, e em seguidadestruída a cabeça, o peito, o ventre e as pernas.

Isso indica que todas as formas de governo representadas por essas partes daestátua, existirão sob o domínio da besta no futuro! Observe que a estátua começou comum colosso grandioso e terminou em pó (vs. 35) e a pedra começou como uma obradiminuta, mas depois encheu o mundo inteiro.

Page 6: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 6/56

6

III)- DANIEL CAPITULO 7

 No capítulo dois, os impérios mundiais aparecem como em forma de metais, porém no capítulo sete surgem sob a forma de quatro animais, quatro feras.

O fato é que os capítulos são paralelos e proféticos, e são de alta importância,

 porque quando Deus repete um ensino, é porque trata-se de fatos altamente relevantes para a humanidade. Neste capítulo Deus revelou o lado moral e espiritual através das quatro feras.É significativo, que as nações em geral, escolhem inconscientemente para

símbolos nacionais animais ferozes e aves de rapina. Por exemplo, temos: Dragão(China); Leão (Inglaterra); Águia (E.U.A.); Urso (Rússia); Lobo (Itália).

Em relação ao paralelismo da estátua e dos animais temos:

Cabeça •Ouro ↔ Leão com Asas = BabilôniaPeito e Braços •Prata ↔ Urso = Medos e Persas

Ventre •Cobre ↔ Leopardo com 4 asas = GréciaPernas •Ferro ↔ Fera Espantosa = Roma

Em relação aos animais verifiquemos as características de cada um deles.

1º animal –  Leão com asas de águia = Característica - Ferocidade.2º animal –  Urso = Característica - Voracidade.3º animal – Leopardo com 4 asas = Característica - Rapidez.4º animal - Fera Espantosa = Característica - Força.

O que significa o “mar agitado” em Dn, cap. 7.2? significa as nações gentílicas, ainquietação e perplexidade são características dos tempos. O vento pode ser poderes domal que incitam e afligem as nações. Is. 17, 12; Ap. 17,15.

Qual o significado dos quatro animais diferentes um do outro em Dn 7.3 e ss?veja Dn. 7.17.

O significado do primeiro animal que era como Leão, tinha asas de águia Dn7,4. Leão é Nabucodonosor e as duas asas fala da rapidez de suas conquistas. Confira:Jr. 4.7; 48,40; 49,16; Ez. 17, 1-5; 12-14; Hc. 1 6-8. O Leão o rei dos animais e a águia arainha das alturas. Este leão corresponde à cabeça de ouro da estátua.

O significado do segundo animal que era como um Urso, e tinha três costela na

 boca em Dn 7, 5. Este Urso é a coligação Medo-Persa, que corresponde ao peito e braços de prata da estátua e que é representada por um carneiro no capítulo 8. (Dn 8. 3,4 – 8,20). O Urso não sendo considerado o rei dos animais, atinge maior estatura e pesodo que o leão. Possui 42 dentes formidáveis e grandes garras aguçadas que aliadas aogrande peso, sua coragem e astúcia, faz dele um animal forte terrível, só é vencido apósrenhida batalha com o leão. A este animal é dito: “Levanta-te, devora muita carne eassim também os Medos-Persas bem mais fracos em suas conquistas, mais lentos que os

 babilônios e foram bem mais sanguinários do que estes”. O Medo-Persas procuravam ganhar as batalhas pela avalanche de suas tropas e as

três costelas na boca falam da conquista de Babilônia, Lídia e Egito.A expressão “o qual se levantou de um lado”, também tem significativa

importância, pois representa igualmente o carneiro que tinha dois chifres altos e um queera mais alto do que o outro, e o ais alto subiu por último. (Dn. 8,3).

Page 7: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 7/56

7

O significado do terceiro animal que era como Leopardo, com quatro asas deave e quatro cabeças, Dn. 7,6. Este Leopardo é a Grécia (Macedônia), que correspondeao ventre de bronze da estátua e, que volta aparecer no capítulo oito, sob a figura de um

 bode (Dn. 8.5). Em 331 AC Alexandre Magno, soberano da Grécia, arrebatou o

domínio das mãos dos Medos-Persas. Observe que o Leopardo por si só já é muito ágile as quatro asas dão mais agilidade ainda. Alexandre percorreu com seus exércitos, emmenos de oito meses, uns 8.200 km. Em dez anos ele dominou todo o mundo civilizadode seu tempo. Seu exercito era altamente treinado e utilizava o principio da guerrarelâmpago, isto é, surpresa e rapidez nos ataques. Ele estava às portas de qualquer cidade para conquistá-la, antes mesmo de alguém saber que ele tinha saído do seu

 palácio. As quatro asas e quatro cabeças representam os seus quatro generais.

O significado do Quarto animal que era terrível, espantoso, muito forte,dentes de ferro, devorava e fazia em pedaços e era diferente de todos os animais queapareceram antes dele e tinha dez chifres e subiu um chifre pequeno diante do qual, três

chifres foram arrancados e neste chifre havia olhos, como olhos de homem, (Dn 7,7 e8). A visão do quarto animal com seus detalhes foi tão impressionante que Danielconcentrou sua atenção sobre ele, querendo saber a que se referia. (Dn. 7. 19, 22-25).Compare com Dn. 2.41,44; Ap. 13,1; 17,12. Este quarto animal simboliza o império quesucedeu ao Grego, que foi Roma durante seu período de glória e ainda em sua últimaforma de expressão por ocasião de sua vinda e também a confederação de dez reis sob ocomando do Anticristo nos últimos dias. Neste quarto animal podemos observar dezcaracterísticas, sendo que as cinco primeiras se cumpriram em Roma e as cinco últimasse cumprirão no Anticristo.

ROMA → 1-Terrível  ANTICRISTO→1-Unhas de bronze2- Espantoso 2-Dez chifres3- Muito Forte 3-Chifre pequeno4- Grandes dentes de ferro 4-Três chifres tirados5- Devora e faz em pedaços 5-Chifre peq. c/olhos

 Não há dúvidas de que o chifre pequeno (Dn. 7,8), representa o anticristo. Ele aoemergir dentre os dez reis, abaterá três, veja Ap.17, 3, 7, 12, 13, 17. Os “olhos e a bocaque falava com insolência”, em Dn. 7, 8, 20, fala sobre como o anticristo seráinteligente e, será também um grande orador inflamado (eloqüente) e magnetizador dasmassas. Ap. 13 5-6; II Ts. 2,4; Dn. 7,25; Ap. 12,14; Ap. 11,2; 13,5; 11,3; 12,6.

Analisemos ainda neste capítulo sete, a visão do ancião de dias e do filho dohomem. Após Daniel ter visto as visões sobre os quatro animais ele continuou olhando,e eis que se assentou um ancião de dias, e o seu vestido era branco como a neve, e ocabelo de sua cabeça, como a lã puríssima, e o seu trono como chamas de fogo e asrodas dele como fogo ardente. O trono é apresentado com rodas, porque além de ser umtrono também é um carro de batalha. Compare esta visão de Dn. 7. 9-13, com Mt. 25.31-46 e Ap. 19,11 a 14 e ainda Dn. 7,14 com Ap. 11, 15; Dn 7, 27 e 28.

IV)- DANIEL CAPITULO 8

Este capítulo vem completar o que vimos estudando até agora. Neste capitulo

vamos ver detalhadas predições sobre o império Persa e Grego.

Page 8: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 8/56

8

Cronologicamente este capitulo vem antes do capitulo 5. O capitulo 8 tem lugar noterceiro reinado de Belsazar (v.1), ao passo que o capitulo 5, marcou o final do governode Belsazar. Quem é o carneiro com dois chifres, no v. 3? Veja v.20. O que quer dizer “Todos os dois chifres eram altos” –  “um era mais alto do que o outro” –  “E o mais altosubiu por último”. Aqui entra a importância do conhecimento de Historia Geral. 

Ciro, expandindo a sua influencia Persa, capturou em 549 a.C. ECBANA, capitalda Média e assim ficou unido ao rei da Media (Dario).Porém em 539 a.C. o general Gobrias (do exercito Persa), desviou o curso do rio

Eufrates e tomou a cidade sem disparar uma só flecha. (Dn. 5,30-31). Enquanto Ciroterminava a submissão de algumas regiões rebeldes. Neste ínterim, Dario ficou comogovernador da Babilônia, sendo assim Ciro, o chifre mais alto, que subiu por último,

 pois ele só veio a tomar posse posteriormente. Inclusive o império começa com o nomeMedo-Persa (Jr. 51, 11,28), e por razões políticas mais tarde fica invertido para Persas eMedos (Et. 1,19).

Em Dn. 8, 4, é visto um bode que vinha com grande fúria e ele era peludo e tinhaum chifre notável entre os olhos, como podemos entender a figura deste bode peludo e

seu chifre notável? Veja Dn. 8,21.Veja a guerra entre o bode peludo e o carneiro em Dn. 8. 5-7 o que significa ter 

sido quebrado e no seu lugar ter nascido quatro outros chifres, conforme Dn 8,8? Dn8,22. Outra vez consultamos a historia e podemos compreender que o “chifre notável”,que estando muito forte “foi quebrado”, levantando em seu lugar “quatro chifrestambém notáveis”, se refere a morte de Alexandre, o Grande, aos 33 anos de idade, apósestar num prolongado banquete com muita bebida, ser acometido de uma súbita eintensa febre, vindo a morrer e deixado o império nas mãos de seus quatro generais.Veja que a profecia dada através do anjo Gabriel fala que são quatro reis que selevantarão de uma mesma nação e de fato o reino foi dividido entre quatro dinastias:1ª Casándro ficou com a Macedônia;2ª Lisímaco ficou com a Ásia Menor;3ª Selêuco ficou com a Síria;4ª Ptolomeu ficou com o Egito.

Dessas quatro dinastias, mais tarde se reduzem a duas, que são tratadas pelocapítulo 11, como Reino do Sul; Ptolomeu e Reino do Norte; Selêuco. Observe ainda,que de um dos chifres saiu um “chifre pequeno”, Dn. 8,9. Este chifre pequeno trata-sedo rei Selêucida, Antíoco Epifânio, conhecido como Epimanes (maluco), que foiopressor de Israel, procedente da Síria. 

O termo Selêucida, deriva do general Selêuco Nicator, ao qual como já vimosantes, na partilha do império de Alexandre coube a Síria.

Antíoco Epifânio ou Antíoco Epifanes é conhecido como o Anticristo do AntigoTestamento, tal a perseguição que infligiu ao povo Judeu durante o século III a.C.durante o período inter-bíblico (de Malaquias à Mateus-400 anos de silêncio profético).Antíoco reinou de 175 à 167 AC e decidiu exterminar com o povo judeu e sua religião.Chegou a proibir oculto a JEOVÁ. Recorreu a todo tipo de torturas para forçá-los arenunciar a sua Fé e isto então deu lugar aos revoltosos “MACABEUS”, uma das

 páginas mais heróicas da história dos judeus.Ainda é dito que esse chifre pequeno se engrandece até ao exército do céu,

lança por terra algumas Estrelas desse exército e se engrandece até o Príncipe desseexército, tirando o holocausto contínuo e deitando abaixo o lugar do santuário e lançoua verdade por terra e fez o que era do seu agrado. Dn. 8, 9-12.

Entendemos que esse exército do céu juntamente com “algumas estrelas”,significa os levitas e os sacerdotes judeus.

Page 9: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 9/56

9

Depois disso Daniel ouviu um santo que dizia a outro santo: “Até quando duraráa visão do holocausto contínuo, por causa da transgressão assoladora, e a entrega dosantuár io e do exercito, para serem pisados”? Ele respondeu: “ Até duas mil e trezentastardes e manhãs; então o santuário será purificado”. Entendemos que se referem a diasnormais e não proféticos, como entendemos em outras partes.

Os sacrifícios eram oferecidos duas vezes ao dia, às nove da manhã e às trêshoras da tarde, nos dias de Antíoco, houve um período em que o culto a Deus, comovimos acima, foi substituído pelos ritos pagãos, chegando a se oferecer até mesmo uma

 porca no santuário do templo, isso em 171 ac e no ano 168 ac, proibiu o sacrifício notemplo. Entendemos então que essas 2.300 tardes e manhãs se referem a 2.300 diasnormais, que totalizam mais ou menos 6 anos, período em que justamente ocorreram as

 perseguições movidas por Antíoco Epifânio (171 à 165 ac).Certo escritor afirmou que a Besta d Ap. 19, 20, o chifre pequeno em Dn. 8,9 e

a ponta pequena em Dn. 7, 8, são uma coisa só. Porém convém entender que no capitulo7 Daniel trata de todos os reinos gentílicos, enquanto no capítulo 8, ele se ocupa apenasdo segundo e terceiro reinos, ou seja: Medo-Persa e Grego.

 Note que a ponta mui pequena que cresceu muito para o Sul, para o Oriente e para a terra formosa (Judá) e se engrandeceu até o exército do céu (sacerdotes judeus)não saiu do quarto reino (Roma) e sim de uma das pontas do terceiro (Grécia). Portantoesta ponta não é a mesma do capítulo 7, que trata da pessoa do Anticristo.

O Urso do capítulo 7 e o carneiro do capítulo 8, de fato representam uma coisasó: A Medo-Pérsia. O Leopardo do capítulo 7 e o Bode peludo do capítulo 8, tambémrepresentam a mesma coisa a Grécia.

V)- DANIEL CAPÍTULO 11

O capítulo 11 inicia assim: “Eu, pois, no primeiro ano de Dario, o Medo,levantei-me para o animar e fortalecer. E agora te declararei a verdade: Eis que ainda selevantará, três reis na Pérsia, e o quatro será muito mais rico do que todos; e tendo setornado forte por meio de suas riquezas, agitará todos contra o reino da Grécia”. Dn. 11,1,2.

O que está profetizado neste capitulo, foi predito no terceiro ano do reinado deCiro, rei da Pérsia. Dn. 10,1.

Declarar a verdade que o anjo está se referindo é dar a interpretação divina dossímbolos da visão. Veja Dn. 7, 16,19; 10,21.

Da mesma forma para se entender melhor este capítulo, recorramos aos

arquivos da história.5.1) SEQUÊNCIA DOS REIS PERSAS

1º Rei - CIRO (539-529), Deus o chamou pelo nome 150 anos antes de seu nascimento(Is. 45,1). Conquistou a Babilônia em 539 e decretou a volta dos judeus para novamentese organizarem como nação. Veja Ed. 5,11-13; 1.1-4.

Dario, o Medo, também chamado de Dário I e Dario, filho de Assuero (Dn9,1), mas não o mesmo Assuero de Et. 1,1. Esse Dario representa o chifre menor, quesubiu por último em relação ao grande (Ciro). Dario, o Medo se constituiu rei, interino

sobre a Caldeia e Daniel prosperou em ambos os reinos. Dn 5, 50,31; 6,28.

Page 10: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 10/56

10

2º Rei - ASSUERO (529-522), Esse rei é mencionado em Ed. 7, 11, e ainda não é oAssuero do livro de Ester. A história o chama de Cambises II, conhecido também por Xerxes I, não chega a ser soberano e sim co-regente com seu pai Ciro.

-Smardis (? - 521). Teve somente sete meses de reinado. É chamado de pseudo-

Smerdis, portanto não foi nem considerado como propriamente dito, rei da Pérsia.

-Smardis (? - 521). Teve um falso Smardis é de considerar-se que teve umverdadeiro. Reinou meses também. É também conhecido como Artaxerxes I (Ed. 4,7).Determinou a suspensão das obras do templo (Ed. 4, 21-24; 6,14).

3º Rei - Dario II (521 –  485). É filho de Artaxerxes I, é conhecido como Histapes. Ordenou a conclusão do templo, (Ed. 4,5; 6,1). Participou da batalha de Maratona (490-AC).

4º Rei – Assuero (485-465). Este é o esposo de Ester, (Et. 1,1), a historia chama-o de

Xerxes II, derrotado pela esquadra Grega na batalha de Salamina, em 480 AC. Este 4ºrei é mencionado em Dn, 11, 2, que será o mais rico de todos. E podemos ver que defato foi assim, pois nos seus dias promoveu uma grande festa, ostentando as riquezas doseu glorioso reino com duração de 180 dias e deu mais uma festa de 7 dias, para todo o

 povo da capital (Et. 1 1-8). Esse rico rei agitou assim todos contra o reino da Grécia, ouseja, contra Alexandre, o Grande e foi derrotado.

5º Rei – Artaxerxes Longanimus ou Artaxerxes I (465-424), Ne 2,1; 13, 6, este foi ofilho de Assuero, enteado de Ester, um ministro seu Neemias, recebeu autorização parareedificar a cidade de Jerusalém.

6º Rei – Sodgiano (424-423) / 7º Rei – Dario II (423-404)/8º Rei – Cocomano ou Artaxerxes II (404 – 358). 9º Rei – Artaxerxes III (358 – 330)Foi vencido na batalha de Arbela, Assíria em 331, quando caiu o grande impérioMacedônico. 10º Rei – Xerxes II (242 -?).

Em Dn 11, 3-4, diz que depois de ter passado os reinos da Pérsia, levantará umrei poderoso que reinara com grande domínio, mas estando ele de pé, será quebrado erepartido para os quatro ventos do céu; Porém não para os seus descendentes, nemtampouco segundo o poder que reinou, porque o seu reino será arrancado e passará aoutros fora dos seus descendentes.

Esta profecia é a mesma profecia que já estudamos em Dn 8.8,22;  porém aqui são acrescentado detalhes importantes como: será repartido para os quatro ventos docéu, porém não para os seus descendentes e também não será com o mesmo poder comque reinou. Para que se entenda melhor o capitulo onze, deve ser estudado da seguinteforma ao seus versículos:

1.  Do 05 ao 20: Conflitos entre os Reis do Norte (Síria) e os Reis do Sul (Egito), eseus descendentes. O chifre notável é Alexandre, o Grande que foi quebrado(morto) e os seus quatro generais. Porém esses quatro se reduzem em dois reinos(Norte e Sul) e desses dois ficará apenas um, e isto após muitos conflitos. (Dn10,1).

2.  Do 21 ao 35: Trata-se do último reino do norte (Síria), através de seu últimogovernador Selêucida, Antíoco Epifânio que é tratado em Dn. 8.9-14, 23-25. 

Page 11: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 11/56

11

3.  Do 36 ao 45: Predições referentes ao Anticristo. Talvez o leitor não entenda, porque o estudo foi iniciado no capítulo 2, depois passamos para o 7, 8 e emseguida para 11, e a seguir, mais à frente o capítulo 9. A verdade é que se tornadifícil introduzir todos os detalhes ligados a profecia sem destruir a seqüência danarrativa bíblica. Porém duas coisas devemos entender: 

a) – A Bíblia interpreta a si mesma.b)  –  A revelação bíblica é progressiva, ou seja, Deus não diz tudo de uma vezsó, e nem uma vez por todas.

Daniel recebeu revelações a respeito do futuro político do mundo em quatroocasiões, nenhuma dessas visões é completa em si mesma, todas elas omitemdetalhes importantes, que são fornecidas pelas outras.

- Como já vimos a estátua do capítulo 2, mostra o lado político dos últimosimpérios mundiais.

- No capítulo 7, através dos animais é mostrado o lado moral e espiritual,através do caráter feroz e destrutivo dos animais.

- Observe que os animais levam um grande vantagem em relação a estátua, pelo fato de poder expressar ação.

VI) - DANIEL CAPITULO 9

Daniel revela que no primeiro ano do reinado de Dario, ele entende peloslivros (dos profetas), mais precisamente pelo livro do profeta Jeremias, que haviade acabar as assolações de Jerusalém por já ter se passado setenta anos (Dn. 9.1,2).

Daniel estudava a bíblia e a considerava de uma forma prática; entãoaceitou a profecia como a voz de Deus chamando-o para agir. Tinha chegado odia do cumprimento de Jr. 25. 11,12 e 29,10. Tinha chegado o tempo de findar oexílio de Judá; entretanto não havia qualquer indicação de que tal coisa iria suceder,não havia qualquer edito, neste sentido.

 Nós também estamos em tempo de grande crise, conforme as profecias eDeus quer que seus filhos considerem a profecia como coisa prática (Lc 24, 25; II Pe1,19), que se humilhem até o pó e façam intercessão dia e noite.

E o anjo saiu para fazer Daniel entender o sentido (Dn. 9 21,22), até mesmoDaniel, profeta e também com a palavra clara da bíblia estava intercedendo commuita falta de luz. Notemos que essa “luz” está aumentando capitulo após capítulo.Isto é o que a bíblia chama de revelação progressiva.

Deus revelara, no capitulo 2, que o tempo dos gentios na sua primazia seria

aniquilado para sempre, pela chegada do reino da Pedra, o reino eterno dos céus.A visão dos quatro animais (cap. 7) revela que os santos de Israel serãohonrados nesse reino como o povo predileto da terra; porque o seu Rei, o filho doAltíssimo, será servido e adorado por todos os governos que houver na terra.

A visão do carneiro e do bode (cap. 8) revela uma nuvem negra detribulação sem igual a ser travada pelas nações: Medo-Persas e Grécia.

A visão das 70 semanas de Daniel (Cap. 9) resplandece como uma luzintensa e para se entender esta profecia, temos que entender o motivo porque Israel,

 precisamente o reino do sul (Judá), foi para o cativeiro babilônico.Deus havia dito que os israelitas semeassem durante seis anos e no

sétimo haveria descanso solene para a terra. (Lv. 25. 1-4). O principio de haver um

sábado ou descanso cada semana, se estende para os anos também, havendo um ano

Page 12: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 12/56

12

sabático a cada sete anos. Isto valia como reconhecimento do direito de Deus sobrea terra (Lv. 25,23).

- Deus havia dado a terra a seus servos (Israel) e esperava que eles fossemmordomos fiéis. Enquanto Israel confiasse em Deus, podia contar com a promessa

divina de boas colheitas, para que houvesse bastante suprimento para o sétimo ano,no qual não podia haver sega (Lv). 25. 20-22, e isto implicava em exercer fé. Deuma forma também ajudava a manter a fertilidade do solo, permitindo que ficassesem ser lavrado em certas épocas.

- Deus havia estabelecido: “Observai os meus estatutos, guardai os meus juízos ecumpri-os, assim habitareis seguros na terra”. Porém isto permaneceu como idealraramente cumprido (Lv. 25.18; Jr. 34, 13,14). Portanto uma das causas do cativeiro

 babilônico foi a inobservância desse mandamento. (Jr. 25. 10 e 29,10). Dessa formaIsrael no cativeiro fez descansar a terra obrigatoriamente. (II Cr. 36,21).

Analisando o texto d Dn 9. 24-27, devido a sua importância, note

cuidadosamente e lembre-se:

1- A profecia inteira trata do “povo” de Daniel e de sua cidade, isto é: A nação deIsrael e da cidade de Jerusalém. (v. 24).

2- Dois príncipes diferentes são mencionados, que não se deve confundir : O primeiro é o Messias, O Príncipe (v.25) e o segundo se descreve como o príncipeque há de vir. (v. 26).

3- Todo período envolvido é precisamente especificado como setenta semanas,(v.24), e estas setenta semanas são divididas em três períodos menores: (vv, 25,27).

a) – Sete Semanas;b) – Sessenta e duas Semanas;c) – Uma semana.

4- O início do período total, ou seja, das setenta semanas é definitivamente fixado:“Desde a ordem para restaurar a para edificar Jerusalém”. (v. 25).

5- O fim das sete semanas e sessenta e duas semanas é (= 69 semanas) marcado pelaapresentação do Messias, o Príncipe, como o “Príncipe de Israel”. 

6- Depois das sessenta e duas semanas, que seguem as primeiras sete semanas, (istoé 69 semanas), o Messias, O Príncipe será morto e Jerusalém será destruída emalgum tempo no futuro, pelo povo do outro príncipe. (v.26).

7- Após estes dois eventos importantes chegamos a última ou a SeptuagésimaSemana, cujo inicio será claramente indicado pelo estabelecimento duma firmealiança ou tratado entre o príncipe vindouro e a nação de Israel, pelo período de umasemana. (v. 27).

8- No meio da semana, ou da septuagésima semana, após ter violado o seu tratado, o

 príncipe vindouro fará cessar o sacrifício judaico subitamente e fará cair sobre o povo um tempo de ira e desolação que durará até o fim da semana. (v.27).

Page 13: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 13/56

13

9- Ao findar o período total das setenta semanas será inaugurado um tempo degrandes Bênçãos, como nunca houve para Israel. (v, 24).

Qual a medida de tempo indicada pelas semanas desta profecia? Que tipo de semanas são essas? 

Para o leitor da língua portuguesa a palavra semana significa só uma coisa, isto é,um período de sete dias. Entretanto è importante saber que no calendário judaico,inspirado divinamente, os judeus tinham um SETE de ANOS, tanto quanto um SETE deDIAS. E esta semana bíblica era tão familiar para os judeus quanto a semana de anos.Veja Lv. 25,8; Gn 29, 18, 27,28.

VII) AS SETENTA SEMANAS E SEUS PERIODOS 

1º - sete semanas, ou quarenta e nove anos.

Marca o 1º período das setenta semanas e com um fato notável da história: “Sabee entende, desde a ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao messias, setesemanas e sessenta e duas semanas”. Dn 9,25. 

O primeiro período começa então, com o reinado de Artaxerxes em 445 aC.

Esta ordem é identificada, por muitos comentaristas, como os decretoselaborados por Ciro, Dario e Artaxerxes, registrados no livro de Esdras, (Ed. 6,14). Masestes decretos, sem nenhuma exceção, são acerca da “reconstrução do Templo”, e não

da cidade. Leia cuidadosamente, Ed. 1. 1,2; 4.1-5; 11,24; 6. 1-5 14,15; 7.11. 20, 27, enote que a referencia ao decreto, fala da “casa do Senhor”. Mas não há autorização paraa reconstrução da cidade. A reconstrução do templo foi interrompida, por certo tempo,devido as acusações dos inimigos dos judeus de que estavam tentando reconstruir também a cidade sem a devida autorização do Rei. (Ed. 1-24).

Existe somente um decreto na história do Antigo Testamento, fora de todas asmanipulações de interpretações, que tem a possibilidade de ser identificado como areferida “Ordem” da profecia de Daniel.  

Este decreto se acha no livro de Neemias. Leia cuidadosamente Ne 1,4 e 2.1-8,notando alguns fatos.

Primeiro, foi a noticia da condição ruinosa do “muro” e dos “portões” da cidadeque despertou profunda preocupação em Neemias, o copeiro do rei Artaxerxes.  

“ Segundo, foi que, após a oração, ele “ousou” pedir ao rei:” Peço-te que meenvieis a Judá, à cidade dos sepulcros de meus Pais, para que eu a reedifique” . Ne2,5.

Terceiro, é que seu pedido ousado, lhe foi concedido pela graça de Deus : “E orei, mas deu, porque a boa mão do meu Deus era comigo”, Ne 2,8.  

O mais importante, entretanto, é notar como Neemias registra cuidadosamente,sob inspiração divina, a data exata desse decreto: “No mês de Nisã, no ano vigésimo

do rei Artaxerxes”, Ne. 2,1. 

Page 14: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 14/56

14

Quarto este 1º período, vai de 14 de março de 445 aC, com o decreto do Reiautorizando a reconstrução de Jerusalém até o ano de 396 aC, tempo que durou areconstrução, (49 anos).

Interessante que até mesmo a mais recente edição da enciclopédia britânica,

certamente sem preconceito favorável à profecia, marca a data da ascensão deArtaxerxes, como 465 aC, assim seu vigésimo ano vem a ser exatamente 445 aC.

2ª  –  Sessenta e duas Semanas, ou Quatrocentos e trinta e quatro anos.

Somando os 49 anos do 1º período mais esses 434 do segundo período, formamexatamente 483 anos.

Por meio de cálculos cuidadosos, os eruditos têm encontrado o seguinte:Que essas 62 semanas (ou 434 anos), termina com a entrada triunfal do Senhor emJerusalém e também, que essas 62 semanas, somadas as sete semanas (49 anos),

marca a data certa da primeira vinda de Cristo e determina o período do reinado doAnticristo.

Para encontrar o final das sessenta e nove semanas, temos que reduzi-las hádias. Desde que a 69 semanas de 7 anos cada uma, e cada ano tenham 360 dias,a equação a qual chegamos é 69 x 7 x 360 = 173.880 dias.

Começando a contagem a partir do dia 14 de março (dia da preparaçãopara a Páscoa) de 445 aC, este total nos leva até 6 de abril de 32 aD.  

Para comprovar que os 173.880 dias são exatamente iguais ao período acimadescrito, é necessário calcular este período da seguinte forma:

445 aC até 32 aD = 445 + 32 = 476 (aC 1 até 1 aD = 1 ano (o ano lunar judeu que tem apenas 360 dias)

476 anos x 360 dias = 173.740 dias

Aumento dos anos bissextos + 119 = 476 anos/ 4 anos = 119  –  3 =116 anosbissextos.

Obs. (Há uma diferença de 1/128 avos a maior no calendário Juliano para ocalendário solar que é igual a 3).

Portanto em 476 anos temos 116 anos bissextos.

14 de março a 6 de abril = 24 dias, onde temos: 173.880 Dias, ou seja, 173.740+ 116

24173.880

Portanto se somar 173.880 dias a partir de 14 de março de 445 aC, dará exatamente

em 06 de abril de 32 aD. (Zc 9,9; Lc. 29-40)

Page 15: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 15/56

15

3ª Semana ou seja sete anos

Este é o terceiro e último período das Setenta semanas. Completa desta formasetenta semanas e como são semanas de anos, quatrocentos e noventa anos.

É natural pensar que esses sete anos ou seja esta última semana, seguir-se-á logo

após as sessenta e duas semanas, porém esta última semana se torna separada por umgrande intervalo de tempo.Por que Daniel então não menciona o intervalo imenso que há entre a 69ª

(sexagésima nona) semana e a 70ª septuagésima). Porque as setenta semanas tratamsomente do Plano Divino com Israel e, assim, não lhe inclui o intervalo, a época daIgreja. Podemos dizer a “Dispensação da igreja”.  

Devemos lembrar que o livro do profeta Daniel é, antes de tudo, para os judeus.Foi um mistério não revelado no antigo testamento, que Deus quis formar depois da

 primeira vinda de Cristo a antes da segunda vinda, um outro povo escolhido e compostode judeus e gentios. O profeta avistou de longe dois cumes da cordilheira de eventos,sem considerar os muitos picos menores que sempre existiram entre os dois. (Ef. 3.3-6;

5.32; I Pe. 1 10-12).Existe um grupo que segue e defende o argumento da interpretação contínua.

Segundo este argumento o período inteiro das setenta semanas é contínuo e seminterrupção, ou seja a septuagésima semana segue a sexagésima nona sem nenhumintervalo de tempo.

- Evidentemente, se esta teoria fosse certa, a septuagésima semana já teria passado,tendo terminado na primeira parte do livro de Atos.

- Os defensores desta teoria não concordam entre si em todos os detalhes, mas ogrupo mais importante acredita que Cristo morreu no meio da septuagésima semana, e,

 portanto, que esta última deveria ter findado três anos e meio depois da cruz.

Quando lemos no versículo 24: “Setenta semanas estão determinadas”,imediatamente concluímos que todas as semanas (setenta), são contínuas, e, então

 poderá se arrastar esta interpretação errada através do restante da profecia.Porem, no versículo 25, encontramos um período de 69 semanas terminando com

um acontecimento histórico definido, o aparecimento do Messias, o Príncipe. Entãodepois destas 69 semanas, vem dois outros eventos: A more do Messias e a destruiçãoda cidade. Se seguirmos a ordem do texto, a morte do Messias e a destruição deJerusalém se encontram entre as semanas sexagésima nona e a septuagésima da

 profecia.Um intervalo de tempo entre as semanas sexagésima nona e a septuagésima é

exigido pelo cumprimento histórico dos dois eventos preditos no versículo 26. Esteseventos foram: a morte do Messias e a destruição de Jerusalém e ambos são colocadosdepois e não dentro da 69ª semanas.

É conhecido na história que no ano 70 aD, o General Romano Tito, destruiuJerusalém e seu santuário num dos cercos mais poderosos de todos os tempos.

Sendo certo que as primeiras sessenta e nove semanas terminaram depois de 32AD, a destruição da cidade ocorreu quase quarenta anos depois do fim das sessenta enove semanas. Mas na narrativa da profecia a destruição da cidade é colocada antes daúltima semana. Portanto o cumprimento histórico deste detalhe da profecia, sobre o qualquase todos concordam, exige um intervalo de mais ou menos 38 anos e assim forneceevidência infalível ao problema que tem confundido tantos comentaristas. Porque

mesmo que um ano só seja admitido entre as últimas duas semanas, o princípio da

Page 16: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 16/56

16

interpretação do intervalo fica admitido. E se pode haver 38 anos, não há nenhumarazão a priori, para negar que possa haver vinte séculos.

Pode se observar também que os cumprimentos dos acontecimentos, tremendos doversículo 24, não se acham em lugar algum da história, logicamente por serem futuros, e

estão aguardando a realização da septuagésima semana:1º - Extinguir a transgressão;2º - Dar fim aos pecados;3º - Expiar a iniqüidade;4º - Trazer a justiça eterna;5º - Selar a visão e a profecia;6º - ungir o Santo dos Santos.

Por outro lado podemos argumentar que um intervalo imprevisto no tempo profético não é fenômeno raro nas profecias do antigo testamento (Is. 9.6; Zc. 9.9,10; Is.61. 1,2).

Sabe-se que muitas vezes há pouca ou nenhuma perspectiva de tempo nas visõesdo profeta do antigo testamento. Ele via junto no panorama da profecia, eventos que noseu cumprimento ficaram separados por séculos. Esta característica curiosa, tão estranhaao modo de pensar ocidental, era perfeitamente compatível, com o modo oriental, que

 pouco se preocupa com a cronologia contínua.O Dr. M.G. Kyle, dizia aos seus alunos, o oriental se interessa pelo próximo

evento importante e não pelo tempo do seu cumprimento. A bíblia é um livro oriental,humanamente falando. Contudo, vemos que mesmo os profetas se confundiam pela faltade perspectiva de tempo. Pedro relata que depois de terem escrito, os profetas

 procuravam o significado do que haviam dito: Investigando atentamente qual ocasião ouquais circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo que estava neles, aodar de antemão, testemunho sobre sofrimentos referentes à Cristo, e sobre as “Glóriasque o seguiriam” I Pe. 1,11. 

Evidentemente, os profetas viam claramente tantos os sofrimentos quanto aglorias do Messias. Ainda mais, sabiam da ordem cronológica, ou seja: Primeiro ossofrimentos e depois as glórias. Porém uma coisa era obscura para eles: O tempo. “Qualocasião ou qual circunstância”. 

Isto é precisamente o problema das profecias das setenta semanas. Daniel viuclaramente os sofrimentos de Cristo  –   O Messias seria “exterminado”, depois dasexagésima nona semana, mas antes da septuagésima. É igualmente certo que Daniel

viu glórias de Cristo que viriam ao fim da septuagésima semana (Dn. 9.24). Mas pareceevidente que o problema do tempo intercalado ficou além do seu entendimento, porqueeste problema foi discutido pelos mensageiros angélicos. (Dn. 12. 6,7).

Daniel confessa: “Ouvi, porém não entendi”, (Dn. 12,8). Esta falta deentendimento, não foi falta de compreensão espiritual; mas sim por parte do planosoberano de Deus; vemos o versículo 9: “Vai-te Daniel; pois as palavras estãoencerradas e seladas até o tempo do fim”. Este dito não se refere a todo o livro deDaniel, mas somente ao tempo implicado na septuagésima semana da profecia.

O tempo do fim chegará com o início da septuagésima semana, e então acronologia profética ficará tão clara que só os ímpios é que não poderão entendê-las.

(Dn. 12,10).

Page 17: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 17/56

17

VIII) –  DANIEL CAPÍTULO 12.

Versículo 1º. Este versículo trata de um período de angustia, qual nunca houve.Este período nada mais é do que a Grande tribulação e que o livro de Apocalipse trataem sua maior parte.

Versículo 2º. Aqui fala que haverá dois tipos de ressurreições.Versículo 3º. E a ciência se multiplicará... Para que possamos avaliar ocumprimento desta profecia, vejamos algumas das invenções em ordem cronológica.

Gás de iluminação →1978 Prelo a vapor →1803  Navio a vapor  →1807 Tear  →1808 Locomotiva →1814  Fósforo →1820 Ceifadeira →1834  Eletrotipia →1837 Telegrafo →1837  Maquina de costura →1846 Maquina de escrever →1867  Telefone →1876 

Fonógrafo →1877 Luz elétrica →1878 Turbina a vapor →1883 Linotipo →1886 Bonde elétrico →1889 Automóvel →1893 Raio X →1895 Cinema →1895 Telegrafo s/fio →1896 Avião →1906 Telefone s/fio →1915 Radio →1921 Televisão →1928 Propulsão a jato →1941 Energia atômica →1942 

Versículo 10º. Neste versículo esta registrado que os ímpios procederãoimpiamente e nenhum deles entenderá (os mistérios do Senhor, a sua palavra), mas os

sábios entenderão.Versículo 11º. O que é esta abominação desoladora? veja Dn. 9,27; Mt. 24,15; II

Ts 2,4  –  O Anticristo fará um pacto com o povo de Israel e isto por “um tempo, doistempos e metade de um tempo”. Dn. 12,7.

Um tempo................................................. 1 anoDois tempos.............................................. 2 anosMetade de um tempo................................ 1/2 ano

Observe que é dito que o príncipe (o Anticristo) fará uma aliança por uma semana(sete anos) e na metade da semana (três anos e meio), quebrará este pacto e sobre a asadas abominações virá o assolador. E estabelecida à assolação haverá 1290 (mil duzentose noventa dias), e o quer dizer estes dias?

1290 são (1260 + 30), observe Ap. 11,3; 12,6. Esses trinta dias poderá ser o tempogasto para realizar o julgamento das nações.

Versículo 12º. É dito aqui que “Bem aventurados os que esperam e chegam aosmil trezentos e trinta e cinco dias”, o que poderia ser esses dias?

1335 é (1260 + 30 + 45), provavelmente deve ser o tempo para os preparativos doestabelecimento do Milênio, veja as referencias: Ap. 16,18; 19,17-21; Ez. 39,17-22.

Logo após a Grande tribulação, isto é, no seu finalzinho deverá acontecer a batalha doArmagedom e o morticínio será muito grande.

Page 18: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 18/56

18

Para se ter uma idéia, na batalha que o grupo do bloco comunista realizará contraIsrael, no início da Grande Tribulação, em Ez. 38 e 39 é onde muita gente confundecom a batalha do Armagedom, o povo de Israel levará sete meses para enterrar osmortos. EZ. 39.11-13.

IX) TEXTOS PARALELOS AO LIVRO DE DANIEL E APOCALIPSE

Dn. 2.44 ↔ Ap. 11.15; 12.10 ↔ O Reino de Deus. Dn. 5.4,23 ↔ Ap. 9.20 ↔ Descrição da idolatria Dn. 7.9 ↔ Ap. 20.4 ↔ Tronos Dn. 7.9 ↔ Ap. 1.8 ↔ Ancião de dias Dn. 7.10 ↔ Ap. 5.11 ↔ Milhares que serviam Dn. 7.13 ↔ Ap. 1.7; 14.14 ↔ Advento final Dn. 7.22 ↔ Ap. 20.4 ↔ Juízo dado aos santos Dn. 7.25; 12.7 ↔ Ap. 12.14 ↔ Um tempo, tempos...... 

Dn. 8.10 ↔ Ap. 12.4 ↔ Queda das estrelas Dn. 8.26; 12.4 ↔ Ap. 10.4; 22.10 ↔ Visão para ser selada. Dn. 10.5,6; 7.9 ↔ Ap. 2.18; 19.12 ↔ O homem Dn. 10.13,21 ↔ Ap. 12.7 ↔ O Arcanjo Miguel  Dn. 12.1 ↔ Ap. 17.14 ↔ A Grande tribulação Dn. 12.1 ↔ Ap. 20.15; 21.27 ↔ O Livro da Vida.

X) QUE GERAÇÃO É ESTA DECLARADA POR JESUS?

“Não Passará esta geração” –  “Em verdade vos digo que não passará esta geraçãosem que todas estas coisas aconteçam”. 

Sendo a duração da vida humana, “geração” serve para expressar o tempo comosegue: os tempos passados (At. 14.16; 15.21), o tempo do castigo de Deus, que atingeaté a quarta geração (Ex. 20.5; Dt. 5.9), o tempo da sua misericórdia, infinitamentemaior que sua cólera (Ex. 20.6; Dt. 5.10; Icr. 16.15; Sl. 108.8 ). “De geração emgeração”, que também se traduz conforme o sentido do pensamento: “de idade emidade” – significa para sempre, em perpetuidade, e se relaciona com fidelidade de Deusa seu reino, a seu amor e ss (Ex. 3.15; Sl. 33.11; 90.1; Is. 60.15; Dn 4.3; Lc. 1.50).

a)  por outro lado, “geração” significa os homens de uma época (Ex. 1.6; Nm.32.13; Ec. 1.4), os homens do passado (Jó 8.8), os homens do futuro (Dt. 29.22; Jó.

18.20; Sl. 22.21; 48.14; 78. 4,6; Lc. 1.48), os contemporâneos (Is. 53.8; Lc. 16.8). Neste sentido “geração” é o objeto dos julgamentos severos que os profetastrazem sobre seus contemporâneos e, sobre todo o povo de Israel: “... geração perversa”(Dt. 32.5); “... geração pecadora” (Is. 1.4); “... semente adulterina” (Is. 57.3); “...semente da falsidade” (57.4, etc.). O Senhor Jesus retoma estes julgamentos proféticos eos aplica a seus contemporâneos em vários de seus elementos doutrinários:

“... geração má e adúltera” (Mt. 12.39); “... geração adúltera e pecadora” (Mc.8.38); “... geração incrédula!” (Mc. 9.19); “... geração incrédula e perversa” (Mt. 17.17),etc.

b) “... esta geração”. A palavra “geração” na presente passagem tem um sentidoescatológico. É a palavra grega “genea”, segundo o Dr. C.I. Scofield,ela traz em si a

idéia de “raça, família, espécie, etc”. É certo que a palavra se emprega apenas comouma geração familiar (como um filho sucedendo ao pai), não se coaduna com a tese

Page 19: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 19/56

19

 principal, porque nenhuma destas “coisas”, a saber, a pregação do evangelho do Reinoem todo o mundo; a volta de Jesus em glória; o ajuntamento dos escolhidos pelos anjos,não aconteceu antes da destruição de Jerusalém, que todos sabem, deu-se no ano 70 dC.A promessa é, portanto que a Geração  – a Nação de Israel ou família israelita  –  seráconservada até o fim como nação: Ninguém a destruirá.

c) O sentido aqui invocado deve ser o mesmo de “raça”, “espécie”, “família”.Tal expressão de Jesus assegura a continuidade de Israel, como nação, até a volta deCristo com poder e grande glória, mas sua identidade como raça e como naçãocontinuará até aquele acontecimento. Paulo declara exatamente isso em Rm. 11.25 e ss.Outros, porém, tem em mente que Jesus ao se referir a “esta geração”, queria dizer “estageração de homens”, e assim, segundo este critério de interpretação, aquela “geração”,tria durado exatamente 40 anos, pois no ano 70 dC. Todos que ouviram isto, exceto osdiscípulos pereceram.

d) Acima, neste tópico, falamos que em certo sentido “geração” se aplicatambém aos homens de uma época ou a um grupo específico em qualquer tempo ouépoca, tais como:

1) Os Gentios. “Depois disse o Senhor a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porquete hei visto justo diante de mim nesta  geração” (Gn. 7.1). Os gentios, quanto à suaorigem, vieram de Adão e a sua liderança natural esta nele. Quanto ao seu estado no

 período de Adão à Cristo, ficaram sob a multiforme acusação: “... estáveis sem Cristo,separados da comunidade de Israel, e estranhos aos concertos da promessa, não tendoesperança, e sem Deus no mundo”. (Ef. 2.2b). Portanto os Gentios eram uma “geração”sem Deus e sem esperança.

2) Os Judeus. “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas  coisas aconteçam” (Mt. 24.34). Com a chamada de Abraão e tudo o que o Senhor operou nele, deu-se início a uma nova raça ou nova geração, a qual sob alianças e

 promessas divinas inalteráveis continuará para sempre. Portanto Israel é uma geração a parte dos demais povos ou nações. Isto é, trata-se de um povo escolhido como alvo das promessas e conceitos de Deus até a consumação.

3) Os Cristãos. “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa...” (Ipe.2.9ª). Um grande conjunto das Escrituras declara direta ou indiretamente que a atualdisposição foi predita e intercalada, e nela uma nova humanidade aparece sobre a terracomo a cerca de 2000 a.C. aparece na nova ordem do tempo a nação de Israel, tendocomo ponto de partida o patriarca Abraão. (Gn 12.1 e ss);

- Os Gentios  partindo de Adão, formavam uma nova “geração”, pois Deushavia também criado outros seres racionais (os anjos) no Universo.

- Os Judeus, partindo de Abraão, davam agora início a uma nova “geração”que, foi denominada por Deus como sendo “Santa” (Ex. 19.6).  

- Os Cristãos  partindo de Cristo, formam agora a “nação santa” (I Pe. 2.9 etc).

XI) O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS

O futuro se tem feito fator de preocupação e averiguação do homem em todosos tempos e em todos os lugares. Seja cristão, um ateu ou um pagão, o homem vive

Page 20: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 20/56

20

 permanentemente à procura da verdade concernente ao seu futuro e ao destino final doUniverso no qual habita. Enquanto o homem racional indaga: “Morrendo o homem,

 porventura tornará a viver?” Indagam tantos outros: Como podemos estar certos acercada vida futura, relacionada com a existência do presente?

Para dar respostas a estas insistentes indagações do homem, a Escatologia

Bíblica, abre a cortina do porvir, para revelar o Deus da História armando o palco ondese desenrolarão os grandes eventos preditos pelos profetas, pelo Senhor Jesus Cristo, emostrados a João na sua visão na ilha de Patmos. Há, pois, grande conforto no estudo dadoutrina das últimas coisas.

a) Onde Estão os Mortos?

Pela primeira vez encontramos em Gn. 2.17, a origem de uma palavra que percorrerá toda a história da humanidade até o Juízo Final: “A MORTE”! Ali, ela estavaoculta (certamente morrerás) e na seção seguinte, já “revelada”. A morte é apresentadana Bíblia de várias maneiras. Em algumas passagens refere-se apenas a um estado, em

outras porém, ela aparece como sendo “um ser personificado” (Jó. 28,22; I Co. 16,26;Ap. 6,8; 20,14). Na passagem de Ap. 6,8, a Morte e o Inferno são vistos personificadoscomo os guardiões respectivamente dos corpos e das almas dos homens sem Deus, entrea morte e a ressurreição, Ap. 20,13.

A morte se tem feito tema de discussão e preocupação de todos os povos,independentemente da cultura e da religião que tenham. A partida de um ente querido

 para o Além, não apenas fere corações queridos, também levanta indagações dos queaqui ficam quanto ao futuro eterno do ente querido que partiu. Neste caso a Bíblia é deinestimável valor, uma vez que ela fala, não apenas da vida presente, mas também falada morte, do estado intermediário dos mortos e do que lhe aguarda no porvir.

Esta questão preocupa praticamente todas as religiões surgidas ao longo detoda a história da humanidade em todo o mundo.

Os antigos Gregos acreditavam que os mortos iam para as “Ilhas dos bem-aventurados” onde ficavam aguardando o julgamento por três representantes do mundosubterrâneo. Se o morto tivesse sido bom durante a vida, e os juízes estabelecessem asua retidão, ele podia entrar nos Campos Elíseos, um tipo de paraíso. Ali de acordo coma mitologia grega, os mortos estariam em uma terra de música e luz, de ar doce eagradável. As almas boas viveriam ali para sempre, entre as alegrias simples de flores ecampinas verdejantes.

Outras religiões do mundo viam a habitação final dos mortos de maneiradiferente, dentre as quais se destacam: O Islamismo, o Budismo, o Hinduismo e o

Espiritismo. Os romanos, por exemplo, imaginavam a eternidade como o espelho destavida. Para os muçulmanos, a morte traz recompensa e punição. Já os hindus e os budistas dizem que as almas voltam a este mundo várias vezes até que encontram as bem-aventuranças eternas. Supõem que essa purificação acontece através datransmigração das almas, isto é, depois da morte a alma volta a reencarnar no corpo deum animal inferior ou de outro ser humano. A grande semelhança entre essa crença éaquela definida pelos espíritas, a reencarnação.

 Neste mundo de tantas religiões e de tanta confusão em matéria de fé, pergunta-se: “Com quem está a verdade, finalmente?” A resposta é simples: A verdadeestá revelada na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, e isso não deixa lugar para

especulações, seja para quem for. A palavra de Deus afirma enfaticamente que uma dasrazões porque Jesus veio a este mundo, foi para nos mostrar não apenas como termos

Page 21: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 21/56

21

vida abundante aqui, mas também vida eterna no Além. A Bíblia diz: “Segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras,mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesusantes dos tempos eternos”. 

A imortalidade sempre foi um fato inconteste nas Escrituras, mas foi

necessário que Cristo a trouxesse à luz para que soubéssemos o que ela é e podemosobtê-la.

b) Para Onde Vão os Mortos?

As bênçãos resultantes da vinda do Senhor Jesus a este mundo sãoincontáveis. Elas se relacionam com tudo que concerne ao crente. Uma dessas bênçãosdiz respeito aos filhos de Deus que dormem ou vierem a dormir no Senhor. Na Glóriacelestial ser-nos-ão reveladas e usufruídas inumeráveis outras bênçãos derivadas davinda de Jesus Cristo aqui. Elas têm alcance ilimitado, aqui e na eternidade.

Para compreender os ensinos bíblicos sobre o lugar para onde se destinam osmortos é necessário observar no texto original do antigo testamento e também no novotestamento, algumas palavras descritivas para o inferno.

Apalavra inferno na Bíblia tem significados que variam de acordo com otexto em que é citado.

Há basicamente quatro palavras, na edição revista e atualizada, que sãotraduzidas por inferno.

1- SHEOL  – A palavra Sheol, no Antigo Testamento, equivale em sentido aHades, no Novo. (Dt 32.22; Sl 9.17 e 16.10). Ambos os termos designam o lugar paraonde, nos tempos do Antigo Testamento, eram levados todos os mortos: justos einjustos, havendo, no entanto, nessa região dos mortos uma divisão para justos e outra

 para os injustos, separados por um abismo intransponível. Entende-se que Efésios 4.8-10, indica a ocasião da mudança: “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro”.Acrescenta-se imediatamente que Ele (Cristo), tinha primeiro “descido às partes mais

 baixas da terr a”; Isto é, a parte do Sheol que era o Paraíso. Algumas ve rsões da Bíbliaequiparam Sheol, (O mundo invisível) com queber (sepultura). As Escrituras, porém,vão mais além e revelam ser Sheol, não apenas um lugar, mas sobretudo, um lugar depena (2 Sm 22.6; Sl. 18.5; 116.3). onde os iníquos são lançados (Sl. 9,17) e onde estãoconscientes (Is. 14.9-17); (Ez. 32.21), e especialmente Jonas 2.2, onde o “interior” dogrande peixe era para Jonas o que o Sheol é para os que estão nele. Assim Sheol do

Antigo Testamento e o Hades do Novo são necessariamente idênticos. Para os ímpiosmortos não houve qualquer alteração quanto ao seu estado. Continuam descendo aoHades, o império da morte, onde ficarão retidos em sofrimento consciente até o JuízoFinal, após o Milênio, onde serão julgados, condenados e sentenciados ao Infernoeterno. Sendo assim qualquer fantasma ou alma do outro mundo que porventuraaparecer por aqui, é coisa diabólica, porque do Hades não sai NINGUÈM.

2- HADES   –  É a forma grega da palavra hebraica Sheol e significaigualmente lugar de habitação das almas que partiram deste mundo. (Mt. 11.23; 16.18;Lc. 10.15; Ap 1.8 e 6.8).

Page 22: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 22/56

22

3- GEENA - Termo usado para designar um lugar de suplício eterno (Mt5.22,29, 30; Lc. 12.5). A palavra “Geena” é composta por duas palavras hebraicas: “ge”,que significa “um abismo” e “hinnom”. Ambas as expressões juntas significam “OAbismo ou Vale do Filho de Hinnom”. Literalmente falando, refere-se a uma depressão

 profunda situada ao sul de Jerusalém (Rs. 18.16). O expressivo “Geena” é originado de  

uma raiz aramaica obsoleta que significa “lamentação” (2 Re. 23.10). Era o lugar deculto a Moloque, a quem os reis Acaz e Manassés sacrificaram seus filhos (2 Cr.28.3;33.6). Josias o rei reformador, declarou ser este lugar imundo (2 Re 23.10), onde eraqueimado lixo e lançados os cadáveres (Is. 66.24; Jr. 31.40). Por isso, “Geena” é nomegrego para o Vale do Filho de Hinnom. Esse era lugar de fogo, morte e aflição,local aonde era queimado os cadáveres de criminosos e animais. Ali havia fogo acesocontinuamente, servindo assim de uso figurado para o lago de fogo. Vê-se as palavrasSheol ou Hades sendo traduzidas indevidamente por inferno. Mas o inferno

 propriamente dito é o Geena que é o lago  de fogo. O Hades ou Sheol é apenas uminferno-prisão, onde os ímpios permanecem entre a morte e a ressurreição deles. O lagode Fogo (Ap. 20.14) e seu equivalente da “Segunda Morte” devem ser tomados como

sinônimos de “Geena”. É este o lugar onde o bicho não morre e o fogo nunca se apaga.  O Senhor Jesus empregou o termo “Geena” 11 vezes, sempre no sentido

literal. Ali sempre havia fogo aceso, servindo desta maneira para figurar o Lago de Fogoque arde eternamente. A palavra encontra-se em Mt. 5.22,29,30; 10.28.29; 23.15,33;Mc. 9.43, 45,47; Lc 12.5; Tg. 3.6. Em cada caso, com exceção do último, a palavra saidos lábios do Senhor Jesus em solene aviso das conseqüências do pecado. Ali era lugar onde era jogado o lixo. Isso corresponde a um lugar com mau cheiro, fumaça e odoresde putrefação que se encontra fora das cidades. O significado do pensamento combinacom as palavras de Jesus, quando descreve esse lugar (“onde o seu bicho não morre, e ofogo nunca se apaga”). 

4- TÁRTARO  –  O mais profundo dos abismos no Hades, e significa“encerrar em suplício eterno” e encontramos este termo apenas em II Pe 2.4. O Tartarusdos romanos e o Tártaros dos gregos, são vistos como a Casa intermediária, a caminhodo Juízo Final. (Jd. v.6). Nos escritos paralelos ao Apocalipse, “tártaro” é a designaçãousada para o lugar de punição dos Anjos caídos. Algumas das referencias a esse lugar,na literatura grega, parecem indicar q1ue se imaginava ser esse lugar inferior ao“Hades”, bem como um lugar especial de ira divina. Somente em II Pedro 2. 4 é queencontramos o vocábulo “tartaroã”, traduzido em nossa versão como “precipitando noinferno”, e em outras versões “lançados nas regiões mais baixas”,. Os textos gregos econtextos aqui representados, levam-nos a depreender que o “Sheol” representa para os

 perdidos até a ressurreição final e o “Paraíso” para os santos até o arrebatamento; o que,o “Tártaro”, representa para os Anjos caídos, isto é, um lugar de espera intermediáriaaté uma solução final. É esta a nossa solene convicção.

Queber  –  No Hebraico quer dizer sepultura, túmulo, cova, embora hajamuita diferença entre as palavras queber e sheol certas versões tem feito confusão sobreo sentido das mesmas. Como já vimos a palavra hebraica para sepultura é Queber e a

 palavra grega é mnemeion. (Gn 50.5).A fim de esclarecer o verdadeiro sentido, faremos uma comparação do uso

dos vocábulos Queber e Sheol.Queber é usada na forma plural e Sheol na forma singular. Existe um só

Sheol, mas há muitos Queberes. Queber abriga e recebe cadáveres, (I Rs 13.30)enquanto que o Sheol jamais recebe cadáver (com exceção no caso de Coré).

Page 23: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 23/56

23

Queber é localizado sobre a superfície da terra, enquanto que o sheol élocalizado nas regiões inferiores da terra. O homem pode escavar o queber, mas jamaischegará ao sheol. A morte é a separação da alma do corpo, pela qual o homem éintroduzido no mundo invisível. Essa experiência descreve-se como o “dormir” (Lc11.11,14; Dt 31.16). A morte é o primeiro efeito externo ou manifestação visível do

 pecado e será o último efeito do pecado, do qual seremos salvos (Rm 5.12; I Co 15.26).O corpo do homem descreve-se como depositado na sepultura (Queber) enquanto aalma ia para o lugar denominado sheol, a morada dos espíritos mortos. Prova-se que osheol não era o céu pelo fato de ser descrito como estando em baixo (Pv 15. 24), “terramais baixa” (Ez 32. 18) que não era um lugar de felicidade suprema pelas seguintesdescrições:

Um lugar sem lembrança de Deus (Sl. 6. 5).Um lugar de crueldade (Ct. 8. 6).Lugar de dor (Jó. 24. 19).Lugar de tristeza (Sl. 18. 5).Lugar que aparentemente ninguém voltava (Jó. 7.8).

O sheol era habitado tanto pelos justos (Jó 14.13; Sl. 88.3; Gn. 37.34,35)como também pelos ímpios (Pv 5.3-5; 7.27; Jó 24.19; Sl 31.17).

Pela narrativa do rico e o Lázaro (que muitos afirmam que é uma parábola,más parábolas não contém nomes) concluímos que havia duas seções no sheol;

1 – um lugar de sofrimento para os ímpios (Lc 16.23-24).2  –  e um outro lugar para os justos, lugar de descanso e de conforto (Lc

16.25).

c) O Abismo

Assim como na terra e no mar, existe também no mundo invisível a “regiãoabissal”. Este “abyssos” é r ealmente um adjetivo, com significado de “sem fundo” =“insondável”. Empregado isoladamente com o substantivo “gê” (terra) subentendendo,significa “Lugar sem fundo”, e, portanto um abismo. Em o Novo Testamento, estaexpressão é equivalente a “Hades”, “Sheol” e outros termos que são traduzidos dentrodo mesmo conceito. São palavras usadas tanto pelos escritores do AT como do Novo.

 Não só há alusão ao “Abismo”. Mas de um modo singular e específico, hátambém alusão ao “Poço do Abismo” (Ap. 9.2). Alguns estudiosos traduzem a presenteexpressão por “Fenda do Abismo”, isto é, porque o termo grego (“ phear ”) tem estesentido. Já entre os gregos o Abismo ou Abyssus (grego) ou Poço do Abismo, ouTártaro é a escuridão, onde está localizada a prisão dos espíritos maus (Jd.v.6). A

 passagem de apocalipse 9.2, não se refere apenas ao Abismo, mas ao Poço do Abismo,isto é, o mais interior da cova (cf. Ez. 32.23); “ali, pois, por expressa ordem de Deus,estão aprisionados os poderosos que zombaram de Deus na terra dos viventes” .

Ezequiel diz que sete nações desceram ali e que “... seus sepulcros foram postos no mais interior da cova”. (Ez. 32.18,21 e ss). Nas epistolas de Pedro e Judasencontramos anjos ali aprisionados (2 Pe. 2.4 e Jd v 6). No conceito teológico, bíblico,esse é o lugar chamado de “região tenebrosa e melancólica, onde se passa umaexistência consciente, porém triste e inativa”  

Page 24: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 24/56

24

d) Após a Ressurreição do Senhor Jesus

Antes de morrer por nós Jesus prometeu que: as portas do inferno não prevaleceriam contra a igreja (Mt 16.18) isto mostra que os fiéis de Deus a partir dosdias de Jesus, não mais desceriam ao hades, isto é, a divisão reservada aos justos.

Porém, entre a sua morte e sua ressurreição ocorreu uma mudança, pois eledisse ao ladrão da cruz, arrependido: ”Hoje mesmo estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Paulo diz em Ef 4.8-9: “Quando ele (Jesus) subiu as alturas, levou cativo ocativeiro e concedeu dons aos homens”. Ora, que quer dizer subiu senão que tambémhavia descido até as regiões inferiores da terra? Confira Mt 12.40.

Entende-se, pois, que Jesus ao ressuscitar levou para o céu os crentes doantigo testamento que estavam no “seio de Abraão”, como ele prometera em Mt 16.18.muito desses crentes, Jesus os ressuscitou por ocasião de sua morte, certamente para quese cumprisse o tipo prefigurado na festa das primícias (Lv 23.9-11) que profeticamentefalavam da ressurreição de Jesus (I Co 15.20-23). Nesta festa profética havia

 pluralidade, o texto bíblico fala de “molho” ou “feixe”. Logo o seu cumprimento

deveria haver também pluralidade. E houve, conforme vemos Mt 27.52-53.A obra do senhor Jesus no calvário não afetou só os vivos, más também os

mortos que dormiam no senhor.O apóstolo Paulo foi ao paraíso, no qual está o terceiro céu (II Co 12.1-4).

Portanto, o paraíso está agora lá em cima, na imediata presença de Deus. Não em baixocomo dantes. A mesma coisa vê-se em Ap 6.9-10, onde as almas dos mortos da grandetribulação permanecem no céu, “debaixo do altar de Deus”, aguardando o fim da grandetribulação, para ressuscitarem (Ap 20.4) e ingressarem no reino milenial de Cristo.

Portanto, os crentes que agora dormem no Senhor, estão no Céu, pois oParaíso esta agora ali, como um dos resultados da obra redentora do Senhor JesusCristo. No momento do arrebatamento da Igreja, porém, seus espíritos virão com Cristo,unir-se-ão a seus corpos ressurretos, e subirão com Jesus, já glorificados.

Depois que Cristo subiu para o Céu, a Bíblia nunca mais se refere aoParaíso como estando “em baixo”. Desse ponto em diante todas as referências no NovoTestamento so bre o assunto, falam da localização do Paraíso como estando “em cima”ou “no alto”. 

e) A presente Situação dos Ímpios Mortos

Para os mortos ímpios não houve qualquer alteração quanto ao seu estado.Continuam descendo ao hades, “o império da morte”, onde ficarão retidos em

sofrimento consciente até o Juízo do Grande trono branco, após o Milênio quandoressuscitarão para serem julgados e postos no inferno eterno. Portanto qualquer fantasma ou alma de outro mundo que aparecer aqui é coisa diabólica, porque do hadesnão sai ninguém. É uma prisão e a chave está com Jesus. Almas do outro mundo nãovêm à terra, pois os salvos estão com Jesus, e os perdidos que morreram estãoencerrados para o grande dia do Juízo Final. O Diabo, sim, por enquanto está solto vivoe ativo no planeta terra. (Ap 1.18).

f) O Estado dos justos falecidos

 Na morte a vida corpórea cessa e o corpo começa a desintegrar-se. A partir 

daí o espírito ou alma humana entra num estado consciente de existência. Vamosanalisar então a natureza desse estado particularmente com respeito aos justos.

Page 25: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 25/56

25

1- Os justos estão com Jesus. A declaração Ec 12.7, de que o espírito voltaa Deus que o deu, acha-se repetida em passagens no novo testamento. Em Fl 1.23 Paulofalou de partir e está com Cristo.

2- Os justos estão vivos e conscientes. Os justos desincorporados estãovivos e conscientes. Ainda que o novo testamento ensine que haja um estado

desincorporado durante o intervalo entre a morte e a ressurreição, em parte algumadeixa transparecer a idéia de que este estado seja de inconsciência. Em Mt 22.32 Jesusdeclarou que Deus é o Deus dos vivos. Sua declaração foi feita em referência as

 palavras dirigidas a Moisés na ocasião da sarça ardente: “Eu sou o Deus de Abraão, oDeus de Isaque, e o Deus de Jacó”. 

Jesus interpretou essa declaração com o significado de que Deus estavadizendo: “A braão, Isaque, e Jacó morreram há muito tempo, porém, eles para mimcontinuam vivos.”. 

3- Os justos estão no paraíso. Conforme Ap 2.7 aquele que vencer, osenhor Jesus Cristo, lhe concederá que coma da “árvore da vida” que está no paraíso deDeus. Ainda que Ap 22.1-2 o termo “Paraíso” não seja usado, é provável que a idéia

seja a mesma. Nessa passagem, a árvore da vida aparece ao lado do rio da vida, oquadro total é um paraíso no jardim de bem-aventurança.

4- Os justos estão em descanso. Os justos desincorporados estão emDescanso. Esta declaração se baseia nas palavras de Ap 14.13.

g) O Estado dos Ímpios Falecidos

As passagens no novo testamento que tratam dos maus ou injustosdesincorporados são em numero menor do que as que se referem a justos. Porém as

 poucas que se relacionam com este tópico nos conduzem a várias conclusões:1 – Os ímpios falecidos estão separados de Deus Lc. 16.232 - Os ímpios falecidos estão em lugar fixo Lc. 16.233 – Os ímpios falecidos estão em estado consciente Lc. 16.27-284 – Os ímpios falecidos estão aguardando o castigo eterno I Pe 2.9

XII) O CÉU E O INFERNO

Há não poucos equívocos e concepções errôneas com respeito a céu e aoinferno. Grande parte desses erros se tem originado nas especulações, nas conjecturas enas esperanças ou no desespero daqueles que perderam entes queridos, e que em suatristeza, tem permitido idéias a respeito que não suportariam se examinadas a luz das

escrituras. Entretanto, muitos informes existem nas escrituras acerca do céu e doinferno.

a)  Como Será o Céu?

Diversos vocábulos são traduzidos por “céu”, pelos eruditos, no que dizrespeito ao céu (singular), e aos “céus” (plural), porém, os únicos que realmente sãomais impor tantes são o hebraico “shãmayim” e o grego “ouranos”. Estes vocábuloseram e são frequentemente usados para representar o Universo (Gn. 1.1; 14.19; 24.3; Jr.23.24; Mt. 5.18). Os hebreus empregavam a frase céu dos céus (Dt. 10.14; I Re 8.27;Sl. 115.16), para representar os céus na sua vastíssima extensão.

O termo “ouranos” que frequentemente é mais usado no singular  teve suaorigem no grego de Homero, com o significado de “abóbada Celestial”, ou

Page 26: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 26/56

26

“firmamento”. Para os escritores sagrados, especialmente aqueles relacionados com a poesia, o céu era retratado da seguinte maneira:

1º - Com janelas (Gn. 7.11; II Rs. 7.2);2º - Descansando sobre pilares (Jó 26.11);

3º - Repousando sobre alicerces (II Sm. 22.8);4º - Uma tenda armada (Sl. 104.2; Is. 40.22; 44.24);5º - É como um rolo desenrolado (Is. 34.4) e pode ser rasgado (Is. 64.1, etc).

a) O sentido geral. No AT (LXX = septuaginta), o termo “ouranos”ocorre por 667 vezes sempre como tradução de “shã, ayim” forma plural queocorre por 51 vezes. Já em o NT, “ouranos” ocorre 272 vezes, com maior freqüência em MT, (82 vezes), especialmente na frase “basileia tõn ouranos” (oreino dos céus).

 b) Os judeus dos últimos tempos costumavam dividir os céus em sete

regiões diferentes. Mas isso trouxe intensa discussão em torno dessa questão.Principalmente porque, no cristianismo primitivo, esse conceito não foi aceito

 pelos principais Pais da igreja. Num consenso geral, tanto cristãos como judeusortodoxos aceitam a existência de três céus.

c) No principio, portanto, esses céus foram criados por Deus (Gn. 1.1). No conceito original hebraico a palavra céus (plural) é “shamayim”. Aterminação “in” indica o plural. Isso pretende mostrar que há mais do quesomente um céu. Na Bíblia distinguem-se pelo menos três céus.

 Primeiro: O Céu inferior (ouranos);Segundo: O Céu intermediário (Mesoranios);

Terceiro: O Céu superior (eporanios).1)  Céu Inferior: Por céu inferior entendemos o céu atmosférico, isto é o “alto”:onde sobrevoam as aves e os aviões (atual), passam as nuvens, desce a chuva, ese processam os trovões e relâmpagos. Deus o chamou de “... a face da expansãodos céus” (Gn. 1.20) e Jesus, de “... extremidade inferior do céu” (Lc. 17.24). 

2)  Céu Intermediário: Por céu intermediário entendemos o céu estelar ou planetário, chamado também o céu astronômico. A Bíblia o chamou de a“altura”. 

3) Céu Superior: Esse é chamado de as “alturas” em várias conexões dasEscrituras Sagradas (Sl. 93.4; At. 1.9; Hb. 1.3). É declarado em 2 Coríntios 12.2,como sendo “... o terceiro céu”, = “O Paraíso”. Podemos chamá-lo de “oespiritual”, e de “céu dos céus” por estar acima de todos (Ne. 9.6; Jo 3.13).

Foram criados por Deus. Deus criou os céus pelo supremo poder daPalavra (I Cr. 16.26; Jó 26.13; Sl. 8.3; 33.6; 96.5; 136.5; Pv. 8.27) Foram criadosem seis dias, são sustentados pelo poder da sua Palavra.

1  – O céu é um lugar real, literal. Lendo Jo 14.2-3 vemos que por duasvezes Jesus chama o céu de lugar. Realmente o céu é um lugar real, literal, físico. É

um lugar na presença de Deus, um lugar que através da morte de Cristo foi preparado para nós.

Page 27: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 27/56

27

2 – O céu é um lugar espaçoso (Ap 7.9)

3 – O céu fica em cima. (At 1.9; II Rs 2.11; II Co 12.2-4)

b) Quanto ao Inferno é Importante Saber:

1 – O inferno é antítese do céu Mt 11.23

2 – No inferno há vida consciente e sofrimento eterno Lc 16.23

3 – Só Deus tem poder de matar o corpo e lançar a alma no inferno Mt 10.28.

4 – A indisciplina de nossos membros pode ser a causa da condenação do corpo ao

inferno Mt 5.29.

5 – Não há escape do inferno para um impenitente Mt 23.3

6 – O inferno será um lugar de sofrimento eterno e de eterna separação do salvador Mt13.42,49, 50; 25.4.

7 – Em inúmeras passagens o fogo do inferno está ligado ao enxofre Gn 19.24; Is 30.33;Ez 38.22; Ap 19.20; 20.10; 20.14-15; 21.8. O fogo resseca e queima, e o enxofre apegaà pele arrancando pedaços inteiros; além de exalar um cheiro horrível.

c) Termos que descrevem a Punição Eterna;

1 – Fogo eterno Mt 25.41;

2 – Trevas exteriores Mt 8.12;

3 – Tormentos Ap 14.10-11;

4 – Castigo eterno Mt 25.46;

5 – Ira de Deus Rm 2.5; Jo 3.36;

6 – Segunda morte Ap 21.8; 20.14;

7 – Eterna destruição II Ts 1.9;

8 – Pecado eterno Mc 3.29;

O inferno é a penitenciária do universo;

O inferno é o hospital oficial para os incuráveis;

O inferno é o cemitério universal dos mortos espiritualmente.

Page 28: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 28/56

28

XIII) A SEGUNDA VINDA DE CRISTO

A segunda vinda de Cristo será o mais momentoso evento que o mundo jamais testemunhou. Conforme descrita nas Escrituras, a segunda vinda de Cristo será

 precedida por uma série de sinais, e se desdobrará em duas fases distintas: 1º) Oarrebatamento da Igreja composta de santos mortos que ressuscitarão, e de santos vivosque serão transformados; 2º) A manifestação triunfal, pessoal e visível de Jesus Cristo,acompanhado dos seus santos e anjos. A doutrina da segunda vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, se reveste de grande importância quando buscamos compreender aquiloque Deus estará fazendo no futuro. Para melhor compreendê-la, estudemo-la levandoem consideração os seguintes pontos:

a) Sua proeminência nas Escrituras; b) É uma chave para compreensão das Escrituras;c) É a esperança da Igreja;d) É incentivo para o viver Cristão;

XIV) SINAIS DA VINDA DE CRISTO

Apesar de o Senhor Jesus Cristo não haver revelado com exatidão o dia de suavolta, evento este que conduzirá à plenitude do Seu Reino sobre a terra. Ele fez questãode deixar algumas “coordenadas”, através das quais podemos concluir estar longe ou

 perto esse auspicioso dia.Aos seus discípulos que, em particular, lhe pediram: “diz-nos quando nos

sucederão estas coisas, e que sinal haverá da sua vinda e da consumação do século ?”,“disse o Senhor Jesus Cristo:” Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos emmeu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. E certamente ouvirão falar de guerras e rumores de guerra; vede, não vos assusteis, porque é necessário assimacontecer, mais ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reinocontra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isso é o

 princípio das dores. Então sereis atribulados, e vos matarão. E sereis odiados de todas asnações, por causa do meu nome. Nesse tempo muitos hão de escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E por semultiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos”. 

 Notemos, portanto, que a simples presença no mundo dos sete tipos de eventosvaticinados por Jesus, não eram sinais a serem observados. Só quando esses eventos,

essas “dores de parto” se tornassem mais freqüentes e intensas, saberíamos que osúltimos dias do sofrimento da Igreja e o nascimento duma nova era se aproximava. Esabemos que essa era se aproxima de forma apressada, pela intensidade e freqüênciacom que se manifestam os seguintes sinais preditos pelo Senhor Jesus Cristo:

a) Proliferação de seitas falsas b) Surgimento de falsos messiasc) O renascimento e avanço generalizado do ocultismod) Sinais naturais e físicos, como seja: guerras, rumores de guerras, fomes,

terremotos, pestes, etc, em vários lugares. Não estes sinais em si mesmos, mas a freqüência com que eles ocorrem, é que

nos mostram que Cristo já não tarda a voltar. E não há como negar que esses sinais

anunciados por Jesus como indicador da sua eminente vinda, se repetem com freqüênciacada vez maior.

Page 29: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 29/56

29

XV) O ARREBATAMENTO DA IGREJAARGUMENTO PRÉ-TRIBULACIONISTA

A igreja será tirada antes. Esta interpretação é hoje a mais aceita, e é a que estamais fundamentada no contexto profético da Bíblia Sagrada. O Justo é levado antes do

mal. (Is. 57.11 lc 21.36). Não podemos saber o dia e à hora em que tão extraordinário e esperado eventoocorrerá. Mas podemos conhecer a sua época. Quando Jesus disse: “Mas, à meia noiteouviu-se um grito: Aí vem o noivo, saí ao seu encontro” (Mt . 25.6), Ele estava sereferindo ao final do dia da Graça, que ocorre à meia noite. Essa “meia noite”, podesignificar também a noite do materialismo, da apostasia e da era nuclear, quando o

 poderio acumulado é capaz de destruir toda a humanidade 27 vezes.

O arrebatamento da Igreja compreende a primeira fase da segunda vinda doSenhor Jesus Cristo. Como um acontecimento profético-histórico o arrebatamento temcomo centro de atenção a Igreja triunfante que velando aguarda o Salvador.

A discussão e estudo da doutrina do arrebatamento ou rapto da igreja, nosconduz, inevitavelmente à consideração dos seguintes eventos a ele pertinente:

a)  A ressurreição dos mortos em Cristo

O arrebatamento da igreja será precedido pelo soar, no céu, do brado de Jesus, avoz do arcanjo de Deus. Será o suave soar desta orquestra celeste que propiciará aressurreição dos mortos em Cristo. Quanto a isto escreveu o apostolo Paulo:

“ Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que emJesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele... Porque o mesmo Senhor descerá docéu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreramem Cristo ressuscitaram primeiro”. 

Dessa ressurreição farão parte todos os crentes, desde Abel, até o ultimo a morrer antes do arrebatamento. Uma vez que todos quantos dormem em Cristo, estão noParaíso, é de se compreender que as suas almas desencarnadas, por ordem expressa deJesus, descerão aos seus sepulcros onde os seus corpos jazem desintegrados no pó, daíressurgindo um corpo glorioso e glorificado. É o que é corruptível se revestindo daincorruptibilidade. Quanto àqueles que morreram no seu pecado, sem o conhecimentodo Cristo prometido ou manifesto, não reviverão senão no final do governo milenial deJesus Cristo, para comparecerem perante Grande Trono do Juízo Final.

As Escrituras nos apresentam vários graus de morte ou aspectos em que édescrita. Estes aspectos negativos foram ocasionados pela influência do pecado. ABíblia diz: “... pelo pecado a morte” (Rm 5.12); mas devemos destacar pelo menosQuatro aspectos ou formas de Morte na existência:

1) A Morte Física. A Morte no sentido amplo, ou melhor no mais universal possível,significa “cessação do processo vital em um organismo vivo”. Biologicamente: É a dissolução da estruturação molecular necessária para o fenômenoda vida.

Filosoficamente e Bíblicamente. É a separação da alma e do corpo.

Page 30: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 30/56

30

A morte absoluta é a separação definitiva da alma e do corpo. Este gênero de morte foicontraído por meio do pecado de Adão; e Abel seu segundo filho torna-se a primeiravitima. Se faz necessário lembrar que, antes da morte de um ser humano houve umaoutra vitima (Gn 3.21).

2) A Morte Moral. Este gênero de morte está estritamente ligado ao mundo moral. Edela temos noticia de vitimas em ambos os testamentos. Temos Deus repreendendo o reiAbimeleque em sonhos: “...Eis que morto é por causa da mulher que tomastes...” (Gn20.3). (I Tm. 5.5,6) (Ap. 3.1).

3) A Morte Espiritual. “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados”(Ef.2.1; 2.5ª); (Jo. 5,24b).

4) A Morte Eterna. Este gênero de morte é teologicamente conhecido como segundamorte (Ap. 2.11; 20.6). Esta morte é aquela que primariamente costumamos dizer: “É uma eterna separação de Deus”. 

b) A Ressurreição

 Na Bíblia, especialmente no NT, empregam-se dois grupos de palavras paradescrever três gêneros de ressurreição:

O primeiro ligado com “anhistêmi”. O segundo: com “egeiró”. Estes dois substantivos contém os seguintes

sentidos: “levantar, levantar -se, voltar à vida, ficar de pé, revoltar, começar, aparecer, prontidão erguer-se”. No NT o verbo mais freqüente (egeiró) apresenta as ressurreiçõesde Jesus e dos mortos, principalmente como ato do poder de Deus; enquanto que o outroverbo (anhistêmi), literalmente significa: “levantar-se, erguer-se” e se apresenta maiscomo vitória da vida sobre a morte.

A Doutrina da ressurreição dos mortos ou do corpo é expressa na revelação bíblica. Significa, de modo geral, e em linguagem popular, a união da alma e espírito aoseu corpo, após a morte física. Esta união é vista em dois ângulos, de acordo com osensinamentos da Bíblia.

 Primeiro: Para os santos, esta união dar-se-á por ocasião do arrebatamentoda igreja (I Co. 15.51,52; I Ts. 4.13,17).

Segundo: Para os ímpios, esta união dar-se-á por ocasião da ressurreiçãofinal diante do Trono Branco (Dom 12.2; Ap. 20.5,12).A ressurreição, biblicamente entendida, é do corpo humano, e não da alma,

que não pode morrer nem ser aniquilada. Esta crença na ressurreição de tal modo foivislumbrada desde muito cedo pelo povo de Deus, o povo hebreu, a principio comomatéria de grande esperança. O fato de ser Deus o Deus dos seus Pais ou patriarcas (Ex.3,6; Mt. 22.31,32), reforçou categoricamente a esperança do povo da aliança.

Mas, a Doutrina do fato da ressurreição dos mortos, ou seja da pessoahumana, corpo, alma e espírito sendo incorporados no arrebatamento da igreja para oJuízo Universal, só teve o seu ponto mais alto com o ensino de Cristo e de seus

apóstolos inspirados.

Page 31: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 31/56

31

c) A Classificação dos termos

 No inicio deste argumento procuramos definir cada significado do pensamento, no que diz respeito à Morte e á Ressurreição. Por exemplo, os termos“anhistêmi” e “egeiró”, eram usados no grego antigo como “anástasis” e égersis” que,

em si traziam a idéia de “levantar”, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra”. Já o termo latino “ressurrectio” indica o ato de ressurgir, voltar à vida,reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo como o mesmo que ressurgir dos mortos(Mt. 22.28,30). A expressão ressurreição do corpo ou da carne não se encontragraficamente nas Escrituras que usam pelo menos três fórmulas de expressões paradenotar o sentido do argumento.

1) A Ressurreição “DE” Mortos. Esta ressurreição compreende a seguinte ordem:-O filho da viúva de Sarepta (I Rs. 17.21,22);-O filho de Sunamita (II Rs. 3.34,35);-O homem que tocou os ossos do profeta Eliseu (II Rs. 13.43,44);

-O filho da viúva de Naim (Lc. 7.11,17);-A filha de Jairo (Lc. 8. 54,55);-Lázaro de Betânia (Jo 11.43,44);-A Jovem Tabita (At. 9.40,41);- O jovem Êutico (At. 20.9,12). Este gênero de ressurreição é denominado de

ressurreição natural, voltar à vida normal.

2)  A Ressurreição “DENTRE”  os Mortos. Esta ressurreição segundo se depreende,compreende a seguinte ordem: como diz Paulo “...cada um por sua ordem “ (I Co.15,23): -Primeiro: Cristo, as primícias I Co. 15.20,23

-Segundo: Os que ressuscitaram por ocasião da ressurreição de Jesus (Mt. 27.52,53), isto é, o grupo de santos visto por Mateus, foram incluídos na palavra“primícias”, dita a respeito da ressurreição de Cristo: “Cristo, as primícias”, isto não

 pode ser “um só” (singular) e sim “um feixe” (plural), conforme passagens de Levítico23.10; I Sm 25,29 a outros. A passagem de Mt. 27.51,52, diz claramente que aquelessantos só saíram de suas sepulturas “depois” da ressurr eição de Jesus, e, portanto, temde seguir a ordem da ressurreição de Jesus, ,pois na ordem de colheita, Ele foi o

 primeiro exemplar;-Terceiro: Os que são de Cristo, na sua vinda I Co. 15.23,24;-Quarto: As duas testemunhas escatológicas Ap. 11.11,12;-Quinto: Os mártires da Grande tribulação Ap. 20.4, podemos denominar as duas

ultimas como: ressurreição em regime especial;.3)  A Ressurreição  “DOS”   Mortos. Esta ressurreição compreende todos os sereshumanos que morreram em seus delitos e pecados. Ela é geral e abrangente (Dn. 12.2;Jo 5.28,29; Ap. 20.5). Dar-se-á por ocasião do Juízo Final.

O expressivo: Todos ali “postos em pé” na passagem do Apocalipse 20.12.Fica assim subentendida “a segunda ressurreição”.  

d) A transformação dos santos vivos

Diz o apóstolo Paulo; “ Eis que vos digo um mistério: Na verdade, nem todosdormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de

Page 32: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 32/56

32

olhos, ante a ultima trombeta... nós seremos transformados. Porque convém que isto queé corruptível se revista de incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista deimortalidade”. Prossegue o apóstolo Paulo dizendo: “Dizemo-vos, pois, isto pela

 palavra do Senhor: que nós os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente comeles ( os santos ressuscitados)nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim

estaremos sempre com o Senhor”. Conclui-se, pois, à luz das escrituras que:1) Existirão crentes vivos na terra na ocasião do arrebatamento da igreja.2) Os santos vivos que aguardam a Cristo serão transformados à semelhança do

corpo de Cristo repentinamente, “num abrir e fechar de olhos “, no momento doarrebatamento.

3) Os santos vivos transformados, juntamente com os santos ressuscitados, formarãouma mesma grei e se encontrarão com Jesus nos ares, “ e assim estaremos sempre como Senhor”. A mente humana, por mais iluminada que seja, é incapaz de imaginar agrandeza e a miraculosidade desse momento, quando os nossos corpos corruptíveis,sujeitos a todo tipo de enfermidades e moléstias, assumirem a semelhança do corpo

incorruptível do Salvador. É o poder energizante do Deus vivo removendo todas asnossas limitações físicas, e comunicando aos nossos corpos a mesma substância docorpo do seu filho ressurrectio. Cumprir-se-ão, então, esse momento as esperanças

 proféticas do apóstolo João: “... sabendo que, quando ele (Jesus) se manifestar, seremossemelhantes a ele; porque assim como é o veremos”. Enfim, é o mortal se revestindo daimortalidade.

e)  A rapidez desse evento

Paulo diz: “Num momento, num abrir e fechar de olhos ante a ultima trombeta, porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremostransformados “. Alguém disse que um piscar de olhos é de cerca de um milionésimode segundo. Apalavra grega para designar a rapidez desse momento é átomos, da qualextraímos a palavra átomo. Significa algo que não pode ser dividido. Dessa forma, oarrebatamento da igreja será tão veloz e súbito, que a duração de tempo em que ocorrer não pode ser dividido.

Imagine isto: numa fração de segundo, todos os crentes vivos da terra serão daquitirados. De repente, sem nenhum aviso, somente os ímpios povoando o planeta terra!Será um quadro de inimaginável horror!

f) Argumento do Arrebatamento ParcialEsse Argumento afirma: “Como parte da Igreja não está preparada para o

arrebatamento, e que subirão com Cristo apenas os crentes ressuscitados e os queestiverem realmente prontos. Os outros terão de passar pela tribulação, a fim de serem

 provados e purificados mediante grandes sofrimentos”. Este ensino parece ter sido influenciado pela doutrina católica do purgatório,

segundo a qual o sofrimento pode purgar pecados. A Bíblia, porém, afirma que sóCristo remove pecados: “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse:Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 3.29). “E jamais melembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades” (Hb 10.17).  

O argumento do arrebatamento parcial, também perde força, quandoconsideramos a igreja como o corpo de Cristo. A Bíblia afirma em I Co 12.13,20: “Pois

Page 33: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 33/56

33

todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só espírito. Pois hámuitos membros, mas um só corpo”. O mesmo apostolo Paulo afirma em Efésios 5.27,que Jesus vai apresentar a igreja a si mesmo como uma “Igreja Gloriosa, sem mácula,nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”. A figura de uma noiva

 perfeita rejeita a hipótese de um rapto parcial. Que noivo gostaria de receber uma noivaincompleta?

g) O Argumento Pós-Tribulacionista.

1) Esse argumento está baseado nas palavras de Jesus em João 15.18,19: Se omundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se fôsseis domundo, o mundo amaria o que era seu. “Mas como não sois do mundo, antes, dele vosescolhi, é por isso que o mundo vos odeia”, e também em João 16.33: “Disse-vos estascoisas para que em mim tenhais paz. No mundo tereis aflições. Mas tende bom ânimo!

Eu venci o mundo”. Outras passagens, citadas pelos que defendem essa hipótese, são: Apocalipse

7.14: “Respondi-lhe: Senhor tu sabes. Disse-me Ele: Estes são os que vieram da grandetribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” e ICoríntios 15.52: “ Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao soar a últimatrombeta,.Pois a trombeta soará, e os mortos ressurgirão incorruptíveis, e nós seremostransformados”. A BÍBLIA NÃO APÓIA ESSE PONTO DE VISTA. A palavratribulação é usada em dois sentidos na Bíblia: como provação, aflição, pelo fato docrente estar no mundo, conforme Rm 5.3. A palavra “tribulações” é sinônima desofrimentos, como, aliás, aparece na versão NIV (New International Version).

O sofrimento resultante da fúria satânica contra nós dentro dos limites da permissão divina, só pode fortalecer a nossa fé e nos levar a maturidade espiritual, pois“todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que sãochamados segundo seu propósito” (Rm 8.28). É nesse sentido que o apóstolo Pauloafirma mais adiante na mesma carta aos Romanos, “que somos mais do que vencedoresem todas estas coisas: tribulação angustia, perseguição, fome nudez, perigo, espada”(Rm 8.35-37).

2) O outro sentido em que a palavra tribulação é usada na Bíblia é que se referede fato a um período de castigo, quando a ira divina será derramada sobre a Terra. Ossalvos não estão debaixo da IRA DIVINA.

Todos os que creram em Cristo e estão firmados nEle, estão debaixo da

Graça e não da Ira, pois essa ira Divina, Cristo recebeu em NOSSO lugar, na Cruz. É por isso que a Bíblia afirma: “Portanto nenhuma condenação há para os que estão emCristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm 8.1).  

Deus purifica os crentes, não através do fogo da sua ira, mas através dosangue de Jesus, como afirma a palavra de Deus em I Jo 1.7,9.

XVI) O TRIBUNAL DE CRISTO

O que é Tribunal? Nos antigos estádios gregos, a assembléia se reuniadefronte de uma “plataforma” chamada BÊMA de onde as questões oficiais eramconduzidas. Esse vocábulo “Bêma”  originalmente significava apenas um “degrau”;

desta idéia passou a indicar uma “plataforma” elevada, como aquela usada pelosoradores, pelos juízes das competições esportivas, ou mesmo pelos magistrados

Page 34: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 34/56

34

romanos em seus julgamentos formais. Porém já o apóstolo Paulo toma o vocábulo“Bêma”, para denotar o “Tribunal de Cristo”. Essa expressão “tribunal” é empregada

 por onze vezes no Novo Testamento, e nas passagens onde ela figura esta sempre ligadaa julgamento especial. (Mt. 27.19; At. 12.21; Jo. 19.13; At. 18.12,13; At. 25.6; 2 Co5.10; Rm. 14.10, etc)

Após o arrebatamento da Igreja os mortos ressuscitados e transformados ossantos vivos, formarão um só corpo, e após se encontrarem com Cristo nos ares, essecorpo uno e indivisível, dará entrada nas regiões celestiais. Ali haverá uma “reuniãocom Ele” num lugar chamado “tribunal”. Paulo fala disso em vários de seus ensinosmas, especificamente, em três referências exclusivas.

Primeira: “Mas tu, por julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão?Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo” (Rm 14.10). 

Segunda: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cadaum receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Co 5.10).

Terceira:  “A obra de cada um se manifestará: na verdade, porque pelo fogo o dia adeclarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cadaum”. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Sea obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como

 pelo “fogo” (1 Co 3.13-15).O julgamento a ter lugar no Tribunal de Cristo não terá o mérito de

determinar quem será e quem não será salvo, serão reprovadas as obras e não os obreiros. Só os salvos comparecerão ali. Se antes, nenhuma condenação havia para osque estão em Cristo Jesus, tampouco ali será lugar de condenação. Como pecador, ocrente já foi julgado em Cristo na Cruz e absolvido pela graça e misericórdia de Deus.Como filho, foi julgado durante a sua peregrinação aqui na terra. Perante o Tribunalde Cristo o crente será julgado como  servo, para aquisição de galardão, Jesusexplicou isto na parábola dos trabalhadores da vinha, quando disse: “E, aproximando-sea noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o

 jornal, começando pelos derradeiros até os primeiro”. Diante do tribunal de Cristo serão manifestas não só as nossas obras,

mas também a fonte de suas motivações. Quanto a isto devemos atentar para o que aBíblia diz:: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, oqual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro,

 prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na

verdade o dia o declarará, porque pelo fogo será descoberta, e o fogo provará qual seja aobra de cada um...”.

XVII) AS BODAS DO CORDEIRO

a) Após a avaliação de Cristo das obras de seus servos diante do Tribunal,Ele, então, conduzirá sua Noiva para o Palácio real, onde se encontra “a sala do

 banquete” (Ct. 2.4), quando então terão início as Bodas do Cordeiro. Cristo e a Igreja setornarão o centro das atenções de todos os seres celestiais. Naquele dia memorável,cumprir-se-á, finalmente o anseio de Jesus, expresso na sua oração sacerdotal: “Pai,

aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para quevejam a minha glória que me deste; porque tu me hás amado antes da fundação do

Page 35: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 35/56

35

mundo”. Durante as Bodas do Cordeiro, a Igreja será vista no seu aspecto universal. Aliestarão juntos todos

As Bodas do Cordeiro são uma preciosa revelação para os corações detodos os filhos de Deus., Os anjos, e os santos do Antigo Pacto ali estarão a cantar:“Regozijemo-nos e alegremo-nos e demos-lhe glória, porque vindas são as Bodas do

Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap. 19.7).As Escrituras, tanto no Antigo como no Novo Testamento, utilizam-se docasamento, ou mesmo de outra ocasião festiva para simbolizar a glória espiritual final ea alegria dos fiéis servos de Deus. As Escrituras são proféticas e combinam entre si emcada detalhe! Somente depois que o Senhor julgar a grande prostituta, Babilônia, quevem descrita mística e literalmente nos capítulos 17 e 18 do Apocalipse, é que o Senhor apresenta sua esposa, uma virgem pura (2 Co 11.2). Isso simboliza, especialmente noApocalipse, que a Noiva do Cordeiro não deve ser confundida, por uma mulher 

 poliandra. (prostituta).O Apocalipse descreve o tempo em que a “Noiva se aprontou”. Seu

vestido é todo bordado e branqueado no sangue do Cordeiro (Sl. 45.14; Ap. 22.14), pois

ninguém pode entrar naquela festa com “vestidura estranha” (Sf. 1.8; Mt. 22.11).  Todos os crentes do Oriente e do Ocidente tomarão assento à sua mesa. “O

que é mais importante, Cristo mesmo servirá aos seus, numa eterna demonstração deamor e serviço àqueles que na terra foram comprados pelo seu sangue e poder eterno.

b) Características da Noiva do Cordeiro

1) Virgem (fidelidade de Israel ao seu Marido) (2 Co. 11.2);2) Gloriosa (A Igreja o Templo do Espírito Santo) (Ef. 1.23; 5.27);3) Receptiva (Recebe presentes do Noivo) (Gn. 24.53; I Co 12.4);4) Recebe uma Ama (Espírito santo) (Jo 14.16-18);5) Fica à Destra de Deus (Sl 45.9);6) Esquece da Casa do Pai (Sl 45.10);

c) A Ceia das Bodas

A Ceia das Bodas do Cordeiro, serão para cumprimento das palavras denosso Senhor quando se encontrava no “cenáculo mobiliado e preparado”.  Nunaexpressão e gesto de quem estava dando um “Até breve” a seus discípulos, Ele disse:“...até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai” (Mt. 26.29).  

Esta celebração da Ceia terá lugar somente no final das bodas (sete anosdepois do arrebatamento). Esta ceia será para lembrar a morte de Cristo! Ela deve ser lembrada aqui e na eternidade. Ela (a ceia) teve lugar “num cenáculo mobiliado

 preparado”. Seu início marcou a última noite do ministér io terreno do Filho de Deus(Mt. 26.28.29). Ao encerrar a Santa Ceia naquele cenáculo, nosso senhor falou de umaoutra com caráter escatológico, quando disse: “digo-vos que, desde agora, não bebereisdeste fruto da vide até aquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meuPai”. (Mt. 26.29).

“Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas doCordeiro. E disse-me estas são as verdadeiras palavras de Deus” (Ap. 19.9).

A Ceia do cenáculo marcou o término da missão terrena de Jesus, ou seja, na

esfera deste planeta, e deu início à sua missão celestial (Jo 17.4,11, 13). Após acelebração daquela ceia, Jesus “desceu” para o sombrio vale da batalha; de igual modo,

Page 36: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 36/56

36

também, após a celebração da ceia das Bodas, Ele “descerá” para o sombrio vale doArmagedom (Ap. 19.11) e ss), a fim de terminar com aquela grande guerra e a seguir,estabelecer seu reino milenar. Por isso se faz necessário que esta “Bem Aventurança”,recaia sobre aqueles que levaram o vitupério de Cristo em qualquer tempo e lugar.

XVIII) A INVASÃO DO NORTE

As Escrituras predizem que no tempo do fim, a exemplo do passado, quatrograndes poderes se levantarão sobre a terra. Os quatro poderes que Daniel presenciou(Dn 7.1 e ss), levantando-se do mar (Babilônia, Medo-Persa, Greco-Mecedônio e RomaImperial), serão revividos novamente no fim dos tempos. Estas potências, porém, trarãooutros nomes tais como: O poder do Norte (EZ 38,39); O poder do Sul (Dn 11.40); O

 poder do Oriente (Dn 11.44, e Ap. 16.12); E o poder do Ocidente - o Império Romano(Ap. 13.1 e ss). Um destes poderes, que estudaremos a luz do contexto, é Gogue  – o

 poder do Norte.a) “A próxima guerra não será com os árabes, mas com os russos”, declarou

em 1968 o General de Israel Moshe Dayan.Em Ezequiel capítulos 3 e 39, fala-se de Gogue, Magogue, Mezeque e

Tubal. Mezeque e Tubal são nomes associados e eram tribos da Ásia Menor, conhecidas pelas suas inscrições cuneiformes (forma de cunha) e pela História de Herótodo, ondeaparecem juntas como Moscoi e Tibarenói. O Dr. C.I. Scofield, diz que “Gogue é o

 príncipe e Magogue a sua terra”. É a panela a ferver, cuja face está para a banda do Norte – norte de Israel (Jr 1.13).

 b) Herótodo, historiador grego do século V a.C., mencionou Mezeque e Tubal,identificando-os com os povos chamados muschovitas, que viviam naquela época naantiga província do Ponto, no norte da Ásia Menor (cf. 2 Rs 17.24),. Segundo seusescritos, Mezeque e Tubal ficavam, provavelmente, a leste da Ásia Menor, usualmenteidentificados como sendo Frigia e Capadócia.

c) Flávio Josefo, historiador judeu do século I d.C., afirma que estas regiõesocupadas por essas tribos, correspondem aos antigos citas e tártaros, que são os russos.Mezeque converteu-se em Moskva (Moscou), como diz em russo, e Tubal é o modernonome de Tobolsk. O profeta Ezequiel parece ter bastante conhecimento e intimidadecom esse povo e descreve Gogue como sendo o “... príncipe e chefe de Mezeque e deTubal” (Ez 38.3). A palavra “chefe”. É o vocábulo hebraico “rõ’s, que traduzido quer dizer “Pico” ou “Cabeça” de alguma coisa.

a) Uma Invasão sem Motivo

Alguns eruditos acham que a profética invasão à Terra de Israel, por forçasdo Norte deve preceder “o arrebatamento da Igreja”. Já outros, porém, acham que não.  

Algum interprete e comentaristas são de opinião que ela se dará um poucoantes do arrebatamento da Igreja; já outros, porém opinam que não, e sim, se dará“depois”. Os rabinos judeus na sua maioria são de opinião que a invasão de Gogue àTerra Prometida terá lugar na parte final da Grande Tribulação e invocam (além d outrascitações) a passagem de Dn. 11.44, quando as forças do Norte seguirão em direção aIsrael procurando se alojar sobre o “Monte Sião” (Dn 11.45).

Várias vezes na profecia em foco ela é ao “fim dos anos” (Ez 38.8) e aos“fins dos dias” (Ez 38.16). São expressões definidas que denotam a época que precede

os acontecimentos que marcarão o retorno de Cristo à Terra com poder e grande Glória(sua Parousia) para estabelecer seu Reino Milenar.

Page 37: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 37/56

37

Esta predição encontra-se num contexto que dá uma seqüênciacronológica definida dos acontecimentos. Os capítulos 36 e 37, que antecipam oscapítulos 38 e 39, falam da restauração final dos judeus à terra da palestina, restaurados

 para não mais serem dispersos. Os capítulos 40 e 48, que sucedem aos capítulos 38 e 39,falam da introdução e do decorrer da Era Milenar..

b) O Reflexo do Argumento

 Na descrição geral da potência ao ato, mostra que Gogue ainda que poderoso, não poderá destruir a herança do Senhor, pois a exemplo de Faraó que numaoutra profecia descreve-se como sendo um “grande Dragão” (Ez 29.3), ele entrará naTerra Santa já “arpoado por Deus” e como um grande peixe voraz, começa a “voltear -se”, (cf. Ez 39.2 e ss). Em Ezequiel 38.7, diz que Gogue é um “guarda”. A palavra“guarda” nesta enfoque significa “ditador”. Veja como as Escrituras são proféticas e secombinam entre si em cada detalhe! Gogue é um “ príncipe” (Ez 38.2), mas ainda não érei. Talvez o seu intento, seja após esta conquista da Terra do Senhor, proclamar-se rei.

Finalmente tudo terminará com um intervenção divina. Deus ordenará asforças selvagens da natureza e estas sepultarão Gogue e suas tropas ali mesmo  – numvale a leste do mar Morto (EZ 38.20; 39.11). porém, como admoestação para o futuro,alguns corpos tombados jazerão ao relento e, serão devorados pelas aves de rapina (Ez39.17). Enquanto que seus restos mortais “... a casa de Israel os enterrará por setemeses,, para purificar a terra” (Ez 39.12). Mas na destruição de suas armas gastarão umtempo mais longo que durará “sete anos” (Ez 39.9). 

1) Gogue metaforicamente.  Na passagem de Apocalipse 20.7,8, lemos que : “E,acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão. E sairá a enganar as naçõesque estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo numero é como aareia do mar, para ajuntar em batalha”. O novo aparecimento de Gogue e Magogue na

 passagem em foco não deve ser entendida como sendo o mesmo por ocasião da invasãoda Terra de Israel. Um será distante do outro, pelo menos, mil anos. 

2) Os Nomes “Gogue e Magogue”. Em Ezequiel capítulos 38 e39, referem-se como já comentamos, aos poderes do Norte chefiados pela Rússia. E, portanto, deve ser antesdo Milênio. A de apocalipse 20.8, porém os nomes “Gogue e Magogue” sãoempregados metaforicamente para representar “...as nações que estão sobre os quatrocantos da terra”. E, portanto, só ocorrerá depois do Milênio.

XIX) A GRANDE TRIBULAÇÃOO PERÍODO DE DOR 

“Porque naqueles dias haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o principio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá” (Mc 13.19).

Será o tempo da manifestação da Ira de Deus; (Is 26.20; Jo 3.36; Ef. 2,3; Ef 5.6; Its 1.10; Ap 6.16-17; Ap 14.10; Ap 15. ss; Sl 2.5; Mq 5.15; Is 34.2);Será o dia da vingança de Deus; (Is 34.8; 35.4; 65.2);Será um dia de angustia para Jacó; (Jr 30.7; Dn 12.1; Os 6.1; Is 30.26);

Será um dia de trevas e de tristeza; (Jl 2.2; I Ts 5.4-7; Sf 1.14-18);Será um dia de grande aflição; (Ml 4.1; Mt 24.21; Ap 3.10; Ap 7.14);

Page 38: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 38/56

38

Será o tempo de destruição para os destroem a terra; (Ap 11.18)Será um tempo em que o Anticristo fará guerra aos santos; (Ap 13.17)

Ao mesmo tempo, isto é paralelamente, em que o céu esta em festadecorrente da chegada triunfal de todos os remidos de todas as épocas, a terra estará a 

sofrer uma tribulação sem precedentes na sua história . A esse período de trevas peloqual os habitantes da terra passarão, a Bíblia chama de “A Grande Tribulação”. Seráum período de cerca de sete anos, durante os quais o Anticristo, a Besta e o FalsoProfeta (uma espécie de trindade satânica), assumirão o governo do mundo, e quando astaças da ira de Deus estão sendo derramadas sobre os que habitam na terra. Será um

 período de indescritível horror. A Igreja, porém, estará em gozo no monte da salvaçãode Deus.

O vocábulo “tribulação” ocorre por dezenas de vezes, em ambos ostestamentos. Mas é precisamente em o novo testamento, que encontramos maior luz

 projetada sobre o problema do sofrimento e da tristeza do homem. O termo grego, quetraz em si a idéia de pressão, como se houvesse uma grande carga posta sobre o espírito,

é “thilipsis”, que noutras passagens do NT, também é traduzida como Aflição, Angustiaetc. O termo português se deriva do latim “trubulum”, ou instrumento de destorroar orestolho, mediante o qual o lavrador separava o “trigo de sua palha”. 

a) A “Angustia de Jacó” 

Este sombrio tempo de angustia é ocasionado concomitantemente comreferencias escatológicas, como são vistos nas referências acima descritas como emmuitas outras. Os acontecimentos que se relacionarão durante esta angustia sem

 precedentes na historia humana, são narrados nos capítulos 6 a 19 de Apocalipse.Podemos notar no livro mudanças de local, da terra para o céu e do céu para a terra. Hátrês divisões no livro de Apocalipse que devem ser conhecidas, registradas no capitulo1.19.1º - As Coisas que Vistes  –  Passadas, (isto é a visão em Patmos Ap. 1.1,2) ;2º - As Coisas que São- Presente (as Igrejas existentes Ap 2.1-3-22);3º -  As coisas que hão de suceder   –  Futuro (Os acontecimentos depois da dispensaçãoda igreja, Ap 4.1-22; 5). Sua duração de “sete anos” é calculada pelo estudo da

 passagem de Daniel 9.24-27 e de outras passagens similares. Todos essesacontecimentos (que agora estão ocultos e ali revelados), terão lugar, logo “após” oarrebatamento da Igreja por nosso senhor Jesus Cristo.

b) A Grande tribulação será o Sétimo castigo para Israel“Se andardes contrariamente para comigo, e não me quiserdes ouvir,

multiplicarei as vossas aflições sete vezes mais, segundo os vossos pecados ...então euvos serei contrario em furor, e vos castigarei sete vezes mais por causa dos vossos

 pecados”. ( Lv 26.21,28). Por mais que a expressão “sete vez mais” possa parecer apenas uma figura de

intensidade do castigo de Deus sobre o povo israelita, a historia nos permite interpretá-la literalmente.

Ao longo de sua historia, Israel, como povo e como nação, correu o risco deser exterminado pelo menos seis vezes:

Page 39: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 39/56

39

1ª   – Por ocasião do cativeiro assírio, em 721 a.C., quando o reino do norte, das deztribos desapareceu sob o império assírio;

2ª - O cativeiro babilônico, 605 a.C., quando Judá ficou sujeita ao império de babilônia;

3ª   – A opressão sob Antíoco Epifânio, de 168 a 165 a.C. quando de novo a pequena

nação de Judá foi ameaçada de ser exterminada;4ª   – Por ocasião da destruição de Jerusalém e do templo, em 70 d.C. Cerca de doismilhões de judeus pereceram nessa guerra contra os romanos. Somente no cerco deJerusalém, pereceram quase um milhão de judeus;

5ª   –  A opressão sob Adriano, de 132 a 135 d.C., quando Roma tomou todas asmedidas no sentido de fazer que a nação e o povo de Israel desaparecessem;

6ª   – Finalmente, o recente holocausto sob o nazismo, de 1939 a 1945 d.C., quandoseis milhões de judeus pereceram. “A operação “denominada “ A solução final do

 problema judeu”, dos nazistas, visava o extermínio de todos os judeus.

c) O Anticristo

1) As palavras “Anticristo” e “Pseudocristo” se acham pela primeira vez nasegunda metade do século I a.C. O prefixo anti, originalmente significa “no lugar de” edepois, “contra”. Já a literatura greco-helenista falava desta figura sombria no passado.

Mas usando esta significação tanto no passado como no NT, achamos aexpressão “antitheós, anti-Deus, (originalmente “como os deuses” na Ilíada deHomero)”. A pessoa do Anticristo foi retratada por Jesus, como sendo o últimoconquistador militar que invadiria Jerusalém e Terra Santa, procurando aniquilar o povo

 judeu. A pessoa aqui citada compreende também seu reino ou governo. E o apóstoloJoão contempla agora esta grande visão, cerca de 651 anos depois da visão de Daniel 7.Porém, há aqui e ali uma ordem invertida na posição do tempo e da visão. Em Daniel 7a ordem é inversa. Daniel olha para o futuro dos séculos e vê o que está no porvir: Leão,Urso, Leopardo e Fera Terrível. João olha para o passado dos séculos e vê: Besta,Leopardo, Urso e Leão. Esta figura sombria da iniqüidade procurará substituir a Cristo,estabelecendo-se como se fora o Filho de Deus. Também fará oposição a Cristo, e farádo mal, e não do bem, o seu principio normativo.

2) O Anticristo será um gentio que se levantará dentre as nações. Com o apoiodos governantes do mundo da época, exercerá domínio sobre todos os povos, com a

 proposta de restabelecer a ordem em meio à desordem a a confusão causadas no mundo,em face do inexplicável desaparecimento de milhões de pessoas decorrente do

arrebatamento da Igreja.Será um homem, de carne e osso, personificando o Diabo, porém,apresentando-se como se fosse Deus. Resumidamente, sobre a ação do Anticristo nessaépoca da história, escreve o profeta Daniel: “Este rei (o Anticristo) fará segundo a suavontade, e se levantará e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses,falará coisas incríveis, e será próspero, até que se cumpra à indignação, por aquilo queestá determinado será feito”.

O Anticristo será um personagem detentor duma habilidade e capacidadede operar o mal até então desconhecidas. Sua capacidade de operar o mal e afligir as

 pessoas só pode ser comparada à maldade do próprio Diabo, seu mentor e inspirador.Quando comparados com o Anticristo, ditadores tais como Nero, Stalin, Hitler e

Mussolini, são comparados a inofensivos bebês de colo.De acordo com a narrativa de Daniel, o Anticristo:

Page 40: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 40/56

40

a) - “Fará segundo a sua vontade”, não se submeterá a nenhuma autoridade, da terra oudo Céu.

 b) - “Se levantará e se engrandecerá sobre todos os deuses”, abolirá toda e qualquer forma de culto e adoração, até então existente, atribuindo a si mesmo o valor dedivindade.

c) - “Se levantará e se engrandecerá... contra o Deus dos deuses”, aqui jaz o cúmulo damaldade desse “filho da desobediência”. d) - “Falará coisas incríveis”, será um orador inflamado e duma oratória jamaisassemelhada por homem algum.e) - “Será próspero”, o seu governo gozará duma prosperidade repentina, prosperidadeque será transformada num verdadeiro caos com a manifestação de Cristo em Glória.

3) Nos primeiros três anos e meio, seguindo-se uma seqüência que inclui oscapítulos 38 e 39 de Ezequiel, teríamos então, no início desse período de sete anos,

 primeiramente a invasão de Israel por parte da Rússia e de seus aliados, aproveitando-sedo caos em que ficará o mundo em virtude do desaparecimento de milhões de pessoas.

Em seguida, haverá um rápido conflito nuclear de âmbito mundial. Diz o senhor.“Enviarei um fogo sobre Magogue e sobre os que habitam seguros nas ilhas, e saberãoque eu sou o Senhor” (Ez 39.6). O fogo, aqui, é figura muito apropriada para as armasnucleares. Magogue é o território russo, e as ilhas podem ser os continentesdesconhecidos do profeta, do ocidente. Finalmente, o caos mundial e o gênio da besta.A Bíblia descreve a pessoa do Anticristo como sendo um homem muito inteligente. (Dn7.8). Olhos de homem significa inteligência, e “uma boca que falava com vanglória”significa uma tremenda capacidade oratória. Embora todo o período de tribulação tenhaa duração de sete anos, será mais acentuada nos últimos três anos e meio.

O Anticristo firmará uma aliança com muitos por uma semana: “Eleconfirmará uma aliança com muitos por uma semana, mas na metade da semana farácessar o sacrifício e a oferta de cereais. E sobre a asa das abominações virá o assolador,até a destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador ”. (Dn 9.27)

Esta aliança não será com todos, o que indica que muitos judeus terão o pressentimento de que terá chegado o tempo de Deus tratar de novo com eles, como fazia durante a vigência da Lei . A voz do Arcanjo relacionada com o arrebatamento daigreja é um sinal para os israelitas. Diz a Bí blia: “Pois o mesmo Senhor descerá do céucom grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreramem Cristo ressurgirão primeiro”. (I Ts 4.16) e (Jd v 9; Dn 10.13,21; Dn 12.1; Ap 12.7).

Deus nunca ficou sem um remanescente fiel. Um bom exemplo está em: IRs 19.14,18; Is 4.3; 11.16; Rm 9.27; 11.15.

d) ANTICRISTOSINAL – NOME – NUMERO

Três coisa notáveis, (além de muitas outras) o antagonista de Cristo, natentativa de se parecer com Cristo, lhe ajudarão na sua vida marcada pelo engano.

1) O sinal  –   Apocalipse 13.6: “E faz que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres,livres e servos, lhes sejam posto um sinal...” O Apocalipse em sua magnitude é um livrode selo e assinalação. Em muitas de suas passagens (13.16,17; 14.9; 16.2; 19.20; 22.4),vemos todo o exercito da Besta assinalado em suas testas, como também como estavam

assinalados com seu Sinal e Nome, “... todos pequenos e grandes, ricos e pobres, livrese servos...”. O sinal sempre descreve.

Page 41: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 41/56

41

O sinal sempre teve e tem conotação com o mundo religioso. O profetaEzequiel, profeta do cativeiro, 606 a.C., no capitulo 9 de seu livro, descreve tambémuma companhia de homens assinalados (v4 e ss).  –  O sinal, (“Oth – marca distintiva”)

 posto pelo homem vestido de linho sobre eles, protegia dos juízos de Deus sobre arebelde cidade (v 6). Para o leitor hebreu, isto significava um sinal usado como

assinatura. Garantia e autenticidade (cf. Jó 31.35).O trecho de Isaias 44.5, menciona a inscrição do nome de Deus sobre asmãos dos fiéis, para identificá-los como pertencentes a Ele.

O Anticristo sabe que para Israel o aceitar como seu falso Messias, exige primeiro um sinal, assim sendo, ele procurará imitar a Cristo até na religião.

2) O Nome  –  Apocalipse 13.17: “Para que ninguém possa comprar ou vender, senãoaquele que tiver o sinal, ou o nome da Besta...” Em toda a extensão da Bíblia o nomeexprime a realidade profunda do ser que o carrega.

Por isso a criação só está completa no momento em que a coisa trazidaà existência recebe NOME, o que ocorrerá após o arrebatamento da igreja.  

Assim, o Anticristo, o homem do pecado, sem dúvida alguma terá umnome político que lhe servirá como ponto de observação (cf. Gn 11.4). Pois também onome, expressa fama e reputação (Gn 6.4; 11.4; Nm 16.2; Dt 32.3, etc).

Em tudo, esse cristo-impostor deseja imitar a pessoa de Cristo, O Ungidodo Senhor. Jesus é Justo, ele será o iníquo, Jesus, ao entrar no mundo disse: “eis aquivenho, para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hb 10.9); do Anticristo esta escrito que elefará conforme a sua vontade (Dn 11.36). O Senhor Jesus é o filho de Deus; ele será “...o filho da perdição” (2 Ts 2.3), certamente é de grande importância que, em tudo, elecontraste com o Filho de Deus.

O numero do Nome JESUS tem no Grego o valor numérico 888 esemelhantemente, cada um dos seus “oito nomes”, como são utilizados no NT, temsignificado especial.

a) –  (“Jesus” - “Senhor”- “Cristo” –  “Senhor Jesus” –“Jesus Cristo” –  “Cristo Jesus” –   Cristo, o Senhor” –   “Senhor Jesus Cristo”). Além disso, Jesus tem consigo outrosnomes e títulos: “ Advogado; Bispo da vossas almas; Cristo; Deus Forte; Emanuel;Deus Conosco; Filho de deus; Governador; Homem; Imagem de Deus; Jesus; Leão daTribo de Judá; Maravilhoso; Nazareno; ômega; Príncipe da Paz; Querido do Pai; Rei;Salvador; Tudo; Verbo de Deus; na ordem alfabética o X é substituído pelo AMÉM.

 b) - O Anticristo, como a antítese do verdadeiro Cristo, também se apresentará com

seus nomes e títulos: “O homem violento” (Is 16.4); o homem do pecado (2 Ts 2.3); o príncipe que há de vir (Dn 9.26); o rei do Norte (Dn 11.40); o angustiador (Is 51.13); ofilho da perdição (2 Ts 2.3); o iníquo (2 Ts 2.8); o mentiroso (I Jo 2.22); Pai da mentira(Jo 8.44); o enganador ( 2 Jo v 7); o anticristo (I Jo 2.18,22; 4.3); a Besta (Ap. 11.7;13.1 e ss), Além destes nomes e títulos já mencionados ele terá judicialmente seu

 próprio nome (Jo 5.43).

3) O Número - Apocalipse 13.17: “Para que ninguém possa comprar ou vender, senãoaquele que tiver o sinal, ou o nome da Besta, ou o número do seu nome”. Os fundadoresda Roma Imperial foram dois gêmeos: Rômulo e Remo, segundo a lenda do Capitólio, eo Império foi assim chamado em homenagem ao nome do primeiro. Seu nome, nome de

um homem e também do reino, e cada cidadão do reino é um romano, outra palavra-nome associada ao fundador .

Page 42: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 42/56

42

Apocalipse 13 v. 18 diz: “Aqui há sabedoria, aquele que tementendimento calcule o número da Besta, porque é o número de homem, e o número é“666”“. 

 Nas línguas orientais da Bíblia (hebraico e grego), o nome Rômulototaliza exatamente 666.

Em hebraico, Rômulo é “Rumith” que soma 666.R=200; U=6; M=50; I=10; TH=400 somados é igual a ↔ 666. 

Em grego, Rômulo é “Lateinos” que também soma 666.L=30; A=1; T=300; E=5; I=10; N=50; O=70 e S=200 ↔ 666“Lateinos” significa “Homem Latino” ou “Homem do Lácio”, cidade da qual osromanos receberam sua origem e língua.

A Bíblia nos manda fazer o cálculo, o numero 666, esta estampado, na cadeirado PAPA. Ali na cadeira, e na faixa que ele põem envolta do pescoço para celebrar ascerimônias, esta escrito a frase: Vicarius – Filli – Dei = Vigário Filho de Deus.

Somados em Algarismos Romanos

V= 5; I=1; G=100; A; R; I=1; U=5; S = 112F; I=1; L=50; L=1; I=1 = 53

D=500; E; I=1 = 501666

O numero “666” ocorre graficamente por três vezes na Bíblia.  A primeira esta registrada em 2 Cr 9.13A segunda está em Ed 2.13A terceira está em Ap. 13.18.

De acordo com a numerologia pitagoriana (480-411 a.C.), o numero “666” é ochamado numero triangular, sendo a soma dos números de 1 a 36, inclusive, além disso,o 36 é em si mesmo, a soma dos números de 1 a 8. Portanto, 666 se reduz ao 8, e esse éo numero significativo em apocalipse 17.11 “... É ela (a Besta) também o oitavo”.

É mais do que coincidente que tanto o nome grego quanto o hebraico dessefundador do Império romano, Rômulo, seja exatamente 666. Mas a palavra divina dizque “...muitos anticristos” e o “espírito do Anticristo (I Jo 2.18,22)”. Assim, não apenasRômulo, mas também, muitos outros reis e governantes romanos estão também

estigmatizados pelo número 666.

e) O Numero da Besta

Segundo o texto de Apocalipse 13.18, o numero da besta é o numero de umhomem, mas precisamos considerar também, dentre uma infinidade inumerável deespeculações, de que este numero “666”, pode de acordo com a Filosofia da Nova Erade Aquarius, tão popular e difundida em nossos dias que este numero 666, poderá ter outra face, sabendo-se que muitos se tem feito anticristo, com certeza trabalham na

 preparação do caminho para a chegada deste instrumento do mal, a serviço do Diabo.O Dr. Van Impe, um dos mais conhecidos estudiosos das profecias bíblicas

nos E.U.A., relaciona mais de trinta grandes empresas e outras importantes

Page 43: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 43/56

43

organizações que usam abertamente o numero 666 com propósito de melhorar os seusnegócios.1) Dentro do ocultismo em geral, e principalmente na filosofia da Nova Era ena Cabala hebraica, o numero Seis é equivalente ao Nove, por ser inverso deste e vice-versa. O equivalente ao Nove, por sua vez, é considerado um numero de mistério, como

representante do aspecto espiritual da vida, e também como um símbolo da fé cristã pelo fato de ser o número de Netuno, na astrologia, que vem a ser o regente de Peixes,símbolo do cristianismo. O numero Nove, ao contrario do sete, representa a vidamaterial em toda a terra, razão por que é considerado imperecível e fim de todas ascoisas.2) Há muitas razões estranhas que levam os ocultistas da nova era a adotaremesse número como o símbolo da vida terrena: um grande ano sideral dura 25.920 anos =2+5+9+2+0= 18 (1+8=9): o ritmo normal de respiração é de 18 vezes por minuto, quetermina em 9; o ritmo cardíaco normal é de 72 batidas por minuto, que termina em 9, oude 4.320 batidas por hora, que termina em 9.

O numero ZERO, pelo fato de tornar mais poderoso qualquer número a que

se agregue, é considerado o numero do poder, por ser o numero mais poderoso de todosos planetas, e de plutão, que rege escorpião. O zero é também considerado o numero daeternidade.

O Número UM representa o Deus Criador, como a causa primeira. Se juntarmos ao número do Criador o numero da eternidade, até chegarmos a casa demilhão (1.000.000), e dividirmos pelo numero espiritual, SETE, encontramos o numero142.857, que é conhecido desde a antiguidade como o numero sagrado, pelo fato desomados entre si, resultam em 27 (1+4+2+8+5+7=27), que por sua vez corresponde aonove (2+7=9), que representa no ocultismo o numero da vida material neste mundo.

Partindo do principio de que o NOVE é indestrutível, pelo fato de resultar sempre em NOVE qualquer que seja o número por ele multiplicado, a soma doresultado obtido sempre será NOVE. (9x3=27 etc, e também porque a soma de todos osnúmeros do nosso sistema numérico (1+2+3+4+5+6+7+8+9=45=9), resulta sempre em

 NOVE, concluem os adeptos da Nova Era que a vida material é indestrutível por simesmo, o que significa que não precisamos necessariamente morrer.

3) Aplicando essa Gematria ao 666 de Apocalipse, encontramos 18 (6+6+6=18),que por sua vez nos leva ao mesmo NOVE (1+8=9), como o número sagrado daeternidade, dentro da filosofia da Nova Era. Assim, há uma íntima relação da Nova Eracom o Anticristo da Bíblia.

O numero 6, repetido três vezes em relação a Besta, fala da suprema

exaltação do homem, cujo número da numerologia Bíblica é 6. O 6 três vezes podesignificar o homem exaltando-se a si mesmo como se fosse Deus, a exemplo do que fezLúcifer no princípio.

 Na Bíblia, o sete é numero-chave, que indica perfeição espiritual ecorresponde a uma espécie de marca registrada da inspiração divina nas escrituras. Afilosofia da Nova Era, entretanto, enaltece, não o numero Sete, mas o Nove, que étambém, o numero de Marte, o planeta da guerra, regente de Áries. Adolf Hitler, por sinal, era ariano, e tem sido chamado pelos ocultistas como o Senhor da Grande Guerra.É flagrante a associação do número Nove com práticas ocultistas e pagãs. O catolicismoromano tem o seu Novenário, com os seus Nove dias de rezas. A maçonaria que se

 baseia na astrologia, possui a ordem dos Nove cavaleiros, em cujo funcionamento se usa

 Nove rosas, Nove Luzes e Nove golpes. A Alquimia identificava com o numero Noveao Dragão vermelho, e este, na Bíblia, simboliza o próprio Satanás (Ap 12.3; 13.2;

Page 44: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 44/56

44

16.13; 20.2). Concluindo, fica claro que o numero Nove é íntimo do Seis, e ambosapontam para o homem e para o Anticristo.

4) Quanto à Besta ter numero, convém notar que as nações mais adiantadas projetaram pôr em prática um sistema de números permanentes para todos os cidadãos,

a partir do nascimento ou da naturalização de alguém, visando o controle total eabsoluto da população. Os computadores já estão fazendo isso, controlando animais emercadorias. Entramos na era em que tudo será controlado à base de números. Em todosos países já há muita coisa controlada à base de números permanentes.

f) O Falso Profeta

1) O falso profeta, principal associado do Anticristo durante a Grande Tribulação,é identificado pelo apóstolo João, nas seguintes palavras: “Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão”. Ele tudofará para imitar as realizações da Terceira Pessoa da Trindade, na qualidade de

antiespirito. Orlando Boyer registrou que, assim como o espírito Santo não trata deexaltar a si mesmo, mas sim a Cristo, assim o falso profeta faz com que o mundo adorea primeira besta.2) O Falso profeta será uma espécie de “ministro de cultos” do governo doAnticristo enquanto durar a Grande Tribulação. Ele promoverá um grande avivamentoreligioso mundial, juntando todas as seitas e credos religiosos existentes na época,formando uma super igreja mundial. Ele “também opera grandes sinais de maneira queaté fogo do céu fará descer à terra, diante dos homens”. Evidentemente será prodígiosde mentira, operados segundo a eficácia de Satanás.

Assim como o Espírito Santo tem poder para dar a vida, o falso profeta dávida à imagem da Besta. Assim como o Espírito Santo sela os crentes para o dia daredenção (Ef 1.13,14), da mesma forma o falso profeta sela seus seguidores para o diada perdição (Ap 13.16; 14. 9-11).3) Após o arrebatamento da igreja, o Falso Profeta será a última cabeça dosistema eclesiástico, uma espécie de “Papa da Igreja mundial, cujas bases estão sendolançadas pelos espúrios movimentos ecumênicos. Enquanto isso, a primeira bestarepresentará a última cabeça do sistema civil,, o último premier, o último César. Essesdois homens estarão reunidos a partir da metade da septuagésima semana de Daniel, no

 propósito diabólico de perseguir o povo de Israel.

Embora alguns estudiosos da Escatologia, Bíblica entendam que o falso profeta

representa o anticristo, parece claro que a função da segunda besta é servir a primeira,como subordinada a esta. O fato de o falso profeta possuir dois chifres  – e chifre naBíblia significa poder  –  mostra que sua autoridade será bem inferior à da primeiraBesta, que possui dez (Ap 13.1). Nenhuma das duas bestas, entretanto, poderá destruir os poderes deste mundo, pois Deus Pai tem reservado este ato para o Senhor JesusCristo, o único que possui sete pontas (Ap 5.6), a plenitude do poder político.

Quando tudo parecer perdido para a humanidade: quando o governo humanomais uma vez mostrar-se incapaz e quando a destruição do próprio planeta parecer inevitável, Jesus aparecerá nas nuvens com poder e grande gloria, acompanhadotambém da sua igreja glorificada. Ele virá como Rei dos Reis e senhor dos Senhores,como juiz para destruir aqueles que “destroem a terra” (Ap 11.18). Ele intervirá nos

destinos do mundo para evitar que a raça humana seja totalmente extinta pela loucura

Page 45: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 45/56

45

dos homens. Finalmente Ele virá como aquela pedra da visão de Nabucodonosor, quefoi cortada sem auxilio de mão. (Dn 2.34,35, 44).

g) A Duração da Grande Tribulação

1) A Grande Tribulação abrangerá um período de sete anos, dos quais os piores serão os últimos três anos e meio. Quanto a este período, diz\ a Escritura que oAnticristo “proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, ecuidará em mudar os tempos e a Lei; e eles serão entregues na sua mão por um tempo, etempos, e metade de um tempo”. “E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisase blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses. E abriu a sua

 boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, edos que habitam no céu” (Dn 7.25; Ap 13) .2) O sofrimento nesse tempo será de tal monta que se durasse mais tempo,ninguém escaparia com vida. Note o que disse Jesus sobre essa época da história dahumanidade: “Porque haverá então tão grande aflição, como nunca houve desde o

 principio do mundo até agora, nem tampouco há de haver. E se aqueles dias não fossemabreviados nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviadosaqueles dias”. (Mt 24.21,22). 

h)  A Pior Fase da Grande Tribulação

A pior fase da Grande tribulação será quando o Anticristo romper sua aliançafeita com os judeus, e começar a persegui-los. Tal fato ocorrerá quando exigir adoraçãoe os judeus se recusarem a prestá-la. Os santos perseguidos pela Besta, referidos emDaniel 7.21,25 e Apocalipse 13.7, são em primeiro plano os judeus, e secundariamenteos gentios crentes, os quais sofrerão o martírio por causa do Nome de Jesus, por senegarem a receber o sinal da Besta.

Rompida a sua aliança com os judeus, o Anticristo romperá com a igrejaapóstata que lhe deu sustentação religiosa até então, e a destruirá. Havendo destruído aigreja falsa, o Anticristo implantará o sistema de adoração de si mesmo.

Apesar de a Grande Tribulação visar em primeiro lugar os judeus, o mundointeiro sofrerá os seus efeitos. Porém só os judeus se arrependerão dos seus pecados e seconverterão a Deus como resultado desse período de tribulação indescritível.

Será nesse tempo de justiça Divina quando as sete piores pragas, sob as taçasde juízo, serão derramadas na terra, como registram as capítulos 15 e 16 do livro deApocalipse. Nesse tempo, as forças da natureza que operam nos céus entrarão em

convulsão.i) A Salvação Durante a Grande tribulação

De que haverá salvação durante a Grande tribulação, dão provas os seguintestextos das escrituras: Jl 2.32 e Ap 6.9-11; 7.9-11,14; 12.17; 15.2 e 20.4. Certamente queas condições espirituais prevalecentes durante a Grande Tribulação não serão tãofavoráveis quanto hoje. Tremendas trevas espirituais envolverão o mundo e o terror doinferno atormentará o coração dos homens. Apesar de todo esse quadro adverso na suavisão de Patmos, João viu uma grande multidão formada de judeus e gentios, salvadurante o reinado do Anticristo. No meio dessa multidão inumerável estarão aqueles

crentes que não subiram no arrebatamento da Igreja, que, despertados por tal fato,decidirão por permanecer fiéis a Jesus, a despeito de toda e qualquer prova de

Page 46: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 46/56

46

sofrimento. Deste modo não pairam dúvidas, de que haverá conversões durante aGrande tribulação.

 j) Israel e Sua Fuga Durante a Grande Tribulação

 No seu intento de destruir os judeus, o Anticristo conduzirá seus exércitoscontra a cidade de Jerusalém. Quanto a isto diz o senhor: “E acontecerá naquele dia quefarei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que carregarem comela certamente serão despedaçados, e ajuntar-se-ão contra ela todas as nações... Porqueeu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e ascasas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro,mas o resto do povo não será expulso da cidade” (Mt 24.20; Is 16.1-5; Ez 20.35-38;Os2. 14; Dn 11.40,41; Zc 12.2,3; Sl 60.9; Ap 12.13,14). Acossados pelas forças queestarão sob o comando do Anticristo, parte de Israel buscará e encontrará refúgio nosmontes e abrigos naturais nos territórios de Edom, Moabe e Amon. “E a mulher fugiu

 para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus...” (Ap 12.6ª). Este “deserto”

conforme designa o termo, é o “... lugar preparado por Deus” durante a grandetribulação. No ano 70 d.C. deus preparou a cidade de Pela uma das cidades deDecápolis, como “refúgio” para os crentes. Semelhantemente, Deus usará novamenteeste método de proteção; só que desta vez, será Petra, no monte Seir, na terra de Moabe(Sela ou Petra, a cidade da rocha, a sudeste do Mar Morto), como possível esconderijo.Pode acomodar até 250 mil pessoas. E para lá, Deus enviara o Israel Fiel (a mulher),

 para que seja preservada da vista da serpente (Ec 3.15; Ap 12.14).Em razão disto, estas três províncias serão poupadas do juízo divino durante a investidaarrasadora do Anticristo contra Israel. (Dn 11.41; Is 52.8).

l) A Manifestação de Cristo em Glória

Quando Jerusalém estiver cercada pelos exércitos do Anticristo, e aos judeus não restar escape, então eles clamarão angustiados em busca de auxílio de Deus.“Eis o grito dos teus atalaias! Eles erguem a voz, juntamente exultam; porque com seus

 próprios olhos distintamente vêem o retorno do Senhor a Sião”. Em resposta ao aflitivoclamor dos filhos de Israel, “aparecerá no céu o sinal do filho do homem; todos os

 povos da terra se lamentarão e verão o filho do homem vindo sobre as nuvens do céucom poder e muita glória”, “Ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da irado Deus Todo-poderoso. No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Rei dos reis, esenhor dos senhores”. (Mt 24.20; Ap 1.7; Zc 14.4,5; Ap 19.11-16; I Ts 4.16,17).

Porá seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que se fenderá em dois.Todos verão a sobre excelente Glória do senhor.

m) Distinção Entre Arrebatamento da igreja e aManifestação de Cristo em Glória ou PAROUSIA

Cremos já não haver nenhuma dúvida quanto à afirmação anteriormentefeita, de que a segunda vinda de Cristo se dará em duas fases: Arrebatamento da igreja,e manifestação pessoal de Cristo em Glória.

 Na primeira fase, o Arrebatamento da Igreja, Cristo virá para os seus. Nãotocará os seus pés na terra, tampouco será visível ao mundo. Ele virá até as nuvens,

onde receberá a sua Igreja triunfante para que com Ele adentre às mansões celestiais.

Page 47: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 47/56

47

Já na segunda Fase, a manifestação propriamente dita, sete anos após a primeira, Cristo virá com os seus. Nesse momento, sim, todo olho o verá, não como umCristo abatido e humilhado, mas exaltado e triunfante. Paulo se refere à primeira fase davinda de Cristo, para os seus, nos seguintes termos: “... nós, os vivos, os que ficarmos,seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor” (I

Ts 4.17). Já o profeta Zacarias, referindo-se a segunda fase da vinda de Jesus, profeticamente vislumbra o seguinte quadro: “Naquele dia, estarão os seus pés sobre omonte da Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte dasOliveiras será fendido pelo meio...”. (Zc 14. 3,4). Jesus Cristo na sua Volta VIRÁ:  

 Primeiro como o Ladrão e depois como o Relâmpago; Primeiro como Estrela da Manhã e depois como o Sol da Justiça; Primeiro como Noivo e depois como Rei; Primeiro para as Bodas e depois para o Trono; Primeiro Antes das Bodas e depois Após as Bodas; Primeiro virá Para sua Noiva e depois Com a sua Noiva;  Primeiro Até aos ares e depois ao Monte das Oliveiras;

 Primeiro receberá a noiva, depois é recebido por Israel ; Primeiro para unir-se com a Igreja e depois para Revelar-se ao Mundo; Primeiro como a nossa Bendita Esperança depois como um glorioso Aparecimento.

n) A batalha do Armagedom

Armagedom, no sentido geográfico, significa “montanha de Megido”.Designa o local onde se ferirá a batalha “... naquele grande dia do Deus Todo- poderoso”(Ap 16.16).1) “JESREEL” - Esta planície tem um formato de triângulo isóscele, é o mais amplovale de Israel, sua base é de 30 Km e seus lados de 22 Km aproximadamente, é famoso

 por sua fertilidade e conhecido como “O celeiro de Israel”. Devido a sua posiçãoestratégica e fertilidade, foi palco de inúmeras lutas e combates na antiguidade, hebreus;filisteus; cananeus; sírios; egípcios; assírios; babilônicos; gregos; midianitas; romanos;árabes; cruzados; turcos e, finalmente os ingleses, comandados por Allendy, durante a1ª guerra mundial, lutaram em seu solo.2) “MEGIDO”- Está localizado no local Sul do Vale de Jesreel, onde o “caminho domar” (Vila Maris) deixa a planície e passa através de um longo e estreito desfiladeiro,continuando na direção da planície Sharon, pelo litoral.3) “ARMAGEDOM”-  No sentido profético, Armagedom ou megido, como a palavradescreve, era também o nome da cidade, hoje Allejjun, e é o vale que os judeus chamam

atualmente de Planície de Jezreel, que vai do Monte Tabor até junto do Monte Carmelo.O Vale do Megido ou Asdraelom é também interpretado como “lugar de tropas” ou“lugar de multidões”. 

O profeta Zacarias descreve o palco da grande batalha do Armagedom nosseguintes termos: “...contra ela (Jerusalém) se ajuntarão todas as nações daterra...Naquele dia (diz o Senhor) procurarei destruir todas as nações que vierem contraJerusalém...Então sairá o senhor e pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da

 batalha”. (Zc 14.4; 12.3,9; 14.2). Neste amplo e espaçoso lugar, os exércitos doanticristo estarão congregados para aquilo que poderia ser o ataque decisivo e definitivocontra a cidade de Jerusalém. Será neste momento de aperto excessivo dos judeus, que

se dará a manifestação de Jesus, revestido com poder e glória, pronto a pelejar pelo seu

Page 48: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 48/56

48

 povo. A batalha anteriormente analisada como um confronto de proporções puramentehumana, assume feições duma guerra entre Jesus Cristo e Satanás.

O triunfo de Jesus sobre os exércitos do anticristo em armagedom seráesmagador. Destruídos os exércitos hostis a Israel,o triunfo final de Cristo será coroadocom o confinamento do Anticristo e do falso Profeta no Lago de Fogo e Enxofre, que é

o inferno final.

o) O Aprisionamento de Satanás

A Grande tribulação, como já dissemos anteriormente, que se prolongará por sete anos, terá sua parte mais cruel na segunda metade (três anos e meio), da sua partefinal, da semana profética de Daniel (Dn 9 .24-27; Mt 24. 15,21). Seu ponto marcantedar-se-á com a brilhante vitória do arcanjo Miguel sobre os exércitos sombrios deSatanás (Dn 12.1; Ap 12.7 e ss), e terminará com a ressurreição corporal dos santosmártires da Grande Tribulação (Ap 20.4).

 Na sua visão em Patmos, dentre tantas coisas que lhe foram reveladas, João

teve a seguinte visão: “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e umagrande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo eSatanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selosobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depoisimporta que seja solto por um  pouco de tempo”. Por enquanto satanás não será aindalançado no Lago de Fogo e Enxofre, mas é posto uma prisão, de onde não poderá sair 

 para perturbar as nações, enquanto durar o governo Milenial de Cristo.( Ap 19.20)O aprisionamento de satanás, como bem disse o apocalipsista Armando

Chaves Cohen, “não significa que o povo se tornará tão esclarecido ao ponto quesatanás, ainda que deixado livre, não podo mais enganar, e assim está virtualmenteamarrado. Não se trata de prevenção contra Satanás, significa, realmente, que ele foiamarrado e lançado na prisão pelo período de mil anos”.  

p) O Julgamento das Nações Vivas

O Vale de Josafá  –   “Movam-se as nações, e subam ao vale de Josafá; porque ali me assentarei, para julgar todas as nações em redor ” (Jl 3.12). 

O sermão Profético - “E, quando o filho do homem vier em sua glória, etodos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas asnações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos

 bodes as ovelhas”. (Mt 25. 31,32). 

1) Após os sete anos de angustia, Cristo descerá para terminar com a guerrado Armagedom e, após aprisionar o anticristo e seu falso profeta, jogando-os no ardenteLago de Fogo, nosso senhor seguirá direto para o “vale de Josafá”, onde segundo nos édito, terá início o julgamento daquelas nações que sobreviveram àquelas catástrofes jámencionadas. Este julgamento não é o julgamento do Grande trono Branco, e simdaqueles que restaram de todas as nações que vieram contra Jerusalém, (Zc 14.16); masque, sem dúvida, incluirá também aquelas nações que durante séculos reconheceramIsrael como nação do senhor (Sl 122.6).

2) Onde Será? Alguns estudiosos declaram ser incerta ou não saberem onde se dará

este evento. Mas cremos, que este julgamento das nações vivas se dará no “Vale de

Page 49: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 49/56

49

Josafá” (Jl 3.2 e ss), que profeticamente é também chamado de “O Vale da Decisão  –  decisão do Senhor” ( Jl 3.14). 

“O Vale de Josafá”, encontra-se hoje literalmente guarnecido de túmulos de judeus e maometanos. Está transformado assim, no mais antigo e maior cemitério judeu

do mundo. Muitos Judeus chegam a Jerusalém para nela morrer e serem sepultados perto do Vale de Josafá onde, acredita-se, terão lugar a Ressurreição e o Juízo Final (Jl 31,2). Cristãos e Muçulmanos compartilham da mesma crença e seus túmulos estãosituados no lado ocidental do Vale.

Seu nome atual é Wady Siti Miriam. É formado pelo Ribeiro de Cedrom (Jo18.1) do lado oriental da cidade de Jerusalém.

3) Embora o período final deste tempo de angustia tenha a duração de apenas 1260dias (três anos e meio), menciona-se um período adicional de mais 35 dias para a

 purificação e restauração do Templo (Dn 12.11). E ainda outro período de 45 dias antes

que seja experimentada a plena benção do Reino Milenar (Dn 12.12).Primeiro: Um período de 1260 dias (três anos e meio), até a destruição e prisão da bestae seu consorte (Dn 12.7,11; Ap 19.19,20).Segundo: Um período de 1290 dias (Dn 12.12), acrescentando-se 30 dias.Terceiro: Um período de 1335 dias> Está escrito em Mt 24.22, que se “...se aquelesdias (1335) não fossem abreviados (para 1260 dias), nenhuma carne se salvaria; mas,

 por causa dos escolhidos (os judeus), serão abreviados aqueles dias”. Devemos ter emmente o significado da frase “abreviados” e deduzir o sentido do argumento.

Tomando-se o inicio da metade da semana profética de Daniel 9, a grandetribulação terminará no final dos 1260 dias (parte final dos sete anos).

Durante 30 dias que se seguem, se dará exatamente o Juízo da Nações Vivas,conforme temos aqui nesta seção.

 No período dos 45 dias restantes, a terra passará por uma purificação, umaespécie de preparação, para dar-se lugar ao início do Reino Milenar de Cristo.

4) Quem será julgado ali? Diante deste tribunal, três classes estarão presentes: (Mt25), as ovelhas (v.33); os bodes (v.33b); e os irmãos (v.40).

As Ovelhas  –  “... As ovelhas” (os justos) ficarão ao lado direito do REI.  Os Bodes - “... Os Bodes” (os ímpios) ficarão ao lado esquerda do REI. Os Irmãos -“... Os Ir mãos (os judeus) ficarão diante do REI.

Este julgamento, diz respeito aos vivos e não aos mortos. Será feito tendo emvista o tratamento que as nações deram a Israel na presente era. Isto é sem dúvida, umaespécie de seleção para o Milênio, a fim de que não se inicie essa nova junção dosséculos com pessoas de mau caráter.

Este julgamento é como um tribunal intermediário, pois sem dúvida, muitosdestes passarão ainda pelo julgamento do Grande Trono Branco. Isso se dará como se

vê em Apocalipse 20.8 e ss. Com os que convertidos no milênio, aderirão Pa revolta deSatanás.

Page 50: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 50/56

50

XX) O MILÊNIO

Ao aprisionamento de Satanás seguir-se-ão Mil Anos de paz e de governo perfeito sob o reinado de Sua Majestade, o Senhor Jesus Cristo, assinalando o começo

duma nova dispensação, a Dispensação da “PLENITUDE DOS TEMPOS’. Este período de mil anos de governo de Jesus Cristo ainda não é o principio de um mundonovo, mas tão somente o fim de um mundo antigo. O que o sábado judaico é para asemana, assim será o Milênio para a era presente. Haverá um governo perfeito durante oreino milenial de Cristo e seus santos; mas não haverá um mundo perfeito. No seuaspecto mais abrangente, o Milênio terá os seguintes propósitos:1) – Fazer convergir em Cristo todas as coisas, isto é. Toda a criação;2) – Estabelecer a justiça e a paz na terra, eliminando toda rebelião contra Deus;3) – Fazer convergir nele (milênio), todas as alianças da Bíblia;4) – Fazer Israel ocupar toda a terra que lhe pertence e fazê-lo cabeça das nações;5) – Cumprir as profecias a respeito do Messias;

6) –  Satisfazer os anseios dos filhos de Deus que estão continuamente orando “venha oteu reino”. 

O Milênio será, de acordo com as escrituras, um tempo de restauração paratodas as coisas. Nessa época Jerusalém será o centro de adoração para todos os povos ea capital religiosa do mundo (Jr 3.17; Zc 14.14-21), Assim o Reino do Messias seráuniversal. Ao invés do pecado, a justiça enchera toda a terra; satanás terá sido amarrado(Ap 20. 1-3), o Anticristo e o falso profeta terão sido lançados no ardente lago de fogo.Por conseguinte, a injustiça cederá lugar a justiça que esteve de luto durante o temposombrio da Grande Tribulação; a violência a quietude, o ódio e a inimizade ao amor e àdoce amizade e o mundo ficará em descanso. O próprio Senhor Jesus dirá: “não se farámal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá doconhecimento do Senhor , como as águas cobrem o mar” (Is 11.9). Será verdadeiramentea “Idade Áurea da Terra”. 

O Milênio será a última prova e não o descanso do homem (Hb 4.3); é provanas melhores circunstâncias possíveis: a justiça reinando, o curso do mundotransformado, o céu aberto, Cristo na terra, e a terra por sua vez cheia da plenitude deDeus, a recordação de juízos passados para admoestar sobre o futuro. É portanto umtempo de maravilhoso.

O Senhor Jesus Cristo veio, a fim de estabelecer o reino prometido aos

 judeus crentes, porquanto nasceu “como Rei dos judeus” (Mt 2.2). declarou que o reinoestava entre eles = o reino de Deus está dentro de vós. O Reino dos Céus écompletamente apresentado no início da pregação de João Batista e segue até a rejeiçãode Jesus como Rei: suspenso aqui e reiniciado no “inicio do Milênio”. Já o Reino deDeus, tem em si mesmo um caráter mais abrangente e desde que foi implantado noscorações (Rm 14.17) seguirá seu curso até a eternidade. O Reino de Deus é universal,incluindo todas as criaturas voluntariamente sujeitas à sua vontade. Todas asdispensações da historia humana podem ser propriamente chamadas dispensações doReino de Deus. Enquanto que o Reino dos Céus é messiânico, mediatorial e davídico, etem por alvo o estabelecimento do Reino de Deus Sobre a terra. Visto isto podemosafirmar que, o Reino dos Céus é a esfera terrestre do Reino Universal de Deus.

Page 51: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 51/56

51

a)  Quem participará do Milênio

Dois grupos de povos distintos tomarão parte no Milênio: Os crente glorificados, consistindo dos santos do Antigo e do Novo Testamento, da Igrejatriunfante, dos santos oriundos da Grande tribulação, e os povos naturais, em estado

físico normal vivendo na terra, a saber: Judeus salvos saídos da Grande tribulação,gentios poupados no julgamento das nações, e o povo nascido durante o Milênio. No estado Glorificado, os salvos não estarão limitados à terra. Seus corpos

ressurretos não estarão sujeitos as limitações do tempo e do espaço. Pelo contrário,serão como os anjos, dotados de corpos espirituais, não sujeitos às limitações damatéria.

b) O Milênio e Israel

Uma vez que um grande e majestoso templo será construído em Jerusalém,é admissível que alguns dos sacrifícios do antigo Testamento venham a ser oferecidos a

Deus ai. A diferença básica entre esses sacrifício a serem oferecidos nos dias do AT, éque esses apontavam para o que Jesus haveria de fazer, enquanto que aqueles são ummemorial do que Jesus já fez. Além da restauração e revigoramento do culto a Deus, emJerusalém, Israel alcançará muitas outras bênçãos no Milênio, dentre as quais sedestacam a plena posse da terra prometida, e o privilégio da nação vir a ser uma benção

 para todo o mundo da época. Jerusalém será a sede do governo milenial e mundial deCristo.(Is 22; Mq 4.2) De Jerusalém sairão tanto as diretrizes religiosas como as leiscivis para o mundo. Os grandes centros de decisões políticas do mundo atual, caso aindaexistam no milênio, cederão ao poder a ao esplendor imanentes de Jerusalém. Pois, diz aBíblia que tanto a “Lei” como “a Palavra do Senhor” sairão de Jerusalém, (Is 2.3; Zc8.20-23).

c) O Milênio em Relação à Igreja

 No Milênio a igreja estará glorificada com Cristo na Jerusalém celeste. Aigreja exercerá a co-regência com Cristo durante esse período áureo da história dahumanidade. Revestidos de um corpo glorioso, os salvos estarão acima das limitaçõesdo tempo e do espaço sujeitos quando ainda em seus corpos mortais. Terão um corpocomo o de Cristo ressurreto, que se locomove sem obstáculos e sem barreiras.

Assim como na transfiguração de Cristo, Moisés e Elias não estavamsujeitos às limitações físicas, de igual modo os componentes da igreja, no Milênio não

estarão sujeitos a essas limitações. Em todas as passagens que aludem à igreja noMilênio, os salvos são sempre designados como em glória, glorificados e em lugaressublimes com o senhor. Evidentemente tudo quanto imaginarmos e dissermos acerca daglória futura da igreja, está mui aquém do que isso realmente significa.

d) O Milênio e o Mundo em Geral

1) Durante o Milênio o mundo será saturado do conhecimento de deus.Caravanas procedentes das mais diferentes nações irão a Jerusalém buscar a Lei dosenhor. Certamente que o pecado não será de todo erradicado da terra. Não. A naturezahumana continuará a mesma, porém, devido ao aprisionamento de Satanás e às bênçãos

do reinado e da presença pessoal de Cristo, ninguém estará impossibilitado de se

Page 52: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 52/56

52

submeter ao senhorio de Cristo. Serão tantas as facilidades e condições e obediência acristo, que ninguém poderá se desculpar em não lhe obedecer (Ez 39.29; 36.27At 3.21).

Quanto à maneira como os habitantes da terra nesse tempo serão visitados pelo senhor, diz o próprio Deus: “já não esconderei deles o meu rosto, pois derramarei omeu Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Deus... Porei dentro de vós o meu

Espírito, e fareis que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis”(Is 2.3,4;).2) Durante o Milênio, o antagonismo será removido de entre os homens. Aciência e o progresso atingirão o seu apogeu e alcançarão o fim a que se propuseram.Fronteiras já não existirão como obstáculos à penetração de estrangeiros. As casas jánão precisarão de fechaduras e cadeados. Moléstias tais como o câncer, a lepra e aAIDS, já não ceifarão as vidas na proporção que conhecemos hoje (Is 33.24ª; 35.5,6;65.23; Zc 13.1). Não haverá mortandade entre as crianças. As nações já nãonecessitarão de exércitos armados para guarnecerem suas fronteiras, pois “esteconverterão as sua espadas em relhas de arados, e suas lanças em podadeiras: umanação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra”. (Rm

8.19-22).3) No Milênio, a própria terra, como habitat do homem, passará por transformações que alterarão sensivelmente, para melhor, o seu clima e a sua

 produtividade. Das palavras do Criador em Gn 3.17, fica evidenciado que o pecadotrouxe sobre a terra uma maldição: “... maldita é a terra”. Essa maldição É ASEGUNDA, causada pelo pecado, pois em Gn 3.14 já havia sido pronunciada aPRIMEIRA que recaiu sobre a serpente e toda a fauna: “... maldita serás mais que toda a

 besta, e mais que todos os animais do campo”. Toda maldição será removida, até a profundidade dos rios serão alteradas (30.25). O Senhor criará o “Rio Milenar” (Ez47.1-12; Zc 14.8). Sua foz será debaixo da casa do senhor , “O Templo Milenar”. (Zc14.4 e ss Is 5.7; 41.18; 55.13).4) De igual modo os animais sofrerão mudanças na sua natureza durante essaépoca áurea. A ferocidade deles será removida para dar lugar à docilidade. Não maisatacarão, nem representarão qualquer tipo de ameaça para o homem. Toda a criação,afetada que foi pela queda do homem, de igual modo participará das bênçãosdecorrentes do governo milenar de cristo. (Is 65. 17-25; Zc 8. 4,5; Ap 20.7).5) No Cosmo haverá também mudanças profundas no sistema planetário e,

mesmo as região atmosférica a intervenção divina estará também presente. O senhor Jesus será contra os terríveis vendavais e furacões que tanto tem devastado ahumanidade (Is 32.20) O céu estará mais claro de dia, as noites serão menos escuras. “Eserá a luz da lua como a luz do sol, e a luz do sol sete vezes maior, como a luz de sete

dias, no dia em que o Senhor ligar a quebradura do seu povo, e curar a chaga da suaferida” (Is 30.26). Eis uma das razões por que devemos orar; “Venha o teu reino!” (Mt6.10).

XXI) OS EVENTOS FINAIS

Terminado o Milênio, Satanás que fora preso antes, será novamente solto por um breve espaço de tempo. Essa soltura momentânea de satanás, servirá para oseguinte: 1) Provar aquelas pessoas que nasceram durante o Milênio; 2) Revelar que ocoração do homem não convertido, permanece inalterado, mesmo no reino pessoal do

Filho de deus; 3) Demonstrar pela última vez quão pecaminosa é a natureza humana, e

Page 53: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 53/56

53

que o homem por si mesmo jamais se salvará, mesmo sob as melhores condições; 4)Demonstrar que Satanás é completamente incorrigível.

a) A Última Revolta de Satanás

“E, acabando-se o mil anos, Satanás será solto de sua prisão, e sairá aenganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujonúmero é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha ”. (Ap 20. 7,10). 

Gogue e Magogue em Apocalipse 20.8 são as nações rebeladas contraDeus, instigadas por satanás, e conduzindo um furioso ataque contra os santos. Segundoanálise do professor Antonio Gilberto, não se trata absolutamente de Gogue e Magoguede Ezequiel 38 e 39, conforme o seguinte argumento:

Gogue e Magogue Em Ezequiel 38-39.Gogue é um bloco de nações.Gogue vem do norte.

Gogue age por ato Divino.Gogue é destruído por espada.Gogue é sepultado em Israel.Gogue vem antes do milênio.

Gogue e Magogue em Apocalipse 20.Gogue é todas as nações.Gogue envolve toda a terra.Gogue é movido pelo Diabo.Gogue é destruído por fogo do céu.

Gogue é totalmente destruído pelo fogo.Gogue vem após o Milênio.

A sorte de satanás e desses povos que por ele se deixaram iludir está selada nasseguintes palavras: “... mas desceu fogo do céu, e os devorou. E o Diabo, que osenganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e dedia e de noite serão atormentados para todo o sempre”. (Ap 20.11,12)  

XXII) O JUIZO FINAL

Em seguida ao aprisionamento de Satanás, e o seu conseqüenteencerramento no Lago de Fogo e Enxofre, será estabelecido o Juízo do Grande tronoBranco, O Juízo Final. É nessa época que os ímpios mortos em todos os temposexperimentarão uma ressurreição própria para, diante do trono de Deus, ouvir a sentençafinal condizente com as suas obras. Os salvos por Cristo não passarão pelo vexamedesse julgamento, uma vez que já estão glorificados por Cristo. Mais do que isto, ossantos vencedores estão assentados em tronos como assistentes de Cristo neste

 julgamento final. E conforme o Salmo 147. vv. 6-11; I Co 6.2,3, os santos hão de julgar,além de todos aqueles que tinham poder sobre seus respectivos países, e domínio sobre

o comercio e políticas internacionais, dentre outras, todos não salvos, inclusive osAnjos, isto, nos coloca em uma posição Privilegiada no Grande Tribunal, do Juízo

Page 54: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 54/56

54

Final, sentados em tronos como assistentes do Senhor Juiz dos Juízes. Contrariando aopinião de muitos teólogos, a Igreja não será alvo desse julgamento, o seu Privilégio éque “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. (Rm 8.1).

a) Entre os muitos julgamentos ou juízos especiais, a Bíblia menciona

SETE, que têm significado especial:

1.  O julgamento dos pecados do crente na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo (Jo13.31). Ele foi ai justificado porque Cristo, havendo levado os seus pecadossobre a cruz, foi feito por Deus Justiça (I Co 1.30).

2.  O crente julgando-se a si mesmo, para não ser julgado com o mundo (I Co11.31).

3.  O julgamento das obras dos crentes diante do Tribunal de Cristo, logo após otraslado da igreja (Rm 14.10; I Co 3.12; 2 Co 5.10).

4.  O julgamento das nações vivas por ocasião da “Parousia” de Cristo (Mt 25.32 ess).

5.  O julgamento de Israel, na Volta de Cristo, como “amadurecimento da nação”, para ingressar no Reino Milenar (Ez 20.33 e ss; Mt 19.28).

6.  O julgamento descrito por Paulo em 2 Timóteo 4.1, que se dará na “sua vinda(de Cristo) e no seu reino”. 

7.  O julgamento do “Grande trono Branco” aqui mencionado nesta seção (Ap20.11-15).

b) Ninguém será suficientemente esperto para fugir do Juízo Final. “NÃOHÁ FORMA, JEITO, OU DESCULPA ALGUMA, que possa mudar a situação dealguém diante do Trono do Juízo Final. O trono é Branco! Resplandeceu de Pureza eSantidade, o que exige Justiça! Castigo! Julgamento! Purificação! Retribuição! Tudoisso descreve uma cena fora da história humana! É O JUIZO FINAL. Diante do TronoBranco do Juízo, com relação ao próprio Branco que caracteriza esse trono, significaque o Juiz julgará baseado em sua Justiça, Pureza e Santidade. Todavia o Juiz que iráexercer o juízo NÃO é o Pai, mas o Filho. (Jo 5.22-27; At 17.31). Estarão ali “grandese pequenos”. Não significam adultos e crianças, mas senhores e servos sábios eindoutos, ricos e pobres. Refere-se à classe social e não a faixa etária. Os mortos salvosdurante o Milênio certamente ressuscitarão nessa ocasião para serem tambémrecompensados com a vida eterna. (Dn 7. 9,10; 12.2). Só assim se explica a presença dolivro da vida nesse julgamento e outros livros, conforme acreditam muitos estudiososdas Escrituras, tais como:

1.  O Livro da Consciência (Romanos 2. 15; 9,1).2.  O Livro da Natureza (Jó 12.7-9; Romanos 1.20).3.  O Livro da Lei (Romanos 2.12; 3.20).4.  O Livro do Evangelho (Romanos 2.16; João 12.48).5.  O Livro da Memória (Lucas 16.25).6.  O Livro dos Atos(obras) Humanos (Apocalipse 20.12).7.  O Livro da Vida (Daniel 12.1).

Por que o Livro da Vida estará presente em um julgamento que não tem outrafinalidade senão condenar? A presença deste Livro servirá para provar que os nomes

dos perdidos estão riscados dele. Percebe-se, uma leitura cuidadosa da Bíblia, que cada pessoa que nasce neste mundo tem o seu nome escrito no Livro da Vida. Porém, à

Page 55: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 55/56

55

medida que a pessoa chega à idade da razão e escolhe, conscientemente, ou afastar-se deDeus ou aproximar-se Dele, o seu nome é riscado desse Livro ou mantido nEle.

Muitas pessoas, por viverem uma vida supostamente cristã e até mesmorealizarem milagres e profetizarem no nome do Senhor, ficarão chocadas ao perceber que os seus nomes já não estão escritos nos céus, como Jesus advertiu. (Mt 7.21-23).

c) A Renovação dos Céus e da Terra 

Escreve o Apostolo Pedro: “Mas os céus e a terra que agora existem, pelamesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo,e da perdição dos homens ímpios... Mas o dia do Senhor virá como ladrão de noite; noqual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, eaterra e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois de perecer todas as estascoisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, eapressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e oselementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos

céus e nova terra, em que habita a justiça” (2 Pe 3. 10 -13).Uma vez que não só a terra, mas todo o espaço sideral também está

contaminado pelo pecado e pela ação deletéria do Diabo, não apenas a terra, mastambém os céus sofrerão a ação purificadora de Deus na consumação dos séculos. Seráa desordem do homem, do pecado e do Diabo, sendo abolida, para dar lugar à ordem e àharmonia de Deus.

d) O Eterno e Perfeito Estado

Consumado todo o plano de Deus para o final dos séculos, haverá perfeitaharmonia entre o Céu e a Terra. O autor da carta aos Hebreus (11.10), afirma que ossantos do AT esperavam, pela fé, a “cidade que tem fundamentos, da qual Deus é oarquiteto e construtor. O apostolo João viu essa cidade santa, que de Deus descia doCéu, ataviada como uma noive para o seu noivo. Ela brilhava com a glória de Deus, e oseu brilho era semelhante a uma pedra preciosíssima, como o jaspe cristalino. A NovaJerusalém descerá do céu como João viu Ataviada como uma noiva para o seu noivo.Essa gloriosa cidade ficará nos ares, como um satélite resplandecente, a jorrar a sua luza terra. As nações andarão à sua luz, e os reis da terra trarão para ela a sua glória ehonra” (Ap 21.7,11, 23,24). Neste lugar, os santos as igreja se unirão aos santos doMilênio, que serão ressuscitados, e farão ali a sua residência nesse tempo.

 Nesse tempo Céu e Terra hão de ser a mesma grei, como bem diz o poeta

sacro. Sim, porque o muro de separação (o pecado) foi totalmente desfeito.Tudo quanto é santo, perfeito e belo, se associa ao eterno e perfeito estadoquando a ordem divina abolir e substituir o caos hoje dominante no reino dos homens.A esse estado por vir, se associam:

1.  Santidade perfeita. (Ap 22.3)2.  Governo perfeito. (Ap 22.3)3.  Serviço perfeito. (Ap 22.3)4.  Visão perfeita. (Ap 22.4)5.  Identificação perfeita. (Ap 22.4)6.  Iluminação perfeita. (Ap 22.5)7.  Interação perfeita. (I Co 15.28)

Começam aqui as eras eternas, quando Deus é tudo em todas as coisas.

Page 56: Escatologia Mais

7/16/2019 Escatologia Mais

http://slidepdf.com/reader/full/escatologia-mais 56/56

BIBLIOGRAFIA

1.   Bíblia de Estudos Pentecostal  – CPAD2.   Novo Dicionário da Bíblia.3.   Bíblia de Estudo Vida Nova- Ed. Vida4.   Dicionário Aurélio B. Holanda.5.  Comentários Bíblico- Mattew Henry-CPAD6.   Escatologia, Doutrina das Últimas Coisas-severino P. da Silva7.  Sombras, Tipos e Mistérios da Bíblia- Joel L. de Melo-CPAD

8.   As grande Doutrinas da Bíblia- Raimundo de Oliveira-CPAD9.   Manual da Profecia Bíblica- Abraão de Almeida-CPAD.10.  A Pessoa de Cristo no Tabernáculo- P. Floyd Lee Gilbert-Ed. Fiel 11.  Escritos de: Joseph Seymour.12.  Apostila Seminário Bíblico-Ebenezer- CONAMAD13.  À Luz da Palavra-Escatologia(Apostila)- Pr.J. Alessandro N. Aquino.

 Nota Explicativa

“ Este trabalho foi realizado pelo Pastor Julio Cesar A.. de Sousa, sob a orientaçãodo Espírito Santo de Deus, foram dias de pesquisas,buscando a compilação mas

 simples possível,na intenção de facilitar a compreensão dos leitores.Foram meses detrabalhos e muita meditação. E, esta obra espero, possa contribuir para o enlevo daalma dos amados em Cristo Jesus como para o seu crescimento espiritual, ajudando nainterpretação das profecias vaticinadas pelos santos de Deus outrora. O fim de todas ascoisas esta às portas, por isso faz-se necessário a compreensão da Escatologia Bíblicade uma forma simples, objetiva e direta. Mas que tudo isto seja para o louvor e para a

 glória do nosso senhor e Salvador Jesus Cristo,a Ele toda honra, e adoração, amém”.

 Pr. Julio Cesar A. Sousa